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INCONTINÊNCIA URINÁRIA Alunos: Ariene Gauto Samudio, Adrielly Floriano Stunpf, Lucas Dalcin Casalino. DEFINIÇÃO Incontinência Urinária (IU) delineada como qualquer perda involuntária de urina. Pode ser classificada em IU de esforço, urgência, mista, paradoxal e total. A IU de esforço, estimada como a perda involuntária de urina durante exercício físico, tosse ou espirro, é a mais frequente, já a de urgência caracteriza-se pela perda urinária acompanhada por um forte desejo de urinar. Quando estas sucedem simultaneamente, denomina-se IU mista. A paradoxal acontece quando o volume de urina ultrapassa a capacidade vesical máxima e a total quando a perda é contínua (DE SENA, 2019). A incontinência urinária é uma condição que afeta dramaticamente a qualidade de vida, requerendo o bem-estar físico, emocional, psicológico e social. A incontinência urinária pode acometer indivíduos de todas as idades, de ambos os sexos e de todos os níveis sociais e econômicos. Normalmente existe uma perfeita coordenação entre a bexiga e o esfíncter (músculo que funciona como uma válvula que fecha a uretra, impedindo a saída da urina). A maioria das pessoas retém completo controle sobre esse recurso, permitindo o enchimento da bexiga entre 400 ml e 500 ml, sem que ocorram perdas urinárias. Na parte de enchimento, a bexiga está relaxada e o esfíncter contraído. Na fase de esvaziamento da bexiga, é essencial uma perfeita coordenação entre a contração do músculo da bexiga e o relaxamento do esfíncter. Esta coordenação é chamada de sinergismo vesicoesfincteriano. (Site: Hospital Sírio-Libanês - Urologia) FISIOPATOLOGIA E ETIOLOGIA A reserva de urina e posterior esvaziamento da bexiga é um processo fisiologicamente complicado e, para que possa ocorrer de forma adequada, é essencial que diferentes músculos, nervos parassimpáticos, simpáticos, somáticos e sensoriais trabalhem conjuntamente. O colapso de qualquer uma dessas estruturas pode culminar no desenvolvimento de IU ( CÂNDIDO,2017).

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INCONTINÊNCIA URINÁRIA

Alunos: Ariene Gauto Samudio, Adrielly Floriano Stunpf, Lucas Dalcin Casalino.

DEFINIÇÃO

Incontinência Urinária (IU) delineada como qualquer perda involuntária de urina. Pode ser classificada em IU de esforço, urgência, mista, paradoxal e total. A IU de esforço, estimada como a perda involuntária de urina durante exercício físico, tosse ou espirro, é a mais frequente, já a de urgência caracteriza-se pela perda urinária acompanhada por um forte desejo de urinar. Quando estas sucedem simultaneamente, denomina-se IU mista. A paradoxal acontece quando o volume de urina ultrapassa a capacidade vesical máxima e a total quando a perda é contínua (DE SENA, 2019).

A incontinência urinária é uma condição que afeta dramaticamente a qualidade de vida, requerendo o bem-estar físico, emocional, psicológico e social. A incontinência urinária pode acometer indivíduos de todas as idades, de ambos os sexos e de todos os níveis sociais e econômicos. Normalmente existe uma perfeita coordenação entre a bexiga e o esfíncter (músculo que funciona como uma válvula que fecha a uretra, impedindo a saída da urina). A maioria das pessoas retém completo controle sobre esse recurso, permitindo o enchimento da bexiga entre 400 ml e 500 ml, sem que ocorram perdas urinárias. Na parte de enchimento, a bexiga está relaxada e o esfíncter contraído. Na fase de esvaziamento da bexiga, é essencial uma perfeita coordenação entre a contração do músculo da bexiga e o relaxamento do esfíncter. Esta coordenação é chamada de sinergismo vesicoesfincteriano. (Site: Hospital Sírio-Libanês - Urologia)

FISIOPATOLOGIA E ETIOLOGIA

A reserva de urina e posterior esvaziamento da bexiga é um processo fisiologicamente complicado e, para que possa ocorrer de forma adequada, é essencial que diferentes músculos, nervos parassimpáticos, simpáticos, somáticos e sensoriais trabalhem conjuntamente. O colapso de qualquer uma dessas estruturas pode culminar no desenvolvimento de IU (CÂNDIDO,2017).

A estrutura pélvica é formada por ossos, músculos, ligamentos e tecido conjuntivo. Sua função é para a contenção das vísceras pélvicas e abdominais, viabilizando a passagem da uretra, da vagina e do reto, além de participar com funcionalidade reprodutiva e postural (DE ALMEIDA,2015).

A formação do assoalho pélvico se deve através das estruturas musculares e fasciais localizadas na região perineal. O períneo é um compartimento com formato de losango que se situa abaixo da cavidade pélvica. As superfícies que dividem o períneo são a sínfise púbica, ramos inferiores do púbis, ramos isquiopúbicos do quadril, túberes isquiáticos, ligamentos sacrotuberais, partes inferiores do sacro e do cóccix (DE ALMEIDA,2015).

O assoalho da pelve possui funcionalidade de possibilitar suporte, contenção e suspensão aos órgãos pélvicos como a bexiga, útero, ovários e a parte final do intestino, com participação no processo de continência, excreção e sexual (DE ALMEIDA,2015).

Desordens dos músculos pélvicos incluem problemas de incontinência urinaria. Na maioria dos estudos baseados na comunidade, a prevalência da IU no Homem é menor que na mulher, numa relação de 1:2, sendo que a prevalência de IU no Homem aumenta de forma constante com a idade. Assim sendo dos 20-39 anos é 2-2.4%, dos 40-59 anos 2-19%, dos 60-79 anos 2.8-23.2% e com >80 anos varia entre 7.6% e 22%. (SERENA, 2014).

O assoalho pélvico feminino está dividido em três segmentos, sendo anteriormente bexiga e uretra, medialmente a vagina e na região posterior o reto. É constituído por estruturas de sustentação, as fáscias pélvicas, diafragma pélvico e diafragma urogenital. Sua formação em maior parte é de fibras de contração lenta e em menor parte de fibras de contração rápida. Todas as estruturas são essenciais no suporte e manutenção dos órgãos pélvicos em suas posições fisiológicas (DE ALMEIDA, 2015).

A IUE é o tipo mais comum de perda involuntária de urina na mulher, podendo ocorrer por hipermobilidade da uretra ou por deficiência esfincteriana, sendo a hipermobilidade a causa mais frequente, podendo ocorrer em decorrência da fraqueza do assoalho pélvico ou por consequência de procedimentos cirúrgicos, já a deficiência esfincteriana intrínseca é causada pela incapacidade do esfíncter uretral em manter a coaptação da mucosa, tanto no repouso quanto no exercício (DE SOUSA, 2017).

FATORES DE RISCO

Os principais fatores de risco que podem influenciar no desenvolvimento da Incontinência Urinária são: Obesidade (que pode fazer com que o assoalho pélvico fique flácido), uso abusivo de cafeína, álcool e drogas (os quais agridem e irritam a mucosa da bexiga, aumentando o fluxo de urina), parto por via vaginal, cirurgia pélvica extensa e/ou traumas na região, e doenças crônicas (neurológicas e diabetes por exemplo) (HIGA, 2008).

Em relação as mulheres podem estar associados ao aparecimento dos sintomas, entre eles o próprio envelhecimento natural das fibras musculares, a redução da função ovariana após a menopausa, a obesidade, a gravidez e os múltiplos partos vaginais (DE SOUSA, 2017).

SINAIS E SINTOMAS

Alguns sinais e sintomas comuns são, aumento da frequência miccional, noctúria, urgência, hiper-reflexia vesical, perda de urina ao esforço, incontinência no intercurso sexual, infecções urinárias e dor na bexiga (MELO, 2012).

TRATAMENTO

A fisioterapia, como forma abrangedor de tratamento, visa a prevenção e o recurso terapêutico da IU por meio da educação da função miccional, informação a respeito do uso adequado da musculatura do assoalho pélvico, bem como o aprendizado de técnicas e exercícios para obtenção do fortalecimento muscular. São objetivos principais da fisioterapia a reeducação da musculatura do assoalho pélvico e seu fortalecimento, visto que, na maioria dos tipos de incontinência urinária, está presente uma restrição da força desta musculatura (DE SENA, 2019).

PLANEJAMENTO

· Parte teórica (15 min)

-Definição

-Estruturas que ajudam no funcionamento da bexiga

-Explicação da estrutura pélvica

-Explicação do assoalho pélvico

-Como ocorre a IU

-Patologia no âmbito feminino e masculino

-Fatores de risco

-Sinais e sintomas

-Prevenção e tratamento

· Integração e Aquecimento (15 min)

-A atividade será feita com dois grupo (duelando), o paciente terá que prestar a atenção no comando de voz, para ter agilidade e coordenação. O objetivo do exercício é pegar o objeto primeiro, apenas quando for solicitado.

· Fortalecimento (10 min)

-Levantamento do quadril: 5 repetições, movimento: em decúbito dorsal o paciente faz a elevação do quadril contraindo a estrutura pélvica e apertando o objeto que está entre as pernas, e sustenta na posição durante 5 segundos.

-Agachamento: 5 repetições, movimento: na posição em pé o paciente executa o movimento de agachamento e levanta contraindo toda a estrutura pélvica e sustenta na posição durante 5 segundos.

-Ginástica hipopressiva: Durante 2 minutos, na posição sentada o paciente realiza a inspiração relaxando os músculos do abdômen e depois expira, contraindo os mesmos. O paciente deve ter a percepção da contração do abdômen e do esfíncter.

· Alongamento (10 min)

-Alongamento de isquiotibiais: Durante 15 segundos o paciente irá abaixar até encostar seus pés (ou até onde for possível) sem flexionar seus joelhos.

-Alongamento de quadríceps femoral: Durante 15 segundos o paciente irá segurar sua perna dobrada para trás até encostar no glúteo (ou até onde for possível).

-Alongamento para abdômen: O paciente irá posicionar suas mãos na região lombar das costas e realizar uma extensão da coluna (na medida do possível) por 15 segundos.

-Alongamento para abdutores: O paciente irá sentar na posição “borboleta” e irá fazer pressão sobre os joelhos (na medida do possível) durante 15 segundos.

-Alongamento para adutores: O paciente irá realizar um agachamento com os pés posicionados para “fora” (na medida do possível) e manterá a posição por 15 segundos.

· Relaxamento (5 min)

-Balanço de quadril: O paciente na posição em pé, agachado, faz o movimento de balançar seu quadril de um lado para o outro.

-Circundação de quadril: Na bola suiça o paciente realizará o movimento de circundução do quadril.

REFERÊNCIAS

BOTELHO, F. Incontinência Urinária Feminina. Acta Urológica, 2007.

DE ALMEIDA, A. L. R. A influência da fisioterapia aplicada no tratamento da incontinência urinária de esforço em mulheres: estudo da eficácia da cinesioterapia. Revista Visão Universitária, v. 3, n. 1, 2015.

DE SENA, T. D. C. F. O papel do fisioterapeuta na incontinência urinária. Revista Ciência & Saberes-Facema, 2019.

DE SOUSA, J. G. et al. Avaliação da força muscular do assoalho pélvico em idosas com incontinência urinária. Fisioterapia em Movimento, v. 24, n. 1, 2017.

FERNANDES, Soraia N. G. Importância da fisioterapia na conscientização e aprendizagem da contração da musculatura do assoalho pélvico em mulheres com incontinência urinária. Revista Brasileira Clínica Médica. São Paulo, 2011.

HIGA, R. Fatores de risco para incontinência urinária na mulher. Rev Esc Enferm USP 2008.

LEITE, A. R. Incontinência urinária em mulheres no climatério: efeitos dos exercícios de Kegel. Revista Hórus, v. 5, n. 2,, 2010.

SERENA, Cátia Sofia dos Santos. Tratamento cirúrgico na incontinência urinária masculina. 2014.

MELO, S. Correlação entre sinais e sintomas de incontinência urinária e autoestima em idosas. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 2012.