Água branca
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Água Branca
uma rede embalada a Bacho horizonte adiante dos olhoscor e sem cor até mesmo furta-corcerto ar ingênuo de amanhã
ar de quem nada quere ainda assim exasperaar de quem sempre buscae só encontra o que não espera
uma brisa embalada à redeo céu cativo entre minhas pálpebras inunda de azul o abismo d’olhar a dentro
olhar que vaga incertoe só tropeça no que é precisoolhar que nada visae nunca erra
uma tarde embalada à brisaalmejar o silêncio seria crime diante do farfalhar macioque faz cantarolar as árvorese espana a poeira do meu coração
entre uma e outra certezaa razão espreguiça lentamentee ouço lá do fundo profundo de mimque a seiva bruta da vidabrota das entrelinhas dos versos