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Milton José Rodrigues Branco Porto, 2009 A importância da prática de actividades físicas de forma aleatória (brincar) para o desenvolvimento das capacidades coordenativas.

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Page 1: A importância da prática de actividades físicas de ... · sobre o desporto e em particular sobre futebol e o nosso Benfica. Mas ... (prática de actividades, jogos e brincadeiras

Milton José Rodrigues Branco

Porto, 2009

A importância da prática de actividades

físicas de forma aleatória (brincar) para o

desenvolvimento das capacidades

coordenativas.

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Orientador: Professor Doutor José Augusto Rodrigues dos Santos

Milton José Rodrigues Branco

Monografia realizada no âmbito da disciplina de Seminário do 5º ano da licenciatura em Desporto e Educação Física, na área de Alto Rendimento – Atletismo, da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto

A importância da prática de actividades físicas de forma

aleatória (brincar) para o desenvolvimento das

capacidades coordenativas.

Porto, 2009

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Provas de Licenciatura Branco, M. (2009). A importância da prática de actividades físicas de forma aleatória (brincar) para o desenvolvimento das capacidades coordenativas. Dissertação de Licenciatura apresentada à Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. PALAVRAS – CHAVE: BRINCAR/COORDENAÇÃO/COORDENAÇÃO MOTORA

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DEDICATÓRIA

“ A todos quantos desejam fazer do desporto e do

ensino a sua vida”

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V

AGRADECIMENTOS

Ao meu Pai e á minha Mãe por tudo o que me deram e continuam a dar.

Por todos os valores que me transmitiram. A sua forma de ser constitui para

mim um exemplo de humildade e de seriedade.

Ao meu irmão por todas as ajudas, por todas as horas de conversa

sobre o desporto e em particular sobre futebol e o nosso Benfica. Mas

sobretudo por todos os segredos que guardas.

Ao Hirminio, ao Miguelito e ao Nuno “Bezerra” por me terem dado

trabalho quando as propinas estavam por pagar……e o dinheiro não abundava.

Ao Professor José Augusto, ao Professor Vítor frade, ao Professor

Leandro Massada e ao Professor Manuel Botelho por tudo o que me

ensinaram…muito para além da matéria das cadeiras pelas quais foram

responsáveis.

Aos amigos Hélder Pereira, Nuno Couto, José Martins, Miguel Moita e o

grande Gabi pelas horas que passamos e continuamos a passar a discutir

Futebol. Mas mais que isso a discutir o ensino do jogo de Futebol, mesmo

sabendo que a discussão nunca terminará.

Á Neuza Filipa (Neuzax, Barbienfermeira, Morlo e tantas outras coisas)

por ter crescido comigo, desde do tempo de adolescente, e por me ter feito

companhia em tantos momentos que juntos vivemos nesta viagem até ao

mundo dos adultos. Nunca te esquecerei! E nunca é muito tempo.

E a ti também…….

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VI

ÍNDICE AGRADECIMENTOS…………………………………………………………………V INDICE DE QUADROS…………………………………………………………….VIII LISTA DE ABREVIATURAS……………………………………………………….IX RESUMO………………………………………………………………………………X ABSTRAT…………………………………………………………………………….XII RÉSUMÉ…………………………………………………………………………….XIV 1. INRODUÇÃO……………………………………………………………………….1

1.1 Objectivos Gerais………………………………………………. ………. 2

1.2 Objectivos Específicos………………………………………….……...…2

1.3 Estrutura do Trabalho………………………………………….………....3

2. REVISÃO DA LITERATURA……………………………………………………...4

2.1 Brincar…………………………………………………………………...…6 2.2 A criança e o jogo…………………………………………………………7 2.3 Coordenação Motora…………………………………………………...…8

2.3.1 Coordenação motora geral………………………………. ……8

2.3.2 Coordenação motora específica……………………………...8

2.3.3 Coordenação motora fina………………………………………8 2.4 Sistematização das exigências coordenativas…………………………9 3. PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS………………………………………10

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VII

3.1 População/Amostra……………………………………………………...11

3.2 Inquérito……………………………………………………………..……11

3.3 Bateria de testes de coordenação corporal KTK…………………….12

3.4 Procedimentos estatísticos………. ……………………………………13 4. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DE RESULTADOS…………………......14

4.1 APRESENTAÇÃO……………………………………………………………....15

4.1.1Inquéritos (dados) ……………………………………………………. 15

4.1.2Número de actividades/ jogos/brincadeiras…………………………16 4.1.3 Provas da bateria de testes de coordenação corporal – KTK…….18

Prova 1 – “Equilibrar-se andando de costas”……………………...18 Prova 2 – “Saltitar com uma perna sobre altitudes diferentes”.... 20 Prova 3 – “Saltos Laterais”…………………………………………. 21 Prova 4 – “ Transposição Lateral”…………………………………. 22

4.2 DISCUSSÃO…………………………………………………………………….23 5. CONCLUSÕES………………………………………………………………………25 6. SUGESTÕES PARA FUTUROS ESTUDOS………………………………….27 Recomendações……………………………………………………………...28 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS……………………………………………29 8. ANEXOS………………………………………………………………………...…32

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VIII

ÍNDICE DE QUADROS

Quadro 1 – Resultados da prova “Equilibrar-se andando de costas”, correspondente á

bateria de testes de coordenação corporal (KTK), para os grupos A e B

……………………………………………………………………………………………………………37

Quadro 2 – Resultados da prova “Saltitar com uma perna sobre altitudes diferentes”,

correspondente á bateria de testes de coordenação corporal (KTK), para os grupos A e B

…………………………………………………………………………………………………...…........38

Quadro 3 – Resultados da prova “Saltos laterais”, correspondente á bateria de testes de

coordenação corporal (KTK), para os grupos A e B …………...…………………………. ...…....39

Quadro 4 – Resultados da prova “Transposição lateral”, correspondente á bateria de

testes de coordenação corporal (KTK), para os grupos A e B …………………………...…........40

Quadro 5 – Listagem com o número de Actividades/jogos/brincadeiras por individo nos

dois grupos (A e B)…………………………………………………. ………………………………...41

Quadro 6 – Listagem dos locais preferidos para brincar nos dois grupos (A e B) …….....42

Quadro 7 – Quadro comparativo entre os dados do grupo A e B, nas quatro provas que

compõem a bateria de testes de coordenação corporal KTK e os seguintes parâmetros

referentes ao questionário aplicado aos dois grupos: Locais preferidos para brincar, número de

actividades/jogos/brincadeiras já realizadas……………………………………………………...…43

Quadro 8 – Análise SPSS……………………………………………………………………….44

Quadro 9 – Análise SPSS…………………………………………………………………...…...45

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IX

LISTA DE ABREVIATURAS

KTK – Körperkoordinations test für Kinder

SPSS – Statistic Package for the Social Sciences

Cm – Centímetro

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X

RESUMO

Objectivos: A criança necessita de brincar. Ela encontra nessa

actividade as ferramentas motoras e cognitivas que a acompanharam para a

sua vida.

Assim, este estudo pretendeu estabelecer a relação entre a prática de

actividades, jogos, brincadeiras de forma voluntária e não sistematizada e

organizada com o consequente incremento das capacidades coordenativas.

Pretendeu ainda caracterizar de forma global a modo como o população em

causa ocupa os seus tempos livres.

Material e métodos: A amostra foi constituída por 30 indivíduos

(crianças e jovens adolescentes) residentes no concelho de Pombal com

idades compreendidas entre os 10 e 14 anos de idade. Realizada a revisão de

literatura em natural consonância com as duas principais variáveis do estudo

(prática de actividades, jogos e brincadeiras e capacidades coordenativas)

recorreu-se á aplicação de um questionário sobre os hábitos de crianças e

jovens adolescentes e foi aplicada a bateria de testes de coordenação corporal

(KTK).

Estatística: Com vista no objectivo do trabalho os dados inseridos no

programa estatísticos SPSS (t test independent), vêm-nos, de certa forma,

responder e fornecer a discussão pretendida em relação às questões por nós

levantadas.

Resultados: Á pergunta de que forma ocupa os teus tempos livres a

resposta mais dada foi praticar desporto com 26, seguida 23, a ver televisão e

21 referiram que estar no computador é uma das formas como ocupa o tempo

livre. Número de brincadeiras – grupo A = 320, grupo B = 161; Prova 1 – grupo

A = 191 falha, grupo B = 300 falhas; Prova 2 – grupo A = 84, grupo B = 69;

Prova 3 – grupo A = 218, grupo B = 187 e Prova 4 – grupo A = 100, grupo B =

77.

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XI

Conclusões: As conclusões foram claras e de encontro ao

conhecimento empírico que inicialmente nos ajudou a formular o tema deste

trabalho: A população estudada caracteriza-se por ocupar o seu tempo livre a

praticar desporto, a ver televisão e no computador; as crianças e jovens

adolescentes do concelho de Pombal preferem a casa e a rua como locais

preferidos para brincar tendo por companhia os amigos. O grupo que com

maior número de vivências, no que diz respeito a actividades lúdicas, jogos e

brincadeiras revela maiores capacidades coordenativas.

PALAVRAS – CHAVE: BRINCAR/COORDENAÇÃO/COORDENAÇÃO

MOTORA

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XII

ABSTRACT

Aims: Children like to play. They find in that activity the motor and

cognitive tools that will stay with them for the rest of their lives.

Thus, this study aims to establish a relation between practising activities, and

games, or playing in a spontaneous, not systematized or organized way and the

increasing in coordination skills. Another goal was to characterize, in a general

way, how the population in analysis spends their free-time.

Material and procedure/methods: the sample was made up of 30

people (children and young adolescents) living in the municipality of Pombal

with ages ranging from 10 to 14. After the revision of literature related to the

two main aspects being studied (activity and games practising and coordination

skills) they have been given a questionnaire about their habits and done the

standard tests related to body coordination (KTK)

Statistics: Having in mind the goals of this study, the data input into the

statistics Programme SPSS (test independent) gave us the answers to the

questions initially made and arose the intended discussion on this matter.

Results: practicing sport is the way that more children/adolescents

spend their free-time (26 answers), then comes watching TV (23 answers) and

playing computer games (21 answers). Number of activities: group a – 320;

group B – 161. Test 1 – group a: 191 failures; group B: 300 failures. Test 2-

group A: 84; group B: 69. Test 3 – group A: 218, group B: 187. Test 4 – group

A: 100 and group B: 77.

Conclusions: the conclusions were clear and in accordance with the

empirical knowledge that had helped us to formulate the topic of this study. The

population studied prefers to spend their free-time practicing sport, watching

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XIII

television or playing computer games. The children from the municipality of

Pombal like to play at home or out in the street with their friends. The group that

played more games and amusement activities has more coordination skills.

KEY-WORDS: TO PLAY / COORDINATION / MOTOR COODINATION

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XIV

RÉSUMÉ

Objectifs: L’enfant a besoin de jouer. Il trouve dans cette activité les

instruments moteurs et cognitifs qui l’accompagneront au long de sa vie.

Ainsi, cette étude a prétendu établir une relation entre la pratique

d’activités, de jeux, d’amusements de façon volontaire, non systématisée et

organisée, avec l’incrément conséquent des capacités de coordinations. Elle a

encore prétendu caractériser de façon globale l’occupation des temps libres de

la population visée para cette étude.

Matériel et méthodes: L’échantillon a été constitué par 30 individus

(enfants et jeunes adolescents), habitants dans la commune de Pombal, ayant

entre 10 et 14 ans. Après avoir fait une révision da la littérature concernant les

deux principales variables de cette étude (la pratique d’activités, de jeux,

d’amusements et les capacités de coordinations), on a appliqué un

questionnaire sur les habitudes des enfants et des jeunes adolescents et on a

aussi appliqué un ensemble de tests de coordination corporelle(KTK).

Statistique: Sans perdre de vu l’objectif du travail, les données insérées

dans le programme de statistique SPSS (t test independent), nous apportent,

d’une certaine façon, des réponses et nous fournissent la discussion

prétendue vis à vis des questions que nous avons posées.

Résultats: Á la question « De quelle façon occupes-tu tes temps

libres? », la réponse la plus fréquente a été : « faire du sport » (26), suivie de

23 réponses pour « regarder la télé », et de 21 pour « jouer sur l’ordinateur ».

Nombre de d’amusements: groupe A = 320, groupe B= 161; Épreuve 1- groupe

A = 191 erreurs, groupe B = 300 erreurs; Épreuve 2 – 84, groupe B = 69;

Épreuve 3 – groupe A = 218, groupe B = 187 ; et épreuve 4 – groupe A = 100,

groupe B = 77.

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XV

Conclusions:

Les conclusions ont été claires et en accord avec la connaissance

empirique qui, au début, nous a aidé a formulé le thème ce travail : la

population objet d’études fait du sport, regarde la télé et est sur l’ordinateur ; les

enfants et les jeunes adolescents de la commune de Pombal préfèrent la

maison ou dans la rue comme locaux pour s’amuser, ayant comme compagnie

les amis. Le groupe ayant le plus grand nombre d’expériences, en ce qui

concerne les activités ludiques, jeux et amusements, est celui qui a les plus

grandes capacités de coordination.

MOTS CLÉS: JOUER/COORDINATION/COORDINATION MOTRICE

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1. INTRODUÇÃO

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2

Para a criança, brincar é aprender a viver, a tornar-se um adulto

equilibrado, a descobrir o mundo, realizando as suas próprias experiências, e

claro, influenciando o desenvolvimento da sua personalidade.

A maneira como as crianças vivem hoje os seus tempos livres

condiciona, em parte, a forma como viverão quando atingirem a idade adulta.

A actividade física, realizada de forma aleatória (brincar), constitui-se

como a actividade de maior enriquecimento motor e psíquico para a criança.

No nosso entender o número de horas livres para a criança brincar,

criando e recriando, a diversidade de brincadeiras e o espaço onde as mesmas

se desenrolam são factores decisivos para o enriquecimento motor e para o

seu aperfeiçoamento.

É nessa perspectiva, que julgamos que a criança que mais tempo brinca

será aquela que apresenta maior capacidade motora geral e maior capacidade

coordenativa. Esta é a ideia que defendemos e o presente trabalho pretende

justificar isso mesmo.

No âmbito da disciplina de Seminário, enveredou-se pelo tema da

importância das actividades físicas de forma aleatória para o desenvolvimento

das capacidades coordenativas, uma vez que é no nosso entender um assunto

bastante pertinente de se estudar.

Assim sendo, o presente trabalho tem os seguintes objectivos:

1.1) Objectivos Gerais:

Conhecer os hábitos e como ocupam o tempo as crianças e jovens

adolescentes do concelho de Pombal;

Relacionar os hábitos e ocupações das crianças e jovens adolescentes

do concelho de Pombal com a sua capacidade coordenativa.

1.2) Objectivos Específicos:

Conhecer a diversidade de actividades que as crianças e jovens

adolescentes realizam nos seus tempos livres, o local onde as realizam e a sua

companhia preferida para o fazer;

Identificar se existe relação directa entre a quantidade de

actividades/jogos/brincadeiras realizadas e as suas capacidades

coordenativas.

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3

No intento de cumprir com os objectivos delineados, recorreu-se a uma

metodologia que consistiu numa revisão bibliográfica, através da qual se

procurou enquadrar o tema.

Posteriormente, foram aplicados inquéritos a um conjunto de 30 crianças

e jovens adolescentes do concelho de Pombal, cujos campos de interesse

visavam a identificação dos hábitos da população alvo. E seguidamente foram

aplicados testes de coordenação corporal que visavam identificar as

capacidades deste conjunto de crianças e jovens.

1.3) Estrutura do trabalho

Assim o presente estudo está estruturado de acordo com os seguintes

pontos:

1. O primeiro, a introdução tem como objectivo: apresentar e justificar a

pertinência do estudo, delimitar o problema e definir os objectivos;

2. O segundo ponto consiste numa revisão da literatura relacionado

com o tema em apreço;

3. O terceiro ponto tem que ver com a metodologia adoptada;

4. No quarto ponto, a análise e discussão dos inquéritos e dos

resultados da bateria de testes aplicada;

5. No quinto ponto, apresentar-se-ão as conclusões;

6. No sexto ponto, serão dadas sugestões para futuros estudos;

7. No sétimo ponto, serão enunciadas as referências bibliográficas;

8. No oitavo ponto, serão anexas informações decorrentes de presente

estudo.

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2. REVISÃO DA LITERATURA

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“Brincar é viver criativamente no mundo. Ter prazer em brincar

é ter prazer em viver.” (Machado, 1994:27)

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6

2.1) Brincar O termo brincar é complexo e difícil de definir. Brincar tem moldado as

normas, valores e costumes de todas as culturas; é a força maior na qual as

culturas participam (Edigntom e tal., 2002:44).

Para Kelly (1996:27), uma das definições mais simples é que brincar é

como que uma expressão para o seu próprio prazer.

Brincar é um comportamento auto-motivado, pois ninguém pode forçar

uma criança a brincar, contudo, para a criança, brincar, pode ser um assunto

sério (Edginton e tal., 2002:148).

O acto de brincar está intimamente ligado com a nossa cultura. Machado

(1994:22) refere que brincar é a nossa primeira forma de cultura, definindo

cultura como o convívio das pessoas e a forma como as crianças brincam.

Edginton e tal (2002:44), citando Mannell e Klieber (1997), sugerem que

“play is non literal behaviour and transformation of reality – it is imaginative. In

addiction, it is intrinsically motivated, truly chosen, and actively engaging. It is a

way for children to learn about the world around them and their place in it.

Na perspectiva de Teixeira e Barroco, “ Brincar é, em resumo e alargado

á ideia de jogo, expressão permanente do indivíduo desde a sua infância,

razão pela qual a nossa espécie além de spiens é ludens.” (1987:9).

Brincar é fundamental, pois permite á criança enfrentar desafios,

resolver problemas, aperfeiçoar o pensamento e desenvolver potencialidades.

Para Garvey (1979:7) brincar é um comportamento muito habitual em períodos

do desenvolvimento do conhecimento de si próprio, do mundo físico e social e

dos sistemas de comunicação.

As crianças brincam e isso constitui para elas uma actividade normal,

fundamental. Como realça Chateau (1992), a infância serve para brincar,

porque brincar é prazer. É através da brincadeira que a criança explora o

mundo e se conhece a si mesma. Longe de ser mero passatempo, é

simultaneamente reflexo e estímulo de seu desenvolvimento motor, cognitivo e

afectivo, constituindo a base das suas actividades futuras.

Machado (1994) considera que a criança que brinca livremente, para

além de explorar o mundo ao seu redor, também comunica sentimentos, ideias,

fantasias, revelando-se nas futuras actividades culturais.

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Por sua vez, Garvey (1979), salienta que grande parte dos

investigadores consideram que brincar é agradável e divertido; não tem

objectivos extrínsecos; é uma actividade espontânea e voluntária; e promove

um empenhamento activo por parte da criança.

Existe uma tendência crescente das crianças brincarem sós “dificultando

a aprendizagem de competências sociais que lhes permitam interagir com os

pares”. (Pereira, 2002:106)

Em 1973, Bandet e Sazanas já enalteciam o direito de brincar, referindo

que deveria ser incluído, antes de todos os outros, na carta dos Direitos da

Criança, uma vez que é dever dos adultos colocar á disposição da criança, na

circunstância correcta, o brinquedo exigido, “ não só pelo seu desejo

momentâneo como, também, por toda a sua força vital.” (1973:11,12)

“Brincar é viver criativamente no mundo. Ter prazer em brincar é ter

prazer em viver.” (Machado, 1994:27)

Brincar é fundamental, pois permite á criança enfrentar desafios,

resolver problemas, aperfeiçoar o pensamento e desenvolver potencialidades.

2.2) A criança e o jogo

“Em situações não formais, entende-se por jogo o processo de dar

liberdade de a criança exprimir a sua motivação intrínseca e a necessidade de

explorar o seu envolvimento físico e social sem constrangimentos (investigar,

testar e afirmar experiências e possibilidades de acção).” (Neto, 1997:21)

“Jogar é uma excelente maneira de perceber a relação entre a ordem e

a desordem, entre organização e caos, entre equilíbrio e desequilíbrio dos

sistemas biológicos e sociais.” (Neto, 1994:8)

Para Bento, Garcia e Graça (1999), o jogo possui uma dimensão ética,

contribui para a aquisição ou desenvolvimento de valores morais, e promove

valores como a autodisciplina, a cooperação, o respeito pelo outro e a

cidadania.

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2.3) Coordenação Motora

A enciclopédia livre da Internet, Wikipédia define Coordenação motora

da seguinte forma:

É a capacidade de coordenação de movimentos decorrente da

integração entre comando central (cérebro) e unidades motoras dos músculos

e articulações.

Classifica-se a coordenação motora em três grupos:

2.3.1) Coordenação motora geral

É a capacidade de usar de forma mais eficiente os músculos

esqueléticos (grandes músculos), resultando em uma acção global mais

eficiente, plástica e económica. Este tipo de coordenação permite a criança ou

adulto dominar o corpo no espaço, controlando os movimentos mais rudes.

Exemplo: Andar, Pular, rastejar, etc.

2.3.2) Coordenação motora específica

Permite controlar movimentos específicos de uma actividade.

Exemplo: Chutar uma bola (futebol), bandeja (basquetebol), etc.

2.3.3) Coordenação motora fina

É a capacidade de usar de forma eficiente e precisa os pequenos

músculos, produzindo assim movimentos delicados e específicos. Este tipo de

coordenação permite dominar o ambiente, proporcionando a manipulação de

objectos.

Exemplo: Recortar, lançar em um alvo, costurar, escrever, digitar, etc.

Para que haja um trabalho de coordenação é necessário que se tenha

um canal de entrada de informações (input) e um canal de saída para

execução (output) dos comandos vindos do cérebro. O canal input é

preenchido pelo sistema receptor, ou seja, os sentidos visual, táctil, cinestésico,

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auditivo e cognitivo. Enquanto o canal output é composto pelo Sistema

locomotor completo (membros superiores, membros inferiores e tronco).

“As exigências coordenativas são gerais em relação aos movimentos,

são gerais em relação aos desportos e influenciam o nível de condução e

regulação dos movimentos voluntários.” (Roth & Willimczik,1999)

A coordenação é uma das cinco capacidades motoras fundamentais da

motricidade (coordenação, velocidade, força, resistência e flexibilidade). Ela é a

base para a aprendizagem das habilidades técnicas e a base para o controlo

das habilidades técnicas. Em crianças possui altos índices de treinabilidade.

Depende da herança genética, talento e aprendizagem/treino.

2.4 Sistematização das exigências coordenativas

Exigências coordenativas nas tarefas de movimentos

Elaboração de informação Eferente

Motricidade grossa e fina

Aferente

Óptico, acústico, táctil, cinestésico e cognitivo

Pressão de tempo

Pressão de precisão

Pressão da complexidade

Pressão da organização

Pressão da variabilidade

Pressão da carga

(modelo de Neumaier, 1999)

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3. PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS

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3.1) POPULAÇÃO/AMOSTRA A amostra utilizada para a elaboração deste estudo, restringir-se-á a, um

conjunto de 30 indivíduos do sexo masculino, com idades compreendidas entre

os 10 e 14 anos. A população em causa é composta por 22 praticantes de

futebol no clube “Grupo Desportivo da Ilha” e por 8 jovens que não praticam

qualquer actividade federada. Todos os indivíduos em causa são residentes no

concelho de Pombal.

3.2) PROCEDIMENTOS INSTRUMENTARIUM 3.2.1) Inquérito a crianças e jovens adolescentes do concelho de Pombal

Neste estudo será aplicado um questionário á população alvo, que tem

por finalidade conhecer o quotidiano de crianças e jovens adolescentes

residentes no concelho de pombal e a forma como ocupam os seus tempos

livres. Por forma, a determinar com maior rigor o perfil de cada indivíduo, o

inquérito será constituído por três partes: Uma primeira referente aos tempos

livres, como é ocupado, que parte do dia têm livre, locais preferidos, companhia

preferida e se ele é ocupado com alguma actividade extracurricular; uma

segunda parte em que o inquirido inúmera de uma listagem as

actividades/jogos/brincadeiras que já realizou e onde descreve uma actividade

que pratique que ele próprio criou; e ainda uma terceira parte onde

pretendemos determinar o nível social do indivíduo, bem como a sua situação

escolar.

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3.2.2) Testes para apuramento das capacidades coordenativas

Körperkoordinations test für Kinder” (KTK)

Irá ser aplicada a, através da qual se poderão avaliar os seguintes

parâmetros: Coordenação com pressão de precisão e de complexidade,

coordenação com pressão de complexidade, coordenação com pressão de

tempo e coordenação com pressão de tempo e de complexidade. Cada um

destes quatro parâmetros poderá ser medido com a aplicação das seguintes

quatro provas:

Prova 1 – “Equilibrar-se andando de costas”

Objectivo: Coordenação com pressão de precisão e de complexidade.

Exercício: equilibrar-se andando de costas, 3 vezes em cada madeira.

Material: 3 madeiras de larguras diferentes: 6cm/ 4.5cm/ 3cm.

Prova 2 – “Saltitar com uma perna”

Objectivo: Coordenação com pressão da complexidade.

Exercício: Saltitar com uma perna sobre altitudes crescentes.

Material: 10 espumas de 50cm x 20cm x 5cm cada.

Prova 3 – “Saltos laterais”

Objectivo: Coordenação com pressão do tempo.

Exercício: em 15 segundos saltar o máximo de vezes possíveis de um lado

para o outro.

Material: 1 fita e 1 madeira de 60cm x 4cm x 2cm.

Prova 4 – “Transposição lateral”

Objectivo: Coordenação com pressão do tempo e da complexidade.

Exercício: trocar de pranchas lateralmente o maior número de vezes em 20

segundos.

Material: 2 pranchas com pés de 25cm x 25cm.

Page 28: A importância da prática de actividades físicas de ... · sobre o desporto e em particular sobre futebol e o nosso Benfica. Mas ... (prática de actividades, jogos e brincadeiras

13

3.2.3) Procedimentos estatísticos

Optamos pela análise correlacional, realizada no programa estatístico

SPSS aos dados recolhidos, nos inquéritos aplicados e nas provas realizadas.

O SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) é uma ponderosa

ferramenta informática que permite realizar cálculos estatísticos complexos e

determinar, em poucos segundos, os resultados. Para uma utilização correcta

do mesmo é determinante identificar o teste estatístico que melhor serve os

nossos interesses.

Para estabelecer comparações e determinar a existência de diferenças

estatísticas significativas, os dados foram tratados da seguinte forma: em

primeiro lugar foi testada a normalidade da amostra através do teste

Kolmogorov – Smirnov e de seguida aplicado o T-teste independent nos 5

parâmetros a comparar (quantidade de actividades/jogos/brincadeiras; prova1;

prova 2; prova 3 e prova 4).

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4. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DE RESULTADOS

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15

4.1) APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS

4.1.1) Inquéritos

Após a aplicação dos questionários sobre os hábitos de como ocupam

os tempos livres, às 30 crianças e jovens adolescentes que constituíram a

nossa amostra obtivemos os seguintes resultados:

Á pergunta de que forma ocupa os teus tempos livres a resposta mais

dada foi praticar desporto com 26, seguida 23 a ver televisão, 21 referiram que

estar no computador é uma das formas como ocupa o tempo livre,

seguidamente aparece, brincar na rua/parque/jardim com 14, ouvir musica com

11, Passear com a família ou os amigos com 9, ler com 5, 3 referem ir ao

cinema, 2 referem andar de bicicleta e 1 refere estudar. Das hipóteses

propostas, nenhum inquirido refere frequentar as actividades dos escuteiros.

Á pergunta se fora do horário escolar ocupavam o tempo livre com

alguma actividade extracurricular 22 inquiridos respondem positivamente,

sendo a actividade de maior destaque o futebol com 21 resposta, sendo a outra

a natação com 1 resposta. A esta pergunta 7 inquiridos responderam

negativamente, referindo que fora do horário escolar não praticavam nenhuma

actividade extra. Existiu ainda, uma resposta que considerada inválida por não

se ajustar á pergunta.

A casa com 18 respostas e a rua com 17 foram os locais que a

população inquirida referiu como os seus preferidos para brincar. Em terceiro

lugar surge o recreio da escola com 11 respostas, seguidamente 5 crianças e

jovens adolescentes referem que qualquer lugar é da sua preferência. Sobre

esta temática nenhum refere o parque infantil como lugar preferido para

brincar.

Os amigos são para a esmagadora maioria a companhia preferida para

brincar. Foram 27 os inquiridos que referiram esta hipótese. E apenas 3

referem os pais como companhia preferida para brincar.

Ainda nesta análise global poderemos referir que de um universo de 33

actividades, jogos, brincadeiras identificadas por nós obtivemos os seguintes

dados: 10 dos 30 inquiridos já realizaram em 16 a 20 actividades, jogos ou

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16

brincadeiras; 5 já realizaram entre 26 e 30; 4 entre 0 e 5; 4 entre 6 e 10; 4 entre

11 e 15 e nenhum realizou mais de 30 actividades, jogos ou brincadeiras.

Sobre o nível de estudos dos pais (pais e mães = 60), os valores mais

significativos vão para o 1º e 2º ciclo com 17 respostas cada um seguido do 3º

ciclo com 15 referências.

De acordo o conhecimento que possuímos sobre a performance

desportiva e o nível de actividade das crianças e jovens que escolhemos para a

nossa amostra definimos dois grupos distintos: O grupo A, onde se encontram

no nosso entender os 15 indivíduos com maior nível de aptidão física e sobre

tudo com maiores capacidades coordenativas da nossa amostra e o grupo B,

formado por 15 indivíduos que pela sua performance desportiva e pelo seu

estilo de vida constituem o grupo onde hipoteticamente poderão revelar

menores índices coordenativos.

4.1.2) Número de actividades/ jogos/brincadeiras (Inquéritos)

Em primeiro lugar no tratamento estatístico, procedeu-se ao teste

Kolmogorov – Smirnov, através do qual se verificou que a amostra era normal.

Assim sendo, e de acordo com as exigências do programa estatístico em causa

(SPSS), foram realizados testes paramétricos. Para ver as diferenças entre

grupos nas respectivas provas procedeu-se então á aplicação do T-teste

independent, da qual resultou os seguintes resultados que apresentamos em

conjunto com os dados antes do devido tratamento:

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17

Tipologia de brincadeiras

Número de actividades/ jogos/brincadeiras já realizados

Independent Samples Test

De um universo de 495 actividades/jogos/brincadeiras possíveis de já

terem realizado, o grupo A efectuou 320. O grupo B para o mesmo universo

realizou 161.

O resultado obtido do tratamento estatístico indica-nos um valor de P de

0.00, significando que as diferenças entre os grupos são extremamente

significativas no que diz respeito ao número de actividades/jogos/brincadeiras

já realizados entre o grupo A e o Grupo B.

Indivíduos/

Questionários Grupo A

Indivíduos/

Questionários

Grupo B

15 Total: 320 15 Total: 161

Equal

variances

assumed

,029 ,866 4,266 28 ,000 10,6000

0

2,48449 5,51075 15,6892

5

BRINCA

DEIRAS

Equal

variances not

assumed

4,266 27,86

7

,000 10,6000

0

2,48449 5,50965 15,6903

5

Page 33: A importância da prática de actividades físicas de ... · sobre o desporto e em particular sobre futebol e o nosso Benfica. Mas ... (prática de actividades, jogos e brincadeiras

18

4.1.3) “Körperkoordinations test für Kinder” (KTK) Bateria de testes de coordenação corporal

Prova 1 – EQUILIBRAR-SE ANDANDO DE COSTAS

Independente Simples Testo

Nesta prova cada individuo realizou 3 tentativas para cada medida o que

significa que em cada uma das madeira cada grupo realizou um total de 45

tentativas. Na madeira de 6cm, o grupo A e efectuou um total de 18 falhas

enquanto o grupo B cometeu 32 falhas. Na madeira de 4,5 cm o grupo A

cometeu 33 falhas e o grupo B 66, no total das 45 tentativas. Na madeira de

Grupo A Número de falhas (pé no chão; quedas; etc.)

Grupo B Número de falhas (pé no chão; quedas; etc.)

Nº de Indivíduos/

Questionários

Madeira 6 Cm

Madeira 4.5 Cm

Madeira 3 Cm

Nº de Indivíduos/

Questionários

Madeira 6 Cm

Madeira 4.5 Cm

Madeira 3 Cm

Total 6cm:

18

Total

4.5cm: 33

Total 3cm:

140

Total 6cm:

32

Total4.5cm:

66 Total 3cm:

202 15

Total: 191

15

Total: 300

Qual variantes

assumes

3,337 , 078 -1,352 28 , 187 -, 31111 , 23018 -, 78260 , 16038PROVA1_

6

Qual variantes

noto assumes -1,352 17,88

0

, 193 -, 31111 , 23018 -, 79492 , 17270

Qual variantes

assumes

, 736 , 398 -2,754 28 , 010 -, 73333 , 26627 -1,27876 -, 18790PROVA1_

4.5

Qual variantes

noto assumes -2,754 20,48

0

, 012 -, 73333 , 26627 -1,28793 -, 17874

Qual variantes

assumes

, 000 , 993 -2,515 28 , 018 -1,37778 , 54775 -2,49980 -, 25575PROVA1_

3

Qual variantes

noto assumes -2,515 27,68

6

, 018 -1,37778 , 54775 -2,50038 -, 25518

Page 34: A importância da prática de actividades físicas de ... · sobre o desporto e em particular sobre futebol e o nosso Benfica. Mas ... (prática de actividades, jogos e brincadeiras

19

grau de dificuldade mais elevado, 3 cm, o grupo A cometeu 140 falhas e o

grupo B 202 em 45 tentativas. Na globalidade das provas verificamos que o

grupo A efectuou, no somatório de 135 tentativas, 191 falhas enquanto o grupo

B acumulou 300 falhas.

Através da análise estatísticas verificamos que na globalidade da prova,

isto é, no somatório das diferentes madeiras, as diferenças são significativas

entre um e outro grupo, uma vez que o valor de P é menor que 0.05.

Na análise ao desempenho em cada uma das madeiras para os

diferentes grupos, verificamos que a não existência de diferenças

estatisticamente significativas, uma vez que o valor de P é superior a 0.05

(0.193) para a madeira de 6cm. E que existe diferenças estatisticamente

significativas nas madeiras de 4.5cm e de 3cm entre os dois grupos, onde os

valores de P são inferiores a 0.05.

Page 35: A importância da prática de actividades físicas de ... · sobre o desporto e em particular sobre futebol e o nosso Benfica. Mas ... (prática de actividades, jogos e brincadeiras

20

Prova 2 – SALTITAR COM UMA PERNA SOBRE ALTITUDES DIFERENTES

(#) Cada nível corresponde a um incremento de 5cm de altura

Independent Samples Test

Equal

variances

assumed

,081 ,777 2,682 28 ,012 1,0000

0

,37289 ,23617 1,7638

3

PROVA2

Equal

variances not

assumed

2,682 27,869 ,012 1,0000

0

,37289 ,23601 1,7639

9

Nesta prova cada indivíduo poderia alcançar o nível máximo (10), se

conseguisse realizar a tarefa a 50 centímetros do solo, uma vez que por cada

nível existia um incremento de altura de 5cm.

Todavia isso não se verificou. Os indivíduos do grupo A obtiveram

resultados entre os níveis 4 (20cm) e 7 (35cm), num total de 84 níveis, (ver

quadro em anexo) o que de modo global poderemos dizer que a média de

altura a que os indivíduos deste grupo conseguiram realizar a tarefa foi de

28cm. Os indivíduos do grupo B obtiveram resultados entre os níveis 3 (15cm)

e 6 (30cm), num total de 69 níveis, (ver quadro em anexo) o que de modo

global poderemos dizer que a média de altura a que os indivíduos deste grupo

conseguiram realizar a tarefa foi de 23cm.

Através da análise estatísticas verificamos que o valor de P é de 0.012,

o que significa existirem diferenças estatisticamente significativas entre o grupo

A e o grupo B.

Nº de

Indivíduos/ Questionários

Grupo A Nível alcançado

(De 1 a 10) (#)

Nº de

Indivíduos/ Questionários

Grupo B Nível alcançado

(De 1 a 10) (#)

15 84 15 69 Média em centímetros:

28 Média em centímetros:

23

Page 36: A importância da prática de actividades físicas de ... · sobre o desporto e em particular sobre futebol e o nosso Benfica. Mas ... (prática de actividades, jogos e brincadeiras

21

Prova 3 - SALTOS LATERAIS

Independent Samples Test

Nesta prova as crianças e jovens adolescentes pertencentes aos dois

grupos tinham de em 15 segundos realizar o maior número de saltos laterais

possiveis. No grupo A os resultados situaram-se entre os 12 e os 18 saltos,

num total de 218 saltos para todos os indivíduos do grupo e o grupo B obteve

resultados entre os 9 e os 15 saltos, num total de 187 saltos para todos os

indivíduos do grupo (ver quadro em anexo).

Da análise estatística que estabelece a comparação entre os dois

grupos (A e B) verifica-se a existência de diferenças extremamente

significativas. O valor de P é de 0.005.

Nº de

Indivíduos/ Questionários

Grupo A Número de saltos

(Em 15 segundos)

Nº de

Indivíduos/ Questionários

Grupo B Número de saltos

(Em 15 segundos)

15 Total: 218 15 Total: 187

Equal variances assumed

,306 ,584 3,034 28 ,005 2,06667 t-test for Equality

of Means

,67115 3,46218PROVA3

Equal variances not assumed

3,034 27,70

8,005 2,06667 ,68127 ,67049 3,46284

Page 37: A importância da prática de actividades físicas de ... · sobre o desporto e em particular sobre futebol e o nosso Benfica. Mas ... (prática de actividades, jogos e brincadeiras

22

Prova 4 – TRANSPOSIÇÃO LATERAL

Independent Samples Test

Nesta prova os indivíduos pertencentes aos dois grupos tinham de em

20 segundos realizar o maior número de trocas (mudanças da placa) possiveis.

No grupo A os resultados situaram-se entre as 5 e 8 trocas, num total de 100

mudanças de placa para todos os indivíduos do grupo e o grupo B obteve

resultados entre os 4 e 7 trocas, num total de 77 mudanças de placa para todos

os indivíduos do grupo (ver quadro em anexo).

Da análise estatística que estabelece a comparação entre os dois

grupos (A e B) verifica-se a existência de diferenças extremamente

significativas. O valor de P é de 0.001.

Nº de

Indivíduos/ Questionários

Grupo A Número de trocas

(Em 20 segundos)

Nº de

Indivíduos/ Questionários

Grupo B Número de trocas

(Em 20 segundos)

15 Total: 100 15 Total: 77

Equal variances assumed

,178 ,676 3,864 28 ,001 1,53333 ,39681 ,72050 2,34617PROVA4

Equal variances not assumed

3,864 27,93

5,001 1,53333 ,39681 ,72041 2,34625

Page 38: A importância da prática de actividades físicas de ... · sobre o desporto e em particular sobre futebol e o nosso Benfica. Mas ... (prática de actividades, jogos e brincadeiras

23

4.2) DISCUSSÃO DE RESULTADOS

Os resultados obtidos através da aplicação de inquéritos e da realização

das quatro provas que constituem a bateria de testes de coordenação corporal

KTK, verifica-se para que nos dois grupos estudados e comparados existem

traços que caracterizam todos os indivíduos, quer pertençam ao grupo A, quer

pertençam ao grupo B, nomeadamente no que diz respeito aos seus hábitos e

á forma como ocupam o seu tempo.

A prática de desporto, o uso do computador e o tempo dispendido em

frente ao televisor são caracterizadores dos indivíduos de ambos os grupos.

Em 2005, num trabalho de mestrado realizado na Universidade do

Minho, sobre “Identificação das práticas de Lazer: Estudo com crianças do 1º

Ciclo do Ensino Básico de Valpaços” o autor verifica que da sua amostra 100%

dos indivíduos ocupavam o sua tempo livre a ver televisão, 96,8% tinha como

hábito passear e que estar com os amigos (94.9%), sendo estas as três

actividades que maior expressão tinham na ocupação dos tempos livres. Estes

dados vêm de certo modo ao encontro daquilo que são as características da

nossa população, nomeadamente em escolher os amigos como companhia

preferida e por ter como uma das principais actividades de ocupação de

tempos livres ver televisão. Todavia o mesmo estudo não considera o uso do

computador e a prática de desporto como actividades preferidas e de ocupação

de tempos livres, ao contrário do nosso estudo em que estas duas actividades

aparecem em destaque.

O mesmo estudo refere sobre os locais de destino dos alunos após as

aulas a casa (55.8%), o ATL (28.2%) e ainda outros locais (16%). Apesar de

não existir completa consonância sobre este tema entre o referido trabalho e o

nosso, pode-se verificar que existe disparidades entre os locais para onde as

crianças preferem passar o seu tempo (no nosso estudo), onde a rua e a casa

encontram destaque, e onde efectivamente as crianças ocupam esse tempo

(estudo referido). Apesar de não possuirmos dados comparativos entre os dois

concelhos (Pombal e Valpaços) e sobre onde efectivamente as crianças

ocupam os seus tempos livres após o período lectivo no nosso caso, as

realidades entre o concelho estudado por nós (Pombal) e o do estudo

Page 39: A importância da prática de actividades físicas de ... · sobre o desporto e em particular sobre futebol e o nosso Benfica. Mas ... (prática de actividades, jogos e brincadeiras

24

comparativo (Valpaços) são semelhantes (horários escolares, a organização

dos ATLs e os hábitos da população).

Com os resultados apresentados podemos verificar a existência de

diferenças significativas entre o grupo A, constituído por indivíduos com maior

número de vivências em actividades/jogos/brincadeiras e o grupo B, grupo com

menor número de vivências desse género, nas quatro provas realizadas

pertencentes á bateria de testes KTK, que pretendem avaliar outras tantas

capacidades coordenativas. Assim verifica-se diferenças estatisticamente

significativas entre o grupo A e o grupo B na coordenação com pressão de

precisão e da complexidade (prova 1), na coordenação com pressão da

complexidade (prova 2), na coordenação com pressão de tempo (prova 3) e na

coordenação com pressão do tempo e da complexidade (prova 4).

Na pesquisa realizada por nós de artigos/estudos que pudessem

corroborar ou discordar com os resultados obtidos por nós, não encontramos

nenhum trabalho que fosse claramente de encontro ao nosso trabalho.

Todavia, alguns trabalhos já foram realizados tendo como instrumento a

bateria de testes por nós utilizada (KTK), no entanto com objectivos distintos

dos nossos, tendo apenas em comum a identificação de valores de

coordenação motora em crianças.

No estudo realizado por Ballestero (2008), “Avaliação da Coordenação

Motora, Ideias Fundamentais e Investigação Empírica a partir da Bateria de

Testes KTK”, este conclui que programas de intervenção têm efeitos positivos

no desenvolvimento da Coordenação Motora em crianças normais. Esta

conclusão, em certa medida, corrobora com os resultados obtidos no nosso

estudo, uma vez que os indivíduos do grupo A, grupo com melhores resultados

em todas as provas, são constituídos maioritariamente por indivíduos que se

encontram num processo de formação desportiva á vários anos.

Page 40: A importância da prática de actividades físicas de ... · sobre o desporto e em particular sobre futebol e o nosso Benfica. Mas ... (prática de actividades, jogos e brincadeiras

5. CONCLUSÕES

Page 41: A importância da prática de actividades físicas de ... · sobre o desporto e em particular sobre futebol e o nosso Benfica. Mas ... (prática de actividades, jogos e brincadeiras

26

Tendo como base os objectivos do presente estudo, e sem prejuízo de

outros entendimentos ou leituras, fase ao exposto na revisão da literatura e na

análise e discussão dos inquéritos e na bateria de testes de coordenação

corporal, chegamos às seguintes conclusões:

► A população estudada caracteriza-se por ocupar o seu tempo livre a

praticar desporto, a ver televisão e no computador.

► As crianças e jovens adolescentes do concelho de Pombal preferem

a casa e a rua como locais preferidos para brincar tendo por companhia os

amigos.

► O grupo que com mais vivências, no que diz respeito a actividades

lúdicas, jogos e brincadeiras revela maiores capacidades coordenativas.

Com o presente estudo poderemos verificar da apesar das crianças e

jovens adolescentes possuírem características puramente sedentárias como o

gosto pela televisão e computador e o desejo por realizar actividades em casa,

possuem também apetência para brincar na rua, realizando um vasto conjunto

de actividades (com amigos). Essa diversidade de brincadeiras revela-se, como

demonstra o nosso estudo, importante para o desenvolvimento das

capacidades coordenativas. Podemos então afirmar que no nosso caso mais

brincadeira é sinónimo de maior coordenação motora.

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6. SUGESTÕES PARA ESTUDOS FUTUROS

Page 43: A importância da prática de actividades físicas de ... · sobre o desporto e em particular sobre futebol e o nosso Benfica. Mas ... (prática de actividades, jogos e brincadeiras

28

RECOMENDAÇÕES

No decorrer deste trabalho, várias foram as questões que foram

levantadas. Sendo que muitas delas ficaram sem resposta. Todavia, não

poderei concluir este estudo, sem deixar aqui alguns desafios, a quem por

interesse e gosto pelo estudo destas matérias os queira abraçar.

Tendo em consideração a escassez de trabalhos que relacionam as

duas matérias tratadas, realização de actividades aleatórias (brincar) e o

desenvolvimento coordenativo, pensamos ser importante desenvolver mais

investigações neste sentido. Seria pertinente alargar a população alvo,

realizando um estudo com uma amostra mais significativa, que abrangesse um

escalão etário mais vasto com indivíduos de ambos os sexos.

Penso que seria um desafio interessante realizar duas novas

abordagens a este tema: por um lado estabelecer comparação entre o número

de horas passadas a brincar, o tipo de brincadeira, o desenvolvimento das

capacidades coordenativas e também o desenvolvimento das capacidades

motoras gerais.

No campo da Sociologia e da Psicologia seria interessante estabelecer

uma ligação entre o acto de brincar e o desenvolvimento cognitivo e do

estabelecimento das relações sociais.

Num projecto mais ambicioso, seria de grande riqueza para o

conhecimento, no nosso entender o desenvolvimento de um estudo que

relacionasse o acto de brincar com as duas vertentes: a motora, quer nas

capacidades motoras, quer nas outras capacidades condicionais e a vertente

sociológica e psicológica.

O estudo, destas matérias constituir-se-á como um consciente despertar

de mentalidades na sociedade actual, em que as criança e os jovens cada vez

menos têm tempo e espaço para brincar, perdendo assim a possibilidade de se

enriquecer.

Page 44: A importância da prática de actividades físicas de ... · sobre o desporto e em particular sobre futebol e o nosso Benfica. Mas ... (prática de actividades, jogos e brincadeiras

7. REFERÊNCIAS

BIBLIOGRÁFICAS

Page 45: A importância da prática de actividades físicas de ... · sobre o desporto e em particular sobre futebol e o nosso Benfica. Mas ... (prática de actividades, jogos e brincadeiras

30

Ballestero, Carmen Lúcia Guimarães (2008). Dissertação elaborada segundo

"Modelo Escandinavo". - Dissertação de Mestrado: Desenvolvimento Motor.

Universidade do Porto. Faculdade de Desporto.

Bandet, Jeanne; Sarzanas, Réjane (1973). A Criança e os Brinquedos. Lisboa:

Editorial Estampa.

Bianchi, Maria Mafalda de Lemos Portugal e Melo de (2009) - Dissertação de

Mestrado: Desporto para Crianças e Jovens. Universidade do Porto. Faculdade

de Desporto.

Bento, Jorge O.; Garcia Rui; Graça, Amândio (1999). Contextos da Pedagogia

do Desporto. Lisboa: Livros Horizonte.

Chateau, Jean (1992). A criança e o jogo. Coimbra: Atlântida.

Edginton, Chistopher R. (et al.) (2002). Leisure and Life Satisfaction:

Foundational perspectives. Third edition. New York: McGraw-Hill.

Garvey, Catherine (1979). Brincar. Lisboa: Moraes Editores

Kelly, John R. (1996). Leisure. Third Edition. Allyn and Bacon.

Kiphard & Schilling (1974) “Körperkoordinations test für Kinder” (KTK).

Machado, Marina Marcondes (1994). O brinquedo-sucata e a criança. São

Paulo: Edições Loyola.

Neto, Carlos (1994). A Família e a Instituicionalização dos Tempos Livres.

Ludens. Vol. 14. n.º1. Lisboa: Faculdade de motricidade Humana. (pp. 5 – 10)

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31

Neto, Carlos (1997). Tempo & Espaço de Jogo para a criança: Rotinas e

mudanças Sociais. In Neto, Carlos (editor). Jogo & Desenvolvimento da

Criança. Lisboa: Edições FMH, Universidade Técnica de Lisboa.

Neumaier (1999). Sistematização das exigências coordenativas.

Pereira, Beatriz Oliveira (2002 a). Espaços de Lazer para a Infância, na Região

Norte – Alto Trás-os-Montes.

Pedro, Carla (2005). Identificação das práticas de Lazer: Estudo com crianças

do 1º Ciclo do Ensino Básico de Valpaços. Universidade do Minho. (p-94),

Pereira, Beatriz Oliveira (2002 b). Para uma escola sem violência. Estudo e

prevenção das práticas agressivas entre crianças. Porto: Fundação Calouste

Gulbenkian e Fundação para a Ciência e tecnologia.

Roth, K. & Willimezik, K. (1999). Bewegungswissenschaft. Reinbek: Rowohlt.

Page 47: A importância da prática de actividades físicas de ... · sobre o desporto e em particular sobre futebol e o nosso Benfica. Mas ... (prática de actividades, jogos e brincadeiras

32

8. ANEXOS

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33

Licenciatura em Desporto e Educação Física Opção Complementar de Desporto de Rendimento

Inquérito a crianças e jovens adolescentes do concelho de Pombal

Este inquérito tem por finalidade conhecer o quotidiano de crianças e jovens adolescentes residentes no concelho de Pombal e forma como ocupam os seus tempos livres. Por favor dedica alguns minutos a responder a algumas questões pois as tuas respostas irão constituir-se como uma importante base de dados para um estudo sobre hábitos de crianças e jovens. Salientamos que as tuas respostas são anónimas.

Questionário Assinala com uma cruz (x) as respostas

1.TEMPOS LIVRES

P.1.1 De que forma ocupas os teus tempos livres?

( ) A ver TV ( ) A brincar na rua/parque/jardim ( ) A Ler ( ) No computador ( ) A praticar desporto ( ) Ir ao cinema ( ) Passear com a família ou os amigos ( ) A ouvir música ( ) Nos escuteiros ( ) Outra. Qual? __________________

P.1.4 Quais os teus lugares preferidos para brincar?

( ) Em casa ( ) No recreio da escola ( ) No parque infantil ( ) Na rua ( ) Em qualquer lugar ( ) Outro. Qual? _____________

P.1.2 Durante a semana, em que parte do dia tens tempo livre?

( ) Manhã ( ) Tarde ( ) Noite ( ) Mais que uma parte do dia

P.1.5 Com quem preferes brincar? ( ) Sozinho ( ) Com amigos ( ) Com os meus pais ( ) Outro. Qual?_____________

P.1.3 Fora do horário escolar ocupas o teu tempo livre com alguma actividade extracurricular?

( ) Sim ( ) Não

P.1.3.1 Se respondeste “SIM”, diz qual (quais)

Page 49: A importância da prática de actividades físicas de ... · sobre o desporto e em particular sobre futebol e o nosso Benfica. Mas ... (prática de actividades, jogos e brincadeiras

34

_______________________________________

2. Tipologia de Brincadeiras

1. Quais das seguintes actividades/jogos/brincadeiras já realizaste?

► ( ) “Apanhada”

► ( ) “Escondidas”

► ( ) “Construir Cabanas”

► ( ) “Correr em carrinhos de rolamentos”

► ( ) “Jogo do saco”

► ( ) “Stop estátua”

► ( ) “Corrida de bicicleta”

► ( ) “Saltos de bicicleta”

► ( ) “Espeto”

► ( ) “Pião”

► ( ) “Berlinde”

► ( ) “Lencinho”

► ( ) “Cabra cega”

► ( ) “Mosca”

► ( ) “1,2,3 Macaquinho do chinês”

► ( ) “Elástico”

► ( ) “O mata”

► ( ) “Trepar ás árvores”

► ( ) “Ir aos ninhos”

► ( ) “Saltar muros”

► ( ) “Macaca”

► ( ) “Três pauzinhos”

► ( ) “Anel”

► ( ) “Jogar á bola”

► ( ) “Brincar ás casinhas”

► ( ) “Electricidade”

► ( ) “Tomar banhos em lagoas e

riachos”

► ( ) “Quarto escuro”

► ( ) “Apanhar pássaros”

► ( ) “Jogo da corda”

► ( ) “ Passarás não passarás”

► ( ) “ Saltar á corda”

► ( ) “As nações”

2. Já Inventas-te algum (s) jogo(s)?

► ( ) SIM

► ( ) NÃO

2.1 Se Sim, em que consistiam?

(Refira: Estrutura global, regras, objectivo e número de participantes)

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35

3. CARACTERIZAÇÃO DO INQUIRIDO

P.3.3 Qual a escola que frequentas?

_______________________________

P.3.2Qual a tua idade? ______________________

P.3.5 Qual a freguesia onde moras? _______________________________

P.3.4 Qual o Ano que frequentas? ( ) 1º Ano

( ) 2º Ano

( ) 3º Ano

( ) 4º Ano

( ) 5º Ano

( ) 6º Ano

( ) 7º Ano

( ) 8º Ano

P.3.6 Quais as profissões dos teus pais? (Por favor escrever exactamente o que eles fazem, por

exemplo, mecânico de automóveis, professor, motorista de

camião ou autocarros, agricultor, etc.)

P.3.6.1 Qual a profissão do teu pai?

( ) Ele é ____________________________ ( ) Desempregado ( ) Não sei ( ) Não tenho pai

P.3.6.1.1 Qual o nível de estudos do teu pai? ( ) Sem estudos (não sabe ler nem escrever) ( ) 1º Ciclo ou Ensino Primário ( ) 2º Ciclo ou Ensino Preparatório ( ) 3º Ciclo/9º Ano ou 5º Ano antigo ( ) Ensino Secundário/11º- 12º Ano ( ) Bacharelato ( ) Licenciatura ( ) Doutoramento ( ) Pós Graduação

P.3.6.2 Qual a profissão da tua mãe?

( ) Ela é ____________________________ ( ) Desempregado ( ) Não sei ( ) Não tenho mãe

P.3.6.2.1Qual o nível de estudos da tua mãe? ( ) Sem estudos (não sabe ler nem escrever)( ) 1º Ciclo ou Ensino Primário ( ) 2º Ciclo ou Ensino Preparatório ( ) 3º Ciclo/9º Ano ou 5º Ano antigo ( ) Ensino Secundário/11º- 12º Ano ( ) Bacharelato ( ) Licenciatura ( ) Doutoramento ( ) Pós Graduação

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Licenciatura em Desporto e Educação Física Opção Complementar de Desporto de Rendimento

Inquérito a crianças e jovens adolescentes do concelho de Pombal

Questionário – Respostas 30 Indivíduos dos 10 aos 14 anos de Idade

Dados para tratamento

P.1.1 De que forma ocupas os teus tempos livres?

23 - A ver TV 14 - A brincar na rua/parque/jardim 5 - A Ler 21 - No computador 26 - A praticar desporto 3 - Ir ao cinema 9 - Passear com a família ou os amigos 11 - A ouvir música 0 - Nos escuteiros 3 - Outra. Qual? (1) Estudar (2) Andar de bicicleta

P.1.3 Fora do horário escolar ocupas o teu tempo livre com alguma actividade extracurricular?

22 – Sim – 21 Futebol - 1 Natação 7 – Não

1 – Inválido

P.1.4 Quais os teus lugares preferidos para brincar?

18 - Em casa 11 - No recreio da escola 0 - No parque infantil 17 - Na rua 5 - Em qualquer lugar 1 – Não respondeu

P.1.5 Com quem preferes brincar? 1- Sozinho 27 - Com amigos 3 - Com os meus pais 4 – Outro – 1 Namorada - 1 Primo - 2 Irmão 1 - Não Respondeu

2. Tipologia de Brincadeiras (33 actividades) Nº de Respostas

0 – 5 4

6 - 10 4

11 - 15 4

16 - 20 10

21 – 25 3

26 - 30 5

+ de 30 0

3. Qual o nível de estudos dos teus pais? (Pais e Mães – 60 respostas)

0 - Sem estudos (não sabe ler nem escrever) 17 - 1º Ciclo ou Ensino Primário 17 - 2º Ciclo ou Ensino Preparatório 15 - 3º Ciclo/9º Ano ou 5º Ano antigo 4 - Ensino Secundário/11º- 12º Ano 0 - Bacharelato 3 - Licenciatura 0 - Doutoramento

0 - Pós Graduação

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QUADRO 1 EQUILIBRAR-SE ANDANDO DE COSTAS

T1 – Primeira tentativa; T2 – Segunda tentativa; T3 – Terceira tentativa N – Número de indivíduos

Grupo A Número de falhas (pé no chão; quedas; etc.)

Grupo B Número de falhas (pé no chão; quedas; etc.)

Indivíduos/ Questionários

Madeira 6 Cm

Madeira 4.5 Cm

Madeira 3 Cm

Indivíduos/ Questionários

Madeira 6 Cm

Madeira 4.5 Cm

Madeira 3 Cm

T1 T2 T3 T1 T2 T3 T1 T2 T3 T1 T2 T3 T1 T2 T3 T1 T2 T3

1 0 1 0 0 0 0 3 5 2 3 1 0 0 2 1 1 3 3 3

2 1 0 0 0 1 1 6 4 1 4 0 0 1 1 3 0 5 4 2

8 1 0 0 0 1 1 4 3 2 5 0 0 0 1 2 1 1 6 4

10 0 0 0 1 2 0 5 3 4 6 4 3 3 8 4 1 10 7 7

11 1 2 0 0 1 2 2 3 0 7 1 0 0 1 2 1 7 4 5

13 2 0 0 1 1 0 4 2 1 9 0 1 0 3 2 0 7 3 3

14 0 0 0 1 0 0 1 1 2 12 2 0 0 1 3 0 8 2 4

15 0 1 1 3 1 0 6 4 4 19 1 1 2 0 1 1 9 6 5

16 1 0 1 2 1 0 7 5 4 20 0 2 1 0 2 0 7 7 3

17 0 0 0 1 1 1 3 3 1 22 0 1 0 1 1 1 6 7 2

18 1 0 0 2 1 1 4 1 0 26 1 1 0 2 2 0 5 4 1

21 1 0 0 2 1 1 11 4 2 27 0 0 0 4 1 0 1 2 2

23 2 0 0 0 0 1 5 5 2 28 1 0 0 5 1 1 2 4 3

24 0 1 1 0 1 0 4 3 0 29 2 1 1 0 1 0 4 3 8

25 0 0 0 0 0 0 1 2 1 30 1 0 0 1 2 1 7 3 3

Total 6cm: 18

(méd. 0.40)

Total 4.5cm: 33(méd. 0.73)

Total 3cm:140

(méd. 3.11)

Total 6cm: 32

(méd. 0.71)

Total4.5cm: 66 (méd.

1.47)

Total 3cm:202 (méd.

4.49)

N= 15

Total: 191

N= 15

Total: 300

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QUADRO 2 SALTITAR COM UMA PERNA

SOBRE ALTITUDES DIFERENTES

(#) Cada nível corresponde a um incremento de 5cm de altura

Indivíduos/ Questionários

Grupo A Nível alcançado

(De 1 a 10) (#)

Indivíduos/ Questionários

Grupo B Nível alcançado

(De 1 a 10) (#)

1 5 3 5 2 6 4 5 8 4 5 6

10 7 6 5 11 5 7 3 13 6 9 4 14 6 12 3 15 5 19 5 16 7 20 3 17 4 22 4 18 5 26 5 21 6 27 6 23 7 28 6 24 6 29 5 25 5 30 4

N= 15 84 (média: 5.60) N= 15 69 (média: 4.60) Média em centímetros:

28 Média em centímetros:

23

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QUADRO 3 SALTOS LATERAIS

Indivíduos/ Questionários

Grupo A Número de saltos

(Em 15 segundos)

Indivíduos/ Questionários

Grupo B Número de saltos

(Em 15 segundos)

1 15 3 14

2 17 4 11

8 18 5 10

10 16 6 12

11 13 7 14

13 14 9 13

14 12 12 9

15 14 19 10

16 13 20 13

17 15 22 14

18 16 26 13

21 17 27 13

23 12 28 14

24 14 29 15

25 12 30 12

N= 15 Total: 218 (média: 14.53)

N= 15 Total: 187 (média: 12.47)

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QUADRO 4 TRANSPOSIÇÃO LATERAL

Indivíduos/ Questionários

Grupo A Número de trocas

(Em 20 segundos)

Indivíduos/ Questionários

Grupo B Número de trocas

(Em 20 segundos)

1 7 3 5

2 6 4 4

8 5 5 4

10 8 6 6

11 7 7 5

13 8 9 4

14 8 12 6

15 7 19 5

16 6 20 7

17 5 22 4

18 7 26 4

21 6 27 7

23 8 28 6

24 7 29 5

25 5 30 5

N= 15 Total: 100 (média: 6.67)

N= 15 Total: 77 (média: 5.13)

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QUADRO 5

Número de actividades/brincadeira/jogos já realizados

Indivíduos/

Questionários Grupo A

Indivíduos/

Questionários

Grupo B

1 23 3 6

2 19 4 0

8 29 5 20

10 20 6 5

11 8 7 16

13 30 9 10

14 12 12 25

15 18 19 1

16 28 20 3

17 20 22 11

18 27 26 14

21 17 27 10

23 21 28 10

24 18 29 16

25 30 30 14

N= 15 Total: 320 (média: 21.33)

N= 15 Total: 161 (média: 10.73)

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QUADRO 6 Local preferido para brincar

Locais Grupo A

(15) Grupo B

(15)

Em Casa 10 9

No recreio da escola 5 7

No parque infantil 0 0

Na rua 8 9

Em qualquer lugar 1 5

Outro 0 0

Não Responde 0 1

Local mais referido Casa Rua/Casa

Locais Grupo A

Grupo B

Número de locais 24 30

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QUADRO 7 TOTAIS

Grupo A (15+)

Grupo B (15-)

Número de respostas ao questionário (P1.4 e 2.1) 1.4

Número de locais preferidos para brincar 24

(Casa 10 vezes) 30

(Rua/Casa 9 vezes) 2.1

Número de actividades/jogos/brincadeiras já

realizadas 320 161

Teste de coordenação motora KTK - Resultados Prova 1

Equilibrar-se andando de costas

191 300

Prova 2 Saltitar com uma perna

84 69

Prova 3 Saltos laterais

218 187

Prova 4 Transposição lateral

100 77

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QUADRO 8

Group Statistics

grupo N Mean Std. DeviationStd. Error

Mean

1 15 21,3333 6,56470 1,69500 BRINCADEIRAS 2 15 10,7333 7,03529 1,81650

1 15 ,4000 ,31371 ,08100 PROVA1_6

2 15 ,7111 ,83444 ,21545

1 15 ,7333 ,45774 ,11819 PROVA1_4

2 15 1,4667 ,92410 ,23860

1 15 3,1111 1,41795 ,36611 PROVA1_3

2 15 4,4889 1,57796 ,40743

1 15 5,6000 ,98561 ,25448 PROVA2

2 15 4,6000 1,05560 ,27255

1 15 14,5333 1,95911 ,50584 PROVA3

2 15 12,4667 1,76743 ,45635

1 15 6,6667 1,11270 ,28730 PROVA4

2 15 5,1333 1,06010 ,27372

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QUADRO 9 Independent Samples Test

Levene's Test for

Equality of Variances t-test for Equality of Means

95% Confidence Interval of the

Difference

F Sig. t df Sig. (2-tailed)

Mean Difference

Std. Error Difference Lower Upper

Equal variances assumed

,029 ,866 4,266 28 ,000 10,60000 2,48449 5,51075 15,68925 BRINCADEIRAS

Equal variances not assumed

4,266 27,867 ,000 10,60000 2,48449 5,50965 15,69035

Equal variances assumed

3,337 ,078 -1,352 28 ,187 -,31111 ,23018 -,78260 ,16038 PROVA1_6

Equal variances not assumed

-1,352 17,880 ,193 -,31111 ,23018 -,79492 ,17270

PROVA1_4 Equal variances assumed

,736 ,398 -2,754 28 ,010 -,73333 ,26627 -1,27876 -,18790

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4

Equal variances not assumed

-2,754 20,480 ,012 -,73333 ,26627 -1,28793 -,17874

Equal variances assumed

,000 ,993 -2,515 28 ,018 -1,37778 ,54775 -2,49980 -,25575 PROVA1_3

Equal variances not assumed

-2,515 27,686 ,018 -1,37778 ,54775 -2,50038 -,25518

Equal variances assumed

,081 ,777 2,682 28 ,012 1,00000 ,37289 ,23617 1,76383 PROVA2

Equal variances not assumed

2,682 27,869 ,012 1,00000 ,37289 ,23601 1,76399

Equal variances assumed

,306 ,584 3,034 28 ,005 2,06667 ,68127 ,67115 3,46218 PROVA3

Equal variances not assumed

3,034 27,708 ,005 2,06667 ,68127 ,67049 3,46284

Equal variances assumed

,178 ,676 3,864 28 ,001 1,53333 ,39681 ,72050 2,34617 PROVA4

Equal variances not assumed

3,864 27,935 ,001 1,53333 ,39681 ,72041 2,34625