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&ibííòtliôca NaciopáL
^¦.mio I Ba-axil — Blao de Janeiro — 188» — Juirlao — 1 W. 11
ASSKi^ATUUAB
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Semestre .... W™
Os Srs. Agentes do Cor-reiodVod-asuslocalHladcsaceitam assigiiaturas.
ESCRIPTOUK)
RUA DA CARIOCA 120
2.° audar.Élfill 11«MS#11SÍI
PUBLICAÇÕESNAS SKCÇÕKS LIVRES
Por linha . . $100As assignaturâs do Re-
formador terminam em .Tu-nho e Dezembro.
KSCRIPTOHIO
RUA DA CARIOCA 1202. "andar.
REFORMADOR
Roo-amos âs pessoas que desejarem
ass>nar o Reformador, queiram uti-
lsar-se do direito qué lhes confere.o
Reomlamento dos Coj-reios do Império,
aporovado pelo Decreto n. 3443, re-
mettendo aos Srs. Agentes apenas o
nome, residência e 68200, sem outra
despeza, nem ineommodo para o As-
signarite, «¦ vista do Art. 114 das
Instrucções daquelle Regulamento.
ii Ãrt 114. Servirão os Agentes de
intermediários para a assignatura de
periódicos, comtanto que lhes seja
Itótam&te paga a importanm das
assignaturâs em dinheiro, de que de-
vem passar recibo, e a cominissao de
2? em sellos que elles devem por no
oficio em que, com declaração do valor
fizerem rmnessa desse dinheiro ásre,-
wetivas Aiministrações ou às com que
estiverem em relação directa, paraqueassi^nem cs periódicos ou transmitam
taportancia das assigna. m-as a
quaesquer outras, em cujas cidade,
e\les te publiquem. Os recibos das
typographias serift passados aos
Ací-entes. As Admiti.Vraçoes tomarão
no°ta do numero de assignaturâs per-tencentes a cada Agencia, para nsca-
Usarem a pontual expedição dos peno-dicos. »
1883—Junho—1.
EDUCAÇÃO
O assumpto que encetamos é um
dos que.tem sido muito discutido; po-
réra, infelizmente, tem de ser reno-
vada a sua discussão/ porque ainda
não se poz em pratica as boas theorias
que tem sido apresentadas.
IO VOLBBETBIfl
O QUARTO DA AVO'ou
A felicidade na fanniisaPOR
Melle. MONNIOTOrdonn.vos que ro.< ameis
mnt.uam.unto.(E»-ang. S. João, XV, 12).
TRADUZIDO POR H. G.
IIIKL1ZA, DONA DE CAZA
(Continuação)
Bom dia, Eliza, disse-lhe a Sra. A*;acabo de saber que minha mãe está doente,isto è desolador... Minha pequena, podesmandar-me chocolate em vez deste cafécom leite que me trouxeram ?
Parèceü-me - minha tia ter-vos ouvidopedir hòritern de tarde café a minha avó e.por isso foi que eu mandei que vol-o pre-parassem.E' verdade, minha pequena; porémsinto esta manhã tal irritação de nervos,que me parece mais razoável tomar choco-late: entretanto, se isto incommoda...
Não, não, minha tia disse Klyza vi-vãmente, vou dizer a Mathurina que vol-oprepare immediatamente.
Obrigada, minha pequena. Dá os bonsdias de minha parte a minha mãe, sim?
Elyza correu á cozinha ci abi achou Ma-thurinaque se consumia diante da chicarade café com leite que lhe tinham devolvido.
'Veremos isto! repetia a velha com
Ainda não se educa conveniente-mente a mocidade de hoje.
Na família brazileira a educ :çãomoral não é convenientemente appli-cada.
VCaní sincera dòr .exprimimos essespensamentos; mas, a bem da verdadee com o fim de produzir uma reacção,não podemos calar essas verdades.
Convém desde já declarar que nãose deve confundir a educação com ainstrucção ou educação intellectual.
Educar é : desenvolver os sentimen-tos alteristas, incutir os princípios dasã moral, formar ura caracter nobre;naquelle a quem se educa
Desejávamos que não houvesse ra-zões para escrever sobre este assuinp-to, porque como cosmopolitas e não
por termos nascido no Brazil, preza-mos o progresso dos que habitam esta
pequena parcella do planeta; porém,porque calarmo-nos, si com esse pro-cedimento deixaríamos" continuar noerro aquelles que nos rodeiam, e phi-losophicamente nos constituiríamoscúmplices de lesa-educa ção.
Este assumpto deve ser tratado sobdiversos poutos de vista, estudado sobdiversas faces, porque elle encerra oenérgico antídoto das más paixõesjquando for estudado, comprehendidoe applicado convenientemente.
Pode dizer-se que o futuro de umanação depende da
"educação da moci-
dade presente,[assim como o futuro deum Jioniem depende da sua educaçãona infância. A.
Tencionamos provar, estudando os
factos, a verdade do que afftrtnamos ;e, se algum outro assumpto não nos
prender a attenção, escreveremos ai-
guns artigos sobre os defeitos da edu-cação que se dájio Brazil, aquelles
que tem direito de exigir mais de seus
progenitores, neste século. Não temos a pretenção de ser atten-
didos por todos ; porém, muitos dos
que sympathisam com as^idéas evolu-cionistas do Reformador, jidoptarão eirão pondo em pratica as que apre-sentarmos e com o exemplo ir-se-haalargando o circulo dos verdadeiroseducadores e dos educandos e educa-
dos até extinguir-se completamente
os effeitos venenosos e um tanto epi-
demicos, contagiosos, da má direcção
que segue a educação presente.Lastimamos que a imprensa não se
erga unanimemente nessa propagan-da, até que se estabeleça uma verda-
deira educação moral na família e queexista essa educação nas escolas e nas
.academias, em lugar de se limitar,
como se limitam alguns órgãos da im-
prensa, a apresentar em praça publicaaquelles que commettem alguns er-
{ ros, filhos da má educação que tive-
ram na infância.
Recebemos o 1.° numero do Poeta,orgam do Congresso Litterario Gon-
çalves Dias « propõe-se, não só a de-fender os interesses dessa associação,como também a curar, o quanto lhe
permiitirem as forças, do desenvolvi-mento da LitteraturadtJrAíálelra- -»•
Que o consigam é o que lhe dese-
jamos.
«Ü- • .-¦, ..; ¦ &$*>**¦
-«:»-
L '..-.af**-?™ '¦ m n i ? • - o "¦ 'Tíü-,rre\cuu'bi^ao.a^.noore u__ ^<istiD.
Seguio para a Europa no vaporEquateur o distineto Spiríta o Sr.
I Santos Moreira.
Que prósperos galemos o levem em
paz e salvamento, e que breve lhe
possamos dar o abraço de fraternali -jjnor.
máo humor; prepara-se-Ihes o que ha demelhor, para nem provarem ao menos! Ealém disso, onde vou buscar chocolate me-nina Elyza? Veremos isto! Achae-m'o emqualquer parte, pois que não me restamais!
Minha boa Mathurina, respondeuElyza consternada, não seria possível ircomprál-obem depressa?
Mas, quem, menina? Veremos isto!OHiilherine, que ainda não voltou de casado doutor? Eu, que devo lazer o serviçoem cima, em baixo e que por mal de meuspeccados estou hoje atacada de rheüraa-turno? listes parisienses não darão maistrabalho!... Basta!... Nós veremos isto!...
Estes parisienses, Mathurina, são osfilhos e netos de vovó : pensei que tu osamariaa.
Ninguém diz que não os amará, me-nina Elyza; mas correr a comprar-lheschocolate... é demais. Emílm, se o de-sejaes...
Mathurina, recompensada por um agra-decimento de Elyza, poz o chalé e sahio.
EPza, socegada por esse lado, subio a vôrsua avó, o que já lhe tardava.
A Srá. Valbrum soflVia muito da cabeça,e não conseguira aquecer-se.
ü doutorachou-acom uma febre ardente.Entretanto, esperava que não seria mais
do que uma constipação e deu varias or-dens tendentes a promover uma promptamelhora.
Retirou-se depois, promettendo a Elyzaque voltaria á tardo.
O S.r. Adolpho veio ver sua mãe, cujaindisposição soubera com pezar : mostrou-se muito
'aftectuoso para com a Sra. Vai-
brum e Eliza.I Suas maneiras franca s^e cordiaes agrada-
ram a sua sobrinha, tão ternamente ineli-
¦ic
nada já para esse tio, irmão de uma mãeidolatrada.
Meus affazeres obrigam-me a sab ir,minha illha, disse elle a Elyza; não te en-commodes cominigo, quanto ao almoço;Comerei qualquer cousa em algum café.Dedica-te inteiramente a tua avó e deixaminha mulher e filhos arranjarem-se semti. Muito me magoaria se ellas fossem parati, um encómmÒdp, um tonuento.
Oh ! meu tio, disse Elyza ; meu únicotemor é que ellas não estejam aqui tãobem como o desejamos.Quanto a nós só nosdão prazer.Obrigado por essas boas palavras,minha filha. Tua tia e primas saberão apre-ciar-te; sou eu quem t'o assegura.
Elyza continuou a occüpar-se activa-mente com seus dous encarpros.
Depois de ter arranjado tudo o que de-pendia delia para sua cara avó, tornou adescer, afim de vôr que amezafosse postacnm cuidado; porém o criado do Sr. Vai-brum, oecupava-se disso, por ordem de seuamo, e tudo ia pelo melhor.
O almoço foi satisfactorio.A Sra.
"A", a quem Elyza dei a o lugar
da Sra. Valbrum; fez graciosamente ashonras da meza; Mathilde esteve amávele Fanny agradável, posto que freqüentessignaes de desgosto annuviassem-lhe orosto, desfazendo-se, porem, sem maisconseqüências.
Voltando á sala, Carlos declarou formal-mente que amava Elyza com dclyrio e Pe-drinho, peudurando'-se no vestido do suaprima, pedio-lhe que com elle passassetodo o dia.
As crianças tem um instíneto tão seguroque os guia para o que é bom e verdadeiro;e a bondade de Elyzá, sua doçura e fran-queza, liam-se tão bem atravez de seulim-pido olhar!
O virtuoso e illustre Bispo de Ori-huela acaba de lançar a excommu-nhão á Revista Spiríta La Revelationde Alicante. Não podemos atinar comos motivos que levaram S. Ex. Hevm.a esse acto de tolerância a seu modo ;
pois os números da mesma Revista
que temos entre mãos só affirraam o
que S. Ex. tem o dever de afirmar o
que muitos duvidam ainda, isto é,
que Deus existe e a alma é immortal.Dar-se-ha o caso de S. Ex. Revm,
também duvidar dessas verdades? Se,as acções externas manifestam sempreos sentimentos Íntimos da alma, assim
o podemos julgar ; mas se ao contra-
rio as acções miram um fim oceulto,
então S. Ex. Revm. reconhecendo quea Sciencia Spiríta ínais racionalmente
explica a; ^,dades do Martyr do Cal- ;í-'¦*^in*.,.r •¦'' •"¦* -«va. a T^filürião de
que é membro no falso terreno dás ir-risorias Wânalidades que levam as
' - - - '*"** V A *instituições ao apÒjjêo(c:o rediculo.
—«:»^—'¦'.,
Desencarnou um dos maiores pro-pagandistas da sciencia Spiríta naAmerica do Norte, o Sr. Dr. S. B.Brittain.
"A ycüpria sfathüde, mão podia deixa: de
achar, de si para si, que\?s:ta « priminha»de Província era realmente^ encantadora;mas a jovem parisiense era muito vaidosapara confessal-o. ~,VA
Ella esforçava-se, para esmagar a prima, Acom uma ostentação pomposa de maneiraselegantes, phrases escolhidas, por umtodode distineção, em fim, que por certo, pen-sáva ella, Elyza jamais teria visto.
Cega por sua ridícula vaidade, Mathildeestava longe de pensar que tantos esforçosnão davam em resultado senão vantagens ásua prima.
Com effeito, a verdadeira distineção nas-cendo sempre da magnanimidade do cora-ção o do espirit >, apparece sem trabalho,manifesta-se naturalmente, como tudo queé verdadeiro.
Elyza, pois, com sua simplicidade delinguagem e maneiras, não fallando senãosegundo seu pensamento e não procurandobrilhar, agradava muito mais do que Ma-thilde.
Esta ultima possuía, entretanto, quali-dades reaes; porém, o que não destruirão,o orgulho e affectacão !
Fanny tinha um Ijora coração e muito es-pirito; desgraçadamente seu caracter dei-xava muito a desejar.
A Sra. A*, que o reconhecia, sofíria mui-tas vezes com isso, não tendo energia paracorrigir sua filha.
Alem disso, acostumara-se a deixar essecuidado aos mestres.
Porém, ás mães é que Deus dá, com aprimeira autoridade, o principal encarg^-na grande obra da educação moral c religiosa das crianças: sem seu pode: oso concurso tudo é baldado.
Como muitos outros a Sra. A*, o expe-rimentava.
(Continua).
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Nascer, morrer^ tornar a nascer, re-nascer ainda, progredir sempre : tal e
a lei.Sob este titulo, recebemos no dia
11 do passado a seguinte carta :
« Communica-se a V. que acaba dedesencarnar-se, partindo do mundomaterial para o espiritual, D. RosaMaria Maia.
« No intuito de auxiliar o espiritono trabalho de desprender-se do en-voltorio corporal, convidamosaos con-vencidos da existência de Deus e daim mortal idade da alma, a vir celebrara consagração de uma existência,commemorando aqnelle passamento,e assim t^iemunhar os sentimentosde veneração e caridade, que se deveaos que deixaram o pesado fardo ma-terial, hoje ás 5 horas da tarde, narua do conde d'Eu n. 12 B.
« Reconhecendo-se que o espiritoestá onde for attrahido pelo amor-, queé a expressão moral da lei de attrac-ção universal: rogamos encarecida-mente a V". o especial obséquio denão acompanhar o feretro.
« Rio de Janeiro, 12 de Maio de1883. »
Ittlíl^lHIiADOtt— ISfMl Junho fiimmit
No dia e hora indicados, na ca-mara murtuaria, achavam-se reunidosos convidados, os quaes assignaram oauto da commemoração.
O signatário dos convites fez umabreve alucução expondo alguns fac-tori da vida da desencarnada.
Em acto continuo foram convida-dos os delegados encarregados de con-duzír oenvolucro material ao seu des-tino em nome da familia e dos GruposSpirítas que tomaram parte na com-memoração.
A sessão piolpngo* ^° até á che-
Felicitamos aos Spirítas , que ,inspirados pelo verdadeiro amor queconsagrara aos que desencarnam, lhesfacilitam o trabalho do desprendi-mento.
Nessas commemorações produz-seuma verdadeira pilha íluidica (se reinanellas verdadeiro sentimento d'amor e
caridade) que desperta o espirito e o
faz recuperar ^ lucidez raars rápida-mente do que os pomposos acompa-líhamentos que não servem senão paraalimentar a balofa vaidade quandooutro sentimento devia manifestar-seem occcsião tão solemne.
Amigos sinceros das evoluçõesscientificas e moraes aplaudimos docoração os que se imaucipam dos pre-conceitos que, quaes trambolbos naestrada procuram retardar a marchaao carro do progresso moral.
-«:»-
Em Taboleiro, termo de Pomba, o
Rev. Padre Antônio José Lopes não
quiz baptisar um filho do Sr. Janua-rio Vicente d'01iveira, por ser maçona pessoa que se apresentava para pa-drinho.
Louvamos o procedimento do illus-tre parodio, que se mostrou na altura
de bem cumprir com os deveres qne,em obediência ás determinações do
Governo Apostólico, lhe são impostos.O que estranhamos é a população
daquella localidade tolerar sem pro-testo semelhante affronta ás lições do
Nazareno.
Catechismo Spiríta(CnulinúàçitpJ
CAPITULO 111
OÓMMUN.iOAÇÕiíS DOS HSPIIUTOS
O espírito separado de seu corpo pôdecommunicHrse comnosco?
Sim, pôde e fal-o muitas vezes.Por que meio elle o faz?Por intermédio dos médiuns.O que vem a ser um médium?li uma pessoa apta para receber as
coininuiiicações dos espirites, seja pelaescriptura, pela audição, pela viden-cia ou por qualquer outro meio.
Todos podem ser médiuns?Sim, em geral, todos podem sel-o,
se exercitando pacientemente durante
um tempo mais ou menos longo.A mediunidade é útil áquelle que a
possue ?Sim, não somente a elle, mas a to-
dos em quem os ensinamentos podeminspirar pensamentos salutares, senti-mentos louváveis.
Todos os espíritos se podem commu-nicar?
Sim, quando Deus o permitte.( Porque dá Deus essa permissão aos
espíritos maus?Para servirem de ensino aos homens,
mostrando-lhes a que triste estado osmaus se acham reduzidos no outromundo; e para que por nossas ins-trucçoes e nossas preces, elles adqui-ram bons sentimentos e se regenerem.
Como reconhecemos que um espirito ébom , ..
Por suas cominunicações que pãc •
podem deixar de ser moraes, por sucj
linguagem que nunca será frivola t
lizonjeira, seja a si mesmos, seja pariaquelles a quem se dirigem.
Como devemos tratar os espirito
maus, atrasados e imperfeitos?Devemos morálisal-os instruindo-os
e orar por elles.
CAMTÜLO IV
DOS MÉDIUNS
Quaes são as principaes mcâiuni-dades ?
São : a typtologica, a sematologica,a psychographica, a auditiva, a vi-
dente, a somnambulica, a intuitiva e
a de inaterialisações.Explicai esses termos?O médium typtologo recebe as com-
municaçoes dos espíritos provocandopancadas, mais ou menos fortes, nosobjectos materiaes que o cercam; o se-matologo por signaes com antecedeu-cia combinados, como o movimento demoveis em sentido determinado; o
psychographo por escripto; o auditivoouvindo-lhes a voz; o vidente vendoseus perispiritos que então tomam aforma que tiveram na vida terrena;o somnambulo prestando-lhes seucorpo, do qual o espirito se apossamomentaneamente, serviudo-se delle,como se fosse o seu próprio ; e o deinaterialisações prestando seus fluidosanimalisados, para que, combinan-do-os com os que se encontram no es-
paço, o espirito apresente uma forma
visível e tangível para todos.
Quaes são os melhores médiuns?Oà que recebem as melhoi es com-
municaçoes.Qual deve ser a conducta dos me-
diuns?Nunca de/em esquecer que sua fa-
culdade lhes pode ser retirada; enunca abusar delia, seja por espiritode lucro, seja para a satisfação de umacuriosidade vã ou paraoutro[qualquerfim sem utilidade para a instrucção eo progresso de todos.
A mediunidade será uma 7iovidade?Não; ella foi praticada em todos os
tempos, porém, em conseqüência .doabuso que delia faziam, Moysés pro-hibio sua pratica aos Israelitas.
Citai algumas provas da antigüidadedos médiuns ?
Sócrates era inspirado por um espi-rito familiar. Saul evocou o espiritode Samuel.
O que éo perispirito ?E' o laço íluidico que prende o espi-
rito ao corpo.Que quer dizer a palavra perispi-
rito ?Ao redor do espirito, fluidos que o
envolvem.(Continua).
— •«:»-
O Arauto de Minas orgara conservador, publicou um numero comme-morativo á desencarnação do Dr.Francisco Ignacio de Carvalho Re-zende, Deputado á Assembléa Geral
pelo 6.° districto de Mmas.-«:»- m#?
O Grupo Spiríta Menezes, realisouuma sessão solemne no dia 14 do mezpróximo passado, para a entrega offi-ciai de credenciaes ao sócio encarre-gado de uma missão especial no Reinode Portugal.
A sessão foi extraordinariamenteconcorrida. .. —- ------ ¦¦•
Fizeram-se representar os GruposSpiritas :
João Evangelista.Centro Positivista.George Wilson.Benedicto.fraternidade.Leonardo.Amor Fraterno Conjugai.Francisco de Paula.Amor á Verdade.Antônio de Padua.Commissão Confraternisadora da
Sociedade Acadêmica.Revtàa Spiríta Brazileira e esta
folha.O tronco de beneficência correu em
auxilio de uma sócia do mesmo Gruporendendo 558600.
Finalisou a memorável festa comuma evocação ao Guia do Grupo quemanifestando-se , externou doutri-nas philosophicas do mais elevadoalcance.
Desencarnou em 23 do mez próximopassado Air'..uso Angeli Torteroli Fi-lho, com 21 mezes de idade.
Ao nosso amigo e confrade pai dofinado, os nossos sentimentos.
-« • )!
El Moniteur de Bruxellas de 15 deFevereiro deste anno, n'um extratodo diário holandez Neuws Van DenDag, lemos o seg-uinte :
Em Cainbridge, existe uma corpo-ração de sábios, que tem por fim ex-perimentar, sobre fundamentos scien-tificos, a* mnterialisações de espíritos.
O Presidente, Sr. Sidgerita diz noseu relatório animal recentementepublicado : « é uma vergonha para oséculo XIX, que tanta duvida existasobre as manipulações íluidicas nomundo espiritual. »- La Society for psychical research,procede a estudos especiaes sobre essemesmo ponto scientifieo.
-«:»—
Fomos honrados com a visita de nossoconfrade o Illm. Sr. Sr. Vital Augustod'Azevedo Sá,membro activo do GrupoSpiríta Aurora Pinheirense.
—a:»—
RECEBEMOS:A Rosa, jornal critico, litterario e
recreativo. Publicação mensal.
* *
O Industrial, importante revista deindustrias e artes, n. 5.
Traz o seguinte summario :Vão apparecendo os fructos. — De
que precisa a industria? (continuação)—Ensino agricula (continuação).— Oqueijo. — Como se protege as artes! —As flores perante a industria (continua-ção).—O fumo (conclusão).— A abelha(continuação;—Processo e receitas parauso dos amadores de industrias e artes.-T-Secção noticiosa. —Útil e agradável.—Assignaturas, 5$000 por anno, ruado Cabujá, n. 14, 1.° andar, Recife.
f-x-x. ' -,. -. •¦ x
O Moniteur, orgam da federaçãoSpiríta Belga, n. 1, anno 7.°
Traz diversos artigos e entre ellesum que tem por titulo : A morte con-siderada sobre o ponto de vista Spiríta,capitulo extrahido cVuma importanteobra spiríta em via de publicação.
* *
La Revue Spiríte, monitor universaldo Spiriritismo experimental, n. 5,anno 26.
* *
La Fratemiãaã, revista mensal bo-naerense, n. 9, anno 2.°.
-«:»-
Foi asasssinado o dedicado SpirítaD. Salvador Jovells, secretario da Ca-mara de Pallargas. Segundo afirmaiCritério Espirita de Madrid, « Este se-nhor era muito estimado e não se lheconheciam outros, inimigos a não sera falange clerical que o guerreavapelas suas idéias evolucionistas. Correo boato de qne neste crime não são es-tranhos os humildes servos do Senhor.
« Seu enterro foi feito civilmente emuito concorrido. »
O Boletim Mensal da Sociedade Sei-entifica de estudos Psycbologicos.
Trás o seguinte summario :Controverso entre 1'Occultismo théo-
sophique et le Spiritualisme moderne(Spiritisme).
Note explicative sur Ia constitutionde riiomme,la nature de ce qu'on ap-pelle communément « les Esprits »,etc.
Rèfutation de 1'Occultisme, parMme. Sodhie Res«n Dufaure.
Díscours de MM. Waroquier, Mi-chel Rosen et de M. Tremeschini,membre [de Ia Société théosophiquede Paris,
Note de Ia redaction.Paroles de côlture, par le Président
Mr. Ch. Fauvetv.
* *
'fi
'X"-
Constância Revista mensal EspiritaBanaerense.— N. 4.°, anno 6.°
ft^^^^ KEFOlltlAUOK — HW» J,n»|lo |
SECÇÃO ÉGLETIGA
49 que é o Spiritismo
Intruducção ao conhecimento do mundoinvisível pela manifestação dos espi-ritos contendo o resumo dos princípiosda doutrina spirita e a resposta ásprincipaes objecções.
roa
ALLAN-KARDECSom caridade não ba salvação.
CAPITULO IPEQUENA CONFERÊNCIA SPIRITA
2.» DIALOGOO SCEPTICO
(Continuação)DISSIDÊNCIAS
Visitante. — Essa diversidade nacrença do que chamais uma scienciaé, pelo que me parece, à condemnaçãodeite.'""
Sé esta sciencia repousasse sobrefactos positivos, não deveria ser amesma tanto na America como na Eu-ropa ?
Allan-Kardec— A isso respondereiem primeiro lugar que essa divergen-cia está mais na forma do que nofundo; ella não consiste, na realidade,senão na maneira de encarar alguns
pontos da doutrina, mas não constituonem antagonismo radical nos princi-pios, como affectam dizel-o nossos ad-versados sem tel-o estudado.
Mas dizei-me por quem sois, qual éa sciencia que, em seu começo, nãotenha suscitado dessidencías até queos princípios dellas tenham sido cia-ramente formulados.
Não existem ainda hcíje essas dissi-déncias nas sciencias as mais bemconstituídas?...
Estarão todos os sábios de acordosobre o mesmo ponto ?
Não têm elles seus systemas parti-culares ?
As sessões do Instituto apresentamsempre o mesmo quadro de perfeitaharmonia cordial ?
Em medicina não ha a escola deParis e a de Moutpellier ?
Cada descoberta em uma sciencianão só occasiona um schisina entreaquelles que querem ir para diante eos que querem ficar atraz ?
Ao que diz respeito ao Spiritismo,não será natural que pela appariçãodos primeiros phenomenos quando seignoram as leis que os reg*em, cada umtenha dado o sen systema eos tenhaencarado a seu modo ?
Que é de todos esses systemas pri-mitivos isolados?
Elles cahirão diante d'uma obser-vação mais completa dos factos.
Alguns annos tem bastado para es-tabelecer a unidade grandiosa, queprevalece hoje na doutrina e que fra-ternisa a maioria dos adeptos, salvoalgumas individualidades que, comoem todas as cousas, apegam-se asidéias primitivas e morrem com ellas.
Qual é a sciencia, qual a doutrinaphilosophica ou religiosa que offereceexemplo idêntico?
O Spiritismo já apresentou a cente-
sima parte das divisões que tem retalhadoa Igreja durante muitos séculose que a dividem ainda hoje.
E' verdadeiramente curioso ver aspuerilidados a quo se agarram os ad-versarios do Spiritismo; não indicaisso a penúria de razões sérias?
Se elles a tivessem, não deixariamde allegal-as e fazel-as valer.
Que lhe oppõem elles ?•Zombadas, denegações, calumnias;
mas argumentos peremptórios, ne-nhum ; e a prova de que ainda se lhenão encontrou lado vulnerável, é quenada tem detido sua marcha ascen-dente e que depois de dez annos, contamais adeptos do que jamais contoudoutrina alguma depois de um século.
Isto é um facto confirmado peli ex-periencia e reconhecido até pelos*seusadversários.
Para derrubal-a, não bastava dizer:isso não existe, é absurdo ; era misterprovar categoricamente que os phe-nomenos não existem, não podem existir ; é o que ninguém fez. •
(Continua).
3
Igreja Spirita
_ Sectário convicto do Spiritismo ouEspiritualísmo scientifico, observadorattento, desde 1874, dos phenomenosque constituem o seu objecto, tendoaprendido a reconhecel-os e desço-bril-os, eu acompanho entretanto oarticulista C. F. que no n. 8 do Re-formador, lembra a conveniência dese crear uma Igreja Spirita, comomeio de propagando e arma contra aintolerância.
Esse pensamento posto em circula-ção nas columnas deste orgam mere-'ceu da redacção do Apóstolo um ar-tigo edictorial, sob o titulo — O espi-ritismo — que nos offerece occasiãopara externar algumas reflexões emresposta.
Em primeiro logar lamento pro-fundamento a degradação intellec-tual e o estado de atraso moral quese revelam naquellas linhas.
A depressão intellectual é patentepela confusão que o orgam catholicofaz entre Religião e Igreja.
A heligião é, como diz S. Agosti-nho, o vinculo entre a creatura e oCreador; e por isso não pôde deixarde ser—uma única e de origem divina— a religião do amor — que Jesus oRedemptor pregou e ensinou :
Portanto o Catholicismo, como oBoudhismo e Mahornetismo, etc, nãopassam de seitas religiosas, são Igre-jas que consistem na reunião dos fieis.A Religião universal —a única e ver-dadeira, não conhece infiéis; ellareúne em seu seio, como mãe cari-uhosa, todos os filhos, seja qual for oseu adiantamento moral e intellec-tual; ao passo que as Igrejas (as seitasque as formam) lançam o anathemasobre todas as outras.
O Spiritismo não constitue umaseita religiosa, não pôde constituir;porque então, traria a divisão, elleque quer a união, a paz, a harmonia,
, c >:a ) c ni;; qu oncia, a confraterni-sação dos povos.
O atraso moral, a intolerância dafolha religiosa, e da Igreja, que ellarepresenta, é evidente, ressumbrandotodas as suas palavras : para elle,Deus é um ente mesquinho, meticu-loso, parcial, só falia pela bocca dospadres catholicos, só inspira e protegeos que se filiam á seita romana: forade cuja Igreja, dizem elles, não hasalvação I
Acreditarão pòr ventura que as 3/1partes da humanidade consta só debeocios porque não commuugam comas suas idéias, e estão condemnadasirremissivelmente por toda a eterní-dade ? i
E' incrível, é irrisório 1São inconseqüentes os Romanistas:
além de emprestar aos outros senti-mentos que não se aninham em seuscorações, buscam deprimir e ridícula-risar, mostrando ao mesmo tempo te-mero que procuram denegrir; é assimque dizem : "O Spiritismo não deixa deobedecer ao impulso do seu chefe ocadto,na guerra e ódio á doutrina de Christo,não perde occasião de hostilisar a Igrejaou enfraquecer os laços que unem o ho-mem a Deus. „
Aqui, além do máo veso, revelamignorância daquillo sobre que escre-vem.
« Em que consistirá a religião doSpiritismo? A quem se ligará, quemserá seu ser supremo, seu Deus? a to-dos os espíritos bons emáos? absurdosSOBRlsAIBSÜRDOS. (i) -
" ;: - .
« Pelas evoluções voltarão os espi-ritos, segundo o projecto de uma reli-gião fundada a seu modo, ao paga-nisino, ao pantheismo, e ai da socie-dade que a tal religião entregar-se! »
(O grypho e a admiração sãonossos).
Si estão convictos de que a sua re-ligião é a única verdadeira, porquetemem o Spiritismo, quando a seuvêr, elle não passa de um acervo deerros e heresias, inspiradas pelo paeda mentira ?
Deseng'auem-se os clericalistas, oSpiritismo, não é uma religião, mas asciencia que tem por objecto o estudodos factos que demonstram a existen-cia e a immortalidade d'alma, suapreexistência e sobrevivência ; e por-tanto a com mim'.cação dos vivos comos mortos ou as relações do mundo in-visivel com o visivel ; e como conse-quencia a regeneração das creaturas,pelo conhecimento das leis que regemesses phenomenos, entre os quaes a dareencarnacâo.
O Spiritismo não tem dogmas, nemculto, nem sacerdócio, portanto não éuma religião na accepção vulgar dapalavra.
Porém os Spirítas sabem que po-dem fundar uma Igreja, em que peseaos Romanistas ; e o faremos desdeque á isso sejamos forçados pela atti-tude do Governo e da Igreja Official,
Fazer do Spiritismo uma religião écommetter um grave erro, porque éformar mais um núcleo de intolerânciae fanatismo, na já tão dividida e sub-dividida família humana ; quando ofim do Spiritismo é congraçal-a, con-fratemisal-a, acabando com as dissen-soes e dissidências.
Entretanto esse erro pode tornar-seuma necessidade, e ser preferível áinactividade forçada.
E, crede Srs. Romanistas, que aIgreja Spirita, uma vez erguida, nãotombará jamais por terra, máu gradovosso, porque ella pregará, não só-mente com a palavra mas, com oexemplo, a caridade como a ensinouS. Paulo.
E então vereis que nio se farão sóbaptisados, e casamentos, mas se pre-gará o evangelho christão, paten-teando aos olhos de todas as verdadesnelle contidas, muitas das quaes vósnegais; umas porque as desconheceise outras porque não vos convém di-vulgal-as, por serem contrarias dosinteresses materiaes.
Não tenhaes receio, não vos fare-mos guerra ; o Spirita não guerrea aninguém, nem mesmo aos máos ; sò-mente busca fazer-lhes comprehenderque cedo ou tarde saffrerâo as conse- '
quencias do erro que commetterem.Nós sabemos, pela doutrina da reen-
carnação, como se realisa a lic.çãodada pelo Christo a Pedro, quandoeste ferio a Malcus, por isso nós senti-mos, mesmo por aquelles que erram,em vez de ódio, como dizeis, amor.
Um Spiritologo.
AO GOVERNO IMPERIAL
(1) Esta phrase foi dc certo, inspirada.Ella diz uma grande verdade em sua col-locaçfto.
Os factos condemnaveis que, compostergação do prescripto no Art. 5.°,Tit. 1.% da nossa Constituição Politica,estão sendo praticados,em vários pon-tos do Império, contra os inoffensivossectários das religiões dessidentes poruma turba de fanáticos intolerantes,intitulados defensores da verdadeirafé, nos obrigam a pedir providenciasaos Altos Poderes do Estado contraum tal estado de cousas que, por certo,muito nos desabona aos olhos domundo culto.
Desde Dezembro de 1880 está cons-tituida na capital da Parahyba doNorte uma pequena igreja evangélica,composta de famílias, na maioria,bra-zileiras, e dirigida pelo Sr. FranciscoPhiladelpho da Silva Pontes, homemrespeitável, chefe de família e maiorde 40 annos.
Esse pequeno grupo, procurando averdade no estudo das palavras e ac-tos do Mestre Divino, despertou contrasi os ódios dos sectários do Romanis-mo que, incitados pelos sermões dofrade Alberto, auxiliado pelo Capei-lão do destacamento militar do lugar,assaltaram a casa do Sr. Pontes, nanoite de 11 de Fevereiro do corrente,causando sérios prejuízos ao proprie-tario e ferindo gravemente a uma se-nhora que alli se achava.
KFIORRAROR — *«** JmmI»« ¦
A.; i '
1 ,, ....í^nvKPnntrr Ias separadas, hão lhes primittiria seO Sr. Pontes tem sido ameaçado em | Quando as terras calcaieas e outra. !
„a vida, senso retira,-» do Ügii. | tomada , Sm >. .«..,,.., ,»d™g«.., w'
A autoridade. c<m5orva,se ina-.iv» | déposiiara» _em J« ^P"^^ ™°
em presença de taes tropelias; pele
que, abem da moralidade, recorremos
ao Governo Imperial.Esse facto não é novo, basta lan-
çarmos os olhos para Itabaiana, na
mesma província, para Itamaracá e
Nazareth, na de Magoas, e mesmo
para esta Corte, para que se compre-
henda que, em desespero de causa, os
romanistas tentam dominar pela vio-
lencia, que, talvez, dè nascimento a
serias represálias, se os poderes com-
potentes os não contiverem.CONTINUAREMOS-
se achavam de todo formadas; mas ho
ar sè achavam, em estado gasoso, to-
das as substancias primitivas ; essas
substancias, precipitadas por efteito
do resfriamento, sob o império de cir-
cÜmstáncias f.voraveis, se combina-
rara segundo o gráo de sua atüuidade
molecuíar : foi então que se formaram
as differ
condensar, e que a agitação se opondo
á sua neeoinuiodação symetrica, não
formariam senão uma massa confusa e
irregular, e portanto, sem crystalisa-c&o propriamente dita.
A lei que preside á formação dos
mihéráes conduz naturalmente á for-
inação dos corpos orgânicos.A analyse chymica nos mostra to-
das as substancias \egetaes e animaeslar : iorem<au que sb:w»»"1""rentes variedades de carbona- compostas dos mesmos elementos que
GÊNESE ORGÂNICA.
PRIMEIRA FORMAÇÃO dos seres vivos.
(Conclusão)
Os corpos compostos^ formam sem-
pre em proporções definidas, isto e
pela combinação de nina quantidadedeterminada dos principies constituiu-
tes. Assim, para formar água é pre-
ciso uma parte de o.xigeneo e duas de
hydrogeneo ; si porém, duas partes de
oxigeneo são combinadas com duas
d'hydrogeneo em vez d'agua, se ob-
tem o deutoxido d'hydrogeneo,liquidocorrosivo,formado entretanto dos mes-
mos elementos que a água, mas em
uma outra proporção.Tal é, em poucas palavras, a lei
que preside á formação de todos os
corpos da natureza.Arfmtmeravel variedade desses cor-
pos resulta de um mui limitado nume-
ro de principios elementares combina-
dos em proporções differentes.Assim o oxygeneo, combinado em
certas proporções com o carbono, o en-
xofre, o phosphoro, forma os ácidos
carbônico, sulphurico;KoxygeneO: e
ferro formara o oxydo de ferro ou fer-
rugem; ofoygeneo e o chumbo, arn-
bos inoftensivos, dão lugar aosoxydos
de chumbo, taes comogo lithargyrio,o
alvaide, o minium, que são venenosos.
O oxygeneo, com os metaes chama-
dos calcium, sodium, potassium, for-• mam a cal, a soda, a potassa.'A
cal unida ao ácido carbônico for-
ma os carbonates de cal ou pedrascalcareas, taes como o mármore, a
greda,ou giz,a pedra calcarea de con-
strucção, os staiacites das grutas ;unida ao ácido sulphurico, ellá fôrma
o snlphato de cal on gesso, e o ala-
bastro; ao ácido phosphorico : o
phosphato de cal, base solida dos os-sos; o chloro e o hydrogeneo formamo ácido chlorhydrico ou hydrochlo-rico; o chloro e o sodium formam o
chlorureto de sodium ou sal marinho.Todas essas combinações e milhares
de outras se obtém artificialmente em
pequenas quantidades nos laborato-rios de chymica; ellas se operam ex-
pontaneamente eir. grande escala no
grande laboratório da natureza.A terra, em sua origem, não tinha
essas matérias combinadas, porém só-mente seus principios constitutivosyolatilisados.
tos, de sulfates, etc, a principio em
dissolução nas águas, mais tarde de-
positadas na superfície do solo.
Supponliainds que, por uma causa
qualquer, a terra voltasse ao seu es-
tado de incandescencia primitiva.tudoisso se decomporia; os elementos se
separariam : todas as substancias fu-
siveis se fundiriam, todas as que são
volatilisaveis se volátilisanam.Depois um segundo resfriamento
traria uma nova precipitação, e as
antigas combiuações se fariam de
novo.Essas considerações provam quanto
a chymica era necessária para a intel-
ligencia da Gênese. Antes do coube-cimento das leis de afinidade mole-
cular, era impossível comprehender-se a formação da terra.
Esta sciencia esclareceu a questãode uma forma inteiramente nova,
como a astronomia e a geologia fize-
rara sobre outros pontos de vista.Na formação dos corpos sólidos, um
dos phenomenos mais notáveis é o da
crvstalisacão que consiste na formareg .lar que affectam certas substan-
cias, quando passam de seu estado li-
quido ou gasozo ao estado solido.Estalfórma que varia segundo a na-
tureza das substancias, é gerulaaentea dos sólidos geométricos, taes como o
prisma, o rhomboide, o cubo, a pira-mide. Todos conhecem os crystaes de
assucar candi; os christáes de rocha,
a silicia christalisada,Ssão3prismas de
seis faces terminados por uma pira-mide igualmente hexagonal.
0 diamante é carbono puro ou car-vão crystalisado.
Os desenhos que se poduzem nosvidros das vidraças no inverno são
devidos á christalisação do vapor d'a-
gua, durante a congelação, sob a
forma de agulhas prismáticas.A disposição regular dos christáes
depende de fôrma particular das mole-cuias de cada corpo; essas parcellasinfinitamente pequenas para nós, mas
que nem por isso deixam de oecuparum certo espaço, solicitadas umas pe-Ias outras por attracção molecular,se arranjam e se justapõem, conformea exigência de uma forma, de modo atomar cada uma seu lugar ao redordo núcleo ou primeiro centro de at-traccão.ea formar um todo symetrico.
os corpos inorgânicosEntre, esses ebmientos os que gozam
do principal papel são o oxygeneo, o
hvdrogeueo., o azoto e o carbono; os
outros se acham apenas accessoria-mente.
Como no reino mineral, adifferença
mente; não existe mesmo nem de longenesse grão, a quantidade de oxygeneo,de hydrogeneo ede carbono necessário
para formar urna folha da arvore.O grão encerra ura germen que
brota quando se. acha em condiçõesfavoráveis; esse germen cresce pelossuecos que absorve da terra e os gazes•que aspira do ar : esses suecos que nãosão madeira, folhas, flores e nem fruc-tos. infiltrando-se na planta, formama seiva, como os alimentos nosanimaesformam o saugme.
Essa seiva, levada pela circulação a
todas as partes do vegetal, conformeos órgãos onde ella chega e onde
passa por uma elaboração especial, se
transforma em madeira, folhas, fruc-tos, como o sangue se transforma em
de proporção na combinação desses carne, ossos, biles, etc, e entretanto
elementos produz todas as variedades
de substancias orgânicas e suas pro-
priedades diversas, taes como: os mus-
culos, os ossos, o sangue, a bilis, os
nervos, a matéria cerebral, a gordurados animaes; a ceiva, a madeira, as
folhas, os fruetos, as eisencias, os
óleos, as resinas, etc, nos vegetaes.assim, na formação dos animaes e
das plantas, não entra corpo especial
algum que não se encontre igualmente
no reino mineral. (1)Alguns exemplos usuaes farão com-
prehender as transformações que se
operam no reino orgânico pela única
modificação dos elementos constitu-tivos.
No caldo da uva, não existe aindavinho nem álcool, porém simplesmenteágua e assucar, quando esse ca.^o
chega á maturidade e que se acha col-
locado em circunstancias propicias,se opera um trabalho intimo, á quese dá o nome de fermentação.
Nesse trabalho, uma parte do assu-
car decompõe; o oxygeneo, o hydro-o-eneo e o carbono se separam e se
combinam nas proporções exigidas
liara fazer^ álcool; de sorte que, be-
bentlo-se o caldo da uva, não se bebe
realmente álcool, porque elle aindanão existe; elle se forma das partesconstituintes d'agua e do assucar, sem
que nelle exista, em sua somma, umamolécula de mais ou de menos.
No pão e nos legumes que se come,não existe por certo carne, sangue,ossos, biles, nem matéria cerebral, e
entretanto esses mesmos alimentosvão se decompondo e se recompondo
pelo trabalho da digestão, produziressas ditferentes substancias pela única
transmutação de seus elementos cons-
titutivos.Na semente de uma arvore, não
existe igualmente madeira, folhas,
flores e nem fruetos, e é um erro pue-ril crêr-se que a arvore inteira, sob a
fôrma microscópica, se acha na se-
A christalisação só se opera sob oimpério de certas circumstancias fa-voraveis, sem o que não pôde ter lu-
gar: o gráo da temperatura e o re-
pouso são condições essenciaes.Comprehende-se que o calor dema-
siadamente forte, retendo as molecu- ,
(1) A tabeliã adiante descripta, da ana-lyse de algumas substancias, mostra a dif-ferençR das propriedades que resulta daunica"ditferença na proporção dos elemen-tós constituintes.
Sobre 100 partes:Carbono. H.Mrog. Oiygen. A/.oto.
>Auncarüi canoa «.470 6.900 50.030Aguçar de uva. ...... JMUJ M80 5M<0
«ír^aiei;^ ":"° tf:??? "«?'!,','
'.*... 7*.W.r 11.700 S-.3Ú4
fS"' :.:.....:.. «3.330 7.0*1 «.««
são sempre os mesmos elementos :
oxygeneo, hydrogeneo, azoto e car-bono, diversamente combinados.
As differentes combinações dos ele-
mentos para a formação das substan-cias mineraes, vegetaes e animaes,não podem pois se operar si não nosmeios e nas circumstancias propicias ;fora dessas circumstancias os princi-pios elementares conservam-se em umestado de inércia.
Mas, desde que as circumstauciastornam-se favoráveis, apparece umtrabalho de elaboração ; as moléculasentram em movimento, se agitara, se
attrahem, se approxiraara, se sepa-ram em virtude da lei das aííinidades,e, por suas combinações múltiplas,compõem a infinita variedade das
substancias.Cessaudo essas condições, o trabalho
subitamente pára, para recomeçar
quando se apresentam de novo.É' por essa fôrma que a vegetação
se activa, se estaciona, cessa e reno-
va-se, sob a acção do calor, da luz, da
humidade, do frio e da secca ; uma
planta pôde prosperar era um clima ou
em um terreno, e pôde aniquilar-se ou
perecer em outro.O que se passa diariamente sob
nossos olhos nos pôde trazer a intui-
cão do que se passou na origem dos
tempos, porque as leis da natureza
são invariáveis.Uma vez que os elementos constitu-
tivos dos seres orgânicos e dosinorga-
nicos são os mesmos; que os vemos
incessantemente, sob o império de
certas circumstancias, formar as pe-dras, as plantas e os fruetos, póde-seconcluir que os corpos dos primeirosseres vivos se formaram como as pri-ineiras pedras, pela reunião das mole-
cuias elementares em virtude da lei
das afinidades, á medida que as con-dicões da vitalidade do globo foram
propícias a tal ou tal espécie.A similitude de fôrma e de cores,
na reproducção dos indivíduos de
cada espécie, pôde ser comparada â
similitude de fôrma de cada espéciede christal.
As moléculas se justapondo sob o
império da mesma lei, produzem um
0.&34».9.034
todo análogo.
TYPOGUAr-HiA do REFORMADOR