visitas de estudo [aÇÃo de formaÇÃo] (rp)

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  • 7/29/2019 VISITAS DE ESTUDO [AO DE FORMAO] (RP)

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    Visitas de Estudo: Uma estratgia ao servio da construo de saberes Fernanda Robalo | Rui Pimenta

    Aco n 8/2004 - CFAS

    VISITAS DE ESTUDO:

    UMA ESTRATGIA AO SERVIO DA

    CONSTRUO DE SABERES

    Fernanda Robalo

    Rui Pimenta

    C e n t r o d e F o r m a o A b e l S a l a z a r

    Aco n 8 26/04 a 14/06 de 2004

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    Visitas de Estudo: Uma estratgia ao servio da construo de saberes Fernanda Robalo | Rui Pimenta

    Aco n 8/2004 - CFAS

    VISITAS DE ESTUDO:

    UMA ESTRATGIA AO SERVIO DA CONSTRUO DE SABERES

    E S T R U T U R A D A A C O

    Mdulo 1 Apresentao/Constituio dos grupos de trabalho

    Mdulo 2 Visitas de Estudo:

    Conceito

    Quadro terico de referncia segundo alguns autores

    Ofcio Circular n 21/2004, de 11 de Maro

    Mdulo 3 Visitas de Estudo:

    Tipologias

    Principais vantagens e alguns inconvenientes

    Formas de desenvolvimento

    Operacionalizao: contexto educacional

    Mdulo 4 Visitas de Estudo: Operacionalizao: contextos organizacional e avaliativo

    Mdulos 5 a 8 Sesses de trabalho prtico conducentes elaborao de um dossi com materiaisrelativos preparao de uma visita de estudo

    Mdulos 9 e 10 Visitas de Estudo/Avaliao

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    Visitas de Estudo: Uma estratgia ao servio da construo de saberes Fernanda Robalo | Rui Pimenta

    Aco n 8/2004 - CFAS

    M2Visitas de Estudo: Em torno de um conceito

    * Respostas obtidas dos formandos da Aco n 8/2004 (CFAS) questo Oque uma visita de estudo?

    forma de aprender de uma maneira mais simples e agradvel

    Contributos*:

    relacionar a teoria com a prtica

    fuga rotina

    dor de cabea para os professores

    aula hiperactiva / interactiva

    ver para crer

    desenvolvimento da cidadania

    proporcionar visitas a locais que de outra forma no se

    poderiam conhecer

    alargar horizontes civilizacionais

    aprender / estimular o saber ver

    desenvolver o esprito crtico

    passear / diverso

    observao inloco

    observar na prtica o esprito crtico

    fomentar o relacionamento interpessoal

    aplicar tcnicas de trabalho de investigao no local

    ensinar fora da sala de aula

    conhecer culturas diferentes

    pode proporcionar uma melhor relao com os alunos

    VISITA DE ESTUDO

    fomentar o relacionamento interpessoal

    desenvolvimento da cidadania

    desenvolver (observar na prtica) o esprito crtico

    relacionar a teoria com a prtica

    aplicar tcnicas de trabalho de investigao no local

    aprender / estimular o saber ver

    observao inloco

    alargar horizontes civilizacionais

    conhecer culturas diferentes

    permite:

    :

    forma de aprender (mais simples e agradvel)

    fuga rotina

    dor de cabea para os professores

    aula hiperactiva / interactiva

    visita a locais que de outra forma

    no se poderiam conhecer

    passear / diverso

    ensinar fora da sala de aula

    Possvel forma de organizao dos contributos:

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    Visitas de Estudo: Uma estratgia ao servio da construo de saberes Fernanda Robalo | Rui Pimenta

    Aco n 8/2004 - CFAS

    Uma Visita de Estudo :

    - uma estratgia

    M2Visitas de Estudo: Em torno de um conceito

    - um conjunto de operaes preconcebidas para

    resolver uma situao mais ou menos complexa em

    certo domnio, no caso, o educacional

    Assim sendo, resulta claro que se trata de uma viagem organizada

    pela escola e levada a cabo com objectivos educacionais, ou seja, no

    deve entender-se seno como parte integrante do processo de ensino-

    -aprendizagem, pelo que exige planificao e preparao cuidada.

    - uma actividade prtica - uma aco que coloca o aluno em relao com oespao exterior ( escola) remetendo-o assim para

    uma experincia directa com os objectos de estudo

    nos seus locais funcionais

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    M2Visitas de Estudo: Conceito(Ofcio-Circular n 21/2004, de 11 de Maro)

    Visita de Estudo:

    toda e qualquer actividade decorrente do Projecto Educativo de Escola

    enquadrvel no mbito do desenvolvimento dos projectos curriculares de

    escola/agrupamento e de turma

    realizada fora do espao fsico da escola e ou da sala de aula

    Assim, uma Visita de Estudo:

    sem

    pre uma actividade curricular, logo uma actividade lectiva

    intencionalmente planeada, [de modo a servir] objectivos e

    contedos curriculares (disciplinares, ou no)

    obrigatria para todos os alunos da turma ou para um

    conjunto de turmas para a qual foi elaborada

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    M3 Visitas de Estudo: Razes para a sua realizao

    [] a maneira como a cincia praticada a melhor forma para ensinar e aprender

    cincia.(Kirschner, 1992)

    Contudo, [] se verdade que a epistemologia da cincia essencialmente

    experimental, isto no significa que a base para a sua aprendizagem seja

    semelhante.(Summers, 1982)

    [] a prtica no subserviente teoria, antes complementa-a, sendo ambas

    necessrias para o desenvolvimento de capacidades.(Kirschner, 1992)

    Normalmente, a defesa das visitas de estudo costuma fazer-se evocando-

    -se trs grandes conjuntos de razes:

    - de ordem psicolgica (principalmente ao nvel da motivao)

    - de ordem epistemolgica (porque associadas ao processo

    investigativo inerente construo da cincia)

    - de ordem sociolgica

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    M3Visitas de Estudo: Razes para a sua realizao

    A defesa das actividades fora da escola, porque raramente se apoiam em

    investigao ou estudos sistemticos, resulta mais da vivncia dos professores e

    do reflectir das suas experincias.

    Dos poucos estudos desenvolvidos, apesar de constatarem ganhos de natureza

    cognitiva e afectiva, ao nvel da aquisio dos conhecimentos os resultados no

    so to evidentes.

    Apesar disso, o aumento de conhecimentos pode ser considervel em

    aspectos no directamente relacionados com as aprendizagens definidas

    pelo professor.

    Tambm, de uma forma mais ou menos plausvel, parecem existirganhos ao nvel da aprendizagem de conhecimentos cientficos di-

    rectamente relacionados com o ambiente em que o aluno investiga,

    registando-se ainda o desenvolvimento do pensamento crtico, pro

    vavelmente pelo facto de os estudantes serem capazes de relacio-

    nar conhecimentos com maior facilidade.

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    M3Operacionalizao: contexto educacional

    Genericamente, as visitas de estudo:

    - situam-se no mbito do contexto formal de aprendizagem

    - promovem:

    - o desenvolvimento do relacionamento interpessoal

    - desenvolvimento de capacidades

    - a aquisio de conhecimentos

    - a Educao para a Cidadania, nomeadamente no mbito da EducaoAmbiental e da Educao para o Desenvolvimento, ou seja, odesenvolvimento de competncias em termos de saber-ser saber-fazer

    e saber

    - contribuem para uma aprendizagem com sentido significativo

    - desenvolver o mtodo de pesquisa, de seleco e organizao da

    informao

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    M3Operacionalizao: contexto educacional

    As visitas de estudo sero sempre prticas pedaggicas pertinentes nas

    articulaes interdisciplinares que privilegiam o trabalho cooperativo dos

    professores no sentido de adequarem o currculo aos seus alunos e planificarem o

    ensino-aprendizagem de uma forma integradora e global.

    Neste sentido, considerando as Visitas de Estudo como saberes em uso h que

    definir a necessria articulao ao nvel das competncias.

    Exemplo:

    COMPETNCIA GERAL OPERACIONALIZAO TRANSVERSAL

    1. Mobilizar de saberes culturais, cientficos e tecnolgicos para compreender a realidade epara abordar situaes e problemas do quotidiano.

    Competncia Geral

    Prestar ateno a situaes e problemas manifestando envolvimento e curiosidade. Questionar a realidade observada.

    Operacionalizao Transversal

    Questionar o espao geogrfico. Aperfeioar constantemente os seus saberes e prticas geogrficas. Relacionar conceitos geogrficos, aplicando os mesmos na compreenso do

    territrio.

    Operacionalizao Especfica

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    M3Operacionalizao: contexto educacional

    A recontextualizao pedaggica decorrente da reorganizao curricular poder(re)colocar as visitas de estudo ao nvel das actividades prticas defendidas porRousseau. Pai das pedagogias modernas, Rousseau afirma: as noes queaprendemos por ns prprios atravs das coisas, so indiscutivelmente mais claras emais seguras do que as que aprendemos atravs de outrem.(Ramiro Marques, 1998)

    Uma outra viso do contexto educacional das visitas de estudo, prende-se com odesenvolvimento da inter e multidisciplinaridade: espao de encruzilhada das vriasdisciplinas.

    As visitas de estudo tm, progressivamente, acentuado o seu carcterinterdisciplinar: as deslocaes dos alunos surgem integradas emprojectos-turma, colaborando na sua planificao e organizao professores

    de diferentes disciplinas. Uma mesma realidade susceptvel de serabordada em diferentes perspectivas, tornando-se mais fcil para os alunoscompreender, no concreto, que os conhecimentos no socompartimentados.

    [...] Aplicados a realidades concretas, os diferentes contedosprogramticos tornam-se mais significativos e as suas inter-relaes mais

    evidentes.(Manuela Monteiro, 2002)

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    M3Operacionalizao: contexto educacional

    Segundo Maria Cndida Proena (1990) os aspectos pedaggicos das visitas deestudo prendem-se com:

    - definio dos objectivos;

    - escolha do local;

    - seleco da metodologia. Esta ser feita de acordo com o tipo de visita

    (dirigida, livre e mista) e com as actividades de preparao (abordagem da

    aula, recolha de material e elaborao do guio).

    As visitas de estudo so tambm um meio para promover a Educao

    para a Cidadania, nomeadamente no mbito da Educao Ambiental e

    Educao para o Desenvolvimento. Esta actividade desenvolvida

    atravs da Geografia evidencia as competncias geogrficas

    respondendo a questes que o Homem levanta sobre o Meio Fsico e

    Humano.

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    M4Operacionalizao: contexto organizacional

    O sucesso pedaggico de uma visita de estudo passar tambm peloenvolvimento activo dos alunos na planificao, preparao e organizao da

    mesma.

    Neste contexto organizacional inclumos as questes logsticas, a recolha dos

    materiais, a construo do dossi-guia e a prpria realizao da visita.

    A visita de estudo poder resultar de proposta individual de um

    professor, um grupo disciplinar, um departamento ou um conselho de

    turma; poder surgir articulada com os projectos de escola ou mesmopelas necessidades especficas dos alunos para a qual direccionada.

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    M4Operacionalizao: contexto organizacional

    Outro aspecto a contemplar o da calendarizao que dever ser definida deacordo com os seguintes aspectos: visita como motivao para um assunto,

    organizador prvio dos contedos a iniciar, consolidao de aprendizagens, entre

    outros. Relativamente a outros saberes o tempo concreto da realizao ter uma

    influncia secundria.

    Seguidamente, e aps definio do momento da visita e depois de

    traadas as suas finalidades, importa escolher o tipo de visita mais

    adequado ao estudo previsto: visita dirigida, livre ou mista.

    Na sequncia desta escolha surgir o momento de discusso com os

    alunos para seleco de um conjunto de lugares que melhor se

    adequam s finalidades e objectivos a que se prope a visita.

    Por ltimo, dever proceder-se recolha de informao que servir de

    suporte construo dos guies de explorao do(s) local(ais) a visitar

    e consequentemente elaborao do portfolio da visita.

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    M4Operacionalizao: contexto organizacional

    VISITA DE ESTUDO:

    elementos a integrar no guio

    ndice

    Itinerrio

    Data ; Contedo a que se refere a visita ;

    Alunos participantes ; Organizadores eprofessores acompanhantes

    Regulamento da visita

    Objectivos

    Locais a visitar

    Texto informativo / Actividades(discriminando-se diversos tipos dequestes, bem como eventuaispossibilidades de interveno dos alunoscomo, reportagem fotogrfica, etc.)

    Bibliografia

    Vi i d E d U i i d d b F d R b l | R i Pi

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    M4Operacionalizao: contexto avaliativo

    Decorrente do conceito e do contexto organizativo antes referidos, torna-se claroum regime de avaliao dos alunos e da prpria visita.

    Deste modo, a avaliao das visitas, tal como de outra qualquer actividade

    pedaggica, no poder deixar de ser criteriosamente prevista.(Fernando Alexandre eJos Diogo, 1990)

    A avaliao dos resultados uma etapa importante de qualquer acto

    pedaggico. Dever ser feita uma avaliao colectiva de todo o

    processo, identificando-se os aspectos positivos e negativos. a

    anlise crtica do trabalho de organizao e concretizao da visita que

    possibilitar a introduo de alteraes em experincias futuras.

    A avaliao da participao e desempenho dos alunos poder ser feita

    a partir de fichas de auto e hetero-avaliao. [...], no devero ser

    esquecidos os aspectos comportamentais: a iniciativa e o

    empenhamento do aluno, a interaco em grupo. (Manuela MONTEIRO,

    2002)