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Visita de estudo a Lamego e Tarouca 5ºG Página 1 VISITA DE ESTUDO A LAMEGO E TAROUCA Carolina Lobo nº5 Diogo Medeiros nº9 Pedro Filipe Silva nº18

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Visita de estudo a Lamego e Tarouca 5ºG Página 1

VISITA DE ESTUDO A LAMEGO E TAROUCA

Carolina Lobo nº5

Diogo Medeiros nº9

Pedro Filipe Silva nº18

Visita de estudo a Lamego e Tarouca 5ºG Página 2

No dia 19 de Abril de 2012, a turma do 5ºG realizou uma visita de

estudo a Lamego e Tarouca na companhia do professor de história - Vítor

Lima, e dos professores de EVT – Isilda Ribeiro e Orlando Carvalho.

Nessa visita participaram várias turmas do 5º ano com os respetivos

professores.

Antes de partirmos, organizámo-nos na escola, 2 a 2, com todo o

material necessário e saímos da escola às 8:20 a pé, em direção ao autocarro.

Daí, partimos em viagem, num conjunto de 3 autocarros.

Visitámos vários monumentos que passamos a descrever,

acrescentando informação que pesquisámos.

Visita de estudo a Lamego e Tarouca 5ºG Página 3

Castelo de lamego

Embora não fosse possível a visita porque o castelo está em obras,

resolvemos descrever o mesmo com base na pesquisa que fizemos.

O percurso começa na histórica

cidade de Lamego, considerada um

dos maiores núcleos urbanos da época

Medieval, a sul do rio Douro, havendo

inúmeros vestígios arqueológicos em

seu redor, que o demonstram. Depois

abrigou romanos e árabes, cuja

presença ficou marcada na toponímia

e nas lendas populares, como a de Lamecus, que teria fundado a cidade. A

fundação da cidade de Lamego, é atribuía aos Celtas, os quais se orgulham

de ter recebido as cortes, que em 1143, reconheceram D. Afonso Henriques

como primeiro Rei de Portugal.

Visita de estudo a Lamego e Tarouca 5ºG Página 4

O castelo ergue-se em posição dominante sobre a cidade. Apresenta

planta poligonal irregular, orgânica (adaptada ao terreno), no estilo

românico e gótico.

A torre de menagem, de planta quadrangular, descentrada a oeste na

praça de armas, divide-se internamente em três pavimentos, com pisos e

escadas de madeira, iluminada por frestas, algumas das quais transformadas

em janelas ao final do século XVI. Era originalmente acedida por porta

elevada a cerca de 2 metros acima do solo. Atualmente existe porta ao nível

do pavimento térreo. O teto é abobadado com ogiva nervada sustentadas

por quatro arcos apoiados em pilares. Acredita-se que seja um dos

exemplares mais bem conservados no país.

Quando acabámos a visita ao castelo, tivemos oportunidade de passar

próximo da escada que conduz ao Santuário de Nª Sª dos Remédios.

Desde a parte plana da cidade,

subindo a colina até ao castelo,

damo-nos conta do Santuário de

Nossa Senhora dos Remédios.

Este Santuário remonta ao século

XIV, quando o bispo D. Durão

aqui mandou erigir uma capela a

Santo Estêvão. A construção da

enorme escadaria, estilo barroco,

foi iniciada na segunda metade do

século XVIII, e apenas terminada a sua construção no século XX, com 686

degraus.

Visita de estudo a Lamego e Tarouca 5ºG Página 5

MOSTEIRO DE SÃO JOÃO DE TAROUCA

O Mosteiro de São João de Tarouca, localizado na encosta da Serra

de Leomil, no distrito de Viseu, ergue-se num grande vale, ao fundo do

qual corre o rio Varosa.

Inicialmente foi um ermitério mas, em 1152, após a vitória de D.

Afonso Henriques sobre os mouros em Trancoso, foi lançada a primeira

pedra da igreja conventual cisterciense. O mosteiro foi o primeiro a ser

construído no país pela Ordem de Cister.

O dormitório novo e torre sineira foram construídos no século XVI.

A última fase das obras de ampliação do mosteiro decorreu no século XIX.

Em 1938 seriam restaurados os retábulos, nomeadamente o de São Pedro,

atribuído a Grão Vasco.

Nesta abadia repousa D. Pedro Afonso, um dos filhos bastardos do

rei D. Dinis, num enorme sarcófago em pedra de granito encimada pela

estátua jacente e decorado com cenas de caça.

Visita de estudo a Lamego e Tarouca 5ºG Página 6

Este Mosteiro, tal como o de Salzedas pertenceu à Ordem dos monges

Bernardos. Data do século XIII a sua fundação e a ele anda ligado o nome

de D. Afonso Henriques. Obra colossal no seu conjunto e interessante nas

suas partes, é tão valiosa e notável que tem prendido a atenção dos

estudiosos na matéria.

Mosteiro de S.João de Tarouca Azulejos alusivos à fundação do mosteiro

Por mandado de S. Bernardo e seguindo o rito monástico do tempo, vieram

ao Ocidente doze monges para fundarem a instituição que se regesse pela

sua regra. Estabeleceram-se num pequeno vale, fértil e aprazível, cavado,

quase a prumo, entre serras alpestres, na junção de dois córregos-Pinheiro e

Aveleira-que, fundidos, se vão juntar ao Barosa, dezenas de metros abaixo

do Mosteiro.

Visita de estudo a Lamego e Tarouca 5ºG Página 7

Igreja de são João de tarouca

Ergue-se ao sul das ruínas do extinto mosteiro. Pela admirável

escultura e pelos seus quadros formosíssimos, azulejos e, históricos

túmulos, é, sem dúvida, uma das mais notáveis do país.

A fundação deste templo data do princípio da monarquia (1157). A

arquitetura do templo, tal como hoje se ergue no vale de S. João, obra do

século dezasseis até ao princípio do século XVIII.

Interiormente, esta igreja é como um museu em que o fino gosto do seu

recheio se alia à boa disposição das partes. Tem dez altares todos (exceto

dois), da mais pura renascença.

CURIOSIDADE: Gostámos do pormenor das cadeiras que tinham

um apoio escondido para os monges se apoiarem de pé.

Visita de estudo a Lamego e Tarouca 5ºG Página 8

Torre e ponte de ucanha

A Torre de Ucanha localiza-se na freguesia de Ucanha, concelho de

Tarouca, distrito de Viseu, em Portugal.

As razões para a construção da ponte e da torre de Ucanha, foram a

defesa, a ostentação senhorial, bem patente na alta torre; e a cobrança

fiscal, pelo valor económico que tal representaria para o mosteiro

cisterciense.

A ponte deve ter sido construída pelos romanos, no seguimento de

uma estrada que passava ali perto. Teresa Afonso, fundadora do Mosteiro

de Santa Maria de Salzedas, doou ao convento o couto que recebera do rei

e foram os monges quem mais beneficiou da velha ponte, convertida em

apreciável fonte de rendimento pelos direitos de portagem que seriam

cobrados.

Em 1324, D. Dinis pretendeu favorecer as gentes e vila de Castro

Rei, concedendo-lhes o privilégio da passagem de Moimenta para Lamego,

mas face à pressão dos frades de Salzedas, o rei confirmou tal privilégio a

Ucanha. De planta quadrada, a torre, com porta de acesso bem acima do

nível do chão, tem vinte metros de altura e dez de cada lado da base, onde

se encontra a seguinte inscrição "Esta obra mandou fazer D. Fernando,

abade de Salzedas, em 1465".

CURIOSIDADE: No interior da torre, existia uma reentrância na

parede com buraco no fundo, onde faziam antigamente as suas

necessidades.

Visita de estudo a Lamego e Tarouca 5ºG Página 9

Mosteiro de salzedas

Salzeda era um lugar onde hoje é a Abadia Velha, distante da

Salzedas cerca de 1500 metros, na confluência dos rios Varosa e Torno,

hoje Galhosa ou ribeiro de Salzedas, em cuja encosta havia eremitério dos

eremitas de Santo Eremitas, de Fr. A. da Purificação, tal eremitério era

posterior à reedificação do de Santa Marinha, no ano 888. Nessa época,

Afonso III, filho de Ordonho I, chefe dos cristãos das Astúrias e Galiza,

perseguia os sarracenos, empurrando-os para o sul, voltando estes, em

correrias, a assolar os seus territórios, ao norte.

Igreja de salzedas

Salzedas é de povoamento muito antigo, possivelmente de épocas

pré-históricas. Passaram por esta Aldeia Lusitanos e Romanos. Nos séculos

V e VI, estiveram presentes neste território Suevos e Visigodos e, mais

tarde, no século VIII, os Muçulmanos.

Erigido no século XII, por ordem de D. Teresa Afonso, esposa de

Egas Moniz, o Mosteiro de Santa Maria de Salzedas, a par do Mosteiro de

São João de Tarouca, é um dos mais emblemáticos monumentos ligados à

Ordem de Cister em Portugal, anterior ao Mosteiro de Alcobaça.

CURIOSIDADES: Os arcos não foram construídos todos na mesma

época, alguns eram do séc. XII e outros do séc. XVIII. Também existiam na

igreja, cadeiras com um apoio escondido para os monges se apoiarem de

pé.

Visita de estudo a Lamego e Tarouca 5ºG Página 10

Geralmente afirma-se que o Mosteiro foi fundado no ano de 1167. Anos

antes, porém, já ele tinha monges e abade. A Carta de Afonso Henriques,

datada de 1163, pela qual doa o Couto de Algeriz a Teresa Afonso para que

esta por sua vez o ofereça ao mosteiro de Salzedas, afirma que o possuam

os que aí habitam sob a regra de S. Bento. E pela Carta de doação da Igreja

de S. Martinho de Gaia, datada do mesmo ano, D. Afonso Henriques

oferece esta mesma Igreja ao Abade João Nunes e seus sucessores. Destas

doações se vê que em 1163, em Salzedas, já havia um Mosteiro com

monges e abade que devia ter levado tempo a organizar-se. D. Teresa, mãe

de Afonso Henriques, viveu algum tempo em Salzedas, tendo como aia de

seu filho, ainda infante, Teresa Afonso.

Também visitámos o museu criado no mosteiro onde estavam expostos

quadros, e onde se podia ver um filme sobre a remodelação do mosteiro.

CURIOSIDADE: À medida que subimos a escada interior do museu,

vimos uma parede formada por pedras, e cada pedra continha um símbolo

que significava a quantia de dinheiro que cada trabalhador recebeu.

As obras a que foi sujeito agora, incluem o

restauro da sacristia, a área de guarda dos

paramentos religiosos, o teto, o chão e as

escadarias, interiores e exteriores, além da

fachada e do interior da capela

Visita de estudo a Lamego e Tarouca 5ºG Página 11

MUSEU DO ESPUMANTE

De seguida fomos visitar o Museu do Espumante, situada no Vale

do Varosa, primeira região demarcada de espumantes de Portugal, e

tradicionalmente enraizada no processo de produção de espumante, na Casa

do Paço de Dálvares. Lá podemos visitar todas as coisas necessárias para o

fabrico do espumante, desde a vindima até ao produto final.

Este edifício senhorial da época medieval, pertenceu a Egas Moniz.

A Casa do Paço de Dálvares foi uma Honra criada no início da Monarquia.

O edifício foi recuperado pelo Município de Tarouca, onde têm sede a

Confraria do Espumante e o Museu do Espumante da Murganheira.

CURIOSIDADE: As garrafas estavam armazenadas e eram rodadas

quinzenalmente.

Visita de estudo a Lamego e Tarouca 5ºG Página 12

No final da tarde regressámos a Vila Real, cheios de memórias

interessantes e mais enriquecidos por descobrir o que há de belo no nosso

país e tão perto do local onde vivemos!

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