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Ministério da Educação Universidade Federal do Oeste da Bahia Centro Multidisciplinar Campus Barra Disciplina: Zoologia Agrícola ESTUDO DOS PLATELMINTOS Professor: Romenique S. Freitas Engenheiro Agrônomo D. Sc. Engenharia Agrícola

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Page 1: Zoologia_06_Platelmintos

Ministério da EducaçãoUniversidade Federal do Oeste da BahiaCentro Multidisciplinar Campus BarraDisciplina: Zoologia Agrícola

ESTUDO DOS PLATELMINTOS

Professor: Romenique S. FreitasEngenheiro Agrônomo

D. Sc. Engenharia Agrícola

Page 2: Zoologia_06_Platelmintos

Posição no Reino Animal

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Características Gerais

Filo Platyhelminthes - Platelmintos

Platy = plano + Helmins = Verme

Animais de corpo alongado e achatadodorsoventralmente.

Maioria aquática (marinhos e dulcícolas). Os terrestresvivem em lugares úmidos.

Novidades Evolutivas:

Simetria bilateral.

Cefalização.

Triblásticos, acelomados e protostômios.

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Novidades Evolutivas

PlanáriaCasal de esquistossomos

Tênia

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Novidades Evolutivas

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Novidades Evolutivas

Aparecimento da mesoderme (torna possível ter orgãosmais elaborados) – Nível organogênico-sistêmico deorganização.

Primeiros animais com sistema excretor.Mesênquima

Testículo

OvidutoDucto EspermáticoCordão NervosoCélulas Glandularesou de Rabditos

Cílios

Músculos Longitudinais

Célula-flama

Músculos Circulares

Músculos Dorsiventrais

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Fisiologia

Intestino Ramificado

Parede da Faringe

Boca Ventral

Entrada de Alimento

Sistema digestório incompleto ou ausente (Cestódes).

Boca, faringe e intestino.

Ex.: Planárias – Carnívoras – Pequenos crustáceos, nematoides e insetos.

Detectam a comida por meio de quimiorreceptores.

Envolvem a presa em secreções do muco – enrolam-se ao redor dapresa, estendem a probóscide e sugam o alimento em pequenas qtdes.

Monogêneos e trematódes (esquistossoma) pastam nas células deseus hospedeiros, alimentando-se de restos celulares e fluídoscorpóreos.

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Fisiologia

Intestino Ramificado

Parede da Faringe

Boca Ventral

Entrada de Alimento

Sistema digestório incompleto ou ausente (Cestódes).

Boca, faringe e intestino.

As secreções intestinais contêm enzimas proteolíticas que podemrealizar alguma digestão extracelular.

Pedaços de alimentos são fagocitados no intestino por células dagastroderme, que completam a digestão.

O alimento não digerido sofre egestão através da faringe.

Cestódes (ausência de sistema digestivo) dependem da digestãodo hospedeiro e sua absorção limita-se a partículas menores.

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Fisiologia

Sistema excretor, constituído por protonefrídeos:Estruturas tubulares com células especializadas na coletae remoção de excretas, denominadas células-flama.

Célula-flamaCélula-flama

Poro excretor

Túbulo excretor

Túbulo excretor

O batimento de flagelos,na célula-flama impulsionao fluido nos dutoscoletores.

A parede do duto após acélula-flama possui dobrasou microvilos quereabsorbem certos íons oumoléculas.

Os restos metabólicos sãoremovidos por difusão pelaparede do corpo.

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Fisiologia

Gânglio cerebróide

Cordões nervosos longitudinais ventrais unidos por nervos transversais

Ausência de sistemas respiratório e circulatório

Sistema nervoso ganglionar.

Os neurônios são organizados nos tipossensoriais, motores e de associação (conduzemos impulsos nervosos dos neurônios sensoriaisaos neurônios motores).

Orgãos dos sentidos:

• Ocelos – Sensíveis a luz.

• Células táteis.

• Células quimiorreceptoras.

• Estatócitos – Equilíbrio.

• Reorreceptores – Direção dacorrente de água.

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Reprodução e Regeneração

Reprodução assexuada (fissão) e sexuada.

Monóicos com reprodução cruzada.

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Reprodução e Regeneração

Reprodução assexuada (fissão) e sexuada.

Monóicos com reprodução cruzada.

Ovos endolécitos: Contêm o vitelo, necessário a nutrição do

embrião em seu interior.

Ovos ectolécitos: O gameta feminino contém pouco ou

nenhum vitelo. Este é produzido por células liberadas de

orgãos chamados vitelários. Normalmente várias células de

vitelo circundam o zigoto dentro da cápsula.

Passam ao útero e são liberados pelo poro genital.

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Reprodução e Regeneração

Reprodução assexuada (fissão) e sexuada.

Monóicos com reprodução cruzada.

Tubelários: Os embriões emergem como jovens que seassemelham aos adultos maduros ou sob a forma de larvasciliadas livre-natantes.

Monogêneos: Larvas livre-natantes que se prendem aohospedeiro e desenvolvem-se em jovens.

Trematódes: Larvas ciliadas, que penetram no hospedeirointermediário (gastrópodes).

Céstodeos: Eclodem após serem consumidos por umhospedeiro intermediário.

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Reprodução e Regeneração

Regeneração.

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Classificação

Classe Tubellaria

Turbellae (Movimento agitação) + Aria (Como ouconectado ao): Tubelários.

Vida livre.

Corpos achatados e moles com epiderme ciliada.

Boca ventral, próximo ao centro do corpo.

Sistema digestivo incompleto.

Ex.: Planária

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Classificação

Classe Trematoda

Trematodes (Com furos) + Eidos (Forma)

Parasitas em forma cilíndrica ou de folha(endoparasitas de vertebrados).

Epiderme com cutícula protetora (tegumentosincicial aciliado).

Sistema digestório incompleto.

Glândulas de penetração.

Órgãos de adesão (ventosas e ganchos).

Aumento da capacidade reprodutiva.

Adaptações ao

parasitismo

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Classificação

Classe Trematoda

Esquistossomose – Verminose - Schistossomamansoni

• África, Brasil, América do Sul e Indía.

• Dióicos: A fêmea vive alojada no canal ginecóforodo macho, e o abandona apenas para depositar osovos nos vasos da parede intestinal do hospedeiro.

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Classificação

Classe Trematoda

Esquistossomose – Sintomas

• Fase aguda - Coceiras e dermatites, febre,inapetência, tosse, diarréia, enjôos, vômitos eemagrecimento.

• Fase crônica – Episódios de diarréia e prisão deventre alternados; Aumento do fígado(hepatomegalia) e cirrose, aumento do baço(esplenomegalia); Hemorragias provocadas pelorompimento de veias do esôfago; Ascite ou barrigad’água (abdômen dilatado e proeminente porqueescapa plasma do sangue).

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“Barriga d’água”

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Classificação

Classe Trematoda

Esquistossomose

• Tratamento: Medicamentos específicos podemcurar a doença na grande maioria dos casos.

• Profilaxia: Educação sanitária, saneamentobásico, controle dos caramujos e informação sobreo modo de transmissão da doença são medidasabsolutamente fundamentais para prevenir adoença.

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Classificação

Classe Trematoda

Esquistossomose

• Profilaxia

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Classificação

Classe Cestoda

Kestos (Cintura) + Eidos (Forma)

• Corpo em forma de fita: Longos, achatados esegmentados com uma série linear de conjuntos deórgãos reprodutivos, conhecidos como“proglótides”;

• Epiderme com cutícula protetora (tegumentocincicial aciliado).

• Sem sistema digestório.

• Escólex (“cabeça” - órgão de apreensão) comganchos e ventosas.

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Classificação

Classe Cestoda

Ex.: Solitárias (Taenia saginata e Taenia solium)

Escólex (cabeça)

Rostro: Conjunto de ganchos

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Classificação

Classe Cestoda

Diferenças entre espécies

T. solium: Tem ganchos quitinosos, rostro armado,

anéis menos ramificados, que são eliminados junto

com as fezes e podem causar de cisticercose.

T. saginata: Sem ganchos, anéis maiores (mais

ramificados), eliminados, geralmente entre os

intervalos de defecação.

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Classificação

Classe Cestoda

Diferenças entre espécies

T. solium• Tamanho: 2 - 4m; até

8m.• Vive até 25 anos.• Hospedeiro intermediário:

Suínos

T. saginata• Tamanho: (4 - 6m, até

12m.• Vive até 30 anos.• Hospedeiro intermediário:

Bovinos

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Classificação

Classe Cestoda

Teníase – Verminose – T. sarginata e T. solium

• Em cada proglótide madura ocorreautofecundação.

• Proglótides grávidas são continuamenteliberadas com as fezes do hospedeiro (T. solium:800 – 1000 proglótides e T. saginata: 1000 – 2000proglótides).

• Transmissão: Ingestão do cisticerco, que setransforma na forma adulta do verme no interiordo intestino do hospedeiro definitivo – homem.

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Classificação

Classe Cestoda

Teníase – Verminose – T. sarginata e T. solium

• Em cada proglótide madura ocorreautofecundação.

• Proglótides grávidas são continuamenteliberadas com as fezes do hospedeiro (T. solium:800 – 1000 proglótides e T. saginata: 1000 – 2000proglótides).

• Transmissão: Ingestão do cisticerco, que setransforma na forma adulta do verme no interiordo intestino do hospedeiro definitivo – homem.

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Ciclo de vida

Animais ingerem aslarvas em suas capsulas.

Após a eclosão as larvasatravessam a paredeintestinal.

Encistam nos músculos,tornando-se vermesjovens (cisticercos).

Estes desenvolvem umescólex, permanecendoinativos.

Ao consumir carne cruainfestada, o hospedeiroadequado desenvolve ateníase.

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Ciclo de vida

A parede do cisto édissolvida.

O escólex se evagina eancora na mucosaintestinal.

Novas proglótidescomeçam a sedesenvolver.

2 a 3 semanas o vermeatinge a maturidade.

Numerosas proglótidesgravídicas podem serexpelidas diariamente,ou mesmo, rastejarpara fora do ânus.

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Classificação

Classe Cestoda

Cisticercose – Verminose – T. solium

• Cisticercos podem se desenvolver em humanos.

• Ovos ou proglótides ingeridos acidentalmente:Embriões liberados migram para qualquer umdos vários órgãos e formam cisticercos.

• Os locais comuns são olhos e encéfalo,resultando em cegueira, alterações neurológicassérias ou morte.

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Em 2 meses oncosfera perde ganchos,

adquire forma vesicular e converte-se em

cisticerco

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Carne com cisticercos

Cisticerco no olho

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Cérebro de uma pessoa morta por cisticercose cerebral

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Classificação

Teníase e Cisticercose

Profilaxia

• Impedir o acesso de suínos e bovinos a fezeshumanas.

• Tratamento massivo dos casos humanos.

• Investimento em educação sanitária.

• Saneamento básico.

• Evitar carnes mal cozidos.

• Inspeção rigorosa da carne.