a importÂncia das anÁlises das demonstraÇÕes … · das demonstrações financeiras para uma...
TRANSCRIPT
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A IMPORTÂNCIA DAS ANÁLISES DAS
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PARA UMA ANÁLISE
ECONÔMICA E FINANCEIRA
Por: Mauro Carvalho de Oliveira
Orientador
Prof. Sérgio Majerowicz
Rio de Janeiro
2011
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A IMPORTÂNCIA DAS ANÁLISES DAS
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PARA UMA ANÁLISE
ECONÔMICA E FINANCEIRA
Apresentação de Monografia à Universidade Candido
Mendes como requisito parcial para obtenção de grau
de especialista em Auditoria e Controladoria.
Por: Mauro Carvalho de Oliveira
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, por todas
as graças já obtidas em minha vida. E aos
meus pais e meus amigos por sempre me
incentivarem ao progresso pelos estudos.
4
DEDICATÓRIA
Em memória de Vanderlei Baptista, meu
grande pai. Dedico a Lindoya Maria um
exemplo de mãe. Cleber Lucena um
grande amigo pra todas as horas.
5
RESUMO
A Contabilidade como ciência da riqueza possui este aspecto de
“prever” o que vai acontecer na célula social para a prevenção dos riscos e a
continuidade dos negócios. Com as constantes variações de mercado, a
voracidade tributária, os avanços tecnológicos, as exigências da ética, as crises
políticas, as causas naturais, de maneira decisiva, que as Demonstrações
Contábeis produção prognósticos sobre a situação das empresas. Dentre as
principais Demonstrações, como Balanço Patrimonial, Demonstração do
Resultado do Exercício, Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados,
Demonstração do Fluxo de Caixa, Demonstração do Valor Adicionado, devem-
se destacar que a análise das demonstrações contábeis é uma ferramenta-
chave para as finanças corporativas, pois permite compreender a situação
econômica e financeira das empresas e, a partir da daí, fornecer informações
para a tomada de decisão dos gestores. O objetivo desta monografia é
contribuir para um claro e fácil entendimento da importância das análises para
um desenvolvimento continua na visão econômica e financeira das empresas.
Como estudo de caso das Demonstrações Contábeis da empresa de telefonia
fixa e celular da OI (Telemar Norte Leste S.A.), assim como, o que os gestores
interpretariam a empresa com os dados e análises apresentados.
6
METODOLOGIA
Para o desenvolvido este trabalho, foi somente executado após
várias pesquisas sobre o assunto, bem como, buscando referencias
bibliográficas em livros, artigos em revista, como por exemplo: Revista
Brasileira de Contabilidade e a Revista Pensar Contábil. Também com auxilio
das legislações vigentes e Normas, tais como Resoluções do CFC, os CPC’s e
CVM.
Toda pesquisa será apresenta com os dados organizados conforme
o sumário na próxima página.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I 10
CAPÍTULO II 17
CAPÍTULO III 32
CAPÍTULO IV 42
CONCLUSÃO 52
BIBLIOGRAFIA 53
ÍNDICE 56
ÍNDICE DE FIGURAS 60
FOLHA DE AVALIAÇÃO 61
8
INTRODUÇÃO
A Contabilidade, na qualidade de ciência aplicada, com metodologia
especialmente concebida para captar, registrar, acumular, resumir e interpretar
os fenômenos que afetam as situações patrimoniais, financeiras e econômicas
de qualquer ente, seja este pessoa física, entidade de finalidades não
lucrativas, empresa, seja mesmo pessoa de Direito Público, tais como Estado,
Município, União, Autarquia etc., tem um campo de atuação circunscrito às
entidades supramencionadas, o que equivale dizer muito amplo (IUDÍCIBUS et
al., 1998).
De acordo com Resolução CFC nº 785-95 (artigo 1.1.1), a
Contabilidade, na sua condição de ciência social, cujo objetivo é o patrimônio,
busca, por meio da apreensão, da quantificação, da classificação, do registro,
da eventual sumarização, da demonstração da análise e relato das mutações
sofridas pelo patrimônio da entidade particularizada, a geração de informações
quantitativas e qualitativas sobre ela, expressas tanto em termos físicos,
quanto monetários.
A metodologia clássica para avaliação do desempenho global da
empresa é normalmente chamada de análise financeira ou análise de balanço.
Através de um conjunto de procedimentos e conceitos aplicados de forma inter-
relacionada, obtém-se uma série de indicadores que permite fazer uma
avaliação sobre a situação econômica e financeira da empresa e o retorno do
investimento (PADOVEZE, 2010).
Hoje em dia, estar atentos a informação sobre os negócios,
mercados e etc. nas empresas, se torna mais ainda algo de grande importância
quanto mais essas informações de qualidade obtiver, isso pode significar mais
autonomia e mais poder para uma organização. Com isso o tema foi escolhido,
para demonstrar através de uma linguagem fácil, a importância das analises
9
das demonstrações financeiras para uma análise econômica e financeira das
instituições. Tornando assim um fácil gerenciamento das empresas.
O objetivo deste trabalho acadêmico é mostrar que analise das
demonstrações contábeis são de grande importância para uma melhor
intepretação da situação econômica e financeira de uma empresa, este
trabalho está organizado em 04 capítulos.
No Capítulo I, “Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade”,
desenvolve os aspectos básicos e conceituais, compreendendo a
Contabilidade por um sistema de informação.
No Capítulo II, “As Demonstrações Contábeis”, uma abordagem dos
aspectos conceituais sobre a estrutura e divulgação das Demonstrações
Contábeis à vista da legislação e das normas contábeis.
No Capítulo III “Análises das Demonstrações Contábeis”, são
apresentadas análises com seus conceitos de padronização, consolidação e
fórmulas para uma boa análise e de fácil entendimento.
No Capítulo IV, “Análise de Caso”, estudo de caso na busca de
aplicar todo o conteúdo apresentado nesta monografia. Efetuando análise da
Demonstração Contábil apresentada através de índices, cujas fórmulas já se
encontram padronizadas, tornando a interpretação mais dinâmica.
10
CAPÍTULO I
ESTRUTURA CONCEITUAL BÁSICA DA
CONTABILIDADE
Desde a antiguidade através da escrita, o homem estudava a
riqueza e a tinha como meio fundamental para a satisfação de suas
necessidades. A informação expressava a riqueza que “estava” naquela região
ou naquele lugar, no entanto, o sentido principal de registrar era o de saber “o
quê” e “quanto tinha” de riqueza para as necessidades humanas,
principalmente para as épocas de depressão social, que poderiam vir a existir.
Ação ao homem que, outrora, precisava sobreviver e, hoje, precisa garantir o
seu bem-estar pelo uso adequado da riqueza (HERCKERT; SILVA, 2006).
A Contabilidade é uma ciência social que estuda as alterações
patrimoniais das entidades e busca compreender as causas de suas variações.
O conjunto de bens, direitos e obrigações denominado como patrimônio é o
objeto de estudo da Contabilidade. Porém, cada ciência possui uma definição
própria para o patrimônio. Para a ciência jurídica o Patrimônio é o conjunto de
objetos de direito e de obrigação. Para a ciência econômica o patrimônio é uma
riqueza coletiva que pode ou deve cumprir a necessidade coletiva. O
patrimônio para a Contabilidade é estudada pelos aspectos qualitativos e
quantitativos. Pelo aspecto qualitativo do patrimônio entende-se como o
conjunto dos bens, direitos e obrigações. Estes na verdade são apresentados
em contas, a saber: caixa, máquinas, veículos, contas a receber, contas a
pagar... Pelo aspecto quantitativo entende-se a expressão monetária da
exposição qualitativa. Ou seja, as contas: caixa, máquinas, veículos, contas a
receber... possuem saldos monetários que apresentam a posição quantitativa
11
do patrimônio. Desta forma, qualificamos e quantificamos o patrimônio de uma
entidade (PINTO, 2005).
1.1 Objetivos da Contabilidade.
A Contabilidade é, objetivamente, um sistema de informação e
avaliação destinado a prover seus usuários com demonstrações e análises de
natureza econômica, financeira, física e de produtividade, com relação à
entidade objeto de contabilização (FIPECAFI, 2007).
O objetivo principal da Contabilidade é o de permitir, a cada grupo
principal de usuários, a avaliação econômica e financeira da entidade, num
sentido estático, bem como fazer inferências sobre suas tendências futuras.
Em ambas as avaliações, todavia, as demonstrações contábeis constituirão
elemento necessário, mas não suficiente. Sob o ponto de vista do usuário
externo, quanto mais à utilização das demonstrações contábeis se referirem à
exploração de tendências futuras, mais tenderá a diminuir o grau de segurança
das estimativas envolvidas. Quanto mais a análise se detiver na constatação
do passado e do presente, mais acrescerá e avolumar importância da
demonstração contábil (FIPECADI, 2007).
Os usuários da Contabilidade constituem em:
• Acionistas/cotistas (pessoas interessadas primariamente na
rentabilidade e segurança de seus investimentos);
• Administradores (responsáveis pela tomada de decisão, daí o
interesse nos dados contábeis que informam o que aconteceu
no passado e o que está acontecendo no presente);
• Emprestadores de dinheiro (necessitam conhecer o nível de
segurança que terão com relação ao retorno de seus
recursos);
12
• Governo (interesse na arrecadação dos tributos, bem como
análises globais e setoriais da economia como um todo);
• Mercado (investidores em potencial, através de análises
globais e setoriais da economia como um todo);
• Funcionários (através das representações de classe, quando,
por exemplo, das reivindicações de reajustes salariais).
1.2 Cenários Contábeis
Segundo Mendes (2003) a Contabilidade é uma ciência nitidamente
social quanto as suas finalidades, mas, como metodologia de mensuração,
abarca tanto o social quanto o quantitativo. É em parte quantitativa, em sua
forma de materialização na equação patrimonial básica, que não admite
desgarramentos de sua lógica formal:
ATIVO = PASSIVO
Ou, expandindo:
ATIVO + DESPESAS + PERDAS – RETIFICAÇÕES DE ATIVO =
OBRIGAÇÕES + RECEITAS + GANHOS + CAPITAL + LUCROS –
RETIFICAÇÕES DE OBRIGAÇÕES
Tais equações, por serem sempre satisfeitas, assumem o caráter de
identidades contábeis. O mecanismo de débito e crédito nas contas (partidas
dobradas) deságua, necessariamente, nas identidades supramencionadas.
1.3 Princípios Fundamentais de Contabilidade
Princípios contábeis podem ser conceituados como premissas
básicas acerca dos fenômenos e eventos contemplados pela Contabilidade,
premissas que são a cristalização da análise e observação da realidade
econômica, social e institucional (IUDÍCIBUS, 1998).
13
O campo de atuação preferencial da Contabilidade é constituído
pelas entidades, sejam elas de finalidade lucrativa ou não, e procura captar e
evidenciar as variações ocorridas na estrutura patrimonial e financeira, em face
das decisões da administração e também das variáveis exógenas que
escapam ao controle e ao poder de decisão da administração (IUDÍCIBUS,
1998).
Constituem os Princípios Fundamentais de Contabilidade (P.F.C.) os
enunciados pela Resolução CFC n°750 de 29 de dezembro de 1993 pelo
Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
1.3.1 Princípio da Entidade
Este princípio reconhece a diferença entre o patrimônio pessoal do
sócio e o patrimônio da entidade. Veja o que diz a resolução CFC 750/93:
“Art. 4° - O Princípio da Entidade reconhece o
Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a
autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de
um Patrimônio particular no universo dos patrimônios
existentes, independentemente de pertencer a uma
pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou
instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou
sem fins lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o
Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios
ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.”
1.3.2 Princípio da Continuidade
Este princípio conceitua que a entidade tem “vida própria” e pode ser
influenciada por fatores da conjuntura econômica do mercado, mudanças das
políticas governamentais, problemas internos das próprias Entidades, entre
14
outros fatores que podem afetar sua continuidade. Veja o que diz a resolução
CFC 750/93:
“Art. 5º - A Continuidade ou não da Entidade, bem
como sua vida definida ou provável, devem ser
consideradas quando da classificação e avaliação das
mutações patrimoniais, quantitativas e qualitativas. § 1º -
A Continuidade influencia o valor econômico dos ativos e,
em muitos casos, o valor ou o vencimento dos passivos,
especialmente quando a extinção da Entidade tem prazo
determinado, previsto ou previsível. § 2º - A observância
do Princípio da Continuidade é indispensável à correta
aplicação do Princípio da Competência, por efeito de se
relacionar diretamente à quantificação dos componentes
patrimoniais e à formação do resultado, e de constituir
dado importante para aferir a capacidade futura de
geração de resultado.”
1.3.3 Princípio da Oportunidade
Este princípio responsabiliza o contabilista a registrar os fatos que
dão origem a um registro contábil no momento em que os mesmos aconteçam.
Para que a informação gerada pela Contabilidade seja fidedigna e utilizada
pelos diversos usuários em tempo hábil é necessário que os registros sejam
efetuados em tempo rápido e oportuno. Veja o que diz a resolução CFC
750/93:
“Art. 6º - O Princípio da Oportunidade refere-se,
simultaneamente, à tempestividade e à integridade do
registro do patrimônio e das suas mutações,
determinando que este seja feito de imediato e com a
15
extensão correta, independentemente das causas que as
originaram...”
1.3.4 Princípio do Registro pelo Valor Original
Este princípio destaca dois aspectos importantes para a
contabilização. O primeiro desta a importância do registro contábil ser efetuado
de acordo com o valor de entrada e não pelo valor de saída, ou seja, qualquer
compra ou aquisição deverá ser contabilizada pelo seu valor original ao invés
de seu valor de saída ou de mercado. O segundo, destaca a utilização de
moeda corrente do país como unidade monetária, homogeneizando o valor do
patrimônio. Veja o que diz a resolução 750/93:
“Art. 7º - Os componentes do patrimônio devem ser
registrados pelos valores originais das transações com o
mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do
País, que serão mantidos na avaliação das variações
patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem
agregações ou decomposições no interior da Entidade...”
1.3.5 Princípio da Atualização Monetária
Este princípio reconhece a variação do poder aquisitivo da moeda
nacional por um determinado período. Em tempo passados de alta inflação, a
Contabilidade reconhecida e registrava os ajustes decorrentes da inflação por
meios de correção monetária ou correção integral. Atualmente, estamos
dispensados de correções monetárias nos balanços patrimoniais. Veja o que
diz a resolução 750/93:
“Art. 8º - Os efeitos da alteração do poder aquisitivo
da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros
16
contábeis através do ajustamento da expressão formal
dos valores dos componentes patrimoniais.”
1.3.6 Princípio da Competência
O princípio da competência esclarece-nos que as receitas,
independente de seu recebimento e as despesas, independente de seu
pagamento deverão ser computadas no exercício em que incorrem. Veja o que
diz a resolução 750/93:
“Art. 9º - As receitas e as despesas devem ser
incluídas na apuração do resultado do período em que
ocorrerem, sempre simultaneamente quando se
correlacionarem, independentemente de recebimento ou
pagamento...”
1.3.7 Princípio da Prudência
Este princípio reforça a necessidade da informação contábil refletir
com prudência a situação econômico-financeira da entidade com valores
sempre conservadores. Com isto, ao avaliar um ativo devemos utilizar o menor
valor para o mesmo, ao contrário para as avaliações dos passivos, onde
sempre adotaremos a maior valor. Adotando este procedimento, menores
valores para os ativos e maiores valores para o passivo, teremos sempre uma
evidenciação patrimonial mais prudente. Veja o que diz a resolução 750/93:
“Art. 10 – O Princípio da Prudência determina a
adoção do menor valor para os componentes do Ativo e
do maior para os do Passivo, sempre que se apresentem
alternativas igualmente válidas para a quantificação das
mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.”
17
CAPÍTULO II
AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
A elaboração das demonstrações contábeis é obrigatória em todas
as empresas. Algumas não precisam elaborar todas as demonstrações, mas
devem no mínimo apurar o resultado do exercício elaborando a demonstração
do resultado do exercício e o balanço patrimonial (PINTO, 2005).
As principais normas brasileiras que disciplinam a publicação das
Demonstrações Contábeis são:
• Lei n° 6.406/76 – Lei das Sociedades Anônimas (LSA);
• Lei n°10.406/02 – novo Código Civil (NCC).
A Lei n° 6.406/76 (Lei das Sociedades Anônimas – LSA), com a
edição da Lei n° 11.638/07 e da Medida Provisória n° 449/08, posteriormente
transformada na Lei n°11.941/09, sofreu profundas modificações nos artigos
que dispões quanto à forma de contabilização e evidenciação dos fatos
contábeis das sociedades anônimas e das sociedades de grande porte, e na
estrutura das demonstrações contábeis, fazendo-as convergir para os padrões
internacionais de contabilidade (SILVA, 2010).
Dessa forma, foi estabelecida uma nova Estrutura Conceitual Básica
para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis (framework),
a qual está regulamentada pelos seguintes atos:
• Resolução CFC n°1.121/08 – aprova a NBC T 1 – Estrutura
Conceitual para a Elaboração e Apresentação das
Demonstrações Contábeis, a partir do Pronunciamento
Conceitual Básico do CPC, o qual faz a correlação com o
18
“Framework for the Preparation and Presentation of Financial
Statements”
• Resolução CFC n° 1.255/09 – aprova a NBC T 19.41 –
Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas,
recepcionando o “Pronunciamento Técnico PME –
Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas” emitido
pelo CPC;
• Deliberação CVM n° 539/08 – aprova o mesmo
Pronunciamento Conceitual Básico do CPC citado;
• Instrução CVM n° 469/08 – dispõe sobre a aplicação da Lei n°
11.638, de 28-12-2007 e altera as Instruções CVM n° 247, de
27-3-1996, e 331, de 4-4-2000;
• Resolução CFC n° 1.159/09 – aprova o Comunicado Técnico
CT 01 que aborda como os ajustes das novas práticas
contábeis adotadas no Brasil trazidas pela Lei n° 11.638/07 e
MP n° 449/08 devem ser tratados.
Os Pronunciamentos Técnicos (CPC) e as Orientações Técnicas
(OCPC) emitidas pelo CPC têm sido sistematicamente recepcionados pelo
CFC, CVM, BACEN, SUSEP, ANEEL, ANTT e ANS.
2.1 As Demonstrações contábeis e informações obrigatórias
O conceito de demonstrações contábeis no CPC 26 (tópico nove)
define sua finalidade em:
“As demonstrações contábeis são uma
representação estruturada da posição patrimonial e
financeira e do desempenho da entidade. O objetivo das
demonstrações contábeis é o de proporcionar informação
acerca da posição patrimonial e financeira, do
19
desempenho e dos fluxos de caixa da entidade que seja
útil a um grande número de usuário em suas avaliações e
tomada de decisões econômicas. As demonstrações
contábeis também objetivam apresentar os resultados da
atuação da administração na gestão da entidade e sua
capacitação na prestação de contas quanto aos recursos
que lhe foram confiados. Para satisfazer a esse objetivo,
as demonstrações contábeis proporcionam informação da
entidade acerca do seguinte:
a) ativos;
b) passivos;
c) patrimônio líquido;
d) receitas e despesas, incluindo ganhos e perdas;
e) alterações no capital próprio mediante
integralizações dos proprietários e distribuições a eles; e
f) fluxos de caixa.
Essas informações, com outras informações
constantes das notas explicativas, ajudam os usuários
das demonstrações contábeis na previsão dos futuros
fluxos de caixa da entidade e, em particular, a época e o
grau de certeza de sua geração.”
Segundo os artigos 176° a 177° da Lei n° 6.404/76, modificado pela
Lei n° 11.638/07 e n° 11.941/09, as seguintes demonstrações contábeis serão
obrigatórias ao final de cada exercício social para as Sociedades Anônimas e
sociedades de grande porte:
• Balanço Patrimonial (BP).
• Demonstração do Resultado do Exercício (DRE).
20
• Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (LPA) ou
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL).
• Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC).
• Demonstração do Valor Adicionado (DVA).
• Notas Explicativas.
• Parecer dos Auditores Independentes (pelas companhias
abertas).
• Relatório da administração (pelas companhias abertas).
As demais empresas só estão obrigadas a elaborar as seguintes
demonstrações constantes nos artigos 1.179, 1.188 e 1.189 do novo Código
Civil (NCC), sem obrigatoriedade de sua publicação:
• Balanço Patrimonial.
• Balanço do Resultado Econômico ou Demonstração da Conta
de Lucros e Perdas.
2.2 Balanço Patrimonial
O Balanço Patrimonial é o retrato da empresa num determinado
momento, indicando de forma ordenada, seus bens, direitos e obrigações. A
transcrição dos dados será feita com base nos controles auxiliares do Ativo e
do Passivo, assim como será indicado o lucro auferido pela empresa, na
Demonstração do Resultado. A única conta que não tem controle próprio é a
conta de Capital Social porque está contida no controle de Caixa (SOUZA,
2008).
É a demonstração que encerra a sequência dos procedimentos
contábeis, apresentando de forma ordenada os três elementos componentes
do patrimônio: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido (IUDÍCIBUS, 1998).
21
Uma vez bem estudada a natureza do Ativo (bens e direitos), do
Patrimônio (diferença entre o Ativo e o Passivo) e as rotinas e procedimentos
contábeis, muito fácil se torna entender o que é o Balanço (IUDÍCIBUS, 1998).
De acordo com a Lei n° 6.404 artigo 178°, No balanço, as contas
serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e
agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação
financeira da companhia.
No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau
de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos: Ativo
Circulante; Ativo Não Circulante; Ativo Realizável a Longo Prazo; Ativo
Permanente (Investimentos, Imobilizado, Intangível e Diferido).
No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos:
Passivo Circulante; Passivo Não Circulante; Resultados de Exercícios Futuros;
Patrimônio Liquido (Capital Social, Reservas de Capital, Reservas de
Reavaliações, Reservas de Lucros, Ajustes de Avaliação Patrimonial, Prejuízos
Acumulados).
2.3 Demonstração do Resultado do Exercício
A Demonstração do Resultado do Exercício elabora
simultaneamente com o Balanço Patrimonial, constitui no relatório sucinto das
operações realizadas pela empresa durante determinado período de tempo;
nele sobressai um dos valores mais importantes às pessoas nela interessadas,
o resultado líquido do período, Lucro ou Prejuízo (IUDÍCIBUS, 1998).
Esta demonstração é de grande importância para a análise da
administração das empresas, pois o principal objetivo de uma entidade é a
obtenção de lucros que permitam remunerar de forma condizente seus
proprietários. A eficiência da gerencia de uma sociedade é, portanto, em
grande parte evidenciada através desta Demonstração (MENDES, 2003).
22
Segundo Alcantara (2010), na determinação do resultado do
exercício deverá ser observado o princípio contábil da competência para o
registro das receitas e despesas.
• Principio da Realização da Receita: as receitas e os
rendimentos ganhos no período, independentemente da sua
realização em moeda; e
• Principio do Confronto das Despesas: os custos, despesas,
encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a
essas receitas e rendimentos.
O Artigo 187° da Lei 6.404/76 estabelece:
I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas,
os abatimentos e os impostos;
II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias
e serviços vendidos e o lucro bruto;
III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras,
deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras
despesas operacionais;
IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras
despesas; (Redação dada pela Lei n° 11.941, de 2009)
V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a
provisão para o imposto;
VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e
partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de
instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não
se caracterizem como despesa; (Redação dada pela Lei n° 11.941, de 2009)
II - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por
ação do capital social.
§ 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados:
23
a) as receitas e os rendimentos ganhos no período,
independentemente da sua realização em moeda; e
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos,
correspondentes a essas receitas e rendimentos.
2.4 Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados ou
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
Enquanto da Demonstração do Resultado do Exercício visa à
evidenciação da apuração do resultado (apuração do lucro ou prejuízo), a
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados visa à distribuição do
resultado (destinações do lucro ou prejuízo).
Com a instituição da figura do dividendo obrigatório e, também, da
faculdade de destacar parcelas do lucro do período para formação da reserva
de lucros a realizar e da reserva para contingências, essa demonstração
assume maior importância, pois refletirá todos os acréscimos e decréscimos
que influenciam a base dos dividendos devidos (PEREZ JUNIOR; BEGALLI,
2009).
Conforme o artigo 186° da Lei n° 6.404/76:
“Art. 186. A demonstração de lucros ou prejuízos
acumulados discriminará:
I - o saldo do início do período, os ajustes de
exercícios anteriores e a correção monetária do saldo
inicial;
II - as reversões de reservas e o lucro líquido do
exercício;
III - as transferências para reservas, os dividendos, a
parcela dos lucros incorporada ao capital e o saldo ao fim
do período.
24
§ 1º Como ajustes de exercícios anteriores serão
considerados apenas os decorrentes de efeitos da
mudança de critério contábil, ou da retificação de erro
imputável a determinado exercício anterior, e que não
possam ser atribuídos a fatos subseqüentes.
§ 2º A demonstração de lucros ou prejuízos
acumulados deverá indicar o montante do dividendo por
ação do capital social e poderá ser incluída na
demonstração das mutações do patrimônio líquido, se
elaborada e publicada pela companhia.”
Lembrando eu o item I do artigo 186° foi modificado pela Lei n°
9.249/95, com a extinção da correção monetária das demonstrações contábeis,
sendo o texto atual:
“Art. 186, I – o saldo do inicio do período e os
ajustes de exercícios anteriores”
2.5 Demonstração do Fluxo de Caixa1
Segundo Rosa e Silva (2002) eles comentam que
“[...] o fluxo de caixa é apresentado como
instrumento essencial para a gestão do disponível. A
empresa que mantém continuamente atualizado o seu
fluxo de caixa poderá dimensionar, a qualquer momento,
o volume de entradas e saídas de recursos financeiros,
por meio de mudanças nos prazos de recebimentos e
pagamentos, bem como fixar o nível desejado de
disponibilidade para o próximo período”
1 O CPC emitiu o Pronunciamento Técnico CPC 03 – Demonstração dos Fluxos de Caixa, que foi aprovado pela Resolução CFC n°1.125/08 (NBC T 3.8) e Deliberação CVM n°547/08
25
A Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) passou a ser obrigatória
para as sociedades anônimas e empresas de grande porte a partir do exercício
de 2008, apesar de que algumas empresas já faziam sua divulgação. Passou a
substituir a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (artigos 176
§ 6° e 188 da LSA).
O pronunciamento CPC 3 define os seguintes termos:
• Caixa compreende numerário em espécie e depósitos
bancários disponíveis.
• Equivalentes de caixa são aplicações financeiras de curto
prazo, de alta liquidez, que são prontamente conversíveis em
um montante conhecido de caixa e que estão sujeitas a um
insignificante risco de mudança de valor.
• Fluxos de caixa são as entradas e saídas de caixa e
equivalentes de caixa.
• Atividades operacionais são as principais atividades
geradoras de receita da entidade e outras atividades
diferentes das de investimento e de financiamento.
• Atividades de investimento são as referentes à aquisição e à
venda de ativos de longo prazo e de outros investimentos não
incluídos nos equivalentes de caixa.
• Atividades de financiamento são aquelas que resultam em
mudanças no tamanho e na composição do capital próprio e
no endividamento da entidade, não classificadas como
atividade operacional.
Existem dois métodos de elaboração do fluxo de caixa, o método
direto e o indireto. Vale lembrar que o DFC é o único demonstrativo contábil
elaborado com base em regime de caixa, enquanto os demais são elaborados
de acordo com o Princípio da Competência de Exercício.
26
2.6 Demonstração do Valor Adicionado
Valor Adicionado ou Valor Agregado representa a riqueza criada por
um entidade num determinado período de tempo (normalmente, um ano).
Podemos afirmar que a soma das importâncias agregadas representa, na
verdade, a soma das riquezas criadas (NEVES; VICECONTI, 2005).
A DVA não tinha obrigatoriedade de elaboração no Brasil até o ano
de 2007. Com o advento da Lei 11.638/07, que modificou a Lei das Sociedades
por Ações (Lei 6.404/76), esta demonstração passou a ser exigida legalmente,
mas mesmo assim apenas para as sociedades de capital aberto e para
empresas abrangidas no conceito de empresa de grande porte introduzida por
aquela lei, a partir do exercício de 2008 (SANTOS; SILVA, 2009).
O objetivo da DVA é demonstrar durante um período, que
geralmente coincide com o exercício social, como a empresa distribuiu a
riqueza — valor adicionado — que foi gerada entre os agentes que
contribuíram para a criação da mesma. Valor adicionado representa a riqueza
criada pela empresa, de forma geral medida pela diferença entre o valor das
vendas e os insumos adquiridos de terceiros. Inclui também o valor adicionado
recebido em transferência, ou seja, produzido por terceiros e transferido à
entidade (SANTOS; SILVA, 2009).
Sob o enfoque da disseminação de informações sociais a
Demonstração do Valor Adicionado (DVA) pode ser classificada como um
modelo de relatório, de natureza econômica, que traduz a criação de riquezas,
através do consumo de recursos e insumos intermediários e a forma de
distribuição dessa riqueza, sendo entendido como um indicador de eficiência e
eficácia da gestão empresarial (FAUR et al., 2004).
O aumento no nível de publicação da DVA tende a aproximar a
contabilidade tradicional de um enfoque social, uma vez que aglutina
informações contábeis a um modelo de mensuração do Produto Interno Bruto
27
(PIB), através do somatório de todos os resultados agregados, obtidos a partir
dos resultados das empresas (FAUR et al., 2004).
2.7 Notas Explicativas
As Notas Explicativas são esclarecimentos que visam complementar
as Demonstrações Financeiras e informar os critérios contábeis utilizados pela
empresa, a composição dos saldos de determinadas Contas, os Métodos de
Depreciação, os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais
etc. (RIBEIRO, 2003).
A sua apresentação está disciplinada nos seguintes dispositivos:
a) Resolução CCFC n° 737/92 – Aprovou a NBC T-6;
b) Lei das Sociedades por Ações (LSA), artigo 176° §§ 4° e 5°;
c) Pronunciamento CPC 262;
d) Instrução Normativa CVM n° 475/08;
e) OFÍCIO-CIRCULAR/CVM/SNC/SEP n° 01/07;
f) Deliberação CVM n° 595, de 15 de setembro de 2009.
O texto da LSA foi modificado pela Lei n° 11.941/09 (MP n°449/08)
nas seguintes linhas (LSA, artigo 176, § 5°, incisos I a III):
“I - apresentar informações sobre a base de
preparação das demonstrações financeiras e das práticas
contábeis específicas selecionadas e aplicadas para
negócios e eventos significativos;
II - divulgar as informações exigidas pelas práticas
contábeis adotadas no Brasil que não estejam
2 Este pronunciamento foi aprovado pela Deliberação CVM n°595/09 e pela Resolução CFC n°1.185/09 (NBC T 19.27)
28
apresentadas em nenhuma outra parte das
demonstrações financeiras;
III - fornecer informações adicionais não indicadas
nas próprias demonstrações financeiras e consideradas
necessárias para uma apresentação adequada;”
As demais disposição, que permaneceram inalteradas, estabelecem
que as notas explicativas devem indicar (LSA, artigo 176, § 5°, inciso IV):
a) os principais critérios de avaliação dos elementos
patrimoniais, especialmente estoques, dos cálculos de
depreciação, amortização e exaustão, de constituição de
provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes para atender
a perdas prováveis na realização de elementos do ativo;
b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes
(art. 247, parágrafo único);
c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas
avaliações (art. 182, § 3°);
d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as
garantias prestadas a terceiros e outras responsabilidades
eventuais ou contingentes;
e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das -
obrigações a longo prazo;
f) o número, espécies e classes das ações do capital social;
g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no
exercício;
h) os ajustes de exercícios anteriores (art. 186, § 1o); e
i) os eventos subsequentes à data de encerramento do
exercício que tenham, ou possam vir a ter, efeito relevante
29
sobre a situação financeira e os resultados futuros da
companhia.
2.8 Parecer dos Auditores Independentes
Para uma maior segurança do usuário da contabilidade, as
empresas auditadas apresentam parecer do auditor, onde ele expressa ter feito
exame nas Demonstrações Financeiras, efetuado de acordo com os padrões
de auditoria geralmente aceitos (IUDÍCIBUS; MARION, 2000).
O auditor emite sua opinião informando se as Demonstrações
Financeiras representam adequadamente a Situação Patrimonial e a Posição
Financeira da data do exame. Informa se as Demonstrações Financeiras foram
levantadas de acordo com os Princípios Fundamentais de Contabilidade e se
há uniformidade em relação ao exercício anterior (IUDÍCIBUS; MARION, 2000).
De acordo com o Perez Júnior e Begalli (2010), o modelo de parecer
é padronizado pelo Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon) e
pelo Conselho Federal de Contabilidade. Devendo conter as seguintes
informações:
• Destinatário do parecer: Conselho de Administração ou
acionistas da empresa auditada ou de quem contratou o
serviço.
• Identificação das demonstrações contábeis auditadas e
responsabilidade assumida pelos auditores.
• Normas de auditoria aplicadas no desenvolvimento dos
trabalhos de auditoria.
• Ressalvas relativas à eventual limitação na execução dos
trabalhos.
30
• Ressalvas relativas a eventuais não conformidades das
demonstrações contábeis em relação às práticas adotadas no
Brasil.
• Opinião com ou sem ressalvas.
• Parágrafo de ênfase destacando fatos que possam ameaçar a
continuidade das atividades da empresa.
2.9 Relatório da Administração
O seu objetivo é servir como complemento às demonstrações
financeiras, de forma a subsidiar o leitor com informações sobre o contexto
operacional da companhia, com fatos relevantes que aconteceram ao longo do
exercício e com planos da mesma para os exercícios seguintes (SILVA, 2010).
A leitura desse relatório deve ser feita com elevado senso crítico,
pois o seu conteúdo não passa pela análise dos auditores independentes, já
que é a opinião da alta administração da companhia, podendo estar, portanto,
eivada de informações tendenciosas. É salutar proceder à análise de relatórios
de anos anteriores e verificar se nos anos subseqüentes os fatos e previsões
ali relatados se concretizaram, bem como checar informações em fontes
independentes, como jornais e revistas especializadas sobre o segmento
econômico da companhia sob análise (SILVA, 2010).
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), conforme seu Parecer de
Orientação n° 15//87 de 28 de dezembro de 1987, estabelece as seguintes
informações no item 2:
“De acordo com a Lei 6.404/76, o relatório da
administração deve ser publicado juntamente com as
demonstrações financeiras do encerramento do exercício
social precisando conter informações sobre:
31
a) aquisição de debêntures de sua própria emissão
(art. 55, § 2º);
b) política de reinvestimento de lucros e distribuição
de dividendos constantes de acordo de acionistas (art.
118, § 5º);
c) negócios sociais e principais fatos administrativos
ocorridos no exercício (art. 133, inciso I);
d) relação dos investimentos em sociedades
coligadas e/ou controladas evidenciando as modificações
ocorridas durante o exercício (art. 243).”
32
CAPÍTULO III
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
A metodologia clássica para avaliação do desempenho global da
empresa é normalmente chamada de análise financeira ou análise de balanço.
Através de um conjunto de procedimentos e conceitos aplicados de forma inter-
relacionada, obtém-se uma série de indicadores que permite fazer uma
avaliação sobre a situação econômica e financeira da empresa e o retorno do
investimento (PADOVEZE, 2010).
A avaliação sobre a empresa tem por finalidade analisar o resultado
e o desempenho da empresa, detectar os pontos fortes e fracos do processo
operacional e financeiro da companhia, objetivando propor alternativas de
curso futuro a serem tomadas e seguidas pelos gestores da empresa
(PADOVEZE, 2010).
Segundo Ferreira (2010), a análise das demonstrações contábeis
não é exigida por lei. Decorre da necessidade de informações aprimoradas
sobre a situação do patrimônio e de suas variações por parte dos
administradores, acionistas, investidores, credores. Na prática, os relatórios de
análise costumam ser destinados ao público interno (controladores e
administradores).
Os processos mais utilizados na análise das demonstrações
contábeis são:
1) Análise horizontal;
2) Análise vertical;
3) Análise por quocientes;
33
3.1 Análise Horizontal
Visa o estudo da evolução dos elementos componentes das
demonstrações contábeis ao longo dos exercícios sociais, através do cálculo
de números índices, sendo estes obtidos a partir de um exercício social tomado
como base, onde todos os itens componentes das demonstrações nesse
exercício são fixados em 1 ou 100%, e , a partir daí, são determinados os
demais índices referentes às demonstrações dos outros exercícios sociais,
normalmente subsequentes ao exercício tomado como base (FERRARI, 2009).
3.2 Análise Vertical
Denominamos de análise vertical a análise de participação
percentual ou de estrutura dos elementos das Demonstrações Contábeis.
Assume-se como 100% um determinado elemento patrimonial, que, em
principio, deve ser o mais importante, e se faz uma relação percentual de todos
os demais elementos sobre ele (PADOVEZE, 2010).
A análise vertical espelha os efeitos e, em algumas demonstrações,
é também possível descobrir algumas das causas primárias. Uma vez efetuado
o levantamento dos percentuais, o analista focará sua análise nestes
percentuais, deixando para trás os valores monetários absolutos, sendo
possível verificar as tendências de forma mais objetiva. Uma análise limitada a
expressões monetária, sejam elas expressas em valores históricos ou
corrigidos, não permitiria uma visualização dos impactos de cada conta
patrimonial ou de resultado no conjunto das respectivas demonstrações
(SILVA, 2010).
Também denominada análise da estrutura, a análise vertical envolve
a relação entre um elemento e o grupo de que ele faz parte. Relaciona a parte
com o todo (FERREIRA, 2009).
34
3.3 Análise por Quocientes
Os indicadores da análise por quocientes podem ser obtidos de
forma simples ou complexa. Os quocientes simples mais utilizados na análise
contábil são:
• Quocientes de Liquidez;
• Quocientes de Endividamento;
• Quocientes de Rotatividade;
• Quocientes de Rentabilidade ou Lucratividade;
• Quocientes Complexos.
3.3.1 Quocientes de Liquidez
É determinada em função da relação existente entre os dois
elementos, indicando quantas vezes um contém o outro ou a proporção de um
em relação ao outro (NEVES; VICECONTI, 2005).
3.3.1.1 Liquidez Corrente
É utilizado na avaliação da capacidade de pagamento das
obrigações de curto prazo (passivo circulante) mediante o uso dos bens e
créditos circulantes (FERREIRA, 2010).
LI= Ativo Circulante
Passivo Circulante
3.3.1.2 Liquidez Seca
Também chamado de liquidez ácida, este índice mede a capacidade
da empresa pagar suas dívidas a curto prazo, utilizando os recursos aplicados
no ativo circulante, sem contar com seus estoques, visto que algumas
35
empresas podem, em muitas ocasiões, ter dificuldades para realizar
financeiramente seus estoques, tal como é o caso dos fabricantes de
automóveis, os quais, em épocas de recessão econômica, lotam seus pátios,
em função das baixas vendas baixas (FERRARI, 2009).
LS= AC - Estoques
Passivo Circulante
3.3.1.3 Liquidez Imediata
Derivado da Liquidez Corrente e indica a capacidade de pagamento
de dívidas no curto prazo, considerando a hipótese de que todo o Passivo
Circulante da empresa vença no primeiro dia útil seguinte à data de
encerramento do bálano. Quanto maior, melhor.
LI= Disponível*
Passivo Circulante
*Disponível= Caixa+Bancos Conta Movimento+Aplicações Financeiras
3.3.1.4 Liquidez Geral
Através deste índice é possível perceber todas a capacidade de
pagamento da empresa a Longo Prazo, considerando tudo o que ela
converterá em dinheiro (a Curto e a Longo Prazo), relacionando-se com tudo o
que já assumiu como dívida (a Curto e a Longo Prazo) (SILVA, 2010).
LG= Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo
3.3.2 Quocientes de Endividamento
Também chamados de quocientes (ou índices) de estrutura de
capitais, os quocientes de endividamento têm por objetivo avaliar, sobretudo, o
grau de dependência da empresa em relação aos capitais de terceiros, através
36
da medição da relação entre Capitais Próprios (Patrimônio Líquido), Capitais de
Terceiros (Passivo Exigível) e Capitais Aplicados (Ativo). Em outras palavras,
tais quocientes revelam a política de obtenção de recursos da empresa
(FERRARI, 2009).
3.3.2.1 Endividamento Total
O endividamento indica o montante dos recursos de terceiros que
está sendo usado, na tentativa de gerar lucros. Por isso existe grande
preocupação com o grau de endividamento e com a capacidade de pagamento
da empresa, pois, quanto mais endividada ela estiver maior será a
possibilidade de que não consiga satisfazer às obrigações com terceiros
(NEVES; VICECONTI, 2005).
ET= Passivo Exigível*
Ativo Total
*Passivo Exigível= Passivo Circulante + Passivo Exigível a Longo Prazo
3.3.2.2 Composição do Endividamento
Através desta índice é possível mensurar o volume de dívidas da
empresa com vencimento no curto prazo em relação à dívida total.
CE= Passivo Circulante Passivo Exigível*
*Passivo Exigível= Passivo Circulante + Passivo Exigível a Longo Prazo
3.3.2.3 Garantia do Capital de Terceiros
O índice de garantia do capital de terceiros traduz a garantia
proporcionada ao capital de terceiros em razão da existência de recursos
próprios. Quanto maior o volume de recursos próprios, maior a garantia
(FERREIRA, 2010).
37
GCT= Patrimônio Líquido Passivo Exigível
Porém alguns autores trabalham com a fórmula invertida:
GCT= Passivo Exigível
Patrimônio Líquido
3.3.3 Quocientes de Rotatividade
Esses quocientes, que consideramos de alta relevância para análise
de crédito, expressam a velocidade com que determinados elementos
patrimoniais se renovam durante certo período de tempo. Devido a sua
natureza, tais quocientes usualmente apresentam seus resultados em dias,
meses ou períodos, fracionários ou múltiplos de um ano. A importância de tais
quocientes é representada pelo fato de expressarem relacionamentos
dinâmicos, que acabam influenciando a posição de liquidez e rentabilidade,
mais adiante. Normalmente, tais quocientes abarcam ou relacionam entre si
itens da Demonstração de Resultados e do Balanço Patrimonial ao mesmo
tempo (IUDÍCIBUS; MARION, 2000).
3.3.3.1 Prazo Médio de Renovação de Estoques (PMRE)
Este indicador mostra em quantos dias ou meses, em média, as
mercadorias ou produtos acabados ficaram estocados na empresa antes de
serem vendidos. Normalmente, o ideal é que a empresa tenha um alto índice
de rotação de seus estoques (ou seja, gire o estoque em menos dias), desde
que isso seja o reflexo de alto grau de comercialização de seus produtos, em
decorrência do aumento da demanda ou mesmo da boa penetração dos
mesmos no mercado (SILVA, 2010).
PMRE= Estoque ou Estoque Médio (ou média dos períodos) x 360
CMV
38
3.3.3.2 Prazo Médio de Recebimento de Vendas (PMRV)
Mostra o prazo médio das vendas praticado com os cliente ao longo
do ano. De modo geral, quanto menor, melhor.
PMRV= Média de duplicatas a receber x 360 Receita Bruta de Vendas a Prazo
Na falta de maiores informações, a média de Duplicatas a Receber
pode ser obtida pelo somatório dos saldo iniciais e finais da conta Duplicatas a
Receber dividida por dois (PEREZ JUNIOR; BEGALLI, 2009).
3.3.3.3 Prazo Médio de Pagamentos a Fornecedores (PMPF)
Esse índice indica o prazo que, em média, a companhia recebe de
seus fornecedores para pagamento das compras a prazo.
Quanto á apuração da média deve ser a princípio aplicada há dos 12
meses. Na sua falta, devem adotar a média correspondente aos saldos no
início e no fim do exercício. Não havendo média disponível, utiliza-se o saldo
final da conta de Fornecedores
PMPF= Média Contas a Pagar* x 360 Compras a Prazo
*Contas a Pagar= Dívidas com Fornecedores
3.3.4 Quocientes de Rentabilidade ou Lucratividade
De acordo com Padoveze (2010):
“Talvez deva ser considerada a melhor análise a ser
extraída dos Demonstrativos Contábeis. Uma
rentabilidade adequada continuadamente é,
possivelmente, maior indicador da sobrevivência e
sucesso da empresa.
39
Podemos separar a análise da rentabilidade em dois
grandes aspectos:
• Análise da geração da margem de lucro: leva
em conta o desempenho operacional da
empresa, através do conceito de giro do ativo,
que implica maior ou menor necessidade de
margem operacional sobre as venda.
• Análise da destinação do lucro: leva em conta
a alavancagem do capital de terceiros, para
aumento da rentabilidade do capital próprio.”
3.3.4.1 Margem Bruta
Calculada por produto, estabelecimento, departamento ou na política
de formação de preços. Indica o percentual que o lucro bruto representa das
vendas líquidas de impostos (de venda) e devoluções (PEREZ JUNIOR;
BEGALLI, 2009).
MB= Lucro Bruto Vendas Líquidas
3.3.4.2 Margem Líquida
Indica a capacidade da empresa em gerar lucro comparativamente à
receita Líquida de vendas. Também conhecido como Retorno sobre as Vendas,
compara o Lucro Líquido em relação às Vendas Líquidas do período,
apresentando o percentual de Lucratividade gerado.
ML= Resultado Líquido do Exercício Receita Líquida de Vendas
40
3.3.4.3 Retorno (ou rentabilidade) Operacional do Ativo (ROA
ou ROI)
Denominado com Taxa de Retorno sobre o Ativo Total (ROA –
Return on Total Assets) e também como Taxa de Retorno sobre Investimentos
(ROI – Return on Investment).
Conforme Silva (2010):
Este indicador tem por objetivo medir a eficiência
global da alta direção da empresa na geração de lucros
com seus investimentos totais. Não havendo variações
significativas nos saldos do Ativo, ou então optar por
mediar a relação direta entre o Lucro Líquido do Exercício
e o saldo do Ativo. Caso contrário, utiliza-se o Ativo
Médio, que é obtido pela soma do Ativo Total do Ano
anterior com Ativo Total do Ano em curso, dividido por
dois.
ROA= Lucro Líquido Ativo Total ou Ativo Médio
3.3.4.4 Retorno (ou rentabilidade) Capital Próprio (RCP)
A importância do retorno sobre o Patrimônio Líquido reside em
expressar os resultados globais auferidos pela gerência na gestão de recursos
próprios e de terceiros, em benefício dos acionistas. Para efeito de análise de
crédito é uma segurança indireta de continuidade do empreendimento (se o
quociente for adequado) e de retorno dos recursos emprestados (IUDÍCIBUS;
MARION, 2000).
RCP= Lucro Líquido do Exercício Patrimônio Líquido
41
3.3.5 Quocientes Complexos
3.3.5.1 Grau de Alavancagem Financeira
A Alavancagem Financeira é a medida que avalia a capacidade da
empresa em utilizar encargos financeiros fixos para maximizar os efeitos da
variação do lucro. A força da Alavancagem Financeira pode aumentar o retorno
dos investimentos dos acionistas e, frequentemente, há vantagens fiscais
associadas com a obtenção de empréstimos, por conta da possibilidade de
dedução no Imposto de Renda das despesas com os juros (SILVA, 2010).
Basicamente, o que determina a vantagem ou desvantagem na
utilização dos capitais de terceiros são os encargos financeiros (despesas
financeiras). Se as taxas de juros são muito elevadas, as despesas financeiras
geradas pelos empréstimos podem eliminar os ganhos correspondentes à
utilização dos capitais de terceiros e até provocar prejuízos. O uso dos capitais
alheios deve gerar ganho suficiente para cobrir os encargos por eles
originados. Caso contrário, não haverá interesse na utilização do capital de
terceiros, pois isso provocará a redução da lucratividade (FERREIRA, 2010).
GAF=
Lucro Líquido Patrimônio Líquido
Lucro Líquido + Despesas Financeiras Ativo Total
42
CAPÍTULO IV
ANÁLISE DE CASO
Neste capítulo iremos apresentar de forma quantitativa e qualitativa
das apresentações das Demonstrações Contábeis e as respectivas análises
através dos índices. Também para levantar a importância do Contador em
produzir informações úteis aos usuários da Contabilidade para a tomada de
decisões.
Para demonstrar a importância das análises das Demonstrações
Contábeis na análise econômica e financeira, utilizando a metodologia aplicada
à pesquisa bibliografia deste trabalho. Apresentamos as Demonstrações
Contábeis da empresa Oi (telefonia).
Informações gerais sobre a empresa:
Razão: Telemar Note Leste S.A.
Ramos de atividade: Serviços de telefonia fixa e celular.
Capital Aberto: Sim.
Principais concorrentes: Vivo, Nextel, Tim e Claro.
As Demonstrações Contábeis apresentadas serão:
• Balanço Patrimonial
• Demonstração do Resultado do Exercício
4.1 Balanço Patrimonial
Segue a Demonstração Contábil conforme a Lei 6.406/76 e suas
alterações.
43
Quadro 1 – Balanço Patrimonial
Balanço Consolidado em Milhões 3T09 3T10 Ativo Total 59.511,7 61.700,7 Ativo Circulante 18.143,2 21.830,5 Disponibilidades 5.662,5 9.058,0 Créditos 6.151,0 5.926,7 Estoques 137,8 104,1 Outros 6.191,8 6.741,7 Ativo Não Circulante 41.368,5 39.870,2 Ativo Realizável a Longo Prazo 7.625,8 7.830,0 Créditos Diversos 4.434,4 4.538,0 Créditos com Pessoas Ligadas 488,3 0,0 Outros 2.703,2 3.292,0 Ativo Permanente 33.742,7 32.040,1 Investimentos 47,1 47,1 Imobilizado 21.903,1 20.980,5 Intangível 11.524,0 10.830,3 Diferido 268,5 182,3 Passivo Total 59.511,7 61.700,7 Passivo Circulante 19.123,2 14.995,3 Empréstimos e Financiamentos 9.624,6 6.912,4 Debêntures 0,0 0,0 Fornecedores 3.045,2 3.117,2 Impostos, Taxas e Contribuições 2.243,2 1.981,5 Dividendos a Pagar 1.630,6 192,4 Provisões 798,8 802,2 Dívidas com Pessoas Ligadas 0,0 0,0 Outros 1.780,8 1.989,6 Passivo Não Circulante 24.877,4 29.428,7 Passivo Exigível a Longo Prazo 24.877,4 29.428,7 Empréstimos e Financiamentos 18.411,1 22.569,0 Debêntures 0,0 0,0 Provisões 3.209,3 3.350,5 Dívidas com Pessoas Ligadas 501,3 0,0 Outros 2.755,7 3.509,2 Resultados de Exercícios Futuros 0,0 0,0 Participações Minoritárias 5.600,9 6.157,4 Patrimônio Líquido 9.910,2 11.119,3 Capital Social Realizado 7.434,4 7.434,4 Reservas de Capital 2.214,3 2.018,4 Reservas de Lucro 350,4 (17,4) Lucros/Prejuízos Acumulados (88,9) 1.683,8
44
4.2 Demonstração do Resultado do Exercício
Quadro 2 – Demonstração do Resultado do Exercício
DRE no Período - Consolidado 3T09 3T10
Milhões Receita Bruta de Vendas e/ou Serviços 11.571,4 11.384,9 Deduções da Receita Bruta (4.035,6) (4.073,2) Receita Líquida de Vendas e/ou Serviços 7.535,9 7.311,7 Custo de Bens e/ou Serviços Vendidos (4.590,6) (3.766,1) Resultado Bruto 2.945,2 3.545,6 Despesas/Receitas Operacionais (2.554,5) (2.443,4) Com Vendas (1.151,8) (1.205,2) Gerais e Administrativas (814,2) (643,7) Financeiras (528,1) (489,3) Outras Receitas Operacionais 299,4 320,9 Outras Despesas Operacionais (361,0) (442,9) Resultado da Equivalência Patrimonial 1,3 16,9 Resultado Operacional 390,8 1.102,2 Resultado Não Operacional 0,0 0,0 Resultado Antes Tributação/Participações 390,8 1.102,2 Provisão para IR e Contribuição Social (206,1) (109,5) IR Diferido 31,4 (235,8) Participações/Contribuições Estatutárias 0,0 0,0 Reversão dos Juros sobre Capital Próprio 0,0 0,0 Participações Minoritárias (150,4) (208,2) Lucro/Prejuízo do Período 65,8 548,7
4.3 Análise Comparativa
4.3.1 Análise Vertical
No Balanço Patrimonial acima utilizamos a análise vertical para
verificar qual a porcentagem de cada componente em relação ao Ativo Total.
Então no 3° trimestre de 2009 o Ativo Circulante representa 30,49%, o
Realizável a Longo Prazo 69,51%, o Ativo Permanente 56,70% representa ao
Ativo Total.
O Passivo Circulante corresponde a 32,13%, o Passivo Exigível à
Longo Prazo 41,80% e o Patrimônio Líquido 16,65% do Passivo Total.
45
No 3° trimestre de 2009 o Ativo Circulante representa 35,4%, o
Realizável à Longo Prazo representa 64,62%, o Ativo Permanente representa
51,93% do Ativo Total. O Passivo Circulante corresponde a 24,40%, O Passivo
Exigível à Longo Prazo corresponde a 47,70% e Patrimônio Líquido
corresponde a 18,02% do Passivo Total.
Na Demonstração do Resultado do Exercício, o Lucro Líquido
corresponde a 0,57% no 3° trimestre de 2009 e 4,82% no 3° trimestre de 2010
das Receita Bruta. O Lucro Bruto corresponde a 25,45% das vendas em
enquanto as despesas operacionais consumem 22,08% do total de vendas no
3° trimestre de 2009 e no 3° trimestre de 2010 o Lucro Bruto corresponde a
31,14% das vendas em enquanto as despesas operacionais consumem
21,46% do total de vendas.
4.3.2 Análise Horizontal
Observando que no 3° trimestre de 2010 o Ativo Circulante
apresentou um aumento de 20,32%, o Ativo Realizável a Longo Prazo
representou uma redução de 3,62% e o Ativo Permanente apresentou uma
redução de 5,05% em relação ao 3° trimestre de 2009.
No Passivo Circulante do 3° trimestre de 2010 apresentou uma
redução de 21,59%, no Passivo Realizável à Longo Prazo um aumento de
18,29% e no Patrimônio Líquido um aumento de 12,20% em relação ao 3°
trimestre de 2009.
Referente a DRE, houve um aumento de 734,40% em comparação
ao Lucro Líquido do 3° trimestre de 2009 a 3° trimestre de 2010.
4.4.1 Análise por Quocientes
4.4.1.1 Liquidez Corrente
No 3° trimestre de 2009: 18.143,2/19.123,2= 0,95
46
No 3° trimestre de 2010: 21.830,5/14.995,3= 0,46
Indica que, para cada real de dívidas de custo prazo (passivo
circulante) a empresa dispõe de 0,95 de bens e direitos de curto prazo (ativo
circulante para pagar, faltando 0,05 centavos no 3° trimestre de 2009.
No 3° trimestre de 2010, indica que, para cada real de dívidas de
custo prazo (passivo circulante) a empresa dispõe de 0,95 de bens e direitos
de curto prazo (ativo circulante para pagar, faltando 0,54 centavos.
4.4.1.2 Liquidez Seca
No 3° trimestre de 2009: 18.143,2-137,8/19.123,2= 0,94
No 3° trimestre de 2010: 21.830,5-104,1/14.995,3= 1,45
Indica que, para cada 1,00 de dívidas de curto prazo, a empresa
dispões de 0,94 de bens e direitos de curto prazo, menos estoques, para pagar
no 3° trimestre de 2009
No 3° trimestre de 2010, indica que, para cada 1,00 de dívidas de
curto prazo, a empresa negociaria a dívida com Ativo Circulante e sobraria
0,45, deixando livre o estoque para quitação da dívida.
4.4.1.3 Liquidez Imediata
No 3° trimestre de 2009: 5.662,5/19.123,2= 0,30
No 3° trimestre de 2010: 9.058,2/14.995,3= 0,60
Indica que, para cada 1,00 de dívidas com terceiros de curto prazo,
a empresa dispõe de 0,30 em dinheiro para pagar no 3° trimestre de 2009.
No 3° trimestre de 2010, indica que, para cada 1,00 de dívidas com
terceiros de curto prazo, a empresa dispõe de 0,60 em dinheiro para pagar
47
4.4.1.4 Liquidez Geral
No 3° trimestre de 2009: 18.143,2+7.625,8/19.123,2+24877,4= 0,59
No 3° trimestre de 2010: 21.830,8+7830,0/14.995,3+29.428,7= 0,67
Indica que, para cada 1,00 de dívidas totais com terceiros, a
empresa dispões de 0,59 de bens e direitos e longo pra para pagar, ou seja,
pagaria os 0,59 e ainda faltariam 0,41 para quitar no 3° trimestre de 2009.
Indica que, para cada 1,00 de dívidas totais com terceiros, a
empresa dispões de 0,67 de bens e direitos e longo pra para pagar, ou seja,
pagaria os 0,67 e ainda faltariam 0,33 para quitar no 3° trimestre de 2010.
4.4.2 Análise por Quocientes de Endividamento
4.4.2.1 Endividamento Total
No 3° trimestre de 2009: 19.123,2+24877,4/59.511,7= 0,74
No 3° trimestre de 2010: 14.995,3+29.428,7/61.700,7= 0,72
Para cada 1,00 do Ativo Total, 0,74 estão presos a dívidas, logo 0,26
estão livres, ou seja, se a empresa negociar o ativo total, para cada 1,00 que
receber, paga 0,74 e sobram 0,26 no 3° trimestre de 2009.
Para cada 1,00 do Ativo Total, 0,72 estão presos a dívidas, logo 0,28
estão livres, ou seja, se a empresa negociar o ativo total, para cada 1,00 que
receber, paga 0,72 e sobram 0,28 no 3° trimestre de 2010.
4.4.2.2 Composição do Endividamento
No 3° trimestre de 2009: 19.123,2/(19.123,2+24877,4)= 0,43
No 3° trimestre de 2010: 14.995,3/(14.995,3+29.428,7)= 0,34
Indica que, para cada 1,00 de dívidas totais com terceiros, 0,34 são
de curto prazo e 0,66 são de longo prazo no 3° trimestre de 2009.
48
Indica que, para cada 1,00 de dívidas totais com terceiros, 0,34 são
de curto prazo e 0,66 são de longo prazo no 3° trimestre de 2010.
4.4.2.3 Garantia do Capital de Terceiros
No 3° trimestre de 2009: 9.910,2/(19.123,2+24877,4)= 0,95
No 3° trimestre de 2010: 6.157,4/(14.995,3+29.428,7)= 0,25
Indica que, para cada 1,00 de capital próprio, existem 0,95 de capital
de terceiros no 3° trimestre de 2009.
Indica que, para cada 1,00 de capital próprio, existem 0,25 de capital
de terceiros no 3° trimestre de 2010.
4.4.3 Análise por Quocientes de Rotatividade
4.4.3.1 Prazo Médio de Renovação de Estoques (PMRE)
No 3° trimestre de 2009: (137,8x360)/4.590,6= 10,8
Prazo: 360/10,8= 33,33
No 3° trimestre de 2010: 6.157,4/(14.995,3+29.428,7)= 9,95
Prazo: 360/9,95= 36,18
O estoque no 3° trimestre de 2009 se renovou 10,8 vezes, o que
indica que a cada 33 dias o estoque se renova completamente.
O estoque no 3° trimestre de 2010 se renovou 9,95 vezes, o que
indica que a cada 36 dias o estoque se renova completamente.
4.4.3.2 Prazo Médio de Recebimento de Vendas (PMRV)
No 3° trimestre de 2010: 5.926,7/11.384,9= 0,52
Prazo: 360/9,95= 692,3
49
As vendas a prazo provocaram um giro de 0,52 vezes durante o 3°
trimestre de 2010 e levou-se 692 dias para o recebimento total das vendas.
4.4.3.3 Prazo Médio de Pagamentos a Fornecedores (PMPF)
No 3° trimestre de 2010: 3.117,2/3.081,2= 1,01
Prazo: 360/1,01= 356,43
A cada 356 dias em média a empresa efetuou um compra completa,
ou seja, comprou e pagou.
4.4.4 Análise por Quocientes de Rentabilidade ou Lucratividade
4.4.4.1 Margem Bruta
No 3° trimestre de 2010: 3.545,6/7.311,7= 0,48x100= 48
No 3° trimestre de 2009: 2.945,2/7.535,9= 0,39x100= 39
O Lucro Bruto 48% das vendas líquidas no 3° trimestre de 2010 e
39% no 3° trimestre de 2009.
4.4.4.2 Margem Líquida
No 3° trimestre de 2010: 65,8/7.311,7= 0,00899x100= 0,89
Prazo: 360/0,89= 404
No 3° trimestre de 2009: 548,7/7.535,9= 0,07x10= 7
Prazo: 360/7= 51,42
A empresa levou 404 dias para efetuar o pagamento de todos os
seus produtos e serviços prestados no 3° trimestre de 2010 e no 3° trimestre
de 2009 levou 51 dias.
50
4.4.4.3 Retorno (ou rentabilidade) Operacional do Ativo (ROA
ou ROI)
No 3° trimestre de 2009: (65,8/59.511,7) x 100= 0,11
No 3° trimestre de 2010: (548,7/61.700,7) x 100= 0,889
Esta taxa mede o poder de ganho da empresa, ou seja, para cada
100,00 investido há um ganho de 0,11 no 3° trimestre de 2009.
Esta taxa mede o poder de ganho da empresa, ou seja, para cada
100,00 investido há um ganho de 0,889 no 3° trimestre de 2010.
4.4.4.4 Retorno (ou rentabilidade) Capital Próprio (RCP)
No 3° trimestre de 2009: (65,8/9.910,2) x 100= 0,66
No 3° trimestre de 2010: (548,7/11.119,3) x 100= 4,93
O retorno que os proprietários tiveram foi de 0,66% no 3° trimestre
de 2009 e no 3° trimestre de 2010 o lucro líquido do exercício proporcionou aos
proprietários um retorno de 4,93%.
4.4.5 Análise por Quocientes Complexos
4.4.5.1 Grau de Alavancagem Financeira
No 3° trim. 2010: (548,7/10514,73)/((548,7+489,3)/60606,18)= 3,05
Sendo o GAF de 3,05, concluímos que a utilização de capital de
terceiros trouxe uma rentabilidade sobre o capital próprio 205% superior àquela
que seria caso todo o ativo fosse financiado por capitais próprios. Logo a
alavanca financeira foi favorável.
51
CONCLUSÃO
Conforme definido na introdução, que as empresa estão devem está
atentas a informações de seus negócios. Assim como a Contabilidade e as
Demonstrações Contábeis são de grande instrumento para auxiliar os gestores
a tomar decisões, ou seja, coleta os dados econômicos, mensura-os
monetariamente, registra e sumariza em forma de relatórios, que contribuem
para tomada de decisão.
De acordo com Ferrari (2009), as Demonstrações Contábeis têm por
fim a exposição clara, sistematizada e objetiva da situação patrimonial,
econômica e financeira de uma entidade.
Já para Padoveze (2010), Análise de Balanço constitui-se em um
processo de meditação sobre os Demonstrativos Contábeis, objetivando uma
avaliação da situação de empresa em seus aspectos operacionais,
econômicos, patrimoniais e financeiros. E que avaliação sobre a empresa tem
por finalidade analisar o resultado e o desempenho da empresa, detectar os
pontos fortes e fracos do processo operacional e financeiros da companhia,
objetivando propor alternativas de curso futuro a serem tomadas e seguidas
pelos gestores da empresa.
Do mesmo modo Herrmann (2004) afirmava, para assegurar o êxito
de qualquer administração e garantir assim a integridade patrimonial contra
qualquer surpresa, é necessário colocar a atividade econômica sobre base
planificada, formulando previsões econômicas, estabelecendo probabilidades e
controlando as previsões mediante as técnicas da análise econômico-financeira
dos balanços periódicos.
De acordo com a empresa analisada, dentre algumas analises
apresentadas, no que se refere ao Endividamento Total, ela apresentou uma
situação razoavelmente bem nos dois períodos apresentados. E que houve um
crescimento do Lucro Líquido do Exercício e que os seus resultados foram
satisfatórios no 1° trimestre de 2010.
52
Esse trabalho conclui que a nosso ver, não bastar ter uma boa visão das
Demonstrações Contábeis e sim saber interpretar as análises. Assim, com as
análises das Demonstrações Contábeis, deve assumir também o papel de
tradução dos elementos contidos nas Demonstrações Financeiras.
53
BIBLIOGRAFIA
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução CFC nº 785/95.
Brasília: CFC, 1995.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. Pronunciamento Técnico
CPC 03. www.cpc.org.br, acesso em 11/12/2010.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. Pronunciamento Técnico
CPC 26. www.cpc.org.br, acesso em 15/10/2010.
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. Parecer de Orientação n°15.
www.cnb.org.br, acesso em 18/10/2010.
FAUR, Adriana Rodrigues et al. Balanço Relatório de Desempenho Social?
Análise dos Setores Petroquímico e elétrico no Rio de Janeiro. Revista Pensar
Contábil. Rio de Janeiro: CRC-RJ, Ano VI, n° 25, p. 20-25, ago./set. 2004.
FERRARI, Ed Luiz. Análise de Balanços. 3ª. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
316p.
FERREIRA, Ricardo José. Análise das Demonstrações Contábeis: Teoria e
Questões Comentadas. 3ª. ed. Rio de Janeiro: Ed. Ferreira, 2010. 154p.
FIPECAFI, Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações: Aplicável às
Demais Sociedades. 7ª ed. São Paulo: Atlas, 2007. 646p.
HERCKERT, W. e SILVA, R.A.C. O Futuro da Riqueza: Análise da tendência
Patrimonial. Revista Brasileira de Contabilidade. Brasília: CFC, Ano XXXV, n°
161, p. 83-97, set./out. 2006.
HERMANN JUNIOR, Frederico. Análise de Balanços para Administração
Financeira: Análise Econômica e Financeira do Capital das Empresas. 12ª. ed.
São Paulo: Atlas, 2004.
IUDÍCIBUS, Sérgio de et al. Contabilidade Introdutória. 9ª ed. São Paulo: Atlas,
1998. 293p.
54
IUDÍCIBUS, Sérgio de e MARION, José Carlos. Curso de Contabilidade para
não Contadores. 3ª. Ed. São Paulo: Atlas, 2000. 282p.
IUDÍCIBUS, S. e MARION, J.C. Curso de contabilidade para não contadores.
3ª ed. São Paulo: Atlas, 2000, 282p.
MENDES, Guilherme Adolfo dos Santos. Contabilidade Geral para Concursos.
2ª ed. São Paulo: Novas Conquistas, 2003. 688p.
NEVES, Silvério das e VICECONTI, Paulo Eduardo V. Contabilidade Avançada
e Análise das Demonstrações Financeiras. 14ª. ed. São Paulo: Frase, 2005.
710p.
PADOVEZE, Clóvis Luís. Controladoria Básica. 2ª Ed. São Paulo: Cengage
Learning, 2010. 358p.
PEREZ JUNIOR, José Hernandez e BEGALLI, Glaucos Antonio. Elaboração e
Análise das Demonstrações Contábeis. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2009. 284p.
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Básica Fácil. 24ª. ed. São Paulo: Saraiva,
2003. 368p.
ROSA, Paulo Moreira da e SILVA, Almir Teles da. Fluxo de Caixa: instrumento
de planejamento e controle financeiro e base de apoio ao processo decisório.
Revista Brasileira de Contabilidade. Brasília: CFC, Ano XXXI, n°135, p. 82-96,
mai./jun. 2002.
PINTO, Leonardo José Seixas. Contabilidade Introdutória. 1ª Ed. Rio de
Janeiro: Florense, 2005. 315p.
OI. Disponível em: http://v3.oi.infoinvest.com.br, acesso em 15/11/2010.
SANTOS, Marcos Igor da Costa e SILVA, Manuel Soares da. Utilização da
Demonstração do Valor Adicionado - DVA como Ferramenta na Medição da
Riqueza no Setor de Telefonia no Brasil. Revista Pensar Contábil. Rio de
Janeiro: CRC-RJ, Ano XI, n°46, p. 39-45, out./dez. 2009.
SILVA, Alexandre Alcantara da. Estrutura, Análise e Interpretação das
Demonstrações Contábeis. 2ª Ed. São Paulo: Atlas, 2010. 229p.
55
SOUZA, Luiz Carlos de. Controladoria aplicada aos pequenos negócios.
Curitiba: Juruá, 2008. 146p.
56
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO........................................................................................... 01
AGRADECIMENTOS......................................................................................... 03
DEDICATÓRIA.................................................................................................. 04
RESUMO........................................................................................................... 05
METODOLOGIA................................................................................................ 06
SUMÁRIO.......................................................................................................... 07
INDRODUÇÃO.................................................................................................. 08
CAPÍTULO I....................................................................................................... 10
A ESTRUTURA CONCEITUAL BÁSICA DA CONTABILIDADE....................... 10
1.1 Objetivos da Contabilidade...................................................................... 11
1.2 Cenários Contábeis.................................................................................12
1.3 Princípios Fundamentais de Contabilidade.............................................12
1.3.1 Princípio da Entidade....................................................................... 13
1.3.2 Princípio da Continuidade................................................................ 13
1.3.3 Princípio da Oportunidade............................................................... 14
1.3.4 Princípio do Registro pelo Valor Original......................................... 15
1.3.5 Princípio da Atualização Monetária.................................................. 15
1.3.6 Princípio da Competência................................................................ 16
1.3.7 Princípio da Prudência..................................................................... 16
CAPÍTULO II...................................................................................................... 17
AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS.............................................................. 17
2.1 As Demonstrações contábeis e informações obrigatórias...................... 18
2.2 Balanço Patrimonial................................................................................. 20
57
2.3 Demonstração do Resultado do Exercício..............................................21
2.4 Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados..............................23
2.5 Demonstração do Fluxo de Caixa........................................................... 24
2.6 Demonstração do Valor Adicionado........................................................ 26
2.7 Notas Explicativas................................................................................... 27
2.8 Parecer dos Auditores Independentes.................................................... 29
2.9 Relatório da Administração..................................................................... 30
CAPÍTULO III..................................................................................................... 32
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS........................................... 32
3.1 Análise Horizontal.................................................................................... 33
3.2 Análise Vertical ..................................................................................... 33
3.3 Análise por Quocientes........................................................................... 34
3.3.1 Quocientes de Liquidez.................................................................... 34
3.3.1.1 Liquidez Corrente.......................................................................... 34
3.3.1.2 Liquidez Seca................................................................................ 34
3.3.1.3 Liquidez Imediata.......................................................................... 35
3.3.1.4 Liquidez Geral............................................................................... 35
3.3.2 Quocientes de Endividamento..............................................................35
3.3.2.1 Endividamento Total..................................................................... 36
3.3.2.2 Composição do Endividamento.................................................... 36
3.3.2.3 Garantia do Capital de Terceiros.................................................. 36
3.3.3 Quocientes de Rotatividade................................................................. 37
3.3.3.1 Prazo Médio de Renovação de Estoques (PMRE)....................... 37
3.3.3.2 Prazo Médio de Recebimento de Vendas (PMRV)....................... 38
58
3.3.3.3 Prazo Médio de Pagamentos a Fornecedores (PMPF)................ 38
3.3.4 Quocientes de Rentabilidade ou Lucratividade.................................... 38
3.3.4.1 Margem Bruta............................................................................... 39
3.3.4.2 Margem Líquida............................................................................ 39
3.3.4.3 Retorno (ou rentabilidade) Operacional do Ativo (ROA ou ROI).. 40
3.3.4.4 Retorno (ou rentabilidade) Capital Próprio (RCP)......................... 40
3.3.5 Quocientes Complexos........................................................................ 41
3.3.5.1 Grau de Alavancagem Financeira................................................. 41
CAPÍTULO IV.................................................................................................... 42
ANÁLISE DE CASO.......................................................................................... 42
4.1 Balanço Patrimonial................................................................................. 42
4.2 Demonstração do Resultado do Exercício.............................................. 44
4.3 Análise Comparativa............................................................................... 44
4.3.1 Análise Vertical................................................................................ 44
4.3.2 Análise Horizontal............................................................................ 45
4.4.1 Análise por Quocientes........................................................................ 45
4.4.1.1 Liquidez Corrente.......................................................................... 45
4.4.1.2 Liquidez Seca................................................................................ 46
4.4.1.3 Liquidez Imediata.......................................................................... 46
4.4.1.4 Liquidez Geral............................................................................... 47
4.4.2 Análise por Quocientes de Endividamento............................................... 47
4.4.2.1 Endividamento Total..................................................................... 47
4.4.2.2 Composição do Endividamento.................................................... 47
4.4.2.3 Garantia do Capital de Terceiros.................................................. 48
59
4.4.3 Análise por Quocientes de Rotatividade.............................................. 48
4.4.3.1 Prazo Médio de Renovação de Estoques (PMRE)....................... 48
4.4.3.2 Prazo Médio de Recebimento de Vendas (PMRV)....................... 48
4.4.3.3 Prazo Médio de Pagamentos a Fornecedores (PMPF)................ 49
4.4.4 Análise por Quocientes de Rentabilidade ou Lucratividade................. 49
4.4.4.1 Margem Bruta............................................................................... 49
4.4.4.2 Margem Líquida............................................................................ 49
4.4.4.3 Retorno (ou rentabilidade) Operacional do Ativo (ROA ou ROI).. 50
4.4.4.4 Retorno (ou rentabilidade) Capital Próprio (RCP)......................... 50
4.4.5 Análise por Quocientes Complexos..................................................... 50
4.4.5.1 Grau de Alavancagem Financeira................................................. 50
BIBLIOGRAFIA.................................................................................................. 53
ÍNDICE DE FIGURAS........................................................................................ 60
FOLHA DE AVALIAÇÃO................................................................................... 61
60
ÍNDICE DE FIGURAS
Quadro 1 – Balanço Patrimonial 43
Quadro 2 – Demonstração do Resultado do Exercício 44
61
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição:
Título da Monografia:
Autor:
Data da Entrega:
Avaliado por: Conceito: