3 bimestre psicologia institucional e proc grupal
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PSICOLOGIA INSTITUCIONAL PSICOLOGIA INSTITUCIONAL E PROCESSO GRUPALE PROCESSO GRUPAL
3º BIMESTRE-PSICOLOGIA3º BIMESTRE-PSICOLOGIA SOCIAL E DO TRABALHOSOCIAL E DO TRABALHO
Prof. FERNANDA ZARPELÃO.Prof. FERNANDA ZARPELÃO.
A nossa vida cotidiana é demarcada pela vida em grupo. Estamos o tempo todo nos relacionando com outras pessoas. Mesmo quando ficamos sozinhos, a referência de nossos devaneios são os outros...
Por encontrarmos determinantes sociais em qualquer circunstância humana, podemos afirmar que toda Psicologia é, no fundo, uma Psicologia Social.
Talvez seja por isso que nossas vidas encontram sempre certa regularidade, que é necessária para a vida em grupo.
As pessoas precisam combinar algumas regras para viverem juntas.
Dependemos do outro em nosso cotidiano. Ex: *Um funcionário precisou abrir o portão da escola, cujas dependências já estavam devidamente limpas;
Um professor nos espera; ao chegar à escola, encontro colegas que também têm aulas no mesmo horário.
A esse tipo de regularidade normatizada pela vida em grupo,
chamamos de institucionalização.
O QUE É O QUE É INSTITUIÇÃO?INSTITUIÇÃO?
Segundo o dicionário: Instituição são regras que regem uma sociedade ou entidade para atingir determinado objetivo.
A CONSTRUÇÃO SOCIAL DA A CONSTRUÇÃO SOCIAL DA REALIDADEREALIDADE
Para entendermos a Psicologia Institucional, precisamos primeiro, conhecer o processo de institucionalização que ocorre em nossas sociedades.
Instituições são organizações ou mecanismos sociais que controlam o funcionamento da sociedade e dos indivíduos. São produtos do interesse social que refletem as experiências quantitativas e qualitativas dos processos socioeconômicos. Organizadas sob a forma de regras e normas, visam à ordenação das interações entre os indivíduos e entre estes e suas respectivas formas organizacionais.
Na realidade, vivemos mergulhados em instituições e, por isso, antes de entrarmos no assunto, devemos desfazer algumas confusões muito comuns geradas pelos vários entendimentos do que seja “instituição”.
O termo é utilizado, de forma corriqueira, para designar o local onde se presta um determinado tipo de serviço — geralmente público, como os serviços de saúde e social.
Frequentemente ouvimos alguém mencionar que trabalha na instituição tal, ou somos orientados a procurar determinada instituição para resolver um tipo de problema.
E o caso dos hospitais e centros de saúde, ou dos locais que atendem a crianças e adolescentes.
O termo INSTITUIÇÃOINSTITUIÇÃO também pode ser empregado para determinadas organizações sociais, como a família —“A família é uma instituição —“A família é uma instituição modelar” modelar” — frase mencionada com certa frequência.
O PROCESSO DE O PROCESSO DE INSTITUCIONALIZAÇÃOINSTITUCIONALIZAÇÃO
O processo de institucionalização, de acordo com Berger e Luckmann — começa com o estabelecimento de regularidades comportamentais.
As pessoas vão, aos poucos, descobrindo a forma mais rápida, simples e econômica de desempenhar as tarefas do cotidiano.
Pode-se dizer que um hábito se estabelece quando uma dessas formas repete-se muitas vezes. Um hábito estabelecido por razões concretas, com o passar do tempo e das gerações, transforma-se em tradição.
E o que acontece? E o que acontece? As bases concretas, estabelecidas
com o decorrer do tempo, não são mais questionadas. A tradição se impõe porque é uma herança dos antepassados. foi institucionalizada.
Se eles determinaram que essa é a melhor forma, é porque tinham alguma razão. Quando se passam muitas gerações e a regra estabelecida perde essa referência de origem (o grupo de antepassados), dizemos, então, que essa regra social foi institucionalizada.
A repetição de uma tradição é à base A repetição de uma tradição é à base do processo de institucionalização.do processo de institucionalização.
EXEMPLO A MONOGAMIA E POLIGAMIAEXEMPLO A MONOGAMIA E POLIGAMIA
INSTITUIÇÕES, INSTITUIÇÕES, ORGANIZAÇÕES E GRUPOS.ORGANIZAÇÕES E GRUPOS.A INSTITUIÇÃOINSTITUIÇÃO é um valor ou regra
social reproduzida no cotidiano com estatuto de verdade, que serve como guia básico de comportamento e de padrão ético para as pessoas, em geral.
A INSTITUIÇÃOINSTITUIÇÃO é o que mais se reproduz e o que menos se percebe nas relações sociais. Atravessa, de forma invisível, todo tipo de organização social e toda a relação de grupos sociais. Só recorremos claramente a estas regras quando, por qualquer motivo, são quebradas ou desobedecidas.
Se a INSTITUIÇÃOINSTITUIÇÃO é o corpo de regras e valores, a base concreta da sociedade é a ORGANIZAÇÃOORGANIZAÇÃO. As organizações, entendidas aqui de forma substantiva, representam o aparato que reproduz o quadro de instituições no cotidiano da sociedade. A organização pode ser um complexo organizacional um Ministério.
Como, por exemplo, o Ministério da Saúde; uma Igreja, como a Católica; uma grande empresa, como a Volkswagen do Brasil; ou pode estar reduzida a um pequeno estabelecimento, como uma creche de uma entidade filantrópica. As instituições sociais serão mantidas e reproduzidas nas organizações. Portanto, a organização é o polo Portanto, a organização é o polo prático das instituições.prático das instituições.
A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DOS GRUPOS NA DOS GRUPOS NA
PSICOLOGIAPSICOLOGIA
O que se perguntava no campo da Psicologia era O QUE LEVARIA UMA MULTIDÃO A SEGUIR A ORIENTAÇÃO DE UM LÍDER? mesmo que, para isso, fosse preciso colocar em risco a própria vida. Qual fenômeno psicológico possibilitaria a coesão das massas? 2ª Grande Guerra (de 1939 a 1945)
HIPNOTISMO COLETIVO
Hoje, sabemos que, em diversas ocasiões, as pessoas se unem e formam massas compactas muito organizadas e autônomas, com objetivos claros e racionais.
Um exemplo dessa capacidade de mobilização ocorreu em nosso País, em 1984, por ocasião da campanha das Diretas Já, episódio importante para a queda da ditadura militar. Milhões de pessoas que foram às ruas e aos comícios estavam conscientes de sua participação.
REINVIDICAÇÕES ATUAIS
Apesar de a Psicologia Social surgir com o estudo das massas, será com grupos menores, os quais possuem objetivos claramente definidos, que se desenvolverá a pesquisa de grupos. Esse desenvolvimento ocorre a partir de 1930, com a chegada, aos Estados Unidos, de Kurt Lewin — professor alemão refugiado do nazismo. Lewin passou a pesquisar no Massachusetts Institute of Technology (MIT) — um renomado instituto americano — onde desenvolveu a primeira teoria consistente sobre grupos.
Essa teoria influenciou tanto a Psicologia, que a partir dela surgiu um campo na Psicologia Social denominado Cognitivismo. O trabalho de Lewin também influenciou bastante o desenvolvimento de uma teoria organizacional psicológica que, nas empresas, é aplicada no estudo das relações humanas no trabalho.
A DINÂMICA DOS GRUPOSA DINÂMICA DOS GRUPOS
• Livro de Cartwright e Zander editado pela primeira vez em 1953, nos Estados Unidos.
•Os dois volumes trazem uma síntese de tudo o que foi produzido sobre dinâmica de grupo a partir dos estudos iniciais de Kurt Lewin.
Exemplos de temas abordados:Exemplos de temas abordados:
coesão do grupo;pressões e padrão do grupo;motivos individuais e objetivos do grupo;as propriedades estruturais dos grupos.
A DINÂMICA DOS GRUPOSA DINÂMICA DOS GRUPOSComo já foi dito anteriormente, as
pessoas vivem, em nossa sociedade, em campos institucionalizados. Geralmente moram com suas famílias, vão à escola, ao emprego, à igreja, ao clube; convivem com grupos informais, como o grupo de amigos da rua, do bar, do centro acadêmico ou grêmio estudantil etc.
CLASSIFICAÇÃO CLASSIFICAÇÃO DOS GRUPOSDOS GRUPOS::
SOLIDARIEDADE MECÂNICASOLIDARIEDADE MECÂNICAEm alguns casos, a institucionalização nos
obriga a conviver com pessoas que não escolhemos. A essa forma de convívio que independe da nossa escolha chamamos de solidariedade mecânica, ou seja a afiliação a um grupo independe da nossa vontade no que diz respeito à escolha dos seus integrantes. SUBGRUPOS PANELINHAS...
A SOLIDARIEDADE A SOLIDARIEDADE ORGÂNICA ORGÂNICA
É a forma de convívio na qual nos afiliamos a um grupo porque escolhemos nossos pares. É o caso do grupo de amigos que se reúne nos finais de semana para jogar futebol ou que decide formar uma banda. A afinidade pessoal é levada em consideração para a escolha do grupo.
A torcida organizada é um exemplo de A torcida organizada é um exemplo de grupo que impõe regras para a participação grupo que impõe regras para a participação de seus membros.de seus membros.
GÓTICOSGÓTICOSAlguém que pretenda ingressar num grupo
jovem de góticos (jovens que costumam andar com roupas escuras, visitar cemitérios, ouvir música do gênero gótico etc.) está se dispondo, individualmente, a mudar o seu modo de ser.
Lewin argumentava que o clima democrático, autoritário ou o laissez-faire dependiam da vocação do grupo e do estabelecimento de lideranças que os viabilizassem.
Assim, um grupo com vocação autoritária (entenda-se: um grupo cujos membros acreditassem nesta forma de organização na sua relação grupal) necessitaria de um líder autoritário.
Um grupo democrático exigiria uma liderança democrática e um grupo sem preocupações com sua organização, ou não teria liderança, ou teria um líder que não lhe daria direção (seria um estilo anárquico, no sentido mais geral do termo).
O importante desta classificação feita por Lewin foi a descoberta de que os grupos democráticos são, a longo prazo, os mais eficientes.
Já os autoritários têm uma eficiência imediata, na medida em que são muito centralizados e dependem praticamente de seu líder. Mas são pouco produtivos, pois funcionam a partir da demanda do líder, e seus membros são, geralmente, cumpridores de tarefas.
GRUPOS OPERATIVOSGRUPOS OPERATIVOSMais recentemente, o francês
Pichon-Rivière, radicado na Argentina, desenvolveu uma abordagem de trabalho em grupo (a qual denominou “Grupos “Grupos Operativos”Operativos”) baseado tanto na tradição legada por Lewin quanto nos conhecimentos psicanalíticos. De acordo com o psicólogo Saidon,
• “o grupo OPERATIVOOPERATIVO se caracteriza por estar centrada, de forma explícita, em uma tarefa que pode ser o aprendizado, a cura (no caso da psicoterapia), o diagnóstico de dificuldades etc.
Na verdade, o grupo operativo configura-se como um modo de intervenção, organização e resolução de problemas grupais, baseado em uma teoria consistente, desenvolvida por Pichon-Rivière e conhecida como Teoria do Vínculo.
• Tal abordagem transformou-se num poderoso instrumento de intervenção em situações organizacionais e é muito usada hoje em dia. Através de sua aplicação, é possível acompanhar determinado grupo durante a realização de tarefas concretas e avaliar o campo de fantasias e simbolismos encobertos nas relações pessoais e organizacionais dos seus diferentes membros.
O PROCESSO GRUPALO PROCESSO GRUPAL
O desenvolvimento de uma Psicologia Social Crítica, a partir de 1970, levou tanto Silvia Lane quanto Martin-Baró, cada um a seu modo, a desenvolver uma consistente crítica aos modelos teóricos existentes.
Tal crítica procura resguardar aspectos funcionais da dinâmica dos grupos — no que concordam com Lewin. No entanto, Lane e Baró questionam os autores cognitivistas (os seguidores de Lewin) pela maneira estática como enquadram o grupo.
A teoria de Pichon-Rivière também sofrerá algumas críticas. O fundamental nesta visão é considerar que não existe grupo abstrato, mas, sim, um processo grupal que se reconfigura a cada momento. Silvia Lane detecta categorias de produção grupal, que define como:
1. Categoria de produção 1. Categoria de produção
A produção das satisfações de necessidades do grupo está diretamente relacionada com a produção das relações grupais. O processo grupal caracteriza-se como atividade produtiva de caráter histórico.
2. Categoria de dominação 2. Categoria de dominação Os grupos tendem a reproduzir as
formas sociais de dominação. Mesmo um grupo de características democráticas tende a reproduzir certas hierarquias comuns ao modo de produção dominante (no nosso caso, o modo de produção capitalista).
3.Categoria grupo-sujeito 3.Categoria grupo-sujeito
• Trata-se do nível de resistência à mudança apresentada pelo grupo. Grupos com menor resistência à autocrítica e, portanto, com capacidade de crescimento através da mudança, são considerados grupos-sujeitos.
Os grupos que se submetem cegamente às normas institucionais e apresentam muita dificuldade para a mudança são os grupos- sujeitados.
OBRIGADA OBRIGADA PELA SUA PELA SUA ATENÇÃOATENÇÃO
QUESTÕESQUESTÕES• 1. Qual a função das regularidades do cotidiano?• 2. Como e através de que ocorre a mediação entre a
realidade objetiva e o indivíduo?• 3. Como “algo” se institucionaliza?• 4. O que é instituição?• 5. Qual a finalidade do processo de
institucionalização?• 6. Por que a Psicologia passa do estudo das massas
para o estudo dos pequenos grupos?• 7. No início do século 20, qual era a perspectiva da
Psicologia social cognitivista para o estudo dos grupos?• 8. Qual a relação entre instituição, organização e
grupo social?• 9. Como se define o processo grupal?
TRABALHO PARA APRESENTARTRABALHO PARA APRESENTARHISTÓRIA, CARACTERÍSTICAS, CONQUISTAS,
PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DE CADA LÍDER ABAIXO.
SILVIO SANTOS;ADOLF HITLER;MAHATMA GANDHI;LULA;NELSON MANDELA;BERNARDINHO;STEVE JOBS.