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A Bruxa de Mahatma Halloween Anthonny G. Ramos Capa: Ramos Lopes Revisão: Karol Mozelle Coordenação Geral: Eliet Mozelle

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A Bruxa de Mahatma

Halloween

Anthonny G. Ramos Capa: Ramos Lopes Revisão: Karol Mozelle Coordenação Geral: Eliet Mozelle

A Bruxa de Mahatma

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Sumario 1-A bruxa esta solta 2- Vale das sombras 3- Amanhecer 4-Coiotes 5-Rasto de animais 6- Márcia 7- Por-do-sol 8-Trilha de pedras 9-Diamantes 10-Bandidos 11-Trio Amoroso

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Os magos cultuam as bruxas ao norte da Inglaterra. Mister Johnny dela Costa é uma lenda no meio delas. Isto virou mania no mundo precisamente no final do mês de outubro.

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Johnny e Vick voltam duma reunião do jornal Gazeta e são precisamente vinte e duas horas quando eles ouvem uns gritos. Havia um homem sendo espancado por uns pivetes no calçadão da praia de Copacabana.

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Dedico esta obra em homenagens a Top. Modelo Karol Mozelly, italianinha, filha de Eliety Mozelly. Amiga de trabalho.

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A Bruxa de Mahatma Capítulo I ESTA SOLTA Rio de Janeiro 31/10/1960 Johnny e Vick voltam duma reunião do jornal Gazeta e são precisamente vinte e duas horas quando eles ouvem uns gritos. Havia um homem sendo espancado por uns pivetes no calçadão da praia de Copacabana. Eles entram na briga pra salvar um senhor que estava sendo assaltado naquela rua. Eles estavam com os rostos tampados pra não serem reconhecidos. Mas quando percebem que Johnny e Vick estão se aproximando... Intrusos sabem brigar, esquecem o assalto e saem correndo. - Machucou-se meu senhor? Perguntou Johnny. - Que nada meu filho!Eles queriam meu dinheiro, mas se não fosse vocês, teriam conseguido. A propósito meu nome é Freud!Posso lhes pagar uma bebida?

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- Obrigado meu velho!Deixe pra outra hora. Por um momento, poderia jurar que ouvi um piado de coruja! Disse Johnny. - Mas é impossível. Aqui em plena praia um sujeito sendo espancado?É de se espantar mesmo Disse Vick - O senhor insiste em pagar-lhe o favor. - Fica pra outro dia meu senhor!Temos de encontrar com uma pessoa que nos espera. - Johnny... Acredite! Novamente este piado de... Sei lá o que! Mas... Eu vi um vulto de coruja! E ela esta nos seguindo desde quando saímos. Do bar da rua caetés. - É possível isto? Disse Vick - Verdade! Mas... Vamos tentar ludibria-la e entrar na primeira curva a esquerda. Disse Johnny. Eles caminham olhando de vez em quando para os lados tentando encontrar alguém. Johnny fica pasmo quando vê os prédios do centro da cidade estão aos

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escombros. Não tem mais prefeitos nesta cidade? Será que deixaram as bruxas tomarem conta disto aqui? Onde estão os bondes que estavam nestas ruas? Perguntou a Vick - Em que mundo você vive menina?Os bondes existem há algum tempo. Estamos em 1960. - Será que estão atrás de drogas? Dinheiro ou algo mais? - É provável que sim! Está desviando grana por todos os lados, lavagem de dinheiro aqui no Rio? É uma horda selvagem que nem a policia consegue impor ordem. O tempo passa e eles ouvem um piado de mau agouro. - Johnny acho melhor nos apressarmos!Isto aqui esta me cheirando a intriga. E das grossas. Depressa. Eles dobram a esquina e entram em um bar. Vick esbarra com uma pessoa que estava saindo na correria. Estava vestido de um manto preto, trazia um capuz escondendo o rosto. Na verdade, ele, ou, seja quem fosse, estava com muita pressa. Johnny pega nas mãos de Vick e senta na primeira mesa a sua frente. Mas tudo estava em silencio! Não havia uma alma viva pra contar a historia. Estavam quatro pessoas espalhadas ao chão, três homens e uma mulher. Johnny vê o que vejo? Uma...

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- Sim! Houve uma chacina por aqui, será que?Aquela pessoa que passou por nós tenha feito isto aqui? - Johnny este aqui deveria ser o dono do bar!Que arma pode fazer um estrago destes? - Vick... Eles usaram silenciador pra dar alarde. Vamos dar o fora daqui antes que surge alguém e nos encontre aqui. Pouco depois eles se encontram numa estrebaria, onde servia café noturno. - Bruxas?Elas estão por toda parte! - O que?Pergunta Vick - Sabe amiga! Deve ser o perfume da quaresmeira! Alguma coisa esta atraindo elas até a esta cidade. Nada é tão perigoso quando elas se sujeitam a descer as montanhas. É pra pensar no que realmente viera buscar aqui. Fiquei assustado quando vi um vulto nos seguindo mais agora tenho certeza de que são elas. É nesta época do ano que elas descem a “montanha” sagrada. O vento assolava as janelas do bar onde eles estavam. O lampião se apagou, e mais outro que se encontrava encima do balcão. Restando outros dois nas extremidades das portas quando Entra um homem, e eles ficam olhando, parecia que estava seguindo alguém, como a um cão que farejava alguma coisa, ele por um estante olhou pra Vick e Johnny. Estes

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tentam disfarçar e ficam imóveis. Até que vai se sentar numa mesa no canto do bar. - Johnny! - Que foi? - Estou com medo! - Fique calma! Nada sairá errado. - Acho que eles estão nos procurando? - Vamos tirar isto a limpo Vick, e vai ser agora. - Johnny se dirige até a mesa do individuo e; - Posso sentar-me?A pessoa responde que sim; - À vontade Johnny! - Você me conhece? - Sim! Quem não conhece você na face da terra! Mister Johnny a sombra da noite!Você não engana mais ninguém! - Quem é você? - Meu nome é... Posso confiar na moça que esta contigo?

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- Claro! Ela é minha amiga. E de inteira confiança. - Tudo bem! Venho de um lugar aonde o mundo esta de cabeça para o alto. Eles me mandaram encontra-lo. - Eles quem? - Os espíritos dos tamoios! Eles estão soltos novamente. - Tamoios?Os canibais? Isto já é coisa do passado! Ainda existem índios? - Pode me explicar melhor?Pediu Johnny ao visitante. - Como disse, venho buscar você. A vida na selva esta desatinando tudo! Estão roubando os diamantes azuis. Estão furando o coração da terra. Homens por toda parte, invadiram ao Sitio do forte, do seu pai e prenderam uns e mataram outros depois, fizeram de escravos o restante. E em seguida eles fugiram para Pico do Papagaio. A pessoa resolve se apresentar. - Sou... - Márcia?

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- Sim! Márcia a flor da terra Márcia A índia branca dos tamoios! Retira o capuz que cobria o rosto, mostrando uma índia mestiça da tribo dos tamoios de belos olhos pretos, cabelos pretos, e bem abaixo dos ombros traz um colar indígena, por baixo daquele manto uma índia de puro sangue selvagem. Na verdade a tribo dos Tamoios era poucos os que não tinham os traços de Márcia - Ainda que me preocupasse com você, nunca o esqueci. Johnny a grande alma dos tamoios! Quem é esta que anda com sombra da noite? - Esta é Vick! Uma amiga. - Ora Johnny abaixou as armas?Os turistas estão de volta á montanha sagrada!Retirando seu “sangue” e só nós podemos fazê-los recuar. - Johnny... Esta mulher é uma... - Sim Vick! Esta mulher é uma índia branca! Dona de muita magia. Seu nome é Márcia!Seus olhos negros não enganam mais meus olhos! Por mais que o tempo se passou, ela permanece uma linda bruxa! Tome cuidado com ela, tem o rosto de um anjo, mas é um demônio selvagem. Ainda continua com aquelas poções de...

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- Vai devagar mister Johnny! As bruxas não existem mais. Fazemos uns truques apenas pra espantar curiosos. Ha, ha, ha. Na verdade a Márcia é filha da bruxa Nilda! A terrível bruxa Nilda. Transformou muitas pessoas em ratos e os enviou pra uma cidade no interior de Mahatma em Londres. - Somos amigos de infância! - Só isto?Pergunta Vick. - É! Agora... Flor da terra pode me contar o que realmente esta acontecendo?Conte-me como foi tudo na fazenda de meu pai. Pediu Johnny. - Esta bem! Era noite de lua cheia, quando estava eu e umas amigas, num acampamento nos arredores dali, nos preparando para o Halloween, dia das bruxas. Ao luar da noite nos parecia ter ouvido tiros e saímos em disparada pra ver de onde saia tanto barulho. Vimos muita correria por perto de sua casa, fomos averiguar. Sabe? Foi duro ver toda aquela gente morta espalhadas pelo chão. Mortas?Sim!Todas mortas, não pouparam nem as crianças. - E meus pais? - Lamento sombra da noite! Vi sua mãe abraçada á seu pai, deitados numa cama. Era tudo muito medonho! Parecia coisa de bruxaria! Colocaram uma cruz e duas flores roxas ao lado do deles. Parecia quaresmeira... Era isto mesmo! Tinha um odor forte de morto.

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- Quem pode ter feito esta crueldade com meus pais?Sabia que alguma coisa estava acontecendo! Aquele odor de flores quaresmeira!Disseram algumas pessoas que eles eram os coiotes. - Coiotes?Mas eles não são daqui do Rio da Ilha Grande?!O que deu neles? - Quando vim a esta cidade, pra estudar e voltar pra ajudar meus pais na lavoura!Administrar o sitio do forte. Pra nada! Pra nada poder fazer agora. Meus pais mortos, Talvez não sejam mesmo os coiotes? E Tenho minhas duvidas! Meu pai os tratava com amizade de pai e filhos. - Depois de um tempo, você não vale mais nada! É tratado como bicho. Fragilidade seja situação ou contraditório sempre existirá violência neste mundo. Ainda não será desta vez que vou ser feliz. Vou caçar um a um. Disse isto e encostou a cabeça nos ombros de Vick tentando esconder as lagrimas. Aprendi que o tempo não é algo que se possa voltar atrás. - Vamos até o Rio de Janeiro, de lá iremos á ilha grande. - Seus pais moravam lá? - Sim! Vick! Quer vir conosco?

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- Claro que sim! Não perderia este furo de reportagem pra nada neste mundo. - Só pensa em ser famosa em?

- É o que meu diploma requer! - É uma ruiva abusada e ainda por cima com mania de grandeza. Ousada e linda, mas só pensa em um grande furo. Não se esqueça da missão do jornalista e seus juramentos. Disse Vick... É assim! Uma morena de 1,78 de altura, cabelos cacheados, na cor castanha bem abaixo dos ombros quase se encostando aos largos quadris. Veste jeans, usa sempre uma botinha meio cano. O nariz empinado, estilo francês. Os olhos são verdes. Filha de franceses nasceu no Brasil à boca seduz a alma. Tem os traços de uma modelo. Partiremos pela manha. Vou ligar agora mesmo para reservar as passagens. Primeiro... Vamos pra minha casa fica aqui perto farei alguns contatos, depois iremos descansar. Depois de arrumarmos as malas partiremos. Quanto tempo pra chegarmos a esta tal montanha sagrada? - Não mais que três dias Vick. - Tudo isso?As pensei que era um dia! - Ah pensou! Vai pensando menina.

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- Iremos até minha casa, depois traçaremos uma trajetória do que poderemos fazer pra chegar às terras do sol. Tudo tem que ser calculado ao seu tempo. está sentado perto da lareira de sua casa quando Márcia se aproxima e senta pertinho tdele.- Amor!O que faz a estas horas acordado? Tomando um vinhozinho? Não vê que temos uma longa caminhada pela frente? Calma Márcia!A meditação faz parte de um ritual. Que prezo muito. - Meditação? Sei disto! Que ritual homem de Deus?Só se for... - Só se for?- Deixa pra lá!Johnny. - Não me leve á serio!Devo estar exagerando minhas fantasias! Quanto a você e eu. Deixa estar! Ainda não me esqueceu Márcia? - Como?Eu? Não amor! Mesmo que tenha resistido ao tempo. Oras John! Nem tudo me é permitido sonhar ou fazer!Sabes o que meu coração sempre quis! E quer o seu. Ela se aproxima de John, e senta pertinho com o rosto colado no dele. Abraça-o apertado com carinho. E o beija. Aqueles dois não se esqueceram um do outro. Aqueles olhos de jabuticaba sedutores, ninguém os resistia! Quanto mais Johnny que procurava esquecer este amor. Descrever Márcia é tarefa árdua pra um ser humano! É uma morena clara, com um sorriso cativante, a boca é sedutora e induz ao beijo.

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Quando ela sorri emiti uma alegria contagiante, Márcia é pura paixão. - Ele me ama de paixão! Não me esqueceu!Pensa Márcia... O tempo não pode apagar este amor. É o único de minha vida! Recordamos o passado juntos, mas só um olhar nos espera, ainda somos fogo e pimenta, é o único a quem pertence minhas alegrias, Johnny é o único que beijei nestes anos de minha vida. Longe é um amor que beijei nestas noites enluaradas! Que fizeram de mim uma utopia sem fim! Alias este homem deveria ser... Mesmo meu há muito tempo. E eles adormecem um colado no outro debaixo de um edredom quando... O vento começa a assolar tudo. Uma tempestade vem se formando no norte! As janelas da casa começam numa baderna infernal! Tudo era de se esperar menos... - Quem este ai?Pareça duma vez! - Porque tanta pressa mister Johnny? Sua hora esta chegando, seus pais já se foram mesmo! Só restou você. - Felix? Que faz aqui? - Esqueceu–se de que sua vida me pertence? Seu pai me prometeu sua vida e esta chegando a sua hora de vir comigo. Estava com saudades de você! O seu povo esta sumindo da face da terra. Esta tudo acabando! Os tamoios já não são mais os mesmo depois que você veio pra cidade. Tudo acabado só você não vê isto.

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- Oras meu cara! Estamos em novos tempos! Aqui não tem nenhum besta pra encomendar a alma pra outrem. Os laços que nos ligaram no passado, já não existem mais! Nossos laços romperam-se eu não quero mais saber de aliança Entre nossas famílias. - Não há mais nada a fazer então? Nada mesmo! Tenho livre arbítrio, se sabes o que representa isto na vida de um homem. Nada me fará fazer aliança com sua boa... Mahatma!Quebrem as amarras destes laços que meu pai fez a este bruxo. - Nisto ouve um estrondo! Uma parte da casa vai pelos ares. Johnny, Márcia saem em disparada procurando Vick. - Vick estava dormindo o sono dos justos! Aliás, sonhava com você! Estava como uma pedra quando ouvi o estrondar da casa - Minha nossa! Johnny?O que é isto? - Calma minha menina linda! Estou me desfazendo de um nó que me unia a este bruxinho. Venha comigo! Nosso passeio tem de ser retardado. Direto para a Ilha Grande. -Vamos para o aeroporto agora. Johnny vai até um estacionado na garagem de sua casa e sai em disparada.

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- Corra Johnny!A coisa esta ficando preta!O que era aquilo vindo atrás de nós? Nada menina! Depois te conto. É apenas mais um de meus inimigos. - Márcia, você pode fazer alguma coisa? - Sim, deixe comigo. Zenda, zimbra, zomba - Nisto uma cortina de fumaça surge atrás delas tampando assim a Visibilidade de seus oponentes. - Johnny agora pode acelerar. Ainda bem que ele não sabe voar!É verdade que se voa quando se esta amando alguém? - Acho que sim! Vick, o amor é como a ventania!Onde bate, arrasta quem estiver na reta. - Parece que estou voando! Michi o oshie kudasai - O que disse Vick? Quer dizer em japonês: ensine-me, por favor! Quero amar... Muito. Do isto é mesmo sonho! Estava agorinha mesmo perto de ser declarada mulher apaixonada quando ando sonhava com você. Eu mato este tal de... Felix! Este é seu nome. Um bruxo da mais alta dinastia que veio atrás de mim, em espírito. Capaz de transporta-se em segundo pra qualquer lugar do mundo com suas mágicas. Sei que existe um ponto fraco e ele tem medo de ser descoberto. Haverei de encontrar uma maneira de persuadi-lo a contar sem que perceba este seu lado camaleão. Ele não estava aqui realmente, era sua sombra. Fique tranqüila! Ele nada pode

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fazer sua mente esta aqui, mas seu corpo esta longe, bem longe. - Pelo que sei... Disse Márcia, - Camaleão é o mesmo que lagartixa? - Não menina!Ele se transforma em animais, pessoas e esta em todo lugar. Dorme de dia. Assim, acho que é seu ponto fraco. Parece mais um vampiro que um bruxo. - Cuidado!Olhe por onde andas seu sedutor duma figa!Quer nos matar? Vick ficou furiosa. O carro quase cai num penhasco. Na noite todo cuidado é pouco. John contorna e se safa desta voltando o volante todo á seu esquerdo indo se colidir com um barranco. Johnny desce do carro e tenta fazer o mesmo com as meninas que ficaram presas entre as ferragens. Márcia fica tonta com uma leve pancada na testa. Vick reclama muito da dor de cabeça que surge com a batida. Eles saem e sentam numa pedra pra descansar um pouco. - Johnny acredite... Fiquei com medo agora! E se eles chegarem duma hora pra outra? Como ficamos? Estou tudo arrepiada. Márcia olhando aos arredores.

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- Calma, já as tiro daqui! O carro esta em ótimas condições, é só levanta-lo e partiremos novamente. - Mas amor! Tenho sede! Tem água por aqui? - Sim!Tome e depois dê um pouco a Vick também. Acho que vai precisar. - E vou mesmo! Depois desta acho que vou me aposentar de vez! Dizendo isto Vick sai de perto deles e vai olhar a paisagem. Vale das sombras Capítulo II - Mas o que diabos são isto?Meu Deus!Venham aqui rápido!O vale das sombras lá embaixo. - É Márcia Por pouco não caímos nele!Não é possível! Provavelmente entramos por estrada desconhecida. Acho melhor ir com mais cautela desta vez.

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- Estes animais já fizeram muitas vitimas por estas bandas. Fiz uma matéria no ano passado em que os coiotes perseguiram uns turistas nestas bandas e só pararam depois de destruí-los! Quero sair daqui imediatamente John. - Esta bem! Johnny! Mas se me acontecer alguma coisa você... - O que vai acontecer Vick? - Você vai me pagar caro se não chegarmos inteiros naquela montanha. - Ah! Pensei que iria me deixar como já fez de outras vezes. Lembrem-se da escola?Marcamos uma festa e esta maluca aprontou uma com o dono da casa. Queria quebrar tudo, por causa duma moça que deu um beliscão nas minhas nádegas ela ficou fula da vida. Mas... Isto é passado. - Olhe! Já estamos chegando ao aeroporto E nosso vôo sai dentro de dez minutos. - Senhores passageiros do horário das... Olhe é a nossa vez de embarcar. Eles estão chegando pela manha a um acampamento militar quando se aproximam sente um cheiro forte vindo duma outra sala alguns corpos estraçalhados se viam estendidos ao chão.- Será que...

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- Isto mesmo Márcia!Uma chacina! É melhor termos cuidado pode ter... Johnny fica de boquiaberta vendo aquela cena á sua frente. A noite se aproximava. - Eu não vou dormir neste lugar de mortos! Sabe-se lá se eles transformam em mortos vivos e... - Pode parar com este drama Márcia!É impossível... Alguém ai tem... Algo se movendo se levantando e. Quando ele parece que vai dizer fogo... Johnny da-lhe um ponta pé ele se precipita no chão Johnny parte pra cima dele com tudo! Dando-lhe chutes pra tudo quanto é lado, agarra-o pelo pescoço quando... - Esperem! Sou o sargento deste exercito mortos. Sobrevivi por pura sorte ao massacre dos cães. Afinal? Não sei se eles eram cães ou homens! Podia jurar que... Eram lobos humanos, eles chegavam de toda parte. Escondi dentro de um barril de rum. - Por isto fede tanto homem? - Queria o que John? Antes viver que morrer como os outros. Este cheiro é dos meus mortos!Tive de fazer destes corpos minha salvação. Senão morreria. Os cães não toleram este cheiro! Ainda bem! Mas e as flechas? De onde elas vieram? Se eles são cães... Que eu saiba, cães não atiram flechas. Meu Deus.

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- Esta bem, faz quanto tempo esta aqui...?Como se chama mesmo? - Falcão! Sargento falcão, da terceira infantaria militar. Faz cinco dias que estou tentando sair deste maldito lugar. Dizem que existe uma saída deste inferno! Mas, até agora não encontrei nada por aqui, além de mortos de fome. A propósito tem algo pra se comer ou beber? E os reforços? Estão chegando? - Pobres diabos, esta delirando de fome e sede e ainda encarcerado neste fim de mundo. Tome este pedaço de pão! Por enquanto é o que resta dar-lhe. Acho que te conheço de algum lugar! Talvez de. - Londres? - Sim Johnny! Acho que de lá mesmo!Estive assistindo palestras sobre combate militar por uns tempos na faculdade. - Evero! Estive lá com uns amigos meus! Foi lá que conheci minha ex-mulher! - Porque ex-mulher? - Ela morreu. E acho que foi algum tipo de macumba. - Como foi isto aqui?

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- Isto tudo só pode ser alguma bruxaria! - Todos marcados pra guerra. Disse Vick olhando pra Márcia. - O que vem de baixo não me... - Calma menina... Não vê que temos uma situação delicada por aqui? - Você viu... Ela esta me provocando! Tire esta guria de perto de mim senão... Disse Márcia. - Vamos manter a calmaria por aqui! Deixe mos de lado toda e quaisquer briguinha pra outra hora. - Ela não sabe com quem esta brincando. Olhe que a... - Deixe as bruxarias pra outra hora Márcia. - Tudo bem John. Estão todos apavorados com a situação atual. Resolvem dormir em outra sala mais limpa. Encontram varias camas dos soldados ainda em plena bagunça, acredita-se que ao soar do alarme, todos se dirigiram até a outra sala e

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por ali foram atacados. As meninas limpam tudo aquele lugar, e deixam como novo em pouco tempo. Depois se acomodam nos quartos - Vick? - O que foi meu amor? - Preciso te contar uma idéia que me surgiu há pouco. Sente se perto de mim. - O que pode vir desta mente sedutora? Quer dizer que vai jogar-me no chão Beijar-me depois fazer amor comigo? Diz que... - Devagar com o que vai dizer ou fazer! Não sou de pedra!Antes que ela fala alguma coisa... Johnny aperta aquele corpo quente ao seu e beija sua boca rosada depois seu rosto, seu pescoço e cheira seus cabelos e os dois rolam de um lado pra o outro, numa frenética sedução. Fica comigo esta noite... Meu amor! Turma aqui... Coladinho no meu corpo. - Johnny... Vai devagar meu amor! Sou quase virgem. Rsrsrsr. - Pois sei! Virgem dos lábios de mel?Âhâ. Conheço do que falas meu amor.

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- Muito, mas muito mesmo? Vem e deitar aqui nos meus braços. Quero sentir você meu querido. Sonho com você todas as noites de minha vida! Não via a hora de fazer um passeio com você, mas... Só nós dois. Seus corpos suados se fundem na noite. Lá fora, uma chuva fina e fria cai serenamente. Aqui dentro, o quarto... Era o fogo e a pimenta se misturando entre uma e outra caricia Vick roça os lábios nos dele, insinuando cada vez mais ao prazer inusitado daqueles dois. - O que queria mesmo me contar mahatma? - Nada, acho que me esqueci! O meu mundo agora é outro! Acho que me perdi nos seus lábios! Neste seu olhar de menina linda que é você. É uma mulher envolvente, um doce veneno que me satisfaz. Sei que minhas mãos e pernas estão tremulas destes seus beijos e abraços, corpo delicado, cheiroso gostoso. Sabe? Alguma vez já beijou alguém e sentiram que já beijou outra com mesmo sabor? Parece-me que já havia te beijado antes e não me lembro quando e onde! A luz de seus olhos ilumina minha alma. Quis fugir de seus encantos, mas é impossível resistir a estes teus beijos. - Já me beijastes antes. - Como disse?O dia vem amanhecendo!As estrelas se foram deixando o sereno da madrugada invadir a montanha! Era tudo uma maravilha de manha. Agora é possível raciocinar melhor. Tinham uma missão pela frente.

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- Acho melhor... Sairmos depressa deste antro de defuntos. Depois de tomar um café, iremos ter com os abutres da montanha. Capítulo III Amanhecer La serra é assim mesmo!Sereno, chuva fina e flores multicores. - Livre! Completamente livre, me sinto encantado com o ar da serra! Márcia disse-me que é o despertar da consciência, que trás algo assim meio mágico. Houve momento em que Johnny ficava observando Márcia se deliciando com as gotas da chuva que descia as encostas da serra. Vick fica da porta observando tudo. - Não é difícil imaginar um mundo assim! Tão lindo singelo e gratificante, uma obra de Deus! Disse Vick á Johnny, e depois saiu de perto da porta, que dava de frente com a paisagem inconfundível do dia.

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- Os meus olhos estão com saudades deste andar de menina travessa! Deste clima desta terra. A natureza é Deus nos amando. Não tarda, e a chuva toma outro rumo, enquanto Johnny e seus amigos se preparam para subir a montanha do vale pela direita da encosta, aonde o mato é menos intenso!Quero lembrar de que é preciso ter muita energia para desbravar a fúria destes coiotes que se encontram nas margens dos rios, infiltrados em cavernas e casas de palafitas. O povo indígena é um camarada até certo ponto. De amistosos tem quase nada!Mas quem cruzar seus caminhos é bem provável ter vida curta. Quando eles já se encontravam bem distante da reserva, Vick olha A trás e vê uma imensa cortina de fumaça que vinha da base militar, Johnny pega um binóculo e avista o estrago que a fumaça estava fazendo no acampamento militar. O militar que estava indo com eles escapou por pouco de ser queimado vivo. - O que pode ser Johnny? - São os tamoios! Eles estão nos seguindo. Vick! Eles fazem assim,quando invade uma propriedade e tudo o que eles encontram destroem ,são como uma horda selvagem algo os assustaram pra saírem em pé de guerra! Melhor nos apresarmos! Podem estar atrás de nós em poucas horas, e se caso estiverem nos perseguindo, devemos andar mais depressa, e chegarmos ao vale da manhã sem parar pra nada. Vamos então?

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- Claro!Responderam sem demora. Depois de andarem por longas horas, eles param numa clareira para um repouso. - Johnny aqui é um bom lugar! No meio da selva perto dos coiotes. - O que disse?Ela soletra; C.O.I.O.T.E. S Capítulo IV - A montanha esta cheia deles! Bateu um arrepio na alma de Vick... Aquele nome era de meter medo em qualquer um. O assunto era do momento os olhares estampados em seus rostos demonstravam tudo. Ainda balbucia no silencio na selva os destemidos coiotes vivem por estas bandas faz muitos séculos. O que os atormenta é a invasão dos Garimpeiros e os traficantes que estão por trás de tudo isto. Degradam solo extraindo os diamantes azuis. Portanto, os coiotes estão se preparando pra uma inevitável guerra. Um povo que habita em cavernas, com hábitos medievais. Existem alguns deles que são canibais.

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- Esta triste as coisas por aqui!Não estou gostando nada deste silencio! Algo não me cheira bem!Disse Márcia. Quando ela ia abrir a boca mais uma vez. - Cuidado Johnny! Índios. Ele se vira e agarra o primeiro que parte pra cima dele aplica-lhe um soco na nuca e este vai cair de cara no chão. Aparecem mais outros quatros armados até os dentes com pedaços de pau invadindo o local onde estavam o militar e Márcia. Este atira na cabeça de um deles, e passa-lhe uma rasteira derrubando no meio das arvores. Depois parte pra cima dele e atira no coração, o que o deixa fora de circulação. O outro... Vick atira uma faca no meio do peito dele, o qual foi de espanto pra todos, ele cai pelo penhasco a fora. Outro foge pelo mato. -Como fez aquilo? Perguntou Márcia. - Ora bruxinha! Apenas mirei e atirei no rumo dele, a faca só fez o resto, atolou até o cabo. - John é melhor escondermos os corpos destes infelizes! Sejam! São homens disfarçados de índios. Disse o sargento falcão.

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- É verdade mesmo! Eu imaginava isto desde cedo! Pode ser que os tiros tenham atraídos mais destes coiotes!São os coiotes da Márcia. Há Estes que são os... - Seus coiotes Márcia? - Sim! São os homens maus. Eles pintam assim, desta maneira quando estão querendo roubar turistas como vocês e. Depois a culpa cai em cima dos índios. Acho que estão com ódio de nós! Vamos embora! Já perdemos muito tempo por aqui. Estes ladrões são implacáveis quando querem roubar. - Diz a “lenda” que um espírito anda pela selva protegendo os índios. Não perdoam ninguém, que os importunarem. No fundo Johnny, sabia que era uma missão difícil, tinha hora pra começar e pra terminar somente depois que gerar paz, e isto era de se desbravar muita mata e destruir homens maus. Até que enfim, eles chegaram ao escritório de Alan, o homem da mineradora. Eles são recebidos com certa indiferença, pois o que queriam eles no centro da selva?Era uma região de extração de diamantes clandestina. Alan se aproxima e os convida a entrarem. Johnny fica observando os arredores enquanto, Vick e o militar disfarçado se infiltram no meio dos garimpeiros que estavam

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descansando por perto da cabana. Eram muitos, não dava pra contar e um pouco mais a distancia, alguns homens armados faziam a guarda. Era melhor entrarem pra saber o que Johnny e Alan estão discutindo. - Estava esperando por você! Mas não sabia que estava acompanhado!Disse Alan. - Sabia que sai do Rio? Como o sabia? - Calma sombra da noite! - O que? - Sombra da noite, não é assim que os índios tamoios o chamam?Sei que ganhou este nome por defender estas tribos no passado. - Se me conheces, sabes bem o que vim fazer aqui. Porque esta atormentando assim os coiotes?Muitos estão vindos pra este lugar e acredito, não terás paz enquanto não os destruírem.

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- Que venham! Temos munição de sobra, e reserva de comida pra muitos dias. - Como? Não os teme? Acho imprudente ficar aqui. - Como disse nada me fará sair deste lugar, mesmo que... Quando estava por terminar de falar. - Patrão venha ver!Sua filha... - O que aconteceu a ela? - Este guarda que fazia sua segurança chegou aqui dizendo coisas por coisas e nada Disse. As voltou sem Caroline. - O que foi seus incompetentes? Deixaram minha filha nas mãos dos coiotes?Quais deles? Os... - O individuo resolve falar. Desta vez meu senhor, são mesmo coiotes. - Estávamos acampados perto da montanha conforme o senhor nos ordenou, mas caímos numa armadilha e fomos feitos reféns deles! Eles me deixaram partir pra te contar isto: Saiam de nossas terras homens brancos ou todos morrem. Era esta a mensagem que tenho pra o senhor. Johnny e os outros

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observam tudo de perto será que eles sabiam dos homens disfarçados? Márcia, não tirava os olhos das pedrinhas que eles embalavam em sacos e mais sacos, depois os escondiam em um carro em cima de trilhos. Contrabando. Pensou ela. E agora, Caroline a filha de Alan esta nas mãos dos índios, como deixa-la a mercê da horda selvagem? Muitos pensamentos passavam pela cabeça de Alan. Mas é impossível arranca-la das mãos dos selvagens a não ser... Johnny. Que mesmo conhecendo seus hábitos era tarefa desmedida pra arriscar seus amigos. Mas John faz um trato com Alan, se acaso trouxesse Caroline, eles deixariam as terras dos coiotes. E este afirma que sim. - Muito bem quero minha filha sem um arranhão! Não quero ver minha filha modelo internacional morrer nas mãos destes porcos indígenas. Prometi a sua mãe que cuidaria dela. Disse Alan. Na verdade, Caroline Museu vinte e um anos de pura paixão, é conhecida não mundo. Como garota de Copacabana, e da moda como uma modelo de fino porte, tão bela que ofusca os olhos da gente! Cabelos lisos, abaixo dos ombros, boca rosada, os olhos de águia, pele morena clara, muito sedutora. Sei do que falo, se a vi por muitas vezes e pessoalmente fui apresentado por sua mãe Eleita Mozelly. Meu coração de poeta, digo meu coração de poeta, ama esta

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menina! Não me queira o caro leitor imaginar outro flerte, ou mesmo tenha lhe passado uma paixão, liga não! Nós apaixonamos por tudo o que descrevemos. Caroline, após ter saído de férias do Rio. Fez um curso de teatro, na cidade mineira de Belo Horizonte. Fez participação num dos clubes mais cobiçados e agitados na função de uma das bailarinas do galo vingador. Veio espairecer um pouco numa das fazendas de seu pai, fazer este roteiro rumo a “selva” direto atrás do pai, mesmo não aprovando sua maneira de querer ficar rico da noite para a madrugada. Caroline estava disposta a desviar seu pai deste ato impensado, pois o mesmo estava sob as ordens de outros mandantes que não se sabe ao certo quem esta por trás disto tudo, talvez seja mais crimes políticos. Uma lavagem de grana, assim como lavam os diamantes. - Bem, é melhor nos mostrar o lugar aonde pode ter sido possível feito refém de Caroline. Temos de resgatar esta menina antes que o mal aconteça. Disse Johnny ao peão que estavam com ela horas passadas. Pois que bem! Venha comigo. - Como aconteceu isto?Perguntou Johnny. - Sabem estávamos sentados bem aqui quando ouvimos um estrondo debaixo de nossos pés, daí depois a terra veio abaixo! Desmoronou tudo, caímos lá embaixo, e quando acordei, a menina moça havia sumido. Quando percebi uns passos mais

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adiante, foi quando a Caroline estava sendo arrastada pelos cabelos por uns índios esquisitos em marcha de guerra olhe me pareciam furiosos. Ela olhava pra mim tentando uma buscar ajuda. - Mas, e os outros que estavam com vocês?Todos mortos, tudo foi tão rápido que eles nem me viram no meio da terra. - Vamos cegá-los. Mas é melhor que sejam poucas pessoas. Vick é melhor que fique, pode ser perigoso por trás desta montanha. E você Márcia, como já conhece melhor estas trilhas, venha comigo, quanto ao sargento, sua estratégia de combate, pode ser útil. [] - Eu não quero ficar aqui com estes trogloditas. Vou com vocês! Eles não me metem medo, mas é melhor não arriscar minha pele morena. - Talvez seja melhor você perto de mim! Alias não confio nestes garimpeiros. Vamos partir. Era visível a preocupação que tinham com os amigos. John era prestativo, era preciso abordar os índios na sua morada antes que seja tarde. Não tarda e eles encontram os rastos de pegadas deixadas pelos coiotes. Capítulo V Rastros de animais

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A chuva que caiu anteriormente deixou muitos rastos e barreiras caídas pela estrada, e isto dificultava o trabalho, até que chegam a uma gruta onde as pegadas seguiam. Estavam armadas com rifles facas e umas dinamites, pra um caso eventual ter de explodir paredes ou coisa parecida. Na verdade, não tinham expectativas de reencontrá-la sem lutar. Encontraram uma caça desfigurada dentro da gruta, e logo depois outra, eles haviam passado por aquelas bandas poucos minutos. - Como será do outro lado Márcia? Esta me parecendo uma aventura e tanto! - Acho que tem um punhado de índios fedidos loucos pra comer esta sua... - Sua língua não é isto que ia dizer bruxinha duma figa? - Fique na sua ruiva oxigenada! Olhe que te lanço um... Cuide de ficar calada senão estes fedidos que você disse, pode escutar pelas paredes desta caverna. Espere... John tem algo me cheirando mal por aqui!Esta muita quieta e isto aqui. Um vulto a distancia é vistam por Márcia, eles deitam no chão da caverna, ficam imóveis esperando uma reação de seu seguidor. O que não aparece. O sargento resolve por conta própria ir averiguar, e sorrateiramente segue alguns passos e

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vê algo se movendo nas paredes da caverna. Sem perceber ter visto os seguidores, volta-se e conta para Johnny. - É melhor sairmos o mais rápido daqui! Tem uns cinco homens nos seguido, e cada vez que olhamos para trás eles se escondem nas frescas das paredes. Nisto debandam uma correria deixando seus oponentes sem saber o que fazer. Entram noutra caverna e depois, encontram uma saída daquele inferno. A idéia era de que encontrasse uma pista de Caroline. NAS CURVAS DO RIO ACAIÁ Eles encontram um riacho de águas cristalinas ao encontrar uma fenda na montanha. Ficam de olhos vidrados com tamanha beleza da natureza. Deus as fez tão belas! Singelas e... Cabe a nós protege-la. - Esta quem vai dar nome sou eu! Rio Acaiá! Pronto, já dei. “Nas curvas do rio acaiá, deixei meu coração”.

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- Espere ai Vick! Encontra uma terra aqui e outra ali e já vai dando seu nome?Esta caverna já tem nome e sobre nome! A gruta da deusa cobra. - Meu Deus!Serpentes? Cobras?Sim!Porque tem medo de cobrinhas? - Claro! Tenho pavor de ser enrolado numa delas. Outro dia li numa matéria em um jornal, que a pessoa morre lento com veneno delas e que dói não é a picada, mas a quantidade de veneno que é expelido dentro de suas veias. A morte vem em questão de segundo. - Não tenha medo Vick!U te protege. Que nesta rocha tem um segredo é só descobri-lo e... Existe um meio de abri-la, mas esqueci da ultima vez em que estive aqui era ainda uma adolescente. As acho que... Pronto! Vejam a saída é esta aqui nestas linhas pontilhadas, Ela aciona uma alavanca e abre-se um céu azul que mais parecia um jardim do éden. E em seguida aciona outra pra fechar atrás deles, no qual aparecem das fendas águas cristalinas inundando a caverna anterior deixando quem estivesse seguindo eles sem nenhuma condição de continuar sua tarefa. - Bem aqui estamos!E vejo que estamos mesmo de sorte! Tem umas pegadas que continua na trilha que se vai rumo norte. Acho melhor pararmos, e depois continuar esta missão.

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Disse Johnny. - O mais curioso que impressiona é este mundo aqui!Sinto-me livre pra gritar chorar, fazer tudo que um homem não faz na cidade grande. Disse o militar. É bem provável que exista mesmo paz neste mundo quando se encontra um lugar assim! É os homens ainda querem destruir roubando os diamantes e outros minérios existentes por aqui. Até parece que não existem ambientalistas neste nosso Brasil, ou são corruptos! Só se preocupam em suas contas bancarias No exterior. Enquanto isto... Morrem milhares de pessoas com fome e sede, morando em habitações precárias. - Vamos, afugenta-los pra longe! A natureza deve prevalecer aqui e não os homens. Pouco mais a distancia eles encontram carcaças de um avião DC-3 de alguma guerra, no passado ainda em quase total conservação. Talvez esteja caído quando sobrevoava o terreno em baixa altitude. eles resolvem sair daquele lugar em busca de Caroline, a filha querida de Alan, tudo isto em troca do assoreamento da terra.as era questão de honra pra John e seus amigos salvarem aquela que nada tinha a ver com tudo aquilo que o pai estava fazendo.

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Capítulo VI Márcia - Deixe estar!Disse Márcia, - Daqui pra frente... Sei do caminho! - Ah sabe! - Sei mesmo! - Só estou dizendo que sabe mesmo!Disse Johnny. - Sabes tanto que estamos... Perdidos. - O que?Resmungou Vick. - Quero sair daqui! Ela sai em disparada sem rumo e Johnny vai atrás.

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- Vick... Volte aqui menina!Sem responder ela infiltra do outro lado da ponte que os dividia. Depois de muito procurar... - Vick... Porque que faz assim comigo?Você Não vê que estou tentando protege-la?Que a selva é destemida, somente os fortes sobrevivem! Entre nós se torna um caso serio pra deixar que você saia assim! Tenha certeza do meu amor por você! Não vai fugir de mim agora! Depois daquela noite minha esperança ficou a flor da pele, sabe que você é minha de muitos tempos! Estas por acaso com ciúmes de Márcia? Sabes bem o que sinto por você. - É mesmo Johnny? - Quero que fique bem perto de mim e... - Mas o que é isto?Afaste-se menina!Isto aqui esta ficando perigoso!Uma cobra arma o bote pra cima deles. - Johnny? Johnny! Cuidado! Ela esta... A cobra enrosca em John e ele fica sem fôlego. Johnny esta todo enroscado e com muito esforço saca duma faca e desfere alguns golpes na fera que também esta enrolada em Vick. Até que o sargento chega para ajudar a matar a cobra.

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- Ela esta tentando nos arrastar pra dentro do buraco! Cuidado Johnny!Socorro!Ouvem-se um tiro e a cobra Solta John e Victoria. - Demorou muito dar cabo dela sargento! Quase me esmagava com seu abraço!Há... Que coisa gosmenta!Disse Vick. - Vamos tentar outra maneira mais fácil de encarar estes bichinhos que encontrarmos pela frente! Não é aconselhável destruir a natureza. - Mas... Esta natureza queria nos matar. Disse Vick. - Tudo bem! Mas não exagere apenas uma cobra inofensiva. - Há?Sei bem disto! Herói duma figa. Inofensiva aqui sou eu. - Não leve a serio Márcia! Estamos no meio da mata perdidos, e a comida esta acabando, a não ser que encontremos a Caroline hoje, teremos que matar uns animais pra comermos. Johnny... Eu sou vegetariana! E sabes bem disto! Não como estas carnes de bichos do mato. E sairmos daqui... Nunca

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mais quero fazer uma matéria sobre diamantes e índios! Isto aqui é demais pra minha juventude! Disse Vick. - Tem que ter nervos de aço pra agüentar o tranco aqui. O POR DO SOL Ilha Grande ano 1960 Capítulo VII Vick esta sentada perto de Márcia, sendo observado pelo sargento Falcão. - É... Somente Deus é luz! Somente Deus é capaz de proporcionar uma beleza assim! - Você... Acredita em Deus Márcia? - Sim! Tupã muito poderoso, trás chuva, reveste a selva quando homens brancos a destroem. Amo de paixão Tupã. Trás sol pra aquecer a natureza. Veja o quanto é belo este por de sol!

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- Como pode sentir tudo este ar, este sol escaldante sendo uma bruxinha Márcia? - Entendo... Vick, Mas sou bruxa por convicção minha. Posso ir e vir aonde bem entender e com quem... Nossa!Não seja indelicado amor! - Não seria uma bruxa se fosse imposta pelos meus pais e pela sociedade do halloween. Pra mim, tem de ser tudo natural, senão, seria apenas utopia de minha parte, viver tudo isto. - Amo este por do sol! - Tão belo quanto seus olhos!Disse Johnny. - Obrigada... Mahatma! Bom ouvir isto de você! Sinto-me mais mulher quando se refere á minha aparência. Intocável. Rsrsr. - Achamos melhor nós... Em terminou a frase e... - Caraíba! O que é aquilo vindo lá embaixo, Na beira do rio?

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- Índios! Vários deles, lá embaixo! Vejam a beira da praia. Disse o sargento. - E estamos no caminho deles. Eu disse pra não acamparmos na beira deste rio!Agora olha só! Podemos ser visto a qualquer momento. Vamos sair daqui. Apaguem a fogueira. - Mas... Mahatma! Pra onde iremos a estas horas? - Calma, descobri uma trilha cheia de outros rastros, vamos por ela, assim eles não nos encontrarão. .- Márcia... Não esta na hora de fazer umas... - Espere ai!Nada de bruxarias perto de mim!- Tudo bem sua Patrícia mimada! Mas fique longe de mim! - É melhor mesmo! - Márcia some no meio deles e reaparece na frente dos índios que já estavam perto deles.

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- Um... Fantasma!Nisto eles lançam varias flechas sentido a Márcia, e estas vão diretas ao coração do corpo incandescente de Márcia. Ela começa a falar um dialeto estranho, e com uma varinha solta uns raios pra cima dos índios que saem em disparada. Maldizendo o dia em que nasceram. - Pode vir agora pessoal! Os índios se foram. O que você fez? Onde estão os sapos? As baratas? Os grilos falantes? - O que?Perguntou Márcia. Ora sua metida a jornalista! Sou uma bruxa do bem! Não fico saindo por ai transformando pessoas em bichos. - Pensei que... Mas e este ratinho aqui? - Ratinho?Onde? - Só estava pensando se... - Pensando morreu um burro! Velho ditado. - Sabe Johnny! Percebi uma coisa naqueles índios. O que? Por exemplo. - Não eram índios. - Não eram índios?

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- O que vimos na trilha... São na verdade homens brancos disfarçados de tamoios. - Tem certeza do que esta dizendo?Porque motivo eles estão assim?Perguntou o sargento. - Vimos quando eles caminhavam pela trilha e. Como disse a vocês! São homens brancos. Eles estão querendo colocar a culpa nos índios. - Se for verdade isto... Quem poderá estar por trás desta sujeira?Tenho minhas suspeitas de que pode ser um fazendeiro! - Alan? - Tudo leva a crer nisto!Disse Vick. - Depois que encontrarmos esta guria, a chave disto desmoronará. Acho melhor ir atrás dos nossos supostos índios. As suas pegadas são visíveis! Até cego vê isto! - Peguem as armas! Antes do entardecer pegamos estes caras.

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Disse o sargento. Capítulo VIII Trilha de pedras Johnny e seus amigos seguem a trilha. E em poucos minutos, depois de atravessarem umas samambaias que estavam pela estrada, Johnny vê uma fumaça vindo do meio das pedras aproximadamente uns trinta metros dali. - Cuidado! Eles não podem nos ver!Disse o sargento falcão. Ficam abismados com o que vêem. - Caroline... Seu pai nos mandou... - Johnny chama bem baixinho o nome dela. - Oi... Carol?Ou eu Johnny. - Johnny... Ajude-me meu amigo! Estes homens disfarçados de índios estão querendo os diamantes que meu pai esta roubando da montanha sagrada. Por isto é que fui seqüestrada! É uma dor que invade meu coração, sabes bem que não quero ver meu pai metido neste trafico de diamantes.

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- Espere um pouco só e já lhe tiro destas cordas. Pronto! Venha devagarzinho, sem barulho algum. - Johnny, Caroline, Márcia saem de perto dos homens e logo estão com o sargento e Vick. - Foi muito fácil!Há... Há... Há Fácil até demais!Nisto aparece vários homens e índios armados até os dentes. E os rendem. - E o que vocês pensaram!Gorem todos eles e os amordacem-nos. É o que vocês pensam seus índios de meia tigela!Márcia faz uns feitiços, uma nuvem de fumaça surge no meio deles. - Zenda zomba, zimbra dim!Transforme estes homens em ratos pra mim. Nisto quatro dos homens começam um a um serem transformados em camundongos. Os outro resistem e são mortos a tiros por Johnny e o sargento.do em paz! Agora. Espere... Zimbra, zombara transforme este...! Perdão minha senhora! Perdão, não me transforme em rato!Por favor. -Há e

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Márcia ri das desgraças do infeliz. Saem daqui seu fedorento antes que me arrependo de te deixar fugir.m pouco mais a distancia se vê Vick, arrastando uma sacola que encontrara e escondeu-a dentro de uma mochila que encontrou pelo caminho. - É melhor sairmos daqui! Pode haver outros destes ratos daqui. Márcia solta uma risada - Há e - O que é isto Márcia? Francamente sua bruxa de parque de diversão acha linda morrer de rir e fazer dos outros ratos gatos e sapatos? - Estão todos mortos?Quantos são?Perguntou Vick. Dirias que se contarmos os ratos, ao todo são sete. Deve ser que tenha alguns fugiram das balas de nossas armas. -Por ser! Disse Johnny.

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- Mas o importante é que Caroline esteja bem!Obrigada meus amigos! Não sei como agradecer!Acho que vocês acabaram com eles, terminou tudo!Estou morrendo de fome... Alguém ai tem um sanduíche?- Sanduba aqui? Ironizou Márcia! - Ora Carol!Onde pensa que esta? -Esta pensando que a mamãe te mandou um sanduíche? - Brincadeirinha!Estou mesmo de regime! Tenho que malhar muito pra manter este... - Regime?Se ficasse mais uns dias aqui... Com este corpo, seria comida de cobras e onças. - Cobras? Aqui tem estas coisas? - Claro Top mo Del. Aqui é o berço delas.

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- Ontem uma enroscou no Johnny e Vick. Não fosse o sargento seriam comidos vivo. - Não exagere Márcia!É claro que existem, e isto é verdade! Vamos entregar esta nossa prenda ao seu pai. - E os diamantes?Onde estão estes danadinhos que não vi um até agora? Disse Vick. - No lugar de onde nem deveriam sair. No centro da terra, foram soterrados por mim ao sairmos daquela caverna lá atrás. - Não! Você não fez isto seu... Seu doido. - Fiz para o nosso bem! O pai de Caroline só nos pediu pra levar sua filha, e não os diamantes. - Que pena! Por um momento pensei que estava rica!Disse Vick.

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- Vamos? - Quer que eu leve sua mochila Vick? - Imagine que vou te deixar fazer este favor pra mim!Sargentão bonitão! Eu mesma carrego minhas coisinhas! - Esta bem!Nisto eles começam a caminhada pela mata, até encontrarem uma cratera perto dali. Param pra uma descansada. - Johnny? - O que foi Carol? - Estive pensando...

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- O que? Sua mãe deve estar aflita com tudo isto! - Que nada! Ela não sai daquele escritório pra nada! Acho que vai ficar uns cinqüenta anos naquela empresa. - O que ela faz mesmo? Perguntou o sargento. Ela excretaria do gerente, dos vendedores de peças, do diretor eu acho que também é secretaria dos vendedores de veículos. É secretaria de todos na empresa. Pau pra toda obra. Acho que ela esta ficando estressada com este serviço!Gora convenhamos, a Carol... Veio pra mudar isto tudo que esta acontecendo na vida de sua mãe! É preciso acreditar em si, correr atrás dos sonhos, eles existem e se existem as possibilidades são muitas de se tornar internacionalmente uma modelo, ganhar a vida neste oficio. - Vick se assusta com Tudo isto.

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- Coitada, deve penar nas mãos de tanta gente. E seu pai?Nem uma pedrinhas desta que ele envia aos supostos deputados ele não coloca em casa?Não faz nada pra ajudar? - Meu pai?Ele depois que veio pra este fim de mundo... Só pensa em diamantes azuis. Fazer o que? - Deixa pra lá meninas! Vamos embora. - Acredito que terminamos nossa tarefa por aqui. - Vou á frente como batedor deste grupo, sigam-me. Dizendo isto, o sargento rompe a caatinga com seu facão abrindo passagem para os seus amigos que estavam vindos atrás dele. - Grande batedor!Á há - Esta Márcia não toma jeito mesmo! Esta sempre rindo das desgraças dos outros. Disse Vick. Um pouco mais quando estava indo tudo tão bem... Uma flecha passa raspando as orelhas do sargento vindo do meio da folhagem ele sai correndo feito uma gazela. - Johnny!... - Os selvagens! Eles estão aqui.

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- Enfrentemos os inimigos? - Como enfrentar? Se não estamos vendo nada por aqui. Disse Carol. O silencio rompe dentro noite que se aproxima trazendo frio e vento forte. Por um momento não se ouve nem um piado de pássaro, somente o cair duma cachoeira logo á frente. - Seria um aviso? Viu algo parecido? Onde estão os índios que o sargento viu? Nisto começa uma chuvarada de flechas vindo de todos os lados, e uma delas cravou no lado direito do peito do sargento falcão. Este caiu por terra gritando por socorro. Márcia impede que algo de pior aconteça. Lança um feitiço sobre os índios e suas armas arcos e flechas se transformam em cobras nas mãos deles. Eles saem correndo feito loucos. Todos soltam risadas com Márcia. - Agora sim!Minha bruxinha linda!

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- Como faz isto?Quero aprender também. Pediu Carol. - Eu te ensinarei, mas tu és mais bruxa que eu!Ou você... Mahatma amanha. - Como assim? Ela é uma... Perguntou Vick. - Nada! Só estava pensando alto não é Carol? - Pensando bem!Á há deixe de mentiras Márcia. Bruxas já nascem bruxas. Minha mãe dizia pra minha irmã mais nova. - Há... Sei bem disto. Estranhou Vick

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Capítulo X DIAMANTES Eles entram na caverna indo de volta pra casa. Depois de verificarem os ferimentos no braço do sargento eles partem. Sobem uma trilha que dava pelo norte da montanha, sentido ao pico do papagaio. Quando deparam com uma caverna. - Johnny!Veja isto aqui! - Diamantes!Os lendários diamantes cor azul. - Vamos levar uns destes aqui?Perguntou Carol. - Não menina! Isto pertence á natureza. Deixemos como esta .- Estamos ricos! Pensou Vick.

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Suas mãos arteiras deslizavam pelas paredes da caverna. O sargento depois daquela flechada perdeu muito sangue e esta fraquinho. Sua ferida esta sangrando ainda. - Você acha que ele vai... - Morrer?- Sim!- Talvez. Disse Márcia. -Acho que se forem as Flechas que conheço... Ele não durará muito tempo. A febre aumenta!Ele não resistirá. Enquanto isto do outro lado da ilha. Os denominados tamoios encontram um grupo de garimpeiros escavando uma caverna com varias maquinas. Eram muitos deles, sendo comandados por Alan, pais de Carol. Aos poucos eles vão se aproximando Nisto um dos peões falava baixinho com outro parceiro. - Este lugar me assusta!Se olhar aos arredores verá que não temos chance alguma se acaso formos pegos aqui... Seremos mortos. Deixe disto!Quem irá nos atacar com tantas armas que temos aqui?Faremos picadinhos deles!Que venham estes índios fedorentos duma figa! - O silencio novamente toma conta da noite. Eles aproveitam pra fazerem varias fogueiras ao redor do acampamento.

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Aos poucos os índios vão eliminando seus oponentes. Não fosse a chegada inesperada da equip de mister Johnny. Que surge atirando pra tudo quanto é lugar. Vick e Carol se armam com duas pistolas a que encontram pelo caminho. Márcia e o sargento estão armados de arcos e facas e rifles. Johnny atira nos supostos índios. Até que se retiram deixando seus mortos pra trás. - Insh’afila!Graças a Deus! - Vocês nos salvaram. Disse um senhor de meia idade. - Onde estão os outros? Disse olhando pra ver se encontra o pai de Carol no meio deles. E por surpresa, encontram vários homens caídos pela relva fantasiados de tamoios. - Veja mahatma!É verdade que eles não são mesmo índios!Vestidos assim... É possível nos enganar!

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- Eram contrabandistas de diamantes!Vejam os maquinários! Tudo acabou. Disse Johnny. - Vamos acampar por aqui. Ao cair da manha iremos averiguar o que resta desta historia. - Eles estão cansados e por ali mesmo ficam. Restaram uns vinte e dois homens que se renderam ao sargento. - Johnny!Como vamos sair daqui?Estamos cercados por toda parte e não vejo saída pra nossa missão. - Tudo isto é uma metáfora! Os que restaram nada nos farão. Disse Vick. - Meta o que? Perguntou Márcia. -Metáfora Márcia.

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- Uma misteriosa tarefa! Mística, sem entendimento isto aqui. Tem algo de inusitado, algo de ruim no ar desta clareira... Cheira mal. - Mas onde estamos?Alguém pode fazer o favor me dizer? - Sabe Vick! Accredit espartos a.... - Acredita? Ò my good! Nick of time. - Don’t Cray for me Mister Johnny! - Não será desta vez que vou morrer neste fim de mundo. Estamos no covil de bruxas! E não boas como a Márcia. -Vick! Pare de ficar dizendo estas coisas!Enquanto eu Márcia, estiver com vocês... Nada nos farão. Ordenou Márcia que ficassem juntos. - Vou nada! A pressão emocional disparou dentro de mim. Vou ficar acordada com estes meus pressentimentos estranhos. - Estamos no meio da noite e logo mais vai amanhecer e temos que buscar meios pra sairmos daqui com vida. Isto esta ficando quente. Não vejo à hora de deitar numa caminha de minha casa lá no Rio de Janeiro. Tomar um vinho nos bares das ruas até altas madrugadas sem o tumulto daqui. A vida é

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longa e vale à pena beber com sabedoria, para se ter prazer sem o excesso das aventuras deste maldito lugar. Cheio de índios. Enquanto a noite cai, os tambores tocam ao redor da fogueira que Johnny fez pra se aquecerem. Eles esperavam que estivessem numa armadilha, mas nada disto estava acontecendo! Mente cansada vê o que não se vê. -Johnny!Vem dançar comigo? Convidou Márcia. - Dançar? Eu? Oras menina, faz tempo que não danço!Até que não seria mal, não fossem meus atormentados pensamentos por ti. Ficarei observando você de longe. Os tambores rugem por Márcia. Márcia esta... Ela esta dançando ao som dos tambores no meio dos mineradores!Vestida com uma roupa transparente na cor preta. Estilo axé. Uma dança frenética, ensaiada com as mãos do vento. Ei-la menina minha! Seus olhos brilhantes os cabelos Rebeldes esvoaçando ao balancear do corpo malhado. Johnny fica admirando as curvas de Márcia! A boca sedutora. Transgride até a mais alta esfinge das pirâmides do Egito!Todos observam Márcia dançando. Johnny fica aturdido sonhando com ela O bailar dos amantes.

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- É apaixonante! Não consigo me conter My Good! Is my life! Márcia… É um beijo bem dado! Um corpo suado. Depois de você... Sou eu quem mais te ama. Imaginava o que seria dos homens de boa fé senão fosse á fragilidade das mulheres. Neste momento, Johnny, Caroline e Vick estão sentados numa pedra olhando o horizonte relembrando o passado. Márcia chega pertinho de Johnny e lhe fala aos ouvidos; - Sabe mister Johnny! ”Escolha tua mulher antes de escolher teu caminho” É um provérbio árabe que me lembra você! Desde os tempos de adolescentes. Guardo este provérbio na cabeça e os encantos da magia no coração por você. Minha vida esta escrita nas linhas do seu coração. -Você, dança feito cão! Pura sedução. Sei que dançava fazia tempo! É uma dançarina moderna. - Eu também danço! Se ela dança... Claro que eu danço! Disse Vick com uma pontinha de inveja no olhar. - É!...Sei bem disto! Dança da chuva, das flores a bem da verdade é mulher mais sex que conheço! Não fosse minha amiga! Rsrsr. Linda e charmosa, você ainda costuma fugir e esconder-se nas pedras das cachoeiras?

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- Às vezes sim! Vou até lá! Minhas lembranças me afastam de meu destino que é você. Os tambores silenciam e Márcia senta ao lado de Johnny. - O que pensar de mim, Johnny? Ainda me amas? - O que dirias menina? Depois que fui pra cidade grande estudar... Deixei tudo no passado!Os brancos vivem vidas irregulares! Tem muitas mulheres e não cuida de nenhuma delas! Não iguais aos índios tamoios. Lá O amor é tratado com desdenho. E nada é importante pra eles a não ser sexo e festa aos sábados. Ninguém é de ninguém! Entende?Não é importante amar. Constituir Família é mais um tabu. - Mister Johnny... Eu amo você! E não me importa o que dizem, ou haverão de dizer! Importa estar bem! Esta é uma vida curta. O momento é de expansão e muita alegria! As energias destras estrelas nos fazem refletir sobre o amor. Olhe Márcia! Quem me dera ficar com você! Seria o Maximo que me pode acontecer. Não sei se me conseguiria morar na selva. Amar alguém pode ser uma objeção uma relação mais futuramente. Meus pais morreram! E eu não sei nem do meu ontem o que dirás o presente seguindo do amanha. Sabe? O que mais quero na vida é sair deste maldito lugar! Só recordações de minha família e está me dilacerando o coração. Quando chegar a redação, vou pedir umas férias e bem

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merecidas longe de tumultos religiosos, ou qualquer outro que seja. Veja a Caroline! ... Esta menina tem um futuro pela frente, e não sei se sabe!Dança tanto quanto você! Ela se sente segura espairecendo a mente e o corpo sarado que existe nela. E quando resolve dançar... Amor. - É mesmo! Pretende ficar com ela pra você? Ninguém é dono de ninguém nesta vida menina!Você tem belos olhos, é esbelta tem um corpo de dar inveja em muitas mulheres de sua época. Porque não se lança ao mercado da moda?Hoje em dia são pouquíssimas mulheres que se preocupam manter a vaidade aflorada. Por isto... São esquecidas no tempo. - Quero saber se aceita passar uns dias comigo na minha modesta casa! Disse Márcia. - Talvez Márcia! Quem sabe? Tenho que levar a Vick para casa e... - Olhe tenho certeza de que vai gostar de lá! Pode levar esta sinhá ai! Por que achas isto? Ela não iria conosco. - Você é uma pessoa exótica, e aprecia um bom vinho e mulheres sedutoras. Rsrsr. Levemos a Vick conosco. Preciso mesmo de uma assistente de bruxa. Rsrsr.

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- Se ela quiser!Vick? Vai me acompanhar nesta honra de conhecer a casa de Márcia?Ficaremos uns tempos e aproveitamos nossas férias aqui, depois relatamos a matéria ao jornal. - Vou sim, meu mahatma! Irei com você até o fim do mundo! - Aceitaremos seu convite Márcia. Assim como um diamante está contido numa pedra bruta, em certas horas na vida, nos propõe superar obstáculos que você acreditava não ultrapassar. Realmente nos estimulam ao amor. Numa época desfavorável em que nos permite até mesmo sonhar. Não existe mais nenhum risco na selva. Os selvagens se foram, muitos deles morreram. Pai de Caroline fugiu levando seus comparsas, e reina na selva a liberdade. Caroline volta pra cidade com o sargento e o que restou dos companheiros. Vick fica com Johnny e Márcia. Dez dias se foram desde que eles saíram do Rio de Janeiro a esta missão. - Eu acho, concordaria se não concordasse não teria dado a você este gosto de estar ao seu lado nesta luta. Ele termina e sai com Vick e Márcia, enquanto os outros tomam o caminho de volta à cidade. Caroline se volta, olha para Johnny e sorri. Esta segura com o sargento.

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- Vick? Quer que te leve a mochila? - Não! Eu mesmo levo minhas coisinhas! Rsrsr - Entendeu alguma coisa Márcia? - Nadinha sombra da noite. Rsrsr. O barco sai levando Caroline e os outros de volta ao Rio de Janeiro e de lá, Caroline irá para Belo Horizonte se encontrar com sua mãe Eliet. Mazele. Antes mesmo do amanhecer. Deixando para trás toda aquela que poderia ter sido seu afortunado caminho dos diamantes, não fosse Caroline e seus amigos, os índios fajutos teriam triunfado em seus planos. Seu pai que foi esperto se mandou pra bem distante. O tempo passa sem pressa! As flores florescem na mais intima terra. Márcia segue pela trilha que dá para sua moradia. Capítulo XI Caça aos bandidos Rio de Janeiro, a cúpula do governo se reúne para mais um daqueles decretos mirabolantes criados pelos homens. Johnny esta na ilha grande, defendendo os direitos daqueles desprezados índios. Márcia e Vick são aliadas deste projeto. As tribos estão se unindo ao norte da montanha, não se sabem ao certo em que

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situação se encontra os reféns, o que soube no inicia é que eles estão se armando em pé de guerra. Logicamente os bastardos dos mineradores, sentiram a presença dos índios e se mandaram, sendo perseguidos foram pegos pelos índios, sendo depois levados pra um lugar cativo. Temendo o pior, estou assim afoito com tamanha situação. Desculpe-me os leitores, mas a verdade é recíproca quanto à moeda tem seus lados: os índios temendo perderem suas terras para os homens brancos. Alertaram-se, debandaram seguindo o conselho disciplinar da tribo, conhecedor dos poderes que a selva trás, se refugiaram buscando meios adequados para atacar o inimigo. Quando se entra por uma porta se sabe voltar na hora certa ou debandar de vez sem final ate se acabar com suas carcaças estiradas nas pradarias. Diferem-se aqueles dos quais morreram pelas mãos dos homens brancos. Vi o céu se abrir em fogo naquela noite sem estrelas! As nuvens se abriram em leques circulando as montanhas, anunciando um temporal, os animais correndo pra os abrigos, era frio o tempo. Sabendo do que estava por vir, eles se aninhavam uns aos outros. Os guerreiros deixaram as suas tribos e se ajuntaram em um determinado espaço na selva, agora, é preciso animo e buscar entendimento com o pajé demarcando áreas das, quais deveriam ou não atacar primeiro. O conselho demarcava cada gesto da tribo O mapa desta situação e demarcado nas seguintes localizações: ao norte ficam os nativos da reserva Tamoios do chefe lua cheia, e a sudeste, ficam os comandes, dos quais setenta por cento são apenas pescadores e índias com inúmeros filhos. Na região central, ficam os Apaches, índios preparados pra guerra, têm treinamentos diários por um soldado. Mestiço do movimento indígena, formado na reserva Navajo nos usa, o sargento Sant Clair. - Não quero alarmar ninguém, mas haverá um desastre que arrastará muitas vidas e inundará a selva de sangue, se houver

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realmente por parte dos mineradores e os senhores feudais uma reação maior, e se não baixarem as armas. Trata-se de uma estratégica, de cunho não precisamente nos termos militar agindo juntamente com os mineradores, para acabarem com os meios de defesa indígena dos quais se fortalecem a cada momento. - Bem!... Sabendo disto Dr. Pinochet. É melhor nos apressarmos em levantar a bandeira da paz. Irmos lá saber de perto o que esta realmente acontecendo. Quem sabe, Johnny já não tem o caso resolvido? Dizendo isto, Sant Clair, desvia os olhos pra uma planície a distancia de um tiro de. Flecha destacando os picos da neve que se esconde atrás deste temporal que cai neste momento. Existem inúmeras ilhas ao leste e O território livremente, se estende entre aquelas ilhas no meio da selva, aonde os índios se refugiam quando existe um surto de guerra. Tal era a hipótese de guerra, aos segredos da selva, devem ser protegidos, quando se tratam deste assunto... Bater em retirada para as montanhas, ou cavernas subterrâneas ao norte. São cem quilômetros de terra virgem nativas. E os mineradores se instalaram e querem a todo custo roubar a riqueza dos índios tamoios. Os diamantes azuis. Acho que descobriram seus pontos fracos! Agora eles temem por seus filhos e mulheres. - Dr. Pinochet o que devemos fazer? Temos de um lado as montanhas e do outro... Do outro temos as possibilidades de escaparmos daqui vivos. Disse:

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- Como assim Dr. Pinochet? - Não sabes o que espera nas paredes destas cavernas e seus rios subterrâneos? Meu caro elementar relator do governo?Se bem que ficar atrás de uma mesa relatando os acontecimentos é diferente de estar aqui na selva tentando salvar a sua pele!Não se esqueça de cada detalhe! Pode lhe ser útil nas pesquisas indígenas. Deixe disto Dr. Pinochet! Se bem me lembro, o senhor é mestre em assuntos indígenas. Talvez seja o senhor a apaziguar tudo isto com os índios!- Eu? Ora quem mandou os mineradores terem olhos alem da barriga? - Olhos alem de que?- Deixe estar! Não é nada que lhe venha ser útil mesmo. Depois de dizer isto, o Dr. Pinochet, sai pra dar uma volta para espairecer. Se os índios se rebelarem... Ninguém os poderá segurar. Conselho de chefes Esperada uma grande manifestação por parte da política federal na defesa, guardar as leis indígenas dos malfeitores. - Ficar a espera de um de milagre seria um tanto exagero demais!Não acha Dr. Pinochet? E como Presidente deste conselho, nesta reunião deve buscar soluções imediatas para o caos que se submetem os indígenas. - Elementar meu caro promotor! Estabelecemos regras e pronto, resolve o problema.

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- Mas era preciso se apegar em qualquer situação parecida. O comendador Baron havia feito um pronunciamento na câmara dos deputados, dizendo que a liberdade era de ser alcançada antes mesmo que os índios rebelassem na selva. - Pois não é que parece! Se os colonos mineradores eram demasiados em suas funções, adequando-se aos estaleiros aonde pretendiam trancafiar os índios? Fazendo-os de otários? Escravos da fazenda do ipê amarelo? Onde o pai de Caroline mora? Oras meus amigos... Não se encontram mais índios descrentes de vida neste País. - Fiz ao meu estado mental as seguintes perguntas e não as obtive respostas: aonde foi que eles esconderam os diamantes azuis? O tesouro dos índios, mas ninguém sabe responder. - Sumiram Dr. Pinochet! Com todos aqueles diamantes nas nossas barbas. - Indaguei o vento! Pois ninguém sabia dizer o que foi feito daqueles diamantes, ou quem estava por trás deles. Acho que foram parar nas estrebarias abandonadas pela colônia, existem muitas mazelas neste País sem dono, sendo que os gringos tomaram conta das riquezas desta terra. Ó Pátria amada, respeitada por tantos e pouco são os que te conhecem. Despidos estão teus seios á mercê de senhores feudais roubando seu mais precioso bem. Não o farei novamente as mesmas perguntas á selva! Se os mineradores indevidamente, extraíram dela o sangue e não

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devolveram nada. Deixaram à destruição! As crateras ficaram abertas, e as suas águas estão descendo infectadas de mercúrio. Ouve-se o choro das índias se lamentando as conseqüências da natureza. Dr. Pinochet existem vários projetos ambientalistas seriamente engavetados nos gabinetes e plenários da constituição. Mas... Academias de mestrados políticos se encontram para o chá das onze, não é assim que esta corte os conhece?O mundo cai por terra enquanto eles se divertem tecendo conjunturas e manobras a seus Modos. Pegue um Airbus e voe para os Alpes! Faça umas férias supostamente generosas com seus assistentes de gabinete. Os espíritos da selva rondam o fortim. Era preciso mais que magia para sair daquele inferno selvagem. Ainda que desviasse as atenções para uma possível estratégia era de saber se o outro lado estava de tocaia ou não. Mas, ninguém sequer sabia disto! Fico a pensar se não estão boicotando minhas idéias haverá de ser estudado meio que mudem esta maldita gula pelo ouro derramado em sangue, nestas terras que não são nossas, mas temos o devido direito de defender, porque somos autoridades do governo Federal. O que o presidente fará quando souber que falhamos em missão? É claro que ele fica sentado com seu traseiro naquele trono que, mas parece um totem e um chefe indígena dando ordens, o que não é verdade! Os índios vão a campo pra defender seus direitos, ao contrário de muitos políticos espalhados por ai. Márcia, filha do chefe das tribos tamoios do sul, comanda a proteção das famílias que ficaram á espera dos guerreiros. Traços de bravura conquistada por sua coragem e resistência na selva. É o ícone da reserva indígena. Olhos de águia, pretos bem escuros, cabelos longos, corpo esbelto. Conhecedora de toda a selva, Márcia a bruxa de Mahatma. Mister Johnny e Vick, caminha por entre os arbustos, depois sobe uma montanha por uma trilha ao norte da serra. A demora é tanto, mas

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vale esperar para encontrar o castelo de Mahatma. A equipe da expedição, que estavam a caminho do Rio de Janeiro, foi interceptada. Por uma embarcação que estava indo para a serra do papagaio. O barco de tamanho médio levava dose pessoas a bordo. Carol se escondeu no fundo da embarcação. Ela se levanta e é vista. Bandidos com caras de poucos amigos, se entre olhavam. O barco se encosta-se à embarcação de Carol. Um deles se aproxima de Carol, e a pega pelos cabelos. Era uma embarcação de poucos tripulantes Conte-me tudo!Mostrou-lhe uma foto de seu pai junto com uns mineradores. - Quero saber onde estes homens e aquele jornalista e sua assistente estão. Ela nada diz. Com medo de represálias, se esconde, e nada diz. - Vamos... Quero saber, senão me dizer... - Calma! Eu posso dizer! Nada tenho com estes mesmo!Mas deixe-a em paz. O dono do barco sabia demais. E Carol nada podia falar que era filha do minerador de diamantes. - Fale fio duma égua! Antes que te corte a língua. Gritou o chefe da gang. - Então, estes aqui na foto, são amigos dos jornalistas. Eles ficaram com os diamantes lá na selva. Nada nos disseram! Mas acredito

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que esconderam os diamantes e agora, fingindo passar as férias por aquelas bandas, nos despediram para casa. - Sabes o caminho? Podes nos levar a eles? - Mas é claro meu senhor! Os direi com prazer. Mas, devo adverti-los de que tem muitos índios doidos por escalpelar os humanos que por aquele lugar se aventurar ir. Os levarei até uma estrada, depois disto, se me liberares. - Esta bem! Seja assim como diz - Que venham os bastardos! Vamos fazer picadinhos deles. O que esta achando Felix?Seu rato de beira de praia! Quantas vezes te falaram pra fechar esta matraca? Ninguém pode saber que estou à frente desta operação. - Desculpa chefe! Nada sei. - Deixem de fazer piadinhas barril! Onde a porra daqueles caras colocou os diamantes? Queremos os diamantes, e não aqueles jornalistas. Devemos acabar primeiro com a bruxa que esta com eles. Neutralizamos seus poderes, e depois, explodimos a montanha com tudo o que existir dentro dela.

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- Vamos logo com isto! Peguem um destes homens e traga junto a esta mulher! Leve o Zé ruela, o língua solta! Servir-nos-á de boa valia. Matem os outros, depois afunde o barco. O sargento e Carol, nada fizeram! Seus amigos foram exterminados diante deles. Levaram com eles o Zé ruela. Depois jogados ao mar. Todos afundaram com a embarcação. Estamos nas encostas da ilha Grande, eles havia navegado apenas uns dez kilometros de onde deixaram Johnny, Vick e Márcia. O tempo passa sem pressa! As flores florescem na mais intima terra. Márcia segue pela trilha que dá para sua moradia. É bem provável que tenha saído o tiro pela culatra. Indo parar os bandidos na garganta da montanha sagrada. Márcia, Vick e Johnny, nem sabem do que se passa. Enquanto isto o castelo de Márcia esta bem perto deles. Eles caminham pelo jardim. - O que eu não daria por uma ducha quente!Meus ossos estão partindo de tanto frio e o vento desta montanha às vezes nos fazem reféns de seu clima. Quero um banho bem quentinho. Disse mister Johnny. - Oras meu amor!Disse Márcia. - Feche os olhos e venha comigo! Era meu hospede por uns dias. - Deixe de brincadeira Márcia! Faltam muito pra chegar ao seu... Como disse mesmo?

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-Disse castelo, meu amor! - Esta bruxa tem cada uma!Por mim ficaria em um hotel de quinta! Bem longe de suas bruxarias. Disse Vick. - Estamos chegando meus amores! Breve terão cama quente, e muita comida. O tempo passa, e logo eles chegam perto de uma clareira, jamais vista por olhos humanos. - O que é isto Márcia? Que lugar é este? Perguntou Johnny. _ Meu mundo senhor! Sei que não é permitida a entrada de estranhos, mas vocês são meus convidados. Venham! Conheçam minha morada. Ela os leva até um jardim repleto de orquídeas! Diversas flores adornavam ao redor do castelo de Márcia. Ele, olhando de fora, se vê as janelas e portas de madeira, o castelo de pedras escuras. Nas portas haviam um sapo desenhado, e outro de pedra a direita duma janela. Márcia de aproxima de Johnny, quando este havia se distanciado pra ver de perto um pequeno lago ao redor do castelo, esta lhe fala ao ouvido. Enquanto isto, Vick sai para dar uma volta ao redor do castelo. - Bem tanto quis este momento estar com você! Meu gostosão. Plantei diversas flores para perfumar seu caminho, como estas que estão adornando agora! Estão em pleno ano de florir. Bem quisera

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eu beijar esta boca sedutora, sem me distrair de meus poderes, muitas vezes esteve comigo. Ela indica um caminho até a porta de entrada. Enquanto caminhava, Johnny se desvia os olhos, para uma das criaturas que Márcia cria em cativeiro. Um lobo preto, com cara de poucos amigos. Olhava para os visitantes babando pelos cantos da boca. No centro, outro lobo, mas de cor branca, olhos azul. Parece-me ser dócil. A morada de Márcia é um pouco exótica! Bem aconchegante. Também extravagante. - Como não me disse! Não moravas em casa comum? - Oras meu mahatma! Bruxa que se presa... Tem seus truques e magias. Sou uma incógnita neste mundo! Sou o que sabias que eras! Uma determinada bruxinha no meio da selva. Cercada de estranhos querendo minha vida por fim. Eles tentam roubar o que mais sagrado trago comigo! - O que minha bruxinha? Perguntou Johnny. - Nada direis!Descubra meu querido. Não deixarei acontecer nada debaixo do meu nariz, sem que eu mesma não o queira!Vamos entrar. Aqui o tempo é curto. Temos muito que fazer. Eles entram, e Márcia segue para a parte de cima do castelo, Johnny fica olhando ela se dirigir a parte de cima do castelo. Aos arredores estavam como se a moradia se mantinha limpa, mesmo quando ao tempo em que estivera fora com seus amigos, tudo era

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limpo. Como fazia Márcia? Tinha um daqueles criados excêntricos no castelo?Cuidado meu amigo! Leio sua mente, e me faz muitas perguntas das quais não quer mesmo saber!Olhe! Fique aqui, vou subir e tomar um banho, sua bruxinha depois volta aqui. Tudo bem! Mas não se demore! - Certo meu cheiro!Aonde foi parar Vick?Sumiu do nada... Johnny pensando em Vick percorre os olhos pelo castelo de Márcia. Uma maravilha, mas sua curiosidade é maior que seus anseios de cavalheiro. Resolve dar uma espiadela básica. Sobe até o quarto de Márcia. A escada é longa, apresenta-se uma curva antes de chegar ao andar de cima. Um salão enorme repleto de quadros, artista famosos, havia uma replica da Mona lisa.Espere, não é a Mona lisa! É Márcia. Johnny segue adiante, ele vê uma suíte, e muita fumaça saindo de lá. _ Ela deve estar tomando banho mesmo! Pensou ele. Aproximou-se e; - Meu Deus! É Vick! O que faz aqui? Ela estava lá fora e... Pensou ele. - O que ela faz aqui? Onde esta Márcia?As roupas que vejo ao chão são de Márcia!Ele vê as roupas intimas dela pelo caminho que se segue ao banho.

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- Mas ela toma banho num caldeirão de água quente? Não se queima?Um roupão na cor vinho estava dependurado na porta de entrada. Johnny arrisca, e chega perto pra olhar. Ela o deixa excitado, louco sem saber o que dizer. Vick esta de costa se banhando, ela percorre o corpo com um sabonete que incendiava com seu aroma. - Que mistério tem ai?Será que Márcia se transforma?Ele sai correndo sem fazer barulho e senta-se numa cadeira. O tempo é longo, e Márcia desce. - Demorei amor? - Deixe disto Márcia!Não demorastes nada. Posso lhe perguntar uma coisa?Moras com mais alguém? - Porque pergunta? Moro só! Agora estamos a sós. Isto te faz ficar com algum receio? - Sei! Pareceu-me ter ouvido a voz de Vick cantando! - A Vick esta dando umas voltas pelo castelo!Não se lembra?Espero que meus gatinhos não a tenham devorado. Depois de tantos acontecimentos é possível que esteja vendo coisas!Venha vou lhe mostrar minha sala de trabalho.

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- Deite-se! Vou lhe fazer uma deliciosa massagem. - Deitar-me... Aqui? - Sim! Depois deitar-me ei sob você, sentirás meu corpo massageando cada ponto, De seu corpo, até que encontre o ponto “G”Ela lhe mostra uma maca de massagem e pede que se deite. - Sim! O que queres de mim... Pode ser que eu tope e... - Quero levá-lo a loucura meu amor. -Tenho medo de estar apaixonado por você! - Tem receio de que meu mahatma?Talvez pense em fazer amor comigo e depois te matar? -E se a Vick chegar? - Há... Oras seu bobinho! Dei um jeitinho de ela demorar um pouco no que esta fazendo. Quanto a ti?...Vales mais vivo que morto, faltando pedaços. Você é meu doce mais doce!- Âhâ! Sei bem disto que fala.

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- Quero um beijo de amor! Quer o que Márcia?- Um beijo. -Um não!...Um tanto. Deita-te aqui perto de mim. - Quer tomar uma bebida? - Pode ser! O que tens?Essência de vinho silvestre! Uma adega inteira bem pertinho de você. Conhece este vinho, meu mahatma? - Sou exímio tomador de vinhos minha bruxinha! E não esqueço um beijo bem dado. - É, mas... Então me amas? - Decerto que não, mas... Quem me pode saber o dia de amanha?Me as de me mostrar-me seu quarto?- Que disse amor?Mas é claro que vou lhe mostrar tudo de meu castelo, a começar pelo meu quarto. Srsr. Vamos? - Sim!Eles sobem à escadaria, e estão à porta do quarto de Márcia. Entram e encontram Vick deitada, vestida apenas com um transparente baby Dou.Mister Johnny se assusta.

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- Que esta acontecendo aqui?Você me disse que a Vick estava dando umas voltas e... - Calma meu amor!Olhe novamente e... - É a Vick! Que fez comigo menina?Enfeitiçou-me? - Nada disto meu mahatma!Esta sou eu nos seus pensamentos. Tenho visto suas fantasias comigo! Fiz-lhe este presente. Muitas luas se passaram e somente agora, estamos mesmo perto um do outro.Come Beck to me!Volta pra mim. Nos duas vamos ser sua, se nos quiser. - Rsrsr. Como não entrar no seu jogo?Eles trocam beijos na entrada do banho, a imagem que Márcia criou segue-os com os olhos. Cada detalhe da sedutora cena de amor. A porta se abre, eles se atiram na banheira, que a propósito os aguardavam.Cheia de flores silvestres. Sabonetes aromatizantes. Ao fundo uma fumaça se elevava ao céu. Em minutos tudo se transforma em magia. Eles se abraçam se elevam os corpos quentes. Márcia seguramente ascendia à imaginação. De seu amante sedutor. Uma taça de champanhe os esperava no quarto. Supostamente iniciada uma investida de beijos anunciando o que era previsto nos sonhos de Johnny. Uma terceira pessoa seria atraída para junto deles, e esta pessoa seria o inicio e a razão. O meio e o presente, de serem um para o outro.Eis que Vick se aproxima, ao que pensa Johnny ser aquela que estava deitada na cama de,Márcia. Vick estende os lábios e Johnny os beija. Márcia se afasta dando de costas

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parafraseando línguas de todos os tipos, enquanto, Rosavam-se uns aos outros. Vick loucamente retesava o corpo pra cima de seu sedutor. - Amor!Nunca mais me deixa só! Promete-me? -Sim! Claro! És minha. Márcia, ou Vick? Quem me as de saber? Amo as duas. Um trio amoroso, nunca imaginaria sito! - Se somos uma mesma pessoa nos seus sonhos! Quer-nos assim mesmo?- Terminantemente que sim. Nisto, Márcia, deixa o corpo cair sobre eles. Vick beijava a boca de Johnny e Márcia o corpo.Tão logo se foi o tempo. A noite dos amantes, como teve inicio, também teve seu fim. Era manha quando Johnny acordar daquela orgia sem medida. No quarto estavam taças de vinho, e uma jarra de gelo ainda no ponto de serem. Usadas. Estava só. Mas na cozinha, Márcia preparava um banquete, como uma dançarina e tudo mais. Ao fundo uma deliciosa musica ressoavam o ar. Era tudo o que se queria na vida! Uma mulher sedutora, vida farta, amar e ser amado. Mister Johnny se apresenta a mesa. Fica maravilhado com a magia do castelo. - Onde esta Vick?Esta lá fora?Quero vê-la!Calma meu bombom!Ela esta vindo em sua direção. Mister Johnny olha, mas não a vê.Em segundos, Vick esta á sua frente. - Como fez isto Vick?- Seu bobinho! Sou eu... Márcia.

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-Mas onde esta Vick?Passamos a noite juntos e... - Rsrsr. Passamos é?Rsrsr. Errou meu mahatma! - Eu e você a noite inteirinho só para nós dois. Foi isto que viu. Nada mais. -Como não! Tive-a nos meus... - Braços? Teve é?Ora meu amor, somente eu e você estivemos naquele aconchegante quarto toda a noite. Dançamos, fizemos amor, de tudo um pouco! - Não é possível! Sinto o cheiro dela impregnado em meu corpo! - Se não sabes meu mahatma, sou uma bruxa! Esqueceu? - Era você no corpo de Vick? E quem estava no seu corpo se estava comigo todo tempo?Nisto, Márcia se transforma em Vick na frente de Johnny. Este se assusta com a magia de Márcia. - Deve ser aquele vinho que tomei antes de... TRIO AMOROSO

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Capitulo XII - Uma noitada sem vinho não é noitada. Passei a acreditar nos poderes de Márcia. A Vick não veio conosco! Veio-se e, evaporou-se. Apenas era um copia dela nos seguindo todo o tempo. Mas copias não falam! Nem sonham, tampouco faz amor. Será que Márcia é ventríloqua?O pensamento era tantos que se perdiam na mente de mister Johnny. Era mesmo de se confundir as duas. O poder de Márcia é assustador. Depois de muitos goles....Amor...É preciso mais que magia pra me deixar desorientado! -Rsrsr. Disse Johnny Mahatma. Sinto-me fraco! O que colocou naquela bebida?Alguma de suas bruxarias?Oras mahatma! Nada de mais. A mistura daquele vinho é tradição de família. Eu mesmo os preparo. São de uvas selecionadas, mas de cem anos atrás pelos meus pais.Esperava alguém importante pra servi-la.Este momento era de suma importância pra mim. Dividir prazer e vinho. –Sinto-me fraco! As pernas bambas, o cheiro impregnado de Vick no meu corpo todo. Fizemos amor? Será que... Não poso continuar assim! Amar duas mulheres, sendo ela... - Uma bruxa meu mahatma?Rsrsr. - É loucura demais pra minha cabeça! Márcia? Ouves meus pensamentos?Terias por mim, amor eterno? Esperei-te por tantos anos de minha vida!Pergunta Márcia. E porque não? É uma mulher como qualquer outra, não fosse uma bruxa medieval. É bela, pele aveludada, cheira bem teríamos muitos orgasmos juntos.

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- Amas-me? - Verdadeiramente que sim, Márcia. Embora, ainda não me decidi. Mas quando as palavras não são claras como a luz! Os olhos de certo,Seduzem, confirmam. O amor é como um raio caído dos céus refletindo luz. - Meu mahatma! A vida é dádiva de ser vivida com amor. Puramente. Podemos ficar aqui, para todo o sempre, se quiser.- Impossível Márcia! A vida tem tomado rumos ignorados. No entanto, devo assumir meu gabinete, Em Belo Horizonte. Não vejo hora de sair deste fim de mundo, e viver no meio de gente. Sentir cheiro de gente, tocar gente. Sabe? Tomar um café no bar da esquina, tomar sorvetes na praça da estação. Dançar com as mulheres do Brilhante, fazer um Tur. Ouvir o Eduardo Costa rasgar a viola nos bares de Beaga, depois desesperadamente tomar um vinho, um uísque espanhol. Pegar uma das prostitutas da zona sul pensou ele. Ir ao parque, dar comida aos animais do zoológico. Sente? Isto me faz falta. Ir ao baile no salão da Pampulha. Andar pela orla da lagoa. Retomar o serviço. Ir à zona sul, ouvir a ultima novidades de moda, de tantas coisas... Pra se fazer por lá. Jogar cartas na praça da liberdade com velhos amigos poetas. Irias comigo? - Meu mundo, mahatma, é traçado pelo seu. Ás de levar-me em seu coração, caso meu corpo não fizer a travessia com você. Elas são as mesmas pessoas dentro de Johnny. Quem vai acreditar... Talvez o leitor tenha alguma duvida?A Vick é Vick, e Márcia é Márcia. O que o leitor viu aqui, foi uma ilusão na mente de

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Johnny. Às vezes ficamos assim, cheio de fantasmas dentro de nossas mentes quando amamos duas pessoas e não as distinguimos uma da outra. Não houve noite, apenas horas.

FIM

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