01 malÁria
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MALÁRIA
PARASITOLOGIAPROF.ª CLÁUDIA
RACHID
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MALÁRIA
Os parasitos causadores de malária pertencemao flo Apicomplexa, amília Plasmodiidae eao gênero Plasmodium.
Atualmente são conhecidas cerca de 150espécies causadoras de malária em dierenteshospedeiros erte!rados" #estas, apenas$uatro espécies parasitam o homem%
Plasmodium falciparum, P. vivax, P.malariae e P. ovale. &ste 'ltimo ocorreapenas em regi(es restritas do continentearicano"
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BIOLÓGICOHospedeiro Vertebrdo ) H!"#os
A inec*ão malárica inicia+se $uandoesporooítos inectantes são inoculados noshumanos pelo inseto etor"
#urante um repasto sanguíneo inectante,aproximadamente 15 a -00 esporooítos sãoinoculados so! a pele do hospedeiro,
permanecendo ali por cerca de 15 minutos antesde alcan*arem a corrente sanguínea"
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O desenolimento parasitário se processa noshepat.citos, ap.s /0 minutos inec*ão"
A efciência da inasão e a especifcidade dacélula+alo sugere a participa*ão de moléculas doparasito e receptores específcos na superície dacélula hospedeira"
BIOLÓGICO
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Ap.s inadir o hepat.cito, os esporooítos sedierenciam em troooítos pré+eritrocíticos"&stes se multiplicam por reprodu*ão assexuada
do tipo esquizogonia, dando origem aosesquizontes teciduais e posteriormente amilhares de merozoítos $ue inadirão oseritr.citos"
&sta primeira ase do ciclo é denominada exo-eritrocítica, pr$%eritro&'ti& ou tissular
BIOLÓGICO
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O desenolimento nas células do ígado re$ueraproximadamente uma semana para o P.falciparum e P. vivax e cerca de duas semanas
para o P. malariae.
as inec*(es por P. vivax e P. ovale, omos$uito etor inocula popula*(es
geneticamente distintas de esporooítos%algumas se desenolem rapidamente, en$uantooutras fcam em estado de latência nohepat.cito, sendo por isso denominadashipnooítos"
BIOLÓGICO
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O ciclo eritrocítico inicia+se $uando osmerooítos tissulares inadem os eritr.citos" Aintera*ão dos merooítos com o eritr.citoenole o reconhecimento de receptores
específcos"
2ara o P. falciparum, o principal receptor são asglicoorinas 3glicoproteínas presentes no
eritr.cito4 e para o P. viva, a glicoproteína dogrupo sanguíneo #u6"
BIOLÓGICO
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O desenolimento intra+eritrocítico do parasitose dá por es$uiogonia, com conse$uenteorma*ão de merooítos $ue inadirão nooseritr.citos"
#epois de algumas gera*(es de merooítossanguíneos, ocorre a dierencia*ão em estágiossexuados, os gamet.citos, $ue não mais se
diidem e $ue seguirão o seu desenolimentono mos$uito etor, dando origem aosesporooítos"
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Hospedeiro I#(ertebrdo ) I#seto
#urante o repasto sanguíneo, a êmea doanoelino ingere as ormas sanguíneas do
parasito, mas somente os gamet.citos serãocapaes de eoluir no inseto, dando origem aociclo sexuado ou esporogônico.
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o intestino médio do mos$uito, atores comotemperatura inerior a /078 e aumento do p9por !aixa pressão de 8O, estimulam o processode gametogênese 3gamet.citos se transormam
em gametas extracelulares4 poucos minutosap.s a ingestão do sangue"
O gamet.cito eminino transorma+se emmacrogameta e o gamet.cito masculino, por
um processo denominado ex:agela*ão, dáorigem a oito microgarnetas" &m -0+/0 minutos, um microgameta ecundará
um macrogameta, ormando o oo ou igoto"
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#entro de -; horas ap.s a ecunda*ão, o igotopassa a moimentar+se por contra*(es docorpo, sendo denominado oo&i#eto)
&ste atraessa a matri peritr.fca3mem!rana
$ue enole o alimento4 e atinge a parede dointestino médio, onde se encista na camadaepitelial do .rgão, passando a ser chamadooo&isto)
Ap.s um período de noe a 1; dias, ocorre aruptura da parede do oocisto, sendo li!eradosos esporooítos ormados durante aesporogonia"
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HABITATO há!itat aria para cada ase do ciclo dos
plasm.dios humanos"o homem, as ormas inectantes, os
esporooítos, circulam !reemente na corrente
sanguínea" a etapa seguinte o parasito sedesenole no interior dos hepat.citos e,posteriormente nos eritr.citos"
o inseto etor, as dierentes ormas
eolutias desenolem+se sucessiamente nointerior da matri peritr.fca, no epitéliomédio, na hemolina e nas gl
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TRA*SMISS+O A transmissão natural da malária ao homem se dá
$uando êmeas de mos$uitos anoelinos 3gênero
Anopheles), parasitadas com esporooítos em suas
gl
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MORFOLOGIA As ormas eolutias extracelulares, capaes de
inadir as células hospedeiras% esporooítos,merooítos, oocineto"
Esporozoíto + é alongado, medindo cerca de
11=m de comprimento por 1 =m de largura eapresenta n'cleo central 'nico" >ua estruturainterna é semelhante nas dierentes espécies deplasm.dio" >ua mem!rana é ormada por duas
camadas sendo a mais externa ormadaprincipalmente pela proteína 8>, a $ual participade diersas intera*(es celulares durante o cicloital do parasito"
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Forma exo-eritrocitica + ap.s a penetra*ão doesporooíto no hepat.cito, ocorre a perda dasorganelas do complexo apical e o parasito setoma arredondado"
&sta orma é chamada tro,o-o'to e ap.ssucessias diis(es celulares dará origem aoes$uionte tissular 3ou criptooíto4, composto
por uma massa citoplasmática e milhares den'cleos flhos" O seu tamanho aria de /0 a?0pm de di
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Merozoíto + independente da sua origem, sepréeritrocítica ou sanguínea, os merooítos sãocélulas similares e capaes de inadir somente
hemácias" &struturalmente, assemelham+se aosesporooítos, sendo porém menores earredondados, com 1 a 5pm de comprimento por-pm de largura e tendo uma mem!rana externacomposta por três camadas"
MORFOLOGIA
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Formas eritrocíticas + compreendem osestágios de troooítos @oem, troooíto maduro,es$uionte e gamet.citos"
Microgameta + célula :agelada originária do
processo de ex:agela*ão" Apresenta de -0 a-5=m de comprimento, sendo constituída deuma mem!rana $ue enole o n'cleo e o 'nico:agelo"
Macrogameta + célula $ue apresenta umaestrutura proeminente na superfcie, por onde sedá a penetra*ão do microgameta 3ecunda*ão4"
MORFOLOGIA
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Oocineto + orma alongada de aspecto ermiorme,m.el, com comprimento entre 10 e -0=m, contendon'cleo olumoso e excêntrico"
Oocisto + estrutura esérica de ;0 a 0pm" Apresentagr
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PATOG*IA Apenas o ciclo eritrocítico assexuado é
responsáel pelas maniesta*(es clínicas epatologia da malária" A passage do parasito peloígado 3ciclo exo+eritrocítico4 não é patogênica e
não determina sintomas"
A destrui*ão dos eritr.citos e a conse$uenteli!era*ão dos parasitos e de seus meta!.litos na
circula*ão proocam uma resposta dohospedeiro, determinando altera*(esmorol.gicas e uncionais o!seradas noindiíduo com malária"
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Os possíeis mecanismos determinantes dasdierentes ormas clínicas da doen*a !aseiam+se,undamentalmente, na intera*ão dos seguintesenBmenos patogênicos%
destrui*ão dos eritr.citos parasitadosC toxicidade resultante da li!era*ão de citocinasC se$uestro dos eritr.citos parasitados na rede
capilar, no caso específco do P. falciparum lesão capilar por deposi*ão de imunocomplexos,
no caso do 2" malariae.
PATOG*IA
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Destr!i/0o dos eritr1&itos prsitdos O processo de destrui*ão dos eritr.citos está presente em
todos os tipos de malária e em maior ou menor grauparticipam do desenolimento da anemia"
a maior parte dos casos, a anemia não se correlacionacom a parasitemia, indicando $ue a sua gênese se@adeida a outros atores, entre os $uais podem+se citar%
% destr!i/0o de eritr1&itos #0o%prsitdos pe2osiste"
% i"!#e o! por !"e#to d eritro,3o&itoseesp24#i&)% prti&ip/0o de !to%#ti&orpos &o" 5#iddest#to% pr o prsito &o"o pr o eritr1&ito)% dis,!#/0o d "ed!2 1sse esti"!2d por /0o de
PATOG*IA
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TO8ICIDAD RSULTA*T DA LIBRA9+O DCITOCI*AS #urante a ase aguda da malária, ocorre atia*ão e mo!ilia*ão
de células imunocompetentes $ue produem citocinas $ueagirão direta ou indiretamente so!re o parasito, mas $ue
podem ser nocias para o hospedeiro" A e!re, por exemplo, é resultado da li!era*ão de pirogênio
end.geno pelos mon.citos e macr.agos, atiados por produtosdo parasito"
&stas citocinas estão associadas a muitos dos sintomas da
malária aguda, particularmente a e!re e o mal+estar" Outras a*(es t.xicas das citocinas @á oram demonstradas na
malária grae" >ua a*ão ini!it.ria da gliconeogênese éresponsáel pela hipoglicemia, e seus eeitos so!re a placentasão responsáeis pela graidade da malária na gesta*ão, tantopara a mãe $uanto para o eto"
PATOG*IA
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Se:!estro dos eritr1&itos prsitdos #rede &pi2r
A citoaderência endotelial e o enBmeno de orma*ão de
rosetas ocorrem principalmente nas ênulas do noelocapilar de .rgãos itais 3su!stão alos dessa agressão o cére!ro, osrins e o ígado, cu@os danos são responsáeis pelascomplica*(es de malária cere!ral, insufciência renal agudae hepatite, tão comuns nos $uadros de malária grae"
PATOG*IA
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LS+O CAPILAP POR DPOSI9+O DIMU*OCOMPL8O
&m inec*(es crBnicas por P. malariae é
descrita a ocorrência de glomeruloneritetransit.ria e autolimitada, a $ual se apresentacom síndrome ner.tica" A lesão glomerular éproduida pela deposi*ão de imunocomplexos e
componentes do complemento nos glomérulosalterando a sua permea!ilidade e induindoperda maci*a de proteína"
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;UADRO CL
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Fma ase sintomática inicial, caracteriada pormal+estar, cealeia, cansa*o e mialgia,geralmente precede a clássica e!re da malária"
O doente apresenta o acesso malárico" &sse é
caracteriado por% calario, calor e suor" 8ada espécie apresenta a periodicidade pr.priapara a repeti*ão deste paroxismo, sendo $ue%
Plasmodium vivax é de ; horas 3malária ter*ã4C
Plasmodium falciparum, /E a ; horas 3maláriater*ã4C Plasmodium malariae, ?- horas 3malária $uartã4"
;UADRO CL
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Di3#1sti&o Lbortori2O diagn.stico da malária é eito pela tradicional
pes$uisa do parasito no sangue periérico, se@a pelométodo da gota espessa, ou pelo esrega*o sanguíneo"
&stas técnicas !aseiam+se na isualia*ão do parasitoatraés de microscopia .tica, ap.s colora*ão comcorante ital 3aul+de+metileno e Giemsa4"
&stes são os 'nicos métodos $ue permitem adierencia*ão específca dos parasitos a partir daanálise da sua morologia e das altera*(es proocadas
no eritr.cito inectado" &m un*ão de sua simplicidade de realia*ão, seu
!aixo custo e sua efciência diagn.stica, o exame dagota espessa tem sido utiliado em todo o mundo parao diagn.stico específco da malária"
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2ara tal, o exame+padrão da gota espessa será de100 campos microsc.picos, examinados comaumento de E00+?00 ees, o $ue e$uiale a 0,-5=lde sangue"
Fm método semi$uantitatio de aalia*ão daparasitemia, expressado em HcruesH é então o!tido,conorme se segue%
I J 1+ 10 parasitos por 100 campos de gota espessaII J 1 1 + 1 00 parasitos por 100 campos de gota
espessaIII J 1+10 parasitos por campo de gota espessaIIIIJ mais de 10 parasitos por campo de gota
espessa
Di3#1sti&o Lbortori2
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TRATAM*TO
O tratamento ade$uado e oportuno da maláriaé ho@e o principal alicerce para o controle dadoen*a" Antes do surgimento da resistência doP falciparum a cloro$uina, esta droga era
utiliada para as $uatro espécies de plasm.dios$ue parasitam o homem"9o@e, além da cloro$uina, o P falciparum
apresenta resistência a diersos outrosantimaláricos, tornando o seu tratamento umdilema para o médico e um desafo para asautoridades de sa'de responsáeis pelocontrole da malária"
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