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ECONOMIA BRASILEIRA Teoria e questões da FCC Prof. Manuel Piñon – Aula DEMO 01 Aula Demonstrativa 01 SUMÁRIO 1– Evolução Econômica do Brasil 2– Embasamento Teórico sobre Política Econômica 3 - Câmbio e Comércio Exterior no Brasil 4 - Resumo da Aula 5 – Questões que foram comentadas em aula 6 – Gabarito Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 1 de 111

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ECONOMIA BRASILEIRA Teoria e questões da FCC

Prof. Manuel Piñon – Aula DEMO 01

Aula Demonstrativa 01

SUMÁRIO

1– Evolução Econômica do Brasil 2– Embasamento Teórico sobre Política Econômica 3 - Câmbio e Comércio Exterior no Brasil4 - Resumo da Aula5 – Questões que foram comentadas em aula6 – Gabarito

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Prof. Manuel Piñon – Aula DEMO 01

Aula 01Olá, amigo(a) concurseiro(a)!Seja bem-vindo ao Curso de ECONOMIA BRASILEIRA voltadoespecificamente para concursos da BANCA FCC.Estudar para um concurso como esse, com elevado grau de dificuldadeem suas provas, além do alto nível dos candidatos, não é missão fácil. Porisso, torna-se necessária uma preparação com planejamento e muitadisciplina.O nível de preparação dos concorrentes não permite mais que você sejaaprovado em algum certame apenas livrando a nota de corte. Énecessário fazer a diferença em todas as matérias.E, sem dúvida, a disciplina Economia Brasileira, tendo em vista o nívelelevado de complexidade, representa um dos diferenciais da prova. Nessa linha, buscaremos aqui detalhar todo o conteúdo programático damatéria, numa linguagem simples e objetiva, sem, contudo, sersuperficial.Nosso curso atenderá tanto aos concurseiros do nível mais básico, ouseja, aqueles que estão vendo a matéria pela primeira vez, como àquelesmais avançados, que desejam fazer uma revisão completa e detalhada damatéria. Além disso, resolveremos aqui muitas questões de Provas deconcursos anteriores elaboradas pela FCC, de tal forma que vocêficará bastante afiado na matéria, ao ponto de chegar à prova combastante segurança. Antes de iniciar os comentários sobre o funcionamento do nosso curso,gostaria de fazer uma breve apresentação pessoal.

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Sou Administrador de Empresas com especialização em Finanças pelaFundação Getúlio Vargas-FGV e Auditor Fiscal da Receita Federal doBrasil, aprovado no concurso nacional de 2009/2010. Atuei inicialmente na Área de Arrecadação e Administração Tributária,passando pelo setor de Planejamento e Controle da Atividade Fiscal atéchegar à atividade de Fiscalização propriamente dita.Porém, antes de tomar posse no meu atual cargo, eu já o havia exercidoanteriormente entre 1999 e 2001. É que fui aprovado no concurso depara Auditor Fiscal da Receita Federal (na época AFTN) de 1998, e, após 2anos de exercício na atividade de fiscalização de empresas da RegiãoNorte do país, recebi e aceitei um convite para voltar a trabalhar nainiciativa privada em minha cidade: Salvador.Após alguns anos na área privada, vivendo momentos de alta satisfaçãoalternados com momentos de insatisfação, resolvi voltar a estudar paraconcursos públicos em 2006. Essa fase foi muito difícil. Eu tinha uma jornada dura, mas tinha que serdiscreto, já que trabalhava e estudava muito, mas sem “poder dar muitabandeira” dessa dupla jornada.Sei que muitos de vocês vivem situações parecidas, mas acreditem queessa situação é transitória. No meu caso, fui recompensado com a aprovação para o cargo deAnalista de Finanças e Controle – AFC da Controladoria Geral da União –CGU no ano de 2008.Entretanto, mesmo já trabalhando em bom cargo e com um excelenteambiente de trabalho na CGU, eu não me acomodei. Continuei com meus estudos rumo ao sonho de voltar a ser Auditor Fiscalda Receita Federal, que, como já dito, pode ser realizado com aaprovação no concurso de 2009/2010.

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ECONOMIA BRASILEIRA Teoria e questões da FCC

Prof. Manuel Piñon – Aula DEMO 01

É isso meu amigo! Espero dividir com você a experiência adquirida aolongo da minha preparação, pois sei exatamente o que se passa “do outrolado”: as angústias, as expectativas, as dificuldades, mas também ossonhos. Não se esqueça que são os sonhos que nos movem! Acredite e se esforceao máximo. Esse é o segredo!Feitas as apresentações iniciais, passemos à proposta do nosso curso, queserá de 4 aulas, divididas da seguinte forma:

Aula Conteúdo1

Economia BrasileiraParte 1

Aspectos gerais do comportamento recente da economia brasileira edas políticas econômicas adotadas pelos últimos governos Mudançasestruturais da economia brasileira a partir da aceleração dos processosde industrialização e urbanização. Os planos de desenvolvimento desdea segunda metade do século XX. O Papel do Estado na industrialização.Câmbio, reservas e relações comerciais e financeiras do Brasil com oresto do mundo.

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Economia BrasileiraParte 2

Aspectos gerais do comportamento recente da economia brasileira edas políticas econômicas adotadas pelos últimos governos. Mudançasestruturais da economia brasileira a partir da aceleração dos processosde industrialização e urbanização. Os planos de desenvolvimento desdea segunda metade do século XX. O Papel do Estado na industrialização.Indicadores do desenvolvimento econômico e social brasileirocontemporâneo. Desigualdades pessoais e espaciais de renda e deriqueza. Perfil demográfico brasileiro.

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Economia BrasileiraParte 3

Estrutura orçamentária e a evolução do déficit e da dívida públicabrasileira. Financiamento do Setor Público. Conceitos nominal eoperacional de resultado e resultado primário. Financiamento do déficit.Principais características e os resultados dos planos de estabilização apartir da década de 80 do século XX

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Economia BrasileiraParte 4

Estrutura tributária brasileira. O mercado de trabalho e as condições deemprego e renda. A previdência social e suas perspectivas. Formaçãoda economia do Rio Grande do Sul no contexto de constituição edesenvolvimento da economia nacional.

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Analisados todos os itens que nortearão o nosso curso, vamos ao queinteressa!!!

Ao final dessa aula quero ver tanto eu quanto você com uma sensaçãoboa, de que estamos no caminho certo.

Como diria Mahatma Gandhi:

“Você nunca sabe que resultados virão da sua ação. Mas se você não fizernada, não existirão resultados”.

Então, vamos nessa!

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E-mail: [email protected]

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1. EVOLUÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL Apresentamos inicialmente uma breve síntese acerca da formaçãoeconômica do nosso Brasil.

1.1 – ATÉ O SÉCULO XIX

Nossa economia colonial, desde o descobrimento em 1500, obviamentepermaneceu ligada a economia portuguesa até a nossa independência em1822.

O Pau Brasil foi o primeiro produto de exploração da Coroa Portuguesaem solo brasileiro. Esse tipo de madeira já era um velho conhecido doseuropeus que já a aplicavam na construção de barcos, além da sua tintavermelha característica era muito útil para confecção e tinturaria deroupas.

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A fase seguinte foi o denominado “ciclo do açúcar”, que teve início em apartir de 1530, atingindo seu auge entre 1646 e 1654, superado pelo cafésomente no século XIX. O declínio da cana-de-açúcar foi decorrente dasaturação de mercado provocada pelo seu excesso de oferta.

Importante registrar que em 1621 foi constituída a Companhia da ÍndiasOcidentais, que tinha como finalidade precípua as explorar colôniasamericanas de países inimigos, os quais ofereciam melhores vantagenseconômicas.

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Sem desistir, os Holandeses voltaram em 1630, porém mais preparados eequipados, ocupando as regiões mais prósperas do Brasil, como ascapitanias de Pernambuco e Itamaracá, produtoras em grande escala deaçúcar e de pequena escala tabaco e couro. Conseguiram ainda estenderseus domínios até a Bahia.

Pode-se dizer que o “Brasil holandês” alcançou um relativo progresso eque tivemos um crescimento mais intenso da vida urbana.

Em seguida chegamos ao ciclo da Mineração, quando começou aaparecer ouro, ao mesmo tempo em que a economia açucareira já davaos primeiros sinais de estagnação. Nessa pegada, a partir de 1660tivemos mais descobertas, sendo o período áureo do ciclo, entre 1741 e1760, quando a produção teria atingido 14.600 quilos anuais.

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A industrialização brasileira foi atrasada/atrapalhada pela falta capitalsuficiente para investir no setor e também pelo baixo nível cultural dapopulação, sem os quais não podia haver avanço e inovação da indústria.Além disso, a economia portuguesa estava submissa a economiaespanhola, cujo foco era colonialista e mercantilista, fazendo com que acolônia focasse somente no minério de metais preciosos.

Chegamos ao século XIX com o desembarque da Corte Portuguesano Brasil em 1808 e a consequente mudança para a cidade do Riode Janeiro como a capital política e econômica de todo o ImpérioPortuguês, seguida pela independência.

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Nessa pegada, o domínio econômico inglês prosseguia, mas agora oBrasil começava a se organizar melhor no campo econômico.

Na segunda metade do século XIX, o café passou a ser o principalproduto do país, chegando quase a preencher toda a pauta deexportação, atrasando ainda mais a industrialização do Brasil.

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1.2 – SÉCULO XX

A análise da história do Brasil em termos de atividade econômicaao longo do século XX destaca, por exemplo, a participação dasexportações brasileiras no comércio exterior mundial, que teve seu augenos anos de 1950, graças ao café. Nesse contexto, vamos abordaralguns pontos específicos desse período.

Vamos começar pelo estudo no Século XX das Contas NacionaisBrasileiras!

Importante saber que no século XX, o PIB per capita brasileiro cresceua uma média de 2,5% ao ano.

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Guarde a ideia de que ao longo do século o PIB real ampliou-se100 vezes e a população pouco menos de 10 vezes.

Vamos agora ver como se comportou a Inflação!

Basicamente, esse século é resumido com a elevação aumentada apartir da década de 1930, com tendência exponencial decrescimento, só revertida com o Plano Real, em 1995.

Falando em termos numéricos, a taxa inflacionária média por ano foi de6% nos anos 1930 para 330% nos anos 80 e para incríveis 764% de1990 a 1995, só caindo, após o Plano Real, quando foi para 8,6% de 1995a 2000.

Mas você não precisa decorar esses números! É só para ter uma noção!

Vamos ver também a evolução das taxas de poupança e deinvestimento da economia, ao longo do século.

Merece destaque a chamada “fase de substituição de importações”,quando as taxas de investimento cresceram bastante, saindo de níveisabaixo de 10% do PIB (1930) para 25% no final da década de 1970,época do chamado “milagre econômico”.

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Destaque-se ainda que nesse período o governo usou de formamuito intensa, alguns instrumentos cambiais, comerciais e decontrole burocrático, visando a proteger a indústria nacional.

Nessa toada, no tocante a nossa taxa de poupança doméstica, na fasede substituição de importações, recuperou-se, com estabilização numpatamar em torno de 15% do PIB, mantendo-se assim até começo dadécada de 1950, e, passando por um crescimento forte para o patamar de19% do PIB com o milagre econômico na década de 70.

Por fim, temos que destacar a urbanização, que elevou a demanda porinvestimentos nas áreas habitacional e de infraestrutura, aliada transiçãodemográfica com o envelhecimento da população e respectivo incrementodos gastos com previdência social, que acabaram por afetar a poupançainterna.

No final do século XX, especificamente nos anos 1980 e 1990, tendênciadeclinante com a redução do nível de de 27% do PIB no final dos anos 80para 14% do PIB em 1999, o mesmo acontecendo com a taxa deinvestimentos.

No que diz respeito às despesas primárias do governo, tenho quelhes dizer que mais que triplicaram no século, passando de 10%do PIB em 1900 para 36% do PIB em 1999. Veja que o inchaçoque vemos hoje, teve aí sua gestação! Já sabe agora por que que acarga tributária também subiu nessa proporção, né?

Nessa toada, destacam-se aí os aumentos significativos das despesas coma previdência social e dos estados e municípios, que corresponderam aosavanços do estado do bem-estar social por um lado, e do federalismo, poroutro.

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Ficou claro agora?

Até 1920, a tributação era praticamente exclusiva via Imposto deImportação, que representava 80% da arrecadação e 11% do PIB.Depois, até o final da década de 1950, a carga tributária já passa para19% do PIB, ganhando relevância os tributos internos e diretos,especialmente com a criação de impostos sobre o consumo e a renda,que passaram a ser as suas principais fontes, cabendo ao impostode importação o papel de instrumento de política comercial.

Vale informar também que o Imposto de Importação, que foi, no iníciodo século, a principal fonte de arrecadação, chegando a corresponder, em1908, a 80% da arrecadação e a 7% do PIB, perde importância,enquanto o IPI e o IR, criados em 1924, crescem vigorosamente. OImposto de Importação termina o século representando menos de1% da arrecadação nacional.

Merece destaque a reforma tributária de 1967 quando foi introduzido oImposto sobre o Valor Adicionado (ICM – Imposto sobre Circulação deMercadorias), sendo também melhorada a gestão da arrecadação.

Falando ainda em reforma tributária, a de 1988 consagrou o aumento daparticipação dos estados e municípios na arrecadação dos impostos derenda e sobre produtos industrializados, com o governo federal focandona arrecadação de contribuições sociais indiretas, não compartilhadascom estados e municípios, como PIS, COFINS e CSLL.

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Outro aspecto importante a ser estudado é a evolução da Moeda edo Crédito!O nosso sistema financeiro que se desenvolveu muito após as reformasde 1964/65, sendo considerado um dos mais sólidos entre aquelespertencentes a países em desenvolvimento. Entretanto, o crédito não seexpandiu de modo a acompanhar a evolução do PIB e a sua versão delongo prazo não foi suficiente para o financiamento da formação decapital necessária para acompanhar o crescimento do PIB.

Também o setor externo do Brasil no século XX merece nossaanálise.

A fraca expansão da receita com as exportações do Brasil decorreu dabaixa evolução do volume de mercadorias exportadas, em virtude dabaixa capacidade produtiva e dos gargalos de infraestrutura e deinvestimentos do setor.

Outro aspecto econômico destacável no século passado émigração do “país Rural” para um “país industrial”!

Efeito da industrialização, principalmente!

Outro aspecto econômico diz respeito ao Capitalismo e suascrises!

O Brasil, predominantemente importador de capitais ao longo da suahistória, foi vítima de algumas crises cambiais como as de 1930, 1980 e1990, gerando queda em suas exportações. Destaque-se que adesconfiança de investidores internacionais em nossa capacidadeprodutiva, e não apenas em fatores externos, foi fundamental para osefeitos dessas crises em nossa dependente economia.

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Vamos também comentar a relação entre o nível de Atividade e asmudanças estruturais na economia brasileira.

Quando avaliamos a evolução dos diferentes setores do PIB brasileiro,vemos que é notória a queda da participação da Agricultura, que passa de45% do PIB no começo do século, para cerca de 10% ao seu final.

Percebe-se que, inicialmente, essa redução do peso da Agricultura naeconomia foi compensada pela correspondente expansão da Indústria,que sobe de 12% do PIB em 1901 chegando nos anos 1970 a 34% do PIBnacional.

Em relação à evolução do setor de Serviços, verificamos que foramobtidos ganhos de participação crescentes, refletindo uma tendência jácomprovada e inerente ao nível de desenvolvimento dos países. O setorde serviços aumenta a sua participação de 44% do PIB no início doséculo, para 61% ao seu final.

Merece destaque a década de 1940, que foi uma das mais fortes emtermos de mudanças estruturais da nossa economia. As décadas em queforam menores as mudanças estruturais foram a primeira e a última doséculo.

Foram as mudanças estruturais NA ECONOMIA que beneficiaram ocrescimento das atividades industriais em detrimento da agricultura,assim como o ganho de importância das indústrias extrativistas minerais,a indústria da construção civil e os serviços financeiros e de comunicação.

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Analisando especificamente o nosso setor industrial, merece destaque ofato de que nossa economia, no início dos anos 1900, embora ainda fossebaseada nas exportações da dupla café e borracha, já começava a gestarum processo de industrialização.

Assim, com a crise de 1929, a indústria ganhou força face ao estímulo domercado interno, impedido de importar, além da demanda externa.

De novo, só para ilustrar, cito que o setor têxtil, por exemplo, aumentouem 20 vezes o seu volume exportado, entre os anos de 1932 e 1939.

Também temos que destacar que, durante a segunda guerra, o Brasiliniciou a diversificação das exportações para os países da América Latina,antes direcionadas para Estados Unidos e Alemanha.

A economia cresceu tanto na época da segunda guerra que, com ocrescimento das reservas cambiais, o governo pode equacionar oproblema da dívida externa, que tinha levado o país a decretar amoratória em 1937.

A aceleração do crescimento, num ritmo de “50 anos em 5”, no final dosanos 50, com o Plano de Metas de JK, destacou-se com o fortecrescimento do segmento produtor de bens duráveis, especialmenteautomóveis e eletrodomésticos.

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Assim, foram instaladas filiais na região sudeste do Brasil, principalmente,nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e ABC, gerando oportunidadesde empregos nesses locais, o que aumentou o “êxodo rural”, ou seja, asaída do homem do campo para as cidades, com a migração denordestinos e nortistas para as grandes cidades do Sudeste.

Destaque-se ainda, claro, a construção de Brasília!

Os críticos consideram que o país ficou muito dependente do capitalexterno nessa época, mas o fato é que nesse período houve o“relaxamento da moeda”. Em 1962 já havia forte aceleração inflacionária,da ordem de 50%, reforçadas com as tentativas de elevação do salárioreal, através da instituição do 13º, por exemplo.

Neste contexto, é elaborado um plano de estabilização, denominadoPLANO TRIENAL, cujos principais artífices foram Celso Furtado e SanTiago Dantas, que propunha medidas fortes para debelar osdesequilíbrios fiscais e monetários, que, entretanto, não tiveramapoio político para serem implementadas.

Na verdade, esse plano visava controlar a inflação e combater adecadência do comércio externo. Sua principal premissa era aimplantação efetiva de medidas em 1963 que conciliassemdesenvolvimento econômico, reformas sociais, além, é claro o combate àinflação.

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Com o regime militar, os dois problemas que prejudicaram o governoanterior (financiamento do setor público e balanço de pagamentos) foramsolucionados, via reforma tributária implementada entre 1964 e 1967,que aumentou e indexou as receitas do governo e permitiu a colocação depapéis indexados da dívida pública. Nessa época também foi fundamentalo apoio dos Estados Unidos ao reescalonamento da dívida externa e àreabertura de linhas de crédito internacionais.

Nesse contexto, merece destaque o Programa de Ação Econômica doGoverno – PAEG, plano econômico dos militares que tinha comoobjetivos combater a inflação, atrair investimentos externos, reformar oSistema Financeiro Nacional, diminuir as desigualdades regionais eaumentar os investimentos estatais.

Para combater a inflação, a ideia era que ela resultado do excesso dedemanda, assim, o plano focava em reduzir o consumo no país, tendosido adotadas medias como a restrição ao crédito e a diminuição daemissão de papel moeda.

Merece destaque a Reforma do Sistema Financeiro, quando foi criado oBanco Central e o Banco Nacional de Habitação – BNH.

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Durante a década de 1970 tivemos o PND – Plano Nacional deDesenvolvimento I e o PND – Plano Nacional de Desenvolvimento II, nosperíodos respectivamente de 1972 a1974 e de 1975 a 1979.

O PND I tinha como base o Programa de Metas e Bases para a Ação doGoverno apresentado em 1970, durante o governo Médici. O objetivo doPND I era desenvolver o Brasil, e a sua meta era duplicar a renda percapita do país até 1980 e aumentar o PIB a uma taxa de crescimentoanual entre 8% e 10%.O PND I era lastreado em recursos do Banco Nacional deDesenvolvimento Econômico BNDE e, por meio do Programa de Promoçãode Grandes Empreendimentos Nacionais, estimulou o empresariadobrasileiro a atuar em setores estratégicos para o desenvolvimento doBrasil.

Já o PND II tinha como principais metas elevar a renda per capita a maisde mil dólares e fazer com que o PIB do Brasil passasse a barreiras doscem bilhões de dólares em 1977, por meio da consolidação de umasociedade industrial moderna e de um modelo de economia competitiva.

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Durante o século XX, o PIB per capita parte de valores muito pequenos,crescendo até 1980, sendo a partir desse ponto, o crescimento lento, comuma taxa anual de 0,34% até 2000.

1.3 SÉCULO XXIAmigo(a), tenha logo em mente que nos primeiros anos deste séculopassamos por transformações profundas em nossa economia e em nossasociedade. Começo falando que ao longo da década de 2000, consolidou-se naeconomia brasileira um modelo econômico baseado na expansão doconsumo, com baixas taxas de poupança, modelo esse viabilizadopela exportação de commodities e a absorção de poupançaexterna.

Mudamos de uma economia devagar, pouco dinâmica, com taxas decrescimento abaixo da média mundial, e chegamos a ser um dos paísesemergentes dinâmicos que lideraram o crescimento mundial, ao lado deChina e a Índia, isso até antes da crise de 2014.

Nesse século, outro aspecto muito relevante, é que o crescimentoeconômico brasileiro chegou a gerar inclusão social e um pouco deredução das disparidades sociais e regionais.

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Em termos de crescimento do PIB, tivemos, ao longo da década de 2000até 2010, um salto de uma média anual de 2,5% para cerca de 4,5%, emfunção da política econômica, que privilegiou a geração de empregos, osinvestimentos e o mercado interno.

No período entre 2007 e 2010, o nosso crescimento médio anual foi muitobom, excetuando-se o 0,6% negativos que tivemos no ano de 2009,como consequência da crise financeira internacional. A economia crescia egerava superávits primários nas contas públicas, isso com baixa inflação,respeitando o sistema de metas e o seu teto.

Na primeira década desse século, Em vez de endividar-se para crescer, oBrasil reduziu o endividamento. Desde 2015 já vivemos situaçãodiferente: inflação, déficits e endividamento em alta.

Guarde a informação de que a crise financeira internacional de2008 interrompeu temporariamente a trajetória de crescimentoeconômico. Com a retração das linhas crédito internacionais, reduçãonos preços das commodities e consequente desvalorização do real frenteao dólar dos EUA, tivemos forte queda nos índices de renda, atividadeeconômica e de emprego.

Ainda em 2008 mesmo, com os primeiros sinais de turbulência, oGoverno Federal implementou uma série de medidas de políticafiscal e monetária de caráter anticíclico, com o propósito deestimular a economia, reverter as expectativas do setor privado egarantir o retorno da confiança.

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ECONOMIA BRASILEIRA Teoria e questões da FCC

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Na área fiscal, o Governo determinou uma série de desoneraçõestributárias para estimular o consumo e a produção, ampliou tanto astransferências para Estados e municípios como os aportes financeirospara os bancos públicos e reduziu temporariamente a meta de superávitprimário. Aqui está uma das principais origens dos problemasfiscais que vivemos atualmente!

Já por sua vez na área monetário, aumentou-se a liquidez em moedaestrangeira e doméstica, com a disponibilização das reservasinternacionais para o comércio exterior, flexibilização do crédito para osetor exportador e da diminuição da exigência de depósitos compulsóriospor parte dos bancos.

Em relação à gestão da SELIC - taxa de juros básica da economia, oBACEN iniciou movimento de DIMINUIÇÃO visando contribuir para arecuperação da economia.

Pode-se dizer que realmente o Brasil foi um dos últimos países aentrar na crise e um dos primeiros a sair dela. Isso realmente éverdade, embora os reflexos das medidas anticíclicas tomadas naquelaépoca tenham efeitos danosos à economia brasileira sentida hoje portodos nós.

Importante ter em mente que enquanto a crise de 2008, que surgiu nocentro das economias mais avançadas do mundo, foi bem prolongada nosEstados Unidos, na Zona do Euro e no Japão, no Brasil, tivemos umresultado negativo de 0,6% em 2009, mas em 2010 a economia já teveum crescimento de 7,5% do PIB.

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Lembre-se que 2010 foi um dos melhores anos de nossa economia,crescimento econômico, estabilidade de preços e distribuição mais justada renda nacional.

ATENÇÃODurante os anos 2000 é inegável que o PAC-Plano de Aceleração docrescimento, com forte geração de empregos, combinadas com avalorização do salário mínimo e com programas de transferênciasde renda, desenvolveram o País.

Vale destacar ainda a queda da concentração de renda, medidapelo índice de Gini, com aumento da formalização nas relações detrabalho e a consolidação de uma nova classe média, tornando o mercadodoméstico brasileiro atrativo para a multinacionais. Nessa toada, o Paíspassou a ser destino de grandes volumes de investimento estrangeirodireto.

Sem querer fazer propaganda deste ou daquele Governo, ou deste oudaquele partido, o papel do Estado foi fundamental para o fortalecimentodo País durante o período anterior à crise e na recuperação econômicapós-2008, produzindo os incentivos corretos e estimulando – direta ouindiretamente – o emprego e a renda.

Tenho que reconhecer que, na crise de 2008, o Governo garantiu aampliação do crédito e o financiamento dos bancos públicos (viaBNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal) paracontrabalançar a retração das linhas dos bancos privados e supriras necessidades do setor produtivo.

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Nessa época o Tesouro Nacional injetou R$ 100 BILHÕES no BNDES e aCEF e o BB cresceram como nunca! Ocuparam espaços dos Bancosprivados, embora o reflexo desta expansão seja sentido hoje com oaumento da inadimplência sofrida por este trio.

Lembre-se daquelas medidas de desoneração tributária deprodutos de consumo duráveis (carros e geladeiras – lembra?) ede construção civil, entre outros, que visavam estimular ademanda doméstica, para ainda responder à manutenção daconfiança dos consumidores.

Naquele momento ocorreu a expansão do emprego, da renda e,consequentemente, da massa salarial, propiciando a preservação docírculo virtuoso do crescimento que caracterizou a economia brasileira naúltima década.

Hoje ainda vivemos situação inversa: um ciclo vicioso comredução crescente desses mesmo indicadores.

Um aspecto muito importante que merece ser destacado naprimeira década dos anos 2000 é a expansão do crédito em geral,e em especial do crédito ao consumidor!

Na verdade, até 15 anos atrás, o Brasil se caracterizava pelo fracodesenvolvimento do mercado doméstico de crédito.

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Só para você ter uma ideia, em 2002, o volume de crédito livre edirecionado representava aproximadamente 24% do PIB. Já em2010, o Brasil registrou 46,6% de crédito em relação ao PIB, ouseja, esse volume praticamente dobrou em 8 anos e, sem dúvida,foi um dos “motores” do crescimento econômico nesse período.

Como falei antes, a participação das instituições financeiras privadas(nacionais e estrangeiras) era predominante nos anos anteriores a 2008.Mas com a crise internacional, essas instituições interromperam grandeparte de suas linhas de recursos, o que exigiu do Governo esforçoadicional para manter o crédito no sistema econômico.

Nessa toada, entre setembro de 2008 e setembro de 2009, asoperações de créditos dos bancos públicos sustentaram os níveisadequados de financiamento da economia.

Já a partir do final de 2009, com a superação da crise, a importânciarelativa dos bancos públicos gradativamente começou a cair em favor docrédito das instituições privadas. Importante guardar que ao longo da década de 2000, persistiu claromovimento de consolidação fiscal. De uma economia marcada pordesequilíbrios nas contas públicas e por um default de dívida em 1987, oPaís ingressou, pena que temporariamente, na rota da solidez fiscal.

Na comparação internacional, o Brasil inicialmente foi uma daseconomias que menos ampliou a dívida do setor público comoconsequência da crise de 2008 (INCIALMENTE FOI UMA“MAROLINHA”, embora hoje temos efeitos como as chamadas“pedaladas fiscais”).

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Em função dessa redução no endividamento, já em 2007, o Paísobteve o “grau de investimento” pelas principais agênciasinternacionais de classificação de risco. Hoje, em pleno 2017 operdemos e ainda não o recuperamos.

Vale destacar que embora de modo insuficiente, o Governo entendeu sernecessário suprimir os estímulos fiscais ainda em vigor e reduzir osgastos do Governo, em linha com a política anticíclica praticada atéentão.

Nesta toada, no início de 2011, o Governo Federal anunciou programa deconsolidação fiscal, com redução das despesas do Governo Centralconcentrada nos gastos de custeio e acompanhada da contenção de novosdispêndios e do aumento da eficiência dos gastos. O objetivo destaredução de gastos com custeio da máquina pública foi a manutenção dosinvestimentos, criando as condições para a futura redução da taxa dejuros e para novas desonerações tributárias.

A retração do comércio internacional e o aumento de concorrência, emfunção da crise, exigiram amplo programa de estímulo às exportações demanufaturados e de defesa comercial.

Com a crise de 2014, considerada a pior crise de nossa história, e da qualainda não conseguimos sair, nossa realidade piorou muito. Pode-se dizerque essa crise corroeu os avanços obtidos.

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Dessa vez, é uma crise interna, decorrente, em especial, de um enormedéficit público. O governo erroneamente focava em baixar juros à força,incentivar o consumo e beneficiar setores econômicos seletivamente,aliado a isso, a baixa forçada nos preços dos combustíveis e da energiaelétrica gerou inflação elevada posteriormente.

01) (FCC/SEAD-PI/GESTOR/2013) A Proclamação da Repúblicaalterou a configuração política do país, porém, no que tange aos aspectoseconômicos, não alterou o padrão vigente, ou seja, houve continuidadedo modelo econômico voltado para as exportações de bens-primários.Nesse sentido, considere as afirmações:

I. Manteve-se como modelo de sustentação econômica o primário-exportador e particularmente, ao final do século XVIII, o funcionamentoda economia brasileira era determinado, em grande medida, pelodesempenho do setor cafeeiro.

II. Além do café, havia uma revitalização no segmento da cana-de-açúcare o desenvolvimento do cacau na Bahia.

III. A borracha na região amazônica também contribuiu para arevitalização do segmento primário-exportador.

Está correto o que consta ema) I e III, apenas. b) I, apenas. c) I e II, apenas. d) I, II e III. e) II e III, apenas.

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Comentários:

Gabarito E

Vamos analisar cada uma das assertivas e marcar a alternativacorrespondente.I) Falsa, já que, embora tenha sido mantida a importância do modeloprimário-exportador após a Proclamação da República, tal fato só ocorreuno ano de 1889, ou seja, no final do século XIX, sendo, portanto, falsa aparte da assertiva que afirma que aconteceu ao final do século XVIII.Guarde que o modelo de sustentação econômica primário-exportadorsurgiu com o início do ciclo do café em 1800, ou seja, início do séculoXIX. II) Verdadeira!Quando o Brasil ainda era uma colônia portuguesa, surgiu por aqui o cicloda cana-de-açúcar, com a instituição das primeiras capitaniashereditárias. Durante o século XVII, o açúcar foi perdendo na pauta de exportação,começando a dar lugar também outros produtos, mas entre os séculosXVII e XVIII, o açúcar voltou a ganhar importância na produção agrícolado nordeste e a produção de cacau se instaurou na Bahia, principalmenteao sul, tomando parte das terras de produção açucareira. Nesse período,o café era o principal item da pauta agrícola, mas a borracha, o cacau e acana-de-açúcar também eram relevantes.III) Verdadeira!Durante o chamado ciclo da borracha, que ocorreu no Brasil ao longo dosprimeiros anos de República, houve um surto de produção de borracha naAmazônia, tendo este produto ocupado o segundo lugar na pauta deexportação do país, logo após o café. -------------------------------------------

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02) (FCC/TRT-4/ANALISTA/2006) Analise as seguintes afirmaçõessobre o processo de substituição de importações (PSI) ocorrido naeconomia brasileira durante o século XX:

I. O mecanismo de defesa de renda da cafeicultura através dadesvalorização da taxa de câmbio e da compra dos excedentes de café,adotado pelo Governo Federal na década de 1930, foi um dos fatoresfavoráveis ao desenvolvimento do setor industrial via PSI.

II. O PSI teve reflexos favoráveis sobre o grau de concentração de rendada economia brasileira, uma vez que os investimentos industriais tiveramum caráter notadamente trabalho-intensivo.

III. A elevação das tarifas aduaneiras não representou um incentivomaior ao PSI, nem mesmo no Governo de Juscelino Kubitschek e seuPlano de Metas.

É correto o que consta APENAS ema) I. b) II. c) III. d) I e II. e) II e III.Comentários:Gabarito AVamos analisar cada uma das assertivas e marcar a alternativacorrespondente.

I) Verdadeira.

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Durante a década de 1930, a manutenção da política da área cafeeiraevitou uma queda brusca da atividade econômica e preparou o “terreno”para fomentar o desenvolvimento embrionário da indústria brasileira. Nessa linha de pensamento, a demanda agregada mudou de composiçãono sentido de substituir produtos importados por produtos nacionais,entre os quais muitos produtos industriais. Protegidos frente à concorrência externa, a produção nacional passou agerar rentabilidade em substituição à queda de rentabilidade do setorcafeeiro, passando a atrair capital de outros setores, além do próprioreinvestimento dos lucros gerados na atividade industrial. Daí para frente, os investimentos na área industrial passaram a mandarno ritmo de crescimento da economia brasileira do século XX.II) Falsa.Guarde que uma das principais críticas ao programa de substituição deimportações foi o seu caráter concentrador de renda e capital-intensivo,já que apenas os setores considerados estratégicos foram beneficiados.III) Falsa.A elevação de tarifas aduaneiras foi uma das medidas protecionistasadotadas no programa de substituições de importações para proteger aindústria nacional.Esse mecanismo, utilizado, principalmente, durante o governo JuscelinoKubitschek, consistia em elevar as tarifas de importação, em detrimentoda utilização do câmbio como mecanismo de controle--------------------------------------------------------------------

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2 – POLÍTICAS ECONÔMICAS – BASE TEÓRICA

A política macroeconômica envolve a atuação do governo sobre acapacidade produtiva e despesas planejadas, com objetivo de permitirque a economia opere a pleno emprego, com baixas taxas de inflação euma distribuição justa de renda.

Os principais instrumentos para atingir tais objetivos são as políticasfiscais, monetárias, cambiais e comerciais, e de rendas.

Nosso objetivo com este tópico é apresentar uma breve baseteórica para alguns assuntos que serão explorados ao longo docurso.

2.1 – POLÍTICA MONETÁRIA

Política Monetária: conjunto de medidas que objetivam modificara quantidade de moeda na economia, assim como outras variáveisque nela exercem influência, ou seja, é à atuação do governo (naverdade em conjunto com o Banco Central) sobre a quantidade demoeda (meios de pagamento em geral) e de títulos públicos.

Outra forma de conceituar Política Monetária é como aquela querepresenta a atuação das autoridades monetárias, por meio deinstrumentos de efeito direto ou induzido, com o propósito de secontrolar a liquidez global do sistema econômico.

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ATENÇÃONas provas de concursos as questões basicamente querem saberquais medidas são de Política Fiscal x Monetárias x Cambial edentro dessa classificação, se são medidas contracionistas ouexpansionistas.

Para fazer a redução dos meios de pagamento (diminuição daliquidez da economia) o BACEN toma uma (ou mais de uma) das 3medidas contracionistas abaixo:1- aumentar as reservas/encaixes(depósitos) compulsórios;2- aumentar a taxa de redesconto;3 – vender (emitir) títulos públicos.

Por outro lado, quando o que se quer é aumentar a liquidez, oBACEN toma uma (ou mais de uma) das 3 medidas expansionistasabaixo:1- reduzir as reservas/encaixes(depósitos) compulsórios;2- reduzir a taxa de redesconto;3 – comprar(resgatar) títulos públicos

Importante dizer que a políticas fiscal e a monetária representammeios alternativos diferentes para as mesmas finalidades (plenoemprego, com baixas taxas de inflação e uma distribuição justa derenda). Na verdade, a política econômica deve ser executadaatravés de uma combinação adequada de instrumentos fiscais emonetários.

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2.2 – POLÍTICA FISCAL Guarde que a Política Fiscal refere-se a todos os instrumentos que ogoverno dispõe para arrecadação de tributos e o controle de suasdespesas. Outro conceito para Política fiscal é: denominação dada à política detributação (receitas) e gastos (despesas) que um governo adotaem determinado momento.

Para combater o déficit público, uma política fiscal pode optar pelaredução das despesas e/ou aumento de receitas pela majoraçãode impostos, mas além da questão do nível de tributação, apolítica tributária, por meio da manipulação da estrutura ealíquotas de impostos, é utilizada para estimular (ou inibir) osgastos de consumo do setor privado.

A política fiscal praticada pelo governo tem a capacidade de interferir naeconomia sob diferentes formas.

Se, por um lado, o objetivo da política econômica for reduzir a taxade inflação, as medidas fiscais normalmente utilizadas, são adiminuição de gastos públicos e/ou o aumento da carga tributária(o que inibe o consumo). Ou seja, visam diminuir os gastos dacoletividade. É a chamada política fiscal reducionista oucontracionista.

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Assim, a política fiscal constitui, também, um instrumento útilpara o combate ao processo inflacionário. Em situação de excessode demanda frente a determinado quadro de oferta de bens e serviços,a procura excessiva pode ser contraída através de redução dosgastos públicos, bem como por meio da elevação dos tributos.

Neste aspecto, a adoção de medidas de contração de gastos públicosafeta negativamente o consumo, enquanto o aumento da carga tributáriatambém indiretamente reduz os níveis de consumo.

Mas por outro lado, se o objetivo for um maior crescimento eemprego, os instrumentos fiscais são os mesmos, mas em sentidoinverso, para elevar a demanda agregada. É a chamada políticafiscal Expancionista.

Considerando ser o objetivo da política fiscal impulsionar aprodução e o emprego, os gastos públicos provocam efeitomultiplicador na economia.

Neste sentido, ao ampliar seus gastos, o governo estáaumentando a demanda, por consequência estimulando aestrutura produtiva a elevar sua oferta.

Dessa forma, quando, por exemplo, o governo contrata uma empresaempreiteira para a construção de uma estrada, conduz esta empresa agastos com aquisição de insumos e equipamentos, pagamento de saláriose outras prestações de serviços, etc.

Por sua vez, os fornecedores e os trabalhadores contratados efetuamoutros gastos a partir das remunerações recebidas com outros agenteseconômicos, e assim por diante.

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Vale chamar a sua atenção agora para um assunto cobrado em provas: achamada função estabilizadora do sistema tributário compostapela influência da Política Fiscal e seus respectivos estabilizadoresautomáticos!

Calma não se assuste! Vamos sem medo ....

Saiba que um estabilizador automático é qualquer ação do sistemaeconômico que tende a reduzir mecanicamente as forças de recessão e/ouda expansão da demanda, sem que sejam necessárias medidasdiscricionárias de política econômica.

Calma que vou explicar de outro modo ...

Os dois principais tipos de política fiscal usados pelo governo são aspol í ticas discricion á rias fiscais (aquelas que são deliberadas eaprovadas em uma base caso a caso dependendo da situação económica)e os estabilizadores autom á ticos , que são projetados para entrar emvigor automaticamente ao certo situações, como um sobreaquecimentoda economia ou um período de fraco desempenho econômico. O importante é entender o benefício dos estabilizadoresautomáticos, e esse benefício é o fato de que eles não precisamser objeto de debate e de procedimentos burocráticos antes detomar efeito, para que eles possam lidar com situaçõeseconômicas mais rapidamente.

De início saiba que os principais estabilizadores automáticos daseconomias são:

1) as variações automáticas nas receitas fiscais, associadas à própriacomposição dessas receitas;2) os subsídios de desemprego e outras transferências sociais do Estado.

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Vamos então analisar esses 2 tópicos e destrincha-los! Vamos por partes!

Em primeiro lugar, a atuação das variações das receitas fiscais comoestabilizador automático está associada ao peso e influência dosimpostos progressivos sobre os agentes económicos (impostosque aumentam mais do que proporcionalmente face a aumentosdo rendimento dos contribuintes).

Um bom exemplo de Imposto Progressivo é o Imposto de Renda: quantomais você ganha, maior a alíquota!

Voltando então, no caso de uma economia entrar em recessão, adiminuição do rendimento dos contribuintes a ela associada implica,logicamente em uma diminuição automática das receitas fiscais, sem quetenha de haver qualquer intervenção do Estado.

A ideia aqui é se a renda em geral cai, a arrecadação com tributos cai!

Tranquilo?

Tratando-se de impostos progressivos, como o Imposto de Renda, adiminuição mais do que proporcional de receitas fiscais, associada àdiminuição do rendimento e respetivo efeito no rendimento disponível,contribui desde logo para a suavização do impacto da recessão em causa.

Ficou claro?

Confesso que não entendi isso na primeira vez que estudei esseassunto ... então vou explicar de novo para aqueles ainda sem segurançano tema.

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Veja, no caso dos impostos progressivos o efeito da arrecadação é maiorque a simples queda geral da economia. Assim, o sistema tributárioprogressivo é um dos principais estabilizadores automáticos usados paraajudar a regular a economia.

Nessa toada, o sistema tributário progressivo é usado para desaceleraruma economia que pode estar em superaquecimento.

A ideia é que a medida que os rendimentos de alguns indivíduos sobem,eles entram em faixas mais elevadas de tributação, o que significa quemais e mais do seu dinheiro é tomado em impostos, para que elestenham menos dinheiro para gastar do que deveriam.

Da mesma forma, uma expansão inflacionista da economia é suavizadapelo aumento da carga fiscal que imediatamente deriva dessa situação,com base na progressividade dos impostos.

Em suma, o aumento automático das receitas fiscais em períodos deinflação e a sua diminuição também automática em períodos de recessãocontribui por vezes decisivamente para a moderação dos cicloseconómicos e estabilidade das economias.

O papel dos subsídios de desemprego e outras transferênciassociais do Estado para os particulares como estabilizadoresautomáticos deriva do fato de se adaptarem automaticamente àsmudanças na envolvente macroeconômica.

Assim, no caso de uma recessão, o aumento do desemprego a elaassociado implica automaticamente o aumento dos subsídios dedesemprego que, por sua vez, se assumem desde logo como meio demanter ou amenizar a diminuição do rendimento dos agentes, limitando oimpacto da referida recessão.

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Mais uma vez, este processo não depende de tomadas de decisão diretase localizadas das entidades competentes, verificando-se de formaimediata e automática.

Entendam que as prestações de desemprego são os principaisestabilizadores automáticos utilizados para promover a recuperaçãoeconômica durante uma recessão.

A ideia é que à medida que mais pessoas ficam desempregadas, elascoletam benefícios do governo, o que significa que eles têm dinheiro paragastar em bens e serviços.

Veja que, sem subsídios de desemprego, os consumidores como um todoteriam menos dinheiro para gastar e, logicamente, a economia iria serecuperar muito mais lentamente.

Outra forma do governo estimular a produção e o emprego naeconomia ocorre através da diminuição da carga tributária. Aoreduzir os impostos sobre os produtos considerados estratégicospelo seu efeito desencadeador, o governo pode contribuir paraaumentar a demanda dos agentes, assim como pode, através dadiminuição dos impostos, estimular o consumo de produtos deforma generalizada.

Essa situação é muito presente na vida do Brasileiro desde a crisemundial de 2008 quando o governo baixou a alíquotas de IPI dos carros,dos eletrodomésticos e de vários outros produtos, especialmente demáquinas e equipamentos industriais.

Desse modo, o governo, ao reduzir os impostos sobre máquinas eequipamentos, contribui para a diminuição dos custos de aquisição destesprodutos, cuja demanda crescente estimula a oferta do segmento dosegmento industrial correspondente.

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Outra contribuição da política fiscal ocorre na área externa daeconomia. A carga tributária pode estimular, bem comodesestimular, as importações e as exportações, trazendoconsequências sobre a estrutura produtiva interna de um país.

A carga tributária elevada desestimula a demanda por produtosadquiridos no exterior, assim como o inverso contribui para aquecer aprocura pelos produtos estrangeiros.

Um bom exemplo para ilustrar essa situação foi a redução da cargatributária para importação de produtos pelo Brasil a partir de 1994, que,junto com a valorização da moeda nacional, levou a balança comercial(exportação menos importação) a ficar negativa pelos anos seguintes.

Destaca-se, ainda, outro impacto da prática da política fiscal sobrea economia. Esta referência ocorre na área de distribuição derenda.

O gasto público voltado para atender segmentos da população demenor poder aquisitivo constitui uma forma indireta de distribuirrenda. O exemplo clássico é o programa bolsa família, com propósitode melhorar as condições de vida de parte da população.

Outra forma de atuação na área de distribuição de renda é aadoção de um sistema tributário progressivo, como o imposto sobrea renda, possibilitando ao governo arrecadar mais recursos de quemganha mais, para serem destinados à melhoria do sistema deatendimento social.

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Importante dizer que a políticas fiscal e a monetária representam meiosalternativos diferentes para as mesmas finalidades (pleno emprego, combaixas taxas de inflação e uma distribuição justa de renda).

Na verdade, a política econômica deve ser executada através de umacombinação adequada de instrumentos fiscais e monetários.

2.3 – POLÍTICA CAMBIAL

A política cambial diz respeito a alterações na taxa de câmbio,enquanto a política comercial constitui-se de mecanismos queinterferem no fluxo de mercadorias e serviços.As políticas cambiais são implementadas, por exemplo, com a adoção deRegime Cambiais de taxas fixas de câmbio ou de taxas flutuantes ouflexíveis de câmbio ou ainda das chamado Regime de Bandas cambiais.

A Política Cambial refere-se à atuação do governo sobre a taxa decâmbio. O governo, através do Banco Central, pode fixar a taxa decâmbio, ou permitir que ela seja flexível e determinada pelo mercado dedivisas. A política cambial exerce grande influência sobre a política aduaneira(exportações e importações) de um país.

Os principais componentes da política cambial de qualquer paíssão os instrumentos cambiais, uma vez que sua utilização é decompetência exclusiva do governo federal, na medida em que opoder decisório sobre sua utilização foge da alçada e dacompetência dos governos estaduais ou municipais.

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Importante guardar a ideia de que a Política cambial é baseada naadministração das taxas de câmbio e no controle das operações cambiais,variáveis relacionadas às transações econômicas de um determinado paíscom o exterior, ou seja, é o conjunto de medidas e ações do governo queinfluem no comportamento do mercado de câmbio e da taxa de câmbio.

Chamo a sua atenção para o “famoso” Mercado de Câmbio, que naverdade é o ambiente (físico ou virtual, pois as trocas de moeda podemser feitas também por meio eletrônico, sem a presença física dosparticipantes) onde se realiza as operações de câmbio entre os agentesautorizados pelo BACEN - Banco Central do Brasil (bancos, corretoras,distribuidoras, agências de turismo etc.) e, entre esses, e seus clientes.

Dentre as políticas comerciais externas, podemos destacar asalterações das tarifas sobre importações e a Regulamentação do comércioexterior.

Já temos noção de que na economia internacional, os países realizamtransações econômicas sob a conversão dos valores em uma moedapadrão.

Essa conversão tem como objetivo facilitar as transações econômicas,dado que cada país possui moeda própria.

Nessa toada, define-se taxa de câmbio como a medida de conversão deuma moeda em outra.

Ou seja, a taxa de câmbio expressa o número de unidades da moedanacional, R$, por unidade de moeda estrangeira, como, por exemplo oDólar US$.

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Nestes termos, a taxa de câmbio, ao expressar uma relação entremoedas, indica quanto uma moeda representa em relação à outra. Logo,se 1 US$ equivale a R$ 4,05, significa que cada Dólar vale 4 Reais e cincocentavos.Até aqui beleza?

Espero que sim!

Também já temos uma noção de que a taxa de câmbio é determinadapela oferta de divisas e pela demanda de divisas, sob regulação daAutoridade Monetária, Banco Central do Brasil.

Vimos que a oferta de divisas depende do volume de exportações, daentrada de capital externo, da vinda de turistas estrangeiros, etc., enfim,dos agentes que querem trocar US$ por R$.

Por outro lado, a demanda de divisas depende do volume de importações,da saída de capital externo, da saída de turistas nacionais, etc., em suma,dos agentes que desejam trocar R$ por US$.

Neste contexto, já sabemos que firma-se uma relação de mercado onde amoeda nacional pode obter uma valorização cambial (apreciaçãocambial), bem como pode ter uma desvalorização cambial (depreciaçãocambial).

Já sabemos também que em caso de valorização cambial, ocorre umaumento do poder de compra da moeda nacional em relação à moedaestrangeira. Já na situação inversa, no caso de desvalorização cambial, amoeda nacional perde poder aquisitivo em relação à moeda estrangeira.

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03) (FCC/MPU/Analista/2007) A valorização da taxa de câmbio, noBrasil,a) favorece a entrada de capitais externos.b) eleva os termos de troca.c) torna as importações mais baratas.d) diminui a dívida externa em dólar.e) é neutra em relação à taxa de inflação.

Comentários:Gabarito CVamos entender de uma vez por todas, essa questão de câmbiovalorizado ou desvalorizado e seu efeito nas importações e nasexportações!Pense agora: se o dólar hoje estivesse valendo R$ 0,10 (dez centavos),ou seja, com apenas R$ 1,00 você conseguisse comprar 10 dólares (taxade câmbio no Brasil valorizada) o que você faria?Compraria dólares e viajaria para a Disney com toda a família? Isso mesmo! Embora extremo, esse exemplo ilustra bem os efeitos de um câmbiovalorizado.Se a moeda local está valorizada significa que a moeda estrangeira estábarata, logo está bom para importar e para viajar para o exterior. De modo inverso, se a moeda local está cara, as exportações tornam-sedifíceis!Já dá para dizer que o gabarito é a letra C!Concorda?Vamos comentar as demais alternativas:a) errada, pois a valorização favorece a saída de capital e não a suaentrada.

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b) errada, pois com a moeda valorizada os termos de troca são reduzidosjá que o Real está caro.d) errada, pois a dívida externa em dólares não é reduzida.e) errada, pois o aumento das importações aumenta a competição paraos produtos nacionais que são obrigados a reduzir seus preços.--------------------------------------------------------------------OPA! Já podemos então avançar um pouquinho mais.

Tecnicamente podemos conceituar Taxa de câmbio como:operação financeira que expressa troca de valores em moedaentre países.

Na verdade, observe que a taxa de câmbio constitui o valor comparativoentre moedas e é usada para permitir as transações econômicas entrediferentes países. ATENÇÃOExiste ainda uma distinção que deve ser feita entre a taxa decâmbio nominal e a taxa de câmbio real.

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A t axa de câmbio nominal é a taxa onde se troca duas moedasdiferentes. Na verdade, até aqui estudamos o conceito de taxa de câmbionominal.

Já a taxa de câmbio real é aquela que reflete o custo da mesmamercadoria em países diferentes, que na verdade acaba por demonstrar acompetitividade das exportações.

Podemos dizer que a taxa de câmbio real é calculada da seguinte forma:

Taxa câmbio real =taxa câmbio nominal x nível de preços no exterior nível de preços domésticos

Vamos criar um exemplo para entendermos melhor o conceito de taxa decâmbio real.

Imagine um par de sapatos brasileiro sendo exportado para os EUA.

Vamos supor uma desvalorização do real (por exemplo, quando o dólarsubiu de R$ 3,00 para R$ 3,30, ou seja, 10%).

Suponha ainda que esse par de sapatos que custava R$120,00 agora,devido ao aumento dos custos de produção, também na ordem de 10%,passe a custar R$ 132,00.

Ao câmbio inicial, de R$ 3,00 por dólar, os R$ 120,00 representavam US$40.00.

Mas agora, após a desvalorização, os R$ 132,00 representarãoexatamente os mesmos US$ 40.00. Já que a desvalorização da moeda de10% foi igual a inflação interna do Brasil (no caso do sapato) de 10%.

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O que você pode concluir dessa situação?

No caso hipotético que criamos, a inflação brasileira absorveu toda avantagem proporcionada pela desvalorização cambial, anulando-a. Emsuma, a taxa real de câmbio não foi alterada, embora a taxa nominaltenha sofrido desvalorização de 10%.

04) (FCC/TCE-CE/PROCURADOR/2015) Considere os dados abaixo:

− Tecido brasileiro − custo por Ton: R$ 150,00− Tecido Inglês − custo por Ton: £75

Qual é a taxa de câmbio entre o real e a libra?

a) Um real (R$1) vale duas libras(£2). b) Uma libra (£1) vale dois reais (R$2).c) Dois reais (R$2) valem meia libra (£0,5). d) Uma libra (£1) vale um real (R$1). e) Uma libra (£1) vale meio real (R$0,5).Comentários:Gabarito BO custo por tonelada é R$ 150,00 ou 75 libras.Logo a taxa de câmbio entre real e libra é R$ 150 / 75 Libras!A Taxa é R$ 2,00, ou seja, você precisa de 2 Reais para obter 1 Libra!------------------------------------------------------------------Tranquilo?

Então vamos continuar!

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As autoridades monetárias de um país regulam a taxa de câmbio, basepara as transações econômicas. Para tanto, podem adotar regimescambiais distintos: câmbio fixo, câmbio flutuante ou ainda o regimehíbrido ou misto chamado de regime de bandas cambiais.

Vamos ver as principais características desses regimes cambiais:

Regime de Câmbio Fixo: Banco Central fixa a taxa de câmbio. O BancoCentral é obrigado a disponibilizar as reservas cambiais.

Amigo(a), tenha em mente que num sistema em que vigora a taxa decâmbio fixa, o valor da moeda estrangeira é determinado pelo BancoCentral e não se altera. Neste caso, esta Autoridade Monetária administraa oferta e demanda da moeda estrangeira como seu valor fixado.

Regime de Câmbio Flexível (flutuante): O mercado (oferta edemanda de divisas) determina a taxa de câmbio. O Banco Central não éobrigado a disponibilizar as reservas cambiais.

Guarde a ideia que num sistema em que vigora a taxa de câmbioflexível, o valor da moeda varia de acordo com a oferta edemanda, sem compromisso da Autoridade Monetária comprardivisas no mercado no intuito de manter a taxa existente. Em suma, asforças de mercado determinam a taxa de câmbio praticada.

Importante dizer que tanto a taxa de câmbio fixa como a taxa decâmbio flexível trazem vantagens e desvantagens em suaadministração.

Uma vantagem apontada na adoção de taxa de câmbio fixa refere-se àcondição de previsibilidade dada ao agente que opera no comércioexterior, em face do seu caráter estável.

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Por outro lado, apresenta a desvantagem decorrente da necessidade doBanco Central ser obrigado a manter divisas para garantir a taxa decâmbio fixada.

Já a taxa de câmbio flexível apresenta como principal vantagem o fato doBanco Central não precisar contar com reserva para intervenção nomercado, dado que este determina a taxa de câmbio.

Por outro lado, apresenta a desvantagem decorrente da taxa de câmbioficar dependente da volatilidade do mercado financeiro internacional.

Regime de Bandas Cambiais:

O regime de bandas cambiais é um regime de câmbio misto ouhíbrido que apresenta as características de câmbio fixo e decâmbio flutuante. Na verdade, no regime de bandas cambiais a taxaflutua até certo limite superior e inferior.

A chama banda cambial pode sim ter seu piso e seu teto atualizado, porexemplo, de acordo com a inflação de determinado período.

Nosso país teoricamente adotou esse modelo de câmbio de 1995 até1999, quando decidiu adotar o regime de câmbio flutuante.

Mas na prática, esse regime de banda cambial vigora até hoje, poisquando a cotação real x dólar atinge um valor considerado crítico pelogoverno, este interfere no mercado cambial a fim de garantir aestabilidade econômica. É o que alguns chamam de “flutuação suja”.

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Veja que é verdadeira a afirmativa de que taxa de câmbio constitui umpreço fundamental na economia. A sua determinação afeta o comércioexterior, o nível de inflação, o estoque da dívida externa e a dinâmica daprodução doméstica, entre outras variáveis.

Já sabemos que no campo do comércio externo, uma desvalorizaçãocambial deve estimular as exportações, pois os exportadores receberãomais reais por dólar exportado.

Na área das importações, a desvalorização cambial deve conduzir osimportadores a mais despesas, pois pagarão mais reais por dólar pelosprodutos adquiridos do exterior.

Outro efeito importante da taxa de câmbio ocorre sobre o processoinflacionário.

Na ocorrência de valorização cambial, deve-se estimular a aquisição deprodutos importados, dado que a moeda nacional se torna mais forte emrelação ao dólar.

A prática desta política cambial, juntamente com a política de aberturacomercial, estimula a entrada de produtos importados no mercadodoméstico pressionando os preços internos à baixa.

Bem, já sabemos que o câmbio é troca de moedas entre dois países. Nonosso caso o Brasil com o país com quem fará a permutação. Por exemplo,se quero comprar uma mercadoria aos Estados Unidos, a moeda será emdólar, para isto preciso saber a sua cotação.

Até aqui acho que está tranquilo.

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Mas como a política cambial afeta o mercado cambial? Qual suaimportância para o Exportador e para a Balança Comercial e dePagamentos de um País?

Nunca é demais lembrar que quando falamos de Balança Comercial,estamos falando de Exportação menos Importação. Tudo que se exportoumenos tudo que se importou dará, no final, o resultado da BalançaComercial.

Nessa toada, a política cambial, que já sabemos ser o instrumento dapolítica econômica do governo federal que atua na valorização edesvalorização da moeda via autoridade monetária, o Banco Central, queintervém na taxa de câmbio. Também já sabemos simploriamente queTaxa de Cambio é “quantos reais precisamos para comprar um dólar” eque essa taxa interfere na balança comercial.

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05) (FCC/Manausprev/Economista/2015) Sobre os diferentesregimes de taxa de câmbio, é correto afirmar que

a) a experiência histórica com regime de câmbio fixo, nos países emdesenvolvimento, revela ser esse regime o que garante a maiorestabilidade das contas externas, pois prescinde das estruturas deimportações e exportações dos países, pois é garantido que o mercadointernacional financeiro garante plena liquidez em todos os momentos.

b) uma taxa de câmbio flexível implica um ajustamento do balanço depagamentos por meio da elevação da taxa de juros, uma vez que a taxade câmbio apenas pode variar para baixo.

c) em um regime de taxa de câmbio flexível é possível ter metas de taxareal de câmbio, pois pode-se sempre ajustar a taxa nominal de câmbiopara atingir-se um nível real do câmbio.

d) um regime de câmbio fixo torna a política monetária de uma paísemissor de moeda não conversível mais eficaz, pois permite à autoridademonetária prevenir qualquer ataque especulativo contra a moeda,independentemente do nível de suas reservas internacionais de divisasestrangeiras.

e) uma taxa de câmbio ajustável (com flutuação suja) significa que aautoridade monetária pode intervir no mercado de câmbio para imporlimites à flutuação da taxa de câmbio. No Brasil, o Banco Central costumaintervir no mercado de contratos futuros de câmbio com os chamadosswaps cambiais.Comentários:Gabarito EVamos analisar as alternativas e marcar a correta.

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a) Falsa. O mercado financeiro internacional não garante a liquidez a todotempo. Além disso, um regime de câmbio fixo ajuda na estabilidadeinterna.b) Falsa. Se a taxa é flexível, ela pode subir ou descer.c) Falsa. Se é flexível, o BACEN não intervém no mercado. d) Falsa. Ocorre o inverso. A política monetária é ineficaz num regime decâmbio fixo dado o papel passivo do BACEN neste regime.e) Verdadeira. Bela conceituação aplicável à flutuação suja do câmbio.---------------------------------------------------------------Sabemos que o mercado de câmbio é “alimentado” pela oferta e pelademanda da moeda. A oferta de dólares é realizada por quem traz dólares para a economia,representada pelos exportadores, os investidores internacionais queinvestem no Brasil e os turistas que vem de fora. Já a demanda de dólares é representada pelos importadores, por nósquando viajamos para o exterior e quando pagamos a dívida externa. Mas aí você, que está tendo uma boa compreensão da matéria, mepergunta: “quando a oferta por dólares for maior que a demanda, o queacontece com o dólar”?O dólar começa a despencar, e, ao contrário, quando se amplia ademanda, o dólar tende a subir. Esta é a lógica do mercado de câmbio, quando o câmbio é livre, ou seja, oBanco Central não fixa a taxa, deixando a mesma flutuar. Aí você me pergunta: “Professor, para combater a inflação o que é melhor:a valorização ou desvalorização do dólar? “

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É melhor a valorização do Real frente ao dólar, ou seja, a depreciação dodólar, ou, em outras palavras, a desvalorização da moeda americana,porque os preços de importação, seja de bens de consumo ou dasmáquinas e equipamentos têm um baixo custo, pressionando os preços dosprodutos nacionais para baixo, ajudando, desse modo, no combate àinflação.Em sentido inverso, com a desvalorização do Real frente ao dólar, ou seja,com a apreciação do dólar, os preços de custos de importação sãoelevados, e assim influenciam elevando os custos de produção e diminuema concorrência dos importados. Assim, ocorre repasse de custos para oconsumidor final, causando a inflação de custos ou de oferta(inflacionando-se os preços de aquisição de mercadorias pelosconsumidores).

3. CÂMBIO E COMÉRCIO EXTERIORJá tivemos os primeiros conhecimentos acerca de câmbio e regimes cambiaisquando estudamos a política cambial. Agora, vamos conhecer algunsconceitos relacionados ao comércio exterior e às demais transações com oresto do mundo, passando pelo balanço de pagamentos.

As transações “com o resto mundo” são aquelas feitas com empresas epessoas não-residentes, ou seja, residentes em outros países. Aqui o quevale não é nacionalidade da pessoa (física ou jurídica) mas o localdefinido como de sua residência. Assim, um brasileiro que resida na Chinae uma multinacional Holandesa serão tratados como não-residentes.Chamo sua atenção que em prova se chama o conjunto dos “outrospaíses” como “resto do mundo” ou “setor externo”.

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Exportações (X): representam as compras de nossos bens e serviçospelos estrangeiros, ou seja, são gastos do setor externo com as nossasempresas. Importações (M): representam nossas compras relativas a bens eserviços produzidos por empresas de outros países, ou seja, do setorexterno.Importante registrar que as Exportações e as Importações em tele sereferem à compra e venda de bens e “serviços não-fatores”, ouseja, serviços que não representam “remuneração”, como é o casode fretes, seguros, turismo, etc., que são pagamentos (ou recebimentos)feitos a firmas pela compra (ou venda) de serviços não-fatores.

Desse modo, outros pagamentos de serviços, tais como assistênciatécnica, consultorias, honorários, lucros, são feitos das empresas aosindivíduos, a título de remuneração, e nesse caso são chamados de“serviços de fatores”, sendo considerados nas seguintes variáveis: Renda Enviada ao Exterior (REE): representa uma parcela da rendagerada internamente, nos limites territoriais do nosso país, mas que nãopertence aos nacionais. Como exemplo, temos a remessa de lucros deuma empresa estrangeira para sua matriz no exterior, o pagamento deuma consultoria internacional, o pagamento de assistência técnica, etc. Renda Recebida do Exterior (RRE): representa exatamente o fluxocontrário, ou seja, trata-se de uma parcela da renda gerada em outropaís, que se agrega à renda nas mãos dos nacionais. Por exemplo,recebimento de lucros obtidos por filiais de uma empresa nacional situadaem outro país. Renda Líquida de Fatores Externos (RLFE): constitui-se na diferençaentre a Renda Recebida do Exterior e a Renda Enviada ao Exterior: RLFE = RRE -REE

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Quando um país recebe mais renda do exterior do que envia, a RendaLíquida de Fatores Externos é positiva. Já em situação inversa, ou seja, seum país recebe menos renda do exterior do que envia, a Renda Líquida deFatores Externos é negativa. Na situação de Renda Líquida de Fatores Externos negativa, é muitocomum se usar a expressão “Renda Líquida Enviada ao Exterior”: RLEE = REE – RRE Se a Renda Líquida Enviada ao Exterior é positiva, isso significa que REE> RRE, quer dizer, o país envia mais renda para o exterior do que recebe.Por outro lado, quando a RLEE é negativa, acontece exatamente o oposto,ou seja, o país na verdade recebeu de fora mais “unidades monetárias”do que mandou.

06) (FCC/BACEN/Analista/2005) Considere os seguintes dados:

Exportação de bens e serviços não-fatores: 350Déficit do balanço de pagamentos em transações correntes: 250Importação de bens e serviços não-fatores: 300

Com base nessas informações, é correto afirmar que:a) A renda líquida recebida do exterior foi 300;b) A renda líquida recebida do exterior foi 200;c) A renda líquida enviada ao exterior foi 300;d) A renda líquida enviada ao exterior foi 200;e) A renda enviada ao exterior foi igual à renda recebida do exterior.Comentários

Gabarito CO saldo de transações correntes é dada por TC = X – M – RLEE.

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Desse modo temos: -250 = 350 – 300 – RLEELogoRLEE = 50 + 250 = 300.---------------------------------------------------------Conta das Transações com o resto do mundoEssa conta revela os valores das transações de um país com os demaispaíses e inclui as transações realizadas entre os residentes e os nãoresidentes de um país.DÉBITO CRÉDITO3.1 Exportação de bens eserviços

3.4 Importação de bens eserviços

3.2 Renda Recebida do Exterior 3.5 Renda Enviada para oExterior

3.3 Saldo: Poupança Externa 3.6 Saldo das transaçõescorrentes com o resto do mundo

Total de recebimentos Utilização dos recebimentosEssa conta demonstra, do lado do débito, os gastos dos não residentescom a compra de bens, serviços e ativos nacionais (exportações doBrasil), bem como os valores recebidos do setor externo.

Já do lado do crédito, essa conta demonstra as compras feitas pelosresidentes na forma de importações de bens e serviços e os valoresenviados para o exterior pelos agentes domésticos. Aqui também élançado o saldo do balanço de pagamentos em conta corrente.

Agora, vamos fazer um pequeno questionamento: o que será que levamuitos países a comercializarem entre si?

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Os economistas clássicos fornecem a explicação teórica básica para ocomércio internacional usando o Princípio das VantagensComparativas.

Esse tal Princípio das Vantagens Comparativas sugere que cada paísdeva se especializar na produção daquela mercadoria em que érelativamente mais eficiente (ou que tenha um custorelativamente menor). Assim, essa será, portanto, a mercadoriaexportada, e, por outro lado, este país deverá importar aqueles bens cujaprodução implicar um custo relativamente maior.

A Teoria das Vantagens Comparativas foi formulada por DavidRicardo em 1817. No exemplo construído por esse autor, existem doispaíses (Inglaterra e Portugal), dois produtos (tecido e vinho) e apenas umfator de produção (mão de obra).

Quantidade de homens/hora para a produção deuma unidade de mercadoria

Tecidos Vinho

InglaterraPortugal

100 90

120 80

Podemos ver que, em termos absolutos, Portugal é mais produtivo naprodução de dessas duas mercadorias, mas em termos relativos, o custoda produção de tecidos em Portugal é maior do que o da produção devinho, e na Inglaterra, o custo da produção de vinho é maior que o daprodução de tecidos.

Desse modo, comparativamente, Portugal tem a vantagem relativa naprodução de vinho, e a Inglaterra na produção de tecidos.

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Ainda segundo Ricardo, os dois países obterão benefícios aoespecializarem-se na produção da mercadoria em que possuemvantagem comparativa, exportando-a, e importando outro bem.

Não importa aqui, o fato de que um país possa ter vantagem absoluta emambas as linhas de produção, como é o caso de Portugal, no exemploacima.

Colega, repare que a teoria desenvolvida por Ricardo fornece umaexplicação para os movimentos de mercadorias no comércio internacionala partir da oferta ou dos custos de produção existentes nesses países.

A ideia é que os países exportarão e se especializarão na produçãodos bens cujo custo for comparativamente menor em relaçãoàqueles existentes, para os mesmos bens, nos demais paísesexportadores.

Já a teoria elaborada pela corrente “estruturalista” que nos diz queos produtos manufaturados apresentam elasticidade - renda da demandamaior que um, enquanto a dos produtos primários é menor que um, e,em consequência, o crescimento da renda mundial provocaria umaumento relativamente maior no comércio de manufaturados,acarretando uma tendência crônica ao déficit no balanço de pagamentosdos países exportadores de produtos básicos ou primários.

Vamos agora conhecer o conceito de bens comercializáveis (tradebles) ebens não comercializáveis (non tradebles).

Numa economia aberta, os bens comercializáveis são passíveis deimportação e, ou, exportação, com destaque para as commodities, e seus

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Importante dizer que quanto maior a penetração dos bensimportados no tecido econômico e, portanto, maior a presençarelativa de bens comercializáveis na economia, maior a eficácia docontrole da inflação através da administração do câmbio.

O tradicional efeito colateral deste tipo de estratégia diz respeito àapreciação e, no limite, sobrevalorização do câmbio real. Admitindo-seque os processos inflacionários vêm acompanhados por inércia, umcongelamento nominal do câmbio ou uma redução no ritmo dedesvalorizações nominais serão usualmente acompanhados de apreciaçãoreal devido a aumentos residuais de preços.

O efeito será tanto mais intenso quanto maior for o aumento depreços dos bens não comercializáveis não expostos à concorrênciados bens importados.

Nesse sentido, pode concluir que o controle da inflação viaadministração cambial depende quase que exclusivamente daredução de preços dos bens comercializáveis.

Programas de estabilização baseados nessa estratégia terãosucesso se conseguirem reduzir os preços dos não

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comercializáveis a partir do controle de preços dos benscomercializáveis.

Quanto maior for a inércia de preços no setor de nãocomercializáveis, maior a probabilidade de ocorrência dedesalinhamentos cambiais e crises no balanço de pagamentos.Dependendo da intensidade da apreciação real, um ciclo deaumento de consumo nas linhas do populismo cambial poderá serdesencadeado, resultando em grandes crises externas

O choque de oferta cambial (maxidesvalorização) ocorre quando existePerda de valor de uma moeda nacional (Real) em relação a outra (dólar),ou ao ainda em relação ao ouro.

Normalmente, um governo desvaloriza sua moeda para corrigir o déficitdo seu Balanço de Pagamentos.

Neste caso, quando o preço dos produtos importados aumenta, e o preçodos exportados diminui, a desvalorização pode ser bem-sucedida.

Importante dizer que em certos casos, a desvalorização convida àmigração de capitais para o país, e cria oportunidades de investimentopara o capital estrangeiro. Entretanto, essas vantagens se perdemquando o país não domina a inflação, não atrai o capital internacional, ounão corrige a tendência deficitária no balanço de pagamentos.

Finalmente, vamos agora ver a parte do tema que normalmente é a maiscobrada em concursos: o balanço de pagamentos!

O comércio internacional gera fluxos de transações econômicasenvolvendo movimentação de bens e serviços entre países, cujos

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pagamentos e recebimentos são registrados, contabilmente, emmoedas estrangeiras no balanço de pagamentos.

Portanto, no Balanço de Pagamentos ocorrem os registroscontábeis de transações econômicas entre os residentes do país eos residentes no exterior.

Tais registros tratam de transações verificadas em determinado períododo tempo (um mês, um semestre ou um ano), pois referem-se ao fluxodo movimento transacionado em determinado período.ATENÇÃOEm suma, nobre concurseiro(a), guarde a ideia que no Balanço dePagamentos é feito o registro de todas as transações de carátereconômico-financeiro realizadas por residentes de um país comresidentes dos demais países. 07) (FCC/SEFAZ-PI/ATE/2015-adaptada) Referente à ContabilidadeNacional, julgue:

O balanço de pagamentos, o qual registra o movimento financeiro externode um país e suas relações com os demais países.

ComentáriosGabarito EA assertiva é falsa, já que a definição do Balanço de Pagamentos é oregistro das transações entre residentes e não residentes, sendo maisampla que o simples movimento financeiro por contemplar transaçõessem fluxo monetário como uma doação.------------------------------------------------------------------------Guarde que, como em qualquer outra conta, se as receitas totais(entradas) superarem as despesas totais (saídas), o balanço depagamentos apresentará superávit. Por outro lado, se ocorrer o inverso,

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haverá déficit. Mas se os valores estiverem equivalentes, estaráequilibrado.

Em outras palavras, podemos dizer que o balanço de pagamentos écomposto de registros contábeis de movimentações financeirasdecorrentes das transações efetuadas, cujas contas apresentamentrada e saída de recursos.

As suas contas registram transações de vários tipos como ocomércio de mercadorias decorrente de exportação e importação, osserviços, o pagamento de juros, royalties, remessa de lucro, turismo,pagamento de fretes, etc.

Da mesma forma, o Balanço de Pagamentos registra o movimento decapitais, expresso pelos investimentos diretos estratégicos, empréstimose financiamentos, etc.ATENÇÃOAgora chamo a atenção para a situação em que o balanço depagamentos apresente resultado negativo. Nesse caso, o paísdeve cobrir o déficit com reservas internacionais. Se as reservasnão cobrirem o déficit apresentado, o país tem que recorrer aempréstimos no sistema financeiro internacional para cumprir seuscompromissos

Já em contexto de superávit, o resultado possibilita ao paísaumentar sua conta de reservas internacionais.

Dentre os bancos integrantes deste sistema financeiro, cita-se o FundoMonetário Internacional FMI, que como vimos é uma instituição criadacom a finalidade de zelar pela estabilidade financeira e econômica e

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prestar assistência aos países com dificuldades no balanço depagamentos.

08) (FCC/ARSETE/ECONOMISTA/2016-adaptada) Julgue a assertivaabaixo:

Os anos seguintes à crise do petróleo de 1974 trouxeram impactos paraas contas do balanço de pagamentos no Brasil. Um desses impactos foi asignificativa redução das importações.

Comentários:Gabarito ENa verdade, o governo brasileiro, aproveitando a abundância de liquidezno mercado internacional (mesmo com o choque de custos provocadopela crise do petróleo), optou por manter a estratégia de crescimentopara completar o processo de substituição de importações.---------------------------------------------------------A ESTRUTURA DO BALANÇO DE PAGAMENTOS

O balanço de pagamentos é o registro estatístico – contábil detodas as transações econômicas realizadas entre os residentes dopaís com os residentes dos demais países.

Desse modo, estão registrados no balanço de pagamentos, por exemplo,todas as exportações e importações do período considerado: os fretes, osseguros, os empréstimos obtidos no exterior, etc. ou seja, todas astransações com mercadorias, serviços e capitais físicos e financeiros entreo país e o resto do mundo.

O balanço de pagamentos tem a seguinte estrutura resumida:

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MERGEFORMATINET

A forma oficial de apresentar o Balanço de Pagamentos é a seguinte:

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Como podemos ver, o balanço de pagamentos apresenta as seguintessubdivisões:

Balança Comercial: conta que compreende basicamente o comércio demercadorias. Se as exportações FOB excedem as importações FOB, temosum superávit no balanço de comércio; caso contrário temos um déficit.

09) (FCC/TRT4/ANALISTA/2006) O saldo da balança comercial deum país é tanto maior quanto:

a) menor for a taxa de juros doméstica em relação à taxa de juros dosdemais países.b) maior for a renda nacional em relação à renda dos demais países.c) piores forem os termos de troca.d) menor for a valorização da moeda nacional em relação à moedaestrangeira.e) menor for a renda do resto do mundo em relação à renda nacional.

Comentários:Gabarito DO saldo da Balança Comercial é o resultado da diferença entre asexportações e as importações. Assim, o ideal para ter um saldo maior éaumentar as exportações e diminuir as importações. Em relação à taxa de câmbio, quanto menos valorizado o Real, maisexportaremos (os produtos nacionais ficam baratos em Dólar) e menosimportaremos (já que os produtos importados se tornam caros em Reais).E agora, depois dessa dica já dá para achar a alternativa correta?Sem dúvida a alternativa correta é a letra D, pois saldo da balançacomercial de um país é tanto maior quanto menor for a valorização da

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moeda nacional em relação à moeda estrangeira, ou seja, quanto maisdesvalorizada for a moeda nacional. ---------------------------------------------------------Balanço de Serviços: registram-se todos os serviços pagos/ recebidospelo Brasil, tais como fretes, seguros, lucros, royalties e assistênciatécnica, viagens internacionais.

Balanço de Rendas: registram-se, por exemplo, o pagamento dos juros.

Transferências Unilaterais: também conhecidas como conta donativos,registram as doações interpaíses. Estes donativos podem ser em divisascomo em mercadorias.

Balanço de Transações Correntes: o somatório dos balançoscomercial, de serviços e de transferências unilaterais resulta no saldo emconta corrente ou balanço de transações correntes. Se o saldo do balançode transações correntes for negativo, temos uma poupança externapositiva, pois indica que o país aumentou seu endividamento externo, emtermos financeiros, mas absorveu bens e serviços em termos reais noexterior.

Movimento de Capitais ou Balanço de Capitais: na conta de capitalaparecem as transações que produzem variações no ativo e no passivoexternos do país e que, portanto, modificam sua posição devedora oucredora perante o resto do mundo.

A conta de capital subdivide-se em duas:

Movimento autônomo de capital, na forma de investimentos diretos deempresas multinacionais, de empréstimos e financiamentos para projetosde desenvolvimento do país e de capitais financeiros de curto prazo,aplicados no mercado financeiro nacional.

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Transferências Unilaterais: também conhecidas como conta donativos,registram as doações interpaíses. Estes donativos podem ser em divisascomo em mercadorias.

Balanço de Transações Correntes: o somatório dos balançoscomercial, de serviços e de transferências unilaterais resulta no saldo emconta corrente ou balanço de transações correntes. Se o saldo do balançode transações correntes for negativo, temos uma poupança externapositiva, pois indica que o país aumentou seu endividamento externo, emtermos financeiros, mas absorveu bens e serviços em termos reais noexterior.

Movimento de Capitais ou Balanço de Capitais: na conta de capitalaparecem as transações que produzem variações no ativo e no passivoexternos do país e que, portanto, modificam sua posição devedora oucredora perante o resto do mundo.

A conta de capital subdivide-se em duas:

Movimento autônomo de capital, na forma de investimentos diretos deempresas multinacionais, de empréstimos e financiamentos para projetosde desenvolvimento do país e de capitais financeiros de curto prazo,aplicados no mercado financeiro nacional.

Movimentos induzidos de capital (compensatório), para financiar osaldo do balanço de pagamentos.Cabe uma observação sobre a rubrica Erros e Omissões. É adiferença entre o saldo do balanço de pagamentos e o financiamento doresultado que surge quando se tenta compatibilizar transações físicas efinanceiras. A regra internacional é admitir para Erros e Omissões um valor de,no máximo, 5% da soma das exportações com as importações.

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10) (FCC/SEFAZ-PI/ATE/2015) De acordo com as contas do Balançode Pagamentos, a Necessidade de financiamento Externo − NFE é obtidapor meio

a) do saldo da conta capital menos o saldo da conta financeira.b) do saldo da balança comercial menos empréstimos ao exterior deresidentes no país de origem.c) do saldo da conta de transações correntes líquidas dos investimentosestrangeiros diretos.d) das rendas de serviços não fatores menos investimento estrangeiro emcarteira.e) das transferências unilaterais menos empréstimo inter companhia.

ComentáriosGabarito CA poupança externa é demonstrada por meio do déficit na conta detransações correntes no Balanço de Pagamentos, ou em outras palavras,pelo saldo da conta de transações correntes líquidas dos investimentosestrangeiros diretos.---------------------------------------------------------------------11) (FCC/SERGAS/ECONOMISTA/2010) Se a Conta Corrente doBalanço de Pagamentos de um país for superavitária, isto implica que:

a) a balança comercial é igualmente superavitária.b) o saldo da conta financeira é nula.c) a poupança do Resto do Mundo é negativa.d) o déficit do balanço de serviços é superior, em valor absoluto, aosuperávit da balança comercial.e) o país está perdendo reservas internacionais.

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Comentários:

Gabarito CO saldo do Balanço de Pagamentos (BP) é formado pela soma entre aconta corrente (BC) e a conta de capital (BK). Sendo assim temos: BP = BC + BKO enunciado da questão parte da premissa de que a Conta Corrente doBalanço de Pagamentos de um país for superavitária, então vamos agoraanalisar cada uma das alternativas:a) Esta alternativa é falsa, pois o saldo da conta corrente é formado pelasoma da Balança Comercial, da Balança de Serviços e das TransaçõesCorrentes. Assim, a balança comercial pode ser deficitária e este déficitser compensado e superado pelo saldo superavitário da Balança deServiços e das Transações Correntes.b) A chamada conta financeira faz parte do Balanço de Capital. Oenunciado não nos deu informações suficientes sobre essa parte doBalanço de Pagamentos. Alternativa falsa.c) Alternativa correta! Se a Conta Corrente do Balanço de Pagamentos deum país for superavitária, isto implica que a poupança do Resto do Mundoé negativa. Sem dúvida, popularmente falando, se faltou aqui é porquesobrou ali. O saldo em transações correntes é igual ao saldo da poupançado resto do mundo só que com o sinal invertido!d) Os dados da questão são insuficientes para marcarmos a alternativa dcomo correta.e) Os dados da questão são insuficientes para marcarmos a alternativa dcomo correta.-------------------------------------------------------------

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A Evolução do Balanço de Pagamentos no Brasil

Já sabemos que para um país (e para o Brasil, é claro) o balanço depagamentos, além de ser um dos mais importantes instrumentoscontábeis já que serve para registrar as transações com o exterior, servetambém para projetar e planejar a evolução da sua economia.

Nessa toada, as informações contempladas no balanço de pagamentos doBrasil na verdade revelam, em cada etapa de nossa história, decisões depolítica econômica doméstica, como a definição da taxa de juros, onível de inflação aceito e regime cambial, e também outros aspectosrelevantes da economia como o nível de atividade produtiva e a situaçãoestrutural da economia.

Mas não podemos deixar de destacar que a situação revelada ao longo dotempo em nosso balanço de pagamentos, também dependeu muito dascondições enfrentadas no cenário internacional, que, em últimaanálise, são derivadas das decisões tomadas por agentes estrangeiros,como os governos, as empresas e os consumidores.

Falando em termos de Brasil, é fundamental perceber o papel do setorexterno na dinâmica de seus ciclos econômicos. Já ocorreram, situaçõesno passado em que foi necessário desestimular o crescimento e ademanda agregada, visando diminuir o consumo de bens importadospara, dessa forma, reduzir os déficits na conta corrente do balanço depagamentos.

Podemos afirmar, sem dúvida alguma, que temos reflexos relevantes daparticipação do setor externo na economia do Brasil, especialmente noque diz respeito à quantidade de reservas, à taxa de juros, ao câmbio, e apolítica fiscal e do investimento.

Aqui no Brasil, o nosso balanço de pagamentos é elaborado pelo BACEN.Nosso BACEN divulga o balanço de pagamento mensalmente.

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Existe um manual do balanço de pagamentos, e tudo deve ser feitoseguindo essa metodologia, lembrando que as transações que sãoregistradas são aquelas efetuadas entre residente e não-residentes nopaís.

ATENÇÃORegistre-se que, a partir de janeiro de 2001, o Banco Central doBrasil passou a divulgar o balanço de pagamentos de acordo coma metodologia contida na quinta edição do Manual de Balanço dePagamentos do Fundo Monetário Internacional (BPM5)2,publicado em 1993.

Essa edição fixa as normas internacionais para a compilação dasinformações das contas externas de forma integrada, englobando osfluxos (Balanço de Pagamentos) e os estoques de ativos e passivosfinanceiros (Posição Internacional de Investimentos). Os conceitosutilizados no BPM5 guardam estreita relação com o Sistema deContas Nacionais da Organização das Nações Unidas (ONU).

No site do BACEN (http://www.bcb.gov.br/), podem consultar a evoluçãohistórica mensal do nosso balanço de pagamentos, digitando no campo de“busca” a palavra balanço de pagamentos. Se tiver um tempinho, é bomnavegar um pouquinho nessa parte do site para fixar alguns conceitosque vimos hoje.

Voltando à evolução do nosso balanço de pagamentos, nós sabemos quenas últimas décadas a economia brasileira passou por grandestransformações e por várias crises.

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Vivenciamos a implantação de vários planos econômicos, onde o objetivoera a estabilização dos preços na economia (combater a inflação), taiscomo o Plano Cruzado I e II (1986), Plano Bresser (1987), Plano Verão(1989), Plano Collor I e II (1990 e 1991) e, finalmente, o Plano Real(1994), todos eles em maior ou menor grau com reflexos em nossobalanço de pagamentos.

As contas nacionais, e o balanço de pagamentos, estão no centro dasdiscussões macroeconômicas faz muito tempo.

Em 1990, houve uma abertura maior no mercado externo, através daredução tarifaria, aumentos na exportação e importação, melhorias daqualidade dos produtos brasileiros.

Com a implantação do Real, em 1994, a política cambial passou a ser uminstrumento de controle de inflação. A situação da balança comercial tevecrescimento devido aumento da demanda de alguns países. A indústria eo agronegócio nacional então cresceram impulsionados pelo dinamismodas exportações. O superávit da Balança Comercial foi financiado emparte pelo investimento direto estrangeiro, que é desejável paraaumentar a competitividade do país hospedeiro em um mercado mundialglobalizado.

Relação entre déficit público, poupança interna e resultado dascontas do setor externo

Uma das ideias que ajudaram na defesa da liberdade total para os fluxoscambiais foi a chamada "teoria dos déficits gêmeos" - segundo a qual,o déficit externo de um país era consequência do seu déficit fiscal.

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O déficit público nada mais é do que uma espécie de poupança negativado setor público, ou seja, quando o governo gasta mais do que arrecada.

Assim, o déficit público tem íntima relação com a poupança interna.Lembrando a igualdade entre Investimento e Poupança, temos que:

I = Sp + Sg + SeOnde: Sp = poupança do setor privado;Sg = poupança do governo; eSe = poupança externa.

A poupança interna é dada pela soma Sp + Sg, ou seja, pela soma dapoupança do setor privado com a poupança do setor público.

Em uma situação de déficit público, a poupança privada precisaultrapassar o seu valor para que o saldo da poupança interna sejapositivo.

Na verdade, o financiamento do déficit público é feito internamente, viaexcesso de poupança privada em relação ao investimento privado, eexternamente por meio das poupanças dos demais países.

Em relação à poupança externa, precisamos lembrar que o balanço depagamentos demonstra o saldo das transações econômicas realizadasentre os residentes do país com os residentes dos demais países.

Na situação em que o balanço de pagamentos apresente resultadonegativo, o país deve cobrir o déficit com reservas internacionais.Se as reservas não cobrirem o déficit apresentado, o país tem que

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recorrer a empréstimos no sistema financeiro internacional para cumprirseus compromissos.

Na verdade, um país utiliza poupança externa quando o seu balanço depagamentos demonstra que houve déficit em transações correntes. Assimpodemos entender que poupança externa aparece para “cobrir o rombo”das transações correntes.

Já em contexto de superávit, o resultado possibilita ao paísaumentar sua conta de reservas internacionais.

Dentre os bancos integrantes deste sistema financeiro, cita-se o FundoMonetário Internacional FMI, que como vimos é uma instituição criadacom a finalidade de zelar pela estabilidade financeira e econômica eprestar assistência aos países com dificuldades no balanço depagamentos.

Tenha em mente que o saldo da variação das reservas internacionaissempre iguala, com o sinal trocado, o saldo do balanço de pagamentos.Nesse sentido, se houve variação negativa das reservas internacionais,isso significa que o saldo do BP foi positivo.

No Brasil temos reflexos relevantes da participação do setor externo naeconomia, especialmente no que diz respeito à quantidade de reservas, àtaxa de juros, ao câmbio, e a política fiscal e do investimento.

O déficit em conta corrente do Balanço de Pagamentos corresponde àPoupança Externa, ou seja, poupança externa é demonstrada por meiodo déficit na conta de transações correntes no Balanço de Pagamentos,ou em outras palavras, pelo saldo da conta de transações correnteslíquidas dos investimentos estrangeiros diretos.

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12) (FCC/ARSETE/ECONOMISTA/2016-adaptada) Julgue a assertivaabaixo:

Os anos seguintes à crise do petróleo de 1974 trouxeram impactos paraas contas do balanço de pagamentos no Brasil. Um desses impactos foi oendividamento externo, que acabou incentivado pelas taxas de jurosinternacionais, que permaneceram baixas até a década seguinte.

Comentários:Gabarito E

Na verdade, a estratégia foi seguir induzindo o crescimento, a despeito daelevação do endividamento externo, até porque as taxas de jurosinternacionais eram "convidativas". Até aqui a assertiva está correta.

O erro da assertiva é porque as taxas não permaneceram baixas até adécada seguinte, tendo subido muito na década seguinte, já que osegundo choque do petróleo, que aconteceu em 1979, desencadeoureações contracionistas no âmbito da política monetária daseconomias avançadas.

A consequência dessa política monetária restritiva das economiasavançadas foi uma significativa alta das taxas de juros no mercadointernacional e gerando no Brasil numa crise de dívida externadurante os anos 1980.---------------------------------------------------------

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13) (FCC/ARSETE/ECONOMISTA/2016-adaptada) Julgue a assertivaabaixo:

Os anos seguintes à crise do petróleo de 1974 trouxeram impactos paraas contas do balanço de pagamentos no Brasil. Um desses impactos foi anecessidade de forte financiamento das transações correntes.Comentários:Gabarito CNessa época, por exemplo, o valor das importações dobrou entre 1973 e1974, fruto do impacto que o choque do petróleo provocou. Nessa épocao déficit médio em transações correntes, que foi de US$ 1 bilhão noperíodo do "Milagre", saltou para mais de US$ 6 bilhões entre 1974 e1978, o que provocou forte necessidade de financiamento por meio daatração de capitais.---------------------------------------------------------14) (FCC/ARSETE/ECONOMISTA/2016-adaptada) Julgue a assertivaabaixo:

Os anos seguintes à crise do petróleo de 1974 trouxeram impactos paraas contas do balanço de pagamentos no Brasil. Um desses impactos foi aimediata decisão do Governo pelo ajuste da produção interna aos limitespossíveis, dado o novo preço do petróleo.Comentários:Gabarito ENa verdade, governo lançou o II PND e optou por seguir a políticadesenvolvimentista, ainda que sob mais forte endividamento, ao invés deabsorver o “choque de custos” e fazer os ajustes necessários.

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15) (FCC/TCM-GO/Auditor/2015) Conforme os dados extraídos doBanco Central do Brasil, a situação das contas externas do país em 2014(medidos em milhões de dólares americanos) é a seguinte:

Déficit no Saldo de Transações Correntes .............. 70.697Superávit no Saldo de Transferências Unilaterais ... 1.458Déficit no Saldo de Rendas ..................................... 30.326Déficit no Saldo de Serviços ................................. ... 39.357

Com base nestas informações, é correto afirmar que o valor do saldocomercial no período foi equivalente, em milhões de dólares americanos,aa) + 138.922b) + 1.872c) −2.472d) −1.872e) + 2.472ComentáriosGabarito CO saldo da balança de transações correntes - BTC do Balanço dePagamentos – BP é calculado assim:BTC = Balança Comercial + Balança de Serviços + Balança de Rendas +Transferências UnilateraisUsando os dados fornecidos na questão vamos calcular a BalançaComercial:- 70.697 = BC + (-39.357) + (-30.326) + 1.458BC = - 2.472

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16) (FCC/SEFAZ-PI/ATE/2015-ADAPTADA) Referente à ContabilidadeNacional, julgue:

As contas operacionais correspondem aos fatos geradores derecebimentos, deduzidas as transferências de recursos ao exterior. Aconta de caixa registra o movimento dos meios de pagamentointernacionais à disposição do país.

ComentáriosGabarito E

A assertiva é falsa, pois as contas operacionais envolvem pagamentos erecebimentos computados no Balanço de Pagamentos.

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17) (FCC/MANAUSPREV/ECONOMISTA/2015) Um dos principaisproblemas de países primário-exportadores consiste em obter divisasestrangeiras para financiar suas importações de forma sustentada esistemática. Para tanto, é fundamental considerar o papel da taxa decâmbio real como um dos mais relevantes indicadores de comérciointernacional de cada nação. Portanto,

a) a capacidade de importar de um país é dada pela razão exportações /produto interno bruto.

b) uma taxa de câmbio real elevada significa um duplo efeito negativosobre a balança de comércio, uma vez que indica que os preços nomercado internacional estão mais baixos do que no mercado interno,gerando baixos influxos de divisas via exportações e elevadasimportações.

c) uma apreciação da taxa de câmbio nominal apenas gera resultadosnegativos sobre a balança comercial se não for acompanhada por umaelevação proporcional dos preços dos bens exportados pelo país nomercado internacional ou por uma queda proporcional do nível de preçosdoméstico.

d) quanto menos diversificada for a pauta de importações de um país,menos vulnerável se torna a economia, pois o produto importado podeser rapidamente substituído por produção doméstica.

e) a hipótese da deterioração dos termos de troca sugere que paísesexportadores de produtos com alto conteúdo tecnológico tendem a setornar cada vez mais dependentes de produtos primários e, por isso, maissujeitos a crises de balanço de pagamentos com maior volatilidade dataxa de câmbio real.

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ComentáriosGabarito CO que afeta a balança comercial é a taxa de câmbio real.Repare que se a taxa de câmbio nominal se depreciar, somente teremosresultados adversos na balança comercial se não houver uma elevaçãodos preços dos bens exportados pelo país ou se ocorrer uma queda nosbens produzidos no exterior.Em suma, se a inflação for equivalente à depreciação do câmbio, “ceterisparibus”, as exportações não se elevarão.

18) (FCC/TCE-CE/Auditor/2015) Em um país grande com intensofluxo de capitais, o efeito de uma queda das taxas de juros é uma

a) depreciação cambial e redução da balança comercial (X-M).b) depreciação cambial e aumento da balança comercial (X-M).c) apreciação cambial e redução da balança comercial (X-M).d) apreciação cambial e aumento da balança comercial (X-M).e) apreciação cambial e aumento do déficit público.

ComentáriosGabarito BO primeiro efeito da redução da taxa de juros é uma diminuição daatratividade de capitais, reduzindo sua entrada, e logo provocando oaumento da demanda por dólares deprimindo o câmbio.Num segundo momento, a desvalorização da moeda local provoca umestímulo ao aumento das exportações, gerando incremento positivo nosaldo da balança de capitais.

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19) (FCC/MANAUSPREV/Economista/2015) Há uma íntima relaçãoentre as políticas fiscal, monetária e cambial, de maneira que váriosregimes de política econômica podem surgir, a depender do instrumentoprincipal escolhido para manter estabilizada a economia de um país. Sobreo caso do Brasil, nos anos 2000, é, portanto, correto afirmar que

a) a Lei de Responsabilidade Fiscal exige que o Banco Central reduza ataxa de juros básica, de sorte a não sobrecarregar as contas públicas comelevados serviços de juros da dívida pública. b) a política monetária deve perseguir metas de taxa de câmbio paramelhorar o rendimento do nosso setor exportador, enquanto cabe àpolítica fiscal conceder empréstimos subsidiados ao setor privado nacionale internacional. c) a política cambial segue um regime de câmbio fixo, com vistas agarantir uma inflação baixa e gastos dos governos equilibrados. d) o tripé macroeconômico adotado a partir do ano 2000 é constituídopelo regime de metas de inflação, por uma taxa de câmbio ajustável eflutuante e por uma política fiscal de equilíbrio das contas públicas, deacordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal. e) a supervisão das políticas monetária, fiscal e cambial de cada nível degoverno da federação cabe ao Banco Central do Brasil, para evitar aocorrência de crises sistemáticas de balanço de pagamentos.

ComentáriosGabarito D

Vamos analisar as alternativas.a) Falsa. Tal exigência não existe na LRF.b) Falsa. A política monetária objetiva atender à meta de inflação.c) Falsa. Desde 1999 adotamos o câmbio flutuante, apesar de fazer certasintervenções pontuais (flutuação suja).

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d) Verdadeira. Tripé adotado por FHC, mantido por Lula até 2008, masdesprezado por Dilma.e) Falsa. Toda errada! Política fiscal é com o Tesouro Nacional, porexemplo.

20) (FCC/TCE-CE/PROCURADOR/2015) Suponha que um dado paísregistrou um déficit na conta corrente do Balanço de Pagamentos de cercade 200 bilhões de dólares em 2014. Nesse caso, esse déficit

a) foi financiado por um superávit ainda maior na conta financeira, o quelevou a um aumento das reservas internacionais.

b) ocorreu devido ao superávit nominal do setor público.

c) foi financiado pelo superávit ainda maior na conta comercial.

d) foi financiado pelo superávit ainda maior na conta de serviços.

e) foi financiado pelo significativo aumento das exportações do país paraa China.

ComentáriosGabarito AConsiderando que ocorreu déficit em conta corrente, seu financiamento éfeito via superávit na conta capital e financeira.Caso esse superávit seja maior que o mencionado déficit em transaçõescorrentes, teremos um saldo positivo do Balanço de Pagamentos e umconsequente aumento do saldo das reservas internacionais.

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21) (FCC/ICMS-RJ/AUDITOR/2014) Considere:

I. As Contas Capital e Financeira contemplam: Conta Capital,Investimentos Brasileiros no Exterior, Investimentos Estrangeirosno Brasil e Rendas Líquidas de Fatores de Produção Externos.

II. O Saldo em Transações Correntes contempla: Balança Comercial,Balança de Serviços, Rendas Líquidas de Fatores de Produção Externos eTransferências Unilaterais.

III. As Contas Capital e Financeira contemplam: Conta Capital,Investimentos Brasileiros no Exterior, Investimentos Estrangeirosno Brasil e Ativos de Reservas Internacionais.

IV. O Saldo em Transações Correntes contempla: Balança Comercial,Balança de Serviços, Ativos de Reservas Internacionais e TransferênciasInternacionais.

V. Caso o déficit em Transações Correntes seja superior ao superávit daConta Capital e Financeira, haverá uma redução das ReservasInternacionais.

De acordo com a estrutura do Balanço de Pagamentos Brasileiro, estácorreto o que consta APENAS em(A) III e IV.(B) I e II.(C) I e IV.(D) II, III e V.(E) III, IV e V.

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ComentáriosGabarito DVamos lá, nada de desânimo! Vamos comentar as erradas!

A afirmativa I equivoca-se, pois as Rendas Líquidas de Fatores Externos(o mesmo que Renda Líquida Recebida do Exterior, que é igual a RLRE =RRE – REE) estão no Saldo de Transações Correntes (e não na ContaCapital e Financeira).

Guarde que as rendas líquidas de fatores externos (ou RLRE) significam osaldo do balanço de rendas.

Já a assertiva IV também está errada, já que o Saldo de TransaçõesCorrentes não contempla os Ativos de Reservas Internacionais, nem asTransferências Internacionais (considerando que estas transferênciasinternacionais sejam as transferências de patrimônio de migrantesinternacionais, contabilizadas na conta capital).

Guarde também que os ativos de reservas internacionais ficamcontabilizados na conta financeira, enquanto a variação das reservasinternacionais (que é igual ao saldo do BP com sinal trocado) écontabilizado em conta própria: variação das reservas internacionais.

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22) (FCC/TCE-RO/Auditor/2010) Dados extraídos da Conta Correntedo Balanço de Pagamentos do Brasil, referentes ao ano calendário de2009, em milhões de dólares americanos:

Déficit no Balanço de Transações Correntes.. 24.302Superávit em Transferências Unilaterais Correntes......... 3.338Déficit em Rendas e Serviços ..................................... 52.930Exportação de Mercadorias (FOB) ............................ 152.995

O valor da Importação de Mercadorias (FOB) naquele ano equivaleu, emmilhões de dólares americanos, a

a) 131.013.b) 124.397.c) 152.007.d) 138.697.e) 127.705.

ComentáriosGabarito EEm geral, essas questões não são difíceis, embora num primeiromomento assustem os candidatos por colocarem números grandes. Mas nada diferente de somar e subtrair!Então amigo (a) nada de pular esse tipo de questão! Combinado?Já sabemos que o saldo da conta corrente é formado pela soma daBalança Comercial, da Balança de Serviços e das Transações Correntes,ou seja:BTC = BC + B SERV + TCPor outro lado, já sabemos que o saldo da Balança Comercial correspondeà diferença entre exportações e importação (FOB). Então temos:

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BTC = X FOB – M FOB + B SERV + TCComo a questão pede para calcularmos as importações (M FOB), entãotemos:M FOB = X FOB + B SERV + TC – BTCColocando os valores, nós temos:M FOB = 152.995 – 52.930 + 3.338 + 24.302M FOB = 127.705

23) (FCC/TRT4/ANALISTA/2006) No período conhecido como“milagre brasileiro” (1967-1973), o setor da economia que apresentou amais alta taxa de crescimento foi o de bens

a) primários.b) de consumo não durável.c) de capital.d) intermediários.e) de consumo durável.Comentários:Gabarito EO chamado “Milagre econômico Brasileiro”, que ocorreu durante o regimemilitar entre 1967 e 1973, teve como setor econômico de produção debens de consumo duráveis como responsável pela liderança na taxa decrescimento, seguido pelo setor de bens de capital.

Tal expansão do consumo de bens duráveis foi estimulada pela ampliaçãodo crédito ao consumidor, fruto de uma política monetária expansionista,intensificada após a realização de uma ampla reforma financeira no país etambém pela concentração de renda resultante do PAEG - Programa deAção Econômica do Governo.

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24) (FCC/TRT4/ANALISTA/2006) No balanço de pagamentos deum país, diz-se que a transferência líquida de recursos para o exterioré positiva quando:

a) a absorção interna é menor que a produção interna de bens eserviços.b) a balança comercial é positiva.c) a absorção interna é maior que a produção interna de bens eserviços.d) as exportações de mercadorias forem menores que as importaçõesde mercadorias.e) o saldo da balança de serviços for positivo.

Comentários:Gabarito AEssa questão em seu enunciado nos traz a premissa de que o saldo doBalanço de Pagamentos é superavitário, ou seja, entro um volume maiorde divisas do que saiu.Em relação às alternativas, são apresentadas opções que envolvem aBalança Comercial e a Balança de Serviços.Ora, se o saldo do Balanço de Pagamentos é superavitário, significa dizer,considerando as alternativas apresentadas, que a soma da BalançaComercial e da Balança de Serviços é positiva. Concordam?Então vamos analisar as alternativas:a) Essa alternativa nos diz que a absorção interna é menor que aprodução interna de bens e serviços, ou seja, a produção interna de bense serviços foi superior à sua absorção. Em outras palavras a alternativadiz que a soma da Balança Comercial e da Balança de Serviços é positiva.Logo essa alternativa é a correta e é o gabarito!

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b) Diz apenas que a balança comercial é positiva, mas nada fala emrelação à Balança de Serviços logo é errada.c) Essa alternativa nos diz que a absorção interna é maior que aprodução interna de bens e serviços, ou seja, a produção interna debens e serviços foi inferior à sua absorção, gerando déficit.d) Mostra apenas que a balança comercial é positiva, mas nada fala emrelação à Balança de Serviços logo é errada.e) Erra também ao dizer apenas sobre o saldo da balança de serviçossem nada dizer sobre a Balança Comercial.

25) (FCC/ARSETE/ECONOMISTA/2016-adaptada) Julgue a assertivaabaixo:

Os anos seguintes à crise do petróleo de 1974 trouxeram impactos paraas contas do balanço de pagamentos no Brasil. Um desses impactos foi aenorme dificuldade de se encontrar fontes de financiamento externo.Comentários:Gabarito ENa verdade, nessa época tivemos um grande fluxo de liquidez para paísesemergentes, já que as taxas de juros internacionais estavam bastantereduzidas pela grande oferta dos chamados "petrodólares", não existindo,em verdade, dificuldade de se encontrar fontes de financiamento externo.

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4. RESUMO

Quando dois países mantêm relações econômicas entre si, entramnecessariamente em jogo duas moedas, exigindo que se fixe a relação detroca entre ambas. A taxa de câmbio é a medida de conversão damoeda nacional em moeda de outros países.

Tecnicamente podemos conceituar Taxa de câmbio como:operação financeira que expressa troca de valores em moedaentre países.

Na verdade, observe que a taxa de câmbio constitui o valor comparativoentre moedas e é usada para permitir as transações econômicas entrediferentes países.

Existe ainda uma distinção que deve ser feita entre a taxa decâmbio nominal e a taxa de câmbio real.

A t axa de câmbio nominal é a taxa onde se troca duas moedasdiferentes. Na verdade, até aqui estudamos o conceito de taxa de câmbionominal.

Já a taxa de câmbio real é aquela que reflete o custo da mesmamercadoria em países diferentes, que na verdade acaba por demonstrar acompetitividade das exportações.

Podemos dizer que a taxa de câmbio real é calculada da seguinte forma:Taxa câmbio real =taxa câmbio nominal x nível de preços doméstico nível de preços no exterior

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Regime de Câmbio Fixo: Banco Central fixa a taxa de câmbio. O BancoCentral é obrigado a disponibilizar as reservas cambiais. Num sistema emque vigora a taxa de câmbio fixa, o valor da moeda estrangeira édeterminado pelo Banco Central e não se altera. Essa AutoridadeMonetária administra a oferta e demanda da moeda estrangeira como seuvalor fixado.

Regime de Câmbio Flexível (flutuante): O mercado (oferta edemanda de divisas) determina a taxa de câmbio. O Banco Central não éobrigado a disponibilizar as reservas cambiais.

Regime de Bandas Cambiais: é um regime de câmbio misto ou híbridoque apresenta as características de câmbio fixo e de câmbio flutuante. Naverdade, no regime de bandas cambiais a taxa flutua até certo limitesuperior e inferior.

No Balanço de Pagamentos ocorrem os registros contábeis detransações econômicas entre os residentes do país e os residentes noexterior. Tais registros tratam de transações verificadas em determinadoperíodo do tempo (um mês, um semestre ou um ano), pois referem-se aofluxo do movimento transacionado em determinado período.

O Balanço de Pagamentos apresenta a seguinte estrutura e asseguintes subdivisões:

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Balança Comercial: conta que compreende basicamente o comércio demercadorias. Se as exportações FOB excedem as importações FOB, temosum superávit no balanço de comércio; caso contrário temos um déficit.

Balanço de Serviços: registram-se todos os serviços pagos/ recebidospelo Brasil, tais como fretes, seguros, lucros, royalties e assistênciatécnica, viagens internacionais.

Balanço de Rendas: registram-se, por exemplo, o pagamento dos juros.

Transferências Unilaterais: também conhecidas como conta donativos,registram as doações interpaíses. Estes donativos podem ser em divisascomo em mercadorias.

Balanço de Transações Correntes: o somatório dos balançoscomercial, de serviços e de transferências unilaterais resulta no saldo emconta corrente ou balanço de transações correntes. Se o saldo do balançode transações correntes for negativo, temos uma poupança externapositiva, pois indica que o país aumentou seu endividamento externo, emtermos financeiros, mas absorveu bens e serviços em termos reais noexterior.

Movimento de Capitais ou Balanço de Capitais: na conta de capitalaparecem as transações que produzem variações no ativo e no passivoexternos do país e que, portanto, modificam sua posição devedora oucredora perante o resto do mundo.

A conta de capital subdivide-se em duas:

Movimento autônomo de capital, na forma de investimentos diretos deempresas multinacionais, de empréstimos e financiamentos para projetos

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Transferências Unilaterais: também conhecidas como conta donativos,registram as doações interpaíses. Estes donativos podem ser em divisascomo em mercadorias.

Balanço de Transações Correntes: o somatório dos balançoscomercial, de serviços e de transferências unilaterais resulta no saldo emconta corrente ou balanço de transações correntes. Se o saldo do balançode transações correntes for negativo, temos uma poupança externapositiva, pois indica que o país aumentou seu endividamento externo, emtermos financeiros, mas absorveu bens e serviços em termos reais noexterior.

Movimento de Capitais ou Balanço de Capitais: na conta de capitalaparecem as transações que produzem variações no ativo e no passivoexternos do país e que, portanto, modificam sua posição devedora oucredora perante o resto do mundo.

A conta de capital subdivide-se em duas:

Movimento autônomo de capital, na forma de investimentos diretos deempresas multinacionais, de empréstimos e financiamentos para projetosde desenvolvimento do país e de capitais financeiros de curto prazo,aplicados no mercado financeiro nacional.

Movimentos induzidos de capital (compensatório), para financiar osaldo do balanço de pagamentos.

Um país utiliza poupança externa quando o seu balanço de pagamentosdemonstra que houve déficit em transações correntes. Assim podemosentender que poupança externa aparece para “cobrir o rombo” dastransações correntes.

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Espero que você tenha gostado dessa aula inicial.

Sei que foram muitos conceitos novos, muita informação mesmo.

Mas é para todo mundo!

Quem se esforçar, consegue!

Como diria, Thomas Jefferson:

“Eu acredito demais na sorte. E tenho constatado que, quanto mais duro eu trabalho, mais sorte eu tenho”.

Espero você na próxima aula!

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5. QUESTÕES COMENTADAS DURANTE A AULA01) (FCC/SEAD-PI/GESTOR/2013) A Proclamação da Repúblicaalterou a configuração política do país, porém, no que tange aos aspectoseconômicos, não alterou o padrão vigente, ou seja, houve continuidadedo modelo econômico voltado para as exportações de bens-primários.Nesse sentido, considere as afirmações:

I. Manteve-se como modelo de sustentação econômica o primário-exportador e particularmente, ao final do século XVIII, o funcionamentoda economia brasileira era determinado, em grande medida, pelodesempenho do setor cafeeiro.

II. Além do café, havia uma revitalização no segmento da cana-de-açúcare o desenvolvimento do cacau na Bahia.

III. A borracha na região amazônica também contribuiu para arevitalização do segmento primário-exportador.

Está correto o que consta em

a) I e III, apenas. b) I, apenas. c) I e II, apenas. d) I, II e III. e) II e III, apenas.

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02) (FCC/TRT-4/ANALISTA/2006) Analise as seguintes afirmaçõessobre o processo de substituição de importações (PSI) ocorrido naeconomia brasileira durante o século XX:

I. O mecanismo de defesa de renda da cafeicultura através dadesvalorização da taxa de câmbio e da compra dos excedentes de café,adotado pelo Governo Federal na década de 1930, foi um dos fatoresfavoráveis ao desenvolvimento do setor industrial via PSI.

II. O PSI teve reflexos favoráveis sobre o grau de concentração de rendada economia brasileira, uma vez que os investimentos industriais tiveramum caráter notadamente trabalho-intensivo.

III. A elevação das tarifas aduaneiras não representou um incentivomaior ao PSI, nem mesmo no Governo de Juscelino Kubitschek e seuPlano de Metas.

É correto o que consta APENAS ema) I. b) II. c) III. d) I e II. e) II e III.

03) (FCC/MPU/Analista/2007) A valorização da taxa de câmbio, noBrasil,a) favorece a entrada de capitais externos.b) eleva os termos de troca.c) torna as importações mais baratas.d) diminui a dívida externa em dólar.e) é neutra em relação à taxa de inflação.

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04) (FCC/TCE-CE/PROCURADOR/2015) Considere os dados abaixo:

− Tecido brasileiro − custo por Ton: R$ 150,00− Tecido Inglês − custo por Ton: £75

Qual é a taxa de câmbio entre o real e a libra?

a) Um real (R$1) vale duas libras(£2). b) Uma libra (£1) vale dois reais (R$2).c) Dois reais (R$2) valem meia libra (£0,5). d) Uma libra (£1) vale um real (R$1). e) Uma libra (£1) vale meio real (R$0,5).

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05) (FCC/Manausprev/Economista/2015) Sobre os diferentesregimes de taxa de câmbio, é correto afirmar que

a) a experiência histórica com regime de câmbio fixo, nos países emdesenvolvimento, revela ser esse regime o que garante a maiorestabilidade das contas externas, pois prescinde das estruturas deimportações e exportações dos países, pois é garantido que o mercadointernacional financeiro garante plena liquidez em todos os momentos.

b) uma taxa de câmbio flexível implica um ajustamento do balanço depagamentos por meio da elevação da taxa de juros, uma vez que a taxade câmbio apenas pode variar para baixo.

c) em um regime de taxa de câmbio flexível é possível ter metas de taxareal de câmbio, pois pode-se sempre ajustar a taxa nominal de câmbiopara atingir-se um nível real do câmbio.

d) um regime de câmbio fixo torna a política monetária de uma paísemissor de moeda não conversível mais eficaz, pois permite à autoridademonetária prevenir qualquer ataque especulativo contra a moeda,independentemente do nível de suas reservas internacionais de divisasestrangeiras.

e) uma taxa de câmbio ajustável (com flutuação suja) significa que aautoridade monetária pode intervir no mercado de câmbio para imporlimites à flutuação da taxa de câmbio. No Brasil, o Banco Central costumaintervir no mercado de contratos futuros de câmbio com os chamadosswaps cambiais.

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06) (FCC/BACEN/Analista/2005) Considere os seguintes dados:

Exportação de bens e serviços não-fatores: 350Déficit do balanço de pagamentos em transações correntes: 250Importação de bens e serviços não-fatores: 300

Com base nessas informações, é correto afirmar que:

a) A renda líquida recebida do exterior foi 300;b) A renda líquida recebida do exterior foi 200;c) A renda líquida enviada ao exterior foi 300;d) A renda líquida enviada ao exterior foi 200;e) A renda enviada ao exterior foi igual à renda recebida do exterior.

07) (FCC/SEFAZ-PI/ATE/2015-adaptada) Referente à ContabilidadeNacional, julgue:

O balanço de pagamentos, o qual registra o movimento financeiro externode um país e suas relações com os demais países.

08) (FCC/ARSETE/ECONOMISTA/2016-adaptada) Julgue a assertivaabaixo:

Os anos seguintes à crise do petróleo de 1974 trouxeram impactos paraas contas do balanço de pagamentos no Brasil. Um desses impactos foi asignificativa redução das importações.

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a) menor for a taxa de juros doméstica em relação à taxa de juros dosdemais países.b) maior for a renda nacional em relação à renda dos demais países.c) piores forem os termos de troca.d) menor for a valorização da moeda nacional em relação à moedaestrangeira.e) menor for a renda do resto do mundo em relação à renda nacional.

10) (FCC/SEFAZ-PI/ATE/2015) De acordo com as contas do Balançode Pagamentos, a Necessidade de financiamento Externo − NFE é obtidapor meio

a) do saldo da conta capital menos o saldo da conta financeira.b) do saldo da balança comercial menos empréstimos ao exterior deresidentes no país de origem.c) do saldo da conta de transações correntes líquidas dos investimentosestrangeiros diretos.d) das rendas de serviços não fatores menos investimento estrangeiro emcarteira.e) das transferências unilaterais menos empréstimo inter companhia.

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11) (FCC/SERGAS/ECONOMISTA/2010) Se a Conta Corrente doBalanço de Pagamentos de um país for superavitária, isto implica que:

a) a balança comercial é igualmente superavitária.b) o saldo da conta financeira é nula.c) a poupança do Resto do Mundo é negativa.d) o déficit do balanço de serviços é superior, em valor absoluto, aosuperávit da balança comercial.e) o país está perdendo reservas internacionais.

12) (FCC/ARSETE/ECONOMISTA/2016-adaptada) Julgue a assertivaabaixo:

Os anos seguintes à crise do petróleo de 1974 trouxeram impactos paraas contas do balanço de pagamentos no Brasil. Um desses impactos foi oendividamento externo, que acabou incentivado pelas taxas de jurosinternacionais, que permaneceram baixas até a década seguinte.

13) (FCC/ARSETE/ECONOMISTA/2016-adaptada) Julgue a assertivaabaixo:

Os anos seguintes à crise do petróleo de 1974 trouxeram impactos paraas contas do balanço de pagamentos no Brasil. Um desses impactos foi anecessidade de forte financiamento das transações correntes.

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14) (FCC/ARSETE/ECONOMISTA/2016-adaptada) Julgue a assertivaabaixo:Os anos seguintes à crise do petróleo de 1974 trouxeram impactos paraas contas do balanço de pagamentos no Brasil. Um desses impactos foi aimediata decisão do Governo pelo ajuste da produção interna aos limitespossíveis, dado o novo preço do petróleo.

15) (FCC/TCM-GO/Auditor/2015) Conforme os dados extraídos doBanco Central do Brasil, a situação das contas externas do país em 2014(medidos em milhões de dólares americanos) é a seguinte:Déficit no Saldo de Transações Correntes .............. 70.697Superávit no Saldo de Transferências Unilaterais ... 1.458Déficit no Saldo de Rendas ..................................... 30.326Déficit no Saldo de Serviços ................................. ... 39.357Com base nestas informações, é correto afirmar que o valor do saldocomercial no período foi equivalente, em milhões de dólares americanos,aa) + 138.922b) + 1.872c) −2.472d) −1.872e) + 2.472

16) (FCC/SEFAZ-PI/ATE/2015-ADAPTADA) Referente à ContabilidadeNacional, julgue:

As contas operacionais correspondem aos fatos geradores derecebimentos, deduzidas as transferências de recursos ao exterior. Aconta de caixa registra o movimento dos meios de pagamentointernacionais à disposição do país.

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17) (FCC/MANAUSPREV/ECONOMISTA/2015) Um dos principaisproblemas de países primário-exportadores consiste em obter divisasestrangeiras para financiar suas importações de forma sustentada esistemática. Para tanto, é fundamental considerar o papel da taxa decâmbio real como um dos mais relevantes indicadores de comérciointernacional de cada nação. Portanto,

a) a capacidade de importar de um país é dada pela razão exportações /produto interno bruto.

b) uma taxa de câmbio real elevada significa um duplo efeito negativosobre a balança de comércio, uma vez que indica que os preços nomercado internacional estão mais baixos do que no mercado interno,gerando baixos influxos de divisas via exportações e elevadasimportações.

c) uma apreciação da taxa de câmbio nominal apenas gera resultadosnegativos sobre a balança comercial se não for acompanhada por umaelevação proporcional dos preços dos bens exportados pelo país nomercado internacional ou por uma queda proporcional do nível de preçosdoméstico.

d) quanto menos diversificada for a pauta de importações de um país,menos vulnerável se torna a economia, pois o produto importado podeser rapidamente substituído por produção doméstica.

e) a hipótese da deterioração dos termos de troca sugere que paísesexportadores de produtos com alto conteúdo tecnológico tendem a setornar cada vez mais dependentes de produtos primários e, por isso, maissujeitos a crises de balanço de pagamentos com maior volatilidade dataxa de câmbio real.

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18) (FCC/TCE-CE/Auditor/2015) Em um país grande com intensofluxo de capitais, o efeito de uma queda das taxas de juros é uma

a) depreciação cambial e redução da balança comercial (X-M).b) depreciação cambial e aumento da balança comercial (X-M).c) apreciação cambial e redução da balança comercial (X-M).d) apreciação cambial e aumento da balança comercial (X-M).e) apreciação cambial e aumento do déficit público.

19) (FCC/MANAUSPREV/Economista/2015) Há uma íntima relaçãoentre as políticas fiscal, monetária e cambial, de maneira que váriosregimes de política econômica podem surgir, a depender do instrumentoprincipal escolhido para manter estabilizada a economia de um país. Sobreo caso do Brasil, nos anos 2000, é, portanto, correto afirmar que

a) a Lei de Responsabilidade Fiscal exige que o Banco Central reduza ataxa de juros básica, de sorte a não sobrecarregar as contas públicas comelevados serviços de juros da dívida pública. b) a política monetária deve perseguir metas de taxa de câmbio paramelhorar o rendimento do nosso setor exportador, enquanto cabe àpolítica fiscal conceder empréstimos subsidiados ao setor privado nacionale internacional. c) a política cambial segue um regime de câmbio fixo, com vistas agarantir uma inflação baixa e gastos dos governos equilibrados. d) o tripé macroeconômico adotado a partir do ano 2000 é constituídopelo regime de metas de inflação, por uma taxa de câmbio ajustável eflutuante e por uma política fiscal de equilíbrio das contas públicas, deacordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal. e) a supervisão das políticas monetária, fiscal e cambial de cada nível degoverno da federação cabe ao Banco Central do Brasil, para evitar aocorrência de crises sistemáticas de balanço de pagamentos.

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20) (FCC/TCE-CE/PROCURADOR/2015) Suponha que um dado paísregistrou um déficit na conta corrente do Balanço de Pagamentos de cercade 200 bilhões de dólares em 2014. Nesse caso, esse déficit

a) foi financiado por um superávit ainda maior na conta financeira, o quelevou a um aumento das reservas internacionais.

b) ocorreu devido ao superávit nominal do setor público.

c) foi financiado pelo superávit ainda maior na conta comercial.

d) foi financiado pelo superávit ainda maior na conta de serviços.

e) foi financiado pelo significativo aumento das exportações do país paraa China.

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21) (FCC/ICMS-RJ/AUDITOR/2014) Considere:

I. As Contas Capital e Financeira contemplam: Conta Capital,Investimentos Brasileiros no Exterior, Investimentos Estrangeirosno Brasil e Rendas Líquidas de Fatores de Produção Externos.

II. O Saldo em Transações Correntes contempla: Balança Comercial,Balança de Serviços, Rendas Líquidas de Fatores de Produção Externos eTransferências Unilaterais.

III. As Contas Capital e Financeira contemplam: Conta Capital,Investimentos Brasileiros no Exterior, Investimentos Estrangeirosno Brasil e Ativos de Reservas Internacionais.

IV. O Saldo em Transações Correntes contempla: Balança Comercial,Balança de Serviços, Ativos de Reservas Internacionais e TransferênciasInternacionais.

V. Caso o déficit em Transações Correntes seja superior ao superávit daConta Capital e Financeira, haverá uma redução das ReservasInternacionais.

De acordo com a estrutura do Balanço de Pagamentos Brasileiro, estácorreto o que consta APENAS em(A) III e IV.(B) I e II.(C) I e IV.(D) II, III e V.(E) III, IV e V.

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22) (FCC/TCE-RO/Auditor/2010) Dados extraídos da Conta Correntedo Balanço de Pagamentos do Brasil, referentes ao ano calendário de2009, em milhões de dólares americanos:

Déficit no Balanço de Transações Correntes.. 24.302Superávit em Transferências Unilaterais Correntes......... 3.338Déficit em Rendas e Serviços ..................................... 52.930Exportação de Mercadorias (FOB) ............................ 152.995

O valor da Importação de Mercadorias (FOB) naquele ano equivaleu, emmilhões de dólares americanos, a

a) 131.013.b) 124.397.c) 152.007.d) 138.697.e) 127.705.

23) (FCC/TRT4/ANALISTA/2006) No período conhecido como“milagre brasileiro” (1967-1973), o setor da economia que apresentou amais alta taxa de crescimento foi o de bens

a) primários.b) de consumo não durável.c) de capital.d) intermediários.e) de consumo durável.

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24) (FCC/TRT4/ANALISTA/2006) No balanço de pagamentos deum país, diz-se que a transferência líquida de recursos para o exterioré positiva quando:

a) a absorção interna é menor que a produção interna de bens eserviços.b) a balança comercial é positiva.c) a absorção interna é maior que a produção interna de bens eserviços.d) as exportações de mercadorias forem menores que as importaçõesde mercadorias.e) o saldo da balança de serviços for positivo.

25) (FCC/ARSETE/ECONOMISTA/2016-adaptada) Julgue a assertivaabaixo:

Os anos seguintes à crise do petróleo de 1974 trouxeram impactos paraas contas do balanço de pagamentos no Brasil. Um desses impactos foi aenorme dificuldade de se encontrar fontes de financiamento externo.

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6. GABARITO

1 – E2 – A3 – C4 – B5 – E6 – C7 – E8 – E9 – D10 –C11 –C12 –E13 –C14 –E15 –C16 –E17 –C18 –B19 –D20 –A21 –D22 –E23 –E24 –A25 –E

Caro aluno,

Com isso chegamos ao final da nossa aula demonstrativa.

Além de apresentar os conceitos iniciais da matéria, esta aula serve,também, para dar uma ideia de como será o nosso curso.

Até a próxima aula.

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Para mim será um prazer acompanhá-lo ao longo do curso.

Um grande abraço e bons estudos!

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