yuning

1
Sobre a Yuning Shi | 12º A Nós, professores, que trabalhamos em situações de comunicação, sabemos o quão importante é vermos nos olhos dos nossos alunos o entendimento do que estamos a partilhar, a comunhão desse entendimento ou o seu questionar, e percebermos que estamos a falar a mesma linguagem. Como professora de Português, já vi alunos a irem para além desta comunhão e partilha e voarem, ganhando asas num voo ainda incerto, mas determinado. A Yuning Shi, neste ano, é uma dessas alunas. Depois de termos analisado um ou dois poemas de Fernando Pessoa, ela começou a fazer poesia: houve um não sei quê que fez despontar nela o dom de saber expressar a sua sensibilidade, de dar forma ao seu voo e partir em liberdade poética. A produção tem sido intensa e partilhada com a turma ou só comigo. Os poemas da Yuning encantaram-me, vendo neles a semente de Pessoa num terreno muito fértil de tão criativo e analítico. No seu nome, a Yuning traz o metal e o jade. Assim é ela: pragmática e determinada; valiosa e única. Aquela para quem “[…] nada tem um final e tudo tem um fim.” Este poema que agora se publica é o primeiro de uma fornada de quase vinte empadas, metáfora saborosa que a Yuning gosta de empregar. Helena Vaz Duarte

Upload: ria-da-escrita

Post on 12-Feb-2017

106 views

Category:

Education


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Yuning

Sobre a Yuning Shi | 12º A

Nós, professores, que trabalhamos em situações de comunicação, sabemos o quão importante é vermos nos olhos dos nossos alunos o

entendimento do que estamos a partilhar, a comunhão desse entendimento ou o seu questionar, e percebermos que estamos a falar a mesma

linguagem.

Como professora de Português, já vi alunos a irem para além desta comunhão e partilha e voarem, ganhando asas num voo ainda

incerto, mas determinado. A Yuning Shi, neste ano, é uma dessas alunas. Depois de termos analisado um ou dois poemas de Fernando Pessoa,

ela começou a fazer poesia: houve um não sei quê que fez despontar nela o dom de saber expressar a sua sensibilidade, de dar forma ao seu voo e

partir em liberdade poética. A produção tem sido intensa e partilhada com a turma ou só comigo. Os poemas da Yuning encantaram-me, vendo

neles a semente de Pessoa num terreno muito fértil de tão criativo e analítico.

No seu nome, a Yuning traz o metal e o jade. Assim é ela: pragmática e determinada; valiosa e única. Aquela para quem “[…] nada tem

um final e tudo tem um fim.”

Este poema que agora se publica é o primeiro de uma fornada de quase vinte empadas, metáfora saborosa que a Yuning gosta de

empregar.

Helena Vaz Duarte