vulgação e evangelização da paróquia nossa senhora … · santa edviges, religiosa; 16 - santa...

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O Mensageiro da Glória é o veículo oficial de di- vulgação e evangelização da Paróquia Nossa Senhora da Glória, da Arquidiocese de Fortale- za. Endereço: Av. Oliveira Paiva, 905 – Cidade dos Funcionários, CEP: 60822-130, Fortaleza- CE – Fone: (85) 3279.4500. [email protected] www.paroquiagloria.org.br Setembro/Outubro de 2010 – ANO XII – Nº 127 Neste mês de outubro, a Igreja se volta para a necessária compreensão das Missões, isto é, da per- manente preocupação pelo anúncio do Evangelho a todos os povos. A vinda de Cristo à terra nos revelou o mistério de Deus e nos ensinou a caminhar para vivermos na sua graça. Seu envio – “Pregai a boa nova do Evangelho a toda criatura” – nos impulsiona a anunciar ao mundo a salvação que nos é dada pelo conhecimento de Jesus e pela adesão fiel a Ele, nos- so Messias Salvador. Como cristãos batizados, somos todos chamados a assumirmos o nosso papel de agente missionário. O Documento de Aparecida, texto conclusivo da V Conferência Geral do episcopado Latino-Americano e do Caribe, convida-nos a atuar a partir da Igreja, Corpo Místico de Cristo e Sacramento universal da salvação, na propagação do Reino de Deus, que se semeia nesta terra e que frutifica plenamente no Céu. O documento destaca a alegria de ser discípulos e missionários de Jesus Cristo: “Conhecer a Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa pode receber; tê-lo encontrado foi o melhor que ocorreu em nossas vidas, e fazê-lo conhecido com nossas palavras é nossa alegria” (p.24). Ao mesmo tempo, o Documento de Aparecida nos aponta as nossas responsabilidades diante das situações concretas de nosso mundo: “A evangelização vai unida sempre à promoção humana e à autêntica libertação cristã” (Cf DI 3). O documento destaca, ainda, que o Espírito Santo, derramado em nossos corações, é quem nos fortalece com seus dons em nosso caminho de discípulos e missionários. É muito comum, no meio dos leigos, se ouvir di- zer que o trabalho missionário é da responsabilidade somente dos religiosos e religiosas. Entretanto, cabe a cada cristão fazer uma reflexão sobre a sua condi- ção de batizado e herdeiro do Reino que precisa ter sua atuação ativa e permanente. Também alguns acham que para ser um missio- nário faz-se necessária a realização de grandes obras. Isto não é verdade, pois o discipulado missionário vai se concretizando a partir de pequenos gestos e con- Semente missionária 3 3 3 Pergunta do Mês: Quem é o meu próximo? Todos somos chamados ao anúncio do Evangelho a todos os povos tatos ao longo da caminhada, que vão se transfor- mando em pequenas vias de acesso aos corações humanos. Um grande exemplo disso nos foi dado pela patrona das missões, Santa Terezinha do Menino Je- sus, que através de suas pequeninas ações conseguiu fazer grandes milagres de conversão pessoal, os quais foram transformados em disponibilidade ao serviço missionário. Quantas pequenas atitudes, que não nos custari- am sacrifício algum, poderiam colaborar para o surgimento e crescimento de uma comunidade mais fraterna e solidária – e nós muitas vezes nos omitimos! O trabalho missionário vai ao longo do caminho nos fortalecendo como discípulos e fazendo surgir no- vos missionários que também se disponibilizam para lutar pelas causas dos mais carentes. Essa deve ser a nossa Igreja atuante, que não se restringe às tarefas de manutenção exercidas a nível de templo, mas vai ao encontro de cada ovelha que precisa ser acolhi- da, ajudada, amada e evangelizada. O papel missionário a ser desempenhado junta- mente pelo clero e pelos leigos é que vai transfor- mar a nossa Igreja de Cristo, que como cabeça deve ser sempre o centro em defesa da vida e da dignida- de humana. Espelhemo-nos na vida de Santa Terezinha, que soube com especial sabedoria divina aproveitar as pe- quenas coisas do cotidiano para realizar grandes ações missionárias. È a partir de cada palavra e cada gesto na vivência do nosso dia a dia que poderemos fazer germinar no coração do irmão um novo modo de olhar para o próximo que deseja voltar-se para o Cristo. Pastoral da Comunicação 4 4 4 Fé que leva à prática social, inspirada no Evangelho 5 5 5 Assembleia Pastoral 2010 acontece em novembro 6 6 6 Prioridade Juventude 7 7 7 No aniversário de Pe. Xico, o carinho da comunidade 8 8 8 30 anos de ECC 10 10 10 10 10 Entrevista: Missão de evangelizar, urgência das urgências 12 12 12 12 12 Sentido da vida germina na família, explica papa

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Page 1: vulgação e evangelização da Paróquia Nossa Senhora … · Santa Edviges, religiosa; 16 - Santa Margarida Maria Alacoque, virgem; 17 - Santo Inácio de Antioquia, bispo e mártir;

O Mensageiro da Glória é o veículo oficial de di-

vulgação e evangelização da Paróquia Nossa

Senhora da Glória, da Arquidiocese de Fortale-

za. Endereço: Av. Oliveira Paiva, 905 – Cidade

dos Funcionários, CEP: 60822-130, Fortaleza-

CE – Fone: (85) 3279.4500.

[email protected]

www.paroquiagloria.org.brSetembro/Outubro de 2010 – ANO XII – Nº 127

Neste mês de outubro, a Igreja se volta para a

necessária compreensão das Missões, isto é, da per-

manente preocupação pelo anúncio do Evangelho a

todos os povos. A vinda de Cristo à terra nos revelou

o mistério de Deus e nos ensinou a caminhar para

vivermos na sua graça. Seu envio – “Pregai a boa

nova do Evangelho a toda criatura” – nos impulsiona

a anunciar ao mundo a salvação que nos é dada pelo

conhecimento de Jesus e pela adesão fiel a Ele, nos-

so Messias Salvador.

Como cristãos batizados, somos todos chamados

a assumirmos o nosso papel de agente missionário.

O Documento de Aparecida, texto conclusivo da V

Conferência Geral do episcopado Latino-Americano

e do Caribe, convida-nos a atuar a partir da Igreja,

Corpo Místico de Cristo e Sacramento universal da

salvação, na propagação do Reino de Deus, que se

semeia nesta terra e que frutifica plenamente no Céu.

O documento destaca a alegria de ser discípulos e

missionários de Jesus Cristo: “Conhecer a Jesus é o

melhor presente que qualquer pessoa pode receber;

tê-lo encontrado foi o melhor que ocorreu em nossas

vidas, e fazê-lo conhecido com nossas palavras é nossa

alegria” (p.24).

Ao mesmo tempo, o Documento de Aparecida

nos aponta as nossas responsabilidades diante das

situações concretas de nosso mundo: “A evangelização

vai unida sempre à promoção humana e à autêntica

libertação cristã” (Cf DI 3). O documento destaca,

ainda, que o Espírito Santo, derramado em nossos

corações, é quem nos fortalece com seus dons em

nosso caminho de discípulos e missionários.

É muito comum, no meio dos leigos, se ouvir di-

zer que o trabalho missionário é da responsabilidade

somente dos religiosos e religiosas. Entretanto, cabe

a cada cristão fazer uma reflexão sobre a sua condi-

ção de batizado e herdeiro do Reino que precisa ter

sua atuação ativa e permanente.

Também alguns acham que para ser um missio-

nário faz-se necessária a realização de grandes obras.

Isto não é verdade, pois o discipulado missionário vai

se concretizando a partir de pequenos gestos e con-

Semente missionária

33333Pergunta do Mês: Quem é o meupróximo?

Todos somos chamados ao anúncio do Evangelho a todos os povos

tatos ao longo da caminhada, que vão se transfor-

mando em pequenas vias de acesso aos corações

humanos.

Um grande exemplo disso nos foi dado pela

patrona das missões, Santa Terezinha do Menino Je-

sus, que através de suas pequeninas ações conseguiu

fazer grandes milagres de conversão pessoal, os quais

foram transformados em disponibilidade ao serviço

missionário.

Quantas pequenas atitudes, que não nos custari-

am sacrifício algum, poderiam colaborar para o

surgimento e crescimento de uma comunidade mais

fraterna e solidária – e nós muitas vezes nos omitimos!

O trabalho missionário vai ao longo do caminho

nos fortalecendo como discípulos e fazendo surgir no-

vos missionários que também se disponibilizam para

lutar pelas causas dos mais carentes. Essa deve ser a

nossa Igreja atuante, que não se restringe às tarefas

de manutenção exercidas a nível de templo, mas vai

ao encontro de cada ovelha que precisa ser acolhi-

da, ajudada, amada e evangelizada.

O papel missionário a ser desempenhado junta-

mente pelo clero e pelos leigos é que vai transfor-

mar a nossa Igreja de Cristo, que como cabeça deve

ser sempre o centro em defesa da vida e da dignida-

de humana.

Espelhemo-nos na vida de Santa Terezinha, que

soube com especial sabedoria divina aproveitar as pe-

quenas coisas do cotidiano para realizar grandes ações

missionárias. È a partir de cada palavra e cada gesto

na vivência do nosso dia a dia que poderemos fazer

germinar no coração do irmão um novo modo de olhar

para o próximo que deseja voltar-se para o Cristo.

Pastoral da Comunicação

44444Fé que leva à prática social,inspirada no Evangelho

55555Assembleia Pastoral 2010acontece em novembro

66666Prioridade Juventude

77777No aniversário de Pe. Xico, ocarinho da comunidade

8888830 anos de ECC

1010101010Entrevista: Missão de evangelizar,urgência das urgências

1212121212Sentido da vida germina nafamília, explica papa

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Coordenação, edição e revisão:Pastoral da Comunicação.Supervisão: Pe. Francisco de Assis.Componentes: Carmen Marques, CéliaPinheiro, Farias Coelho, Gil Bezerra,Moisés Furtado, Narcélio Barros, PatríciaGuabiraba, Rodrigo de Almeida, SocorroLira, Tatiana Leite.Site: www.paroquiagloria.org.brE-mail: [email protected] Responsável:Patrícia Guabiraba – Mtb 01597JP-CEImpressão: Print ColorTiragem: 3.000 exemplares

ExpedienteExpedienteExpedienteExpedienteExpediente

PARA ANUNCIARNarcélio Barros:(85) 8805.0393

Setembro-Outubro/20102

MISSAS NA MATRIZSegunda a Sexta:6h30 e 18h30

Sábado: 6h30, 16h30e 18h30

Domingo: 8h, 11h,18h e 20h

2º Domingo de cada mêsMissa da Misericórdia: 16h

Toda terça-feiraTerço dos Homens: 20h

Dia 13 de cada mês:Missa às 12h

SECRETARIAFuncionamento: terça a domin-go, das 8h às 11h e das 14h às19h30. Fone: (85) 3279.4500.

CONFISSÕES

Terça a Sexta,das 15h às 18h

Calendário ParoquialCalendário geral das atividades pastorais –

outubro a dezembro de 2010:

OUTUBRO03 – 10ª reunião do Conselho Pastoral, das 9h às 12h;12 – Nossa Senhora Aparecida;12 – 9ª reunião do Conselho Econômico, das 19h30min às21h30min;18 – Celebração da Aliança de Amor com Nossa Senhora, às18h30min, na Paróquia;27 – Prática Missionária, das 19h30min às 21h30min, na sala 15;31 – Prazo máximo para entrega dos formulários de avaliação dacaminhada pastoral e administrativa.

NOVEMBRO:02 – Finados;07 – 11ª reunião do Conselho Pastoral, das 9h às 12h;09 – 4ª reunião de coordenadores com os conselhos Pastoral eEconômico, às 19h30min;09 – 10ª reunião do Conselho Econômico, das 19h30min às21h30min;09 – Aniversário de ordenação de Pe. Francisco de Assis Filho.19 a 23 – Formação do MESC, das 19h30min às 21h30.18 – Aniversário de ordenação de Pe. Josieldo Nascimento.21 – Assembleia Pastoral, das 8h às 13h, na Paróquia.

DEZEMBRO:05 – 12ª reunião do Conselho Pastoral, das 9h às 12h;02 a 05 – Ágape do Senhor;08 – Imaculada Conceição;09 – Confraternização de Natal das Pastorais;14 – 11ª reunião do Conselho Econômico, das 19h30min às21h30min;24 – Natal; 31 – Ano Novo.

OUTUBRO > 1 - Santa Terezinha do Menino Jesus,virgem; 2 - Santos Anjos da Guarda; 3 - André de Soveral,Ambrósio Francisco e companheiros, protomártires doBrasil; 4 - São Francisco de Assis; 5 - São Benedito, oNegro, religioso; 6 - São Bruno, presbítero; 7 - NossaSenhora do Rosário; 9 - São Dionísio, bispo, e seuscompanheiros, mártires; 9 - São João Leonardi,presbítero; 12 - NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃOAPARECIDA; 14 -São Calixto I, papa e mártir; 15 -Santa Tereza de Jesus, virgem e doutora da Igreja; 16 -Santa Edviges, religiosa; 16 - Santa Margarida MariaAlacoque, virgem; 17 - Santo Inácio de Antioquia, bispoe mártir; 18 - SÃO LUCAS, EVANGELISTA; 19 - SãoJoão de Brébeuf e Santo Isaac Jogues, presbíteros, eseus companheiros, mártires; 19 - São Paulo da Cruz,presbítero; 23 - São João de Capistrano, presbítero; 24- Santo Antônio Maria Claret, bispo; 25 - Bem-aventu-rado Frei Antônio de Sant’Ana Galvão, presbítero; 28 -SÃO SIMÃO E SÃO JUDAS, APÓSTOLOS.

NOVEMBRO > 2 - COMEMORAÇÃO DE TODOS OSFIÉIS DEFUNTOS; 3 - São Martinho de Lima, religioso;4 - São Carlos Borromeu, bispo; 7 - TODOS OS SAN-TOS; 9 - DEDICAÇÃO DA BASÍLICA DO LATRÃO;10 - São Leão Magno, papa e doutor da Igreja; 11 - SãoMartinho de Tours, bispo; 12 - São Josafá, bispo e már-tir; 15 - Santo Alberto Magno, bispo e doutor da Igreja;16 - Santa Margarida da Escócia; 16 - Santa Gertrudes,virgem; 17 - Santa Isabel da Hungria; 18 - Dedicação dasBasílicas de São Pedro e de São Paulo, Apóstolos; 19 -São Roque González, Santo Afonso Rodriguez e SãoJoão de Castillo, presbíteros, mártires; 21 - N.S. JESUSCRISTO, REI DO UNIVERSO; 21 - Apresentação deNossa Senhora; 22 - Santa Cecília, virgem e mártir; 23- São Clemente I, papa e mártir; 23 - São Columbano,abade; 24 - Santo André Dung-Lac, presbítero, e seuscompanheiros, mártires; 25 - Santa Catarina deAlexandria; 30 - SANTO ANDRÉ, APÓSTOLO.

Calendário Litúrgico

São Frascisco de Assis - 4 de outubro

Sant

o d

o m

ês Filho de comerciantes, Francisco Bernardone nasceu em Assis, na Umbria, em 1182. Sua família tinha possessuficientes para que levasse uma vida sem preocupações. Alegre, jovial, simpático, era chegado às festas. Mas

mesmo dado às frivolidades dos eventos sociais, manteve em toda a juventude profunda solidariedade comos pobres. Jamais se desviou da educação cristã que recebeu da mãe, mantendo-se casto. Francisco

logo percebeu não ser aquela a vida que almejava. Chegou a lutar numa guerra, mas o coração ochamava à religião. Um dia, despojou-se de todos os bens, até das roupas que usava no momen-to, entregando-as ao pai revoltado. Passou a dedicar-se aos doentes e aos pobres. Tinha vinte ecinco anos e seu gesto marcou o cristianismo. Foi considerado pelo papa Pio XI o maior imitadorde Cristo em sua época. A partir daí viveu na mais completa miséria, arregimentando cada vez

mais seguidores. Fundou a Primeira Ordem, os conhecidos frades franciscanos, em 1209.Pregava a humildade total e absoluta e o amor à natureza. Acolhia, sem piscar, todos osdoentes e aflitos que o procuravam. Certa vez, ele rezava no monte Alverne com tanta féque em seu corpo manifestaram-se as chagas de Cristo. Achando-se indigno, escondeusempre as marcas sagradas, que só foram descobertas após a sua morte. Morreu em 4 deoutubro de 1226, com quarenta e quatro anos. Dois anos depois, o papa Gregório IX ocanonizou. São Francisco de Assis viveu na pobreza, mas sua obra é de uma riqueza jamaisigualada para toda a Igreja Católica e para a humanidade. (Fonte: Paulinas)

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Setembro-Outubro/2010 3

Quando nós, cristão, falamos do amor,pensamos em primeiro lugar no amor aopróximo, como Jesus no-lo ordenou: “Ama-rás o próximo como a ti mesmo” (Lc10,27). Ao lado do amor a Deus, o amorao próximo é o mandamento cristão má-ximo. Para Jesus, realiza-se nesses doismandamentos toda a Lei judaica.

Em minha infância foi incutido tãofortemente o mandamento do amor aopróximo que sempre sentia remorsosquando pensava em mim e nas minhasprecisões. Tinha sobretudo a impressãode que devia amar a toda e qualquerpessoa. E daí sentia que isso não aconte-cia. Não podia atender igualmente a to-das as pessoas ao mesmo tempo.

Quando um doutor da Lei pergun-tou a Jesus o que devia fazer para “al-cançar a vida eterna” (Lc 10,25), Jesusrespondeu referindo-se ao duplo manda-mento do amor a Deus e ao próximo. Aresposta de Jesus foi óbvia para todos osouvintes. Mas o doutor da Lei quis justifi-car sua pergunta e disse: “E quem é meupróximo?” (Lc 10,29). A palavra gregapleison significa também amigo. O dou-tor da Lei queria, portanto, limitar seuamor a seus amigos e compatriotas. De-pois disso, Jesus conta a parábola do bomsamaritano que socorre o homem quehavia caído nas mãos dos assaltantes ejazia semimorto à beira da estrada. En-quanto o sacerdote e o levita se desvia-ram dele e passaram adiante, porque suapureza ritual era mais importante que oamor ao próximo, o samaritano teve com-paixão: “Aproximou-se, tratou das feri-das, derramando nelas azeite e vinho.Depois colocou-o em cima de sua pró-pria montaria, conduziu-o a uma pensão

Quem é o meu próximo?

e cuidou dele” (Lc 10,34). Ao final danarrativa, Jesus pergunta ao doutor daLei: “Quem desses três se tornou o pró-ximo daquele que caiu nas mãos dos as-saltantes? (Lc 10,36).

Jesus não quis chamar a atençãonessa parábola para o assaltado comosendo o próximo, mas para aquele quese mostrou como próximo: o samaritano.Amar é, portanto, para Jesus, aproxi-mar-se da outra pessoa como próximo,como amiga e tratá-la como amiga. Nãose trata de teorizar sobre o próximo, mascolocar mãos à obra onde Deus gostariade tornar-me o próximo de outra pes-soa que entrou em dificuldade e precisado auxílio de um amigo.

A Parábola do Bom Samaritano sem-pre me causou certo remorso. Eu a en-tendia como obrigação; devo dar carona,por exemplo, a todos os que acenam àbeira da estrada. Não devo passar porninguém sem atendê-lo. Isso me

PERGUNTA DO MÊS

estressava muitas vezes. Jesus não querestressar ninguém. Mas também não nosquer deixar em paz. Conheço em mim atendência do doutor da Lei de fundamen-tar meu procedimento, de me justificarque não posso ajudar fulano ou sicrano.Gostaria de aparecer justificado diantede Deus. O amor ao próximo, assim comoJesus o entende, vai impedir essa minhaautojustificação. Não tenho jamais a ga-rantia de fazer tudo certo. Mas Jesus tam-bém não quis estabelecer um mandamen-to absoluto: que nunca devêssemos pen-sar em nós, mas sempre voltar-nos paraos mais necessitados.

Lucas complementou a Parábola doBom Samaritano com a história de Mariae Marta, em cuja casa Jesus compareceucomo hóspede. Marta era a hospedeiraque providenciou tudo para Jesus. MasJesus deu razão à sua irmã Maria, queapenas ficou sentada ali ouvindo as pala-vras dele. Às vezes, o ouvir é tão impor-tante quanto o fazer. Maria não sente re-morsos por fazer pouco por Jesus e seusdiscípulos que estão cansados da viagem.Faz aquilo que seu coração deseja. Sen-ta-se aos pés de Jesus e escuta sua pala-vra. Ela se torna sua discípula. Ela desfru-ta do relacionamento que vem do falar edo ouvir. Esses dois polos são essenciaisdo amor ao próximo: o fazer concreto e oescutar os impulsos silenciosos do própriocoração em que Jesus me fala. Ali reco-nhecerei onde meu agir é requisitado eonde ele simplesmente se refere à minhaprópria existência.

Extraído do livro “Virtudes quenos unem a Deus – Fé, Esperança eAmor”, do monge beneditinoAnselm Grün

Escola de PaisA Escola de Pais do Brasil

(seccional Fortaleza), realizou, nosdias 24 e 25 de setembro, o semi-nário "Pai, quem é teu filho?".

Além da conferência principal,que debateu o tema central do even-to, outras palestras versaram sobre"valores e limites para a formaçãodos filhos", "família, um sonho pos-sível" e "a salvação da humanidadepassa pela família". Saiba mais so-bre a Escola de Pais: www.escoladepais.org.br.

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4 Setembro-Outubro/2010

Em 23 de agosto, mês vocacional,a Pastoral da Acolhida promoveu for-mação com o tema “Fé e Missão”, coma irmã Inês de Barros Lima. A religio-sa, no auge de seus 64 anos de voca-ção e mais de 80 de idade, iniciou suapalestra com uma definição inspiradaem Hebreus, capítulo 11: “Fé é ummodo de já possuir aquilo que se espe-ra, é um meio de conhecer realidadesque não se vêem”.

Para irmã Inês, a fé está muito liga-da à esperança. Lembrando que no An-tigo Testamento o povo de Deus viveuda fé, a começar por Abraão, destacouque é impossível viver sem a fé, princi-palmente nos momentos de sofrimento.E como a fé acontece? “Primeiro é o fas-cínio do encontro, o deslumbramento.Depois vem a entrega, quando nos re-velamos a Deus”, disse a religiosa. “Fénão é só acreditar na verdade do Pai, éantes de tudo amá-Lo”, acrescentou.

Todos nós temos uma ideia do quesignif ica ter fé, mas é precisoaprofundá-la no silêncio da oração. “Féé acreditar na Palavra, ter a certezade que Deus caminha ao nosso lado”,reforçou irmã Inês. E citou o Salmo 37:“Entrega o teu caminho ao Senhor,confia nele, e ele tudo fará”.

A Palavra de Deus nos converte,nos alimenta e nos transforma. Mas nãopodemos guardá-la somente para nós.“Eu amo tanto Jesus que tenho queanunciá-lo; é essa a missão da Igreja enossa”, afirmou irmã Inês. Citando o Do-cumento de Aparecida, que define ocristão como discípulo e missionário, areligiosa lembrou que o discípulo ouveo Mestre e o missionário proclama etestemunha essa Palavra. “Evangelizaré levar a esperança aos homens, dianteda falta de Deus, de sentido para a vida.Só no encontro com Deus o homem écapaz de assumir a própria vida, dei-xando-se modelar por Ele, que o querfeliz”, declarou.

É preciso anunciar Jesus aos pobrese dizer a todos que o Reino já chegou.Recordando São Vicente, que fez suaopção pelos pobres, a irmã condenou ogrande fosso existente entre ricos e po-bres. “Deus mandou o homem adminis-trar a natureza, não subjugar seus se-melhantes!”, disse. O homem afastou-se de Deus e perdeu a noção do peca-do. Diante de problemas graves comoo aquecimento global, é preciso umaconsciência planetária, uma globalizaçãoda solidariedade. “Nossa missão é de-

Fé que leva à prática social,inspirada no Evangelho

nunciar quem destrói a Terra e provocagrandes desigualdades sociais. Anunci-ar, denunciar e comprometer-se: eis anossa missão profética”, afirmou a reli-giosa vicentina. “Se a denúncia é con-tra o mal, o bem se instala no coraçãodo homem que acolhe o anúncio doReino”, completou.

Evangelizar e servirDe acordo com o carisma vicentino,

de evangelizar e servir, irmã Inês apre-sentou o trabalho social que a Compa-nhia das Filhas da Caridade de SãoVicente de Paula realiza com moradoresde rua. “A rua é a casa de muitos. Vi-vem lá por carência de moradia, dramasfamiliares, alcoolismo, doenças mentais,desemprego... Perderam a auto-estima.São indivíduos ‘sem valor de mercado’.Nosso projeto tem como objetivo lutarcontra a fome e ajudá-los a se reinserirna sociedade”, disse ela.

Com o apoio do governo e de par-ceiros, além das doações, as Filhas daCaridade oferecem uma refeição diáriano refeitório São Vicente de Paulo e pro-movem cursos de formação, e tambématendimento médico a cada 15 dias. Fes-tas litúrgicas são vividas e celebradas. Jáforam ofertadas oficinas para a confec-ção de terços, vassouras e móveis degarrafa PET, além de cursos de polidorprofissional, borracheiro, eletricista,serigrafista, dentre outros.

FORMAÇÃO

Segundo irmã Inês, o recenseamen-to de 2008 apontou a existência de1.701 moradores de rua, dentre os quaisa maioria era do sexo masculino: quase85%. “Mas o número é muito maior”,disse. “Como recuperá-los? Como ar-rancar estes irmãos das trevas, da ocio-sidade, para a luz? Como devolver-lhesa dignidade, anunciar a esperança? So-nhamos com políticas integradas, deproteção e inclusão social destes nossosirmãos. É preciso sensibilizar a socieda-de para uma mudança de estruturas!”,inspira irmã Inês.

Pela vontade de Deus, o projeto seexpandiu. Com a criação da Associação“Novo Céu, nova Terra”, a irmã e seugrupo de voluntários iniciaram um tra-balho de acolhimento na Fazenda SãoJerônimo – agora em uma nova casa,em Aquiraz – onde os internos vivem sobos pilares da oração, convivência e tra-balho. “Vivemos o esforço para chegara uma prática social inspirada no Evan-gelho. Cuidando do homem eevangelizando, salvamos a Terra”, fina-liza irmã Inês.

Pastoral da Comunicação

Filha da Caridade, sob o carisma vicentino, Irmã Inês Barros proferiu palestra sobre “Fé e Missão”

Mande sugestões de pauta para o

Mensageiro através do correio

[email protected].

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Setembro-Outubro/2010 5

Avaliar a caminhada deste ano e planejar a ação pastoral para2011. Esse é o objetivo da Assembleia Pastoral 2010, que acontece-rá no dia 21 de novembro, das 8h às 13h, em nossa Paróquia. Todosos agentes pastorais são convidados a participar, não somente aque-les que representarão a pastoral, movimento ou serviço de que par-ticipam.

Na ocasião, serão eleitos novos conselheiros pastorais, cuja fun-ção é fazer acontecer as propostas aprovadas e os compromissosassumidos na assembléia pastoral, à luz do plano de ação evangelizadorda Arquidiocese, em espírito de comunhão e participação. Tambémé função do Conselho buscar novos caminhos para o crescimento doReino de Deus na Paróquia, elaborar projetos de ação pastoral, in-centivar o dízimo, dentre outras atribuições.

É importante ressaltar que o roteiro de avaliação da caminhadapastoral e administrativa de 2010 deve ser entregue ao Conselho atéo dia 31 de outubro, a fim de que o resultado seja apresentado naAssembleia. (Pascom)

Mãe Rainha: renovação daAliança de Amor

O Apostolado da Mãe Rainha convida toda a comunidade para a celebra-ção da Aliança de Amor com Nossa Senhora, no dia 18 de outubro, às 18h30min,na Paróquia da Glória. Na ocasião, cada missionário(a) deverá vestir a blusa deseu movimento e levar a imagem da Mãe Rainha, a fim de renovar a suaaliança de amor. “A data é comemorada em todo o mundo. É um momentomuito importante, por isso queremos fazer uma celebração bem bonita, com aparticipação de todos – principalmente daqueles que participam do movimen-to da Mãe Rainha e do Terço dos Homens”, explica Vera Lúcia, coordenadorado Apostolado da Mãe Rainha. (Pascom)

Notícias dogrupo deteatroGlori’Art

Assembleia Pastoral 2010acontece em novembro

O grupo de teatro Glori’Art, de nossa

Paróquia, participou no dia 17 de setem-

bro do 1º Fórum do Movimento Teatro do

Oprimido do Ceará, no teatro José de

Alencar. O Fórum tem a função principal

de fazer refletir sobre problemas reais e

buscar soluções, pois o público tem a

chance de interferir no espetáculo e subir

ao palco, mudando cenas. Para o grupo,

a experiência foi bastante enriquecedora.

No dia 7 de outubro, o Glori’Art apresentou a peça “A Procissão”, duran-

te os festejos da Capela Nossa Senhora Aparecida, em honra de sua Padroei-

ra. A mesma esquete foi apresentada em nossa comunidade, também por

ocasião da Festa da Padroeira, em agosto deste ano.

Já no dia 9 de outubro, a partir das 15h, no salão paroquial, o grupo

apresenta a esquete “Macarrão com Chocolate”, dentro da comemoração do

Dia das Crianças promovido pela Pastoral da Catequese.

MESC: formação em outubroDe 19 a 23 de outubro, os ministros extraordinários da Sagrada Comu-

nhão (MESC) participarão de uma formação coordenada por Pe. Antônio RuiBarbosa de Moraes. Padre da ordem sacramentina e pároco da SantíssimaTrindade (José Walter), Pe. Rui é coordenador dos MESC da Região EpiscopalMetropolitana 4 (REM 4). “A formação é anual e funciona como uma reciclagem”,explica a coordenadora do MESC na Paróquia, Ieda Pereira. “A cada anofazemos uma nova investidura, renovando nosso compromisso de servir”, com-pleta. Já o retiro do grupo está agendado para o dia 27 de novembro, das 8hàs 17h, no sítio do Colégio Santo Inácio, no Parque Manibura. Atualmente, 50ministros extraordinários da Sagrada Comunhão atuam na Paróquia da Glória,além de três ministros da Palavra. (Pascom)

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Setembro-Outubro/20106

Prioridade Juventude

um fato histórico em nossa paróquia. Mas Deus é tãobom e misericordioso que nos deu outro objetivo: emunião com a Pastoral da Crisma realizamos a recepçãodas novas turmas de crisma, o que foi um sucesso. Mui-tos jovens que nunca tinham participado de um eventocomo o que aconteceu ficaram surpreendidos e moti-vados em ir até o fim de sua formação.

Assim, os projetos foram crescendo e mais res-ponsabilidades foram sendo adquiridas, onde conse-guimos formar em menos de seis meses um núcleojovem na Pastoral do Acolhimento. Já estamos for-mando também um núcleo jovem na Pastoral da Co-municação, Pastoral do Dízimo e na Oficina de Ora-ção e Vida. Mais projetos estão por vir, a exemplo do2º Encontrão da Juventude, que será realizado noParque Del Sol no dia 16 de outubro, a partir das17h, também com o objetivo de engajar mais jovensem nossa paróquia.

Em assembléia geral, com outros integrantes daPJ Brasil, a denominação “PASTORAL DA JUVEN-TUDE” foi mudada para “PRIORIDADE JUVENTU-DE”. Assim, levamos em nossas camisas o novo nome,com a missão divulgar a boa nova.

Acreditamos que tudo o que esta acontecendo épor providência de Deus e, dessa forma, estamos con-seguindo evangelizar a juventude. Com a ajuda e for-ça de Deus estamos colocando em prática todos osseus projetos. Juntos, vamos seguir com fé, colocandoem prática um dos propósitos de Deus em nossas vi-das, que é “EVANGELIZAR”.

Na mudança da nova gestão de nossa Paróquia,com o nosso pároco, Pe. Francisco, junto com aArquidiocese de Fortaleza, juntos perceberam a ne-cessidade de retomar os trabalhos com a Pastoral daJuventude (PJ) dentro de nossa Paróquia. Pe. Francis-co se reuniu com alguns jovens e propôs o desafio aosmesmos. Com isso, foram convidados jovens que teri-am garra, disponibilidade e, principalmente, o carismapara pôr em prática os projetos da Pastoral da Juven-tude. O Plano de Pastoral da Arquidiocese de Fortale-za 2007-2010 assumiu, como prioridade de trabalho,a “Formação, Missão, Família e Juventude; assim, foicolocado como prioridade o engajamento e formaçãodos jovens de nossa Paróquia.

Dessa forma, jovens engajados iniciaram reuni-ões de planejamento com o intuito de formar um gru-po que uniria todas as representações dos grupos ju-venis existentes na paróquia: EJC, Bene, Missão,ENFIN, Crisma, Corações em Deus, de modo a somarforças em um único objetivo: engajar os jovens na Igre-ja, para dar continuidade à sua evangelização, tendoem vista principalmente os crismados 2010 e os jo-vens que não sabiam da existência de grupos na igre-ja da Glória.

O pontapé inicial deu ao 1º Encontrão da Juven-tude realizado no dia de junho, o qual tinha como obje-tivo apresentar aos jovens os principais movimentospastorais existentes na Paróquia Nossa Senhora da Gló-ria. Nesse encontro contamos com a presença de maisou mesmo 300 jovens, o que nos surpreendeu devido a

JUVENTUDE

Em busca do engajamento e formação dos jovens de nossa Paróquia

> No dia 31 de julho, o grupo Missão fez sua primeira visita ao Lar Torres de Melo, como principalobjetivo de suas atividades.> A Obra Bene realizou mais um Seminário de Vida do Espírito Santo nos dias 20, 21 e 22 de agosto,no qual mais de 100 cristãos tiveram a oportunidade de conhecer e fortalecer sua fé em Deus.> O EJC realizou nos dias 27, 28 e 29 de agosto o I EJC da Paróquia São Diogo, no qual 90 jovens,aproximadamente, tiveram a oportunidade de vivenciar o encontro. O mesmo foi apradinhado peloEJC da Paróquia N. Sa. da Glória, em que jovens desta paróquia doaram o seu serviço com bastantealegria, sendo um final de semana cheio de graças.> A crisma deu início à nova turma de crismandos com um encontrão realizado no dia 05 de setembro,em que foram reunidos mais de 300 jovens no salão paroquial.A

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No aniversário de Pe. Xico,o carinho da comunidade

PARABÉNS!

28 de setembro foi um dia es-pecial para o nosso pároco, Pe.Francisco de Assis Filho. Desdecedo foram muitas as surpresas,para lembrá-lo o quanto a sua vidaé especial para Deus e para a nos-sa comunidade. Após a missa das6h30min da manhã, um café-da-manhã o esperava para comemo-rar o seu aniversário. Ao meio-dia,o almoço com os funcionários daParóquia proporcionou um ricomomento de alegria e partilha. Ena missa das 18h30min, a homiliade Pe. Josieldo disse tudo: “A vidaé dom de Deus e hoje celebramosa vida do Pe. Francisco. Uma vidadoada, entregue ao reino deDeus”, destacou.

“Olhando para a vida do nos-so pároco – eu estou há quase três anos convivendocom ele – vejo o quanto nós temos crescido no amor,na amizade, na fraternidade. Quando a gente começaa conviver percebe as virtudes, as qualidades: Pe. Fran-cisco é um homem da oração, do silencio, da refle-xão, da prudência; homem que nos ensina o caminhoda humildade, da simplicidade, do despojamento. Pe.Francisco, continue sendo essa pessoa que o senhor é;a sua vida é exemplo para cada um de nós”, disse Pe.Josieldo.

Pe. Francisco agradeceu as palavras do vigá-rio, Pe. Josieldo, dizendo que ele “não era tudo aqui-lo, não”. “Eu vou fazer 22 anos de padre e ele vaifazer três anos. Eu é que estou aprendendo comele. Como nós temos crescido no nosso relaciona-mento sacerdotal, no respeito mútuo... Nós senta-mos, partilhamos a caminhada da Paróquia, che-gando a um denominador comum. Isso tem me feitocrescer muito na fé. De coração, agradeço ao Pe.Josieldo”, disse Pe. Francisco.

Nosso pároco também testemunhou a sua fé emDeus. “Em determinadas situações da minha vida, emque estou meio perdido, eu vou diante do Santíssimo

Deus nos ama imensamente. E tem gente que consagra a vida para mostrar aos irmãos esse grandeamor. Um exemplo é o sacerdote, que nos ajuda a alimentar a fé, a acreditar na esperança, a esperar nafraternidade. No sacramento da Ordem enxergamos a grande dedicação de Deus a nós, através destesirmãos que se lançam a serviço.

Em novembro, nossos pastores completam mais um ano de caminhada. O vigário paroquial, Pe.Josieldo Nascimento, completa três anos de ordenação no dia 9 de novembro; já o nosso pároco, Pe.Francisco de Assis, completa 22 anos de serviço no dia 18. Ambas as datas serão comemoradas na celebra-ção comunitária das 18h30min, com muita alegria.

Toda a comunidade da Glória é grata pelo esforço, dedicação e carinho destes sacerdotes. Que NossoSenhor Jesus Cristo conserve a sua saúde, paciência e perseverança, e que Nossa Senhora continuecobrindo-os com seu Sagrado Manto. (Pascom)

e pergunto: o que queres de mim? Que resposta tensdiante desses acontecimentos? O projeto não é meu;é teu. Envia uma luz. E ele nunca me deixou sem res-posta. Não foi nas coisas fantásticas, grandes, fabulo-sas... é nas pequenas coisas que Ele vai se manifes-tando a cada um de nós. Eu sinto Deus claramentefalando para mim: o projeto é meu, seja instrumen-to”, afirmou.

“A vinda de vocês aqui é o maior presente deDeus, é uma resposta concreta. Por isso eu continuodizendo: vale a pena ser padre. Eu louvo e agradeçoa Deus. Um beijo no coração de cada um”, concluiuPe. Francisco.

Parabéns! – Após a missa da noite, um vídeo foiapresentado no salão paroquial com depoimentos demembros das várias pastorais, movimentos e serviçosda Paróquia. Depois, um grande bolo para cantar osparabéns. “Estas surpresas eu vou guardar com muitocarinho. Todo esse amor que vocês tem pelo Pe. Xicome fortalece na caminhada de padre. Esse é o maiorpresente de Deus que eu recebo durante os meus 53anos de vida”. (Pascom)

Em novembro, aniversário de ordenaçãode nossos pastores

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Setembro-Outubro/20108

PASTORAIS

No Gênesis se diz que o ser humano foi criado à imagem esemelhança de Deus (Gn 1,27). Para nós, cristãos, isso significa quecada pessoa humana, homem e mulher, revela traços da SantíssimaTrindade, que é o único Deus verdadeiramente existente.

Partindo desse pressuposto, o Encontro de Casais com Cristo (ECC)dá continuidade à sua missão de despertar e evangelizar outros casais,com o objetivo de integrá-los na família e na comunidade, levando-os aassumir uma posição ativa e de co-responsabilidade, dando-lhes motiva-ção, perspectivas ou meios para superar eventuais problemas familia-res, sociais e religiosos, comuns à família.

Assim, o ECC realizou, nos dias 24, 25 e 26 de setembro de 2010,o seu XXX Encontro de Casais com Cristo da Paróquia Nossa Senhorada Glória, com o tema “Família, Santuário de Vida”. Esse marco de 30encontros de casais nos faz acreditar cada vez mais que a missão deevangelizar é possível.

Permita Deus que o serviço do ECC continue sua caminhada comoescola de formação, levando seus casais a atuarem como agentes depastoral, engajados e capazes de modificar e melhorar a atuação denossa Igreja.

Railson e Cristina (coordenadores doXXX Encontro de Casais com Cristo)

DEPOIMENTO: O ECC é um serviço voltado à comunidade, por isso é muito importante para acaminhada das famílias. Quando o casal faz esse encontro pessoal com Jesus Cristo – que se realiza em trêsetapas – é convidado a se engajar na comunidade, nas pastorais, movimentos e serviços. No XXX ECC nóstivemos 44 casais fazendo o encontro, no qual eu ministrei uma palestra sobre reconciliação. Na ocasião,percebi que muitos casais já estão engajados na comunidade e isso é muito gratificante. Pe. Francisco deAssis Filho, pároco

30 anos de Encontro de Casais com Cristo

Primeira Eucaristia:festa da família

No dia 27 de novembro, a partirdas 8h, cerca de 120 crianças da co-munidade receberão a Primeira Euca-ristia na Paróquia da Glória. Além deser um encontro íntimo da criança como Pai do Céu, e uma ligação mais ativacom a Igreja, a Primeira Comunhão éainda uma festa da família. Certamen-te, ao longo da vida de cada um deles,a Eucaristia irá gerar muitos frutos dealegria, de esperança, de amor, de san-tidade e de paz.

Curso: Membros da Pastoral daCatequese iniciaram, em 18 de agos-to, curso da Escola de PastoralCatequética (ESPAC) voltado acatequistas. Muitos já haviam feito umcurso semelhante há alguns anos, masdesejavam renovar-se. “Eu mesma jáfiz e estou fazendo de novo. A gentevai se reciclando e avançando em nossa maneira deevangelizar”, disse a coordenadora da Catequese,Nedilma Magalhães. O curso prossegue até o dia 2de março de 2011 e quem estiver interessado aindapode participar, ao custo de R$ 30,00 mensais. Eleacontece na Paróquia da Glória todas as quartas-fei-ras, das 18h30min às 21h30min.

Festa das Crianças: No dia 9 de outubro, apartir das 15h, no salão paroquial, a Pastoral daCatequese promove a comemoração alusiva ao Diadas Crianças. Haverá apresentação do grupo de Tea-tro Glori’Art, com a esquete “Macarrão com Chocola-te”, e lanche para a criançada.

Fonte: Pascom, com informaçõesda Pastoral da Catequese

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Setembro-Outubro/2010 9

Milagre de meu padrinho,São Francisco de Assis

TESTEMUNHO

São Francisco é meu padrinho. Desde criança,

minha mãe contava que eu nasci com muita secreção

na garganta. Vim ao mundo pelas mãos de uma par-

teira, lá no sertão, então não havia aqueles sugadores

de hospital. Passei muito tempo sem respirar e pode-

ria ter tido um sério problema neurológico. Mas a

minha mãezinha, me vendo muito doente, pediu a São

Francisco para me salvar, prometendo que ele seria o

meu padrinho. Então eu “escapei” da morte. Eu já

sabia dessa história, mas ela ficava guardada, meio

esquecida.

Em 1995, eu estava passando uma série de pro-

blemas e não andava bem de saúde. Tive taquicardia,

mal conseguia subir uma escada. Nessa época, eu já

fumava há 25 anos. Em alguns momentos, era me-

nos, mas houve época em que fumava uma carteira

de cigarros por dia. Algumas vezes eu tentei deixar o

vício, mas era difícil, e acabava retornando.

Neste dia, saí cansada do hospital em que traba-

lho e passei em frente à igreja de Messejana. Foi quan-

do li uma faixa: “Novenário de São Francisco”. Já era

noite. Parei o carro e entrei na igreja, mas nem assisti

à missa, nem fiquei para a novena. Não era uma pes-

soa de muita fé. Ia à missa, mas não havia vivenciado

uma experiência concreta com Deus. Entrei, fiz o nome

do Pai, e disse: “Ah, meu São Francisco, você é meu

padrinho de batismo... Seria tão bom se eu deixasse

de fumar... Se eu não parar, eu não vou viver muito,

não vou nem ver minhas filhas crescerem”. E fui em-

bora pra casa.

No sábado, a faxineira começou a trabalhar e eu

fiquei no quarto, organizando algumas coisas. Quan-

do abri a bolsa, lá estava meia carteira de cigarros e

um isqueiro. Foi quando lembrei: “Meu Deus, eu fu-

mava!” Lembrei também que havia passado na Igreja

e corri para olhar no calendário. Tinha sido na terça-

feira. Ou seja, eu estava há quatro dias sem fumar.

Foi como se eu tivesse ficado quatro dias inconsciente,

“em coma”, e só acordado no sábado. Mas não, eu

continuei trabalhando, fazendo as mesmas coisas,

vivenciando os mesmos problemas; mas do cigarro,

me esqueci completamente. E quando vi aquele maço

de cigarros, não senti nenhuma vontade de voltar fu-

mar. Foi um milagre imediato.

São Francisco apagou o cigarro da minha vida e

da minha memória. Depois, quando fui trabalhar no

programa anti-tabagismo do hospital, vi o sofrimento

Quer dar o seu testemunho? Deixe seu contatona secretaria da Paróquia, para a Pastoral da

Comunicação, ou contate-nos através do

correio [email protected]

REGISTROS

Durante todo o mês de Setembro, dedicado

à Bíblia, as celebrações do final de semana fo-

ram precedidas por uma procissão de paroquia-

nos levando cartazes que destacavam os livros

da Bíblia. A cada final de semana, mais livros so-

mavam-se à procissão, até que, no último, todos

adentraram a Igreja.

No período de 6 a 14 de agosto, a comuni-

dade da Glória celebrou e festejou sua padroei-

ra, Nossa Senhora da Glória. O tema da festa foi

“Maria, ensina-nos a anunciar o Cristo para o

mundo”. Para ver as fotos de cada dia, acesse:

http://www.flickr.com/photos/paroquiadagloria

A Paróquia realizou, nas quartas-feiras do

mês de setembro, o 8º módulo da Formação Bí-

blica, centrada no livro de Jonas, o profeta missi-

onário. Ao estudar o livro de Jonas, percebemos

que fora escrito com o propósito de lembrar o

alto valor da pregação missionária..

Mês da Bíblia

Festa da Padroeira

Curso Bíblico

das pessoas para largar o vício, usando medicamen-

tos à base de nicotina. Sabemos que a nicotina per-

manece por muito tempo no organismo, mas no meu

caso não passei nem por crise de abstinência.

A partir de então, a minha fé se fortaleceu. Ago-

ra sei que Deus está aqui, no meio de nós, operando

milagres. Hoje sou uma pessoa de muita fé e conheço

outros milagres de São Francisco. Meu padrinho me

salvou ao nascer e me deu a oportunidade de continu-

ar viva, livrando-me de um vício de 25 anos. Anual-

mente, no mês de outubro, participo do novenário e

dos festejos em sua honra, e já fui a Canindé por três

vezes. Até o último dia de minha vida, quero me lem-

brar desse milagre.

Fátima Guabiraba é psicóloga e paroquiana;

frequenta também o Seminário Seráfico,

em Messejana

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Setembro-Outubro/201010

Resultado do sorteio: “Questões deFé”, de Pe. Odair Eustáquio

PASSATEMPO

Na última edição d’O Mensageiro, a Pastoralda Comunicação (Pascom) sorteou o livro “Ques-tões de Fé - Valores éticos e religiosos paraa vida”, de autoria do Pe. Odair Eustáquio.

A ganhadora do prêmio foi Sandra Menezes,do Lago Jacarey. Ao responder à pergunta “O quea fé significa para você?”, Sandra explicou: “A Fépara mim, é a confiabilidade de coisas que se espe-ram, a convicção de fatos que não se vêem. É a es-perança certa, a convicção embasada no sentir alémda razão”. Parabéns para a nossa ganhadora! O li-

vro se encontra na secretaria da Paróquia, bastandoapresentar um documento de identificação.

Próximo sorteio: Através do correio d’O Men-sageiro ([email protected]), res-ponda à pergunta: “Quais os desafios ao missionáriode hoje?”. Você também pode deixar a resposta emum envelope na secretaria da Paróquia, endereçadoà Pastoral da Comunicação, até o dia 14 de novem-bro. Com isso, estará concorrendo ao sorteio do livro“Você é Igreja”, de autoria de Dom Walter Ivan deAzevedo. Participe!

Missão de evangelizar:urgência das urgências

ENTREVISTA

Outubro é mês dedicado às missões. Paraaprofundar o tema, conversamos com a Irmã NoraTavares, religiosa consagrada que se dedica à Paró-quia Nossa Senhora da Glória. Ela, que é missionáriado Sagrado Coração de Jesus, ajuda-nos a compre-ender um pouco mais sobre o sentido e a importân-cia da missão.

Mensageiro – Qual a importância da missãoevangelizadora no mundo de hoje?Irmã Nora – Na revelação bíblica, a missão estáintimamente relacionada à história da salvação, aodesejo de Deus de que “todos os homens sejamsalvos e cheguem ao conhecimento da verdade"(1Tm 2,4). Por isso a missão está ligada ao envio:"Ide, fazei discípulos meus todos os povos, batizan-do-os em nome do Pai, e do Filho, e do EspíritoSanto, ensinando-os a observar tudo quanto vosmandei" (Mt 28,19-20). Evangelizar, como dissePaulo VI, é vocação e missão da Igreja. Sem esseserviço, a Igreja não passaria de um "clube" qual-quer, mas nunca a Igreja de Jesus. Não é suficien-te perceber a necessidade da missão, mas é fun-damental tomar consciência de que toda a Igreja –e nela cada batizado ou batizada – é o sujeito damissão. Fica, pois, muito claro que toda a Igreja épor sua natureza missionária. Os cristãos não po-dem permanecer passivos, reduzindo, muitas ve-zes, sua pertença eclesial a momentos rituais. Nes-te mundo atual tão carente de valores e referênci-as, “a missão de evangelizar aparece como a ur-gência das urgências, como ação eminentementeprofética no anúncio de uma Boa Nova portadorade esperança...” (CNBB nº 80: Evangelização emissão Profética da Igreja).

Como o cristão deve preparar-se para sermissionário?A essencial preparação é tornar-se discípulo do Mes-tre, através da intimidade com Ele e do conheci-mento de sua Palavra, que é nosso alimento e luz; éestudar e conhecer os documentos da Igreja que,como mãe, orienta na caminhada. A idéia não ésimplesmente partir para a missão, mas tornar-seum missionário e servir a vida inteira de todo o co-ração, com empoderamento, mente e força. Podeacontecer de alguém partir para a missão e não setornar um missionário, mas não é isso o que o Se-nhor quer ou o que a Igreja precisa. A questão es-sencial é ser um missionário e servir à vida. Acimade tudo, importa preparar-se para servir e tornar-se discípulo-missionário bem antes de ir para a mis-são. Eis porque nos são oferecidas oportunidadespara essa formação.

Como está o andamento da missão na Paró-quia da Glória?Temos a missão já antiga e muito significativa doMESC, que visita os doentes, e das Legionárias deMaria, que também atendem aos apelos missionári-os de seu grupo. A Promoção Humana vem há anosevangelizando seus assistidos nas terças-feiras e últi-mas quintas-feiras do mês, quando recebem as ces-tas básicas. A Pastoral da Criança vem aprofundandotambém o acompanhamento às suas mães. Estamosrealizando uma experiência missionária em uma denossas periferias desde abril, naquele espaço que cha-mamos Alagadiço Novo (vizinho à Washington Soa-res, entre a saída para Lagoa Redonda e o Mercan-til São Luiz), onde as famílias, com suas crianças, sereúnem semanalmente em oração com a Palavra deDeus e o terço Mariano, além de outros encontrosque vêm dando consistência na organização da vidacomunitária. Há alguns anos acontecem as celebra-ções Eucarísticas dominicais no Lago Jacarey e a par-t ir desse ano no Parque Del Sol, a lém daevangelização que vem acontecendo no Parque Ira-cema com o apoio dos Capuchinhos da Área Pasto-ral de Messejana. No ano passado tivemos na Paró-quia oito módulos de estudo sobre o Documento deAparecida, que faz um apelo desafiante aodiscipulado missionário. Algumas pessoas começa-ram e foram até o fim, outras não puderam ou nãopriorizaram tal estudo, o certo é que neste ano estãoacontecendo encontros chamados de “PráticaMissionária”, onde está sendo montado um ProjetoMissionário sob a orientação de uma equipe. O pró-ximo encontro acontecerá no dia 27 de outubro, umaquarta-feira, às 19h30min, na sala 15 da Paróquia.

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PALAVRA DE VIDA

Projeto Vitalidade resgataauto-estima dos idosos

Em clima de brincadeira, ao somde música ao vivo, as idosas atendi-das pelo Projeto Vitalidade comemo-raram o Dia do Idoso em 19 de se-tembro, no consultório da Dra. GessiBraga. Sorteios, dinâmicas e um far-to almoço completaram a programa-ção. O projeto Vitalidade, mantidopela Promoção Social da Paróquia daGlória há seis anos, tem como objeti-vo orientar as idosas com palestraseducativas e contribuir para a eleva-ção de sua auto-estima.

A Promoção Social atua na Pa-róquia há 25 anos e se reúne às se-gundas-feiras. Já o trabalho com asidosas é realizado a cada 15 dias,como explica Marideuza Caminha:“A intenção é melhorar a qualidadede vida dessas idosas. São pessoas solitárias, ca-rentes de informações, de afetividade. Levamos pa-lestras sócio-educativas, com psicólogos e profissio-nais da área de saúde, e também aulas de culiná-ria, artesanato, reciclagem. Com isso, atingimos maisum objetivo: dar condições para que tenham umarenda extra”, afirmou.

ão 34 as idosas atendidas pelo Projeto – a maio-ria do Conjunto Alvorada e Alecrim. O grupo é for-mado 100% por mulheres: homens não se interessa-ram. A participação, segundo Marideuza, é boa: sem-pre de 70%, não mais por causa da idade. Há sem-pre a comemoração das principais festas. E quandotodos se reúnem, não pode faltar o momento oração.

Promover e reintegrar as idosas é missãoabraçada pelos que fazem o Projeto. “Elas envelhe-

PROMOÇÃO SOCIAL

cem, se acomodam, ficam dentro de casa. Com oprojeto Vitalidade a gente mostra um mundo dife-rente pra elas e percebemos grandes melhoras naqualidade de vida, de saúde e de sociabilidade”, ava-lia Marideuza. Para ela, ninguém pode cruzar os bra-ços diante das necessidades dos irmãos. “Se cada umfizer a sua parte, nós vamos atingir o nosso objetivode cristão. Se todo mundo fizer um pouquinho, omundo será melhor”, apontou.

Dra. Gessi Braga, que também compõe a equi-pe da Promoção Social, resgata um pouco dos dra-mas familiares vividos pelas idosas. “Elas convivemcom familiares difíceis. Se você escutar a históriade cada uma, vai ver que na família há muitos pro-b lemas com álcool , drogas, prost i tu ição esuperlotação no domicílio, que consome toda a ren-

da delas”, explica. Oobjetivo é fazer com queelas se gostem, seamem, para cresceremna vida e conviveremmelhor com seus fami-liares e com a comuni-dade. Ela reforça os re-sultados do Projeto:“Nós iniciamos o traba-lho com idosas tristes,desarrumadas, com aauto-estima em baixa, ecom essa caminhada vi-mos que, ao invés deterem envelhecidomais, elas rejuvenesce-ram”, comemora.

Fonte: Pascom

“Amarás teu próximo como a timesmo” (Mt 22,39)

Essa frase consta também no Antigo Testamento(Lv 19,18). Para responder a uma pergunta capcio-sa, Jesus se insere na grande tradição profética erabínica que indagava sobre o princípio unificador daTorá, ou seja, sobre o ensinamento de Deus contidona Bíblia. Um contemporâneo de Jesus, Rabbi Hillel,tinha dito: “Não faça com seu próximo aquilo quedetestaria fosse feito a você, nisto se resume toda alei. O resto é apenas interpretação” (Shabbat 31a).

Para os mestres do judaísmo, o amor ao próxi-mo provém do amor a Deus, que criou o homem àsua imagem e semelhança – por essa razão, não sepode amar a Deus sem amar a sua criatura; esse éo verdadeiro motivo do amor ao próximo e é “umprincípio grande e geral na lei” (Rabbi Akiba, co-mentários rabínicos a Lv 19,18).

Jesus reforça esse princípio e acrescenta que omandamento de amar o próximo é semelhante aoprimeiro e maior de todos os mandamentos: amara Deus com todo o coração, com toda a mente ecom toda a alma. Ao afirmar que existe uma rela-ção de semelhança entre os dois mandamentos, Je-sus os une definitivamente. Isso será feito tambémpor toda a tradição cristã. É o que confirma o após-tolo João de modo lapidar: “Quem não ama seuirmão, a quem vê, não poderá amar a Deus, a quemnão vê” (1Jo 4,20).

Todo ser humano é – o Evangelho inteiro afirmaisso claramente – nosso "próximo", homem ou mu-lher, amigo ou inimigo, a quem se deve respeito, con-sideração, apreço. O amor ao próximo é universal epessoal ao mesmo tempo. Abraça toda a humanida-de e se especifica “naquele que está ao seu lado”.

Mas, quem pode nos dar um coração tão gran-de, quem pode suscitar em nós uma benevolênciatão grande a ponto de considerarmos como nossos“próximos” inclusive as pessoas com quem não te-mos nada a ver, de nos fazer superar o amor-pró-prio, para vermos a nós mesmos nos outros? É umdom de Deus, ou melhor, é o próprio amor de Deusque “foi derramado em nossos corações pelo Espíri-to Santo que nos foi dado” (Rm 5,5).

Logo, não se trata de um amor comum, não é sim-ples amizade nem apenas filantropia, mas é aqueleamor que foi derramado em nossos corações já nobatismo, aquele amor que é a vida do próprio Deus,da Santíssima Trindade, e do qual podemos participar.

O amor, portanto, é tudo. Mas para podermosvivê-lo bem, é necessário conhecer as suas qualida-des, que sobressaem do Evangelho e da SagradaEscritura em geral, e que vamos tentar sintetizar emalguns aspectos fundamentais.

Antes de tudo, Jesus, que morreu por todos, aman-do a todos, nos ensina que o verdadeiro amor deveser dirigido a todos. Não é como o amor que muitasvezes vivemos, meramente humano, que tem um raiode alcance restrito: a família, os amigos, os vizinhos…O amor verdadeiro que Jesus pede não admite discri-minações; não faz distinção entre a pessoa simpáticae antipática; para esse amor não existe o bonito e ofeio, o adulto e a criança, o conterrâneo e o estran-geiro, o irmão da própria Igreja ou de outra, da pró-pria religião ou de outra. Esse amor ama a todos. Éisso que devemos fazer: amar a todos.

E ainda, o amor verdadeiro toma a iniciativa; nãoespera ser amado, como em geral acontece com oamor humano, que nos leva a amar aqueles que nosamam. Não, o amor verdadeiro toma a iniciativa,como fez o Pai quando, sendo nós ainda pecadores– e, portanto, quando ainda não amávamos –, man-dou o Filho para nos salvar. Sendo assim, amar atodos e tomar a iniciativa no amor.

O amor verdadeiro reconhece também a presen-ça de Jesus em cada próximo. No juízo final, Jesusnos dirá: “Foi a mim que o fizestes” (cf Mt 25,40). Issovale para o bem que fazemos e, infelizmente, tam-bém para o mal. O amor verdadeiro ama o amigo,mas também o inimigo; faz-lhe o bem, reza por ele.

Jesus deseja também que o amor, trazido porEle à terra, se torne recíproco: que um ame o outroe vice-versa, de modo que se alcance a unidade (...)

O amor vai nos sugerir, em cada circunstância, oque fazer e, aos poucos, dilatará o nosso coraçãosegundo a medida do coração de Jesus.

Chiara Lubich (Esta Palavra de Vida foi

publicada originalmente em outubro de 1999)

Grupo dança ao som do forró pé-de-serra, esbanjando animação

Equipe da Promoção Social da Paróquia N. Sa. da Glória

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Setembro-Outubro/201012

A VA VA VA VA V O Z D O PO Z D O PO Z D O PO Z D O PO Z D O P AAAAA S T O RS T O RS T O RS T O RS T O R

Sentido da vida germina nafamília, explica papa

PPPPP A R A R E F L E T I RA R A R E F L E T I RA R A R E F L E T I RA R A R E F L E T I RA R A R E F L E T I R

O sentido da vida germina na família, segundo ex-plicou Bento XVI na tarde do domingo, 3 de outubro,aos milhares de jovens que participaram do último en-contro de sua visita dominical à Sicília, na PraçaPoliteama de Palermo.

O encontro, no qual estiveram presentes 6 mil es-coteiros, fechou com chave de ouro o evento eclesialregional das famílias e dos jovens da Sicília, motivo cen-tral da 21ª viagem apostólica deste pontificado dentroda Itália.

O Bispo de Roma apresentou o testemunho de Chi-ara Badano, jovem falecida aos 19 anos por uma doen-ça incurável (1971-1990), beatificada no último dia 25de setembro, no santuário do Divino Amor de Roma.

"Dezenove anos plenos de vida no amor e na luz,uma luz que irradiava ao seu redor e vinha de dentro:do seu coração repleto de Deus", afirmou.

Perguntando-se como uma jovem de apenas 17ou 18 anos, humanamente sem esperança, poderiadifundir tanto amor, serenidade e paz, o Papa afirmouque era evidente que se tratava de uma graça de Deuspreparada e acompanhada pela colaboração humana,dos seus pais e amigos.

Ao destacar que esta luz, que provém da fé e doamor, foi acesa em primeiro lugar pelos pais da jovembeata, Bento XVI sublinhou que esta é a mensagem que ele trazia para as famílias: "A família é funda-mental, porque é nela que germina na alma humana a primeira percepção do sentido da vida".

"Floresce na relação com a mãe e com o pai, que não são donos da vida dos filhos, mas os primeiroscolaboradores de Deus na transmissão da vida e da fé", acrescentou.

E exortou os jovens: "Não tenham medo de contra-arrestar o mal. Juntos, sereis como um bosqueque cresce, talvez silencioso, mas capaz de dar frutos, de transmitir vida e de renovar de maneira profun-da a vossa terra". (Fonte: www.zenit.org)

Papa quer converter o trabalho e as festas - Bento XVI considera que as famílias estão a serdestruídas com as atuais noções de trabalho e de festa e por isso quer recristianizá-las com o envolvimentode todas as paróquias e dioceses da Igreja. A posição do Papa foi revelada na carta que dirigiu aopresidente do Conselho Pontifício para a Família, cardeal Ennio Antonelli, no âmbito da preparação parao 7.º Encontro Mundial das Famílias. A iniciativa, que se realiza entre 30 de Maio e 3 de Junho de 2012na cidade italiana de Milão, vai ser dedicada ao tema “A família: o trabalho e a festa”.

Segundo Bento XVI, “a organização do trabalho, pensada e realizada em função da concorrência domercado e do lucro máximo, e a contextualização da festa como ocasião de evasão e de consumo,contribuem para desagregar a família e a comunidade e difundir um estilo de vida individual”.

O documento divulgado no dia 24 de setembro pela Sala de Imprensa da Santa Sé sublinha que épreciso conciliar as exigências do trabalho e da família, além de recuperar o sentido verdadeiro da festa,especialmente no que diz respeito ao Domingo, dia dedicado a Deus, ao “homem”, à “família”, à “comu-nidade” e à “solidariedade”. “O trabalho e a festa – salienta – estão intimamente ligadas à vida dasfamílias” e têm consequências nas suas relações com a sociedade e a Igreja. (Fonte: Agência Ecclesia)

O martírio daalma de Maria

Ao meditarmos a crucificação dolorosa de

Jesus, nem conseguimos avaliar a verdadeira

dimensão das dores sofridas na carne do Se-

nhor provenientes da crueldade praticada pela

humanidade!

Essa mesma humanidade pela qual o

Cristo aceitou morrer com morte de cruz

para salvar é a mesma que o abandonou à

própria sorte.

Quanta ingratidão por aquele que só veio

para falar de justiça, de perdão, de amor e

de paz.

E como foi doloroso para Maria Santíssima,

que esteve aos pés da cruz presenciando todo

o sofrimento do seu Filho amado sem poder

fazer nada para protegê-lo.

Seu silêncio falou mais alto e suas lágri-

mas de compaixão com certeza consolaram

seu Filho e o fortaleceram em seus momentos

de agonia.

Para Maria, a profecia de Simeão se con-

cretizou, quando lhe disse um dia que sua alma

seria transpassada por uma espada.

Realmente, enquanto Jesus sofreu o martí-

rio da carne, Maria sofreu o martírio da alma,

pois qual mãe não daria a sua vida para sal-

var a do filho e lhe aliviar as dores...

E fazendo um paralelo com os dias de

hoje, onde a violência vem dizimando um

número assustador de jovens, podemos

acompanhar pela mídia muitas mães que

estão vivenciando esse mesmo martírio da

alma suportado por Maria.

Portanto, peçamos a nossa mãe que venha

consolar o coração de tantas mães cujos filhos

têm sido assassinados e que a misericórdia de

Jesus seja derramada sobre elas.

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