alvaro de campos poemas

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Poemas- Álvaro de Campos

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Page 1: Alvaro de Campos Poemas

Á

R

d

p

C

ad

a

d

B

ep

d

OODQA LQCQ (EMN AQR

ÁLVARO

MandFora.Fora

Renan-FlaubeFora

de cartaz, bolFora

plebeu, sublinFora

Colenso, EmpFora!Fora

arranjista da das Espécies!

Fora Fora

adiposidade dFora

do simbolismFora!Fora E tu, E tu, E finaFora!E se hTiremFora Aí! Q

Bismarck semQuemE tu, E tu,

estadistas pãprovinciana, s

E todda Época!

TiremArranTudoUltimSe nã

Olha, Daisy, Olha, Daisy, Dizer aos meQue embora nA grande dor

Londres p’ra Que eu nada Contar àqueleQue me deu t

Embora não Mesmo ele, aNada se impo

A notícia a esQue acreditavRaios partam

O DE CAM

dado de desp tu, Anatole ert em loiça tu, Maurice

lor da Lorenatu, Bourget

nhando a régtu, mercado

pire-Day do ! Fora! tu, George Bintelectualid

! tu, H. G. Wetu, G. K. C

da dialéctica tu, Yeats da

mo inglês! ! Fora! tu, RapagnetMaeterlinckLoti, sopa saalmente tu, R! Fora! Fora!houver outro

m isso tudo dcom isso tud

Que fazes tum tampa a esm és tu, tu daVenizelos, fqualquer ou

ão-de-guerra safardanagem

dos os chefes

m isso tudo dnjem feixes do daqui para fmatum a eles ão querem sa

quando eu quando eu mus amigos ainão o sintas, r da minha m

York, onde que tu digas e pobre rapaztantas horas t

o saibas) qua quem eu tanortará. Depoi

ssa estranha va que eu ser

m a vida e que

MPOS

pejo aos man

France , Epido século deBarrès, femi

a, algibebe ddas almas, l

gua de lascasoria Kiplingcalão das far

Bernard Shawdade inespera

ells, ideativoChesterton, ccockney comcéltica brum

tta-Annunziok, fogão do Malgada, fria! Rostand-tand

os que faltemda minha frendo! Fora!

u na celebridtorvar o lum

a juba socialifatia de Péricutro, todos os

que datamm intelectuals de estado,

da minha frende palha e pofora! Tudo dtodos, e a to

air, fiquem e

morrer tu hmorrer tu hási de Londrestu escondes

morte. Irás de

nasceste (dizacredito...)

zito tão felizes

ue morri. nto julguei amis vai dar

Cecily ria grande... em lá ande!..

darins da Eu

icuro de farmezassete, falsiinista da Acç

dos mortos dolamparineiroos mandame

g, homem-prrdas, tramp-s

w, vegeterianada, Kilkenn

de gesso, sacristianismo m o horror ao

ma à roda de p

o, banalidadeMistério apag

d-tand-tand-t

m, procurem-nnte!

dade, Guilheme?!

sta, David Lcles com mans outros, açor

m de muito l! incompetent

nte! onham-nos a daqui para forodos os outrolavem-se! (…

hás-de -de ,

zes —

mar,

.

ULTIMATuropa!

macopeia hoificada! ção, Châteauos outros, veo das partícuentos da lei drático do vesteamer da b

no do paradony-Cat de ti

aca-rolhas depara uso de

o sabão influposte sem in

e em caractergado!

tand-tand-tan

nos aí para u

erme Segund

Lloyd Georgenteiga, caída rda Briand-Dantes da g

tes ao léu, ba

fingir gente ra!

os que sejam …)

TUM

omeopática, t

ubriand de paestindo do seuulas alheias, da Igreja! erso, imperiaaixa imortali

oxo, charlatãpróprio, Iris

e papelão pare prestidigit

uindo na limpndicações, sac

res gregos, «

nd-tand!

um canto!

do da Alema

e, bobo de bano chão de m

Dato-Boselli uerra! Todo

arris de lixo

que seja out

como eles to

ESTOU CAEstou cansadPensar faz mUma grandeChora-se de de novo Na casa antiPára. meu coSossega, minQuem me defui... Meu sono boideias que esMeu horizonMeu fim antEstou cansadSe ao menosMas só perceinternas Aquelas cois

tenia-Jaurès

aredes nuas, u comércio! psicólogo de

alista das suidade!

o da sinceridh Melody ca

ra a garrafa dadores, barrpeza dos racico de podres

«D. Juan em P

anha, canhot

arrete frígio fmanteiga parda incompet

os! Todos!

virados pra b

tra!

odos!

ANSADO DAdo da inteligê

mal às emoçõreacção aparepente, e to

ga da quinta oração! nha esperançera nunca ter

om porque tisquecer! nte de quintates do princípdo da inteligês com ela se pebo um cans

sas que o vin

do Ancien R

alcoviteiro

e tampa de b

ucatas, épico

dade, tumor falvinista com

da Complexiril de cervejiocínios! s que veio à p

Patmos» (so

to maneta do

feito de Uniora baixo?!

etência ante oTodos! Lix

baixo à port

A INTELIGência.

ões. arece. odas as tias m

a velha.

ça factícia! r sido senão o

inha simplesm

al e praia! pio! ência. percebesse q

saço no fundo

nho tem e am

Régime, sala

de palco da

brasão, reles

o para Maju

frio do ibsenm letra da Or

dade! a ao pé do

praia do nauf

olo de trombo

o braço esqu

on Jacks?!

os factos, todo, cisco, ch

ta da Insufici

GÊNCIA

mortas fazem

o menino qu

mente sono e

qualquer coiso, como baix

modorram o v

ada de

pátria

s snob

uba e

nismo, rigem

altar,

frágio

one)!

uerdo,

dos os holdra

iência

m chá

e

e não

sa! xam

vinho.

Page 2: Alvaro de Campos Poemas

TNNNÀm JDn(EDcPRdCsCbCe EEESlaAaDEo EeEÀfoEp FCnADFMESd QSEpGCcENfuN(

TABACARINão sou nadaNunca serei nNão posso quÀ parte isso, mundo.

Janelas do meDo meu quartninguém sabeE se soubess

Dais para o mconstantemenPara uma rua Real, impossidesconhecidaCom o mistéreres,

Com a morte brancos nos hCom o Destinestrada de nad

Estou hoje veEstou hoje lúE não tivesseSenão uma deado da rua

A fileira de capitada De dentro da E uma sacudiossos na ida.

Estou hoje peesqueceu. Estou hoje diÀ Tabacaria dfora, E à sensação por dentro.

Falhei em tudComo não fiznada. A aprendizagDesci dela peFui até ao camMas lá enconE quando havSaio da janelade pensar?

Que sei eu doSer o que penE há tantos qupode haver taGénio? NesteCem mil cérecomo eu, E a história nNem haverá sfuturas. Não, não crei…)

IA a. nada. uerer ser nadatenho em mi

eu quarto, to de um dose quem é sem quem é, mistério de umnte por gentea inacessível ivelmente reamente certa,rio das coisa

a pôr humidhomens, no a conduzida.

encido, comoúcido, como s mais irmandespedida, tor

arruagens de

minha cabeçidela dos me

erplexo como

vidido entre do outro lado

de que tudo

do. z propósito n

gem que me dela janela dasmpo com gra

ntrei só ervasvia gente era a, sento-me n

o que serei, enso? Mas penue pensam seantos! e momento ebros se conc

não marcará, senão estrum

io em mim.

a. im todos os s

s milhões do

o que saberima rua cruzae, a todos os peal, certa, , s por baixo d

dade nas pare

r a carroça d

o se soubessese estivesse pdade com as rnando-se est

e um comboi

ça, us nervos e u

o quem pens

a lealdade qo da rua, com

é sonho, com

nenhum, talve

deram, s traseiras daandes propós e árvores, igual à outra

numa cadeira

eu que não senso ser tanta er a mesma c

cebem em so

quem sabe?,me de tantas c

sonhos do

mundo que

iam?), ada

ensamentos,

das pedras e

edes e cabelo

de tudo pela

e a verdade. para morrer, coisas ta casa e este

io, e uma par

um ranger de

ou e achou e

que devo mo coisa real

mo coisa real

ez tudo fosse

a casa, sitos.

a. a. Em que he

ei o que sou?coisa!

coisa que não

onho génios

, nem um, conquistas

dos

os

e

rtida

e

e

l por

l

e

ei-

?

o

TODAS ASTodas as carRidículas. Não seriam cRidículas. Também escComo as outRidículas. As cartas de Têm de ser Ridículas. Mas, afinal, Só as criaturCartas de amÉ que são Ridículas. Quem me deSem dar porCartas de amRidículas. A verdade é As minhas mDessas cartaÉ que são Ridículas. (Todas as paComo os senSão naturalmRidículas). 21-10-1935

 

S CARTAS Drtas de amor

cartas de am

crevi em meutras,

amor, se há

ras que nuncamor

era no tempoisso

mor

que hoje memórias as de amor

alavras esdrúntimentos esdmente

DE AMOR são

mor se não fos

u tempo carta

amor,

a escreveram

o em que escr

úxulas, drúxulos,

SÃO

ssem

as de amor,

m

revia