16.02 a psicofonia - a incorporação ii 20 jan 2015

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Estudos Dirigidos Voltamos com o nosso assunto... A Psicofonia– A Incorpora

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Page 1: 16.02   A Psicofonia - A Incorporação II 20 jan 2015

Estudos Dirigidos

Voltamos com o nosso assunto...

A Psicofonia– A Incorporação

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Médiuns

Existe mediunidade inconsciente?

Divaldo - Sem dúvida. Kardec classificava os médiuns, genericamente, em dois tipos:seguros e inseguros.

Dentro dessa classificação, os seguros sãoaqueles que filtram com fidelidade amensagem, aqueles que são automáticos,sonambúlicos, inconscientes portanto, pormeio dos quais o fenômeno ocorre dentro deum clima de profundidade, sem que aconsciência atual tome conhecimento.

Podem ser os médiuns conscientes, semiconscientes e inconscientes.

Quanto às suas aptidões e qualidades morais, eles têm vasta classificação.

FIM

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Tem o médium inconsciente responsabilidade pelo que ocorra durante as comunicações?

Médiuns

Divaldo - O fenômeno é sonambúlico, mas a comunicação está relacio-nada com a conduta moral do médium. Este é sempre responsávelpelas ocorrências, assim como em muitas obsessões, quando o indiví-duo entra numa faixa de subjugação e perde a consciência, ele parecenão ser responsável pelo que se passa; no entanto, o é por haver sinto-nizado com aquele espírito que o dominou temporariamente.

Está no Evangelho de Jesus o assunto colocado de uma maneira bri-lhante pelo Mestre quando diz aos recém liberados: “Vai e não tornes apecar, para que te não aconteça algo pior” (joão 5:14).

Porque o indivíduo que não se modifica permanece numa faixa vibratória negativa e sinto-niza com as entidades mais inditosas, portanto, semelhantes.

Colocando-nos no plano da mediunidade, a nossa vivência moral digna interdita o inter-câmbio com as entidades frívolas.

As entidades malévolas dificilmente se adentram na Casa Espírita que tem um padrão vi-bratório nobre, porque as defesas impedem que tais espíritos rompam as barreiras mag-néticas. Mas, a pessoa que se adentra sem o perseguidor deverá reformar-se enquantoestá no ambiente espiritual. O que ocorre então?

CONTINUA

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Médiuns

Tal indivíduo, ao invés de acompanhar o doutrinador, de observar emeditar a respeito das lições que lhe são ministradas, por uma viciaçãomental continua com os mesmos clichês que trouxe lá de fora, ficandodentro do Centro, porém ligado aos espíritos com os quais se afina,mantendo vinculação hipnótica, telepática.

Há pessoas que não conseguem orar, e, quando vão orar, ocorrem-lhespensamentos de teor vibratório muito baixo. Na hora da prece sãoassistidas essas pessoas por lembranças de coisas desagradáveis vulga-res, sensuais, e não sabem compreender como isso lhes sucede. É re-sultado de hábito mental.

Se nós, a vida inteira, jogamos para o inconsciente ideias depressivas, vulgaridades, cria-mos ideoplastias perniciosas. A nossa memória anterior ou subconsciente fica encharcadadaquelas fixações. Na hora em que vamos exercitar um pensamento ao qual não estamoshabituados, é lógico que, primeiro, aflorem os que são freqüentes.

Ilustraremos melhor:

Imaginemos aqui um vaso comunicante em forma de letra “U”.De repente vamos orar ou sintonizar com os espíritos nobres.

Pelo superconsciente vem a ideia passa pelo consciente e desceao inconsciente.

CONTINUA

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Médiuns

Ao passar por ali recebe o enxerto das ideias arquivadas echega novamente à razão, influenciada pela mescla do queestá em depósito.

Se pegamos um vaso que está com fuligem, com poeira ecolocamos água limpa, ela entra cristalina, porém sai suja,até que, se perseverarmos e continuarmos colocando águalimpa, ela irá assear aquele depósito e sairá, por fim, comoentrou.

É necessário, então, porfiar na ideia, insistir nos planos positivos, perma-necer nos pensamentos superiores.

Somos sempre responsáveis por quaisquer comunicações, desde que somos o fator queatrai a entidade que se vai apresentar, graças às nossas vibrações e conduta intelecto-moral.

FIM

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Médiuns

Há médium inconsciente que, após a manifestação doespírito, não se recorda do que o comunicante disse ou

fez por seu intermédio?Divaldo - Sim. Há e ocorre com uma boa parcela dos sensitivos. Àmedida que a faculdade se torna maleável, que os filtros se fazemmais fiéis, o médium não se recorda através da consciência plena,mas ele sabe algo, porque todo fenômeno mediúnico dá medianteuma co-participação do espírito encarnado.

Essa co-participação seria um controle remoto do subconsciente?

Divaldo - Exatamente. O espírito encarnado é quem côa a mensagem da entidade desen-carnada. Então, ao mesmo tempo, exerce a fiscalização, o controle, e coíbe, quando devi-damente educado, quaisquer abusos, preservando o instrumento de sua reencarnação,que é o corpo.

FIM

Quer dizer que, no fundo, é sempre o médium o responsável, mesmo que tenha faculdade inconsciente, por aquilo que vem através dele?

Divaldo - Daí dizer-se que em todo fenômeno mediúnico há um efeito anímico, assim co-mo em todo fenômeno anímico há uma expressão mediúnica. Por melhor que seja o pia-nista, o som é sempre do piano.

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Médiuns

De que dispõe o médium psicofônico consciente para distinguir seu pensamento do pensamento da entidade comunicante?

Divaldo - O médium consciente dispõe do bom senso. Eis porque, antes de exercitar a mediunidade deve estudá-la; antes de entregar-se ao mi-nistério da vivência mediúnica é-lhe lícito entender o próprio mecanis-mo do fenômeno mediúnico.

Allan Kardec, aliás, sábio por excelência, teve a inspiração ditosa de primeiro oferecer à Humanidade O Livro dos Espíritos, que é um tratado de filosofia moral. Logo depois, O Livro dos Médiuns, que é um com-pêndio de metodologia do exercício da faculdade mediúnica.

Há de ver-se, no capítulo 3º, que é dedicado ao método, sobre a necessidade de o indi-víduo conhecer a função que vai disciplinar. Então o médium tem conhecimento de suas próprias aptidões e de sua capacidade de exercitá-las. Na mediunidade consciente ou lú-cida o fenômeno é, a princípio, “inspirativo”.

Naturalmente os espíritos se utilizam do nível cultural do médium, o mesmo ocorrendo nas demais expressões mediúnicas: na semiconsciente e na inconsciente ou sonambúlica.

O médium, no começo, terá que vencer o constrangimento da dúvida, em cujo período ele não tem maior certeza se a ocorrência parte do seu inconsciente, dos arquivos da memória anterior, ou se provém da indução de natureza extrínseca.

CONTINUA

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Médiuns

Através do exercício, ele adquirirá um conhecimento de tal maneira equilibrado que poderá identificar quando se trata de si próprio -animismo ou de interferência espiritual - mediunismo.

Através da lei dos fluidos, pelas sensações que o médium registra, du-rante a influência que o envolve, passa a identificar qual a entidade que dele se acerca.

A partir daí, se oferece numa entrega tranquila, e o espírito que o con-duz inspira-o além da sua própria capacidade dando leveza às suas ideias habituais, oferecendo-lhe a possibilidade de síntese que não lhe é comum, canalizando ideias às quais não está acostumado e que ocor-rem somente naquele instante da concentração mediúnica.

Só o tempo, porém, pelo exercício continuado, oferecerá a lucidez, a segurança para dis-cernir quando se trata de informação dos seus próprios arquivos ou da interferência dos Bons Espíritos.

FIM

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Médiuns

Pode o médium, em algumas comunicações, não conseguir evitar, totalmente, as atitudes desequilibradas dos espíritos

comunicantes?

Divaldo - À medida que o médium educa a força nervosa, logra dimi-nuir o impacto do desequilíbrio do comunicante. É compreensível que, em se comunicando um suicida, não venhamos a esperar harmonia por parte da entidade em sofrimento; alguém que foi vítima de uma tra-gédia sendo arrebatado do corpo sem o preparo para a vida espiritual apresentará no médium o estertor do momento final, na própria comu-nicação, algumas convulsões em virtude do quadro emocional em que o espírito se encontra.

Há, porém, certos cacoetes e viciações que nos cumpre disciplinar. Há médiuns que só in-corporam (termo incorreto), isto é, somente dão comunicação psicofônica, se bocejarem bastante. Para dar um toque de humor: quando eu comecei a frequentar a Casa Espírita, na minha terra natal, a primeira parte era um Deus-nos-acuda! Porque as pessoas boce-javam e choravam, demasiadamente. Eu, como era médium principiante, cria que também deveria bocejar de quebrar o queixo. A “médium principal”, que era uma senhora muito católica, iniciava as comunicações sempre depois de intermináveis bocejos e tosses que a levavam às lágrimas. Hoje não bocejo, nem no meu estado normal. Quando eles vêm eu cerro os dentes e os evito.

CONTINUA

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Médiuns

É lógico que uma entidade sofredora nos impregna de energia perni-ciosa, advindo o desejo de exteriorizar pelo bocejo. É uma forma deeliminar toxinas. Mas nós podemos eliminá-las pela sudorese, por ou-tros processos orgânicos, não necessariamente o bocejo. Há outros mé-diuns que têm a dependência, de todas as vezes em que vão comunicar-se os espíritos, bater na mesa ou bater os pés, porque se não baterem não se comunicam. Lembro de uma vez em que tivemos uma mesa re-donda. O presidente da mesa era um homem muito bom, muito evan-gelizado, mas não havia entendido bem a Doutrina, tendo ideias doutri-nárias muito pessoais. Ele me perguntou quando é que o espírito incor-pora no médium. Mas logo respondeu: “A gente chupa... chupa... até engolir! Não é verdade ?“. São cacoetes, destituídos de sentido e lógica.

Os médiuns têm o dever de coibir o excesso de distúrbios da entidade comunicante.

Na minha terra, vi senhoras que se jogavam no chão, e vinham os cavalheiros prestimosos ajudá-las... Graças a Deus eram todas magrinhas...

O médium deve controlar o espírito que se comunica, para que este lhe respeite a instru-mentalidade, mesmo porque o espírito não entra no médium.

A comunicação é sempre através do perispírito, que vai oferecer campo ao desencarnado. Todavia, a diretriz é do encarnado.

FIM

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Médiuns

O médium é responsável por toda e qualquer comunicação mediúnica?

Divaldo - Deve sê-lo, porque não é um autômato. Quaisquer comunica-ções que lhe ocorram são através do seu psicossoma ou perispírito. A conduta do médium é de sua responsabilidade e, graças a essa conduta, ele responde pela aplicação de suas forças mediúnicas.

É muito comum a pessoa assumir comportamentos contrários ao bom-tom e depois dizer que foram as entidades perniciosas que agiram dessaforma.

Isso é uma evasão da responsabilidade, porque os espíritos somente atuam pelo médium, nele encontrando receptividade para as suas induções. É importante saber que o médium é responsável pela manifestação que ocorra através dele. Para que se torne um médium seguro, um instrumento confiável, é necessário que evolua moral e intelectualmente, na razão em que exercita a faculdade. (...)

FIM

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Capítulo 13.Página 136 e 137.

PERGUNTA: — A mediunidade mecânica é a própria mediunidade deincorporação?

RAMATÍS: — Há que distinguir o seguinte: o médium mecânico e o semi--mecânico não abandonam o seu corpo físico no momento em que es-crevem as mensagens dos espíritos desencarnados, enquanto que, nocaso da incorporação completa, o espírito e o Perispírito do médium po-dem afastar-se até longa distância, deixando o corpo físico sob o coman-do dos desencarnados comunicantes.

Conforme já expusemos anteriormente, o médium de incorporação completa quando abandona o seu corpo físico fica ligado a ele só pelo cordãofluídico e, enquanto permanece ausente, outro espírito se manifesta,assim como na ausência do dono da casa algum amigo ou estranho pas-sasse a habitá-la.

Embora ele continue preso ao corpo carnal, pelo cordão fluídico, em vir-tude do seu desligamento dos centros energéticos do duplo-etérico, cai--lhe a temperatura e o transe mediúnico aprofunda-se para o estado decatalepsia.

CONTINUA

Page 13: 16.02   A Psicofonia - A Incorporação II 20 jan 2015

Capítulo 13.Página 136 e 137.

Assim, o êxito da comunicação mediúnica de incorporação, em transecompleto, depende muito do conhecimento e da possibilidade de opróprio espírito desencarnado comandar o organismo físico do médium,que é o seu verdadeiro dono, mas ausente.

A mediunidade de incorporação tal como a mecânica, também se prestamelhor para as identificações corretas dos desencarnados que, podendoatuar sem interferência do médium, podem revelar com êxito as suas ca-racterísticas psicológicas, e outras particularidades íntimas de sua vidana Terra.

“(...) Em virtude de o espírito do médium afastar-se completamente do seu organismo físico,juntamente com o seu Perispírito, a comunicação mediúnica flui-lhe de modo inconsciente eele desperta do transe mediúnico sem nada recordar-se daquilo que foi transmitido pelo seucérebro físico durante a sua ausência espiritual.

Mais tarde, surpreende-se quando alguém descreve-lhe certos assuntos, conceitos filosófi-cos ou argumentação científica, que ele proferiu mas de que não teve conhecimento pessoal.

FIM

Page 14: 16.02   A Psicofonia - A Incorporação II 20 jan 2015

A diferença é que o médium intuitivo lembra-se de todos ospensamentos que lhe foram comunicados pelos desencarnados,enquanto o de incorporação é inconsciente, pois o seu Perispíritoafasta-se durante a manifestação mediúnica.

No entanto, o próprio médium de incorporação — que durante ascomunicações dos espíritos desencarnados é inconsciente daquiloque se torna intermediário — mais tarde recorda-se de algo dasidéias que transitaram por si.

Capítulo 13.Página 139.

Diferença entre

Médium Intuitivo e Médium de Incorporação

FIM

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Capítulo 13.Página 139 e 140.

PERGUNTA: — Por que o médium incorporativo não se recorda, deimediato, daquilo que os espíritos desencarnados transmitem por seuintermédio para o mundo físico?

RAMATÍS: — Conforme já vos temos considerado anteriormente, só emcaso de morte corporal é que o espírito e o Perispírito abandonam defi-nitivamente o corpo físico da criatura.

Assim, o médium inconsciente, ou de incorporação completa, alguns diasapós o seu trabalho mediúnico verifica a emersão de certas frases, vocá-bulos ou idéias, que os desencarnados verteram-lhe pelo seu cérebro fí-sico enquanto se encontrava distante do seu próprio organismo.

Embora o cérebro perispiritual do médium fique distanciado durante a incorporação do espí-rito desencarnado, nem por isso desliga-se completamente; por isso as ideias comunicadasretratam-se, embora sem a nitidez com que as recebe o intuitivo.

Então o médium, mais tarde, surpreende-se ao reconhecer contornos, vestimentas ou fisio-nomias que ele já identificou alhures, mas ainda ignora que se trata de espíritos que se utili-zaram do seu corpo físico em transe.

Esse reconhecimento posterior e mental, juntamente com alguns trechos, fragmentos ouidéias que os desencarnados fluíram-lhe pelo cérebro físico, deixa-o quase crente de que ofato acontece realmente naquele momento, e não apenas "recorda" acontecimentos já vivi-dos anteriormente.

FIM

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Capítulo 17.

A um sinal especial, o médium abnegado (já desdobrado e no planoespiritual) concentrou-se no adversário desencarnado, que foi atraí-do como uma limalha de ferro na direção de poderoso ímã. Vimo-loenvolver o perispírito do intermediário em desdobramento, pratica-mente fundindo-se nos campos vibratórios sutis, transfigurando-o,plasmando uma fácies de ferocidade, quase animalesca. Baba peço-nhenta começou a escorrer-lhe dos cantos da boca retorcidos, esga-res nervosos sacudiram-no e num movimento brusco abandonou apostura convencional em que estava na cadeira, afastando-se grotes-camente.

Dr. Arquimedes manteve-se em grande serenidade, demonstrandosaber o que iria acontecer, enquanto todos orávamos com surpresa epiedade, constatando a infinita variedade de ocorrências e fenôme-nos que permanecem ocultos no ser imortal.

Ainda não tivera oportunidade de participar de um evento mediúnico daquela naturezacom as características estranhas em que se apresentava.

O comunicante tentou expressar-se verbalmente, mas não foi além de gemidos e sons des-conexos que mais o afligiam e revoltavam.

CONTINUA

Page 17: 16.02   A Psicofonia - A Incorporação II 20 jan 2015

Capítulo 17.

O amigo Germano foi convidado a aplicar-lhe bioenergia, retirandoas espessas camadas vibratórias em que se debatia prisioneiro, paralogo concentrar o esforço no plexo solar e na área cardíaca, que ex-peliam densas vibrações, que logo eram diluídas no ambiente.

Em descontrole quase total, o Espírito, incorporado nas delicadasengrenagens perispirituais de Silvério, tentando desembaraçar-sedas forças asfixiantes, terminou por atirar-se ao solo, estorcegandodolorosamente.

Tratava-se de um espetáculo constrangedor. Era triste a constataçãode como o ser prefere progredir à força de graves aflições, quandopoderia eleger a suavidade do amor com felizes rendimentos emo-cionais. A realidade, porém, ali estava em toda a sua patética.

Tomado de grande espanto, o sofredor (e obsessor) percebeu encontrar-se utilizando-seda mediunidade daquele a quem detestava (e obsidiava). Ficou aturdido e sem palavras...

E mais adiante...

Antes mesmo de entender tudo quanto se passava, o Mentor aplicou-lhe passes, desvincu-lando-o do médium em desdobramento parcial pelo sono fisiológico e transferiu-o paraum dos leitos, no qual foi colocado carinhosamente (...)

FIM

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Capítulo 1

(...) a jovem Ester sentou-se (ao piano) e, tomada pela tranquilidadeda segurança pessoal, começou a dedilhar suave melodia...

Em uma plena festa de 15 anos. De repente, tudo mudou.

Foi um impacto, qual um golpe inusitado, aplicado à face de todos.

Ester (a vítima) se perturbou momentaneamente, o corpo delicadopareceu vergar (curvar) sob inesperado choque elétrico. Ela sevoltou, de inopino (de repente), e fixou os olhos muito abertos,quase além das órbitas, no genitor. Estava desfigurada: palidezmarmórea cobria-lhe o semblante. Na testa maquilada e por todo orosto, o suor começou a porejar abundante. Ergueu-se algocambaleante, fez-se rígida. O fácies (aparência) era de tresloucada.

As pessoas, tomadas pela surpresa, ficaram sufocadas, inermes.

A adolescente avançou na direção do pai aparvalhado, sem ânimo de a acudir, e, semmaior preâmbulo, acercou-se dele, estrugindo-lhe na face ruidosa bofetada. Este seergueu, congestionado, ao tempo em que a filha novamente o agrediu por segunda vez.

Armou-se tremendo escândalo. Algumas damas mais sensíveis puseram-se a gritar, e osenhor Coronel, atoleimado, revidou o golpe automaticamente, surpreendendo-se a simesmo, ante gesto tão infeliz. A menina, alucinada, pôs-se a gritar, sendo,à força, conduzida à alcova (quarto de dormir). CONTINUA

Page 19: 16.02   A Psicofonia - A Incorporação II 20 jan 2015

Um médico presente prontificou-se atendê-la. Foram tomadas as pri-meiras providências e se lhe aplicou um sedativo injetável de quasenenhum efeito imediato. Nova dose de calmante foi providenciada e,enquanto a festa (de 15 anos) se desmanchava de forma dolorosa, sur-preendente, a família mergulhou em abissal mundo de aflições sem nome.

Capítulo 1

O desequilíbrio de pronto assumira proporções alarmantes.

Agitada, Ester blasfemava, esbordoando moralmente o genitor, medianteexpressões lamentáveis. Os verbetes infamantes escorriam-lhe dos lábios,insultuosos, ferintes, desconexos.

Somente pela madrugada, em estado de cansaço extenuante, caiu em torpor agitado,sacudida de quando em quando por convulsões muito dolorosas.

A estranha agressão sombreou de pesados crepes a família surpreendida, transformandoem quase tragédia os festivos júbilos da noite requintada.

São as surpresas que convocam a acuradas meditações e inevitáveis buscas espirituais.

A presença do pai mais a exaltava, como se fora acometida de loucura total, na qual se evi-denciava rancor acentuado, de longo curso, retido a custo por muito tempo e que espo-cava voluptuoso, assustador.

Os últimos convidados desde logo se afastaram discretos uns, tumultuados outros. Acom-panhados apenas pelo médico da família, os anfitriões se recolheram ao leito, profun-damente macerados no moral e físicamente abatidos, em desfalecimento,sem compreenderem o ocorrido.

CONTINUA

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Capítulo 2

O dia imediato surgiu penumbroso, apesar da pujança do Sol e do calorque assolava a cidade. No apartamento do Coronel Santa-maria, a dor sedobrava em sucessivos esgares, destroçando os que lhe caíram nas ma-lhas.

Ester não recobrou a lucidez. Embora a prostração que a dominara, apósos sedativos, as crises voltaram terrificantes, enquanto a débil mocinha,transfigurada, tornou-se o espécime legítimo da desequilibrada. Palavrasobscenas e gestos vis repetiam-se ininterruptamente; gritos e gargalhadasconstantes terminaram por enrouquecê-la. Muito pálida, com olheiras ar-roxeadas e manchas nas faces, tinha os lábios escuros e a expressão deolhar dura, sem luminosidade. Sacudida a cada momento por convulsõestorturantes, traduzia no rosto conturbado as dores inextricáveis que expe-rimentava.

Saindo desse estado, por instantes, parecia recobrar a claridade da razão, desvairando deimediato, a elucidar que alguém a lapidava com longo relho de que não se conseguiaevadir. Nesse comenos tornava-se rubra e, se fosse observada mais detidamente, poder-se-ia verificar que alguns vergalhões lhe intumesciam a pele delicada e marcavam a faceem congestão.

Logo retornava ao desequilíbrio, ao sarcasmo, e as ofensas se sucediam mordazes como seas Fúrias a estivessem cavalgando.

CONTINUA

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Capítulo 2

O clínico, facultativo de larga experiência, durante a primeira crise ocorridaà noite, elucidara que, se houvesse recidiva, seria de todo convenienteconvidar um especialista em doenças nervosas, pois tudo indicava tratar-se de uma crise histeropata, com agravantes para um longo curso. (...)

Os pais, alarmados, não sabiam exatamente como proceder. Convidado,porém, o médico da família, este confirmou literalmente a diagnose docolega: tratava-se de um problema histérico com alarmantes sinaistendentes a complicações mais graves, O psiquiatra se fazia necessário.

Indicada eminente autoridade em Psiquiatria, o tratamento teve início nopróprio lar, sem que diminuíssem os sintomas do desequilíbrio ou se mo-dificasse o quadro patológico como de desejar.

O estado da enferma se tornava cada vez pior, enquanto se lhe minavam as resistênciasfísicas, pois que recusava qualquer alimentação, sistematicamente, sendo necessárioaplicar-lhe indispensáveis medicações tônicas, de sustentação orgânica, à força.

Transcorridos três dias sob carinhosa assistência especializada e familial, sem que qualquerresultado fosse lobrigado, o psiquiatra aconselhou internamento em Casa de Saúderelevante, onde poderia aplicar técnicas próprias, a par de isolamento do grupo doméstico,em que, certamente, estavam as causas inconscientes dos traumas e distonias que aimpediam retornar ao campo da lucidez.

CONTINUA

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Capítulo 2

Inconsoláveis, os pais, aflitos, aquiesceram. Sob forte sedativo, Ester deuentrada no Sanatório...

Dos cuidados iniciais, insistentes e imediatos, a uma tácita compreensãode que tudo se estava a fazer, veio o diagnóstico alarmante, irreversível:Esquizofrenia!

Mais adiante...

Capítulo 3

A realidade é que o problema psíquico de Ester se enqua-drava noutra diagnose, dificilmente constatada pelosmétodos tradicionais do agrado puro e simples do acade-micismo dos que se permitem a fatuidade, evitando oaprofundamento nas questões que dizem respeito à vidaespiritual, à sobrevivência ao túmulo, à obsessão!

CONTINUA

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Capítulo 4

Ela própria não se dera conta do sucesso que a acometera. Experi-mentara superlativa angústia, seguida de álgido suor e a sensação deque fora arrojada num abismo sem fundo, caindo sem cessar... Ocoração deslocara-se do lugar, pulsando em descompasso; todas asfibras do corpo, adormentadas, produziam dores lancinantes, e acabeça, em redemoinho, impedia que o cérebro raciocinasse com alucidez capaz de coordenar ideias. Gritou por socorro e surpreendeu-se com as cordas vocais em turgimento, espocando palavraschocantes que não podia controlar. Ouvia-se a distância, confusa, nosom de sua voz alterada e era uma emoção odienta que não a sua.Chorava em contorções, mas as lágrimas queimavam-se nas pupilasdilatadas e, sentindo febre, tremia em arrebatamentos de louca.

Durante este período... as sensações da jovem...

Via-se fora do corpo e, ao mesmo tempo, via-o agitado, num estado dúplice, sem anotar oscircunstantes, chocados, na sua festa de apresentação social..

Após esse período, foi a luta em que se empenhou e continuava sem termo contra ogigante que a submetia.

Estava expulsa do organismo físico sem dele estar liberta.

CONTINUA

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Capítulo 4

A princípio sofria impressões confusas que a perturbavam. Vezes outrasdeparava-se com o estranho possessor, furibundo, em esgares (trejeito)de demente... Agredida por ele, procurava tornar à realidade anterior,como se perseguida em pesadelo soez desejasse acordar para dele livrar-se.Todavia, não atingia o ponto ideal, porquanto era impedida no intento, lo-go se renovando os paroxismos. À mente alcançavam as ideias vertidaspelo cérebro e ali aninhadas, mortificando-a por não serem esses os seuspensamentos; quando se esforçava por emitir os desejos, estavam oscentros de registro bloqueados tenazmente...

Os sentimentos da afetividade estraçalharam-se no pélago (abismo) do abandono e dasolidão, na batalha impossível que travava, enquanto o pavor hórrido, crescente, não tinhalenitivo, em considerando auxílio algum.

Durante o tratamento face à convulsão produzida pelo uso do eletrochoque, impossívelseria avaliar o insuportável que a estertorava em mil contorções até o desfalecimento. Aodespertar, fruindo o calor orgânico, defrontava-o, asqueroso, senhorial, e fugia, aparva-lhada, cedendo-lhe o lugar...

Minado o corpo pelo desgaste de largo porte, sucessivos desmaios expulsavam ousurpador que se deleitava, então, ameaçando-a, grosseiro, arrebatando-a para lugarespovoados por espectros impossíveis de descritos. Nesses sítios, onde nenhuma claridadelucila, a asfixia pastosa domina; impossibilitada de qualquer ação, tornava-semais fácil presa, arrastada aos trambolhões. CONTINUA

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Capítulo 4

Supunha-se, nessas situações, encontrava-se em cemitério infinito, de se-pulturas abertas e cadáveres exumados ante a contemplação dos furiososmortos-vivos, desejosos uns de os reconduzirem aos movimentos, delesreapossando-se; lamentosos, outros, por havê-los perdido irremissivel-mente; lutadores diversos, a defenderem as vestes apodrecidas de animaisque nelas se locupletavam; e o sem-número dos tristes, chorosos, em pro-cissão intérmina... Sempre noite, lamentos, exacerbações, gritos ensur-decedores — o inferno!

Não suportando o vexame que se repetia com frequência, perdia os senti-dos ou desvairava, para depois despertar sem forças no corpo mortificado.A pausa cedia lugar a nova e intensa disputa em que pelejava com axe(dor ou doença) na alma lúrida, exausta.

Com as reservas de forças físicas e as resistências psíquicas esgotadas, o tumulto que sofriaem espírito dementava-a a pouco e pouco, produzindo-lhe não menor martírio, uma vezque lutava menos e atoleimava-se mais.

CONTINUA

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Capítulo 5

Na sua festa de aniversário, Ester fora surpreendida pela agressão de re-voltado Espírito que, acoimado por violenta crise de ódio, encontrou nasua sensibilidade mediúnica o campo propício para a incorporaçãointempestiva quão infeliz.

Os esclarecimentos...

Assenhoreando-se das forças medianímicas da jovem, o obsessor, na su-cessão dos dias, imantou-se-lhe quanto pôde ao campo psíquico, culmi-nando no lamentável e longo processo de subjugação.

Compreensivelmente, Espírito em débito ante os Códigos da Divina Justiça, possuía osrequisitos para uma sintonia perfeita, propícia ao agravamento do problema.

(...) Na obsessão, a loucura surge na qualidade de ulceração posterior, irreversível, emconsequência das cargas fluídicas de que padece o paciente, vitimado pela perseguiçãoimplacável.

Face à insidiosa presença de tal energia deletéria, desarticulam-se o equilíbrio emocional,a estabilidade nervosa, o metabolismo orgânico e, pela intoxicação de que se vêem objeto,vários departamentos celulares se desorganizam, envenenando-se, ulcerando-se.

Através de tal esquema em muitos processos obsessivos, a terapêutica salutar há de sermúltipla: acadêmica e espírita, imprescindíveis para colimar os resultados eficazes.

FIM

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Capítulo 19

A narração feita pelo obsessor...

— Num momento de ódio vigoroso, senti-me desvairar... Aos gritos eimprecações, desejando encontrá-lo, senti como (...) ímãdesconhecido arrastar-me e encontrei-me na sala rica onde ele, maisvelho, forte, feliz, sorridente, exibia a filha (aniversário de 15 anos).

“Agredi-o diversas vezes, sem que ele o percebesse... Havia, ali, ou-tros mortos como eu e piores do que eu, misturados aos convida-dos...

“Quando a filha começou a tocar... Da idade de Josefa (sua irmãainda encarnada) e tão diferente!... Aproximei-me e senti que elame sentiu... Segurei-a e ela tremeu... Agarrei-lhe os braços e percebique os seus ficaram nos meus braços... Entonteci-me e ela camba-leou... Pensei e ela atendeu... Levantei-a e caminhamos... Esbofeteei-o e enlouqueci de ódio, de vingança, de alegria, descobrindo-a loucacomigo, misturados...

“Assim estamos, e assim seguiremos.”

FIM

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Capítulo 10

Visitando a jovem no sanatório...

A jovem subjugada em espírito jazia ao lado do corpo, em quase totalinconsciência, sob os efeitos de sedativo pernicioso e forte. Junto a ela,em processo de imantação perispiritual, vigiava o algoz desencarnado.

Nos três outros catres (leitos) infectos que infestavam o exíguo(diminuto) apartamento, a tresandar odores insuportáveis, seencontravam duas jovens e uma senhora de meia-idade, estigmatizadaspor diversas alienações que as diferenciavam entre si.

Quase todas se encontravam parcialmente fora do corpo, inconscientes,exceção feita à dama perturbada, que altercava com um perseguidorimaginário, fruto de longo processo ideoplástico.

Outras Entidades desequilibradas se imiscuíam nas sombras e na imundície do quartoabafado, algumas das quais, entorpecidas, pareciam hibernadas em longo processosonoterápico, mantendo-se alimentadas pelas emanações mefíticas abundantes dospacientes, suas presas inermes.

FIM

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Capítulo 16

(...) o médium Joel, servidor de vida ilibada, pela psicofonia incons-ciente incorporou indigitada Entidade, que o convulsionava,espumejante. Tratava-se do obsessor de Ester (estava começandoum tratamento desobsessivo) que fora trazido por abnegadosAuxiliares do Diretor Espiritual.

Justo esclarecer que a Entidade fora removida desde a véspera, semque se desarticulassem os liames que a atavam à vítima... Simulta-neamente, procedeu-se a imantação psíquica do desencarnado emsofrimento com o sensitivo programado para a terapêutica doesclarecimento.

Pela concentração profunda realizada pelo médium cônscio do seuministério, e conduzido por Bezerra, o agressor tomou de assalto osrecursos psicofônicos de Joel, que, de imediato se transfigurou,congestionando a face, modificando a postura... Dava a impressão deser outra pessoa, como em verdade ocorria, tal a brusca dominaçãodo hóspede incorporado.

Disciplinado, porém, quanto evangelizado, seu espírito lúcido conti-nuava semidesdobrado, ao lado, entre os operosos InstrutoresDesencarnados, presto para qualquer interferência premente ounecessária.

CONTINUA

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Capítulo 17

Mas observe que para isso houve uma preparaçãocom o médium...

Como fôra providenciado da vez anterior, o enfermo desencarnadofoi trazido adredemente (planejado) e, desde a véspera, quando omédium Joel, em desdobramento pelo sono, foi conduzido àquelerecinto, cuidou-se da sua pré-imantação fluídica para o ministérioem pauta. Com esse recurso valioso, procedia-se a um cuidadopropiciatório a mais amplos e frutíferos resultados.

CONTINUA

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Capítulo 17

O médium Joel, profundamente concentrado afastou-se do corposomático. Todo ele estava transformado numa usina de forçasmagnéticas de variado teor. Da região onde se situava a pineal ouepífise na sua forma física, vibrava um poderoso dínamo luminosoque irrigava todas as glândulas do sistema endócrino, ativando assupra-renais com energia fosforescente, que assumia fulguraçõesinimaginadas.

FIM

Nesta incorporação há mais detalhes...

O cérebro transformara-se num fulcro iridescente de fortes tona-lidades, enquanto o coração estimulado vitalizava todo o sistemacirculatório, invadido por fluídos luminosos que eram ativados pelocentro cardíaco, em formosa coloração ouro-alaranjada. O calei-doscópio singular oferecia insuspeitada beleza aos nossos olhosfascinados.

E este trabalho, da incorporação, do médium, foi necessário que acontecesse, ainda mais outras vezes, para ajudar e esclarecer a Entidade...

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Estudos Dirigidos

Vamos dar uma pausa por aqui.

http://vivenciasespiritualismo.net/index.htmLuiz Antonio Brasil

Périclis [email protected]