a integridade da bíblia

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1/16 Conhecer a Bíblia Aula 3 Aula 3 A integridade da Bíblia A integridade da Bíblia 1. A Revelação divina 2. Os livros da Bíblia 3. A integridade da Bíblia 4. Livros inspirados e verdade da Bíblia 6. Santidade e unidade de ambos os Testamentos 7. A interpretação da Bíblia 8. As ideias mestras da Antiga Aliança 9. A Nova Aulas previstas:

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Page 1: A Integridade Da Bíblia

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Conhecer a BíbliaAula 3Aula 3

A integridade da BíbliaA integridade da Bíblia

1.A Revelação divina2.Os livros da Bíblia 3.A integridade da Bíblia 4.Livros inspirados e verdade da Bíblia 5.O cânone das Escrituras

6.Santidade e unidade de ambos os Testamentos7.A interpretação da Bíblia 8.As ideias mestras da Antiga Aliança9.A Nova Aliança de Cristo10.A Escritura na vida da Igreja

Aulas previstas:

Page 2: A Integridade Da Bíblia

2/16As línguas, o texto e a sua história

Os textos originais (autógrafos) da Bíblia – tal

como os da literatura clássica antiga – perde-

ram-se, não se conserva nenhum.

Conservamos alguma fonte documental? Sim, conservam-se manuscritos, cópias dos originais

escritas à mão ainda que fosse mais exacto dizer, “cópias de cópias”.

Page 3: A Integridade Da Bíblia

3/16As línguas da Bíblia

Os livros sagrados do AT foram escritos em três línguas: hebreia, arameia e grega.

A maior parte, em hebreu; uma parte mínima em arameu e dois deles, em grego, Sabedoria e segundo livro dos Macabeus.

À excepção do original “arameu” do Evangelho de São Mateus, o NT foi todo escrito em grego. Contudo, o grego bíblico, não é o

grego clássico, mas sim a língua popular – a que se falava na rua, poderíamos dizer -, chamada koiné (comum ou vulgar), e foi usada no Oriente

desde a época de Alexandre Magno (século IV a.C.).

Existem hoje traduções da Sagrada Escritura praticamente em todas as línguasda humanidade; estas são, certamente, necessárias e úteis, mas insuficientes.

Page 4: A Integridade Da Bíblia

4/16Os manuscritos, fontes documentais da Bíblia

Os assírio-babilónicos, por exemplo, empregavam tábuas de argila fresca em que imprimiam sinais com um ponteiro de madeira ou de metal, que dei- xava uma impressão em forma de cunha - o nome de cuneiforme – e que punham depois a secar ao sol ou ao lume para que endurecessem.

Primitivamente, as folhas de papiro ou de perga- minho uniam-se umas às outras em rolos.

O costume de coser as folhas por grupos de quatro páginas – quaternion, palavra de que procede caderno -, e que depois se agrupavam num volume, data já do século II a.C.e foi particularmente propa- gada pelos cristãos.

O material para escrever, desde os tempos antigos foi muito variado.

Page 5: A Integridade Da Bíblia

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Para escrever sobre o papiro usava-se como instrumento o caule da mesma planta; nos pergaminhos usava-se o tálamo, talo de junco afiado e com uma fenda na ponta.

Até ao século XV d.C. com a intervenção e aparição da impren- sa, a transmissão dum texto antigo fazia-se por cópias sucessivas, pelo que o texto corria perigos múltiplos;

Os escribas ou copistas eram muitas vezes negligentes, ignoran- tes …ou tão desejosos de fazer as coisas bem que chegavam a “melhorar” à sua maneira o original que transcreviam.

Os manuscritos, fontes documentais da Bíblia

Por exemplo, a distância entre a redacção e o primeiro manuscrito conhecido de qualquer outro texto antigo é enorme: 1 400 anos pa- ra as tragédias de Sófocles, bem como para Ésquilo; Aristófanes e Tucídides; 1 600 para Eurípedes e Catulo; 1 300 para Platão e 1 200 para Demóstenes.

Os textos bíblicos não são uma excepção: não possuímos nenhum autógrafo bíblico, conhecemo-los pelas suas transcrições sucessivas, das quais conservamos muitos milhares de manuscritos.

Page 6: A Integridade Da Bíblia

6/16Os manuscritos, fontes documentais da Bíblia Entre os anos 1947 e 1956, com a descoberta dos manuscritos bíblicos nas cavernas de Qumrán, na ribeira ocidental do Mar Morto, abre- -se um novo capítulo na história do texto hebraico do AT.

Conhecem-se mais de 5 000 manuscritos gregos do NT. Costumam classificar-se em três grandes catego- rias: os papiros, os minúsculos e os maiúsculos ou unciais.

Os papiros, pela sua antiguidade, são muito importantes na história da transmissão do texto. O fragmento mais antigo conhecido do NT, foi encontrado no Egipto e contém uns versículos do Evangelho de São João (Jo 18, 31-33a. 37b-38); datado do primeiro quarto de século II é o papiro Ryland, que ostenta o nome do seu descobridor. Os minúsculos são todos posteriores ao século IX a.C.

Page 7: A Integridade Da Bíblia

1.A Revelação divina2.Os livros da Bíblia 3.A integridade da Bíblia 4.Livros inspirados e verdade da Bíblia 5.O cânone das Escrituras

6.Santidade e unidade de ambos os Testamentos7.A interpretação da Bíblia 8.As ideias mestras da Antiga Aliança9.A Nova Aliança de Cristo10.A Escritura na vida da Igreja

Aulas previstas:

Os mais importantes são os códices ou maiúsculos, Entre os quais se destacam os seguintes:

Vaticano (B), do século IV

Sinaítico (S), também do século IV

1

2

Alexandrino (A), já é do século V3

Códice de Efrém (C), também do século V4

Os manuscritos, fontes documentais da Bíblia 7/16

Page 8: A Integridade Da Bíblia

8/16Os manuscritos, fontes documentais da Bíblia

Mosteiro de Khirbet Qumran Região onde ficam as cavernas. Detalhe da 1ª gruta Detalhe do jarro Fragmentos do Rolo 1Q encontrado em Qumrán

Page 9: A Integridade Da Bíblia

9/16História do texto hebraico do Antigo Testamento

O primeiro termina no século I a.C. e caracteriza-se por se encontrarem muitas

variantes; quer dizer, diferenças entre

umas e outras cópias.. Trata-se, contudo, de modificações acidentais breves

que nunca alteram a substância do texto.

O segundo desenrola-se entre os séculos I a.C. e VI d.C. O

Hebreu, como em geral as outras línguas semitas escrevia-se

só com as consoantes.

Podemos dividir o longo caminho percorrido pelo texto hebraico através das diversas transcrições em três períodos: o das flutuações do texto, o da fixação definitiva do texto de consoantes, e, por último, o da fixação definitiva das vogais.

Page 10: A Integridade Da Bíblia

10/16História do texto hebraico do Antigo Testamento

O terceiro abrange os séculos VI a X d.C., quando se fixam

as vogais e outros sinais necessários para uma leitura segura

e correcta do texto sagrado.

Este trabalho foi realizado por uns tradutores ou copistas que

se conhecem com o nome de masoretas (de masar, transmitir, ensinar).

A partir do século X, o Texto Masorético foi sempre escrito segundo as normas da

masora, quer dizer, todo o conjunto

de anotações críticas relativas ao texto sagrado feitas pelos masoretas.

A primeira edição católica foi a incluída na Bíblia Poliglota Complutense, patrocinada pelo

Cardeal Cisneros e publicada em 1520.

Page 11: A Integridade Da Bíblia

11/16História do texto grego do Novo Testamento

Os livros do NT e as suas cópias foram escritos em

papiro; e mais tarde em pergaminho.

A transmissão do texto grego do NT realizou-se de duas maneiras:

directamente, em códices e papiros; e indirectamente, através das versões citadas pe- los Santos Padres e pelos escritores eclesiásticos.

Já dissemos que conservamos mais de 5 000 manus- critos gregos do NT e, além disso, ultrapassam os 10 000 o número de manuscritos de versões antigas e são milhares as citações dos Padres da Igreja. Um tal número de fontes documentais faz com que as variantes sejam mais de 150 000.

Page 12: A Integridade Da Bíblia

12/16Crítica textual

Em relação aos clássicos da antiguidade, a Bíblia encontra-se numa posição de indiscutível vantagem.

A crítica textual é a disciplina científica que reconstitui o texto original a partir das fontes documentais disponíveis.

Pio XII já em 1943 escreve sobre a importância desta ciência «para compreender com rectidão os escritos

dados pela inspiração divina».

Page 13: A Integridade Da Bíblia

13/16Crítica textual

Critério geográfico

Critério genealógico

Critério literário-estilístico

Os critérios seguidos para identificar o texto mais fiel ao original, podem reduzir- se – pensando sobretudo no NT – a três:

O texto bíblico, tal como hoje o possuímos, é em definitivo,bastante sólido e

seguro para servir de base à fé.

Page 14: A Integridade Da Bíblia

14/16As versões da Bíblia Hoje lemos a Bíblia em traduções; só os exegetas é que recorrem ao texto original, à grande edição hebraica de Rudolf Kittel (1951), ou à famosa Bibelanstall de Estugarda (1967-1977),e tratando-se das edições gregas aos textos cristãos de Bover (1959), Merk (1064), Nestle-Aland (1979), etc., onde se recolhem os resultados da crítica textual.

Entre as versões gregas a mais célebre é a dos Setenta (LXX), feita no Egipto nos séculos III-II a.C.

Assim que apareceram os textos evan- gélicos fizeram-se numerosas traduções para outras línguas, em particular para duas mais usadas nas comunidades cristãs – o siríaco e o latim.

Page 15: A Integridade Da Bíblia

15/16As versões da Bíblia Entre as versões latinas merece atenção especial a Vulgata, de São Jerónimo. São Jerónimo viveu entre os anos 347 a 420, primeiro em Roma e depois numa ermida solitária de Belém.

A Vulgata, de São Jerónimo foi, até aos nossos dias, a referência principal de outras versões e a que os cristãos leram durante muitos séculos. O êxito da Vulgata supôs o abandono das antigas traduções latinas.

Dez dias antes da conclusão do Concílio Vaticano II, Paulo VI instituiu a Comissão Pontifícia para a Neovulgata, com a finalidade de dotar a Igreja com uma edição latina da Bíblia para o uso litúrgico, que tivesse em conta o progresso dos estudos mais recentes.

Page 16: A Integridade Da Bíblia

16/16Conclusões

Deus, que quis deixar-nos uns livros sagrados para que pudéssemos conduzir a vida para Ele, velou amorosamente para que, apesar das vicissitudes da história humana, a Igreja conservasse íntegro o depósito da Revelação contido na Sagrada Escritura.

A sua integridade é um facto histórico, que podemos conhecer não só pelo testemunho do Magistério eclesiástico, mas também seguindo a história do texto sagrado, sobretudo através dos manuscritos das versões antigas.

A Bíblia oficial da Igreja Católica de rito latino é a versão latina da Neovulgata, promulgada por João Paulo II (1979).

Portanto não podemos considerar a Neovulgata como uma versão mais, fruto do trabalho de “peritos”, pois goza da garantia da autoridade da Igreja.

Page 17: A Integridade Da Bíblia

17/16Ficha técnica

Bibliografia Estes Guiões são baseados nos manuais da Biblioteca de Iniciación

Teológica de Editorial Rialp (editados em português pela editora Diel)

Slides Originais - D. Serge Nicoloff, disponíveis em www.agea.org.es (Guiones

doctrinales actualizados) Tradução para português europeu - disponível em inicteol.no.sapo.pt