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Visita Domiciliar Assessoria Técnica/DAS 2010

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Page 1: Visita domiciliar

Visita Domiciliar

Assessoria Técnica/DAS2010

Page 2: Visita domiciliar

Conceito de VD

A visita domiciliar é uma “forma de atenção em Saúde Coletiva voltada para o atendimento ao indivíduo, à família ou à

coletividade que é prestada nos domicílios ou junto aos diversos recursos sociais locais, visando a maior eqüidade da assistência

em saúde” (Ceccim e Machado, s/d, p.1).

A visita domiciliar é um conjunto de ações de saúde voltadas para o atendimento, seja ele assistencial ou educativo. É uma dinâmica utilizada nos programas de atenção à saúde, visto que

acontecem no domicílio da família (Mattos, 1995).

A visita domiciliar “é vital para a educação em saúde” (Tyllmann e Perez, 1998, p. 2).

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Conceito mais amplo: Assistência Domiciliar

A Organização Mundial da Saúde define

Assistência Domiciliar como:

“a provisão de serviços de saúde por prestadores formais e informais com o objetivo de promover,

restaurar e manter o conforto, função e saúde das pessoas num nível máximo, incluindo cuidados para

uma morte digna.

Serviços de assistência domiciliar podem ser classificados nas categorias de preventivos,

terapêuticos, reabilitadores, acompanhamento por longo tempo e cuidados paliativos”.

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Diretrizes da AD

A ESF, uma vez que objetiva a promoção e a qualidade de vida das pessoas em seu

cotidiano, deve promover a garantia dessa qualidade no próprio ambiente em que as

pessoas vivem, estimulando sua participação ativa no cumprimento desse objetivo.

GOMES (2005), destacou diretrizes para as políticas de atendimento à família, que

consideramos apropriadas e propomos sua incorporação junto à política municipal de

atenção domiciliar:

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Diretrizes Romper com a ideia de família sonhada e ter a família real como alvo.

A família pode ser fonte de afeto e também de conflito, o que significa considerá-la um sistema aberto, vivo, em constante transformação.

Olhar a família no seu movimento, sua vulnerabilidade e sua fragilidade, ampliando o foco sobre a mesma.

Trabalhar com a escuta da família, reconhecendo sua heterogeneidade.

Não olhar a família de forma fragmentada, mas trabalhar com o conjunto de seus membros; se um membro está precisando de assistência, sua família

estará também.

Centrar as políticas públicas na família, reconhecendo-a como potencializadora dessas ações e como sujeito capaz de maximizar recursos.

O Estado não pode substituir a família; portanto a família tem de ser ajudada.

Não dá para falar de políticas públicas sem falar em parceria com a família.

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As mudanças e potencialização da Atenção Primária à Saúde no Brasil, a partir daimplantação da Estratégia de Saúde da Família tem repercutido na assistência

domiciliar, que passou de uma assistência pontual com conotações exclusivamente

sanitárias, a ser parte de um processo de atenção continuado, integral e

multidisciplinar no qual se realizam funções e tarefas sanitárias, assistenciais e

sociais, dentro da lógica da vigilância à saúde.

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Razões para a complexidade da AD

• Não é específico de uma patologia concreta, nem de nenhum grupo de idade, sendo que sua indicação vem determinada pelo grau de

necessidade e/ou incapacidade do enfermo.• A demanda de assistência nem sempre é gerada pelo enfermo e sua

família, e sim pelo sistema de saúde.• Requer em muitos casos, a prestação de serviços ou cuidados tanto

assistenciais como sociais, sendo necessário que exista uma boa conexão entre estes dois.

• Em razão do grau de complexidade dos cuidados a serem prestados pode ser necessária a colaboração e adequada articulação entre

recursos da Atenção Secundária e Terciária com da Atenção Primária à Saúde.

• É imprescindível que exista uma integração adequada com outros elementos e recursos que complementam a assistência, tais como

hospitais dia, reabilitação e outros, formando uma linha de cuidado.• Para que possa desenvolver-se corretamente a assistência domiciliar

necessita a participação e apoio dos elementos familiares, da vizinhança e do uso de uma rede de apoio disponível ou a ser

construída na comunidade e sociedade.

Page 8: Visita domiciliar

Princípios da AD

• Abordagem integral à família;• Consentimento da família,

participação do usuário e existência do cuidador;

• Trabalho em equipe e interdisciplinaridade;

• Adscrição da clientela;• Inserção na política social local;• Estímulo a redes de solidariedade.

Page 9: Visita domiciliar

Objetivos da VD

• Conhecer o ambiente familiar e as micro-áreas de moradia dos usuários do centro de saúde, ampliando o nível de

informações e conhecimentos relativos ao auto-cuidado, ao uso dos recursos sociais, à ação política em saúde ou,

ainda, como atitude complementar às ações de vigilância em saúde.

• Prestação de cuidados de enfermagem no domicílio, quando conveniente.

• Orientação e educação para prestação de cuidados no domicílio.

• Supervisão dos cuidados delegados à família.• Orientações à família, quando o serviço de saúde não for o

mais indicado.• Coleta de informações sobre as condições sócio-sanitárias

da família, por meio de entrevistas e observação.

Page 10: Visita domiciliar

Tipos de VD

VISITA CHAMADA: é um atendimento realizado na casa do indivíduo ou família, por este ou

esta possuir algum tipo de limitação, por exemplo, doença aguda ou

agudização de um problema crônico ou por outro tipo de limitação

(seqüelados de AVE, amputação, cirurgias recentes).

Page 11: Visita domiciliar

Tipos de VD

Visitas periódicas: são feitas para indivíduos ou famílias que necessitam de acompanhamento periódico. Por

exemplo, pacientes crônicos, acamados, idosos, doentes mentais,

egressos de internações hospitalares, pode haver até coleta

de exames. Marcado com periodicidade semanal, quinzenal ou

mensal.

Page 12: Visita domiciliar

Tipos de VD

INTERNAÇÕES DOMICILIARES: são indivíduos ou famílias que escolheram realizar o tratamento em

casa, geralmente são necessárias para pacientes terminais de câncer, quando grande parte dos cuidados pode ser realizado pelos familiares. A equipe apóia e maneja a situação para promover

a qualidade de vida neste momento.

BUSCA ATIVA:é a busca de indivíduos ou famílias faltosas (tratamentos, vacinas,

gestantes), a vigilância em saúde também é considerada uma busca ativa.

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Tipos de VD

VISITAS PREVENTIVAS: a puérperas, RN, pessoas com dças contagiosas, coleta de sorologias, abordagem familiar, genograma, controle ambiental, etc.

CADASTRAMENTO DE FAMÍLIAS: preenchimento de ficha A, confirmação de endereço, etc.

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Como priorizar?Escalade Risco de Coelho

Dados da Ficha A Escore

Acamado 3

Deficiência Física 3

Deficiência mental 3

Baixas condições de saneamento

3

Desnutrição grave 3

Drogadição 2

Desemprego 2

Analfabetismo 1

Menor de 6 meses 1

Dados da Ficha A Escore

Maior de 70 anos 1

HAS 1

DM 1

Relação morador/cômodo > 1 3

Relação morador/cômodo = 1 2

Relação morador/cômodo < 1 0

Total

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A partir da pontuação das sentinelas estabelece-se, de acordo com o Escore Total, a classificação de risco, que varia

de R1 = risco menor a R3 = risco máximo.

Escore 5 ou 6 = (R1)Escore 7 ou 8 = (R2)Maior que 9 = (R3)

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Atribuições ACS• Desenvolver atividades de promoção da saúde,

prevenção das doenças e agravos, e de vigilância à saúde por meio de visitas domiciliares e de ações educativas individuais e coletivas nos domicílios e

na comunidade, mantendo a equipe informada, principalmente à respeito daquelas em situações de

risco.• Discutir as visitas realizadas junto à equipe,

apontando as prioridades de visita da equipe, segundo o conhecimento da sua comunidade.

• Estabelecer forma de comunicação participativa com a família.

• Servir de elo de comunicação entre a pessoa, a família e a equipe.

• Registrar os atendimentos nas fichas específicas.

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Atribuições Médico• Realizar consulta médica principalmente para aqueles

que apresentem incapacidade de se deslocarem;• Avaliar de modo integral a situação da pessoa enferma;• Esclarecer a família sobre os problemas de saúde e

construir plano de cuidados para a pessoa enferma;• Estabelecer forma de comunicação participativa com a

família;• Levar o caso para discussão na Equipe;

• Emitir prescrição do tratamento medicamentoso;• Realizar pequenos procedimentos auxiliado pela equipe;

• Registrar os atendimentos realizados;• Promover e participar de avaliações semanais do plano

de acompanhamento de VD;• Indicar internação hospitalar;• Verificar e atestar o óbito.

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Atribuições Enfermeiro• Avaliar de modo integral a situação da pessoa enferma;

• Avaliar as condições e infra-estrutura física do domicílio para o planejamento da assistência domiciliar;

• Elaborar, com base no diagnóstico de enfermagem, a prescrição dos cuidados;

• Identificar e treinar o cuidador domiciliar;• Supervisionar o trabalho dos auxiliares de enfermagem e dos

ACS;• Realizar procedimentos de enfermagem que requeiram maior

complexidade técnica;• Orientar cuidados com o lixo originado no cuidado do usuário e

do lixo domiciliar (separação, armazenamento e coleta);• Estabelecer via de comunicação participativa com a família;• Comunicar à equipe de saúde as alterações observadas e

avaliar periodicamente o desempenho da equipe de enfermagem na prestação do cuidado;

• Dar alta dos cuidados de enfermagem;• Registrar os atendimentos.

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Atribuições Auxiliar Enfermagem

• Auxiliar no treinamento do cuidador domiciliar;• Acompanhar a evolução dos casos e comunicar à equipe

as alterações observadas;• Realizar procedimentos de enfermagem dentro de

suas competências técnicas e legais;• Orientar cuidados com o lixo originado no cuidado do

usuário e do lixo domiciliar (separação, armazenamento e coleta);

• Estabelecer via de comunicação participativa com a família;

• Identificar sinais de gravidade;• Comunicar à enfermeira e ao médico, alterações no

quadro clinico do paciente;• Registrar os atendimentos.

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Planejamento VD• Estabelecer critérios epidemiológicos e

populacionais;• Seleção das pessoas, famílias ou micro-áreas

que serão visitadas (Escala de Coelho);• Planejamento específico: definir o objetivo

da visita, deve-se analisar as informações referentes ao sujeito da VD no serviço de

saúde;• Execução: início, desenvolvimento e

encerramento;• Registro em prontuário;

• Avaliação do profissional que realizou a VD;• Discussão em reunião com a equipe, referente aos problemas encontrados pelo

visitador.

Page 21: Visita domiciliar

Planejando a VD

• Ter claro o objetivo daquela visita (assistencial, educativa, avaliação, busca ativa, etc);

• Avaliar previamente o prontuário;• Fazer anamnese com o solicitante sobre o motivo da

solicitação de visita;• Avaliar se há condições de manejar o problema apresentado

no domicílio;• Avaliar grau de urgência e espaçamento entre as visitas;• Avaliar qual/quais profissionais da equipe são necessários

naquele momento;• Anotar endereço com pontos de referência;• Levar material/medicações apropriadas;

• Levar formulários próprios para o registro do atendimento no prontuário;

• É desejável que uma cópia do prontuário fique com o paciente, isto é

importante para o intercâmbio de informações.

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Critérios de inclusão no SID

• Pacientes em pós – operatório complicados onde o médico hospitalar indique

acompanhamento pela equipe;• Egressos hospitalares que necessitem;• Pacientes com dificuldade de locomoção

(plegias, seqüelas motoras) que necessitem cuidados de maior complexidade;

• Pacientes com necessidade de O2 domiciliar;

• Pacientes em fase terminal onde a família necessite orientação;

• Pacientes que necessitem de cuidados paliativos.

Page 23: Visita domiciliar

Equipes

Cuidados Paliativos (18 vagas)

Atendimento Domiciliar Terapêutico(15 vagas)

Nordeste (30 vagas)Centro-Oeste (30 vagas)

Sudeste (30 vagas)

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FLUXOGRAMA

INSTITUIÇÕES ENCAMINHADORAS

SID

ENQUADRA NÃO ENQUADRA

TRATAMENTO ALTA

SEM ACOMPANHAMENTO

PSFENCAMINHADO

PSF

HOSPITAL

HOSPITAIS

UBS

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ESTRUTURA

Sede no Pronto Atendimento Municipal;

1 Farmácia – Fornecimento de medicação e material;

8 carros – Transporte das equipes;

1 ambulância – Transporte de pacientes para consultas, exames e atendimento de intercorrências.

Page 26: Visita domiciliar

RECURSOS HUMANOS:

05 Médicos;05 Enfermeiras;14 Auxiliares de Enfermagem;03 Fisioterapeutas;01 Farmacêutica;02 Psicólogas;02 Assistentes Sociais;01 Nutricionista;02 Aux. Administrativos;02 Motoristas;

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HORÁRIO DE FUNCIONAMENTOSede: 07:00 as 19:00 horasPlantão celular à distância: 19:00 as 07:00 horas

CARGA HORÁRIAMédicos: 25 horasFisioterapeutas: 30 horasDemais categorias: 40 horas

REFERENCIADORES (Unidades Encaminhadoras):HU, SANTA CASA, HEL, ICL, HZN, HZS, UBS e OUTROS

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CATEGORIAS DE ATENDIMENTOASSISTÊNCIA DOMICILIAR - 03 equipes divididas em regiões: Nordeste e Sudoeste e Centro-Oeste (Catuaí, Cereja e Bourbon)Atendimento a pacientes com doenças crônicas;Internações de longa permanência;Capacitação do cuidador e família;Orientações e encaminhamentos.Atendimento a pacientes com doenças infecciosas;Medicação endovenosa diária;Internações de curta permanência – 10 dias;Orientações e encaminhamentos