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Atlas nimais

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2a edição

Raymond R. AshdownPhD, BVSc, MRCVSEmeritus Reader in Veterinary AnatomyUniversity of London

Stanley H. DoneBA BVetMed PhD DECPHM DECVP FRCVS FRCPathVisiting Professor of Veterinary PathologyUniversity of Glasgow Veterinary SchoolFormer Lecturer in Veterinary AnatomyRoyal Veterinary CollegeLondon

Fotografi as de

Stephen W. BarnettBA, MISTFormerly Chief Technician at theRoyal Veterinary CollegeLondon

Com radiografi as fornecidas por

Elizabeth A. BainesMA VetMB DVR DipECVDI MRCVSLecturer in Veterinary RadiologyDepartment of Veterinary Clinical SciencesRoyal Veterinary CollegeLondon

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© 2011 Elsevier Editora Ltda. Tradução autorizada do idioma inglês da edição publicada por Mosby – um selo editorial Elsevier Inc.Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610 de 19/02/1998.Nenhuma parte deste livro, sem autorização prévia por escrito da editora, poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográfi cos, gravação ou quaisquer outros.ISBN: 978-85-352-4462-5

First published 2010, © Elsevier Limited. All rights reserved,This edition of Color Atlas of Veterinary Anatomy, 2nd edition by Raymond R. Ashdown and Stanley H. Done is publi-shed by arrangement with Elsevier Limited.ISBN: 978-0-7234-3413-9

Capa Folio Design

Editoração Eletrônica WM Design

Elsevier Editora Ltda.Conhecimento sem Fronteiras Rua Sete de Setembro, nº 111 – 16º andar20050-006 – Centro – Rio de Janeiro – RJ Rua Quintana, nº 753 – 8º andar04569-011 – Brooklin – São Paulo – SP Serviço de Atendimento ao Cliente0800 026 53 [email protected] Preencha a fi cha de cadastro no fi nal deste livro e receba gratuitamente informações sobre os lançamentos e promoções da Elsevier. Consulte também nosso catálogo completo, os últimos lançamentos e os serviços exclusivos no site www.elsevier.com.br

NOTA

O conhecimento médico está em permanente mudança. Os cuidados normais de segurança devem ser seguidos, mas, como as novas pesquisas e a experiência clínica ampliam nosso conhecimento, alterações no tratamento e terapia à base de fármacos podem ser necessárias ou apropriadas. Os proprietários dos animais, são aconselhados a checar informa-ções mais atuais dos produtos, fornecidas pelos fabricantes de cada fármaco a ser administrado, para verifi car a dose recomendada, o método e a duração da administração e as contraindicações. É responsabilidade do veterinário, com base na experiência e contando com o conhecimento do dono do animal, determinar as dosagens e o melhor tratamento para cada um individualmente. Nem o editor nem o autor assumem qualquer responsabilidade por eventual dano ou perda aos donos de animais ou a propriedade originada por esta publicação.

O Editor

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA FONTESINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

A891 Atlas colorido de anatomia veterinária dos ruminantes / Raymond R. Ashdown... [et al.] ; [tradução Renata Scavone de Oliveira... et al.]. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2011. 272p. : il. ; 31cm

Tradução de: Color atlas of veterinary anatomy, 2nd ed ISBN 978-85-352-4462-5

1. Ruminante - Anatomia. 2. Anatomia veterinária - Atlas. I. Ashdown, Raymond R.

11-2264. CDD: 636.2 CDU: 636.2:611

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REVISÃO CIENTÍFICA E TRADUÇÃO

SUPERVISOR

Francisco Javier Hernandez Blazquez Professor Titular de Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres do Departamento de Cirurgia (Setor de Anatomia) pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ-USP)

REVISORES

Caio Biasi (Caps. 3, 6, 7, 9, 10)Doutorando em Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres da Faculdade de Medicina Vete-

rinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ-USP)Professor de Anatomia Descritiva e Sistêmica dos Animais Domésticos e Anatomia Topográfi ca

da Universidade Paulista (UNIP)Professor de Anatomia Descritiva dos Animais Domésticos e Anatomia Topográfi ca da Univer-

sidade do Grande ABC (UniABC)

Francisco Javier Blanquez (Cap. 2)

Marcelo Fernandes de Souza Castro (Caps. 1, 4, 5, 8, índice)Mestre em Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres pela Universidade de São Paulo (USP) Professor Adjunto de Anatomia Descritiva e Anatomia Topográfi ca, do curso de Medicina Veterinária

da Universidade Paulista (UNIP), São Paulo

TRADUÇÃO

Adriana Pitella Sudré (Cap. 8)Médica Veterinária pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de JaneiroMestre em Patologia pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de JaneiroProfessora Assistente do Departamento de Microbiologia e Parasitologia da Universidade Federal

Fluminense (UFF), Rio de Janeiro

Aldacilene Souza da Silva (Cap.10)Mestre em Imunologia pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo

(ICB-USP)Doutora em Imunologia pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo

(ICB-USP)

Eduardo Kenji Nunes Arashiro (Cap. 7)Médico Veterinário pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de JaneiroMestre em Ciências Veterinárias pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de JaneiroDoutorando em Ciência Animal pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

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Fabrizio Grandi (Cap. 9)Médico Veterinário pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São

Paulo (FMVZ-USP)Residência em Anatomia Patológica Veterinária pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zoo-

tecnia da Universidade Estadual Paulista, Campus de BotucatuMestrado pelo Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina de Botucatu da Universi-

dade Estadual Paulista, Campus de Botucatu

Maria Eugênia Laurito Summa (Cap. 5)Médica Veterinária pela Universidade de São Paulo (USP)

Marie Odile Monier Chelini (Caps. 3, 6)Médica veterinária pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São

Paulo (FMVZ-USP)Mestre em Medicina Veterinária pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Univer-

sidade de São Paulo (FMVZ-USP)Doutora em Psicologia Experimental pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo

(USP)Pós-doutoranda no Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP)

Renata Scavone (Caps. 1, 2)Médica Veterinária formada pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universi-

dade de São Paulo (FMVZ-USP)Doutora em Imunologia pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo

(ICB-USP)

Vinícius Novaes Rocha (Cap. 4) Médico Veterinário formado pela Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF).Mestre e Doutorando em Ciências pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

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AGRADECIMENTOS

As dissecações e fotografi as usadas neste livro foram realizadas no Royal Veterinary College, University of London. Somos muito agradecidos ao Departamento de Anatomia pela provisão das ins-talações especializadas, sem as quais este trabalho não teria sido possível. Gostaríamos de agradecer, em particular, a Susan Evans, MIST, Chief Technician in Anatomy, pelo aconselhamento e assis-tência com as dissecações e fotografi as. A tarefa de preparar e cuidar dos espécimes antes e durante as dissecações foi realizada por Douglas Hopkins e Andrew Crook, que também auxiliaram nas dissecações. Somos também gratos a Gareth Hateley e Tony Andrews por suas contribuições nos comentários clínicos, e a Gayle Hallowell por fornecer as radiografi as das Figuras 10.4, 10.5, 10.15, 10.16 e 10.17. As demais radiografi as foram fornecidas pela Dra. Lizza Baines, e somos gratos por seu auxílio no novo capítulo sobre radiologia.

O programa de dissecação das vacas usadas neste livro teve como base o desenvolvido, por muitos anos, no Departamento de Anato-mia do Royal Veterinary College, por Harry Merlen, MRCVS, que também preparou as dissecações do abdome caprino.

A ideia de produzir um atlas de anatomia de ruminantes baseado em nosso programa docente anual de dissecação de vacas e bezerros é resultante de nossas discussões com Gower Medical Publishing. Somos muito gratos ao editor de projeto, aos diagramadores e ilustradores por seu trabalho árduo e por manterem o otimismo e o entusiasmo.

Nossas esposas foram um pouco negligenciadas enquanto esco-lhíamos carcaças e nos debruçávamos sobre transparências. Gosta-ríamos de agradecer a elas por sua paciência e compreensão.

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BIBLIOGRAFIA

Diversos artigos científi cos originais foram consultados durante a realização deste trabalho, mas nossos estudos foram apoiados, principalmente, por diversos livros-textos de anatomia. Gostaríamos de reconhecer nossa dívida em especial aos nossos constantes companheiros durante a preparação dos espécimes e do texto:

Aitken I 2007 Diseases of Sheep. Blackwell Publishing Ltd, OxfordAndrews AH, Blowey RW, Boyd H, Eddy R 2004 Bovine Medicine, Diseases and Husbandry of Cattle, Wiley-Blackwell, Oxford.Ashdown RR 2006 Functional, developmental and clinical anatomy of the bovine penis and prepuce. CABI Reviews: Perspectives in Agriculture, Vet-erinary Science, Nutrition and Natural Resources 1 No: 021, 1–29Berg, R. (1973) Angewandte und topographische Anatomie der Haustiere. Jena; Fischer.Bressou, C. (1978) Les ruminants. Anatomie régionale des animaux domes-tiques Vol. II (Montané, L., Bourdelle, E. & Bressou, C. editors). 2nd edition. Paris; Baillière.Butterfi eld, R.M. & May, N.D.S. (1966) Muscles of the ox. St. Lucia; Univ. of Queensland.Dyce, K.M. & Wensing, C.J.G. (1971) Essentials of bovine anatomy. Amster-dam, Utrecht; de Bussy, Oosthoek.Ellenberger, W. & Baum, H. (1943) Handbuch der vergleichenden Anatomie der Haustiere. (Zietzschmann, O., Ackernecht, E. & Grau, H. editors) 18th edition. Berlin: Springer.Field, E.J. & Harrison, R.J. (1968) Anatomical terms. Their origin and deri-vation. 3rd edition. Cambridge; Heffer.Ghoshal, N.G., Koch, T. & Popesko, P. (1981) The venous drainage of the domestic animals. Philadelphia; Saunders.Greenhough, P.R., MacCallum, F.J. & Weaver, A.D. (1981) Lameness in cattle. (Weaver, A.D., editor) 2nd edition. Bristol; Wright.Habel, R.E. (1970) Guide to the dissection of domestic ruminants. 2nd edition. Ithaca; Habel.Habel, R.E. (1973) Applied veterinary anatomy. Ithaca; Habel.Harwood D 2006 Goat Health and Welfare. Crowood Press Ltd, Ramsbury.Hecker, J.F. (1974) Experimental surgery of small ruminants. London; Butterworth.McFadyean’s osteology and arthrology of the domesticated animals. 4th edition. (Hughes, H.V. & Dransfi eld, J.W. editors) London; Baillière, Tindall, Cox.

Martin, P. & Schauder, W. (1938) Lehrbuch der Anatomie der Haustiere Bd.III Anatomie der Hauswiederkäuer. 3rd edition. Stuttgart; Schickhardt, Ebner.Nickel, R., Schummer, A. & Seiferle, E. (1968) Lehrbuch der Anatomie der Haustiere Bd. l Bewegungsapparat. 3rd edition. Berlin, Hamburg; Parey.Nickel, R., Schummer, A. & Seiferle, E. (1973) The viscera of the domestic animals. Translated and revised by Sack, W.O., Berlin, Hamburg; Parey.Nickel, R., Schummer, A. & Seiferle, E. (1981) The anatomy of the domestic animals Vol. 3. The circulatory system, the skin, and the cutaneous organs of the domestic mammals. Schummer, A., Wilkins, H., Vollmerhaus, B.K., Habermehl, K.H. Translated by Siller, W.G. & Wight, P.A.L. Berlin, Hamburg; Parey.Nickel, R., Schummer, A., & Seiferle, E. (1975) Lehrbuch der Anatomie der Haustiere Bd. IV. Nervensystem, Sinnesorgane, Endokrine Drüsen. Seiferle, E., Berlin, Hamburg; Parey.Nomina Anatomica Veterinaria (1992) 4th edition, published by the Interna-tional Committee on Veterinary Anatomical Nomenclature, World Associa-tion of Veterinary Anatomists; Gent (Belgium).Popesko, P. (n.d.) Atlas of topographical anatomy of the domestic animals. Vols I–III. Translated by Getty, R. & Brown, J. Philadelphia; Saunders.Radostits, O.M., Gay, C.C., Hinchcliff, K.W., Constable, P.D. (Eds) 2007 Veterinary Medicine – A Textbook of the Diseases of Cattle, Horses, Sheep, Pigs, and Goats, 10th edn. Saunders, Edinburgh.Raghavan, D. & Kachroo, P. (1964) Anatomy of the ox. New Delhi; Indian council of agricultural research.Rosenberger, G., Dïrksen G., Grunder, H.D., Grunert, E., Krause, D. & Stober, M. (1979) Clinical examination of cattle. Translated by Mack, R., Berlin, Hamburg; Parey.Sisson, S. & Grossman, J.D. (1953) The anatomy of the domestic animals. 4th edition, revised. Philadelphia; Saunders.Sisson & Grossman’s The anatomy of the domestic animals. Vol. I (1975). (Getty, R. editor) 5th edition. Philadelphia; Saunders.Taylor, J.A. (1955–1970) Regional and applied anatomy of the domestic animals. Parts I–III. Edinburgh; Oliver, Boyd.Vollmerhaus, B. & Habermehl, K.H. (n.d.) Topographical anatomical dia-grams of injection technique in horses, cattle, dogs and cats. Marburg, Lahn; Hoechst, Behringwerke A.G.

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PREFÁCIO

Este livro é destinado a estudantes de medicina veterinária e cirurgiões veterinários. Importantes características da anatomia topográfi ca são mostradas em uma série de fotografi as coloridas de dissecações deta-lhadas. As estruturas são identifi cadas por desenhos coloridos, e a nomenclatura é baseada na Nomina Anatomica Veterinaria (2005). O nome de todas as estruturas anatômicas foi traduzido do latim para o português, respeitando as raízes latinas. Quando necessário, a infor-mação requerida à interpretação das fotografi as é dada nas legendas. Cada seção começa com fotografi as das características superfi ciais regionais, obtidas antes da dissecação, e fotografi as complementares de um esqueleto bovino articulado ilustram importantes característi-cas ósseas palpáveis destas regiões. Todas as dissecações e fotografi as foram especialmente preparadas para este livro.

Os bovinos (duas vacas e quatro bezerros) eram da raça Jersey, e os três caprinos eram British Saanen. Os espécimes foram embalsa-mados, em grande parte, em estação, usando os métodos rotineira-mente empregados no Departamento de Anatomia do Royal Veterinary College. Todo o possível foi feito para que a posição fi nal correspondesse à estação normal. Na maioria dos casos, neoprene látex vermelho foi injetado nas artérias. As dissecações seguem o

padrão usado, há muitos anos, no curso do Royal Veterinary College. As fotografi as de touros adultos foram tiradas no centro de criação Milk Marketing Board, em Bletchley.

O objetivo destas dissecações e fotografi as é revelar a topografi a do animal como seria observada pelo cirurgião veterinário durante um exame clínico de rotina. As vistas laterais, portanto, são predo-minantes, e evitamos, sempre que possível, fotografi as de tecidos removidos do corpo ou o uso de vistas em ângulos ou posições inco-muns. Esperamos, sinceramente, que este livro permita que os estu-dantes e cirurgiões veterinários vejam, abaixo da superfície externa dos animais confi ados aos seus cuidados, os músculos, os ossos, os vasos, os nervos e as vísceras que formam cada região do corpo e cada sistema orgânico.

Uma diferença signifi cativa entre esta edição e as edições anterio-res é a adição de novas radiografi as no Capítulo 10. Uma segunda diferença importante é a inclusão de notas clínicas no início de cada capítulo. Estas notas ressaltam as áreas da anatomia que são de signifi cado clínico particular. Sentimos que estas adições aumenta-ram, de forma considerável, a utilidade deste livro para os aspirantes à cirurgia veterinária.

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INTRODUÇÃO

A extensão do currículo veterinário está em contínua expansão e muitas disciplinas se desenvolvem profundamente, embora a duração total do curso seja constante. Em resultado disso, há uma pressão para alocar cada vez menos tempo a algumas disciplinas, das quais a anatomia é um exemplo notável. Além disso, nos departamentos de anatomia, o desejo de dar mais ênfase a seus aspectos funcionais e aplicados à anatomia radiológica e à teratologia faz com que seja cada vez mais difícil alocar tempo necessário à dissecação pessoal de cada espécime por cada aluno. Uma solução óbvia para este pro-blema é a utilização, cada vez maior, de dissecações preparadas no ensino da anatomia topográfi ca. Isto poupa muito tempo do aluno, mas tem grandes desvantagens. Em primeiro lugar, o aluno perde a oportunidade de ganhar habilidades manuais, e é incapaz de ver e sentir as estruturas conforme são progressivamente reveladas pelo bisturi e pelas tesouras. Em segundo lugar, signifi ca que o aluno deve dominar, de forma rápida e sucessiva, as complexida-des, que certamente eram mais bem compreendidas pelos métodos despreocupados de 30 anos atrás. Nada pode compensar, comple-tamente, a falta da dissecação pessoal pelo profi ssional experiente, suplementada pelo inteligente uso de métodos gráfi cos para regis-trar o progresso do trabalho. Nossa experiência de mais de 15 anos no Royal Veterinary College, porém, nos convenceu de que o tra-balho de um anatomista competente, cuidadosamente estudado, registrado e anotado, pode ser mais útil do que as dissecações pes-soais de animais de grande porte, rapidamente realizadas por um grupo de alunos inexperientes. Um problema do ensino da anato-mia topográfi ca a partir de espécimes preparados é a difi culdade de dar aos alunos preparações sufi cientemente boas da ampla gama de estágios da dissecação de regiões específi cas. Esperamos since-ramente que este atlas fotográfi co compense esta defi ciência de espécimes preparados. Para os alunos capazes de fazer suas pró-prias dissecações detalhadas, este atlas será um lembrete constante do que viram, ou deveriam ter visto, em cada estágio (frequente-mente transitório) do procedimento.

A sequência de dissecações apresentadas neste volume é uma versão expandida daquela usada por nós na série de 23 horas da anatomia topográfi ca de ruminantes. Cada estágio do trabalho foi fotografado de modo a mostrar mais estágios de cada dissecação principal do que pode ser feito em nossas aulas práticas. Tentamos apresentar a progressão das dissecações requeridas conforme são realizadas. Quando o espécime era “incomum” ou não estávamos completamente satisfeitos com a demonstração das estruturas como planejado, não o substituíamos por outro; isto teria partido o fi o da

narrativa. Ocasionalmente, em nome da clareza, revertemos fotogra-fi as de dissecações realizadas de um lado, de modo que se encaixas-sem com maior facilidade na sequência maior, mas, nestes casos, a prática é expressamente mencionada na legenda. Em todos os espaços possíveis, demonstrações “extras” foram montadas. Em algumas regiões, fi zemos isso para mostrar um procedimento de dissecação diferente ou um espécime diferente. Os alunos devem saber tratar estes “extras” como complicações opcionais ou desne-cessárias, embora geralmente tenham importância considerável.

Um comentário deve ser feito acerca da dissecação mostrada nestas fotografi as. Em muitos casos, não removemos todos os tecidos conjuntivos das estruturas que estão sendo deslocadas. Nas disseca-ções “completas”, é frequentemente impossível preservar, de forma precisa, as relações topográfi cas originais de vasos e nervos. Além disso, tais dissecações encorajam o aluno a pensar que os desenhos de livros-texto são “reais” e que tecidos adiposos, fáscias e tecidos areolares não existem. Tentamos fazer com que as fotografi as repre-sentassem as estruturas como realmente aparecem durante a disse-cação real.

Não é parte de nosso plano como professores de anatomia vete-rinária expulsar os alunos da sala de dissecação, afastá-los dos espécimes e do conforto das cadeiras de braços em seu estudo da anatomia topográfi ca prática. Em vez disso, tentamos fazer um atlas que possa ser usado, por cada um deles, durante o estudo das dissecações de ruminantes, nas ocasiões em que essas não podem ser realizadas.

Este não é um atlas de anatomia veterinária aplicada, mas é destinado a estudantes de medicina veterinária; ênfase considerável é dada àquelas regiões e estruturas que parecem importantes para o veterinário. Sempre que possível, as fotografi as foram usadas para mostrar o animal como é visto ao exame clínico – outras vistas foram evitadas, mesmo quando eram mais informativas do ponto de vista estritamente anatômico. Espera-se que os alunos e profi s-sionais considerem esta abordagem valiosa no exame, diagnóstico e tratamento dos animais em estação. Os pesquisadores podem também achar que alguns de seus problemas de anatomia topográ-fi ca são esclarecidos por estas fotografi as de dissecação. Sabemos que suas necessidades são diversas e imprevisíveis e, com isso em mente, tentamos identifi car as diversas séries de dissecações da forma mais completa possível.

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SUMÁRIO

Prefácio vii

Introdução viii

1 Cabeça 1

2 Pescoço (Colo) 27

3 Membro Torácico 41

4 Tórax 61

5 Abdome 89

6 Membros Pélvicos 135

7 Mão e Pé (Extremidades distais) 161

8 Pelve 183

9 Úbere, Escroto e Pênis 219

10 Anatomia Radiográfi ca da Cabeça e das Extremidades dos Membros Torácicos e Pélvicos (Mãos e Pés) 239

Índice 252

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5. ABDOME

O abdome bovino é uma das principais áreas de trabalho da clínica veterinária – como é de se esperar de um animal que pasta regular-mente ingerindo tudo o que pode.

O bezerro de gado de leite é muito propenso a distúrbios digesti-vos, visto que muda rapidamente de uma dieta à base de leite para uma base de forragem do animal adulto. Em vacas lactantes e seus bezerros lactentes, a transição geralmente é natural. Por outro lado, na produção do gado de leite o homem interfere no processo natural, interrompendo-o com o desmame precoce para conservar o leite para a produção.

Há uma série de agentes que podem causar diarreia, incluindo coccídeos, rotavírus, coronavírus, astrovírus, calicivírus, vírus Breda, E. coli, criptosporídios, salmonelas de diversos sorotipos, vírus da diarreia bovina e toda uma variedade de doenças associadas a toxinas de bactérias ou de plantas. Muitas vezes não se chega ao diagnóstico. Em rebanhos os problemas podem ocorrer na forma de disenteria de inverno, salmonelose, doença de Johne e diarreia de origem nutricio-nal, assim como acidose.

Endoparasitas são problemas muito graves, especialmente para os animais em primeira temporada no pasto. O gado ingere grande quantidade de larvas infectantes, resultando em gastroenterite para-sitária quando bovinos suscetíveis pastam em uma área contaminada. Uma quantidade grande de parasitas é encontrada no abomaso e no intestino delgado, particularmente Cooperia e Nematodirus. Infecção por Ostertagia, tipo I, pode ocorrer em bezerros que estão no pasto; tipo II, em bezerros de um ano, no fi nal do inverno ou na primavera que segue a primeira temporada de pastejo. Anormalidades nutricio-nais podem estar associadas ao pasto de primavera ou a mudanças bruscas na dieta.

Bezerros também podem sofrer de má coagulação abomasal do leite, disfunção da goteira esofágica (sulco do retículo), infecções da goteira por Actinobacillus, timpanismo ruminal causado pelo fl uxo da goteira esofágica e acidose causada por alimentação com concen-trado em níveis elevados. Ocorre erosão da parede abomasal, com possibilidade de erupção de úlceras.

No abdome do bezerro também podem ocorrer hérnia e abcesso umbilical. Infecções umbilicais podem ser fonte de infecção para abcessos hepáticos.

A formação de abcesso hepático é uma característica comum da produção de animais superprecoces alimentados à base de grãos (barley beef) e pode-se ver uma ampla gama de sinais. Vacas de alta produção podem desenvolver lipidose hepática quando são introdu-zidas muito rapidamente dietas com alto teor energético. O problema hepático mais grave, que acomete tanto ovinos quanto bovinos, é a fascíola hepática, que se espalha graças à associação de invernos

moderados a condições de umidade. Doença hepática grave também produz encefalopatia hepática.

A musculatura lombar às vezes é sede de infecção por clostrídios, levando a miosites, como o carbúnculo (Clostridium chauvoei). Clau-dicação, rigidez e contrações musculares são características nesses casos.

O boi sofre de infecções urinárias ascendentes. A uremia é um achado mais comum do que outras anormalidades. A pielonefrite contagiosa dos bovinos caracteriza-se por eliminação de urina man-chada de sangue, cólica aguda, perda da condição física e urina contendo sangue e resíduos, inclusive pus. A palpação dos rins ou pressão sobre a região lombar induz uma resposta à dor.

São poucas as condições importantes do sistema urinário de vacas. A cistite muitas vezes ocorre em consequência de infecções ascendentes e a hematúria enzoótica é observada em áreas onde existem samambaias.

O diafragma pode estar sujeito a hérnias ou rupturas. O diafragma é um órgão essencial à respiração e pode ser gravemente lesado por penetração em casos de reticulite traumática (que pode resultar em miosite necrosante); também pode ser afetado por ruptura, com o conteúdo abdominal (normalmente o retículo ou o fígado, às vezes o omaso) passando para o tórax. No bezerro, às vezes também se pode observar respiração rápida e superfi cial como sinal de distrofi a mus-cular nutricional associada à defi ciência de vitamina E e selênio.

As seguintes condições do trato alimentar são importantes:

Timpanismo ruminal – gasoso — Em bezerros, é causado por lesões da goteira esofágica, como, por exemplo, abcessos ou actinobaci-lose. Pode haver obstrução física da goteira ou do esôfago. Tim-panismo gasoso também pode ocorrer na acidose. Pode ser causado pela pressão de linfonodos sobre o esôfago, sendo observado no tétano e na febre do leite. Decúbito lateral prolongado também pode causar timpanismo gasoso.

Timpanismo ruminal – espumoso — É mais comum e muitas vezes acomete vários animais, particularmente em pastagens com trevo ou alfafa, que contêm saponinas.

Uma ampla gama de distúrbios abdominais, relatados a seguir, está associada aos três primeiros compartimentos do estômago (aglandu-lares) do adulto. Diz-se que a distensão abdominal é causada pelos “7 Fs”:1 feto, fl uido, fl ato, fezes, gordura, alimento e corpos estra-nhos. As cólicas são raras na vaca, mas a indigestão é comum. Todo distúrbio ruminal produz inapetência, produção de leite diminuída

1Nota da Tradução: Em inglês: fat, foetus, fl uid, fl atus, faeces, food e foreign bodies.

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e crescimento insufi ciente. A indigestão pode suceder a introdução de novas dietas, pasto encharcado, ração congelada ou alimentos deteriorados. Pequenas alterações no pH ruminal causam atonia de rúmen. A norma é mudar lentamente a dieta, durante um período de 10-14 dias, se possível.

Pode ocorrer acidose ruminal quando o armazenamento de grãos é atacado ou fornecido ad libitum de súbito. Carboidratos em excesso fermentam rapidamente, levando à acidose láctica, que é um grande problema; seguem desidratação aguda e depressão. A acidose ruminal subaguda é um problema muito comum em reba-nhos leiteiros de alta produção.

Timpanismo – A distensão abdominal aguda por gás em diversas partes do trato digestório é um problema bastante comum.

Retículo – A reticuloperitonite traumática, também conhecida como wire disease, geralmente é causada por fragmentos de arame, com 5 a 10 cm de comprimento, oriundos de pneus usados para fazer peso sobre a lona plástica utilizada para cobrir montes de silagem. Cerca de 50% das vacas apresentam metal no ruminorretículo. Os sinais clínicos podem variar em extensão e gravidade. Às vezes, vacas com uma quantidade grande de arame ou não apresentam sinais clínicos ou eles são bem moderados: apetite diminuído, ruminação reduzida, produção subnormal de leite e graus variáveis de dor. Os sinais dependem de quão afetadas tenham sido outras estruturas (dia-fragma, fígado, baço, pulmões, pericárdio e coração) e da extensão da abscedação peritoneal. Podem resultar aderências extensas, pos-sivelmente acompanhadas de um murmúrio reticular. Hérnia dia-fragmática pode suceder a reticuloperitonite traumática. A evolução pode levar várias semanas. Como o pericárdio está em contato com o diafragma – que geralmente é penetrado –, é possível que haja sinais torácicos, além dos abdominais. Bulhas cardíacas diversas e ruídos de líquido confi rmarão a pericardite.

Rúmen – Impactação ruminal alimentar é observada em bovinos destinados à engorda, alimentados com palha ou feno, com acesso restrito à água; também pode ser causada por ingestão excessiva de grãos. A impactação ruminal maciça deve ser diferenciada da reticuloperitonite traumática. Na impactação ruminal, o fator-chave é a escassez de água. O timpanismo ruminal agudo pode ocorrer após o consumo de trevo ou couve, mas também ocorre no timpanismo espumoso e na obstrução por corpo estranho.

Omaso – Raramente ocorre impactação.Abomaso – A torção causa obstrução aguda por gás. O abomaso pode

estar deslocado para a esquerda ou para a direita, o que pode levar à dilatação esquerda ou direita. Pode ocorrer impactação e a maior parte dos casos provavelmente está associada à indigestão vagal.

O deslocamento do abomaso para a esquerda ocorre princi-palmente no gado de leite e está associado à dieta. Ocorre em vacas de alta produção no início da lactação. O principal fator é a atonia do abomaso em um animal que repentinamente apre-senta muito espaço no abdome. Uma quantidade grande de gás associada a um útero grávido leva ao deslocamento. No fl anco

direito também ocorrem dilatação e deslocamento. Também podem ocorrer ulceração e impactação.

Ceco – A torção de ceco ocorre em touros e em vacas no início da lactação. A causa pode ser a presença de níveis elevados de ácidos graxos voláteis no ceco ou a fermentação de níveis elevados de amido, que produzem atonia e acúmulo de gás. Também pode estar associada à torção de cólon, íleo ou mesentério, torcido no mesentério comum (raiz do mesentério). Esta é uma complicação grave – e geralmente fatal –, que causa fermentação e produz distensão maciça do lado direito. Nesses casos, o diagnóstico dife-rencial depende do comportamento do animal, de exame retal, da frequência do pulso e da progressão do caso.

Ocorre hérnia mesentérica estrangulada, na qual os intestinos atra-vessam o mesentério. Pode ocorrer intussuscepção, que às vezes pode ser palpada per rectum como uma salsicha dura na parte superior direita do abdome. Normalmente o intestino delgado está envolvido, ou pode estar involuído no ceco através da válvula ileocecocólica. É uma sequela de diarreia profusa em bezerros, mas não necessaria-mente em adultos. Também pode haver obstrução do íleo por um lipoma. A cólica de fermentação ocorre e melhora naturalmente.

A “indigestão vagal” pode ser encontrada como uma complicação do aprisionamento de arame que resulta em aderências. A indigestão frequentemente envolve a parede medial do retículo e o saco cranial do rúmen, interferindo em receptores parietais do nervo vago, podendo também suceder actinobacilose esofágica, formação de abs-cesso, tuberculose ou ruptura de diafragma.

A peritonite ocorre após reticulite traumática, metrite, mastite, distocia ou retenção de placenta. A reticuloperitonite traumática resulta em peritonite difusa aguda. As causas podem ser muito varia-das. Pode ocorrer penetração do útero ou do fórnice vaginal por sonda ou lesão da parte cranial da vagina durante acasalamento. Também pode ocorrer perfuração de úlceras abomasais. A peritonite pode se desenvolver após cirurgia abdominal.

O útero é uma estrutura abdominal e também pode contribuir para a distensão abdominal na forma de hidropisia do âmnio e do alantoide, causando uma distensão bastante acentuada. O exame retal facilita o diagnóstico dessas condições. Também pode haver torção uterina.

A obstrução intestinal por intussuscepção pode ser aliviada pela remoção da porção invaginada. Às vezes, a intussuscepção pode ser resolvida sem que seja preciso recorrer à cirurgia.

Ocorrem hérnias umbilicais de todos os tamanhos e formas. Hérnias menores não precisam ser reparadas. As maiores geralmente encerram o omento – não as vísceras – e não precisam ser corrigidas cirurgicamente, a menos que sejam enormes. Sempre existe a possi-bilidade de formação de abcesso no interior da hérnia.

No caso de o parto não se processar normalmente e o bezerro não poder ser eliminado através do canal do parto, intacto ou em partes após embriotomia, é necessário realizar cesariana sob anestesia epi-dural ou paravertebral.

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Abdom

eFig. 5.1 Características superfi ciais do abdome em vista lateral esquerda. As áreas das proeminências ósseas palpáveis foram raspadas.

Fig. 5.2 Ossos relacionados ao abdome em vista lateral esquerda. As proeminências ósseas palpáveis mostradas na fi g. 5.1 estão em vermelho.

processos transversos de vértebras lombaresfossa paralombarprega muscular espessa do m. oblíquo interno do abdome (parte ventral)13a costela

vórtice de pelos divergentes do joelho

posição do ligamento de fixação da patela ao fêmurarco costalv. subcutânea do abdome (veia do leite)úbere

vórtice de pelos divergentes da cernelha

ângulo caudal da escápula

vórtice de pelos convergentes do abdome

olécranovórtice de pelos divergentes do tórax

úmero, epicôndilo lateral

rádio, tuberosidade lateral

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Fig. 5.3 Limites da fossa paralombar esquerda. As áreas das proeminências ósseas palpáveis foram raspadas. O processo transverso da primeira vértebra lombar só é palpável em animais magros; o da sexta vértebra lombar está oculto pelo túber coxal.

Fig. 5.4 Ossos relacionados à fossa paralombar esquerda. As proeminências ósseas palpáveis mostradas na fi g. 5.3 estão em vermelho.

processo transverso de L5

processo transverso de L1

13a costela

ílio, túber sacral

arame através do túber coxal

ílio, túber coxal

prega do m. oblíquo interno do abdome (parte ventral)

fossa paralombar

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Abdom

eFig. 5.5 Nervos cutâneos da parede lateral do abdome. Um retalho de pele e músculo cutâneo foi refl etido ventralmente e os nervos cutâneos da fáscia superfi cial foram traçados. Esta dissecação e as mostradas nas fi gs. 5.6-5.8 foram feitas do lado direito, mas as fotografi as foram revertidas lateralmente.

fáscia toracolombar cobrindo o m. longuíssimo

r. cutâneo medial dorsal do n. torácico (XIII)

m. serrátil dorsal caudal

13a costela

rr. cutâneos laterais dorsais dos nn. torácicos (XI-XIII)

inserções costais do m. serrátil ventral do tórax interdigitando-se nas origens costais do m. oblíquo

externo do abdome

rr. cutâneos laterais ventrais dos nn. torácicos (XI-XIII)

m. oblíquo interno do abdome

margem dorsal do m. oblíquo externo do abdome

rr. cutâneos laterais dorsais dos nn. lombares (I, II)

rr. cutâneos laterais ventrais dos nn. lombares (I, II)

m. oblíquo externo do abdome

m. cutâneo do tronco

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Fig. 5.6 Músculo oblíquo externo do abdome. O músculo cutâneo do tronco foi removido (fi g. 5.9) e são mostrados os nervos cutâneos emergindo da fáscia profunda.

ílio, túber coxal

lln. da fossa paralombarorigem do m. oblíquo interno do abdome a partir da fáscia toracolombarrr. cutâneos laterais dorsais dos nn. espinais T (XII-LII)

m. oblíquo externo do abdome (extremidade caudodorsal)

13a costelam. serrátil dorsal caudal

rr. cutâneos laterais ventrais dos nn. espinais T (VII-LI)

posição do arco costal (linha pontilhada azul)m. oblíquo externo do abdome (aponeurose recoberta pela túnica amarela do abdome)

m. cutâneo do tronco

m. longuíssimo do tóraxrr. cutâneos laterais dorsais dos

nn. torácicos (VII-XI)

m. iliocostal do tórax

m. serrátil dorsal cranial

7a costela

m. intercostal externo

m. serrátil ventral do tórax

n. torácico longo

n. torácico lateral

m. oblíquo externo do abdome (extremidade cranioventral)

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Abdom

eFig. 5.7 Músculo oblíquo interno do abdome. Nesta fi gura e nas seguintes não é mostrada toda a extensão ventral do músculo reto do abdome (fi gs. 5.11 e 5.12).

ílio, túber coxal

m. iliocostal do lombomargem seccionada da fáscia toracolombar

m. oblíquo interno do abdome (parte dorsal)

r. ventral do n. lombar (I)

n. costoabdominal (T XIII)

m. oblíquo interno do abdome (parte ventral)

11a costela, cartilagem costal

m. cutâneo do troncom. reto do abdome

mm. longuíssimos do tórax e do lombo

m. iliocostal do tóraxm. retrator da costela

13a costelamm. intercostais internos

bainha do m. reto do abdome, lâmina externa: aponeurose do

m. oblíquo interno do abdome

aponeurose do m. oblíquo externo do abdome

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Fig. 5.8 Músculo transverso do abdome esquerdo. As vísceras abdominais situadas profundamente a este músculo, caudais em relação à última costela, são mostradas na fi g. 5.16.

m. iliocostal do lombo

aponeurose de origem do m. transverso do abdome a partir de processos transversos lombaresr. ventral do n. lombar (I)

n. costoabdominal (T XIII)

m. transverso do abdome

m. transverso do abdome originando-se da face medial das costelas

m. reto do abdome (intersecções tendinosas)m. cutâneo do tronco

mm. longuíssimos do tórax e do lombo

m. retrator da costela

13a costela

mm. intercostais internos

13a costela, cartilagem costaln. intercostal (XII)

m. oblíquo externo do abdome

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Abdom

e

Fig. 5.9 Músculo cutâneo do tronco em um bezerro macho de uma semana em vista lateral direita. O músculo prepucial cranial é visto mais nitidamente na fi g. 5.10. A superfície do músculo cutâneo está oculta por resquícios da derme. As fi gs. 5.10-5.15 mostram dissecações adicionais da parede abdominal deste bezerro.

Fig. 5.10 Músculo oblíquo externo do abdome direito em um bezerro macho. As origens da 10a e da 11a costelas estão cobertas pelo músculo grande dorsal, mas as interdigitações com o músculo serrátil ventral nas 7a, 8a e 9a costelas estão visíveis.

m. longuíssimo do lombo

m. iliocostal do lombom. oblíquo interno do abdome

m. trapézio (parte torácica)

m. serrátil dorsal caudal

rr. cutâneos laterais dorsais dos nn. espinais13a costelam. cutâneo omobraquial

m. grande dorsalm. oblíquo externo do abdome

rr. cutâneos laterais ventrais dos nn. espinais

m. cutâneo do tronco

m. peitoral ascendente m. prepucial cranial

13a costela

m. grande dorsal

ln. subilíacon. cutâneo femoral lateral (LIII, IV)

r. caudal superficial da a. circunflexa ilíaca profunda

m. oblíquo externo do abdome (coberto pela túnica amarela do abdome)m. serrátil ventral do tórax

rr. cutâneos ventrais laterais dos nn. espinais

n. torácico lateralm. peitoral ascendentea. epigástrica cranial na “fonte do leite”rr. cutâneos ventrais mediais dos nn. espinais m. prepucial cranial

a. epigástrica caudal prepúcio umbigo

ílio, túber coxal

m. oblíquo interno do abdome

m. oblíquo externo do abdome (extremidade dorsocaudal)

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8. PELVE

As difi culdades em se coletar o líquido cerebroespinal (LCR) a partir do forame magno no animal vivo foram comentadas no capítulo sobre cabeça. Entretanto, é possível coletar LCR sob anestesia local em bovinos de todas as idades. O local é o ponto médio do espaço lombossacral, o qual é a linha média de depressão entre a parte dorsal da última vértebra lombar palpável (L6) e da primeira vértebra sacral palpável (S2). O segredo está no reconhecimento das diferenças na consistência dos tecidos e na falta de resistência quando a agulha penetra no espaço subaracnóideo dorsal, através do qual o LCR é retirado.

A pelve é extremamente importante na medicina de bovinos, pois constitui a passagem óssea através da qual o feto passa durante o parto, e já que o nascimento de um novo bovino é o evento econô-mico mais importante, e subsequentemente facilita a lactação, esta é a principal área de interferência na medicina e reprodução bovina. Investigações de fertilidade envolvem uma considerável quantidade de tempo.

Obviamente, a assistência veterinária às vacas em casos de distocia durante o parto é importante. Lesões traumáticas normalmente não ocorrem em partos normais. Danos aos vasos uterinos ou vaginais podem seguir a tração do bezerro durante o parto. Pneumovagina ou urovagina podem ocorrer algumas vezes e podem necessitar de inter-venção cirúrgica. Uma investigação precoce de casos de parto pode demonstrar se uma cesárea precoce é necessária, e isto pode evitar dano considerável à vaca e ao bezerro após o parto. O trato genital involui e, de 10 a 14 dias após o parto, todos os órgãos genitais são palpáveis através do reto. Este processo leva cerca de 40 a 50 dias para se completar, quando o útero está de volta à pelve e com os cornos de tamanho e diâmetro iguais. O epitélio uterino se regenera e qualquer infecção bacteriana adquirida durante o parto é removida, e o ciclo ovariano recomeça. Qualquer falha na involução normal, onde exista tanto infecção como função ovariana anormal, causa subfertilidade, a qual resulta em perda econômica. As causas incluem membranas fetais retidas, endometrite e doença ovariana cística. O estro é normalmente detectável em cerca de 30% das primeiras e 70% das segundas ovulações subsequentes ao parto.

O estro não observado é um problema sério após o parto e possui uma variedade de causas, incluindo anestro fi siológico, anestro ver-dadeiro, dano durante o parto, cistos ovarianos e defi ciências nutri-cionais. Este pode ter a forma de uma ovulação silenciosa e estro não observado. O exame ovariano transretal pode ser útil na avaliação dos problemas, mas apenas como parte de um programa reprodutivo que também inclua recolhimento adequado dos dados do rebanho, históricos, exame clínico que inclua escore corporal na parturição e

na secagem, análise do leite, entre outros aspectos. O ciclo normal é investigado através de palpação do corpo lúteo no ovário. A palpa-ção de estruturas ovarianas de mais de 25 mm de diâmetro pode indicar a presença de um cisto folicular ou corpo lúteo.

O prolapso uterino é facilitado pela inércia uterina pós-parto. Ela pode ser revertida com a vaca em decúbito esternal, com os membros traseiros estendidos.

Um problema comum após o parto, e um dos mais importantes, é a retenção de membranas fetais. Esta pode se desenvolver para metrite aguda, toxemia e septicemia, e pode ser fatal se não reco-nhecida. As membranas são removidas manualmente, seguindo-se o tratamento do animal de forma convencional. Vaginite e metrite puerperal aguda necessitam de tratamento agressivo com fl uidote-rapia, antibióticos e também lavagem uterina com solução salina estéril aquecida. Uma pequena porção destes casos pode levar a pneumonia embólica, poliartrite ou endocardite. A endometrite pode ser um problema extremamente caro no qual há fertilidade reduzida, redução considerável da média do leite e um tratamento caro e frequentemente em longo prazo.

Uma monta sem êxito pode estar relacionada à falha na ovulação, na fertilização, ou à perda do concepto. A morte embrionária está associada ao retorno ao estro dentro de 21 dias, a morte embrionária tardia entre três e seis semanas e a morte fetal após seis semanas.

Existe uma variedade de causas infecciosas para a perda fetal, mas quase todas possuem um grau de placentite. Causas virais incluem o vírus da diarreia bovina e em particular o Herpesvírus Bovino-1.2, o qual causa vulvovaginite pustular infecciosa em vacas e balanopostite pustular infecciosa em touros. Este vírus irá causar abortamento e endometrite em qualquer vaca coberta por um touro infectado. Causas bacterianas podem incluir brucelose, leptospirose, Bacillus licheniformis, Listeria, Salmonella e Campylobacter. Protozooses incluem tricomoníase e neosporose, além de Chlamydia, rickéttsias e também abortamento micótico, quando se alimenta o animal com silagem de inverno feita de forma precária associada a condições úmidas na estação de crescimento.

Uma grande variedade de agentes infecciosos também é responsá-vel por infertilidade em bovinos e pode ser transmitida por monta natural ou inseminação artifi cial (vírus da febre aftosa, rinotraqueíte infecciosa bovina, diarreia viral bovina, vírus da leucemia bovina, peste bovina, língua azul, vírus Akabane, campilobacteriose genital bovina, brucelose, tuberculose, leptospirose, febre Q e tricomoníase). Neospora pode causar abortamento em bovinos, particularmente por volta do quinto ou sexto mês. Os fetos podem nascer vivos ou fracos, ou podem morrer no útero e ser mumifi cados ou reabsorvidos.

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A infertilidade do touro pode ser causada por uma grande varie-dade de problemas, os quais caem em quatro grandes grupos. O primeiro destes é a falha na monta (pode estar relacionada a idade, fatores genéticos, estação do ano, fatores sociais, sobrecarga, nutri-ção e anormalidades ortopédicas). O segundo é a falha na penetração ativa (o pênis não pode ser exposto sufi cientemente), falha na locali-zação da vulva devido a balanopostite, pênis curto, ruptura do corpo cavernoso do pênis, frênulo persistente, problemas psicogênicos, e problemas penianos como fi bropapiloma, defeitos de drenagem venosa e desvios. A falha na aproximação com a fêmea e na ejacula-ção também é uma razão para a infertilidade no touro. Uma taxa de gestação baixa com comportamento de monta normal também pode ocorrer. Isto pode se dever a idade, sobrecarga, hipoplasia testicular, atrofi a testicular, degeneração e atrofi a testicular, rompimento do escroto, orquite ou epididimite e doença sistêmica ou uso de medica-mento. Uma alça intestinal estrangulada em uma hérnia escrotal também é uma possibilidade rara.

É conveniente considerar o conjunto dos órgãos urinários como parte da pelve. A maioria das doenças do trato urinário está asso-ciada a hemorragia. A hemorragia pode ser resultado de uma doença sistêmica, incluindo envenenamento por samambaia e também pielo-nefrite, a qual causa pus, debris e hemorragia na urina. O “líquido vermelho” pode ser hematúria ou mioglobinúria. A hemoglobinúria pode ser associada à teileriose (Babesia divergens). A hemoglobinúria

bacilar está associada à infecção por Clostridium haemolyticum (Cl. noyvi tipo D). Ocasionalmente a alimentação com samambaia ou com a gramínea forrageira Brachiaria radicans Napper irá causar hemoglobinúria, e a condição pode ser associada no pós-parto com a alimentação da raiz e talo. A urolitíase (pedras urinárias), tanto por cálculos como inorgânica, ocorre como resultado de uma dieta pre-disponente em ambos os sexos, mas normalmente causa problemas apenas em machos. Os urólitos mais comumente se alojam na fl exura sigmoide do pênis, com a região do arco isquiático sendo o segundo local mais comum. A ruptura da bexiga urinária e a ruptura uretral também podem ocorrer, e quando isto ocorre a dor desaparece ime-diatamente, e a toxemia e uremia são subsequentes. É possível reali-zar uma uretrotomia distal ao arco isquiático para remover essas pedras. Após a realização desse procedimento, ajustes na alimentação devem ser realizados.

O trauma na pelve pode ser uma ocorrência rara. O túber coxal pode ser danifi cado durante a passagem através de um corredor estreito ou por uma queda repentina. Em uma situação de parto, pode haver dano à sínfi se pélvica causada por tração excessiva. Deslocamento e sublu-xação podem ocorrer, particularmente na articulação do quadril (coxo-femoral) em vacas de dois a cinco anos, associados ao parto e à fase inicial do pós-parto devido ao relaxamento do ligamento; 80% ocorrem em direção craniodorsal. Subluxação sacroilíaca também ocorre quando há excessiva fl acidez do ligamento.

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Pelve

Fig. 8.1 Características superfi ciais das regiões pélvicas em vista lateral esquerda. Em bovinos mais velhos, a primeira vértebra caudal pode se expandir ao sacro. A primeira articulação móvel caudal ao sacro é, portanto, a primeira articulação intervertebral da cauda.

Fig. 8.2 Pelve, vértebras e epífi se proximal do fêmur em vista lateral esquerda. As características ósseas palpáveis mostradas na fi g. 8.1 estão coloridas de vermelho. Note também que neste esqueleto a cauda não está sufi cientemente elevada. A margem caudal do ligamento sacrotuberal largo está ligada aos processos espinhoso e transverso da articulação sacrocaudal e à tuberosidade dorsal do túber isquiático.

Fig. 8.3 Características superfi ciais das regiões pélvicas em vista caudolateral. Estritamente, o escudo é a região na qual o pelo apresenta uma direção dorsal. A pele do períneo se encontra entre o ânus e o escroto. Entretanto, é difícil defi nir o períneo em fêmeas de ruminantes porque as intumescências escrotais do feto não são incorporadas na região perivulvar, mas desaparecem gradualmente na região inguinal. Portanto, o úbere forma a margem ventral do períneo na fêmea.

Fig. 8.4 Pelve e vértebras em vista caudolateral. As características ósseas palpáveis mostradas na fi g. 8.3 estão coloridas de vermelho. A margem caudal do ligamento sacrotuberal largo está ligada aos processos espinhoso e transverso da articulação sacrocaudal e à tuberosidade dorsal do túber isquiático.

Cd I, II, processos espinhosos

Cd, I, II, III, processos transversos

fossa isquiorretalligamento sacrotuberal largo

túber isquiático: tuberosidade dorsaltuberosidade ventraltuberosidade lateral

pudendo feminino (vulva), comissura ventralfêmur, trocânter maior

ílio, túber coxal ílio, túber sacral articulação sacrocaudal

articulação sacrocaudal móvel

Cd I, processo espinhoso

margem caudal palpável do ligamento sacrotuberal largo

Cd I, II, III, processos transversos

abrasão na cauda

ânusfossa isquiorretalvulva

lábio vulvar esquerdocomissura ventral da vulva

túber isquiático:tuberosidade ventraltuberosidade dorsaltuberosidade lateral

escudo

base do úbere

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Fig. 8.5 Músculos superfi ciais da parede pélvica lateral esquerda. Os nervos cutâneos e linfonodos superfi ciais da região são mostrados na fi g. 8.29.

ílio, túber coxalcrista sacral medianaprocesso espinhoso m. glúteo médiotecido adiposo da fossa isquiorretalm. coccígeoparte vertebral do m. gluteobícepsmargem caudal do ligamento sacrotuberal largoramo cutâneo proximal do n. pudendo

túber isquiático

m. oblíquo interno do abdome

m. tensor da fáscia latam. semimembranoso

vulva, comissura ventral

m. semitendinoso

posição do trocânter maior do fêmur

partes do m. gluteobíceps:cranialcaudal

m. vasto lateral

margem seccionada da fáscia lata

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Pelve

Fig. 8.6 Músculos profundos da parede pélvica lateral esquerda. A remoção do grande músculo gluteobíceps revela parte do ligamento sacrotuberal largo caudalmente ao músculo glúteo médio.

ílio, túber sacral

m. tensor da fáscia lata

m. glúteo médio

n. glúteo caudal

linfonodo isquiático

n. glúteo cranial

ramo do n. isquiático para o m. bíceps femoral

m. ilíacotrocânter maior do fêmur

mm. gêmeos

n. isquiático

n. tibial e n. fibular

m. vasto lateral

linha de origem do m. gluteobíceps

ligamento sacrotuberal largo

m. coccígeo

tecido adiposo da fossa isquiorretal

túber isquiático

ramo cutâneo proximal do n. pudendo

a. glútea caudal

m. semimembranoso

m. semitendinoso

vulva, comissura ventral

parte do m. gluteobíceps originando-se ventral à tábua do ísquio

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Fig. 8.7 O ligamento sacrotuberal largo e seus forames em vista lateral esquerda. A remoção do músculo glúteo médio revela toda a extensão do ligamento sacrotuberal largo, os dois forames e os vasos e nervos que os atravessam.

m. sacrocaudal dorsal lateral

m. glúteo médio

ligamento sacrotuberal largo

ílio

forame isquiático maior

a. glútea cranial

incisura isquiática maior

n. glúteo cranialn. glúteo caudal

n. cutâneo femoral caudal

m. glúteo profundo

n. isquiático

trocânter maior do fêmur

m. reto femoral

m. vasto lateral

n. tibial e n. fibular

linha de origem da parte vertebral do m. gluteobíceps

m. coccígeo

ligamento sacrotuberal

túber isquiático, tuberosidade dorsal

a. pudenda interna

forame isquiático menor

m. semitendinoso

a. glútea caudal

túber isquiático, tuberosidade lateral

mm. gêmeos

origem do m. bíceps femoral a partir da tábua do ísquio

m. semimembranoso

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Fig. 8.8 A pelve após remoção parcial da parede pélvica lateral esquerda. A asa do ílio e grande parte do ligamento sacrotuberal largo foram removidos. Esta fi gura mostra os nervos e artérias da cavidade pélvica circundados por grandes quantidades de depósito adiposo assim como no animal vivo. Uma dissecação posterior é mostrada na fi g. 8.11.

m. sacrocaudal dorsal lateral

m. longuíssimo do lombo

n. pudendo

a. glútea cranial

processo transverso (asa) do sacro

a.e v. ilíacas internasmargem restante do forame

isquiático menor

n. isquiáticom. ilíaco

margem seccionada do corpo do ílio

mm. gêmeos

a. circunflexa ilíaca profunda

m. glúteo profundo

fáscia profunda recobrindo o m. oblíquo externo do abdome

m. gluteobíceps, linha de origem da parte vertebral

m. sacrocaudal dorsal medial

m. sacrocaudal dorsal lateral

mm. intertransversários da cauda

ligamento sacrotuberal

resquício do ligamento sacrotuberal largom. coccígeo

tuberosidades do túber isquiático:dorsalventrallateral

m. semitendinosom. bíceps femoral

a. glútea caudal

origem no ísquio do m. bíceps femoral do ísquio

m. semimembranoso

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Fig. 8.9 A artéria caudal mediana e a fossa isquiorretal: vista lateral esquerda. Em animais obesos, a fossa isquiorretal é ocupada por uma grande massa adiposa e externamente esta forma uma saliência em vez de uma concavidade.

Fig. 8.10 Músculos superfi ciais da região perineal e a fossa isquiorretal: vista caudolateral esquerda. A fáscia do diafragma urogenital, a qual forma a parede medial da fossa isquiorretal, foi dissecada para revelar o músculo retrator do clitóris.

m. sacrocaudal dorsal medial

m. sacrocaudal dorsal lateral

ligamento sacrotuberal formando a parede laterodorsal da fossa isquiorretalmm. intertransversários da cauda

Cd III: processo articular cranialarco hemalprocesso transversoCd II, processo transversoa. caudal mediana

m. sacrocaudal ventral lateralm. coccígeo formando a parede medial da fossa isquiorretal

túber isquiático:tuberosidade dorsaltuberosidade ventral

m. semitendinoso

n. pudendo

m. bíceps femoral

a. glútea caudal

a. pudenda interna m. semimembranoso

m. sacrocaudal dorsal medial

m. sacrocaudal dorsal lateral

ligamento sacrotuberal

mm. intertransversários da cauda

m. coccígeom. sacrocaudal ventral lateral

m. sacrocaudal ventral medial

Cd III processo articular cranial

m. retrator do clitóris (parte clitorídea)Cd III processo transverso

fossa isquiorretalm. esfíncter externo do ânus e fáscia superficial perineal

m. levantador do ânus

ânusm. constritor do vestíbulo recoberto pela fáscia profunda perinealtúber isquiático

m. constritor da vulva e fáscia superficial perineal

a. glútea caudal

m. semimembranoso

vulva

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10. ANATOMIA RADIOGRÁFICA

DA CABEÇA E DAS EXTREMIDADES DOS

MEMBROS TORÁCICOS E PÉLVICOS (MÃOs E PÉS)Considerações clínicas para o exame radiográfi co

O exame radiográfi co é uma ferramenta diagnóstica bastante útil na medicina de ruminantes, particularmente em relação ao crânio e às extremidades distais dos membros; um equipamento de maior potên-cia, no entanto, também será capaz de fornecer imagens da coluna vertebral, das partes proximais dos membros e da pelve. Para uma correta interpretação das anormalidades radiográfi cas é necessário conhecer a anatomia radiográfi ca normal. As extremidades distais dos membros dos ruminantes não são tão complexas, mas podem haver difi culdades quando ocorre a sobreposição de dois dígitos, da mesma forma que ocorre no exame dos ossos dos dígitos acessórios. Por outro lado, o crânio é extremamente complexo e, portanto, é de suma importância que se tenha um atlas de anatomia radiográfi ca normal ou uma radiografi a “normal” para se comparar quando se faz uma tentativa de interpretação dessa área.

A indicação clínica mais comum para o exame radiográfi co é a claudicação e as causas mais comuns de claudicação em ruminantes são infecções da medula óssea (osteomielite) e artrite séptica, que é frequentemente proveniente de uma infecção de disseminação sanguí-nea (hematogênica). Tanto a infecção como o trauma podem resultar na formação de fragmento ósseo que se separa do tecido circunja-cente (sequestro). A área afetada deve ser avaliada por, pelo menos, duas vistas com ângulo reto, uma em relação à outra (projeções ortogonais). No que se refere aos membros locomotores, o membro contralateral também pode ser radiografado para comparação. Nos casos de claudicação baixa, é possível obter uma vista lateromedial mostrando apenas a úngula, se o fi lme devidamente inserido em um

envelope à prova de luz ou em um cassete for posicionado entre as fi ssuras interdigitais. Isso reduz a sobreposição causada pelo dígito não afetado e auxilia muito no diagnóstico de fraturas.

A presença de placas cartilaginosas epifi seais (de crescimento) deve ser considerada quando se interpretam radiografi as de membros loco-motores de animais jovens. Nos ruminantes domésticos, os estudos anatômicos sugerem que, após o nascimento, a epífi se proximal da falange média é a primeira a se fundir completamente (com 1-2 anos de idade em bovinos; com seis meses de idade em ovinos e caprinos) nas extremidades dos membros torácicos e pélvicos. Nos bovinos, as epífi ses que fazem parte da articulação do boleto (metacarpofalangeana) ainda podem estar separadas aos dois anos de idade; as fusões são ligeiramente mais precoces nos ovinos e nos caprinos. As epífi ses que se articulam com as fi leiras proximais de ossos cárpicos ou társicos podem permanecer separadas nos bovinos até depois dos três anos de idade; novamente, essas fusões ocorrem de forma ligeiramente mais precoce nos ovinos e nos caprinos. O túber calcâneo também apresenta fusão tardia (aos três anos nos bovinos, nos ovinos e nos caprinos). Radiografi camente, as fusões entre epífi se e diáfi se podem ser divididas em uma sequência de estágios. A idade na qual acontece a “fusão radiográfi ca completa” pode ser diferente daquela observada com base nas investigações anatômicas macroscópicas e microscópicas.

Nota da Revisão Científi ca: Os termos “pinça”, “quartos”, “talões” não são considerados pela nomenclatura anatômica veterinária. O termo “bulbo do talão”, segundo a última Nomina Anatomica Veterinaria (2005), é conhecido como parte infl exa.

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Fig. 10.1 Cabeça de um bovino: vista lateral.

seio frontal

osso temporal petroso

labirinto etmoidal

seio da concha média

arco zigomático

seio da concha dorsal

cavidade nasal

seio da concha ventral

seio palatino

cavidade craniana

articulação temporomandibular

atlas

áxis

osso estiloióideo

epiglote

cartilagem cricoide

raiz do dente molar inferior

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Fig. 10.2 Cabeça de um caprino: vista lateral. O seio frontal se estende para o interior dos cornos.

processo cornual do osso frontal

seio frontal

osso nasal

cavidade oral

osso incisivo (pré-maxila)

divertículo cornual do seio frontal

cavidade nasalmargem caudal da mandíbulaosso estiloióideo

nasofaringe

palato mole

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