ª -...

12
0111.ne tulit Jlllt1ct11m, 'l\IÍ mJscnit 111ile cla/çi L ectorem tkleclando pai iler que morieut!o , ÇH or.) TÉR CA FEIRA 30 DE JU NHO . .> A MORTE DE soca.A.TE$. rcsolreram pôr em exec uçam os SIUlStros projcctos, que h in iam formado cootrn sua vidn. -or rn(lis q\tC e tar.)los outros A .co mc<l in <las K'lli:cns <l'Arístophanrs po<le ser' t.< : nham apresentar aos olhos olJin<.la como a pril)'lcira conlrn So- <lo murn)o Soprn tcs" como epsí nrwuo 0.S fi l hos cro lcs; pôr sobre o then Iro ( <l' A t·hcnas' im pleda- a roubar seus -prQfcrin<lo blasfemias con- <lcs contra os deu.ses <' sobre tudo contra Jupi- trn os Úcose$, hc inn<•,Saw!, a coo<lucln ter na boca d'hum cidü<lam, era prorncar sua d 'este gran<lc home m foi o que mai3 mo1tc, e apenas pode conceber-se como deide cpnfirmam os <l.:pra , a<los d .. e3scs dl!- este momento Socrales nam tenha sido vict'ima tr actores. Soc;r:il\'s , mQrT eo he vNJa<le, por dt' odiosas <lclações d' J\ rislophanes. )mina ,Sl:!nlença mas em A' testa de sc·us inimigos es tavam Melito eo tempo .se !ia ri;; to ' que os tyra,n- .i;\nylo. o primci,ro o acçusou formal- Jl•.)S hajam frj lo j U sliça ao bQm<:m , q lle p.rc- mcn le de riam rt'COnhece 1 1' OS dcoscs d' A'thcnas' 1c>nc.h:o rcform;tr os nros seus senJwrcs? ou - tl'i n<:ulcar noras divin<lades de corro ui per' dn qlw cpncha ie 'io, que hor:ncns cnf11tuàdos a j11verJtu<le. ([,, .. ltpham -,ido . t- p.'l- quarenta que So.crates tfoha di5- r;i aqu1:ll1·, q1 .w < ·ll1•s oll.ium com in, ·eja de prc- cipulo,, JámAis suas lições h.aviam sidoscçrctas: ccdeoi:ia ! Opi1, 1iG1·s lia, de quo l;)ocrales nu .m l> cH ndo poi:> scrt'lll co n11ccidos ·seus principíos, 1'01a , cpndr.111n11Jo n<'rn por . se1,1sJ nin1i gos., ·rl<'m a occuimça1)1 era absur<lak mas ém Atb cnt\S w;v•, P.9.r t al uc1;usu<6n m era e os seus amigor t' 1mpa rc1<ws rm t.o<los os tempos, relaçam hcm o conlwc.0.ram. Lys in.'o ha bil orador' :10 privilegio, N.!c se _uffn.nava ' ck tN c.l'us. lu ·l<'ll)po .quiz ,<i' suas ordem hum <l emonio ou cspirilo fami- masSoc:rntes , eamacceüo u a"offorttt, recusandd ] iar, que Wcri Qt lJlt>nt e.. lhi: <l!' _<:<>oSt>lhos mi, cJpf.·Qdcr-se por hum a ou tra bóca, q uc nam imporl:111l <'s . E:ste Jemonio finalmente a sua. CQO\ ' ÍCto . <le s1ta nam o excitava a( fost:r ,la l ou tal acçam; eite t1ou todo.s os .meios tl'npplncar seus juizes com se <;m reprimi-lo, , quando ellc in- Hrpplicup-soJlicitnçôcs ou ln prímas de ltin\i lià ! tl'nlnva mal. Para d'hnver Tnm s{ 1gai _e tam profu,nd;,imcn te mcdHadd.foí qo<"riJo l'ngnnar &cus conlemporaoeos, Xe,no- o discurso, que coutrn Socral<'s Mclito pl·oh un- phonté t<1m:• · hnm tp;ui <'ngenhoso ; cl- ciou, quç aqucl1e ter-se lc qye \ ;011. interior nnm era cçn a si-mcsmo;' tan 1 > as par<'ciam \ero- SoçrμLJ,:1> •tinam .sua . pr-l«iel)c iu, i;up1·riur á dos simcis, pin<lf.l < q e t•l111s ocohuma reln.çarn ti- o otrQ!i m. a!! fasia crer \csscm com a v• dadc A rcpo,sta de ::locr:ttt's, l'.lflllllª! ' Jl { fi111 <Jc p:im por nrrog;rnte. que Plulflm lr .a nscreVl'O cbt·gou a nossos lM:tlpos · hto ,, nf1m Sí\li;;fítZ :i . n.te!rafi!.<!llt(,'. Ci ieir- cm :i qu . ce;tc philosopho eloquente <'Om- t'fll · q"c Lcm <li,Cl\.cil' o poz l'tn fa\'or de seu nwstr.e, a tnnis lntc- <mde. ·p:rrcce,quc por chai- rcm1ptc e <l'u<Jucllc .s tempos. ei l11 se )l)Clfoa a augml!nlur a opi- srrn 51: apartar da ma LI-ria, como havia pcomc:- , .<Je quc propo- tido, npresenta nesta Tl'Ílllnçam tóm Codoo t<)fll. snam pobre o dt: Socrntcs csl•: <lilt>mma ; d1; s impliddauc, que dlc 1 junctava st n1pre á;; ou Socrale,,s cría .em re{lbi<,!wlc no seu gcmio ou suas fo.miliarcs, os rnsoamentos muls vic- ituim . N;0 nrilJ'l1'ÜO cas.<,> c!lt: tinh'l o obse.rvnndo por fim, gue ter no CC!li<:l.>rs,i; ,nv !\Cgu_nJo era hum irupysior. lp<los postos , qpe se ltw l'lll"Ía l'n- Socrates l,inln\ no nos, <juundo pcuro tem- eurrq ; n(lo um P ptíuca -A m phipoles-é <'m lk '- pq depois Jn e. 'ipoham <los '/h,ntci, seus ir.üd- lium, o tl'mor da. morte nnm 'dc:vín mo..

Upload: tranminh

Post on 30-Sep-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

0111.ne tulit Jlllt1ct11m, 'l\IÍ mJscnit 111ile cla/çi L ectorem tkleclando pai iler que morieut!o ,

ÇHor.)

TÉRCA FEIRA 30 DE JUNHO . .>

A MORTE DE soca.A.TE$. go~ rcsolreram pôr em exec uçam os SIUlStros ,_~ projcctos, que hin iam formado cootrn sua vidn. ~ -or rn(lis q\tC ,~ri~to1pha9es e tar.)los outros A .comc<lin <las K'lli:cns <l'Arístophanrs po<le ser' <l~ Lracjore;> t.<:nham quc)'i~o apresentar aos olhos olJin<.la como a pril)'lcira ncc~1sagam conlrn So­<lo murn)o Soprn tcs" como epsí nrwuo 0.S fi lhos cro lcs; pôr sobre o then Iro (<l' A t·hcnas' im pleda­a roubar seus p~3 -prQfcrin<lo blasfemias con- <lcs contra os deu.ses <' sobre tudo contra Jupi­trn os Úcose$, hc inn<•,Saw!, qu1~ a coo<lucln ter na boca d'hum cidü<lam, era prorncar sua d 'este gran<lc homem foi "~"mplnr, o que mai3 mo1tc, e apenas pode conceber-se como deide cpnfirmam os co~t~mes <l.:pra , a<los d .. e3scs dl!- este momento Socrales nam tenha sido vict'ima tractores. Soc;r:i l\'s ,mQrTeo ~ he vNJa<le, por dt' od iosas <lclações d' J\ rislophanes. )mina ,Sl:!nlença con<l~·m~1<1~ori~; mas em q•~e A' testa de sc·us inimigos es tavam Melito eo tempo .se !ia r i;; to ' que os ~at.'el~ i l<'.S ~os tyra,n- sac~rdote .i;\nylo. o primci,ro o acçusou formal­Jl•.)S hajam frj lo j Usliça ao bQm<:m , q lle p.rc- mcn le de riam rt'COnhece

1

1' OS dcoscs d' A'thcnas' 1c>nc.h:o rcform;tr os nros <lo~ seus senJwrcs? ou - tl'i n<:ulcar noras divin<lades ~e de corro ui per' dn qlw cpncha ie 'io, que hor:ncns cnf11tuàdos a j11verJtu<le. ([,, sal>i~i .. ltpham -,ido ~ . ..i"t~ t- i.uparcia1~s p.'l- Oc~de quarenta ann~, que So.crates tfoha di5-r;i aqu1:ll1·, q1.w <·ll1•s oll.ium com in,·eja de prc- cipulo,, JámAis suas lições h.aviam sidoscç rctas: ccdeoi:ia ! Opi1,1iG1·s lia, de quo l;)ocrales nu.m l>cH ndo poi:> scrt'lll con11ccidos ·seus principíos, 1'01a ,cpndr.111n11Jo n<'rn por .se1,1sJnin1i gos., ·rl<'m a occuimça1)1 era absur<lak mas ém Atbcnt\S !~uma 1icJos, ~t1,.i~h ~lo~9J:>h.iu, w;v•, P.9.r ~on1é.ps s~1b i o.; tal uc1;usu<6n m era ~cm.i"çl, e os seus amigor t' 1mpa rc1<ws rm t.o<los os tempos, c~m relaçam hcm o conlwc.0.ram. Lysin.'o ~ai~ ha bil orador' :10 privilegio, c.lc..q.~e N.!c se _uffn.nava 'ck tN c.l'us.lu ·l<'ll)po .quiz <lcfcmle-~o eloqucntémente~

,<i' suas ordem hum <lemonio ou cspirilo fami- masSoc:rntes ,eamacceüou a"offorttt, recusandd ] iar, que WcriQtlJlt>nte.. lhi: <l!' "ª _<:<>oSt>lhos mi, cJpf.·Qdcr-se por hum a ou tra bóca, q uc nam fos~el ~c-çôes imporl:111l<'s . E:ste J emonio finalmente a sua. CQO\' ÍCto .<le s1ta innocen~ia, clledespre-~ nam o excitava a(fost:r ,la l ou tal acçam; eite t1ou todo.s os .meios tl'npplncar seus juizes com se contenta~u <;m reprimi-lo, ,quando ellc in- Hrpplicup-soJlicitnçôcs ou ln prímas de ltin\ilià! tl'nlnv a mal. Para <lc~s;,Uilpar Soc~atcs d'hnver Tnm s{1gai _e tam profu,nd;,imcn te mcdHadd.foí qo<"riJo l'ngnnar &cus conlemporaoeos, Xe,no- o discurso, que coutrn Socral<'s Mclito pl·oh un­phonté t<1m:• ·hnm pnrti~q tp;ui <'ngenhoso ; cl- ciou, quç aqucl1e dcclaro~1 ter-se <lescooh~duo l c pr~tynslo, qye ~~~ \;011. interior nnm era cçn a si-mcsmo; ' tan 1 > as accu~açües par<'ciam \ero­SoçrµLJ,:1> •tinam .sua .pr-l«iel)c iu, i;up1·riur á dos simcis, pin<lf.l< q e t•l111s ocohuma reln.çarn ti­ootrQ!i l)ome11~, m.a!! .q11~ ~lle fasia crer sob~e- \csscm com a v• dadc A rcpo,sta de ::locr:ttt's, l'.lflllllª!' Jl {fi111 <Jc p:im P'!pS~r por nrrog;rnte. que Plulflm lr.a nscreVl'O cbt·gou a nossos lM:tlpos

· hto ,, nf1m Sí\li;;fítZ :i.n.te!rafi!.<!llt(,'. Ci ln-s1~ ieir- cm :i polo~a, qu.ce;tc philosopho eloquente <'Om­cµmstjln.c~ai;,, t'fll ·q"c ~~ pun~ce Lcm <li,Cl\.cil' o poz l'tn fa\'or de seu nwstr.e, o~ra a tnnis lntc­<L:sc uLpar .~qQral<.-s ~ .e <mde. ·p:rrcce,quc por chai- rcm1ptc e ~dmi.rnvd <l'u<Jucllc.s tempos. ~ocrale~ lat11pi~mp eil11 se )l)Clfoa v~ a augml!nlur a opi- srrn 51: apartar da ma LI-ria, como havia pcomc:­ni~Hrf , .<Je quc ~ooa_\a. ~fuito~cscl'Íplor<'~ propo- tido, npresenta nesta Tl'Ílllnçam tóm Codoo t<)fll. snam pobre o gt~nio dt: Socrntcs csl•: <lilt>mma ; d1; simpliddauc, que dlc

1 junctava st n1pre á;;

ou Socrale,,s cría .em re{lbi<,!wlc no seu gcmio ou suas lis~es fo.miliarcs, os rnsoamentos muls vic­ituim. N;0 nrilJ'l1'ÜO cas.<,> c!lt: tinh'l o lran3eort~ toiio·ó~' obse.rvnndo por fim, gue <lepoiHh~ ter no CC!li<:l.>rs,i; ,nv !\Cgu_nJo nli~ era hum iru pysior. ~twrdudo lp<los ~s postos , qpe se ltw l'lll"Ía l'n-

Socrates l,inln\ ,()~) no nos, <juundo pcuro tem- eurrq;n(lo um P ptíuca -A m phipoles-é <'m lk'­pq depois Jn e.'ipoham <los '/h,ntci, seus ir.üd- lium, o tl'mor da. morte nnm 'dc:vín nc~tc mo..

JH O .T OVEN NATU,RALLST A.

m<·nto fa se-l o abnnJon nr o pos to, cm que t> col ­lul' .Íra a Pro Yic.lcncin. Ellc recorUO\I sua corajo­$:\ contl ucln ' q na n<lo só ~e ha\ ia uppt>~tu a sc•n­l<'nça <la<la con ! ra o:> gcnl'racs '<0 1wc<lun::> cm Ar­gi 11 u-;a , ou qua n<lo •:m mais J'h umn 0('(::1:>inrn <·llc linha resis tido as tyra 1111ic;H \'0 11tqd <~ tios 1 /·inla. H e cousa notavd que cll (~ 11 nm n ·~g a:> ­H!, que seu ge nio familiar 0 tinha np;Htado dos ne:?orios pu Lfi co•, <le qul: o n!prcl11: 11<liarn . · • ·

.Elle te rmino u final me nte c.lis1! 11<lo, q 11e esta­vn persundido, que c lle de ,·in nl>n ndonar-se ' su a sorte sem recorrer as suppl icas, q uc 1H1111 con­' ' inham á sua i<la<lc, e qua ndo ellc Lau tas ,·ezcs t inha c•nsina<lo a desprcsttr a morte . .Entanto ~J c­lito e 11tc vc a po nto de ser con<l1:rnnado cumo ~a­lumnia <lor, mas Any lo e Lyon viera m em sua áju<la; seu credi to a rras to u granüe n.° <le votos c\rntra Socratell , e de 5r2 l vo tante!> Y281 o con­dçmnáram. Seg undo a Ley S oc rates , co nd·e m- ' nn<lo no primeiro juiso, tinh a ainlln a c~colha <l<: ped i r a com mu taça m <la pena capital e m }}uma mul ta pecu n ia ria, ma> eUc pec.lio, que , visto t t' r passado se us dias ç m instrui r o s Athe­nicnses e se us til lws e e m torna-los virtuosos, e que , tendo por isso desprc>a <lo os negoc ios do'­m esticos - os e mpregos e di g nida<les , e lle se conde m nava a ser nutrido no resto <lc seus d ia s á cust a da Re pu blic a e m Prytanea. PI a tam <liz, que clle offerecêra huma ' som ma ·ue <lin he iro. , qoo se us amigos se compro mdtinrn a pagar . M as seus juises ievoltados de sua pr imeira p roposta o co nde mná ra m a beber cigu<lc .

Socralt!S lhes a irigio ainda algumas pal avras com toda a d ignidacle d o seu carac tcr ! A i gual­d ade - a grandesa <le s ua a lma nobre e magcs-1osa na m se desmen ti ram hum instante ! E lle entrou na prisa m com f1rmcsa , e a li no c stndo em q ue o representa a cslampn, ellc foi por 30 d ins \'isita<lo de seus amigos e familia. E sta <li­l1;1çam tinha por ca usa a de mora <lo navio en­'Via<lo a Delos. Socra tes se representa na estam­pa em o mo me nto de co nsuma r seus dias; com rosto t ranquillo elfo tem a m a m d ireita so­bre a taça q ue encerra o vcn<'DO, e com a es­querda elE'vada consol a se us amigos. A s u ltimas repostas d'es te hom em proten toso sam o mais e scolhido ty po de sua nobrnsa e i n noeeocia. Di­sia elle a h um d iscípulo que sequei xavade ve­l o m or re r innoccn le. " E que rerias tu, que e u ,, mo rresse criminoso ? ! " Crito n , vindo a n­nunci~r- lhe a hora da sua morte , o certificou, du q ue havia peita<lo o carcereiro para conce­d~ r-lhc e vasa m , e l he offorecco h um r etiro na 'l'he;salia. S ocrates respondeo " Co nheces tu, ,, ami go, al gu m Jogar fora <l'J\ttica , onde se ,, na m morra? convir deves pois , de q ue. os " princípios , q ue h avemos professado, nos nam ,, pt:nn i t te m o su btrahir-nos a o poder das leys. "

Socratcs empregou todo o seu u ltimo cuida­do em consolar sua mulher À a nlippe, e antes

'<lc bebe r n ci~u<lc obtr vc , que ella fo;'c cón· <lus i<la pura ~lH\ casa. O rcslo <lo <lin foi r...as­~a<lo t> nt rl'lcndo-se com S<'US amigos $Óure ê\ im­mortal iJa<lt: <ln a l ma, d 'cs le Pntn: tenimc:nto ti­ró u P intam a idea do se u J iulo~~o , inti tu lado PIMtlon. Criton peq~u n'hrn 1\in<ln n 8ocrn l<'S , corno <lcv in fasn se u fun ernl, e es te lhl: rcs­pond t:o , q ue o fizesse , co mo milho r lhe pn rc.:­cessc, e, olhando parH OSOUlros <liocipu lt>5:1Cl'l'S­Ce nto u sorrindo . " Eu na m pchso l>Prsuad ir a " Cri ton, que tiocra tes 11e n ·almc nte nq u4tlk' ~ " '] lW a gora se cn l.rctcm com \ OS<:o. El le crc' "sem pre , que e u sou aqu<•lle, quccllcrnc: ve< " logo , d le me confunde rorn o meu ca<lnn·r, " e e is a h i pvrqm: e lle me perg un ta, comocu " q uero se r en te rrado. " D epois de hebido o ,-e1umo , sentindo já approx imar-sc a hora fa tal a inda as$Írn rnc.:s md rép rchcmko o~ seus dlsçi­pu loi; , que chornvnm a 'mri rgarncnte , de que cl· les mos'liassc rn tanta fra<Juesa, e depois 1?nvo l­' 'eo a ca beçn por a lg uns i nstan tes , no Ítm <los q unes c.lt>scobri nc.lo -a <lisse pe la ullim n v1:z a Cri­to n " L e mbra-te , qut! deve mos hum ga l lo a " E sculapio, na m esqueças compri r eslP. vo to." P inta m co m trcs d iscipulos d ' <'s te martyr tla hy­pocrisin se re i i ráram para M cgara , lt·rne ndo , que o furo r d e taes mostros s c nam cootcnlasst~ com h11rna sú vic tima.

Os J\th cnic nses , conhecendo cmf1m o crime, qu e haviom co mmettido c m sacri ficar hnm tn_m virtuoso sabio , Hie eregíram h urr.a capd la e huma esta tua , f1scram morrer M d ito, lapid á ­rnm J\nyto , e ban iram os ou t ros a cc us11do rcs ; mas Àencpho n li! e P latnrn gunrc.la m todo o ;;i­Jc ncio sobre es tes pretendidos remo rsos d os Alb'-'­nienscs .

1

1111 9 8

A S R.Vl:NAS DE PALMI BA,

( Co,nclusam.)

II.

~~cutae ! EiM\li Cavalleicos q ue ,·cm 1 A area . <lo cam inho geme soboscascos dasegoasdoYe­men ; se a noite não c:ttendesse sobre o Ceo o seu sombrio ma:'l to , po<ler-se-l1ia ve r na plaoicie os fluc tu antes vestidos d os arabes e o sedoso vêo de J\1 azzili. Tende cu idado , pobres orn a n te!;; a vingança, s imilhan tt: ao rcptil , vos espera na. sombra parn vos fo rir cómmaissegu rança.Abd­el-K ebir e M nzzili, seguidos de a lguns cscrà· vos, se avançavam entam com a a l rn a cheia de alleg rin parn as rui nas de Ta<lmor (Pal myra) e~ta minh a do deserto. o J oyen nrabe h nda saui· J o porcamcleiros a rutaque tin ha tomado o J a­n izaro . Elle o cria para os confms do lt)rritorio <l. ' Emeso no co ndado de T ripoli, e a llC'gre che­gam c m fim a o deserto - ao bcllo rio d 'Eu ....

O JOVEN NATURA LTS'i'A. llá

pliratcs, soLtcns bordas doquulci lc tinha aber­to os olhos a lur..

Cnminha,•am m '·iajnolC'S silcncioi;amente ; Al><l-el- K.t!Mr abria u urn.rchn, clle se i Bclinn­va muitas vrzcs para M auili, nlim <l'encoraja­ltí a supporcar as uhi111ns Cü<l igns; f:ntnm, vcn­<lo es te 1 bomefn' ta ro sollici to e t arn ex tremosó de­pois do ''ll l~ robrio, <l i:? que el la havi~ sido cubertà, e ec quem tr'aeÍ;.t O fr tlClO C.n'l S<ltl Vén 1 rc ~ ella sorria lri$lP-mente, al>nnllonnndo-lhc s,un .rn am; mns no fun<lo <lo cornçam cl la eslava <l~wlmln.

Ellcs cltcgantm a bum valle assaz profon<lo cu­jos vertcn 1cs sam cobe rLOs <le gra ndes torres qua­drados. Sam os st'pulchro; dos Pa lm yrienses. O arnbc, reconhecendo est~s logarcs , que clle ti­nha antigamente visita<lo, se npproximou <la jovcn dama , e lb.e dii1se com hum accen toy10-iundo:

" A mnnhn n Mazzil'i ., se t 1,1 .podes contin{iar ;t1 s6frc r n an<ladurit do cavnllo, ámr.nhno nós ''h rc~mos o Euphrates; e a~ora nós podêmo"3 res­pira r livremeute, .como o cheik no <lcser.to . Eis aqui ali ruioas da magestosa TaJmor.

- B emJito !>eja AJlah ! rcspondeo a joven, porque o sofrimc.oto cxgotCn o resto de minh01s forças. .

_:_E desgraça a Joussouf <l'I stamboul repel­tio Abd-d-Kt:lJir com humn ' 'ºz sombria. "

Elles hia m para as ruitrns com segmanç:;t, quando hum estro ndo ·cs'tranho c hegov rcpen ti­ull rn cn te alé ell i:!s, e ve io ehcher sua alnla de t<"rrôt !· O <.> lho ~dn tillirnre '<lU arnbe se m ergu­lhou na.s vàslas profunJcsas do. c idade dcslrui­<la, e e llc \Ío huma frn1:ca l uz avermelhada no pé d"huma cólumna., que ce rcavam a lg uns Os­rnanlis. Ellc se avan$a só - e lle escu ta, e com a f1nurn de perccpçam de raça arabe ha bituada ao deserto rcconlwcc J o ussouf e seus mili.cianos !

D esesp<>rado, clle ,·o lvc pura juncto de M az­zi li, que ellc erü.:on tra por tc•rra rovoh:enc..lo-se cm horriveis coo vuhc'Jes . Elia mordia seu véo para s \1 ffocca r sc~us gri t6s ...•.. A dcsgrnçad.a , qul:bra<lü pela fadiga, sentia as primeira. tor-tllrns <lo oarto! '

" Ah ! · be querer a morte do teu servidor, 6 Allnl1 ! murmura o infortunado Kebir; tneu co­raçam .estava· assaz attormentaúo sem o despe­daçares ainda! Como escapar ao perigo, que nos é ircunda? Se a noite se pnssa sem desgraça, á ma nhnm em nascendo o sol, o fe roz J oussouf nos degollará , como gazdla.s ! . . . . Ah ! nam importa, i\'1azzili nar'n cahirá \'iva em seu po­der. "

'Penâo colocauo a j oven M azz ili em hum a es­teira, elle ,a tra11sportou a alguma d istancia com hum <los seus esc11a\·os, p~ra sob o porlicod'hum pequeno ll-'mplo , cde ficado cm h uma das par­t es baixas d<: P ahn vra. Pós ta ao ven to em bum a diret~am opposla ;os O sm an lis , seus gem i­d os su!foca<lós oa rh en1m ouyidos, mas entm

tormen tos ina u<liloi; - sofrimentos intolern~eh ! A bd-d-Kcuir, tendo a cnbeça inclinodn, esta­va a li, i.rnpotcmtc a consolar esla mu lher, <JUe (•llc a<lornrn , temendo , .que estés gcmi<lo~, lam corajo&;1mrntc~ suffoccados por J\1 a.zzili , apesar de serc.: rn fraccos, nam dispc.rtass!'m J oussouf.

De rcpcn te a c~oa da jovcn , cxci n1<la sem <luvid.a pe los c1naik1s d ' Osrríanli , cômmeça ~ relinchar ; O arabc , cada vez m:l.is at­tcrrudo , corre pnra clla; ensnia o applaca­la, affuga seus nasaes; mai; apenas e lle se .apar­ta pnrn tornar para junclO de M azzili ~ que a cgon faz o u\'ir de novo hum relincho prolon­gado. Fudoso, sem cn lculnr que esta egoa l he hc indispeosard, Abd-cl-K ebir brande seu pu­pbal, e :í foz re volver-se e~piranle sobre a poeira.

Jmc \iem encontrar .n joven mulher, qúe e n­eon,lra ctn h uma t.er.rircl anguslia. Su'a boca ,abunda cm espuma, seu "éo está feito em p~­daços . E llc &e assenta juncto <l'ella, a cer,cade 6e us brnços, a ex horta á corajcm ; mas suas do­res sam insuppor-taveis; ella se suffocá, el l.a morre! .. • , ..

" B c•m , Mazzili ,, g ri ta .elle com hu ma "ºZ surda, dá hum line <lesaffogo a teus p rantos .•• Eu vend1•rc i b.em caro a tua Yida e a miofia. E s.cravos, prcparae- t>os a combatle.r os Os,r;nab'­lis ! "

M tis a nobre mulher compréheo<le de masia­dam e nt e !\ dcdicâçam do seu amante; a pro­•tecçam ,adrnirà\'cl-dc K el:>ir anima sua corajeth. des faHec<:n lt: ; ella arros'ta contra as dores e dá finalmcnle á. luz }luma pobre creátura toda in­fcsada.

.M azzili está c-m fim livre de perigo, seus gra11-des o lhos ,negros, banhados e m pránto, se fixam sobre A bd-cl-Kebir, que ella gratifica, que ella: abençoa~ Ah ! ella he adrp iravdmente beH~ .. está nobre Armenia ! Ma~ outros rcceiós nam· tardam a renascer mais ' 'i vos, mais pungent~s. Eis J1hi ns primcjr.os clarões do 'Crcpusculo, q _ue apparccc rn e o menino commega a Jan~ar va­giuôs prolongados ; nada pode socga-lo. A Ud-e!J K cbir, prevéndo que es te m eni no se lhe pode tor­nar fatal, to mn humn rcsol uçam c;strema. E lle sê approximn da póbre crcatura, a toma em seus braços, e, conftando-a a hum d e st:us <>scrn ' 'OS clle volta ti perguntar a!\] azzili, se dia se sen te assaz forte para continuar a marcha duraotE: á lgu,.. mas hóras.

"Sim, lÇ.ebir, pois qtte se tracta de nossal­-var a ,,ida. "

H 11n1a l o nga esteirn, susten tada sobre lanças~ •he desde logo posta sobre dous c;;ivallos' , e a. Arm enia he coll<,>cada sobre clla : os c:avallos liiram u passo e ella nen hum abalo rcct·bcrá. Ma3 o menino?

" O m· ... nino he morto, diz o escra,·o: olle era tum dcUil ! "

.Muzzili o havia lrasido em seu ventre, mas

\16 O J O V EN N AT U l{A L I STA.

nnrn com o nm or <l<' mõy . Ellc P. ra o fructo d1: h 11 m :i llf' nt ado ; a~sim l'l ln partiu scm st:: a bitn-dr>nar a ho rn n <lor mui 'i rn . . .. . .

" Di rig-i-\ OS para o ori1:nl<' , <liz A bd-cl-K e­hir a st::us escravo;; , s1•mpr1: para n p11rte<lo rio: e tu , minh n charn,\ J aiz il i , mbrctcu cor poco m rsle ,·nslo .ferc'Z!{e e l ua Cilb~·ça co m este ld lo yachmtik (\éo) . Eu nnm \arJart·i cm tornar a cpcontra r- tc , cnm inhae sem n·ccio . "

correias <la sella, pr<'n1J.: J o11s5ou f , vi\'o ain<l n, á cn uda <l1: sua 1:goa, t' , <lcix ao<l<J pc nd,·ot.~s <le &u a.:; crin:I• <il~ 1 11~ ~ rn mo:;. uspí n ho~o' de hmn­nus cllt- a un\'Í ll na d ircc-çam de P.dmyra <:Orn hum vigor aum iravi1l.

" T u' j a mais Ul:'~hon rar:is as fa míl ias , oJ ioso Ü:;ma nli, ,, :rr ita t·l11· com li u ma rnz h•rri\·el.

E <l<'poi"' , J i \ ro dn t1?c1·io 1· 'ingndo , d k se d irige a lleg ro C'O tn sua ud Ja r nohrc companlwi­ra paraas ri ban\:eirns a fo rtunn<la3 J o E nphrates .

l

A fraca c;ir:i \'ann se separou ; o arnbe , ap­poia<lo contra hum n columna a St'f!Uin l'Om hum olhar clw io de sollicit ndG; sun physionomia re­rn arca vcl nnn11ncit\\a h uinn inq uil'laçam extre­ma, l·ll c sofria cruclnwntc. Em f1111 seu rosto se 1•sclarcceo , qu nndo a ' ío <lernpparcq;r por ~!~Y X;) lt"'lll& ~~,m~~ ~~ dutrnz u'h11ma t!as \OSlaS o nd ulações d'arêa, que os ventos for mam no cfosc rlo , e clle Vl:lln (Confouw o q.1iadro nono.) 1 . ,

d' hum passo rapi<lo ass1•nla r-se ju ncto do seu p fo rmos.o corsel, q ue o olhavu cçnn hum e lhar in- " ercorrnmos junclame m tc nossos i•staJos, ktli ~cnte . " já tam grandes poç tua vakntía ; 1), qu anu 1.>

" o~:sca nça' E l-Mod<lhi' lhe diz elle af fa- " houn:rrnos SCCCIHÍO to<los o~ pra11to:. ~ enre ­ganuo-v; cm brc\c ou n~:ces sitarei huma proYa " cp.ieoido todos O $ inJ igcn l<'s ; quando nam da tu:i. su perioridade. " " houver hum s6 d isgrn çado , cnlam e u t e

E cl lc esperou ninua duns longa~ horas. De- " J eix.arci partir pnrn aloc)garcs os li milcs eh: poh, to mauuo o ca<laver <lo menino qu e ja:>ia " nossos Jomiu io~ ! " Homulo hrnmia sun..la­sobre a area, salto.u sol,re o caHtllo , e se <liri:- mente ! o po\'O darn ~ri tos J ' a pprornça m, e gio para o acampamento <lc J o ussouf. O sol o exercito mesmo se havia commov ido. H:omu­ascenuia já ao horizo nte: , o deserto jasia cm lo se pn~ parava a n·spon<lcr a T acio; mas , h um so<'ego pasmoso e o~ Osmnnlis, graYcmcn- in terrompi<lo pelos gritos do povo , nam pode t e as5en ta<los , fumavam to mando caCé . De re- começar o seu <lisc;urso ... . . • mulheres - \ 'C­

pentc A b<l-el-K cbfr ap parPcc Jiante d ' t' lles; lan- lhos - e infantes tudo está de joelhos , tudo ça o cada ver aos p6:> J~ J o ussouf, e, levnota.n- gri ta ~ cxtendend0 as mãos npm. ! pa-;; ! ó.filho dos do o capuz do se u. m nnto , gri ta com huma \'OZ " deoses , pU'Z t nós ped i mos esta graça. : to­reti oido ra : " ma nossos bens. mas <lcixa-n.os gosar <la pa~."

n Em q ualidade de hekim cu tenho devido Entnm T acio , banhado cm pranto , fax s-ignal "ir entregar- te teu filho, infame O smanli t Ei- J e silenci-0 e tudo <lc rcpcnlc ommud~c" ü' lo aqui, esperando huma vingança! " " meus filhos , diz , vós lcl'c is a paz, eu vo-la.

Logo ell e <lesnppn.rcce no rcqueno trote de seu " promello. Eu a pe<li cm nome dl). t.emurn. soberbo E l-M ocl<lhi . .J oussouf,furioso, correpa- "e <la amisnde ; mas ago rn cu a cxi.}o ,. como ra os seus cnvnllos; monta o mais rapi<lo e vae " cq-ilcg~ e .igual ein po<,.le r e dig nid'allc. Se a perseguir o arabe, q ue a este tempo calcaj.á~ 'b l lomulo n recusa cu h í rc~ n a vossa frente pro>­ar.ên <lo deserto . Os O srnanli s seguem, seu se nhor, " t rnr-me t~s por las J c ~l(lma, 1 1~ os.e:.perarc mos, nrns em sua rnivn t•llc csporca tam anlenLemen- " abraçando a terra, e veremos sit estes barba-1e sua cgoa, que ellc <l.eixa muito atraz seus " ros ousnrnm marchar ÍL Yicloria po~ i:;,ima do· companhe iros. De rcpenl e a rnrrcira <l' El-M od- " se u· rey - de seus fi lhos - <le seus pays -dh i se affroxa, J oussouf !\e li sonj~~a de alcançar " mãy:. e esposas ! O c:xercito exclama todo log-o o hck im , e nmbos. se entranham cada vez " em huma YÓz unanim c '~ nmn. ! nmn ! nun­mn is no deserto. Depois d ' huma luctn assaz lon- " ca ! nunca! " Ü:; solclados lonçnm por terra as. .gn o arabe estim ula d e novo o seu corsel ~que armas, se tnix turam com o porn, e abraçam 'ºª como hum raio, J oussouf ensang uentaº" terna mente se us paren tes e com elles gritam Jlnn<'os de sun e~oa; quan<lo chegados sobre hu.ma pa<:.. ! pas. ! <•mincncitt, clks ' êem nam longe <le si M azz.ili O terrivel Ilomulo , !orçado a ceder pela ~obre sua l iteira; A bd-cl-K ebir faz entam úen- primei ra vez de sua ,·ida , d issimula o seu fu­lc , e , lançando-se sobre J oussouf, l he diz com ror , e cm seu peito j urando occultamcn tc vin­}111m cruel iOrriso : gnnçn contra T ncio , concede as treg()as e se

" J mpng].c11 tç , que tom depressa esquecestes re tira. fu ribundo p~rn ~r u pntacio seguido das a d ngança, qu e te pro mdl i ! " gpnrdas do-s C1•li-rr s. lI•·rsiln s1·g11e s1:u pay ,.

E com hum l 11nço '·igoroso cllr o frre nn ca- Numa. fi ca cn..:ost ,1110 a huma <'olum na, P" º­lwço <'Om •un <'imit nrra. Jou~sou f trPmc , e ca- .satirn e comparanJ,, ns rirt11d1·s tlc T "cio com pc. Lo0o Kebir sa l ta (lffi lerra, corla hum a <la; '>s fu rores do, q ue c~tin·rn pnrn s1:r s-1t u pHy. ~li':.

. -

l

ó? I -~ ~ -

~

-'-

7J ,..

J-;--J ~

~

7'J

6,f $/ G l 1------ ' . ../ :.r·· _J __ . ·-····-----L (0 L~,

I , ") ')o ·--) ,~ ...... ~\, ' "· J ..... _

~_:_

'}J; \ rç 1

)

.,,,........__ 1

\

V-- t - ., f

. .

!.--

ÍI ~-:-) ~ ,.~

':!.

,_

~ :-! ?S ,.. f:"> _, ~

li

72

\"\.{ <.. "

/6

:r) ,.?

../ ~

' ,

'• "

:.

O JO\'EN NATUH1\LISTA. 117

· (.tu nmlo o \'Cnto sopro , a nlmosphera so fre hum movimc11lo guat. Enlam as camadas doa r

B;JI$'[>Q)B,J!& 004\ ~t;FB4\~" :;nm levntlas mni) ou m1•nos violentamente <le liuma para ou1ra pnrte,ce~tc mo vimcnto,affec-

(Contiruía (L L içmn scllima.) tan<lo totla a mas,;a ntrno1pherica, nam move L~~ scparndamt'n lc catla hu ma das partkulas in:;cn-'-tt~om dfci to narn dc\'l~ faser-se rcflexves so- si reis do :ir: 108<> nam pode operar-se huma lJr~ o, que acal1<l.mos tl't·xpor; oam Jc, e tirar- trernula çn m cm cn<la parlicula, e o calorico se iodicaçÜt's J'csla singu lar conformaçnm do nam he lcrndo n huma lt:mperatura tam subi ­J>orrn? Ellc nam parl'cc ha ver sido formados<.>- Ja , que o torne vi si vi vel. ... . . appoh~mos esta. hrt: hum plano orig inal- pt11 ticular e perfeito, ,·erdacle com uma cxperi encia. pois qu1: cite hc hum composto dos outros nni- 1\ gitc-se <l'humn pnra ou tra parte hum faro rnaes. EI lt: tem parte& , d 1: qt11! nam pode fa :; .. r no nieio do 1?spaço; e ten: rnos hum moi;imcnto l:so - <l1·dos, <lc que tod•Js os ossos sam perfe i- geral, que nnm fará d cvnr a temperatura ao tam1!ntc formaJ1Js, e q uu Je nada l11e serrem. ferro. J<:,frcgue-~e agora esse tn1!smo ferro com A N nlurcsa es tá pois bem longe de sujeitar-si! huma limo : cntam esta frif'çnm orera hum mo­a causas f11111es na cornposiçam <los st!rcs; por vimenlo parlic1dm· em cada hurna das parlic u­quc nam porá clln 11c llcs alg umns vcze~ pnrlcs !:1s do frrro; e es te chega a el ern r sua tcrnpe­supcrabundantcs pois que dia tantas ,·cz1-!S lhes mi.um maii ou menos cm rnsam Ja energ ia e falla com partes essl'nciaf's? Quan tos nnimacs cont inuidaJe da fricçam. Esta ,mesma th Poria. nam lia privados Jc st:ntido e de membros r Por pode sirnilhõ.lnkmcntc applicar-~e á a tm1)sphe­quc se quer, que cm cada individuo to<la a ra, on<le o vento, desloca nJo-lht! e uhnlirndo p a rle s<'ja uLi l aos oulros 1: nccessaria ao todo? suas ca ma<lns , opém o movimento gernl , e o > Nam basta , pl'trn que cllas se achem juncla- ~ol, insin uando seus rnyos por entre as particn­mcnlc, que cllus nam se façam mal, que el- las almosphericas as mo\'e sinp ilar e conci;a­las possam cresct•r S\: IO obstnculo e descn \'ol ver- mcn te , foscndo vi si vd o ca lorico sob a form ~. s<: sem se <lcs lruir mutuamente! Tudo, o que <la luz, a que chama mos <lia. se n:nn <letr imentn assaz para se Jeslruir, lu- N . B. N65 po<lcri:.imo!> ainda aYaoçnr, que do, que pode suhsistir juoctnmcntP-, sub5i:;t·~, e de noite, quando a~ nu vens nnm d1•ixnm '' r tnh cz nn maior parle Jos scrl-'S hajn menos par- a luz, prouuzida pelas cstrellas e plnrwtn«, re tcs rclnti,·as -utds ou ncccssarias do que par- , sobrc\'em hum gr:,ndc \'c>nto as t n•\:t3 d··ixa r'1 tcs inJiffcrcntcs -inutcis ou supcrabun<l1rnt1·~· 1 c..k ser Lam profundus, como no tcmpv <.:e ca l M as como n6s qu1•rcm1H cha mar tuJo a hum rn<1ria. certo alvo, quando 11s pnrtcs nam têPm usos nppan:nt c> , nó::1 lhe supp.Jmos usos occullos, n6,; lhes irnag inàmos rc:lnç,~cs, qu e nam leem fundam ento nlgum, <JUe nam existem na nn­tnresa das co usas , que nnm servem se nam a o\Hcurece-lo: nós nnm nllcmlt:mos, a q11l: nl­tcr:\mos a philosophia, a que <lesnaturâmos o &cu objecto , que ltc Jc ('On hccer o como Jns <'Ousas , a mnncirn porque obra a Naluresa ; e que n6s sub3tituimos a l'St11 objeclo rea l hurna iJeia vun, proc urando l'.!Jviuhar o porque dos factos , fim , que clla se propõe cm obran­do. * li!

-·-(Omclue a Liçam Oitava.)

:tEl n<lc-se·nos o~j 1·ctn r, Qll<!, pois q ue a l uz t.:vnsi.te no movimento Jn almosphera, be pro· "ª'"el, que <le uoi le <lt:re lia ver luz, quando ha ' coto .

I\ 6s rP~ pon ckmos , que es temo,imcnto nam bastn a produsir ophcnomcno da luz.

( Conclttc a anlcccdcnlc liçam.)

f>f> lI3 am·s<: (foas r cclas igtwcs nos dous la­clos d' hmn friarigulo e lt1wi angulo igual ao opposlo ao maior· d'csles lados parn com frlt!S

dados formar hum /rt(mgulo igual ao proposto. Sejam (fig. ~O . n.º 1.) b e e ns d1Jas rcct as

dadas , e s<>jn nindn b > e. Tire-~P huma rf:­cta in<lcfiniJa B e' e no l'Xlremri B faça-se o anuu lo e B D i rrual no a nirulo <lado : tome-se r> ,., .... ...,

cm B J) a parte B }, = c , t' ucscrcva-se do ponto H, como centro e 1.:o m hum rnyo igual a b, httm nrco Je circulo que corta rá .B Ü c m hum ponto F: 1 ire-se por c~s1· pon lo e p~lo pon­to E a rccla E F ; e o 1 rino~ulo .B E F satis-faz ns con<l ic~ües <lo p~oblemn. ~- . f>6 Scholio. (V 1•jn-se \'il. 9'i)--ií um t nnnp:ulo pode ou nam ser igual a outro ~e <l'bum forPm i guaP~ ;ios <l'ou t ro dous la<los e o arigulo Of>POs­to ao meno1· detlcs.

118' O JOVE~ .NA'fUfiA LlSTA ~

A lalit. pois he n 'di~!nncia d'hum lognr qunl­quer ;10 Equu<lor; c ll.c hc N. ou 8 ., conforme qtic eslá au N. ou S . do Equador.

A longil. he :1 Ji:;tnncia d't·ssc mesmo logar a hum &cm i-r)ler. O. (ullendrndo a que á longit.

(Conclue a Liçam Oitai.:a.) se ajuncta taml>cm ~. ou O). ~ O que discmos dos graus, se nppli.ca nos min • .(L~egro de Furno hr. humn suhstancin d ' h u m e s<!g. d'esles , que as~ i m cha171âmos aos meri­ud lo n<•gro , <JUe se colhe Je muitas mar1c irns dian<Js sccundarios e tcrciarios, que resultam <J.a -.da tordd.id'humaalampatla - d'hu macan- didsam dos pri m eiros em 60 outros etc. d,·i a - <l'huma vella; mas o Jc pcz hc o me- l~uanto á maneira d'escr..vcr este cnuncia­lhor, be huma fcrrug1:11n d e rcsina,quc se lim, <lo he - i::rau(º) - minuto(')-segundo(ll)­rriett<n<lo lodos O> pe<] uen os pedngos do rdugo · l<'rcei ro (11') etc. - Longi lu<le Longi l. - lati tu ... <li:! todas as t:spccics <le pcz em grandes potes de latit • ......,. · ou cal<ll" iras de ferro, que se poem em quartos ---• ,_ _ _ _

~e~c fechados <le to<los os l ados e forrados <le telas ou pcllcs de carneiros: lança-se fogo ao pez. D negro de fumo se i ncorpora perfeitamenie com o. vlc9; mas nam se mixtura com ugoQ. para a tempera; qunn<lo se o quer empregar <lestem~ pera-se com vinagre ou colla coaHiaJa; elle se avermelha com mumen te e nam hc bom nas cores; serve para pintar ferros - balcões - etc.

Negro dq Attemanhci que nos vem cm pó de Francfor t -d(~ M aycnct? - de St rasbourgo se foz com lia de vinho queimada, l ava<la depois cm agoa, e depois moi<la cm moi nhos , feitos de prcposito. Conv(~m escolhe-lo le\'e - o me­nos a renozo possivel-luzi<lio - macio -fran­g ivcl - mais pesado que o nosso negro de fu­mo. E lle Jc\·c <la r hu m O(Jg ro ª''elu<lado.

Negro de composiç.am hn o resíduo e.l as op<'­raçücs <lo azul <le P russin; corpo clk~ tira bum pouco sobre <>azul; serve com branco para fa­zer bellos griz arien tiqos.

GEOORAl'HIA .\STUONO~llCO-MATHEMA TI C A.

( Conclue a Liçam Oitava.) ~ ~t!.'4 stc semi-meridiano nam h<J o riental nem occi<lenLal , e se chama sim plcsmenlc o 180º d!: longi t udo. quem fosse <lo semi-me r . ....._o - para E'ste até 180º , se apartaria d'esle scmi-mer. , e, continuando sem pre seu caminho pura E. se approx imaria d'ellc, e o~ semi-mer . 18 1º 18~º 183° nam seriam scnnm os 179º 178º 177º O. O 3Mt nam st•i'ia s1:nam o ~.° O. , e em­fim o 360º S<' i.:onfundiri a com o pon to <le piir­ti<l.a. D' a li resulta : 1.0 que o algarismo , q~e designa o $Cm i-mer., altêa , á m edida que se aparta dosemi-mer. - o - (amenos q ucale m do 180º se nam conte 181º 18!º , om lo~ar de .l.!79º 178° etc) : ~.º qu e he neces~a r io d iser se o gráu de longit. he oriental -Ol\ occi<leotal. ..

VARIEDADES R ECREATIVAS. ·•

A MENDICIDADE.

~e possivel ~char-se a di ffcrença entre o home m inculto e o civilisado pelo jogo das foi­<;Õcs m imicas do rosto: naquc lle o rosto con­trahido e um certo olhar indirt-clo e de <les­confianga t raht>m o seu estado <le pouca cu lli- · vuçam, como neste de ixam ver claramente a c ivilisaçnm todas suas m aneirns affavt•is - a tranquillidade, que lhe pu ll ul a no rosto- hum abrimento franco de feições-e hum olhar d e! fra 11quesa e confian<;!l· Pode esta diffr rença achar-se en tre hum e outro-entre mu itos­e mesmo ainda htt hom<>qs, que no semblante trascm o espelho, que n•fkcte ai affrcçües e paixões de sua alma; porem, q4a ndo dt>sce­mor. ;i j ul gar do estado de civilisaçam d ' hum povo inteiro, nflm he basta nte le r nos sem qla n­ies <l'u m ou m il Jc seu• mcrnbros a rt•sol uçam J'hum ta l problcmma. Ü ç sy oiptomas, que at­lcs tam esse estndo e o grau, 'l~e elle occupa nu cs<.:ala ci dlisudora deve conhecer-se 1; m glo­bo .e naqudles facto-s , a que o povo he lc"adc>' por hu rna certa ten<lci;ic ia natura l oti usunl e nunca per instignc;a m o u acintc . Aquelle po,·o ju lgi\.mos n6s m a is ci vil isa<lo, q uc, tendo-se des­pi<lo dns grossAriasd,huma nalnresa selvatira, mni,; r-asgos d ' humanidadc nprcsenta - mais zelo por sua~ l1•y e instituições - m a is ,amor pc­·10 progresso l uminoso 1 sem com tudo cahir na. uarbarie por gosto, q ue se usa encontra r no ex-lremo oppo;. to .. . ... vamos ser m:tis explicito.

(iuem julgará civilisado hum po\'o-, cuja• leys, por defei tuosas , tolerem em se~ gremio escol as publicasd."inh umanidade? Que ho mem bom, e cm c ujo ~oraçam go lteje o suave liq uor <la hu­manidaqe dispcoderá hllm seitil pelo gos to de \ 1e r cm bum curro massac rar huma victimn,que nam tem outro c ri me alem da <lisgraçn<la so1·té d'haver :cahi<lo pas garras ao homem, es~c rr.ons­t ro, qu·e, i ncu lc~1ndo-se humano, tuüo assol a e dt:slroe .. . • até a sua mesma espccie e a si-mes ..

O JO VEN NATl.JlL~USTA. 119

mo? Com ludo n6; nhi \'e mos mui tas veies na 1 chamar philosophin ao innovar som justo meio velhice(/ junrntudc imlivi<luostkcoraça rn, aliás ! - sem limites, cahindo por imprevidencia no h•rno e Col'Jlpa~~il'o, contemplando, j.inarn<li- ex trtmo opposlo , bc St!tn <luvida profana r tam rt-'mos a sangue frio mas si m por ;:;os lo por prascr sagrn<lo nome. (iuerer <l 'hum golpe red usir tu­c por cxlas1" hurn comballc entre hum homem <lo á sua crcnsn, clcceparpromplamcnteos<l'd­e hum bruto (ou l'nlrn hum bru to e outro bru - la iocrcdulos - im buir vs Pº''OS a to rto e adi­lo! !)e h:rnnlan<lo alaridos e gri tos até ao eco n·ito <l<: n:rJa<lcs-prcjuisoscnbsurdos, e red u~ <l'alle~ria porquc'ln\m 011 outro ficou e.xtrip:ulo sir a cinzas tudo, qu1! s'oppunhn ou refledia - hum Oll outro f1co11 derreado!!! 1·is o furor <la <licla philosvp 1lia mitiga : destruir

E <l i r~se-ha ci,•ili:m<lo o poro, onde taes usos d'hum sulto t• sem escolha o, bom e o máod'es-; se qonsNrnm? O contrario he nossa opioiam. l<t e crer, que Sl.'ja obrn <le momcolo o arran., N \tm <liriginton nÓ$ os tiros <ln censu ra a e:;le car crença,; e usos in vcle ratlos nos povos ..•. em 011 áquclle po\'O, purciue cm roda Je n6s os vc- huma pula na, reformar compleltamente, eis a mos contam inaJo; dos mesmos podres!! Qual mania d;,1 Jicta HOva philosophia ; e co m cffoi.,. hc pois o fru c to d\Js~a i mrnorn lida<lc , qu e k- to nós que cremos, que tam pouco phi losophia gisliiJores imprev iJenl.l'S ain<la nam tem tiJo a he huma coOIOOUlra porque USOS e Cíe0($HS nam cornjem <.lc b;.ln i r? Fôrn até bem escusa<lo o d i- se in tro<lusem a martello. Os cffei tos d' h uma .s1~-l o. Osolbos dajuve11tucle,accostumadosave r e outra sam os mesmos: alem g uerrascntrepo ~ sangue-a ver marlyrisa r e massacrar hum in- "º e Pº''º en tre chefe e che íe , aqui o mesmo nocente animal , nffascm-se á crueldad 1~ ç os vem a ser ..•. guerra <los crentes contra os nam joYens, perdendo com o t<'m poo sc ntim ..:nlo nil- crentes e guerra dos nam c rentes contra cren,. tural repressor da rnal<l•1dc, quer <liser , cs~c lns .... eis o que perturba a paz do mundo ci­rc torno sobre si-mesmo, que o homem sensi vcl vilisado .... fiquemos aqui, que he o limite da i;cnte ao \'er os males alheios, IQrnam-se iodiffc- nossa missam. rentes a e,;ses ma les e por pequeno mo tivo os , A' proporsamque os povosvamapercebendo­fas1~m e ll~s-mcsmos sofrer .... terrivd immorali- se <la ten<lencia reformadora , dos que os gover,. <ladc ! ! ! <! que pode huma sociedade esperar <le nam, o espirito de christiaoismo desen\'olvc-sc taes me~nl>ros? ! nam por nccinte, mas insensh•clmente, o que

T emos já visto e com bastan te magoa! os rnen- prova d'huma maneira iocontestavcl, quanto pe~ d i~os e o; velhos para lítico~ insuh a<los nam só rigoso seria tentar a profanaçam <lc suas crcn­pdos ga rotos mas ain<la por outr01 jovens, aquêtn çns, caso u oico, que seria capaz de relevar t e las mais finas disfarçam a<lepravaçam !!! V i- 1 <l.'hu m momento toda a .e11eq;ia e resentimento mos já muitas vezc~ assoberbada a miseria pela d' hqm povo: a Allcmanha abunda em exemplos phrase da moda = Nmn há .. vá lrabathar ! != d'csla verdade. B em <le~cjáramos nós que nam houvessem men- T emos visto no presente anno grandes festas e <ligos a transitar pelas ruas; mas, he isso hum func<;Ües d'arrnial- fogos de \'Ístn etc. : tudo isto impossi vel. A casa <lo nsy lo <la mendieida<le tem reccor,la o que som mos -port11gue:<es por gloria e merec ido os louvores de todos os period icos, e catholicos par co1wi.cçam. N:un censuraremos nós o.am g uardaremos . para mais tarde este tri- aq uillo;q úc .a pre ,·tiinos- os aétos. d~ re ligiam - , bur to de respeito o louvor a seus nobres institui- nem nossa pc~noa m1'squinha fra nqueará do gunr­dores; mas os soccorros, que a li se pres tam sam Ja-veoto <la casa de Ouos para d1~nlro. L embra­ainda poucos para hum n tam g rande multidam nos s6 que o filho de D1:os, quando vc.>io ao muQ­d'indi gen tes, e o n11 mcrodosfoNrccidosseacha <lo, ncllc vivt>o vi<la dcmcn\1ip;o; e , c;epoçl<,>n­limita<lo. Nós vimos forccjar para ali introdu- do tudo, num quiz inculcar $lia Omnipotencia Sir hum paraJitico CX-VClcrano, Yictima.da obc- sennm <;O m 1•.xcmpJos u'humilda<le C pobr.esa. , <liencia a hum seu superior , e ou tros "mais, cu- segue-se <l'aqui, por conseq ucnci a, qu ~ as pom­ja indigc ncin he conht'c idn; e com tudo elles ain- pas sam i ncom pnti v1:b co m n~ bnses do se u cul­<la arrasta m pelos cantos <la capital o peso de to, que cm lognr do ~angc e fu modas vic ti mgs s~n amar~urnda. cxis tencin. Nam queremos at- dos sacrilicios Jos antigos pntriarcha~, s!~ con­ttrar·nos a perscrulaçam <las causas da carcncia ten ta apenas com a sim pie~ com buslnm d hum a UO$ meios em tnl asy lo , essa analyse ·sC'ria de- ~ubstancia yegcta l. D '<1qui cremos , que bom m asiado profon<ln e snl"ie Ocos , onde teriamos grado dispensa o Summo Deoo; parle de suas <le remontar para achar· lhe n o rigem; quisemos oblaçôes a bem de fac los de cari<la<lc; e, se hou-· &omenle mostrar, que pode haver mend igos por vesst>mos vist(J, como na Lapa, ex tcnJicJ a pdas jrnmoralida<le d'in<li"iduo \ mas he inncga\oel oulrns fes tas huma mesa abunJ:inte pa ra os me~­ha,·e-los de occessida<le. digos , n6s ekvariamos brm . allo nossa debi l

A ppa rl'ceo no mundo, d ictu civ ili!iado, des- aprova<;a m: ma$ por toda n parti: vim os ar<'os de certo tempo hum ferror de reformar, a quem e musicas, e to<lnvin os musicos t em seus sala­os home ns, d 'clle <lominaJo>, tccm o tw1<lo cha- rios nos corpos, a qµc pertence m, e melhor fôra mar pllilos<>phia moderna, ridículo engano!. .. ~ ntes tornar esse dinheiro cm benef1ciodo1 pobres.

] E?'.) O JOVEN NATUUALTSTA:

lJ 'c-stns cousa~, 'l'IC tnm mesquinhas pnrcccm, n quem nnm re fl cCll', resultam mal1•:; , que pa­n•ccnclo m1isquinhos, se tornam pn·j uJkia1•3 á vi<ln das so<'i t:dnlles pt-lo pouco ca'o, qu e <l'cl­lcs se faz. E:>tcs males v•~lll Jc mui lo11gl! e su a;, conscquc ncia~ se scnl.l~m as;;uz }'Ura que nam ou­i;cmo:i cl'elles duvi<lnr.

ü sabio Fé nélon' bem os demonstrou pela bo­ca do ~e u M ('otor no rt:yno J c ldomen1·0. A a,gricullura l~ ns arte:> de primeira classe sam lllS

un ii::os el1·ml'nlos da prospcridn<l1: d'hum }JO\'O;

mas, sendo huma depe11dentc d'hum oxcrcicio c1Hlo•o, as o utra-; difticcis d'appr~n<lcr , e o• homens inimigos do trabalho, j:t se \e, que tan­t os sa m os JOve ns cm pregados nas occu paçÕt>s superfluas, quantos os bragos snm , que se rou­. bam á. agricultura e ás arll!S; e bem facil he de N nccber quanto menos custoso liil'.ͪ Jo que cli­rigi r n rdha do arado e rcvohcr a terra com a enchaJa o tocar hllm instrumento em hum mrninl-o incend iar fogos <le <li ffcrenles vistas -o nrmar gnlarias para musicos - o vcn<lnr hum taboleiro de bolos e hum frasco d'ngon-arden­te, e o utrns re<licularias tac~s, c m qu1~ hum ope-1·a rio vae por patusca<l:i. gastar o fructo d'algum dias <le fadi gas e o sustento <le sua família, que tn ui tas v<>zcs em casa espera o desfecho do de­boche <l'essc <lia.

E concluimos <liscndo , que ns esmolascxtra­hidns do povo ln sc fundiram em musica-fogo - e luics, semque a men<liciJa<le visse <l'ali hum at:to de oari<lade. Assim v ac o mundo!! . •.

-••••0••e•-

ECONOMIA U"'UAL . MORAL PRIVADA.,

P nEC'EtTOs . - Cada qual tem a velhice, que se pri·pura.

H e humn vergonha para os homens, <JUC cl­l1•s tcnhu m tantas doen~as; porque os ~ons cos­tu rnes produsern a sautle.

Nnm con\'em empre~ar aqudlcs homcns,dc quem se suspeita, nem suspeitar d'aquelle;, que se cmpreg:rn1.

A economia dá aos pobres tudo , o que a pro­u i gal i<la<lc tira aos ricos .

Lembrne-vo; de que , quem compra o supcr­fluo, venderá. <levo.is o ncccssario.

Gn o hnc o que p~<ler<les , e g unrd ae o que gn­n hacs, ds aqui a pedra, qu e mudará. ei:n ouro todo o vosso chumbo.

Quem pr<le emprestado para cclif1cnr, edifi-ca pnm ve ndcr. ·

O que esquece os benef1cios, se lembra das inj11 rins.

T oda n subida tem sua clcsci<ln. P ode-se facilmente ser rico, se: se q uer abster

do que se nam necessitn.

O q ue he escrnvo d .) seu ve ntre, p:lssn <lnas noih's s•· m Jormir-hum:i, porq11olcm oo:;to­ma~o ('httio-1)11tra porq ue o tem rnsio.

N ,11n 1·ntrac jimais cm hum l<•g<H ti~ \'emhl. publica porqLw serieis tf' nlado d'uli comprac uguillo, que nam nc·cessi:acs ,

~e comprares huma casa com n Ínt«'nçnm de lho foz ur mudangn para a tornnrdc~ mui~ habi· ta\lel; contac, que a pagareis d11u~ ve;ws.

Nam opponhaes iw trapassl'iro S<' n<lm n r ccti~ <lam, sua.; trnpassns recahiram sobre l'l lc mes­mo. A finura jámais se sustentará longo tempo contra a sinc1•ri<la<ll'.

Uu1!ln uma a mesa lautn, morr<>rá clP. fome. As funcções de conciliador sam prcferhcis

ás Jo juiz • Nu111 hc cousa d ifficit o ouvir e ju lgar QS li·

tigantcs, tnus concil iar o~ home.1s entre !i -pre re n ir seus procl'ssoa e seus odiós, eis aqui o que he defficil e glorioso.

HETRATO 4.º

Ü ud üli\'ciro fnllar de Ricardo dous ml'zes hu. Jamais houve lwmem melhor <lo que H.i~ cardo ~ Bondade sobre ludo ... coruçam de mel e J'assuca r ! Louvu ''" ü liveiro todos os seus dictos, devam !IO ceo todos se us feitos: mc­llior era seu pnr1~ccr, que ode tuJos ! Em dou· trina ningucm o igua hwa, em reger sua fomi~ lia era hutn protl·nto, na convc rsi1<;fio alkgria t' prnser ! Pouco a pouco üli \l l.'Íro nnm mai.,; fallou d1i HicnrJo , e <lepoi:S comn11·~ou a cen­sura- lo. " H<· mali gno, te m máocoragnm, nam snbe o CJlW diz, nem o que fa z! Voe por cul­pa sua a fam itia em ruinn, 1·sl(i foi la tlc tu­d «J. • . Ricardo lia l•u?n me;s lhe empre:;tv1i di~ nfl ciro.

AJl:~~Qlatl~~ .. ~ ~um so1Jndo se nchn,·~ do scntinoHa a hum morto; s.ius camaradas q.ucrt:ndo meL11·r-l!iG hum susto , hum <l'ellcs se cm bqçou cm hum lençol, e fo i a ppa reeer-lhe co mo pht~n lasma pela alta noite. ü soldado, que era ainda re­crnta, \'end,o-a, se encheo cl'ani1110, e, <lP.s­cmbainhando Jl l1~pad:i e colloc:rndo~~t; na of ... fcnsiva .<lis:ic : "ü' al ma'. j{t fi nnJn, que vens

' ,d • • . 1 " perlurbar-me, sabe , que Oll sou lttl~ t11111uo ,, ai1.1da que s<·ja galucho; portanto da parle " de Ocos rctira-le se nam queres morrer ou~ " lra \'cz. " ~~~~~

LI SBO \ • -TVl'OGR.1P:ll~ DR 1· A·$. llQOIUl<l'll~

fl ua Ja Conde~a N, 0 19 .