20158 relatório de atividades e contas | 2015 lista de tabelas tabela i – quar 2015 da cpl, i.p....
TRANSCRIPT
1
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
criança é todo o ser humano menor de 18 anos, salvo se, nos termos da lei que lhe for aplicável, atingir a maioridade mais
cedo. respeitar e a garantir os direitos previstos na presente Convenção a todas as crianças que se encontrem sujeitas à
sua jurisdição, sem discriminação alguma, independentemente de qualquer consideração de raça, cor, sexo,
língua, religião, opinião política ou outra da criança, de seus pais ou representantes legais, ou da sua origem
nacional, étnica ou social, fortuna, incapacidade, nascimento ou de qualquer outra situação. Convenção a todas
as crianças que se encontrem sujeitas à sua jurisdição, sem discriminação alguma, independentemente de
qualquer consideração de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou outra da criança, de seus pais ou
representantes legais, ou da sua origem nacional, étnica ou social, fortuna, incapacidade, nascimento ou de
qualquer outra situação. Convenção a todas as crianças que se encontrem sujeitas à sua jurisdição, sem
discriminação alguma, independentemente de qualquer consideração de raça, cor, sexo, língua, religião,
opinião política ou outra da criança, de seus pais ou representantes legais, ou da sua origem nacional, étnica ou
social, fortuna, incapacidade, nascimento ou de qualquer outra situação. Convenção a todas as crianças que se
encontrem sujeitas à sua jurisdição, sem discriminação alguma, independentemente de qualquer consideração
de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou outra da criança, de seus pais ou representantes legais, ou
Relatório de Atividades e Contas
2015
2
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
3
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
[ Abril de 2016 ]
4
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
FICHA TÉCNICA
TÍTULO:
Relatório de Atividades e Contas 2015
EQUIPA RESPONSÁVEL:
Departamento de Apoio à Coordenação
Coordenação | Sandra Alves
Unidade de Ação Social e Acolhimento
Carina Faria
Cláudia Martins
Olga Miralto
Unidade de Educação e Formação
Teresa Coelho
Mariana Rodrigues
Planeamento
Ana Longle
Ana Marques
Catarina Sousa
Marília Marques
Sofia Cheis Gil
Departamento de Serviços Partilhados
Coordenação | Álvaro Amaral
Dione Barbosa
Florbela Costa
Pedro Nerra
Unidade de Recursos Humanos
Coordenação | Carla Peixe
Lurdes Fernando
Sílvia Duarte
DATA 2016-04-15
5
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
6
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Índice 11 Introdução
15 Como somos hoje…
1 Enquadramento
18 Órgãos estatutários e Organograma
19 Organograma
20 Os Centros de Educação e Desenvolvimento
21 Perfil sociográfico dos Educandos do Acolhimento Residencial da CPL I.P.
Resumo da atividade em 2015
22 Executive Dashboard
23 CPL em grandes números
24 Candidaturas
2 Resultados alcançados no QUAR 2015 Justificação dos desvios significativos
30 1] Aprovação dos objetivos e/ou indicadores e metas do QUAR 2015
34 2] Análise crítica dos resultados alcançados e dos desvios verificados
3] Análise de recursos afetos às atividades
40 3.1. Recursos Humanos
42 3.2.Recursos Financeiros
3 Informação que acompanha a autoavaliação
4] Coerência entre documentos previsionais legalmente exigidos à CPL, I.P.: Execução do Plano de Atividades 2015 e dos contributos para o Plano de Atividades do MSESS
48 4.1. Plano de Atividades da Casa Pia de Lisboa
49 4.2. Plano de Atividades do Ministério da Solidariedade do Emprego e da Segurança Social
51 5] Apreciação dos Utilizadores
52 5.1. Satisfação dos educandos das Respostas Educativas e Formativas
58 5.2. Satisfação dos educandos do Acolhimento Residencial
67 6] Avaliação do sistema de controlo interno e reforço de desempenho
70 7] Fiabilidade do sistema de indicadores de desempenho
72 8] Audição dos dirigentes intermédios e demais trabalhadores
9] Identificação e partilha de boas práticas
85 9.1. Parcerias com instituições académicas
86 9.2. Controlo da qualidade, higiene e segurança alimentar
7
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
88 9.3. Monitorização dos Projetos ao abrigo de co-finnanciamento nacional e internacional em que a CPL é promotora ou parceira
91 9.4. Execução do Plano de Requalificação do Património 2015-2018
4 Articulação com o Balanço Social
98 10] Principais tendências e indicadores
5 Balanço Sintético de Desempenho
104 11] Menção proposta pelo dirigente máximo na autoavaliação
105 12] Síntese de resultados e do desenvolvimento de medidas para um reforço positivo do desempenho
6 Situação Económica e Financeira
116 13] Contexto Macroeconómico
117 14] Análise Financeira
119 14.1. Balanço
121 14.2. Demonstração de Resultados
124 14.3. Indicadores Financeiros
125 14.4. Execução Orçamental
140 15] Saldos Orçamentais
141 16] Contingências
141 17] Proposta de aplicação de resultados
142 Glossário
ANEXOS Anexo I – Balanço Social CPL, I.P. 2015 Anexo II – Auscultação dos Dirigentes Intermédios e demais Trabalhadores da
CPL, I.P. Anexo III – Questionário de satisfação de Trabalhadores 2015 Anexo IV – Execução do PA do MSESS Anexo V – Questionário aos Educandos REF da CPL, I.P. 2015 Anexo VI – Questionário aos Educandos AR da CPL, I.P. 2015 Anexo VII – Avaliação do Sistema de Controlo Interno Anexo VIII – Anexo às demonstrações financeiras Anexo IX - Certificação Legal de Contas 2015
8
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Lista de tabelas
Tabela I – QUAR 2015 da CPL, I.P. objetivo 8 Tabela II – Monitorização do indicador 8: Taxa de redução da Despesas 1.º e 2.º Trimestres Tabela III – Proposta de revisão do objetivo 8 e respetivo indicador Tabela IV – QUAR 2015 versão revista Tabela V – Síntese da execução global dos parâmetros do QUAR_2015 Tabela VI – Síntese dos resultados alcançados no QUAR 2015 pela CPL IP Tabela VII – Síntese dos resultados alcançados no parâmetro da eficácia_QUAR_2015 Tabela VIII – Síntese da execução do parâmetro da eficiência do QUAR_2015 Tabela IX – Síntese da execução do parâmetro da qualidade do QUAR_2015 Tabela X – Unidades Equivalentes de Recursos Humanos Planeados e Executados_2015 Tabela XI – Índice de produtividade_2015 Tabela XII – Recursos Financeiros estimados e realizados_2015 Tabela XIII – Índice de custo – eficácia_ 2015 Tabela XIV – Avaliação do SCI da CPL, I.P._ 2015 Tabela XV - Medidas de reforço da fiabilidade dos indicadores de desempenho da CPL, I.P._2015 Tabela XVI – Auditorias Internas realizadas na CPL, I.P._2015 Tabela XVII - Taxas de resposta ao inquérito de satisfação dos trabalhadores da CPL, I.P._2015 Tabela XVIII – Distribuição das respostas por CED_2015 Tabela XIX – Distribuição das respostas por carreira_2015 Tabela XX – Principais indicadores do Balanço Social_2015 Tabela XXI – Caracterização sociográfica dos Trabalhadores da CPL_2015 Tabela XXII – Gestão do Mapa de Pessoal da CPL_2015 Tabela XXIII – Horário de Trabalho da CPL_2015 Tabela XXIV – Relações profissionais na CPL_2015 Tabela XXV – Síntese dos resultados alcançados no QUAR_2015 Tabela XXVI – Síntese da auscultação da satisfação dos educandos REF_2015 Tabela XXVII – Síntese da auscultação da satisfação dos educandos AR_2015 Tabela XXVIII – Síntese dos resultados na avaliação do sistema de controlo interno da CPL, I.P._2015 Tabela XXIX – Síntese das referências às causas de incumprimento das metas PA MSESS_2015 Tabela XXX – Síntese da auscultação da satisfação dos trabalhadores da CPL, I.P._2015 Tabela XXXI – Síntese da avaliação da fiabilidade do sistema de indicadores de desempenho da CPL, I.P._2015 Tabela XXXII – Síntese da Coerência entre os elementos do QUAR da CPL, I.P. em 2015 e os documentos previsionais legalmente previstos Tabela XXXIII – Síntese das boas práticas identificadas na CPL, I.P._2015 Tabela XXXIV – Síntese de medidas para um reforço positivo de desempenho da CPL, I.P._2015 Tabela XXXV – Síntese dos aspetos positivos, áreas a melhorar e das medidas de reforço de desempenho positivo da CPL, I.P._2015 Tabela XXXVI – Ativo Liquido 2014/2015 Tabela XXXVII - Fundos Próprios e Passivo 2014/2015 Tabela XXXVIII - Composição do Resultado Líquido Tabela XXXIX - Demonstração de Resultados Tabela XL - Rácios Financeiros Tabela XLI – Previsões corrigidas vs Execução da receita_2015 Tabela XLII – Execução 2014 vs Execução 2015 (valores acumulados) Tabela XLIII – Dotações corrigidas vs Execução da Despesa_2015 Tabela XLIV – Execução Despesa 2014 vs Execução Despesa 2015 (valores acumulados)
Lista de Quadros Quadro I – Pedido de transição de saldos
9
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Lista de Gráficos
Gráfico I – Execução dos objetivos do PA 2015 Gráfico II – Taxa de execução dos contributos da CPL, I.P. para o Plano de Atividades do MSESS 2015 Gráfico III – Perceções positivas dos educandos quanto à exigência do ensino Gráfico IV – Perceções positivas dos educandos quanto ao desempenho dos professores Gráfico V – Perceções positivas dos educandos quanto ao desempenho dos professores II Gráfico VI – Perceções positivas dos educandos quanto às salas de aula Gráfico VII – Perceções positivas quanto aos espaços de recreio e desporto Gráfico VIII – Perceções positivas dos educandos quanto funcionamento dos serviços administrativos Gráfico IX – Perceções positivas dos educandos quanto às refeições e serviços de refeitório Gráfico X – Perceções positivas dos educandos quanto à ligação feita com a família Gráfico XI – Perceções positivas dos educandos quanto ao sentimento de segurança no CED Gráfico XII – Perceções positivas dos educandos quanto à rede informal de suporte no CED Gráfico XIII – Perceções positivas dos educandos quanto à satisfação global Gráfico XIV – Condições físicas da Casa 2014 vs 2015 Gráfico XV – Integração e acompanhamento inicial 2014 vs 2015 Gráfico XVI – Quotidiano na Casa I 2014 vs 2015 Gráfico XVII – Quotidiano na Casa II 2014 vs 2015 Gráfico XVIII – Contactos com a família 2014 vs 2015 Gráfico XIX – Respeito pela privacidade e individualidade 2014 vs 2015 Gráfico XX – Acompanhamento escolar 2014 vs 2015 Gráfico XXI – Cuidados de saúde 2014 vs 2015 Gráfico XXII – Sentimento de bem-estar e segurança I 2014 vs 2015 Gráfico XXIII – Sentimento de bem-estar e segurança II 2014 vs 2015 Gráfico XXIV – Sentimento de bem-estar e segurança III 2014 vs 2015 Gráfico XXV – Satisfação geral 2014 vs 2015 Gráfico XXVI - Satisfação global dos trabalhadores com a CPL Gráfico XXVII –Satisfação com a Gestão e Sistemas de Gestão da CPL, IP Gráfico XXVIII – Satisfação com as condições de trabalho Gráfico XXVIII A - Satisfação com o desenvolvimento da carreira Gráfico XXVIII B - Nível de motivação Gráfico XXVIII C - Satisfação com o estilo de liderança – Gestor de Topo
Gráfico XXVIII D - Satisfação com o estilo de liderança- Gestor intermédio Gráfico XXVIII E - Satisfação com condições de higiene, segurança, equipamentos e serviços Gráfico XXVIII F - Satisfação com condições de higiene, segurança, equipamentos e serviços Gráfico XXVIII G - Satisfação com condições de higiene, segurança, equipamentos e serviços Gráfico XXIX – Âmbito dos Pedidos de realização de estudos de investigação 2014 vs 2015 Gráfico XXX – Requisitos de higiene/limpeza e análises periódicas 2014 vs 2015 Gráfico XXXI – Ementas 2014 vs 2015 Gráfico XXXII – Ementas/requisitos 2014 vs 2015 Gráfico XXXIII – Ementas/capitações 2014 vs 2015 Gráfico XXXIV – Gráfico Evolutivo de Resultados Líquidos Gráfico XXXV – Gráfico Evolutivo de Resultados Operacionais Gráfico XXXVI – Gráfico Evolutivo de Resultados Financeiros Gráfico XXXVII – Gráfico Evolutivo de Resultados Extraordinários Gráfico XXXVIII – Taxas, Multas e Penalidades (valores acumulados) Gráfico XXXIX – Rendimentos de propriedade (valores acumulados) Gráfico XL – Transferências correntes (valores acumulados) Gráfico XLI – Venda de bens e serviços correntes (valores acumulados) Gráfico XLII – Outras receitas correntes (valores acumulados) Gráfico XLIII – Transferências de capital (valores acumulados) Gráfico XLIV – Outras receitas não abatidas ao pagamento (valores acumulados) Gráfico XLV – Agrupamento 01- Despesas com Pessoal (valores acumulados) Gráfico XLVI – Agrupamento 02- Aquisição de bens e serviços (valores acumulados) Gráfico XLVII – Agrupamento 03- Juros e outros encargos (valores acumulados) Gráfico XLVIII – Agrupamento 04- Transferências correntes (valores acumulados) Gráfico XLIX – Agrupamento 05- Subsídios (valores acumulados) Gráfico L – Agrupamento 06- Outras despesas correntes (valores acumulados) Gráfico LI – Agrupamento 07- Aquisição de bens de capital (valores acumulados) Gráfico LII – Agrupamento 10- Passivos financeiros (valores acumulados)
10
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
11
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Introdução
Num cenário de anunciada retoma económica, o ano de 2015 fica marcado pelos
primeiros sinais de esperança, não obstante permanecerem os grandes desafios no que
toca ao crescimento dos fenómenos de exclusão social e à redução dos recursos
disponíveis para os gerir e prevenir.
Decorrente dos novos compromissos internos e externos assumidos pela Casa Pia de
Lisboa I.P. (CPL), em sede de Plano Estratégico 2015-2018, a Instituição procurou rever as
suas prioridades de intervenção junto dos 2953 educandos em educação e formação, e
254 crianças e jovens em acolhimento e acompanhamento em meio natural de vida.
Numa lógica de reinvenção, foram redirecionadas energias para o envolvimento dos 1052
trabalhadores na criação de condições para a implementação (a curto prazo) de um novo
modelo pedagógico para a Educação e Formação e de respostas sociais de acolhimento
norteadas pelo princípio da intervenção terapêutica e reparadora. A este esforço acresce
a implementação plena do Sistema de Informação das Respostas Educativas e Formativas
(SIREF) que exigiu grande envolvimento por parte dos docentes e das Direções dos CED.
O alinhamento interno da Instituição permitiu ainda que as nossas prioridades fossem
enquadradas nas opções para as áreas de suporte, concretamente no Plano de Formação
anual para trabalhadores e no Plano para a Requalificação do Património (PReP 15-18).
Procurando retratar o quotidiano da Instituição ao longo de 2015, o presente Relatório de
Atividades e Contas (RAC) encontra-se estruturado em 6 partes, cruzando as atividades
realizadas, com os recursos financeiros despendidos.
Nestes termos, articulando as equipas do Departamento de Apoio à Coordenação, do
Departamento de Serviços Partilhados e da Unidade de Recursos Humanos, o presente
Relatório concilia as diversas orientações técnicas do Conselho Coordenador de Avaliação
dos Serviços (CCAS), com os procedimentos de prestação de contas da CPL, tendo por
referência o Plano Oficial de Contabilidade das Instituições de Solidariedade e de
Segurança Social (POCISSSS), e os elementos adicionais definidos pelo Tribunal de Contas.
12
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Na primeira parte, em paralelo com o enquadramento legal e estatutário apresenta-se um
sumário executivo da atividade desenvolvida pela CPL, I.P. durante o ano, nas áreas de
missão, de gestão e de suporte.
A parte 2 integra a auto-avaliação proposta pela Instituição para o ano em análise, e
decorre do cumprimento do disposto no nº 1 do art. 15.º da Lei n.º 66-B/2007, de 28
dezembro, com as devidas atualizações.
Num primeiro momento, analisa-se a proposta de revisão submetida à Tutela e que
originou a publicação da 2ª versão do Quadro de Avaliação e Responsabilização (QUAR).
Esta proposta decorreu da existência de variáveis exógenas de natureza política e
administrativa, previstas no art.º 8º do referido diploma.
Num segundo momento, analisam-se os resultados alcançados pela Instituição em sede
de QUAR, Plano de Atividades (PA), Orçamento e Mapa de Pessoal, resultados suportados
no report interno via Sistema de Planeamento e Controlo (SPC).
A esta análise acresce a justificação dos desvios apurados, respetivas causas de
incumprimento e medidas de reforço de desempenho.
Na terceira parte apresenta-se a informação que nos termos do disposto no nº 2 do art.º
15º da Lei n.º 66-B/2007, de 28 dezembro, deverá acompanhar a autoavaliação
apresentada pela CPL I.P., nomeadamente:
Coerência entre documentos previsionais legalmente exigidos: execução do Plano de
Atividades 2015 e dos contributos da CPL para o Plano de Atividades do MSESS;
Apreciação dos Utilizadores, concretamente das crianças e dos jovens em acolhimento
residencial e que frequentam as respostas educativas e formativas da Instituição;
Avaliação do sistema de controlo interno e reforço de desempenho;
Fiabilidade do sistema de indicadores de desempenho;
Audição dos dirigentes intermédios e demais trabalhadores;
Identificação e partilha de boas práticas.
Na parte 4 procede-se a uma análise detalhada do Balanço Social, e na parte 5 apresenta-
se um balanço sintético de desempenho que resume a atividade da CPL em 2015,
assinalando o desenvolvimento de medidas para o reforço positivo de desempenho e os
fatores que estiveram na base do incumprimento.
13
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Este balanço resume e sustenta a proposta pelo dirigente máximo da Instituição na
auto-avaliação de “Desempenho Bom”, nos termos do disposto no nº 1 alínea b) do art.º
18º da Lei nº 66-B/2007, de 28 de dezembro.
Como complemento à estrutura de relatório proposta pelo CCAS, e no intuito de
centralizar a informação em sede de Relatório de Atividades e Contas, apresenta-se na
sexta e última parte, a caracterização da situação económica e financeira da CPL que inclui
a apresentação das peças financeiras relativas ao exercício económico de 2015, e uma
proposta de aplicação de resultados.
Em suma, a apresentação de resultados de forma integrada permitiu uma vez mais à CPL,
por um lado, refletir sobre a sua intervenção, e por outro reorientar a estratégia para o
próximo ano, apostando na otimização dos recursos. Esta dinâmica teve como pano de
fundo, no passado, como terá no futuro, a mobilização e valorização interna dos nossos
profissionais, no dia-a-dia de trabalho com as nossas crianças e jovens.
14
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
15
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Legenda: FIDC – Formação Inicial de Dupla Certificação; Form. contexto trab. – Formação em contexto de trabalho; Adm. – Admitidos; LIJ – Lar de Infância e Juventude; AA – Apartamento de Autonomização; Custo médio mensal educ. AR (Desp. Corr.) – Custo médio mensal por educando em Acolhimento Residencial (Despesas Correntes); Custo médio mensal educ. REF (Desp. Corr.) – Custo médio mensal por educando em Respostas Educativas e Formativas (Despesas Correntes).
Fonte: DAC/PLAN, Indicadores de Gestão 4º trimestre 2014 e 2015 – Mar. 2016
42
35
13
Acomp. em meio nat. de vida
Acolhimento
1357Formação Inicial de Dupla Certificação
Técnicos superiores
Dirigentes
Ensino Regular
254
Assistentes Técnicos
2953
Efetivos
Assistentes Operacionais
Despesas com o pessoal
Juros transferências correntes e outros subsidios
Outras despesas correntes
212Acolhidas
2015
Crian
ças e jo
ven
s
Respostas Educativas e Formativas
485Outras respostas
1111
157.000,86Aquisição de bens de capital
1.192.631,14
Passivos Financeiros
Outras
36.251.089,48 26.639.411,14
Aquisição de bens e de serviços
Orçam
en
to e
xecu
tado
5.496.968,65
30.949,43
2.734.128,26
Trabalh
ado
res
1052
139
261
476
128Docentes
35.669.150,71
20143095
242
1074
Co
mo
so
mo
s h
oje
[q
ual
fo
i o n
oss
o p
úb
lico
; co
m q
ue
m e
co
m q
uan
to t
rab
alh
amo
s]
16
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
17
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Na primeira parte do Relatório de Atividades e Contas (RAC) 2015
pretende-se enquadrar as atividades que a CPL desenvolveu ao
longo do ano, apresentando as publicações trimestrais dos
indicadores de desempenho que foram objeto de análise nos
órgãos estatutários legalmente investidos dessas competências.
A monitorização atenta e a adoção de medidas corretivas
atempadas permitiram que a Instituição apresente uma vez mais
um desempenho globalmente muito positivo traduzido na menção
proposta pelo dirigente máximo na auto-avaliação.
18
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
[Órgãos Estatutários] Conselho Diretivo
Maria Cristina Ricardo Inês Fangueiro [ Presidente ] Eduardo Alberto Macedo Vilaça [Vice - Presidente ] José Manuel Martins Lucas [ Vogal ]
Conselho Institucional
Conselho Diretivo, Diretores de Departamento dos Serviços Centrais (SC), Diretores
Executivos dos Centros de Educação e Desenvolvimento (CED) Diretor do Centro Cultural
Casapiano (CCC) e Diretores da Unidade de Assuntos Jurídicos e Contencioso, Unidade de
Qualidade e de Auditoria e Unidade de Recursos Humanos.
Conselho de Curadores
Membros ainda não nomeados
Fiscal Único
Oliveira. Reis & Associados, SROC, Lda., designado pelo Despacho n.º 10075/2008 de 11 de
Março
19
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
[Org
ano
gram
a]
20
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Fonte: DAC/PLAN, Mar 2016
1 C. Acolhimento Temporário
Formação e Qualificação de Adultos
Lar de Apoio
Centro de Recursos
CED
Tip
o 1 Acolhimento de crianças e jovens em
perigo
Sta. Catarina
6 Casas de Acolhimento
6 Apartamentos Autonomização
CEF tipo 2 CEF tipo 1 e 2
E.S. Artístico Especializado
Sta. Clara
6 Casas de Acolhimento
1 CAFAP
Cursos Aprendizagem
E.S. Artístico Especializado Curso Especialização Tecnológica
Cursos Profissionais
Cursos Vocacionais [3º ciclo] 1º, 2º e 3º CEB
1º, 2º e 3º CEBJacob Rodrigues Pereira [bilingue]
Ensino Integrado da Música Creche
Curriculos Alternativos Pré-Escolar
Nossa Senhora Conceição
Pré-EscolarNuno Álvares Pereira
Pré-Escolar 1º, 2º e 3º CEB
Ensino Integrado da Música Cursos Profissionais
Cursos Vocacionais [2º e 3º ciclos]
CED
Tip
o 2 Educação e Formação
Maria Pia Pina Manique
Pré-Escolar
1º, 2º e 3º CEB CEF tipo 2 e 3
Cursos Vocacionais [2º, 3º ciclos e Sec.]
Centro Férias e Lazer
Francisco Margiochi
Antº Aurélio Costa Ferreira
Lar Residencial
Educação Ambiental
CED
Tip
o 3
Animação Ambiental
Ensino Especial e Reabilitação
Centro Atividades Ocupacionais
* em processo de transição para o IHRU
Centro de Educação e Acção Social
Gestão de Parque Habitacional*
[Os
Ce
ntr
os
de
Ed
uca
ção
e D
ese
nvo
lvim
en
to]
21
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
LIJ AA CAT LR LA SCLA SCAT AACF JRP CR/EPE EB C.ALTER. CV CET CA ES/AE CP EER CEF OUTRA
Taxa de Feminização 29% 50% 31% 50% 33% 27% 34% 50% 33% 0 95 0 1 0 0 6 17 9 12 0
Residentes 150 18 13 22 9 67 114 22 9 0 4 0 1 1 0 3 8 0 1 0
Média Idade 14,8 18,4 11,2 25,7 16,4 14,0 15,4 25,7 16,4 0 10 0 0 0 0 0 0 1 0 0
Nº PDP
Contratualizado147 18 10 22 9 67 108 22 9 0 0 0 0 0 0 0 0 7 0 0
% 99% 100% 100% 100% 100% 100% 99% 100% 100%
Nº PDP Revisto 127 17 1 20 8 57 88 20 8 0 5 0 0 0 0 3 0 0 0 0
% 94,1% 100,0% 50,0% 100,0% 100,0% 95,0% 93,6% 100,0% 100,0%Adequabilidadde PDP
60%83% 60% 100,0% #DIV/0! 0,0% 86,4% 73,9% #DIV/0! 0,0%
Reint.
Fam.Nuc.
Reint.
Fam.Alarg.Auton. Acol. Perm. Adoção
Admissões* 28 8 15 0 1 15 36 0 1 64 4 72 6 0
(* inclui regresso de ausentes) 2
AIF (total) 34 4 0 4 0 0 18 0 0
AIF (2015) 10 5 0 4
Média meses em AIF
(total)20,2 1 1 0 0 0
Média Idades (total) 18,0
0 0 0 19 1
Saidas (total) 33 8 4 0 2 14 31 0 2
Saidas Diretas 22 2 4 0 1 9 19 0 1 6 1 2 0 0
Saídas (AIF) 11 6 0 0 1 5 12 0 1
Média Idades 18,0 21,5 17,8 0 18 16,9 19,2 0 18
Acol. Inst. Acol. FamApoio jt
outro fam
Apoio jt
pais
Apoio
auton. vidaConf. à CPL
Conf.
Inst.vist fut.
Adop.
Conf. Pess.
idónea
Conf. Pess.
Selec. p
adopção
Maioridade
S/ nec.
outra med.
Aplic.
17,1% n.a. n.a. n.a. 14,93% 18,52% n.a. n.a. 133 0 0 0 1 2 4 0 0 0 0
Tempo Médio de
Permanência45,5 12,0 5,5 182,0 73,0 42,0 37,7 182,0 73,0 17 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0
Ausentes 9 0 1 0 0 5 5 0 0 17 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Regresso de Ausentes
5 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0
São Marçalcamas
14camas
24 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3
CED JRP o cupação 9 o cupação 22
TAR5
TAR18
AAR1
AAR0
AC FSF AS SR Total IG 2015
CED SCLA camas 13 12 14 13 76 R esultado
o cupação 12 12 10 11 67 89,1
TAR 5 5 4 6 30 59,4%
AAR 1 1 1 2 7
C apacidad
e CPL Ocupação
JJA SFS SI AB CAT AA1 AA2 AA6 Total 238 212 110
CED SCATcamas
15 15 15 15 12 5 5 2 123 24 AACF 22 18
o cupação 13 16 13 14 13 5 5 0 114 14 JRP 9 6
TAR8 8 5 5 5 0 0 0 39 76 SCLA 67 37
AAR2 1 1 1 1 0 0 0 10 123 SCAT 114 49
R
A
12 12
11 11
Indicador
Tx Ocup.Resp. AR
Tx Acomp. Inserção
Frequência Escolar
R
H
R
A
RA AACFR
ACED AACF
R
H
R
H
JIFL MC
17,1%
LR 0
0
0
0
0
0
0
AA
R
H
0
0
0
0
15 12 4 2 2
5 3
2 2
0
0
R
A
15 15 4 2 3
2
10
5 5
1 1
CJS JJB AA3 AA4 AA5
Situação Juridica
LA
LIJ
AA
CAT
LR
LA
0
54 LIJ
M
N
V
42
19
20,2
18,0
CAT
Conf.Guar. 3.ª pessoa
0
0
0
0
0
Projeto de Vida
Apadrinha/ civil
0
Tranf. Outra Inst.
1
Taxa de
Desinstitucionalização
R H (T A R +
A A R )
ACOLHIMENTO RESIDENCIAL - Tipologia de Resposta ACOLHIMENTO RESIDENCIAL - CED
CPL
R
e
s
i
d
e
n
t
e
s
33% LIJ
212 AA
CAT
206 LR
100%
173 LA
95,1%
74,6%
C
E
S
S
A
Ç
Õ
E
S
47
29
18
17,9
Fonte: DAC/PLAN, Publicações 4º trimestre 2015 – Mar. 2016 P
erf
il So
cio
gráf
ico
das
cri
ança
s e
jove
ns
em
Aco
lhim
en
to R
esi
den
cial
22
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Fonte: DAC/PLAN, Indicadores de Gestão 4º trimestre 2015 – Abril 2016
Mín. Máx Meta
84 92 95% n.a n.a n.a84 89 89,50% 92,02% 91,18% 89%
Mín. Máx Meta + - + - + -
92 98 92%
98 92 95,77% 93,15% 93,09% 92%
+ + +Mín. Máx Meta
38 59 60%
58 59,441,18% 37,50% 53,85% 59,38% 1066 1066 1052 1052
Mín. Máx Meta
0 7 0,26 0,24 0,27 0,26
4 0,037 5,50% 7,20% 5,70% 0,037% 9% AR
Fonte SIREFset:2891 dez:2953 0,71 0,71 0,68 0,56
Mín. Máx Meta
0 4
1,2 -0,021 4% 600,79 661,58 704,54 701,02
2,44% 4,20% n.a. -0,021%
Taxa de saídas definitivas em resposta formativa Mín. Máx Meta
1398,21 1557,73 1546,35 1613,14
0,0 1,4
1,0 0,54 1,20% 1,44% n.a. 0,52% 3%
13,4 13,0 15,6 15
Mín. Máx Meta
0 10 10%
8 10,326,42% n.a. n.a. 10,32% 9,97% 14,64% 32,47% 93,42%
Mín. Máx Meta
0 32 25% 30,39% 55,53% 77,10% 100,84%
32 26,43 27,13% n.a. n.a. 26,43%
Mín. Máx Meta 2 3 5 8
0 33 29%
16 32,97 15,48% n.a. n.a. 32,97%
Mín. Máx Meta
30%
38 70,04 38 72 71,62% 63,50% 65,30% 70,04%
QUAR 2015 VA Meta VA Meta
Taxa Acompanhamento AIF 59,38% 60% Taxa conclusão FIDC 64,92% 71%
Taxa de desinstitucionalização 17,14% 16% Operacionalizar o modelo do orçamento participativo 3 3 iniciat ivas
Taxa de aprovação [1º CEB] 98,18% 93% Reduzir despesa em consumo de água 5,20% 5%
Taxa de aprovação [2º CEB] 81,40% 82% Perfis prof. de competências p/ colaboradores 5 3
Taxa de aprovação [3º CEB] 86,91% 78% 12 meses 12 meses
Taxa Execução QUAR Taxa Execução PA
AL 15/16
AL 15/16
AL 14/15AL 14/15
ARAR
REF AL 14/15 AL 15/16
Risco futuro
Evolução nº efetivos Unid: n
OrçamentoKey Performance Indicators Projetos
Implem. Sis t.
Informação
Execução
[trim]
Desenvolvimento
do Sis tema de
Gestão Integrada
Taxa de educandos com projeto de vida definido
[Nº total educandos com Projeto de Vida definido / Nº
total educandos acolhidos] x 100
%
Plano especia l i z.
CED 1
EstadoVi
%Performance [Trim]
VA
%Orçam
Execução da receita
própria (sem saldo)Unid: %
Execução do programa de
auditoriaUnid: N .º
Sem atraso
Sem risco
Rácio recursos humanos
(efetivos/educando) Unid: n
Desvio face à OEF aprovada
Instrução processos
aquisição bensUnid: dias
Desvio Ligeiro
Pouco risco
Taxa ocupação nas Respostas de Acolhimento
[N.º total de educandos acolhidos / N.º total de camas ]
x 100
[Nº educandos com insucesso às disciplinas de P e Mat
no final do período de referência / Nº educandos com
avaliação às disciplinas de P e Mat no período de
referência] x 100
Taxa previsional de educandos em risco de insucesso às
disciplinas Português e Matemática: 9º ano
[Nº educandos com insucesso às disciplinas de P e Mat
no final do período de referência / Nº educandos com
avaliação às disciplinas de P e Mat no período de
referência] x 100
[(OEF executada a setembro - OEF executada no
período de referência) / OEF executada a setembro] x
100
Performance [Trim]Tendência
[Trim]
AL 14/15
AL 15/16
AL 14/15
Área Suporte
Taxa de desistência
Instrução processos
aquisição bensUnid: dias
Taxa de desistência
REFAL 15/16
AL 15/16
Desvio face à OEF aprovada
[N.º total de educandos que saem do acolhimento
residencial com acompanhamento da CAFAP / N.º total
Educandos que saem do acolhimento residencial para
meio natural de vida] x 100
Taxa acompanhamento à inserção
Muito atrasado
Desvio elevado
[Nº educandos que concluiram N.II, N.IV e ESAS no AL
13/14, acompanhados pela EIP que integraram o MT / Nº
educandos que concluiram N.II, N.Ive ESAS no AL 13/14
acompanhados pela EIP] x100
[Nº educandos em percurso formativo que
frequentando o AL corrente abandonam o sistema
formativo no período de referência / OF executada a
setembro] x 100
AL 15/16
[(OEF executada no período de referência - OEF
aprovada retificada) / OEF aprovada retificada] x 100
AL 15/16
AL 14/15
[Nº educandos com insucesso às disciplinas de P e Mat
no final do período de referência / Nº educandos com
avaliação às disciplinas de P e Mat no período de
referência] x 100
AL 14/15
AL 14/15
Taxa educandos que integram o mercado de trabalho
(MT)
Taxa previsional de educandos em risco de insucesso às
disciplinas Português e Matemática: 6º ano
Proj. redução indisciplina e prev. abandono escolar
Custo médio mensal
educando (Despesas
correntes) Unid: €
Execução da receita
cofinanciada Unid: %
Taxa previsional de educandos em risco de insucesso às
disciplinas Português (P) e Matemática (Mat) : 4º ano
20% 50% 30% 0% 15% 41%
5%
30%
7%
1%
Re
sum
o d
a at
ivid
ade
em
20
15 [E
xecu
tive
Da
shb
oa
rd]
23
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Fonte: DAC/PLAN, Indicadores de Gestão 4º trimestre 2015 - Abril 2016
AL 14/15 AL 15/16 AL 14/15
TOTAIS 3231 2953
37 35
ATL 53 n.a.
2 0
Cursos de Especialização Tecnológica
Ensino Especial e Reabilitação
Turma de Acolhimento Temporário
UFCD / EFA 352 35
29 % n.a.
58 % n.a.
9.º Ano Mat
9.º Ano P
6.º Ano P
6.ª Ano Mat
63 % n.a.
37,29 % n.a.Taxas de
desempenho
positivo
Provas Finais
(MEC)
53,06 %
16 20
Cursos Profissionais 725
56 90
731
66,33 % n.a.4.º Ano P
4.º Ano Mat
n.a.Cursos de Educação
Formação332 273
n.a.Cursos de
Aprendizagem
Cursos Vocacionais 83 166
81,4 %Ensino Artistico
Especializado75 77
1111
Taxas de
aprovação 1.º
CEB, 2.º CEB e
3.º CEB
98,18 % n.a. %
n.a. %
87 %
656
0 n.a.
178 Escalão 4
Escalão 3
143 Ensino Básico 1047
Intervenção Precoce
Creche 38 11 157.000,86 98,1%160.000,00
238 282 Pré-Escolar 415 404
100%
AL 15/16
Educandos por
escalões de
Apoios Sociais
1224 1577
Informática 4 4 100%
Aquisição de bens de
capital 3.468.347,50
Passivos financeiros 791
96,4%
Diagnóstico e
Terapêutica 9 9
92,60%45,5 9
Educandos em Respostas Educativas, Formativas e Específicas
Docente 494 476 274.128,26 78,80%
38,70%42 18
Lar de Apoio (LA)
Assistente Operacional 142 128Outras Despesas
correntes 1.287.593,00 1.192.631,14
83,80%47 22
Apartamento de Autonomização
(AA) Assistente Técnico 180 139
Juros, transferências
correntes e subsídios 80.000,00 30.949,4377,2%
Tempo médio de permanência em
acolhimento [LIJ]
90,1%
Aquisição de bens e
serviços 6.558.371,25 5.496.968,65
97,80%212 13
Cessações de acolhimento Lar Res idencia l (LR)
Técnico Superior 293 261 89,1%
Crianças e jovens acompanhadas em
meio natura l de vida
93.4%
Crianças e jovens acolhidas Centro de Acolhimento Temporário
(CAT) Dirigentes 38 35 92,1% Despesas com pessoal 27.243.800,00 26.639.411,14
116 0 10 5 2 90.7% 3 8 .7 9 8 .111,7 5 € 3 6 .2 5 1.0 8 9 ,4 8 €
%Orçamento ( lí quido
de cat ivo s)
Orçamento
executado%
Crianças e jovens admitidas Lar de Infância e Juventude (LIJ) 52 150
Recursos Financeiros
M apa de
P esso al 2015
N .º
Efet ivo s
Escalão 2
Escalão 1
1.º CEB
2.º CEB
3.º CEB
Educandos em Acolhimento Residencial Respostas Recursos Humanos
Re
sum
o d
a at
ivid
ade
em
20
15 [C
PL,
I.P
. Gra
nd
es N
úm
ero
s]
24
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Execução Financeira Valor aprovado Co-Financiamento Valor submetido Execução Física
79.370,51 € 79.370,52 € n.a
11.905,58 €
3.419,84 € 3.419,84 €
2.º reembolso 7.907,27 € 7.907,27 €
3.º reembolso 1.518,59 € 1.518,59 €
4.º reembolso 4.371,21 € 4.371,21 € Ac. pós colocação
Saldo final 5.474,51 € 0,00 € 29.122,49 €
57.730,23 € 29.211,50 €
n.a 8.659,53 €
6.052,89 € 3.062,76 €
6.527,88 € 3.301,11 €
3.611,05 € 1.827,19 €
4.405,92 € 2.229,40 €
4.704,64 € 985,04 € 20.065,03 €
48.633,01 € 24.508,06 € n.a
n.a 7.294,95 €
25.485,50 € 13.689,49 €
4.235,96 € 4.315,78 €
3.915,84 € 0,00 € Ações Ações
13.324,84 € 4.007,03 € 29.307,25 € 44 36
292.195,00 € 292.195,00 € n.a
n.a 87.658,50 €
71.722,56 € 71.722,56 €
78.203,52 € 73.048,75 € Cursos Ações Ações
127.044,89 € 44.541,16 € 276.970,97 € 4 4
52.139,47 € 52.139,47 € n.a
n.a 15.641,84 €
18.374,09 € 18.374,09 €
31.795,91 € 16.154,07 € 50.170,00 € Cursos Ações Ações
2 2
120.000,00 € 120.000,00 €
36.000,00 €
7.562,87 € 7.562,87 €
88.328,60 € 52.328,89 € 95.891,76 € Ações Cursos Ações172 170
409.610,35 € 304.326,74 €setembro a
dezembron.a
65.783,14 € 49.337,36 €
113.293,60 € 84.970,20 €
226.692,21 € 170.019,16 € 304.326,72 €
410.126,48 € 307.594,86 €setembro a
dezembro89.814,81 € 67.361,11 €
160.669,50 € 120.502,13 €
159.642,17 € 119.731,63 € 307.594,87 €
MP
3.º reembolso 100,0%
Cobertura (m2) Cobertura (m2)
1.º reembolso 2298 CED 2198
3.º reembolso 100,0%
Fundo de Reabilitação e Conservação
Patrimonial_Contrato Financiamento 21/2013
Montante aprovado
1.º reembolso 2180
2.º reembolso Set/Dez
CED 2180
2.º reembolso Set/Dez PM
Fundo de Reabilitação e Conservação
Patrimonial_Contrato Financiamento 20/2013
43
Montante aprovado Cobertura (m2) Cobertura (m2)
43
Cursos
2 2
Reembolso 79,9% PM
Saldo Final Cursos
Formandos
Adiantamento 30% Jan/Dez 2501 CED 2339
Reembolso 96,2% PM
Acordo de Cooperação_FIDCMontante aprovado janeiro a
dezembro
Formandos
Saldo Final
Cursos de Aprendizagem_ Ações Novas Montante aprovado Formandos Formandossetembro a
dezembroAdiantamento 30% Set/Dez 48 CED 47
2.º reembolso 94,8% PM Cursos
Saldo Final 2 2
Adiantamento 30% 66 42
1.º reembolso Jan/Dez CED
Cursos de Aprendizagem_Ações Transitadas
Montante aprovado Formandos Formandos
3.º reembolso UFCD AACF/JRP UFCD
Saldo Final 38 33
janeiro a
dezembro
1.º reembolso Jan/Dez 378 353
2.º reembolso 96,6% CED
Montante aprovado
Adiantamento 15% Formandos Formandos
janeiro a
dezembro
Saldo Final
Qualificação das Pessoas com Deficiências ou
Incapacidade_2014/2015
3.º reembolso 43,8% Atividades JRP Atividades
4.º reembolso 8 8
1.º reembolso 110 116
2.º reembolso Jan/Dez CED
Montante aprovado
Adiantamento 15% Destinatários Destinatários
janeiro a
dezembro
Centro de Recursos_Inform., Aval., Orientação
e Qualificação para o Emprego_2014/2015
Jan/Dez 97 CED 85
28,6% JRP
saldo final
-6436,17
1.º reembolso Apoio à Colocação Apoio à Colocação
Ac. pós colocação
65 54
Montante aprovado
Projetos e Candidaturas Período de Realização Valor recebido Acumulado Recebido Execução
janeiro a
dezembroAdiantamento 15% Destinatários
Centro de Recursos_Apoio à Colocação e
Acompanhamento pós ColocaçãoPrevisto Realizado
Fonte: DAC/PLAN, Publicações 4º trimestre 2015 – Mar. 2016
Re
sum
o d
a at
ivid
ade
em
20
15 [C
and
idat
ura
s]
25
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
26
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
27
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
28
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Síntese dos resultados alcançados no QUAR 2015 Fonte: DAC/PLAN, Indicadores de Gestão 4º trimestre 2015 – Mar. 2016
Taxa Acomp. à Inserção59,38%
5
Taxa sucesso FIDC
82%
16%17%
5%
78%
93%98%
Taxa redução consumo àgua
71%65%
3
Eficácia
Meta
Nº perfis para trabalhadores2
Qu
alidad
e
Nº meses projeto comb. Indiscip.12
3 Eficiên
cia
60%
12
5%
2015
3º CEB_Taxa Aprovação81%
Taxa Desinstitucionalização
1º CEB_Taxa Aprovação
2º CEB_Taxa Aprovação
87%
Nº iniciativas Orçamento part.
Exec
uçã
o Q
UA
R 2
01
5 |
Ju
stif
icaç
ão d
os
des
vio
s si
gnif
icat
ivo
s
29
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Em 2015 a CPL, I.P. procurou dar continuidade aos
indicadores e metas que tradicionalmente traduzem a
atividade de missão da Instituição, privilegiando a integração
em QUAR de indicadores como a taxa de
desinstitucionalização na área de acolhimento residencial e
as taxas de aprovação do ensino regular.
Nos termos do disposto no ponto 5 do no art.º 10º e no art.º
8º da Lei 66-B/2007, de 28 de dezembro, este subcapítulo
retrata a construção e monitorização do QUAR que resultou
da combinação dos diversos de instrumentos de gestão da
CPL, I.P., alinhando no ano 2015 os objetivos inscritos em
sede de Plano Estratégico 2015-2018, Plano de Atividades,
Orçamento e Mapa de Pessoal.
30
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
No âmbito do Subsistema de Avaliação de Desempenho (SIADAP 1) a CPL, I.P. definiu os objetivos,
respetivos indicadores de desempenho e fontes de verificação a integrar na proposta final de QUAR
2015 que recolheu despacho favorável de Sua Excelência o Secretário de Estado da Solidariedade e
da Segurança Social, datado de 23 de fevereiro de 2015.
Nos termos do disposto na alínea d) do nº1 do art.º 8º da Lei 66-B/2007, de 28 de dezembro, no que
respeita aos procedimentos previstos em cada fase do ciclo de gestão, a CPL, I.P. submeteu à Tutela
uma proposta de revisão que abrangeu um dos 10 objetivos do QUAR 2015, concretamente o
objetivo 8- reduzir a despesa em consumo de água.
Assim e na sequência dos anos anteriores, a Casa Pia de Lisboa I.P. (CPL I.P.) assumiu em 2015, um
objetivo no âmbito do parâmetro de eficiência do QUAR, concretamente a redução de consumo
numa rubrica que integra o seu orçamento de despesa.
Tais iniciativas traduziram-se por exemplo na reutilização de livros escolares, na redução do consumo
de papel e de material de escritório, que em paralelo com o caráter pedagógico, representam a
consequente redução substancial da despesa na rubrica respetiva. Em 2015, e em conformidade com
a tabela I, a aposta foi direcionada para a redução da despesa com o consumo de água, abrangendo
os Centros de Educação e Desenvolvimento (CED) maioritariamente localizados na cidade de Lisboa.
Objetivo 8- Reduzir a despesa em consumo de água
Indicador 8: Taxa de redução da despesa = [1 - (Despesa de 2015/Despesa de 2014] x 100]
Tabela I – QUAR 2015 da CPL I.P., Objetivo 8 Fonte: CPL I.P., QUAR 2015, WWW.casapia.pt
Na tabela II apresenta-se a monitorização do indicador Taxa de redução da despesa com consumo de
água relativa ao 1º semestre do corrente ano, em relação à despesa no período homólogo do ano de
2014.
1º trimestre 2º trimestre Meta
QUAR 2015
Taxa de redução da despesa
Consumo (M3)
Despesa (€)
Consumo (M3)
Despesa (€)
5%
13% 9,31% 6% 3,2%
. Tabela II– Monitorização do indicador 8: Taxa de redução da despesa 1º e 2º trimestres Fonte: Fonte: DSP/UAF,SIF/SAP, Set.2015
1] Aprovação dos objetivos e/ou indicadores e metas do QUAR 2015
31
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
A análise dos dados recolhidos permitiu concluir que no 1º semestre, não obstante a redução de 6%
no consumo em m3 de água, a redução da despesa correspondente se encontrava abaixo da meta,
em virtude do aumento do preço unitário do m3, face ao período homólogo.
Efetivamente ocorreu uma condicionante de natureza politica e administrativa que poderia
comprometer o cumprimento da meta de 5% relativa à Taxa de redução da despesa: a entrada em
vigor do Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas, (Regulamento n.º 569-A/2014, de 30
de Dezembro), cuja vigência no Município de Lisboa estabeleceu o aumento dos valores de despesa
com consumo de água em 2015.
Este novo enquadramento veio alterar o cenário de monitorização da despesa, na medida em que o
indicador integrava o efeito do acréscimo do preço do m3, não obstante terem sido registados
consumos inferiores em m3. Sendo o preço unitário uma variável exógena que a CPL I.P. não
controlava, e pouco representativo do esforço de redução do consumo pela Instituição, propôs-se
que o cálculo do indicador fosse efetuado com base na monitorização em m3, dissociando desta
forma a variável p.u. por m3, conforme consta da Tabela III.
Objetivo 8- Reduzir o consumo de água
Indicador 8: Taxa de redução do consumo= [1 - (Consumo em m3 de 2015 / Consumo em m3
de 2014] x 100]
Tabela III – Proposta de revisão do objetivo 8 e respetivo indicador Fonte: DAC/PLAN Set.2015
Esta proposta recolheu parecer favorável por parte do GEP e despacho igualmente favorável de Sua
Excelência o Secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social, datado de 13 de outubro
de 2015, originando a publicação da versão 2 do QUAR.
Respeitando a estrutura dos anos anteriores, a tabela IV apresenta o QUAR 2015 que integra 10
objetivos, dos quais 60% concorrem diretamente para a missão da Instituição, 20% centram-se na
área de eficiência e os restantes 20% respeitam à área da qualidade.
Neste subcapítulo reproduzem-se os resultados alcançados e os desvios considerados significativos,
resultantes das rotinas de reports mensais e trimestrais da responsabilidade das Unidades Orgânicas
da CPL I.P., concretamente os CED, o CCC e os Serviços Centrais.
32
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Objectivos estratégicos (OE):
Meta
OB 1 Ponderação de 30%
Ind 1
47% 52% 60% 5% 75% na na
Peso 100%
OB 2 Ponderação de 30%
Ind 2
15% 11% 16% 5% 22% na na
Peso 100%
OB 3 Ponderação de 10%
Ind 3
90% 92% 93% 5% 99% na na
Peso 100%
OB 4 Ponderação de 10%
Ind 4
85% 81% 82% 5% 88% na na
Peso 100%
OB 5 Ponderação de 10%
Ind 5
72% 89% 78% 5% 84% na na
Peso 100%
OB 6 Ponderação de 10%
Ind 6
71% 72% 71% 6% 78% na na
Peso 100%
Garant ir que o s
educando s co ncluem o
C EF t ipo 1 em 1 ano , o
C EF t ipo 2 em 2 ano s, o
C EF t ipo 3 em 1 ano o u
o C urso P ro f issio nal em
3 ano s
[Nº educandos que concluem
CEF tipo 1 em 1 ano, CEF tipo 2
em 2 anos, CEF tipo 3 em 1 ano
ou Curso profissional em 3
anos no ano letivo 14-15 / Nº total
de educandos considerados em
inicio de ciclo e que
frequentaram o ano terminal no
ano letivo 14-15] x 100
Garant ir taxas de
apro vação para o 2º
C EB
[Nº educandos que concluíram o
2º CEB no ano letivo 14-15 / Nº
total de educandos que
frequentaram o ano terminal do
2ºCEB no ano letivo 14-15] x 100
Garant ir taxas de
apro vação para o 3º
C EB
[Nº educandos que concluíram
o 3º CEB no ano letivo 14-15 / Nº
total de educandos que
frequentaram o ano terminal do
3º CEB no ano letivo 14-15] x 100
A ssegurar uma taxa de
desinst itucio nalização
das crianças e jo vens
em aco lhimento
residencial
[Nº educandos que cessam
acolhimento (FT+PSD) e são
integrados em meio natural de
vida no período de referencia /
Nº total de educandos
existentes em acolhimento em
31 de Dezembro do ano
anterior] x 100
Garant ir taxas de
apro vação para o 1º C EB
[Nº educandos que concluíram o
1º CEB no ano letivo 14-15 / Nº
total de educandos que
frequentaram o ano terminal do
1º CEB no ano letivo 14-15] x 100
Valor crítico ResultadoTaxa
realização
EFICÁCIA (40%)
A ssegurar o
aco mpanhamento do s
educando s apó s a saí da
do aco lhimento
residencial
[(Nº de crianças e jovens que
saem do acolhimento
residencial com
acompanhamento da AIF) / (Nº
total de crianças e jovens que
saem do acolhimento
residencial para meio natural de
vida)] x 100
OE 2 Promover o acolhimento residencial de crianças e jovens em perigo
OE 3 Promover a educação e formação
OE 4 Promover a qualidade de vida de pessoas com deficiências sensoriais
OE 5 Promover o desenvolvimento organizacional e qualidade
Objectivos operacionais Ano 2013
Resultado
Ano 2014
Resultado
(3ºtrim)
Ano 2015
Tolerância
QUADRO DE AVALIAÇAO E RESPONSABILIZAÇÃO - 2015
Última actualização: (2015/11/06)
Serviço: Casa Pia de Lisboa, I.P.
Missão: Integrar crianças e jovens, designadamente os privados de meio familiar adequado garantindo-lhes percursos educativos inclusivos, assentes,
nomeadamente numa escolaridade prolongada, no ensino profissional de qualidade e numa aposta na integração profissional e, sempre que necessário,
acolhendo-os.
OE 1 Promover o desenvolvimento integral e sustentado dos educandos
33
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Tabela IV – QUAR 2015_versão revista Fonte: CPL, I.P./www.casapia.pt
EFICIÊNCIA (30%)
OB 7 Ponderação de 65%
Ind 7 na na 3 1 5 na na
Peso 100%
OB 8 Ponderação de 35%
Ind 8
na na 5% 1% 6,25% na na
Peso 100%
OB 9 Ponderação de 70%
Ind 9
na na 2 1 4 na na
Peso 100%
OB 10 Ponderação de 30%
Ind 10 na na 12 1 10 na na
Peso 100%
Pontos Executados Desvio
Dirigentes - Direcção Superior
Direcção Intermédia e Chefes de Equipa
Técnicos Superiores+ CE (Docentes+ Medicina+Diagn. Terap.+Inform.)
Coordenadores Técnicos
Assistentes Técnicos
Encarregados Gerais Operacionais
Encarregados Operacionais
Assistentes Operacionais
Total
Realizado Desvio(MC)
Investimento 310.060,00
1160 12370
Orçamento (milhões de €) Estimado
Funcionamento 40.694.972,00
6
5 142 710
8 180 1440
7
12 800 9600
9 0 0
20 3 60
16 35 560
Meios disponíveis
Recursos Humanos Pontuação Efectivos Pontos Planeados
D efinir perf is
pro f issio nais de
co mpetências para o s
co labo rado res
Nº de perfis para colaboradores
P ro mo ver estratégias de
redução de situaçõ es de
indisciplina e prevenção
do abando no esco lar
Nº de meses para a
apresentação de um projeto de
boas práticas
R eduzir co nsumo de
água
[ 1 - (consumo em m 3 2015
/consumo em m 3 2014)] x 100
QUALIDADE (30%)
Operacio nalizar o
mo delo do o rçamento
part ic ipat ivo
Nº de iniciativas realizadas
34
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
2] Análise crítica dos resultados alcançados e dos desvios verificados
Com um desempenho globalmente positivo, importa analisar a capacidade que a Instituição
revelou neste ano de superar a avaliação em todos os parâmetros QUAR, como ilustra a tabela V.
Tabela V – Síntese da execução Global dos parâmetros do QUAR 2015
Fonte: DAC/PLAN, Execução dos parâmetros QUAR – Mar. 2016
Em 2015 a CPL, I.P. atingiu os 10 objetivos que constavam do QUAR, superando 2, concretamente um
objetivo integrado no parâmetro da eficácia e outro no parâmetro da qualidade. Seguidamente
procede-se à análise de desempenho de cada um dos parâmetros que integram a avaliação global,
indicando as causas que sustentam os desvios, ainda que positivos.
Tabela VI – Síntese dos resultados alcançados no QUAR 2015 pela CPL, I.P.
Fonte: DAC/PLAN, Índice Evolutivo do PA – dez. 2015
Parâmetro de eficácia [6 objetivos]
Relativamente ao parâmetro de eficácia e dos seis objetivos propostos relativamente às áreas de
missão, a CPL, I.P. cumpriu todos, superando o objetivo 5 que respeita à Taxa de Aprovação
Escolar dos educandos do 3º Ciclo do Ensino Básico. Nos mesmos moldes do ano anterior, esta
execução permite que o parâmetro de eficácia do QUAR 2015 apresente uma execução global
francamente positiva, conforme ilustra a tabela VII.
ParâmetroTaxa de
realizaçãoPonderação Contributo
Avaliação
Global
do Parâmetro do Parâmetro do Parâmetro dos Objectivos
Eficácia 103,6% 40% 41%Eficiência 101,4% 30% 30%
Qualidade 117,5% 30% 35%
Avaliação Global
107,1%
1 2 3 4 5 6
7 8
9 10
Eficiência
Qualidade
Sín
tese
res
ult
ado
s
QU
AR
201
5 Eficácia
35
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Tabela VII – Síntese dos resultados alcançados no parâmetro da eficácia _ QUAR 2015
Fonte: DAC/PLAN, Execução dos parâmetros QUAR – Mar. 2016
A superação da avaliação global do parâmetro da eficácia requer a análise detalhada das execuções
de cada objetivo e eventuais desvios, ainda que positivos. A descrição dos valores de meta e
tolerância permitem estabelecer os intervalos de cumprimento de cada indicador e de superação.
Relativamente ao indicador 5, o resultado ultrapassando o valor crítico exige a justificação de desvio.
OBJETIVO 1: Assegurar o acompanhamento dos educandos após a saída do
acolhimento residencial
Indicador 1:
[(Nº de crianças e jovens que saem
do acolhimento residencial com
acompanhamento da AIF) / (Nº total
de crianças e jovens que saem do
acolhimento residencial para meio
natural de vida)] x 100
VA Meta Tolerância Valor crítico
Taxa de acompanhamento à inserção
59% 60% 5% 75%
OBJETIVO 2: Assegurar uma taxa de desinstitucionalização das crianças e jovens em
acolhimento residencial
Indicador 2: [Nº educandos que
cessam acolhimento (FT+PSD) e são
integrados em meio natural de vida
no período de referência / Nº total
de educandos existentes em
acolhimento em 31 de dezembro do
ano anterior] x 100
VA Meta Tolerância Valor crítico
Taxa de desinstitucionalização 17% 16% 5% 22%
Objectivos Indicadores Valor Atingido Peso Indicadores Contribuição Ponderação do OO Contribuição
Operacionais nos OO para OO no parâmetro para o parâmetro
OB 1 1 59% 100% 99% 99% 99% 30% 29,7%
OB 2 2 17% 100% 106% 106% 106% 30% 31,9%
OB 3 3 98% 100% 105% 105% 105% 10% 10,5%
OB 4 4 81% 100% 99% 99% 99% 10% 9,9%
OB 5 5 87% 100% 125% 125% 125% 10% 12,5%
OB 6 6 65% 100% 92% 92% 92% 10% 9,2%
Parâmetro Eficácia
Taxa de
realização
Cumprimento do
objectivo
Avaliação global
Eficácia
103,6%
36
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
OBJETIVO 3: Garantir taxas de aprovação para o 1º CEB
Indicador 3: [Nº educandos que
concluíram o 1º CEB no ano letivo
14-15 / Nº total de educandos que
frequentaram o ano terminal do 1º
CEB no ano letivo 14-15] x 100
VA Meta Tolerância Valor crítico
Taxa de aprovação 1º CEB 98% 93% 5% 99%
OBJETIVO 4: Garantir taxas de aprovação para o 2º CEB
Indicador 4: [Nº educandos que
concluíram o 2º CEB no ano letivo
14-15 / Nº total de educandos que
frequentaram o ano terminal do
2ºCEB no ano letivo 14-15] x 100
VA Meta Tolerância Valor crítico
Taxa de aprovação 2º CEB 81% 82% 5% 88%
OBJETIVO 5: Garantir taxas de aprovação para o 3º CEB
Indicador 5: [Nº educandos que
concluíram o 3º CEB no ano letivo
14-15 / Nº total de educandos que
frequentaram o ano terminal do 3º
CEB no ano letivo 14-15] x 100
VA Meta Tolerância Valor crítico
Taxa de aprovação 3º CEB 87% 78% 5% 84%
Relativamente ao indicador 5, os resultados ultrapassam o valor critico contratualizado de 84%,
traduzindo-se na superação do objetivo 5 pelo que importa compreender a origem do desvio.
Efetivamente, o 3º ciclo tem registado um histórico de resultados tendencialmente mais baixos
quando comparados com os do 1º e 2º ciclos. Tal facto obrigou a uma intencionalização das
intervenções pedagógicas junto dos educandos por forma a recuperar eventuais dificuldades, o que
acabou por se traduzir em resultados que ficaram além das expectativas iniciais.
37
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
OBJETIVO 6: Garantir que os educandos concluem o CEF tipo 1 em 1 ano, o CEF tipo
2 em 2 anos, o CEF tipo 3 em 1 ano ou o Curso Profissional em 3 anos
Relativamente à área de suporte, a CPL, I.P. cumpriu ambos os objetivos a que se propôs, pelo que o
parâmetro de eficiência do QUAR 2015 apresenta uma execução global positiva, como ilustra a
tabela VIII.
A monitorização do desempenho dos indicadores de eficiência definidos pela CPL, I.P. no QUAR 2015
permitiu a superação para avaliação global de eficiência. Importa contudo proceder à análise em
particular do desempenho dos objetivos 7 e 8, bem como a execução respetiva de cada indicador.
Tabela VIII – Síntese da execução do parâmetro da eficiência do QUAR 2015
Fonte: DAC/PLAN, Execução dos parâmetros QUAR – Mar. 2016
OBJETIVO 7: Operacionalizar o modelo do orçamento participativo
Indicador 7: Nº de iniciativas
realizadas
VA Meta Tolerância Valor crítico
Nº iniciativas 3 3 1 5
Objectivos Indicadores Valor Peso Contribuição Ponderação do Contribuição Avaliação
Operacionais nos OO para OO no parâmetropara o
parâmetro da Eficiência
OB 7 7 3 100% 100% 100% 100% 65% 65,0%
OB 8 8 5% 100% 104% 104% 104% 35% 36,4%
Parâmetro Eficiência
Taxa de
realização
Cumprimento
do objectivo
101,4%
Indicador 6: [Nº educandos que
concluem CEF tipo 1 em 1 ano, CEF
tipo 2 em 2 anos, CEF tipo 3 em 1 ano
ou Curso profissional em 3 anos no
ano letivo 14-15 / Nº total de
educandos considerados em inicio de
ciclo e que frequentaram o ano
terminal no ano letivo 14-15] x 100
VA Meta Tolerância Valor crítico
Taxa de sucesso da FIDC 65% 71% 6% 78%
Parâmetro de eficiência [2 objetivos]
38
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
OBJETIVO 8: Reduzir consumo de água
Indicador 8: [1 - (consumo em
m3 2015 /consumo em m
3
2014)] x 100
Objetivo cumprido VA Meta Tolerância Valor crítico
Taxa de redução do consumo de água 5,2% 5% 1% 6,25%
A monitorização intercalar deste objetivo permitiu um acompanhamento e a mobilização das
crianças, jovens e dos trabalhadores da CPL, I.P. no sentido de redução do consumo de água,
assumindo assim um papel pedagógico no que respeita a questões de conservação ambiental.
Parâmetro de qualidade [2 objetivos]
Na tabela IX apresenta-se a execução positiva do parâmetro da Qualidade. À semelhança dos
parâmetros de eficácia e de eficiência importa analisar o desempenho específico nos objetivos 9 e
10, bem como a execução respetiva de cada indicador.
Tabela IX – Síntese da execução do parâmetro de qualidade do QUAR 2015
Fonte: DAC/PLAN, Execução dos parâmetros QUAR – Mar. 2016
OBJETIVO 9: Definir perfis profissionais de competências para os colaboradores
Na base do desvio positivo encontram-se fatores que se prendem com a implementação do novo
modelo funcional do Acolhimento Residencial e com a reorganização das equipas educativas das
Casas para a implementação de nova matriz de horário por turnos em 2015.
Objectivos Indicadores Valor Peso Contribuição Ponderação do Contribuição Avaliação
Operacionais nos OO para OO no parâmetropara o
parâmetro da Qualidade
OB 9 9 5 100% 125% 125% 125% 70% 87,5%
OB 10 10 12 100% 100% 100% 100% 30% 30,0%
Parâmetro de Qualidade
Taxa de
realização
Cumprimento
do objectivo
117,5%
Indicador 9: Nº de perfis para
colaboradores VA Meta Tolerância
Valor crítico
Nº de perfis 5 2 1 4
39
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Esta reorganização interna levou à redefinição das atividades e das responsabilidades dos elementos
das equipas dos CED tipo 1, por níveis de complexidade e proficiência e, consequentemente, à
necessidade de se contemplarem mais especificamente 5 perfis de competências por subáreas de
atuação do Acolhimento Residencial (STASE, SAP e Apoio Operacional): Psicólogo, Assistente Social;
Técnico de Educação; Educador e Assistente Residencial.
OBJETIVO 10: Promover estratégias de redução de situações de
indisciplina e prevenção do abandono escolar
Indicador 10: Nº de meses para a
apresentação de um projeto de
boas práticas
Objetivo cumprido VA Meta Tolerância Valor crítico
Nº iniciativas 12 12 1 10
40
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
3] Análise de recursos afetos às atividades
3.1. Recursos Humanos
Nesta análise pretende-se evidenciar a execução dos diversos objetivos inscritos em sede de QUAR
2015 com os recursos contratualizados em sede de outro instrumento de gestão para 2015,
concretamente com o número de postos de trabalho aprovados no Mapa de Pessoal e os postos
efetivamente ocupados evidenciados em sede de Balanço Social.
De acordo com metodologia definida com o GEP foram convertidas as unidades equivalentes de
recursos humanos planeados (UERHP) e executados (UERHE), apurando o diferencial que consta da
tabela X, contabilizando 252 dias trabalhados. Nesta conversão foram ainda equacionados os dias de
absentismo que constam na parte 4 do presente Relatório de Atividades e Contas que integra a
componente de articulação com o Balanço Social.
Verifica-se que a taxa de utilização de Recursos Humanos é reduzida, uma vez que existe um diferencial
significativo entre as unidades equivalentes de Recursos Humanos planeadas e as executadas. Não
obstante este diferencial, o índice de produtividade relevante ilustra o esforço desenvolvido pela
globalidade dos trabalhadores da CPL, I.P. (vide tabelas X e XI).
41
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Tabela X – Unidades Equivalentes de Recursos Humanos Planeados e Executados em 2015 Fonte: DAC/PLAN, Diferencial de Recursos Humanos planeados (UERHP) e executados (UERHE) – Mar. 2016
Tabela XI – Índice de produtividade em 2015 Fonte: DAC/PLAN, Índice de produtividade em 2015 – Mar. 2016
Planeado Executado Desvio
Colaboradores Colaboradores
Dirigentes - Direcção Superior 3 252 756 20 15120 3 252 756 0 756 15120 0
Direcção Intermédia e Chefes de Equipa 35 252 8820 16 141120 32 252 8064 135 7929 126864 14256
Técnicos Superiores+ Carreiras Especiais* 800 252 201600 12 2419200 750 252 189000 16684,5 172315,5 2067786 351414
Coordenadores Técnicos 9
Assistentes Técnicos 180 252 45360 8 362880 139 252 35028 5321 29707 237656 125224
Encarregados Gerais Operacionais 7
Encarregados Operacionais 6
Assistentes Operacionais 142 252 35784 5 178920 128 252 32256 5908,5 26347,5 131737,5 47182,5
Total 1160 292320 3117240 1052 265104 28049 237055 2579163,5 538076,5
*(Docentes+ Medicina+TDT+Inform.)
UERHP Dias uteisDias úteis
reais
Absentismo
(dias)Pontuação
Dias uteis
trabalhadosUERHE
Recursos Humanos
Recusrsos Humanos Dias uteisDias úteis
planeados
Indicadores Fórmula de Cálculo Resultado
Taxa de realização global dos objectivos
Média ponderada das
avaliações globais dos
parametros de avaliação
107,1%
Taxa de utlização dos Recursos Humanos(RH utilizados/RH
planeados)*10082,74%
Índice de produtividade
(Taxa de Concretização
Global de
objectivos/Taxa de
utilização de RH)*100
1,29
Índice de produtividade
42
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
3.2. Recursos Financeiros
As tabelas XII e XIII apresentam a diferença entre os recursos financeiros inicialmente previstos e
efetivamente disponíveis ao longo do ano.
Tabela XII – Recursos Financeiros estimados e realizados em 2015 Fonte: DSP/UAF- Mar. 2016
Sem prejuízo de uma análise mais aprofundada na parte 6 do presente relatório a justificação
pormenorizada dos desvios relativos a recursos financeiros apurados na Tabela XII prende-se com os
seguintes fatores:
Funcionamento
Aplicação de cativos definidos na Lei do Orçamento de Estado, cerca de 2.2 M de Euros;
Na componente do pessoal, devido à não ocupação de postos de trabalho inicialmente previstos e
que não se concretizaram;
Na componente de aquisição de bens e serviços, verificam-se desvios decorrentes do consumo de
bens abaixo do inicialmente perspetivado (ex. Refeições confecionadas). Resultante das disposições
legais em vigor, o tempo de desenvolvimento processual dilata-se, situação que acarreta por vezes
à não adjudicação atempada dos processos previstos;
Na aquisição de bens de capital, o desvio verificado resultou da diminuição da aprovação de receita
proveniente do Fundo de Reabilitação e Conservação Patrimonial, tendo um impacto equivalente
na despesa. Outro fator de forte impacto no desvio apurado, ocorre da dilação da adjudicação dos
processos, resultante das disposições legais em vigor, que origina a não adjudicação dos processos
inicialmente previstos.
Investimento
Aplicação de cativos definidos na Lei do Orçamento de Estado, no valor de 38.758,00 €.
Orçamento (milhões de €) Estimado Realizado Desvio(MC)
Funcionamento 41.005.032,00 36.251.089,48 4.753.942,52
Investimento 310.060,00 271.302,00 38.758,00
Total 41.315.092,00 36.522.391,48 4.792.700,52
Recursos Financeiros
43
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Tabela XIII – Índice de custo - eficácia em 2015
Fonte: DAC/PLAN, Índice de custo eficácia em 2015 – Mar. 2016
Indicadores Fórmula de Cálculo Resultado
Taxa de realização global dos
objectivos
Média ponderada das
avaliações globais dos
parametros de
avaliação
107,1%
Taxa de execução de Recursos
Financeiros
(funcionamanto+Investimento)
(Despesa
Executada/Despesa
Orçamentada)*100
88,40%
Índice de Custo-eficácia
(Taxa de Concretização
Global de
objectivos/Taxa de
execução dos Recursos
Financeiros)*100
1,21
Índice de custo-eficácia
44
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
45
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
46
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
2015
1
Plano de Atividades61,7%
Plano de Atividades do MSESS
90,9%B
oas p
ráticas
Co
erê
ncia e
ntre
do
cum
en
tos
pre
vision
ais [Tx e
xecu
ção]
Ap
reciação
po
sitiva do
s
Utilizad
ore
s
Sistem
e d
e C
on
trolo
Inte
rno
Fiabilid
ade
do
sistem
a de
ind
icado
res
100%
Parcerias com instituições académicas
7
Equip.controlo de qualidade alimentar
17
89%
3,38
100%
Auditorias/controlos externos
Taxa de resposta
Fiabilidade dos Sistemas de informação
FIDC
67,1%
63%
1º CEB
2.º/3.º CEB
Au
dição
do
s
dirige
nte
s
inte
rmé
dio
s e
de
mais
trabalh
ado
res
61,8%
Acolhimento
92,1%
Execução do plano Obras
Ambiente de controlo100%
Estrutura organizacional100%
Procedimentos de controlo administrativo
2Auditorias internas aos requisitos NP ISO 9001
8
Auditorias Financeiras
77,6%
Satisfação global
Projetos co-financiados
8
47
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Nos termos do disposto no nº 2 do art.º 15.º da Lei n.º 66-
B/2007, de 28 de dezembro, na parte 3 do presente
relatório apresenta-se a informação que em diversos
domínios acompanha a auto-avaliação da CPL para o ano de
2015.
Englobando temáticas tão diferenciadas como a avaliação
da satisfação das crianças e dos jovens que frequentam as
nossas respostas, ou mesmo dos trabalhadores da CPL, em
paralelo com as boas práticas introduzidas pela Instituição
ao longo do ano, esta informação de gestão deverá
complementar a avaliação de desempenho apresentada em
sede de QUAR.
Complementam a auto-avaliação da Instituição a análise da
coerência entre os diversos instrumentos de gestão
legalmente exigidos à CPL, a avaliação do sistema de
controlo interno e da análise da fiabilidade dos indicadores
de desempenho.
48
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
4] Coerência entre documentos previsionais legalmente exigidos à CPL, I.P.: Execução do Plano de Atividades 2015 e dos contributos para o Plano de Atividades do MSESS
4.1. Plano de Atividades da Casa Pia de Lisboa
O Plano de Atividades (PA) da CPL, I.P. para 2015 construído em articulação com os CED, CCC e Unidades
dos Serviços Centrais, resultou de um conjunto de desafios propostos pela gestão de topo em sede de
Plano Estratégico 2015_2018.
Numa lógica abrangente, o PA 15 integrou, em paralelo com os projetos a desenvolver ao longo do ano,
um conjunto de objetivos e metas considerados estratégicos em termos de desempenho da Instituição e
que tradicionalmente se encontram inscritos em sede de QUAR.
A definição de metas para este ano equacionou um conjunto de projeções que permitiram simular o
esforço de cada CED e respetivo nível de compromisso assumido internamente, e a monitorização de
resultados que permitiu acompanhar a evolução de desempenho individual e global da Instituição.
Tendo por referência o Mapa do Índice Evolutivo do PA analisado mensalmente em Conselho Institucional
sintetizaram-se as iniciativas, projetos e/ou atividades desenvolvidos durante o ano, síntese da qual
resultou em conformidade com o Gráfico I, uma taxa de execução do PA de 62%, contabilizando os
objetivos cumpridos e superados, contra 38% não atingidos, incluindo os que não foram cumpridos por
fatores exógenos à Instituição, ou por anulação.
Gráfico I – Execução dos objetivos do PA 2015
Fonte: DAC/PLAN, Índice Evolutivo do PA, dez. 2015- Abr. 2016
Área estratégica 2 |
Acolhimento Residencial de
crianças e jovens em perigo
Dez3 5 1
outros
Área estratégica 1 |
Desenvolvimento Integral e
Sustentado dos Educandos
Dez
4 1 1 1
Cumpre N Cumpre Tolerância SuperaFator
exogn.d
1
Área estratégica 3 |
Educação e FormaçãoDez
8 13
2
2 3 11
4 3
Área estratégica 5 |
Desenvolvimento
Organizacional e Qualidade
Dez20 6
Área estratégica 4 |
Qualidade de vida de pessoas
com deficiências sensoriais
Dez
39 28 5
1 8 5
114 7
5,3% 14,9% 7,4% 1,1%
2014 49,2% 19,7% 6,6% 19,7% 1,6% 3,3%
201537,2%
21,3%
61,7%
75,4%
41,5% 29,8%
Total
49
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
4.2. Plano de Atividades do Ministério da Solidariedade do Emprego e da Segurança Social (MSESS)
Neste ponto aferem-se os resultados do contributo da CPL, I.P. para a execução do Plano de Atividades do
Ministério da Solidariedade, do Emprego e da Segurança Social. (anexo IV)
No gráfico II apresenta-se a execução por objetivo estratégico do MSESS, evidenciando que a CPL, I.P.
contribui maioritariamente com iniciativas no âmbito do respeito pelos direitos da criança e do jovem,
mas também nos domínios da inclusão social e do combate à pobreza e da participação social das pessoas
com deficiência ou incapacidade. A CPL encontra-se ainda fortemente representada no Plano de
Atividades do MSESS no domínio da racionalização e da eficiência dos serviços.
Gráfico II – Taxa de execução dos contributos da CPL, I.P. para o Plano de Atividades do MSESS 2015 Fonte: DAC/PLAN, Índice Evolutivo do PA 2015-Abr.16
É possível concluir que a generalidade dos projetos, iniciativas e/ou atividades com os quais a CPL, I.P.
contribuiu para o PA do MSESS foram cumpridos ou superados 90,9%, ficando por concretizar 9,1% das
metas propostas.
90,9%
90,0%
9,1%
10,0%
2015
10%
81,8% 9,1% 9,1%
50% 0% 40%2014
Objetivo Estratégico: 10. Racionalizar os
serviços do MSESS, tornando-os mais
eficientes e ajustados aos recursos
existentes, numa lógica de consolidação
orçamental
5
Fator exog
9
Objetivo Estratégico: 1. Melhorar a
proteção social, reforçar a inclusão e a
coesão social, combater a pobreza e
reduzir as desigualdades sociais
1
Cumpre N Cumpre Tolerância Supera
Objetivo Estratégico: 3. Promover a
inclusão e participação social das pessoas
com deficiência ou incapacidade
1
2 1
Objetivo Estratégico: 4. Promover o
efetivo respeito pelos direitos da criança e
do jovem assegurando-lhe adequadas
condições de bem-estar
1
1
Objetivos MSESS
1
50
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
No que respeita ao objetivo estratégico 10 a meta de 85% relativa à taxa de execução do plano de
formação não foi alcançada, atendendo a que ao longo de 2015, existiu uma descida significativa de
formação desenvolvida internamente, na ordem dos 31,3%.
O Plano de Formação da CPL, I.P. para 2015, com 46 atividades formativas previstas, foi elaborado com
base no diagnóstico de necessidades efetivas e específicas dos Serviços cujo levantamento foi efetuado
em dezembro de 2014.
No decorrer do ano, as necessidades de formação previstas inicialmente no Plano sofreram alterações
decorrentes da alteração da atividade prevista, nomeadamente por: (i) falta de aprovação e publicação de
instrumentos normativos de suporte à mesma (ex: Novas Versões das Normas ISO 9001/2015 e ISO
14001/2015; Novo Código de Conduta para Trabalhadores da CPL/Ética e Deontologia Profissional); (ii)
por falta/adiamento da implementação de projetos e adequação de suportes tecnológicos (ex: As TIC no
Ensino e as TIC na Aprendizagem – Projeto do CED NSC); (iii) necessidade de desenvolvimento de
procedimentos do âmbito da contratação pública para despesas plurianuais, exógenos à CPL, de acordo
com alterações legislativas ocorridas em 2015 (Curso de Língua Gestual Portuguesa); (iv) possibilidade de
integração de trabalhadores da CPL em cursos da SG do MTSSS (ex: A Lei Geral do Trabalho em Funções
Publicas).
Para além da realização de 29 ações do plano anual de formação, das 46 previstas, promoveram-se mais
15 atividades formativas extraplano, decorrentes de necessidades de formação identificadas ao longo do
ano pelos serviços, num total de 44 ações organizadas internamente.
Assim, embora a taxa de execução do plano se tenha situado em 63% das ações previstas, o resultado
alcançado com o número total de ações organizadas internamente (44), do plano (46) e extra plano (15),
perfaz uma taxa de 95,6% das ações identificadas como necessárias pelos serviços em 2015 e
desenvolvidas internamente.
Acresce referir, que para além das ações organizadas internamente, 58 foram realizadas por entidades
externas, num total de 102 ações de formação (44 internas e 58 externas, entre as quais 34 em regime de
autoformação).
51
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
5] Apreciação dos Utilizadores
Na sequência da metodologia de trabalho desenvolvida no ano anterior, no âmbito da
construção do RAC 2015 foram consultados através de inquérito por questionário, os
“utilizadores” das respostas sociais, educativas e formativas da CPL, I.P..
Atendendo ao perfil das nossas crianças e jovens, anualmente têm sido aplicados modelos de
questionário diferentes dos propostos pelo GEP, na medida em que se encontram disponíveis
modelos testados pelo Instituto da Segurança Social I.P. (ISS I.P.), para a área do acolhimento,
e pela Inspecção Geral da Educação (IGEC), para a área da educação e da formação.
Especificamente para Educação pré-escolar foram consultados os encarregados de educação
das crianças com idades até aos 5 anos de idade.
Esta opção metodológica permite-nos recolher dados mais fidedignos junto do nosso público-
alvo, e dados comparáveis com outras Instituições a nível nacional.
Em termos de adoção de escala, e no intuito de melhorar a perceção dos inquiridos
mantiveram-se em cada questionário as imagens “smile”, que associam uma expressão facial
aos diversos níveis de concordância ordenados da seguinte forma:
Discordo
totalmente Discordo
Não discordo nem
concordo Concordo
Concordo
totalmente
Para efeitos de tratamento de informação, e atendendo ao volume de dados em análise, foram
agregados os itens por perceção negativa que integra as respostas “discordo totalmente” e
“discordo”, e perceção positiva que integra as respostas “concordo totalmente” e “concordo”.
A fase de recolha de dados decorreu entre janeiro e março de 2015 e a aplicação foi da
responsabilidade do DAC/Unidade de Ação Social e Acolhimento (UASA), para a área do
Acolhimento, e dos CED tipo 2, para a área da educação e formação.
O desenho da amostra relativa às crianças e jovens das respostas educativas e formativas e a
análise e tratamento de dados ficaram sob a responsabilidade do DAC/Planeamento.
52
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
73,8%49,6%58,4% 49,1%
2/3º ciclo FIDC
O ensino neste CED é exigente
2014 2015
5.1. Satisfação dos educandos das Respostas Educativas e Formativas
A definição da dimensão da amostra para a população seguiu um critério amostral de 95% de
confiança, numa abordagem alargada aos educandos finalistas dos diversos ciclos e níveis que
integram a Oferta dos CED da CPL, I.P. (anexo V).
A taxa de resposta de 96%, envolveu 512 respostas válidas, distribuídas da seguinte forma:
Educação pré-escolar: 63 Encarregados de Educação
1º Ciclo do Ensino Básico (CEB): 76 crianças
2º e 3º Ciclos do Ensino Básico: 161 jovens
Formação Inicial de Dupla Certificação (FIDC): 212 jovens.
Da análise dos resultados destacam-se as seguintes conclusões:
Ensino na CPL
No que diz respeito à qualidade e grau de exigência do ensino, o reconhecimento dos
educados que frequentam o 2.º e 3.º CEB situa-se em 58,4% e o dos educandos que
frequentam a FIDC situa-se em 49,1%. Da comparação dos dados obtidos em 2015,
relativamente a 2014, verifica-se um decréscimo na perceção positiva, quer dos educandos do
2.º e 3.º CEB (15,4%), quer, ainda que pouco significativo, dos educandos da FIDC (0,5%).
Gráfico III – Perceções positivas dos educandos quanto à exigência do ensino
Fonte: DAC/PLAN, BD_ Respostas Inquérito por questionário Satisfação Respostas educativas e formativas 2015 - Mar. 2016
53
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
74,4% 72,6%
63,4% 63,2%
2/3º ciclo FIDC
Os professores(as) tratam os educandos com respeito
2014 2015
90,5% 82,2%79,5% 71,2%
2/3º ciclo FIDC
Os professores(as) deste CED ensinam bem
2014 2015
Verifica-se, igualmente, relativamente ao desempenho dos professores, um decréscimo no
reconhecimento, por parte dos educandos do ensino básico e dos da FIDC, com uma redução
em ambos, de 11%.
Gráfico IV – Perceções positivas dos educandos quanto ao desempenho dos professores. Fonte: DAC/PLAN, BD_ Respostas Inquérito por questionário Satisfação Respostas educativas e formativas 2015 - Mar. 2016
No 2.º e 3.º CEB, 63,4%, e na FIDC, 63,2%, consideram que os professores tratam os educandos
com respeito, verificando-se um decréscimo de 11,0% e de 9,4% respetivamente, face a 2014.
Gráfico V – Perceções positivas dos educandos quanto ao desempenho dos professores II Fonte: DAC/PLAN, BD_ Respostas Inquérito por questionário Satisfação Respostas educativas e formativas 2015 - Mar. 2016
Espaços físicos e serviços prestados
De uma maneira global, e à semelhança de 2014, as opiniões quanto à adequabilidade dos
espaços, são menos favoráveis do que nas outras variáveis em consulta. Assim, 42,2% dos
educandos do 2.º e 3.º CEB e 31,6% dos educandos da FIDC consideram confortáveis as salas
de aulas, situação que denota um ligeiro decréscimo em relação aos valores obtidos em 2014.
54
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
45,8%34,1%42,2%
31,6%
2/3º ciclo FIDC
As salas de aula são confortáveis
2014 2015
82,3%52,4% 60,0%67,1%
45,3% 49,5%
1º ciclo 2/3º ciclo FIDC
Estou satisfeito(a) com os espaços desportivos e de recreio
2014 2015
68,5% 54,1%66,5% 56,1%
2/3º ciclo FIDC
A secretaria funciona bem
2014 2015
Gráfico VI – Perceções positivas dos educandos quanto às salas de aula Fonte: DAC/PLAN, BD_ Respostas Inquérito por questionário Satisfação Respostas educativas e formativas 2015 - Mar. 2016
Quanto aos espaços desportivos e de recreio dos CED, o mesmo colhe a opinião favorável de
67,1% dos educandos do 1.º CEB, 45,3% dos educandos do 2º e 3º CEB e 49,5% dos educandos
da FIDC. A perceção dos educandos, positiva em 2014 (82,3% para os educandos do 1.º CEB,
52,4% para os educandos do 2.º e 3.º CEB e 60,0% para os educandos da FIDC) revela um
decréscimo.
Gráfico VII – Perceções positivas dos educandos quanto aos espaços de recreio e desporto Fonte: DAC/PLAN, BD_ Respostas Inquérito por questionário Satisfação Respostas educativas e formativas 2015 - Mar. 2016
Na educação pré-escolar, 82,5% dos encarregados de educação referem que estão satisfeitos
com os espaços de recreio do CED e 69,8% consideram que as instalações do CED se
encontram em bom estado de conservação, higiene e segurança.
No que diz respeito ao funcionamento dos serviços administrativos dos CED, 66,5% dos
educandos do 2.º e 3.º CEB e 56,1% dos educandos da FIDC considera que a secretaria
funciona bem. Para os educandos do 2.º e 3.º CEB, relativamente ao ano 2014, verifica-se um
decréscimo de 2,0% e para os educandos da FIDC um acréscimo de 2,0%.
Gráfico VIII – Perceções positivas dos educandos quanto ao funcionamento dos serviços administrativos Fonte: DAC/PLAN, BD_ Respostas Inquérito por questionário Satisfação Respostas educativas e formativas 2015 - Mar. 2016
55
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
96,2% 17,3% 18,5%92,1% 16,1% 17,5%
1º ciclo 2/3º ciclo FIDC
Gosto do almoço que é servido no CED
2014 2015
87,5%82,2%78,3% 78,3%
2/3º ciclo FIDC
Articulação Escola - Família
2014 2015
Ainda relativamente a outros serviços prestados, as refeições, as taxas de satisfação tiveram
um ligeiro decréscimo se comparadas com as do ano 2014, situando-se em 92,1%, no 1.º CEB,
16,1% no 2.º e 3.º CEB, e 17,5%, na FIDC.
Gráfico IX – Perceções positivas dos educandos quanto às refeições e serviços de refeitório Fonte: DAC/PLAN, BD_ Respostas Inquérito por questionário Satisfação Respostas educativas e formativas 2015 - Mar. 2016
Articulação escola-família
Quanto aos dados recolhidos junto dos educandos, no que se refere à articulação escola-
família, 78,3%, no 2.º e 3.º CEB e na FIDC, referem que o encarregado de educação é chamado
ao CED para reuniões e para participar em atividades. Houve um decréscimo de 9,2%, no 2.º e
3.º CEB, e de 3,9%, na FIDC, relativamente a 2014. Relativamente à educação pré-escolar,
95,2% dos pais/encarregados de educação referem que são informados do que o seu
educando está a aprender e 85,7% referem que são incentivados a participar na vida do CED.
Releve-se a participação dos encarregados de educação dos educandos da FIDC que, pelo facto
destes serem mais velhos, o que poderia fazer supor um maior afastamento dos encarregados
de educação e, consequentemente, um menor esforço de envolvimento por parte das equipas
do CED, na prática esse afastamento não acontece.
Gráfico X – Perceções positivas dos educandos quanto à ligação feita com a família Fonte: DAC/PLAN, BD_ Respostas Inquérito por questionário Satisfação Respostas educativas e formativas 2015 - Mar. 2016
56
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
83,5% 70,8% 73,3%75,0%60,2% 59,9%
1º ciclo 2/3º ciclo FIDC
Sinto-me seguro(a) no CED
2014 2015
82,3% 93,5%76,3%
93,4% 85,7% 71,2%
1º ciclo 2/3º ciclo FIDC
Tenho vários amigos(as) no CED
2014 2015
Sentimento de segurança e de pertença
Quanto ao clima de segurança do CED, 75,0% dos educandos do 1.º CEB, 60,2% dos educandos
do 2.º e 3.º CEB e 59,9% dos educandos da FIDC refere que se sente seguro no CED. Refira-se
que, no ano 2014, 83,5% dos educandos do 1.º CEB, 70,8% dos educandos do 2.º e 3.º CEB e
73,3% dos educandos da FIDC mencionaram que se sentiam seguros no CED.
Gráfico XI – Perceções positivas dos educandos quanto ao sentimento de segurança Fonte: DAC/PLAN, BD_ Respostas Inquérito por questionário Satisfação Respostas educativas e formativas 2015 - Mar. 2016
A perceção dos educandos sobre a rede informal de suporte que têm no CED, nomeadamente
sobre o seu círculo de amizades, é positiva, sendo que mais de 80% dos educandos mais novos
(1.º ao 3.º CEB) têm amigos no CED, descendo para 71,2%, relativamente aos educandos da
FIDC.
A perceção dos educandos, já positiva em 2014 (82,3% para os educandos do 1.º CEB, 93,5%
para os educandos do 2.º e 3.º CEB e 76,3% para os educandos da FIDC) manteve-se positiva
em 2014, com um acréscimo de 11,1% para os educandos do 1.º CEB e decréscimos de 7,8%,
no 2.º e 3.º CEB, e de 5,1% na FIDC.
Gráfico XII – Perceções positivas dos educandos quanto à rede informal de suporte Fonte: DAC/PLAN, BD_ Respostas Inquérito por questionário Satisfação Respostas educativas e formativas 2015 - Mar. 2016
57
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Satisfação global dos educandos com as respostas educativas e formativas
É notável o nível de satisfação verificado entre os educandos do 1.º CEB que frequentam a CPL,
I.P., pois 92,1% destes educandos referiram gostar do CED e de frequentar a CPL, I.P..
No 2.º e 3.º CEB, 67,1% dos educandos referiram gostar do CED e de frequentar a CPL, I.P..
Gráfico XIII – Perceções positivas dos educandos quanto à satisfação global
Fonte: DAC/PLAN, BD_ Respostas Inquérito por questionário Satisfação Respostas educativas e formativas 2015 - Mar. 2016
Embora com valores de satisfação menos expressivos, mesmo nos últimos anos de frequência
e entre os educandos mais velhos, logo com maior capacidade crítica, mais de 61,8% dos
jovens que frequentam a FIDC mencionaram gostar do CED e de frequentar a CPL, I.P.
A leitura dos dados recolhidos junto dos educandos apontam para um decréscimo nos níveis
de satisfação relativamente a gostar do CED e de frequentar a CPL, I.P., embora se mantenham
elevados níveis de satisfação, com 98,4% dos pais/encarregados de educação dos educandos
da educação pré-escolar a referirem que gostam que o seu educando frequente o CED.
96,2%76,8% 74,8%
92,1%67,1% 61,8%
1º ciclo 2/3º ciclo FIDC
Gosto do CED e de frequentar a CPL
2014 2015
58
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
5.2. Satisfação dos educandos do Acolhimento Residencial
Dirigida a um universo de educandos com medida jurídica que sustenta o seu acolhimento, a
consulta foi realizada mediante aplicação do inquérito por questionário que consta do anexo
VI. A taxa de resposta de 75%, envolveu 125 inquiridos, com a seguinte distribuição:
Lar de Infância e juventude: 113 crianças e jovens
Lar de apoio: 2 crianças e jovens
Centro de Acolhimento temporário: 10 crianças e jovens
Sistematizando os resultados obtidos, verifica-se em diversas questões a diminuição da satisfação
e o aumento da insatisfação, apesar de em algumas questões se ter constatado uma evolução
positiva pelo aumento da satisfação e respetiva diminuição da insatisfação.
A apreciação geral sobre as nove dimensões em apreço denota:
Condições físicas da casa
Mais de metade das crianças e jovens está satisfeita com a localização da casa, com o conforto
dos quartos e da sala. Todavia, nestas questões houve também um aumento do número de
crianças e jovens insatisfeitos, conforme ilustra o gráfico XIV.
59
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Gráfico XIV – Condições Físicas da Casa 2014 vs 2015
Fonte: DAC/PLAN, BD_ Respostas Inquérito por questionário Satisfação Acolhimento Residencial 2015 - Mar. 2016
Registou-se uma evolução negativa na apreciação sobre o conforto e personalização dos
quartos, uma vez que aumentou a insatisfação das crianças e jovens, situação que carece de
reflexão por parte dos cuidadores, considerando a importância da identificação com o espaço
próprio/individual, ainda que seja partilhado com outras crianças.
Em relação à arrumação e limpeza da casa não se registaram alterações significativas
comparativamente aos valores da consulta anterior.
Integração e acompanhamento inicial
No que respeita ao acompanhamento no primeiro dia de acolhimento por parte do educador
de referência e ao acompanhamento nos dias seguintes, no que respeita ao conhecimento da
zona onde está localizada a casa, os valores apurados não revelam assimetrias substanciais
face ao ano anterior, pelo que se mantém os fracos resultados desta dimensão (vide gráfico
XV).
52%
62%
54%50%
15% 13%
25% 24%
56%61%
48% 49%
25%
18%
32%26%
A casa está num local bonito e
perto de tudo
Os quartos e a sala são
confortáveis
O meu quarto está como eu
gosto
A casa está sempre limpa e
arrumada
Condições Físicas
2014 Satisfação 2014 Insatisfação 2015 Satisfação 2015 Insatisfação
60
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Gráfico XV – Integração e acompanhamento inicial 2014 vs 2015
Fonte: DAC/PLAN, BD_ Respostas Inquérito por questionário Satisfação Acolhimento Residencial 2015 - Mar. 2016
No que respeita ao apoio prestado pelas outras crianças e jovens e enquadramento na
dinâmica da casa, bem como a resposta à pergunta “Quando entrei para a casa senti-me bem
recebido” os valores da satisfação aumentaram.
Quanto ao facto do quarto já se encontrar preparado para receber a criança no dia do seu
acolhimento, a satisfação diminuiu em relação ao ano transato (de 83% para 78%).
Quotidiano na Casa
Os resultados obtidos revelam uma diminuição da satisfação e um aumento da insatisfação,
em relação ao ano anterior, na maioria das perguntas que compõem esta dimensão (vide
gráfico XVI). Baixaram os níveis de satisfação com as sessões de CSI, com as atividades de lazer
e com o conhecimento sobre as regras da casa e distribuição das tarefas.
59%
83%76%
48%
72%
29%
10% 11%
30%
8%
60%
78%82%
47%
74%
25%
11%6%
34%
9%
No 1º dia em que entrei
na casa fui recebido pelomeu educador de
referência
O quarto já estava
preparado para mereceber
No 1º dia que entrei na
casa os colegasmostraram-me osespaços da casa e
explicaram-me comoeram algumas tarefas no
dia-a-dia
Nos dias seguintes o
educador de referêncialevou-me a conhecer a
zona onde está localizadaa casa
Quando entrei para a
casa senti-me bemrecebido
Integração e acompanhamento inicial
2014 Satisfação 2014 Insatisfação 2015 Satisfação 2015 Insatisfação
61
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Gráfico XVI – Quotidiano na Casa I 2014 vs 2015
Fonte: DAC/PLAN, BD_ Respostas Inquérito por questionário Satisfação Acolhimento Residencial 2015 - Mar. 2016
Conforme ilustra o gráfico XVII e tal como no ano anterior, a percentagem de satisfação das
crianças e jovens com a alimentação é muito baixa, tendo ainda diminuído na presente
aplicação, passando de 41% para 33%. O nível de insatisfação manteve-se similar (de 39% para
38%).
Salienta-se o aumento da satisfação das crianças e jovens no que concerne à sua participação
nas Assembleias, diminuindo para metade a insatisfação.
Gráfico XVII – Quotidiano na Casa II 2014 vs 2015
Fonte: DAC/PLAN, BD_ Respostas Inquérito por questionário Satisfação Acolhimento Residencial 2015 - Mar. 2016
Contactos com a família
A maioria das crianças e jovens é conhecedora do modo como a casa organizou os contactos
com a sua família/pessoas de referência, podendo-se inferir que os mesmos sentem que está
90%
54%
78%
53%
88%
4%
22%
9%15%
6%
87%
42%
71%
49%
82%
5%
27%
8%18%
7%
Tenho tarefas atribuídas(como por exemplo pôr a
mesa, ajudar na limpeza dos
espaços comuns, fazer acama...)
Gosto de participar nassessões do CSI
Gosto de participar nascolónias de férias
Gosto dos horários e dasatividades diárias que a casa
organiza
Sei quais são as regras defuncionamento da casa
Quotidiano na Casa
2014 Satisfação 2014 Insatisfação 2015 Satisfação 2015 Insatisfação
41%
66%72% 73%
39%
10% 10% 11%
33%
75%70%
75%
38%
5%
13%8%
Gosto da comida da casa Na casa fazemos Assembleias para
falarmos de assuntos do nossointeresse
Quando existe alguma situação
problemática na casa os educadoresfalam connosco e tranquilizam-nos
Quando faço algo que não está
correto, os educadores ajudam-me amelhorar o meu comportamento
Quotidiano na Casa
2014 Satisfação 2014 Insatisfação 2015 Satisfação 2015 Insatisfação
62
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
salvaguardado o seu direito a manter regularmente contactos pessoais com a família e com
pessoas com quem tenham especial relação afetiva. No entanto, registou-se uma diminuição
da satisfação nesta variável, assim como na pergunta relativa à preocupação do educador
sobre a forma como decorreu o contacto/estadia junto da família. É de referir que, em ambas
perguntas, a percentagem de insatisfação também diminuiu ligeiramente (vide gráfico XVIII).
Gráfico XVIII – Contactos com a família 2014 vs 2015 Fonte: DAC/PLAN, BD_ Respostas Inquérito por questionário Satisfação Acolhimento Residencial 2015 - Mar. 2016
Respeito pela privacidade e individualidade
No que se refere ao sentimento das crianças e jovens em relação ao respeito pela privacidade
e individualidade, os resultados indicam que a generalidade das crianças tem um armário
individual no seu quarto onde podem guardar os seus pertences (vide gráfico XIX).
Gráfico XIX – Respeito pela privacidade e individualidade 2014 vs 2015
Fonte: DAC/PLAN, BD_ Respostas Inquérito por questionário Satisfação Acolhimento Residencial 2015 - Mar. 2016
Porém, os níveis de satisfação com esta dimensão baixaram, assim como o valor da satisfação
com o direito a momentos de isolamento/privacidade.
A merecer reflexão interna é a acentuada diminuição da satisfação na questão respeitante à
abertura de correspondência pelo próprio e o acentuado aumento da insatisfação.
73%67%
8% 7%
68%63%
6% 5%
Sei que os adultos organizaram com a minha família aforma como posso estar com ela
Quando regresso de fim-de-semana o educadorpergunta-me como correu e como me senti
Contactos com a família
2014 Satisfação 2014 Insatisfação 2015 Satisfação 2015 Insatisfação
72%
85%
69%62%
16%10%
3%
12%
62%
80%
52%61%
18%14% 12% 10%
Se quiser estar sozinho, posso ir parao meu quarto
No meu quarto tenho um armário sópara mim onde posso guardar as
minhas coisas
Quando recebo cartas de alguém soueu que as abro
Quando recebo visitas da minhafamília ou amigos, são bem recebidose tenho um sítio para estar a sós com
eles
Respeito pela privacidade e individualidade
2014 Satisfação 2014 Insatisfação 2015 Satisfação 2015 Insatisfação
63
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Verifica-se pois, uma diminuição da satisfação e um aumento da insatisfação das crianças e
jovens, na maioria das questões relacionadas com o respeito pela privacidade e
individualidade, sendo um indicador de alerta que requer reflexão e ações que conduzam ao
dirimir deste sentimento/insatisfação.
Acompanhamento escolar
No que respeita a esta dimensão, e da análise do gráfico XX, conclui-se que baixaram os níveis
de satisfação com as rotinas de estudo e apoio ao estudo, tendo também aumentado a
percentagem dos níveis de insatisfação.
No entanto, a percentagem de insatisfação face ao acompanhamento da vivência e percurso
escolar diminuiu em relação ao ano transato.
Gráfico XX – Acompanhamento escolar 2014 vs 2015
Fonte: DAC/PLAN, BD_ Respostas Inquérito por questionário Satisfação Acolhimento Residencial 2015 - Mar. 2016
Cuidados de saúde
Nas questões que abordam os cuidados de saúde registou-se igualmente uma descida dos
níveis de satisfação das crianças/jovens inquiridas, porém as percentagens de insatisfação
também diminuíram (vide gráfico XXI).
70% 68%
8%12%
61%
69%
14%6%
Na casa há hora de estudo e ajudam-me a fazer os TPC Os educadores vão às reuniões na minha escola e falam
comigo e com a minha família para me explicar o que foifalado sobre mim
Acompanhamento escolar
2014 Satisfação 2014 Insatisfação 2015 Satisfação 2015 Insatisfação
64
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Gráfico XXI – Cuidados de saúde 2014 vs 2015
Fonte: DAC/PLAN, BD_ Respostas Inquérito por questionário Satisfação Acolhimento Residencial 2015 - Mar. 2016
Ainda que a maioria dos educandos (65%) sinta que os educadores se preocupam com o seu
estado de saúde, 11% dos inquiridos não sentem que os educadores se preocupam com eles
quando estão doentes, situação similar à verificada no ano transato.
Sentimento de bem-estar e segurança
No que se refere ao sentimento de bem-estar e segurança houve variações em termos da
satisfação e insatisfação, conforme ilustram os gráficos XXII, XXIII e XXIV.
Gráfico XXII – Sentimento de bem-estar e segurança I 2014 vs 2015 Fonte: DAC/PLAN, BD_ Respostas Inquérito por questionário Satisfação Acolhimento Residencial 2015 - Mar. 2016
Destaca-se o aumento da satisfação com a segurança proporcionada e sentida pelas crianças e
jovens, a forma como são tratados pelos cuidadores, o sentimento de que gostam deles e a
71%
63%
12% 10%
65%
50%
11%7%
Quando estou doente sinto que os educadores se
preocupam comigo
Se tenho que tomar medicamentos, os educadores dão a
medicação à minha família quando vou de fim de semanae férias
Cuidados de saúde
2014 Satisfação 2014 Insatisfação 2015 Satisfação 2015 Insatisfação
80%
54%
64%68%
75%
5%
21%
11% 12% 11%
78%
62%57%
70%77%
6%
16% 16%10% 12%
Na casa há sempre um adulto
presente para nos acompanhar
Sinto-me seguro e tranquilo na
casa
As pessoas que trabalham na casa
parecem gostar do que fazem
As pessoas que trabalham na casa
tratam-me bem
Os adultos falam comigo sobre o
meu futuro quando sair da casa
Sentimento de bem-estar e segurança
2014 Satisfação 2014 Insatisfação 2015 Satisfação 2015 Insatisfação
65
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
existência de um adulto de confiança com quem podem conversar, registando-se assim uma
evolução positiva.
A satisfação dos educandos no que respeita a: “Os adultos falam comigo sobre o meu futuro
quando sair da casa”, “Se quiser falar com o(a) Diretor(a) da casa consigo com facilidade” e
“Sou bem tratado na casa”, também aumentou ligeiramente em relação ao ano transato,
porém a percentagem de insatisfação também subiu ligeiramente.
Gráfico XXIII – Sentimento de bem-estar e segurança II 2014 vs 2015
Fonte: DAC/PLAN, BD_ Respostas Inquérito por questionário Satisfação Acolhimento Residencial 2015 - Mar. 2016
Gráfico XXIV – Sentimento de bem-estar e segurança III 2014 vs 2015
Fonte: DAC/PLAN, BD_ Respostas Inquérito por questionário Satisfação Acolhimento Residencial 2015 - Mar. 2016
Já em relação às questões “Na casa há sempre um adulto para nos acompanhar”, “As pessoas
que trabalham na casa parecem gostar do que fazer” e “Quando preciso de ajuda para alguma
47%
84%
59%
18%
5%12%
50%
78%
58%
22%
10% 10%
Se quiser falar com o (a) Diretor(a) da
casa consigo com facilidade
Quando preciso de ajuda para alguma
coisa sei a quem pedir
As pessoas que trabalham na casa
ouvem-me sempre com atenção
Sentimento de bem-estar e segurança
2014 Satisfação 2014 Insatisfação 2015 Satisfação 2015 Insatisfação
63%71%
78%
14%10% 12%
65%69%
76%
18%
7% 8%
Sou bem tratado na casa Sei que as pessoas que trabalham na
casa gostam de mim
Tenho um adulto de confiança na
casa, com quem posso conversar econtar os meus problemas
Sentimento de bem-estar e segurança
2014 Satisfação 2014 Insatisfação 2015 Satisfação 2015 Insatisfação
66
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
coisa sei a quem pedir”, a percentagem de satisfação diminuiu e a percentagem de insatisfação
aumentou, relativamente aos valores do ano transato.
Ainda que 62% dos educandos se sintam seguros e tranquilos na casa, valor que aumentou no
presente ano, e que a insatisfação tenha diminuído, 16% dos educandos não se sentem
seguros nem tranquilos na casa onde vivem.
Satisfação geral dos educandos com o acolhimento
Relativamente à taxa geral de satisfação dos educandos com o acolhimento residencial da CPL
verifica-se uma diminuição da satisfação face aos valores alcançados no ano passado (de 66%
passámos para 63%), ficando aquém do desejável, não só em termos da meta definida no
âmbito dos indicadores do processo R01 (meta 70%), mas essencialmente no que respeita ao
sentir que se desejaria que os educandos tivessem em relação ao acolhimento proporcionado
pela Instituição.
Gráfico XXV – Satisfação geral 2014 vs 2015
Fonte: DAC/PLAN, BD_ Respostas Inquérito por questionário Satisfação Acolhimento Residencial 2015 - Mar. 2016
66%
18%
63%
22%
No geral estou satisfeito com o acolhimento na Casa Pia de Lisboa
Satisfação geral
2014 Satisfação 2014 Insatisfação 2015 Satisfação 2015 Insatisfação
67
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
6] Avaliação do sistema de controlo interno e reforço de desempenho
O ano de 2015 representou um passo decisivo para CPL no que respeita à consolidação do seu
sistema de controlo interno e de reforço de desempenho com a implementação plena do
Sistema de Informação das Resposta Educativas e Formativas (SIREF) e do Sistema de
Planeamento e de Controlo.
A entrada em produção destes dois sistemas de informação ocorreu em 2014, mas foi em 2015
que a sua implementação alargada a todos os utilizadores se efetivou em pleno.
Sistema de Informação das Respostas Educativas e Formativas (SIREF)
De entre as potencialidades da plataforma SIREF destaca-se a possibilidade de realizar
extrações das avaliações e assiduidade dos educandos, bem como monitorizar conteúdos
lecionados, percurso escolar dos educandos (data de entrada e data de saída) e processos de
candidatura. A plataforma permite, ainda, consultar a oferta educativa e formativa dos Centros
de Educação e Desenvolvimento. Desta forma, através de um sistema de informação de gestão
de educandos, adaptado à realidade de funcionamento da CPL,I.P., torna-se possível
monitorizar, de uma forma mais eficaz, o processo ensino/aprendizagem e harmonizar
procedimentos nos diferentes CED.
Refira-se que, ao longo do processo de implementação do sistema SIREF, as Direções dos CED
estiveram continuamente envolvidas, em estreita colaboração com os Serviços Centrais,
nomeadamente, apoiando todas as ações de formação dinamizadas por estes e que
abrangeram um universo de mais de 350 docentes.
Para garantir a operacionalidade plena do sistema no arranque no ano letivo 2015/2016
decorreram reuniões semanais, nos Serviços Centrais, entre o grupo de Key Users, em que,
através da análise e treino de casos práticos, se pretendeu garantir o desenvolvimento de
competências, por parte dos envolvidos e subsequente disseminação pelos restantes
utilizadores na plataforma.
68
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Sistema de Planeamento e de Controlo (SPC)
A implementação do Sistema de Planeamento e de Controlo (SPC) da CPL, I.P. cumpriu em
2015 as tarefas de planeamento de atividades e metas e de recolha, publicação e validação de
informação de gestão que sustenta os reports externos da CPL realizados a nível nacional. No
domínio da missão destacam-se anualmente a caracterização da população em Sistema de
Acolhimento (CASA), da responsabilidade do Instituto da Segurança Social I.P. ou do
recenseamento escolar da responsabilidade da Direcção Geral das Estatísticas da Educação e
da Ciência (DGEEC).
Na área de planeamento, em 2015 procedeu-se à definição de metodologia para a construção
integrada do plano de atividades e orçamento, o denominado PAOr 2016, que resultou de um
trabalho conjunto do DAC/Planeamento e do DSP/Unidade de Assuntos Financeiros.
O alinhamento dos trabalhos de ambos os departamentos permitiu assim desenhar um
instrumento de gestão para 2016 que interliga atividades e recursos financeiros,
orçamentando metas emblemáticas que, pela sua representatividade ou dimensão, deverão
ser alvo de uma monitorização da execução física, em paralelo com a execução orçamental.
À semelhança dos anos anteriores, e numa lógica integrada e participativa de planeamento,
foram realizados Workshops por grandes áreas de intervenção da CPL no intuito de que cada
Unidade Orgânica contribuísse para a programação das atividades da Instituição que se
encontram definidas em PAOr 16.
Esta planificação decorreu em dois formatos distintos:
de forma individual quando o objetivo é da responsabilidade de uma Unidade Orgânica
ou CED/CCC;
de forma partilhada quando a concretização do objetivo operacional é da
responsabilidade de mais do que uma unidade, encontrando-se integradas em
protocolos de planeamento.
No domínio da monitorização, metodologicamente o sistema de controlo interno assegurou o
cumprimento de uma rotina mensal, integrando as recolhas de informação e de parecer dos
órgãos consultivos e de gestão internos. O report interno assegurado pelos interlocutores de
planeamento dos diversos CED e Unidades Orgânicas dos Serviços Centrais e CCC cumpriu as
rotinas estabilizadas de recolha mensal de indicadores de plano de atividades e de
69
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
benchmarking e de recolha trimestral/semestral de indicadores de gestão e de indicadores de
processo.
Paralelamente foram igualmente recolhidos de forma sistematizada indicadores que retratam
o acompanhamento prestado pela Equipa de Inserção profissional (EIP) aos jovens, quer em
termos de formação em contexto de trabalho em entidades externas, quer mesmo em
acompanhamento após o términus do seu percurso formativo. A atividade do Centro para a
Qualificação e Ensino Profissional (CQEP) foi igualmente acompanhada numa lógica de
monitorização anual.
Em 2015 foi ainda introduzida a monitorização, publicação e discussão de resultados relativos
ao acompanhamento da execução física e financeira das candidaturas/projetos ao abrigo do
financiamento comunitário e nacional, dos quais a CPL é promotora ou parceira. Esta
monitorização produziu resultados detalhados no ponto 9 do presente relatório que integra a
identificação e partilha de boas práticas.
Em resultado desta rotina, instituída internamente, a consistência do SCI da CPL, I.P. encontra-
se assegurada, em conformidade com os resultados apresentados na tabela XIV que sintetiza a
análise das respostas ao questionário disponibilizado pelo CCAS1. (anexo VII) que deverá
acompanhar a auto-avaliação da CPL, nos termos do disposto na alínea b) do ponto 2 do artº
15º da Lei 66-B/2007, de 28 de dezembro.
Tabela XIV - Avaliação do SCI da CPL, I.P. em 2015
Fonte: DAC/PLAN, Análise das respostas ao questionário do CCAS sobre avaliação do SCI – Mar. 2016
A taxa de execução inferior a 100% na dimensão Atividades e procedimentos de controlo
administrativo implementados na CPL, I.P. prende-se com a resposta negativa à questão “O
plano de gestão de riscos de corrupção e infrações conexas é executado e monitorizado?” que
consta do anexo VII.
12010, GT CCAS- rede GPEARI, Avaliação dos Serviços, Linhas de orientação gerais Documento técnico nº 1
100%
100%
89%
100%
2015Taxa de
resposta
Ava
liaç
ão d
o S
iste
ma
de
Co
ntr
olo
Inte
rno
Ambiente de controlo
Estrutura organizacional
Atividades e procedimentos de controlo
administrativo implementados na CPL
Fiabilidade dos Sistemas de informação
70
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
7] Fiabilidade do sistema de indicadores de desempenho
No intuito de avaliar a comparabilidade e a fiabilidade da informação de gestão que constitui o
input para o apuramento dos indicadores que integram as publicações regulares da Instituição,
o sistema de indicadores de desempenho da CPL, I.P. conta anualmente com a validação
promovida pela realização de ações de auditoria interna e externa.
A tabela XV sintetiza as diversas iniciativas e ações que ao longo de 2015 contribuíram para a
fiabilidade do sistema de indicadores de desempenho da CPL, I.P.
* Uma das auditorias (ação 002/2015) contemplou igualmente uma componente financeira, aparecendo assim duas vezes nesta tabela (linhas 2 e 3)
Tabela XV - Medidas de reforço da fiabilidade dos indicadores de desempenho da CPL, I.P. em 2015
Fonte: UQA, Controlo do programa anual de auditorias 2015– Mar. 2016
Em 2015 foram realizadas 2 auditorias externas, uma no âmbito do Projeto n.º
100062/2014/962 (IEFP/POPH): PCDI (Qualificação das Pessoas com Deficiências e
Incapacidade), com o objetivo de verificação dos dossiers técnico-pedagógico e financeiro, e
outra pelo Processo n.º 2015/88/A5/698 (Inspeção-Geral de Finanças) - Auditoria ao
cumprimento da unidade de tesouraria do Estado.
Em termos internos, foram contabilizados 8 trabalhos de auditoria que incidiram sobre a
conformidade dos processos/subprocessos que integram o Sistema de Gestão da Qualidade da
Instituição com os requisitos da NP EN ISO 9001, como ilustra a tabela XVI.
2015
2
8
1
Açõ
es
par
a as
segu
rar
a fi
abil
idad
e
Auditorias/controlos externos
Auditorias internas aos requisitos da NP
ISO 9001/procedimentos *
Auditorias Financeiras do
sis
tem
a d
e in
dic
ado
res
de
de
sem
pe
nh
o d
a C
PL
71
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Tabela XVI – Auditorias internas realizadas na CPL, I.P._2015 Fonte: UQA, Controlo do programa anual de auditorias 2015 – Mar. 2016
A estas ações de auditoria acresce a verificação anual aos sistemas e Controlo Financeiro à
Conta de 2015, por parte do Fiscal Único, que emitiu sem reservas a Certificação Legal de
Contas (anexo IX).
2015Verificar a implementação do processo/atividades
Receção dos bens e serviços e Acondicionamento e
Manuseamento de bens, de acordo com os
procedimentos definidos e com o referencial
normativo ISO 9001
Avaliar o controlo da assiduidade e a gestão do
fundo permanente do CED JRP
Verificar a implementação do
processo/subprocesso de acordo com os
procedimentos definidos e com o referencial
normativo ISO 9001
Verificar a implementação dos
processos/atividades de Contratação Pública e
validar de acordo com o referencial normativo
ISO 9001
Verificar a implementação do
processo/subprocesso de acordo com os
procedimentos definidos e com o referencial
normativo ISO 9001 e a aplicação da Lei n.º
113/2009, divulgada pela CI/14/2009
Verificar a aplicação da CN n.º 14/2014
Verificar a implementação dos processos,
nomeadamente no que respeita à elaboração e
revisão do Projeto e/ou Plano de
Desenvolvimento Pessoal (PDP) de acordo com
os procedimentos definidos
Verificar a implementação do
processo/subprocesso de acordo com os
procedimentos definidos
Processo S08 Aprovisionamento e gestão de bens em
armazém/atividades ‘Receção dos bens e serviços’ e
‘Acondicionamento e manuseamento de bens’
Controlo da assiduidade e a gestão do fundo
permanente
Processo S06 Gestão do património/S06.10 Fundos
permanentes
Au
dit
ori
as I
nte
rnas
da
CP
L, I
.P.
Processo S07 Contratação de empreitadas de obras
públicas e S08 Aprovisionamento e gestão de bens em
armazém/Contratação pública
Processo G05 Gestão de recursos
humanos/subprocesso G05.80 Gestão do cadastro e Lei
n.º 113/2009 de 17 de setembro
Circular Normativa n.º 14/2014: Encargos e Apoios
Sociais aos Educandos dos CED Tipo 1, Lar de Apoio e
Lar Residencial - Revogação da CN/8/2013
Processo R02 Admissão e desenvolvimento em
acolhimento residencial e R03 Admissão e
desenvolvimento em respostas educativas e
formativas/Elaboração e revisão do Projeto e/ou Plano
de Desenvolvimento Pessoal (PDP)
Processo R11 Formação inicial de dupla
certificação/subprocesso Formação em contexto de
trabalho
72
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
8] Audição dos dirigentes intermédios e demais trabalhadores
Resultados da avaliação da satisfação dos trabalhadores
Em termos gerais, os níveis de satisfação dos trabalhadores tendem a ser semelhantes aos
obtidos anteriormente ou registaram ligeiras oscilações.
A média global de satisfação atingiu valores entre os 3,25 na dimensão 3 (Condições de
trabalho) e os 3,98 na dimensão 5 (Níveis de Motivação).
À semelhança do que se tem vindo a registar nas auscultações anteriores, nem todos os
comentários/sugestões têm relação direta com as questões colocadas, representando antes
espaços de crítica ou de reflexão sobre outros assuntos. Assim, a análise qualitativa
apresentada no ponto 3.9. teve apenas em consideração os comentários diretamente
relacionados com os itens em avaliação, excluindo-se da análise todos os restantes.
Taxas de participação globais e por CED
Considerando a amostra definida como referência, a taxa global de participação foi de 78%,
revelando um decréscimo de 10% face aos valores apurados relativamente a 2014.
Considerando os dados dos últimos três anos de aplicação no referente às taxas de resposta,
observa-se uma redução do número total de respostas, contrariando a tendência de
crescimento ocorrida entre os anos de 2013 e 2014:
Tabela XVII – Taxas de resposta ao inquérito de satisfação dos trabalhadores da CPL, I.P._2015 Fonte: URH Relatório de auto-avaliação da satisfação 2015 – Abr. 2016
2013 2014 2015
70,1% 88,0% 77,6%
559 442 438
392 390 340
Taxa de resposta
Total da amostra
Total de respostas
73
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Em 2015, obteve-se a seguinte distribuição de respostas pelos vários CED, Centro Cultural
Casapiano e Serviços Centrais:
Tabela XVIII – Distribuição das respostas por CED_2015
Fonte: URH Relatório de auto-avaliação da satisfação 2015 – Abr. 2016
Relativamente à participação por carreira/grupo profissional, a tabela abaixo identifica a
distribuição das respostas recolhidas:
Tabela XIX – Distribuição das respostas por carreira_2015
Fonte: URH Relatório de auto-avaliação da satisfação 2015 – Abr. 2016
Satisfação global dos trabalhadores com a CPL
A satisfação global dos trabalhadores com a Casa Pia de Lisboa apresenta uma média geral de
3,38, não se registando uma variação significativa face aos valores obtidos no ano transato
(3,35).
Conforme se constata no gráfico seguinte, os itens avaliados individualmente no âmbito da
satisfação global com a Instituição apresentam uma média de respostas que varia entre o 3,8 e
o 3, de acordo com a escala definida para o efeito:
1 2 3 4 5
Muito Insatisfeito Insatisfeito Pouco Satisfeito Satisfeito Muito Satisfeito
JRP MP SCAT AACF FM CEAS CCC PM NAP NSC SCLA SC TOTAL
49 25 30 18 8 2 7 36 36 51 29 49 340Total de respostas
DirigenteTécnico
SuperiorDocente
Assistente
Técnico
Assistente
Operacional
Téc.
Diagnóstico e
Terapêutica
Informática Total
14 108 199 58 53 4 2 438
19 111 132 52 17 7 2 340
136% 103% 66% 90% 32% 175% 100% 77,60%Taxa de resposta (%)
Total da amostra
Total de respostas
74
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Gráfico XXVI Satisfação global dos trabalhadores com a CPL Fonte: URH Relatório de auto-avaliação da satisfação 2015 – Abr. 2016
A análise revela, em traços
gerais, que, à semelhança do
verificado no ano anterior, os
trabalhadores sentem-se
pouco satisfeitos com a
oportunidade de participação
nos processos de tomada de
decisão (3), com os
mecanismos de consulta e
diálogo entre trabalhadores e
gestores (3,1), com a
informação disponibilizada
relativamente aos processos
de tomada de decisão (3,1),
o envolvimento em atividades de melhoria (3,2), a informação disponibilizada no que respeita aos processos de
tomada de decisão (3,1) e com a forma como a CPL gere os conflitos de interesses (3,2).
Pelo contrário, revelam-se mais satisfeitos com o papel desempenhado pela CPL na sociedade (3,8), com a imagem
da Instituição (3,7) e com o seu relacionamento com os cidadãos e sociedade (3,7).
Em relação a 2014, assinala-se o incremento da média de respostas nos seguintes itens: imagem da CPL, forma
como a organização se relaciona com a sociedade, desempenho global, mecanismos de consulta e diálogo entre
trabalhadores e gestores e participação nos processos de tomada de decisão.
Pelo contrário, assinala-se uma redução da média da satisfação relativamente ao nível de envolvimento na missão
da CPL e à informação disponibilizada aos trabalhadores.
Os níveis de satisfação quanto aos restantes itens mantêm-se inalterados desde 2014.
Considera-se pertinente, no âmbito da análise apresentada, realçar os aspetos sobre os quais os trabalhadores
revelam estar mais satisfeitos:
Satisfação Global com a CPL
2,9
3,5
3,2
3,2
3,2
3,0
3,2
3,1
3,1
2015
3,8
2014
3,6
3,6
3,5
3,0
3,8
3,7
3,7
3,6
3,4
3,2
Desempenho
Gestão confl i tos
Envolvimento na melhoria
Informação disponibi l i zada
Dia logo com Gestores
Participação na decisão
Papel na sociedade
Envolvimento CPL
Relação com sociedade
Imagem CPL
75
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Gráfico XXVII Satisfação com a Gestão e Sistemas de Gestão da CPL, IP Fonte: URH Relatório de auto-avaliação da satisfação 2015 – Abr. 2016_gráfico 2
Os colaboradores revelam um
grau de satisfação global com a
gestão e os sistemas de gestão
na ordem dos 3,3.
Na avaliação da dimensão de
satisfação com a gestão e
sistemas de gestão, os itens que
apresentam as médias mais
altas mantêm-se relativamente
aos do ano passado, ainda que
com valores ligeiramente
superiores: aptidão da liderança
de gestão intermédia para
conduzir a CPL (entendida no
âmbito deste projeto como
sendo as direções dos
CED/Serviços ou Unidades
Orgânicas) (3,7), aptidão da gestão intermédia para comunicar (3,7) e conhecimento, pelos colaboradores, dos
objetivos do CED/Unidade Orgânica e do seu contributo para os objetivos gerais da CPL.
No referente a esta dimensão, os pontos com avaliação mais baixa dos colaboradores dizem respeito ao
reconhecimento dos esforços individuais (2,9) e de grupo (3,0), e à forma como o sistema de avaliação de
desempenho foi implementado (3,0).
Assinala-se, em relação a 2014, um incremento da avaliação dos itens aptidão da liderança de gestão intermédia
para conduzir a CPL (3,7), aptidão da gestão intermédia para comunicar (3,7), conhecimento dos objetivos do
CED/Unidade Orgânica e do seu contributo para os objetivos gerais da CPL (3,7), acompanhamento do desempenho
pela chefia (3,6), aptidão da gestão de topo para comunicar (3,3), informação disponibilizada sobre o sistema de
avaliação de desempenho em vigor (3,2) e forma como o sistema de avaliação do desempenho foi implementado
(3,0).
Face aos dados apurados, e não obstante os incrementos assinalados, conclui-se que os colaboradores da CPL
mantêm-se, em termos médios, pouco satisfeitos com muitos dos itens relacionados com a gestão e sistemas de
gestão.
3,4
3,1
2,9
3,1
2014
3,4
3,3
2,9Reconhecimento es forço individual
3,7
3,3
3,3
3,2
3,2
3,1
3,0Reconhecimento es forço grupo
Sis temas aval iação 3,0
Medidas responsabi l idade socia l
Satisfação com a gestão e
sistemas de gestão 2015
3,6
3,5
Envolvimento def. objetivos 3,2
Infº Sis temas Aval iação 3,1
Liderança gestores de topo
Comunicação gestores de topo 3,2
Acompanhamento chefia 3,6 3,3
Modernização 3,4
Comunicação gestores intermédios 3,7 3,6
Conhecimento objetivos 3,7
Liderança gestores intermédios
76
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Gráfico XXVIII Satisfação com as condições de trabalho Fonte: URH Relatório de auto-avaliação da satisfação 2015 – Abr. 2016
Quanto às condições de
trabalho, os níveis médios de
satisfação situam-se nos
3,25, verificando-se uma
ligeira redução face aos
valores apurados em 2014
(3,27).
Os dados recolhidos
demonstram que os
colaboradores apresentam
maior grau de satisfação com
o ambiente de trabalho (3,6)
e com o sistema de controlo
de assiduidade (3,6), à
semelhança do já registado
em 2014.
Pelo contrário, os colaboradores apontam como menos satisfatórios a compensação do trabalho extraordinário
(3,0), a igualdade de oportunidade nos processos de promoção (3,1), a igualdade de tratamento na CPL (3,1), a
duração do período normal de trabalho diário/semanal (3,1) e o modo como a CPL lida com os conflitos, queixas ou
problemas pessoais (3,1).
Os valores apurados em 2015 seguem a mesma tendência do ano anterior, à exceção das questões sobre o
ambiente de trabalho e modo como a CPL lida com os conflitos, queixas e problemas pessoais, que registam um
decréscimo da satisfação dos colaboradores, e dos pontos igualdade de oportunidade nos processos de promoção e
compensação do trabalho extraordinário, onde, pelo contrário, se assinalam ligeiros incrementos.
Gráfico XXVIII A Satisfação com o desenvolvimento da carreira Fonte: URH Relatório de auto-avaliação da satisfação 2015 – Abr. 2016
Para esta dimensão a média
de respostas situa-se nos
3,3, o que representa um
pequeno decréscimo face
aos valores globais obtidos
em 2014.
Os dados recolhidos
evidenciam que, no
3,3
3,1
3,1
3,1
3,03,1
Compensação Trab. Extraordinário 3,0 2,8
Satisfação com as condições de
trabalho 2015 2014
Igualdade de oportunidades
Duração horário 3,1
Igualdade de tratamento 3,1
Conci l iação trabalho_vida pessoal 3,2 3,2
Gestão confl i tos 3,2
Modal idade horário
Igualdade desenv. Competências 3,3
3,4 3,4
Ambiente de trabalho
Sis tema controlo ass iduidade 3,6
3,73,6
3,6
2015
3,4 3,6
3,4 3,3
3,1 3,0
Pol ítica RH 3,0 2,9
Oportunidade desenv. novas
competências
Promoção da mobi l idade
Ações de formação real izadas
Satisfação com o
desenvolvimento da carreira 2014
77
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
referente ao desenvolvimento da carreira, os colaboradores sentem maior satisfação com a aplicabilidade dos
conhecimentos adquiridos em formação (3,7), assim como com as ações de formação realizadas (3,4) e com a
oportunidade de desenvolver novas competências (3,4) e, por outro lado, menor satisfação com a promoção de
mobilidade na CPL (3,1) e com a política de gestão de recursos humanos existente na CPL (3,0).
Verificam-se, face a 2014, algumas melhorias na maioria dos pontos em avaliação, à exceção do item ações de
formação realizadas, que se revela, em termos médios, menos satisfatório para os colaboradores.
Os níveis de motivação dos colaboradores foram aferidos com recurso a uma escala similar à anteriormente
descrita mas, neste caso, adequada à dimensão em análise – Motivação:
1 2 3 4 5 Muito
desmotivado Desmotivado Pouco motivado Motivado Muito motivado
Mantendo a tendência das últimas auscultações, esta dimensão apresenta uma avaliação superior relativamente às
restantes dimensões em análise.
Gráfico XXVIII B Nível de motivação Fonte: URH Relatório de auto-avaliação da satisfação 2015 – Abr. 2016
Os valores comparativos
com 2015 permitem
confirmar a manutenção
desta tendência, com os
colaboradores motivados
em todos os domínios, com
uma média global de 4,
realçando-se um
incremento face ao ano
transato na maioria dos itens em avaliação.
Destacam-se os níveis de motivação para desenvolver trabalho em equipa (4,1), aprender novos métodos de
trabalho (4,0), participar em ações de formação (4,0) e em projetos de mudança na CPL (4,0).
Nível de motivação
4,0 3,8
3,8 3,8Sugerir melhorias
Participação em ações de formação 4,0 3,9
Participação em projetos
2015 2014
Trabalho em equipa 4,1
Novos métodos trabalho 4,0 3,9
4,0
78
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
A avaliação da satisfação dos colaboradores com a liderança é auscultada em duas vertentes distintas: a do gestor
de topo e a do gestor de nível intermédio. Esta distinção está claramente expressa no formulário do questionário
aplicado aos colaboradores. Assim, o gestor de topo é entendido, neste contexto, como o Conselho Diretivo da CPL,
IP e os gestores de nível intermédio correspondem às Direções dos CED, Direções de Serviços e Direções de
Unidade.
Neste âmbito, importa referir que existe um distanciamento físico entre os CED da CPL e os Serviços Centrais, pelo
que a generalidade dos colaboradores dos CED reporta diretamente ao gestor de nível intermédio, representado
pela figura do diretor de CED, revelando por vezes algum desconhecimento para proceder à avaliação da gestão de
topo.
Os resultados obtidos nesta dimensão revelam que a satisfação com o gestor de topo apresenta uma avaliação
média de 3,34 e com o gestor de nível intermédio de 3,77.
Gráfico XXVIII C Satisfação com o estilo de liderança – Gestor de Topo Fonte: URH Relatório de auto-avaliação da satisfação 2015 – Abr. 2016
No que respeita à gestão de
topo, os colaboradores
demonstram níveis de
satisfação mais elevados
com a promoção de ações
de formação (3,6), com a
delegação de competências
e responsabilidades (3,5) e
com a transmissão dos
objetivos da CPL (3,5). Pelo
contrário, as médias mais
baixas relacionam-se com a
adequação do tratamento
dado às pessoas, às necessidades e às situações (3,1) e com o reconhecimento e premiação dos esforços individuais
e das equipas (3,0), com resultados inferiores aos registados no ano anterior.
3,5
3,5
3,6
3,5
3,4 3,4
3,3
3,3
Tratamento às pessoas
Reconhecimento do esforço
3,1 3,3
3,0 3,1
3,3
Aceita críticas construtivas 3,3
Estimula iniciativas
3,4
3,4
3,6
Cultura de mudança
Aceita sugestões de melhoria
3,3 3,4
Confiança e respeito
Exemplo
Promove formação 3,6
Delega competências
Satisfação com estilo liderança:
gestor de topo2015 2014
79
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Gráfico XXVIII D Satisfação com o estilo de liderança- Gestor intermédio Fonte: URH Relatório de auto-avaliação da satisfação 2015 – Abr. 2016
A satisfação relativa ao gestor
de nível intermédio obteve
uma média de 3,8,
assinalando-se uma evolução
positiva desde 2014. As
médias registadas nesta
dimensão, com atribuições a
variar entre os 3,9 e o 3,5, tal
como verificado em 2014, são
superiores às apuradas para a
gestão de topo.
Os maiores índices de
satisfação dizem respeito à
transmissão dos objetivos do
CED/Departamento/Unidade (3,9), à delegação de competências e de responsabilidades (3,9), à aceitação de
sugestões de melhoria, ao encorajamento, confiança mútua e respeito, ao estímulo à iniciativa das pessoas, ao
desenvolvimento de uma cultura de mudança e à promoção de formação (todos com uma avaliação média de 3,8).
À semelhança do verificado na avaliação da gestão de topo, o item com a atribuição mais baixa relaciona-se com o
reconhecimento e premiação dos esforços individuais e das equipas (3,5).
Analisando conjuntamente os dados de 2014 e 2015, realça-se a manutenção dos níveis de satisfação na maioria
dos itens em análise, a diminuição no item aceitação de críticas construtivas e o incremento das avaliações médias
nos restantes.
Tratamento às pessoas
3,6
3,7
3,7 3,7
3,7 3,7
3,8
3,5 3,5
2015 2014
3,8
3,8
3,8 3,8
Reconhecimento do esforço
Aceita críticas construtivas
Exemplo
Cultura de mudança
Promove formação
3,8 3,7
3,8
Confiança e respeito 3,8
Estimula iniciativas
Delega competências 3,9 3,9
Aceita sugestões de melhoria 3,8
Satisfação com estilo
liderança: gestor intermédio
80
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Gráfico XXVIII E Satisfação com condições de higiene, segurança, equipamentos e serviços
Fonte: URH Relatório de auto-avaliação da satisfação 2015 – Abr. 2016
Analisando todos os
processos de
auscultação de
satisfação dos
colaboradores
desenvolvidos até à
data, constata-se que
esta dimensão é
tendencialmente a que
reúne graus de avaliação
mais baixos, ao nível do
insatisfeito, em 5 itens.
Na avaliação desta
dimensão verificaram-se
atribuições de 1, que
correspondem a muito
insatisfeito, tendência que se tem verificado nos últimos anos. Não obstante, é de notar que, em 2015, é a
dimensão onde se registam incrementos mais significativos, face ao ano anterior.
O grau de satisfação dos colaboradores quanto às condições de higiene, segurança, equipamentos e serviços varia
entre o 4,0 (Correio eletrónico) o 2,7 (SIREF).
Gráfico XXVIII F Satisfação com condições de higiene, segurança, equipamentos e serviços Fonte: URH Relatório de auto-avaliação da satisfação 2015 – Abr. 2016
De entre os itens que geram
maior nível de insatisfação,
evidenciam-se os seguintes:
qualidade da refeição,
diversidade das ementas e
mobiliário e equipamentos
dos espaços comuns para
refeições dos colaboradores
(todos com média de 2,9) e
saúde no trabalho e SIREF
(ambos com 2,7).
2,9
2,9
2,4
3,5
3,3
3,2
3,2
3,2
3,2
2015
3,0
3,1
3,1
3,1
3,0
3,4
SIREF 2,7
Impressora
Software
SIGE
Rede Informática
Satisfação condições de higiene,
segurança, equipamentos e
Correio eletrónico
Smartdocs
Telefone / Fax
Intranet
Computador
Resolução problemas informáticos
Consumíveis
3,3
3,6
3,5Internet
3,6
3,7
3,7
3,9
4,0
2014
20142015
3,3
3,2
Segurança e conservação edi fícios 3,1
3,4
3,3
3,3
3,2
Mobi l iário equipamento espaço
comum refeições2,9
Satisfação condições de higiene,
segurança, equipamentos e
Segurança dos equipamentos
Segurança controlo de acesso
Conforto Posto de trabalho
Mobi l iário equipamento refei tório / bar 3,3
Serviços Socia is
81
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Gráfico XXVIII G Satisfação com condições de higiene, segurança, equipamentos e serviços
Fonte: URH Relatório de auto-avaliação da satisfação 2015 – Abr. 2016
A análise conjunta com o ano
anterior, dos itens em que é possível
estabelecer uma comparação,
permite aferir que os níveis de
satisfação apresentam alguma
melhoria em diversos pontos, tendo-
se registado nesta dimensão as
maiores variações positivas face a
2014, tendo em conta todas as
questões em análise neste estudo.
Contrariando a tendência de
melhoria da satisfação na maioria
dos pontos, assinala-se uma
diminuição da média de satisfação
quanto à saúde no trabalho.
Aspetos positivos
Os trabalhadores destacam como pontos mais positivos a imagem e o papel da CPL, bem como
a sua relação com os cidadãos e a sociedade. Esta questão é especialmente relevante no
contexto desta avaliação, dado que os trabalhadores valorizam e reconhecem a importância
da missão e dos valores a que a Instituição está vinculada.
Este aspeto contribui de forma significativa, na opinião dos trabalhadores, para a motivação,
refletindo-se igualmente no grau de envolvimento e comprometimento com Instituição.
Efetivamente, nos últimos anos, a dimensão da motivação tem sido tendencialmente aquela
que apresenta atribuições mais altas, na ordem do nível 4 (satisfeito), constituindo um dos
pontos fortes da Instituição. Os dados recolhidos revelam trabalhadores motivados no que
toca a todos os itens em avaliação no questionário. Refira-se, em especial, o desenvolvimento
do trabalho em equipa, a participação em ações de formação, a aprendizagem de novos
métodos de trabalho e a motivação para participar em projetos e sugerir melhorias.
Satisfação condições de higiene,
segurança, equipamentos e 20142015
2,9
2,9
2,9
3,1
3,1
3,1
Divers idade das ementas 2,9
Horário funcionamento refei tório / Bar 3,3 3,2
3,1
Qual idade da refeição
Quantidade da refeição
3,0
3,0
2,9
3,2
3,2
3,1
Higiene espaço comum refeições
Saúde no trabalho 2,7
Formação em Saúde
Higiene
Higiene refei tório / Bar
Proc. Acidentes de trabalho
82
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Assinala-se também, como mais-valias da CPL, o ambiente de trabalho existente, o nível de
conhecimento acerca dos objetivos do CED/Unidade Orgânica e do seu contributo para os
objetivos gerais da CPL, assim como a promoção de formação profissional e a aplicabilidade
dos conhecimentos adquiridos pelos trabalhadores.
Os trabalhadores manifestam-se igualmente satisfeitos com alguns dos sistemas de
informação à sua disposição, designadamente correio eletrónico, Intranet e Smartdocs,
considerando que são facilitadores da sua prática profissional.
Por fim, salienta-se, como ponto forte, o grau de satisfação com a gestão de nível intermédio,
nomeadamente com a transmissão dos objetivos do CED/Departamento/Unidade, a delegação
de competências e responsabilidades, o estímulo à iniciativa dos trabalhadores, a aceitação de
sugestões de melhoria, o encorajamento, a confiança mútua e o respeito e o empenho no
processo de mudança.
Fragilidades e áreas a melhorar
Considerando as atribuições de avaliação das diferentes dimensões do questionário, é possível
identificar, à partida, áreas a melhorar. De realçar as seguintes:
Os trabalhadores da CPL sentem-se, em termos globais, pouco satisfeitos com a oportunidade
de participação nos processos de tomada de decisão e com os mecanismos de consulta e
diálogo entre trabalhadores e gestores.
Paralelamente, outros dos pontos que tem originado, nos últimos anos, maior grau de
insatisfação é o reconhecimento dos esforços individuais e de grupo. A avaliação destes itens,
inseridos na dimensão 2 (satisfação com a gestão e sistemas de gestão) destaca-se
negativamente face às restantes, com uma atribuição média de 2,9 e 3,0, respetivamente.
Ao mesmo nível, surge nesta dimensão, como pouco satisfatória, a forma como o sistema de
avaliação de desempenho foi implementado, com uma média de 3,0.
A análise dos dados revela também, como uma área a melhorar, a política de gestão de
recursos humanos existente na CPL, que se revela pouco satisfatória para a maioria dos
trabalhadores. São assinaladas, como suscetíveis de melhoria, a compensação do trabalho
extraordinário, a igualdade de tratamento na CPL, a duração do horário de trabalho, a
promoção da mobilidade na CPL, a igualdade de oportunidades nos processos de promoção, o
83
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
modo como a Instituição lida com os conflitos, queixas ou problemas pessoais, a conciliação do
trabalho e vida pessoal e a saúde no trabalho.
Neste bloco de questões, as áreas mais penalizadas, com avaliação igual ou inferior a 3 (pouco
satisfeito), são o SIREF (Sistema de Informação das Respostas Educativas e Formativas) (2,7), a
qualidade da refeição e diversidade das ementas (2,9), os espaços comuns de refeição para
trabalhadores, designadamente o respetivo mobiliário e equipamentos (2,9) e a higiene (3,0),
a formação/sensibilização na área da saúde (3,0) e os consumíveis (tinteiros e toners) (3,0).
A análise da informação apresentada neste relatório deverá contribuir para uma
implementação efetiva de planos de melhoria face aos níveis de satisfação identificados, que
revelam, de uma forma geral, trabalhadores pouco satisfeitos com algumas das dimensões em
avaliação, conforme já foi exposto, com atribuições médias de nível 3 (pouco satisfeito).
Os pontos a melhorar, acima elencados, servem de ponto de partida e representam áreas que
seria interessante explorarmos, a fim de promover o referido plano de ações de melhoria na
CPL, I.P..
De realçar, que as fragilidades detetadas foram apuradas no âmbito do objetivo operacional
integrado no Plano de Atividades da CPL para 2015, que visou “Detalhar o diagnóstico e
corrigir os níveis mais baixos de satisfação dos colaboradores, identificados no RAC”.
Para além das exigências decorrentes do RAC, a auscultação efetuada, por recurso a diversas
metodologias, nomeadamente a da participação dos trabalhadores em grupos de trabalho
específicos, integra-se também na Meta 11.3, prevista no Plano Estratégico da Casa Pia de
Lisboa [2015-2018]: “Atingir um grau de satisfação global dos trabalhadores, superior à
referência nacional para o setor público, em especial no que respeita à melhoria das condições
de trabalho”.
O trabalho desenvolvido neste âmbito, em 2015, permitiu não só identificar as áreas com
menores índices de satisfação, relativamente a 2014, como também apresentar um Plano de
Ações de Melhoria, a implementar a partir de 2016, assente em 6 grandes áreas de
intervenção:
Comunicação
Gestão de recursos humanos
Saúde no trabalho
Conciliação da vida pessoal e profissional
Gestão do conhecimento
84
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Gestão de infraestruturas e equipamentos
Nesta senda, o Plano de Atividades e Orçamento (PAOR) da CPL para 2016 contempla como
meta “implementar as componentes do plano de melhoria das condições de trabalho”, que se
insere no objetivo operacional “Atingir um grau de satisfação global dos trabalhadores,
superior à referência nacional para o setor público”.
Para além destas áreas, o plano de melhoria deverá incluir algumas questões relativas à
dimensão condições de higiene, segurança, equipamentos e serviços que, tendencialmente,
tem reunido avaliações mais baixas nos últimos anos, ainda que se note algum incremento da
satisfação, face a 2014.
85
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
9] Identificação e partilha de boas práticas
9.1. Parcerias com instituições académicas
Os pedidos rececionados pela CPL para a realização de estudos de investigação tendo como
amostra a população de educandos e trabalhadores da Instituição, encontram-se enquadrados
internamente por Circular Informativa.
No decorrer do ano de 2015 deram entrada na CPL, I.P. um total de 24 pedidos, dos quais:
7 Autorizados
4 Não autorizados
11 A aguardar informação do investigador
2 Em análise
As solicitações para as práticas investigativas, de acordo com o gráfico XXIX, enquadram-se
essencialmente na concretização do mestrado, com 4 pedidos, seguindo-se o doutoramento
com 2.
Gráfico XXIX – Âmbito dos Pedidos de Estudos de Investigação 2014 vs 2015
Fonte: DAC/UASA/Estudos de investigação na CPL I.P.- balanço ano 2015
As áreas de estudo pretendidas foram bastante heterogéneas, nomeadamente, acolhimento
residencial, respostas educativas e formativas, incluindo-se o ensino especial. Tal situação
conduziu também a uma heterogeneidade de participantes, nomeadamente, educandos,
famílias e docentes.
As técnicas de recolha de dados apresentadas nos diferentes pedidos passaram
essencialmente pela aplicação de questionários, realização de entrevistas e/ou observação.
3
1 1 1
4
0
2
1
Mestrado Outros (Projetos/CentrosInvestigação)
Doutoramento Unidade Curricular Mestrado
Âmbito dos Pedidos de Estudos de Investigação
2014 (N=6) 2015 (N=7 )
86
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
9.2. Controlo da qualidade, higiene e segurança alimentar
No âmbito do controlo da qualidade, higiene e segurança alimentar, o grupo de trabalho
constituído para o efeito monitorizou 15 equipamentos da CPL, I.P. em 2014, e 17 em 2015.
Comparando as variáveis assinaladas nos anos 2014 e 2015, verificou-se uma melhoria nas
mesmas.
O esforço da CPL, I.P. no controlo da execução do contrato registou-se a diversos níveis, quer
ao nível de Gestão, quer ao nível das operações no local: foram realizadas reuniões periódicas
com a empresa, para ponto de situação e solicitação de cumprimento de não conformidades
detetadas; em maio de 2015 realizou-se uma ação de esclarecimento/informação destinada
aos trabalhadores dos diferentes CED (respostas educativas e formativas e acolhimento
residencial), com o objetivo de uniformizar procedimentos e esclarecer eventuais dúvidas,
permitindo a realização de monitorizações locais por trabalhadores dos CED, mais
sensibilizados à deteção de eventuais não conformidades e que com facilidade as reportavam
à empresa.
Os dados comparativos que constam dos gráficos XXX, XXXI, XXXII e XXXIII levam-nos a
considerar:
Existência de Planos de Higienização em todos os CED monitorizados em 2015;
Garantia na periodicidade bimensal da análise à palamenta e da análise às mãos em 10
CED monitorizados em 2015, embora 7 estivessem ainda em incumprimento;
Gráfico XXX– Requisitos de higiene/limpeza e análises periódicas 2014 vs 2015 Fonte: DAC/UASA, Controlo de qualidade, higiene e segurança alimentar na CPL I.P.- balanço ano 2015- Mar. 2016
9
14
4
13
17 17
10
15
Planos de Higienização Higiene Pessoal Análises periódicas:periodicidade bimensal
(palamenta e mãos)
Amostras Preventivas
Requisitos de higiene/limpeza e análises periódicas
2014 2015
87
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Existência de um maior número de ementas com fichas nutricionais, valor calórico total
e parcial;
Maior alternância entre condutos proteicos de origem animal;
Maior frequência de legumes/saladas no acompanhamento dos pratos;
Gráfico XXXI – Ementas 2014 vs 2015
Fonte: DAC/UASA, Controlo de qualidade, higiene e segurança alimentar na CPL I.P.- balanço ano 2015- Mar. 2016
Aumento do número de sobremesas doces por semana, tendo por parâmetro o
mínimo de 2 vezes /semana;
Aumento da substituição de ementas quando estas são rejeitadas por incumprimento
dos requisitos respeitantes à elaboração de ementas, o que não acontecia em 2014;
Gráfico XXXII – Ementas/Requisitos 2014 vs 2015
Fonte: DAC/UASA, Controlo de qualidade, higiene e segurança alimentar na CPL I.P.- balanço ano 2015- Mar. 2016
A variável respeitante às capitações mantém-se em incumprimento nos dois anos
monitorizados;
A variável relativa à não confeção no local onde são servidas as refeições
confecionadas, aumentou no índice de satisfação, e baixou o índice de insatisfação.
Apesar de a leitura parecer ser positiva, trata-se de uma variável que continua em
incumprimento. A confeção das refeições das 6 Casas de Acolhimento do CED Santa Clara
04
8
3
8
14
5
13
Ementas: fichas nutricionais,valor calórico parcial e total
Alternância entre condutosproteicos de origem animal
Máximo semanal de duasrefeições com base emsucedâneos de carne
Frequência de legumes/saladasno acompanhamento dos pratos
Ementas
2014 2015
4
8 810
8
11
Mínimo de 2 e máximo de 4sobremesas doces/semana
Substituição imediata porprodutos idênticos ou
sucedâneos
Substituição das ementasquando estas são rejeitadas
Ementas/Requisitos
2014 2015
88
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
e de 2 Casas de Acolhimento do CED Santa Catarina é realizada na cozinha do CED Pina
Manique, sendo depois as mesmas transportadas para os locais onde vão ser servidas. O
facto do número da satisfação ter aumentado, e a insatisfação ter baixado deve-se apenas
ao tipo de CED monitorizados em 2014 (4 CED Tipo 2 com confeção local e 11 Casas de
Acolhimento com confeção não local) versus 2015 (5 CED tipo 2, 1 CED tipo 3, 3 Casas de
Acolhimento com confeção local e 8 Casas de Acolhimento com confeção não local).
Gráfico XXXIII – Ementas/Capitações 2014 vs 2015
Fonte: DAC/UASA, Controlo de qualidade, higiene e segurança alimentar na CPL I.P.- balanço ano 2015- Mar. 2016
Julga-se ter alcançado avanços significativos no que diz respeito à qualidade das refeições
confecionadas, embora ainda seja necessário investir numa maior variedade de condutos
proteicos de origem animal, de frutas variadas, respeitando a sazonalidade, e no
acompanhamento sistemático do prato principal com saladas variadas.
Aguarda-se que a empresa garanta o cumprimento das capitações constantes no caderno de
encargos do Acordo Quadro da ESPAP e a confeção local nas Casas de Acolhimento.
9.3. Monitorização das candidaturas/projetos ao abrigo de co-financiamento nacional e internacional em que a CPL é promotora ou parceira Numa perspetiva de habilitação e reabilitação profissional, a Casa Pia de Lisboa, I.P.,
enquadrada nos objetivos estratégicos previstos para o quadriénio 2015/2018 nos pilares
Educação, Formação de Jovens e de Educação e Formação de Pessoas com Deficiências e/ou
Incapacidade, tem desenvolvido um conjunto de ações de formação inicial e contínua. Estas
5
1
4
8
1
9
Ementa de acordo com arefeição servida
Ementa/Refeição respeita ascapitações
Refeições não confecionadasno local
Ementas/Capacitações
2014 Satisfação 2015 Satisfação
89
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
ações possibilitam aos jovens e às pessoas com deficiências e incapacidade a aquisição e o
desenvolvimento de competências pessoais, sociais e profissionais, condições imprescindíveis
à promoção da igualdade de oportunidades e à melhoria da empregabilidade.
Neste ponto do RAC reproduzem-se os resultados alcançados e os desvios considerados
significativos, na execução física e financeira das candidaturas, no ano 2015, resultantes da
sistematização de rotinas de reports mensais, da responsabilidade das Unidades Orgânicas da
CPL I.P., concretamente os CED Jacob Rodrigues Pereira e Pina Manique, e dos Serviços
Centrais, nomeadamente o Departamento de Apoio à Coordenação, área do planeamento, e a
Unidade de Assuntos Financeiros.
Ao nível da execução física a análise centrou-se no n.º de destinatários/formandos previstos e
abrangidos e no n.º de cursos/ações/UFCD previstas e executadas. Relativamente à análise
financeira esta incidiu nos encargos elegíveis com os formandos, nomeadamente despesas
com bolsas de profissionalização, alimentação e transportes, e nos encargos com os
formadores e com o outro pessoal afeto às equipas responsáveis pela realização de um
conjunto de atividades inerentes à execução das candidaturas.
Nas áreas da educação e formação em 2015 estiveram em execução seis candidaturas em que
a CPL, I.P. é promotora ao abrigo do Programa Operacional de Potencial Humano (POPH) ou de
financiamento do IEFP, cuja síntese destaca os seguintes elementos:
Centro de Recursos_ Apoio à Colocação e Acompanhamento pós Colocação
Da análise efetuada infere-se que a intervenção do Centro de Recursos junto da população
específica que se propôs apoiar, pessoas surdas e surdocegas, é bastante positiva. Esta
avaliação tem por base os resultados obtidos, relativamente à execução física, uma vez que
mais de 80% dos destinatários encaminhados pelo IEFP beneficiaram das medidas apoio à
colocação e acompanhamento pós colocação, nomeadamente 85 no apoio à colocação e 54 no
acompanhamento pós colocação.
No que se refere à execução financeira os dados apontam para uma execução inferior a 50%,
resultante do facto dos destinatários abrangidos não apresentarem comprovativos das
despesas de alimentação e transportes necessários à imputação dos encargos, em sede de
pedidos de reembolsos e saldo final. Uma execução financeira que conduziu à devolução ao
IEFP do montante de 6.436,17 €, apurado em sede de saldo final.
90
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Centro de Recursos: Informação, Avaliação, Orientação e Qualificação para o
Emprego
Tendo em conta n.º de destinatários encaminhados pelo IEFP (110) para esta medida e o n.º de
destinatários abrangidos (116) podemos considerar que a intervenção do Centro de Recursos é
bastante positiva, uma vez que os objetivos propostos foram superados. Contudo,
relativamente a execução financeira os dados apontam para uma taxa de execução inferior a
50%.
Qualificação das Pessoas com Deficiências ou Incapacidade
No que respeita à formação e qualificação de adultos, e no que se refere à execução física da
análise efetuada podemos observar que mais de 90% dos formandos, previstos em sede de
candidatura, frequentaram os cursos/ações/UFCD, e que das UFCD previstas 86% foram
executadas. Relativamente à execução financeira, no ano 2015, atingiu-se a taxa de 96,6%. Em
suma, os dados evidenciam uma execução física e financeira bastante favorável.
Cursos de Aprendizagem: Ações Transitadas
Relativamente à formação e qualificação de jovens que frequentaram os cursos de
aprendizagem, acções de 2º e 3º anos, e no que se refere à execução física, os dados
reportados ao período de janeiro a dezembro de 2015 apontam para o decréscimo de 24
formandos relativamente ao previsto, resultante de desistências/exclusão por faltas. Este
projeto envolveu assim 42 formandos do CED de Pina Manique. Quanto à execução financeira
alcançou-se a taxa de 94,8%, o que é positivo.
Cursos de Aprendizagem: Ações Novas
Ainda no âmbito da qualificação de jovens que frequentaram as ações de 1.º ano dos cursos de
aprendizagem no período de setembro a dezembro, os dados relativamente à execução física
são bastante positivos, pois há apenas a diminuição de 1 formando. Podemos, também
considerar que em termos financeiros a execução é favorável, tendo-se alcançado uma taxa de
96,2%.
91
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Acordo de Cooperação com o IEFP: Formação Inicial de Dupla Certificação (FIDC)
No que se refere à execução física e financeira desta candidatura, no período de janeiro a
dezembro de 2015 os dados apontam relativamente à componente física, para o decréscimo
de 162 formandos e a não abertura de 2 ações em relação ao previsto, mais concretamente
2501 formandos e 172 ações. Relativamente à execução financeira, atingiu-se a taxa de 79,9%.
No domínio dos projetos co-financiados a área de suporte privilegiou a reabilitação e
conservação patrimonial, concretizando duas candidaturas executadas ao abrigo do Fundo de
Reabilitação e Conservação Patrimonial:
Contrato de Financiamento 20/2013 para beneficiação do edificado do CED PM;
Contrato de Financiamento 21/2013 para beneficiação do edificado do CED MP
Relativamente à execução física, por opção de gestão, terão sido reprogramadas as
intervenções no CED Maria Pia, no entanto, globalmente a execução é positiva. No que
concerne à execução financeira das duas candidaturas o previsto foi atingido, uma vez que se
alcançou a taxa de 100%.
9.4. Execução do Plano de Requalificação do Património 2015-
2018
A Casa Pia de Lisboa detém um vasto Património edificado com um valor arquitetónico
diversificado. Tendo por base o plano de requalificação do património 2015-2018 (PReP), a
CPL, I.P. desenvolveu em 2015 várias obras de recuperação no edificado, tendo-se verificado, a
execução do PReP na totalidade. Das várias intervenções realizadas, salientam-se as seguintes
obras de recuperação:
92
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Recuperação e beneficiação das coberturas do CCC e pavilhão Franco Dias (CED Pina
Manique)
Valor da Adjudicação c/ IVA: 405.768,98 €
Resultado alcançado: Foram colmatadas todas as infiltrações provenientes das coberturas,
bem como graves problemas museológicos inerentes à luz natural que existia.
Beneficiação dos alçados do edifício da mecânica, artes gráficas, salas do
desporto e oficina de carpintaria (CED Pina Manique)
Valor da Adjudicação c/ IVA: 147.282,00 €
Resultado alcançado: Melhoramento do estado geral do edifício, quer de salubridade quer de
comportamento térmico, através das novas caixilharias e reparação de todas as portas.
Substituição das coberturas do Palácio Marquês de Niza (CED D. Maria Pia)
Valor da Adjudicação c/ IVA: 485.049,60 €
Resultado alcançado: Colmatação de infiltrações e beneficiação térmica de todo o edifício do
Palácio Marquês de Niza.
Obras de conservação/recuperação da vedação exterior (muros/gradeamentos)
(Serviços Centrais, CED Jacob Rodrigues Pereira e CED Pina Manique)
Valor da Adjudicação c/ IVA: 163.782,37€
Resultado alcançado: Garantir a segurança do muro bem como a salubridade do mesmo.
93
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
94
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
95
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
96
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Tabela XX – Principais indicadores do Balanço Social_2015 Fonte: URH, Balanço Social 2013; Balanço Social 2014; Balanço Social 2015
2015 2014
1052 1074
71,3% 68,7%
17,4% 15,7%
6,2% 5,0%
8,3% 7,4%
0,3% 0,2%
11,5% 9,4%
63,0% 74,3%
Taxa de absentismo
Taxa de exec. do plano de
formação
Ten
dê
nci
as 2
01
4_2
01
5
N.º de efetivos
Taxa de admissões
Taxa de saídas
Taxa de trabalho extraordinário
Taxa de tecnicidade
Índice de envelhecimento
Bal
anço
so
cial
201
5 |
Art
icu
laçã
o c
om
a a
uto
-ava
liaçã
o
97
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
O Balanço Social (anexo I) constitui-se como uma importante
ferramenta de informação de planeamento e gestão, onde, de
forma sistematizada, se recolhem, tratam e interpretam,
quantitativa e qualitativamente, os dados referentes à realidade
dos recursos humanos de uma organização.
A análise e avaliação dos dados facultados por este instrumento
de gestão em 2015, permitem à CPL, I.P. refletir sobre a
estratégia a adotar relativamente à gestão dos seus recursos
humanos.
Em última instância pretende-se contribuir para a consolidação
do seu capital humano, para o aumento da sua motivação,
tecnicidade, desenvolvimento de competências, diminuição do
absentismo e melhoria do clima organizacional, fatores que se
consideram primordiais para o aumento da eficácia e eficiência
de qualquer Instituição.
98
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
10] Principais tendências e indicadores
Relativamente ao ano de 2015, e comparativamente com o último ano, importa destacar
alguns indicadores, evidenciando as principais tendências, que numa perspetiva de síntese a
tabela XXI apresenta, e que poderão contribuir para futuras tomadas de decisão e possibilitar
um planeamento assente numa melhor coordenação e racionalização dos recursos disponíveis.
O Balanço Social 2015 da CPL, I.P. aponta ainda outras tendências, nomeadamente quanto à
caracterização sociográfica da população de trabalhadores da CPL:
Tabela XXI – Caracterização sociográfica dos trabalhadores da CPL_2015
Fonte: URH, Balanço Social 2015
Realça-se a predominância da modalidade de contrato de trabalho em funções
públicas por tempo indeterminado, com uma representatividade de 84,5%;
O pessoal docente representa o grupo com maior expressividade no universo de
trabalhadores da CPL, I.P. (45,2%) seguido dos técnicos superiores (24,8%);
O índice de tecnicidade, relativo à percentagem de técnicos superiores, docentes,
pessoal de informática e técnicos de diagnóstico e terapêutica, fixou-se nos 71,3%;
A taxa de enquadramento, referente à proporção de dirigentes face ao número total
de trabalhadores, foi de 3,3%;
201584,5% Tempo indeterminado
45,2% Docentes
3,3% Dirigentes
74,8% Feminino
6,2%
47 anos
17 anos
68,0% Ensino superior
Car
ate
riza
ção
so
cio
gráf
ica
trab
alh
ado
res Contrato de trabalho em funções públicas
Carreira com maior expressividade
Taxa de enquadramento
Género
Portadores de deficiência
Média etária
Média tempo de serviço
Taxa de habilitação
99
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Existe uma clara prevalência do género feminino, na ordem dos 74,8%, tendência que
se vem observando nos anos anteriores;
Do universo de trabalhadores da CPL,I.P. 65 são portadores de deficiência,
representando 6,2% do total dos efetivos;
A distribuição por escalão etário revela que o maior índice de trabalhadores situa-se
no intervalo dos 45 aos 49 anos de idade, que integra 20% do total de efetivos. A média
etária situa-se nos 47anos;
Relativamente à antiguidade na Administração Pública, 29,8% dos trabalhadores
integram o intervalo entre 15 e 19 anos, 19,7% possui antiguidade entre os 5 e 9 anos e
15,5% incluem o intervalo entre os 20 e 24 anos. O tempo de serviço situa-se, em
termos médios, nos 17 anos;
Do total de trabalhadores da CPL,I.P. a 31 de dezembro de 2015, 683 possuem
habilitações de nível igual ou superior à licenciatura, representando uma taxa de
habilitação superior de 68%.
Quanto à gestão do mapa de pessoal destacam-se os seguintes aspetos:
Tabela XXII – Gestão do Mapa de pessoal da CPL_ 2015
Fonte: URH, Balanço Social 2015
A taxa de reposição, ou seja, a relação entre trabalhadores admitidos e trabalhadores
que saíram da CPL, foi de 74,7%, refletindo a tendência que se vem verificando nos
últimos anos, de predomínio de saídas face ao número de admissões;
Quanto à gestão de horário de trabalho e ausências registam-se:
2015
65técnico superior (40%)
docente (38,5%)
87
assistente técnico
(38%), docente (30%) e
técnico superior (15%)
Admissões/regressos
Saídas
Ge
stão
Map
a d
e p
ess
oal
100
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Tabela XXIII – Horário de trabalho da CPL_ 2015
Fonte: URH, Balanço Social 2015
No que respeita à modalidade de horário praticada na CPL,I.P. a maioria dos efetivos
(44,6%) enquadra-se no horário ‘específico’, aplicável à generalidade dos docentes,
horário rígido (22,1%) e horário flexível (15,4%);
O trabalho extraordinário, maioritariamente realizado em dias feriados, totalizou, em
2015, 3.528 horas, registando-se, comparativamente com o ano anterior, um
incremento de 23,7% do número de horas extraordinárias realizadas;
Em 2015, a taxa de absentismo fixou-se nos 11,5%, verificando-se um aumento de
2,1% relativamente ao ano transato (9,4%). As ausências ao trabalho, durante o ano,
totalizam 28.049 dias, traduzindo-se num incremento de 5185 dias, face a 2014.
De entre os motivos que geraram mais ausências ao serviço, e mantendo a tendência
dos últimos anos, estão as faltas motivadas por doença (56,6%) e as ausências no
âmbito da proteção da parentalidade (19,9%).
Durante o ano, registaram-se 48 acidentes de trabalho, 40 dos quais no local de
trabalho e 8 in itinere. As ausências ao trabalho motivadas por acidentes ocorridos em
2015 perfazem 2112 dias. Neste âmbito, é de registar um ligeiro aumento da taxa de
incidência de acidentes no local de trabalho, face à verificada no ano anterior.
Quanto às relações profissionais destacam-se:
201544,6% "específico" Docentes
23,7% em relação a 2014
2,1% em relação a 2014
56,6% por Doença
48
Ho
rári
o d
e t
rab
alh
o Modalidade de horário
Incremento Trabalho extraordinário
Incremento da Taxa de absentismo
Ausências ao serviço
Acidentes trabaho
101
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Tabela XXIV – Relações profissionais na CPL_ 2015
Fonte: URH, Balanço Social 2015
No que toca às relações profissionais, regista-se que 28% dos trabalhadores da CPL,
I.P. efetuam descontos na remuneração para associações sindicais;
Durante o ano, ocorreram diversas greves, 2 gerais e 1 sectorial, tendo aderido 98
trabalhadores da CPL, I.P.;
Em matéria disciplinar, foram decididos durante o ano 13 processos. De entre estes, 5
deram origem a multa, 3 foram arquivados, 3 motivaram a suspensão dos trabalhadores
e 2 resultaram em repreensão escrita.
2015
28,0% dos trabalhadores
982 greves gerais e 1
sectorial
13Re
laçõ
es
pro
fiss
ion
ais
Descontos para associações sindicais
Trabalhadores em greve
Processos de matéria disciplinar
102
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
103
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Nos termos do disposto na alínea d) do no nº 2 do art.º 15.º da
Lei n.º 66-B/2007, de 28 de dezembro, na parte 5 do presente
relatório apresenta-se uma síntese do desempenho apresentado
anteriormente identificando as medidas adicionais para um
reforço positivo do desempenho da CPL, I.P..
104
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
11] Menção proposta pelo dirigente máximo na autoavaliação
Após cuidada reflexão sobre o conteúdo do presente Relatório de Atividades e Contas,
permanece a convicção de que a CPL, I.P. em 2015 obteve um “Desempenho Bom” no
âmbito do disposto no nº1 do art.º 18 da Lei nº 66-B/2007, de 28 de dezembro, com as
posteriores atualizações, devido essencialmente às seguintes fundamentações:
1. Cumprimento da totalidade dos objetivos QUAR, dos quais assegurou a superação de 20% [Resultados alcançados e justificação dos desvios significativos (nº 1 do art.º 15)]
Tabela XXV – Síntese dos resultados alcançados no QUAR_2015
Fonte: DAC/PLAN, Análise crítica dos resultados alcançados e dos desvios verificados – Mar. 2016
Destaca-se a superação dos objetivos mais relevantes, concretamente:
Objetivo 5 do parâmetro de eficácia;
Objetivos 9 do parâmetro qualidade.
Na parte 2 do presente Relatório de Atividades e Contas, apresenta-se uma análise crítica dos
resultados alcançados e dos desvios verificados, ainda que positivos.
2015 2014
10 10
2 4
8 6
Re
sult
ado
s Q
UA
R
Objetivos QUAR
Superados
Cumpridos
105
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
12] Síntese de resultados e do desenvolvimento de medidas para um reforço positivo do desempenho
Nos termos do disposto no nº 2 do art.º 15 da referida Lei nº 66-B/2007, de 28 de dezembro,
apresenta-se a restante informação que deve acompanhar a autoavaliação da CPL, I.P.,
concretamente:
2. Apreciação por parte dos utilizadores da quantidade e da qualidade dos serviços prestados [(alínea a) do nº 2 do art.º 15)]
A CPL, I.P. auscultou a opinião das crianças e dos jovens que frequentam as respostas sociais,
educativas e formativas através da metodologia de inquérito por questionário, aplicando três
modelos distintos dirigido especificamente a educandos que frequentam:
Lares de Infância e juventude, Centro de Acolhimento Temporário e Lar de Apoio;
Educação pré-escolar
1º Ciclo do Ensino Básico;
2º e 3º Ciclos do Ensino Básico;
Formação Inicial de Dupla Certificação (FIDC).
Refira-se que na Educação Pré-escolar os questionários foram dirigidos ao Encarregados de
Educação.
À semelhança de anos anteriores, os modelos aplicados não correspondem ao recomendado
pelo CCAS, na medida em que é um modelo de difícil adaptação ao público alvo da CPL, I.P..
Abaixo destacam-se os principais resultados obtidos, por referência a uma meta de satisfação
global de 70%, para os educandos do acolhimento residencial e de 80% das respostas
educativas e formativas:
Tabela XXVI – Síntese da auscultação da satisfação dos educandos da REF_2015
Fonte: DAC/UEF, Apreciação dos Utilizadores: Satisfação dos educandos da CPL, I.P. – Mar. 2016
Pré-Escolar 1º CEB 2º/3º CEB FIDC
63 76 161 212
Au
scu
ltaç
ão d
a
sati
sfaç
ão d
os
ed
uca
nd
os
REF Taxa de resposta = 96%
Nº inquiridos = 512
Taxa de satisfação global 98,4% 92,1% 67,1% 61,8%
106
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Tabela XXVII – Síntese da auscultação da satisfação dos educandos AR_2015 Fonte: DAC/UASA, Apreciação dos Utilizadores: Satisfação das crianças e jovens da CPL, I.P. – Mar. 2016
Para uma análise mais pormenorizada, na parte 5 do presente Relatório de Atividades e Contas
apresenta-se a auscultação da apreciação dos educandos, e remetem-se para anexo os
modelos de inquérito por questionário aplicados.
3. Informação detalhada sobre o sistema de controlo interno (alínea b) do nº 2 do art.º 15)
O resultado da análise às respostas ao questionário para avaliação do sistema de controlo
interno da CPL, I.P. permitiu concluir que, na generalidade, este se encontra estruturado
apresentando na generalidade uma taxa de respostas de 100%, com exceção da dimensão:
Atividades e procedimentos de controlo administrativo implementados na CPL, I.P.
Tabela XXVIII – Síntese dos resultados na avaliação do sistema de controlo interno da CPL, I.P._2015 Fonte: DAC/PLAN, Análise das respostas ao questionário do CCAS sobre avaliação do SCI – Mar. 2016
No capítulo 6 do presente Relatório de Atividades e Contas apresenta-se por dimensão, a
avaliação do sistema de controlo interno e reforço de desempenho, da CPL, I.P. para 2015,
identificando os fatores que sustentam a referida taxa de execução.
4. Referência às causas de incumprimento de ações ou de projetos não executados ou com resultados insuficientes (alínea c) do nº 2 do art.º 15)
Na parte 4. apresenta-se a monitorização do desempenho do contributo da CPL, I.P. para o
Plano de Atividades (PA) do Ministério da Solidariedade do Emprego e da Segurança Social
2015 2014
75% 88%
125 153
“No geral estou satisfeito com a Casa”66,0%
Edu
can
do
s e
m
Aco
lhim
en
to R
esi
de
nci
al
Taxa de Resposta
Nº de Inquiridos
Taxa de Satisfação Global 63,0%
Ava
liaçã
o S
CI
Atividades e procedimentos de controlo
administrativo implementados na CPL, I.P.89,0%
2015
107
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
(MSESS), assim como os fatores exógenos que concorreram para o não cumprimento de um
desses objetivos.
Tabela XXIX – Síntese das referências às causas de incumprimento das metas PA MSESS em 2015
Fonte: DAC/PLAN – Mar. 2016
5. Audição dos dirigentes intermédios e dos demais trabalhadores na autoavaliação da CPL, I.P. (alínea f) do nº 2 do art.º 15)
A CPL, I.P. auscultou a opinião dos seus dirigentes intermédios e dos demais trabalhadores
através da metodologia de inquérito por questionário, aplicando o modelo recomendado pelo
CCAS.
Tabela XXX – Síntese da auscultação da satisfação dos trabalhadores da CPL, I.P._2015
Fonte: DAC/PLAN, Autoavaliação, Grau de satisfação dos trabalhadores da Casa Pia de Lisboa, I.P. (2015) – Mar. 2016
No capítulo 8 do presente Relatório de Atividades e Contas apresenta-se a apreciação dos
trabalhadores, aferindo o nível de satisfação nas diversas dimensões.
6. Fiabilidade do sistema de indicadores de desempenho (nº2 do art.º 25)
Apresenta-se no capítulo 7 do presente Relatório de Atividades e Contas a análise detalhada
das ações/controlos desenvolvidos ao longo de 2015 na CPL, I.P. que representam medidas de
reforço da fiabilidade dos indicadores de desempenho.
PA
MSESS
Objetivo incumprido
[com apresentação de justificação]1
2015
77,6%
3,38
Au
scu
ltaç
ão
trab
alh
ado
res
Taxa de Resposta
Nível Médio de Satisfação Global
108
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Tabela XXXI – Síntese da avaliação da fiabilidade do sistema de indicadores de desempenho da CPL, I.P._ 2015 Fonte: DAC/PLAN – Mar. 2016
7. Coerência entre os elementos do QUAR e os documentos previsionais legalmente previstos (nº 3 do art.º 10)
Nos capítulos 2 e 3 descrevem-se as execuções dos diversos objetivos que integram o QUAR e
procede-se à avaliação sintética dos recursos empregues, quer de Recursos Humanos,
avaliando a execução do Mapa de Pessoal, quer de Recursos Financeiros, avaliando a execução
orçamental.
Tabela XXXII – Síntese da Coerência entre os elementos do QUAR da CPL, I.P. em 2015 e os documentos previsionais
legalmente previstos Fonte: DAC/PLAN- Mar. 2016
A propósito da avaliação dos Recursos Humanos empregues, no Relatório de Atividades e
Contas apresenta-se na Parte 4 a articulação com o Balanço Social, analisando as principais
tendências e alguns indicadores apurados em 2015.
2015
2
8
Au
dit
ori
a/c
on
tro
los
Externos
Internos
2015 2014 2015 2014 2015 2014
QUAR 100% 100% 80% 60% 20% 40%
Plano de Atividades 61,7% 75,4% 46,8% 55,7% 14,9% 19,7%
Contributo para o Plano
de Atividades do MSESS81,8% 90,0% 72,7% 50,0% 9,1% 40,0%
Orçamento 93,4% 96,9%
Mapa de pessoal 90,7% 92,6%
Taxa de execução
Global
Taxa de
cumprimento
Taxa de
superação
109
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Na parte 3 do RAC detalham-se as execuções de algumas intervenções realizadas ao nível da
requalificação do património da CPL, I.P. e que concorrem para uma taxa de execução de 100%
das intervenções planeadas para 2015.
Relativamente à componente de Recursos Financeiros empregues, na Parte 6 é descrita a
situação económica e financeira para o referido ano.
8. Identificação de boas práticas (nº 1 do art.º 28)
No capítulo 9 encontram-se detalhadas as boas práticas identificadas nas dimensões interna e
externa, e a descrição das diversas iniciativas e projetos ao abrigo de cofinaciamento
operacionalizadas pela CPL, I.P. em 2015.
Tabela XXXIII – Síntese das boas práticas identificadas na CPL, I.P._2015 Fonte: DAC/PLAN - Mar. 2016
9. Desenvolvimento de medidas para um reforço positivo de desempenho evidenciando as condicionantes que afetaram os resultados a atingir (alínea d) do nº 2 do art.º 15)
Nos capítulos 5 e 8 do presente Relatório de Atividades e Contas apresentam-se os aspetos
positivos, e as áreas de melhoria da intervenção da CPL, I.P. percecionados em 2015 pelos
educandos e pelos trabalhadores da Instituição.
2015
17
7
8
Avaliação da qualidade, higiene e
segurança alimentar (n.º
equipamentos monitorizados)
Estudos académicos
Projetos cofinanciamento
Bo
as P
ráti
cas
110
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
- Dinamização da linha direta entre URH e os (as)
- CD-In - Realização de encontros com o Conselho
Diretivo
- Execução de Programa de Acolhimento
- Estabelecimento de um Programa de Bem-Estar/Gestão
do Stress
- Angariação e divulgação de parcerias e protocolos para
serviços de apoio à família
- Implementação de Planos de sucessão – Transmissão
de saberes entre trabalhadores (as)
- Criação e/ou humanização dos espaços físicos de pausa
- Simplificação de sistemas de informação (integração de
2 sistemas)
Colaboradores
Promoção da mobilidade na CPL
Saúde no trabalho
Sistema de Informação Respostas Educativas e Formativas (SIREF)
Qualidade da refeição e diversidade das ementas
Espaços comuns de refeição para colaboradores
Sistemas de Informação - Correio Eletrónico, Intranet e Smartdocs
(Sistema de Informação e Gestão Documental)
Asp
eto
s p
osi
tivo
s
Áre
as a
mel
ho
rar
Papel da CPL na sociedadeOportunidade de participação nos processos de tomada de
decisão
Mecanismos de consulta e diálogo entre colaboradores e
gestores
Forma como o sistema de avaliação de desempenho em vigor foi
implementado
Reconhecimento dos esforços individuais e de grupo
Compensação do trabalho extraordinário
Duração do horário de trabalho
Imagem da CPL
Formação na área da saúde
Consumíveis
Relacionamento da CPL com os cidadãos e a sociedade
Liderança e capacidade de comunicação da gestão de nível
intermédio
Conhecimento, pelos colaboradores, dos objetivos do
CED/Unidade Orgânica e do seu contributo para os objetivos
gerais da CPL
Ambiente de Trabalho
Área Comunicação
Área Gestão de infraestruturas e
equipamentos
Área Gestão de recursos humanos
Área Saúde no trabalho
Área Conciliação da vida pessoal e
profissional
Área Gestão do conhecimento
Med
idas
de
refo
rço
osi
tivo
de
des
emp
enh
o
Motivação dos trabalhadores para trabalhar em equipa, participar
em formação, aprender novos métodos de trabalho, participar em
projetos e sugerir melhorias
111
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Explorar de forma mais atenta as motivações e
interesses dos educandos
Desempenho dos professores Conforto das salas de aula Qualificação dos serviços de apoio (refeitórios)
Professores justos/respeito pelos
educandos Qualidade das refeições
Qualificação dos espaços físicos para o
desenvolvimento de atividades desportivas e
extracurriculares
Educandos em Respostas Educativas e Formativas
Manutenção das atividades extracurriculares e
apoios
Funcionamento dos serviços
administrativos
Rede informal de suporte
Asp
eto
s p
osi
tivo
s
Áre
as a
mel
ho
rar
Me
did
as d
e r
efo
rço
po
siti
vo d
e d
ese
mp
en
hoQualidade do ensino – 2.º e 3.º CEB Qualidade do ensino – FIDC
Espaços de desporto e recreio 1º
ciclo
Espaços de desporto e recreio
2º/3º ciclo e FIDC
Clima de segurança do CED
Abertura da escola à participação da
família
112
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Tabela XXXIV – Síntese de medidas para um reforço positivo de desempenho da CPL, I.P._2015
Fonte: DAC/PLAN - Mar. 2016
Conhecimento das regras de
funcionamento
Manutenção regular de contactos pessoais
com a família
Respeito pela privacidade e
individualidade
Participação em colónias de férias
Crianças e jovens em Acolhimento ResidencialA
spet
os
po
siti
vos
Conforto dos quartos e da sala Insatisfação com a alimentação
Manter o envolvimento dos
educadores nos percursos de
acolhimento
Integração e acompanhamento inicial Insatisfação com as atividades CSI
Monitorizar as refeições
Me
did
as d
e r
efo
rço
p
osi
tivo
de
de
sem
pe
nh
o
Áre
as a
mel
ho
rar
Acompanhamento do percurso escolar
pelos educadores
113
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Tabela XXXV – Síntese dos aspetos positivos, áreas a melhorar e das medidas de reforço de desempenho positivo da CPL,
I.P._2015 Fonte: DAC/PLAN - Mar. 2016
8 7 8
Au
scu
ltaç
ão
Aspetos positivos
4 2
4 2
Áreas de melhoria
Medidas para reforço positivo de
desempenho
Educandos
REF
Educandos
AR
13
6
Trabalhadores
114
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
115
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
De acordo com os normativos legais em vigor, a parte 6 do
presente relatório pretende enquadrar os documentos de
prestação de contas da CPL relativamente ao exercício de 2015,
tendo por referência, designadamente, o Plano Oficial de
Contabilidade das Instituições de Solidariedade e de Segurança
Social (POCISSSS), aprovado pelo Decreto-Lei nº 12/2002, de
25 de janeiro, incluindo, para além destes, os elementos
adicionais definidos pelo Tribunal de Contas na Instrução
nº1/2004-2ª secção, publicada no Diário da República II série,
de 14 de fevereiro de 2004 e no que concerne ao exercício em
apreço, a Resolução nº 44/2015 do Tribunal de Contas.
116
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
13] Contexto Macroeconómico
Com a conclusão do Programa de Ajustamento Económico e Financeiro (PAEF), Portugal iniciou
uma nova etapa na interação com as Instituições europeias e os restantes Estados Membros.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística, o Produto Interno Bruto (PIB) em 2015 fixou-se nos
1,5%, tendo os dois primeiros trimestres evidenciado um crescimento de 1,6%, e no último
trimestre, um crescimento de 1,3 %, em termos homólogos a 2014. Verifica-se ainda que o PIB
em 2015 aumentou 1,5% em volume, mais 0,6 pontos percentuais que o verificado no ano
anterior.
Para este crescimento contribuiu o aumento da procura interna sustentado, em grande parte,
pelo forte aumento com despesa do consumo final uma vez que o Investimento teve um
desaceleramento face ao ocorrido em 2014.
As exportações de bens e serviços em volume passaram de um crescimento de 3,9% em 2014
para 5,1% em 2015 e o Valor Acrescentado Bruto (VAB), a preços base, aumentou 1,1% em
volume.
Os graves problemas de necessidades de financiamento da economia foram suavizados com o
aumento das exportações, que permitiram às sociedades não financeiras passarem a ter
capacidades de financiamento, com as empresas exportadoras a terem cada vez maior peso
nos financiamentos.
As projeções para a economia portuguesa apontam para a continuação da recuperação
gradual da atividade económica ao longo do período 2015/2017, antecipando-se um ritmo
médio de crescimento próximo do projetado pelo BCE para a área do euro.
O potencial de crescimento da economia Portuguesa está, no entanto, condicionado pela
evolução da conjuntura internacional, pelo elevado nível de endividamento dos setores
públicos e privado.
Portugal continua a ter grandes desafios e para os vencer é necessário apostar no progresso
sustentável do país, pondo à prova a capacidade da economia portuguesa de se tornar mais
competitiva, sustentável e integrada na economia global.
Não obstante o cenário de alguma recuperação macroeconómica com sinais evidentes do
relançamento da economia, a atividade da Casa Pia de Lisboa, refletiu em 2015 os intensos
constrangimentos orçamentais e financeiros intrínsecos ao PAEF.
117
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
14] Análise financeira
As demonstrações financeiras da Casa Pia de Lisboa, I.P., relativamente ao ano de 2015,
apresentam um Resultado Líquido do Exercício (RLE) positivo de 322.529,71€.
A variação negativa nos Resultados Líquidos do Exercício de 818.876,99€ face ao ano transato,
decorre essencialmente do agravamento nos Resultados Extraordinários em 942.181,43€.
Gráfico XXXIV – Gráfico Evolutivo de Resultados Líquidos
Fonte: UAF/ abril 2016
Em relação aos Resultados Operacionais, ocorreu uma variação positiva de 11,15%. De notar,
que apesar de se verificar uma diminuição significativa nos Proveitos e Ganhos Operacionais
(541.315,05€) face ao ano transato, ocorreu uma redução de maior impacto nos Custos e
Perdas Operacionais (711.880,88€).
Gráfico XXXV - Gráfico Evolutivo de Resultados Operacionais Fonte: UAF/ abril 2016
118
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Verifica-se um ligeiro decréscimo nos Resultados Financeiros face aos valores apurados em
2014, resultante de uma diminuição dos Proveitos e Ganhos Financeiros. Tal facto decorre das
baixas taxas de juro praticadas no mercado, originando a diminuição do valor de juros de
aplicações em Certificados Especiais de Dívida de Curto Prazo (CEDIC).
Gráfico XXXVI - Gráfico Evolutivo de Resultados Financeiros Fonte: UAF/ abril 2016
No que concerne aos Resultados Extraordinários, pode-se constatar no gráfico abaixo a
ocorrência de um agravamento dos mesmos em 942.181,43€ face ao ano transato. Esta
situação justifica-se pelo aumento dos custos e perdas extraordinárias, devido à maior
dimensão saldos de gerência de 2014 devolvidos em 2015.
Gráfico XXXVII - Gráfico Evolutivo de Resultados Extraordinários Fonte: UAF/ abril 2016
119
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
14.1. Balanço
14.1.1. Ativo
A composição do Ativo Líquido da Casa Pia de Lisboa, I.P., a 31 de dezembro de 2015, bem
como a sua evolução no último biénio, foi a seguinte:
Tabela XXXVI - Ativo Liquido 2014/2015 Fonte: UAF/ abril 2016
Relativamente à evolução 2014/2015, destacam-se:
O crescimento de 2,39% do Ativo Imobilizado que corresponde a 1.549.456,82€, com o
correspondente aumento no peso da estrutura do Ativo Líquido, o qual passa a
representar 58,14%;
Para este crescimento, contribuiu o aumento da conta 422-Edificios e outras
construções (1.487.451,87€), devido essencialmente ao forte investimento em obras
de remodelação, de forma a manter e diversificar a capacidade de resposta da CPL, I.P.
A variação negativa dos Investimentos Financeiros em 2,45%, que totaliza
479.835,29€, foi influenciada em grande medida, para além da normal depreciação
dos imoveis inscritos nesta conta do ativo, pela reclassificação do imóvel sito Av.
Biarritz nº 13 e 13 A, que devido à alteração da sua função foi incorporado na 422 –
Edifícios e outras construções ao invés da 414 – Investimentos em Imóveis;
O aumento das Dívidas de Terceiros de Curto Prazo, no montante de 71.936,85€, deve-
se essencialmente, ao não pagamento em dezembro de 2015, de parte da prestação
120
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
da compensação financeira devida pela concessionária da Praça de Touros do Campo
Pequeno no valor de 199.310,86€. Em contrapartida e decorrente da recuperação de
dívidas de rendas, o valor provisionado decresceu, gerando uma compensação parcial
do valor do ativo líquido.
14.1.2. Fundos Próprios e Passivo
Os Fundos Próprios e Passivo apresentam a seguinte composição no biénio 2014/2015:
Tabela XXXVII – Fundos Próprios e Passivo 2014/2015 Fonte: UAF/ abril 2016
Da análise da evolução dos Fundos Próprios e Passivo, destaca-se:
O aumento do Total Fundos Próprios e Passivo da CPL, I.P. em 1.103.554,75€ que se
deve essencialmente ao aumento dos Resultados Transitados devido à integração do
resultado líquido das contas de 2014;
A diminuição do Resultado Liquido do Exercício, face ao ano transato, para o qual
contribuí de forma significativa, o aumento dos Custos e Perdas Extraordinários, pela
razão acima referenciada;
121
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
A diminuição das Dívidas a Terceiros MLP, em 157.000,86€, reflexo da amortização
anual do capital, relativo ao único empréstimo que a CPL, I.P. detém, contraído para
a aquisição da Urbanização Nossa Sra. da Conceição ao abrigo do Plano Especial de
Realojamento (PER);
O aumento das Dividas a Terceiros CP, adveio da dilação dos tempos de pagamento
dos encargos sociais (Segurança Social), por referência aos vencimentos de
dezembro. Importa mencionar que as liquidações ocorreram dentro dos prazos legais
previstos;
O aumento de Acréscimos e Diferimentos, no montante de 760.995,12€, face ao
valor verificado em 2014, advém do incremento dos proveitos diferidos. Esta
situação resulta dos proveitos provenientes do Fundo de Reabilitação e Conservação
Patrimonial (FRCP) e do Capítulo 50 do Orçamento de Estado (OE), os quais devem
ser diferidos para os anos subsequentes e reconhecidos na cadência das
amortizações dos imóveis objetos de financiamento.
14.2. Demonstração de Resultados
Como já referido, o Resultado Líquido do Exercício cifrou-se nos 322.529,71€, sendo a sua
composição, por natureza, a seguinte:
Tabela XXXVIII - Composição do Resultado Líquido Fonte: UAF/ abril 2016
122
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Quanto à Demonstração de Resultados, a mesma configura o seguinte:
Tabela XXXIX - Demonstração de Resultados
Fonte: UAF/ abril 2016
Custos e Perdas
Atendendo à estrutura em análise, verifica-se que a componente de Custos e Perdas da CPL,
I.P. apresenta um aumento global de 200.434,54€, resultante da combinação de diversos
fatores, designadamente:
Decremento dos Custos de Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas (75.635,89€)
resultante essencialmente da desaceleração do consumo de matérias;
123
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Diminuição de Fornecimento de Serviços Externos (370.915,54€), que se deveu
essencialmente à alteração da estratégia de reabilitação do edificado existente, a qual
se concretizou num maior impacto nas benfeitorias ao invés de pequenas obras de
reparação;
Outro fator de importante relevância foi o investimento em desenvolvimento de
software informático no âmbito do SAMA, em 2014, situação que não ocorreu no ano
em análise.
Redução dos Custos com Pessoal e respetivos encargos sociais num valor de
212.000,04€, devido a:
- Diminuição das indeminizações pagas a docentes por cessação de contratos;
- Inexistência de custos em 2015 com o Programa de Rescisões por mútuo acordo;
- Eliminação da percentagem de descontos para a ADSE, enquanto encargo da
entidade patronal;
Aumento dos custos e perdas extraordinários em 928.097,52€, que se deve
essencialmente aos valores da devolução de saldos de gerência do ano anterior ter
sido substancialmente superior no ano 2015.
Conclui-se ainda, que o Resultado Liquido do Exercício diminui 71,74% (818.876,99€), situação
que decorreu do agravamento nos Resultados Extraordinários, conforme já explicitado.
Proveitos e Ganhos
Atendendo à estrutura de proveitos, sobressai o peso de 94,78% da conta Transferências e
Subsídios Correntes Obtidos e a sua variação negativa de 1,62% (590.223,78€). Esta variação
face a 2014 decorre da inexistência de proveitos obtidos do Programa Rescisões por Mútuo
Acordo e de menor valor de reembolsos no âmbito de Operação FCOMP-04-0126-FEDER-
016970 (SAMA).
Relativamente aos Proveitos Suplementares, verifica-se uma diminuição de 26.970,27€ que se
deve essencialmente à resolução do contrato de concessão de exploração da sala de jogo do
Bingo da Amora em 2014.
124
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Da análise da tabela XXXIX constata-se um aumento dos Proveitos e Ganhos Operacionais em
58.806,85€, inerente a ganhos obtidos provenientes de reembolsos de diversos projetos (IEFP,
Aprendizagem, etc…), os quais devidos aos saldos finais apresentados, tiveram impacto no
exercício de 2015.
Redução dos Proveitos e Ganhos Financeiros em 63.043,49€, devido à obtenção de juros de
aplicações financeiras (CEDIC) em menor valor que os obtidos no ano de 2014, devido à baixa
taxa de juro praticada no mercado financeiro.
No que respeita aos Proveitos e Ganhos Extraordinários, verifica-se um ligeiro decréscimo de
3,33%, que se deve ao decremento donativos obtidos.
14.3. Indicadores Financeiros
A concluir, apresenta-se a evolução dos principais rácios financeiros no último biénio:
Tabela XL - Rácios Financeiros Fonte: UAF/ abril 2016
125
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
14.4. Execução Orçamental
A Casa Pia de Lisboa, I.P. perspetivou o Orçamento para 2015, por referência à sua atividade,
bem como às orientações emanadas pela Direção Geral do Orçamento (DGO).
Realça-se neste âmbito que o agrupamento de Despesas com Pessoal, face às orientações
acima referidas, foi dimensionado com base nos abonos processados em maio de 2014, os
quais consubstanciavam uma dimensão de reduções salariais. No entanto, estas reduções não
se mantiveram a partir de junho de 2014, bem como sofreram uma reversão de 20% no ano
2015. Tendo presente o indicado, conclui-se que a proposta de orçamento para este
agrupamento encontrava-se subdimensionada em cerca de 1.500.000€, face à perspetiva da
execução para 2015.
Após publicação da Lei do Orçamento de Estado, Lei 82-B/2014 de 31 de dezembro, verificou-
se que o Orçamento foi aprovado conforme proposta inicialmente apresentada.
No ano em análise, verificou-se a aplicabilidade de cativações às Entidades Públicas
Reclassificadas prevista no artigo 3.º da Lei 82-B/2014 de 31 de dezembro, pelo que o
Orçamento aprovado teve uma restrição de execução orçamental de 2.206.920,25 €.
No que respeita às execuções acumuladas, de janeiro a dezembro, quer da receita quer da
despesa face ao orçamento ordinário livre de cativos, verifica-se:
14.4.1. Execução da Receita
Relativamente ao grau de execução da receita, este manteve-se dentro dos padrões previstos
(93,93%), não obstante o desvio de 2.490.321,74€ que se justifica essencialmente pelo desvio
ocorrido no capítulo 6.
Tabela XLI - Previsões corrigidas vs Execução da Receita de 2015 Fonte: UAF/ abril 2016
126
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
No que diz respeito às execuções acumuladas face ao Orçamento Ordinário aprovado,
salientam-se os seguintes aspetos:
04 – Taxas, Multas e Penalidades – execução abaixo do inicialmente previsto que decorre da
forte variabilidade deste capítulo, devido à sua natureza de aplicabilidade esporádica, uma vez
que as penalidades a aplicar dependem dos incumprimentos de terceiros.
05 – Rendimentos de Propriedade – execução abaixo do previsto devido ao facto de em sede
de construção de orçamento, ter sido perspetivada receita proveniente de novos
arrendamentos de imóveis já avaliados pela Direção Geral do Tesouro e Finanças. No entanto,
a autorização para se proceder ao arrendamento dos imóveis vagos, não ocorreu no ano em
apreço.
06 – Transferências correntes – execução de 94,28% que decorre do plano de tesouraria
estabelecido com o IGFSS. O desvio registado corresponde à proporção dos cativos aplicados
na despesa, suportada por aquela fonte de financiamento, de acordo com o preconizado no
Decreto-Lei n.º 36/2015, de 9 de Março.
07 – Venda de bens e serviços correntes – execução acima do previsto e que se deve
essencialmente ao aumento de receitas provenientes da Segurança Social respeitante a
abonos de família.
08 – Outras receitas correntes – o valor de execução deste capítulo ultrapassou os montantes
inicialmente previstos em sede de Orçamento Ordinário devido ao recebimento extraordinário
do valor de uma herança que reverteu para a CPL, I.P. (situação não perspetivada no
Orçamento de Receita do ano económico em análise). Verifica-se também uma execução de
reembolsos de projetos, acima do expectável, inerente ao desfasamento temporal ocorrido
entre os pedidos de reembolso e a efetivação dos mesmos.
10 – Transferência de capital – a execução neste capítulo de apenas 72,99%, deve-se a um
sobredimensionamento do montante indicado pelo FRCP (900.000€) o qual não tinha
correspondência às duas candidaturas posteriormente aprovadas (820.550,09€). Acresce que a
execução desta fonte de financiamento veio a ser compatível na estrita medida da despesa
aprovada.
15 – Reposições não abatidas aos pagamentos – apresenta uma execução de 88,59%, que se
traduz num diferencial de baixo valor, decorrente da natureza de utilização esporádica do
presente capítulo.
127
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
14.4.1.1. Evolução da Execução da Receita
Neste título pretende-se promover uma análise comparativa entre a execução Orçamental de
Receita de 2015 face a 2014.
Verifica-se que a nível da Receita Total, existe uma variação homóloga negativa de cerca de 1%
(↘ 385.416,84€) que se deve essencialmente às variações ocorridas nos capítulos 5 e 6 (↘
275.228,86€ e ↘ 583.063,34€) e capitulo 10 (↗ 464.135,59€), conforme tabela:
Tabela XLII – Execução 2014 vs Execução 2015 (valores acumulados)
Fonte: UAF/ abril 2016
Relativamente a cada um dos capítulos que compõem a execução orçamental da receita em
2015, por comparação a 2014, verificam-se as seguintes variações:
Taxas Multas e Penalidades, verifica-se uma redução em 61,61%, situação que resulta,
essencialmente de dois fatores:
O valor de juros cobrados pela amortização da dívida da Sociedade de Renovação
Urbana do Campo Pequeno (SRUCP), ser tendencialmente menor, uma vez que a
incidência ocorre sobre o capital em dívida, o qual diminui com as amortizações
mensais realizadas;
A diminuição do incumprimento no pagamento de rendas, que resulta no
decremento de multas aplicadas e cobradas.
128
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Gráfico XXXVIII – Taxas Multas e Penalidades (valores acumulados)
Fonte: UAF/ abril 2016
O capítulo Rendimentos de Propriedade, em 2015, apresenta uma variação homologa
negativa de 23,98%, que resulta essencialmente de:
Em 2014 ter ocorrido uma liquidação extraordinária (133.043,72€) de valores em
dívida da Sociedade de Renovação Urbana Campo Pequeno – SRUCP, situação que
em 2015 ocorreu em menor proporção, designadamente 69.310,86€;
O valor da divida respeitante ao 2º semestre de 2015 ter sido maioritariamente
regularizado apenas no inicio de 2016 (199.310,86€).
Gráfico XXXIX – Rendimentos de Propriedade (valores acumulados) Fonte: UAF/ abril 2016
129
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
No capítulo Transferências Correntes, verifica-se uma diminuição de 1,60%,
correspondente a 583.063,34€, que se deve à inexistência de transferências obtidas do
Orçamento de Estado e da União Europeia, no âmbito do Programa de Rescisões por Mutuo
Acordo (PRMA) e no âmbito do Sistema de Apoio à Modernização Administrativa (SAMA),
respetivamente.
Gráfico XL – Transferências Correntes (valores acumulados) Fonte: UAF/ abril 2016
A componente Vendas de Bens e Serviços apresenta um comportamento de execução de
receita superior em 4,83 % que se deve essencialmente ao aumento de receitas provenientes
de abonos de família.
Gráfico XLI – Venda de Bens e Serviços Correntes (valores acumulados) Fonte: UAF/ abril 2016
130
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
A variação positiva de 1,77 % no capítulo Outras Receitas Correntes decorre
essencialmente do montante referente a reembolsos de projetos.
Gráfico XLII – Outras Receitas Correntes (valores acumulados) Fonte: UAF/ abril 2016
No que concerne às Transferências de Capital a variação positiva de 110,75% deve-se ao
valor aprovado no âmbito da candidatura ao Fundo de Reabilitação e Conservação
Patrimonial com um encaixe de 611.921,59€, não obstante a diminuição dos valores
provenientes de capítulo 50 do OE em 147.786€.
Gráfico XLIII – Transferências de Capital (valores acumulados) Fonte: UAF/ abril 2016
131
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Agrup DespesaDotações
CorrigidasCativos Disponivel
Execução Acumulada
Janeiro a Dezembro
% execução
acumuladaDesvio
01 Despesas com pessoal 27.243.800,00 € - € 27.243.800,00 € 26.639.411,14 € 97,78% 604.388,86 €
02 Aquisição de bens e serviços 7.708.869,00 € 1.150.497,75 € 6.558.371,25 € 5.496.968,65 € 83,82% 1.061.402,60 €
03 Juros e outros encargos 18.000,00 € 18.000,00 € 12.295,26 € 68,31% 5.704,74 €
04 Transferências correntes 37.000,00 € 37.000,00 € 7,18 € 0,02% 36.992,82 €
05 Subsídios 25.000,00 € 25.000,00 € 18.646,99 € 74,59% 6.353,01 €
06 Outras despesas correntes 2.305.258,00 € 1.017.665,00 € 1.287.593,00 € 1.192.631,14 € 92,62% 94.961,86 €
07 Aquisição de bens de capital 3.507.105,00 € 38.757,50 € 3.468.347,50 € 2.734.128,26 € 78,83% 734.219,24 €
10 Passivos financeiros 160.000,00 € 160.000,00 € 157.000,86 € 98,13% 2.999,14 €
Total 41.005.032,00 € 2.206.920,25 € 38.798.111,75 € 36.251.089,48 € 93,44% 2.547.022,27 €
Orçamento 2015
As Reposições não Abatidas ao Pagamento, apresentam uma variação positiva de 37,80%
que se traduz numa variação absoluta de 1.215,07€ e que se deve essencialmente ao
acionamento de uma garantia bancária em 2015, situação não ocorrida em 2014.
Gráfico XLIV – Outras Receitas Não Abatidas ao Pagamento (valores acumulados) Fonte: UAF/ abril 2016
14.4.2. Execução da Despesa
Relativamente ao grau de execução da despesa, verifica-se que se manteve dentro dos
padrões preconizados (93,44%), se atendermos à dimensão da despesa efetivamente
disponível (orçamento liquido de cativos), apresentando em alguns agrupamentos, oscilações
abaixo do projetado.
Tabela XLIII – Dotações Corrigidas vs Execução da Despesa 2015 Fonte: UAF/ abril 2016
132
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Os desvios apresentados, nos diversos agrupamentos, decorrem essencialmente de:
01-Despesas com pessoal
Contratos não celebrados ou celebrados por tempo inferior ao previsto em sede de
orçamento, com impacto transversais nas diferentes rubricas deste agrupamento;
Valores indemnizatórios pagos, abaixo do expetável devido à grande percentagem de
docentes que permaneceram em funções no ano letivo 2015/2016.
02-Aquisição de bens e serviços
Poupanças conseguidas, designadamente por via da agregação e ajustamentos de
necessidades de consumos face aos perspetivados para o ano em apreço;
Delonga nas adjudicações de processos, situação suscitada pela necessidade de
obtenção de parecer prévio, conforme estipulado pelo artigo 75.º da Lei n.º82-
B/2014 de 31 dezembro e / ou despacho nº. 4-I/SESS/2013 de 18 de novembro;
Orçamentação de um projeto (PRODER) o qual não foi aprovado e
consequentemente não implementado.
03-Juros e Outros Encargos
Quase inexistência de despesas de juros de mora, compensatórios e outros, face ao
perspetivado em sede de construção de orçamento ordinário;
Valores de despesas bancarias inferiores ao perspetivado.
04-Transferências correntes
Contratação de estagiários no âmbito do Programa de Estágios Profissionais na
Administração Central (PEPAC), não ter ocorrido no ano em apreço inerente à
morosidade da finalização do processo de colocação dos estagiários na CPL, I.P
05-Subsídios
Ausência do pagamento do subsídio à Associação de Trabalhadores da Casa Pia de
Lisboa. Tal facto resulta, da inexistência de publicação do despacho preconizado no
nº 3 do artigo 52.º do Decreto-Lei n.º 36/2015 de 9 de março.
133
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
06-Outras despesas correntes
O montante de IRC retido sobre os juros obtidos de aplicações no IGCP terem ficado
abaixo do inicialmente expetável, decorrente das taxas de juros praticadas serem
inferiores à perspetivada na proposta de orçamento;
As previsões iniciais efetuadas para efeitos de cálculo de fundos disponíveis do
último trimestre de 2015, conforme previsto na LCPA, terem dado origem a um
reforço orçamental do agrupamento, o qual não se traduziu na sua execução no final
do trimestre.
07-Aquisição de bens de capital
O desvio deste agrupamento encontra justificação, essencialmente na fonte de
financiamento do FRCP que se traduziu numa não execução de 288.078,42€. Tal facto
resulta, no já explicitado no ponto 14.4.1, bem como na poupança conseguida no
âmbito do dinamismo de concorrência materializado nos inerentes procedimentos
pré contratuais;
Como consequência da necessidade de autorização prévia da Tutela (67.650,00€) e
da Agência para a Modernização Administrativa – AMA (200.736,00€), nos termos
dos despachos n.º 3-I/MSESS/2013 de 9 de outubro e Decreto-Lei nº 107/2012, de 18
de maio, houve uma inibição à concretização atempada de inúmeras necessidades
neste âmbito.
134
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
14.4.2.1. Evolução da Execução da Despesa
Tendo por base a análise comparativa da execução orçamental da Despesa de 2015 face a
2014 verifica-se um aumento da execução da despesa em 1,63% (↗581.938,77€) que se deve
essencialmente às variações ocorridas nos agrupamentos 01 e 02 (↘443.749,35€ e
365.363,47€) e 07 (↗ 1.374.232,62€) conforme a análise que se segue.
Tabela XLIV – Execução Despesa 2014 vs Execução Despesa 2015 (valores acumulados) Fonte: UAF/ abril 2016
Relativamente a cada um dos agrupamentos que compõem a execução orçamental da despesa
em 2015, por comparação a 2014, verifica-se as seguintes variações homólogas:
Despesas com pessoal apresentam um comportamento idêntico ao período homólogo, não
obstante o desvio de -443.749,35 que se deve à conjugação de vários fatores, com impactos
opostos:
Ausência de despesa realizada no âmbito do PRMA (diminuição de despesa);
Eliminação da contribuição da entidade patronal para a ADSE (diminuição de
despesa);
Impacto da alteração da política remuneratória em 2015 que resulta da reversão
parcial da medida temporária de redução remuneratória (aumento de despesa);
Diminuição do número de postos de trabalho ocupados (diminuição de despesa).
135
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Gráfico XLV – Agrupamento 01- Despesas com Pessoal (valores acumulados) Fonte: UAF/ abril 2016
O agrupamento referente à Aquisição de bens e Serviços apresenta uma variação homóloga
acumulada de -6,23%, (-365.363.47€).
Há que referir as seguintes oscilações no referido agrupamento:
Subagrupamento D.02.01 – Aquisição de Bens com um decréscimo de 252.726,46€, com
maior relevo nas componentes:
Alimentação – refeições confecionadas (-123.763,49€) - diminuição do preço unitário e
das quantidades de refeições fornecidas face ao ano anterior.
Outros bens (-119.947,26€) diminuição da despesa referente a matérias-primas para a
formação.
Subagrupamento D.02.02 – Aquisição de Serviços com um decréscimo de 112.637,01€,
resultante da conjugação das variações de:
136
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Encargos Instalações (+182.072,64€) – o aumento deve-se essencialmente ao
incremento dos custos associados ao fornecimento de utilities.
Conservação de bens (-173.237,69€) – a redução deve-se à diminuição da necessidade
de intervenção de reparação dos diversos bens que a CPL detém. Outro fator para o
decremento verificado foi a ocorrência de contrato de manutenção dos edifícios em
2014, situação em 2015 apenas ocorreu em dezembro.
Locação de Edifícios (+75.693,67€) – o aumento deve-se essencialmente à alteração dos
valores unitários por m2, referentes ao princípio da onerosidade (portaria nº 278/2012,
de 14 de setembro).
Comunicações (- 91.646,63€) – resulta na poupança inerente aos serviços de dados e das
comunicações da rede fixa, no âmbito do novo contrato de fornecimento.
Outros trabalhos especializados (-153.962,12€) - a diminuição deve-se ao forte
investimento, ocorrido em 2014, em serviços de desenvolvimento de software
informático no âmbito da candidatura ao Sistema Apoio Modernização Administrativa –
SAMA, situação que não se verifica no presente ano económico.
Gráfico XLVI - Agrupamento 02- Aquisição de Bens e Serviços (valores acumulados) Fonte: UAF/ abril 2016
137
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Relativamente a Juros e Outros Encargos, apresenta uma variação negativa de 55,39 % e que
se deve ao facto de em 2014, ter sido paga uma indeminização por sentença judicial, situação
extraordinária que não se verificou no ano de 2015.
Gráfico XLVII - Agrupamento 03 - Juros e Outros Encargos (valores acumulados) Fonte: UAF/ abril 2016
As Transferências Correntes apresentam um decréscimo devido a um menor valor obtido de
juros na banca comercial, face a 2014, o que por força no disposto no nº 4 do artigo 43.º do DL
n.º 36/2015 de 9 de março, constituiu valores a serem entregues ao Estado no âmbito deste
agrupamento.
Gráfico XLVIII – Agrupamento 04 - Transferências Correntes (valores acumulados) Fonte: UAF/ abril 2016
138
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
O agrupamento referente a Subsídios apresenta uma diminuição de 2,27%, que representa,
em termos absolutos, uma variação de apenas 433,53€.
Gráfico XLIX - Agrupamento 05 - Subsídios (valores acumulados) Fonte: UAF/ abril 2016
A variação positiva em 2,73% no agrupamento Outras Despesas Correntes, decorre na sua
essência de um ligeiro agravamento das despesas de fundo permanente e de devolução de
saldos de projetos.
Gráfico L - Agrupamento 06-Outras Despesas Correntes (valores acumulados) Fonte: UAF/ abril 2016
139
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
O aumento em 101,05% verificado no agrupamento Aquisição de Bens de Capital deve-se
essencialmente ao aumento do investimento na recuperação dos imóveis.
Gráfico LI - Agrupamento 07-Aquisição de Bens de Capital (valores acumulados) Fonte: UAF/ abril 2016
O agrupamento Passivos Financeiros apresenta a mesma evolução face ao período homólogo,
correspondendo à amortização do capital relativo ao empréstimo detido na CGD para
aquisição da Urbanização Nossa Senhora da Conceição.
Gráfico LII - Agrupamento 10 - Passivos Financeiros (valores acumulados) Fonte: UAF/ abril 2016
140
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
15] Saldos Orçamentais
Relativamente aos saldos de gerências anteriores transitados de anos anteriores, são de
24.954.989,30 €, de acordo com o seguinte quadro:
Quadro I – Pedido de transição de saldo
141
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
16] Contingências
De acordo com as recomendações do Tribunal de Contas, explanadas pela Recomendação 64 –
PCGE/2011, “as devoluções de saldos devem ser registadas pela entidade que a estas procede,
como operação extraorçamental, nos termos do classificador económico aprovado pelo
Decreto-Lei n.º 26/2002, de 14 de fevereiro”.
Para fazer face às recomendações do Tribunal de Contas no âmbito da matéria em apreço e
considerando a parametrização do Sistema de Informação Financeira (SIF/SAP), a CPL,I.P.
deparou-se com o seguinte constrangimento:
Com a alteração da contabilização das devoluções de saldos da gerência anterior,
efetua-se a contabilização através de operações de tesouraria. Assim preconiza-se um
desequilíbrio nas operações de tesouraria da CPL, I.P., visto que, apenas ocorrem
operações de tesouraria de saída (devolução dos saldos da gerência anterior) sem que
haja a correspondente operação de tesouraria de entrada.
17] Proposta de aplicação de resultados
Considerando que a Casa Pia de Lisboa, IP encerrou as contas relativas a 2015 com Resultados
Líquidos do exercício positivos de 322.529,71 Euros.
Considerando que, nos termos da alínea c) do nº 11 das Resolução nº 1/93 do Tribunal de
Contas deverá constar do relatório de gestão a forma como deverá ser aplicado aquele
resultado, pelo que se propõe que o referido Resultado Líquido das contas relativas a 2015
seja integrado na conta “Resultados Transitados”.
142
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Glossário de abreviaturas, siglas e conceitos
AIF Acompanhamento para a Inserção Familiar
AR Acolhimento Residencial
BS Balanço Social
CA Coordenador de Ação
CAFAP Centro de Apoio Familiar e Aconselhamento Parental
CCAS Conselho Coordenador de Avaliação dos Serviços
CEB Ciclo do Ensino Básico
CED Centros de Educação e Desenvolvimento
CEAS Centro de Educação e Ação Social
CED AACF Centro de Educação e Desenvolvimento António Aurélio da Costa Ferreira
CED FM Centro de Educação e Desenvolvimento Francisco Margiochi
CED SCAT Centro de Educação e Desenvolvimento Santa Catarina
CED SCL Centro de Educação e Desenvolvimento Santa Clara
CED JRP Centro de Educação e Desenvolvimento Jacob Rodrigues Pereira
CED MP Centro de Educação e Desenvolvimento Maria Pia
CED NAP Centro de Educação e Desenvolvimento Nuno Álvares Pereira
CED NSC Centro de Educação e Desenvolvimento Nossa Senhora da Conceição
CED PM Centro de Educação e Desenvolvimento Pina Manique
CCC Centro Cultural Casapiano
CGD Caixa Geral de Depósitos
CJS Clemente José dos Santos
CPL I.P Casa Pia de Lisboa I.P.
DAC Departamento de Apoio à Coordenação
DGO Direção Geral do Orçamento
DSP Departamento de Serviços Partilhados
EIP Equipa de Inserção Profissional
ESPAP Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública
FIDC Formação Inicial de Dupla Certificação
FSE Fundo Social Europeu
FSF Francisco Soares Franco
FT Fase de Transição
143
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
GEP Gabinete de Estratégia e Planeamento do MSESS
IEFP Instituto de Emprego e Formação Profissional I.P.
IGFSS Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social
ISS I.P. Instituto de Segurança Social I.P.
MSESS Ministério da Solidariedade, do Emprego e da Segurança Social
OE Orçamento de Estado
PAEF Plano de Ajustamento Económico e Financeiro
PCDI Pessoas com Deficiências e Incapacidade
PE Plano Estratégico
PIB Produto Interno Bruto
POAT Programa Operacional de Assistência Técnica
POPH Programa Operacional Potencial Humano
PRMA Programa de Rescisão por Mútuo Acordo
PSD Processos de Saída Direta
QUAR Quadro de Avaliação e de Responsabilização
RAC Relatório de Atividades e Contas
RPA Residência de Pré-Autonomia
RS Respostas Sociais
REF Respostas Educativas e Formativas
RLE Resultado Líquido de Exercício
RVCC Reconhecimento Validação e Certificação de Competências
SAMA Sistema de Apoio à Modernização Administrativa
SCI Sistema de Controlo Interno
SGA Sistema de Gestão Ambiental
SGQ Sistema de Gestão da Qualidade
SIADAP Sistema Integrado de Avaliação de Desempenho da Administração Pública
SIGE Sistema de Informação e Gestão de Educandos
SIREF Sistema de Informação das Respostas Educativas e Formativas
SPC Sistema de Planeamento e Controlo
SRH Sistema de Recursos Humanos
SRUCP Sociedade de Renovação Urbana do Campo Pequeno
STASE Serviços Técnicos de Apoio Socioeducativo
UAF Unidade de Assuntos Financeiros
UASA Unidade de Ação Social e de Acolhimento
UEF Unidade de Educação e Formação
UERHE Unidades Equivalentes de Recursos Humanos Executados
UERHP Unidades Equivalentes de Recursos Humanos Planeados
144
Relatór io de Ativ idades e Contas | 2015
Anexo I – Balanço Social CPL, I.P._2015
Anexo II – Auscultação dos Dirigentes Intermédios e demais
Trabalhadores da CPL, I.P. Anexo III – Questionário de Satisfação de Trabalhadores _2015 Anexo IV – Execução do PA do MSESS
Anexo V – Questionário aos Educandos REF da CPL, I.P._2015
Anexo VI – Questionário aos Educandos AR da CPL, I.P._2015
Anexo VII – Avaliação do Sistema de Controlo Interno
Anexo VIII – Anexo às demonstrações financeiras
Anexo IX – Certificação Legal de Contas_2015