a natureza das crises financeiras

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A natureza das crises financeiras: 2008 e 2010/2012 Marcos Antonio Macedo Cintra Diretoria de Estudos Macroeconômicos Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Porto Alegre, Fundação de Economia e Estatística Siegfried Emanuel Heuser (FEE) , 30 de outubro de 2012

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Page 1: A natureza das crises financeiras

A natureza das crises financeiras: 2008 e 2010/2012

Marcos Antonio Macedo Cintra

Diretoria de Estudos MacroeconômicosInstituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)

Porto Alegre, Fundação de Economia e Estatística Siegfried Emanuel Heuser (FEE) , 30 de outubro de 2012

Page 2: A natureza das crises financeiras

Produto e Comércio e Inflação Mundial – Variação Anual – em %

Fonte: IMF, World Economic Outlook, October 2012,

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012(a) 2013(a)Produto Interno Bruto RealMundo 3,6 4,9 4,6 5,3 5,4 2,8 –0,6 5,1 3,8 3,3 3,6Economias Avançadas 1,9 3,1 2,6 3,0 2,8 0,1 -3,5 3,0 1,6 1,3 1,5 EUA 2,5 3,5 3,1 2,7 1,9 -0,3 -3,1 2,4 1,8 2,2 2,1 Área do Euro 0,7 2,2 1,7 3,2 3,0 0,4 -4,4 2,0 1,4 -0,4 0,2 Japão 1,4 2,4 1,3 1,7 2,2 -1,0 -5,5 4,5 -0,8 2,2 1,2Países Emergentes e em Desenv. 6,2 7,5 7,3 8,2 8,7 6,1 2,7 7,4 6,2 5,3 5,6 Ásia 8,1 8,5 9,5 10,3 11,4 7,9 7,0 9,5 7,8 6,7 7,2 América Latina 2,1 6,0 4,7 5,7 5,8 4,2 -1,5 6,2 4,5 3,2 3,9 Brasil 1,1 5,7 3,2 4,0 6,1 5,2 -0,6 7,5 2,7 1,5 4,0

Oriente Médio e Norte da África 7,3 6,2 5,3 6,3 5,7 4,5 2,6 5,0 3,3 5,3 3,6 África Subsaariana 4,9 7,1 6,2 6,4 7,1 5,6 2,8 5,3 5,1 5,0 5,7 Europa Central e Leste 4,8 7,3 5,9 6,4 5,4 3,2 -3,6 4,6 5,3 2,0 2,6

Comunidade de Estados 7,7 8,2 6,7 8,8 9,0 5,4 -6,4 4,8 4,9 4,0 4,1Volume do Comércio Mundial 10,7 7,7 9,2 7,8 3,0 -10,4 12,6 5,8 3,2 4,5Índice de Preços ao ConsumidorEconomias Avançadas 1,9 2,0 2,3 2,3 2,2 3,4 0,1 1,5 2,7 1,9 1,6Economias em Desenvolvimento 6,2 5,9 5,8 5,6 6,5 9,3 5,1 6,1 7,2 6,1 5,8

Libor (b)Depósitos em dólar (6 meses) 1,2 1,8 3,8 5,3 5,3 3,0 1,1 0,5 0,5 0,7 0,6

Page 3: A natureza das crises financeiras

Crescimiento da Economia Mundial - Producto Bruto Interno, variação percentual

anual/duas velocidades

Fonte: International Monetary Fund: World Economic Outlook Database

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Mundo Economías Avanzadas Economías Emergentes

Page 4: A natureza das crises financeiras

Crescimento das Economias Emergentes - Produto Bruto Interno, variação percentual

anual

Fonte: International Monetary Fund: World Economic Outlook Database.

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Economías Emergentes China América Latina

Page 5: A natureza das crises financeiras

Crescimento das Economias da América Latina - Producto Bruto Interno, variação

percentual anual

Fonte: International Monetary Fund: World Economic Outlook Database

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América Latina Brasil Argentina

Page 6: A natureza das crises financeiras

Conta-corrente países em desenvolvimento, US$ bilhões

Fonte: International Monetary Fund: World Economic Outlook Database

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Ásia América Latina Oriente Médio e Norte da África África SubsaarianaEuropa Central e Leste CEI

Page 7: A natureza das crises financeiras

Abundância de capitais para países em desenvolvimento

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2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Fluxo líquido de capital privado Invest. Estrangeiro Direto

Portfólio Outros

Fonte: International Monetary Fund: World Economic Outlook Database.

Page 8: A natureza das crises financeiras

Reservas internacionais

Fonte: International Monetary Fund: World Economic Outlook Database

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Ásia América Latina Oriente Médio e Norte da África África SubsaarianaEuropa Central e Leste CEI

Page 9: A natureza das crises financeiras

Reservas internacionais: BrasilUS$ milhões

Fonte: Banco Central do Brasil

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Page 10: A natureza das crises financeiras

Fonte: International Monetary Fund: World Economic Outlook Database.

Cotação das commodities

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All index Food index Metal index Energy index

Page 11: A natureza das crises financeiras

Conta-Corrente – US$ bilhões2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012(a)

Conta Corrente (Emergentes) 206,4 416,9 639,5 629,6 673,7 291,8 336,2 481,2 361,8 Ásia 90,8 137,6 268,8 400,3 412,7 291,4 313,2 363,1 411,8 América Latina 21,4 36,1 50,2 14,9 -30,5 -24,2 -56,9 -78,7 -100,2 Oriente Médio e Norte da África 101,5 211,5 282,2 265,8 349,2 49,9 183,5 306,9 238,8 África Subsaariana -7,7 -3,6 30,8 13,1 1,0 -20,7 -12,2 6,9 -8,4 Europa Central e Leste -55,1 -61,1 -89,0 -137,8 -160,4 -50,0 -119,4 -108,0 -158,9 Comunidade de Estados Independentes 63,5 87,6 96,3 71,7 107,7 41,3 75,3 113,5 79,5 Memorandum Exportadores de Petróleo 184,6 349,2 476,6 429,7 587,0 145,2 291,0 597,6 568,5

EUA -628,5 -745,8 -800,6 -710,3 -677,1 -381,9 -442,0 -465,9 -486,5Àrea Euro 121,7 51,4 53,7 45,6 -99,8 18,2 48,8 56,6 136,0Japão 172,1 166,1 170,9 212,1 159,9 146,6 204,0 119,3 95,4Outras Economias Avançadas 125,1 144,5 149,9 134,9 135,0 146,1 168,6 196,8 90,1

Fonte: IMF, World Economic Outlook, October 2012,

Page 12: A natureza das crises financeiras

China's Trade with the United States, 2001-11 (US$ billion)

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011US exports 19.2 22.1 28.4 34.7 41.8 55.2 65.2 71.5 69.6 91.9 103.9US imports 102.3 125.2 152.4 196.7 243.5 287.8 321.5 337.8 296.4 364.9 399.3US balance -83.0 -103.1 -124.0 -162.0 -201.6 -232.5 -256.3 -266.3 -226.8 -273.1 -295.5

Page 13: A natureza das crises financeiras

China's Trade with the World, 2001-10 (US$ billion)

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010Exports 266.1 325.6 438.2 593.3 762.0 968.9 1,217.8 1,430.7 1,201.6 1,577.9Imports 243.6 295.2 412.8 561.2 660.0 791.5 956.0 1,132.6 1,005.9 1,394.8Total 509.7 620.8 851.0 1,154.6 1,421.9 1,760.4 2,173.7 2,563.3 2,207.5 2,972.8Balance 22.6 30.4 25.5 32.1 102.0 177.5 261.8 298.1 195.7 183.1

Page 14: A natureza das crises financeiras

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2010

CHINA ÁREA EURO (15) ÍNDIA JAPÃO EUA

Global economic growth, % contribution

Source: Economist Intelligence Unit

Page 15: A natureza das crises financeiras

Figura 3. Fluxo do Mercado de Hipotecas e Transferência de Risco

Asset-Backed Commercial Papers

(ABCP)

Asset-Backed Security (ABS)

Cidadão

Instituições Financeiras

Collateralized Debt Obligation (CDO) Security (ABS)

Senior Debt - Fundos de Investimento - Fundos de Pensão - Cias. de Seguro - Hedge Funds

Equity Debt (Toxic Waste) - Special Purpose Vehicle - Structured Investment Vehicle (SPV/SIV)

Linha de crédito

Derivativo de Crédito

(Credit Default Swap)

Equity Debt - Hedge Funds

Corporações Bancos

Seguradoras

Senior Debt

- Fundos de Investimento - Fundos de Pensão - Cias. de Seguro

Page 16: A natureza das crises financeiras

Figura – Esquema Estilizado de Securitização de Créditos Subprime

Hipoteca Compra de Maior Prioridade Menor Títulos de Recebimento Retorno Empréstimo Pagamentos

P + 1 Pagamentos P + 1

Menor Prioridade Maior de Recebimento Retorno

Imóveis

Fundo de Hipotecas

(Mortgage Pool)

AAA

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BBB

Equity du Toxic

Waste

B

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AA

Fundo CDO (CDO Pool)

B

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BBB

A

AA

AAA

Equity du Toxic

Waste

SIV

Títulos de Curto Prazo

– Commercial

Papers Empresas

Hedge Fund

Fonte: Ernani Torres Júnior in Entendendo a crise do subprime.

Page 17: A natureza das crises financeiras

Prime mortgages

Junk mortgages

Credit-card debt

Car-leasing debt

Fees

AAA tranche

AA – BB tranches

Unrated

Income streams are added together … and then sliced up by risk

Investment banks and ratings agencies negotiate over the composition to ensure an AAA tranche with a higher yield than standard AAA rated assets.

Collateral Debt Obligations (CDOs)

Page 18: A natureza das crises financeiras

Subprime mortgage loans High-grade structured-finance

CDO Senior AAA 88% Junior AAA 5%

AA 3% A 2%

BBB 1% Unrated 1%

Mezzanine structured- finance CDO

Senior AAA 62% Junior AAA 14%

AA 8% A 6%

BBB 6% Unrated 4%

Subprime mortgage bonds AAA 80% AA 11% A 4%

BBB 3% BB - Unrated 2%

CDO-squared

Senior AAA 60% Junior AAA 27%

AA 4% A 3%

BBB 3% Unrated 2%

Fonte: IMF staff estimates.Nota: CDO = collateralized debt obligation.

Boneca Russa

Page 19: A natureza das crises financeiras

Conduit SIV SIV-Lite

Assets

– US$ 1,400 billion– Nontradable loans Less

risky– 47% Traditional assets– 53% Securities and

derivatives

– US$ 400 billion– Assets are traded– Less risky– 28% Financial institutions’

debt– 48% CMBS/RMBS/ABS– 22% CDO/CLO– 2% Other

– US$ 12 billion– Assets are traded– Risky– 96% U.S. RMBS– 4% CDO

Liabilities – 100% Commercial paper– 27% ABCP– 66% Medium-term notes

– 7% Capital notes

– Commercial paper– Medium-term notes

CreditEnhancement

– Varied (sponsoring bank) – Overcollateralization

Liquidity facility – Contractual 100% coverage– Contractual outstanding

liabilities– 10 to 15 percent of senior debt

– Partial contractual credit line; subject to market value tests

Fonte: Brunnermeier (2007); and IMF staff estimates.Note: SIV = structured investment vehicle; RMBS = residential mortgage-backed security; CMBS = commercial mortgage-backed security; ABS = asset-backed security; CDO = collateralized debt obligation; CLO = collateralized loan obligation; ABCP = asset-backed commercial paper

Características dos Conduits, SIV e SIV-lites

Page 20: A natureza das crises financeiras

A partir de 2002, a concorrência entre os agentes financeiros atuantes no mercado de hipotecas levou à proliferação do uso de diferentes tipos de contrato de maneira a atrair os tomadores de maior risco. Tais como:a) as balloon mortgage ou interest-only loan (neste contrato, ao longo da vigência do interest-only period são pagos apenas os juros, após esse período, além dos juros deverá também ocorrer a amortização do principal);b) as hipotecas híbridas, que combinam o pagamento de taxas prefixadas no início do contrato e depois se tornam contratos pós-fixados. Grande parte das hipotecas subprime emitidas entre 2004 e 2006 era risk-layered, usando a combinação de vários atrativos para tornar a hipoteca mais interessante e, conseqüentemente, mais arriscada.Foram geradas ainda hipotecas com documentos incompletos sobre comprovação de renda do tomador, conhecidas como “Alt A” mortgages. Em 2006 representaram cerca de 13% do fluxo de novas hipotecas.

Diferentes hipotecas

Page 21: A natureza das crises financeiras

“Ganância infecciosa”

A revista The Economist, diante do ambiente de euforia, definiu o cliente Ninja (no income, no job or assets, ou seja, pessoas sem renda, sem emprego ou patrimônio). Revelou-se ainda que em torno de 90% das hipotecas subprime envolveram algum tipo de fraude. Mais de 50% dos tomadores superestimaram suas rendas em mais de 50%. Os agentes financeiros falsificaram informações no sistema eletrônico de pontuação (credit score) a fim de possibilitar a operação e embolsar suas comissões. Diante da promessa de ganhos ilimitados, a “ganância infecciosa” frequentemente tende a prevalecer sobre a prudência.

Page 22: A natureza das crises financeiras

Foram desenvolvidas duas maneiras de as famílias converterem a valorização patrimonial de suas residências em poder de compra por meio do crédito.O primeiro – cash-out – consistiu na extração de home equity no ato do refinanciamento de antigas hipotecas, diante da redução das taxas de empréstimo após 2001. A maior parte do cash-out foi usada em melhorias do próprio imóvel.O segundo – os empréstimos sobre home equity – foram de dois tipos: home equity lines of credit ou home equity loans, sendo que a liberação dos recursos – por meio da emissão de uma nova hipoteca – sob o primeiro tipo não estava condicionada à vinculação de uma finalidade específica. As famílias aumentaram seus níveis de endividamento, financiando a expansão dos investimentos imobiliários, puxando a economia americana rapidamente da recessão.

Extração de home equity

Page 23: A natureza das crises financeiras

Housing equity borrowing in US (S billions)

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2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Equity loans

Cash withdrawal through refinancing

Page 24: A natureza das crises financeiras

CDOsAsset backedcommercialpaper (abcp)

Bought financed by

Long (e.g. fiveyear) maturity

Short (e.g. one month) maturity

Special investment vehicles (‘conduits’)

Page 25: A natureza das crises financeiras

CDOsAsset backedcommercialpaper

Contingency bank credit

Driedup

SIV draw on bank credit lines

Page 26: A natureza das crises financeiras

11,914,0

30,3

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108,8

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2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

Fonte: Oppenheimer – Industry Up to Date, 29 de janeiro de 2008. p. 9. Nota:1. Posição em 28 de janeiro de 2008.

Novas Emissões de CDO no período 2000-20081, em US$ Bilhões

Page 27: A natureza das crises financeiras

Another day, another derivative. This month's high-finance innovation is the CPDO, or Constant Proportion

Debt Obligation, and it is truly a wonder. In practical terms, a CPDO is nothing more or less than a synthetic bond.

Investors pay money up front, receive coupon payments, and their principal is returned after a set period of time.

Investors stand to lose if borrowers default or credit conditions deteriorate. But CPDOs work a secret miracle. These synthetic bonds are designed to score a “triple-A”

grade from major bond rating organizations, while paying a spread of up to 2% more than “natural” AAA debt! (…)

Truly, this is the golden age of finance!

Constant Proportion Debt Obligation (CPDO)

Page 28: A natureza das crises financeiras

CREDIT EQUIVALENT EXPOSURESTOP 25 COMMERCIAL BANKS IN DERIVATIVES -

MARCH 31 2012 – US$ millions

BANK NAME ASSETS DERIVATIVESRISK-BASED

CAPITALCREDIT EXPOSURE FROM

ALL CONTRACTSCREDIT EXPOSURE TO

CAPITAL (%)JPMORGAN CHASE BANK NA 1.842.735 71.478.760 138.634 347.505 251CITIBANK NATIONAL ASSN 1.312.764 51.894.344 137.536 236.797 172BANK OF AMERICA NA 1.448.262 46.361.694 152.032 225.988 149GOLDMAN SACHS BANK USA 101.927 42.821.356 22.154 148.586 751HSBC BANK USA NATIONAL ASSN 206.809 4.466.896 22.33 38.637 173WELLS FARGO BANK NA 1.181.817 3.778.395 117.804 47.199 40TOP 25 8.691.082 227.486.417 845.56 1.113.243 132OTHERS 3.503.866 496.05 386.464 12.508 3TOTAL 12.194.947 227.982.467 1.232.024 1.125.751 91

OCC’s Quarterly Report on Bank Trading and Derivatives ActivitiesFirst Quarter 2012, Comptroller of the Currency/Administrator of National Banks

Page 29: A natureza das crises financeiras

Nos termos de MINSKY, Hyman P. Stabilizing an

unstable economy. New Haven: Yale University Press,

1986, era uma estrutura financeira extremamente

frágil, com elevado risco e baixa capacidade de

fornecer liquidez.

Seu funcionamento dependia do aumento dos preços

dos imóveis, do fluxo de novas hipotecas e da queda

das taxas de juros.

A eclosão da crise

Page 30: A natureza das crises financeiras

A eclosão da crise

•acúmulo de prestações em atraso e execução de devedores inadimplentes•os preços dos imóveis começa a cair; no segundo trim. 2007, aprofundamento da desaceleração: crescimento dos preços de apenas 3,19% em relação a 2006 -> o mais baixo desde 1997•movimentos de saques em hedge funds e em fundos imobiliários•aumento do custo de captação dos bancos•agências de risco rebaixaram a classificação de inúmeros instrumentos financeiros relacionados às hipotecas de alto risco•resgate dos cotistas => venda dos novos instrumentos financeiros pelos fundos

Page 31: A natureza das crises financeiras

Novos atores, novos instrumentos, novas práticas e nova dinâmica•Hedge funds e Private equity groups;•Special Investment Vehicles (SIV);•Collateralised Debt Obligations (CDOs) e Credit Default Swaps (CDSs) – produtos negociados em mercados de balcão – over-the-counter (OTC) – e sem um mercado secundário para determinar os preços;•Para acessar os recursos dos bancos de Wall Street, para as operações alavancadas, os hedge funds tinham de depositar algum ativos de garantia (colateral). Por meio de uma prática conhecida como rehypothecation, uma proporção destes ativos colaterais eram utilizados pelos bancos como seus próprios ativos colaterais para levantar mais recursos. O resultado foi uma enorme expansão dos bancos sem o correspondente de requerimento de capital.

New Wall Street Financial System

Page 32: A natureza das crises financeiras

Sistema bancário sombra (ou paralelo) – um conjunto de instituições que funcionava como banco, sem sê-lo, captando recursos no curto prazo, operando alavancadas e investindo em ativos de longo prazo e ilíquidos. Diferentemente dos bancos, eram reguladas e supervisionadas de forma displicente, sem reservas de capital, sem acesso aos seguros de depósitos, às operações de redesconto e às linhas de empréstimos de última instância dos bancos centrais. Portanto, eram altamente vulneráveis, seja a uma corrida dos investidores (saque dos recursos ou desconfiança dos aplicadores nos mercados de curto prazo), seja a desequilíbrios patrimoniais (desvalorização dos ativos em face dos passivos).

Global Shadow Banking System

Page 33: A natureza das crises financeiras

•Os bancos comerciais e de investimento – com alguma regulamentação – atuavam como prime brokers – fonte de crédito e de ativos para o shadow banking, ganhando enormes comissões e lucros nestas operações;•Os 5 grandes bancos de investimento de Wall Street System controlavam US$ 4 trilhões de ativos e eram capazes de movimentar outros trilhões por meio dos bancos comerciais, fundos do mercado monetário, fundos de pensão etc.

Uma combinação de instituições reguladas e não reguladas – shadow banking system – operou conjuntamente

Page 34: A natureza das crises financeiras

Taxas de juros de curto prazo (em percentagem)

Fonte: Federal Reserve; Bank of Japan; England Bank; and European Central Bank.

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

jan/

01

jul/0

1

jan/

02

jul/0

2

jan/

03

jul/0

3

jan/

04

jul/0

4

jan/

05

jul/0

5

jan/

06

jul/0

6

jan/

07

jul/0

7

jan/

08

jul/0

8

jan/

09

jul/0

9

jan/

10

jul/1

0

jan/

11

jul/1

1

jan/

12

jul/1

2

MRO (Main Refinancing Operations) - Zona Euro Federal Funds Rate

Repo - Inglaterra Overnight Interest Rate - Japão

Page 35: A natureza das crises financeiras

Source: http://www.bloomberg.com/apps/data?pid=avimage&iid=i0YrUuvkygWs

U.S. Government’s Rescue Efforts - US$ 13,7 trillion

Maximum Amount Current AmountUS$ US$

Federal Reserve 6.2 trillion 1.6 trillionFederal Deposit Insurance Corp. (FDIC) 2.0 trillion 554.8 billionTreasury Department 5.2 trillion 1.5 trillionFederal Housing Administration (FHA) 300 billion 300 billionTotal 13.7 trillion 3.9 trillion

Page 36: A natureza das crises financeiras

Ativos dos bancos centrais – US$ bilhões

Fed BCEuropeudez/06 875 1.519dez/07 894 2.184dez/08 2.241 2.766dez/09 2.238 2.699dez/10 2.424 2.651set/11 2.867 2.856

Fonte: Bloomberg

Page 37: A natureza das crises financeiras

Composição do Balanço do Federal Reserve

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

Jan/

2007

May

/200

7

Oct

/200

7

Feb

/200

8

Jul/2

008

Dec

/200

8

Apr

/200

9

Sep

/200

9

Jan/

2010

Maiden1MMIFLTALFAIGABCPPDCFdiscountswapsCPLFTACMBSRPagencymiscother FRtreasury

Fonte: Federal Reserve

Page 38: A natureza das crises financeiras

- o Term Discount Window Program (“TDWP”), que ampliou o prazo de empréstimos emergenciais do Fed de 1 para até 3 meses a uma taxa de juros mais baixa;- o Term Auction Facility (“TAF”), que aumentou de modo significativo os empréstimos do Fed, ao mesmo tempo que ampliou os tipos de colaterais aceitáveis. Ao promover leilões frequentes (como mostra a tabela abaixo, estes ocorriam, pelo menos, semanalmente), o Fed reduzia o chamado efeito estigma associado ao efeito reputação negativo que os bancos incorriam por ter que acessar ao Fed ao invés do mercado interbancário de reservas. Por meio deste programa, o Fed chegou a ampliar as reservas em quase US$ 500 bilhões; - o Term Security Lending Facility (“TSLF”), que promoveu empréstimos de títulos públicos em troca de títulos privados de baixa liquidez e valor;- o Reciprocal Currency Agreements (“RCA”), que proveu liquidez a instituições estrangeiras por meio de acordos bilaterais com alguns bancos centrais (inclusive o do Brasil) que ampliaram suas aplicações em dólar como resposta ao surgimento da crise financeira e da corrida em seus mercados por este ativo. Estes empréstimos usaram colaterais denominados nas moedas locais.

Page 39: A natureza das crises financeiras

Provisão de liquidez para instituições financeiras bancárias e não bancárias:

-ABCP Money Market Fund Liquidity Facility (“AMLF”), com o qual o Fed proveu empréstimos de curto prazo para a aquisição de ABCP de modo a impedir uma venda desenfreada destes ativos e para sustentar seus valores. O mesmo ocorreu com o Commercial Paper Funding Facility;

-Term Asset-Backed Securities Loan Facility (“TALF”), com o qual o Fed passou a conceder empréstimos de longo prazo (3 a 5 anos) para os investidores adquirirem novos ABS com rating triplo A. O objetivo era resgatar o valor dos ABS, evitando a venda em massa destes ativos num momento de grande perda de valor que se realizada, poderia causar sérios riscos econômicos e financeiros ao sistema bancário. Esta medida mais tarde foi estendida a ativos com lastro em hipotecas;

- os programas de compra de ativos (Agency Debts e Agency MBS) no valor de US$ 600 bilhões para dar suporte ao mercado de crédito imobiliário, reduzindo seu custo de captação e aumentando os recursos disponíveis. Estes programas foram colocados em prática em novembro de 2008. Foram ampliados em 2009 e atingiram quase US$ 1,3 trilhão e se tornaram um dos mais importantes canais de provisão de liquidez do Fed no pós-crise.

Page 40: A natureza das crises financeiras

a) o Quantitative Easing 1 – mais US$ 300 bilhões para a aquisição de títulos públicos de longo prazo junto aos bancos de modo a melhorar as condições nos mercados de crédito privado;

b) o Quantitative Easing 2 – a aquisição de adicionais US$ 600 bilhões em títulos de longo prazo, a partir de fins de 2010;

c) o Quantitative Easing 3 – aquisição de hipotecas (US$ 40 bilhões por mês), setembro de 2012.

Quantitative Easing: liquidez no sistema

Page 41: A natureza das crises financeiras

EUA: resultado fiscal (US$ bilhões)

Fonte: Bureau of Economic Analysis. Disponível em: http://www.bea.doc.gov.

-1.500

-1.300

-1.100

-900

-700

-500

-300

-100

100

20

05

I

III 20

06

I

III 20

07

I

III 20

08

I

III 20

09

I

III 20

10

I

III 20

01

1 I

III 20

12

I

Governo Total Federal Estados e Municipios

Page 42: A natureza das crises financeiras

EUA: resultado fiscal (% PIB)

-11,0

-9,0

-7,0

-5,0

-3,0

-1,0

1,0

20

05

I

III

20

06

I

III

20

07

I

III

20

08

I

III

20

09

I

III

20

10

I

III

20

01

1 I

III

20

12

I

Governo Total Federal Estados e Municipios

Fonte: Bureau of Economic Analysis. Disponível em: http://www.bea.doc.gov.

Page 43: A natureza das crises financeiras

Credit Market Debt Growth by Sector (In percent; quarterly)

-15

-5

5

15

25

35

2006Q

1

2006Q

2

2006Q

3

2006Q

4

2007Q

1

2007Q

2

2007Q

3

2007Q

4

2008Q

1

2008Q

2

2008Q

3

2008Q

4

2009Q

1

2009Q

2

2009Q

3

2009Q

4

2010Q

1

2010Q

2

2010Q

3

2010Q

4

2011Q

1

2011Q

2

2011Q

3

2011Q

4

2012Q

1

2012Q

2

Households Corporate State and local Federal Financial

Fonte: Federal Reserve

Page 44: A natureza das crises financeiras

Commercial and industrial loans, all commercial banks, seasonally adjusted

(millions of dollars)

780.000

880.000

980.000

1.080.000

1.180.000

1.280.000

1.380.000

1.480.000

1.580.000

1.680.000

2000

-01

2000

-09

2001

-05

2002

-01

2002

-09

2003

-05

2004

-01

2004

-09

2005

-05

2006

-01

2006

-09

2007

-05

2008

-01

2008

-09

2009

-05

2010

-01

2010

-09

2011

-05

2012

-01

2012

-09

Fonte: Federal Reserve

Page 45: A natureza das crises financeiras

Households: disposable personal income/total liabilities

110

115

120

125

130

135

140

2006 2007 2008 2009 2010 2011Q1

2011Q2

2011Q3

2011Q4

2012Q1

2012Q2

Fonte: Federal Reserve

Page 46: A natureza das crises financeiras

Personal saving as a percentage of disposable personal income

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

4,5

5,0

5,5

2006 2007 2008 2009 2010 2011Q1

2011Q2

2011Q3

2011Q4

2012Q1

2012Q2

Fonte: Federal Reserve

Page 47: A natureza das crises financeiras

Balance Sheet of Households (billions of dollars)

16.000

17.000

18.000

19.000

20.000

21.000

22.000

23.000

2006 2007 2008 2009 2010 2011 Q1 2011 Q2 2011 Q3 2011 Q4 2012 Q1 2012 Q2

42.000

44.000

46.000

48.000

50.000

52.000

54.000

real estate at market value (left) total financial assets (right)

Fonte: Federal Reserve

Page 48: A natureza das crises financeiras

Gross Domestic Product (Percent Change From Preceding Period)

-9

-7

-5

-3

-1

1

3

5

2005 I

III

2006 I

III

2007 I

III

2008 I

III

2009 I

III

2010 I

III

20011 I

III

2012 I

III

Fonte: Bureau of Economic Analysis

Page 49: A natureza das crises financeiras

Personal consumption expenditures (Percent Change From Preceding Period)

-5,1

-3,1

-1,1

0,9

2,9

4,9

2005 I III

2006 I III

2007 I III

2008 I III

2009 I III

2010 I III

20011 I

III

2012 I III

Fonte: Bureau of Economic Analysis

Page 50: A natureza das crises financeiras

Fixed investment (Percent Change From Preceding Period)

Fonte: Bureau of Economic Analysis

-36

-26

-16

-6

4

14

24

2005 I

III

2006 I

III

2007 I

III

2008 I

III

2009 I

III

2010 I

III

20011 I

III

2012 I

III

Residential Nonresidential

Page 51: A natureza das crises financeiras

Credit Market Debt Outstanding by Sector - USA

Fonte: Federal Reserve

2008Q1 51.738 13.822 10.640 2.564 11.125 7.263 2.882 5.257 16.470 2.182 2008Q2 52.279 13.809 10.629 2.579 11.333 7.386 2.890 5.335 16.731 2.182 2008Q3 52.990 13.753 10.579 2.564 11.494 7.475 2.896 5.815 17.006 2.026 2008Q4 53.311 13.683 10.515 2.549 11.547 7.454 2.888 6.362 17.123 1.709 2009Q1 53.670 13.581 10.520 2.529 11.542 7.483 2.906 6.769 17.115 1.757 2009Q2 53.539 13.544 10.477 2.505 11.476 7.450 2.941 7.228 16.538 1.813 2009Q3 53.352 13.465 10.417 2.478 11.369 7.376 2.968 7.556 16.110 1.885 2009Q4 53.213 13.411 10.369 2.439 11.199 7.240 2.999 7.805 15.709 2.090 2010Q1 52.764 13.313 10.241 2.423 11.205 7.337 3.020 8.232 14.878 2.116 2010Q2 52.824 13.251 10.183 2.402 11.153 7.348 3.023 8.690 14.609 2.099 2010Q3 53.050 13.172 10.115 2.399 11.233 7.457 3.037 9.024 14.452 2.132 2010Q4 53.556 13.138 9.951 2.545 11.243 7.478 3.066 9.386 14.498 2.225 2011Q1 53.835 13.071 9.887 2.562 11.346 7.595 3.044 9.598 14.470 2.305 2011Q2 53.918 12.988 9.827 2.582 11.495 7.755 3.025 9.796 14.289 2.325 2011Q3 54.183 12.932 9.783 2.594 11.616 7.881 3.023 10.131 14.192 2.289 2011Q4 54.511 12.934 9.722 2.632 11.769 8.018 3.007 10.454 14.071 2.277 2012Q1 54.895 12.906 9.641 2.669 11.863 8.104 2.998 10.811 14.036 2.283 2012Q2 55.182 12.945 9.590 2.709 12.008 8.245 3.004 11.106 13.856 2.263

State and local government

Federal governments

Domestic financial sectors Foreign

Households Business

Total TotalHome mortgage

Consumer credit Total Corporate

Page 52: A natureza das crises financeiras

Balanço de Pagamentos

(X – M) + S + CLongo Prazo = CCurto Prazo + OURO

Conta Corrente: (X-M) + S

Page 53: A natureza das crises financeiras

Fonte: Bureau of Economic Analysis. Disponível em: http://www.bea.doc.gov.

Balanço de pagamento dos EUA (1990-2011) – US$ bilhões

1990 2000 2008 2009 2010 2011U.S.-owned assets abroad -81.234 -560.523 332.109 -119.535 -939.484 -483.653 U.S. official reserve assets -2.158 -290 -4.848 -52.256 -1.834 -15.877 U.S. government assets, other than official reserve assets 2.317 -941 -529.615 541.342 7.540 -103.666 U.S. foreign currency holdings and U.S. short-term assets -130 -24 -529.766 543.278 10.108 -99.692 U.S. private assets -81.393 -559.292 866.571 -608.622 -945.189 -364.110 Direct investment -37.183 -159.212 -329.081 -289.451 -327.877 -419.332 Foreign securities -28.765 -127.908 197.347 -227.024 -138.984 -146.797 U.S. claims on unaffiliated foreigners reported by U.S. nonbanking concerns-27.824 -138.790 456.177 153.695 32.969 -11.608 U.S. claims reported by U.S. banks and securities brokers 12.379 -133.382 542.128 -245.842 -511.297 213.627Foreign-owned assets in the United States 139.357 1.038.224 431.406 314.390 1.308.279 1.000.990 Foreign official assets in the United States 33.910 42.758 554.634 480.286 398.188 211.826 U.S. government securities 30.243 35.710 591.381 437.324 353.294 158.735 Other foreign official assets -1.586 3.127 103.900 53.604 40.540 14.018 Other foreign assets in the United States 105.447 995.466 -123.228 -165.896 910.091 789.164 Direct investment 48.494 321.274 310.092 150.442 205.831 233.988 U.S. Treasury securities -2.534 -69.983 162.944 -15.451 297.797 240.878 U.S. securities other than U.S. Treasury securities 1.592 459.889 -165.639 1.855 139.316 -56.442 U.S. liabilities to unaffiliated foreigners reported by U.S. nonbanking concerns45.133 170.672 -31.475 8.956 62.957 6.567 U.S. liabilities reported by U.S. banks and securities brokers/15/ -3.824 116.971 -428.337 -324.330 175.871 309.177

Memoranda:Balance on goods -111.037 -445.787 -830.109 -505.758 -645.124 -738.413Balance on services 30.173 69.038 131.770 126.603 150.387 178.533Balance on goods and services -80.864 -376.749 -698.338 -379.154 -494.737 -559.880Balance on income 28.550 19.178 147.089 119.717 183.859 227.007Unilateral current transfers, net -26.654 -58.767 -125.885 -122.459 -131.074 -133.053Balance on current account -78.968 -416.338 -677.135 -381.896 -441.951 -465.926

Page 54: A natureza das crises financeiras

Fonte: Bureau of Economic Analysis. Disponível em: http://www.bea.doc.gov.

Posição dos Investimentos Internacionais dos EUA – US$ milhões

1990 2000 2008 2010 r 2011 p

Net international investment position of the United States -230.375 -1.337.014 -3.260.158 -2.473.599 -4.030.250

U.S.-owned assets abroad 2.178.978 6.238.785 19.464.717 20.298.413 21.132.370

Gold 102.406 71.799 227.439 367.537 400.355U.S. government assets, other than official reserve assets 84.344 85.168 624.099 75.235 178.901

U.S. foreign currency holdings and U.S. short-term assets 628 2.594 554.222 836 100.528U.S. private assets 1.919.970 6.025.217 12.419.436 16.082.192 15.712.767

Direct investment 616.655 1.531.607 3.748.512 4.306.843 4.681.569Foreign securities 342.313 2.425.534 3.985.712 6.336.370 5.922.001U.S. claims on unaffiliated foreigners reported by U.S. nonbanking concerns 265.315 836.559 930.909 874.762 796.827U.S. claims reported by U.S. banks and securities brokers 695.687 1.231.517 3.754.303 4.564.217 4.312.370

Foreign-owned assets in the United States 2.409.353 7.575.799 22.724.875 22.772.012 25.162.620Foreign official assets in the United States 380.263 1.037.092 3.943.862 4.912.727 5.250.792

U.S. government securities 291.228 756.155 3.264.139 3.993.275 4.277.348U.S. Treasury securities 285.911 639.796 2.400.516 3.364.758 3.653.065

Other foreign official assets 24.942 101.834 382.674 629.448 644.535Other foreign assets 2.029.090 6.538.707 12.813.198 14.317.354 15.333.414

Direct investment 505.346 1.421.017 2.397.396 2.597.707 2.908.791U.S. Treasury securities 152.452 381.630 852.458 1.101.828 1.418.050U.S. securities other than U.S. Treasury securities 460.644 2.623.014 4.620.661 5.933.958 5.968.177U.S. liabilities to unaffiliated foreigners reported by U.S. nonbanking concerns 213.406 738.904 740.553 643.618 629.728U.S. liabilities reported by U.S. banks and securities brokers 633.251 1.168.736 3.900.991 3.698.153 4.011.582

Page 55: A natureza das crises financeiras

USA: Balance on current account

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Balance on current account ( GDP) Balance on current account (US$ billions)

Fonte: Bureau of Economic Analysis. Disponível em: http://www.bea.doc.gov.

Page 56: A natureza das crises financeiras

Source: Federal ReserveDifference between “3-month Treasury bill secondary market rate discount basis” (annualized using a 360-day year or bank interest) and “3-month Euro-dollar deposit rate" (annualized using a 360-day year or bank interest)

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Page 57: A natureza das crises financeiras

CBOE Volatility Index (VIX): progressive reduction of risk aversion

Source: http://www.cboe.com/micro/vix/introduction.aspxThe Chicago Board Options Exchange - CBOE - Volatility Index (VIX) is a key measure of market expectations of near-term volatility conveyed by S&P 500 stock index option prices. Since its introduction in 1993, VIX has been considered by many to be the world's premier barometer of investor sentiment and market volatility.

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Source: Standard & Poor’s - http://www2.standardandpoors.com/portal/site/sp/en/us/page.topic/indices_csmahp/

S&P/Case-Shiller Home Price Indices(residential real estate market in 20 metropolitan regions across the United States)

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Page 59: A natureza das crises financeiras

Source: Standard & Poor’s - http://www2.standardandpoors.com/portal/site/sp/en/us/page.topic/indices_csmahp/

S&P/Case-Shiller Home Price Indices(residential real estate market in 20 metropolitan regions across the United States) – variação em 1 ano

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S&P/Case-Shiller Home Price Indices(residential real estate market in 10 metropolitan regions across the United States)

Source: Standard & Poor’s - http://www2.standardandpoors.com/portal/site/sp/en/us/page.topic/indices_csmahp/

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Page 61: A natureza das crises financeiras

S&P/Case-Shiller Home Price Indices(residential real estate market in 10 metropolitan regions across the United States) – variação em 1 ano

Source: Standard & Poor’s - http://www2.standardandpoors.com/portal/site/sp/en/us/page.topic/indices_csmahp/

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Page 62: A natureza das crises financeiras

Hipotecas – 30 anos – taxa de juros - em percentagem

Fonte: Federal Reserve (CONTRACT RATE ON 30-YEAR, FIXED-RATE CONVENTIONAL HOME MORTGAGE COMMITMENTS)

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U.S. government securities - 1 - 2 - 3 anos – em percentagem (Market yield on U.S. Treasury securities)

Fonte: Federal Reserve

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Page 64: A natureza das crises financeiras

U.S. government securities - 5 -10 - 30 anos – em percentagem (Market yield on U.S. Treasury securities)

Fonte: Federal Reserve

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Page 65: A natureza das crises financeiras

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Source: Bloomberg. Nota: overnight index swap ou euro repo yield

Page 66: A natureza das crises financeiras

Libor 6M-BCE Efetiva e Libor 6M-Título alemão

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Libor 6M-BCE Efetiva Libor 6M-Título alemão

Source: Bloomberg.

Page 67: A natureza das crises financeiras

GREECE CDS USD SR 5y

Source: Bloomberg

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Page 68: A natureza das crises financeiras

IRELAND CDS USD SR 5y

Source: Bloomberg

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Page 69: A natureza das crises financeiras

PORTUGAL CDS USD SR 5Y

Source: Bloomberg

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Page 70: A natureza das crises financeiras

ITALY CDS USD SR 5y

Source: Bloomberg

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Page 71: A natureza das crises financeiras

SPAIN CDS USD SR 5y

Source: Bloomberg

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Page 72: A natureza das crises financeiras

FRANCE CDS USD SR 5Y

Source: Bloomberg

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United Kingdom CDS USD SR 5y

Source: Bloomberg

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Credit Defaut Swap (CDS) – Brasil – 1-5-10 anos

Fonte: Bloomberg

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Credit Defaut Swap (CDS) – México 1-5-10 anos

Fonte: Bloomberg

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Credit Defaut Swap (CDS) – Peru - 1-5-10 anos

Fonte: Bloomberg

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Page 78: A natureza das crises financeiras

Vulnerabilidades sistêmicas dos bancos e países da UE

Áustria √ √Bélgica √ √ √Dinamarca √ √ √Finlândia √França √Alemanha √ √Grécia √ √Irlanda √ √ √ √Itália √Holanda √ √ √Portugal √Espanha √ √ √Suécia √Reino Unido √ √ √ √ √

Grande exposição a ativos tóxicos dos

EUA (2)

Grande exposição a países emergentes enfraquecidos

da Europa (2)

Atingido por crises financeiras

sistêmicas (1)

Tamanho dos grandes bancos/

PIB (3)

Baixa competitividade

externa (4)Bolhas imobiliárias

(2)

Page 79: A natureza das crises financeiras

Ativos e empréstimos bancários (*) em % do PIB

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006Zona do Euro

Ativos totais/PIB 247 252 254 260 267 282 294Empréstimos/PIB 89 91 92 93 94 98 104

UKAtivos totais/PIB 325 356 352 382 401 443 483Empréstimos/PIB 111 118 122 125 132 138 145

USAAtivos totais/PIB 59 61 62 65 65 67 69Empréstimos/PIB 35 35 34 35 36 39 41

(*) Empréstimos excluem os intermediários financeiros e administrações públicas como contrapartes. Os estoques são médias anuais.

Fontes: Eurostat, Banco Central Europeu (BCE), Federal Reserve, Fundo Monetário Internacional (FMI)

Page 80: A natureza das crises financeiras

Ativos bancários em % do PIB2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Áustria 251 259 259 257 265 280 295 310Bélgica 288 284 291 288 303 332 337 361Dinamarca 245 247 262 286 284 314 327 365Finlândia 94 109 121 124 138 152 156 162França 259 266 268 271 281 300 328 361Alemanha 286 296 294 297 297 305 303 304Grécia 143 139 133 128 130 137 144 156Irlanda 366 414 443 478 555 642 730 831Itália 145 145 150 163 166 175 182 201Holanda 269 279 285 301 323 335 332 358Portugal 210 212 219 239 235 226 235 246Espanha 171 179 184 189 198 220 239 262Suécia n.d. 184 187 184 195 215 233 249Reino Unido 325 356 352 382 401 443 483 520

Fonte: BCE. Ativos totais são as médias anuais.

Page 81: A natureza das crises financeiras

Alavancagem bancária (*)

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007Áustria 23 22 21 20 20 20 19 16Bélgica 28 28 24 27 29 34 32 23Dinamarca 15 17 18 17 17 18 17 19Finlândia 12 10 10 10 11 11 11 14França 23 22 20 20 21 25 23 25Alemanha 26 25 24 26 27 27 26 26Grécia 14 14 15 14 19 19 16 15Irlanda 18 17 18 21 26 31 33 33Itália 14 14 13 13 13 12 12 10Holanda 15 16 17 19 23 20 18 17Portugal 15 20 21 17 17 15 12 8Espanha 15 15 15 16 14 16 17 17Suécia 30 25 27 25 21 22 23 25UK 20 19 21 19 25 28 29 27USA 12 11 11 11 10 10 10 10

(*) A alavancagem é calculada como total de ativos/ patrimônio.

Fonte: Para o Europe Bankscope, balanços não-consolidados; para o Federal Reserve dos Estados Unidos, todos os bancos comerciais.

Page 82: A natureza das crises financeiras

Current account balances as a percentage of GDP

Source: OECD Economic Outlook 89 database.

Belgium14,3 3,6 4,9 4,4 3,7 2,8 2,0 1,7 -1,8 0,3 1,3 1,0 1,2

Estonia -5,4 -5,2 -10,6 -11,3 -11,3 -10,0 -15,3 -17,2 -9,7 4,5 3,6 3,2 0,7 Finland 8,2 8,6 8,9 5,1 6,4 3,6 4,6 4,2 2,9 2,7 2,9 3,0 3,2 France 1,4 1,8 1,2 0,8 0,5 -0,5 -0,5 -1,0 -1,9 -2,1 -2,2 -2,6 -2,6 Germany -1,8 0,0 2,0 1,9 4,6 5,0 6,2 7,5 6,3 5,6 5,6 5,5 6,0 Greece2

-7,8 -7,2 -6,5 -6,5 -5,8 -7,6 -11,2 -14,4 -14,7 -11,0 -10,4 -8,6 -7,2 Iceland -10,2 -4,3 1,5 -4,8 -9,8 -16,1 -23,8 -16,3 -24,8 -10,7 -8,0 -6,2 -3,6 Ireland 0,0 -0,6 -1,0 0,0 -0,6 -3,5 -3,6 -5,3 -5,6 -3,0 -0,7 3,7 5,3 Italy -0,6 -0,1 -0,8 -1,3 -0,9 -1,7 -2,6 -2,4 -2,9 -2,1 -3,5 -4,1 -3,6 Netherlands 1,9 2,4 2,5 5,6 7,6 7,4 9,3 6,7 4,4 4,9 7,7 7,2 7,4 Portugal2 -10,4 -10,3 -8,3 -6,5 -8,4 -10,4 -10,7 -10,1 -12,6 -10,2 -9,7 -7,8 -5,5 Slovak Republic -3,5 -8,3 -7,9 -5,9 -7,8 -8,5 -7,8 -5,3 -6,6 -3,2 -3,5 -2,4 -1,3 Slovenia -3,2 0,2 1,1 -0,8 -2,7 -1,7 -2,5 -4,8 -6,7 -1,5 -1,1 -1,3 -1,3 Spain -4,0 -3,9 -3,3 -3,5 -5,3 -7,4 -9,0 -10,0 -9,6 -5,2 -4,5 -2,9 -2,3 United States -4,2 -3,7 -4,3 -4,7 -5,3 -5,9 -6,0 -5,1 -4,7 -2,7 -3,2 -3,7 -4,0 Euro area -0,6 0,1 0,6 0,5 1,1 0,4 0,3 0,2 -0,7 0,0 0,2 0,3 0,8 Total OECD -1,3 -1,1 -1,1 -1,0 -0,9 -1,4 -1,5 -1,3 -1,5 -0,5 -0,6 -0,7 -0,7

2012 2008 2009 2010 2011 2004 2005 2006 2007 2000 2001 2002 2003

Page 83: A natureza das crises financeiras

General government financial balances as a per cent of nominal GDP

Austria -1,9 -0,2 -0,9 -1,7 -4,6 -1,8 -1,7 -1,0 -1,0 -4,2 -4,6 -3,7 -3,2

Belgium -0,1 0,4 -0,2 -0,2 -0,4 -2,8 0,1 -0,4 -1,3 -6,0 -4,2 -3,6 -2,8 France -1,5 -1,6 -3,2 -4,1 -3,6 -3,0 -2,3 -2,7 -3,3 -7,5 -7,0 -5,6 -4,6 Germany 1,3 -2,8 -3,6 -4,0 -3,8 -3,3 -1,6 0,3 0,1 -3,0 -3,3 -2,1 -1,2 Greece -3,7 -4,4 -4,8 -5,7 -7,4 -5,3 -6,0 -6,7 -9,8 -15,6 -10,4 -7,5 -6,5 Iceland 1,7 -0,7 -2,6 -2,8 0,0 4,9 6,3 5,4 -13,5 -10,0 -7,8 -2,7 -1,4 Ireland 4,8 1,0 -0,3 0,4 1,4 1,6 2,9 0,1 -7,3 -14,3 -32,4 -10,1 -8,2 Italy -0,9 -3,1 -3,0 -3,5 -3,6 -4,4 -3,3 -1,5 -2,7 -5,3 -4,5 -3,9 -2,6 Netherlands 2,0 -0,3 -2,1 -3,2 -1,8 -0,3 0,5 0,2 0,5 -5,5 -5,3 -3,7 -2,1 Poland -3,0 -5,3 -5,0 -6,2 -5,4 -4,1 -3,6 -1,9 -3,7 -7,4 -7,9 -5,8 -3,7 Portugal -2,9 -4,3 -2,9 -3,1 -3,4 -5,9 -4,1 -3,2 -3,6 -10,1 -9,2 -5,9 -4,5

Slovenia -3,7 -4,0 -2,5 -2,7 -2,3 -1,5 -1,4 -0,1 -1,8 -6,0 -5,6 -5,6 -4,1

Spain -1,0 -0,7 -0,5 -0,2 -0,4 1,0 2,0 1,9 -4,2 -11,1 -9,2 -6,3 -4,4 United Kingdom 3,7 0,6 -2,0 -3,7 -3,6 -3,3 -2,7 -2,8 -4,8 -10,8 -10,3 -8,7 -7,1

Euro area -0,1 -1,9 -2,6 -3,1 -3,0 -2,6 -1,4 -0,7 -2,1 -6,3 -6,0 -4,2 -3,0

Total OECD 0,1 -1,4 -3,3 -4,1 -3,4 -2,8 -1,3 -1,3 -3,3 -8,2 -7,7 -6,7 -5,6 Memorandum itemsGeneral government financial balances excluding social security

United States -0,1 -2,2 -5,5 -6,3 -5,8 -4,6 -3,6 -4,3 -7,6 -12,1 -11,1 -10,8 -9,9 Japan -8,2 -6,5 -7,9 -8,0 -6,6 -7,0 -1,7 -2,2 -1,6 -7,5 -7,3 -8,0 -7,1

2009 2010 2011 2012 2005 2006 2007 2008 2001 2002 2003 2004 2000

Page 84: A natureza das crises financeiras

General government financial balances as a per cent of nominal GDP

  2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013Austria -1,7 -1,0 -1,0 -4,2 -4,5 -2,6 -2,9 -2,3Belgium 0,3 -0,1 -1,0 -5,7 -3,9 -3,9 -2,8 -2,2Czech Republic -2,4 -0,7 -2,2 -5,8 -4,8 -3,1 -2,5 -2,2Denmark 5,0 4,8 3,3 -2,7 -2,7 -1,9 -3,9 -2,0Estonia 2,5 2,4 -2,9 -2,0 0,3 1,0 -2,0 -0,3Finland 4,0 5,3 4,2 -2,7 -2,9 -0,9 -0,7 -0,0France -2,4 -2,7 -3,3 -7,6 -7,1 -5,2 -4,5 -3,0Germany -1,7 0,2 -0,1 -3,2 -4,3 -1,0 -0,9 -0,6Greece -6,0 -6,8 -9,9 -15,6 -10,5 -9,2 -7,4 -4,9Hungary -9,4 -5,1 -3,7 -4,5 -4,3 4,2 -3,0 -2,9Iceland 6,3 5,4 -13,5 -10,0 -10,1 -4,4 -2,6 -1,4Ireland 2,9 0,1 -7,3 -14,0 -31,2 -13,0 -8,4 -7,6Italy -3,4 -1,6 -2,7 -5,4 -4,5 -3,8 -1,7 -0,6Japan -1,3 -2,1 -1,9 -8,8 -8,4 -9,5 -9,9 -10,1Netherlands 0,5 0,2 0,5 -5,5 -5,0 -4,6 -4,3 -3,0Norway 18,3 17,3 18,8 10,6 11,2 13,6 15,1 16,3Poland -3,6 -1,9 -3,7 -7,4 -7,9 -5,1 -2,9 -2,2Portugal -4,6 -3,2 -3,7 -10,2 -9,8 -4,2 -4,6 -3,5Slovak Republic -3,2 -1,8 -2,1 -8,0 -7,7 -4,8 -4,6 -2,9Slovenia -1,4 -0,0 -1,9 -6,1 -6,0 -6,4 -3,9 -3,0Spain 2,4 1,9 -4,5 -11,2 -9,3 -8,5 -5,4 -3,3Sweden 2,2 3,6 2,2 -1,0 -0,1 0,1 -0,3 0,3United Kingdom -2,7 -2,8 -5,0 -11,0 -10,3 -8,4 -7,7 -6,6United States -2,2 -2,9 -6,6 -11,6 -10,7 -9,7 -8,3 -6,5

Euro area (15 countries) -1,4 -0,7 -2,1 -6,4 -6,2 -4,1 -3,0 -2,0

OECD-Total -1,2 -1,3 -3,4 -8,1 -7,5 -6,3 -5,3 -4,2

Source: OCDE

Page 85: A natureza das crises financeiras

Government consolidated gross debt as a percentage of GDP

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010Belgium 108 107 104 99 94 92 88 84 90 96 97Germany 60 59 60 64 66 68 68 65 66 74 83Estonia 5 5 6 6 5 5 4 4 5 7 7Ireland 38 36 32 31 30 27 25 25 44 66 96Greece 103 104 102 97 99 100 106 105 111 127 143Spain 59 56 53 49 46 43 40 36 40 53 60France 57 57 59 63 65 66 64 64 68 78 82Italy 109 109 106 104 104 106 107 104 106 116 119Cyprus 49 52 65 69 70 69 65 58 48 58 61Luxembourg 6 6 6 6 6 6 7 7 14 15 18Malta 56 62 60 69 72 70 63 62 62 68 68Netherlands 54 51 51 52 52 52 47 45 58 61 63Austria 67 67 67 66 65 64 62 61 64 70 72Portugal 49 51 54 56 58 63 64 68 72 83 93Slovakia 50 49 43 42 42 34 31 30 28 35 41Finland 44 43 42 45 44 42 40 35 34 44 48United Kingdom 41 38 38 39 41 43 43 45 54 70 80

Source: Eurostat

Page 86: A natureza das crises financeiras

Government consolidated gross debt as a percentage of GDP

Source: OCDE

  2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013Austria 66,4 63,4 68,7 74,4 78,1 79,7 83,0 84,4Belgium 91,6 87,9 92,9 99,9 100,0 102,3 103,1 102,0Finland 45,6 41,4 40,4 51,8 57,6 57,2 59,1 61,8France 71,2 73,0 79,3 91,2 95,8 100,1 105,5 107,3Germany 69,8 65,6 69,8 77,4 86,8 87,2 88,5 87,8Greece 117,0 115,4 118,7 134,0 149,6 170,0 168,0 173,1Hungary 71,9 72,9 77,0 86,2 86,4 84,7 84,8 84,1Iceland 57,4 53,3 102,1 120,0 125,2 128,3 126,7 124,7Ireland 29,0 28,6 49,5 71,1 98,4 114,1 121,6 126,9Italy 116,7 112,1 114,6 127,7 126,5 119,7 122,7 122,1Japan 166,7 162,4 171,2 188,8 192,7 205,5 214,1 222,6Netherlands 54,5 51,5 64,8 67,5 70,6 75,2 81,0 83,6Portugal 77,3 75,4 80,7 92,9 103,2 117,6 124,3 130,1Slovak Republic 34,1 32,9 32,0 40,4 47,1 46,8 52,1 54,2Spain 46,2 42,3 47,7 62,9 67,1 75,3 87,9 90,9Switzerland 50,2 46,8 43,6 42,5 41,7 41,0 40,8 39,4United Kingdom 46,0 47,2 57,4 72,4 81,9 97,9 104,2 108,2United States 66,4 67,0 75,9 89,7 98,3 102,7 108,6 111,2Euro area (15 countries)

74,7 71,8 77,0 87,8 93,1 95,1 99,1 99,9

OECD-Total 76,0 74,5 81,0 92,5 98,7 103,0 107,6 109,3

Page 87: A natureza das crises financeiras
Page 88: A natureza das crises financeiras

Total losses relation to economic strength, in percent (*)

for... GreeceGreece and

PortugalGreece, Portugal

and SpainGreece, Portugal, Spain and Italy

China -2,1 -7,1 -23,8 -49,4

Germany -2,9 -9,1 -34,3 -68,9

France -8,3 -17,1 -64,9 -154,4

Greece -94,1 -94,2 -96,2 -99,9

UK -0,3 -4,7 -22,3 -39,2

Italy 0,4 -0,6 -5,6 -74,6

Portugal -7,9 -54,9 -103,7 -116,4

Switzerland -0,8 -4,3 -25,9 -69,4

Spain 1,8 -32,5 -81,4 -104,9

USA -0,9 -3,3 -11,3 -25,7

Euro zone 14 (**) -4,7 -13,9 -42,1 -90,5

All countries -1,7 -6,1 -20,3 -44,0

Notes: (*) cumulative losses between 2013 and 2020 measured against 2013 GDP

Page 89: A natureza das crises financeiras

Real total gross fixed capital formation (Percentage change from previous year)

Austria -3,8 3,4 1,2 0,8 0,8 3,1 0,0 -7,4 0,0 5,2 1,8 2,1 Belgium -5,0 0,6 7,8 6,6 2,1 6,3 2,1 -7,9 -1,0 5,2 0,1 1,3 Czech Republic 3,8 0,6 2,8 6,1 5,9 13,2 4,0 -11,4 0,0 -1,2 1,2 2,8

Denmark 0,1 -0,2 3,9 4,7 14,3 0,4 -4,2 -13,4 -3,8 0,4 2,9 1,7 Estonia 24,2 16,7 6,0 15,2 23,0 9,3 -15,1 -37,9 -9,1 26,8 15,9 4,9 Finland -3,7 3,0 4,9 3,6 1,9 10,7 -0,6 -13,3 2,6 4,6 0,6 1,6 France -1,9 2,2 3,0 4,4 4,2 6,2 0,1 -8,8 -1,4 2,9 0,6 1,7 Germany -6,2 -1,2 -1,2 1,0 8,9 5,0 1,0 -11,4 5,2 6,6 2,0 3,7 Greece 9,5 11,8 0,4 -6,3 20,4 5,4 -6,7 -15,2 -15,0 -20,7 -13,4 -2,0

Hungary 7,4 1,5 7,2 4,5 -2,7 3,8 2,9 -11,0 -9,7 -5,4 -5,4 0,0 Iceland -14,0 11,1 28,7 34,4 24,4 -12,2 -20,0 -51,6 -8,1 13,4 16,5 10,3 Ireland 2,6 6,5 9,6 14,9 4,4 2,1 -10,4 -28,7 -25,0 -10,6 -2,1 1,3 Italy 3,3 -1,0 1,2 1,9 3,7 1,3 -3,8 -11,7 1,7 -1,2 -4,7 -0,8 Japan -4,8 0,3 0,3 0,8 1,5 0,2 -4,4 -10,4 -0,1 0,5 2,3 2,8 Netherlands -4,5 -1,5 -1,6 3,7 7,5 5,5 4,5 -10,2 -4,4 5,8 -1,9 2,5

Norway -1,1 0,8 11,1 13,5 9,8 11,4 0,2 -7,5 -5,2 6,9 5,7 5,2 Poland -6,3 0,0 6,5 6,3 14,9 17,6 9,7 -1,2 -0,2 8,1 7,1 4,0 Portugal -3,2 -7,1 0,0 -0,5 -1,3 2,6 -0,3 -8,6 -4,1 -11,4 -10,1 -3,2 Slovak Republic 0,2 -2,7 4,8 17,5 9,3 9,1 1,0 -19,7 12,4 5,7 3,8 4,8 Slovenia 0,3 7,6 5,0 3,0 10,4 13,3 7,8 -23,3 -8,3 -10,7 -4,6 -0,5 Spain 3,4 5,9 5,1 7,1 7,1 4,5 -4,7 -16,6 -6,3 -5,1 -9,3 -2,4 United Kingdom 3,6 1,1 5,1 2,4 6,4 8,1 -4,8 -13,4 3,1 -1,2 -0,9 2,8 United States -2,7 3,3 6,3 5,3 2,5 -1,4 -5,1 -15,2 2,0 3,7 4,4 6,3

Euro area -1,6 1,1 1,8 3,4 6,0 4,6 -1,3 -12,0 -0,7 1,5 -1,8 1,3 Total OECD -0,9 2,4 4,5 4,7 4,7 2,8 -2,2 -12,1 2,4 3,2 2,2 4,2

2010 2011 2012 20132006 2007 2008 20092002 2003 2004 2005

Source: OCDE

Page 90: A natureza das crises financeiras

Auxílio Estatal concedido ao setor financeiro em 2008 e 2009 (tipo de intervenções)

Montantes aprovados 2008-2010 (€ bilhões)

Montantes aprovados em % do PIB da UE-27

2009

Uso efetivo, ou seja, valor nominal em 2009 (€

bilhões)

Total efetivo usado como % do PIB da UE-

27, 2009Regimes 3.478,96 29,48% 727,38 6,16% de garantias 3.026,28 25,64% 612,59 5,19%

de medidas de recapitalização 348,64 2,95% 95,15 0,81%

de intervenção de apoio aosativos depreciados

62,17 0,53% 1,40 0,01%

de medidas de liquidez alémdos regimes de garantia 41,87 0,35% 18,23 0,15%

Intervenções ad-hoc em favor deinstituições financeiras individuais

1.109,94 9,40% 379,16 3,21%

de garantias 458,97 3,89% 214,30 1,82%

medidas de recapitalização 197,44 1,67% 46,36 0,39%

de intervenção de apoio aosativos depreciados 339,63 2,88% 108,38 0,92%

outras medidas de liquidez além das garantias

113,90 0,97% 11,11 0,09%

TOTAL 4.588,90 38,88% 1.106,54 9,38%

Fonte: Comissão Europeia, Direção-Geral de Concorrência, Disponível em:http://ec,europa,eu/competition/state_aid/studies_reports/expenditure,html

Page 91: A natureza das crises financeiras

Auxílio estatal concedido ao setor financeiro em 2008 e 2009 (por Estados-Membros)

Fontes: Comissão Europeia, Direção-Geral de Concorrência.

PaísMontantes

aprovados 2008-2010

Montantes aprovados como % do PIB nacional

de 2009Uso efetivo 2009

Montantes efetivamente usado como % do PIB

nacional de 2009

Nº de instituições financeiras

Áustria 91,70 33,1% 30,94 11,2% 8Bélgica 328,59 97,4% 120,43 35,7% 6Dinamarca 599,66 269,0% 14,44 6,5% 59Finlândia 54,00 31,6% 0,00 Não utilizado -França 351,10 18,4% 129,48 6,8% 8Alemanha 592,23 24,6% 262,68 10,9% 13Grécia 78,00 32,8% 25,12 10,6% 9Irlanda 723,31 442,3% 11,29 6,9% 6Itália 20,00 1,3% 4,05 0,3% 4Luxemburgo 11,59 30,7% 2,72 7,2% 4Holanda 323,60 56,8% 75,00 13,2% 14Portugal 20,45 12,2% 0,65 0,4% 7Espanha 334,27 31,8% 60,31 5,7% 2Suécia 161,56 55,2% 79,39 27,1% n.d.Reino Unido 850,30 54,3% 282,41 18,0% 18

Page 92: A natureza das crises financeiras

Ativos externos bancos (US$ milhões)

0

2.000.000

4.000.000

6.000.000

8.000.000

10.000.000

12.000.000

14.000.000

Mar

.200

0

Dec

.200

0

Sep.

2001

Jun.

2002

Mar

.200

3

Dec

.200

3

Sep.

2004

Jun.

2005

Mar

.200

6

Dec

.200

6

Sep.

2007

Jun.

2008

Mar

.200

9

Dec

.200

9

Sep.

2010

Jun.

2011

Mar

.201

2

Euro area United States Japan

Fonte: BIS Quarterly Review, September 2012.

Page 93: A natureza das crises financeiras

Espanha: ativos externos bancos (US$ milhões)

0

200.000

400.000

600.000

800.000

1.000.000

1.200.000

1.400.000

Mar

.20

00

Dec

.20

00

Sep

.20

01

Jun

.20

02

Mar

.20

03

Dec

.20

03

Sep

.20

04

Jun

.20

05

Mar

.20

06

Dec

.20

06

Sep

.20

07

Jun

.20

08

Mar

.20

09

Dec

.20

09

Sep

.20

10

Jun

.20

11

Mar

.20

12

Fonte: BIS Quarterly Review, September 2012.

Page 94: A natureza das crises financeiras

Irlanda: ativos externos bancos (US$ milhões)

0

200.000

400.000

600.000

800.000

1.000.000

1.200.000

1.400.000

Mar

.200

0

Dec

.200

0

Sep.

2001

Jun.

2002

Mar

.200

3

Dec

.200

3

Sep.

2004

Jun.

2005

Mar

.200

6

Dec

.200

6

Sep.

2007

Jun.

2008

Mar

.200

9

Dec

.200

9

Sep.

2010

Jun.

2011

Mar

.201

2

Fonte: BIS Quarterly Review, September 2012.

Page 95: A natureza das crises financeiras

Grécia: ativos externos bancos (US$ milhões)

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

Mar

.20

00

Dec

.20

00

Sep

.20

01

Jun

.20

02

Mar

.20

03

Dec

.20

03

Sep

.20

04

Jun

.20

05

Mar

.20

06

Dec

.20

06

Sep

.20

07

Jun

.20

08

Mar

.20

09

Dec

.20

09

Sep

.20

10

Jun

.20

11

Mar

.20

12

Fonte: BIS Quarterly Review, September 2012.

Page 96: A natureza das crises financeiras

Selected Indicators on the Size of the Capital Markets (In billions of U.S. dollars), 2011

Fonte: FMI, Global Financial Stability Report, October 2012

World 69.899,2 10.650,4 47.089,2 44.622,1 53.766,0 98.388,1 110.378,2 255.855,6 366,0

European Union 16.426,6 468,0 8.530,2 10.808,0 20.740,6 31.548,5 42.172,7 82.251,4 500,7

Euro area 13.118,5 316,7 4.586,6 8.872,2 16.104,1 24.976,2 29.311,8 58.874,6 448,8

Germany 3.607,4 66,9 1.184,5 2.064,9 3.253,9 5.318,8 5.103,6 11.606,9 321,8

North America 16.814,6 202,6 17.552,8 14.092,7 21.854,5 35.947,2 18.246,6 71.746,6 426,7

Canada 1.739,0 656,5 1.912,1 1.217,9 1.028,4 2.246,3 3.611,3 7.769,7 446,8

United States 15.075,7 136,9 15.640,7 12.874,7 20.826,2 33.700,9 14.635,3 63.976,9 424,4

Japan 5.866,5 1.258,2 3.540,7 12.790,6 2.578,7 15.369,3 12.756,1 31.666,1 539,8

Newly industrialized Asian

economies 2.086,2 1.212,8 4.975,4 857,8 1.134,2 1.992,1 4.381,2 11.348,7 544,0

Emerging market economies 25.438,4 6.944,5 9.771,0 5.289,6 3.950,7 9.240,2 25.542,5 44.553,7 175,1

Of which:

Asia 11.489,4 4.054,1 4.985,5 2.634,2 2.393,0 5.027,2 17.940,3 27.953,0 243,3

Latin America and the Caribbean 5.614,3 738,8 2.221,4 1.674,1 1.064,4 2.738,5 3.299,5 8.259,4 147,1

Middle East and North Africa 2.754,4 1.105,9 788,0 104,5 138,2 242,7 1.564,6 2.595,2 94,2

Sub-Saharan Africa 1.230,6 177,8 581,0 142,0 112,8 254,8 563,4 1.399,2 113,7

Europe 4.349,9 867,9 1.195,1 734,8 242,2 977,0 2.174,7 4.346,8 99,9

Bank Assets

Bonds, Equities, and Bank Assets

Bonds, Equities, and Bank Assets (In percent of GDP)GDP

Total Reserves Minus Gold

Stock Market Capitalization

Debt Securities

Public Private Total

Page 97: A natureza das crises financeiras

Unidade na diversidade

• A partir do Ato Único Europeu de fevereiro de 1986, buscou-se a integração financeira mediante a adoção de uma estratégia de intervenções progressivas segundo os princípios da subsidiariedade e da proporcionalidade.

• O princípio da subsidiariedade reconhece a competência preponderante das autoridades nacionais para regulamentação e supervisão das instituições financeiras, e o legislador europeu entra em ação quando as metas acordadas nos Tratados da UE não puderem ser efetivadas.

• A proporcionalidade exige que a legislação da UE não exceda o estritamente necessário para atingir os objetivos pretendidos.

• A correspondência das peculiaridades dos sistemas judiciários nacionais com os princípios da subsidiariedade e da proporcionalidade conduz automaticamente à diversidade jurídica. Isso significa que, em vez de buscar a plena harmonização regulatória politicamente inviável, o mercado único foi construído sob três princípios fundamentais: harmonização mínima, controle do país de origem e reconhecimento mútuo.

Page 98: A natureza das crises financeiras

Problemas genéticos da União Monetária e Econômica

• O aprofundamento da integração financeira, juntamente com a expansão das atividades transfronteiriças esperadas com a adoção da moeda comum, evidenciou as inconsistências entre as significativas especificidades nacionais resultantes da abordagem da harmonização mínima e do mercado financeiro único.

• Vale dizer, não se eliminou as arbitragens regulatórias das instituições financeiras provenientes de regras e práticas nacionais de supervisão distintas.

• Ou, as divergências nas regras prudenciais e contábeis e nas práticas de supervisão deixam espaço para uma interpretação flexível das autoridades nacionais sobre as condições financeiras dos bancos.

Page 99: A natureza das crises financeiras

• Para completar o quadro, é preciso lembrar que, formalmente, a função de emprestador de última instância não é atribuída ao BCE, permanecendo na esfera de cada banco central nacional.

• Na falta de um quadro comum de supervisão dentro da UE, não se forjou um sistema de gestão de crise em âmbito europeu.

• A resolução da crise é de responsabilidade final dos tesouros nacionais.

Problemas genéticos da União Monetária e Econômica

Page 100: A natureza das crises financeiras

Problemas genéticos da União Monetária e Econômica

As distorções regulatórias e as práticas negligentes de supervisão nacionais estão por trás de muitas das vulnerabilidades da UE. As autoridades oficiais têm responsabilidade por terem permitido:

• uma subvalorização geral dos riscos e a sua concentração;

• o financiamento das bolhas imobiliária e de ativos;

• o superdimensionamento dos bancos individuais.

Page 101: A natureza das crises financeiras

Fragilidades acumuladas da construção institucional europeia

Em 2009, a atenção do mercado foi se deslocando do setor financeiro para a alavancagem do setor público, aumentando enormemente o spread da dívida soberana entre os países do euro.

• A crise da dívida soberana grega irrompeu independente da crise financeira, embora tenha sido agravada por ela;

• A Irlanda foi diretamente relacionada à crise financeira – salvamento dos bancos;

• Portugal e Itália explicitaram o baixo crescimento e da competitividade;

• Espanha, resgate aos bancos e baixa competitividade.

Page 102: A natureza das crises financeiras

Gestão da crise de 2008/2009

• O BCE reduziu as taxas de juros, injetando grande quantidade de liquidez principalmente pela extensão da elegibilidade dos ativos de garantias para operações no mercado aberto aos ativos de classificação inferior, e alongando as condições de refinanciamento;

• Os bancos centrais nacionais lançaram operações de assistência de liquidez, utilizando requisitos bastante distintos de garantias e margens de segurança.

Page 103: A natureza das crises financeiras

Reforma do mercado único

• As iniciativas da UE confirmam a tendência no sentido de harmonização e cooperação crescentes, criando arranjos institucionais que devem ser capazes de pressionar os representantes nacionais a adotarem uma perspectiva no plano da UE.

• A desalavancagem privada gerou um nível insustentável de alavancagem pública na zona do euro. Foram criados dois fundos com o objetivo de limitar a propagação do pânico:

a) Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira, um fundo de € 60 bilhões para o qual contribuem todos os países da EU;

b) Fundo Europeu de Estabilidade Financeira, um veículo de propósito especial de propriedade dos países da área do euro, com recursos de até € 440 bilhões e que termina em 2013.

O FMI participa do arranjo de financiamento e fornece uma linha extra no valor de metade da contribuição da UE.

Page 104: A natureza das crises financeiras

Como salvar o euroThe Economist, 22 setembro de 2011

Um resgate deve fazer quatro coisas rapidamente. • Primeiro, precisa deixar claro quais governos da Europa são

considerados sem liquidez e quais são insolventes, dando apoio ilimitado aos governos solventes, mas reestruturando a dívida dos que jamais poderão pagá-la.

• Segundo, precisa apoiar os bancos europeus para garantir que eles possam suportar uma moratória soberana.

• Terceiro, precisa transferir a política macroeconômica da Zona do Euro de sua obsessão pelos cortes de orçamentos para uma agenda de crescimento.

• Quarto, deve iniciar o processo de criar um novo sistema para impedir que tal confusão jamais seja criada de novo.

• A quarta levará muito tempo para completar: envolverá novos tratados e a aprovação de parlamentos e eleitores. As outras precisam ser decididas rapidamente, digamos, durante um fim de semana, quando os mercados estão fechados.

Page 105: A natureza das crises financeiras

Não há futuro ensolarado para o euroMartin Wolf – Valor Econômico, 19 de outubro de 2011

• Consertem os bancos; consertem a Grécia; e consertem os mercados de dívidas de outros países da região do euro mais enfraquecidos. Esses são os elementos do pacote desejado. A principal abordagem também é clara: despejar baldes de dinheiro por todos os lados.

• O desafio fundamental não é o financiamento, mas o ajuste. As autoridades da região há muito insistem que o balanço de pagamentos não dever ser de importância em uma união monetária. De fato, há uma crença quase religiosa de que o importante é o déficit fiscal: todos os outros balanços vão se equilibrar automaticamente. Isso é absurdo.

• Dentro da região do euro, o ajuste dos desequilíbrios continua essencial, embora seja imensamente difícil, porque a taxa de câmbio saiu de cena. Em vez do ajuste via cambial, há um ajuste via depressão e inadimplência. Uma união monetária com mercantilistas estruturais em seu núcleo agora ameaça provocar um declínio permanente em sua periferia. Resolver isso é a verdadeira cura. Será que pode ser feito?

Page 106: A natureza das crises financeiras

Belluzzo: “Será uma crise longa”

• “Who’s in charge?”, ironiza ao arguir a ausência de lideranças políticas à altura do colapso em curso no mundo das finanças desreguladas. “Quem é o encarregado?”, repete a pergunta para responder em seguida: ” Não há”.

• Se a política só produz vácuo, os mercados cuidam de produzir o que sabem. Um ajuste selvagem entre ativos e passivos; deslocamentos abruptos e maciços de portfólios que esfarelam governos e nações. “O que estão fazendo com a Grécia, por exemplo, é de uma perversidade inútil”.

• O governo Obama: “Está aquém do que poderia diante da inquietação de uma opinião pública açoitada por índices de desemprego da ordem de 9% e que não cedem. Até quando vão suportar isso?” Obama teria de acionar uma política fiscal corajosa, sem medo de afrontar a cegueira republicana. "O resto é inócuo". “Isso que estão fazendo agora, o ‘swing’ anunciado pelo Fed é assustador pela insuficiência e os efeitos colaterais que envolve”. Ao anunciar a compra de US$ 400 bilhões em títulos de longo prazo, trocando-os por papéis de curto prazo, “os EUA estão estreitando perigosamente o perfil de sua dívida”. Pior: remam na mesma direção dos mercados. Alimentam a obsessão mórbida pela liquidez. Insuflam a manada em fuga pelo planeta, quando o que mais se necessita nesse momento é de investimentos que reordenem, disciplinem e conduzam os cascos de volta aos currais da produção.

• Os desequilíbrios que extrapolam a horizonte imediato da crise financeira, mas que estão indissociavelmente ligados a ela, adicionando-lhe uma dimensão geopolítica. “A China, por exemplo, até quando eles acham que vão poder se dissociar das soluções globais”.

Page 107: A natureza das crises financeiras

LESSONS FROM THE EURO CRISIS – Jan Kregel - Policy Note, 012 /10

Levy Economics Institute of Bard College

1. Currency zones don’t solve the problem of payments imbalances.

2. There is no French-German compromise on policy convergence.

3. Competition reduces inflation but does not produce growth and convergence.

4. A common currency does not eliminate the need for internal adjustments.

Page 108: A natureza das crises financeiras

LESSONS FROM THE EURO CRISIS – Jan Kregel - Policy Note, 012 /10

Levy Economics Institute of Bard College5. The solution to the problem facing the eurozone is not

increased political integration via more sovereign EU economic and political institutions.

“Sovereigns do not default.” By this they simply meant that sovereigns will always be able to refinance their debt by issuing new debt.

With the advent of the euro and euro-denominated government debt, this was no longer true. Since governments could no longer issue the currency in which their debt was denominated, nor could they be permitted to borrow it from the ECB, their ability to repay the debt, or even to meet the debt service, was determined by their ability to generate fiscal surpluses in euros. The current crisis is not really a crisis of the euro, it is a crisis of the member-states’ ability to meet the minimum conditions for refinancing or retiring debt through fiscal policy.

Page 109: A natureza das crises financeiras

Sem meias palavras, os EUA querem inflacionar o resto do mundo, enquanto o resto do mundo tenta deflacionar os EUA. Os EUA deverão ganhar, já que possuem munição infinita: não há limite para os dólares que o Federal Reserve pode criar. O que precisa ser discutido são os termos da rendição mundial: as mudanças necessárias nas taxas de câmbio nominais e das políticas domésticas por todo o mundo.

Porque os EUA vão ganhar essa guerraMartin Wolf, Valor Econômico, 13/10/2010

Page 110: A natureza das crises financeiras

Reforma Sistema Financeiro - EUA

Em 21 de julho de 2010, o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assinou a Lei Pública 111-203, chamada de Lei Dodd-Frank de Reforma de Wall Street e de Proteção a Consumidores

Conselho de Supervisão da Estabilidade Financeiraidentificar sinais de acumulação de desequilíbrios que possam conduzir a uma crise sistêmica e tomar as providências. Esse conselho será liderado pelo Secretário do Tesouro e reunirá representantes de todos os órgãos de regulação e supervisão financeiras do país.

A Regra de Volckerparticipação em fundos de hedge e de private equity não pode exceder 3% do capital do fundo no prazo de um ano da sua criação, nem a soma das participações exceder 3% da faixa 1 do capital do banco.

A Emenda Collinstorna as especificações do Comitê da Basileia parte da Lei Dodd-Frank.

Page 111: A natureza das crises financeiras

DerivativosPara combater a opacidade de mercados de balcão, estabeleceu-se a exigência de registro de contratos, evitando que contrapartes (e supervisores financeiros) sejam eventualmente surpreendidos pela extensão da exposição de seus parceiros em situações de estresse.

Manter “a pele” em jogoA exigência que originadores e ofertantes de papéis securitizados sejam obrigados a manter em sua própria carteira 5% do total emitido, sem possibilidade de hedge.

Remuneração de ExecutivosOs esquemas de remuneração deverão ser avaliados por comitês de risco da instituição.

Bureau de Proteção a Consumidorescriado com amplos poderes de supervisão e imposição de procedimentos, como uma entidade autônoma alojada no aparato do Federal Reserve, mas sem qualquer subordinação a ele

Reforma Sistema Financeiro - EUA

Page 112: A natureza das crises financeiras

Basileia III

•Redefinição do capital regulatório (de 8% para quase 11 %)

•Introdução de uma taxa de alavancagem (Capital/Ativos)

•Duas medidas de liquidez das instituições bancáriasA primeira é chamada de Taxa de Cobertura de Liquidez, a segunda de Taxa de Financiamento Líquido Estável

•dois “amortecedores” de capitala) amortecedor anticíclico: excesso de capital regulatório sobre capital mínimo: punição: restrições sobre compensação de executivos e pagamento de dividendos;b) amortecedor contra excesso de oferta de crédito que gere risco sistêmico: punição: restrições sobre compensação de executivos e pagamento de dividendos.

Page 113: A natureza das crises financeiras

Reforma do Sistema Financeiro Americano

• O objetivo básico da reestruturação do sistema financeiro americano é garantir aos contribuintes que o Congresso havia tomado medidas radicais para garantir que no futuro as instituições financeiras serão responsáveis pelos custos do fracasso. Assim, proteger o contribuinte de ter de financiar resgates no setor financeiro substituiu a estabilidade do sistema enquanto objetivo principal do processo de reforma.

• Enfim, a ênfase principal da reforma é lidar com os bancos demasiado grandes ou muito interconectados e que por isso não podem falir. O FDIC fechou mais de 300 bancos de pequeno e médio porte desde o início de 2008 sem qualquer perda nos depósitos garantidos ou qualquer turbulência nos mercados.

• Entretanto, os grandes bancos receberam suporte financeiro direto do programa TARP do Tesouro e do Federal Reserve, FDIC e GSE.

• A peça central da legislação é desenhar um procedimento para encerrar todos os tipos de instituição financeira que sejam consideradas sistematicamente relevantes – “too big to fail”.

Page 114: A natureza das crises financeiras

Fonte: Federação Mundial de Bolsas de Valores

Capitalização das Bolsas de Valores (51) – US$ trilhões- desvalorização US$ 34,4 trilhões (out.07 – fev./09)- valorização US$ 30,5 trilhões (fev./09 – abril/11)-desvalorização US$ 11,7 trilhões (abr./11 – dez./11)- valorização US$ 5,5 trilhões (dez.11 – set./12)

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Dow Jones – USA - Índice de capitalização – em US$

Fonte: Bloomberg

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S&P500 – USA - Índice de capitalização – em US$

Fonte: Bloomberg

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NIKKEI – Japão - Índice de capitalização – em US$

Fonte: Bloomberg

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UK - FTSE100 - Índice de capitalização – em US$

Fonte: Bloomberg

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Page 119: A natureza das crises financeiras

DAX – Alemanha - Índice de capitalização – em US$

Fonte: Bloomberg

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Page 120: A natureza das crises financeiras

CAC – França - Índice de capitalização – em US$

Fonte: Bloomberg

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Page 121: A natureza das crises financeiras

BOVESPA - Índice de capitalização – em US$

Fonte: Bloomberg

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Page 122: A natureza das crises financeiras

SHCOMP - Shangai Composite -Índice de capitalização – em US$

Fonte: Bloomberg

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Morgan Stanley Capital Investment (MSCI) – Emerging Markets

Source: Bloomberg

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Morgan Stanley Capital Investment (MSCI) – América Latina

Source: Bloomberg

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Morgan Stanley Capital Investment (MSCI) – Ásia

Source: Bloomberg

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Page 126: A natureza das crises financeiras

Morgan Stanley Capital Investment (MSCI) – Europa Central e Leste

Source: Bloomberg

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Page 127: A natureza das crises financeiras

Participação no PIB global (dólar corrente) – regiões e China (em %)

Fonte: International Monetary Fund: World Economic Outlook Database, abril/2012. Elaboração Eduardo Costa Pinto

Região/país 1980 1990 2000 2005 2010

Países desenvolvidos 76,4 79,7 79,9 76,2 65,8Países em desenvolvimento 23,6 20,3 20,1 23,8 34,2 Ásia 6,2 5,1 7,3 8,9 15,2 - China 1,9 1,8 3,7 5,0 9,3Países em desenv. (exceto China) 21,7 18,5 16,4 18,8 24,9

Page 128: A natureza das crises financeiras

Contribuição ao crescimento do PIB global (em dólar corrente) (Em %) –

regiões e China

(*) EstimadoFonte: International Monetary Fund: World Economic Outlook Database, abril/2012. Elaboração Eduardo Costa Pinto

Região/país 1981-90 1991-00 2001-10 2002-07 2008 2009 2010 2011* 2012*Países desenvolvidos 82,8 80,3 52,0 61,3 40,7 -70,0 33,6 49,3 41,8 - EUA 26,3 41,5 15,7 15,9 5,5 -7,5 10,8 9,9 17,0Países em desenvolvimento 17,2 19,7 48,0 38,7 59,3 -30,0 66,4 50,7 58,2 Ásia 4,0 12,1 22,8 15,2 24,7 14,3 30,3 18,1 27,4 - China 1,6 8,1 15,2 9,2 18,4 14,1 17,8 11,1 18,1

Page 129: A natureza das crises financeiras

Evolução das exportações, importações e corrente de comércio da China - valor (em

bilhões US$ corrente) e participação

mundial (%)

(*) Acumulado dos três primeiros semestres do anoFonte: Direção de Estatísticas Comerciais/FMI. Elaboração Eduardo Costa Pinto

US$ milhões

Valor % Valor % Valor %1980-89 31 1,4 35 1,6 66 1,51990-99 129 2,9 114 2,6 243 2,62000 249 3,9 225 3,4 474 3,72001 266 4,3 244 3,8 510 4,12002 326 5,1 295 4,5 621 4,82003 438 5,9 413 5,3 851 5,62004 593 6,5 561 5,9 1.155 6,22005 762 7,3 660 6,1 1.422 6,72006 969 8,0 792 6,4 1.761 7,22007 1.218 8,8 956 6,7 2.174 7,72008 1.429 8,9 1.132 6,9 2.560 7,92009 1.202 9,7 1.004 7,9 2.206 8,82010* 990 10,4 886 9,0 1.876 9,7

ImportaçõesExportaçõesCorrente de Comércio

Page 130: A natureza das crises financeiras

Exportações, importações e balança comercial: 1978-2010 ($US bilhões)

Fonte:CEICDATA. Elaboração Eduardo Costa Pinto

-100,0

100,0

300,0

500,0

700,0

900,0

1.100,0

1.300,0

1.500,0

Balança Comercial

Exportações

Importações

Page 131: A natureza das crises financeiras

Evolução das exportações chinesas por intensidade tecnológica – 1990/2009 (US$ bilhões; valor acumulado para os períodos)

Valor Part. % Valor Part. % Valor Part. % Valor Part. %Produtos industriais (*) 848,0 82,6 1.515,1 86,0 2.641,7 88,9 6.571,0 90,7 Alta inten. tecnológica 222,6 21,7 470,2 26,7 1.043,7 35,1 2.868,0 39,6 Baixa inten. tecnológica 53,0 5,2 114,0 6,5 195,6 6,6 631,1 8,7 Média inten. tecnológica 126,9 12,4 237,9 13,5 461,4 15,5 1.282,3 17,7 Trabalho e recursos naturais 445,5 43,4 693,0 39,3 941,0 31,7 1.789,5 24,7Não classificados 76,5 7,5 107,4 6,1 160,2 5,4 338,3 4,7Produtos não industriais - Commodities primárias

102,1 9,9 139,6 7,9 169,3 5,7 332,6 4,6

Total 1.026,6 100,0 1.762,1 100,0 2.971,2 100,0 7.241,9 100,0

1995-1999Intensidade

1990-1994 2005-20092000-2004

Fonte: COMTRADE. Elaboração Eduardo Costa Pinto.

Page 132: A natureza das crises financeiras

Evolução das importações chinesas por intensidade tecnológica – 1990/2009 (US$ bilhões; valor acumulado

para os períodos)

Fonte: COMTRADE. Elaboração Eduardo Costa Pinto

Valor Part. % Valor Part. % Valor Part. % Valor Part. %Produtos industriais (*) 853,8 81,8 1.393,2 81,9 2.338,3 81,3 4.648,5 73,5 Alta inten. tecnológica 288,8 27,7 567,7 33,4 1.196,9 41,6 2.754,6 43,6 Baixa inten. tecnológica 72,4 6,9 94,6 5,6 143,8 5,0 228,3 3,6 Média inten. tecnológica 222,2 21,3 331,9 19,5 562,0 19,5 1.123,4 17,8 Trabalho e recursos naturais 270,4 25,9 399,0 23,5 435,7 15,1 542,2 8,6Não classificados 74,4 7,1 114,4 6,7 221,6 7,7 739,6 11,7Produtos não industriais - Commodities primárias

115,9 11,1 192,9 11,3 317,7 11,0 932,5 14,8

Total 1.044,2 100,0 1.700,5 100,0 2.877,6 100,0 6.320,7 100,0

1995-1999Intensidade

1990-1994 2005-20092000-2004

Page 133: A natureza das crises financeiras

Contribuição para o crescimento por componentes da renda e crescimento da RIB: 1978-2010 (em %)

Fonte:CEICDATA. Elaboração Eduardo Costa Pinto

-10,0

-5,0

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

Consumo final Fomação de capital

Exportações líquidas de bens e serviços Renda Interna Bruta

Page 134: A natureza das crises financeiras

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

45,0

50,0

Consumo Privado Consumo do Governo Formação Bruta de Capital Fixo

Fonte:CEICDATA. Elaboração Eduardo Costa Pinto

Participação do consumo privado e governamental e da formação bruta de capital fixo em % do PIB

Page 135: A natureza das crises financeiras

Participação do consumo das famílias (urbanas e rurais) em % do PIB

Fonte:CEICDATA. Elaboração Eduardo Costa Pinto

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

Urbano Rural

Page 136: A natureza das crises financeiras

Fonte:CEICDATA

População e percentual da população urbana

800

900

1.000

1.100

1.200

1.300

1.400

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

População (milhões) População urbana (%) (eixo da direita)

Page 137: A natureza das crises financeiras

Transações correntes e resultado do IDE: 1978-2010 ($US bilhões)

Fonte:CEICDATA. Elaboração Eduardo Costa Pinto

-50,0

0,0

50,0

100,0

150,0

200,0

250,0

300,0

350,0

400,0

450,0

Resultado Investimento direto Conta Corrente

Page 138: A natureza das crises financeiras

Investimento direto estrangeiro na China e investimento direto chinês no

estrangeiro

Fonte:CEICDATA Elaboração Eduardo Costa Pinto

-100,0

-50,0

0,0

50,0

100,0

150,0

Investimento direto chinês no exterior Investimento direto estrangeiro na China

Page 139: A natureza das crises financeiras

Balanço de pagamentos e reservas internacionais – China (US$ bilhões)

Fonte: Direção de Estatísticas Comerciais/FMI. Elaboração Eduardo Costa Pinto

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009Reservas internacionais 168,3 215,6 291,1 408,2 614,5 821,5 1.068,5 1.530,3 1.949,3 2.416,0 (em proporção do PIB) 14,1 16,4 20,0 24,7 31,6 36,0 38,3 43,8 43,0 47,8

Mudança na posição da reserva (B.P.)10,7 47,4 75,2 137,5 189,8 251,0 284,7 460,7 479,6 400,5

I. Transações Corrente 20,5 17,4 35,4 45,9 68,7 160,8 253,3 371,8 436,1 297,1 (em proporção do PIB) 1,7 1,3 2,4 2,8 3,5 7,0 9,1 10,6 9,6 5,9 Balança Comercial 34,5 34,0 44,2 44,7 59,0 134,2 217,7 315,4 360,7 249,5 (em proporção do PIB) 2,9 2,6 3,0 2,7 3,0 5,9 7,8 9,0 8,0 4,9 II. Conta Capital e Financeira 1,9 34,8 32,3 52,7 110,7 63,0 6,7 73,5 19,0 146,7 Resultado IED 37,5 37,4 46,8 47,2 53,1 67,8 56,9 121,4 94,3 34,3 III. Erros e omissões -11,7 -4,7 7,5 38,9 10,5 27,2 24,7 15,3 24,5 -43,3PIB nominal* 1.193 1.317 1.456 1.651 1.943 2.284 2.787 3.494 4.532 5.051

Page 140: A natureza das crises financeiras

Evolução da posse e participação chinesa na propriedade de títulos do Tesouro dos EUA

(em US$ bilhões e em %)

Fonte: Departamento do Tesouro dos EUA. Elaboração própria

118,4 159,0222,9

310,0396,9

727,4

894,8

1160,1

477,6

78,6

7,6

9,610,4

12,1

15,2

18,9

20,3

23,624,3

26,1

50

150

250

350

450

550

650

750

850

950

1050

1150

dez.

01

dez.

02

dez.

03

dez.

04

dez.

05

dez.

06

dez.

07

dez.

08

dez.

09

dez.

10

Título

s do T

esouro

dos EU

A (U

S$

bilhões

)

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

Pro

porç

ão d

os Título

s EU

A e

m m

ãos dos ch

ines

es

(%)

China China % total

Page 141: A natureza das crises financeiras

Fonte:CEICDATA

Evolução do PIB per capital: 1978-2010 (RBM)

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

Evolução do PIB per capita: 1978-2010 ($US) - 4.400

225417

1.038

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

Page 142: A natureza das crises financeiras

Classe média global, 2009: população e gastos

Fonte: Kharas (2010)

Page 143: A natureza das crises financeiras

Classe média global: população (milhões e %) – 2009;2020;2030.

Fonte: Kharas (2010)

Page 144: A natureza das crises financeiras

Classe média global: despesas (milhões de US$ em PPP 2005 ) –

2009;2020;2030.

Fonte: Kharas (2010)

Page 145: A natureza das crises financeiras

Fonte: IBGEElaboração: SPI/MP

Participação dos investimentos no PIB(a preços de mercado )

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Oferta

Indústria 23,3 24,1 25,8 25,1 24,7 23,9 23,7 23,1 24,0 23,5

Serviços 57,1 56,0 54,0 55,8 56,5 57,3 56,3 58,3 57,0 57,1

Agropecuária 5,7 6,4 5,9 4,9 4,7 4,8 5,0 4,9 4,5 4,7

Impostos 13,9 13,5 14,2 14,2 14,1 14,0 14,9 13,7 14,4 14,8Demanda

Consumo das Famílias 61,7 61,9 59,8 60,3 60,3 59,9 58,9 61,1 59,6 60,3

Consumo do Governo 20,6 19,4 19,2 19,9 20,0 20,3 20,2 21,2 21,1 20,7

FBCF 16,4 15,3 16,1 15,9 16,4 17,4 19,1 18,1 19,5 19,3

Exportação 14,1 15,0 16,4 15,1 14,4 13,4 13,7 11,0 10,9 11,9Importação (-) 12,6 12,1 12,5 11,5 11,5 11,8 13,5 11,1 11,9 12,6

Page 146: A natureza das crises financeiras

Renminbi: Spot, Forword, onshore, offshore and NDF

6,0

6,5

7,0

7,5

8,0

8,5

9,0

03/0

1/2

000

03/0

7/2

000

03/0

1/2

001

03/0

7/2

001

03/0

1/2

002

03/0

7/2

002

03/0

1/2

003

03/0

7/2

003

03/0

1/2

004

03/0

7/2

004

03/0

1/2

005

03/0

7/2

005

03/0

1/2

006

03/0

7/2

006

03/0

1/2

007

03/0

7/2

007

03/0

1/2

008

03/0

7/2

008

03/0

1/2

009

03/0

7/2

009

03/0

1/2

010

03/0

7/2

010

03/0

1/2

011

03/0

7/2

011

03/0

1/2

012

03/0

7/2

012

China Renminbi Spot CNY Offshore Deliverable CNY CNH CNY ONSHORE +12M CMPN

CNH Fwd Points CNH12M CMPN CNY NDF +12M CMPN

Page 147: A natureza das crises financeiras

Importado vs nacionais – preço por quilo – US$ FOB – Jan/ago 2010

NCM DescriçãoBrasil(*

)

Alemanha(**

) China(**)

8481.8093 Válvula tipo gaveta 53,30 35,08 4,95

8457.1000 Centro de usinagem 34,07 22,94 9,75

8414.4010Compressores de ar montados sobre

chassis com rodas e rebocáveis de deslocamento alternativos

39,84 32,27 2,27

8425.11.00

Talhas, cadernais e moitões de motor elétrico

53,46 20,18 2,76

8454.3010 Máquinas de moldar sob pressão 29,29 13,65 4,92

8562.2100Máquinas para enrolar, arquear,

dobrar, endireitar ou aplainar de comando numérico

20,80 28,59 3,00

Fonte: SECEX. Elaborado por DCEE/ABIMAQ (2012c).Notas: (*) Preço médio das exportações, (**) Preço médio das importações.

Page 148: A natureza das crises financeiras

Calça de algodão(1) – proxy da estrutura de preço Brasil vs China

Participação (%) US$

Brasil China Brasil(*) China(**) Diferença (%)

Mão de obra 25 34 10,9 5,3 105

Matéria-prima e auxiliares 42 41 18,3 6,3 189

Energia elétrica/ utilidades 2 2 0,9 0,3 182

Despesas financeiras 4 4 3,5 0,6 510

Depreciação 8 3 1,3 0,5 182

Outros custos 13 8 5,7 1,2 359

Margem de lucro 7 8 3,0 1,2 147

Preço de referência 100 100 43,5 15,4 182

Fonte: Elaborado por RC Consultores (2011).Notas: (1) Calça de algodão masculina e feminina. (*) Brasil: preço médio das

exportações brasileiras em 2010, (**) China: preço médio das importações brasileiras oriundas da China em 2010.

Page 149: A natureza das crises financeiras

Recipients of World Bank, IDB, and Chinese Lending from 2005–2011($ million) Total Loans World Bank IDB China

Venezuela 44.528 — 6.028 38.500

Brazil 39.628 15.338 12.559 11.731

Mexico 27.410 14.739 11.671 1.000

Argentina 26.774 7.164 9.610 10.000

Colombia 12.118 6.241 5.877 —

Ecuador 8.914 153 2.457 6.304

Peru 6.113 3.045 2.868 200

El Salvador 2.954 1.196 1.758 —

Guatemala 2.887 1.176 1.711 —

Panama 2.811 591 2.220 —

Costa Rica 2.741 698 1.743 300

Dominican Republic 2.555 854 1.701 —

Other 14.079 2.169 6.730 5.180

TOTAL 194.321 53.365 67.741 73.215

Page 150: A natureza das crises financeiras

Produção estimada de petróleo no Brasil – novas reservas e reservas existentes nas

áreas já concedidas (milhões de b/d)

2011 2016 2020

RD fora pré-sal 2,022 2,774 2,387

RD pré-sal 0,303 1,283 3,080

RND fora pré-sal 0 0,201 0,215

RND pré-sal 0 0,023 0,074

Total 2,325 4,280 5,756

Fonte: EPE, 2011RD = Reservas descobertas até 2011; RND = Reservas não descobertasObs. (1) não inclui gás equivalente e não inclui produção de petróleo fora do país

Page 151: A natureza das crises financeiras

Importações de minério de ferro (milhões de toneladas)

Fonte: MME

1980 1990 2000 2007China 3,4 14,3 69,9 383,1Mundo 378,5 400 510,7 855,5Participação chinesa (%) 0,9 3,6 13,7 44,8