abdução em maringá

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ESPECIAL 3-A Maringá, domingo, 10 de julho de 2005 Há 26 anos foi registrado um caso extraordinário em Maringá: Extraterrestres seqüestraram dois irmãos; pesquisadores relembram o caso O dia em que os ETs pousaram em Maringá Revista UFO Em 13 de abril de 1979, alienígenas seqüestraram e mantiveram relações sexuais com um maringaense Fábio Linjardi Da Redação Pouca gente sabe, mas um dos casos mais fantásticos estudados pela ufologia no mundo aconteceu em Maringá, há 26 anos. Batizado de “Caso do Jardim Alvorada”, o contato imediato aconteceu nas proximida- des da avenida Morangueira, com o se- qüestro de dois irmãos por uma nave extra- terrestre na noite de 13 de abril de 1979. O fenômeno ganhou repercussão no mundo através do livro UFO Abduction at Maringá (Abdução em Maringá por Ovni). O livro foi escrito pelo ufólogo norte-americano Wendelle C. Stevens, com base nas infor- mações de seu colega brasileiro Ademar José Gevaerd. O fato mais inusitado de toda a história é que um dos irmãos abduzidos diz que teve relação sexual com uma alie- nígena no disco voador. Atualmente, Gevaerd, que foi um dos responsáveis pela investigação do caso, é coordenador da Comissão Brasi- leira de Ufólogos. A comisão foi rece- bida no dia 20 de maio pelo Ministério da Aeronáutica e teve acesso a docu- mentos do governo sobre os Ovnis (Ob- jetos Voadores Não Identificados). Gevaerd esteve em Maringá no últi- mo final de semana para uma visita fa- miliar e concedeu uma entrevista ex- clusiva à reportagem do Hoje. Ele falou sobre o Caso do Jardim Alvorada. “Foi um dos casos mais impressio- nantes que eu conheci”, conta o ufólo- go, a respeito da abdução. “Eu morava em Maringá e fazia cursinho em Curiti- ba. Um dia estava no ônibus e li no jornal: ‘Garoto de Maringá abduzido’. Voltei correndo e fui atrás do caso”. ETs NO ALVORADÃO De acordo com Gevared, o caso da abdu- ção em Maringá teria envolvido os irmãos JM, na época com 19 anos, e RC, que con- tava com 13 anos. “Eles moravam em uma casinha humilde na margem da avenida Morangueira”, lembra Gevaerd. De acordo com o ufólogo, os dois irmãos caminhavam pelo Jardim Alvorada e já esta- vam próximos de casa quando RC, o mais novo, começou a ficar agitado. “Tem uma estrela seguindo a gente”, teria dito o irmão mais novo ao outro, apontando para um objeto iluminado que se movia pelo céu. A “estrela” pousou atrás de uma mangueira que estava próxima aos irmãos, que se sen- tiram atraídos hipnoticamente em direção ao objeto brilhante. “A partir desse momen- to, eles não lembram mais de nada. Só lembram de acordarem em baixo da man- gueira com fome, sede e vozes na cabeça”, conta Gevaerd. Depois disso, os dois irmãos foram para casa, que era próxima do local. Assim que chegaram, a mãe deles perce- beu que havia algo estranho. Uma espécie de aura iluminada envolvia os irmãos e dava choque em quem tentasse tocá-los. A mulher olhou pela janela e viu à distância o objeto iluminado se elevando do chão. A luz dele era pulsante e a aura que envolvia os garotos acompanhava a mesma pulsação, aumentando e diminuindo. Gevared soube do caso e levou os garo- tos até o médico Osvaldo Alves, que os submeteu a hipnose regressiva, para recor- darem o que pudesse ter sido esquecido no contato com a “estrela” que os havia se- guido. Os rapazes foram submetidos às se- ções separadamente. A hipnose foi reali- zada pelo médico Osvaldo Alves, que atu- almente reside em Mandaguari. JM descreveu que logo após aproximar da luz desmaiou junto com seu irmão. Ele recorda que após cair no solo sentiu que havia lhe pegado pelos braços e o levado para dentro da nave. “Ele descreveu a nave como sendo um objeto circular. As portas se abriram como abas e ele foi con- duzido para dentro”, lembra Gevaerd. JM descreveu as criaturas do interior da nave como sendo parecidas com os seres humanos, mas elas não falavam com a boca, toda a comunicação era feita por te- lepatia. Os alienígenas apresentaram os compartimentos da nave para o rapaz. “Ele descreveu tudo como sendo limpo e sem cheiro” lembra o ufólogo. “Naquela época o JM era um eletricista sem maio- res instruções. As criaturas levaram-no até uma sala onde ficava o motor da nave. Ele descreveu como sendo duas ogivas metálicas, que ele chamou na épo- ca de bicos de balas [de arma de fogo]. O eletricista reparou também que não havia fios, nem botão no motor”, conta Gevaerd. SEXO COM ET A parte mais impressionante da história de JM está nas experiências que ele foi sub- metido pelos alienígenas. Foram coletadas amostras de seu sangue, pele e cabelo. Os extraterrestres, os quais foram descritos como sendo semelhantes aos humanos, co- locaram em seu pênis um aparelho de suc- ção. O mecanismo parecia ser feito de pa- pel celofane. “Provavelmente foi uma reti- rada de líquido seminal”, avalia Gevaerd. Em seguida, os extraterrestres deixaram JM sozinho em uma sala. Na seqüência entrou uma mulher, de altura entre 1,70 e 1,80 metro, pele clara e cabelo preto liso, na altura dos ombros. O eletricista a des- creveu como sendo “bonita”. A extraterrestre acariciou primeiro o rosto do rapaz, depois o tórax. Ela abriu a parte inferior da sua roupa e deixou bem claras as suas intenções com o ab- duzido. Os dois fizeram sexo, mas em momento algum a alienígena mostrou estar empolgada com a situação. A reportagem do Hoje teve acesso na tar- de da última sexta-feira ao livro ainda não publicado que contém as entrevistas feitas pelo médico Osvaldo Alves com JM, sob hipnose. O rapaz descreveu a relação com a extraterrestre da seguinte forma: “Subi em cima dela e mandei brasa. Mas estava sem graça, não tinha sensação, não tinha nada. Era um prazer frio, mas cheguei ao orgasmo. Ela me empurrou e eu me levan- tei. Começamos uma conversa e ela me disse : ‘Tomara que a semente germine’ ”. O irmão mais novo de JM também foi submetido a seções de hipnose, mas não se lembra de ter passado pelas situações descritas por seu irmão. Tanto o ufólogo Gevaerd quanto o dr. Osvaldo informaram à reportagem do Hoje que o pivô da história, o eletricista JM, ainda deve residir em Maringá. A reportagem não conseguiu localizá-lo durante toda a última semana, período da produção desta matéria. OS ALIENS EM MARINGÁ De acordo com o editor da revista UFO, na década de 70 eram freqüentes os avista- mentos de objetos não identificados sobre- voando os céus de Maringá. “No começo, o pessoal acreditava até que era por cau- sa da catedral. As pessoas falavam na- quela época que a quantidade de ferro utilizada na estrutura da Catedral estava atraindo os discos voadores”, conta Geva- erd. “Mas, isso não tem nada a ver. É que aquela construção faz as pessoas olharem para o céu. E reparando no céu, as pes- soas vêem o que está passando”, explica. Como a abdução em Maringá mudou a vida destas pessoas João Mário Goes Ademar José Gevaerd, 42 anos, editor da revista UFO Ademar José Gevaerd, 42 anos, nasceu em Maringá, estudou no Insti- tuto de Educação e seu interesse por ufologia começou ainda aos 11 anos, quando ouvia as conversas da mãe com uma amiga que falava sobre ex- traterrestres. “Foi em Maringá que eu comece a minha atividade”, lembra. Sua primeira experiência com um caso ufológico foi justamente o “Caso do Jardim Alvorada”. Gevaerd soube da abdução de JM pelos jornais, foi atrás do assunto e isso mudou sua vida. Ele enviou todas as informações levantadas para o ufólogo norte-ameri- cano Wendelle C. Stevens, que aca- bou publicando o livro UFO Abducti- on at Maringá (Abdução em Maringá por OVNI), com créditos para o Geva- erd. Com o livro, o caso do rapto dos dois irmãos maringaenses foi conheci- do mundialmente, principalmente pelo fato mais inusitado: um dos abdu- zidos alega que manteve relações se- xuais com uma alienígena. Com o reconhecimento, Gevaerd passou a ser convidado para conferên- cias internacionais, já somando mais de 120 viagens internacionais e 39 pa- lestras pelo mundo. No Brasil, foram centenas de palestras sobre ufologia, estudo ao qual ele passou a dedicar-se exclusivamente em 1986, quando dei- xou de dar aulas de Química. Em 1983 Gevaerd fundou o Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores (CBPDV), que atualmente é a maior entidade do gênero do hemisfério sul. Em 1985, fundou a Revista UFO em Campo Grande (MS), da qual é editor. A publicação é a única sobre Ufologia existente no país, com quase 20 anos de duração, e uma das poucas em todo o mundo. A revista UFO possui tiragem mensal de 40 mil exemplares e circula em todo o Brasil, sendo a mais antiga em atividade no mundo. “Os alienígenas são seres de uma civilização mais avançada. Eles visi- tam a Terra com freqüência”, explica o ufólogo. “A cada dia os astrônomos descobrem uma estrela nova. É certo que há civilizações mais avançadas e mais atrasadas”, conta o ufólogo. “Mas,uma coisa curiosa é que 99% dos extraterrestres dos quais temos relatos possuem formato humano, com cabe- ça, tronco e membros”, acrescenta. Gevaerd também é coordenador da campanha UFOs – Liberdade de In- formação Já! “Chega de sigilo sobre UFOs, presidente!”. A campanha já começou a dar resultados. No dia 20 de maio, a Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU) foi recebida por mi- litares da Aeronáutica e conseguiu ter acesso a documentos do gover- no. “Mostraram parte do que nós já sabíamos, só para adoçar nossa boca”, conta o ufólogo. A campanha tem recolhido assinaturas por todo o país com a finalidade de que o go- verno federal libere o acesso dos pesquisadores a documentos secre- tos sobre casos ufológicos. A vida do médico Osvaldo Alves, hoje com 70 anos, mudou completa- mente após seu contato com o caso da abdução no Jardim Alvorada. Foi ele o responsável pelas sessões de hipnose nos irmãos JM e RC. “Mi- nha primeira experiência com um caso de extraterrestres foi com o JM”, lembra o dr. Osvaldo, que atualmen- te reside em Mandaguari e é líder da comunidade Social Cristã Beneficen- te, a qual tem, entre as exigências aos participantes, o desprendimento dos bens materiais, o “cumprimento de todas as leis de Deus” e a prática da alimentação vegetariana. Foi através do ufólogo Gevaerd que dr. Osvaldo conheceu JM e passou a entrevistá-lo por hipnose regressiva. O médico conta que na época em que estudou a abdução do Jardim Al- vorada, também hipnotizou a mãe de JM. Ela teria feito relatos ainda mais surpreendentes do que seu pró- prio filho. De acordo com as investi- gações de dr. Osvaldo, a mãe de JM tinha um histórico de diversas abdu- ções em sua vida.”Dos 9 aos 60 anos a mãe dele [JM] foi abduzida e co- nheceu diversos planetas”, lembra dr. Osvaldo. Conforme o médico, assim como o filho, a mãe não lem- brava conscientemente de suas expe- riências com alienígenas. “Foram 12 fitas gravadas com sessões de hipno- se da mãe de JM”, explica o médico. Após as revelações obtidas com os relatos da mãe de JM, dr. Osvaldo decidiu mudar de vida. “Eu mudei ra- dicalmente meu comportamento. Eu era ateu. Decidi viver uma vida espi- ritual e simples”, explica o médico. “Foi um marco na minha vida a histó- ria do JM e de sua mãe”. Em 1980, dr. Osvaldo fundou em Maringá o Centro de Estudos de Ex- traterrestres. A instituição durou dois anos. “Cada um seguiu seu caminho de pesquisa e eu fiquei sozinho”, lembra. “As pessoas estão muito preo- cupadas em investigar os discos voa- dores. Eu estou preocupado com o piloto, com o fabricante”. Para o dr. Osvaldo, os extraterrestres são guardiões da Terra. “A distância entre nós e eles [os alienígenas] é muito maior do que entre os índios da Amazônia e a Nasa”, compara, O médico também tem uma visão própria a respeito das razões que le- varam uma extraterrestre a ter rela- ções sexuais com um maringaense. “As aparições são simbólicas. Os ex- traterrestres não têm nada o que aprender conosco porque são muito evoluídos. Eles quiseram transmitir que têm um comportamento pareci- do com o nosso, que possuem uma anatomia como a nossa. Quiseram mostrar que estão presentes”, avalia. Osvaldo Alves, 70, médico que hipnotizou os maringaenses abduzidos no Jardim Alvorada João Mário Goes

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Matéria de Fábio Linjardi sobre caso de adução que teria ocorrido em Maringá em 1979.

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Page 1: Abdução em Maringá

ESPECIAL 3-AMaringá, domingo, 10 de julho de 2005

Há 26 anos foi registrado um caso extraordinário em Maringá: Extraterrestres seqüestraram dois irmãos; pesquisadores relembram o caso

O dia em que os ETs pousaram em MaringáRevista UFO

Em 13 de abril de 1979, alienígenas seqüestraram e mantiveram relações sexuais com um maringaense

Fábio LinjardiDa Redação

Pouca gente sabe, mas um dos casosmais fantásticos estudados pela ufologia nomundo aconteceu em Maringá, há 26 anos.Batizado de “Caso do Jardim Alvorada”, ocontato imediato aconteceu nas proximida-des da avenida Morangueira, com o se-qüestro de dois irmãos por uma nave extra-terrestre na noite de 13 de abril de 1979. Ofenômeno ganhou repercussão no mundoatravés do livro UFO Abduction at Maringá(Abdução em Maringá por Ovni). O livrofoi escrito pelo ufólogo norte-americanoWendelle C. Stevens, com base nas infor-mações de seu colega brasileiro AdemarJosé Gevaerd. O fato mais inusitado de todaa história é que um dos irmãos abduzidosdiz que teve relação sexual com uma alie-nígena no disco voador.

Atualmente, Gevaerd, que foi umdos responsáveis pela investigação docaso, é coordenador da Comissão Brasi-leira de Ufólogos. A comisão foi rece-bida no dia 20 de maio pelo Ministérioda Aeronáutica e teve acesso a docu-mentos do governo sobre os Ovnis (Ob-jetos Voadores Não Identificados).

Gevaerd esteve em Maringá no últi-mo final de semana para uma visita fa-miliar e concedeu uma entrevista ex-clusiva à reportagem do Hoje. Ele falousobre o Caso do Jardim Alvorada.

“Foi um dos casos mais impressio-nantes que eu conheci”, conta o ufólo-go, a respeito da abdução. “Eu moravaem Maringá e fazia cursinho em Curiti-ba. Um dia estava no ônibus e li nojornal: ‘Garoto de Maringá abduzido’.Voltei correndo e fui atrás do caso”.

ETs NO ALVORADÃODe acordo com Gevared, o caso da abdu-

ção em Maringá teria envolvido os irmãosJM, na época com 19 anos, e RC, que con-tava com 13 anos. “Eles moravam em umacasinha humilde na margem da avenidaMorangueira”, lembra Gevaerd.

De acordo com o ufólogo, os dois irmãoscaminhavam pelo Jardim Alvorada e já esta-vam próximos de casa quando RC, o maisnovo, começou a ficar agitado. “Tem umaestrela seguindo a gente”, teria dito o irmãomais novo ao outro, apontando para umobjeto iluminado que se movia pelo céu. A“estrela” pousou atrás de uma mangueiraque estava próxima aos irmãos, que se sen-tiram atraídos hipnoticamente em direçãoao objeto brilhante. “A partir desse momen-to, eles não lembram mais de nada. Sólembram de acordarem em baixo da man-gueira com fome, sede e vozes na cabeça”,conta Gevaerd. Depois disso, os dois irmãosforam para casa, que era próxima do local.Assim que chegaram, a mãe deles perce-beu que havia algo estranho. Uma espéciede aura iluminada envolvia os irmãos edava choque em quem tentasse tocá-los. Amulher olhou pela janela e viu à distância oobjeto iluminado se elevando do chão. Aluz dele era pulsante e a aura que envolviaos garotos acompanhava a mesma pulsação,aumentando e diminuindo.

Gevared soube do caso e levou os garo-tos até o médico Osvaldo Alves, que os

submeteu a hipnose regressiva, para recor-darem o que pudesse ter sido esquecidono contato com a “estrela” que os havia se-guido. Os rapazes foram submetidos às se-ções separadamente. A hipnose foi reali-zada pelo médico Osvaldo Alves, que atu-

almente reside em Mandaguari.JM descreveu que logo após aproximar

da luz desmaiou junto com seu irmão. Elerecorda que após cair no solo sentiu quehavia lhe pegado pelos braços e o levadopara dentro da nave. “Ele descreveu a

nave como sendo um objeto circular. Asportas se abriram como abas e ele foi con-duzido para dentro”, lembra Gevaerd.

JM descreveu as criaturas do interior danave como sendo parecidas com os sereshumanos, mas elas não falavam com a

boca, toda a comunicação era feita por te-lepatia. Os alienígenas apresentaram oscompartimentos da nave para o rapaz.“Ele descreveu tudo como sendo limpo esem cheiro” lembra o ufólogo. “Naquelaépoca o JM era um eletricista sem maio-res instruções. As criaturas levaram-noaté uma sala onde ficava o motor danave. Ele descreveu como sendo duasogivas metálicas, que ele chamou na épo-ca de bicos de balas [de arma de fogo]. Oeletricista reparou também que não haviafios, nem botão no motor”, conta Gevaerd.

SEXO COM ETA parte mais impressionante da história

de JM está nas experiências que ele foi sub-metido pelos alienígenas. Foram coletadasamostras de seu sangue, pele e cabelo. Osextraterrestres, os quais foram descritoscomo sendo semelhantes aos humanos, co-locaram em seu pênis um aparelho de suc-ção. O mecanismo parecia ser feito de pa-pel celofane. “Provavelmente foi uma reti-rada de líquido seminal”, avalia Gevaerd.Em seguida, os extraterrestres deixaramJM sozinho em uma sala. Na seqüênciaentrou uma mulher, de altura entre 1,70 e1,80 metro, pele clara e cabelo preto liso,na altura dos ombros. O eletricista a des-creveu como sendo “bonita”.

A extraterrestre acariciou primeiro orosto do rapaz, depois o tórax. Ela abriua parte inferior da sua roupa e deixoubem claras as suas intenções com o ab-duzido. Os dois fizeram sexo, mas emmomento algum a alienígena mostrouestar empolgada com a situação.

A reportagem do Hoje teve acesso na tar-de da última sexta-feira ao livro ainda nãopublicado que contém as entrevistas feitaspelo médico Osvaldo Alves com JM, sobhipnose. O rapaz descreveu a relação coma extraterrestre da seguinte forma: “Subiem cima dela e mandei brasa. Mas estavasem graça, não tinha sensação, não tinhanada. Era um prazer frio, mas cheguei aoorgasmo. Ela me empurrou e eu me levan-tei. Começamos uma conversa e ela medisse : ‘Tomara que a semente germine’ ”.

O irmão mais novo de JM também foisubmetido a seções de hipnose, mas nãose lembra de ter passado pelas situaçõesdescritas por seu irmão.

Tanto o ufólogo Gevaerd quanto o dr.Osvaldo informaram à reportagem doHoje que o pivô da história, o eletricistaJM, ainda deve residir em Maringá. Areportagem não conseguiu localizá-lodurante toda a última semana, períododa produção desta matéria.

OS ALIENS EM MARINGÁDe acordo com o editor da revista UFO,

na década de 70 eram freqüentes os avista-mentos de objetos não identificados sobre-voando os céus de Maringá. “No começo,o pessoal acreditava até que era por cau-sa da catedral. As pessoas falavam na-quela época que a quantidade de ferroutilizada na estrutura da Catedral estavaatraindo os discos voadores”, conta Geva-erd. “Mas, isso não tem nada a ver. É queaquela construção faz as pessoas olharempara o céu. E reparando no céu, as pes-soas vêem o que está passando”, explica.

Como a abdução em Maringá mudou a vida destas pessoasJoão Mário Goes

Ademar José Gevaerd, 42anos, editor da revista UFO

Ademar José Gevaerd, 42 anos,nasceu em Maringá, estudou no Insti-tuto de Educação e seu interesse porufologia começou ainda aos 11 anos,quando ouvia as conversas da mãecom uma amiga que falava sobre ex-traterrestres. “Foi em Maringá que eucomece a minha atividade”, lembra.

Sua primeira experiência com umcaso ufológico foi justamente o “Casodo Jardim Alvorada”. Gevaerd soubeda abdução de JM pelos jornais, foiatrás do assunto e isso mudou suavida. Ele enviou todas as informaçõeslevantadas para o ufólogo norte-ameri-cano Wendelle C. Stevens, que aca-bou publicando o livro UFO Abducti-on at Maringá (Abdução em Maringápor OVNI), com créditos para o Geva-erd. Com o livro, o caso do rapto dosdois irmãos maringaenses foi conheci-do mundialmente, principalmentepelo fato mais inusitado: um dos abdu-zidos alega que manteve relações se-xuais com uma alienígena.

Com o reconhecimento, Gevaerdpassou a ser convidado para conferên-cias internacionais, já somando maisde 120 viagens internacionais e 39 pa-lestras pelo mundo. No Brasil, foram

centenas de palestras sobre ufologia,estudo ao qual ele passou a dedicar-seexclusivamente em 1986, quando dei-xou de dar aulas de Química.

Em 1983 Gevaerd fundou oCentro Brasileiro de Pesquisas deDiscos Voadores (CBPDV), queatualmente é a maior entidade dogênero do hemisfério sul.

Em 1985, fundou a Revista UFO emCampo Grande (MS), da qual é editor.A publicação é a única sobre Ufologiaexistente no país, com quase 20 anosde duração, e uma das poucas emtodo o mundo. A revista UFO possuitiragem mensal de 40 mil exemplarese circula em todo o Brasil, sendo amais antiga em atividade no mundo.

“Os alienígenas são seres de umacivilização mais avançada. Eles visi-tam a Terra com freqüência”, explicao ufólogo. “A cada dia os astrônomosdescobrem uma estrela nova. É certoque há civilizações mais avançadas emais atrasadas”, conta o ufólogo.“Mas,uma coisa curiosa é que 99% dosextraterrestres dos quais temos relatospossuem formato humano, com cabe-ça, tronco e membros”, acrescenta.

Gevaerd também é coordenador da

campanha UFOs – Liberdade de In-formação Já! “Chega de sigilo sobreUFOs, presidente!”. A campanha jácomeçou a dar resultados. No dia 20de maio, a Comissão Brasileira deUfólogos (CBU) foi recebida por mi-litares da Aeronáutica e conseguiuter acesso a documentos do gover-no. “Mostraram parte do que nós jásabíamos, só para adoçar nossaboca”, conta o ufólogo. A campanhatem recolhido assinaturas por todoo país com a finalidade de que o go-verno federal libere o acesso dospesquisadores a documentos secre-tos sobre casos ufológicos.

A vida do médico Osvaldo Alves,hoje com 70 anos, mudou completa-mente após seu contato com o caso daabdução no Jardim Alvorada.

Foi ele o responsável pelas sessõesde hipnose nos irmãos JM e RC. “Mi-nha primeira experiência com umcaso de extraterrestres foi com o JM”,lembra o dr. Osvaldo, que atualmen-te reside em Mandaguari e é líder dacomunidade Social Cristã Beneficen-te, a qual tem, entre as exigências aosparticipantes, o desprendimento dosbens materiais, o “cumprimento detodas as leis de Deus” e a prática daalimentação vegetariana.

Foi através do ufólogo Gevaerd quedr. Osvaldo conheceu JM e passou aentrevistá-lo por hipnose regressiva.

O médico conta que na época emque estudou a abdução do Jardim Al-vorada, também hipnotizou a mãede JM. Ela teria feito relatos aindamais surpreendentes do que seu pró-prio filho. De acordo com as investi-gações de dr. Osvaldo, a mãe de JMtinha um histórico de diversas abdu-ções em sua vida.”Dos 9 aos 60 anosa mãe dele [JM] foi abduzida e co-nheceu diversos planetas”, lembra

dr. Osvaldo. Conforme o médico,assim como o filho, a mãe não lem-brava conscientemente de suas expe-riências com alienígenas. “Foram 12fitas gravadas com sessões de hipno-se da mãe de JM”, explica o médico.

Após as revelações obtidas com osrelatos da mãe de JM, dr. Osvaldodecidiu mudar de vida. “Eu mudei ra-dicalmente meu comportamento. Euera ateu. Decidi viver uma vida espi-ritual e simples”, explica o médico.“Foi um marco na minha vida a histó-ria do JM e de sua mãe”.

Em 1980, dr. Osvaldo fundou emMaringá o Centro de Estudos de Ex-traterrestres. A instituição durou doisanos. “Cada um seguiu seu caminhode pesquisa e eu fiquei sozinho”,lembra. “As pessoas estão muito preo-cupadas em investigar os discos voa-dores. Eu estou preocupado com opiloto, com o fabricante”.

Para o dr. Osvaldo, os extraterrestressão guardiões da Terra. “A distânciaentre nós e eles [os alienígenas] émuito maior do que entre os índios daAmazônia e a Nasa”, compara,

O médico também tem uma visãoprópria a respeito das razões que le-

varam uma extraterrestre a ter rela-ções sexuais com um maringaense.“As aparições são simbólicas. Os ex-traterrestres não têm nada o queaprender conosco porque são muitoevoluídos. Eles quiseram transmitirque têm um comportamento pareci-do com o nosso, que possuem umaanatomia como a nossa. Quiserammostrar que estão presentes”, avalia.

Osvaldo Alves, 70, médicoque hipnotizou osmaringaenses abduzidos noJardim Alvorada

João Mário Goes