você tem cultura?
TRANSCRIPT
Turner, Vi"ctor
rgST sçhísnn sncl. cçntín"uíty irc ãn African. socíetyr A
, t:"ul*Jliï:ïï,Ji11age Lire' Manchaster: Man-
lg! 4 Dramas, Fieíds and IvLetaphçrs: Symbolíc Action
in Hurnan society. Ithaca &. London: corneltr
UniY' Press,
Vogel, Arno t
ïssz -;i#ïffi1ï'::'ï;;.-'*x:: do Futeboí Rio dç
N"Eh ê-fiLï
na 121
)q fr*ffiürÉ-gtr Vxyfu*"es, (.
VOCE TE,M CULTURÁ?
à -rf*$ourRü dia ouvi urna pessoa átzm que ,.Maria
nãotinha culturú" , era
_ "Ígnoiante dos fatos básicos da pc-
Iítica, ecorionnia e liteïar.rru'1, ú;-;;r* ^ããpoi*, rio
rnuseu onde trabalho, conversava corn alunos uobrá ,, a.
cultura dos índios Âpinayé de C.ttú;l que havia esru-dado de 1'962 até 19f 6 q,rando p,rbliq.r*i um 1ivro sobreeles (um manào d:y_dfu), Rãfierindo sobre os doísusdsdb-"unre."rrresnnaffiü,decidiq"*eSSâerâa'fne-lhor forrna de discutir a idé'ia ou c conceito C.e cultarata| coïno nós, ;gqËlJfueggfuM â. conceberncs.o*, rnelhor ainda, apresent*ffi noções sabre ã,
cultura e o que ela quer dizer nãa eorno urna. simplespal,avru, rnas cürno uma cafegofiã íntelectual: ïãm cs$:ceito que pode nos ajudar ã entender rnelhar c qïreacontece ns rnund* er$ nossâ volta.
Ret*mcn:cs *s exernpl*s rnenci*nadas porque elescï}ceffârn ss dais sentidos rnais crlïuns áa iuïuvru" Ncprin:eirffiffis g_SgÊqlpo de sofisricação,
"@.".@4v;-Ì6Giià*;;;-;baucuulta,l o. i"*g3Çgf,no senridq resirÍïo lõ-'fêilmo"#ër ïizet, quanda falanros que "Maffifi; rem C"ll**ra!",: que "Joãa é culto", estarnos ncs referindc fr. uríio*ttoFt destas pessoas querendo indi-car côm *isso'sug_ capacidadg_ dç.-co*pr**Ãder ou orga-nqar certos dadcs n Sitüações. Culúa aqui é, *q,riïu-'
--\_*-_-%"*
J_.t;,7FS esrnü n tffi-@"_tglgleêqsral corno se *lübïfi&&* p*,
rcaitzar certas oFerações menrais e lógicas (que defi-
nern de fato * int.ligãiri-j fosse algo a ser rnedido ou
arbi*ado pelo núrrrÃo de livrcs que urna pessoa leu'
as língua*'q,r* pode fslar, Õr i- quadrcs e pintores que
pode, de mãmóiiu, enurnerâr. Co{o uTâ espécie de pro-
ve desta FssCIciaçãc, ternos c velh,1 ditado inforrnando
;b*;ã;; q"* ,lc,ritora não ti*z discernimento" . . . orl
t inteligência, .*rrforme estou discutindo aqui. Neste sen-í -------e ------1
- Í -l- 4^h^ '.I,.rãoiÇirar qq\ tido. cultï'râ é uma palavra usada .frata claãsificar as
? - . i: :t--.-- - '
{ pessoa-)í atma c.isc*minatória contr@o, -4"d" í"u* g-e-
L'2-* ---- -- .s são inculiasT, etnia ('los pfetos naorações rfifl$ novas $au lltLL r . . --- ̂ - "i n
dade" quando, de fata, se quer indicar que "Jaão ternrnagnetisflaü", sendc urna pessoa "coÍn presençâ". Dornesms mcdo, dízer que "Jaãa nãa teffr personalidade"quer âpenas dizer que ele não é, ïrfiia pessoa atraenteou inteligente.
fe{a; no fundo, rodos remas personalidade, ern-
bora nern todas Fossârnos ser pessoas belas ou magne-tizadarâs corno urn artista de navela das oito lfiMesrnournâ pes$câ "senr personalidade" tem , pet*doxahnefite,personalidade nâ -rnedida em que ocupâ ïrrn espaçc so-
cial e físico e tem deseíos e ÍÌecessidades. Pocie ser umâpessoa sumaÊnente apagaãa, mas ser assim é precisa-mente o traÇCI inârcante de suâ persorralíâade,
No caso d* conceita de cuítura;Ëil':útr*-;ï'; ;;c soci*d*'t*s inteiras'
- quando
se d.iz q,r* ,,o* franceses são ."1:: e civilir-u.tj:^l, t ' são "ignorantes e grossel-
opcsiçãc âos amerlcanCIs ' QuÊ
rosr,. Dü r*esrno modo é cornum ouvir-se referências à
hurnanid*d*, culos valores seguerft *adições di-ferentes
e descoúecidas, cs1ïrc & das ?ndios, ::*o senda socie-
dades qìrq*esrãc Ëj"- I4r4s_*t l-r*,il_- seÍ en-"l:tiT
em "estágic ruí"tur ffipsky{Lgty-.*.ff \"<.,--*Ëia ColÏum, ocupa ComÜ
rú, enquântï to'tï"::i ï*: rancei-vrrnos uËl-l ímp*rtante lugar nü nossÜ
. ãcerv* c
,t j ^:,::^'ï:;:-ï- r";n ' "s-sejdai ru41- ficando l*do a ladc áe ou*as' cl&q"-JJg
\ .".riaiana É tambén: -mH*g*s*f-#Luaü' E'st-ou rne len:-
'r, ï*- **:--- _ . ...-l_*.\ brandü--õa pilarrr a " Pertüo1ião*fjiiiâriLl"t*, L-1{& rÉaiç& Y ^* , .,. r'' -:^ -- :: ''- - "-*q**** .I 1 f
re ç*m ü, palavra " c'iítuf ü" , pÊneffâ s fio-s:o vocâhuta-
ric cüÊ' doís sendács bem dif*r*nciados' S. -,-ng9j-fl$ CÜm OUrU btr!À LiLILIü L''\'Àu L-èÀ! --ê-:'r*-
Fg*qlggg,*WItryüdsd.ç--Á&se--o- conjunta de 1gâçÜs
Eïre caracteriean: toccs os sere$ human*s " É aqui"Ï'o qllç
d*grrt *tí2,* todos. e cada ur$ de nós csÍnü ui''â llessoâ
d.iferentel com interesses t capâcidades e emcções pâf-
dculares'Masnâvidaãv'i*,de{sonotidaã,eé,usadacorïrs urn; i#ffil "**
umã
pessoâ. Á.ssim, certas pes$*as teriarn *'petrsonalidaden"
or:.*as nãoi E coffIutï1 dizer qÏ]e *Jcão tem pefsonali-
ernbcra nern todos saibam disso. Deantropóïogc social f ala em " caítur&" ,t-ucorno ufti cúnceito-châve parc &
ocorre o mesrno)
{ato, quando umele usa a. palavra
um referente que n:ârcâ uma hierarquia de "civili vâ,- *, '.*
Ção", rnas :bf4eï tryttrlffiunr -$iupÈr:
g-bc!ç-,
.#.den "p.gfm. qffiseE*#. Cútrurã-ej; ãm - Â"tr"$iã[l-'S;J :
#*
:-:5:::::1-F: -:.-]""I--{.a-l':Ïj v.*5}çÀÉ -} v^&À *rvËvÃvei^% *"
I
cial e Scciologia, Effi mâpa, uffi receituário, uffi cóCig{atravds Cc qual as pe$soas de um dâdo-ffio p*nru*j
a t f .
classifícan:, estudarn e modificaraa-ïnËgd; e n. si mesj
*gl E justamente p*iq -Ëiüi* i*jp*rtantes d*ste códig* {a cuí,twra} qïre urn c*njunto ddirrCivíduos corfi interesses e capacidades' distintas c até,
nnesïl:* üpüstas transforÍï-rarn-se nïlrn grupo e podem
$v-er iunlos sqneind*-s* parte de urnâ rnesmâ totali- ,
Cade" H*Cg*, assim, desenvalver reí*ções enre si por-ïi í,íque â çw{,tura thes fornecelr normas que diz'ãm respei to!! tÜaos modos rnais (on rnenos) apropriados de cornpürm-f
inrento diante de certas siiuações, Fcï üïrttro lada, a cuí-tura não d ï.rffr códi$* que se escolhe sin:plesmente. Eaïgc que está denffo e fora Ce cada urfi de nós r cornü
1)j 123
criatividade e poder. I)aí faiarrnos gue Fulano é rnais
culto que Sicranc e distinguirrnos forrnas de "culturâ"supostamente mais âvânçadas ou preferidas que outras.Falarnos entãa ern " ahta cultura" e "baíxa cultutra" ou"cuLtura popular", preferinda naturaknente as formassofisticadas que se ccnfundenr cCIm a própria idéia *cuÏ.tura. Assim , teríarnos a culfura e ras pâftlc
{pop*lar, indígen e
classebai4aetc.}corfr*o%frlrnaffindárias,inccnrpÏ.etase ïiifefiores de vida,social. Mas n verdade ê que todas
âs fcrrnas culturais üu todas as " subculturas " de uma
i sociqdade são q-qgl
\ g@ ryFte*fq -qys -rãc psãe s;; ;;soiudo .rry
I p1*tq4ggg1g_psr---11mê-qggra-----_sltkult:rra' r. Quer d,izer,
,exmã &r{fï|.5 _dç_Sr,iltry!_.que são equivalentes â dife-
''í/ lrentes mad*s de sentir, celebrâr: pensar e atuar sobre,/i' jo munda e esses gêneros podenr estar associados L cer-
ltas segrnentos sociais " ü prcblema é que sempre quenos âproximamos de aiguma forma de cümportamentse de pFnÌqrye ndemos â classificâr & di-ferenç o que é, ulnâ forma de excluí-Ia" Um outra modo de perceber e enfrentar L diferençâcultural é tonrar ã, diferençâ como um desvio, deixandade buscar seu papeï nurnâ totalidade. Desta forma, po-dernos ver o carnaval corno atrga desviante de ufira festareligiasâ, seln nos darrnos conta Ce qïre as festas reli-giosas e o carnavaL guardam uma profunda relação de
124
âdletlva
ïÉ"r'&
( ,d
, q t[u%n,
riirl
tl
1ltiitllÍÍiltl
í25
\\-.\ \\>-1 I
I
I
Ii
Âpresentada assim , a cultura parece ser um bominstrurnento para cornpreender âs dí*rsL1çê$-,-eÍ$IE oq
hqmens-e-as*soEiçdgdes. Elas não seriam dadas, C* ulnavez poÍ todas , att'àvés de urn rneio geográfico ou deutïlâ raça, como di:zi.arn os estudiosüs da passado, masem diferentes confisuracõ
4--*-%*-L,r*J-^.--'-- uIâçoes ou reraçoes que...--.'<Ê,ffiil*hirtót
relações eue_Iêdg*!9-.ciedade-estahelecs -gq_ &.qf{çt lg_rgl F_q!Éçi". Mas d
importante acentuar que a bae_ç*ég-Ugq-=- çç"Ji
\/'preender o significado profundo dos eïas que nos Ìi-garn corn todo o rnundo em escala global. Fois é assirnque pensarn os índios e por lssa ,ú, histórias ;ao po-voadas de aninrais que fulurn e hoÀ*n, que se ÉraRs-forrnarn ern anirnais. concsco, são âs nráquinas que ta-fnarn esse . Iugar. . .
Ü conceito de cultura, ou a cultura conío ccrcceito,rentão, perrnite urna persFectiva n:ais conscienfe de nós ïrnesrnos' Precisâïnente pàtqu. díz n*- nãa há 1ii# \seriÌ cuÌtura e perrnite cornpârâr ..rlturu, e configura- j inções culturais corno entidades ú"-1j ffinj;' a- esra- | ;'belecer hierarquias ern que Ínevitavelrnenre -.ïr'rtitlï L ,sociedaces superisres e ir:.feriores. l\ríesrno diante de for- Imas culftfair apârent.*-r,i- iriu*or.ãir, cruéis ou p*r_ ivertidâs, existe o ho,rrrern e *rrr*ndãr-; __ ,in; ;ïjseja$araevitá-]as,CorfiofazernosCorí}Ücrime
urnâ tut',f.a inevitável que raz parre da condição dc serhurnano e viver nurn univerbo rcarcado e denrarcadopeÏa culÉura' Em ou*as palavras, ã cultura permite tra-duzir n:elhor & diferença tentre
nds r ü$ cutrcs e, assin:faeenCo, resgatar & nüssa l:r:rnanidade Írü outro e a dcoutro efil nós ÌïÏesmos. hlun muncc cüÍno o nosso) tãapequeno pela cürnunicaçãc em escala ptranet ária' isso rí]eparece *"t;*? in:porranre" Forque já não se rrara sü-rnente de fabricar rnais e **Í, uúo*óveis, co*forrnepensdvârfics er* 79 1'ú, ftrâs desenvoÌver nüssâ capaci-jÍt-*o-:r:'*' :+i'iF ü;i*;;;" Faïa üs pcbres,üs rnarginais e os oprin:íCcs. E jpgg_Ëó Ë_Ar":.iïffjatitude aberm oârã ne s^.*-^;ÌÏll----.:--rl
1_9.t9 ç_gg,u4q- - ç a n{lgFlaçg 91-ç_ _sgglpIe *_gg_lgpertório comum de potencial,idades.
Certas -r..i"J-d* Eã;;1";*ãC âIgïrmã- dessâs
- pote;
cialidades n:ais e nrelhor do que outras, rfias isso não
significa que sejan: raais perverddas ou mais adianta-das, O que ísso pârece inc{icar é., antes de rnais naáa,o encrrne potenciai que caáa culrura encerra cornü eie-
mento plástico, cãpãtz de receber âs vafiações e moti-vações das seus rnembros, benr corno os desafios ex-
ternos. b{cssc sisteina caminhou na Cireção de um po-
derosa contrcle sobre â. natuteza, rnas isso é apenas
um traça enlre n:uitos outros . T1â sociedades fie Ama-z&nía cnde o con*ole ó,a natur eza á muito pobre , mâs
existe uma enorff:e sabedoria relativa aa equilíbrio en-
ffe os hrrnens e cs grupüs cujos interesses sãc diver-gentes, ü respeito pela vida que todas as sóciedades
indígenss rÌcs apresentâm de modo tãc viv*, pois que
cs aninrais são seres incluídos na forma çáa e áir.,.rusãode suã mcralidade e sistema polítícc, parece se cCIns-
.. 1{r^.tituir nã* eÍn exernpla de ignorância e indigência ió-gica, Íl1as em verdadeira lição, pois respeitar & vidadeve rertamente incluir t*da ú uid,a e nãa ãpenâs a
vida hunraÍlâ, F{oje estamos n:ais conscientes d; preÇo
que pâgâmüs pela explor açãa desenfreada do mundanati-r.raL sem â. necess átta moraiicíade que nos iíga inevi-taveLmente às pÏ.antas, ã.os anirnais, aos ríos e âos rnâres*
Realn:ente, pela escala dessas sociedades tribais,soülos unrâ sociedade de bârbaros, incapâzes de com-
126
I{urn país ebrno o nosso, onde as forrnas hierar-quizantes d- classifi.ução-^.,rïr,rrui serírpre forarn donrí-na'ntes' onde â eÏite. sernpre esteve disposta a autofla-geÏar-se dizendo que' nós nãa ten:os ïrïrrã curtura, nada
l/'
t ,l ti' Í t'.'I
:
-t
ÍITI
$s'*
127
mais saucável do quq esse exercício ântÍopológico de
descobrir que *fórÀura negativa - esse diãer que náa
temos .n.rt.ii* é;^;-ïJellrnente' urn modo de ^g;Lr
curturar que deve ,*i visto, p**udo e talvez substituído
por umâ f***l ^ Ã*u oo"iiânt* no nosso fuffro e nãs
nossâs PotenciaLidades'
JarrcaldaErnbrate{,ed.içãoespecial,setembrodelqSl.l
VIRGThtrDÂDE: o
i_-
l
TÂBU SOBREVIVE E,h{ 1984}
QuA! o seglicio ca v!1grndâde? Á,tualmenre, uma ju-o:}tu-de confiante e volïaC e' par* ou valores' do indi-viduaJisgo ãiz que 'u "virgíniuJ*' ãa r#J;'ã irâ*exage{ ada rçvela ?lgo profundo. '.a virginda{e não ' érnais urn estado delejável', cu *irtéria
*^ envolçf;t -;
rnulheres numa .ondíçáo' *ins"i;;; ;rpé.ï- t;ï'"'1* ;;inviolabiiidade e pur *i^. EIa mosrrâ .r* cerro *ããE*que coffi tazão se desenvolver-r ccntra c uadi'ciorrair con-ffole das rnulheres pelos harnens *À toJ*rt *r- ,o.i*du,des e ern tqdos os i**pos.'ï{a frrnd* ,-;-f;*r. i*;;;-t-lijli
ais*canrrolar_nanú"*u i I
*cinrs:&*çêFrr*gdqliojgg_i_çg,_Jel_sesrol;
iiInlntï Fçlo p1i_'t pelos irn:ãar *, ãsioãsi*;#;r-,:p*ro"propri* ccrpo I fuIas quï e âncer sçria Ësse l ÂntigarnenÊeâ'gente ãtzia com o devido respeira que ,& virlindadeerâ comü questão sociali pelo ftierrüs n* grÃi|,, eraun3 casü- de pclícia. Ilava and*ia, provocav a,escãndalc,desanrâ e marginaïidade- Tal *o*ol,a ïeptã,.a:perdâ &,;virgi*dade pelos caminhos úão-institucíonaiiradaç candu.zj'a â uma posição social incurávell Ínârca- que se cârye-gava pesâdamente pelc rqsto á,a _vjda'. iF{ãje,; cqrn , .as
grandes cidades e a circulaçãa a* mqÍl$ug*n*' j;, **"*eexterior, tudo issq parece for4 ,,ri* , mq-da,, . rï]4s _a$ iddiaEcorn suas fo.tçu* :ainda. estão "cogopco,- ,{gzçndq_ pffiqsãaer$ asssos corações. Qp* idéiaq $ãc jeqças l, - Obsçrvç:
r -,,tí-i.-r. f ;- iv"'
\r/:s- " !
JI ,Í_t':l t
I;'t:-í-S'-
'7-'
,{/.,trJ_.:... ( ,
Ji'
1-J..".'_{