"a psicologia da cooperaÇÃo e consciÊncia grupal" de torkom saraydarian (1990)
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"Cooperação é uma Lei Cósmica, operando no Universo para realizar a construção de todas as formas de vida e levá-las ao seu propósito supremo. Consciência é a percepção da existência dos 'outros'. Este livro mostra que, toda vez que nossa consciência falha no estabelecimento da cooperação, sentimos nosso fracasso intelectual, espiritual e moral."UPLOAD PATROCINADO POR:www.NOVACOMUNIDADE.org - O MODELO COOPERATIVO FAMILIARwww.MDDVTM.org - MOVIMENTO DE DEMOCRACIA DIRECTA EDUCATIVA"Tudo que o homem não conhece não existe para ele. Por isso o mundo tem, para cada um, o tamanho que abrange o seu conhecimento."(Carlos Bernardo González Pecotche)"Um povo ignorante é um instrumento cego da sua própria destruição."(Simón Bolivar)TRANSCRIPT
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A Psicologia da Cooperao e Conscincia Grupal
Torkom Saraydarian Editora Aquariana Traduo E. Higa A.
Sumrio:
Introduo...
Captulo I
Conscincia Grupal...
Captulo II
Conscincia e Conscincia Grupal...
Captulo III
O Grupo e o Objetivo Comum...
Captulo IV
A Lei da Cooperao...
Captulo V
Cooperadores e Princpios de Cooperao...
Captulo VI
Discriminao...
Captulo VII
Competio e Represso...
Amizade... Captulo VIII
Integridade e Cooperao...
Captulo IX
Captulo X
Ponderao...
Captulo XI
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Concluso...
Glossrio...
Introduo
A maior alegria, sade, prosperidade e futuro de um Ser Humano esto baseados no
trabalho que ele realiza para outras pessoas: curando, iluminando, encorajando e
dando oportunidade para crescerem.
Pessoas podem ser divididas em muitas categorias, as quais tambm correspondem
aos estgios das suas conscincias.
Aquelas na primeira categoria vivem para fazer a felicidade delas custa da felicidade
de outros.
Aquelas na segunda categoria vivem para fazer seus partidos ou nao felizes custa
de outros.
Aquelas na terceira vivem para servir os outros e ajudar a tornar as pessoas saudveis,
felizes, prsperos e creativas.
Aquelas do primeiro grupo lentamente terminam suas vidas com infelicidade, aflies
e remorsos. O segundo grupo aumenta a dor e o sofrimento da humanidade.
O terceiro grupo aprecia a vida e aumenta a sade, a felicidade, a prosperidade e a luz
no mundo. Eles vivem felizes e so capazes de sobreviver e aguentar muitas crises e
calamidades na vida.
H ainda outra categoria totalmente diferente das trs acima. As pessoas aqui servem
s foras do mal que controlam a humanidade atravs do dio, medo, raiva, cimes,
difamao, maldade e separatismo. No haver esperana para uma pessoa se ela cair
nas mos de semelhante grupo, porque ele destruir seu alicerce e a tornar uma
pessoa sem alma.
do nosso interesse, capacitar pessoas a distinguir entre os vrios agrupamentos e
viver uma vida livre, que seja o menos prejudicial possvel para si mesma e para os
outros. As pessoas devem aprender a no viver pelas suas posses e posies, mas com
a finalidade de trazer uma felicidade real para a humanidade. Como um grande Mestre
uma vez declarou: Felicidade repousa em auxiliar a humanidade.
Aprendendo o verdadeiro significado da conscincia de grupo, paramos de olhar para
ns mesmo como um ser separado de todos ou outros e comeamos a ver nosso elo
com toda a humanidade, com a Natureza e o Cosmos.
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Nessa realizao, aprendemos a cincia e a arte da cooperao. Pessoas em todos os
lugares esto finalmente percebendo que ter cooperao e conscincia grupal so as
verdadeiras e nicas chaves para sucesso e, finalmente, sobrevivncia.
Captulo I
Conscincia Grupal
Um grupo uma unio de pessoas que tm um objetivo comum e que tentam atingir
esse objetivo atravs da cooperao, perseverana e abnegao. A inteno de cada
membro tornar o grupo todo saudvel, feliz, prspero, iluminado e seguro.
O nmero de membros em cada grupo pode variar de trs a milhes, mas medida
que o nmero de membros aumenta, maior virtude e eficincia so necessrias para
manter o grupo intacto. Uma famlia pode ser um grupo; uma igreja pode ser um
grupo; uma nao pode ser um grupo. At a humanidade como um todo pode ser um
grupo global.
Conscincia Grupal a soma total da conscincia dos indivduos que, atravs de
sinceros esforos, tm unido, fundido e harmonizado suas conscincias com as de
outros.
Um grupo no um verdadeiro grupo a menos que as conscincias dos membros
daquele grupo estejam fundidas, unidas e harmonizadas umas com as outras. Isso se
refere a ter uma nica mente, ou conscincia grupal.
A conscincia grupal pode ser desenvolvida pela adeso dos seguintes oito princpios:
1. Os membros do grupo devem aprender o valor do respeito e pratic-lo uns
com os outros. A menos que a pessoas num grupo respeite cada um, no
poder haver um grupo verdadeiro. O respeito deve estar presente no
comportamento, palavras, sentimentos e pensamentos de cada pessoa em
relao a outros membros do grupo. Isso vlido tambm no grupo da famlia.
Se os membros da famlia no respeitarem uns aos outros, no haver famlia.
Mas como se respeita outra pessoa? A resposta : observando um grande valor
ou potencial dela e mantendo com ela uma relao especial baseada no
reconhecimento daquele grande valor. Se no h respeito entre os membros
do grupo, como se ele tivesse um muro construdo sem cimento. Uma famlia
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ou um grupo existe e cresce somente quando os membros respeitam uns aos
outros.
2. Os membros do grupo devem promover um objetivo comum. Se o objetivo
est claro na mente dos membros, eles tero uma comunicao melhor e uma
cooperao mais inteligente uns com outros. O objetivo dever ser o eixo do
grupo, em torno do qual os membros devero organizar suas vidas e atividades.
Alguns membros tentam ajustar o objetivo do grupo para seus prprios
interesses e us-lo para suas vantagens separatistas. Quando certos membros
tentam impor seus objetivos individuais sobre o grupo, surgem tenses e
problemas dentro dele.
O objetivo grupal quer que cada Membro enuncie a seu objetivo individual, ou,
pelo menos, no force seu objetivo separado sobre o grupo. O condutor de
uma orquestra quer que todos os msicos toquem suas partes na sinfonia, que
o objetivo da orquestra. Mas o que acontecer se algum msico tocar sua
prpria msica na orquestra?
Para ser parte da conscincia do grupo; o membro dever renunciar a
atividades, sentimentos e pensamentos que no fazem parte do objetivo
comum do grupo.
3. Os Membros do grupo devem tentar trabalhar em harmonia uns com os
outros, elevando o objetivo grupal e os objetivos individuais dos membros
que no contradizem o objetivo grupal. Por exemplo: o objetivo de um grupo
levantar cinco milhes de dlares. Suponha que no grupo haja membros que
aspiram riqueza. Promover, encorajar e aconselhar tais membros em como
fazer dinheiro no contradiz o objetivo grupal, porque, se aqueles membros
alcanam seus objetivos e tem mais dinheiro, eles beneficiam o grupo doando
mais dinheiro, auxiliando-o assim a alcanar seus objetivos.
Quanto mais ricos os membros de um grupo, mais rico o grupo ser. Ento,
auxiliar uns aos outros a alcanar objetivos individuais no contradiz os
interesses do objetivo grupal, desde que os objetivos individuais no sejam
contraditrios aos do grupo.
Quando os objetivos grupais r individuais esto em concordncia um com
outro, medida que o individuo alcana seu objetivo, o grupo tambm alcana.
Quando a renda individual cresce, a renda grupal cresce tambm. Quando o
grupo torna-se rico, os membros tambm se tornam ricos.
Quando a abundancia de sabedoria, amor, solenidade, pureza e beleza
aumentam no grupo, todos compartilham da sua abundncia e se sentem
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preenchidos. impossvel promover o objetivo grupal, a menos que a
prioridade seja dada a isso e o mesmo seja mantido em maior apreo do que os
objetivos individuais.
Em alguns casos, torna-se necessrio aos membros subordinar seus objetivos
individuais e se devotarem inteiramente para os objetivos grupais. Dessa
maneira, o grupo atinge seu objetivo e proporciona condies para o individuo
alcanar aqueles objetivos que no contradizem o objetivo grupal.
4. Os membros do grupo devem proteger o grupo e seus companheiros de
ataques e perigos. Isso resulta em conscincia grupal, progresso, integridade e
influncia para o grupo.
Certa vez, trs dos nossos soldados estavam numa misso muito perigosa para
o exrcito. Cada um de ns era um especialista em um dos aspectos da misso.
Estvamos muito ansiosos para proteger um ao outro porque nossa
sobrevivncia individual dependia da sobrevivncia dos outros. Se um de ns se
perdesse, os outros dois teriam um perodo muito difcil de sobrevivncia e
realizao na misso. Assim, frequentemente indagvamos uns aos outros:
Voc comeu bem? Como est a sua energia? Voc dormiu bem? Voc est se
sentindo bem, e assim por diante. A menor queixa de algum membro causava-
nos uma grande ansiedade. Nossa principal preocupao era proteger uns aos
outros.
assim que uma famlia, um grupo, uma nao, e a humanidade devem
aprender a se conduzir. Conscincia grupal pode crescer somente quando uma
pessoa comea a arriscar sua vida no sentido de proteger outros membros do
grupo.
Bilhes de anos atrs, o desenvolvimento progressivo da conscincia iniciou-se
numa clula, quando ela se tornou cnscia de que sua prpria sobrevivncia e
bem estar aumentariam se ela se unisse com outras clulas em direo a um
objetivo comum criando eventualmente um corpo humano.
No corpo humano, vrios grupos esto em operao. Por exemplo: sistema
nervoso um grupo; as glndulas formam outro; o sistema sanguneo outro,
o sistema linftico ainda outro grupo. O homem uma entidade na qual
todos esses grupos trabalham em harmonia, porque eles aprenderam que,
trabalhando em harmonia uns com os outros, por um nico objetivo,
expandem sua conscincia e auxiliam sua sobrevivncia em condies
adversas.
Doena um sinal de desarmonia entre um grupo e o resto. Quando algum
grupo afetado por uma doena, os outros grupos tentam auxili-lo a
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recuperar-se, porque eles sabem que a sobrevivncia do todo est dependendo
do bem estar do grupo que est doente.
A humanidade como o corpo humano, mas por sculos tem falhado em
observar essa condio mais bsica de vida e no tem trabalhado pela unidade,
cooperao e harmonia. Uma nao pensa somente em ser um estomago
para comer o resto do corpo, sem perceber que sua prpria sobrevivncia
depende do corpo todo. Se tivessem perguntado a essa nao porque ela
queria comer o resto, ela responderia: Para minha prpria sobrevivncia.
O que aconteceria se repentinamente todas as clulas do corpo decidissem
deixar o grupo e se dispersar para qualquer lugar? Bem, q pessoa no mais
teria um corpo. Ele no existiria como um corpo. Aqui aprendemos que
existncia significa unir, desenvolver a conscincia grupal e cooperar,
harmonizar e at renunciar a alguns objetivos prprios, sacrificando os
interesses separatistas pelo bem de todo o grupo.
Deve-se pensar acerca do por que a humanidade tem sofrido atravs dos
tempos. A resposta clara: o grupo humano e seus membros individuais tm
quebrado a Lei da Conscincia Grupal e, no seu lugar, atuado pelos interesses
separatistas. As pessoas agem contra a Lei da Conscincia Grupal atravs de
fofocas, difamando uns aos outros, usando maldade e traio, tentando
explorar ou aniquilar uns aos outros. Isso significa que as pessoas esto
trabalhando contra suas prprias sobrevivncias, contra o processo da
formao da conscincia grupal.
5. Os membros do grupo devem encorajar e evocar foras para desenvolver
grandes potenciais em cada um.
Suponha que cinco pessoas queiram construir um templo com suas prprias
mos. Elas se encontram para discutir a construo e determinar que precisem
de pedreiros, encanadores, eletricistas e um engenheiro apto a fazer o
trabalho. Cada um deles deve ento aprender uma habilidade especifica, obter
alguma experincia e, ento, comear a construir o templo. Quando eles
aprendem as habilidades necessrias e trabalham harmoniosamente uns com
os outros, veem o quanto necessitam um do outro para realizar o trabalho.
No futuro, veremos como aqueles grupos, que no favorecem o
desenvolvimento da conscincia grupal, tornaram-se obstculo no caminho da
humanidade, e isso tornou mais difcil para a humanidade alcanar melhores
objetivos. Cada ser humano, grupo e nao devem auxiliar um ao outro a se
tornar mais eficiente, mais prspero e culto, para que a humanidade que o
corpo de todos os agrupamentos alcance seu objetivo supremo: o cultivo da
conscincia global.
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Ento, cada membro de grupo deve encorajar os outros e ser algo mais que
comumente so aumentar sua beleza, tornar-se melhor e contribuir com essa
beleza para o grupo.
Um grupo da sia enviou vinte e cinco de suas crianas para o ensino superior
em Londres. Anos mais tarde, essas crianas retornaram doutores, advogados,
engenheiros, artistas e outros profissionais, trazendo grande prosperidade e
dignidade para o grupo.
O principio bsico da conscincia grupal ajudar a elevar e iluminar outras
pessoas, para que elas, em troca, elevem e iluminem voc.
6. Membros de grupo devem aprender a ser tolerantes e complacentes com os
outros membros do grupo, dando-lhes a oportunidade de se encaixar dentro
do trabalho grupal.
No nosso dever condenar um membro arrogante, teimoso, preguioso,
fofoqueiro, que est cheio de vcios. Em vez disso, devemos encontrar meios de
trazer a pessoa para a compreenso, de maneira que ela desenvolva virtudes
elevadas. Dessa maneira, o grupo cresce no lugar de decrescer. Menosprezo,
maldade e dio so comumente usados contra um membro que ainda no
acompanha a demanda da conscincia do grupo. Devemos auxili-lo a
recuperar-se, compreender e aprender como cooperar. Isso pode ser usado
pela prtica do esprito da tolerncia e perdo, at chegar um momento
quando o membro est todo digerido pelo grupo e assimilado dentro da
conscincia grupal.
Se um dos nossos braos est dolorido, voc no o corta fora, mas toma mais
cuidado com ele a menos que veja que ele no se ajusta ao corpo. Algumas
vezes, a cirurgia o trabalho mais doloroso par ao grupo realizar. Uma nova
oportunidade deve sempre ser dada para aqueles que agem contra o principio
da conscincia grupal a menos que eles conscientemente corroam o grupo e
destruam seu trabalho.
s vezes, um grupo saudvel descarta automaticamente tais membros
destrutivos e, aps tal expulso, adquire maior sade e poder. Observa-se que
pessoas doentes no podem respirar num grupo saudvel, e por vrias razes
elas deixem o grupo.
No se deve pensar que cada pessoa que deixa um grupo m. Algumas
pessoas deixam um grupo para encontrar outro mais adequado sua natureza.
Tais pessoas podem buscar isso por si mesma, sejam elas eliminadas pela
prpria energia do grupo, ou tenham elas escolhido deixar o grupo para uma
melhor chance de progresso. Isso pode ser feito pela observao de sua prpria
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integridade, beleza e solenidade em seus novos relacionamentos. Se elas se
tornaram pouco empenhadas, menos felizes, pouco teis e menos belas ou
especialmente se elas caram em traio ou em atividades obscuras -, isso
significa que o grupo anterior s descartou como galhos secos de uma rvore.
Tolerncia e perdo constroem amigos e cooperadores quando essas virtudes
so usadas inteligentemente e na dosagem certa. Antes de condenar algum,
muito bom checar as coisas que necessitam ser condenadas em voc.
importante auxiliar as pessoas a entrarem no ritmo do grupo, para que ele se
torne mais rtmico e eficiente.
Frequentemente as pessoas necessitam afastar-se de certo grupo por muitas
razes, mas elas no podem se esquecer de que o desenvolvimento e
progresso s so possveis com trabalho, cooperao e disciplina grupal.
7. Os membros do grupo devem cultivar uma profunda sensibilidade liderana
do grupo, pela luz do objetivo grupal. Esse um ponto extremamente
importante.
Antes de tudo, deixe-nos tornar claro que uma verdadeira liderana no exerce
fora para tornar os membros sensveis a ela. Em vez disso, a liderana usa o
principio da liberdade e tenta educar as pessoas para a importncia da
sensibilidade ao lder grupal.
Se uma pessoa deseja mover seu brao e dedos e eles no obedecem, isso
significa que est seriamente doente. O comandante na pessoa ou em um
grupo deve ter o poder de liderar, guiar, aconselhar e at disciplinar, usando os
princpios de educao, liderana e liberdade, ou de outro modo a pessoa ou
grupo desintegrar-se- desaparecer.
Chamamos de caos quando elementos de um grande todo no esto em
harmonia uns com os outros e esto inconscientes do comando central.
Infelizmente, pessoas podem no compreender que democracia no significa
anarquia. A real democracia pode ser adquirida somente depois do
desenvolvimento do senso de responsabilidade e conscincia grupal. Uma
democracia real uma sinfonia na qual cada nota tem seu lugar, liberdade,
trabalho e ritmo certo.
Em um monastrio, aprendi a desenvolver aguda sensibilidade em relao a
meu mestre. Conhecia exatamente quando ele necessitava de um copo de
gua, quando precisava de um lpis e papel, quando queria ir ao jardim, ou
comer algo. Atravs de sua voz, expresso facial e comportamento sutil,
conhecia verdadeiramente o que ele queria. Eu era to sensvel que algumas
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vezes pude quase ouvir seus pensamentos e fiz coisas para ele antes que
pudesse pedir.
Os olhos de meu mestre tinham uma linguagem especial que eu aprendi. Certo
olhar significava comporte-se; outro olhar significava seja cuidadoso, seja
atento, voc pode faz-lo se voc ousar e pare, d uma chance, estou
desapontado, mas ainda tenho esperana, e assim por diante. Devido ao
desenvolvimento da minha sensibilidade, fui promovido ainda jovem.
A sensibilidade nos leva a nveis elevados da conscincia, onde podemos
prestar grandes servios ao grupo. Naturalmente no nos referimos ao
servilismo. Um verdadeiro lder acima de tudo previne o desastre do servilismo.
No lugar, ele desenvolve prontido, sensibilidade e verdadeira discriminao
entre os membros Quando falamos a respeito de liderana, as pessoas
frequentemente pensam naqueles que esto na incumbncia de um grupo. Na
realidade, liderana um objetivo, um plano e um propsito, apresentado
pelos lderes para o bem estar do todo.
8. Membros grupais devem fomentar a alegria dos outros no grupo. Se nossos
atos e palavras causam alguma angstia, dor, sofrimento ou aborrecimento aos
outros, devemos nos abster de tais atos. Eles complicaro nossa vida e nos
conduziro em direo do isolamento, egosmo, futilidade e depresso. Cada
membro do grupo deve se examinar e se indagar: Como devo pensar, falar e
me comportar, de maneira que aumente a alegria dos outros membros?.
somente numa atmosfera cheia de alegria que grandes trabalhos so
efetuados e a conscincia grupal desenvolvida. A alegria atrai elevadas
impresses e inspiraes das altas esferas de luz. A alegria cresce quando cada
membro do grupo encontra suas responsabilidades e fica livre de sentimentos
de culpa pelas aes erradas.
Captulo II
Conscincia e Conscincia grupal
Conscincia o despertar dos outros.
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Conscincia Grupal a percepo do seu Self real existindo dentro dos outros e
do Self real dos outros existindo dentro de voc.
O que queremos dizer por outros? Outros so seus corpos fsico, emocional
e mental; sua famlia e sua nao; assim como toda a natureza, o planeta, o
sistema solar, a galxia e o Cosmos.
Conscincia o despertar da existncia de outros.
Mas conscincia grupal o despertar da existncia do Self Uno em todos esses
outros.
Alguns tm a iluso de que apenas o juntar de pessoas forma um grupo. De
qualquer forma, a maioria das pessoas no est pronta para se tornar membro
de um grupo real. Elas necessitam de um longo perodo de sofrimento e dor
para quebrar suas cristalizaes e tendncias de isolamento.
Ser cristalizado significa estar emperrado em modos obsoletos de pensar, ser,
sentir e agir. Uma pessoa cristalizada deve submeter suas doenas cura da
natureza.
A natureza tem muitos caminhos diferentes para iniciar tais pessoas numa
ampla esfera de conscincia. Um deles uma pessoa cristalizada entrar em
contato com uma pessoa avanada. No incio, esta ltima frequentemente
caluniada e difamada pela primeira. Entretanto, o resultado que a pessoa
avanada comear a orar e ter pensamentos elevados sobre o difamador,
dando a ele estmulo suficiente para fazer uma ruptura. Naturalmente, tal
transformao no ocorre da noite para o dia e pode passar atravs de muitas
fases dramticas.
Outro modo de quebrar a cristalizao uma pessoa ser forada a confrontar
muitos problemas que somente podem ser resolvidos, tendo uma atitude
progressiva.
Ainda outra ocorre quando uma pessoa cristalizada depara com
acontecimentos difceis, tais como perder uma pessoa amada ou contrair um
mal incurvel, e a pessoa forada a buscar um caminho para confrontar essas
perdas, comeando, ento a mudar.
Num quarto caminho, a pessoa forada, pelas vrias situaes da vida a
aconselhar outras, a se tornarem abertas e progressivas e, assim, a aprender
tudo o que est transmitindo a elas. Esses so caminhos nos quais uma pessoa
amadurece e aprende o que significa pensar de um modo progressivo e ter
uma conscincia em crescimento.
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As pessoas no podem ser foradas a adquirir conscincia grupal ou a se tornar
membros de um grupo. Quando pessoas so foradas a formar grupos ou a se
tornar membros de grupos, elas se tornam uma contnua dor de cabea para a
comunidade. Cada candidato, a um grupo deve estar maduro antes de se
tornar um membro, porque, se ele no est pronto e como o grupo atrai todos
os vcios adormecidos para a superfcie, ele se afogar no oceano desses vcios.
A maior sabedoria para ensinar humanidade a cincia da conscincia grupal,
comeando com crianas nas escolas primrias, cursos secundrios,
universidades, grupos, igrejas e naes. a cincia da conscincia grupal que
preparar pessoas para a paz universal, harmonia e cooperao.
Certa vez, dez meninos foram contratados por mim para construir um muro de
pedra. Ns comeamos usando cimento para segurar as pedras juntas
adequadamente. Mas, medida que o dia passou, e ns aprendemos como
assentar as pedras umas sobre as outras, me veio uma curiosa ideia de que ns
no necessitvamos de cimento e poderamos levantar o muro rapidamente se
apenas juntssemos as pedras perfeitamente umas sobre as outras.
Infelizmente, os meninos concordaram comigo.
O muro cresceu cada vez mais alto, mas, repentinamente, com um tremendo
barulho desmoronou. O professor veio e perguntou: o que aconteceu?
Demos uma nica resposta lgica: Todos caram.
SE a raa humana no aprender a cincia da conscincia grupal e a empregar
para construir, a humanidade cair e desaparecer deste mundo.
Aqueles que so seres humanos com conscincia grupal tm grande dificuldade
de trabalhar em grupos separatistas, cujo nico propsito explorar outras
pessoas. No futuro, os discpulos estaro preparados para servir tais grupos
destrutivos de modo especial e introduzir nesses grupos a conscincia grupal,
sem criar reaes violentas. Isso ser possvel se os discpulos aprenderem a se
comunicar com as almas das pessoas no lugar de suas personalidades.
Em cada ser humano, h uma presena da Conscincia Divina, enterrada
debaixo pilhas de espelhismos, iluses e vaidade. Mas possvel alcanar
aquela divindade e atra-la em expresso se a chave certa encontrada. As
pessoas que conseguem fazer isso so altamente carregadas de compaixo,
vontade sacrificial, tolerncia e inclusividade infinita. Os mecanismos dessas
pessoas evocam reao de todos aqueles que tm dentro de si elementos
relacionados com dio, raiva, medo, inveja, ganncia, vingana e traio.
Tais pessoas vm ao mundo com a inteno de salvar e servir; nada mais
importa a elas. A conscincia grupal to clara e intensa em seus coraes que
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elas trabalham em completo esquecimento de si prprias, com inocuidade e
reta palavra.
Naturalmente, elas so circundadas e observadas por traidores, mas o escudo
de seu amor e o esprito de sacrifcio s protegem contra o mal, at vir o tempo
de partir para Reinos Superiores e trabalhos mais importantes.
Tais heris transformam no somente indivduos e grupos, mas tambm
grandes massas de pessoas, pavimentando o caminho para o progresso futuro.
Eles se tornam cooperadores do Mais Alto.
Captulo III
O Grupo e o Objetivo Comum
Os membros de qualquer grupo devem ter um objetivo comum. Cinco fatores
esto envolvidos nisso:
1. Eles conhecem a si mesmos;
2. Eles conhecem uns aos outros;
3. Eles conhecem o objetivo comum;
4. Eles sabem como alcanar esse objetivo;
5. Eles apoiam, encorajam, entusiasmam uns aos outros para alcanar o
objetivo.
No h grupo se esses cinco fatores no esto em operao. A conscincia se
desenvolve em torno desses cinco fatores, isso quer dizer, se eles conhecem bem a si
mesmos, eles tm maior conscincia grupal; se eles conhecem bem um ao outro, sua
conscincia grupal aperfeioa; se eles conhecem bem seu objetivo, a conscincia
grupal se desenvolve; se eles sabem como melhor atingir seu objetivo, a conscincia
grupal desabrocha; e se eles se ajudam, encorajam e entusiasmem uns aos outros, sua
conscincia grupal expande mais alm e floresce.
Se os membros de um grupo desejam mudar a dimenso ou plano de sua conscincia
grupal, eles devem elevar os objetivos do grupo. Por exemplo: um objetivo, que esta
na natureza fsica, deve ser elevada para um objetivo emocional, depois para um
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mental, intucional e tmico, ou objetivos nacional, global e solar, e assim por diante.
medida que um grupo eleva o nvel do seu objetivo, seus membros devem ter maior
informao e profunda compreenso a respeito do plano no qual esto operando. Se
operarem nos planos fsicos, devem conhecer a si mesmos como so no plano fsico.
Quando operam no plano emocional, mental, ou intuitivo, devem saber exatamente o
que so naqueles planos.
O mesmo se aplica a outros fatores relacionados obteno de um objetivo. Os
membros devem conhecer uns aos outros no plano dentro do qual trabalham; devem
saber onde est seu objetivo naquele plano; devem apoiar encorajar e entusiasmar
uns aos outros para alcanar o objetivo naquele plano. Quando penetram num plano
aps outro, ou passam de um campo para outro maior, encontram um duplo desafio:
a. Conhecer, ser e trabalhar mais;
b. Expandir mais suas conscincias para manter o ritmo uns com os outros.
Uma segunda fase de expanso comea quando um grupo se funde com outro grupo
em integrao e cooperao, apoiados nos cinco fatores dados acima.
H ainda pela frente outro degrau no desenvolvimento da conscincia grupal.
quando um grupo se alinha com outro grupo que tem um objetivo comum e est
trabalhando nos planos astral, mental, intuitivo e superior, a fim de realizar o objetivo
em todos os planos simultaneamente. Essa uma grande aquisio; nesse estgio, o
grupo torna-se uma entidade viva.
Vimos que a conscincia de um indivduo e de um grupo se expande vagarosamente
quando a pessoa ou grupo trabalha em planos cada vez mais elevados, exercendo
sucessivamente nesses planos grande creatividade, disciplina, sensibilidade e
pontualidade.
Quando um grupo cresce e se torna mais forte, ele atrai grandes oposies das foras
do caos. Essas foras, atravs de seus agentes, tentaro destruir o grupo tornando-o
egosta, interesseiro e separatista. Mas tal oposio opera sob uma lei: a Lei do Karma.
A oposio, primeiro testa a integridade do grupo e torna-o mais forte.
Segundo, ela atrai materiais e pessoas pouco refinados para o grupo, que so ento
assimilados dentro da entidade grupal. Desse modo, a oposio auxilia o grupo a
crescer, prestar grande servio, e se tornar mais vigilante e alerta em todas as suas
facetas e em todas as suas atividades.
Devemos lembrar que um grupo encontrar oposies cada vez maiores medida que
ele vai para nveis mais e mais elevados e essa oposio tal que extrair, do fundo do
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corao grupal, energias creativas. O propsito da evoluo desenvolver grupos com
uma conscincia cada vez maior.
Algum pode perguntar quais as diferenas entre grupos que so destrutivos e grupos
que so construtivos e creativos. Basicamente h somente duas diferenas: seus
objetivos e sua habilidade em se unir com grupos mais elevados em planos superiores.
Grupos destrutivos no podem se elevar alm do plano mental inferior, enquanto que
grupos construtivos podem prosseguir adiante eternamente, planos aps plano.
Enquanto grupos destrutivos se utilizam uns dos outros, como fonte de alimento e
coragem para aumentar a escurido, o crime e as rupturas, grupos creativos se
alimentam de elevadas vises e fontes de energia superiores.
Os objetivos dos grupos destrutivos so estruturados no interesse prprio. Os
objetivos dos grupos construtivos so estruturados no interesse bem estar e
aquisies grupais.
Grupos destrutivos operam utilizando-se da dor, tirania, sofrimento, assassinato,
separatismo, vaidade e ego, ignorando a suprema divindade existente dentro de cada
um. Grupos construtivos operam com alegria, devoo, amor, liberdade, unidade e
iluminao, conscientes da divindade do Self Uno existente em cada um.
Grupos reais, grupos construtivos, so mais difceis de serem formados que grupos
destrutivos. Na formao de um grupo real, cada indivduo deve ter uma conscincia
de alma. Um grupo real como um anel tendo muitos diamantes. Cada diamante deve
ser lapidado e polido o mais possvel para se ajustar ao outro. Os membros de um
grupo real devem ser altamente desenvolvidos para se tornarem uma parte daquele
grupo.
O desenvolvimento da conscincia grupal um processo cientfico. Uma cincia
especial ser desenvolvida no futuro para guiar e educar as pessoas dentro dela.
Algumas pessoas pensam que avanar na conscincia grupal significa perder sua
individualidade. Isso uma grande iluso. A verdadeira individualidade nasce somente
quando uma pessoa renuncia a seus pseudos-eus, suas mscaras e imagens
cosmticas, artificiais. O progresso em torno da conscincia grupal um processo no
qual voc se liberta das aes mecnicas e se torna uma pessoa mais consciente, uma
pessoa que controla sua prpria vida.
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Diagrama A Conscincia Inclusiva
Quando algum encontra sua individualidade, percebe que o mago de todos os
indivduos um em essncia, o Self Uno. essa percepo que inspira o empenho em
direo conscincia grupal. somente na conscincia grupal que um indivduo
encontra seu verdadeiro Self.
Quando o campo de percepo se expande, ele cobre grandes reas de conscincia.
medida que o campo de conscincia de uma pessoa se expande, ele inclui na sua
conscientizao muitos campos individuais de conscincia e seu pensamento inclui
campos sempre maiores. (Veja diagrama A e B)
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Diagrama B Conscincia Inclusiva e Grupal
Uma qualidade importante na conscincia grupal o elemento de sacrifcio ou
resignao. A conscincia grupal se desenvolve passo a passo. Para dar um passo, uma
pessoa deve tirar um p do lugar onde ele estava fixo e move-lo adiante para um novo
lugar, uma nova integrao. Por exemplo: no primeiro passo, voc trabalha em voc
mesmo e se transforma numa pedra sagrada para ser usada no futuro Templo. No
segundo passo, voc renuncia a um interesse prprio, a uma vida focada em si mesmo,
e comea a integrar seu interesse com aqueles do grupo. No terceiro passo, voc
renuncia ao interesse grupal e se une com interesses grupais mais amplos. No quarto
passo, voc renuncia ao amplo interesse grupal e comea a se integrar com o
interesse nacional. No quinto passo, voc renuncia ao interesse nacional separatista e
se integra com o interesse global.
A cada passo, voc renuncia porque v que o seu interesse real s pode ser protegido
e desenvolvido na unio de si mesmo com interesse grupais maiores.
-
Maior inspirao dada queles que tm se integrado com grupos maiores e com
elevados objetivos a adquirir. Compare, por exemplo, a castanha do carvalho com um
imenso p de carvalho. A castanha do carvalho uma acumulao de milhes de
cooperadores: tomos, produtos qumicos e elementos da terra e ar, os quais se
transformaro num p de carvalho com milhares de galhos, folhas e castanhas. Uma
castanha luta para ser um p de carvalho, para se multiplicar. Se ela permanecesse
uma castanha individual e no se associasse e desenvolvesse maior unidade, maior
conscincia grupal, ela ficaria exatamente como ela . Entretanto, por causa de sua
luta particular, em direo sua conscincia grupal, ela se multiplicou e se tornou
capaz de produzir castanhas individuais como sementes para grandes grupos no
futuro.
Passos adicionais: para desenvolver Conscincia Grupal
Podemos desenvolver conscincia grupal atravs dos seguintes passos:
1. Tentar fazer os outros felizes, sem permitir que eles tirem vantagens de voc;
2. Trabalhar para a elevao espiritual, sade, prosperidade e felicidade dos
membros da sua famlia, usando devoo e sacrifcio;
3. Aumentar seu amor pelos membros do grupo, no difamando ou fofocando a
respeito deles. Realar suas qualidades e respeit-los. Fazer qualquer coisa
possvel para torna-los felizes, saudveis, prsperos e iluminados;
4. No cometer traio contra qualquer membro;
5. Usar seu tempo, dinheiro e esforo para tornar o grupo capacitado a prestar
melhor servio;
6. Desenvolver um interesse nos acontecimentos de sua nao. Aprender acerca e
seus problemas e ver como voc pode se envolver construtivamente;
7. Desenvolver um interesse pelos acontecimentos de todas as naes e tentar
promover paz no mundo, cooperao entre as naes e retas relaes
humanas entre todos os povos;
8. Tentar contatar sua Alma atravs da meditao, porque sua Alma tem
conscincia grupal;
9. Diariamente pensar acerca do Self Uno, de Quem todas as coisas procedem e
para Quem todas as coisas retornam;
-
10. Cultivar prontido para ir de encontro necessidade do grupo. Prontido um
estado de ser no qual voc tem o necessrio conhecimento, habilidade, energia
e virtude para satisfazer a necessidade do grupo.
Pessoas inteligentes no so preguiosas. Pessoas preguiosas meramente
esperam por uma oportunidade para seguir. Pessoas inteligentes se tornam
prontas por si mesmas e criam oportunidades de servios. Cada pessoa deve se
esforar para desenvolver maior eficincia, para satisfazer a sempre grande e
crescente necessidade de um grupo em progresso. Qualquer coisa que permanea
parada entra num processo de decomposio e estagnao.
No futuro, a grandeza dos indivduos, grupos e naes ser medida pelos esforos
em direo a uma maior unidade e sntese atravs da conscincia grupal. Os
grandes heris sero aqueles que traro unidade e sntese e, desse modo,
aniquilaro o pesadelo de sangue, guerra e sofrimento da humanidade, que tem
continuado era aps era neste planeta.
Quando a conscincia de uma pessoa se expande, ela experimenta:
. Maior sade;
. Maior felicidade;
. Maior prosperidade;
. Maior compreenso;
. Mais fora e poder;
. Maior extenso de vida.
A conscincia grupal torna uma pessoa capaz de florescer e contribuir para as
necessidades da humanidade.
Na conscincia grupal h uma alma que sincroniza as aes de todos os indivduos
e os conduz em direo ao propsito grupal.
medida que voc considera as qualidades da conscincia grupal, tenha srias
reflexes sobre o seguinte:
1. Assim como uma clula torna-se parte de vrios rgos do corpo e ento se
torna o corpo; similarmente, uma pessoa torna-se membro de um grupo,
desenvolve conscincia grupal, e ento, se torna o grupo.
Um membro do grupo deve desenvolver conscincia grupal a tal grau que ele
sinta as dores, tristezas, quedas, alegrias e sucessos dos outros como se fossem
seus prprios. Diplomas, posio social, influncia e riqueza tm valor somente
-
se uma pessoa pode ser uma parte consciente de um grupo tendo desenvolvido
conscincia grupal.
Vrias espcies, raas e tribos tm desaparecido da terra porque em algum
lugar, de alguma maneira, desobedeceram Lei da Conscincia Grupal. A
natureza recicla, eliminado todas aquelas formas que progridem
inadequadamente em direo da conscincia grupal.
Um grupo criado por uma grande razo: construir unidade e sntese atravs
da assimilao de novos elementos, motivando-os a expandir suas prprias
possibilidades. Os indivduos devem formar grupos e esses devem formar
grupos maiores, at que todos os grupos se tornem uma humanidade, tendo
desenvolvido uma conscincia global.
Essa a maneira como a dor, sofrimento e destruio podem ser eliminados de
nosso planeta no futuro. Todos os recursos do globo podem, ento, ser usados
para guiar a humanidade para um estado ainda mais elevado de conscincia.
2. O crescimento e eficincia individuais so impossveis sem o desenvolvimento
da conscincia grupal e sem atuar como uma parte da conscincia grupal,
como que se tornando um galho de uma rvore viva.
Se a clula no corpo permanecesse isolada, ela no compartilharia das
emoes, pensamentos, vises, revelaes, alegrias e xtase do comandante.
Similarmente, se uma pessoa permanecer separada, indiferente, ela no
compartilhar da alegria, entusiasmo, trabalho, luta, beleza, emoes,
pensamentos e vises do grupo ou nao. Permanecendo solitria, a clula ou
pessoa ser privada de um trabalho maior e perder a chance de desenvolver
conscincia grupal que seu destino, expandir.
Quando uma clula compartilha das atividades, emoes, pensamentos e
vises de um todo magnfico, ela se desdobra , progride e entra no caminho da
perfeio. Mas se ela permanece isolada, degenera e desaparece. O mesmo
verdadeiro para uma pessoa individualizada.
Algum pode estar curioso em saber por que existe na Natureza uma tendncia
para crear grupos e conscincia grupal. Isso ocorre porque o Self Uno est
tentando se manifestar atravs de todas as partes da creao, sintetizando e
unificando as partes dentro da esfera do Seu Propsito. O Self Uno
gradualmente revela-se em todas as manifestaes como Uma entidade,
exatamente como o Esprito de um homem tenta reunir clulas e tomos para
construir os vrios corpos atravs dos quais Ele revela Sua Glria.
-
Cristo se referiu s ideias de revelao e unidade quando disse: Eu sou a
videira verdadeira, e meu Pai o jardineiro. Ele remove cada um dos meus
galhos que no oferece fruto, e limpa cada galho frutfero, de maneira que ele
possa sempre produzir frutos melhores e mais abundantes, e, dessa maneira,
os galhos secos so juntados e atirados no fogo, onde so queimados. Um
galho no oferece fruto quando num momento de infortnio, decide no ser
mais parte da rvore viva. Depois que um galho se separa da rvore, Sat o
toma e o torna to seco quanto possvel para ser usado no fogo.
3. Relaes grupais crescentes e progressivas desenvolvem partes do ser da
pessoa, auxiliando-a a se tornar mais eficiente.
4. Pertencer a um grupo coloca a pessoa em vrios graus de responsabilidade. E
somente se submetendo responsabilidade que a pessoa ajuda sua alma a
alcanar a perfeio.
A conscincia grupal trabalhar num nvel nacional quando vrias sees ou
partes da nao se dedicarem para o bem maior da nao. A conscincia grupal
trabalhar na humanidade quando todas as naes sustentarem o interesse da
humanidade bem acima de qualquer interesse nacional.
Mais tarde, essa conscincia da humanidade unificada se fundir com a
conscincia da Hierarquia e Shamballa, voltando-se, ento, para dentro da
conscincia global, solar e galctica, exatamente como uma pequena empresa
que se transforma numa imensa corporao global.
Eventualmente compreendemos que mais vantajoso ser identificado como
um membro de uma famlia do que como uma pessoa sozinha; como parte de
um grupo do que simplesmente como uma famlia; como uma nao do que
um mero grupo; como humanidade do que como uma nao.
Captulo IV
A Lei da Cooperao
Cooperao uma lei Csmica, operando no Universo para levar adiante a construo
de todas as formas de vida e gui-las para seus derradeiros propsitos. Essa a lei da
creatividade, evoluo e aquisio.
-
Foi-nos dito que essa lei opera em cada plano para cada forma de vida,
individualmente, e para todos os planos coletivamente, relacionando cada forma de
vida com outras, e com suas contrapartes coletivas e superiores. Essa lei opera como o
instinto de sobrevivncia, como afinidades e relaes, e gradualmente como um
processo de cooperao consciente.
A Lei da Cooperao acende o fogo em cada tomo, clula, forma de vida; em cada ser
humano, grupo, nao; em cada estrela. Ela capacita cada forma a prosseguir em
direo ao estabelecimento da cooperao, nos campos da existncia em expanso,
para assegurar a sobrevivncia individual e grupal de cada entidade e para liberar o
potencial inerente em cada um.
A Lei da Cooperao a lei da existncia, sade, felicidade, prosperidade, iluminao e
segurana. Qualquer forma de destruio ou desintegrao causada pela retrao da
Lei da Cooperao. dio, animosidade, separatismo, interesse prprio e ganncia so
sinais de desintegrao e de ausncia da Lei da Cooperao.
A Lei da Cooperao pode ser ativada ou rejeitada. A recusa da Lei da Cooperao
resulta em sofrimento, dor e morte. Para indivduos, grupos e naes, o estudo e
aplicao dessa lei so vitais.
A histria deve ser examinada do ponto de vista da existncia e ao, ou da ausncia
da Lei da Cooperao. Todas as aberturas acontecem, todas as grandes civilizaes
nascem atravs da resposta Lei da Cooperao. Inversamente, misria, dor,
sofrimento, derramamento de sangue, destruio e morte chegam at ns como
resultado da ausncia da cooperao.
Aprender a respeito da Lei da Cooperao e aplic-la em nossa vida particular em casa,
em nossa famlia, escritrio, grupo ou igreja, em nossa vida nacional, ou internacional,
trar prosperidade, sade, felicidade e expanso da conscincia para cada um de ns
individualmente, tanto quanto para todos aqueles a ns relacionados. Estudar a
histria das vidas, individuais, grupais e nacionais nos mostra como o progresso dessas
unidades tem sido o resultado da cooperao.
Com o que, especificamente, deveramos cooperar? Aqui esto algumas sugestes:
. Cooperao com a Lei em si;
. Cooperao com as foras e energias do Universo;
. Cooperao com a Natureza e suas leis;
. Cooperao com os reinos subumanos ou supra-humanos;
Cooperao com o mundo das ideias, vises e revelaes;
-
. Cooperao com indivduos, grupos e naes;
. Cooperao com o guia e o Mestre interno de cada um;
. Cooperao com a sabedoria das idades;
. Cooperao com a beleza, bondade, retido, alegria e liberdade;
. Cooperao com a viso grupal;
. Cooperao com todas as formas de vida e com as correntes de luz que as tornam
creativas.
. Cooperao com as leis e costumes nacionais e internacionais.
A Lei da Cooperao no deve ser exercida para assegurar a prpria sobre vivncia,
felicidade, prosperidade e sucesso a expensas de outras formas de vida, mas deve ser
exercida com a viso holstica: assegurar o bem estar, sade, felicidade, sucesso e
prosperidade daquelas unidades que esto empenhadas num trabalho cooperativo.
Quanto mais uma pessoa coopera, mais ela liberta sua natureza de todos aqueles
elementos que lhe causam infelicidade, dor e sofrimento, e mais ela pode se fundir
com o interesse grupal alegremente experimentando a perda de seu interesse pessoal.
Qualquer cooperao desenvolvida somente no interesse prprio uma tcnica de
explorao que levar uma pessoa ao conflito com a Lei da Cooperao. O Conflito
com essa lei resultar em queda, dor e sofrimento.
Todas as vises sugerem que h um vnculo entre a vida no plano fsico e no alm.
Cooperao uma questo de se ter uma viso e se dedicar quela viso,
paralelamente com todos aqueles que tm uma viso igual ou similar.
Os lderes desempenham uma importante funo em promover cooperao e
conscincia grupal. Os lderes devem oferecer uma viso ao pblico e educ-lo em
relao ao benefcio da cooperao com aqueles que tm uma viso similar. Se uma
pessoa compreende a grande bno que a cooperao pode trazer, ela desejar
cooperar alegremente. Isto deve se tornar claro na mente de todos: cooperao a
estrada real para a felicidade sade, prosperidade e iluminao. A cincia da
cooperao deve ser ensinada para as pessoas desde sua infncia e trazida at a vida
adulta. Deve ser claro para todos que cooperao uma cincia que pode substituir a
psicologia das disputas, antagonismos, luta, guerra e derramamento de sangue.
Podemos iniciar esse processo escrevendo e falando acerca dessa cincia e, ento
demonstrando seu valor prtico atravs de filmes, jogos, discusses e publicaes
variadas. A vida mudar drasticamente quando as pessoas aprenderem como
cooperar.
-
As pessoas pensam que os lderes no podem resistir se no impe suas vontades. A
histria mostra que o oposto verdade. Todos os lderes que tentam impor suas
vontades sobre os outros desapareceram em condies dolorosas. A verdadeira
liderana envolve a tcnica de:
. Desafio;
. Inspirao;
. Educao;
. Iluminao;
. Encorajamento.
A verdadeira liderana no usa o medo para controlar outros porque sabe que pessoas
controladas, reprimidas e foradas desenvolvem srios problemas de sade; elas
perdem sua creatividade, eficincia, alegria e fontes de inspirao. Quando a liderana
torna a pessoas medrosas, infelizes, doentes, insanas e depressivas, n ao pode almejar
nenhuma expectativa de sucesso em longo prazo.
Quanto mais saudveis as pessoas so, mais duramente trabalham. Pessoas cheias de
alegria se engajam no trabalho com um esprito de esperana no futuro. Quanto mais
trabalham e cooperam, mais eficientes se tornam. Os cooperadores devem trabalhar
livremente, sem presso. Liberdade nos torna mais creativos.
O lder que aspira ao sucesso, jamais exercer fora sobre as pessoas ou as far atuar
com medo. Uma companhia de seguros vendeu milhes de dlares, no valor de seguro
pessoal, utilizando-se de tcnicas que eram extremamente carregadas de medo. Cinco
anos mais tarde, a companhia entrou com pedido de falncia, pois a maioria de seus
clientes adquiriram srias doenas pelas quais a companhia teve que pagar. No
Oriente Mdio, essa tcnica chamada: sentar num galho enquanto o serra do
tronco.
H dois tipos de cooperao. O primeiro a cooperao pelo interesse prprio; o
segundo a cooperao pelo interesse do todo. Cooperao pelo interesse prpria
termina em falncia. Cooperao pelo interesse das partes no todo traz sade,
felicidade, prosperidade e sabedoria a todos. Quando falamos sobre cooperao, nos
referimos segunda definio.
Cooperao uma inclusividade sempre progressiva no interesse de todas as partes
envolvidas. Cada vez que falhamos em estabelecer a cooperao, experimentamos a
nossa prpria decadncia intelectual, espiritual e moral.
Um lder sbio, ou uma liderana sbia, deve tentar encontrar um modo para cooperar
em lugar de brigar. Esforos e despesas necessrios para crear cooperao so bem
-
menos dispendiosos do que aqueles necessrios para iniciar e manter brigas. Tomando
uma guerra em particular e analisando-a de um modo imparcial. Encontrando onde os
lderes falharam em cooperar, e o quanto foi gasto em termos de dinheiro, vidas,
construes, e assim por diante, descobrimos o quanto poderia ter sido economizado
se, em lugar disso, tivessem sido encontrados os caminhos e meios de cooperao.
Muitas crticas tm sido escritas sobre causas e condutas das guerras. Contudo, no
houve ningum que analisasse um dado incidente e mostrasse o quanto teria sido
melhor se as partes belicosas tivessem chegado a um acordo atravs da cooperao
antes do irromper das hostilidades.
Um casal gastou cinquenta mil dlares num divrcio. Cinco anos mais tarde casaram-se
novamente. Ocorreu a eles ento descobrir o quanto poderiam ter poupado se
tivessem se mobilizado para crear cooperao um com o outro. O valor total foi de
oitenta e cinco mil dlares, no levando em considerao a crescente irritao
ansiedade e noites sem dormir. Similarmente, cada omisso na cooperao um
testemunho da ausncia de Sabedoria, testemunho de que as pessoas no se
questionam o suficiente para encontrar alternativas para divergncias, guerras e
derramamento de sangue.
A cooperao no possvel quando as pessoas pesam somente em seu interesse
prprio, ou agem com o medo de que outras partes as exploraro. Uma das bases da
cooperao a confiana mtua. As pessoas devem trabalhar muito para crear a
confiana mtua. Quando a confiana mtua estabelecida, a cooperao se torna um
modo natural de ao.
O estabelecimento da confiana requer esforos e sacrifcio. Por causa disso, as
pessoas algumas vezes pensam que, para crear confiana, devem gastar mais dinheiro
e tempo do que se brigassem e tentassem resolver suas diferenas pela violncia ou
guerra. Universidades e grupos com interesse especial devem desenvolver projetos de
pesquisa para ver se o esforo de crear confiana mais dispendioso do que resolver
problemas com luta.
Naturalmente, em alguns casos, a confiana pode parecer mais custosa do que a luta e
a guerra, mas pelo menos algum no perde sua vida ou a vida dos amados, na
tentativa de crear confiana. O que algum pode lucrar se a guerra est ganha, mas ele
est morto?
A cooperao deve ser levada adiante para a felicidade, sade, prosperidade e
iluminao de todos. A cooperao no pode continuar atravs da imposio, fora ou
tcnicas totalitrias.
As pessoas devem ter uma viso, entend-la e olhar meios de realiz-la. Toda vez que
as pessoas foram outras a cooperar, elas cream rupturas na natureza daquelas que
-
so foradas a cooperar. As pessoas com rupturas em suas naturezas, mais cedo ou
mais tarde, destruiro o trabalho no qual elas so foradas a cooperar.
Harmonia atravs do conflito.
H outra lei chamada a Lei da Harmonia atravs do conflito. Essa lei auxilia a Lei da
Cooperao. No importa quo profundo seja um conflito, eventualmente ele se
resolve na harmonia e cooperao. Isso significa, claro, que a Lei da Cooperao
uma lei dominante, especialmente no arco da evoluo no qual o Esprito volta sua
face em direo ao Lar.
Quanto mais profundamente uma pessoa se torna envolvida num conflito, maior se
torna sua aspirao no futuro em direo cooperao. O perodo de tempo entre um
estado de conflito e outro de cooperao, citado como a ponte de sofrimento, dor e
crime.
As pessoas tm a opinio de que, se elas progridem em direo a posies sociais mais
elevadas, ou se elas alcanam iniciaes avanadas, as suas cargas sero aliviadas e
haver menor presso sobre seus ombros. A verdade exatamente o oposto. Quanto
mais avanada uma pessoa, ou quanto mais altas so as iniciaes pelas quais ela
passa, maior a presso e carga sobre seus ombros.
A um nvel individual, uma pessoa tem poucos inimigos. A um nvel grupal, os inimigos
se tornam grupos. A um nvel nacional, os inimigos so exrcitos inteiros.
Quando uma pessoa se encontra num nvel elevado de servio, ela deve lutar com as
foras do mal planetrio, solar, galctico e csmico. Essa a razo por que, desde o
incio, uma pessoa deve aprender a cincia da cooperao no sentido de derrotar seus
inimigos pela unio de esforos com seus cooperadores e tambm transformar seus
inimigos em cooperadores.
Algumas vezes, as pessoas observam que, quanto mais querem cooperar, maior se
torna a oposio daqueles que so contra a cooperao. Isso muito natural. Um
homem sbio pode se beneficiar de tal situao, ao aprender sobre as tcnicas
utilizadas pelos inimigos da cooperao. Alm disso, tais pessoas no cooperativas
frequentemente cream presso suficiente para crear mais beleza, vigilncia, mais
alegria e mais coragem no mago das pessoas cooperativas.
na verdade que, uma pessoa esteja engajada no esprito de cooperao, at as
pedras sob seus ps a ajudam a realizar suas aspiraes. Devemos lembrar que
cooperadores no existem somente no plano fsico, mas tambm nos Mundos
Superiores. Esses colaboradores cooperam conosco invisivelmente e trazem-nos vrias
espcies de auxlio para completarmos nossa misso na Terra. Algumas vezes, quando
-
nossos cooperadores visveis nos desertam, aqueles invisveis os substituem.
Repentinamente, percebemos que a ausncia dos cooperadores terrenos de algum
modo nos auxilia a progredir. Essa a razo pela qual devemos frequentemente
expressa nossa gratido pela ajuda que nos vem inesperadamente dos
Reinos Superiores.
Todo lder passa por certas crises, quando sente que sua carga pesada demais para
carreg-la mais adiante e, ento, pensa em abandonar e demitir-se do campo de
batalha. Mas ele recebe inspirao dos cooperadores invisveis que o encorajam a ser
paciente e no abandonar o campo de seu trabalho.
O maior fracasso de um lder ocorre em tais momentos de crise, se ele se rende s
vezes ao desnimo. E, por isso, uma das leis da liderana assim formulada: Nunca
abandonar o campo de batalha, mesmo que isso custe a sua vida.
Na medida em que os cooperadores crescem em nmero, cream um campo eltrico de
transformao. As pessoas que tm motivos errneos e vrios vcios, frequentemente
sentem uma mudana em seus coraes e percebem sinais de transformao dentro
de si, quando entram em contato com esses campos.
Quando o campo se torna mais poderosos, ele atrai maiores serpentes que se
levantam contra a transformao e comeam levar a cabo o seu trabalho destrutivo.
Lderes inteligentes reconhecem tais pessoas e frequentemente aguardam um tempo
para ajud-las, esperando que possam transform-las. Algumas vezes, obtm xito;
outras vezes fracassam com consequncias drsticas. Grandes lderes algumas vezes
do a impresso de no reunir cooperadores, mas, mais precisamente, o trabalho
transformar serpentes em seres humanos. Naturalmente, algumas vezes isso lhe custa
suas vidas, mas eles acreditam que uma alma salva das mos do mal vale um grande
sacrifcio.
H uma bela histria na literatura budista acerca do Senhor Buda e seus inimigos.
Quando Senhor Buda esta pronto para entrar no Nirvana, ele disse: Agora eu estou
entrando no Nirvana. A nica pessoa que est me causando preocupao o rei
Ajatashatru. Bodhisattva Kashyapa perguntou: Senhor, sua compaixo para com
toda a humanidade. Por que est preocupado unicamente com o rei Ajatashatru?
Senhor Buda respondeu: Suponha que voc tenha sete crianas e uma delas esteja
doente. Embora voc tenha seis outras crianas saudveis, voc se preocupa com
aquela que est doente.
Outra histria sobre o rei Bimbisara, um grande defensor do Senhor Buda, que foi o
regente do reinado de Magatha. Seu filho, prncipe Ajatashatru, o matou aconselhado
por um agente do mal, Devadata, e fez de Devadata seu primeiro ministro. Devadata
era um primo do Senhor Buda, mas seu inimigo mortal.
-
Ajatashatru, agora um rei, logo reuniu as foras inimigas para difamar o budismo,
atormentar Senhor Buda e assassinar muitos dos seus discpulos. Ele causou grande
mal ao pas. Violentas brigas alastraram-se meses aps meses; fome e epidemia
estenderam-se anos aps anos, matando a maioria das pessoas, e seu reinado esteve
sob o ataque de foras vizinhas. Tambm seu prp0rio corpo ficou coberto de feridas.
Ento, seu reinado esteve na iminncia de um desastre total, quando repentinamente
ele teve um sonho em que iria morrer. Aconselhado por seu medico e ministro Jivata,
e ouvindo sua prpria conscincia, Ajatashatru deixou Devadata e foi ao Senhor Buda
para se arrepender de suas aes. Senhor Buda o curou. Milagrosamente, cessou a
invaso inimiga, a paz voltou ao pas e ele viveu mais quarenta anos, a despeito da
profecia que havia prenunciado sua morte iminente. Em gratido, ele reuniu mil Arhats
para registrar todo o ensinamento do Senhor Buda, especialmente aqueles conhecidos
como o Sutra Ltus.
Os verdadeiros lderes sabem que, quando eles se encontram numa situao de
perigo, as foras da Natureza faro emergir o diamante que est latente dentro deles.
Essa razo do por que os sbios lderes no se queixam nas situaes adversas, quando
serpentes os rodeiam e tentam minar seus trabalhos, dispensando seus
cooperadores. Eles sabem que tais situaes so necessrias para despertar os
potenciais, que de outra maneira permaneceriam adormecidos.
Tal lder deve ser grato quando as pessoas mais detestveis esto sua volta. Essas
pessoas so s vezes intuitivamente atradas, sabendo que necessitam de cura e do
apoio do lder que noas rejeitar. Naturalmente, num trabalho de cooperao, deve-
se discriminar entre aqueles que so doentes e aqueles que so agentes devotados do
mal. Nossos maiores amigos so aqueles que vm at ns com uma inteno de
destruir o nosso trabalho, mas transformam-se quando tocamos suas almas.
Os lderes tambm tm grandes amigos que se dirigem a eles disfarados de inimigos.
Esses so os que atacam o lder e o mantm alerta exatamente antes de um momento
crtico. Os lderes frequentemente os odeiam, mas, mais tarde, percebem o grande
servio que eles prestaram.
Cristo aconselhou seus discpulos dizendo: Sejam to inocentes quanto as pombas e
to sbios quanto as serpentes. Existem momentos no trabalho cooperativo em que a
pessoa necessita estar extremamente alerta, to Sab ia quanto a serpente, para
observar os modos das pessoas venenosas. Qualquer atraso em controlar a situao
pode resultar em grande quantidade de dor e sofrimento.
Naturalmente, as serpentes sabem como se esconder atrs de formas e
relacionamentos multicoloridos. Certa vez, meu professor disse que um lder avanado
pode at usar serpentes venenosas para afugentar os inimigos do seu trabalho. Esse
um jogo perigoso e no todo lder que est capacitado a jog-lo. Os lderes devem
-
aprender a cooperar at com aqueles que ainda no esto prontos para cooperar nos
nveis mais elevados.
Um lder inteligente pode cooperar com um lado especfico e uma pessoa enquanto
deixa os outros lados intocados. Ou pode reunir umas poucas pessoas para realizar um
trabalho, de tal modo que elas aniquilem os lados indesejveis de cada uma e
evoquem fatores benficos a todas. Na cincia da cooperao, quase todas as coisas
podem ser utilizadas para o bem comum, se um lder conhece a cincia.
Os lderes que organizam trabalhos de cooperao tero inimigos notveis em torno
de si. Uma pessoa pode, em primeiro lugar, aparecer como um devoto e, em seguida,
tornar-se um traidor. Como que o amor e devoo se transformam em dio, ambio
e traio?
O amor e a devoo que so dirigidos personalidade do lder por interesse prprio,
permanecem enquanto o lder alimenta esse autointeresse. Mas se o lder para de
alimentar o autointeresse da pessoa, ela se volta contra ele, porque o estava
essencialmente cultuando por interesse prprio. Desde que seu autointeresse no est
mais sendo alimentado, nada permanece para amar ou venerar. Ento, dio, inveja e
traio comeam a se espalhar contra o lder, porque a pessoa que estava acostumada
a am-lo e reverenci-lo, agora pensa que ele o responsvel pelo autointeresse
perdido.
Os lderes devem ser extremamente cuidadosos para que seus cooperadores ou
seguidores no desenvolvam amor ou devoo em torno de suas personalidades com
o propsito de assegurar seus prprios interesses. Em vez disso, um lder deve dirigir o
amor e a devoo de seus cooperadores, em direo viso pela qual ele trabalha.
Nenhum lder pode satisfazer continuamente a demanda crescente daqueles que
esto trabalhando por interesse prprio. Antes que tais pessoas criem uma
dependncia sua pessoa, o lder deve agir para direcionar suas atenes para a viso,
para o trabalho, ou ainda faz-los operar distncia.
A traio comea a brotar, quando certos seguidores percebem que eles no podem
mais manipular o lder para assegurar seus autointeresses. Um lder deve ficar alerta
para os sinais de traio antes que seja tarde demais. Alguns entre outros sinais sutis
so:
. Queixas;
. Crticas;
. Presentes para obter favores;
. Raiva;
-
. Irritao;
. Descontentamento.
Um lder sbio deve tentar iluminar as pessoas mesmo sabendo da possibilidade do
fracasso, ou ento isol-las cuidadosamente, permanecendo alerta ao fato de que no
pode transform-las da noite para o dia. O autointeresse tem razes profundas.
Todas as realizaes humanas so o resultado da cooperao em todos os campos do
esforo humano:
. Poltica;
. Educao;
. Comunicao;
. Artes;
. Cincias;
. Religio;
. Finanas.
Quanto maior a nossa cooperao, maior ser o nosso sucesso. Quanto menor a nossa
cooperao, maior ser a nossa tenso, dor, sofrimento e fracasso. Por isso
importante estudar essa lei e aplic-la em nossa vida.
Capitulo V
Cooperadores e Princpios de Cooperao
Falando a respeito de cooperadores, um grande mestre disse: os cooperadores que
caminham na abnegao, sero vitoriosos.
Cooperadores no so todos iguais. Existem aqueles que se juntam para combater, ou
para proteger uns aos outros. Existem tambm aqueles que cooperam pelo seu
interesse individual ou grupal. Existem ainda aqueles que cooperam para oprimir
outros ou explor-los. E, ento, um quarto grupo de colaboradores que cooperam na
renncia e servio. Essa ltima a forma mais elevada de cooperadores. Isso no
significa que eles cooperam por que tm interesses individuais no trabalho que est
sendo feito. Pelo contrrio, eles trabalham e cooperam para aumentar o bem, a
-
alegria, a liberdade, o amor e a luz no mundo. Tais cooperadores eventualmente
tornam-se os vitoriosos.
Permanecendo em sintonia com o Im Csmico, voc afirma vitrias. Sim. Sim. Sim!
A real vitria a habilidade de permanecer em harmonia com o Im Csmico.
Dispensar e conquistar todas aquelas correntes que impedem voc de permanecer em
harmonia com o Im Csmico, para efetivar sua divindade, no fcil. Cooperadores
so aqueles que tentam ajudar as pessoas a colaborar atravs da abnegao. Somente
pela abnegao, se estar apto a dispensar todas aquelas foras que o impedem de
cooperar.
Algumas pessoas pensam que, para haver cooperao, absolutamente necessrio
que haja um grupo de pessoas. No so as pessoas que cream cooperao, mas a viso
que elas tm. Se muitas pessoas esto trabalhando para efetivar uma viso em vrios
lugares na Terra, mesmo sem se conhecerem, elas so cooperadores. Na medida em
que vrios grupos de pessoas esto se esforando para alcanar o pice da beleza,
bondade, retido, alegria e liberdade, elas so cooperadoras reais.
H cooperadores conscientes uns dos outros e do trabalho de cada um. Existem
cooperadores conscientes de outros nos Mundos Superiores, onde seus espritos se
elevam na luz, mas que no se conhecem no plano fsico. Eles trabalham em campos
diferentes com ferramentas diferentes, mas todos constroem o invisvel Templo do
Senhor.
A vitria alcanada atravs da cooperao com as correntes do Im Csmico. Existe
cooperao mesmo nos esforos daquelas foras que se empenham em direes
opostas. Por exemplo: O Fogo Espacial tenta penetrar a esfera humana, e o esprito
humano se esfora em direo s esferas mais elevadas. Ambas as correntes, em
cooperao, cream uma ponte entre dois mundos atravs da qual a comunicao
consciente torna-se possvel.
Podemos ver outras formas de cooperao em que alguns cooperadores podem
destruir uma construo, enquanto outros constroem uma nova no mesmo terreno.
preciso olhar para o motivo da cooperao a partir de um nvel de conscincia
elevada. Frequentemente impedimos um grupo de colaboradores de fazer seu
trabalho. Pensando que eles so antagnicos a outro grupo de cooperadores,
tentamos auxiliar um grupo, mas efetivamente impedimos o trabalho da mtua
cooperao.
A vitria no pode ser alcanada sem ver as coisas como elas so do ponto de vista das
correntes Csmicas. O Im Csmico crea continuamente e seus agentes tm muitos
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nomes. Necessita-se ter sabedoria para podermos ver como os agentes cooperam uns
com os outros.
Na outra ponta do espectro, alguns veem cooperao entre duas foras quando na
realidade elas esto lutando entre si, e se destruindo atravs do espelhismo, sugestes
ps-hipnticas e o desejo de explorar uns aos outros e crear confuso e caos.
Cooperadores so sensveis ao Plano dos Grandes Seres, e se engajam em vrias partes
do trabalho para efetivar o Plano. Toda cooperao verdadeira inspirada pela
Hierarquia.
Cada grupo de cooperadores deve tentar ver o propsito de outros grupos de cooperadores.
Quando o propsito geral visto e reconhecido, muita energia e tempo sero poupados por
grupos de cooperadores aparentemente antagnicos.
A melhor maneira para harmonizar o trabalho de diferentes grupos capacit-los para ver o
propsito geral em direo do qual eles esto avanando em seus trabalhos.
O Ensinamento eventualmente possibilitar, a cada um conhecer o propsito em torno do qual
est movendo o esprito de toda a humanidade. Uma vez que o propsito conhecido, a
confuso difundida em todos os nveis cessar e resultar na harmonia.
A grande vitria humana adquirida atravs da cooperao.
Eis ento os onze princpios que constituem a base da cooperao:
1. Quando nossos pensamentos, sentimentos, palavras e aes se complementam se
fortalecem, ou se alimentam para alcanar um objetivo comum, dizemos que existe
cooperao em nossa natureza.
Uma cooperao grupal real se inicia quando os pensamentos, sentimentos,
palavras e aes dos membros esto em harmonia com a viso em direo da
qual eles esto se esforando. No existe cooperao real entre pessoas cujas
aes esto em harmonia, mas cujos pensamentos, palavras e sentimentos de
umas para com as outras no so de cooperao. Tal estado de cooperao
ter vida curta.
Verdadeiros lderes devem educar pessoas a cooperar nos quatro nveis:
. Pensamentos;
. Sentimentos;
. Palavras;
. Aes.
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Cooperao no implica em imposio de uniformidade de pensamentos,
sentimentos, palavras ou aes; ao contrrio, cooperao encoraja a
diversidade que est em harmonia com a viso, ou a complementa.
Na cooperao grupal, necessita-se de disciplina e educao para ser capaz de
prever a frico numa ao cooperativa.
2. Cooperao um esforo de um grupo de pessoas para realizar uma viso
dada pelas Fontes Superiores.
Cooperao no possvel sem uma grande viso que polarize, harmonize e
orquestre todos os pensamentos, sentimentos, experincias e aes dos
indivduos, para a realizao daquela viso.
3. A menos que haja um mesmo objetivo ou uma mesma viso, no possvel a
cooperao.
O objetivo comum de um grupo ou nao pode ser, por exemplo, a
sobrevivncia, a manifestao da beleza ou o servio humanidade. Tais
objetivos evocam profundos sentimentos de cooperao. As pessoas devem
cooperar para produzir cultura e beleza, para sobreviver como uma raa
humana.
Quando esses objetivos so compreendidos como prioritrios para a
humanidade, o prximo passo ser educar e ensinar os passos que levam
cooperao. Esses passos envolvem:
Um propsito comum;
Um plano global;
Objetivos em direo ao plano;
Habilidade para atualizar os objetivos;
Trabalho para trazer o propsito manifestao.
Um lder inspira pessoas e as educa nos cinco passos necessrios para a cooperao:
. Propsito;
. Plano;
. Objetivos;
. Habilidade;
. Trabalho.
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Um lder nunca usa de presso negativa ou fora, mas, mais que isso, inspira pessoas
para as grandes aquisies porque ele sabe que o uso da fora faz com que as pessoas
trabalhem em direo aos seus interesses separatistas.
4. Grandes lderes do uma viso e mobilizam todos os nossos pensamentos,
emoes e aes em direo daquela viso, atravs da nossa cooperao com
aqueles que tm interesses similares.
Cada indivduo, em qualquer grupo cooperativo, deve compreender claramente
que os membros do grupo se desenvolvem e progridem melhor se eles
trabalham juntos para realizar suas vises. Quando isso compreendido, todos
faro o esforo correto e daro os passos certos para fazer sua prpria parte e
ajudar a viso se realizar.
Cada membro do grupo deve tentar encontrar o que pode fazer de melhor para
promover a cooperao grupal. Dessa maneira, com esforo, ajuda pessoas a
trazerem tona muitas possibilidades latentes dentro delas e dois outros.
Individualmente, os membros do grupo devem conhecer os limites de suas
responsabilidades e deveres. Ento, se eles encontram quaisquer dificuldades,
eles devem procurar o conselho do lder para esclarecimento no para ordens.
Aqueles que dependem de ordem para encontrar suas responsabilidades e
deveres, no podem crescer e aprender a cincia da cooperao.
Essa a razo de o lder, evocar, encorajar e esclarecer os membros do grupo e
depois deix-los livres, a fim de demonstrarem suas habilidades, devoes e
creatividade para a realizao da viso.
5. Quando uma pessoa coopera com outras para efetivar uma viso, ela comea
a refinar e controlar suas aes, suas emoes e seus pensamentos,
eliminando todos aqueles fatores que no se ajustam com a viso. Ento, a
maestria sobre nossos veculos conquistada e o verdadeiro Self comea a se
revelar.
No processo da Cooperao, deve-se continuamente tentar manter a maestria
sobre sua personalidade e aprender como controlar seus pensamentos,
palavras e aes, tentando eliminar todas aquelas causas que fazem sua
personalidade funcionar mecanicamente.
Todo membro de um grupo tem uma responsabilidade bsica para encontrar, o
que pode ser resumido como a responsabilidade para procurar cooperar com a
viso do grupo, trazendo seus pensamentos, palavras e aes em harmonia
com a viso. Por exemplo: os membros de um grupo que esto engajados em
promover p Bem Comum, no devem estimular fofoca, difamao, maldade,
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traio, inveja ou dio contra seus companheiros. Caso eles o faam,
automaticamente se eliminam do grupo. Mesmo que continuem se afirmando
membros permanentes, a Alma Grupal os descarta.
Num grupo, alguns membros podem odiar uns aos outros; outros podem
alimentar inveja em seus coraes; alguns podem at ter sentimento de
vingana contra os outros. Tais sintomas no promovem uma cooperao real,
mas transforma-a em sementes de desintegrao grupal.
Ser membro de um grupo que promove o Bem Comum, significa estar pronto
para se submeter a uma disciplina que dar a cada um a capacidade para
controlar e dirigir os elementos em sua personalidade, que so contra a viso
do grupo.
Antes que uma pessoa aceite uma responsabilidade maior que o previsto, deve
se submeter a srias disciplinas as quais lhe fortalecero para que possa
encontrar os requisitos de sua nova responsabilidade, de outro modo, no
somente fracassar, mas tambm prejudicar a integridade do grupo e causar
a sua desintegrao.
Aqueles que, por egosmo ou interesses separatistas, cream problemas nos
grupos, privam-se da oportunidade da automaestria e de continuar no caminho
da sua transformao. s vezes, creadores de problemas so tidos como sendo
espertos, mas algum deve ser quase insano para colocar seu prprio interesse
mais alto do que o do grupo, da nao ou da humanidade. Uma vez eu disse a
um membro de um grupo creativo: Certamente voc compareceu aos
encontros; veio exatamente para crear uma frico pessoal com cada um. Voc
tem conhecimento do que est fazendo? Est negando a voc mesmo a
oportunidade de cooperar. Est agindo sempre contra o seu prprio interesse
pessoal.
Algumas vezes, as pessoas pensam que certos grupos estabelecidos ou
comunidades so exemplos de cooperao. Num exame minucioso, pode-se
ver uma grande quantidade de fofoca, dio, inveja, inimizade, egosmo, e assim
por diante. Uma comunidade verdadeira no um fenmeno externo de
relacionamentos prximos, mas caracterizada por um estado de amor que
conduz todos os membros a viver em harmonia uns com os outros, com o
objetivo de atualizar suas vises comuns. Essa a razo do porque toda
comunidade deve exercer refinamento, crear harmonia e respeito e promover
um trabalho construtivo em todos os nveis de sua existncia. Aqueles
membros dos grupos que so iluminados pela viso comum e demonstra
entusiasmo, equilbrio, elevao, inteligncia e trabalho abnegado atravs do
exemplo de suas vidas, ensinam as mais altas lies aos seus companheiros.
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A tcnica da imposio deve mudar para inspirao. As pessoas inspiram umas
s outras pelas virtudes que manifestam em seus relacionamentos dirios.
Inspirar significa conversar com as almas das pessoas, no lugar de pressionar
suas personalidades.
Os lderes devem aprender a arte de apresentar as necessidades de um grupo
ou de uma nao para as pessoas, e devem inspir-las a ir ao encontro dessas
necessidades. Os lderes devem tambm usar a devoo de seus cooperadores
para realizar grandes trabalhos ao grupo.
Meu mestre, certa vez, indagou-me: O que pensaria se eu lhe pedisse fosse a
cavalo, por trs dias, e levasse este remdio para nosso grande mestre?
Naturalmente voc deve saber que as estradas so muito perigosas e os
bandidos so como lobos famintos nesta poca, e ento ele saiu. Aps um
momento de reflexo, eu o segui e disse: Mestre, para mim seria melhor
morrer do que no respeitar os seus desejos. Lgrimas fluram aos seus olhos
e ele disse: Aqui est o remdio; prepare o seu cavalo e parta ao amanhecer.
Uma vez, um grupo estava construindo um templo para meditao. A
companhia eltrica pediu ao grupo para cavar uma vala de sessenta
centmetros de profundidade e quatro metros e meio de comprimento para
colocar os condutores. O lder do grupo pediu aos membros voluntrios para
ajudar a cavar, mas todos estavam muito ocupados. Por trs dias, o lder
trabalhou arduamente do amanhecer ao entardecer, preparando a vala.
No dia em que a companhia eltrica chegou para fazer a ligao, os membros
do conselho apareceram. Um trabalhador da companhia eltrica, conversando
com os membros do conselho, disse; Aquele pobre companheiro trabalhou
arduamente durante trs dias e sozinho terminou esta vala. Por que ningum o
auxiliou? Eu estive aqui todos os dias e o vi trabalhando arduamente. Ele deve
estar realmente necessitado de dinheiro. Um dos membros do conselho
replicou: Ele no estava fazendo isso por dinheiro; ele o nosso presidente,
nosso lder. Com olhar distante e uma voz amorosa, o eletricista disse: Ento,
que vergonha para vocs.
Um lder deve servir de exemplo pelo seu trabalho. H uma histria de um rei
que surpreendeu alguns soldados discutindo entre si sobre quem iria carregar
um vago com lenha. Aps ter ouvido suas imprecaes e ter observado suas
iras, o rei disse: Eu posso ter a honra de trabalhar para vocs
voluntariamente?, e comeou a encher o vago. Imediatamente aps ter
concludo o servio, ele se retirou, mas um dos soldados o reconheceu e disse:
Voc sabe quem era ele? Quem? O rei! Os homens se apressaram em se
desculpar pelas suas condutas e o rei disse: Bem, meu dever servi-los A
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histria conta que, aps o episdio, esses soldados trabalharam to
arduamente a fim de promoverem a si mesmos que, finalmente, se tornaram
os mais fiis generais do rei.
Liderana existe para proporcionar exemplos de cooperao e oferecer
inspirao para lutar pelo futuro.
6. Cooperar com a viso nos aproxima do nosso Anjo Solar, da Hierarquia, do
Plano Hierrquico e do nosso mago.
Se ao menos uma vez as pessoas pudessem compreender que o propsito de
formar grupo s pr os membros em contato com seus Self Superiores e com o
Self Superior do grupo, grandes mudanas poderiam ocorrer em suas
conscincias. Todo grupo avanado lentamente atrado pela Hierarquia como
veculo de expresso do Plano Hierrquico para a humanidade. Membros
grupais avanam mais rapidamente nos grupos do que se so deixados
sozinhos.
7. Toda informao e aprendizado a respeito de cooperao nos so dados a fim
de nos preparar para cooperar com o Plano da Hierarquia e com a Prpria
Hierarquia.
Todo membro de um grupo deve aspirar tal contato com a Hierarquia. Mas
surge aqui uma pergunta: O que acontece se um grupo de pesquisa cientifica
ou um grupo financeiro, cujos membros no tm a menor ideia a respeito da
Hierarquia e do Plano?
A resposta que o Plano contm o projeto de realizao de cada grupo.
Qualquer grupo que est avanando se aproxima daquele projeto. Uma
constante melhora em qualquer linha do esforo humano conduz ao Plano. O
projeto do Plano inspira os membros individualmente e penetra em suas
conscincias. Assim como um negativo fotogrfico revela lentamente a foto
medida que o processo de revelao se desenvolve, um grupo avanado num
caminho similar manifesta lentamente o projeto elaborado na conscincia de
seus membros.
Aspirao, cooperao e esforo se iniciam no momento em que o grupo como
um todo inspirado pelo Plano. No inicio, no preciso conhecer tudo a
respeito do Plano. Trabalhar como uma unidade para prestar servio para o
Bem Comum o mesmo que estar trabalhando para o Plano.
8. Cooperao, numa espiral mais alta, dissipa ou elimina vaidade, ego, inrcia,
depresso e separatividade. Estes so os cinco lobos que nos aguardam no
limiar da Iniciao.
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Havia uma senhora de oitenta anos que me chamava frequentemente para se
queixar a respeito de sua vida. Ela era muito rica, mas no sabia como usar o
dinheiro para trazer alegria ao seu corao. Um dia eu a chamei e lhe disse:
Posso lhe oferecer um emprego em nosso escritrio . Com todo o meu
dinheiro, ela disse, por que eu necessito de emprego? Ns no vamos lhe
pagar, eu repliquei. Isto ridculo, ela respondeu. Talvez sim, eu disse.
Mas voc trabalhar para ns de quatro a cinco horas por dia e nos pagar
vinte e cinco dlares pelo trabalho. Meu Deus!, ela respondeu surpresa.
No perca essa oportunidade, eu a aconselhei.
Finalmente, ela veio trabalhar e comeou dobrando cartas e fazendo uma leve
datilografia. Quando ela terminou o trabalho, eu a lembrei de pagar a sua
dvida e ela assim o fez. No dia seguinte, ela veio logo pela manh e contou-me
o quanto ficou feliz e o quanto o seu sono tinha sido tranquilo, e como estava
alegre por ter finalmente, aps tantos anos de preguia e inrcia, encontrado
um emprego realmente compensador!
Nossa presuno, vaidade e ego desaparecem com cooperao e trabalho.
Sentimo-nos um com as pessoas e a vida corre rpida e em alegria. Um dia, eu
a designei presidenta de um comit e lhe dei como auxiliares umas pessoas um
pouco rebeldes. Ela se empenhou muito em mant-los trabalhando juntos para
executar a tarefa, e ficou muito surpresa com o seu sucesso em faz-los
cooperar e agir como seres humanos.
Cooperao um processo de cura, transformao e adaptao grupal. Como
belo trazer as pessoas unidas para desvelar o tesouro que jaz escondido dentro
delas!
Algumas vezes, o maior obstculo num trabalho grupal o sentimento de
autoimportncia. No trabalho grupal, essa vaidade se evapora e a pessoa sente
que as outras so importantes, algumas vezes mais importantes que ela
prpria. Libertar-se da vaidade, ego, irritao e separatismo significa o trmino
da mgoa, dor e sofrimento.
9. Cooperao nos guia em direo a unidade e sntese, em direo revelao
do Propsito.
Quando uma pessoa coopera, ela desenvolve um senso de unidade que a torna
capaz de se relacionar com os outros, de tal maneira que cada pessoa usada
para o cumprimento da viso. Sntese a reta relao em nome de um
propsito elevado.
Cooperao nos prepara passo a passo para vermos o propsito pelo qual
estamos trabalhando. Quanto melhor uma pessoa v o propsito, mais
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cooperativa se torna, porque percebe que a atualizao do propsito um
cumprimento de sua prpria aspirao mais elevada.
Uma das tarefas de um lder tomar cuidado para no estimular inveja nos
outros em relao a si. Isso possvel se o lder no demonstra ou no tem
vaidade, ego ou espelhismo de ser extremamente importante. O cime
gerado quando um lder tem os defeitos acima. Se ele humilde e reconhece a
beleza nos outros e no se vangloria como se nada pudesse ser feito sem a sua
atuao, ele no crea inveja nos outros. Alguns lderes vestem e vivem em
luxria e se vangloriam continuamente. Tal vida crea inveja. Onde a inveja crea
razes, finda a cooperao.
Um dos meus mestres, sempre que elogiado, honrava outros como sendo fonte
do seu sucesso. Uma vez ele disse, que tipo de homem se sentiria orgulhoso
do que faz? Tudo lhe dado pelo Senhor; sem o Senhor, ele no poderia fazer
o que faz.
Outro mestre trabalhou com operrios, pintores e jardineiros, como se fosse
um deles. Uma vez, depois de um dia inteiro de trabalho no jardim, junto aos
jardineiros, disse: Agora hora de vocs relaxarem e descansarem, mas meu
trabalho continua enquanto vocs descansam talvez at meia-noite. Ele quis
lhes mostrar que liderana no um estado de repouso, mas de contnuo
trabalho. Um dos jardineiros observou: Eu no gostaria de ter a sua posio.
Devemos tambm saber que existem aqueles que so contaminados at os
ossos com a doena do cime. difcil e custoso tentar curar tais pessoas.
Um verdadeiro lder no tenta fazer das pessoas suas marionetes; ao invs
disso, tenta despertar nelas suas prprias originalidades e ativar algum talento
especial que elas possuam para que, assim, possam crear um trabalho sinfnico
e no montono. Quando um lder tenta fazer dos outros uma cpia exata de si
mesmo, impede o desenvolvimento e progresso individual das pessoas e as
priva particularmente de suas contribuies originais e de seus talentos.
Lderes devem inspirar os indivduos a desabrochar em suas prprias flores,
com sua prpria beleza e, ento, contribuir para o trabalho do grupo todo.
Todas as vezes que um lder tem seguidores, (ovelhas) termina por odi-los
porque eles no tm uma contribuio verdadeira ou no tm nada valioso
para o seu trabalho.
Um verdadeiro lder no somente encoraja outros a desenvolverem seus
talentos individuais, com o tambm os auxilia a super-lo. Todo lder deve
tentar preparar umas poucas pessoas para substitu-lo e se empenhar em
-
maior responsabilidade e trabalhos difceis. Quando um lder pode ser
substitudo, fica livre para realizar um servio mais ousado para a humanidade.
10. Cooperao desenvolve conhecimento, sabedoria, telepatia, intuio e fora
de vontade; ela proporciona experincias.
Cooperao faz crescer nosso conhecimento. Aprendemos uns com os outros,
aprendemos com a creatividade de cada um. Eventualmente um grande
reservatrio de conhecimento pode ser creado, provendo qualquer um que
entre em contato com aqueles que esto cooperando.
Cooperao expande nosso campo de conscincia; um campo de conscincia
expandido supre novo e maiores caminhos creativos no que se refere s
pessoas. O encontro com pessoas que tm atitudes e opinies diferentes da
nossa, enriquece a nossa conscincia e nos d a oportunidade de olhar as
coisas com diferentes pontos de vista. Isso tambm promove cooperao e
fuso.
No tenha receio de conversar com pessoas que no aceitem suas opinies ou
ideias. Tente encontrar o porqu de elas diferirem. Algumas vezes, os seus
antagonismos so a fonte das mais valiosas ideias. Elas afinam seu poder de
observao e mostram caminhos nos quais voc pode ser mais bem aceito.
Algumas pessoas sentem-