a crise de 1383 1385 1

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Page 1: A Crise De 1383 1385 1

Professora Ana Pereira

Page 2: A Crise De 1383 1385 1

Introdução…………………………………………………………………………………….…………diapositivo 3Desenvolvimento:Estado económico e social de Portugal no século XIV (peste negra)…………………………………………………………………………………………………..……diapositivos 4, 5O Tratado de Salvaterra……………………………………………………………………diapositivos 6, 7O problema da sucessão…………………………………………………..……………..…diapositivos 8, 9 As movimentações populares……………………………………………………….……diapositivos 10, 11Os grupos em confronto…………………………………………………………….………diapositivo 12A invasão castelhana…………………………………………………….……..……………..diapositivo 13A Batalha dos Atoleiros ……………………………………………..…………………… diapositivo 14O cerco de Lisboa ………………………………………………………..…………………… diapositivo 15A Batalha de Aljubarrota…………………………………………….………………….. diapositivo 16As cortes de Coimbra …………………………………………………….………………… diapositivo 17O Mosteiro da Batalha ………………………………………………………………..…… diapositivo 18A consolidação da independência (a “nova geração de gentes”)…diapositivo 19A paz com Castela ………………………………………………………………………………diapositivo 20Cronologia………………………………………………………………………………………………diapositivo 21 Conclusão…………………………………………………………………………………………………diapositivo 22Anexos……………………………………………………………………………………………….……diapositivo 23Bibliografia…………………………………………………………………………………………….diapositivo 24

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A Crise de 1383-1385 foi um período de guerra civil e anarquia da História de Portugal, também conhecido como Interregno, uma vez que não existia rei no poder. A crise começou com a morte do rei Fernando de Portugal sem herdeiros masculinos.Apesar de as Cortes de Coimbra terem escolhido, em 1385, um novo rei, João, Grão-Mestre de Avis, o rei D. João I de Castela não desistiu de seus direitos e invadiu Portugal. O exército castelhano era muito mais numeroso mas, mesmo assim, foi derrotado na batalha de Aljubarrota. Os exércitos portugueses foram comandados, mais uma vez, por D. Nuno Álvares Pereira, nomeado por D. João I, Condestável do Reino.

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Crise Económica Crise Política

Maus anos agrícolas

Fomes e

doenças

Guerras com Castela

Morte de D.Fernando

provocou uma crise de sucessão

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Durante a segunda metade do séculoXIV, a população portuguesa viveutempos difíceis.A instabilidade do clima, com grandesperíodos de chuvas, originou maus

anosagrícolas que causaram falta de

cereais,fomes e a morte de muita gente.A falta de higiene, principalmente nascidades, provocava graves doençascontagiosas – epidemias e pestes.A maior destas calamidades foi a PesteNegra, que chegou a Portugal em 1348 e, em menos de três meses, matoucerca de um terço da população.

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O Tratado de Salvaterra de Magos foi um acordo celebrado em 1383 entre as coroas de Portugal e de Castela para fechar um acordo de sucessão nos dois reinos.O rei D. Fernando, não queria que os reinos de Portugal e Castela ficassem juntos, por isso assinou o chamado Tratado de Salvaterra. Neste tratado D. Fernando queria, que sua filha D. Beatriz e D. João I de Castela se casassem. Quando D. Fernando morresse, iria ficar sua mulher, D. Leonor Teles, rainha de Portugal até que o filho de D. Beatriz e D. João I de Castela atingisse os 14 anos. Quando esse filho atingisse os 14 anos seria o futuro rei de Portugal.

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Crise de sucessão ao trono: Descendentes de D. Pedro I.

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O reinado de D. Fernando foium período de dificuldades e deagitação popular.A grave crise económica foiagravada pelas guerras comCastela.D. Fernando morreu em Outubrode 1383, deixando comoherdeira do trono a sua filhaúnica, D. Beatriz, casada haviapouco tempo com o rei deCastela, o que punha em risco aindependência de Portugal, já queeste pretendia o trono Português.Segundo o estabelecido, a rainha viúva,D. Leonor Teles, ficava como regente atéque um filho de D. Beatriz atingisse amaturidade.

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Quando D. Fernando morreu, D.Leonor Teles, por influência doseu conselheiro galego, o condeJoão Fernandes Andeiro,mandou aclamar D. Beatrizrainha de Portugal.A maior parte da Nobreza e doClero aceitou D. Beatriz comorainha, mas o Povo, a Burguesiae um pequeno número deelementos da Nobreza,temendo pela independência doreino, não aceitaram estasolução e revoltaram-se.

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Com a finalidade de afastar D. LeonorTeles da governação, organizou-se umaconspiração em Lisboa para matar oConde Andeiro, conselheiro da rainharegente e defensor dos interesses dorei de Castela.Chefiou esta conspiração Álvaro Pais,respeitável dirigente da Burguesia. Paraexecutar este plano, foi escolhido D.João, Mestre de Avis.A 6 de Dezembro de 1383, o Mestre deAvis entrou no paço da rainha e, com

umgrupo de homens armados, matou oConde Andeiro.Conde Andeiro.Esta revolta rapidamente se espalhoupor todo país. Entretanto, em Lisboa, o Mestre deAvis era aclamado Regedor e Defensordo Reino, enquanto D. Leonor escreviaao rei de Castela a pedir-lhe queinvadisse Portugal.

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D. Leonor era apoiada

pelo clero e pelanobreza

Mestre de Avis eraapoiado pelo povo e

porparte da burguesia, doclero e da nobreza

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No início de 1384, a pedido de D. Leonor Teles, o rei de Castela invadiu Portugal, para defender o direito ao trono de sua mulher, D. Beatriz. Cercou a cidade com uma bem equipada frota e um numeroso exército, mas os habitantes resistiram.

Por fim uma epidemia de peste que se declarou entre as tropas sitiantes obrigou o rei de Castela a levantar, inesperadamente o cerco, em Setembro de 1384.

Entretanto, um jovem nobre, Nuno Alvares Pereira, à frente de um exército improvisado, tinha conseguido sair vitorioso contra ao castelhanos, em Abril de 1384, na Batalha dos Atoleiros. Esta vitória aumentou a confiança dos Portugueses sobre a possibilidade de resistirem ao poderoso exército castelhano.

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A Batalha dos Atoleiros ocorreu a 6 de Abril de 1384, no actual município português de Fronteira distrito de Portalegre, a cerca de 60Km da fronteira com Castela, entre as forças portuguesas, comandadas por Nuno Álvares Pereira, e uma expedição punitiva castelhana, enviada por João I de Castela, junto da povoação do mesmo nome no Alentejo.

As tropas castelhanas, que depois de desorganizadas foram tomadas pelo pânico e começaram a fugir em todas as direcções, sendo perseguidas ao longo de todo o resto do dia pelas forças de D. Nuno Alvares Pereira, que lhes deu caça até à distância de cerca de sete quilómetros do local da batalha.

A batalha dos Atoleiros, constituiu na Península Ibérica a primeira e efectiva utilização das novas técnicas de defesa de forças de infantaria em inferioridade numérica perante uma cavalaria pesada muito superior. A mais conhecida destas será conhecida como a técnica do quadrado.

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Em Maio de 1384, o rei de Castela chegou a Lisboa com o seu exército e pôs-lhe cerco por terra e por mar. Entretanto o Mestre de Avis terminava os preparativos para um longo cerco. Encheu os depósitos de alimentos, e pôs vigia dia e noite.

Foi o aparecimento da peste, que ao fim de quatro meses, obrigou os exércitos castelhanos a levantar o cerco à cidade de Lisboa.

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A 14 de Agosto de 1385, travava-se a batalha de Aljubarrota, entre portugueses e castelhanos.

A Batalha de Aljubarrota decorreu no final da tarde de 14 de Agosto de 1385, entre tropas portuguesas comandadas por D. João I de Portugal e o seu condestável D. Nuno Álvares Pereira, e o exército castelhano de D. Juan I de Castela. A batalha deu-se no campo de S. Jorge, nas imediações da vila de Aljubarrota, entre as localidades de Leiria e Alcobaça no centro de Portugal. O resultado foi uma derrota definitiva dos castelhanos e o fim da crise de 1383-1385, e a consolidação de D. João I como rei de Portugal, o primeiro da dinastia de Avis. A paz com Castela só veio a estabelecer-se em 1411.

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Em 6 de Abril de 1385, reúnem-se as Cortes de Coimbra. A principal questão a resolver era a de quem, entre os vários candidatos, tinha direito ao trono. O Mestre de Avis contará , para a defesa dos seus direitos, com a hábil argumentação do Doutor João das Regras . Apesar da oposição da maioria dos representantes da nobreza, o Mestre de Avis foi aclamado rei de Portugal, com o nome de D. João I.

Como D. João I não era o sucessor directo do rei anterior, iniciou-se com ele a 2.ª dinastia – a dinastia de Avis.

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O Convento de Santa Maria da Vitória (mais conhecido como Mosteiro da Batalha) situa-se na Batalha, e foi mandado edificar por D. João I como agradecimento do auxílio divino e celebração da vitória na Batalha de Aljubarrota.

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Bandeira real de D. João I

A consolidação da independência

Após a vitória de Aljubarrota, D. João I, para se afirmar como rei e consolidar a independência de Portugal , tomou várias medidas. Começou por retirar privilégios e terras aos nobres e clérigos que tinham apoiado D. Beatriz e o rei de Castela.Em contrapartida, como recompensa pelo apoio prestado, deu a alguns burgueses terras e títulos de nobreza – “nova nobreza”. Permitiu também que elementos da burguesia tivessem cargos importantes no Conselho do Rei e nas Cortes.Deste modo, o rei soube rodear-se de hábeis e experientes conselheiros que, como ele, estavam interessados na independência e no desenvolvimento do Reino.

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Casamento de D. João I com D. Filipa de Lencastre

Apesar das vitórias conseguidas D. João I procura prevenir-se contra novos ataques castelhanos e garantir ajuda, caso fosse necessário. Em 9 de Maio de 1386, faz um “tratado de amizade” com Inglaterra, no qual os dois países prometiam ajudar-se mutuamente.Esta aliança foi reforçada pelo casamento de D. João I com D. Filipa de Lencastre, em 1387.Apesar dos períodos de tréguas, o rei de Castela não desistia de ser rei de Portugal. Só em 31 de Outubro de 1411, é que o problema foi definitivamente resolvido com um tratado de paz entre Castela e Portugal.

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1383 – Casamento de D. Beatriz, de 11 anos de idade, com o rei de Castela.

- Morte de D. Fernando - Revoltas populares em Lisboa e noutras localidades

contra a aclamação de D. Beatriz como rainha de Portugal. - O Mestre de Avis foi escolhido para Regedor e Defensor do

Reino. 1384 – O exército castelhano cercou Lisboa. - Batalha dos Atoleiros. - Fim do cerco de Lisboa devido à epidemia de peste. 1385 – Nas Cortes de Coimbra, o Mestre de Avis foi

aclamado rei. - Os Castelhanos foram derrotados nas batalhas de

Aljubarrota, Trancoso e Valverde.

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De todo este movimento revolucionário ocorrido entre 1383 e 1385, bem como da guerra travada com Castela, ressalta o apego à independência de uma grande parte da população portuguesa, ao mesmo tempo que grandes alterações se dão no seu tecido social.De uma maneira muito linear, podemos dizer que a revolução põe frente a frente a nobreza latifundiária e toda a população do país, encabeçada pela média burguesia. A alta burguesia teria começado por alinhar com o partido de Leonor Teles e de sua filha D. Beatriz, para, numa fase posterior, se passar para o lado de D. João, Mestre de Avis. Quanto aos estratos mais baixos da nobreza, estiveram desde o início com o Mestre. As camadas inferiores da população, ansiando por melhores condições de vida, aderiram desde logo à revolução, cometendo muitas das vezes alguns excessos.Podemos dizer que a revolução portuguesa de 1383, salvo variantes pontuais, é semelhante às revoluções europeias de finais do século XIV, onde transparecem como elementos dominantes os factores de natureza económica e social.

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O aluno Bruno Mateus não compareceu na biblioteca municipal mas compareceu na escola.

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http://pt.wikipedia.org/wiki/Crise_de_1383%E2%80%941385_em_Portugalhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado_de_Salvaterrahttp://www.trasosmontes.com/forum/viewtopic.php?p=4107&sid=deea486c82ba15bb1c7f453c7609eac5http://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_dos_Atoleiros Rodrigues, Carlos; Teixeira, Maria Eliana; Rodrigues Maria da Glória (1982) 7º Ano História: Edições Contraponto Diniz, Maria Emília; Tavares, Adérito; Caldeira, Arlindo(2003) História 7 :Editorial O Livro Costa, Fátima; Marques, António (2007) História e Geografia de Portugal 5º ano: Porto Editora