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Índice

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Índice

1. Apresentação 004

2. Estudos Hidrológicos 009

3. Elementos Geotécnicos / Geológicos 035

4. Ficha de Inspeção Cadastral Expedito 057

5. Documentação Fotográfica 073

6. Diagnóstico e Recomendações 081

7. Projeto de Terraplenagem 087 8. Projeto de Pavimentação 095

9. Soluções Propostas e Memória de Cálculo 102 10. Meio Ambiente 124

11. Obras Complementares 176

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1. Apresentação

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TECNOPLAN - Projetos e Consultoria Ltda., empresa de consultoria, sediada à Rua Arlindo Gouveia nº 39, conj. 120/130, Madalena - Recife/PE, , Fone/Fax: (0xx81) 3227.6277/3446.6476, e-mail: [email protected], inscrita no CNPJ do M.F. sob o nº 00.550.439/0001-98, apresenta ao Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes - DNIT, através da Superintendência Regional no Estado de Pernambuco, o Volume 3 – Memória Justificativa, referente ao Projeto Executivo de Engenharia para Recuperação, Reforço e Reabilitação dos Pontos sobre o Riacho Pontal I e II abaixo descriminados:

Rodovia : BR-122/PE Trecho :Divisa.CE/PE-Entr.BR-235/407/423/428(B)(Divisa:PE/BA)

(Petrolina/Juazeiro) Subtrecho :Entr.BR-428(A)(Lagoa Grande) - Entr.BR-235/407/423/428

(B) (Divisa:PE/BA)(Petrolina/Juazeiro) Segmento : km 256,50 e km 256,65 Código do PNV : 122BPE0370 Os elementos que caracterizam o contrato assinado entre a Consultora e o DNIT

são: Nº do Edital ................................................................... : C/C Nº 725/2008 Data da Licitação .......................................................... : 22/12/2008 Data da Assinatura do Contrato .................................... : 28/07/2009 Data da Publicação no D.O.U. ...................................... : 31/07/2009 Ordem de Serviço ......................................................... : 03/08/2009 Nº do Contrato .............................................................. : SR/PE-014/2009 Processo Administrativo ................................................ : 50.604.004.361/07-89

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1.2 Volumes Componentes do Relatório

O Projeto de Engenharia é apresentado nos Volumes discriminados a seguir:

- Volume 1 – Relatório do Projeto - Volume 2 – Projeto de Execução - Volume 3 – Memória Justificativa - Volume 3B – Memória de Cálculo das Estruturas - Volume 4 – Orçamento e Plano de Execução

• Volume 1 – Relatório do Projeto

Contém uma síntese das metodologias adotadas nos estudos e projetos componentes do Relatório, as quantidades e as especificações dos serviços. É apresentado em tamanho A4.

• Volume 2 – Projeto de Execução

Contêm as plantas, desenhos tipos, seções transversais e quadro com as

relações dos serviços necessários a execução da obra. E apresentado em tamanho A3.

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• Volume 3 – Memória Justificativa

Contém todas as metodologias que possibilitam a definição das soluções a serem adotadas para os diversos itens de serviços. Apresenta, também, todos os estudos realizados que, de alguma forma orientam a tomada de decisões com relação às soluções adotadas. É apresentado em tamanho A-4.

• Volume 3B – Memória de Cálculo das Estruturas

Contém a memória de cálculo das Estruturas

• Volume 4 – Orçamento e Plano de Execução

Contém resumo dos preços, demonstrativo do orçamento e composições de preços unitários de serviços não constante no SICRO. É apresentado em tamanho A-4.

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2. Estudos Hidrológicos

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2.0 Estudos Hidrológicos

O Estudo Hidrológico objetivou coletar elementos de natureza hidrológica que permitiram a verificação da capacidade das pontes sobre o Rio Pontal. O Estudo Hidrológico foi desenvolvido tomando-se como referencia as Instruções de Serviço do DNIT IS-203.

2.1 Coleta e Apresentação dos Dados

Para a determinação das curvas de Precipitação-Duração-Freqüência da região

foram pesquisados postos da Rede Hidrométrica Básica do Nordeste. Os dados foram obtidos a partir do banco de dados da Agencia Nacional de

Águas. Os elementos pesquisados para a determinação do regime pluviométrico da

região foram obtidos do Posto Pluviométrico de Lagoa Grande – PE localizado no município de Santa Maria da Boa Vista cujos elementos estão apresentados em planilhas no final deste relatório.

Os trabalhos estatísticos foram desenvolvidos com base nos elementos da série

histórica de máximas pluviométricas anuais para o referido posto, cujas características de localização estão apresentadas nos quadros específicos.

Para os elementos de chuva máxima mensal anual do período de observação

entre 1963 e 2006 foram elaborados os gráficos de curva intensidade x duração dos diversos tempos de recorrência, utilizando-se o processamento estatístico dos dados pelo critério de Gumbel:

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• Utilização da fórmula de Ven-Te-Chow, para a definição da curva representativa das precipitações máximas, correspondente a 1 dia de duração;

• Utilização das relações existentes entre as chuvas de 6 minutos, 1 hora e 24

horas de duração, para obtenção das curvas de precipitação-duração-frequência.

Após o processamento estatístico, ajustou-se uma curva representativa das

precipitações máximas em função de sua probabilidade de ocorrência, utilizando-se a fórmula de Ven-Te-Chow.

, onde:

PMed = Precipitação média durante o período observado, em mililitros; P = Máxima precipitação diária anual, em milímetros; n = Quantidade total das máximas precipitações diárias anuais consideradas na análise; u = Desvio padrão das máximas precipitações diárias anuais.

A freqüência foi determinada pela equação:

Onde:

F = Freqüência de ocorrência de determinada chuva, em valor

absoluto; N = Número de ordem ocupado por cada uma das precipitações

máximas diárias anuais, dispostas numa ordem decrescente de valores;

n = Quantidade total das máximas precipitações diárias anuais

consideradas na análise.

A probabilidade de ocorrência de cada uma das máximas precipitações diárias anuais foi estabelecida pela equação:

onde:

nP

PMed∑=

1)( 2

−−

=n

PPu Med

1+=

nNF

FTR

1=

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TR = Probabilidade de ocorrência de cada uma das máximas precipitações diárias anuais;

F = Freqüência de ocorrência de cada uma das máximas

precipitações diárias anuais, em decimal.

Para a determinação das precipitações para chuvas de 1 dia de duração, foi utilizada a seguinte fórmula:

Onde: P = Precipitação máxima para chuvas de 1 dia de duração, em

milímetros; Pmed. = Precipitação média durante o período observado, em milímetros; n = Desvio padrão das máximas precipitações diárias anuais; K = Fator de freqüência, obtido das tabelas de Gumbel – Fatores de

freqüência, em função do período de observação e dos tempos de recorrência.

Através da análise das curvas de Intensidade-Duração-Frequência, contidas na

publicação “Chuvas Intensas no Brasil” do Eng. Otto Pfafstetter, o Eng. Jaime Taborga Torrico constatou a proporcionalidade entre as relações de precipitações de 6 minutos/24 horas e de 1 hora/24 horas para as diversas regiões brasileiras, traduzindo-as sob forma de mapa de Isozonas ou zonas de mesma relação pluviométrica em sua publicação denominada “Práticas Hidrológicas”.

Os valores das precipitações para chuvas de 1 dia de duração, correspondentes

aos tempos de recorrência utilizados na proporcionalidade entre as relações de precipitações, foram convenientemente convertidos para chuvas com duração de 24 horas, 1 hora e 6 minutos, através da utilização das porcentagens indicadas no mapa das Isozonas, para a isozona correspondente (F), a região na qual o projeto está inserido.

A plotagem dos valores obtidos através das relações pluviométricas, possibilitou

a obtenção das retas de precipitação-duração-frequência, para os tempos de recorrência utilizados no projeto.

As curvas de intensidade-duração-frequência foram obtidas através de analogias

com as retas de precipitação-duração-frequência, respeitando-se os tempos de recorrência utilizados.

Para 6 minutos :

KnPP Med += .

PiPi 1010,0 min)6(min)6( =∴=

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Para 1 hora : Para 2 horas :

2.2 Clima

Segundo a classificação de Köppen, o clima nesta área apresenta-se como

tropical semi-árido, tipo BshW, seco e quente na parte norte e semi-árido quente estípico na parte sul, caracterizado pela escassez e irregularidade das precipitações com chuvas no verão e forte evaporação em conseqüência das altas temperaturas.

No final deste capítulo apresentam-se p´lanilha contendo os Elementos

Meteorológicos característicos da região.

2.3 Características da Bacia Hidrográfica

A bacia hidrográfica do Rio Pontal teve as suas características fisiográficas extraídas das cartas planialtimétricas da região do projeto e estão apresentadas neste capítulo.

As cartas foram utilizadas na escala de 1:100.000 e 1:1.000.000 digitalizadas e

trabalhadas em software específico do tipo CAD.

2.4 Cálculo das Descargas das Bacias Hidrográficas

Foi utilizado o Método do HUT - bacias com áreas superiores a 10 Km2

2.4.1 Cálculo do Hidrograma Unitário - HUT

Os parâmetros do Hidrograma Unitário Triangular, HUT para uma chuva efetiva “R” foram os seguintes:

onde:

Qp = descarga de pico, em m³/s; R = chuva efetiva em mm; A = área da bacia hidrográfica, em k²;

Pi hora =)1(

2)2(Pi horas =

P

ATR

pQ 208,0=Cp TDT 6,0

2+=

pR TT 67,1=pb TT 67,2=

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D = duração da chuva em hora; Tp = tempo de pico, em hora; Tr = tempo de recessão, em hora; Tb = tempo de base em hora.

A influência da distribuição da chuva na área foi considerada utilizando-se a

relação chuva na área / Chuva Pontual pela Fórmula empírica apresentada a seguir conforme a publicação “Práticas Hidrológicas” do Engenheiro Jaime Taborga Torrico.

AoAwPP /log.10

−=,

onde:

P = Precipitação média sobre a bacia; Po = Precipitação pontual no centro de gravidade da bacia; w = Fator regional, em função das relações chuva/área/tempo de

duração; A = Área da Bacia; Ao = Área base, na qual P=Po (Ao = 25 k²)

No Brasil, as pesquisas indicam um valor médio de w = 0,10;

Portanto:

25/log.10,010

APP

−=

Para 25 km² < A ≤ 2.500 km² e 1 hora < D ≤ 48 horas

A distribuição da chuva ao longo do tempo foi calculada de acordo com a utilizada pelo “Soil Conservation Service” - U.S.A segundo a relação altura de chuva/duração.

A chuva efetiva “R” foi calculada em função da precipitação total “P”, na duração

total da chuva, através das curvas do complexo Solo/Vegetação, utilizada pelo “Soil Conservation Service, Departamento of agriculture - USA através da Fórmula”:

R= [P - (5080/N) + 50,8]2 , onde: [P + (20320/N) - 203,2]

R = precipitação efetiva em mm; P = precipitação total em mm; N = número representativo do complexo solo x vegetação.

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2.5 Verificação da Capacidade das Pontes

Para a verificação da capacidade das pontes sobre o Rio Pontal, os trabalhos se desenvolveram conforme as seguintes etapas:

• Levantamentos topográficos e trabalhos de campo; • Fixação das descargas de projeto; • Dimensionamento hidráulico da obra.

Os trabalhos de campo foram efetuados por ocasião dos Estudos Topográficos e

seguiram as recomendações contidas em Instruções de Serviço do DNIT. As páginas a seguir apresentam quadros contendo as curvas Cota x Descarga e

demais resultados dos estudos realizados.

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3. Elementos Geotécnicos / Geológicos

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3.0 Estudos Geotécnicos / Geológicos

Os elementos geotécnicos / geológicos consistem na apresentação das sondagens a Percussão e Sondagens rotativas, onde tem-se caracterizado os locais para fundação dos alargamentos previstos e indicação de Empréstimo, Jazida, Areal e Pedreira para o alargamento da plataforma entre as duas pontes.

A seguir é apresentado o Croqui com a localização das Sondagens, os Perfis de

Sondagem, fotos das Sondagens e Croqui das ocorrências.

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4. Ficha de Inspeção Cadastral

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4.0 Ficha de Inspeção Cadastral

As Fichas de Inspeção Cadastral das pontes Pontal I e Pontal II, segundo a norma DNIT 010/2004-PRO serão apresentadas a seguir.

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5. Documentação Fotográfica

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6. Diagnóstico e Recomendações

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6.0 Diagnóstico e Recomendações

A seguir será apresentado o Diagnóstico e as Recomendações para as Pontes Pontal I e Pontal II.

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6.1 Ponte sobre o Riacho Pontal I

6.1.1 Introdução: Trata-se de uma ponte com modelo estrutural composto por vigas longitudinais,

com tabuleiro superior, com 10,10 metros de largura e 42,10 de comprimento. A inspeção foi executada com o objetivo de diagnosticar as patologias

encontradas para avaliar a capacidade de carga dos elementos estruturais, e desta maneira possibilitar um projeto de alargamento da sua seção transversal. A avaliação das patologias e anomalias encontradas também possibilita uma recuperação estrutural que possibilite uma segurança aos usuários, bem como uma maior durabilidade.

A finalidade principal do trabalho de investigação e análise é a necessidade atual

de intervenção para cumprir os seguintes objetivos: 1º) – Alargamento da ponte para atender às novas condições de tráfego e uso de

pedestres; 2º) – Reforço estrutural para atender à nova realidade de cargas do tráfego (Trem

Tipo TB 45) 3º) – Restauração de elementos que apresentem danos estruturais ou funcionais,

visando atender aos novos requisitos de durabilidade da estrutura e conforto do usuário.

A partir dessa visão global do problema e levando em conta as observações

feitas no local, passamos ao diagnóstico das estruturas:

6.1.2 Encontros: Os encontros são em muros de pedra, nas duas extremidades. Estão em

condições regulares de funcionamento estrutural. Observa-se que foi feito um alargamento nestes encontros onde se apoiaram as novas vigas.

6.1.3 Infra-estrutura:

Não foi possível observar os elementos constituintes da infra-estrutura e fazer

uma análise global da mesma. No entanto, observou-se que a estrutura não esta sofrendo processo de recalques. As fundações provavelmente são em pedra rachão.

6.1.4 Pilares:

A mesoestrutura da ponte é constituída por pilares-parede em pedra rachão ou

concreto ciclópico, que aparentam boas condições de comportamento estrutural.O material desses pilares não apresenta sinais de deterioração, mostrando-se em condições de receberem as cargas atuantes.

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6.1.5 Aparelhos de Apoio: Recomenda-se a troca dos aparelhos de apoio que estiverem danificados nas

zonas dos acessos, pois, alguns já foram substituídos por Neoprene Fretado, usando-se técnicas de macaqueamento, devido à longa vida da ponte já acima de 30 anos.

Para execução deste procedimento de macaqueamento foi projetada uma nova

viga (transversina) nos apoios interligando todas as vigas existentes.

6.1.6 Vigamento Principal: A estrutura foi concebida originariamente com quatro vigas principais,

longitudinais, sendo posteriormente alargada, recendo mais duas vigas para contribuir com a absorção das cargas.

Recomendamos as seguintes medidas para estas vigas existentes: 1 – Recalcular os esforços para as novas condições de tráfego e optar por novo

cobrimento com graute ou concreto projetado, com incorporação de armadura.

Com relação ao alargamento optamos pela construção de duas novas vigas

incorporadas à estrutura e ligadas por transversinas de apoio.

6.1.7 Laje do Tabuleiro: A laje do tabuleiro é maciça e em concreto armado, observando-se o concreto

com aspecto bom, porém, com armaduras expostas em pontos isolados. Observou-se que as juntas de dilatação em toda sua extensão estão deterioradas. Quando foi executado alargamento existente, não teve-se a preocupação de unir as duas estruturas, permitindo o surgimento de uma fissura (abertura) entre os dois tabuleiros.

Para correção desta anomalia foi projetado uma viga de amarração entre os dois

tabuleiros,proporcionando uma maior monoliticidade entre os elementos estruturais

6.1.8 Pista de Rolamento: A pista de rolamento é de capeamento asfáltico e concreto com trincas

excessivas e com buracos, proporcionando desconforto ao usuário. Recomenda-se novo recapeamento.

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6.2 Ponte sobre o Riacho Pontal II

6.2.1 Introdução: Trata-se de uma ponte com modelo estrutural composto por vigas longitudinais,

com tabuleiro superior, com 10,10 metros de largura e 42,10 de comprimento. A inspeção foi executada com o objetivo de diagnosticar as patologias

encontradas para avaliar a capacidade de carga dos elementos estruturais, e desta maneira possibilitar um projeto de alargamento da sua seção transversal. A avaliação das patologias e anomalias encontradas também possibilita uma recuperação estrutural que possibilite uma segurança aos usuários, bem como uma maior durabilidade.

A finalidade principal do trabalho de investigação e análise é a necessidade atual

de intervenção para cumprir os seguintes objetivos: 1º) – Alargamento da ponte para atender às novas condições de tráfego e uso de

pedestres; 2º) – Reforço estrutural para atender à nova realidade de cargas do tráfego (Trem

Tipo TB 45) 3º) – Restauração de elementos que apresentem danos estruturais ou funcionais,

visando atender aos novos requisitos de durabilidade da estrutura e conforto do usuário.

A partir dessa visão global do problema e levando em conta as observações

feitas no local, passamos ao diagnóstico das estruturas:

6.2.2 Encontros: Os encontros são em muros de pedra, nas duas extremidades. Estão em

condições regulares de funcionamento estrutural. Observa-se que foi feito um alargamento nestes encontros onde apoiaram-se as novas vigas.

6.2.3 Infra-estrutura:

Não foi possível observar os elementos constituintes da infra-estrutura e fazer

uma análise global da mesma. No entanto, observou-se que a estrutura não esta sofrendo processo de recalques. As fundações provavelmente são em pedra rachão.

6.2.4 Pilares:

A mesoestrutura da ponte é constituída por pilares-parede em pedra rachão ou

concreto ciclópico, que aparentam boas condições de comportamento estrutural. O material desses pilares não apresenta sinais de deterioração, mostrando-se em condições de receberem as cargas atuantes. Observamos que foi incorporado um novo pilar à estrutura, provavelmente para diminuir as deformações das vigas, pilar este que deverá ser retirado quando da nova concepção de ampliação.

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6.2.5 Aparelhos de Apoio: Recomenda-se a troca dos aparelhos de apoio que estiverem danificados nas

zonas dos acessos, pois, alguns já foram substituídos por Neoprene Fretado, usando-se técnicas de macaqueamento, devido à longa vida da ponte já acima de 30 anos.

Para execução deste procedimento de macaqueamento foi projetada uma nova

viga (transversina) nos apoios interligando todas as vigas existentes.

6.2.6 Vigamento Principal: A estrutura foi concebida originariamente com quatro vigas principais,

longitudinais, sendo posteriormente alargada, recendo mais duas vigas para contribuir com a absorção das cargas.

Recomendamos as seguintes medidas para estas vigas existentes: 1 – Recalcular os esforços para as novas condições de tráfego e optar por novo

cobrimento com graute ou concreto projetado, com incorporação de armadura.

Com relação ao alargamento optamos pela construção de duas novas vigas

incorporadas à estrutura e ligadas por transversinas de apoio.

6.2.7 Laje do Tabuleiro: A laje do tabuleiro é maciça e em concreto armado, observando-se o concreto

com aspecto bom, porém, com armaduras expostas em pontos isolados. Observou-se que as juntas de dilatação em toda sua extensão estão deterioradas. Quando foi executado alargamento existente, não teve-se a preocupação de unir as duas estruturas, permitindo o surgimento de uma fissura (abertura) entre os dois tabuleiros.

Para correção desta anomalia foi projetado uma viga de amarração entre os dois

tabuleiros, proporcionando uma maior monoliticidade entre os elementos estruturais

6.2.8 Pista de Rolamento: A pista de rolamento é de capeamento asfáltico e concreto com trincas

excessivas e com buracos, proporcionando desconforto ao usuário. Recomenda-se novo recapeamento.

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7. Projeto de Terraplenagem

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7.1 Projeto de Terraplenagem

7.1.1 Introdução O Projeto de terraplenagem caracteriza-se pelo alargamento da plataforma de

terraplenagem do corpo estradal entre as Pontes Pontal I e Pontal II e pela concordância de 40,00m, antes e após as mesmas, com a plataforma existente.

O Projeto foi desenvolvido seguindo as diretrizes da IS-209, tendo por base o levantamento e a indicação de ocorrência de empréstimo. Como diretrizes gerais para os trabalhos foram fixadas as seguintes assertivas:

• O aproveitamento integral do material escavado no emprestimo para execução

dos aterros; • Os últmos 60cm da terraplenagem deverão ser executados com material

selecionado, com compactação de 100% da energia do proctor normal; • As inclinações dos taludes deverão ser de 3:2 nos aterros e de 2:3 nos cortes.

7.1.2 Materiais

Para os materiais a serem utilizados, foi identificada uma área de empréstimo lateral (E=0359318; N=9003241) com potencial de quantidade e qualidade para utilização em corpo de aterro e camada final de terraplenagem. O empréstimo em questão possui um volume útil de 11.988m³ e uma distância média para o centro da obra de 1,86km.

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7.1.3 Volumes A cubação foi estabelecida em função da altura do greide existente e da largura

de projeto, resultaram nos seguintes números: Necessidade de Empréstimos: 5.405,00 m3 Compactação a 100%: 4.324,00 m³ O coeficiente de empolamento é de 1,25. A seguir serão apresentados a localização dos materiais para terraplenagem, a

seção de terraplenagem, o alargamento do aterro, a distribuição da terraplenagem e o resumo da terraplenagem:

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8. Projeto de Pavimentação

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8.1 Projeto de Pavimentação

8.1.1 Generalidades O Projeto de pavimentação tem a finalidade de definir uma estrutura que suporte,

durante o período de sua vida útil, as solicitações do tráfego, com conforto e segurança aos usuários.

O Projeto de Pavimentação caracteriza-se pelo alargamento da plataforma de

rolamento entre as Pontes Pontal I e Pontal II e pela concordância de 40,00m, antes e após as mesmas, com a plataforma existente, seguindo as diretrizes da IS-211 vigente no DNIT.

Face ao estado de conservação e as características da rodovia existente,

verificados através da inspeção visual, não serão necessários intervenções nos trechos entre, antes e após as pontes.

8.1.2 Solução As soluções apontadas estão baseadas na construção de um pavimento novo,

com revestimento betuminoso para os alargamentos. Pavimento Adotado: Revestimento : 5,0 cm de CBUQ Base : 20,0 cm de Brita Graduada Sub-base : 20,0 cm de solo estabilizado granulometricamente

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A seção de pavimentação entre as pontes ficará com 3,50m de Semi-pista e 3,90m de acostamento totalizando 14,80m.

8.1.3 Materiais Os materiais para a pavimentação são provenientes das seguintes localidades:

• O material para sub-base: da jazida Três pontes • O material para base: da pedreira Vitória • O material para CBUQ: da pedreira Vitória, do areal Riacho Serra Branca, de

Petrolina.

A seguir serão apresentados a localização dos materiais para pavimentação, distribuição dos materiais para pavimentação, a seção de pavimentação e o demonstrativo das quantidades.

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9. Soluções Propostas e Memória de Cálculo

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9.1 Soluções propostas para a Ponte sobre o Riacho Pontal I e Pontal II

9.1.1 Ampliação Pontilhão será ampliado para ter largura final de 13,20 m conforme Termo de

Referência. Foi projetada para cada obra, estruturas em Concreto Armado, formada por duas vigas isostáticas dispostas simetricamente em relação ao eixo existente e solidarizadas à estrutura remanescente, por transversinas protendidas, até que a largura total atinja 13,20m. Serão demolidos dos Guarda-Corpos existentes. O alargamento será ancorado na laje existente através de novas armaduras solidarizadas à estrutura existente.

9.1.2 Fundações

As fundações serão do tipo direta, através de base alargada em concreto

ciclópico, a uma profundidade de 2,00 metros, apoiadas diretamente no solo, este composto de rocha.

9.1.3 Pilares

Os Pilares serão em concreto ciclópico, solidarizado ao pilar existente, também

em concreto ciclópico, através de armaduras e concreto projetado Fck>30 MPa e chumbados nos blocos de coroamento conforme projeto.

9.1.4 Aparelhos de Apoio

Nos topos de cada pilar serão colocados, conforme projeto, Aparelhos de Apoio

em Neoprene fretado. Os aparelhos deverão acompanhar certificado de garantia com teste de resistência e durabilidade.

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9.1.5 Vigas Principais As Vigas em concreto armado serão isostáticas, bi-apoiadas para cada vão para

facilitar a execução em pré-moldados. A resistência mínima de cada viga deverá ser Fck>30 MPa. As vigas serão ser travadas lateralmente à estrutura existente com transversinas ancoradas com furações prévias e uso de adesivos à base de Epóxi, conforme detalhes e metodologia de execução constante no projeto executivo.

9.1.6 Laje do Tabuleiro

A Laje do Tabuleiro será em concreto armado Fck>30 MPa, fundida “in-loco” e

solidarizada a laje existente através de ancoragem da armadura nova com a antiga, será feita demolição do recapeamento da laje existente de mínimo 7 cm, dos passeios existentes e respectivos Guarda-Corpos deixando expostos as armaduras existentes para facilitar ancoragem da nova, deverão ser feitas furações prévias nos balanços da laje existente para melhorar a solidarização do conjunto novo com o antigo,conforme detalhamento e metodologia de execução descrita no projeto Executivo. O novo recapeamento será concretado sobre uma superfície, demolida, usando aditivo à base de Epóxi pega lenta e uso de Microssílica no concreto.

9.1.7 Guarda Rodas

Os Guarda-Rodas serão do tipo New Jersey (padrão DNIT) chumbados a cada extremidade da Laje do Tabuleiro ampliada, conforme prevê projeto Executivo.

9.1.8 Recuperação Estrutural

As recuperações e devidos reforços estruturais deverão ser específicos para cada obra conforme prevê o projeto Básico e Executivo, em função dos levantamentos cadastrais das patologias de cada elemento estrutural de cada obra conforme descrito abaixo:

9.1.9 Encontros

Os encontros são em muros de pedra argamassada em bom estado de

trabalhabilidade estrutural, porém, deverão ser revestidas e recuperadas as trincas com injeção de argamassa à base de Epóxi. As alas estão trincadas devendo ter o mesmo tratamento adotado para os muros. Os aterros de cabeceiras serão reconstituídos incorporando-se lajes de transição caso não haja, pois, não foi possível detectar a existência das mesmas na inspeção.

9.1.10 Recuperação do Vigamento

O vigamento principal é constituído por seis vigas de concreto armado seção “T”.

As vigas apresentam armaduras expostas oxidadas e o concreto com desplacamento. Recomenda-se a recuperação e reforço estrutural das mesmas com execução de novos estribos e novas armaduras. O projeto Executivo detalhará as técnicas e especificações para execução do referido reforço.

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9.1.11 Recuperação da Laje

O tabuleiro apresenta uma dilatação longitudinal, que conforme detalhamento no projeto executivo deverá ser preenchido com concreto armado, com a colocação de uma viga longitudinal. 9.1.12 Metodologia de Execução p/ as Lajes e Vigas

1. Escarificação do concreto nas áreas com armaduras em corrosão. 2. Limpeza das armaduras com jato abrasivo. 3. Lavagem com hidrojateamento. 4. Aplicação de proteção catódica (Pastilha Z). 5. Fixação de grampos, com resina a base de epóxi Ø 6,3mm e espaçados de

1,00 m, nas duas direções. 6. Colocação da malha positiva de ferragem no fundo da laje. 7. Colocação da malha positiva de ferragem positiva no fundo da viga e estribos de

reforço fixados com grampos no concreto existente. 8. Aplicação de concreto / argamassa projetado aditivado com microssílica e/ou

grout, com espessura de 5,00 cm de recobrimento. 9. Serviços de acabamento de pedreiro.

9.1.13 Juntas de Dilatação da Laje do Tabuleiro (quando necessário)

Serão aplicadas juntas tipo Jeene com os seguintes roteiros de execução.

1. Demolição do pavimento asfáltico. 2. Apicoamento da superfície do concreto existente. 3. Furação do concreto. 4. Confecção e colocação de ferragem do berço de concreto. 5. Chumbamento da ferragem com resina à base de epóxi. 6. Confecção e instalação de formas de madeira. 7. Concreto de grounte com adição de 10% de microssílica. 8. Cura química. 9. Execução dos lábios poliméricos. 10. Aplicação de junta nucleada em neoprene do tipo JJ 6080W.

9.1.14 Controles Tecnológicos

Todas as dosagens de concreto e argamassas serão controladas com SLUMP TEST, tendo as suas resistências verificadas por Laboratórios idôneos durante todo o andamento da obra, apresentando laudos de rompimentos e as dosagens experimentais, acompanhados de laudos de granulométrias, umidades e densidades dos agregados. Demais especificações estão complementadas nas pranchas do Projeto Executivo.

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9.2 Memória de Cálculo da Ponte sobre o riacho Pontal I

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9.3 Memória de Cálculo da Ponte sobre o riacho Pontal II

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10. Meio Ambiente

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10.1 Estudos Ambientais Os Estudos Ambientais relacionados com a recuperação das pontes sobre o

Riacho do Pontal na divisa dos municípios de Lagoa Grande/PE e Petrolina/PE, seguem as orientações da IS-246 do DNIT, onde se inclui o levantamento do Passivo Ambiental, conforme sistemática indicada no “Manual Rodoviário de Conservação, Monitoramento e Controle Ambientais” do DNER; o cadastramento das áreas degradadas ocorrentes no interior da faixa de domínio e adjacências e um diagnóstico ambiental para determinação das prioridades nas intervenções.

Seqüencialmente apresenta-se o Projeto Ambiental, que, em síntese, consiste

na explicitação e quantificação das medidas corretivas para solução dos problemas identificados nos Estudos Ambientais.

10.2 Diagnóstico Ambiental

Especificamente este capítulo tem como objetivo prover um conhecimento

regional e localizado dos aspectos geoambientais e sócio-econômicos do entorno da rodovia e sua área de influência, com os seguintes objetivos específicos:

• Dados climáticos: permitirá identificar as possibilidades de ocorrência de

eventuais problemas relacionados com: fontes de abastecimento d'água para o projeto; períodos de impedimentos à execução das obras; resistência à erosão dos solos (em função da intensidade pluviométrica), dentre outros;

• Vegetação: sendo um bem ambiental dos mais importantes, sujeito à proteção

legal em vários dispositivos da legislação federal, estadual e municipal, sua caracterização permitirá identificar possíveis restrições no que se refere aos desmatamentos necessários à implantação das obras (exploração de jazidas e empréstimos laterais, abertura de caminhos de serviço, etc) de modo a se evitar interferências em áreas de proteção ambientais legalmente instituídas,

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tais como: matas ciliares, Mata Atlântica (latu sensu), vegetação protetora de encostas e topos de relevo, etc.;

• Geologia/Geomorfologia/Relevo: facultará o conhecimento dos eventuais

obstáculos de transposição topográfica que poderão envolver grande movimentação de terras; as áreas sujeitas a alagamentos; os pontos e/ou subtrechos cuja descaracterização topográfica poderá desencadear processos erosivos; os pontos notáveis de valorização da paisagem, etc.;

• Hidrografia: permitirá identificar os recursos superficiais e subterrâneos

passíveis de preservação em função do uso atual e potencial de abastecimento humano; as faixas de preservação ambiental dos cursos d'água em conformidade com a legislação pertinente; os dados preliminares para os estudos hidrológicos a serem desenvolvidos no projeto, dentre outros aspectos;

• Solos: a caracterização pedológica fornecerá conhecimentos acerca da

susceptibilidade erosiva dos solos; da estabilidade dos taludes em função da conjunção dos parâmetros textura, estrutura e permeabilidade; da fertilidade, o que norteará a reabilitação de áreas degradadas (Passivo Ambiental) e áreas a serem degradadas (exploração de jazidas, etc.);

10.3 Meio Físico a) Clima A caracterização do clima se reveste de importância em termos ambientais, haja

vista que se constitui um dos parâmetros para determinação do Índice Geoambiental (IG), na metodologia utilizada neste Estudo Ambiental (Manual Rodoviário de Conservação, Monitoramento e Controle Ambientais).

Face à proximidade com a cidade de Lagoa Grande, o posto meteorológico desta

cidade é representativo do trecho rodoviário em estudo. O clima corresponde ao Semi-Árido a Árido, o que corresponde a um dos climas

mais adversos do Estado de Pernambuco, apresentando as seguintes características:

Parâmetros

Semi-Árido a Árido

. índice de umidade do solo

. precipitação total anual média

. excedente hídrico anual

. meses c/excedente hídrico

. deficiência hídrica anual

. meses c/deficiência hídrica

. temperatura média anual

-40 a -60 até 350 mm 0 0 750 11,5 meses 22º a 24º C

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Este clima é típico da Microrregião Sertão Pernambucano do São Francisco, dentre outras. Os totais pluviométricos são sempre inferiores a 500 mm salvo raras exceções como ocorreu no ano de 2004. As condições térmicas são normalmente elevadas atingindo os 24o C nas médias termométricas anuais.

A zona deprimida do baixo médio vale do São Francisco constitui uma das áreas

mais secas do Nordeste brasileiro e se explica pelo fato de as perturbações, raras vezes conseguirem penetrar na região, cercada, como se acha, por várias serras, a saber:

• na altura de Barra-BA, as serras existentes impedem a penetração das

perturbações de oeste devidas à massa equatorial continental;

• por outro lado, as serras do Piauí e do Araripe impedem a penetração da massa equatorial norte;

• a leste, o Planalto da Borborema intercepta chuvas de inverno do litoral

oriental.

Quando estas perturbações conseguem vencer estes obstáculos já estão pobres de umidade, ocasionando, portanto, no vale, chuvas muito reduzidas, elevação de temperatura e, consequentemente, aumento da evaporação.

A seguir, apresenta-se o Histograma das Precipitações no Posto de Lagoa

Grande, (próximo ao local das pontes), representativo da área da rodovia em estudo. As precipitações mínimas mensais não estão representadas pelo fato de atingirem o dígito zero em todos os meses, na série compilada no Histograma.

Histograma das Precipitações (em mm)

Posto: Lagoa Grande – Latitude: 08o 30’; Longitude: 39o 19’; Altitude: 350 m Período: 1912-1985

0

100

200

300

400

Média 61,8 65,6 79,5 70,7 19,5 16,4 14,2 5,2 6 6,4 27,3 45,6Máxima 302 279 327 267 85,2 131 84,8 73,6 30,6 73,3 139 203

jan. fev. mar. abr. mai. jun. jul. ago. set. out. nov. dez.

Fonte: Dados Pluviométricos Mensais do Nordeste, SUDENE, 1990.

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b) Geologia O Riacho do Pontal corre numa faixa de depósitos fluviais arenosos, em meio a

litologias do Pré-Cambriano, de acordo com a seguinte legenda: • no leito do rio: CENOZÓICO-QUATERNÁRIO – Aluvião, correspondendo a

depósitos fluviais predominantemente arenosos, com quantidades subordinados de silte e argila e níveis de cascalhos na base da várzea do Rio São Francisco e do seu afluente, o Riacho do Pontal;

• nas margens direita e esquerda do riacho: PRÉ-CAMBRIANO MÉDIO – Grupo

Salgueiro-Cachoeirinha cujas litologias compreendem: quartzo-biotita e/ou muscovita, xistos granatíferos, estaurolita-micaxisto granatifero, granada-micaquartzo-feldspato granofels, xistos fedspáticos e/ou gnaissificados, leptitos, metamafititos.

Observa-se, assim, que há um substrato geológico bastante estável, de

rochas metamórficas adequadas para suporte de obras rodoviárias. Por sua vez existem depósitos de areia que podem ser utilizados no

próprio leito do riacho do Pontal e imediações. Vale ressaltar, ainda, a ausência de rochas calcáreas as quais são

responsáveis pela formação de grutas e cavernas (patrimônio espeleológico protegido pela legislação ambiental), através do fenônemo da dissolução.

A seguir, apresenta-se o Mapa Geológico, observando-se o posicionamento das

Unidades Geológicas referidas.

Com a baixa pluviometria, caixas de empréstimo têm serventia para dessedentação de animais.

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c) Geomorfologia A várzea do Riacho do Pontal está contida no Domínio Geomorfológico dos

Depósitos Sedimentares – Região da Planície do Rio São Francisco. A Unidade Geomorfológica corresponde às Várzeas e Terraços Fluviais, cujo

modelado é de acumulação fluvial correspondendo a uma área plana resultante de acumulação fluvial do Rio São Francisco, sujeita a inundações periódicas. São as várzeas atuais. O terreno é recoberto por solos do tipo Argissolo Vermelho Amarelo em relevo plano, ou seja, a calha do riacho é relativamente pouco aprofundada e significativamente alargada, razão porque se prevê a implantação de duas pontes.

Nas margens e em grande extensão do entorno do local das pontes a região

geomorfológica corresponde à Depressão Interplanáltica e a Unidade Pediplano Sertanejo cuja característica é um modelado de aplanamento Retocado Inumado, ou seja, planos inclinados uniformizados por coberturas diversas resultantes de retoques e remanejamentos sucessivos cujo substrato é cristalino referido ao Pré-Cambriano (Grupo Salgueiro Cachoeirinha) já referido no diagnóstico da Geologia.

A seguir é apresentado o Mapa Geomorfológico. d) Solos Na faixa ribeirinha do Riacho do Pontal onde serão implantadas as pontes, os

solos predominantes são os ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO, argila de atividade baixa, horizonte A franco, textura média/argilosa, fase pedregulho, relevo suave ondulado associados aos LUVISSOLOS e aos LITOSSOLOS.

De acordo com a nova classificação da EMBRAPA, tais solos têm as seguintes

carcterísticas:

ARGISSOLOS (grupamento de solos com B textural, com argila de atividade baixa)

Base: Evolução avançada com atuação incompleta de processo de ferralitização, em

conexão com paragênese caulinítica-oxídica ou virtualmente caulinítica, na vigência de mobilização de argila da parte mais superficial, com concentração ou acumulação em horizonte subsuperficial.

Critério: Desenvolvimento (expressão) de horizonte diagnóstico B textural em vinculação

com atributos evidenciadores de baixa atividade de argilas.

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Definição: Solos constituídos por material mineral com argila de atividade baixa e

horizonte B textural imediatamente abaixo de horizonte A ou E, e apresentando ainda, os seguintes requisitos:

. Horizonte plíntico, se presente, não está acima e nem é coincidente com a parte superficial do

horizonte B textural; . Horizonte glei, se presente, não está acima e nem é coincidente com a parte superficial

do ho rizonte B textural. Abrangência (classificação anterior):. Nesta classe estão incluídos os solos que vêm

sendo classificados pelo CNPS como Podzólico Vermelho-Amarelo argila de atividade baixa, pequena parte de Terra Roxa Estruturada Similar, de Terra Bruna Estruturada e de Terra Bruna Estruturada Similar, todos com gradiente textural necessário para B textural, em qualquer caso Eutróficos, Distróficos ou Álicos, e mais recentemente o Podzólico Vermeljo-Escuro, com B textural e o Podzólico Amarelo.

Fonte: Extraído do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos – 1999, EMBRAPA

NEOSSOLOS (grupamento de solos pouco evoluídos, com ausência de horizonte B

diagnóstico) Base: Solos em via de formação, seja pela reduzida atuação dos processos

pedogenéticos ou por características inerentes ao material originário. Critério: Insuficiência de manifestação dos atributos diagnósticos que caracterizam os

diversos processos de formação. Exígua diferenciação de horizontes, com individualização de horizonte A seguinte de C ou R. Predomínio de características herdados do material originário.

Definição: Solos constituídos por material mineral ou por material orgânico com menos

de 40 cm de espessura, não apresentando qualquer tipo de horizonte B diagnóstico e satisfazendo os seguintes requisitos:

. ausência de horizonte glei;

. ausência de horizonte vértico imediatamente abaixo do horizonte A;

. ausência de horizonte plíntico dentro de 40cm;

. ausência de horizonte A chernozêmico conjugado a horizonte cálcico ou C carbonático. Abrangência (classificação anterior): Litossolos e Solos Litólicos, Regossolos, Solos

Aluviais e Areias Quartzosas (Distróficas, Marinhas e Hidromórficas); solos com horizonte A ou hísticos com menos de 40 cm de espessura, seguidos de camada com 90% ou mais de fragmentos de rocha ou do material de origem, independente de sua resistência ao intemperismo.

Fonte: Extraído do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos – 1999, EMBRAPA

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LUVISSOLOS (grupamento de solos com B textural, argila de atividade alta e saturação por

bases alta) Base: Evolução, segundo atuação de processo de bissialitização, conjugada a produção

de óxidos de ferro e mobilização de argila da parte mais superficial, com acumulações em horizonte subsuperficial.

Critério: Desenvolvimento (expressão) de horizonte diagnóstico B textural em vinculação

com cores vivas (bastante cromadas ou matizes avermelhados), aliada a alta atividade de argilas e alta saturação por bases sem sequência a horizonte A fraco, ou moderado, ou horizonte E.

Definição: Solos constituídos por material mineral com argila de atividade alta, saturação

por bases alta e horizonte B textural ou B nítico imediatamente abaixo de horizonte A fraco, ou moderado, ou horizonte E, e satisfazendo os seguintes requisitos:

. Horizonte plintico, se presente, não está acima ou não é coincidente com a parte superficial do

horizonte B textural ou B nítico; . Horizonte glei, se ocorrer, não está acima do horizonte B textural ou B nítico e se inicia

após 50cm de profundidade, não coincidindo com a parte superficial destes horizontes. Abrangência (classificação anterior):.Nesta classe estão incluídos os solos que vêm

sendo classificados pelo CNPS como Bruno Não Cálcico, Podzólico Vermelho-Amarelo Eutrófico argila de atividade alta e Podzólico Bruno-Acinzentado Eutrófico e alguns Podzólicos Vermelho-Escuros Eutróficos com argila de atividade alta.

Fonte: Extraído do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos – 1999, EMBRAPA No entorno das margens do rio predominan os LATOSSOLOS. Importante

ressaltar a ausência de solos problemáticos para obras viárias a exemplo de: • Gleissolos que não são solos moles sujeitos a enxarcamentos sistemáticos; • Vertissolos, cuja expansão de suas argilas (caráter vértico) podem causar

fendilhamentos nas estruturas de construtivas. Apresenta-se, a seguir, o Mapa de Solos, observando-se o posicionamento do

local das pontes em relação às manchas de solos referidas. e) Riscos de Erosão Sob o ponto de vista pedológico a erodibilidade de um solo depende de vários de

seus atributos como: textura, teor de matéria orgânica, estrutura, permeabilidade, declividade, comprimento de rampa e forma da encosta, e, naturalmente, das precipitações pluviométricas.

O baixo risco de erosão na área do Projeto pode ser inferido recorrendo-se aos

parâmetros de relevo e declividades, erodibilidade dos solos e erosividade das chuvas,

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os quais fornecem, através de parâmetros integrados, um risco de erosão hídrica para a área em estudo, onde tem-se os seguintes os resultados:

• Erodibilidade do solo: moderada (classe 2) – K maior que 0,10 e

menor que 0,30; • Erosividade das chuvas: fraca (classe 1) – R menor que 340; • Relevo e declividades: suave ondulado (classe 2) em todo o entorno da

rodovia;

• Risco de erosão hídrica: média Estes dados sugerem que há problemas medianos com riscos de erosão nas

intervenções do projeto, uma vez que a propensão a erosão se apresenta como moderada nos parâmetros apresentados, excetuando-se a erosividade das chuvas que é fraca, face ao baixíssimo índice pluviométrico encontrado na região (ver Clima).

Dentre os fatores que influem no risco de erosão - erosividade de chuva, relevo e

erodibilidade do solo – a erosividade das chuvas se apresenta como o mais determinante, uma vez que a tipologia dos solos e o relevo plano concorrem para amenizar o risco de erosão hídrica.

De acordo com Wischmeier & Smith (1965), citados por Bertoni & Lombardi Neto

(1990), o fator K (que mede a propensão à erodibilidade de um solo) significa vulnerabilidade ou suscetibilidade do solo à erosão, que é a recíproca da sua resistência à erosão.

Já o fator R (fator chuva), é um índice numérico que expressa a capacidade da

chuva de causar erosão em uma área sem proteção, sendo estimado através do mapa de isoerodentes. O mapa contém linhas que ligam pontos de iguais potenciais de erosão. Essas linhas representam os valores médios anuais de erosividade da chuva, e também, o fator chuva na equação de perdas de solo. Os valores entre as linhas são interpolados linearmente.

f) Hidrografia O Riacho do Pontal é um afluente do Rio São Francisco, encontrando-se, o local

das pontes muito próximo do Rio (ver Mapa Geomorfológico). Segundo RADAMBRASIL – Levantamento de Recursos Naturais, Vol. 30, na

Planície do rio São Francisco que se inicia desde a Represa de Sobradinho, os declives são muito pouco acentuados, passando de 400 m na jusante da Barragem até 280 m em Petrolândia, formando um gradiente de apenas 0,12 m/km. Só a partir das cachoeiras de Itaparica e Paulo Afonso, após Petrolândia, é que os gradientes de declives se acentuam expressivamente, passando para 1,75 m/km.

Tais condições de baixo gradiente da correnteza do Rio e o caráter anastomótico

(ramificação e posterior intercomunicação por canais diferentes, neste caso,

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configurados pela tectônica) do Rio possibilitaram a acumulação fluvial em formas de ilhas, referidas ao Quaternário. No trecho onde se localiza o projeto, o Rio São Francisco tem direção geral SO-NE, de Petrolina até a cidade de Cabrobó, mudando a partir daí para NO-SE até a foz.

O Rio São Francisco no segmento referido – Represa de Sobradinho até

Cabrobó/Ibó - entalha rochas metamórficas do Pré-Cambriano onde a declividade é muito fraca. Neste trecho o leito do Rio se apresenta como canal anastomosado com ocorrência de ilhas. Quando o Rio corta sedimentos da Bacia Tucano-Jabotá, a partir de Cabrobó/Ibó, o canal do Rio, ao invés de ilhas, descreve meandros.

Na figura a seguir, tem-se o perfil longitudinal do rio São Francisco, onde se

observa que o trecho do Rio entre a Represa de Sobradinho e pouco antes de Cabrobó/Ibó fica quase que “confinado” pelo embasamento cristalino metamórfico.

100

200

300

400

Metros

++

++ +

++ +

+++ +

+ ++

++

+ + ++

+++ +

++

+ ++

+++

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++

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Cac

hoei

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aulo

Afo

nso

NE-NOSO

Perfi l longitud inal do rio São Francisco: Da represa de Sobradinho até Petrolândia: grad iente - 0,12 m/km, lei to em canais anastomosados e planícies e terraços. A partir de Petro lândia: gradiente - 1,75 m/km, canal estreito e encaixados formando canyons, ausência de planícies.

Embasamento cristal ino metamórfico

Trecho das Ilhas

Fonte: RADAMBRASIL

10.3.1 Meio Biótico a) Vegetação

O trecho rodoviário em estudo insere-se integralmente no domínio da Caatinga

Arbórea Aberta sem palmeiras, a qual só é interrompida na planície aluvial do Rio São Francisco, no final do trecho.

A Caatinga, também denominada de Estepe, é uma vegetação do tipo lenhosa

raquítica decidual, em geral espinhosa, com plantas suculentas e com sinúsia graminosa anual. Tem como formas biológicas dominantes as caméfitas espinhosas e uma poucas fanerófitas raquíticas, deciduais no período seco. Muitas plantas herbáceas geófitas e terófitas completam ainda as mais importantes formas de vida que integram este "tipo xerófito de vegetação".

Local da afluência do Riacho do Pontal

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A vegetação de Caatinga não é de preservação permanente nos termos legais, ao contrário da Mata Atlântica e ecossistemas associados.

Vale destacar, entretanto, a importância que tem sido dada, recentemente, nos

meios de comunicação, ao problema da desertificação no Semi-Árido Nordestino, objeto da Conferência das Nações Unidas Sobre Desertificação, realizada em Recife, onde já se vislumbra iniciativas do Ministério do Meio Ambiente no sentido de viabilizar recursos para promover o reflorestamento das áreas onde a vegetação foi devastada.

Fato de suma importância que poderá resultar da citada Conferência é a

possibilidade da Caatinga se tornar patrimônio nacional, com o mesmo status do Pantanal, da Amazônia, da Serra do Mar, da restinga do litoral e da Mata Atlântica. Confirmada tal intenção, vislumbra-se a possibilidade de modificação do artigo 225 da Constituição Federal, que trata do meio ambiente, passando a flora do ecossistema a ser considerada

Nas margens do Rio São Francisco, a planície aluvial sustenta uma vegetação de

Estepe (Caatinga) Parque com palmeiras, caracterizada pela palmeira carnaúba (Copernicia cerifera) e por uma sinúsia herbáceo-graminosa rala e descontínua, observando-se Aeschynomene martii (carrapicho) e capim-panasco (Aristida sp.). As espécies arbóreas são representadas pelo juazeiro (Zizyphus joazeiro), Maytenus rigida (bom-nome) e Caesalpinia microphylla (catingueira), esparsamente distribuídas.

Devido a abundância e proximidade de água no Rio São Francisco e da natureza

eutrófica (férteis) dos solos, o grau de antropização com cultivos é bastante intenso nas margens do Rio, a despeito do rigor climático do Semi-Árido.

Vale considerar que a Caatinga não é uma tipologia vegetacional de preservação

permanente nos termos legais, em que pese haver movimentos conservacionistas que lutam para eleva-la ao “status” da Mata Atlântica dentre outros biomas protegidos por Lei, principalmente devido aos processos de desertificação que ocorrem no Nordeste do Brasil resultante de desmatamentos.

Leve-se em conta, entretanto, que as matas ciliares do Riacho do Pontal são de

preservação permanente, tuteladas pelo Código Florestal. Apresenta-se, a seguir, a relação das espécies vegetais mais comuns da

Caatinga, na área em estudo.

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LISTAGEM DAS ESPÉCIES DA CAATINGA MAIS COMUNS NA ÁREA DO PROJETO

1. Vegetação Arbórea Família

Nome Vulgar

Nome Científico

Anacardiaceae Anacardiaceae Anacardiaceae Apocynaceae Apocynaceae Arecaceae Bignoniaceae Bignoniaceae Burseraceae Cactaceae Celastraceae Euphorbiaceae Euphorbiaceae Leg. Caesalpiniaceae Leg. Cesalpinioideae Leg. Cesalpinioideae Leg. Caesalpinioideae Leg. Caesalpinioideae Leg. Cesalpinioideae Leg. Mimosoideae Leg. Mimosoideae Leg. Papilio noideae Mimosaceae Mimosaceae Papilonoideae Papilonoideae Ranaceae Rhamnaceae Rosaceae Sapotaceae

Imbuzeiro ou Umbuzeiro Aroeira (*) Baraúna Pereiro Pereiro preto Licuri ou ouricuri (palmeira) Craibeira (*) Sete-cascas Umburana Mandacarú (*) Bom-nome (*) Favela (*) Maniçoba Catingueira-verdadeira Catinga de porco - catingueira São João Canafístula (*) Canafístula-preta Jacarandá Branco Angico (*) Calumbi Cumaru (*) Espinheiro Sabiá (**) Mulungu (*) Sucupira Juamirim Juazeiro(*) Oiticica (*) Quixaba (*)

Spondias tuberosa Arruda Astronuim urundeuva (Engl) Schinopsis brasiliensis Engl. Aspidosperma pyrifolium Mart. Aspidosperma sp. Syagrus coronata Tabebuia caraíba ( Mart.) Bureau Tabebuia spongiosa Rizzini Commiphora leptophlocos Mart. Cereus jamacaru P.DC. Maytenus rígida Mart. Cnidoscolus phyllacanthus Manihot pseudoglazioviti (Pax) Caesalpinia pyramidalis Tul. Caesalpinia pyramidalis Tul. Cassia bicapsularis (Linn) Cássia excelsa Schrad Senna acuruensis (Benth) H.S. Swartzia pickelli Killip ex Ducke Piptodenia maerocarpa (Benth) Caesalpinia pyramidalis Tul. Amburana cearensis A Smith Chloroleucon foliolosum (Benth) Mimosa caesalpiniifolia (Benth) Erythrina aurantiaca ( Ridl) Bowdichia pubescens (Benth) Zizyphus undulata (Reiss) Ziziphus joazeiro (Mart) Licania rígida (Benth) Sideroxylon obtusifolium

Fonte: Radambrasil (*) Plantas com propriedades medicinais (**) Muito adequada para revegetação de jazidas de materiais (ver descrição adiante)

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LISTAGEM DAS ESPÉCIES DA CAATINGA MAIS COMUNS NA ÁREA DO PROJETO

2. Vegetação Arbustiva

Família

Nome Vulgar

Nome Científico

Cactaceae Cactaceae Caesalpiniaceae Cesalpinioideae Combretaceae Euphorbiaceae Euphorbiaceae Euphorbiaceae Ethretiaceae Euphorbiaceae Euphorbiaceae Fabaceae Labiadeae Malvaceae Mimosaceae Mimosaceae Mimosaceae Solanaceae

Facheiro Xique-xique Mororó ou unha-de-vaca(*) Turco (*) Mofumbo Cansação Marmeleiro (**) Pinhão Moleque-duro (*) Quebra-faca Velame (**) Camaratuba Alfavaca-de-caboclo (*) Relógio (*) Carqueja Jurema Preta (**) Jurema Vermelha (**) Jurubeba (*)

Pilosocereus pachycladus (Rither) Pilocereus gounellet (Weber) Bauhinia cheilanthia (Bong) Steud Parkinsonia aculeata (Linn) Cobretum leprosum Jatropha urens (Linn) Croton sonderianus Muell.Arg Jatropha curcas (Linn) Cordia leucocephalla (Moricand( Cróton conduplicatus (Kunth) Cróton campestris St. Hil., Cratylia mollis Mart. Ex Benth Ocimum fluminense Sida rhombifolia (Linn) Calliandra depauperata (Benth) Mimosa teneuflora (Willd) Poiret Mimosa arenosa (Willd) Poiret Solanum paniculatum (Linn)

Fonte: Radambrasil (*) Plantas com propriedades medicinais (**) Adequadas para revegetação de jazidas de materiais, com destaque para as juremas e marmeleiro (ver descrição adiante)

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LISTAGEM DAS ESPÉCIES DA CAATINGA MAIS COMUNS NA ÁREA DO PROJETO

3. Vegetação Rasteira e/ou Sub-arbustiva

Família

Nome Vulgar

Nome Científico

Amarantaceae Amarantaceae Bromeliaceae Cactaceae Capparaceae Convolvulaceae Escrofulariaceae Labiadeae Lamiaceae Malvaceae Malvaceae Mimosoideae Papaveraceae Papilionoideae Portulacaceae Verbenaceae

Carrapichinho Macela (*) Macambira (**) Coroa-de-frade (*) Feijão brabo Batata-de-purga (*) Amargoso Cordão-de-frade (*) Bamburral (*) Malva branca Malva preta (*) Malícia Cardo-santo (*) Vassourinha Beldroega Alecrim-do-campo (*)

Alternanthera brasiliana Gomphrena jubata Moq. Bromelia laciniosa Mart. Ex Schult. Melocactus bahiens’s Werderm Capparis flexuosa (L.) L. Operculina macrocarpa (Linn) Tetraulacium veronicaeforme Turez Phlomis nepetae folinf (Linn) Hyptis umbrosa Salzm. Ex Benth. Sida cordifolia (Linn) Sida micrantha St. Hil... Mimosa sensitiva (Linn) Argemone mexicana (Linn) Stylosanthe angustifólia (Vog) Potulaca oleracea (Linn) Lantana microphylla (Mart)

Fonte: Radambrasil (*) Plantas com propriedades medicinais (**) Adequada para contenção de taludes em trabalhos de revegetação A flora ciliar (margens de cursos d’água e várzeas) tem como espécies

predominantes a carnaúba (Copernicia prunifera), acompanhada por um estrato arbustivo-arbóreo composto por mofumbo (Combretum leprosum), cajá (Spondias mombim), marmeleiro (Croton sonderianus), jurema branca (Piptadenia stipulacea) e umari (Geoffroea spinosa).

Apresenta-se a seguir, o Mapa de Vegetação da área do projeto, observando-se

as diferenciações entre os domínios fitoecológicos. Nas fotos apresentadas a seguir, observa-se o aspecto da vegetação no entorno

das pontes.

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No Mapa de Vegetação apresentado a seguir, visualiza-se o posicionamento da

Caatinga no entorno da rodovia.

Ponte Pontal I: vista geral Ponte Pontal I: vista da vegetação ciliar com carrapa-teiras e juremas

Ponte Pontal I: vista da vegetação cliar rarefeita com lixo nas margens e higrófila no leito do rio

Ponte Pontal II: Vista geral com vegetação ciliar rarefeita nas cabeceiras

Ponte Pontal II: Vista geral do lado contrário, com vegetação ciliar arbustiva nas cabeceiras

Ponte Pontal II: Pilar central observando-se a vegetação ciliar arbustiva nas margens

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b) Risco de Desertificação O fenômeno da desertificação tem sido entendido, pela comunidade

internacional, como um problema de dimensões globais que afeta as regiões de clima árido, semi-árido e sub-úmido seco da Terra.

Foi somente em 1992, quando da realização da Conferência sobre Meio

Ambiente e Desenvolvimento, a Rio 92, que a questão da desertificação passou a ter nova posição no contexto internacional. Pressionados pelos países em desenvolvimento, as Nações Unidas incluíram um capítulo especial sobre o tema na Agenda 21 (capítulo 12) e aprovaram a negociação de uma Convenção Internacional, instrumento juridicamente vinculante para os países que a ratificam.

A Convenção da Desertificação já está em vigor e o Brasil é um de seus

signatários, o que significa a adoção do compromisso para sua implementação. Este compromisso está consubstanciado no documento “Diretrizes para a Política Nacional de Controle da Desertificação”, já aprovado pelo CONAMA e marco jurídico a partir do qual as ações dos Governos estaduais vêm se pautando.

Além das áreas com níveis de degradação difusos no Nordeste, podem ser

citadas quatro áreas com intensa degradação, segundo a literatura especializada, os chamados Núcleos de Desertificação. São eles: Gilbués-PI, Irauçuba-CE, Seridó-RN e Cabrobó-PE, totalizando uma área de 18.743,5km2.

A principal relação entre obras rodoviárias e desertificação refere-se ao fato de

que as obras, muitas vezes, requerem materiais de construção explorados em jazidas que se localizam em áreas com vegetação nativa, exigindo desmatamento, o que, em áreas de risco de desertificação viriam a contribuir no agravamento deste fenômeno, no caso de não se proceder à devida reposição da camada fértil e a subsequente revegetação das áreas com espécies nativas.

Observe-se que o entorno da rodovia assenta-se em área de risco muito grave de

desertificação, o que reforça a necessidade de se promover a recomposição florestal nas jazidas a serem exploradas em áreas com vegetação nativa.

A seguir, apresenta-se o Mapa de Risco de Desertificação do Estado de

Pernambuco, onde se constata que os riscos são bastante altos (classe “muito grave”) na área do projeto.

c) Fauna

A distribuição de uma espécie animal pode ser limitada por vários fatores, tais

como: incapacidade de dispersão para novas áreas; limitações comportamentais como seleção de habitat; limitações impostas por fatores físicos como temperatura ou químicos como umidade; e limitações impostas por fatores bióticos como predação, parasitismo, competição e doenças (Krebs, 1985). Os elementos que limitam a distribuição geográfica não operam de forma isolada e a distribuição de um animal pode estar determinada por uma combinação de fatores.

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A composição da fauna da Caatinga está determinada por uma série de fatores, como os citados acima. Entretanto, o principal deles certamente é o clima quente e seco da região que condiciona um ambiente semi-árido com vegetação xerófita aberta.

O elevado grau de ocupação humana na região é outro fator que influencia a

composição da fauna da área do projeto, já que algumas formas animais, como muitos mamíferos de maior porte, são intolerantes à proximidade de populações humanas.

Uma das características marcantes da fauna das caatingas é o número muito

pequeno de espécies endêmicas (Rodrigues, 1986). Na realidade, a fauna das caatingas é basicamente parte da fauna da grande diagonal de formações abertas sulamericanas, que inclui também o Chaco e os Cerrados do Brasil Central (Ab’Saber, 1977).

Outra característica marcante da fauna das caatingas é a ausência de

adaptações marcantes ao semi-árido. Uma análise da fauna de mamíferos das caatingas, por exemplo, concluiu que ela não apresenta características consideradas adaptativas em ambientes semi-áridos (Mares et al., 1985).

Vale salientar que a fauna nessa caracterização foi levantada conforme dados da

literatura e enquetes em campo. c.1) Herpetofauna A herpetofauna possui um número restrito de espécies, sendo muito afetadas

pela urbanização e destruição de habitats. Os anfíbios que dependem de áreas alagadas são dependentes de ambientes

pouco poluídos e/ou com microclimas específicos. Dentre os anfíbios anuros que podem ser encontrados na área de influência do

Projeto, destacam-se: cururu pequeno (Bufo granulosus), cururu (Bufo paracnemis), rã-de-cera (Phyllomedusa hypocondrialis), perereca (Hyla pachychrus), rã (Pipa carvalhoi), rã-manteiga (Leptodactylus ocellatus), rã (Leptodactylus troglodytes) e sapo chifrudo (Proceratophrys cristiceps).

Por sua vez, entre os répteis que podem ser encontrados, destacam-se: briba

(Briba brasiliana), briba (Coleodactylus meridionalis), calango-de-cobra (Diploglossus lessonae), calango-verde (Ameiva ameiva), calanguinho (Cnemidophorus ocellifer), lagartixa (Tropidurus hispidus), lagarto (Gymnophthalmus multiscutatus), teiú (Tupinambis merianae), cascavel (Crotalus durissus), cobracega (Leptotyphlops sp.), cobra-cipó (Leptophis ahaetulla), cobra-coral (Micrurus ibiboboca), cobrade- duas-cabeças (Amphisbaena sp.), corredeira (Thamnodynastes sp.) e jararaca (Bothrops erythromelas).

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c.2) Ornitofauna A avifauna do ambiente das caatingas apresenta boa diversidade, apesar das

limitações impostas pelo ambiente. De modo geral, a avifauna das caatingas é constituída por formas de ampla distribuição geográfica, ocorrendo também em outras regiões e em outros tipos de formações vegetais.

Dentre as aves encontradas na região, destacam-se: • anu-branco (Guira guira), • asa-branca (Patagioenas picazuro), • avoante ou arribaçã (Zenaida auriculata), • bacurauzinho (Caprimulgus hirundinaceus), • bentevi (Pitangus sulphuratus), • bico-virado-da-caatinga (Megaxenops parnaguae), • cancão (Cyanocorax cyanopogon), • carcará (Caracara plancus), • casaca-de-couro (Pseudoseisura cristata), • coruja boraqueira (Speotyto cunicularia), • galo-de- campina (Paroaria dominicana), • garça-vaqueira (Bubulcus íbis), • gavião carrapateiro (Milvago chimachima), • joão-chique-chique (Gyalophlylax hellmayri), • lavadeira (Fluvicola nengeta), • pardal (Passer domesticus), • periquito-da-caatinga (Aratinga cactorum), • rasga-mortalha (Tyto alba), • rolinha-branca (Columbina picui), • sabiá (Turdus rufiventris) • urubu (Coragyps atratus). c.3) Mastofauna Ao contrário do que acontece com os outros grupos de vertebrados, não há

muitos mamíferos endêmicos da Caatinga (VIVO, 1998). As explicações para este fato estão associadas tanto ao pequeno número de estudos taxonômicos para a região, como ao fato da Caatinga ter um surgimento recente em termos de escala geológica (COIMBRA-FILHO & CÂMARA, 1996). Os mamíferos de ocorrência restrita a essa região, aparentemente, não possuem qualquer particularidade visível em relação a um aumento de capacidade fisiológica para a retenção de água em relação às espécies aparentadas de ocorrência em outros habitats.

Possivelmente, ambientes mésicos (matas ciliares e florestas-de-galeria)

proporcionam refúgios para boa parte da mastofauna da Caatinga em épocas de condições climáticas adversas.

Dentre os mamíferos encontrados na área, destacam-se: os roedores, o

camudongo (Mus musculus), o mocó (Kerodon rupestris), o preá (Galea spixii) e a cutia (Dasyprocta sp.); os felídeos, o gato-do-mato (Leopardus tigrinus) e o gato vermelho (Herpailurus yagouaroundi); o primata, o sagüi ou soim (Callithrix jacchus).

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Outros mamíferos são: a raposa (Cerdocyon thous), o gambá ou tacaca (Conepatus semistriatus), o guaxinim (Procyon cancrivorus G.), o timbu (Didelphis albiventris), o tatu-peba (Euphractus sexcinctus), o tatu-galinha (Dasypus novemcinctus) e o morcego (Saccopteryx sp.).

d) Unidades de Conservação No município de Lagoa Grande não há registro de Unidades de Conservação

legalmente instituídas. Entretanto, a vegetação ciliar das margens do Riacho do Pontal, onde serão ampliadas as pontes são “vegetação de preservação permanente”, o que implica na recomposição da vegetação ciliar das margens do rio quando das obras previstas, o que é objeto do Projeto Ambiental.

10.3.2 Meio Antrópico

a) Área de Influência Indireta (AII) O município de Lagoa Grande e o local das pontes inserem-se na denominada

Região de Desenvolvimento Sertão do São Francisco, de acordo com conceituação da Agência de planejamento estadual CONDEPE/FIDEM, a qual é considerada, para efeito deste Estudo, a Área de Influência Indireta (AII) do empreendimento.

Na ilustração a seguir, tem-se o posicionamento da citada Região de

Desenvolvimento e Microrregiões Homogêneas no contexto das demais no território estadual.

A Região de Desenvolvimento do Sertão do São Francisco está localizada na Região do Semi-árido pernambucano, com uma área de 15.044,4 Km2, é constituída por oito municípios.

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A economia do São Francisco está inserida no mercado mundial pela exportação de frutas in natura, caracterizando-se pelo desenvolvimento da agricultura irrigada às margens do Rio São Francisco, com destaque para a fruticultura, horticultura e floricultura, e na agroindústria, pela vitivinicultura, com a produção de vinhos finos de mesa conhecidos nacional e internacionalmente.

Nessa RD, as atividades urbanas estão vinculadas ao desenvolvimento da agricultura irrigada, que possui fortes ligações com a agroindústria e o comércio, com a presença de um setor industrial em expansão e de atividades terciárias diversificadas, contando, inclusive, com um pólo de serviços especializados consolidado. A Região tem como vias de principal acesso as rodovias BR-428, BR-122, BR-316 e BR-407. Também possuem diversas estradas vicinais que ligam os povoados aos maiores centros urbanos.

O Sertão do Araripe também registra grandes carências nas condições de vida de sua população, notadamente na área ambiental, com falta de saneamento, manejo inadequado dos recursos naturais, lixo nos cursos d’água, utilização de agrotóxicos, desmatamento desordenado, empobrecimento de solos e a degradação ambiental, entre outros. Também ocorrem problemas sociais como a mortalidade infantil, analfabetismo, abastecimento d’água e esgotamento sanitário, que apresentam índices baixos na região, em particular nas áreas de sequeiro.

Na ilustração a seguir (Fonte: Agência FIDEM/CONDEPE) as cadeias produtivas da citada Região de Desenvolvimento, polarizada pelo município de Petrolina.

b) Área de Influência Direta: Município de Lagoa Grande Foi considerada como Área de Influência Direta, o município de Lagoa Grande,

cujo núcleo urbano está muito próximo das pontes. A caracterização sócio-econômica do município é apresentada a seguir.

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c) Referências Municipais • Mesorregião São Francisco Pernambucano • Microrregião Petrolina • Região de Desenvolvimento Sertão do São Francisco • Limite norte Santa Cruz • Limite sul Estado da Bahia • Limite leste Santa Maria da Boa Vista • Limite oeste Petrolina e Dormentes • Distritos Lagoa Grande e Jutaí • Povoados Açude Saco II, Vermelhos e Ouro Verde d) População

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e) Indicadores Sociais Nas tabelas a seguir tem-se a dimensão dos indicadores sociais no município,

observando-se uma melhora em todos, quando se compara o ano de 2000 com o de 1991, o que revela uma tendência na maioria dos municípios do Estado, bem como no Brasil como um todo.

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f) Educação As taxas de analfabetismo reduziram-se sensivelmente no período 1991-2000 em

todas as faixas etárias. Entretanto, a média de anos de estudo ainda é pequena se comparado com municípios mais desenvolvidos, a exemplo de Petrolina – pólo regional – para onde se direciona as demandas por ensino universitário.

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g) Saúde Lagoa Grande possui apenas um hospital e uma taxa de mortalidade infantil

relativamente elevada. As demandas mais especializadas são direcionadas para a vizinha cidade de Petrolina que possui infra-estrutura de saúde para atendimento regional.

h) Infra-estrutura (Saneamento, Abastecimento de Água, Energia Elétrica e Transportes Saneamento

Água

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Energia Elétrica i) Atividades Econômicas O PIB municipal é pouco expressivo no contexto estadual. A agropecuária,

entretanto, se sobrepõe incorporando atividades agrárias irrigadas a partir do Rio São Francisco. Seguidamente, sobressai o setor de Serviços.

As culturas irrigadas de uva, tomate, cebola, goiaba e manga são marcantes não

só no município mas na Região de Desenvolvimento do Sertão do São Francisco, assim como a caprino-ovicultura.

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j) Planos Viários Co-localizados Destaca-se a intenção do governo do Estado em implantar melhorias nas vicinais

das ilhas do Rio São Francisco, na pavimentação da ligação Vicinal Ibó – Belém do São Francisco, além de melhorias nas rodovias federais que dão acesso à microrregião e ponte sobre o rio São Francisco, ora em construção, que substituirá a travessia por balsa, em Ibó, interligando o estado da Bahia a Pernambuco (foto a seguir).

A implantação do Ramal da Ferrovia Transnordestina ligando Petrolina a

Salgueiro e daí, até o Porto de Suape é, também, uma importante infra-estrutura para escoamento da produção do município e da região como um todo.

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l) Terras Indígenas/Comunidades Quilombolas No município de Lagoa Grande não se registra a presença de terras indígenas

nem tampouco de comunidades quilombolas.

Vista da ponte sobre o Rio São Francisco em Ibó em construção (próximo a Lagoa Grande) facultando mais uma alternativa de acesso ao vizinho Estado da Bahia interligando as BR-122 e 428 na Região de Desenvolvimento do Sertão do São Francisco.

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10.4 Projeto Ambiental O Projeto Ambiental contempla a recuperação: • das cabeceiras das pontes sobre o Riacho do Pontal alargadas. • da área do acampamento. Conforme referido nos Estudos Ambientais, não existem ocorrências de Passivo

Ambiental nas margens da ponte não gerando, portanto, quantitativos neste Projeto Ambiental.

10.4.1 Considerações sobre as Ocorrências de Materiais

Importante ressaltar que todas as fontes de materiais a serem utilizados no

projeto (areia, brita, etc.), serão obtidas de fornecedores comerciais, razão porque não se incluiu a recuperação de tais áreas neste Projeto.

Quanto à recuperação das cabeceiras das pontes, ressalte-se que o diagnóstico

do item Vegetação dos Estudos Ambientais, bem como as inspeções em campo, indica a presença de vegetação nativa, com predomínio de vegetação do Bioma Caatinga, razão porque se optou pelo replantio da vegetação nativa típica daquele Domínio (ver Escolha das Espécies Vegetais e Anexo à EP-01).

Apresenta-se, a seguir o quadro “Detalhamento dos Serviços de Recuperação

Ambiental”, contemplando cada ocorrência de per si. O resumo dos quantitativos foi incorporado ao Quadro de Quantitativos do Projeto de Engenharia.

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3.000

3.000

3.000

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10.4.2 Resumo das Quantidades RESUMO DAS QUANTIDADES

Itens de Serviço

Unid.

Quant.

Especificação

. Plantio de Mudas . Hidrossemeadura

ud. m2

1.332 3.000

EP-01 DNIT ES-341/97

10.4.3 Memória de Cálculo

Esta Memória de Cálculo, encontra-se compatibilizada com as recomendações

do DNIT em análises de projetos similares, a exemplo: cálculo de densidade de mudas para APP e fora de APP; distanciamento de mudas; aplicação de hidrossemeadura; área de recuperação de matas ciliares nas cabeceiras de pontes, etc.

a) Cálculo do Plantio por Mudas Levando-se em conta que previu-se apenas o plantio de mudas nas margens dos

Riachos Pontal I e Pontal II (Área de Preservação Permanente – APP), considerou-se a densidade de 1.111 mudas/hectare, ou espaçamento de 3m x 3m = 9m2 por muda. O tamanho das mudas a serem utilizadas deverá ser de, no mínimo, 30cm, do coleto até o último broto apical.

b) Cálculo da Área do Canteiro Considerou-se uma área total do canteiro de 5.680 m2. A área do Canteiro

deverá se localizar fora da área de APP dos dois riachos, ou seja, com distanciamento mínimo de 50 m do leito de cada curso d’água. Deverá ser instalado próximo à rodovia em área localizada entre as duas pontes cuja distância entre as mesmas é de 150 m.

c) Cálculo de Recuperação de Matas Ciliares das Cabeceiras da Ponte Levando-se em conta que as intervenções de construção e alargamento de

pontes necessariamente implicam na erradicação de parcelas da vegetação ciliar, tanto em razão da própria implantação das cabeceiras das pontes (erradicação definitiva), bem como da movimentação de máquinas, equipamentos e deposição de materiais de construção no entorno das cabeceiras, impacto que pode ser reversível, torna-se imperioso, para que não se incorra em confronto legal, que se proceda a uma revegetação compensatória da faixa de APP suprimida.

O próprio DNIT, em análise de projetos viários anteriores, tem sugerido um

modelo espacial de compensação destas intervenções, através de um croqui ilustrativo, o que será tomado como base neste projeto.

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Na ilustração a seguir (originário do Código Florestal) tem-se o enquadramento das pontes sobre os Riachos Pontal I e II nas respectivas faixas de proteção legal, o que será tomado como base para o cálculo do número de mudas a ser implantado (memória de cálculo subseqüente).

Nas cabeceiras da ponte (OAE), tratando-se de área de APP, considerou-se o plantio por mudas conforme indicado no item a: 1.111 mudas/ha, levando-se em conta a faixa de proteção do curso d’água conforme Código Florestal (acima) x área da faixa de domínio de 30 m em cada cabeceira.

Na tabela a seguir apresenta-se os quantitativos dos serviços de revegetação no

entorno da ponte considerando-se: • a faixa de proteção transversal do Código Florestal para cada uma das quatro

cabeceiras da ponte a ser construída; • uma faixa longitudinal de 30 m que corresponde a faixa de domínio cujas

matas ciliares serão degradadas em razão das obras de implantação das cabeceiras das pontes, movimentação de máquinas e veículos, deposição de materiais de construção, etc.,

• a indicação do Projeto-Tipo concebido a partir da recomendação do DNIT já

referida anteriormente.

Determinação das Faixas de Proteção:

Ponte a Faixa Largura Faixa de Construir do Rio Proteção

Rch.Pontal I 10 a 50 m 50 m

Rch.Pontal II 10 a 50 m 50 m

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Memória de Cálculo da Área e Número de Mudas para Recuperação de Matas Ciliares – Cabeceiras das Pontes sobre o Riacho Pontal I e II

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10.4.4 Projetos-Tipo A seguir apresenta-se o seguinte Projetos-Tipo para recuperação das áreas a

serem degradadas nas cabeceiras das duas pontes: Projeto-Tipo 1: Recuperação de Matas Ciliares - Pontes;

10.4.5 Escolha das Espécies Vegetais As espécies vegetais a serem introduzidas na revegetação das áreas

degradadas, após o tratamento dado conforme procedimentos constantes do item anterior, inclui:

• gramíneas associadas a leguminosas por hidrossemeadura visando

fornecer uma proteção imediata contra a erosão e prover o estrato graminoso e sub-arbustivo nas áreas;

• arbustos e árvores nativos por mudas, conforme Especificação EP-

01 anexa. a) Gramíneas/Leguminosas a ser Utilizadas na Hidrossemeadura para

Recuperação da Área do Canteiro A Especificação DNIT-ES-341/97 deverá nortear os procedimentos de plantio, ali

constando, inclusive, uma listagem de gramíneas e leguminosas que têm maior capacidade de consorciação e atributos desejáveis como agressividade e rusticidade, rápido desenvolvimento, fácil propagação, baixo custo de implantação, pouca exigência nas condições dos solos e nos cuidados de manutenção, fácil aquisição comercial, consorciabilidade. São as seguintes as espécies vegetais constantes da especificação:

Gramíneas Leguminosas Braquiaria Humidícola, Decumbens ou Brizantha Pueraria Phaseoloides (kudzu tropical) Paspalum notatum (grama Batatais) Calopogonium Muconoides (calopo) Axonopus Obtuzifolius Cajanus Cajan (feijão guandu) Eragrostis Curvula (capim chorão) Centrosema Pubescens (centrosema) Milinis Minitiflora (capim gordura ou meloso) Estizolobium anterrinum (mucuna) Lolium Multiflorum (azevêm) Setária anceps (capim sectária) Pesquisa efetuada pelo IRI – Internacional Reaserch Institute para o DNIT, à

época DNER, foi conclusiva quanto às seguintes consorciações: • Brachiaria Humidicola com Pueraria Phaseoleides: melhor comportamento e

vantagens sobre todos os aspectos constantes dos atributos básicos desejáveis (já referido);

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• Brachiarias com Centrosema Pubescens ou Calopogonium Muconoides: resultados satisfatórios, ficando em segundo plano.

Por sua vez, conforme Alcântara, Pedro Jr. Donzelli, 1993, as gramíneas capim

gordura e as braquiárias são os mais resistentes a condições adversas de solos, além de deterem maior poder de proteção contra a erosão.

A equipe encarregada da supervisão ambiental, na fase de obras deverá

promover a análise dos solos de cada ocorrência, no sentido aferir a consorciação mais produtiva para cada área a ser tratada.

A recuperação da bio-estrutura do solo, devida ao sistema radicular bastante

expansivo das gramíneas e leguminosas, produzindo e depositando no solo grande quantidade de matéria orgânica, faz aumentar a capacidade de retenção do oxigênio e da água das precipitações pluviométricas, vitais para o desenvolvimento e manutenção da vida vegetal.

O revestimento vegetal do solo funciona como anteparo natural da incidência

solar e a quebra do impacto das gotículas das chuvas, bem como, diminui a velocidade dos fluxos d’água devido as mesmas, protegendo, portanto, o solo, do processo erosivo e conseqüentemente o carreamento do mesmo para formação de assoreamento das regiões baixas da topografia local.

b) Espécies Arbustivas e Arbóreas para Plantio por Mudas nas Cabeceiras

das Pontes A escolha das espécies vegetais a serem introduzidas, corresponde a espécies

típicas da região do empreendimento (domínio da Caatinga) pautando-se pelos seguintes condicionantes:

• serem nativas da região em estudo; • deterem alto poder de germinação em quaisquer solos, como a seguir descrito

(Problemas de Reflorestamento do Nordeste Brasileiro - Romildo F. de Carvalho em As Regiões Naturais do Nordeste e o Meio e a Civilização, J. Vasconcelos Sobrinho, Recife, 1971):

Jurema (Mimosa sp) - arbusto

“Graças à sua abundante sementação, regenera-se admiravelmente por semente, embora brote pelo tronco depois de cortada. Tem a vantagem de adaptar-se a qualquer condição de solo, propagando-se por isso em terras de aterros ou mineralizados, rochosas e solos pedregosos, secos e úmidos (não encharcados)” Marmeleiro (Croton sp) - arbusto

“Regenera-se abundantemente por semente, cuja produção é imensa, nas caatingas do Sertão, Seridó, Agreste, Caatinga Verdadeira e Cariris Velhos. Perpetua-se violentamente por brotação de tronco depois de cortada. Invade

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grandes áreas abertas depredadas, bem assim, nas áreas de lavouras abandonadas, margens de estradas, caminhos, veredas e aceiros.” Sabiá (Mimosa caesalpiniaefolia) - Família Leguminosas Mimosóideas “Árvore de até 7 m de altura... comum em todo o Semi-Árido. Pelo seu rápido

desenvolvimento, recomenda-se como essência indispensável a qualquer trabalho de reflorestamento do Nordeste seco. Multiplica-se por sementes e estacas. Três anos depois, já fornece madeira pesada, de cerne roxo-escuro. Um sabiazal praticamente não se acaba” (foto a seguir).

Pode-se, ainda, incluir a palmeira Carnaubeira, Cajarana e a espécie exótica

Algaroba (bem adaptada às regiões do Semi-Árido).

A Algaroba (Prosopis Juliflora) é uma árvore que foi introduzida no Brasil, que se adaptou muito bem ao clima e ao estilo da terra da Caatinga. Hoje, ela é uma fonte de alimento para os rebanhos em período de secas prolongadas. Suas flores são muito apreciadas pelos insetos, em particular pelas abelhas. Os frutos são vagens amarelas, onde no seu interior estão depositadas as sementes. Suas sementes chegam a 2 centímetros. Suas folhas são compostas, bipinadas. Ás árvores adultas podem ir de 10

Sabiá

Nome Científico: Mimosa caesalpiniaefolia

Família: LeguminosasMimosóideas

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a 20 metros. A madeira é boa para lenha. Não exige muita água e cresce em terrenos salobros (foto a seguir).

10.4.6 Recomendações para Preservação dos Cursos d’Água

Estas recomendações, diante da natureza das obras devem ser consideradas

principalmente nas margens da ponte sobre o Riachos Pontal I e II, devendo-se adotar os seguintes procedimentos:

• evitar o lançamento de materiais resultantes das atividades e terraplenagem

e/ou pavimentação nos cursos d’água; • evitar a lavagem de veículos e equipamentos nas margens dos cursos d’água; • utilizar calhas e dissipadores de energia que direcionem as águas pluviais,

através do meio-fio ou sarjetas, principalmente nos aclives e declives mais acentuados;

• escolher local adequado para disposição final do material de expurgo podendo

ser enterrado na área do Canteiro; • construir instalações sanitárias adequadas nos canteiros de obras, evitando o

lançamento “in natura” nos cursos d’água. A adoção das medidas acima relacionadas deverá contribuir para a contenção da

erosão e do consequente assoreamento dos cursos d’água, além de proteger a qualidade dos mananciais da área.

10.4.7 Implantação, Operação e Remoção de Acampamentos e Áreas Industriais

Algaroba

Nome Científico: Prosopis juliflora

Família: Leguminoseae

Habitat: origem: Peru, hoje faz parte da Caatinga.

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Implantação dos Acampamentos e Áreas Industriais

a) Condições Gerais A Implantação dos acampamentos e áreas industriais deverá se pautar pelas

seguintes condições a seguir descritas. A camada vegetal (solo de topo), oriunda das operações de desmatamento,

limpeza e preparo do terreno, será removida para estocagem em áreas previamente escolhidas. Este material (estocado e protegido de modo a evitar o carreamento) será utilizado, futuramente, na recuperação ambiental das áreas afetadas pelas obras que deverá ser através do plantio de gramíneas a lanço manual.

Os locais próximos a áreas de interesse ambiental serão evitados, ou seja, deve-

se evitar a instalação do acampamento nas área de APP das margems dos Riachos do Pontal I e II (faixa de proteção do Código Florestal) que é de 50 m para cada margem .

A distribuição das instalações deve ser projetada de modo a reduzir ao mínimo

necessário a supressão de vegetação e o movimento de terra, mantendo-se, sempre que possível, as formações vegetais nativas nos espaços não utilizados e no seu entorno.

b) Infraestrutura Infraestrutura de Abastecimento de Água: Todos os sistemas de abastecimento,

inclusive as áreas de captação, serão implantados com dispositivos de proteção contra contaminações, sendo protegidos por cercas, fechamentos, coberturas e outras intervenções que se fizerem necessárias.

Infraestrutura de Esgotamento Sanitário, Doméstico e Industrial: Os efluentes

líquidos, normalmente gerados nos acampamentos e áreas industriais, compreendem: Efluentes Sanitários – de escritórios, alojamentos e demais instalações de apoio; Efluentes Domésticos – das cozinhas e refeitórios; Efluentes Industriais – das oficinas, das instalações de manutenção, das

instalações industriais de apoio e dos pátios de estocagem de materiais.

Deverão ser obedecidas as seguintes condições básicas para sua implantação: • As redes de coleta de efluentes líquidos serão implantadas distintamente, uma

para os efluentes domésticos e sanitários e outra para os industriais. Em nenhuma hipótese deverão ser interligados os sistemas de drenagem de águas pluviais e sistemas de esgotamento sanitário;

• Para óleos, graxas, etc. serão implantadas caixas de separação, acumulação

e adotados procedimentos de remoção especiais. Os locais de disposição final

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serão aprovados pela fiscalização, já na fase de implantação do acampamento;

• Para o tratamento de efluentes domésticos serão implantadas fossas sépticas; • Não será permitido o uso / implantação de valas a céu aberto para

esgotamento de efluentes. A disposição final de resíduos sólidos será realizada em locais pré-definidos, de

acordo com a fiscalização. As áreas de descarte serão implantadas nas seguintes condições:

• Distância de pelo menos 100m de corpos hídricos; • Em função das características do material de descarte, o terreno destinado a

execução de bota-foras será objeto de compactação prévia e / ou outro tipo de preparo que se fizer necessário (concretagem, revestimento plástico, outros);

• Caso necessário, implantar sistema de drenagem no maciço; • Evitar áreas com vegetação, talvegues, nascentes ou outras áreas de

interesse antrópico e biótico. O sistema de drenagem das águas superficiais tem por objetivo evitar a

formação de processos erosivos e assoreamentos. Para sua implantação deverão ser obedecidas as seguintes condições:

• Serão adotadas soluções específicas aos deságües, por dispositivos de

proteção dos terrenos e terraplenos, assegurando a interface da drenagem superficial com o terreno natural;

• Não serão interligados sistemas de águas servidas ao de drenagem; • Em pontos pré-definidos, a montante dos deságües, serão dispostas caixas

coletoras distintas para óleos e graxas de forma a permitir seu correto manejo; • Por se tratarem de instalações temporárias, deve-se adotar a implantação

sistemas de drenagem simplificados (drenagem de serviço), dispensando-se obras padronizadas em concreto, por serem onerosas e de difícil remoção.

c) Higiene e Saúde e Contratação de Pessoal Para implantação de estrutura voltada à higiene e saúde dos acampamentos e

funcionários, serão adotadas as seguintes diretrizes básicas: • As cozinhas serão projetadas e construídas de forma a permitir total higiene e

dispor de todos os equipamentos e recursos necessários, privilegiando a limpeza do local;

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• As instalações dos refeitórios serão protegidas pelo uso de telas e equipadas por sistema de ventilação;

• A contratada disporá de ambulatório para tratamento de doenças, endemias e

acidentes, sendo capaz de oferecer socorro emergencial. • No processo admissional de funcionários haverá total interação com os

programas do meio sócio - econômico e cultural, em especial com o Programa de Treinamento e Capacitação da Mão de Obra, sendo repassado aos colaboradores, população residente na área de influência direta da rodovia e ao contingente contratado para as obras, incluindo suas famílias, informações relativas às características, necessidades e mudanças decorrentes das obras e também em relação aos Programas Ambientais a serem implantados;

• Todo o pessoal contratado será submetido aos exames médicos previstos no

Programa de Segurança e Saúde dos Trabalhadores; • O início dos trabalhos se fará após treinamento admissional de prevenção de

acidentes do trabalho e preservação ambiental, conforme o Programa específico de Treinamento e Capacitação da Mão – de – Obra e o Programa de Educação Ambiental.

Operação dos Acampamentos e Áreas Industriais a) Abastecimento d’Água: • A água destinada ao uso humano terá a qualidade atestada periodicamente,

por instituição idônea; • No caso de tratamento pela utilização de produto(s) químico(s), o

armazenamento e manipulação serão efetuados de acordo com as normas vigentes;

• Serão adotados equipamentos especiais, definidos de acordo com as

condições locais, para proteção ao sistema de abastecimento e depósito de água, impedindo contaminações;

• Efetuar monitoramento e manutenção do sistema implantado. b) Esgotamento Sanitário, Doméstico e Industrial: • As atividades operacionais para o tratamento de efluentes envolverão o

monitoramento e manutenção sistemática do sistema implantado; • Não será permitida lavagem de veículos, peças e equipamentos em corpos

d'água.

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c) Coleta e Disposição de Resíduos Sólidos: • Será procedida a seleção / separação do lixo orgânico do inorgânico, com

freqüências de coleta, tratamento e destino final realizado de modo a não permitir a criação de odores ou proliferação de vetores nocivos à saúde;

• Os resíduos que não oferecerem riscos de contaminação dos solos poderão

ser dispostos em aterros apropriados; • O lixo hospitalar será obrigatoriamente coletado diariamente, disposto e

posteriormente incinerado em instalação apropriada e exclusiva; • Os resíduos sólidos industriais compostos de peças de reposição inutilizadas,

filtros e embalagens de papel, plástico e outros derivados de petróleo, pneus e peças de madeira, panos utilizados em limpezas, etc., serão objeto de coleta seletiva, para posterior destinação de acordo com sua categoria;

• Entulhos de obras (alvenarias, concretos, madeiras) restos de materiais dos

pátios de estocagem (pedras, areias, solos) e restos das usinas de solos e concretos, serão lançados em bota-foras especiais. A recuperação ambiental destas áreas compreenderá, obrigatoriamente, cobertura por solo orgânico, (estocado por ocasião das operações de limpeza do terreno) previamente a implantação de cobertura vegetal.

d) Higiene e Saúde • A estocagem de alimentos será em local permanentemente limpo, arejado e,

quando necessário, refrigerado; • Serão implantados sistemas de proteção que garantam a inacessibilidade a

animais e insetos; • O transporte das refeições para as frentes de serviço deverá ser feito em

embalagens hermeticamente fechadas; • Todo o lixo será recolhido e transportado ao acampamento. e) Segurança • Quando necessário, será implantado sistema de sinalização, complementar as

medidas de segurança usuais, com a utilização de placas / faixas / cartazes; • As áreas consideradas de risco serão objeto de sinalização ostensiva e

controle restrito; • Todos os estabelecimentos terão Planos de Prevenção contra incêndio;

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• Os veículos leves e equipamentos pesados serão equipados com extintores de incêndio adequados à seus portes.

Remoção dos Acampamentos e Áreas Industriais Na fase de Desmobilização, os Acampamentos e Áreas Industriais serão

removidos, salvo por determinação contrária da fiscalização e/ou órgãos ambientais (em função de estabelecimento de convênios/compensações) para repasse destas instalações, ou parte delas, para as comunidades.

Ao se proceder as remoções serão adotadas, obrigatoriamente, as seguintes

providências: • Remoção total de todas as edificações, incluindo pisos e superfícies em

concreto; • Remover todas as cercas, muros e outros equipamentos delimitadores de

áreas; • Executar desmonte seletivo, agrupando por lotes: fiação, encanamentos,

madeiras, alvenarias, coberturas, louças e ferragens; • Verificar junto às comunidades, interesse pelo material descartado; • Transportar o entulho restante para áreas de bota-foras pré-selecionadas; • As fossas sépticas serão lacradas ou preenchidas em camadas,

paulatinamente, evitando o transbordamento; • Só proceder a remoção das redes de efluentes líquidos após sua limpeza; • Não será permitida, a permanência de quaisquer vestígios das construções,

tais como: alicerces, pisos, bases e muros de concreto para britagens e usinas de solos e concreto, cimentados para estocagem de agregados, tubulações enterradas ou aéreas, etc.;

• Erradicar áreas potenciais para acúmulo de águas pluviais; • Remoção de dispositivos que possam causar o bloqueio das águas

superficiais; • Remoção de dispositivos para transposição de linhas de drenagem natural; • Quanto aos sistemas de drenagem superficial implantados, deve-se proceder

a avaliação para decidir pela sua permanência, adequação ou erradicação; • Executar a recuperação ambiental das áreas conforme o tratamento

recomendado para as jazidas: áreas consideradas planas ou de pouca declividade por vegetação herbácea.

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Desmobilização de Mão de Obra Os contingentes de funcionários demitidos em função de paralisações ou

conclusão das obras, serão devidamente orientados em relação a oportunidades de empregos locais, se assim o desejarem, ou serem encaminhados seus locais de origem.

A orientação aos funcionários desmobilizados será realizada por assistente social

em contato com o governo, para que possam ser disponibilizados programas de emprego e apoio em várias áreas.

O objetivo destes procedimentos e evitar que, nas paralisações / término das

obras os operários demitidos se reúnam em aglomerações carentes e/ou ocupem áreas de maneira irregular, formando núcleos desordenados nos estornos dos antigos acampamentos conduzindo a processos de marginalização / aumento da criminalidade.

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EP-01 Plantio de Árvores e Arbustos Nativos da Caatinga (com ilustração anexa)

1. Generalidades Esta especificação complementa e explicita a especificação DNER ES-341/97 e

se aplicará a revegetação das margens dos Riachos Pontal I e II, cuja vegetação nativa circundante se caracteriza pela presença de espécies arbustivas e arbóreas do ecossistema da Caatinga.

Da mesma forma que a revegetação herbácea, o plantio de árvores e arbustos

nativos da Caatinga é processo natural de combate às erosões. Embora mais lento, é, entretanto, mais duradouro e eficaz ao longo do tempo, tendo seus custos reduzidos em função dos seguintes fatores:

• Facilidade de obtenção de mudas no entorno e bancos genéticos; • Possibilidade de se reduzir custos com calagem e adubação tendo em vista a

grande adaptabilidade das espécies aos terrenos inférteis; • Baixo custo de manutenção, em virtude da tendência à perpetuação • Demonstrado por várias espécies; • Extraordinária resistência às secas; • Ampla distribuição geográfica atingindo todo o Polígono das Secas. No bojo desta especificação está, ainda, o conceito de recuperação (Martos et

al., 1992), qual seja, o de reestabelecer as condições ambientais de uma área, tornando-as semelhantes às condições anteriores o que difere do conceito de reabilitação que está relacionado à idéia do uso e ocupação do solo, de forma compatível com as condições estéticas circunvizinhas. Adota-se aqui o conceito de recuperação.

2. Materiais Os materiais necessários à execução da revegetação com arbustos e árvores da

Caatinga nas áreas planas ou pouco inclinadas são: • Adubo orgânico constituído da mistura do solo orgânico natural (top soil) com

esterco bovino ou avícola, curtindo na proporção de 50% cada parte. • Adubo químico NPK (nitrogênio, fósforo e potássio) na proporção necessária e

suficiente ao solo, em função da análise edáfica e pedológica do mesmo, bem como os nutrientes que completam a adubação necessária. (enxofre, boro, etc)

• Calcáreo dolomítico para correção da acidez do solo, na proporção necessária a elevação do pH do mesmo ao índice de 5,5, com aplicação máxima de 1,5 t/ha devido ao custo elevado além deste teto.

• Mudas de espécies da Caatinga, coletadas no entorno de cada jazida e/ou bancos genéticos com, no mínimo 30 cm, do coleto até o eixo apical.

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3. Equipamentos • Trator de pneus agrícola, potência da ordem de 70 a 90 cv para arrastar as

carretas agrícolas, equipamento de aração, calagem, adubação, mistura ou incorporação ao solo dos materiais aplicados, arados e grades.

• Equipamentos agrícola constituído de arado para sulcar o solo, com láminas de 15 a 20 polegadas de diâmetro e no mínimo 12 discos.

• Equipamento agrícola de distribuição de calcáreo dolomítico, adubo químico, orgânico e sementes coletadas nas imediações.

• Equipamento para escavação de covas. 4. Calagem e Adubação No caso da vegetação de Caatinga, poderá ser utilizado um padrão mínimo de

calagem e adubação, constituindo-se, apenas, de adubação orgânica. A calagem poderá ser feita diretamente na pilha estocada da camada fértil estocada.

5. Semeadura O plantio de árvores e arbustos deverá ser executada na modalidade mudas em

covas. É um procedimento que exige cuidados, cuidados com acondicionamento e transporte de mudas. As mudas deverão ter no mínimo 30 cm do coleto até o ápice.

6. Espécies Vegetais Das espécies vegetais nativas da Caatinga, dá-se prioridade àquelas que reunem

as seguintes características: • Elevado poder germinativo; • Rapidez no crescimento; • Boa cobertura; Dentre as espécies da Caatinga as que mais atendem a estes requisitos são as

que estão indicadas na ilustração em anexo a esta Especificação. Entretanto, é necessário conhecer o padrão florístico circundante à cada jazida, onde nem sempre são encontradas as espécies aqui relacionadas.

7. Controle Os controles geométrico e de acabamento serão apreciados pela fiscalização do

DNIT com base na apresentação visual, enquanto, o controle de cobertura da área, vigor de crescimento, persistência serão apreciados pelos processos usuais do plantio agrícola, liberados à fiscalização do DNIT para aprovação pelo agrônomo responsável pelo plantio.

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8. Medição A medição dos serviços será efetuada por área efetivamente plantada e

comprovadamente estabelecida, a critério da FISCALIZAÇÃO. A medição será feita em três etapas:

a) após o término do plantio de cada área liberada e aprovada pela FISCALIZAÇÃO;

b) após a germinação de 70% (setenta por cento) das espécies

vegetais nas referidas áreas; c) após a germinação de 100% (cem por cento) das espécies vegetais

nas referidas áreas. 9. Pagamento O pagamento será efetuado em parcelas de acordo com as medições referidas

acima das seguinte forma: • 30% (trinta por cento) das áreas aprovadas, logo que atendida a exigência da

alínea “a” do item acima.

• 50% (cinquenta por cento) da área correspondente, logo que atendida a exigência da alínea “b” do item acima;

• 20% (vinte por cento) da área correspondente, logo que atendida a exigência da alínea “c” do item acima.

O pagamento será efetuado pelo preço unitário contratual que remunera a

utilização de equipamentos e ferramentas, fornecimento e transporte das espécies, plantio e replantio quando necessário materiais utilizados, todas as operações necessárias para sua execução, utilização de defensivos, herbicidas, seguros, equipamentos de proteção individual, uniformes e refeições, transporte de pessoal, mão-de-obra e encargos e tudo mais necessário à perfeita execução dos serviços.

Na ilustração a seguir, indica-se a disposição das espécies vegetais a serem introduzidas, além de outras informações.

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11. Obras Complementares

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11.1 Projeto de Obras Complementares

Este item trata do projeto das defensas semi-maleáveis nas aproximações das pontes.

O Projeto de defensas foi elaborado conforme Instrução de Serviço Nº 04 de

23/03/2010. As defensas serão do tipo semi-maleável, dotada de uma só superfície de deslizamento, pré-moldados com peças metálicas, abaixo é apresentado a memória de cálculo das defensas.

11.2 Memória de Cálculo Rodovia VMD > 6.000 Velocidade = 80 km/h ZL = 5,60 A = 2,50m TD = (ZL-A) x 4 + 8 TD = (5,60 – 2,50) x 4 + 8 TD = 20,40m

Pontal I Lado Corpo Terminal Desviado Total LE 20,00m 20,40m 40,40m LE 20,00m 20,40m 40,40m LD 20,00m 20,40m 40,40m LD 20,00m 20,40m 40,40m

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Pontal II Lado Corpo Terminal Desviado Total LE 20,00m 20,40m 40,40m LE 20,00m 20,40m 40,40m LD 20,00m 20,40m 40,40m LD 20,00m 20,40m 40,40m Total Geral 323,20m No volume 2 – Projeto de Execução é apresentado os detalhes construtivo

referente ao projeto descrito acima.