a feliz história dos agricultores albertina mendes e antonio carlos santos

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Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas Ano 7 • nº1090 Novembro/2013 São Raimundo Nonato Seu Antonio Carlos dos Santos e dona Albertina Mendes dos Santos é um casal de agricultores que compreende o valor incomensurável da terra, da água e de ter um lugarzinho para cultivar. Com 39 (trinta e nove) anos de casados, seu Antonio e dona Albertina vivem a felicidade de ouvir os pássaros cantarem livremente em seu pomar, e ver o sol nascer e se pôr de forma ímpar da calçada de sua casa, que fica na localidade salinas, município de Coronel José Dias-PI. O casal tem 04 (quatro) filhos, estes moram no Estado de São Paulo. E com sua experiência de vida, o agricultor Antonio dos Santos, de 59 anos de idade, diz que a melhor coisa que já fez na vida foi retornar para sua terra natal e cultivar sua terra. Seu Antonio e dona Albertina moravam na localidade Capelinha, município de João Costa- PI, quando partiram para o Estado de São Paulo em busca de dias melhores, no entanto, constataram que é no Semiárido Piauiense, em sua terra que podem ser felizes, então retornaram de São Paulo há 03 anos e foi quando decidiram que queriam cultivar e viver bem em sua terra natal, assim decidido, comprou um terreno, construíram sua casa e começaram a cultivar, plantar no quintal “Hoje temos o que comer no quintal, essa terra é muito boa, tudo que se planta dá, temos de tudo: coco, banana, laranja, limão mamão, cana, ata, manga, macaxeira, abóbora, melancia, feijão, e mais importante ainda é que nós sabemos que é uma alimentação saudável, pois somos nós que plantamos, cuidamos e colhemos, e estamos confiantes que assim que nossa cisterna calçadão estiver cheia de água nossa vida vai melhorar muito mais, vamos produzir para o comércio também, assim teremos uma renda, pois não temos uma renda fixa, A feliz história dos agricultores Albertina Mendes e Antonio Carlos Santos

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Page 1: A Feliz História dos Agricultores Albertina Mendes e Antonio Carlos Santos

Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

Ano 7 • nº1090

Novembro/2013

São Raimundo

Nonato

Seu Antonio Carlos dos Santos e dona

Albertina Mendes dos Santos é um casal de

agricultores que compreende o valor

incomensurável da terra, da água e de ter

um lugarzinho para cultivar. Com 39 (trinta

e nove) anos de casados, seu Antonio e

dona Albertina vivem a felicidade de ouvir

os pássaros cantarem livremente em seu

pomar, e ver o sol nascer e se pôr de forma

ímpar da calçada de sua casa, que fica na

localidade salinas, município de Coronel

José Dias-PI. O casal tem 04 (quatro) filhos,

estes moram no Estado de São Paulo. E com

sua experiência de vida, o agricultor Antonio dos Santos, de 59 anos de idade, diz que a

melhor coisa que já fez na vida foi retornar para sua terra natal e cultivar sua terra.

Seu Antonio e dona Albertina moravam na localidade Capelinha, município de João Costa-

PI, quando partiram para o Estado de São Paulo em busca de dias melhores, no entanto,

constataram que é no Semiárido Piauiense, em sua terra que podem ser felizes, então

retornaram de São Paulo há 03 anos e foi quando decidiram que queriam cultivar e viver

bem em sua terra natal, assim decidido, comprou um terreno, construíram sua casa e

começaram a cultivar, plantar no quintal “Hoje temos o que comer no quintal, essa terra é

muito boa, tudo que se planta dá, temos de

tudo: coco, banana, laranja, limão mamão,

cana, ata, manga, macaxeira, abóbora,

melancia, feijão, e mais importante ainda é

que nós sabemos que é uma alimentação

saudável, pois somos nós que plantamos,

cuidamos e colhemos, e estamos confiantes

que assim que nossa cisterna calçadão

estiver cheia de água nossa vida vai

melhorar muito mais, vamos produzir para

o comércio também, assim teremos uma

renda, pois não temos uma renda fixa,

A feliz história dos agricultores Albertina Mendes e Antonio Carlos Santos

Page 2: A Feliz História dos Agricultores Albertina Mendes e Antonio Carlos Santos

Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas Articulação Semiárido Brasileiro – Piauí

vivemos de um aluguel de uma casa que

temos e isso é ruim porque às vezes o

inquilino atrasa o aluguel e ficamos

esperando, ainda bem que cultivamos em

nosso quintal nossa alimentação, só

compramos o que não podemos produzir”.

Conta seu Antônio

Dona Albertina, conta como

consegue manter as hortaliças e frutas

utilizando e reutilizando a água:

“Sabemos que precisamos de água para

tudo, as plantas também, então

economizamos água, aqui em casa toda

gota de água é bem aproveitada e reaproveitada, quando vamos lavar louça já colocamos

uma Vasilha embaixo da pia para aparar a água, essa mesma água que serviu para lavar a

louça, que cuidamos para não conter muito sabão, reutilizamos para aguar uma planta, no

banheiro também já tem um cano direto do chuveiro para um pé de banana, até para lavar o

rosto, sempre lavamos em um pé de goiaba. Pela manha regamos umas plantas e à

tardinha já serão outras que irão ser regadas. È muito legal ver as coisas ter vida, já

trabalhamos muito aqui, não temos muita água por enquanto, mas a felicidade já bateu em

nossa porta, através da assessoria da Cáritas Diocesana de São Raimundo Nonato, a nossa

cisterna Calçadão já está quase pronta, estou ansiosa para ficar ponta, para quando a

chuva vir encher todo de uma vez, ai teremos uma produção ainda maior do que essa que

temos hoje, eu já estou juntando esterco por onde passo, para fazer meus canteiros. Estou

com muita fé que as coisas vão melhorar ainda mais depois que a nossa cisterna Calçadão

estiver cheia de água, pois vamos produzir muito e além de ter para nosso próprio

consumo, vamos comercializar também o excedente, será de onde iremos ter uma renda

para comprar o pão, pagar a conta de energia e de água, a produção vai ser boa, acredito

que de tudo vai ter, vamos plantar coisas que ainda não temos como: coentro, alface,

pimentinha, pimentão e tomate. Depois do intercambio de agricultores (a) que fui através

da Cáritas Diocesana fiquei muito animada”. Conta dona Albertina com um sorriso de

otimismo e esperança.

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