abordagem sistemica e contigencial

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Teoria Geral da Administração II 1 Adm. Prof. Ms. Faisal Awad

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Abordagem sistemica e contingencial

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Page 1: Abordagem sistemica e contigencial

Teoria Geral da Administração II

1Adm. Prof. Ms. Faisal Awad

Page 2: Abordagem sistemica e contigencial

Teoria dos Sistemas Abertos

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TEORIA DOS SISTEMAS ABERTOS

•Autor - biólogo alemão Ludwing Von Bertalanffy.

•Período – Após 2ª guerra – 1950.

•Pressuposto básico – A organização é um sistema aberto que deve se ajustar ao mercado.

3

Preliminares

Page 4: Abordagem sistemica e contigencial

PRESSUPOSTOS ESTRUTURAIS DA ABORDAGEM SISTÊMICA

• As organizações não podem ser compreendidas APENAS poruma análise exclusiva e separada de cada um de seusdepartamentos.

• Se baseia na compreensão de que todos os departamentos sãodependentes e há necessidade de integração.

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Page 5: Abordagem sistemica e contigencial

EMBASAMENTO

• Crítica à visão de que a organização esteja dividida em áreas separadas

• A compreensão da realidade exige a integração dos diversos departamentos da organização.

• “o todo é mais do que a soma das partes” e “é o todo que determina as partes, não o inverso”.

5

Page 6: Abordagem sistemica e contigencial

Impacto

Probabilidade

Insignificante Gradual Substancial Exponencial Muda as Regras do

Jogo

CERTA

Acontece

imediatamente

PREVISÍVEL

É certo que

acontecerá

POSSÍVEL

Pode acontecer

FANTÁSTICA

Improvável

ABSURDA

ridículo acreditar

que possa acontecer

INCONCEBÍVEL

Além da imaginação

Fo

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10

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Page 8: Abordagem sistemica e contigencial

Modelo Parsoniano (LIGA) e as quatro funções por ele definidas para cada sistema

• Talcott Parsons – As diversas partes de um sistema são integradas pelas leis e regras de funcionamento geral do sistema.

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As Quatro Funções do Modelo de Liga e a Organização

• As funções do modelo de liga agem da seguinte maneira ena seguinte ordem: a empresa fornece os valores(Latência) que permite aos colaboradores integrarem-sena organização (Integração), buscando atingir os objetivosfornecidos pelo empresa (Gerar e Atingir Objetivos), e,para tanto, contribuindo para a adaptação dele,produzindo os recursos fundamentais à sua sobrevivência(Adaptação).

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Estudos sociotécnicos de Emery e TristMODELO TAVISTOCK

• Subsistema técnico:

• Subsistema social:

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Resumo da Teoria SociotécnicaERIC TRIST

•O trabalho não pode ser apenas considerado um conjuntode tarefas rotineiras e individuais justapostas, mas sim umsistema de atividades que tem uma unidade clara, formadapor partes diferenciadas que devem ser integradas e reagir.

•O grupo organizacional, e não o indivíduo, deve ser aunidade de análise principal.

•Deve-se trabalhar a perspectiva de que o próprio grupo detrabalho tem de se ajustar de modo informal e organizar oseu trabalho, e não a imposição de regras externas e ocontrole burocrático excessivo, que geram reações do grupoinformal e mostram não ser efetivos.

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Page 12: Abordagem sistemica e contigencial

Resumo da Teoria SociotécnicaERIC TRIST

• Quando o sistema de trabalho necessita ser modificado, são asfunções e tarefas que devem ser vistas como redundantes emodificadas, e não os indivíduos; dessa forma, eles estarãoprontos a readaptar-se e adquirir novas habilidades, sem seespecializar em demasia, o que é positivo para o sistemaorganizacional.

• Os papéis sociais no ambiente de trabalho não devem serprescritivos, uma vez que, tendo autonomia, os atores sociaissentir-se-ão mais à vontade para modificar o seu comportamentoe adquirir novos padrões de conduta no caso de mudança detarefas e de estrutura organizacional.

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Page 13: Abordagem sistemica e contigencial

Resumo da Teoria Sociotécnica ERIC TRIST

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O trabalho de Eric Trist e Fred Emery e a Adaptação das Organizações ao Meio Ambiente

de Negócios

• Nos anos 1960, Eric Trist começa a trabalhar com Fred Emery e elespublicam em 1965 um importante artigo chamado ‘The causal textureof organizational environments’¹. Nesse artigo, eles propõe a ideia deque cada tipo de meio ambiente sociotécnico e econômico seria uma‘trama causal’, ou seja, um encadeamento de causas e efeitos queteriam como resultante a adoção pelas organizações de um tipo deestrutura adaptada às exigências e características do seu setor. Cadatipo de meio ambiente, entre os quatro definidos pelos autores,condicionaria a empresa a optar por um tipo de estrutura diferente.

• Foram identificados setores ‘estáveis e difusos’, ‘estáveis econcentrados’, ‘instáveis e reativos’ e, finalmente, ‘turbulentos’.

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1. Tradução livre - A textura causal dos ambientes organizacionais

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Ambientes estáveis e difusos são ambientes onde há pouca

competitividade, um baixo nível de complexidade, poucas mudanças

estruturais.

Ambientes estáveis e concentrados são ambientes onde há poucas

mudanças e competitividade, mas existes maior número de

organizações disputando espaço no ambiente.

Ambientes instáveis e reativos são ambientes onde há muitas

mudanças organizacionais e tecnológicas e menor grau de

diferenciação das organizações.

Ambiente turbulento é o mais difícil, pois, além de existirem mudanças

tecnológicas e organizacionais rápidas, há um grande nível de

competitividade e diferenciação. Trata-se de um ambiente complexo.

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Ideias Centrais - Homem Funcional

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Page 17: Abordagem sistemica e contigencial

O enfoque sistêmico na organização

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Toda empresa se insere em um mercado onde se originam os recursos utilizados para

desenvolver suas atividades e destinar seus resultados. Existem 3 elementos

interdependentes no esquema de um sistema organizacional: entradas, processos e

saídas, todas cercadas pelo meio ambiente que provoca mudanças na estrutura e

desempenho, assim, afetando o sistema como um todo. Alguns aspectos relevantes

que influenciam no desempenho dos sistema s organizacional são:

1. Atuação do estado nas áreas política e legal;

2. Situação da economia e do sistema financeiro do país;

3. Desenvolvimento e disponibilidade tecnológica;

4. Nível educacional e cultural da sociedade;

5. Concorrência de outras empresas;

6. Preocupação com ecologia e preservação do meio ambiente.

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Page 19: Abordagem sistemica e contigencial

TEORIA DA CONTINGÊNCIA

“Entende-se por contingência um conjunto de

conhecimentos, derivados de diversos

empreendimentos de pesquisa de campo que procuram

delimitar a validade dos princípios gerais de

administração a situações específicas.”

(Fernando C.P. Motta)

Page 20: Abordagem sistemica e contigencial

Origens da Teoria Contingencial

Nasceu a partir de uma série de pesquisas feitas para verificar quais modelosde estruturas organizacionais são mais eficazes em determinados tipos deorganização.

Isso significa que o tipo de organização mais adequada (vencedora) dependede seu ambiente interno e externo.

Page 21: Abordagem sistemica e contigencial

Abordagem contingencial

• Variações no ambiente ou na tecnologia conduzem a variaçõesna estrutura organizacional. O paradigma mostrado é similar aomodelo de estímulo-resposta proposto por Skinner, que sepreocupa basicamente com adequação da resposta, deixandode lado os processos (causas) pelos quais um estímulo resultana emissão de uma resposta. Para Skinner, o comportamentoaprendido opera sobre o ambiente externo para provocaralguma mudança no ambiente. Se o comportamento causauma mudança no ambiente, então a mudança ambiental serácontingente em relação ao comportamento. A contingência éuma relação do tipo “se-então”.

Page 22: Abordagem sistemica e contigencial

Abordagem Contingencial

• O conceito skinneriano de contingência envolve trêselementos principais:

1.2.3.

• Skinner procura enfatizar as consequências ambientaiscomo mecanismos controladores do comportamentoaprendido. O comportamento atua sobre o ambiente paraproduzir uma determinada situação. Assim, ocomportamento é função de suas consequências.

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Pesquisa de Chandler

• Realizou um estudo sobre as mudanças estruturais nasorganizações em relação à estratégia de negócio.

• Pesquisou quatro grandes empresas AMERICANAS: DU PONT,GM, STANDARD OIL CO. E A SEARS ROEBUCK & CO.

• Selecionou essas empresas por serem inovadoras na criação deestruturas de sucesso em grandes empresas multidimensional.

Page 24: Abordagem sistemica e contigencial

As quatro fases da Pesquisa de CHANDLER

1.

2.

3.

4.

Page 25: Abordagem sistemica e contigencial

PESQUISA DE CHANDLER

• CONCLUSÃO:

A estrutura organizacional das grandes empresas americanas égradativamente alterada pela estratégia do mercado, ou melhor,diferentes condições do ambiente exigem estruturas diferentes.

Page 26: Abordagem sistemica e contigencial

Pesquisa de Burns e Stalker

• Tom Burns e G. M. Stalker, dois sociólogos, pesquisaram indústriasinglesas para verificar a relação entre práticas administrativas eambiente externo. Encontraram diferentes procedimentosadministrativos nas indústrias e as classificaram em dois tipos:organizações “mecânicas” e “orgânicas”.

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Organizações Mecânicas

Estrutura burocrática baseada em uma minuciosadivisão do trabalho

Cargos ocupados por especialistas com atribuiçõesclaramente definidas

Decisões centralizadas e concentradas na cúpula daempresa

Hierarquia rígida de autoridade baseada no comandoúnico

Sistema rígido de controle sobre as informações

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Organizações Orgânicas

Estruturas organizacionais flexíveis com pouca divisão de trabalho

Funções continuamente modificadas e redefinidas por meio da interação com outras pessoas que participam da tarefa

Decisões descentralizadas e delegadas aos níveis inferiores

Tarefas executadas por meio do conhecimento que as pessoas têm da empresa.

Page 29: Abordagem sistemica e contigencial

Pesquisa de Burns e Stalker

• Conclusões:

• A forma mecânica de organização é mais apropriada sob condiçõesambientais relativamente estáveis, enquanto a forma orgânica é maisapropriada para condições ambientais de mudança e inovação.

Page 30: Abordagem sistemica e contigencial

Pesquisa de Lawrence e Lorsch

• EMPRESAS: 10 empresas em 3 diferentes meios industrias(plásticos, alimentos empacotados e recipientes-containers).

• TIPO DE ESTUDO: pesquisa comparativa buscando determinar ascaracterísticas que as empresas devem ter para enfrentar comeficiência as diferentes condições internas, tecnológicas e demercado.

• RESULTADOS: os problemas organizacionais básicos são adiferenciação e a integração.

Page 31: Abordagem sistemica e contigencial

Pesquisa de Lawrence e Lorsch

Conceito de diferenciação: cada departamento daempresa reage a parte do ambiente que está exposto narealização da sua tarefa. Desta forma aparecemdiferenças nas abordagens e estruturas dos diversosdepartamentos da empresa.

Conceito de integração: pressões do ambiente levam abusca de unidade de esforços e coordenação entre osvários departamentos/subsistemas para atingirobjetivos.

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Pesquisa de Lawrence e Lorsch

• Com base na pesquisa os autores formulam a Teoria da Contingência:

Aspectos Básicos:

• A organização é de natureza sistêmica, ou seja, ela é um sistema aberto.

• As variáveis organizacionais apresentam um complexo inter-relacionamento entre sie com o ambiente.

• As variáveis ambientais são independentes, desta forma as variáveis organizacionaissão dependentes.

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Pesquisa de Lawrence e Lorsch

• Conclusão

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Pesquisa de Joan Woodward

Socióloga industrial, organizou uma pesquisa para avaliar se a prática dosprincípios de administração propostos pelas teorias administrativas secorrelacionavam com o êxito do negócio.

Page 35: Abordagem sistemica e contigencial

Pesquisa de Joan Woodward

• Sua pesquisa se baseou na correlação entre o êxito nos negóciose as práticas administrativas.

• Pesquisou 100 empresas, cujo tamanho variava entre 100 e maisde 1.000 COLABORADORES.

Page 36: Abordagem sistemica e contigencial

Pesquisa de Joan Woodward

PRODUÇÃO UNITÁRIA OU OFICINA:

Estrutura muito achatada, onde planejamento e execução quase seconfundem.

PRODUÇÃO EM MASSA OU MECANIZADA:

Estrutura piramidal, menos achatada, nítida separação entre direçãoe execução.

PRODUÇÃO EM PROCESSO OU AUTOMATIZADA;

Processo contínuo e poucos funcionários.

CLASSIFICAÇÃO DAS EMPRESAS SEGUNDO SUA TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO

Page 37: Abordagem sistemica e contigencial

Pesquisa de Joan Woodward

•Conclusões:

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Ciclo de Vida das Organizações

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Os Ciclos de Vida das Organizações

• As organizações são entidades de natureza dinâmica e não estáticas ou estagnadas.

• Elas crescem, encolhem e mudam ao longo do tempo.

• A perspectiva de ciclo de vida sobre a mudança organizacionalsignifica que as organizações mudam constantemente ao longo dotempo em função de seu crescimento em tamanho, condições ematuridade.

Page 40: Abordagem sistemica e contigencial

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Tamanho das organizações

• Com o crescimento de tamanho vem a complexidade, pois conformeuma organização cresce, suas operações e estrutura tornam-se maisdifíceis de administrar

• Um desafio gerencial é a tarefa de balancear as vantagens dotamanho com as ocorrências da complexidade

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41

Tamanho das organizações

As organizações crescem por diversas razões:

•Metas organizacionais:

• Progresso dos executivos:

• Saúde econômica:

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Tamanho das organizações

As grandes organizações diferem das pequenas nos seguintes aspectos:

GRANDES PEQUENAS

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43Prof. Marcos Antonio Franklin

Estágio de empreendimento

Estágio de coletividade

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44Prof. Marcos Antonio Franklin

Estágio de formalização

Estágio de elaboração

Page 45: Abordagem sistemica e contigencial

45

O fracasso das organizações quem é verdadeiro culpado

Page 46: Abordagem sistemica e contigencial

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O que ficou provado:

•Dificuldade em mudar o modelo

•Administração sem Tecnologia da Informação – TI

•Lentidão nas decisões

•Pensar que o “passado” foi excelente

•Creditar o erro nos “outros”

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Quais são os papéis do GESTOR??

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O novo modelo Competente

•Assessoria de RH

•Assessoria Contábil

•Assessoria Jurídica

•Análise rápida de crédito

•Controles gerenciais e financeiros

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O novo modelo Competente

•Central de compras

•Otimização das rotinas

•Treinamentos gerenciais

•Treinamentos operacionais

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Um novo modelo Competente

Mercado

• Ampliação do Mercado

• Gestão Criativa

• Novos Negócios

• Competitividade

• Clientes Satisfeitos

• Aumento das Vendas (com lucratividade)

• Gestão estratégica de pessoas

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•Redução dos Custos

•Lucratividade

•Excelência da Qualidade

•Redução da Inadimplência

•Fidelização dos Clientes

•Marketing Integrado

Um novo modelo Competente

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TEORIA DA ECOLOGIA ORGANIZACIONAL

Page 53: Abordagem sistemica e contigencial

A Ecologia Organizacional é uma tentativa de explicar como ascondições ambientais afetam a relativa abundância e diversidade deorganizações e como estas tentam se adaptar às mutações ambientais,embora seu esforço seja inócuo frente à seleção natural do ambiente.

Page 54: Abordagem sistemica e contigencial

Foca os aspectos estruturais do ambiente.

Os fatores do ambiente que determinam a sobrevivência depopulações de organizações de um certo tipo em um dadoambiente.

Esta teoria procura estudar:Por que em alguns ambientes predominam organizações menores e

orgânicas e em outros organizações maiores e mais burocratizadas?

Quais as razões da diversidade de formas organizacionais?

Como e por quê se dá o crescimento de “populações” deorganizações de certo tipo em um setor específico?

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• Contrapondo-se à Teoria Contingencial, a Ecologia Organizacional põeem dúvida o fato de a organização ser ou não tão flexível na adaptaçãoao ambiente. O assunto desperta interesse e merece atenção, poisdiscute o quanto "o ambiente tem uma preponderância maior naseleção daquelas organizações que são mais aptas a sobreviver“(MOTTA, 2001).

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Dentro de uma perspectiva sociológica, conforme citam Hannan eFreeman (1978), a Ecologia Organizacional não trata de unidadesorganizacionais em particular, mas de populações de organizações equestiona o “como” e o “por que” as populações organizacionais sedesenvolvem. Nesta teoria, as organizações que têm melhor adequaçãoao ambiente são selecionadas em detrimento daquelas que não seadaptam apropriadamente.

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INTRODUÇÃO

A ecologia organizacional pode ser entendida como um dos domíniosteóricos mais em evidência no panorama recente das ciênciasorganizacionais.

A ecologia organizacional dedica-se ao estudo de um nível de análisehabitualmente ignorado na teoria organizacional, isto é, o daspopulações de organizações.

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O BOOM DA ECOLOGIA ORGANIZACIONAL

A ecologia organizacional pode ser vista como um sinal dos tempos. Umsinal de uma época competitiva, a ponto de se levantarem vozes sobre ajusteza e as consequências da ideologia da competição.

Page 59: Abordagem sistemica e contigencial

A natureza anti-management da ecologia organizacional

• Na teoria ecológica, o ambiente externo é “proativo”, cabendo aosgestores um papel passivo e de resistência à mudança induzida peloexterior;

• O fato de o processo de seleção das organizações se desenvolvernuma lógica supra organizacional retira relevância e pertinência aopapel adaptativo do gestor tal como concebido noutras teorias(principalmente a contingencial);

• Ao aceitar que é predominantemente o mercado que muda, e não asorganizações a teoria ecológica não se mostra capaz de propor umconjunto de prescrições para a atividade de adaptaçãoorganizacional.

Page 60: Abordagem sistemica e contigencial

a forma organizacional, que constrange e conduz o comportamentoindividual;

a escassez dos recursos, que dificulta a gestão da mudança;

o padrão de competição inter e intraorganizacional, que reduz aspossibilidades de escolha e faz com que as pressões competitivasamplifiquem o efeito de outros fatores;

o efeito das limitações à racionalidade, da forma como sãoapresentadas pelos psicólogos cognitivos.

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• Não sendo necessariamente “heróis”, os gestores não devem sertratados como “anti-heróis”: eles são atores organizacionaisconstrangidos pelo contexto, mas não a ponto de sua ação serdeterminada pelo ambiente externo.

• Mesmo aceitando que o contexto organizacional e ambientalconstrange a ação dos gestores, é difícil aceitar que o processo deinfluência entre o contexto e o gestor se desenrole num só sentido:do contexto para o gestor.

• O papel do gestor e o seu mérito devem ser avaliados cada vez maispela capacidade demonstrada em articular de forma harmoniosa aspressões externas com as necessidades e capacidades internas.

Page 62: Abordagem sistemica e contigencial

• O papel do gestor e o seu mérito devem ser avaliados cada vez maispela capacidade demonstrada em articular de forma harmoniosa aspressões externas com as necessidades e capacidades internas.

• Os gestores de topo devem ser cada vez mais catalisadores daabertura ao exterior em vez de controladores intraorganizacionais.

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TEORIA DOS CUSTOS DE TRANSAÇÃO

Page 64: Abordagem sistemica e contigencial

A organização no enfoque da TCT

O ponto de partida da TCT:

A consideração de que os custos da empresa não se resumem acustos de produção: existem também os custos de transação.

Definição de Custos de Transação:

São os custos que os agentes enfrentam quando recorrem aomercado para adquirir equipamentos, insumos ou serviços, ouquando estabelecem uma “interface” com outro agente

Esses custos envolvem: custos de negociar, redigir e garantiro cumprimento de um contrato (formal ou informal).

Page 65: Abordagem sistemica e contigencial

Como esta teoria explica a existência de Custos de Transação?

Fatores que podem originar custos de transação

Page 66: Abordagem sistemica e contigencial

TEORIA DA FIRMA – O ENFOQUE DOS CUSTOS DE TRANSAÇÃO

• Exemplos de Custos de Transação:

Custos devidos a falhas na execução da transação

- Quando a transação não se processa da maneira planejada.

Ex: o caso do fornecimento de insumos e componentes quefogem aos padrões de qualidade ou aos prazos de entregarequeridos, determinando paralisações ou alterações no ritmo deprodução, fabricação de produtos defeituosos, etc.

Page 67: Abordagem sistemica e contigencial

TEORIA DA FIRMA – O ENFOQUE DOS CUSTOS DE TRANSAÇÃO

• Custos requeridos para criar garantias de que não existirãointenções oportunistas

• Ex: pagamento de taxas para uso/comercialização de marcasou produtos.

(o caso de franchising ou outros investimentos associados àimplementação de códigos de confiança)

Page 68: Abordagem sistemica e contigencial

Como esta teoria explica a existência de Custos de Transação?

•Comportamento oportunista

• Supõe-se que os agentes econômicos agem motivados peloauto interesse e oportunismo: o oportunismo implica que aspartes podem agir aeticamente, descumprindo contratos

• Para prevenir perdas devido ao oportunismo, os agenteseconômicos procuram estabelecer relações contratuais: quantomaior a necessidade de relações contratuais maior o custo detransação associado.

Page 69: Abordagem sistemica e contigencial

Como esta teoria explica a existência de Custos de Transação?

Especificidade dos ativos

Ativos específicos são ativos que não são reempregáveis semque tal implique em alguma perda de valor.

A condição de especificidade do ativo ocorre na situação emque é reduzido o número de produtores capazes de ofertar e dedemandantes interessados em adquirir o ativo em questão.

Quanto maior o grau de especificidade do ativo, maioresserão os riscos e problemas de adaptação, logo, mais elevadosserão os custos de transação.

Page 70: Abordagem sistemica e contigencial

Exemplos de fontes de especificidade de ativos:

Especificações técnicas que podem limitar a possibilidade deaplicações alternativas;

(Ex: equipamentos industriais sob encomenda.)

Recursos humanos empregados em atividades de P&D

(Conhecimentos e habilidades não podem ser facilmentetransferíveis ou copiados.)

Especificidade de localização: explicada pela imobilidade física dosativos

(deslocamento implicaria em elevado custo de transação) Ex: usinahidroelétrica – central geradora de energia.

Page 71: Abordagem sistemica e contigencial

TEORIA DA FIRMA – O ENFOQUE DOS CUSTOS DE TRANSAÇÃO

• A pergunta central da TCT

• Dada a necessidade da empresa de dispor de equipamentos,insumos, etc, qual a melhor maneira de fazê-lo?

1. Realizando uma transação de compra?

2. Internalizando a produção desses fatores, ou seja, passandoela mesma a produzi-los?

Page 72: Abordagem sistemica e contigencial

TEORIA DA FIRMA – O ENFOQUE DOS CUSTOS DE TRANSAÇÃO

•A hipótese básica da teoria:

• A existência de custos de transação relativamente mais elevados emtransações realizadas no mercado determina a substituição destaestrutura de governança pela estrutura hierárquica da empresa comométodo de economizar custos de transação.

•Por que as firmas existem?

• As empresas existem se e enquanto possibilitarem maior economiade custos transação em relação a alternativa do mercado.

Page 73: Abordagem sistemica e contigencial

Aplicando a Teoria dos Custos de Transação

Integração Vertical:

Integração Vertical – solução indicada quando:

1.

2.

3.

Page 74: Abordagem sistemica e contigencial

Definindo a fronteira da firma

Integração Vertical e tamanho eficiente da firma

. O tamanho eficiente da firma será definido tomandoem conta:

- o conjunto atividades consideradas estratégicas aofuncionamento e expansão da firma;

- o conjunto de atividades que sejam realizadas de formamais eficiente ao serem internalizadas pela firma do queabastecidas pelo mercado.

Page 75: Abordagem sistemica e contigencial

Dinamizando a Teoria dos Custos de Transação

•Quando para reduzir custos de transação seja necessáriopromover mudança organizacional na empresa.

•Assim como a existência de custos de transaçãorelativamente mais elevados em transações realizadas nomercado determina a substituição desta estrutura degovernança pela organização hierárquica da empresa, hápossibilidade de auferir economias de custos de transaçãopodem levar a alterações nas características desta últimaorganização, desencadeando um processo de mudançaorganizacional.

Page 76: Abordagem sistemica e contigencial

Teoria dos Custos de Transação –uma síntese

• A teoria dos custos de transação enfoca a firma enquanto umaestrutura de governança (uma organização) alternativa aomercado, cujo objetivo é economizar custos de transação.

• A teoria afirma que a magnitude dos custos de transação variaconforme as características da transação e do ambientecompetitivo.

• A magnitude desses custos é explicada pela teoria em função detrês fatores: Incerteza, Oportunismo e Especificidade dosAtivos.

Page 77: Abordagem sistemica e contigencial

Teoria dos Custos de Transação –uma síntese

• A incerteza tem o efeito de ampliar as lacunas que um contrato nãopode cobrir, o que significa dizer que ela aumenta o espaço paracomportamentos oportunistas, portanto, afeta positivamente oscustos de transação.

• O oportunismo é favorecido pelo ambiente de incerteza. Mas se atransação for efetuada com elevada frequência, é provável que osagentes econômicos evitem agir de forma oportunista, impondoperdas aos seus parceiros, pelo temor de represálias ou perdas defuturas na relação de troca.

• O grau de especificidade dos ativos afeta positivamente os custos detransação, uma vez que tal situação potencializa a possibilidade deperda associada a uma ação oportunista por parte do outro agente.

Page 78: Abordagem sistemica e contigencial

Teoria dos Custos de Transação –uma síntese

• A teoria dos custos de transação afirma que o critério básicoconsiderado na decisão entre comprar insumos no mercado ouproduzi-los internamente (na empresa) é a comparação entre amagnitude dos custos de transação associados a cada umadessas alternativas: optar-se-á pela estrutura de governançarepresentada pela empresa, quando esta mostrar-se maiseficiente que a coordenação do mercado, no que tange aoobjetivo de economizar custos de transação.

• Esta teoria da firma encontra-se em franca expansão, sendomuito aplicada nos estudos sobre integração vertical e nasquestões envolvendo direitos de propriedade e/ou contratos deexclusividade.