v&m florestal ltda – relatório de auditoria – cerflor (nbr 14789)

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RELATÓRIO DE AUDITORIA MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E INDICADORES PARA PLANTAÇÕES FLORESTAIS. PADRÃO NORMATIVO: NBR 14.789: 2007 CERFLOR EMPRESA AUDITADA: V&M FLORESTAL ESCOPO DE CERTIFICAÇÃO: Área total a ser certificada: 186.548,59 ha Reflorestamento de Eucalyptus spp para produção de carvão nas regionais de João Pinheiro, Bocaiúva e Curvelo. Data: 05 a 09/11/2012 AUDITORIA DE CERTIFICAÇÃO ANTONIO DE OLIVEIRA Auditor Líder Bureau Veritas Certification Praça Pio X, 17 8 o andar RIO DE JANEIRO/RJ BRASIL

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Page 1: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

RELATÓRIO DE AUDITORIA

MANEJO FLORESTAL – PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E INDICADORES

PARA PLANTAÇÕES FLORESTAIS.

PADRÃO NORMATIVO: NBR 14.789: 2007 – CERFLOR

EMPRESA AUDITADA: V&M FLORESTAL

ESCOPO DE CERTIFICAÇÃO:

Área total a ser certificada: 186.548,59 ha – Reflorestamento de Eucalyptus

spp para produção de carvão nas regionais de João Pinheiro, Bocaiúva e Curvelo.

Data: 05 a 09/11/2012

AUDITORIA DE CERTIFICAÇÃO

ANTONIO DE OLIVEIRA – Auditor Líder

Bureau Veritas Certification

Praça Pio X, 17 – 8o andar

RIO DE JANEIRO/RJ – BRASIL

Page 2: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

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SUMÁRIO

1-INFORMÇÕES GERAIS ....................................................................... 5

1.1 histórico da organização ............................................................. 5

1.1.1 A empresa ........................................................................... 5

1.1.2 organograma da V & M FLORESTAL .................................... 5

1.1.3 Princípios de Responsabilidade social ................................. 6

1.1.3.1 visão .............................................................................. .6

1.1.3.2 missão ............................................................................ 7

1.1.3.3 conduta ........................................................................... 7

1.1.3.4 valores ............................................................................. 7

. 1.1.4 Política Integrada de Gestão ................................................ 7

1.2 Contatos na Organização para o processo de Certificação .......... 8

2- CARACTERIZAÇÃO DA BASE FLORESTAL ......................................... 9

2.1 localização ............................................................................... 9

2.2 uso e ocupação do solo ........................................................... 10

2,2.1 florestas plantadas ............................................................. 10

2.3 hidrologia ................................................................................. 13

2.4 relevo ....................................................................................... 15

2.5 solos ........................................................................................ 16

2.6 clima ......................................................................................... 17

2.7 caracterização da vegetação .......................................................18

2.8 caracterização da fauna ..............................................................18

2.8.1 aves .....................................................................................18

2.8.2.mamíferos ............................................................................19

2.8.3 repteis e anfíbios ..................................................................19

2.8.4 ameaças a biodiversidade .....................................................19

3-PROCESSO DE AVALIAÇÃO .................................................................21

3.1 Norma ou Padrão Normativo utilizado para avaliação ...................21

3.2 Identificação do OCF-organismo de certificação ..........................23

3.3 dados para contato ....................................................................23

3.4 responsável pelo OCF ................................................................23

3.5 descrição do processo de auditoria ............................................24

Page 3: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

3

3.5.1 definição da equipe de auditoria ............................................25

3.5.2 planejamento de reuniões públicas ........................................25

3.5.3.planejamento e realização da auditoria .................................. 26

4-RELATÓRIO DETALHADO ....................................................................30

4.1 princípio 1 ..................................................................................30

4.1.1 critério 1.2 ............................................................................30

4.1.1.1 processos trabalhistas .......................................................31

4.1.1.2 sistema de contrôle e avaliação de requisitos legais ...........31

4.1.1.3 licenciamento ambiental .....................................................31

4.1.2 critério 1.3 ...........................................................................32

4.1.2.1 programa de gestão de saúde e segurança .........................32

4.2 princípio 2 ..................................................................................33

4.2.1 critério 2.1 ............................................................................33

4.3. plano de manejo .................................................................34

4.3.1 critério 2.3 ............................................................................36

4.3.2 critério 2.4.............................................................................36

4.4 princípio 3...................................................................................36

4.4.1 diversidade biológica .............................................................36

4.4.1.1 flora e fauna ........................................................................36

4.4.1.2 restauração ecológica nas unidades de manejo florestal .......37

4.4.2.critério 3.1 .............................................................................37

4.4.2.1 ampliação da base genética ................................................37

4.4.2.2 experiência prévia ...............................................................38

4.4.2.3 avaliação contínua de material genético alternativo ...............38

4.4.2.4 organismos genéticamente modificados ..............................38

4.4.3 critério 3.2 .............................................................................38

4.4.4 critério 3.3 .............................................................................39

4.4.5 critério 3.5 .............................................................................40

4.4.5.1 recuperação de áreas degradadas .......................................40

4.4.6.critério 3.6..............................................................................40

4.5.princípio 4...................................................................................40

4.5.1.critério 4.2..............................................................................40

Page 4: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

4

4.5.1.1.monitoramento de recursos hídricos e edáficos ....................40

4.5.1.2.construção e manutenção de estradas .................................41

4.5.2...critério 4.4............................................................................41

4.5.2.1.gestão de resíduos .............................................................41

4.5.2.2 monitoramento da fumaça preta...........................................42

4.5.2.3.armazenamento de agrotóxicos e resíduos contaminados.....42

4.6 princípio 5..................................................................................42

4.6.1 critérios 5.2 e 5.1 ...............................................................43

4.6.1.1.treinamentos......................................................................43

4.7.evidências da equipe de auditoria ...............................................43

4.7.1. escopo da certificação .......................................................43

4.7.2...lista de pessoal auditado durante a auditoria .......................73

4.8.não conformidades registradas...................................................74

4.9.observações registradas ............................................................78

4.10 oportunidades de melhorias .....................................................82

4.11.não conformidades encerradas da auditoria anterior ..................83

4.12.reuniões públicas .....................................................................84

4.12.1planejamento,objetivo e realização de reuniões públicas ........84

4.12.2 entidades e pessoas contatadas ..........................................86

4.12.3 relação dos participantes nas reuniões públicas...................86

4.12.4.respostas aos questionamentos das partes interessadas por

parte da empresa e parecer do BVC...............................................86

4.12.5.questionamentos rm Bocaiúva.............................................87

4.12.6.questionamentos em João Pinheiro ....................................88

4.12.7.questionamento em Curvelo ...............................................88

5.conclusão........................................................................................90

6.conclusão final.................................................................................92

7.anexos.............................................................................................93

Page 5: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

5

RESUMO

O Bureau Veritas Certification (BVC) é um organismo de certificação

reconhecido pelo INMETRO, que atua como organismo acreditador e é atualmente

responsável por executar os procedimentos de auditorias anuais pelos próximos 05

anos na empresa V&M FLORESTAL. Essas auditorias são feitas para avaliar as

atividades relacionadas ao à gestão florestal de acordo com os Princípios e Critérios

do CERFLOR, NBR 14.789/2007.

A empresa V&M Florestal congrega diversas propriedades, todas vinculadas

ao Programa Florestal para produção de carvão da Vallourec & Mannesmann Tubes.

Este programa está baseado na prática de plantio de florestas, para suprimento da

demanda de sua fábrica, o que representa uma nova oportunidade de agronegócio

na região.

As auditorias feitas pelos auditores do Bureau Veritas Certification durante

os dias 05 a 09 de novembro de 2012, basearam-se na adaptação do Padrão

Normativo NBR 14.789:2007 – Manejo Florestal – Princípios, critérios e indicadores

para plantações florestais, conhecido como CERFLOR, elaborado pela ABNT –

Associação Brasileira de Normas Técnicas.

A equipe de auditoria avaliou todos os requisitos do padrão e constatou que

a empresa V&M Florestal Ltda atende às exigências em suas unidades de gestão

florestal Apesar de 3 (três) não conformidades menores e 06 (seis) observações

levantadas, o sistema de gestão está implementado de forma adequada nas áreas

cobertas pelo escopo do certificado. Assim V&M Florestal, está dispensada de até o

final da primeira etapa de auditoria para apresentar as ações corretivas.

Este relatório apresenta as observações dos auditores coletadas durante as

avaliações de campo, bem como os resultados da consulta pública.

Page 6: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

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1 INFORMAÇÕES GERAIS

1.1 HISTÓRICO DA ORGANIZAÇÃO

1.1.1 A Empresa

A V&M FLORESTAL, fundada em 1969, é controlada pela V&M DO BRASIL

– empresa do grupo Vallourec & Mannesmann Tubes, criado através de uma “join

venture” entre a francesa Vallourec (55% das ações da participação acionária) e a

alemã Mannesmannrohren-Werke (45% das ações).

Inicialmente, a empresa, constituía-se essencialmente prestadora de

serviços nas atividades de silvicultura, exploração florestal e carvoejamento, visto

que os ativos fundiários e florestais eram propriedade da V&M DO BRASIL.

A partir de 1990 com a transferência das fazendas e florestas e da

responsabilidade pela compra de carvão vegetal de mercado da V&M DO BRASIL

para a V&M FLORESTAL, a empresa passa a desempenhar a totalidade das

atividades ligadas à produção, aquisição e logística do suprimento de carvão

vegetal.

A principal fonte de termo-redutor utilizado pelo grupo V&M DO BRASIL é o

carvão vegetal, de melhor desempenho industrial e ambiental, produzido pela V&M

FLORESTAL através de suas florestas de eucalipto.

O escritório Central esta localizado na cidade de Curvelo, Minas Gerais. A

empresa possui todas as suas áreas situadas na região centro, norte e noroeste do

estado de Minas Gerais.

Para garantir o atendimento ao cliente com um produto oriundo da atividade

florestal sustentável do ponto de vista econômico, ambiental, social, da saúde e

segurança do trabalho e da qualidade intrínseca do produto, a empresa se orienta

pelo Sistema Integrado de Gestão (SIG). Com o objetivo de reduzir os impactos

sociais e ambientais causados pela atividade florestal e promover uma melhoria da

qualidade dos seus produtos a Empresa gerencia as suas atividades de

planejamento, produção, inspeção e ação corretiva através de normas escritas

(Normas Técnicas).

Page 7: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

7

A Alta Administração acompanha o cumprimento dos objetivos especificados

através do monitoramento de Indicadores de Desempenho de cada área e, em

função dos resultados, poderá propor a revisão do Plano de Manejo Florestal.

1.1.2 Organograma da V&M FLORESTAL

FIGURA 1 - ORGANOGRAMA GERAL DA V&M FLORESTAL.

1.1.3 Princípios da responsabilidade social

A V&M FLORESTAL tem uma política de relacionamento baseada nos

Princípios (5) e Critérios (5.1 e 5.2) do CERFLOR, esta, por sua vez, baseia-se no

relacionamento com os trabalhadores florestais e comunidades locais, têm as

evidências dos benefícios da atividade florestal nos aspectos sociais, ambientais e

econômicos.

1.1.3.1 Visão

Ser uma empresa admirada pelas pessoas.

Page 8: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

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1.1.3.2 Missão

Garantir o abastecimento de carvão vegetal para a VMB e VSB, com

responsabilidade ambiental e social, qualidade e custo que viabilizem a

competitividade do aço.

1.1.3.3 Conduta

Integridade e transparência;

Exigência e profissionalismo;

Performance e responsabilidade;

Respeito pelas pessoas;

Compromisso comum.

1.1.3.4 Valores

Dignidade, Liberdade, Integridade, Lealdade e Justiça.

1.1.4 POLÍTICA INTEGRADA DE GESTÃO

A empresa estabeleceu como Política Integrada de Gestão:

A V&M FLORESTAL, empresa do Grupo VALLOUREC, se compromete com

a constante melhoria das condições de trabalho de seus empregados, com a

qualidade de seus produtos e com a preservação do meio ambiente como base para

o desenvolvimento econômico, ambiental e social das regiões onde atua.

Diretrizes que devem ser cumpridas:

Prevenir a poluição ambiental, as lesões e doenças ocupacionais,

através do aperfeiçoamento do conhecimento e do desenvolvimento

tecnológico dos processos.

Identificar, avaliar e controlar riscos à saúde e segurança, atuando sobre

os perigos, em sua fonte;

Page 9: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

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Zelar pela diversidade biológica e pela conservação das águas, do solo e

do ar;

Atender os requisitos legais aplicáveis e outros subscritos pela

organização que se relacionem aos seus aspectos ambientais e riscos

ocupacionais;

Promover a melhoria contínua dos processos no que se refere à

segurança do trabalho, à saúde ocupacional e ao meio ambiente.

Assegurar o desempenho do Sistema Integrado de Gestão por meio de

monitoramento dos aspectos relacionados ao meio ambiente, saúde e

segurança dos trabalhadores.

Manejar as plantações florestais conforme princípios e critérios do

CERFLOR.

Implementar, comunicar e manter as diretrizes desta Política Integrada

de Gestão aos trabalhadores próprios, terceiros, fornecedores e clientes.

A política do SIG é comunicada a todos os empregados próprios e

prestadores de serviços através palestras, treinamentos, reuniões, dentre outras

fontes de comunicação.

A V&M FLORESTAL disponibiliza a política do SIG em sua página de

internet, folder, cartões pessoais, banners, cartazes e jornais da empresa.

1.2 CONTATOS NA ORGANIZAÇÃO PARA O PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO

Nome: Antônio Daniel de Araújo

E-mail: [email protected]

Endereço: Rua Honduras 78 – Bairro Tibira

Município/UF: Curvelo/MG

Page 10: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

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2 CARACTERIZAÇÃO DA BASE FLORESTAL

2.1 LOCALIZAÇÃO

A V&M FLORESTAL se encontra localizada nas regiões Centro-Norte e

Noroeste do Estado de Minas Gerais, tendo um total de 22 fazendas distribuídas em

22 municípios, subdivididas em 04 Regionais, sendo: Curvelo, Bocaiúva, Serra do

Cabral e João Pinheiro. O Escritório Central da empresa localiza-se na cidade de

Curvelo, região central de Minas, a 170 km de Belo Horizonte.

FIGURA 2 - MAPA DE LOCALIZAÇÃO DAS FAZENDAS NOS MUNICÍPIOS DE MG FONTE: BASE CADASTRAL V&M FLORESTAL

Page 11: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

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2.2 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

A empresa atualmente administra uma área própria, com cerca de 233 mil

ha de terras no estado de Minas Gerais, sendo que desse total, 113 mil ha são

plantações de eucalipto e em torno de 120 mil ha são destinados a outros usos,

como benfeitorias de construções, estradas e, principalmente a conservação e

recuperação ambiental. Essas áreas não plantadas apresentam diferentes

fisionomias vegetais, como vegetação nativa de cerrado, campos, campos rupestres,

pastos abandonados e áreas de antigos plantios de eucalipto que não obtiveram

sucesso e hoje estão sendo substituídas pela regeneração natural do cerrado,

aumentando, conseqüentemente, a sua área de preservação ambiental.

2.2.1 Florestas plantadas

Abaixo segue quadro das tipologias das áreas da V&M FLORESTAL e na

seqüência outro quadro mostra os municípios de abrangência:

Page 12: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

TABELA 1 - TIPOLOGIAS DAS ÁREAS DA V&M FLORESTAL.

REGIÃO FAZENDA PLANTIO RESERVA LEGAL PRESERVAÇÃO PERMANENTE OUTRAS ÁREAS TOTAL

CURVELO

ALDEIA 2.505,10 830,51 522,36 269,98 4.127,95 CANABRAVA 0,00 15,50 0,00 57,98 73,48 DIAMANTE 3.175,06 1.582,74 793,86 402,10 5.953,76

GALHEIROS 2.948,95 1.217,74 241,11 241,78 4.649,58 ITAPOÃ 4.636,51 1.303,83 308,63 702,16 6.951,13

MELEIRO 1.011,29 253,76 62,52 391,95 1.719,52 OLHOS D´AGUA 1.082,07 440,41 237,61 219,41 1.979,50

PINDAÍBAS 5.981,28 2.705,48 529,73 2.723,66 11.940,15 SANTA CRUZ 3.509,64 1.317,79 990,02 767,72 6.585,17

JOÃO PINHEIRO

BREJÃO 8.389,39 7.213,81 8.065,10 12.024,71 35.693,01 BREJO 3.827,52 1.348,47 153,99 421,42 5.751,40

CAMPO ALEGRE 7.028,25 3.961,37 645,78 2.339,13 13.974,53 CHAPADINHA 4.953,40 1.529,39 272,97 453,99 7.209,75 PATAGÔNIA 6.651,18 1.598,12 179,33 436,17 8.864,80

SUSSUARANA 3.521,20 1.064,34 238,43 473,63 5.297,60 VARGEM BONITA 6.384,87 2.491,31 1.094,64 2.471,80 12.442,62

BOCAIÚVA

CORREDOR 6.749,79 2.890,70 9,61 505,74 10.155,84 EXTREMA 4.530,73 1.689,16 386,99 731,49 7.338,37

PÉ DO MORRO 3.593,86 1.227,07 201,83 445,38 5.468,14 VARGEM GRANDE 9.507,51 3.453,53 965,77 1.979,46 15.906,27

NOVA ESPERANÇA II 8.951,94 3.095,03 198,70 2.220,35 14.466,02

SERRA DO CABRAL SERRA DO CABRAL NORTE 7.787,52 2.627,77 4.124,00 4.651,70 19.190,99

SERRA DO CABRAL SUL 6.389,22 8.948,53 5.277,00 7.552,22 28.166,97 TOTAL 113.116,29 52.834,74 27.244,98 40.710,54 233.906,55

FONTE: V&M FLORESTAL

Page 13: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

13

TABELA 2 - LOCALIZAÇÃO DAS FAZENDAS E ALTITUDE MÉDIA DAS ÁREAS.

REGIÃO FAZENDAS MUNICÍPIOS LATITUDE LONGITUDE ALTITUDE

MÉDIA

CURVELO

Pindaíbas Curvelo 18º28'57.1" 44º21'.15.0" 709

Santa Cruz Felixlândia 18º44'51.2" 45º.01'33.6" 630

Meleiro Curvelo / Felixlãndia 18º48'15.8" 44º40'25.1" 669

Diamante Pompéu 18º54'11.2" 45º02'13.4" 655

Olhos Dágua Curvelo 18º59'07.4" 44º28'41.2" 765

Itapoâ Paraopeba 19º18'03.3" 44º30'12.5" 750

Aldeia Abaeté 18º59'25.6" 45º13'58.6" 690

Galheiros Paineiras / Morada Nova de Minas 18º57'32.7" 45º22'52.8" 630

Canabrava – UPC Paraopeba 19º10'46"S 44º30'53"W 650

JOÃO PINHEIRO

Brejão Brasilândia de Minas / Santa Fé de Minas 17º01'02.3" 45º51'50.1" 630

Brejo João Pinheiro 17º11'38.9" 45º55'54.4" 552

Sussuarana João Pinheiro 17º19'20.9" 46º07'58.9" 570

Vargem Bonita João Pinheiro 17º19'36.0" 45º49'31.6" 558

Chapadinha João Pinheiro 17º26'14.7" 46º05'17.3" 568

Campo Alegre João Pinheiro 17º57'11.6" 46º06'39.1" 835

Patagônia Lagoa Grande 17º42'07.5" 46º30'18.1 570

BOCAIÚVA

Pé do Morro Guaraciama / Bocaiuva 17º05'25.2" 43º37'55.8" 865

Extrema Olhos Dágua / Guaraciama / Bocaiúva 17º15'06.1" 43º39'34.8" 880

Vargem Grande Bocaiuva 17º20'35.7" 43º44'35.2" 898

Corredor Bocaiuva 17º22'36.5" 43º51'04.3" 905

Nova Esperança II Montes Claros 16º35'40.9" 44º01'46.8" 840

SERRA DO CABRAL SC Sul Augusto de Lima / Lassance / Buenópolis 17º53'33.3" 44º24'31.5" 1.045

SC Norte Lassance / Várzea da Palma / Francisco Dumont 17º38'38.5" 44º24'13.5" 1.047

FONTE: BASE CADASTRAL V&M FLORESTAL.

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2.3 HIDROGRAFIA

As áreas de atuação da V&M FLORESTAL estão inseridas na Bacia

hidrográfica do Rio São Francisco, divididas nas sub-bacias hidrográficas dos rios:

Jequitinhonha, Paraopeba, Abaeté / Borrachudo, Rio das Velhas, Jequitaí e Pacuí e

o Rio Paracatu.

Abaixo segue mapa com as bacias hidrográficas onde as áreas da V&M

FLORESTAL estão inseridas:

FIGURA 3 - BACIAS HIDROGRÁFICAS E LOCALIZAÇÃO DAS FAZENDAS FONTE: BASE CADASTRAL V&M FLORESTAL.

Page 15: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

15

TABELA 3 - TABELA DE INSERÇÃO DAS FAZENDAS NAS BACIAS HIDROGRÁFICAS.

FONTE: BASE CADASTRAL V&M FLORESTAL

SUB-BACIA HIDROGRÁFICA FAZENDAS ÁREA (ha)

JQ1 - CBH Rio Jequitinhonha

CORREDOR 662,85

EXTREMA 10.049,91

PÉ DO MORRO 5.468,14

VARGEM GRANDE 11.726,24

SF3 - CBH do Rio Paraopeba

DEPÓSITO 73,57

ITAPOÃ 6.951,13

MELEIRO 1.719,52

OLHOS D´AGUA 51,46

SF4 - CBH dos Rios Abaeté /Borrachudo

ALDEIA 4.127,95

DIAMANTE 5.953,76

GALHEIROS 4.649,58

SANTA CRUZ 6.585,17

SF5 - CBH do Rio das Velhas

OLHOS D´AGUA 1.928,04

PINDAÍBAS 11.940,15

SERRA DO CABRAL 34.204,16

SF6 - CBH dos Rios Jequitaí e Pacuí

CORREDOR 9.492,99

NOVA ESPERANÇA II 14.466,02

SERRA DO CABRAL 13.153,80

VARGEM GRANDE 1.042,35

SF7 - CBH do Rio Paracatu

BREJÃO 35.693,01

BREJO 5.751,40

CAMPO ALEGRE 13.974,53

CHAPADINHA 7.209,75

PATAGÔNIA 8.864,80

SUSSUARANA 5.297,60

VARGEM BONITA 12.442,62

TOTAL GERAL 233.480,70

Page 16: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

16

2.4 RELEVO

O relevo predominante nas áreas de atuação da empresa é o suave

ondulado, considerado bastante apto ao plantio de eucalipto, ocasionando com isto

pouco processo erosivo no solo devido a sua topografia. Sendo a altitude variando

de 500 a 1.200 metros nas áreas de atuação da empresa.

Na classificação geral dos relevos das fazendas da V&M FLORESTAL, 30%

são considerados planos, 55% suave ondulado e o restante de 15% são

considerados como ondulado.

FIGURA 4 - MAPA DO RELEVO COM OS PERÍMETROS DAS FAZENDAS FONTE: BASE CADASTRAL V&M FLORESTAL

Page 17: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

17

2.5 SOLOS

Os solos predominantes nas áreas de atuação da V&M FLORESTAL são:

Latossolo Vermelho-Amarelo, Areia Quartzosa, Cambissolo, Podzólico e o Litossolo,

conforme mapeamento da EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa em

Agropecuária).

FIGURA 5 - MAPA DE SOLOS E PERÍMETROS DAS FAZENDAS FONTE: BASE CADASTRAL V&M FLORESTAL

Page 18: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

18

2.6 CLIMA

Conforme classificação de Köppen-Geiger as condições climáticas da região

Centro-Norte e Noroeste do Estado de Minas Gerais são classificados como Tropical

(Cwa), temperatura variável entre 17°C a 26°C com chuvas predominantes no verão

e invernos secos e o índice pluviométrico variando de 850 a 1.500 mm ao ano.

As chuvas são praticamente concentradas de outubro a março (estação

chuvosa), e a temperatura média do mês mais frio é superior a 18°C. O inverno por

sua vez é seco, o que determina a vegetação predominante no Estado de Minas

Gerais, o Cerrado.

FIGURA 6 - CLASSIFICAÇÃO CLIMÁTICA SEGUNDO KÖEPPEN FONTE: IBGE

Page 19: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

19

2.7 CARACTERIZAÇÃO DA VEGETAÇÃO

A cobertura vegetal de Minas Gerais pode ser resumida em quatro tipos

(biomas) principais: Mata Atlântica, Cerrado, Campos de Altitude ou Rupestres e

Mata Seca. Diversos fatores, entre eles, o clima, o relevo e as bacias hidrográficas,

são predominantes na constituição da variada vegetação regional.

Em Minas Gerais, predomina a vegetação de Cerrado, que aparece em

cerca de 50% do Estado, especialmente nas bacias dos rios São Francisco e

Jequitinhonha. As estações, seca e chuvosa são bem definidas. A vegetação

compõe-se de gramíneas, arbustos e árvores.

A Mata Atlântica ocupa o segundo lugar em Minas Gerais. A vegetação é

densa e permanentemente verde com elevado índice pluviométrico nessas regiões.

As árvores têm folhas grandes e lisas. Encontram-se neste ecossistema muitas

bromélias, cipós, samambaias, orquídeas e liquens.

Os Campos de Altitude ou Rupestre caracteriza-se por uma cobertura

vegetal de menor porte com uma grande variedade de espécies, com predomínio da

vegetação herbácea, na qual os arbustos são escassos e as árvores raras e

isoladas. É encontrado nos pontos mais elevados das serras da Mantiqueira,

Espinhaço e Canastra.

A Mata Seca aparece no Norte do Estado, no vale do rio São Francisco. As

formações vegetais deste bioma se caracterizam pela presença de plantas

espinhosas, galhos secos e poucas folhas na estação seca. No período de chuvas, a

mata floresce intensamente, apresentando grandes folhagens. A vegetação é muito

rica.

2.8 ÇARACTERIZAÇÃO DA FAUNA.

2.8.1 Aves

A área de influência dos Produtores Florestais apresenta uma grande

diversidade de aves, predominando as espécies típicas de ambientes florestais,

Page 20: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

20

como a araponga (Procnias nudicolis), o papagaio-chauá (Amazona rhodocorytha), o

gavião-sovi (Ictinea plumbea) entre outras.

Ocorrem espécies de aves que se fixam somente nas mussunungas, como o

caso da patativa (Sporophila leucoptera) e da tesourinha-do-campo (Tyrannus

savana). Outras espécies como o dançador-de-cabeça-encarnada (Pripa

rubrocapila), dançador-de-cabeça-branca (Pipra pipra) e o tangará-rajado

(Machaeropterus regulus), preferem exclusivamente a vegetação mais úmida das

galerias.

Existem ainda espécies restritas aos brejos, como a andorinha-do-rio

(Tachycineta albiventris) e a saracura-lisa (Amaurolimnas concolor). Merece

destaque a ocorrência de espécies raras como o anambé-azul (Cotinga maculata), o

escarro (Xipholena atropurpurea) e o beija-florcanela (Ramphodon dohrnii).

2.8.2 Mamíferos

A maioria dos mamíferos é comum a outros ecossistemas do país. Merecem

destaque quatro espécies endêmicas da Floresta Atlântica: o macaco-prego (Cebus

robustus), a preguiça comum (Bradypus variegatus), o sagui-da-carabranca

(Callithrix geoffroyi) e o ouriço-preto (Chaetomys subspinosus). As espécies mais

ameaçadas pela caça são os herbívoros de maior porte, como a anta (Tapirus

terrestris), a paca (Agouti paca) e o veado-mateiro (Mazama americana).

2.8.3 Répteis e Anfíbios

Devido à variedade de tipologias vegetais e sua extensa rede hidrográfica,

apresenta a maior diversidade de répteis conhecida para a Floresta Atlântica. Das

50 espécies de lagartos registradas, pelo menos 16 delas (32%) ocorrem na região.

Além destas, há duas espécies de quelônios e 35 de serpentes.

2.8.4 Ameaças à Biodiversidade

Page 21: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

21

O fogo e o desmatamento ilegal de floresta nativa são os principais fatores

associados à destruição dos habitats. Além disso, a caça e o comércio de animais

silvestres para abastecer o mercado interno e externo e o furto de madeiras e

plantas ornamentais são fatores de risco para a preservação da rica biodiversidade

da Floresta Atlântica, seus ecossistemas associados e o cerrado.

Page 22: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

22

3 PROCESSO DE AVALIAÇÃO

3.1 NORMA OU PADRÃO NORMATIVO UTILIZADO PARA AVALIAÇÃO

O processo de avaliação foi efetuado com base no Escopo de Certificação

descrito acima, conforme o Padrão Normativo NBR 14.789:2007 – Manejo Florestal

– Princípios, critérios e indicadores para plantações florestais, conhecido como

CERFLOR, elaborado pela ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas.

A ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – é uma entidade não-

governamental, sem fins lucrativos, reconhecida pelo Conmetro como Fórum

Nacional de Normalização. A ABNT é o organismo responsável pelo processo de

elaboração e revisão das normas do Programa Cerflor.

As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês

Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS),

são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos

setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e partes

interessadas (universidades, laboratórios, organizações não governamentais e

outros). Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e

ABNT/NOS, circulam para Consulta Pública entre os associados da ABNT e demais

interessados.

A Norma NBR 14.789:2007 foi elaborada pela Comissão de Estudo Especial

Temporária (CEET) de Manejo Florestal, formada por especialistas brasileiros

representantes dos setores envolvidos. A revisão de 2007 da norma circulou em

consulta nacional conforme Edital Nº 08, de 21/07/2007 a 20/08/2008 com o número

do projeto ABNT NBR 14789. Esta segunda edição cancela e substitui a edição

anterior de 2001.

O Padrão Normativo aqui utilizado faz parte do Sistema Brasileiro de

Certificação, em que o INMETRO estabelece as regras para o processo de

Certificação.

Em 19 de outubro de 2005 o CERFLOR passou a ser reconhecido pelo

Programme for the Endorsement of Forest Certification (PEFC). O PEFC é um

conselho sem fins lucrativos, que atua de forma independente, tendo sido fundado

Page 23: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

23

em 1999 com o objetivo de promover o manejo florestal sustentável em todo o

mundo.

Atualmente conta com 25 sistemas de certificação florestal reconhecidos que

passaram por avaliações técnicas. No Brasil o reconhecimento se deu por

intermédio do INMETRO, que atua como organismo acreditador, estabelecendo

regras específicas para o sistema de certificação do CERFLOR. Maiores

informações podem ser obtidas pelo website www.pefc.org.

O CERFLOR contempla um conjunto de princípios, critérios e indicadores,

incluindo requisitos ambientais e sociais, a serem atendidos pela organização

auditada. No processo de avaliação todos os requisitos normativos são verificados

nas unidades de manejo, objeto da certificação.

São ao todo 05 (cinco) Princípios, relacionados às atividades de manejo

florestal, como indicado a seguir:

o Princípio 1:Cumprimento da Legislação;

o Princípio 2: Racionalidade no uso dos recursos florestais a curto,

médio e longo prazos, em busca da sua sustentabilidade;

o Princípio 3: Zelo pela diversidade biológica;

o Princípio 4: Respeito às águas, ao solo e ao ar;

o Princípio 5: Desenvolvimento ambiental, econômico e social das

regiões em que se insere a atividade florestal.

Os princípios estabelecidos nesta norma constituem a referência para o

manejo florestal.

De acordo com o estabelecido no próprio padrão normativo NBR 14789:07,

destacamos que:

“Os princípios são desdobrados em critérios, que são a expressão dos

requisitos que descrevem os estados ou dinâmicos de um

ecossistema florestal e do sistema social a ele associado”.

“A verificação do cumprimento de cada critério é estabelecida mediante

a avaliação do atendimento de um conjunto de indicadores

específicos, que podem ser quantitativos ou qualitativos”.

Page 24: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

24

“Dependendo da localização e da finalidade da unidade de manejo

florestal, nem todos os indicadores serão aplicáveis. Contudo será

sempre necessário avaliar todos aqueles pertinentes à situação local”.

3.2 IDENTIFICAÇÃO DO OCF – ORGANISMO DE CERTIFICAÇÃO

O BUREAU VERITAS CERTIFICATION (BVC) está credenciado pelo

INMETRO para realização de certificações de manejo de florestas plantadas com

base na norma NBR 14789:2007, podendo emitir certificados com a logomarca

deste organismo credenciador.

O objetivo do BVC é realizar serviços de certificação com alta credibilidade,

sendo este o motivo pelo qual optou em realizar tais certificações de acordo com os

requisitos do Sistema Brasileiro de Certificação.

3.3 DADOS PARA CONTATO

Escritório São Paulo:

BUREAU VERITAS CERTIFICATION (BVC)

Sr. José Antônio Ferreira da Cunha: Certification Technical Manager

Av. do Café 277 – Torre B – 5o andar

04311-000

São Paulo/SP

Fone: (0**11) 5070-9800

Fax: (0**11) 5070-9000

E-mail: [email protected]

3.4 RESPONSÁVEL PELO OCF

BUREAU VERITAS CERTIFICATION (BVC)

Sr Luiz Roberto Duarte Pinho (Diretor de Certificação)

Av. do Café 277 – Torre B – 5o andar

04311-000

Page 25: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

25

São Paulo/SP

Fone: (0**11) 5070-9800

Fax: (0**11) 5070-9000

E-mail: [email protected]

3.5 DESCRIÇÃO DO PROCESSO DE AUDITORIA

Trata-se de uma auditoria para re-certificação de um grupo de propriedades

localizadas em 22 municípios nominados no resumo deste relatório

Ao longo dos cinco anos de vigência do certificado inicial foram conduzidas

auditorias anuais de manutenção, seguindo os critérios estabelecidos pelo

CERFLOR. A V&M Florestal optou voluntariamente em buscar a re-certificação para

a suas atividades florestais em 2012.

Durante esta auditoria foram realizadas visitas a partes envolvidas com as

atividades da V&M FLORESTAL e com o intuito de se ouvir as partes interessadas

em relação ao desempenho da V& M FLORESTAL quanto ao cumprimento dos

princípios do CERFLOR.

O processo de auditoria de certificação do CERFLOR compreende:

Planejamento inicial da auditoria;

Planejamento e realização das reuniões públicas (já realizadas na

pré-auditoria);

Definição da equipe de auditoria;

Avaliação documental quanto ao atendimento do CERFLOR;

Avaliações de campo quanto ao atendimento do CERFLOR;

Emissão e publicação do relatório de auditoria;

Planejamento de auditoria complementar e/ou de Follow-up (não

aplicável a este caso);

Apreciação do processo de auditoria por parte da Comissão de

Certificação;

Emissão de relatório final após avaliação de ações corretivas (não

aplicável a este caso )e demais questões pertinentes.

Page 26: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

26

Adicionalmente em uma auditoria de certificação deve ser realizada uma

auditoria inicial (de 1ª fase), com o objetivo de avaliar o plano de manejo, a

legalização das unidades de manejo e demais documentações requeridas pela NBR

14789, não aplicável, neste caso, por se tratar de um processo de re-certificação.

3.5.1 Definição da equipe de auditoria

A seguinte equipe foi designada para a realização desta auditoria:

Nome Função na Equipe Formação Acadêmica

Antonio de Oliveira Auditor líder Engenheiro Florestal

Fábio Alves Auditor Engenheiro Florestal

Tatiana Fernandes Auditora em observação Engenheira Florestal

Maria Augusta Godói Auditora Engenheira Florestal

QUADRO 1 - EQUIPE DESIGNADA FONTE: O AUTOR

3.5.2 Planejamento de Reuniões Públicas

As reuniões públicas têm como objetivo identificar recomendações,

questionamentos, denúncias e demais demandas das partes interessadas,

referentes aos princípios do CERFLOR, permitindo ao Bureau Veritas Certification

avaliar, durante o processo de auditoria, as questões relevantes registradas.

É importante esclarecer que a empresa auditada (V&M FLORESTAL) não

participou ativamente das reuniões em função do objetivo destas.

Foram realizadas 3 (três ) reuniões públicas conduzidas pelos membros da

equipe de auditoria.durante a auditoria principal

A escolha dos municípios foi feita em função da representatividade regional

destes, considerando ainda as atividades da empresa auditada, também a

realização das reuniões públicas realizadas na primeira certificação e facilidade de

acesso e existência de instalações adequadas para a realização das reuniões.

A documentação gerada no planejamento e realização das reuniões públicas

compreende: convites emitidos, questionários de consulta pública preenchidos por

partes interessadas, listas de presença nas reuniões públicas e questionamento de

Page 27: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

27

partes interessadas. Todos estes registros estão mantidos pelo Bureau Veritas

Certification como parte do processo de auditoria da empresa.

Os questionamentos pertinentes, gerados nas reuniões públicas, foram

inseridos neste relatório, contemplando as respostas da empresa, assim como

avaliação por parte do Bureau Veritas Certification. É importante ressaltar que

apenas questões relacionadas aos Princípios do CERFLOR foram contempladas

neste relatório.

3.5.3 Planejamento e Realização da Auditoria

De acordo com o Escopo de Certificação pretendida, foram executadas as

seguintes atividades: análise de documentação, verificações em campo, entrevistas

com colaboradores dos produtores florestais, empresa de assessoria, prestadores

de serviços e partes interessadas.

Foi também avaliado o parecer da empresa sobre os questionamentos,

recomendações e comentários das partes interessadas, enviados através de

questionários específicos do CERFLOR e identificados nas Reuniões Públicas,

foram auditados e vistoriados em campo.

Page 28: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

PROGRAMAÇÃO DA AUDITORIA

SEGUNDA FEIRA (05/11/2012) AUDITOR GUIA HORÁRIO UNIDADE DE PRODUÇÃO ATIVIDADE

A01 / A02 / A03 Ricardo Paiva 11h00 / 12h00

Escritório de Curvelo

Chegada em Curvelo Reunião de Abertura + Validação de Planejamento

12h00 – 13h30 Almoço A01 Ricardo Paiva

13h30 – 17h30

SIG + Stakeholders (a definir)

A02 Régis Pereira Meio Ambiente (Outorgas, Monitoramentos, Condicionantes, Licenças, etc.)

A03 Juliana Lima Planejamento Florestal + APP’s + Impostos

A01 / A02 / A03 Ricardo Paiva 19h00 – 21h00 Cidade de Curvelo Reunião Pública

21h30 Pontal Plaza Hotel Pernoite TERÇA-FEIRA (06/11/2012)

AUDITOR GUIA HORÁRIO UNIDADE DE PRODUÇÃO ATIVIDADE

A01 Ricardo Paiva

07h00 – 10h00 Cidade de Curvelo Deslocamento (Cidade de Curvelo x Faz. Campo Alegre) 10h00 – 12h00

Faz. Campo Alegre

Atividades (SIL / COL / TRANSP.) 12h00 – 13h00 Almoço 13h00 – 15h00 Atividades (SIL / COL / TRANSP.)

15h00 – 16h00 Deslocamento (Faz. Campo Alegre x Cidade de João Pinheiro)

16h00 – 17h30 Cidade de João Pinheiro

Stakeholders (a definir) 19h00 – 21h00 Reunião Pública

Pernoite

A02 Régis Pereira

07h00 – 10h00 Cidade de Curvelo Deslocamento (Cidade de Curvelo x Faz. Nova Esperança II – Montes Claros)

10h00 – 12h00

Faz. Nova Esperança II

Atividades (SIL / COL / TRANSP.) 12h00 – 13h00 Almoço 13h00 – 15h00 Atividades (SIL / COL / TRANSP.) 15h00 – 17h00 Stakeholders (a definir)

17h00 – 18h00 Deslocamento (Faz. Nova Esperança II x Cidade de Montes Claros)

Cidade de Montes Claros Pernoite

Page 29: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

29

A03 Juliana Lima

08h00 – 09h00 Cidade de Curvelo Deslocamento (Cidade de Curvelo x Faz. Pindaíbas) 09h00 – 11h00

Faz. Pindaíbas Atividades (SIL / COL / TRANSP.)

11h00 – 12h00 Almoço 12h00 – 13h30 Deslocamento (Fazenda Pindaíbas x Faz.Santa Cruz) 13h30 – 15h30

Faz. Santa Cruz Atividades (SIL / COL / TRANSP.)

15h30 – 17h00 Stakeholders (a definir) 17h00 – 18h00 Deslocamento (Faz. Santa Cruz x Cidade de Cruvelo)

Cidade de Curvelo Pernoite QUARTA-FEIRA (07/11/2012)

AUDITOR GUIA HORÁRIO UNIDADE DE PRODUÇÃO ATIVIDADE

A01 Ricardo Paiva

08h00 – 09h00 Cidade de João Pinheiro Deslocamento (Cidade de João Pinheiro x Faz. Patagônia) 09h00 – 11h00

Faz. Patagônia Atividades (SIL / COL / TRANSP.)

11h00 – 12h00 Deslocamento (Faz. Patagônia x Cidade de João Pinheiro) 12h00 – 13h00

Cidade de João Pinheiro Almoço

13h00 – 14h00 Deslocamento (Cidade de João Pinheiro x Faz. Sussuarana) 14h00 – 17h00 Faz. Sussuarana Atividades (SIL / COL / TRANSP.) 17h00 – 18h00 Deslocamento (Faz. Sussuarana x Cidade de João Pinheiro)

Cidade de João Pinheiro Pernoite

A02 Régis Pereira

08h00 – 09h30 Cidade de Montes Claros Deslocamento (Cidade de Montes Claros x Faz. Extrema) 09h30 – 11h30

Faz. Extrema

Atividades (SIL / COL / TRANSP.) 11h30 – 12h30 Almoço 13h30 – 17h00 Atividades (SIL / COL / TRANSP.) – Continuação 17h00 – 17h30 Deslocamento (Faz. Extrema x Cidade de Bocaiúva)

Cidade de Bocaiúva Pernoite

A03 Juliana Lima

08h00 – 09h30 Cidade de Curvelo Deslocamento (Cidade de Curvelo x Faz. Itapoã) 09h30 – 11h30

Faz. Itapoã Atividades (SIL / COL / TRANSP.)

11h30 – 12h30 Almoço 13h30 – 15h00

CAPEF Laboratórios

15h00 – 17h00 Deslocamento (Faz. Itapoã x Cidade de Pompéu) Cidade de Pompéu Pernoite

QUINTA-FEIRA (08/11/2012) AUDITOR GUIA HORÁRIO UNIDADE DE PRODUÇÃO ATIVIDADE

A01 Ricardo Paiva 08h00 – 11h00 Cidade de João Pinheiro Deslocamento (Cidade de João Pinheiro x Cidade de Bocaiúva)

Page 30: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

30

11h00 – 12h00

Cidade de Bocaiúva

Almoço 12h00 – 18h00 19h00 – 21h00 Reunião Pública

Pernoite

A02 Régis Pereira

08h00 – 09h00 Cidade de Bocaiúva Deslocamento (Cidade de Bocaiúva x Faz. Corredor) 09h00 – 12h00

Faz. Corredor

Atividades (SIL / COL / TRANSP.) 12h00 – 13h00 Almoço 13h00 – 16h00 Stakeholders (a definir) 16h00 – 17h00 Deslocamento (Faz. Corredor x Cidade de Bocaiúva)

Cidade de Bocaiúva Pernoite

A03 Juliana Lima

07h00 – 08h30 Cidade de Pompéu Deslocamento (Cidade de Pompéu x Faz. Aldeia) 08h30 – 12h00

Faz. Aldeia

Atividades (SIL / COL / TRANSP.) 12h00 – 13h00 Almoço 13h00 – 15h00 Stakeholders (a definir) 15h00 – 17h00 Deslocamento (Faz. Aldeia x Cidade de Curvelo)

Cidade de Curvelo Pernoite SEXTA-FEIRA (09/11/2012)

AUDITOR GUIA HORÁRIO UNIDADE DE PRODUÇÃO ATIVIDADE

A01 Ricardo Paiva

08h00 – 11h30 Cidade de Bocaiúva Deslocamento (Cidade de Bocaiúva x Cidade de Curvelo) 11h30 – 12h30

Cidade de Curvelo Almoço

12h30 – 14h30 Demais requisitos que não foram vistos 16h00 – 18h00 Deslocamento (Cidade de Curvelo x Aeroporto de Confins)

A02 Régis Pereira

08h00 – 11h30 Cidade de Bocaiúva Deslocamento (Cidade de Bocaiúva x Cidade de Curvelo) 11h30 – 12h30

Cidade de Curvelo Almoço

12h30 – 14h30 Demais requisitos que não foram vistos 16h00 – 18h00 Deslocamento (Cidade de Curvelo x Aeroporto de Confins)

A03 Juliana Lima

08h00 – 11h00

Escritório de Curvelo

Demais requisitos que não foram vistos 11h00 – 12h00 Almoço 12h00 – 16h00 Demais requisitos que não foram vistos 16h00 – 18h00 Deslocamento (Cidade de Curvelo x Aeroporto de Confins)

QUADRO 2 - PROGRAMAÇÃO DA AUDITORIA: AGENDA DE RE-CERTIFICAÇÃO FONTE: O AUTOR

Page 31: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

4 RELATÓRIO DETALHADO

Esta seção demonstra as evidências coletadas pela equipe de auditoria

durante o processo de avaliação. A abordagem de auditoria se deu a partir dos

processos da organização, de acordo com um plano de trabalho previamente

elaborado. Em cada processo auditado foi dada ênfase aos princípios e

critérios do CERFLOR pertinentes, conforme demonstrado abaixo.

Deve ser esclarecido que em todas as visitas realizadas nas atividades

silviculturais, foram verificados os respectivos mapas com detalhes dos talhões,

hortos, reservas legais, áreas de preservação permanente e recursos hídricos,

em consonância com o critério 3.5 da NBR 14789:2007.

A respeito do critério 3.1 entendemos que as atividades realizadas pela

V&M FLORESTAL e aquelas realizadas pelos seus prestadores de serviço,

possuem a mesma qualidade, onde se pode afirmar que existe experiência

prévia suficiente para comprovação do potencial de produção dos materiais

genéticos utilizados em larga escala.

Quanto ao critério 4.1 esclarecemos que evidenciamos no sistema de

informação geográfico da empresa o mapeamento dos recursos hídricos em

nível de microbacia. Durante as visitas em campo as informações dos mapas

foram validadas por nossa equipe de auditoria.

4.1 PRINCÍPIO 1

4.1.1 Critério 1.2

Evidenciado que, são atendidos e respeitados os direitos das

comunidades locais pelos registros de que as áreas vizinhas ou limítrofes são

respeitadas e estão devidamente identificadas localizadas e respeitadas.

Para definir o aproveitamento da propriedade a empresa estabelece

um estudo prévio quanto ao potencial da propriedade.

Page 32: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

32

As áreas ainda com cobertura vegetal, são representadas pela reserva

legal e áreas de preservação permanente compondo-se de florestas em

estágio avançado campo natural e campo úmido.

4.1.1.1 Processos trabalhistas

Prontuários individuais, Pagamento de salários, Registro de freqüência,

Guias FGTS/IRRF/INSS, folha de pagamento, férias, 13º salário, rescisões,

contribuição sindical, Convenção coletiva, Tributos, SESMT, Reclamatórias

trabalhistas, Benefícios, Sindicato (contr. Patronal) e Livro de inspeção do

trabalho.

Horas in itinere: Por não exercer atividades laborais rurais a V&M

FLORESTAL possui os acordos coletivos prevêem critérios de adicional para

estas horas.

4.1.1.2 Sistema de controle e avaliação de requisitos legais

Pelo sistema Âmbito foi constatada listagem atualizada de requisitos

legais a serem atendidos pelo empreendimento florestal.

Evidenciada verificação quanto ao atendimento dos requisitos legais,

realizada em abril de 2012.

4.1.1.3 Licenciamento ambiental

A V&M FLORESTAL tem suas atividades de colheita florestal

regularizadas a partir do cumprimento do licenciamento/registro dependendo

do entendimento das duas sistemáticas de licenciamento aplicadas pelo IEF,

conforme segue:

Licenças/registros dos processos a serem colhidos.

A V&M FLORESTAL realizou o cadastro de todas as áreas antigas

objeto do processo de certificação e está enviando informações

Page 33: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

33

complementares de acordo com os critérios do IEF. Para Tanto foi elaborado

um programa para atender estes requisitos.

4.1.2 Critérios 1.3

Evidenciados:

4.1.2.1 Programa de gestão de saúde e segurança

Verificados:

- Programa de gestão de saúde e segurança do trabalho da V&M

FLORESTAL (PPRA, LTCAT, APA, PCMSO, AET), elaborados em maio/junho

de 2012, que estão sendo trabalhados em segurança do trabalho: Investigação

e análise de acidentes/incidentes; mapeamento de riscos ambientais; análise

da aplicabilidade da legislação; avaliação e acompanhamento do PPRA e

PCMSO dos prestadores de serviços; coordenação dos programas de

prevenção contra incêndio e atendimento a emergências.

Procedimento para saúde e segurança – KED e colar cervical, além de

kit com primeiros socorros. Não há padronização de equipamentos de socorro.

Há diferenças entre funcionários próprios e terceiros.

Evidenciado check-list de inspeção de 1 a 6/11/2012 – Caminhão placa

ISU8169, CNH de Rodrigo Lucas n° 0124067667, Val 2015, cat AE.

Evidenciado Acordo Coletivo entre Carpelo e Sindicato dos

Trabalhadores Rurais de Curvelo, 2012 – horas in itiniri (16 h/mês) EPIs, cesta

básica, garrafa térmica, caixa de primeiros socorros e um veículo para

transporte imediato em caso de acidente, clausula gestante, entre outras

informações relevantes.

Page 34: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

34

Evidenciado Hollerith do operador de trator II – Isaias Trindade, de

Setembro/12 – horas in itiniri evidenciadas e conforme acordo coletivo.

PPRA– Carpelo S. A – Filial Curvelo, Val Jan/2013

Carpelo possui 202 funcionários

Função: Operador de Trator Agrícola – Riscos: Ruído, químico

(graxas), Acidentes (queda, animais peçonhentos, tombamento), ergonômicos

(postura inadequada, esforços repetitivos). EPIs – óculos, luva nítrica, perneira,

protetor auricular,outros.

Função: Ajudante Florestal – ruído, químico (herbicidas e formicidas),

Acidentes (queda, animais peçonhentos, tombamento), ergonômicos (postura

inadequada, esforços repetitivos). EPIs identificados.

PCMSO – Carpelo S. A – Filial Curvelo, atualizado em junho/2012

Ajudante Florestal – na tabela especificação dos agentes, está incluído

risco ruído, químico e ergonômico. No entanto, na tabela que cita sobre o a

programação técnica dos exames clínicos e complementares, cita somente o

risco químico (agrotóxico), havendo certa discrepância nas informações do

próprio relatório. Os decibéis emitidos pela atividade de desbrota com

motopoda também não foi emitido em período

4.2 PRINCÍPIO 2

4.2.1 Critério 2.1

Evidenciados procedimentos:

A V&M FLORESTAL utiliza os melhores clones desenvolvidos e

adaptados para a região.

Planilhas de aspectos ambientais e impactos associados (Colheita,

Estradas, Gestão de resíduos, Silvicultura, Transporte de madeira).

Sede das fazendas contendo banheiro, água potável, caixa de

primeiros socorros, mesa e cadeiras.

Page 35: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

35

- Uso de EPIs regulamentados;

- Controle de inspeção de extintores de incêndio de 03/08/2012;

- Extintores de incêndio nas sedes e conscientização dos operários;

- Registro de treinamento de operários quanto a incêndios florestais e

emergências.

Capina química

Verificada a atividade de aplicação manual de herbicida (Scout) com

pulverizador costal no colaborador florestal

- Registros de avaliação da operação: dosagem aplicada, cobertura,

plantas atingidas.

4.3 PRINCÍPIO 2

4.3.1-Plano De Manejo

O plano de manejo florestal trata de desenvolvimento e da aplicação de

técnicas de análise quantitativa nas decisões da localização, da estrutura e da

composição de um recurso florestal de maneira a possibilitar a produção de

produtos, serviços e benefícios diretos ou/ indiretos, na qualidade e na quantidade

requeridas pela empresa.

Por análise quantitativa, a empresa entendeu o conjunto de disciplinas que

enfatizaram o uso de métodos quantitativos tais como mensuração florestal,

estatística, biometria, inventário florestal, sensoriamento remoto e pesquisa

operacional. Este conjunto de disciplinas proporcionou o instrumental quantitativo

utilizado como suporte para o processo de decisão na seleção de alternativas

gerenciais

Obviamente, no manejo de florestas plantadas, tais decisões devem ser

subordinadas a condicionantes silviculturais e ambientais, mas estas são apenas

restrições ou limitações à produção.

A implementação das ações silviculturais previstas no plano de manejo e o

monitoramento de seu efeito na prática, no tempo e no espaço, são atividades tão

Page 36: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

36

importantes como a prévia elaboração do dito plano. A verificação periódica dos

efeitos práticos e das conseqüências da execução são ações previstas no plano.

As alterações previstas no plano, durante a execução serão introduzidas de

sorte a contemplar os objetivos anteriormente estabelecidos.

A estrutura básica do Plano de Manejo conta com os seguintes elementos

fundamentais documentação das propriedades, descrição das áreas,caracterização

da infraestrutura, inventário florestal contínuo(sistema de amostragem, unidades

amostrais, monitoramento da regeneração natural)

Descrição dos procedimentos para o calculo de corte permissível,

determinação do ciclo de corte, estrutura e composição de estoque de reserva,

prescrição dos tratamentos silviculturais, cronograma de execução, averbação de

reservas legais das áreas sob manejo no respectivo cartório de registro de imóveis

e responsabilidade técnica.

Evidenciados:

- condições de manejo em função de peculiaridades regionais e locais

- esquema de manejo silvicultural

- justificativa da viabilidade econômica do manejo

- sistema de malha viária

- idade de colheita

- estimativa de crescimento e produção

- mapas e croquis da área de manejo com ocupação e uso de solo,

tipos de solo, vegetação e recursos hídricos estão linkados ao

geoprocessamento.

- Evidenciado programa plurianual de plantio ou reforma, colheita e

manutenção,

Segundo a V&M FLORESTAL, é difícil saber quando vai reformar,

plantar ou colher.

- em caso de contingências que comprometam o suprimento de

madeira, a empresa monitora fontes alternativas de matéria-prima no mercado.

- inventário florestal contínuo existente.

- plano elaborado e monitorado por profissional legalmente habilitado

Page 37: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

37

- plano monitorado, revisado, com resultados do monitoramento

incorporado ao plano.

- resumo do plano na internet e plano na integra e resumo na intranet.

- programas de treinamento evidenciados: questões ambientais,

diálogo sobre direitos e condições de trabalho, interpretação das normas, plano

de manejo florestal, noções de certificação, alimentação saudável. Verificadas

também as listas de presenças dos treinamentos

4.3.1 Critério 2.3

Evidenciada a aplicação e transferência de tecnologia da V&M

FLORESTAL para prestadores de serviços florestais.

Verificado os documentos:

4.3.2 Critério 2.4:

O SAP é usado para o controle de estoque dos insumos, é possível

visualizar até o nível de Prestadores de Serviço.

4.4 - PRINCÍPIO 3

4.4.1.1 Diversidade biológica

O plano de manejo trata do estudo e do entendimento de todos os

elementos bióticos que compõem o ecossistema, sejam eles desejáveis ou não,

deixando de apreciar apenas a variabilidade das espécies florestais que apresentam

valor comercial, tratando da sustentabilidade do manejo florestal, deixando um claro

entendimento dos processos ecológicos fundamentais.

4.4.1.2 Flora e Fauna

Page 38: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

38

As atividades humanas sobre a superfície do planeta têm acelerado,

cada vez mais, o ritmo de destruição dos ecossistemas naturais e

concomitantemente as taxas de extinção de espécies. Desta forma, o grande

desafio da conservação da diversidade de espécies, incluindo os seres

humanos, tem sido reduzir as pressões negativas sobre elas e seu habitat.

Para a análise da sustentabilidade ecológica de atividades antrópicas,

em longo prazo, os diagnósticos da situação ambiental, dos fatores de impacto

e o monitoramento de indicadores biológicos apresentam-se como os mais

adequados.

As avaliações das perturbações ambientais, tanto no espaço quanto no

tempo, permitem verificar na estrutura das comunidades, composição,

abundância, freqüência, distribuição, dominância das populações, riqueza de

espécies ,presença de espécies raras, em perigo, ameaçadas de extinção.

4.4.1.3 Restauração ecológica nas unidades de Manejo Florestal

Devido as unidades de manejo florestal estarem inseridas em mais de

uma região ecológica do Estado, as mesmas possuem idênticas formações

vegetais representativas de vários biomas (desde mata Atlântica até cerrado).

Em função disto a estratégia de restauração ambiental está diretamente

relacionada com a capacidade de resiliência de ecossistema, sendo adotado o

plantio heterogêneo com espécies nativas arbóreas ou a indução/condução da

regeneração natural como mecanismos de retro-alimentação deste processo.

4.4.2 Critério 3.1

4.4.2.1 Ampliação da base genética

Evidenciado que o uso de materiais genéticos, utilizados previamente e

em fase de testes pela V&M FLORESTAL, são usados à longa data pela

mesma. Os clones novos que venham a ser ou estão sendo desenvolvidos pela

empresa V&M FLORESTAL são de uso exclusivo da mesma, mas poderão ser

Page 39: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

39

solicitados para uso em suas atividades de pesquisa, através de acordos e

contratos.

4.4.2.2 Experiência prévia

A V &M FLORESTAL já possui um programa de melhoramento, com

clones híbridos das espécies de saligna, E. dunni, E.urophlylla, E. glóbulos.

4.4.2.3 Avaliação contínua de material genético alternativo

Os materiais genéticos em utilização são anualmente monitorados pela

V&M FLORESTAL, onde são elaborados relatórios anuais de desenvolvimento

dos trabalhos em reuniões trimestrais e anuais para discutir a estratégia de

melhoramento florestal da organização.

4.4.2.4 Organismos geneticamente modificados

A V&M FLORESTAL, por usufruir do melhoramento genético não faz

uso comercial ou pesquisa com Organismos Geneticamente Modificados.

4.4.3 Critério 3.2

Existência de mapeamento, demarcação e proteção dos sítios

históricos, arqueológicos, de valor cultural ou social:

Os ecossistemas com importância ambiental, arqueológica, histórica,

cultural ou social foram avaliados pela empresa V&M FLORESTAL conforme

pode ser evidenciado no programa da empresa. Em sítios arqueológicos

inicialmente se localiza e identifica a área dos sítios, que são numerados e

protocolados junto ao IPHAN, na fase de diagnóstico.

A organização define as paisagens levando em conta os ecossistemas,

as unidades de uso (florestas em estágio inicial, florestas em estágio avançado,

campo, campos úmidos).

Page 40: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

40

Nas unidades onde se encontram plantios antigos foi evidenciada uma

política para a criação dos corredores ou stepping Stones, plantio para

proteção dos fragmentos já existentes, diminuição do efeito de borda, aumento

da área nuclear, recuperação de áreas legais: APP e reserva legal.

Os plantios florestais estão estabelecidos em áreas já antropizadas,

tendo em vista que o Órgão Ambiental Estadual, atualmente não concede

autorização para ampliação de implantação de florestas homogêneas, em

áreas onde ainda existe vegetação arbórea de qualquer tipo, ensejando assim

a manutenção da floresta nativa.

O delineamento das plantações florestais é intercalado com a

vegetação de ocorrência natural, tendo em vista o alto grau de ocorrência de

áreas de preservação permanente contribuindo assim para a formação de

corredores ecológicos, para a fauna residente e migratória, inclusive com o

estabelecimento de florestas naturais, favorecendo a permeabilidade entre os

remanescentes florestais nativos.

4.4.4 Critério 3.3

Evidenciado programa de proteção florestal para controle integrado de

pragas e doenças, abrangendo o monitoramento de pragas e doenças

ocasionais, monitoramento e controle de pragas exóticas, assim como

diagnóstico e resistência a doenças.

O objetivo do monitoramento é a detecção de insetos e doenças

causadores de injúrias às plantas e o nível de dano da população, detectando

de maneira rápida a ocorrência de danos causados por agentes bióticos. O

sistema de monitoramento agiliza o processo de avaliação, tomada de decisão

e eficiência das medidas de controle, reduzindo o consumo de produtos

agrotóxicos e o risco de danos econômicos.

Com as informações levantadas pelas equipes evidenciamos um banco

de dados sobre as vistorias e ocorrências.

O procedimento analisado traz a metodologia completa em relação ao

objetivo do programa.

Page 41: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

41

4.4.5 Critério 3.5

4.4.5.1 Recuperação de áreas Degradadas

Metodologia de aspectos da paisagem, com a análise de

remanescentes florestais de vegetação nativa. Os fragmentos com no mínimo

200 m de largura e 100m de comprimento foram priorizados (corredores

ecológicos). Avifauna, Mastofauna, Mimecofauna.

Verificação do diagnóstico:

- tamanho dos fragmentos, APPs e RL, proporção de vegetação nativa

em relação à área da fazenda, conectividade.

- atividades de campo - estrutura e estado da vegetação, fisionomias.

Verificado, aliado à regeneração natural, foi realizado o plantio de

espécies nativas. O desenvolvimento destas é lento, porém é o esperado para

a região.

4.4.6 Critério 3.6

Em todas as fazendas visitadas evidenciamos cancelas nas entradas

bem como placas com indicativos de restrição de acesso a caça e pesca.

4.5 PRINCÍPIO 4

4.5.1 Critérios 4.2

4.5.1.1 Monitoramento de recursos hídricos e edáficos

VERIFICADOS:

- O monitoramento de recursos hídricos é realizado em 02 vertedouros

instalados em cursos de água localizados em plantios de eucalipto.

Page 42: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

42

Projeto conservação de solos da compactação, erosão e conservação

de matéria orgânica conclui que as técnicas até então utilizadas (cultivo mínimo

e plantio em nível) não comprometem a sustentabilidade do solo.

Os impactos da colheita na compactação do solo são avaliadas,

quando da colheita da madeira , definindo o número critico de passadas de

máquinas (harvester; forwarder) na qual ocorre compactação.

Impacto do Manejo de Resíduos Florestais é realizado conforme o

procedimento da V&M FLORESTAL.

- Baseado nas análises de solo e experimentos de fertilização obtêm-

se tabelas de recomendação de adubação (por talhão) para NPK e Ca.

Micronutrientes são avaliados via análise foliar.

- Relatório de monitoramento da vazão e qualidade de água conclui

que as vazões apresentam distribuição regular ao longo do ano; presença de

ferro, alumínio, mercúrio e chumbo em valores acima dos parâmetros para

classe 2.

4.5.1.2 Construção e manutenção de estradas.

Esta seção demonstra as evidências coletadas pela equipe de auditoria

durante o processo de avaliação. A abordagem de auditoria se deu a partir dos

processos da organização, de acordo com um plano de trabalho previamente

elaborado. Em cada processo auditado foi dada ênfase aos princípios e

critérios do CERFLOR pertinentes, conforme demonstrado abaixo.

Foram verificados os mapas detalhados com a locação dos talhões

implantados, com os aceiros, corpos hídricos, mussurungas e outras áreas não

utilizáveis, ou ainda reserva legal, áreas de preservação permanentes e outras

utilizadas para atividades diversas.

4.5.2 Critério 4.4

4.5.2.1 Gestão de resíduos

Page 43: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

43

- Planilha anual da V&M FLORESTAL referente a remessa dos

produtos enviados aos prestadores de serviço e também a planilha de

devolução referente aos resíduos sólidos enviados para destinação final no ano

de 2011/2012.

- Depósito de armazenamento temporário de resíduos perigosos em

local fechado, com piso impermeabilizado e ventilado.

4.5.2.2 Monitoramento de fumaça preta

É realizada pela empresa e também pelos prestadores de serviço, pois

todas as atividades silviculturais, que incluem veículos a diesel são realizadas

por empresas terceirizadas vinculadas a V. & M FLORESTAL ou Prestadores

de serviço e nesta fase, nenhuma atividade encontra-se em execução.

4.5.2.3 Armazenamento de agrotóxicos e resíduos contaminados

- Verificado depósito da V&M FLORESTAL onde os resíduos

contaminados com óleo são acondicionados em galpão fechado, piso

impermeabilizado, ventilado, sistema de combate a incêndio. Os principais

resíduos armazenados são: óleo usado, embalagens de óleo, EPIs, outros

materiais contaminados com óleo. Os defensivos agrícolas estão neste

depósito em local separado, sob paletes, identificados e com FISPQ disponível.

- Verificado depósito de insumos onde se armazena defensivos

agrícolas em local isolado, acesso restrito, ventilação forçada, material para

contenção e piso impermeabilizado.

4.6 PRINCÍPIO 5 (AÇÕES SOCIAIS)

Atua basicamente em capacitação profissional, educação e saúde.

Evidenciados:

Page 44: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

44

4.6.1 Critérios 5.1 e 5.2

A V&M FLORESTAL estimula pequenos produtores de mel a colocar

suas caixas de abelhas junto aos plantios de eucalipto. A empresa só fornece o

pasto apícola.

Evidenciando ações que incentivam empreendimentos locais.

São produzidas campanhas com parcerias locais sobre: doenças em

geral, doenças sexualmente transmissíveis, dependência química acidentes

com animais peçonhentos, acidentes domésticos e de trânsito. Evidenciando

programas de saúde aos trabalhadores e seus dependentes.

A empresa atua também na conscientização ecológica via publicidade

na mídia. Os alunos recebem orientações gerais sobre a empresa, além de

coletas orientadas e oficinas de atividades práticas.

4.6.1.1 Treinamentos

Verificados treinamentos conduzidos em abril de 2012: saúde e

segurança do trabalho – empregados, noções de primeiros socorros,

prevenção e combate a princípio de incêndios e uso de produtos químicos.

Outros treinamentos: questões ambientais, diálogo sobre direitos e

condições de trabalho, interpretação das normas, plano de manejo florestal,

noções de certificação, alimentação saudável e programa de educação

ambiental na V&M FLORESTAL. Verificadas também as listas de presenças de

cada treinamento.

4.7 EVIDÊNCIAS DA EQUIPE DE AUDITORIA

05 a 09/Nov/2012 – Notas de auditoria – Maria Augusta Godoy

4.7.1 Escopo Da Certificação

Page 45: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

45

Área total a ser certificada: 186.548,59 ha – Reflorestamento de

Eucalyptus spp para produção de carvão nas regionais de João Pinheiro,

Bocaiúva e Curvelo.

*Serra do Cabral não está incluída no escopo de certificação.

REGIÃO FAZENDA PLANTIO RESERVA

LEGAL PRESERVAÇÃO PERMANENTE

OUTRAS ÁREAS

TOTAL

CURVELO

ALDEIA 2.505,10 830,51 522,36 269,98 4.127,95

CANABRAVA 0,00 15,50 0,00 57,98 73,48

DIAMANTE 3.175,06 1.582,74 793,86 402,10 5.953,76

GALHEIROS 2.948,95 1.217,74 241,11 241,78 4.649,58

ITAPOÃ 4.636,51 1.303,83 308,63 702,16 6.951,13

MELEIRO 1.011,29 253,76 62,52 391,95 1.719,52

OLHOS D´AGUA 1.082,07 440,41 237,61 219,41 1.979,50

PINDAÍBAS 5.981,28 2.705,48 529,73 2.723,66 11.940,15

SANTA CRUZ 3.509,64 1.317,79 990,02 767,72 6.585,17

JOÃO PINHEIRO

BREJÃO 8.389,39 7.213,81 8.065,10 12.024,71 35.693,01

BREJO 3.827,52 1.348,47 153,99 421,42 5.751,40

CAMPO ALEGRE 7.028,25 3.961,37 645,78 2.339,13 13.974,53

CHAPADINHA 4.953,40 1.529,39 272,97 453,99 7.209,75

PATAGÔNIA 6.651,18 1.598,12 179,33 436,17 8.864,80

SUSSUARANA 3.521,20 1.064,34 238,43 473,63 5.297,60

VARGEM BONITA 6.384,87 2.491,31 1.094,64 2.471,80 12.442,62

BOCAIÚVA

CORREDOR 6.749,79 2.890,70 9,61 505,74 10.155,84

EXTREMA 4.530,73 1.689,16 386,99 731,49 7.338,37

PÉ DO MORRO 3.593,86 1.227,07 201,83 445,38 5.468,14

VARGEM GRANDE 9.507,51 3.453,53 965,77 1.979,46 15.906,27

NOVA ESPERANÇA II 8.951,94 3.095,03 198,70 2.220,35 14.466,02

TOTAL 98.939,54 41.230,0

6 16.098,98 30.280,01 186.548,5

9

SERRA DO CABRAL

(FOR A DO

ESCOPO)

SERRA DO CABRAL NORTE 7.787,52 2.627,77 4.124,00 4.651,70 19.190,99

SERRA DO CABRAL SUL 6.389,22 8.948,53 5.277,00 7.552,22 28.166,97

(DENTRO E FORA DO ESCOPO DE

CERTIFICAÇÃO) 113.116,

29 52.834,7

4 27.244,98 40.710,54 233.906,5

5

LOCALIZAÇÃO DAS ÁREAS CERTIFICADAS – CERFLOR

Page 46: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

46

REGIÃO FAZENDAS MUNICÍPIOS LATITUDE LONGITUDE ALTITUDE

MÉDIA

CURVELO

Pindaíbas Curvelo 18º28'57.1" 44º21'.15.0" 709

Santa Cruz Felixlândia 18º44'51.2" 45º.01'33.6" 630

Meleiro Curvelo / Felixlãndia 18º48'15.8" 44º40'25.1" 669

Diamante Pompéu 18º54'11.2" 45º02'13.4" 655

Olhos Dágua Curvelo 18º59'07.4" 44º28'41.2" 765

Itapoâ Paraopeba 19º18'03.3" 44º30'12.5" 750

Aldeia Abaeté 18º59'25.6" 45º13'58.6" 690

Galheiros Paineiras / Morada Nova

de Minas 18º57'32.7" 45º22'52.8" 630

Canabrava - UPC Paraopeba 19º10'46"S 44º30'53"W 650

JOÃO PINHEIRO

Brejão Brasilândia de Minas /

Santa Fé de Minas 17º01'02.3" 45º51'50.1" 630

Brejo João Pinheiro 17º11'38.9" 45º55'54.4" 552

Sussuarana João Pinheiro 17º19'20.9" 46º07'58.9" 570

Vargem Bonita João Pinheiro 17º19'36.0" 45º49'31.6" 558

Chapadinha João Pinheiro 17º26'14.7" 46º05'17.3" 568

Campo Alegre João Pinheiro 17º57'11.6" 46º06'39.1" 835

Patagônia Lagoa Grande 17º42'07.5" 46º30'18.1 570

BOCAIÚVA

Pé do Morro Guaraciama / Bocaiuva 17º05'25.2" 43º37'55.8" 865

Extrema Olhos Dágua /

Guaraciama / Bocaiúva 17º15'06.1" 43º39'34.8" 880

Vargem Grande Bocaiuva 17º20'35.7" 43º44'35.2" 898

Corredor Bocaiuva 17º22'36.5" 43º51'04.3" 905

Nova Esperança II Montes Claros 16º35'40.9" 44º01'46.8" 840

Princípio 2

Critério 2.1. Aspectos e Impactos Ambientais

Planilha de aspectos e impactos ambientais evidenciados – planilha

Excel.

Amostragem – aspectos e impactos da atividade de

silvicutlura/adubação, abertura e manutenção de estradas e aceiros.

Critério 2.2. - Plano de Manejo

Entrevistados:

Carlos Giovani Tonet – Analista de Processo

José Antonio Vieira Barcelos – gestor de operações (P&D)

Page 47: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

47

- Revisão do Plano de Manejo – versão 01, de 1/07/2012 – Aprovado

por Moacir Batista Nascimento – Eng. Florestal.

O Plano de Manejo contempla missão e objetivos, organograma da

empresa.

Mapas de solo, hidrografia, relevo e vegetação evidenciados.

Planejamento Florestal – curto, médio e longo prazo citados no plano

de manejo. Ciclos de 7 anos, condução de rebrota e plantio de segundo ciclo,

dependendo da área.

Estimativa e produtividade média – IMA=40 a 45 m3/há/ano.

Inventário florestal contínuo e pré-corte realizados pela V&M.

Pesquisa e Desenvolvimento: melhoramento genético, nutrição

florestal.

Atividades operacionais:

Autorização para fazer aplicação aérea para Boro - Evidenciado

relatório mensal de atividades enviado ao MAPA, conforme instrução normativa

2/08 – Anexo V. Registro MAPA 6691/setembro/2012.

Faz adubação foliar em todos os plantios que tem até 2,5 anos de

idade. Normalmente a aplicação é realizada no período seco entre junho e

agosto, onde há maior deficiência de Boro (seca de ponteiro).

UPC - Unidade de Peneiramento de Carvão – localizada em Faz Cana

Brava, município de Paraopeba.

Carbonização – Faz Olhos d´água, Faz Cana Brava, Faz Meleiros,

Vargem Grande – não possuem unidades de carbonização estruturadas.

Procedimentos operacionais citados no Plano de Manejo, com

referência aos documentos operacionais e principais operações florestais da

V&M.

Evidenciado capítulo sobre Meio Ambiente, monitoramentos ambientais

(flora e fauna, áreas naturais, recursos hídricos).

Combate à incêndio, gestão de áreas degradadas, gestão de resíduos,

educação ambiental, relação com a comunidade – programas sociais citados

Page 48: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

48

no plano. 02 comunidades quilombolas identificadas no entorno das áreas da

V&M. Projetos de promoção à saúde citadas.

Treinamento e desenvolvimento – citados no plano de manejo.

Assistência médico-odontológica conveniado à Unimed para funcionários da

V&M.

Divulgação do plano de manejo – resumo público no website da V&M e

distribuição para as comunidades locais (www.vmtubes.com.br).

OBS – Deixar claro no Plano de Manejo e Resumo Público quais são

as áreas certificadas pelo CERFLOR.

OBS – Incluir resultados dos monitoramentos realizados de forma clara

no plano de manejo e resumo público.

Princípios 1, 2 e 3

Critérios 1.3 (b,d e e); 2.1, 2.3,

Faz Pindaíba – Atividade de Adubação Mecanizada – Subcontratada

Carpelo S.A

Entrevista:

Antonio Elias Sobrinho – Monitor de Silvicultura – Carpelo SA

Isaias Trindade – Operador e Trator I - Carpelo S.A

Gilberto Aparecido Campos - Operador e Trator I - Carpelo S.A

Rodrigo Lucas – Motorista de Caminhão - Carpelo S.A

Trabalho da Antonio Elias: Planejar a silvicultura, fiscalizar as

subcontratadas, cumprimento legal.

Evidenciado – Ordem de serviço – Adubação de Cobertura – Talhão

1333, 36 ha.

Supervisor técnico – passa especificações para Carpelo.

Evidenciado Avaliação de controle de qualidade de serviço da

Subcontratada Carpelo, outubro/2012 – Adubação de cobertura – atividades

operacionais, consumo de fertilizantes, variação de 0 a 8% em relação ao

solicitado.

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Evidenciados

Entrevistada: Rosália Barbosa Ribeiro - Enfermeira do Trabalho

Patrícia Carvalho – Engenheira de Segurança

IPAR – Identificação de Perigo e Riscos e Avaliação de Riscos

Ocupacionais, ver 6.

Plano de Atendimento a Emergência, ver 0, 04/2/2010; Identificação e

Avaliação da Situação de Emergência.

Evidenciado que a atividade de adubação mecanizada deve seguir

orientações de GPAE-05, GPAE-02,GPAE-010 e GPAE-01. A bolsa de

primeiros socorros que é disponibilizada aos funcionários próprios da V&M

inclui itens como colar cervical e prancha com três tirantes nas frentes de

trabalho. No entanto, evidenciado que o prestador de serviço Carpelo, durante

a atividade de adubação mecanizada, não há disponibiliza maca, colar cervical

e não possui todos os itens do kit de emergência, conforme identificado pela

V&M para esta atividade. A comunicação para atendimento a emergência é

falha, uma vez que o celular pode não funcionar em algumas áreas da fazenda

Pindaíba. Não havia FISPQ no local para o adubo químico em utilização, que

contém as medidas necessárias em caso de emergência.

NC – Nos prestadores de serviço, não há padronização de kits de

emergência nas frentes de trabalho conforme preconiza a avaliação de riscos

ocupacionais realizada pela V&M, comunicação de emergência falha e

ausência de FISPQ com medidas de emergência a serem tomadas no caso de

aplicação de adubos químicos.

NT 06 , ver 10 – Preparação e Resposta a Emergência – aplicável à

todas as pessoas que têm acesso à área, conforme item 4.1.

Procedimento para saúde e segurança – KED e colar cervical, além de

kit com primeiros socorros. Não há padronização de equipamentos de socorro.

Há diferenças entre funcionários próprios e terceiros.

Evidenciado check-list de inspeção de 1 a 6/11/2012 – Caminhão placa

ISU8169, CNH de Rodrigo Lucas n° 0124067667, Val 2015, cat AE.

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Evidenciado Acordo Coletivo entre Carpelo e Sindicato dos

Trabalhadores Rurais de Curvelo, 2012 – horas in itiniri (16 h/mês) EPIs, cesta

básica, garrafa térmica, caixa de primeiros socorros e um veículo para

transporte imediato em caso de acidente, clausula gestante, entre outras

informações relevantes.

Evidenciado Hollerith do operador de trator II – Isaias Trindade, de

Setembro/12 – horas in itiniri evidenciadas e conforme acordo coletivo.

PPRA– Carpelo S. A – Filial Curvelo, Val Jan/2013

Carpelo possui 202 funcionários

função: Operador de Trator Agrícola – Riscos : Ruído, químico

(graxas), Acidentes (queda, animais peçonhentos, tombamento), ergonômicos

(postura inadequadas, esforços repetitivos). EPIs – óculos, luva nítrica,

perneira, protetor auricular,outros.

Função: Ajudante Florestal – ruído, químico (herbicidas e formicidas),

Acidentes (queda, animais peçonhentos, tombamento), ergonômicos (postura

inadequadas, esforços repetitivos). EPIs identificados.

PCMSO – Carpelo S. A – Filial Curvelo, atualizado em junho/2012

Ajudante Florestal – na tabela especificação dos agentes, está incluído

risco ruído, químico e ergonômico. No entanto, na tabela que cita sobre o a

programação técnica dos exames clínicos e complementares, cita somente o

risco químico (agrotóxico), havendo certa discrepância nas informações do

próprio relatório. Os decibéis emitidos pela atividade de desbrota com

motopoda também não es se foi emitido em período de pico ou a média do

ruído após 8h.

OBS – Revisar o conteúdo do PCMSO, de forma a evitar discrepâncias

de informações.

OM – Orientar para as formas de higienização das garrafas térmicas.

Monitoramento da Qualidade da Água – potabilidade

NC MENOR - VERIFICADO QUE DESDE DEZ/2011 NÃO É FEITO A

ANÁLISE DE POTABILIDADE DA ÁGUA, EM DESACORDO COM A

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PORTARIA Nº 2.914, DE DEZEMBRO DE 2011, QUE ESTABELECE

VERIFICAÇÕES MENSAIS PARA ALGUNS PARÂMETROS.

Princípio 3

Entrevistado:

Josemir Dias – Engenheiro Ambiental V&M

Critério 3.1.

CAPEF - Melhoramento Genético

Helder Bolognani Andrade – Gerente de Pesquisa

Programa de Melhoramento Genético – a cada 2-3 anos, objetiva-se

formar novos clones.

Ultimamente, as chuvas andam bastante irregulares, a freqüência de

grandes estiagens vem aumentando, o que prejudica a utilização de clones que

não são resistentes.

Os cruzamentos são realizados nos pomares clonais.

Melhoramento visa:

- aumento de produtividade;

- resistência à estiagem – eliminatório;

- resistência à doenças – eliminatório;

- qualidade da madeira.

Durante o planejamento florestal, verificam-se as áreas que foram

susceptíveis à estiagem, doenças, pragas, etc.

A indicação do que será plantado sai da área de pesquisa, e passa

para o planejamento. Não há indicação de área máxima de plantio/clone.

Atualmente, existem 9 clones em fase operacional. Cerca de 6 mil ha são

plantados anualmente, num total de 115 mil há de reflorestamento. Apesar de

não haver recomendação para área máxima de plantio de cada clone, há

mosaicos de diferentes idades em fazendas.

É também recomendado que se alterne talhões com clones diferentes,

mas não de forma sistemática.

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É preciso plantar sempre em várias fazendas, pois cada um possui

uma unidade de produção de carvão, para garantir o abastecimento de madeira

nas plantas de carbonização.

Os clones levam em média 10 anos para serem testados até o plantio

comercial. Registros no Mapa – no viveiro de mudas.

Registro de Proteção de Cultivar – patente do clone, n° 20120121,

clone processo 21806.000190/2011-21, clone VM 4 – Val por 18 anos

(20/1/2012). Clones VM 4,5,7,8,9,10,11 e 12, com registro de proteção cultivar.

Publicado no Diário oficial.

O Planejamento florestal indica as áreas que serão plantadas no ano

seguinte. A pesquisa indica os clones e envia para o Viveiro, para produção de

mudas. O planejamento em longo prazo é realizado, mas ajustes são

realizados anualmente, em função da área, condições do site e

recomendações técnicas.

Investigação das causas de alta e baixa produtividade realizada pela

equipe de melhoramento genético.

Análise crítica anual realizada pela pesquisa. Uma das avaliações é

realizada com o inventário florestal contínuo, incluindo as parcelas com clones.

Critério 3.3.

CAPEF - Manejo Integrado de Pragas -

Bianca Vigue Fernandes – Engenheira II – Pesquisa e

Desenvolvimento – Proteção Florestal

- Verificado laboratório de Manejo Integrado de Pragas – pesquisa com

predadores generalistas de lagartas desfolhadoras, onde são criados

percevejos que predam lagartas. Anualmente, são criados 500 mil predadores

nativos para controle da lagarta desfolhadora.

- Monitoramento de pragas e doenças – em cada fazenda há um

monitor que verifica a presença de pragas e doenças, no qual faz parte do

controle operacional da atividade. O controle é realizado através de rondas e

avaliação das plantas. È contabilizado o índice de infestação.

- Principais pragas da V&M – lagartas desfolhadoras, formigas,

percevejo bronzeado, pscilidium sp, vespa da galha. A maioria das pragas é

Page 53: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

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controlada por manejo integrado de pragas, somente a formiga é realizada por

controle químico. No entanto, se tiver um nível muito extremo, para o controle

de lagartas é utilizado o DIPEL.

NT 058, rev00 – Norma Técnica de Controle de Pragas.

O PROTEF, juntamente com a Embrapa de Jaguariúna, importaram o

parisitóide do percevejo bronzeado. Toda a documentação fica com estas

instituições, que atualmente está em fase de teste quanto à eficiência deste

parasitóide.

Segundo a pesquisadora Bianca fernandes, não há regulamentações

quanto ao uso de controle biológico ou licenças necessárias para os

laboratórios de pesquisa, somente quando houver a utilização de produtos

controlados pela polícia federal e exército.

Critério 3.2.

Recuperação de Áreas degradadas.

Evidenciada jazida recuperada na Faz Pindaíbas, com somente

algumas falhas, que não precisam de intervenção.

Mosaicos Florestais

Plantios intercalados com a vegetação natural e corredores ecológicos

implementados pela V&M. Antigos reflorestamentos de eucaliptos foram

convertidos em áreas de reserva legal, de forma a ligar fragmentos florestais de

cerrado nativo. Evidencaido na Faz. Pindaíba.

Critérios 3.2. e 3.6.

Registros de ocorrência – vigilância florestal – caça e pesca indevida

Entrevistado – Vanderlei Henrique Ferreira – Coordenador de

Segurança Patrimonial

Antonio Daniel Araújo – Gestor de Qualidade

Placas de proibido caça e pesca evidenciadas na entrada da faz

Pindaíba. Funcionários entrevistados também estavam cientes de medidas de

conservação .

Procedimento PO127,rev01 – Vigilância Patrimonial – presença de

estranhos na área, preencher o CO - Comunicação de ocorrência em caso de

roubo, caça, invasões de terra, crime contra a fauna, entre outros. Após

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registro do formulário, comunicar o monitor, caso seja necessário, registrar um

B.O.

Tem uma pasta por fazenda, para controle dos CÓS.

Evidenciado os seguintes COs:

Registro n° 3315 - 11/07/12 – presença de animal na Faz Santa Cruz;

Registro n° 3307 28/06/12 – presença de pescador na Faz Santa Cruz;

Registro n° 0151 15/11/12 – Encontrada armadilha para animais

silvestre na Faz Santa Cruz. Ave encontrada foi solta para no local, com a

presença da polícia ambiental.

Estatística de ocorrências evidenciada de jan a mar/2012 – com

registros de incêndio, furtos, invasão de propriedade, ocorrências ambientais,

Boletins de Ocorrência, classificação de risco por fazenda. Até março, entre as

ocorrências verificadas, 2 ocorrências foram por caça e pesca indevida e 52

invasões de gado.

Estatística de ocorrências evidenciada de Abril/2012 – evidenciado

roubo de minhocuçu, considerado de risco grave. Foi Acionada a Polícia Militar

– prisão em flagrante.

Existem graus de classificação de riscos para as ocorrências

evidenciadas – exemplo: incêndio e presença de cristaleiros - grave; roubo de

madeira – secundário/crítico; pequeno forno de carvão na vizinhança –

despresível (não requer deslocamento de vigilância).

A V&M está implementando um novo sistema para análise desta

ocorrências, com relatórios mais concisos, que poderão ser verificados na

próxima auditoria.

3.4 Monitoramentos Ambientais

Flora

1) Projeto com UFLA, Fazendas Brejão, Chapadinha, Campo Alegre,

patagônia, Itapoã, Renascença, Pindaíbas, Diamante, Galheiros, Corredor,

Vargem Grande, Nova Esperança II, abrangendo toas as regionais da V&M.

Relatório de levantamento de Flora , 2007.

Em 2011 foi publicada uma dissertação de mestrado de ANTÔNIO

JOSÉ DA SILVA NETO, UFLA, com dados obtidos na V&M, a partir de dois

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inventários realizados em parcelas permanentes em 2005 e em 2010, Fazenda

Corredor.

Os dados foram obtidos a partir da mensuração de 24 parcelas

permanentes de 10 x 100m. Em 2005 foram amostrados todos os indivíduos

arbóreos com DAP maior ou igual a 5,0 cm. Para cada indivíduo foram

coletadas as informações: identificação botânica, DAP e altura. Em 2010 foram

registrados os indivíduos mortos, remensurados os sobreviventes e

mensurados e identificados botanicamente os indivíduos recrutados (DAP > 5

cm). Foi verificada a ocorrência de alterações estruturais e florísticas entre os

inventários e calculadas as taxas de dinâmica: mortalidade, recrutamento e

crescimento diamétrico. Observou-se que, após o período de 5 anos, houve

um aumento de 7% no número de indivíduos na amostra que passou de 3527

para 3774 e uma expansão de 12,21 % da área basal. A pesquisadora concluir

que o fragmento estudado mostra-se pouco perturbado, em estágio avançado

de regeneração

Fauna

Monitoramento de Fauna – Iniciado em 1998. Definiram as áreas a

serem monitoradas.

Campanhas de campo anuais, conforme condicionante 3 da Licença de

Operação de 2008 – Fazendas Brejão, Santa Cruz e Corredor.

Avifauna

Último monitoramento de 2008 a 2010 - Fazendas Brejão, Santa Cruz e

Corredor, além de algumas áreas adjacentes aos limites destas fazendas.

Ambientes de Mata e Cerrado. Duas campanhas anuais – época seca e

chuvosa.

Evidenciado proposta de prestação de serviço para monitoramento de

avifauna para o período de seca de 2012, conforme proposta apresentada pela

FUNDEP (mar/12). Faz Corredor, Brejão e Santa Cruz (17 dias de trabalho

contínuo, 4 dias para cada fazenda, cerca de 40 mil reais para esta campanha)

Resultados do Monitoramento de Avifauna – alto índice de riqueza da

avifauna. Lista de espécies endêmicas.

Mastofauna

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Março/2008 a Dez/2011 – Relatório Final , jan 2011. 06 campanhas de

campo realizadas. Duas épocas de campanhas anuais: seca e chuva; e em

mata e cerrado. 18 espécies identificadas – 11 roedores e sete marsupiais

capturados.

Inventário iniciado desde 1999, com duas campanhas anuais.

Armadilhas fotográficas – 26 espécies de mamíferos identificados, e 5

espécies por meio de vestígios.

Faz Brejão - 9 espécies configuram da lista de ameaçadas de extinção

pela IUCN e Região de Minas Gerais.

Total desde 1999 até 2011 – 68 espécies de mamíferos, locais com

alta diversidade de mamíferos.

Registros de caçadores verificados na fazenda Santa Cruz,

considerada como grande ameaça.

Evidenciado proposta e contrato de monitoramento de mastofauna

n°5010108, de 18/5/12. 7 meses de trabalho, com campanhas de 3 a 4 dias em

cada fazenda.

OBS – Estabelecer sistemática de monitoramento de flora, fauna e

recursos hídricos, com definições de metodologia, freqüência, tipo e locais,

garantindo também que os monitoramentos tenham continuidade através do

fechamento de novos contratos.

Conservação de áreas naturais: Corredores Ecológicos, APPs e RL

NT-015 , ver 08 – Locação e Conservação de APPs, RL Faixas e Ilhas

Ecológicas.

Mapas da Faz Pindaíba contemplam corredores ecológicos, APPs e RL

e fragmentos florestais em bom estado de conservação e protegidas.

Corredores implementados entre os talhões de eucalipto, com largura

média de 25 m, chamadas de faixas ecológicas. Estes locais interligam RL e

APPs, e estão intercalados por faixas de no máximo 500 m de largura de

eucalipto. Confrontantes também são contemplados com estas faixas.

Ilhas ecológicas também são conservadas durante os plantios de

eucaliptos, quando há vegetação nativa no local.

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Espécies protegidas não são objeto de corte para o reflorestamento.

O procedimento também estabelece que todos os funcionários e

prestadores de serviço são responsáveis pela preservação das áreas que

contenham cobertura vegetal nativa.

Apesar da variação que existe nas APPs de veredas, a política da

empresa é de manter a maior faixa de preservação, com 80 m.

3.2. e 3.5. Retirada de Eucalipto para implementação de Reserva Legal

espontânea.

Relatório de Abril/2012 – Identificação de eucaliptos em áreas de APP,

RL e faizas ecológicas. Indicação dos locais e métodos de retirada de exóticas

para cada fragmento identificado.

Regeneração natural indicada pelo relatório técnico.Dos 343

fragmentos identificados, 21 apresentam eucaliptos com diâmetro superior a 10

cm, totalizando 57 ha.

Declarações de corte e Comercialização (DCC) emitidas para retirada

de eucaliptos em APP. Evidenciado – Faz Corredor, DCC 116533.

Princípio 4

Critério 4.2

Adubações de Cobertura

Atividade de adubação de cobertura evidenciado em campo na Faz

Pindaíba, talhão 1333, 500kg/há de NK 27-0-18. 34 ha.

Procedimento PO-013,rev9 verificado.

As adubações somente são recomendadas após análise química foliar

e do solo. São realizadas, dependendo de cada site avaliado, até 3 adubações

de cobertura. Recomendação técnica (NC menor) para manter as FISPQs dos

adubos químicos utilizados foi aberta, de forma a garantir que funcionários

estejam cientes dos produtos que estão utilizando, riscos e formas de proteção.

Monitoramento de Recursos Hídricos

Relatório de Programa de Monitoramento de Águas Superficiais (V&M),

de agosto/2008 – relata somente o programa de monitoramento. Emitido pela

UNILESTE-MG. O monitoramento de tendência objetiva detectar mudanças na

qualidade e quantidade das águas superficiais à médio e,longo prazo.

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Pontos de Monitoramento – 10 pontos. Qualidade de águas superficiais

– Atendendo a demanda do processo COPAM – 08032/2007/002/2007. O

programa estabelece a análise semestral qualitativa dos pontos de

monitoramento. Evidenciados análises realizadas em Nov/2011 e maio/2012.

- 2 Vertedouros instalados no Muncípio de Bocaiúva, Faz Extrema, com

medição eletrônica contínua da vazão. No entanto, a medição de vazão não é

feita ou analisada desde 2006.

NC menor – critério 4.2 - não evidenciado resultados dos dados de

vazão dos recursos hídricos – monitoramento quantitativo não avaliado pela

Organização.

Princípio 5

Entrevistado:Osmar da Silva Fernandes -- Técnico Adminsitrativo setor

de relação com a comunidade

Critério 5.1.

- Evidenciado mapa de comunidades do entorno da Faz Pindaíba.

- Cadastro de Mão de obra Local evidenciado, a fim de contratação de

mão de obras das comunidades do entorno.

- PTEAS – avaliação dos impactos sociais anteriormente às atividades

florestais.

Política de Relacionamento da V&M:

Monitoramento Social – diagnóstico social realizado. Levantamento das

comunidades do entorno da V&M, com estrutura pública presente,

economia,etc.

Projetos Sociais:

- Apicultura

- Vallourec Sustentável

- Parceria com catadores

- Parceria com Hortas Comunitárias

- Campanhas de Trânsito

- Aços de saúde – combate à dengue, em parceria com a Secretaria

Estadual de Saúde;

- outros.

Page 59: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

59

Entre os projetos sociais desenvolvidos pela V&M, foram verificados:

1) Evidenciado Relatório das Ações SocioAmbientais do Projeto

Vallourec Sustentável, junho/2012. Tamborilzinho, Canabrava, lagoa do Barro e

Calhau foram contemplados com ações sociais de melhorias para a região.

Entre as ações desenvolvidas, citam-se:

- recuperação e preservação de APPs – cercas, controle de erosão,

construção de reservatórios de águas, aquisição de reservatórios de água,

beneficiamento de estradas.

- melhorias de centros comunitários, cursos de capacitação, geração

de renda, orientação cidadã e sexual, coleta semi-seletivo, orientações para

armazenamento e aproveitamento de resíduos sólidos.

Demandas das comunidades foram levantadas, e para cada

comunidade, foi orientado um curso de capacitação diferente.

Diversas ações já realizadas, tais como: implantação de viveiro de

mudas nativas, construção de fossas sépticas, quintal agro-florestal (segurança

alimentar, orientação para hortas), regularização fundiária (64 glebas

cadastradas).

V&M – contrato de prestação de serviço com a FUNDASA (Faculdade

de Santo Agostinho) para execução dos serviços.

Nas comunidades de Lagoa do Barro e Boqueirão da Tiririca, próximo à

Montes Claros, foram realizadas as seguintes atividades:

- Horta PAIS, com construção de reservatório de 500 l para 30 famílias

(em andamento)

- Assistência Técnica Agroecológica

- Construção de fossas sépticas

- Curso de formação de primeiro emprego

- curso de artesanato de barro

- plantio de cerca viva

Listas de Presença dos cursos realizados evidenciados.

2) Projeto poupança verde - projetos de incentivo no plantio de

eucaliptos para consumo local. Cerca de 24 pequenos produtores rurais estão

envolvidos com o projeto. Finalidade: geração de renda. Metas- 2

Page 60: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

60

ha/propriedade. Podem ser realizados sistemas silvopastoris. Assistência

técnica da EMATER/V&M, e os insumos são dados pela V&M. Projeto iniciado

em 2012, previsto até 2019.

Evidenciado último registro de treinamento, em 30/9/12, treinamento e

capacitação e controle de formigas cortadeiras.

3) Parceria com Associação de Catadores Recicláveis – primeiro

contato realizado após reunião pública do Cerflor realizada em 2007.

ASCARE – Associação Curvelana de Catadores de Recicláveis. A V&M

enviam todos os materiais passíveis de reciclagem à Associação, que é

financiada pela prefeitura de Curvelo.

4) Ações de saúde para a comunidade – PROERD – Programa

educacional de resistência ás drogas, apoio pela V&M – Inicitaiva da Polícia

Militar de Minas Gerais. Através de encontros nas escolas e palestras. A V&M

patrocina camisetas e brindes. Cerca de 10 mil reais foram gastos com este

patrocínio.

Campanha de trânsito – estendido às comunidades, blits educativas,

distribuição de panfletos.

Palestras de Educação Sexual realizadas em 2012, e saúde dentária,

além de higiene corporal para crianças.

Critério 5.2. – Relacionamento com partes interessadas

Casa de Farinha de Poções

Entrevistado: Sra. Maria José, Conselheira da Associação Comunitária

de Poções

- Demandas Sociais de todo o tipo de natureza

- Canais de comunicação – email, telefone, cartas (maioria), website da

empresa.

- Evidenciado pasta com as demandas solicitadas por carta no ano de

2012 – para cada solicitação, é aberto um formulário de avaliação de

solicitação de partes interessadas.

Evidenciado registro n°85/12 – no qual é solicitado projeto de horta

comunitária em parceria com escola e comunidade. Solicitado em 26/09/12.

Page 61: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

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Avaliação técnica realizada, visita técnica realizada pela V&M. É gerado então

um parecer técnico sobre a solicitação.

Critérios para aprovação de projetos/demandas : área educativa,

geração de renda, saúde preventiva, devem haver parcerias, ampliação de

canal de comunicação, palestras, promoção de saúde, projetos de

desenvolvimento regional/comunitário.

Evidenciado em campo – casa de farinha na comunidade de Poções,

onde a Sra. Maria José, Conselheira da Associação Comunitária de Poções, foi

entrevistada.

A V&M doou madeiras para o telhado da casa de farinha.

Instituto Estadual de Florestas - Curvelo

Carlos José Brandão – Coordenador Núcleo de Regularização

Ambiental de Curvelo

IEF atualmente analisa alguns DAIAs (documento autorizativo para

intervenção ambiental) somente para as Classes 0,1 e 2 (estudos mais

simples, não pede EIA/RIMA). Autorização para árvores isoladas, vistoria na

área. Após vistoria, se for necessário, o técnico pede para que se faça um

inventário na área para obter autorização de corte em área de pasto sujo, ou

vegetação inicial.

DCC – Declaração de corte e comercialização de florestas (auto

declaração para colheita florestal) – de responsabilidade a cargo do IEF de

Sete Lagoas. O IEF então, após pagamento da taxa, emite licença de corte,

que deve ser apresentada juntamente com o Guia de Transporte.

Papel do IEF atualmente: Autorização de corte de eucalipto – colheita

florestal.

Pendências da V&M: nenhuma pendência.

Evidenciado na V&M:

Foram emitidos 4 DAIAs para a Faz. Vera Cruz- recém incorporada à

Faz Pindaíba (um para cada matrícula) – Processos 02030000742/10,

02030000743/10, 02030000744/10, 02030000745/10.

Page 62: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

62

DAIA 0015911-D – 1200 árvores isoladas, bioma de cerrado- gleba 3.

Volume: 633 m3 de madeira. Espécies de pequi, aroeira, Gonçalo Alves,

araticum e ipê não podem ser cortadas. Inventário realizado pela V&M.

DAIA 0015912-D – 3200 árvores isoladas, bioma de cerrado- gleba 4.

DAIA 0015910-D – 247 árvores isoladas, bioma de cerrado- gleba 1.

DAIA 0015909-D – 1226 árvores isoladas, bioma de cerrado- gleba 2.

Madeira destinada do corte foram para energia e madeireira.

ASCARE - Associação Curvelana dos Catadores de Recicláveis

Michele Murta Rodrigues – Vice Presidente da Associação Curvelana

dos Catadores de Recicláveis

A V&M encaminha os resíduos recicláveis (sucata, papel, papelão e

embalagens com potencial reciclável) para a Associação, que recebe e vende

como material reciclado. No local, trabalham 15 funcionários em espaço e

maquinário cedido pela Prefeitura.

Não houve comentários negativos em relação à V&M e a vice

presidente citou que possuem um bom relacionamento com a V&M.

Quadro Resumo

OM – Orientar funcionários e prestadores de serviço sobre as formas

de higienização das garrafas térmicas.

OBS – Revisar o conteúdo do PCMSO e PPRA, de forma a evitar

discrepâncias de informações.

OBS – Deixar claro no Plano de Manejo e Resumo Público quais são

as áreas certificadas pelo CERFLOR.

OBS – Incluir resultados dos monitoramentos realizados de forma clara

no plano de manejo e respectivo resumo público.

OBS – Estabelecer sistemática de monitoramento de flora, fauna e

recursos hídricos, com procedimentos de metodologia, freqüência, tipo e locais,

Page 63: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

63

garantindo também que os monitoramentos tenham continuidade através do

fechamento de novos contratos. Os monitoramentos são realizados, mas não

há procedimento que detalham esta atividade.

NC menor – Critério 1.3 e - Nos prestadores de serviço, não há

padronização de kits de emergência nas frentes de trabalho conforme

preconiza a avaliação de riscos ocupacionais realizada pela V&M,

comunicação de emergência falha e ausência de FISPQ com medidas de

emergência a serem tomadas no caso de aplicação de adubos químicos.

NC MENOR – CRITÉRIO 1.3 E -VERIFICADO QUE DESDE DEZ/2011 NÃO

É FEITO A ANÁLISE DE POTABILIDADE DA ÁGUA, EM DESACORDO COM A

PORTARIA Nº 2.914, DE DEZEMBRO DE 2011, QUE ESTABELECE VERIFICAÇÕES

MENSAIS PARA ALGUNS PARÂMETROS.

NC menor – Critério 4.2 c - não evidenciado resultados dos dados de

vazão dos recursos hídricos – monitoramento quantitativo não avaliado pela

Organização.

Pontos positivos – corredores ecológicos, projeto social da vallorec e

projeto de poupança verde, projetos sociais de forma geral, avaliação das

comuniades,

Relatório do FAA

Dia 05-11

Setor Gerência de Planejamento Florestal (Geoprocessamento,

Inventário e Planejamento)

Lécio José Diniz Campos (Gerente Planejamento Florestal)

André Dezanet (Gestor de Planejamento Operacional)

Page 64: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

64

Critério 2.3

Documentos Evidenciados:

Sistema de Informação Integrada de Gestão define o Planejamento de

curto e longo prazo.

Longo Prazo (plantio, colheita, condução e número de fornos),

inventário contínuo, cadastro florestal, planejamento de atividades e tecnologia.

Geoprocessamento – mapas atualizados para interface com órgão

ambiental.

Planejamento Operacional – interface entre colheita, silvicultura e

produção de carvão.

- Plano de Corte 2012/2013 (número por fazenda)

- Planilha de Controle para Produção de Carvão/Consumo de

Madeira/Fornos (FR390) em Produção e em Construção

- Relatório de Visita Técnica Fazenda Itapoã para atividades de

colheita, plantio e condução da brotação, incluindo mapa de atividades.

- PTEAS-S Planejamento Técnico econômico, ambiental, social e de

segurança. Fazenda Nova Esperança II.

- DCC (Declaração de Colheita e Comercialização de Florestas

Plantadas) da Fazenda Nova Esperança II.

- Portaria 161/IEF

- LO 0041 NOR com condicionantes

- Comprovante de Inscrição e de Situação Cadastral 31/08/2011

Depto de Geoprocessamento

Fabrício França Castro – Supervisor de Operações.

22 Fazendas, 233.906 hectares, 22 municípios.

Documentos evidenciados:

- cadastro Mapa Brejão

- sistema de corredores ecológicos (alocação de faixas de 25 metros

com mata nativa ligando fragmentos).

Page 65: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

65

Critério 1.3

Departamento Jurídico

Ilmar Lima – Auxiliar técnico Jurídico

Documentos evidenciados:

- certidão Conjunta Positiva com Efeitos de Negativa – de Débitos

relativos aos tributos federais e à dívida ativa com união válida até 11/02/2013

- ITR: comprovante pgto ITR/12 Faz. Canabrava (2.238,00 hectares)

- ITR: comprovante pgto ITR/12 Faz. Passapé (460,96 hectares).

- termo de Responsabilidade de Preservaçao Florestal – constitui a

averbação/compensação de Reserva Legal para a Fazenda Nova Esperança,

que inclui as NIRF (número do imóvel na Receita Federal) das fazendas

Canabrava, Buriti, Passapé, Brejão, Buriti, Barrocão e Boqueirão, constituindo

uma média de 24,05% de RL.

Departamento Meio Ambiente

Josemir Luiz Dias – Engenheiro Ambiental

Régis Mendonça Pereira – Engenheiro Florestal

Evidencias:

- BDLegis sistema (empresa terceirizada)

- Conama 303 para APP

- Lista de legislação estadual para tema Flora e Fauna

- PRAD – Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas nas Fazendas

da V&M Florestal, regional Bocaiúva

- Norma Técnica NT-015 revisão 08 Locaçao e Conservação de Áreas

de Preservação Permanente, Reserva Legal, Faixas e Ilhas Ecológicas

06/11/2012 – Fazenda Boa Esperança

Atividade Roçada Mecanizada talhão 4752. Empresa Plantar.

Evidencias:

- BDMO transporte de trabalhadores

Page 66: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

66

- PO 018 Revisão 04

- APR de riscos por talhão

- DDS de novembro 2012

- Checklist caixa de primeiros socorros e controle operacional dos itens

de emergência

- Manual de primeiros socorros da Plantar

Questionamento com os trabalhadores:

- Jornada de Trabalho

- Refeições

- Exames médicos

- Pagamentos/Férias/ Décimo terceiro e descontos

- Convênios

- Treinamentos

- Transporte

Pessoas entrevistadas:

Aldemir dos Reis Pereira – Encarregado da Qualidade

Marcio Henrique Gomes Rosa – motorista

Antonio Carlos Gomes da Silva – Operador de máquina

Valdemar Ferreira dos Santos – Operador de máquina

Jovenal M, Carradi – Operador de Máquina

Valmir Fonseca – Operador de máquina

07/11/2012 – Fazenda Extrema Viveiro Florestal V&M

Evidencias no Departamento de Administração do viveiro:

- Outorga Processo 03960/2008 com validade até 07.01.2014, Portaria

n. 00030/2009 de 07/01/2009;

- Outorga Processo 03959/2008 com validade até 09.01.2014, Portaria

n. 00056/2009 de 09/01/2009

- Outorga Processo 07350/2010 com validade até 03.05.2017, Portaria

n. 01289/2012 de 03.05.2012

Page 67: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

67

- Outorga Processo 07349/2010 com validade até 06.07.2012, Portaria

n. 02251/2012 de 06.07.2012

- PO 001 Padrão Operacional das Atividades do Viveiro

- Planilha de Acompanhamento Diário do Consumo de Água por poço

artesiano

- Indicadores Gerenciais Viveiro 2012

- APR 17/07/2012 atividade área de vivencia

- Hidrômetro no poço 1

- Horímetro no poço 1

- 9 variedades são cultivadas

Visita ao depósito de químicos:

Evidencias:

- Receita agronômica e Fispq para Glifosato, Deltametrina, óleo

vegetal, Adesivo Du fol, Sulfluramida.

- Planilha de Controle de Estoque outubro 2012

- ficha de Primeiros Socorros

Pessoas entrevistadas:

Rafael Batista – responsável viveiro

Neuza Borges de Almeida – Auxiliar viveiro

Atacílio Felipe – Auxiliar viveiro

Flavio Samuel Duarte – Monitor Operacional

Área silvicultura – Atividade Adubação Mecanizada no talhão 4209

Evidencias:

- Comunicação Interna de Acidente 29/10 (registro de buraco em área

do talhão)

- APR para Adubação Mecanizada 20/01/2012 a 20/01/2013

- Ordem de Serviço com recomendações para adubação

- PO 013 Silvicultura Adubação Revisão 09

- BDMO do transporte de passageiros

Page 68: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

68

Questionamento com os trabalhadores:

- Jornada de Trabalho

- Refeições

- Exames médicos

- Pagamentos/Férias/ Décimo terceiro e descontos

- Convênios

- Treinamentos

- Transporte

- Aferimento do adubador

Pessoas Entrevistadas (empresa Plantar):

Jerry Eduardo – Encarregado

Adailton C. Silva – Motorista

Cassio Edvar de Souza – Ajudante Florestal

Lindomar P. Nascimento – Ajudante Florestal

Adélio Messias Lopes de Almeida – Operador de Máquina

Milton Alves da Silva – Ajudante Florestal

Cláudio F. Santiago Neto – Operador de Máquina

Ender da Costa Silva – motorista (empresa terceira)

O. M. para o local:

- Esclarecimento no procedimento para o uso de adornos (relógio e

aliança de casamento)

- Esclarecimento aos trabalhadores sobre a política para o uso de

convênio médico

Escritório em Bocaiuva:

Evidencias:

- Cadastro de Levantamento de Mão-de-obra local

Entrevista com Sr. Carlos Herculano Santos Rosa – Presidente da

Comunidade São Gregório a qual conta com 62 famílias.

Page 69: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

69

Não existe projeto social da V&M na comunidade, no entanto, 5

pessoas da comunidade prestam serviços indiretamente para V&M, através de

outras empresas.

01 produtor de mel cultiva dentro das áreas de V&M.

Não há registro de reclamações da comunidade referente à impactos

da produção de eucalipto pela V&M Florestal.

O.M. para o local:

- Aplicar divulgação direta para comunidades sobre a oferta de vagas

de emprego na V&M e áreas para cultivo de mel.

08/11/2012 – Fazenda Corredor

Visita à comunidade São Norberto

Entrevistas com:

Maria de Lourdes Oliveira – Presidente Associação Comunitária dos

Moradores de São Norberto

José Lourival do Cardoso – morador da comunidade

Assuntos abordados:

- Constituição da comunidade: 198 famílias, aproximadamente 1023

pessoas. Destas famílias 24 pais de famílias trabalham na V&M.

- Projetos Sociais oferecidos pela V&M: reforma da escola, doação de

computadores, cursos de capacitação e curso de conscientização contra

incêndio.

- Impactos na comunidade: V&M é responsável por oferecer vagas de

emprego para a comunidade e realiza visitas periódicas para levantamento de

impactos.

- Impacto da monocultura: existência de áreas fora dos limites da V&M

de propriedade de pessoas da comunidade.

Visita a Fazenda Corredor

Page 70: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

70

Verificação de áreas em conversão (áreas de eucalipto para área de

preservação)

Observação 1: Convém incluir procedimento para conversão de áreas

naturais em plantios de eucalipto.

Observação 2: Convém avaliar os impactos ambientais gerados pela

ocorrência do gado nas áreas da V&M e implementar ações mitigadoras.

OM para o local:

- Fazer o levantamento de dúvidas das comunidades referentes às

atividades da empresa e oferecer esclarecimento público, como uso de

insumos por aplicação aérea, utilização da barraginha e necessidade de

restauração das matas ciliares para conservação do recurso hídrico.

Resumo Geral/Conclusões:

Observações:

Observação 1: Convém incluir procedimento para conversão de áreas

naturais em plantios de eucalipto.

Observação 2: Convém avaliar os impactos gerados pela ocorrência do

gado nas áreas da V&M e implementar ações mitigadoras.

Oportunidades de Melhorias:

Esclarecimento aos trabalhadores para o procedimento de uso de

adornos (relógio, aliança de casamento e outros) durante a execução de

operações florestais.

Esclarecimento aos trabalhadores da empresa Plantar sobre a política

para o uso de convênio médico.

Aplicar divulgação direta para comunidades sobre a oferta de vagas de

emprego na V&M, áreas para cultivo de mel e projeto poupança verde.

Fazer o levantamento de dúvidas das comunidades referentes às

atividades da empresa e oferecer esclarecimento público, como uso de

Page 71: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

71

insumos por aplicação aérea, utilização da barraginha e necessidade de

restauração das matas ciliares para conservação do recurso hídrico.

ANOTAÇÕES DE ANTONIO DE OLIVEIRA

Critério 1.2

Outorgas

Fazenda Itapoã

Portaria n° 28 de 30 de julho de 2009, para poço tubular de vazão

outorgada de 10 m³/h, com validade para 5 anos, isto é até 21.05.2014.

Fazenda Patagônia

Certificado Portaria 00379/2009 em 12.02.2009, para poço tubular, com

vazão outorgada10 m³/h, durante 6 h /dia, com validade para 5 anos, isto é até

12.12.2014.

Fazenda Extrema-(viveiro)

Certificado Portaria 00030/2009, para pico tubular, com vazão

outorgada de 9,0 m³/h durante 19,5 horas /dia, com validade de 5 anos, isto é

até 2014.

Verificada a ficha de consumo de água dos poços artesianos (leitura

dos hidrômetros e do horímetro.

Certificado da licença de operação n° 0041 de 16 de maio de 2008,

com validade para 4 anos

Evidenciada a declaração do protocolo Ambiental 8032/2007/2012, em

Montes Claros na data de 30/08/2012, com as condicionantes cumpridas.

Pessoas auditadas

Juliana Lima Bióloga

Josemir Luiz Dias Eng. Florestal

Narley T.Otoni Correia Asistente administrativo

Fazenda Campo Alegre.

Critério 1.3

Page 72: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

72

Evidenciados os EPIs coletivos para a atividade silvicultura, na fazenda

7522, na data de 31/10/2012, no talhão 1485, para a tividade operacional

06(aplicação de herbicida pré-emergente(Fordol)

Área do talhão=23,15 há executada pela contratada 207003(Plantar),

com o produto com o código 2229275, conforme o anexo OS 150016.,

elaborado em 15/06/2010, parte integrante do procedimento operacional PO-

018, com vigência de 30/07/2010.( Controle Químico Mecanizado de Mato

Competição e Roçada Mecanizada) revisão 04.

Critério 4.4

Gerenciamento de insumos e resíduos.

Evidenciado na fazenda 7522 (Campo Alegre) o estoque de Fordol 750

WG IFT (herbicida pré-emergente ) no departamento FZ 12, com 19,159 kg.

Neste ano foram adquiridos 665,950 kg e um total de saídas de

646,791 kg

Evidenciada a devolução de embalagens de Forodr pela NF 001268 de

24/10/2012, para a Associação de Revendedores Agrícolas de São Joaquim de

Bicas, a qual foi cadastrada préviamente.

O transportador foi Brasilândia Transportes, veículo gof 8121

Evidenciada a receita agronômica 88, com a ART 5141.3820

CREA/MG 909024/D com data de 27/10/2010

Colheita Florestal

Local talhão 1536

Equipamento (garra traçadora) traçando a madeira conforme bitola pré-

estabelecida.

Comboio HAG 5407 no local devidamente sinalizado.

Critério 2.4

Plantio

No talhão 2625, evidenciando-se

Page 73: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

73

*ficha de controle de coleta de água pelos caminhões (caminhão GKV

7650) referente ao mês de outubro.

*ficha de diálogo de segurança(palestra sobre uso de equipamento de

segurança)

* caderno de temas para diálogo diário de segurança

*check-list dos itens da barraca

* resumo do PPRA (Plantar S/A Unise M 943 de 20/11/2012)

*Evidenciado ASO de Maria José da Silva Souza com função de

ajudante florestal emitido pelo médico Rogério Silva Araújo (CRM/MG 1338)

*Evidenciado PO-014 de 15/06/2010, para a tarefa de plantio/plantio

irrigado e replantio.

* evidenciado o recebimento de mudas-boletim de expedição da NF

017196

* evidenciado a ficha de controle de sobrevivência e constado o

levantamento de 24/10/2012.com 99,23 % aos 7 dias de plantio.

Pessoas Auditadas

Cláudio Portela dos Reis supervisor de operações

Anderson Rodrigues mecânico

José Vicente motorista do comboio.

Gilmar Guimarães Dias operador de máquinas

William Silva operador florestal

Sérgio Gomes Matos coordenador de silvicultura

Edivane Aparecida da silva controladora de produção

José Nilson operador florestal

Robson Pereira Silva encarregado de Produção

Wantuir Luiz Correia ajudante Florestal da Plantar

Critério 2.4

Fazenda Chapadinha

Preparo de solo no talhão 2282

Evidenciada a aferição da adubação para 250 kg /há, baseado na

programação mensal

Page 74: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

74

*Evidenciada a avaliação da sub-solagem e fosfatagem., pelo

equipamento 009515,conforme PO -012(procedimento operacional para

preparo do solo revidado em 15.06.2012 na 4 revisão.

4.7.2- Lista de pessoal auditado durante toda a auditoria:

Cláudio Portela dos Reis supervisor de operações

Anderson Rodrigues mecânico

José Vicente motorista do comboio.

Gilmar Guimarães Dias operador de máquinas

William Silva operador florestal

Sérgio Gomes Matos coordenador de silvicultura

Edivane Aparecida da silva controladora de produção

José Nilson operador florestal

Robson Pereira Silva encarregado de Produção

Wantuir Luiz Correia ajudante Florestal da Plantar

Juliana Lima bióloga

Josemir Luiz Dias Eng. Florestal

Narley T.Otoni Correia assistente administrativo

Jerry Eduardo Encarregado

Adailton C. Silva Motorista

Cassio Edvar de Souza Ajudante Florestal

Lindomar P. Nascimento Ajudante Florestal

Adélio Messias Lopes de Almeida Operador de Máquina

Milton Alves da Silva Ajudante Florestal

Cláudio F. Santiago Neto Operador de Máquina

Ender da Costa Silva motorista (empresa terceira)

Moacir Batista Nascimento Eng. Florestal.

Carlos Giovani Tonet Analista de Processo

José Antonio Vieira Barcelos gestor de operações (P&D)

Antonio Elias Sobrinho Monitor de Silvicultura – Carpelo

Isaias Trindade Operador e Trator I - Carpelo

Gilberto Aparecido Campos Operador e Trator I - Carpelo

Page 75: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

75

Rodrigo Lucas Motorista de Caminhão - Carpelo

Rosália Barbosa Ribeiro Enfermeira do Trabalho

Patrícia Carvalho Engenheira de Segurança

I

4.8 NÃO CONFORMIDADES REGISTRADAS

Foram registradas 03 (três) não conformidades nesta auditoria de

certificação

Relatório de Não Conformidades (SF02)

Organização: V&M Florestal Não-conformidade 01

Auditoria: Recertificação Processo: Saúde e Segurança Auditor Líder: ADO

Data : 07/11/2012 Auditor : MPG

Representante da

organização : Ricardo

Paiva

NBR 14789:2007

DESCRIÇÃO DA NÃO CONFORMIDADE / EVIDÊNCIA OBJETIVA E/OU REFERENCIA DOCUMENTAL

.Cláusula: 3.1 Tipo de NC: MENOR

Não evidenciada análise de potabilidade da água nas fazendas que utilizam

poço subterrâneo, em desacordo com a portaria nº 2.914, de dezembro de 2011, que

estabelece verificações mensais para alguns parâmetros de potabilidade.

Comentários do Auditor:

As análises de potabilidade da água não são realizadas desde dezembro/2011,

em desacordo com a portaria nº 2.914, de dezembro de 2011, que estabelece

verificações mensais para alguns parâmetros de potabilidade.

A ser preenchido pela Organização

Análise de Causa

Page 76: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

76

No período de vigência da já revogada portaria 518/2004 do Ministério da

Saúde, a VMFL mantinha procedimentos de controle e de vigilância da água para

consumo humano e seu padrão de potabilidade conforme relatórios disponíveis para

consulta no Setor de Saúde e Segurança do Trabalho. Neste período, identificamos que

o fornecedor deste serviço não estava realizando todos os parâmetros para o qual foi

contratado. A partir de 2011, a portaria 2914/2011, revogou a portaria 518/2004.

Durante a análise de aplicabilidade e atendimento deste novo requisito, além dos

parâmetros obrigatórios, identificamos a recomendação legal de que os laboratórios

utilizados para as análises laboratoriais deveriam comprovar a existência de sistema de

gestão da qualidade, através da certificação na norma NBR ISO/IEC 17025:2005, o que

até então não era observado durante as contratações. Mesmo com um lapso temporal

de até 24 meses a partir da publicação permitido pela portaria para que os laboratórios

se adequassem, a VMFL resolveu desde já, buscar fornecedores no mercado, que já

trabalhassem dentro dos requisitos de qualidade exigidos pela portaria 2914/2011. Esse

requisito, que num primeiro momento era interno da VMFL, pois a exigibilidade das

adequações contava com um prazo maior, fez com que as opções de fornecedores dos

serviços de análise laboratorial ficassem escassas pois a grande parte dos laboratórios

que poderiam aceitar essa demanda de serviço, não tinham interesse em promover as

adequações necessárias para a certificação de qualidade exigida, preferindo então

declinar das propostas técnico-comerciais até então apresentadas. Neste cenário, os

meses foram avançando em 2012, e as análises mensais não foram realizadas dada

a necessidade de substituição do antigo fornecedor e da falta de fornecedores

qualificados que tivessem interesse em atender o escopo técnico do serviço por

ainda não possuírem o padrão desejável que garantisse a qualidade da análise

nos termos da NBR ISO/IEC 17025:2005.

Vencida esta dificuldade de fornecedores qualificados, fizemos a colocação do

pedido de compras do serviço de análise laboratorial de água para consumo humano

junto ao Setor Comercial e as próximas etapas ocorrerão conforme detalhamento da

ação corretiva abaixo.

Ação Corretiva :

1 – Finalizar o processo de contratação do fornecedor qualificado para as

análises laboratoriais de água para consumo humano./ Setor Comercial / 30-11-2012.

Page 77: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

77

2 – Realizar a primeira avaliação mensal analisando os parâmetros (Cor /

Turbidez / PH / Coliformes Totais / Cloro Livre) / Setor de Saúde e Segurança do

Trabalho / 30-12-2012

3 – Realizar a primeira avaliação semestral analisando os parâmetros (PH /

Alumínio / Amônia / Cloreto / Cor aparente / Dureza Total / Etilbenzeno / Ferro /

Glifosato / Manganês / Monoclorobenzeno / 1,2 e 1,4 dicloreobenzeno / Gosto e Odor /

Sódio / Sólidos dissolvidos totais / Sulfato / Sulfeto de hidrogênio / Surfactantes /

Tolueno / Turbidez / Zinco / Xileno. / Setor de Saúde e Segurança do Trabalho / 30-

01-2013

4 – Analisar os resultados das análises mensais e semestrais, propondo onde e

se for o caso, as tratativas para os desvios em relação aos parâmetros analisados /

Setor de Saúde e Segurança do Trabalho / Ação Contínua.

Representante da

Administração : ANTÔNIO DANIEL DE ARAÚJO Data: 09/11/2012

Implementação da Ação Corretiva (avaliada pelo Auditor)

Aceita ?

A ação foi eficaz?

A ser confirmado

na próxima

auditoria :

SIM

Auditor : ADO Data: 09/11/2012

Comentários :

Page 78: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

78

Relatório de Não Conformidades (SF02)

Organização: V&M Florestal Não-conformidade 02

Auditoria: Recertificação Processo: Saúde e Segurança Auditor Líder: ADO

Data : 07/11/2012 Auditor : MPG

Representante da

organização : Ricardo

Paiva

NBR 14789:2007

DESCRIÇÃO DA NÃO CONFORMIDADE / EVIDÊNCIA OBJETIVA E/OU REFERENCIA DOCUMENTAL

.Cláusula: 3.1 Tipo de NC: MENOR

Nos prestadores de serviço, não há padronização de kits de emergência nas

frentes de trabalho conforme preconiza a avaliação de riscos ocupacionais realizada

pela V&M, comunicação de emergência falha e ausência de FISPQ com medidas de

emergência a serem tomadas no caso de aplicação de adubos químicos.

Comentários do Auditor:

Evidenciado na Fazenda pindaíba, subcontratado Carpelo.

Evidenciado que a atividade de adubação mecanizada deve seguir orientações

de GPAE-05, GPAE-02,GPAE-010 e GPAE-01. A bolsa de primeiros socorros que é

disponibilizada aos funcionários próprios da V&M inclui itens como colar cervical e

prancha com três tirantes nas frentes de trabalho. No entanto, o prestador de serviço

Carpelo, durante a atividade de adubação mecanizada, não há disponibiliza maca, colar

cervical e não possui todos os itens do kit de emergência, conforme identificado pela

V&M para esta atividade. A comunicação para atendimento a emergência é falha, uma

vez que o celular pode não funcionar em algumas áreas da fazenda Pindaíba. Não

havia FISPQ no local para o adubo químico em utilização, que contém as medidas

necessárias em caso de emergência.

NT 06 , ver 10 – Preparação e Resposta a Emergência – aplicável à todas as

pessoas que têm acesso à área, conforme item 4.1.

Plano de Atendimento a Emergência, ver 0, 04/2/2010; Identificação e Avaliação

da Situação de Emergência.

Procedimento para saúde e segurança – KED e colar cervical, além de kit com

primeiros socorros necessários nas frentes de serviço.

Page 79: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

79

A ser preenchido pela Organização

Análise de Causa

Quando da estruturação do sistema de Saúde e Segurança do Trabalho e em

especial as adequações para atendimento da norma OHSAS 18001:2007 alguns

cenários de emergência foram identificados, bem como elaborados os planos

contingenciais. Grupos de Preparação e Atendimento à Emergência (GPAE) foram

criados, pessoas treinadas e materiais de primeiros-socorros definidos e

disponibilizados nas unidades de produção da VMFL. Nessa estrutura, a idéia inicial era

de que esses GPAE’s, tivessem sua zona de atuação ampliada até as empresas

prestadoras de serviços dentro das áreas da VMFL. No entanto, o real se afastou do

ideal, na medida em que deixou-se de analisar as inúmeras variáveis que

contribuiriam para a não operacionalização desse planejamento ou seja, os

GPAE’s atendendo às empresas prestadoras de serviço (quantidade de frentes

em operação simultaneamente, distância, limitação de alcance telefônico e

frequência de rádios, etc). Tratando-se de um ambiental florestal (rural), sabe-se bem

das limitações de alcance para linhas telefônicas ou freqüências de rádio que

viabilizariam a comunicação em casos de acidente do trabalho. Como não há cobertura

de telefonia móvel em todo perímetro das unidades de produção, a utilização de celular

restou-se frustrada. No caso dos rádios de comunicação, por determinação legal da

ANATEL, há controles que impõem limites às quantidades de aparelhos autorizados a

utilizar determinada frequência liberada para a VMFL. Assim, nem que as empresas

prestadoras de serviços dispusessem dos aparelhos, sua operacionalização nas

frequências autorizadas pela VMFL não serai possível, pelos motivos já expostos.

Assim, a comunicação entre as frentes de serviços e os GPAE’s em casos de

atendimento à emergência ficou inoperante, conforme identificado na oportunidade

desta auditoria. Mesmo assim, na tentativa de minimizar os impactos desta não

operacionalização do GPAE’s junto às empresas prestadoras de serviços, são

disponibilizadas nas frentes de serviços no mínimo 2 (duas) pessoas, devidamente

qualificadas, para prestarem os prmeiros atendimentos em casos de emergência.

Quanto à ausência das FISPQ’s, trata-se de uma situação já identificada

anteriormente pelas equipes de auditorias internas, mas que durante esta auditoria

Page 80: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

80

ainda não haviam acoes implementadas que garantissem efetivamente a penvencao de

novas ocorrências.

O detalhamento para as tratativas das situações identificadas, seguem no item

abaixo.

Ação Corretiva :

COMO CORREÇÃO:

1 – Determinar que os vigias patrimoniais da VMFL, empregados devidamente

capacitados e que possuem veículos de comunicação e locomoção de vítimas, estejam

mais presentes nas frentes de serviço de empresas terceirizadas em operação, até que as

ações corretivas sejam implementadas e sua eficácia verificada.

2 – Providenciar a FISPQ do adubo NK, disponibilizá-la a todas as partes

interessadas, orientar os operadores quanto às medidas de segurança e proteção

ambiental.

CORRETIVAMENTE:

1 – Identificar nos contratos em vigor de empresas prestadoras de serviço, as

amarrações contratuais possíveis para os casos de atendimento à emergência – Setor de

Contratos / 30-11-2012.

2 – Operacionalizar, após as análises dos contratos, a sistemática para

atendimento à emergência dos empregados de empresas prestadoras de serviços

(Responsabilidades, treinamentos, canais de comunicação, equipamentos, veículos,

simulados, análises de situações reais, etc); - Setor de Saúde e Segurança do Trabalho /

30-12-2012

3 – Providenciar junto às áreas operacionais afins (Silvicultura, Colheita,

Carbonização), o inventário de todos os produtos químicos utilizados nas suas atividades,

avaliando inclusive se possuem as respectivas FISPQ’s e as Fichas de Emergência para

acobertar o transporte, quando necessário. – Sistema Integrado de Gestão / 30-01-2013

4 – Providenciar junto aos fornecedores os documentos faltantes, caso haja essa

necessidade. - Sistema Integrado de Gestão / 30-01-2013

5 – Sistematizar a forma de acesso aos documentos nas unidades de produção,

disponibilizando as FISPQ’s e Fichas de Emergência, quando necessário junto aos códigos

dos materiais cadastrados no SAP. Esta solução, possibilita que os usuários tenham

acesso, podendo inclusive imprimir os documentos sempre que for necessário nas próprias

fazendas. - Sistema Integrado de Gestão / 30-01-2013

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81

Representante da

Administração : ANTÔNIO DANIEL DE ARAÚJO Data: 09/11/2012

Implementação da Ação Corretiva (avaliada pelo Auditor)

Aceita ?

A ação foi eficaz?

A ser confirmado

na próxima

auditoria :

SIM

Auditor : ADO Data: 09/11/2012

Comentários :

Relatório de Não Conformidades (SF02)

Organização: V&M Florestal Não-conformidade 03

Auditoria: Recertificação Processo: Monitoramento

Ambiental Auditor Líder: ADO

Data : 08/11/2012 Auditor : MPG

Representante da

organização : Ricardo

Paiva

NBR 14789:2007

DESCRIÇÃO DA NÃO CONFORMIDADE / EVIDÊNCIA OBJETIVA E/OU REFERENCIA DOCUMENTAL

.Cláusula: 4.2 Tipo de NC: MENOR

Não evidenciado resultados dos dados de vazão dos recursos hídricos –

monitoramento quantitativo não avaliado pela Organização

Comentários do Auditor:

O Relatório do Programa de Monitoramento de Águas Superficiais (V&M), de

agosto/2008, estabelece que o monitoramento de tendência objetiva detectar mudanças

na qualidade e quantidade das águas superficiais à médio e,longo prazo. Segundo o

relatório, forma instalados 2 vertedouros instalados no Município de Bocaiúva, Faz

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Extrema, com medição eletrônica contínua da vazão. No entanto, a medição de vazão

não é feita ou analisada desde 2006

A ser preenchido pela Organização

Análise de Causa

Na ocasião de revalidação de licença de operação da VMFL, em 2007, houve a

necessidade de proposição de novo monitoramento das águas superficiais para atender

ao licenciamento ambiental na qual não houve execução do monitoramento quantitativo.

O trabalho com os vertedouros em Bocaiuva foram interrompidos para se iniciar outro

programa com novos pontos de monitoramento e novos parâmetros

Ação Corretiva :

A VMFL irá avaliar pontos estratégicos para realização do monitoramento

quantitativo e avaliar a viabilidade de voltar as medições nos vertedouros de Bocaiúva.

Estes pontos estarão inseridos no monitoramento de águas superficiais da VMFL

vinculado ao licenciamento ambiental

Representante da

Administração : ANTÔNIO DANIEL DE ARAÚJO Data: 09/11/2012

Implementação da Ação Corretiva (avaliada pelo Auditor)

Aceita ?

A ação foi eficaz?

A ser confirmado

na próxima

auditoria :

SIM

Auditor : ADO Data: 09/11/2012

Comentários :

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4.8.1 Não Conformidades de Auditoria Anterior

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4.9 OBSERVAÇÕES REGISTRADAS

Durante a auditoria de certificação para ampliação de escopo foram

registradas 06 (seis) Observações (OBS) que deverão ser analisadas

criticamente pela empresa quanto à tomada de ações pertinentes. Estas OBS

devem ser analisadas com foco em melhoria contínua dos processos

realizados pela empresa no âmbito do CERFLOR. Abaixo seguem as OBSs

registradas:

OBS – Revisar o conteúdo do PCMSO e PPRA, de forma a evitar

discrepâncias de informações.

OBS – Deixar claro no Plano de Manejo e Resumo Público quais são

as áreas certificadas pelo CERFLOR.

OBS – Incluir resultados dos monitoramentos realizados de forma clara

no plano de manejo e respectivo resumo público.

OBS – Estabelecer sistemática de monitoramento de flora, fauna e

recursos hídricos, com procedimentos de metodologia, freqüência, tipo e locais,

garantindo também que os monitoramentos tenham continuidade através do

fechamento de novos contratos. Os monitoramentos são realizados, mas não

há procedimento que detalham esta atividade.

Observação 1: Convém incluir procedimento para conversão de áreas

naturais em plantios de eucalipto.

Observação 2: Convém avaliar os impactos ambientais gerados pela

ocorrência do gado nas áreas da V&M e implementar ações mitigadoras.

4.10 OPORTUNIDADES DE MELHORIAS

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96

Esclarecimento aos trabalhadores para o procedimento de uso de

adornos (relógio, aliança de casamento e outros) durante a execução de

operações florestais.

Esclarecimento aos trabalhadores da empresa Plantar sobre a política

para o uso de convênio médico.

Aplicar divulgação direta para comunidades sobre a oferta de vagas de

emprego na V&M, áreas para cultivo de mel e projeto poupança verde.

Fazer o levantamento de dúvidas das comunidades referentes às

atividades da empresa e oferecer esclarecimento público, como uso de

insumos por aplicação aérea, utilização da barraginha e necessidade de

restauração das matas ciliares para conservação do recurso hídrico.

OM – Orientar funcionários e prestadores de serviço sobre as formas

de higienização das garrafas térmicas.

4.11 NÃO CONFORMIDADES ENCERRADAS DA AUDITORIA ANTERIOR

NC 01_2011-CER

Data: 24/10/2011

Descrição: Ausência de monitoramento da temperatura das refeições

servidas aos colaboradores próprios e terceiros da VMFL, conforme recomenda

a RDC 216/2004 da ANVISA.

Ação corretiva aceita e Eficácia Verificada.

Não Conformidade Encerrada

NC 02_2011-CER

Data: 24/10/2011

Descrição: Os materiais para serem empregados em emergências

(derramamento, explosões, etc.) não estavam disponíveis em sua totalidade

nos caminhões comboio.

Ação corretiva Aceita e Eficácia Verificada.

Não Conformidade Encerrada

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NC 03_2011-CER

Data: 24/10/2011

Descrição: Evidenciado que os galpões de armazenamento de insumos

(adubos, defensivos agrícolas, etc.) não apresentam a adequação solicitada

pela NR31.

Ação corretiva Aceita e Eficácia Verificada.

Não Conformidade Encerrada.

PGA 19

Data: 30/03/2012

Descrição: Adequação dos cômodos para armazenamento de

agroquímicos.

Ação corretiva Aceita e Eficácia Verificada

Não Conformidade Encerrada

4.12 REUNIÕES PÚBLICAS

4.12.1 Planejamento, Objetivo e Realização de Reuniões Públicas

Durante o processo de divulgação das reuniões públicas o Bureau

Veritas Certification distribuiu um questionário de Consulta Pública que tem

como objetivo levantar dados e informações oriundas de pessoas e

organizações da sociedade civil para o processo de certificação do CERFLOR.

Este questionário permite a pessoas físicas e jurídicas se pronunciarem a

respeito da empresa de forma anônima. Por este motivo não estaremos

divulgando a procedência dos formulários recebidos.

De um total de aproximadamente 800(oitocentos) convites enviados

por correio e diversos correios eletrônicos enviados, o Bureau Veritas

Certification recebeu um pequeno número de formulários preenchidos.

Observamos que o envio destes formulários é uma das formas de se expressar

Page 98: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

98

em relação ao desempenho da empresa, não sendo a única fonte de

informações para a equipe auditora.

O objetivo das reuniões públicas foi identificar questionamentos,

recomendações, denúncias e comentários das partes interessadas, referentes

aos princípios do CERFLOR que foram objeto de avaliação no processo de

certificação. As demandas pertinentes a respeito da empresa auditada foram

registradas. As respostas foram avaliadas quanto ao seu conteúdo e

verificadas durante a auditoria pela Equipe Auditora.

As perguntas que foram feitas sobre o processo de certificação ou

sobre as atividades do Bureau Veritas Certification foram respondidas ao longo

das reuniões.

É importante deixar claro que as reuniões públicas não contaram com a

participação ativa de funcionários da empresa auditada. As reuniões públicas

são conduzidas pela equipe de auditoria do BVC e buscam evidenciar, sob o

ponto de vista das partes interessadas, os aspectos positivos e negativos do

manejo florestal da empresa frente ao CERFLOR.

As Reuniões Públicas foram divididas em duas partes sendo na

primeira apresentados os Princípios, Critérios e Indicadores da norma NBR

14789 e o processo de certificação CERFLOR, segundo as regras

estabelecidas pelo INMETRO. A segunda parte das reuniões teve como

objetivo o levantamento de críticas, comentários, preocupações, sugestões, etc

referentes aos princípios abrangidos pelo CERFLOR.

Foram organizadas tres Reuniões Públicas nos municípios descritos

abaixo:

Município Data Horário No. Pessoas

Curvelo 05.11..2012 19:30 h 23

João Pinheiro 06.11.2012 19:30 h 21

Bocaiúva 07.11.2012 19:00 h 36

Page 99: V&M Florestal Ltda – Relatório de Auditoria – CERFLOR (NBR 14789)

99

De forma geral observamos uma distribuição regular de representantes

do poder público e sociedade organizada, na forma de associações e ONGs.

No município de Curvelo evidenciado a propaganda de forma ostensiva,não

houve questionamentos referentes as atividades da empresa.

Em João Pinheiro observamos que as partes interessadas esperam

uma atuação responsável da empresa, no tocante às questões sociais,

ambientais e de saúde.

No que diz respeito a reclamações entendemos que a maior parte se

concentra na área de comunicação da empresa com as partes interessadas.

Os participantes tinham suas dúvidas sobre as atividades da empresa no

Município, possibilidade de geração de empregos e existência de projetos

sociais.

4.12.2 Entidades e pessoas contatadas

A lista completa das partes interessadas contatadas durante o

processo de certificação está mantida como registro no BVC e não foi inserida

neste relatório, mas pode ser disponibilizada mediante solicitação.

4.12.3 Relação dos Participantes nas Reuniões Públicas

As reuniões Públicas totalizaram 80 participantes de diferentes

entidades governamentais e não governamentais.

Durante as reuniões foram registrados os nomes e assinaturas dos

participantes, gerando listas de presença que se encontram arquivadas sob

responsabilidade do Bureau Veritas Certification. Todas as reuniões públicas

foram gravadas (apenas áudio) de forma a permitir a rastreabilidade das

mesmas. Estas gravações serão mantidas em mídia digital pelo BVC, que tem

a responsabilidade de garantir seu sigilo e proteção.

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4.12.4 Respostas aos Questionamentos de Partes Interessadas por parte da

Empresa e parecer Bureau Veritas Certification.

Os questionamentos levantados durante as Reuniões Públicas foram

relacionados abaixo, com as devidas respostas emitidas pela empresa.

4.12.5 Questionamentos da Reunião Pública realizada em Bocaiúva no

processo de re- certificação CERFLOR da V&M Florestal

1-José Geraldo – Presidente da Associação Lagoa do Barro

Questão ambiental

Aproximar as questões técnicas sobre os impactos ambientais e

incentivar a recuperação ambiental das áreas degradadas.

2- Adriane – Comunidade de Nova Boqueirão

Comunidade próxima a Fazenda Nova Esperança , onde se localiza o

trabalho de apicultura. Menciona o agradecimento ao incentivo da apicultura

nas áreas da V&M.

3- Noemia Presidente Associação Comunidade do Calhau

Manifesta os agradecimentos aos projetos sociais da V&M.

4_ Rocha Silva – vereador

Agradece a parceria com 50 apicultores com a V&M.

5- José Fernando de Oliveira - vice-presidente da Associação Lagoa do

Barro.

Manifesta agradecimentos a implantação de estradas feita pela V&M.

Questionamento= o que a V&M pode oferecer à escola da Comunidade

Olhos dágua e pede educação ambiental com os alunos referente a prevenção

de incêndios florestais.

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101

6-Tatiane - vice-presidente da da Comunidade Nova Esperança

Ressalta os projetos sociais implantados pela V&M e falou que a

escola da Comunidade Olhos dágua necessita de reforma

7- Noel presidente da Associação de Pessoas com deficiências

Mencionou as dificuldades que o pessoal tem para se deslocar para

Belo Horizonte.ação da população.

4.12.6 Questionamentos da Reunião Pública realizada em João Pinheiro no

processo de re-certificação CERFLOR da V&M

Data: 06/11/2012

1-João Mendes – Comunidade de Santana de Caatinga (Quilombola)

Destaca que a V&M incentivou a coleta e destinação do lixo,

construindo casinhas, mas faltou mais conscientização da comunidade, para a

manutenção. Mencionou também o apoio da V&M na festa Quilombola-

patrocinando o resgate cultural

2 – Ana Lúcia – Associação Natureza Viva

Diz que a associação é um projeto de V&M

3 – Éder – APIJOP (Associação dos Apicultores de João Pinheiro) –

parceria na produção de mel.

A V&M cede espaço para o pasto apícola, desde 2004, tendo grande

importância na geração de renda das comunidades.

4 – Alexsander – coordenador da Supram

Nas questões de legislação ambiental a empresa atende com uma

atuação condizente, conservando as reservas,APPs.

Tem preocupação com a prevenção de incêndios, estando sempre

disponível para alguma emergência na cidade.

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102

Comentou sobre o avanço tecnológico da empresa.

4.12.7-Questionamentos sobre a reunião Pública em Curvelo

Dia 05.11.2012

De forma geral pode se concluir que as partes interessadas esperam

uma atuação responsável por parte da empresa. No tocante às questões

ambientais, sociais e de saúde realizadas na empresa. A reunião não gerou

questões a serem respondidas pela V&M

Sobre o processo de certificação as poucas perguntas formuladas,

foram respondidas prontamente.

Na reunião constatamos divergências de opiniões. Muitas questões

abordadas pelos presentes não dizem respeito aos Princípios do CERFLOR,

passando a ser desconsiderados durante a auditoria realizada na empresa.

Dentre estas questões podemos destacar a não existência de cultura não

alimentícia em larga escala na região.Ressaltamos que cabe ao BVC

unicamente avaliar o desempenho da empresa quanto ao atendimento dos

Princípios de CERFLOR e não avaliar o avanço das políticas públicas quanto

ao uso e ocupação do solo. Entendemos ser um anseio social o

estabelecimento do zoneamento ecológico-econômico, a exemplo do

estabelecido em outros estados brasileiros, porém a ausência deste, aliada ao

licenciamento ambiental válido da atividade de silvicultura, garante direitos

legais a V&M em exercer sua atividade florestal.

Considerações sobre as reuniões

A distribuição das reuniões em 3 (três) municípios foi feita de forma a

evitar um deslocamento excessivos para os moradores locais.Todas as

reuniões tiveram o mesmo objetivo, de forma que ninguém saiu prejudicado

pelo fato de não participado de mais de uma reunião.

Quanto aos temas identificados aos Princípios do CERFLOR

destacamos os seguintes: preocupação com a disponibilidade de recursos

hídricos, geração de empregos, atendimento aos requisitos legais do meio

ambiente e saúde e segurança, transpara6encia da empresa em sua política

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social, contratação de mão de obra local, preservação de fragmentos e

maciços nativos e respeito aos costumes tradicionais.

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5 CONCLUSÃO

Considerando:

A finalização do processo de auditoria, onde o BUREAU VERITAS

CERTIFICATION avaliou de forma consistente o atendimento aos critérios e

indicadores estabelecidos na norma NBR 14.789/07- Manejo Florestal –

Princípios, Critérios e Indicadores para as Plantações Florestais, nas unidades

de manejo da V&M Florestal

* A normalidade das Unidades Florestais da V&M Florestal durante o

período de auditoria, o que permitiu a realização de uma amostragem

representativa dos processos da empresa.

*O estabelecimento de um escopo claro de atividades em busca de

certificação

* A realização integral da auditoria conforme plano de auditoria

elaborado pelo auditor- líder do evento.

*A existência de um plano de Manejo documentado com objetivos

definidos e compatíveis com a escala do empreendimento avaliado;

*A existência de uma política da V&M Florestal que incentiva e

implementa programas de interesse comunitário

O registro de tres não conformidades menores, para as quais foi

apresentado um plano de ação, cuja eficácia será avaliada na próxima

auditoria.

* O registro de 06 (seis) observações devem ser analisadas e tratadas

pela empresa.

* A consulta formalizada para dois órgãos públicos, onde obtivemos

informações sobre o cumprimento de requisitos legais aplicáveis às atividades

florestais da V&M Florestal, objeto da presente auditoria

* O pagamento de tributos municipais, estaduais e federais,

demonstrados através de certidões negativas de débitos dá V&M Florestal.

*A necessidade de incremento das ações de comunicação e

relacionamento com partes interessadas inseridas nas áreas de influência do

empreendimento florestal.

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* O caráter amostral do processo de auditoria, conforme normas

estabelecidas pelo INMETRO e PEFC.

O BUREAU VERITAS CERTIFICATION, seguindo os procedimentos

de auditoria do CERFLOR, é favorável recomendação para re-certificação

da V&M Florestal, de acordo com o padrão normativo NBR 14789:2007.

A continuidade do processo de auditoria consiste na disponibilização

deste Relatório de Auditoria para apreciação pública por 30 (trinta) dias.

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6 CONCLUSÃO FINAL

O BUREAU VERITAS CERTIFICATION, seguindo os procedimentos

de auditoria do CERFLOR, é favorável a recomendação para re-certificação da

V&M Florestal, de acordo com o padrão normativo NBR 14789:2007.

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7 ANEXOS

7.1. ANEXO I: Carta Convite de Reunião Pública e Questionário

enviado às partes interessadas

OUTROS ANEXOs

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