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CIÊNCIA ESPÍRITA
Distribuição gratuita
PERIÓDICOS & NOTÍCIAS:Uma nova forma de levar o conhecimento espirita ao público interessado em teor científico.
VISÕES EM CASOS DE MORTE QUEM JÁ NÃO TEVE, OU SOUBE, DE CASOS ONDE É PRESSENTIDO OU SE TEM UMA VISÃO DE UM ESPIRITO E DEPOIS SOUBE-SE QUE O MESMO MORREU NAQUELE MOMENTO?
GABRIEL DELANNE IMPORTANTE PAPEL PARA UM RIGOR NO MÉTODO ESPIRITA
MÉDIUM E JUSTIÇA RELATÓRIO DE CASO ONDE UM MÉDIUM COLABORA COM A POLICIA PARA A SOLUÇÃO DE UM CRIME
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Edição 7 - MAR/2016
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ESTUDO: FLUIDIFICAÇÃO DA ÁGUA MATERIAL COMPLEMENTAR CONTENDO INFORMAÇÕES IMPORTANTES SOBRE O TEMA FLUIDIFICAÇÃO DA ÁGUA
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NESSA EDIÇÃO
ARTIGOUm resumo do assunto e uma nova pesquisa espirita sobre fenômenos de aparição de espiritos no momento da morte.(10-11)
PERIÓDICOSEstudo bibliográfico que reune informações complementares `às pesquisas com água fluidificada.(12-14)
RELATOS DE PESQUISACaso onde uma médium, procurada pelo espirito, ajuda a solucionar o caso de seu assassinato.(15-24)
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NOTÍCIASNovidades sobre pesquisa com água fluidificada e o lançamento do livro digital da Médium Gladys Osborne, traduzido para o português (4)
VOCÊ SABIA?Quem criou o termo “médium”?(5)
CONHEÇA A HISTÓRIAGabriel Delanne, um defensor ferrenho do espiritismo cientifico.(6-9)
Divulgue para seus amigos
ESPAÇO DO EDITOR“Engessamento da mediunidade? Por que? (3)
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ESPAÇO DO EDITOR MEDIUNIDADE NO “CATIVEIRO”
É de conhecimento básico do espiritismo que a mediunidade é seu principal “agente”, ou seja, sem a mediunidade não existiria o espiritismo, principalmente porque a fonte base de informações é proveniente do trabalho beneficente dos médiuns, afinal, são eles quem transmitem a informação proveniente do mundo espiritual.Também é de conhecimento geral espirita que, “a opinião de um espirito é somente uma op in ião ” , sendo ass im esse pressuposto garante (e entende) que um espirito, ao se comunicar, está passando as informações que lhe são tangíveis baseada nas suas próprias percepções e seu grau evolutivo. Tanto é assim que Kardec havia elaborado um método que “cruzava” informações de vários médiuns e espíritos para poder chegar a alguma conclusão sobre um assunto ou tema, lembrando que isso nunca foi, e nem deve ser definitivo, como muitos idólatras e dogmáticos pretendem, isso porque a conclusão final ainda é humana e cond i c i onada ao tempo (E ra ) do observador/pesquisador, que é limitada.Então, se toda a fonte básica de conhecimento (e ajuda em muitos casos) é proveniente da mediunidade, por que muitos Centros Espiritas l imitam o desenvolvimento mediúnico?A resposta é simples e o atual cenário mundial a que passamos é o mesmo: Excesso de padronização!Esse “mal” não at inge somente o espiritismo, mas empresas onde tem se implantando um sistema de padronização e metodologia de processos que parece, em muitos casos, tender a perdermos os propósitos básicos e a essência do que somos ou devemos fazer.A padronização não é de toda ruim, melhor dizendo, é necessária, mas parece que esta, ao entrar fortemente num meio, passa a sufocar ou aniquilar a razão básica por excesso. Devido a isso, é possível percebermos que o problema não reside
na padronização em si, mas sim nas pessoas que as impõe dentro de um grupo.Na prática, referindo-me ao meio espirita atual (especificamente aos Centros Espiritas confederados e federados), podemos ver um excesso de controles, tanto de médiuns como de âmbito geral, parecendo que os princípios básicos tem ficado de lado. Tal fato parece direcionar o entendimento de que os espíritos e médiuns é que trabalham num Centro Espirita e não que este foi criado para permitir o trabalho dos médiuns e dos mentores.Esse tema vem sendo discutido em diversos grupos e, dias atrás, foi tema num grupo fechado sobre espiritismo. Quem defende a ideia do controle, a r g u m e n t a a n e c e s s i d a d e e responsabil idade que as entidades possuem perante a sociedade e a Doutrina (dentro de um entendimento restrito do grupo), por outro lado, temos os que defendem maior liberdade aos médiuns e aos trabalhos. Essa liberdade, por exemplo, é a de exercer a mediunidade de forma plena e não controlada como exigem certos CEs. Médiuns reclamam de não ser permitido ficarem inconscientes durante as sessões, ou de terem que atuar conforme rege ou organiza-se o mundo encarnado, ao invés de ouvirem os mentores sobre como deveriam ser feitos os trabalhos.Independente de ambas as opiniões, o fato é que o espiritismo kardequiano brasileiro tomou um rumo arriscado, onde muitos jovens desistem de atuar e onde muitos médiuns preferem abrirem seus próprios estabelecimentos (ou atuar em suas casas) e dai já passam a serem excluídos e chamados de espiritualistas.Com isso perdemos todos nós, pois assim surge o preconceito, as separações e deixamos de ser uma grande família onde poderíamos avançar juntos, com um desenvolvimento pleno da mediunidade e, consequentemente, de um aprimoramento no conhecimento e na moralidade mais exata.Não é incomum eu visitar muitos lugares e encontrar os médiuns ostensivos fora dos CE federados, me pergunto então:Será que os médiuns que permanecem nos CEs Federados, em sua absoluta maioria, não são ostensivos ou não os permitem serem?É prudente refletirmos sobre isso.
Sandro Fontana
MEDIUNIDADE LIMITADAPor que será que muitos dos Centros Espiritas brasileiros limitam tanto os médiuns e a mediunidade?
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NOTÍCIAS E INFORMAÇÕES
FIM DA PRIMEIRA RODADA DE EXPERIMENTOS COM ÁGUA FLUIDIFICADA SOB ANÁLISE BIOELETROGRÁFICA.
A parceria entre o Instituto de Pesquisas Psicobiofisicas de Porto Alegre e o Núcleo de Estudos Landell de Moura ja finalizou a primeira fase da pesquisa que pretende verificar a real p o s s i b i l i d a d e d a M á q u i n a d e K i r l i a n (bioeletrografia) captar a imagem distinta entre amostras de água fluidificada e não fluidificada.Nessa primeira rodada se descobriu que os frascos para amostra (vidro e acrílico) não fazem diferença ao equipamento. Descobriu-se também que a posição e quantidade do eletrodo de aterramento também não interferem nas imagens. Não foi observado significância na primeira fluidificação, comparada a outros estudos. Agora, entre março e abril, irá ocorrer uma segunda fase, usando-se mais amostras e vários médiuns envolvidos.O artigo final será publicado na próxima edição da RCE, não deixe de acompanhar e conhecer os resultados.
TRADUZIDO PARA O PORTUGUÊS: LIVRO AUTOBIOGRÁFICO DE UMA MEDIUM OSTENSIVA MAIS TESTADA DE SEU TEMPO - GLADYS OSBORNE LEONARD
Minha vida em Dois Mundos é traduzido para o português pelo grupo AUTORES ESPIRITAS CLÁSSICOS.O livro prefaciado por Oliver Lodge relata a vida e mediunidade de Gladys Osborne Leonard. Na obra ela fala sobre sua mediunidade, o desenvolvimento da mesma, sua mentora Feda e as experiências pessoais vividas em sua plenitude.A senhora Leonard, para os espiritas menos familiarizados, foi uma médium extremamente ostensiva e se diferenciou de muitos médiuns por se sujeitar aos experimentos dos céticos no passado. Alguns destes não se convenceram, mas muitos outros tiveram que admitir que a sobrevivência da alma é a hipótese mais adequada para explicar os complexos fenômenos psíquicos.Para se ter uma ideia, Osborne e sua mentora foram testadas ao máximo, como por exemplo, o espirito ter que entrar numa sala fechada e ler uma página de um livro que se encontrava num local especifico em uma estante.Interessados podem baixar o livro gratuitamente Clicando aqui.
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A PALAVRA “MÉDIUM" NÃO FOI CRIADA POR KARDEC
Kardec foi responsável pela organização do espiritismo, dentre seu trabalho, ficou historicamente conhecida a estruturação e subdivisão de uma série de partes deste. No entanto é comum encontrarmos um equivoco recorrente por parte de muitos espiritas, onde vem a crença de que Allan Kardec teria criado o termo médium. O fato real é que isso não está certo, ou seja, o termo médium já existia antes mesmo de Kardec e isso é facilmente demonstrado em jornais da época, por exemplo: Em 1854, o Jornal The New York Times publicara artigo sobre o tema, utilizando da palavra “médium" e “mediunidade". Outros artigos, publicados em 1855 e 1870 ja demonstravam o uso comum de tais palavras e conceitos.
fonte: Site The New York Times
Você Sabia? RESUMOS IMPORTANTES
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GABRIEL DELANNE POR: KRAYHER
BREVE APRESENTAÇA,O
Se houve um 4iel continuador dos ideais espıritas, tais como idealizados por Kardec e os Espıritos Superiores, sem duvida alguma este foi Gabriel Delanne. Todas as prevençoes deixadas pelo mestre liones por ele foram seguidas a risca, plenamente consciente da seriedade e da profundeza da missao que abraçou com abnegaçao de uma vida inteira. Ele tomou uma parte do terreno arado e semeou; parte esta que o mestre liones nao teve tempo em vida para semear. Fez a Ciencia Espırita avançar, dando a ela o rumo traçado e idealizado por Kardec, explorando as manifestaçoes que ainda tomavam frequente lugar nas reunioes publicas e privadas, atraindo cada vez mais a atençao de homens reputados. So podemos dar a dimensao do trabalho de Delanne para a Doutrina, quando analisamos as suas obras, nao somente as impressas, mas as obras sociais. Gabriel Delanne, nao somente fez a Ciencia Espırita avançar, como fez tambem que se espalhasse por todos os cantos, as suas implicaçoes morais da Filoso4ia Espırita. Devassou a historia para demonstrar, que os fundamentos daquela Doutrina, sao tao antigos quanto o mundo e consequentemente fazem parte das doutrinas e religioes de todos os povos de todas as epocas. A mediunidade sempre existiu, e esta registrada em todos os textos antigos e novos pertinentes a todas as religioes, doutrinas e seitas, isto nao era uma suposiçao, era um fato constatado na historia da humanidade, e Delanne demonstrou isso em suas obras.
Pouco se sabe sobre sua infancia, e que pendores teve no primeiro momento da vida que desabrochava, mas nascido em famılia espırita, e ainda, tendo sua mae como uma das mediuns que concorreram para a composiçao das obras fundamentais da Doutrina, concluımos que desde sempre esteve mergulhado em uma atmosfera na qual preceitos espıritas eram correntes. Sabemos, entretanto, que Gabriel Delanne devotava um profundo amor familiar, era uma criança docil e amavel, e estreitava cada vez mais,
Defensor ferrenho do
caráter científico da
Doutrina
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suas relaçoes com todos os seus parentes a medida que amadurecia. Ja com o Mestre Rivail, sua relaçao era a de um neto para com o avo querido, dedicando-‐lhe uma obra; apenas ensaiava para o que viria pela frente. Tal como o Codi4icador, Gabriel Delanne tambem teve uma missao a cumprir, e estava amparado por uma legiao de espıritos que o assistiam nesta tarefa, o que nao o isentou de sofrer algumas mazelas fısicas, e possivelmente tenha agravado seu estado de saude, com serios problemas de locomoçao por uma ataxia, alem de ter 4icado quase cego de um olho ainda na infancia; nada disso, porem, o atrasou ou impediu de marchar vigorosamente rumo as tarefas designadas, de difusao da Ciencia Espırita. O Espiritismo na posterioridade de Kardec, assim, contou com a envergadura de homens de carater serio, como Delanne, Flammarion, Bozzano, Dénis, Jean Meyer, Geley, Leymarie, e tantos outros colossos intelectuais com denotada dedicaçao a causa da correta difusao da verdade espiritual como ensinada segundo os Espıritos Superiores, atraves da Codi4icaçao. O respeito que a maioria dos adversarios sinceros do espiritismo nutriam por Delanne, era baseado em seu comportamento afavel e respeitoso, com que acolhia as inumeras crıticas e as respondia com serenidade e destacada educaçao, atraves dos meios de comunicaçao que dispunha. Herança deixada sem sombra de duvida pelo exemplo de seu Mestre Kardec.
BIOGRAFIA
Nasceu no dia 23 de março de 1857, exatamente no ano em que Kardec publicava a primeira ediçao de “O Livro dos Espıritos”. Seu pai, Alexandre Delanne, tornou-‐se espırita e amigo de Kardec, pouco tempo depois do nascimento do 4ilho, motivo porque Gabriel Delanne foi grandemente in4luenciado pelo ideal espırita. Sua mae trabalhou como medium, cooperando com o Mestre Lione s na Codi4icaçao. Alexandre Delanne, pai de Gabriel, era representante comercial que possuıa uma loja de artigos de higiene na França. Seu interesse pelo Espiritismo foi despertado em uma de suas viagens a cidade de Caen, no “Cafe de Grand Balcon”, quando ouviu uma conversa entre dois homens e zombou daquele que assumia posiçoes espıritas. Este, ao
inves de se zangar, deu-‐lhe uma explicaçao geral do trabalho de Kardec e recomendou-‐lhe a leitura de livros publicados por Kardec. Intrigado, Alexandre Delanne comentou o acontecido com sua esposa, Marie Alexandrine Didelot, que o incentivou a adquirir os livros. Em pouco tempo estavam lidos “O Livro dos Espıritos” e “O Livro dos Mediuns”. Marcado encontro com o Sr. Allan Kardec, pouco tempo depois na Sociedade Parisiense de Estudos Espıritas, a Senhora Delanne psicografara sua primeira mensagem, onde se liam tres palavras, escritas com muita di4iculdade, como e comum no despertar da faculdade mediunica, lia-‐se: “Crede, Orai e Ac guardai“. Fundou-‐se um grupo na casa dos Delanne, que o dirigiam com austeridade e j ama i s a c e i t a r am q u a l q u e r t i p o d e remuneraçao, apesar de sua condiçao simples. Muitos foram os fenomenos e encontros que ali tomaram lugar, sempre nos moldes espıritas. Neste ambiente viveu François-‐Marie Gabriel Delanne (1857-‐1926), a sua segunda infancia e adolescencia, conviveu intimamente com faculdades mediunicas diversi4icadas de sua pro pria ma e e dos me diuns que frequentavam sua casa. Uma mostra da sua ligaçao com o Espiritismo desde a infancia foi um episodio onde substituiu o pai em sua reuniao, com apenas oito anos, explicando o que fosse necessario as pessoas que participaram dela. (WANTUIL, 1980. p. 315). Sua ligaçao com os membros de sua famılia foi intensa. Dedicou posteriormente seu livro “A EVOLUÇA,O ANIcMICA” a sua tia Anette Delanne “como prova de reconhecimento da ternura que povoou a minha infancia”. Sua ligaça o com Allan Kardec tambem foi signi4icativa. (WANTUIL, 1980, p. 316), a4irma que em uma oportunidade Kardec dispensou a ele mimos que um avo dispensa a seu neto. Gabriel Delanne dedicou-‐lhe o livro “O FENOk MENO ESPIcRITA” com as seguintes palavras: “Al alma imortal de meu venerando mestre Allan Kardec eu dedico este livro, obra de um de seus mais obscuros, mas de seus mais sinceros admiradores”. Declarou abertamente que sua crença inabalavel era a Espırita, e dedicando-‐se desde cedo a pesquisa experimental, recebeu em determinado momento, uma comunicaçao com um teor profundo em relaçao a sua missao junto ao crescente movimento espırita, dizia a
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mensagem: “NADA TEMAS. TEM CONFIANÇA. JAMAIS SERÁS RICO DO PONTO DE VISTA MATERIAL. COISA ALGUMA, PORÉM, TE FALTARA NA VIDA”.
Delanne iniciou seus estudos no Colegio de Cluny, passando a seguir para o Colegio de Gray e sendo admitido, em 1876 na Escola Central de Artes e Manufaturas, que abandonou no ano seguinte. Henri Regnault (seu biografo) a4irma que o abandono dos estudos se deveu a situaçao 4inanceira da famılia de Gabriel, mas nao se tem informaçoes de que nao tenha concluıdo seu curso de Engenharia Eletrica, logo, e muito provavel que tenha retomado os estudos no ano seguinte, ate sua conclusao.
ALGUNS ACONTECIMENTOS NOTÁVEIS DURANTE SUA VIDA
Em 1880 nas comemoraç o es da desencarnaçao de Kardec, Delanne fez um discurso no seu tumulo no Pere Lachaise, onde expos, entre outras ideias, a posiçao de que Allan Kardec nao viera trazer nenhum culto, que ele adotara a moral crista e que havia ainda um campo inexplorado para estudos, que sao as relaçoes entre o mundo dos espıritos e o nosso.
Em 1882, juntamente com Leymarie participou da assembleia que fundou a Federaçao Espırita Francesa e Belga.
Em 1883 Delanne se envolveu em um debate publico com Guerin, onde o tema central era a encarnaçao de Jesus Cristo. A posiçao de Delanne era a de que Jesus nao possuıa nenhuma natureza especial, embora tivesse notaveis faculdades intelectuais e evolutivas, combatendo desta forma a dissidencia criada no Espiritismo por de Jean-‐Baptiste Roustaing. Delanne, o discípulo de Kardec, também combateu as ideias dissidentes com coragem e não recuou.
Ainda em meados 1883, episodio curioso ocorre, Delanne recebe da Sra. Elisabeth D”Esperance, medium cujas faculdades lhe dao notoriedade ate os dias de hoje, cerca de 5000 francos para editar um Jornal Espırita. Em circunstancias muito interessantes. (Paul Bodier e Henri Regnault -‐ Gabriel Delanne, sa Vie, son Apostolat, son Oeuvre pg 10 1937).
Em 1884 Surge o periodico bimestral “Le Spiritisme” onde Delanne assume o papel de redator geral, o seu primeiro volume foi publicado no mes de março. Lantier, editor, a4irma que Delanne era um redator criterioso e rejeitava art igos dos amigos que na o apresentassem os rigores exigidos pela ciencia.
Foi mais ou menos nesta epoca em que fora admitido como Engenheiro na Companhia de Ar Comprimido e Eletricidade Popp, onde trabalhou ate 1892. Tambem e possivelmente se deve a esta sua ocupaçao o fato de alguns autores se referirem a Gabriel Delanne como Engenheiro Eletrico.
Posteriormente Delanne trabalharia alguns anos como representante comercial, ate 1896 . Ap o s es ta data e le dedicou-‐se integralmente ao Espiritismo.
Em março de 1901, extinguiu-‐se a vida organica de seu Pai Alexandre Delanne, com a idade de 71 anos. No funeral, inicialmente enterrado no Cemite rio de Bagneux, e posteriormente transferido para Pere Lachaise, junto de sua esposa, reuniram-‐se seus numerosos amigos; foram pronunciados discursos pelo General Fix, Laurent de Faget, Duval, Camille Chaigneau e a Sra. Colin, 4iguras celeres de grande importancia para aquela famılia. Suportando com coragem e resignaçao essa cruel prova, Gabriel Delanne, ele mesmo doente, nao tinha podido usar da palavra. Com o coraçao arrebentado pela separaçao de seu querido pai, nao se entregou a dor da separaçao, que sabia ser temporaria. Publicou uma nota emocionante na sua revista, prestando as homenagens merecidas.
No ano de 1905 adotou uma menina com 7 meses, chamada Suzane Rabotin, que lhe dispensaria todos os carinhos e cuidados de uma 4 i l ha devo tada e agradec ida a te sua desencarnaçao, uma vez que Gabriel Delanne nunca se casou. No ano seguinte, uma piora signi4icativa na sua saude o obrigou a usar muletas de4initivamente.
Durante o perıodo de 1914 a 1917, perıodo da primeira grande guerra, suspendeu as publicaçoes da sua Revista.
Em 1919 Delanne aconselhou Jean Meyer a escolher o Dr. Gustave Geley como diretor do “Instituto Metapsıquico Internacional”, ano de sua fundaçao.
O Dr. Geley era igualmente um espırita e devemos, para celebrar sua memoria, lembra-‐lo aqui.
Em 1919 tambem ocorreu a fundaçao da nova Uniao Espırita Francesa, da qual Delanne foi seu primeiro presidente, tendo a seu lado o fundador Jean Meyer como vice-‐presidente.
Em 12 de Fevereiro de 1926, o seu estado de saude agravou-‐se subitamente com queixas de di4iculdades respirato rias. Em 14 de Fevereiro, estavam com ele os amigos Andry Bourgeois e Vauclaire.
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Conta sua 4ilha Suzane, que todos os dias, antes de dormir, Delanne orava, no entanto jamais pedindo para nao sofrer mais; apenas suplicava coragem necessaria para suportar, sem se lamentar, suas constantes dores. Cada noite, enumerava uma longa lista de seus parentes e amigos, pedindo para eles a ajuda de seus protetores invisıveis. Andry Bourgeois, discıpulo e amigo ıntimo, narra assim a ultima tarde vivida na Terra pelo nobre lutador espırita: -‐ “Achei – escrevia ele a Henri Regnault – nosso caro amigo muito debilitado, mas tendo conservado toda a clareza de sua viva inteligencia. Mal tınhamos começado a conversar sobre a saude dele e sobre a sua revista, que tinha sido a sua razao de viver, quando um homem desconhecido, ainda jovem (apenas 35 anos), pediu para ser recebido por Delanne. Ele aguardou somente 10 minutos, quando nosso mestre, com sua grande bondade, pediu-‐lhe que entrasse. Esse homem era um contramestre das Usinas Renault (Billancourt), com ideias mais do que socialistas, pregando a anarquia, o bolchevismo integral. Mas, disse ele, tinha uma parenta, uma prima, que escrevia de forma estranha sobre coisas que ignorava e vinha pedir a Gabriel Delanne a verdade sobre esse fato, saber se ela nao estaria louca. Delanne, embora sofrendo o martırio de todas as suas dores, teve a coragem, durante cerca de 2 horas e meia, de discutir com esse homem, com esse desconhecido bastante inteligente, e explicar-‐lhe o que era a mediunidade de sua prima e o fenomeno espırita da escrita direta. Acabou por convencer o homem de que nem tudo nesse mundo era materia e que todos nos temos uma alma imortal para evoluir. O homem por sua vez, se foi ainda abalado, dizendo que ia estudar a questao para depois po-‐la em debate com seus pares. Eis a ultima boa açao de Delanne. Pusemo-‐nos a mesa, para jantar, pelas 19 horas, Delanne, sua 4ilha, Vauclaire e eu. Delanne, muito cansado e sofrendo cada vez mais, nao comeu nada, mas pediu que comessemos, com sua gentileza costumeira. Eu estava penalizado e examinava-‐o com receio, por estar cada vez mais palido. Pelas 19:45 quis, arrastando-‐se, ir ao lado da sala de jantar. Apos dez minutos, ouvimos um grito e uma queda. Chegamos para levanta-‐lo e suas duas pernas acabavam de 4icar, de repente,
paralisadas. Ja nao podia sequer manter-‐se de pe; toda a vitalidade tinha abandonado os seus membros inferiores, que se arrastavam como dois farrapos, nos o colocamos na poltrona e, enquanto os outros haviam saıdo para trazer algo para reanima-‐lo, Delanne apalpou a cabeça, a fronte e, olhando-‐me, disse-‐me: ― Creio que e o 4im, e uma advertencia. ― Nao, respondi-‐lhe ― e um pequeno ataque, do qual ira recuperar-‐se. ― Sim, disse-‐me ele ― No alem. ― Lembre-‐se, meu caro amigo, que Delanne nao tem medo da morte. Colocamo-‐lo no leito. Saı a meia-‐noite para descansar, por insistencia da 4ilha e de Vauclaire, que deviam velar juntos, nosso caro mestre. Al s 2 horas (15 de fevereiro de 1926), Vauclaire saiu, deixando a jovem 4ilha a sos, com seu pai. Al s 4 horas, Delanne piorou, queixando-‐se com falta de ar, sua 4ilha foi buscar um medico, que lhe fez uma aplicaçao de cafeına para reanima-‐lo, dizendo-‐lhe que aquilo iria passar. ― Espero, respondeu Delanne ― nao quero entristecer ninguem.
Al s 7 horas, porem, pela ultima vez expirava, em Autenil, na Villa Montmorency, local este que Jean Meyer, ainda diretor da Revista Espırita, desejava que fossem passados os ultimos anos terrenos do valente pioneiro do Espiritismo, Gabriel Delanne. As cinzas de Delanne, foram postas no mausoleu da famılia, muito proximo ao de seu Mestre Kardec, junto a seu pai e sua mae.
FONTE BIBLIOGRÁFICA: Adaptado e redigido para a Revista de Ciencia Espırita, segundo e de acordo com diversas biogra4ias de diversos autores, em especial: sa Vie, son Apostolat, son Ouevre – Paul Gibier e Henri Regnault. Traduzida para o Portugues como: Gabriel Delanne, Vida, Apostolado e Obra, disponıvel para download gratuito em http://bvespirita.com
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VISÕES EM CASOS DE MORTEEXPERIÊNCIAS TÃO COMUNS QUE PARECEM PASSAR DESPERCEBIDAS
Por Sandro Fontana
Um fato tao comum, mas que parece passar despercebido por pesquisadores ao longo da historia, parece que volta a ganhar um amplo estudo. O leitor vai entender depois que eu escrever sobre um breve relato de um amigo.
Em meu trabalho cotidiano, comentando com colegas sobre as pesquisas espiritas, um deles veio ate mim para relatar um caso que ele presenciou e foi muito marcante em sua vida, tanto como ser humano como curioso dos fenomenos mediunicos. Por questoes eticas vou chama-‐lo de Sr. B.
Certa vez a noite, em pleno sono, Sr B acorda assustado, como se tivesse vivenciando um pesadelo. Ele acorda suado e ve, aos pes de sua cama, um compadre a que nao via a muito tempo. Ele a4irma ter visto nitidamente seu amigo e este ia começar a lhe dizer alguma coisa, mas foi interrompido pelo grito assustado do relator deste fato. Ele comentou: “Não pude me controlar, foi um susto muito grande porque acordei e já vi ele nos pés da minha cama”.
Apos o grito, a imagem de seu compadre desapareceu diante de seus olhos. Depois de alguns dias, veio a saber que seu amigo havia falecido e 4icou preocupado pois parecia que ele vinha lhe dizer algo, fato que nao pode ocorrer.
A historia poderia terminar aı, como muitas outras que ocorrem com certa similaridade, mas
um fato marcante trouxe a tona duas demonstraçoes sobre a genuinidade do caso. Esse amigo, por trabalhar como piloto de aviao, algum tempo depois, levaria a bordo de sua aeronave um dos mais notaveis mediuns de todos os tempos: Chico Xavier.
Sr B me relatou que, ao 4inalizar um de seus voos comuns, o medium pediu para entregar-‐lhe uma carta, lhe dizendo algo como: “Isso e para voce… O escrevente pediu para lhe entregar, espero que eu esteja certo”…
Na carta havia o relato de seu compadre, falando da fatıdica noite que foi lhe aparecer aos pes da cama, onde ele (na carta), pedia-‐lhe desculpas pelo ocorrido…
Eventos como este, de um medium aparecer como que por coincidencia, e lhe dar uma carta tempos apos uma apariçao nao e um fato comum, mas demonstrou que a visao nao fora uma mera alucinaçao. Vou mais longe, demonstra a verdadeira mediunidade de Chico Xavier frente as crıticas de muitos que fazem uma analise com fatores supostos de que Chico obtinha informaçoes de familiares ou de fontes diversas, alias, nao e por estudos ou provas que a imagem de Chico se fez mas sim nos detalhes e trabalhos do dia-‐a-‐dia e das experiencias pes soa i s das pes soas que t ive ram a oportunidade de ter contato com ele.
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Essa carta, segundo o autor, Chico nao escreveu no momento do voo, ate porque ha relatos de que o medium de Uberaba tinha verdadeiro pavor de voar, entao di4icilmente ele poderia entrar num transe mediunico naquele momento. Chico deve ter escrito a carta em momento anterior, qual? Nao sabemos ao certo, mas o fato tambem parece impor algo contra a hipotese PSI e SuperPSI para explicar tal fenomeno por meios normais, pois uma psicogra4ia desse tipo, involuntaria (nao invocada) teria que pressupor a previsao do piloto do voo e uma experiencia mediunica muito especı4ica para o caso, algo bem improvavel ate para as mentes mais ferteis.
O caso 4icou nisso, terminou como uma prova pessoal para o Sr B, mas para nos 4ica a pergunta:
Por que aparições como essa, em momentos de morte, ocorreram ao longo da história e continuam a ocorrer diariamente? Quem não conhece alguém que passou por algo similar ou presenciou por si mesmo?
O fato e que ainda nao se tem explicaçoes perfeitas para o real motivo, mas nao se podem negar os fatos de que existe, de alguma forma, algum ligaçao (ou desejo) de um espirito se comunicar com determinada pessoa no momento em que seu espirito passa a deixar seu corpo fısico.
Numa busca por respostas, alguns pesquisadores espiritas, vinculados ao site J o r n a l d e C i e n c i a E s p i r i t a ( h t t p : / /jornalcienciaespirita.org), estao iniciando um estudo piloto a4im de coletar relatos de pessoas comuns e analisar as respostas, formando um grande banco de dados com os relatos pessoais de como e em quais condiçoes ocorreram as apariçoes.
Ec muito provavel que essas apariçoes sejam mais comuns do que pensamos, mas ainda e necessario se obter muitas respostas, por exemplo, sera que tal fenomeno ocorre somente com mortes rapidas? Ou sera que ocorre de forma ampla, onde o espirito simplesmente surge independente da forma como o laço entre corpo e espirito se rompem?
Quanto mais se aprofunda, mais perguntas surgem e eles irao buscar as respostas, mas para que isso venha a ocorrer e importante uma
divulgaçao e participaçao das pessoas com os relatos.
Link para quem deseja participar da pesquisa: http://jornalcienciaespirita.org/fenomeno-‐de-‐aparicao-‐no-‐leito-‐de-‐morte-‐ou-‐pos-‐morte/
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O uso da agua 4luidi4icada, que contem as chamadas energias curativas, e usada em praticamente todos centros espiritas do Brasil, Kardecistas ou nao, e tambem por outras denominaçoes religiosas, como o catolicismo cuja denominaçao e “agua benta”. A agua e um solvente universal, que possui a propriedade de misturar e transportar uma gama enorme de substancias organicas necessarias aos seres vivos, como as vitaminas e sais minerais, assim como no transporte de substancias toxicas, como a ureia, para fora do organismo, pelo sistema excretor, a 4im de manter o equilıbrio dos sistemas vivos. Entretanto, para muitos, a agua tambem possui a capacidade de armazenar energias curativas, chamada de energia vital, prana, 4luido universal, etc, com propriedades ainda desconhecidas, mas que possui efeitos bene4icos na homeostase (equilıbrio) no corpo humano e tambem a varios outros sistemas vivos.
Essa a4irmaçao, todavia, nao e desprovida de evidencias cientı4icas, com experimentos realizados desde os tempos do perıodo chamado Magnético, em que se faziam muitas experiencias com hipnotismo e que antecedeu o advento do Espiritismo moderno de Allan Kardec, chamado de Período Espirítico, que deu origem a Ciencia Espırita. Naquele primeiro perıodo, no inicio e metade do seculo IXX, muitos dos chamados “magnetizadores”, alegavam poder impregnar a agua pura de propriedades curativas que
eram capazes de curar diversas enfermidades, organicas e psıquicas. Desde entao, surgiram os chamados curadores psıquicos, os quais possuıam a capacidade de exteriorizaçao de grande energia vital, segundo os criterios kardecistas. Essa energia possui caracterısticas curativas, e a agua seria um dos elementos, ou o maior elemento com a capacidade de retençao dessas energias. Mesmo antes de Allan Kardec, ja havia relatos de sensitivos videntes que eram capazes de “ver” essas energias retidas pela agua, que lhes apareciam `as vistas como altamente brilhantes, diferindo do recipiente contendo a agua que nao foi 4luidi4icada.
Aphonse Bouvier, famoso magent izador e hipnotizador do 4inal do seculo XIX e inıcio do seculo XX, realizou experiencias deste tipo que, embora nao tenha tido um controle cienti4ico signi4icante, nao deixou de serem interessantes. Muitas vezes, diz ele, “magnetizava” um copo com agua e outro nao, e todas as vezes, seus mediuns foram capazes de distinguir a agua 4luidi4icada pelo seu alto brilho [1]. Esses mediuns videntes nao eram apenas capazes de diferenciar os recipientes contendo essas aguas, como tambem eram capazes de ver as energias com essas propriedades curativas saindo das maos dos mediuns, em especial pelas pontas dos dedos. O famoso metapsiquista Coronel Albert de Rochas, no inicio do se culo XX, conseguiu alguma evide ncia da
PERIÓDICO DA EDIÇÃO ESTUDO TEÓRICO ABORDANDO O TEMA FLUIDIFICAÇÃO DA ÁGUA.
Trabalho Complementar com Informações sobre Fluidificação da Água
Felipe Fagundes
INSTITUTO DE PESQUISAS PSICOBIOFÍSICAS
REVISTA CIÊNCIA ESPÍRITA MAR/2016
RESUMO: O presente artigo faz um resumo de alguns pontos cruciais para melhor compreensão de alguns pontos relativos a fluidificação da água ao longo dos anos. O trabalho, indiretamente, gera um suporte ao artigo publicado na edição DEZ/2016 (desta mesma revista), trazendo comparativos resumidos sobre a temática frente a estudos mais recentes.
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conseguiu alguma evidencia da objetividade dessas energias, por meio experimentais [2].
Em meados do seculo XX, atraves da Kirliangra4ia, foi possıvel diversas vezes, em especial quando o magnetizador estava num estado alterado de consciencia (transe mediunico), fotografar uma especie de aura brilhante que saia das pontas de seus dedos em direçao a pessoa tratada, corroborando os trabalhos de De Rochas [3]. Todavia, como existiam varios aparelhos Kirlian que captavam diversas frequencias eletromagneticas, somado ao fato de que nao era sempre que o fenomeno era possıvel ser captado mesmo pelo aparelho “adequado”, muitos insucessos em fotografar esta exteriorizaçao energetica sutil pela mao humana foram relatadas, abrindo espaço para muitas duvidas e especulaçoes quanto a realidade do fenomeno.
Mas as evide ncias desta energia sutil com propriedades curativas e exteriorizavel atraves do corpo de certas pessoas (chamadas pelo espiritismo kardecista de mediuns passistas) nao e apenas demonstrada por aquelas experiencias de “visao” e pela fotogra4ia kirlian. Existem varias pesquisas publicadas, no perı odo contemporaneo, com demonstraçao positiva da açao curativa da agua “4luidi4icada” nos seres vivos em geral. Os mais interessantes foram os trabalhos feitos com animais e plantas, a 4im de excluir o efeito placebo (efeito bene4icio psicologico produzido pela sugestao de “estar sendo curado”). O mais famoso, foram os trabalhos do Dr. Bernard Grad, cientista da Universidade de Yale, nos Estados Unidos.
O Dr. Grad e sua equipe preparou varios recipientes com agua salgada, para o cultivo de plantulas de cevada. A agua salinizada, como se sabe, retarda a germinaçao e o desenvolvimentos das plantas. Com esses recipientes, uns foram destinados ao “tratamento psıquico”. Eles foram dados por um famoso medium de cura daquela epoca para que este segurasse os recipientes por alguns minutos, tentando in4luencia-‐los com sua energia. As sementes tratadas com agua salinizada sem a intervençao do medium, tiveram uma media de germinaçao e desenvolvimento de plantulas bem retardados, como de esperado, enquanto que as sementes tratadas pela agua salinizada e retida pelo medium, tiveram medias de germinaçao e desenvolvimento bem maiores, inclusive com maiores taxas de cloro4ila nas folhas (que signi4ica maior vitalidade e vigor de plantas). Este experimento foi repetido diversas vezes, com o mesmo resultado. Outra variaçao incomum imaginada por Bernard Grad consistiu em dar a agua para
pacientes psiquiatricos segurarem. Essa mesma agua foi depois usada para tratar as sementes de cevada. Por incrıvel que possa parecer, diz o cientista, a agua energizada por pacientes que estavam seriamente deprimidos produziu um efeito inverso ao da agua tratada pelo curandeiro: ela diminuiu a taxa de crescimento das plantinhas novas! [4] Existem, de fato, muitos trabalhos demonstrando a e4iciencia da cura psıquica, sem o uso da agua, isto e, diretamente pelo passe em homens [5] [6] [7], animais [8] [9] e plantas [10], assim como a propriedade de aumentar a taxa de crescimento de fungos [11] e outras celulas [12], mas como nosso foco e a agua “4luidi4icada”, deixaremos outros trabalhos de lado, porem com a ideia de que estes estudos corroboram a realidade das energias sutis com propriedades curativas. Nesse aspecto, a agua seria apenas um absorvente e veıculo dessas energias.
Na ediçao Passada da Revista Ciencia Espirita (dezembro de 2015), foi publicado uma interessante pesquisa feita pelo Doutor Geison Freire, em que ele usou uma medium vidente para tentar localizar visualmente, pelo brilho, as aguas que foram magnetizadas por um passista. Foram utilizadas 10 garrafas de agua pura, da mesma fonte (e lote), no experimento e a medium nao sabia quantas garrafas iriam ser magnetizadas. O ındice de acerto da medium foi de 80%, o que indica um bom resultado. Assim, ela foi capaz de diagnosticar visualmente, pelo brilho, as garrafas de agua que foram tratadas. Esses resultados corroboram (e replicam) os antigos magnetizadores que 4izeram essas experiencias, indicando que a agua 4luidi4icada, alem de ter propriedades curativas, emite tambem um brilho caracterıstico. Entretanto, coletando estas amostras de aguas 4luidi4icadas, atraves de um experimento piloto realizado pelo pesquisador Sandro Fontana, nao foi possıvel detectar esse brilho caracterıstico utilizando uma maquina Kirlian, pelo menos numa primeira sessao de experimento e, utilizando-‐se um unico medium magnetizador. “São necessários mais experimentos para termos certeza, tanto referente ao médium quanto a real possibilidade do equipamento captar isso nas amostras de água”, diz ele e acrescenta: “Precisamos mais testes com médiuns videntes e com máquinas kirlian (bioeletrograVia), utilizando vários médiuns para VluidiVicar a água, para podermos averiguar a realidade da diferenciação Vísica das amostras tratadas através do passe magnético”. Todavia, ja existem evidencias consideraveis relacionando diretamente as propriedades curativas da agua “4luidi4icada” com o aumento de seu brilho, visıveis por mediuns videntes e por certas frequencias utilizadas nas maquinas kirlian.
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Bibliografia
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INTRODUÇÃO
Na noite de sexta-‐feira, 11 de fevereiro de 1983, Jacqueline Poole, 25 anos, uma assistente de loja e garçonete em meio expediente, foi assassinada em seu apartamento no suburbio Ruislip a oeste de Londres. O primeiro agente da polıcia no local foi o detetive Tony Batters, que chegou no domingo, dia 13, onde permaneceu por cinco horas, fazendo anotaçoes detalhadas sobre a cena do crime e a vıtima. Um ou dois dias mais tarde, Batters e outro detetive, o Det. Con. Andrew Smith (cada um deles leu e aprovou um esboço deste artigo; ver suas declaraçoes inclusas ao 4inal) foram avisados para visitar Christine Holohan, uma irlandesa de vinte e poucos anos que trabalhava meio perıodo na RAF em Northolt enquanto treinava para tornar-‐se uma medium pro4issional, o que agora ja faz ha 16 anos ou mais. Ela chamou a polıcia para dizer que tinha algumas informaçoes sobre o assassinato. Ate entao, a polıcia pedira que qualquer pessoa que tivesse conhecido Poole entrasse em contato. Uma das pessoas que agiu assim foi um jovem chamado Anthony Ruark, que, apesar de ter antecedentes criminais (mas nenhum historico de violencia), inicialmente nao foi tratado como o suspeito principal.
Holohan, no entanto, nao conhecera Poole, ao menos nao enquanto estava viva. Logo que os agentes da polıcia chegaram a sua casa em Ruislip Gardens (a cerca de 5 quilometros do apartamento de Poole, nao “menos do que 10 minutos a pe”, como mencionado no Psychic News), anunciou que tem tido ‘experiencias psıquicas’ desde sua infancia na Irlanda, e tinha tido outra deste tipo na segunda-‐feira a noite — o dia seguinte a descoberta do corpo de Poole. Como ela descreveu numa entrevista ao programa da televisao irlandes (RTE) The Late Late Show (23 de novembro de 2001), do qual nos obtivemos uma copia, ela foi dormir por volta da meia-‐noite, depois de ter tido “uma sensaçao muito ruim” durante todo o 4im de semana seguinte ao assassinato, e tendo “sentido frio” quando 4icou sabendo do ocorrido na segunda-‐feira numa loja local.
Naquela noite, ela continuou, ela tentava dormir quando “de repente eu tive um sentimento forte de uma presença, como se alguem estivesse no meu quarto, e eu senti que alguem puxava o meu pijama. Entao pensei, vamos ver o que esta ocorrendo aqui, e me arrisquei e disse “Jacqui, e voce?” e as luzes foram ligadas e desligadas” [1]. Ela entao teve uma visao de uma mulher que informou seu nome,
RELATÓRIO DE PESQUISA
POSSIVELMENTE UM CASO ÚNICO DE RESOLUÇÃO
DE UM CRIME POR UM PSÍQUICO por Guy Lyon Playfair e Montague Keen
Resumo
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“Medium pega assassino e prova vida apos a morte” foi a manchete memoravel da ediçao de 27 de outubro de 2001 do Psychic News, referindo-‐se a um entao recente caso que emergiu em que uma jovem mulher chamada Christine Holohan forneceu a polıcia uma serie de informaçoes exatas, detalhadas e especı4icas sobre um assassinato alguns dias depois de ocorrido, recebidas ostensiva e diretamente da vıtima morta. Um registro mais detalhado do caso foi dado por um dos detetives envolvidos no inquerito do assassinato no Journal of the Police Federation (Batters, 2001). Com a plena cooperaçao dele e de Holohan, nos examinamos o caso cuidadosamente e concluımos que no mınimo se poderia dizer que “Medium fornece informaçoes-‐chave que ajudam a levar a condenaçao de um assassino e e altamente sugestivo da sobrevivencia de um desencarnado”.
PEER REVIEW Aprovado Aprovado
[1] Holohan nos garantiu que ela não se lembra de alguma vez ter encontrado ou mesmo ouvido sobre Poole ou quaisquer de seus amigos, nem mesmo seu assassino. Os detetives entrevistaram todos os conhecidos de Poole, e Holohan não estava entre eles. Seu nome sequer constava na lista telefônica de Poole.
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nao como sendo Jacqui Poole, mas sim como Jacqui Hunt. Este na verdade era o nome de solteira de Poole, que nao tinha se tornado publico ate entao. A apariçao con4irmou que ela era de fato a vıtima, e que queria que Holohan a ajudasse a receber a justiça merecida, ao que Holohan respondeu que ela nao podia ir a polıcia a menos que tivesse alguma evidencia concreta para eles. Alem disso, disse, pensariam que ela tinha lido sobre o caso nos jornais ou que ouviu os detalhes de amigos. “Jacqui”, no entanto, “somente foi embora” depois de dizer algumas coisas sobre o assassino “que eu nao posso repetir no ar”. Na noite seguinte ela voltaria outra vez, desta vez com uma grande quantidade de detalhes sobre a cena de crime, entao Holohan decidiu chamar a polıcia. Numa entrevista conosco registrada em 4ita em 30 de outubro de 2002, ela forneceu mais detalhes de sua visao, que ela se lembrava nitidamente depois de quase vinte anos e que claramente causara uma forte impressao nela. Ela realmente nao vira Poole enquanto encarnada, mas lembrava “o contorno branco de uma pessoa” e uma “energia de luz branca”, junto com “uma voz bem de4inida” em seu ouvido. Ela con4irmou que primeiramente tinha estado ciente de uma “presença” inesperada antes de ter ouvido sobre o assassinato. Ela nao conseguiu descrever isso em mais detalhes.
Numa entrevista gravada conosco em sua casa em 6 de outubro de 2002, Tony Batters contou-‐nos como se sentiu quando Holohan começou a falar sobre anjos e espıritos:
Eu era completamente cético naquela época e não desejava continuar a entrevista, mas por educação nós nos sentamos em um sofá e ela começou a dizer coisas que imediatamente me espantaram. Anotei-‐as; pouco tempo depois ela entrou no que eu descreveria como um transe, embora eu não seja familiar com um transe, mas as suas pálpebras piscaram, depois se fecharam e ela falou, numa voz normal, uma série de sentenças muito curtas, e eu produzi uma cópia textual das notas originais do encontro que eu ainda possuo.
Batters mostrou-‐nos suas notas originais (ver Figura 1) e nos deu copias de sua transcriçao das 131 declaraçoes separadas (ver Apendice para detalhes). Holohan disse que Poole supostamente teria ido trabalhar na noite do assassinato, dois homens tendo ligado para ela, mas ela decidiu nao ir pois nao estava se sentindo bem. Ela entao recebeu uma visita de um homem que ela conhecia, um amigo de um amigo que ela nunca tinha gostado. Ela o deixou entrar, pensando que ele podia ter uma mensagem de seu namorado, que estava em detençao e a quem tinha visitado duas semanas antes. Holohan forneceu uma boa descriçao da aparencia do homem e disse que ele era um homem a quem a polıcia ja tinha visto. Ele tinha um apelido incomum.
Ela descreveu o apartamento de Poole exatamente como Batters o vira pela primeira vez, anotando detalhes tais como as duas xıcaras de cafe na cozinha, uma que tinha
sido lavada enquanto a outra ainda tinha algum cafe, um caderno de endereços preto, uma carta e uma receita. Ela descreveu o ataque, a luta e assassinato em detalhes consideraveis, dizendo que tinha começado no banheiro e que Poole foi entao arrastada para o sofa, onde o seu corpo foi achado. Observou que so dois dos muitos aneis de Poole permaneceram em seus dedos. Quando o assassino fosse apanhado, disse, seus amigos 4icariam surpresos, pois nao acreditariam que ele seria capaz de cometer tal crime.
Figura 1. Primeira página das notas de Batters feitas durante sua entrevista de 1983 com Christine Holohan. Ele acrescentou as linhas em letras maiúsculas logo em seguida para o beneVício do datilógrafo da polícia. (Cortesia de Tony Batters)
Holohan mencionou cinco nomes alem do de Jacqui Hunt: Betty, Sylvia, Terry (a quem ela mencionou seis vezes), Barbara Stone, e Tony. Ela tambem mencionou “alguem vivendo num apartamento sobre uma banca de jornal” e 4inalmente nomeou o assassino, como descrito abaixo. Terry era o nome de um dos irmaos de Poole, de quem ela era especialmente proxima. O nome de sua mae era Betty e a mae do namorado se chamava Sylvia. A melhor amiga de Poole, Gloria, vivia em um apartamento acima de um vendedor de jornais. Ec interessante notar que enquanto Batters esteve no apartamento de Poole, depois de descobrir o corpo, ele atendeu ao telefone tres vezes.
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As pessoas que ligaram tinham sido Betty, Sylvia e Gloria. Quanto a Barbara Stone, o nome nao dizia nada na epoca aos detetives e nao surgiu durante as investigaçoes. So em 2001 ela foi identi4icada como sendo uma amiga ıntima de Poole. Holohan ainda tinha mais a oferecer. Ela disse que nao conseguiu entender direito o apelido do assassino, mas que tentaria recebe-‐lo pela escrita automatica, que ela usava com exito com seus clientes. Os detetives perguntaram se ‘Jacqui’ tambem podia dar-‐lhes alguns indıcios sobre as joias roubadas. Holohan entao fez alguns rabiscos e marcas numa folha de seu bloco de notas, e escreveu o numero 221, uma palavra ilegıvel, e as palavras ‘Ickeham’ [sic], ‘jardim’ e ‘Pokie’ (ver Figura 2). A importancia do numero e as primeiras duas palavras sao discutidas abaixo. Pokie foi imediatamente reconhecido por um dos detetives como o apelido um tanto incomum de Anthony Ruark, que tambem era conhecido como Tony.
Em retrospecto, o leitor pode pensar que os detetives deveriam ter prontamente detido Ruark e acusa-‐lo de assassinato. Ele foi de fato detido e interrogado por algum tempo, mas teve que ser liberado por falta de evidencias. De acordo com Batters, ele nao era um suspeito importante (dos quais havia aproximadamente trinta na epoca), pois ele nao tinha nenhum registro de violencia, mas ele ja tinha sido entrevistado pela polıcia depois que voluntariamente se apresentou com sua namorada como um conhecido de Poole. A evidencia do tipo fornecida por Holohan elevou-‐se a nao mais que um rumor, embora intrigante, e nao teria sido aceita em qualquer corte. Muito do que ela disse nao havia ainda sido veri4icado nessa etapa ou nao parecia relevante para a investigaçao. Alem disso, Holohan fez suas declaraçoes sem nenhuma ordem particular e elas soaram menos evidentes na epoca em que foram feitas do que quando Batters organizou-‐as mais tarde em grupos como descritos no Apendice. Numa etapa inicial da entrevista, os o4iciais tambem suspeitaram que Holohan pudesse ter obtido suas informaçoes por meios normais, talvez por pessoas que a estivessem usando como uma forma de transmitir informaçoes, verdadeiras ou falsas, a polıcia. Devemos realçar que nao surgiu nenhuma evidencia de que este fosse o caso. Holohan entao produziu o que foi, para os detetives, a melhor demonstraçao de suas capacidades. Batters a descreveu para nos da seguinte forma:
Estávamos sondando — “Onde conseguiu esta informação? Certamente você falou com os parentes? Você conhece alguém no grupo de assassinos possíveis?” E ela disse: “Veja bem, com base nessas perguntas eu acho que você não acredita em mim. Eu gostaria de fazer algo, e Jacqui está me dizendo para fazer isto, então se algum de vocês me der algo que seja pessoal a vocês, eu tentarei mostrar algo”. Agora, o que ela fez em seguida não me dizia muito até que saímos da porta principal, quando Andy [Smith] Vicou pálido e literalmente tremendo. Aquilo teve um impacto enorme nele.
O que Holohan fez, de acordo tanto com ela quanto com Batters, foi segurar o molho de chaves de Smith e fazer tres declaraçoes especı4icas muito claras. Ela disse que ele tinha recebido recentemente uma carta sobre um trabalho eletrico essencial, como ele de fato recebeu, de uma Building Society dizendo-‐lhe que fazer uma nova instalaçao eletrica na casa que esperava comprar, caso quisesse uma hipoteca. Ela disse que ele estava prestes a ser transferido para outro departamento, o que ele achou muito improvavel — ate que ele foi informado de sua t ransfere nc ia pendente somente d ias depois . Primeiramente, no entanto, ela fez uma observaçao que deve ter sido espantosamente exata. Batters contou-‐nos que “ate o dia da minha morte eu nao posso expor o que ela disse. Foi bastante extraordinario, com detalhes”. Holohan descreveu Smith como “chocado”. Apos a entrevista, a polıcia decidiu investigar Ruark mais a fundo, e ele foi interrogado demoradamente pelo chefe da polıcia no departamento de Ruislip, o Detetive-‐Superintendente Tony Lundy (agora aposentado e que, fomos informados, nao estava disponıvel para entrevistas), que tinha orgulho do fato de nunca ter falhado em conseguir uma condenaçao num caso de assassinato. Outra vez Ruark teve que ser liberado por falta de evidencia, e por 18 anos o caso de Poole permaneceu nao resolvido.
Figura 2. Página do bloco de notas de Christine Holohan, no qual, a pedido dos detetives, ela escreveu o apelido do homem mais tarde condenado por assassinato, e que pode ser uma referência para o esconderijo das joias roubadas. (Cortesia de Christine Holohan)
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O CASO É REABERTO
Como parte de suas pesquisas de rotina em 1983, os detetives do Esquadrao de Assassinato retiraram um pulover pertencente a Ruark de uma sacola de lixo que o Superintendente mandou ser armazenado como possıvel evidencia junto a outros itens de casos ‘frios’ ou nao resolvidos. Em 2000 o caso 4inalmente foi resolvido—nao por uma voz do mundo dos espıritos, mas graças aos avanços recentes em LCN (Low Copy Number) [Baixo Numero de Copia] da tecnologia do DNA, em que combinaçoes podem ser feitas entre as minusculas amostras. O caso foi reaberto em 2000 porque um informante nomeou alguem (nao Ruark) como o assassino. Um tecnico de laboratorio entao examinou alguns itens incluindo o pulover de Ruark usando a nova tecnologia de LCN-‐DNA, e como Batters (2001) lembrou:
Os resultados foram completamente conclusivos, identiVicando numerosas trocas de Vluidos corpóreos, células de pele e Vibras das roupas entre a vítima e o seu assassino, Pokie Ruark. As possibilidades de erro foram citadas na corte como menos de uma em um bilhão.
Havia 46 combinaçoes, e em 2002 Batters nos deu detalhes adicionais que indicam a minucia com que os peritos criminais tinham feito seu trabalho em 1983, mais de uma decada antes da tecnologia de LCN tornar-‐se disponıvel para eles. (A seu pedido, nos omitimos todo material aqui concernente ao assassinato real em consideraçao aos muitos parentes e amigos vivos de Jacqueline Poole).
Ruark foi detido, preso pelo assassinato de Poole, e condenado em Old Bailey em agosto de 2001, tendo pego prisao perpetua. O veredito do juri foi unanime. De acordo com The Times (25 de agosto de 2001), a condenaçao foi obtida “como o resultado de avanços na ciencia forense”[2]. Embora nenhuma mençao tivesse sido feita no julgamento a contribuiçao de Holohan no caso, Batters nos disse em 2002 que “sem a informaçao de Christine, nos talvez tivessemos falhado em obter a evidencia mais conclusiva” [ex.: o pulover]. Ele tambem nos informou que foi apenas em 2001 que soube (do irmao de Poole, Terry) quem era Barbara Stone. Ela era a melhor amiga de Poole, morta em um acidente na estrada 2 anos antes da morte de Poole.
Holohan fez uma ou duas declaraçoes nao-‐especı4icas tais como “eles sabiam onde estavam” e “olhando pela soleira da janela”; mencionou meia duzia de detalhes que podiam ser lidos na imprensa local; fez algumas declaraçoes mais de uma vez (o que torna uma contagem exata difıcil), e cometeu apenas um erro direto ao dizer que o assassinato acontecera no sabado em vez de na sexta-‐feira. Naturalmente, e impossıvel dizer quantas de suas
declaraçoes nao veri4icaveis eram verdadeiras ou falsas, mas nenhuma era inconsistente com os fatos determinados. No total, no entanto, seu ındice de exito foi notavel e, acreditamos, nunca visto. Batters (2001) calcula que “das cerca de 130 declaraçoes especı4icas que Christine fez, mais de 120 agora parecem ter sido provadas como sendo completamente corretas”. Nao sabemos de nenhum outro caso remotamente comparavel a este em termos de evidencia veri4icada exata, e se pudessemos expor os itens con4idenciais, o caso em favor da alegaçao de Holohan de que a sua informaçao veio diretamente da Poole morta 4icaria ainda mais forte.
O ESCONDERIJO?
Depois do julgamento, Batters decidiu por si proprio examinar os nomes e numerar o que Holohan escrevera na pagina de seu bloco de notas que felizmente ele tinha mantido, junto com as proprias notas, e armazenado em seu sotao. As palavras que ainda o confundiam eram 'jardim' e 'Ickeham' (claramente um erro de ortogra4ia de Ickenham, o suburbio entre Uxbridge, onde Ruark viveu, e Ruislip), e sua relaçao, se houvesse, com o numero 221. Dois jardins, o de Poole e um proximo ao apartamento de Ruark, foram revirados pela polıcia, e Batters perguntou-‐se se as joias poderiam ter sido escondidas em outro jardim. Ruark nao teria levado os itens roubados ao seu receptor costumeiro, que conhecia Poole e poderia muito bem te-‐los reconhecidos, e pela mesma razao ele tambem nao os teria levado para casa, onde se sabe que ele esteve logo depois do assassinato, porque a sua namorada tambem conhecia Poole. O cenario mais provavel seria te-‐los escondidos em algum lugar entre o apartamento de Poole e o seu.
Olhando um mapa do local, Batters traçou a rota que Ruark alegou ter feito para chegar a casa (ele admitiu em seu julgamento ter visitado Poole na noite do assassinato) e notou que so uma estrada ou rua, a Estrada de Swakeleys, tinha um numero 221 — ou melhor, tinha um numero 219 e alguns numeros mais altos, mas onde devia ser 221 era um espaço aberto usado como um jardim publico facilmente acessıvel da estrada. Batters nos disse o que ele pensou e fez quando foi ao local:
Se eu fosse um ladrao, onde eu esconderia as coisas? Aqui ha folhagens e arvores ao lado da 219, vou e olho no matagal, e ha pedras protuberantes. Eu limpo o caminho e retiro as pedras, e ha um buraco de aproximadamente 15 centımetros de largura e 18 centımetros de profundidade, mas esta vazio. Isto e totalmente inconclusivo, mas acredito, sim, que esse teria sido o lugar ideal para esconder o material no caminho [de casa]. Eu pensaria, tendo percorrido a rota, que seria o primeiro ponto comunalmente acessıvel onde poderia faze-‐lo sem ser notado, porque nao pode ser visto de nenhuma das casas.
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[2] Batters nos disse em julho de 2003 que “sem as informações de Christine, nós não teríamos (a) recuperado o pulôver; (b) entrevistado e ouvido as declarações de todo mundo com quem Ruark veio a entrar em contato depois [da noite do assassinato] e (c) checado e verificado todos os seus movimentos durante a quinzena prévia. Estes três elementos foram vitais para combater as potenciais (e reais) defesas, que eu acredito teriam levantado dúvida suficiente para levar a um veredicto de “inocente”. Assim consideramos inegável que Holohan exerceu um papel significativo, embora anônimo, na condenação de Ruark.
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Naturalmente, e possıvel que o buraco tenha sido feito depois de 1983, talvez por crianças brincando, porem e preciso dizer que e muita coincidencia encontrar um esconderijo ideal para um punhado de aneis e braceletes para o que pode bem ter sido o jardim do no 221 na unica estrada do local com aqueles varios numeros de casas.
PRECEDENTES
“Excetuando-‐se as fabricaçoes e confabulaçoes criadas por psıquicos e seus biografos, distorçoes da mıdia, e casos de fraude total, permanece um numero consideravel de casos documentados em que detetives psıquicos conseguiram e x i t o s i m p r e s s i o n a n t e s a p a r e n t e m e n t e inexplicaveis” (Lyons & Truzzi, 1991, p. 155). Esta foi a conclusao dos autores de um estudo detalhado e altamente crıtico de detecçao psıquica. No entanto, nao e sempre certo que tais exitos sejam devido ao exercıcio de qualquer sentido psi, embora possa ser o caso da ‘intuiçao’ as vezes (talvez sempre?) ter um componente psi. Por exemplo, num caso de 1977 muito divulgado em Chicago, Allan Showery foi condenado pelo assassinato de uma mulher 4ilipina chamada Teresita Basa apos a alegaçao feita por outra mulher 4ilipina, Remibias Chua, de que ela tinha se comunicado com o espırito de Basa em sua lıngua nativa, o Tagalog, e foi-‐lhe dito sobre o roubo de um anel alem do assassinato. Confrontado com esta evidencia, Showery (que ja havia sido entrevistado pela polıcia) confessou e o anel foi recuperado. Lyons e Truzzi (1991, pp. 59, 245-‐6) notam que como Chua conhecera tanto Basa e Showery, ela pode ter suspeitado que o ultimo era culpado e compos sua historia mediunica para incrimina-‐lo. (Nao esta claro, no entanto, como ela poderia ter sabido sobre o anel).
Um caso mais contundente e descrito pela medium Dixie Yeterian (1984, pp. 49-‐56). Ela recebeu a visita pela manha de um jovem que lhe pediu ajuda para achar seu pai perdido e deixou alguns dos pertences do pai com ela para que ela 4izesse uma leitura psicometrica. Yeterian imediatamente ‘viu’ que o homem na realidade havia assassinado seu pai, e imediatamente chamou a polıcia. Detiveram o homem e conseguiram uma con4issao e uma condenaçao. O detetive encarregado contou a Lyons e Truzzi (1991, p. 2) que se tratava de um ‘caso fora do comum’ e admitiu que tinha trabalhado com Dixie anteriormente. Um detalhe interessante do registro de Yeterian e sua experiencia do que ela chama de uma ‘divisao psıquica’ em que “as vezes eu via a situaçao do ponto de vista do 4ilho, e em outras vezes eu captava as percepçoes do homem assassinado” (Yeterian, 1984, p. 52). Holohan parece ter experimentado uma “divisao” semelhante, no seu caso em tres partes — Bratters, Poole e Ruark.
Por mais impressionantes que estes casos pareçam ser, em cada um deles a medium conhecia ou ao menos tinha encontrado o assassino e poderia ter colhido pistas importantes por meios normais, tais como leitura da linguagem corporal ou anotando observaçoes ou comportamentos suspeitos. Um caso em que isto nao pode
se aplicar e o do assassinato do autor e parapsicologo D. Scott Rogo em 1990, em que um grupo de mediuns encabeçados pela amiga de Rogo, Betty Bandy forneceu a polıcia de Los Angeles informaçoes exatas que, embora nao reabrissem o caso, “certamente o teriam feito, nao estivesse o novo exame ja a caminho”, de acordo com o detetive encarregado (Smith, 1992).
Lyons e Truzzi (1991) e Bardens (1965, cap. 4) citam varios outros casos em que mediuns deram demonstraçoes impressionantes de clarividencia e produziram evidencia que foi util para a polıcia. Tais relatorios datam de varios seculos passados, embora em sua pesquisa erudita de “Ghosts Before the Law”, Lang (1894, pp. 248-‐273) pode citar so um caso remotamente comparavel ao de Poole. Este caso aconteceu em 1631 e foi resumido em detalhes por Surtees (1816-‐1840, II, 146-‐149), e envolveu um moleiro chamado James Graham que alegou que o espırito plenamente materializado de uma vıtima local de assassinato chamada Anne Walker tinha lhe aparecido dando plenos detalhes de sua morte e da localizaçao do seu corpo, e nomeou seus dois assassinos. Estes foram devidamente presos, apos a descoberta do corpo no lugar indicado por Graham, embora nao houvesse outra evidencia contra eles ou a favor da visao de Graham. Ha suspeitas de que Graham tivesse cometido o assassinato e criado esta historia fantastica, o que seria totalmente inveri4icavel e nao nos soa muito verdadeiro, embora observemos que enquanto Graham aparentemente nao tinha nenhum motivo para cometer o assassinato, um dos homens presos supostamente tinha um motivo muito forte.
Depois de uma investigaça o cuidadosa do caso amplamente publicado do seculo XIX da suposta identi4icaçao do assassino serial conhecido como Jack Estripador feita pelo medium Robert Lees, West (1949) avaliou a alegaçao como “nao apoiada pelos fatos conhecidos”. Voltando ao presente, Ahsan (2003) descreve sua investigaçao no uso de psıquicos pelos pela polıcia britanica e irlandesa, e cita uma declaraçao de um Inspetor Detetive da Irlanda em que uma medium chamada Diane Lloyd Hughes foi usada para ajudar num caso de assassinato de 1999 na Irlanda e “era capaz de esboçar os detalhes do assassino, descriçao, etc., e seu auxılio aumentou grandemente nossa investigaçao. Espero trabalhar com ela no futuro”. Um testemunho um tanto mais signi4icativo foi apresentado em um videoclipe durante o programa The Ultimate Psychic Challenge no Canal 4 em 23 de agosto de 2003, quando varios o4iciais da Polıcia da Filadel4ia elogiaram o papel que um medium do Reino Unido, Keith Charles, desempenhara para ajudar a localizar pessoas ou objetos desaparecidos. Suspeitamos que a colaboraçao de mediuns e da polıcia poderia ser maior do que a ultima esta geralmente disposta a admitir, e pode mesmo aumentar em consequencia do caso de Poole. Batters nos contou que ele nao recebeu nenhuma das ‘crıticas’ esperadas apos a publicaçao do seu artigo de 2001, e que muitas das reaçoes de seus colegas foram bastante favoraveis.
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Quanto a Holohan, que agora vive na Irlanda e trabalha como uma medium pro4issional, ela nos disse que nunca teve uma experiencia semelhante ao seu suposto encontro com Poole, embora Batters (2003) tenha declarado que num caso recente “ela deu informaçoes muito pertinentes para a polıcia sobre a localizaçao do corpo de uma vıtima de assassinato, veri4icadas quando [o corpo foi] achado em Hampshire, em setembro de 2001”. Depois de uma breve sessao privada seguindo nossa entrevista com ela em outubro de 2002, a esposa de um de nos (Keen) pode testi4icar que Holohan espontaneamente deu-‐lhe informaçoes especı4icas e muito impressionantes sobre uma questao bastante privada da famılia alem do conhecimento normal de Holohan.
DISCUSSÃO
Tendo em mente a maxima de que qualquer fenomeno psi que pareça ser unico e suspeito ate que seja provado verdadeiro, nos agora examinaremos os meios em que a informaçao produzida por Holohan poderia ter sido obtida por outra fonte alem da Poole desencarnada. Estas podem ser quaisquer fontes normais ou paranormais que nao envolvam a comunicaçao de espıritos. Explicaçoes normais parecem muito difıceis de serem encontradas em vista da ausencia de qualquer indicaçao de que Holohan conhecesse alguem ligado ao caso ou que tivesse aprendido algo sobre ele pelos meios de comunicaçao locais que pudesse explicar algo alem de talvez meia duzia das declaraçoes listadas no Apendice, e absolutamente nenhuma daquelas que nos retivemos.
Batters se lembra de que ele e dois colegas examinaram cada jornal nacional e local disponıvel durante varios dias depois do assassinato, achando so dois ou tres artigos muito curtos (ex.: na Uxbridge News [Notıcia de Uxbridge] e no Ruislip Echo [Eco de Ruislip] de 18 de fevereiro e um comprido do Uxbridge Gazette [Gazeta de Uxbridge] de 17 de fevereiro), todos os quais nos vimos. Pode ser dito quase com certeza que tudo o que Holohan poderia ter aprendido dos meios de comunicaçao era o nome de Poole (mas nao o seu nome de solteira), endereço, causa de morte e perda das joias; que nao tinha havido nenhum sinal de entrada forçada e que Poole havia se separado de seu marido sete meses antes.
Uma possıvel explicaçao paranormal e que ela leu a mente de Batters, como ele proprio suspeitou inicialmente, ja que, como ele nos disse, muito do que Holohan lhe descreveu era exatamente como ele tinha visto. Isso incluiu detalhes tais como as duas xıcaras de cafe na cozinha das quais so uma tinha sido lavada, a pilha de jornais nao lidos, o envelope e a carta, e os dois aneis que permaneceram nos dedos da vıtima, alem de uma descriçao exata da posiçao do corpo, roupas e ferimentos. Esta explicaçao tambem pode ser rejeitada pela simples razao de que Holohan tambem forneceu informaçao que nem ela nem Batters poderiam ter sabido a epoca, notavelmente a descriçao do
assassino (para nao mencionar seu apelido incomum), suas atividades anteriores e a reaçao dos seus amigos a pergunta se ele era capaz de violencia. De fato, como Batters repetidamente nos disse, a unica possıvel fonte para toda a informaçao e Jacqueline Poole. A hipotese de telepatia tem que explicar o fato de que Holohan lia tres mentes, a de Batters, a de Ruark e a da Poole morta, e obtinha informaçoes (p.ex. a referencia a Barbara Stone) que na o eram conhecidas por nenhuma pessoa diretamente relacionada ao caso por dezoito anos. Consideramos que este caso adiciona peso consideravel as escalas de credibilidade de psi normal ou de super-‐psi contra a sobrevivencia e comunicaçao de desencarnados no lado do ultimo. Como Gauld (1977, p. 589) observa numa discussao sobre comunicadores ‘esporadicos’ ou comunicadores nao conhecidos por seus contactantes:
É óbvio que os casos de comunicações veriVicadas de comunicadores inesperados rejeitam a teoria de telepatia dos consulentes. Se, além disso, a informação correta comunicada não poderia ter sido adquirida telepática nem clarividentemente por qualquer fonte isolada e sim montada a parir de uma diversidade de fontes, até mesmo a teoria de super-‐PES torna-‐se algo forçado.
O que precisa ser explicado pelos proponentes de super-‐PES ou da hipotese de super-‐psi e, Gauld adiciona, a questao de como o medium seleciona da massa in4inita de material teoricamente disponıvel somente esses itens que tem ligaçao com o comunicador esporadico em questao. Alem disso, podemos adicionar, Holohan nao forneceu qualquer informaçao especı4ica que eventualmente nao fosse descoberta como sendo relevante, direta ou indiretamente, ao assassinato de Poole; ela nao deu qualquer informaçao incorreta a exceçao do dia do assassinato, e nao mencionou quaisquer outros nomes alem dos aqui listados, sendo que todos foram identi4icados como ligados intimamente a vıtima. O argumento mais forte contra uma explicaçao de super-‐psi e a favor de uma hipotese de sobrevivencia seguramente deve ser que uma grande quantidade de informaçao dada por Holohan so poderia ter vindo de uma pessoa que, na epoca da comunicaçao, estava sem duvida morta.
CONCLUSA,O
Crıticas comuns de casos de resoluçoes de crimes por psıquicos sao que eles sao auto-‐relatados, as vezes muito tempo depois do acontecimento; eles na o sa o corroborados pela polıcia; a evidencia e selecionada para focar nos acertos (ou suposiçoes afortunadas) enquanto suprimem numerosos erros; e que ocorrem “forçaçoes de barra” ou declaraçoes gerais que podem se aplicar a qualquer coisa. (“Estou vendo agua” ou “a letra A e signi4icativa?”). Wiseman, West e Stemman (1996) revisam alguns casos em que estas crıticas parecem justi4icadas. Detetives psıquicos tambem podem estar completamente
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errados. Batters (2001) lembrou que “durante o curso da investigaçao [de Poole], nos recebemos varias chamadas das pessoas oferecendo seus serviços como psıquicas, mas o que diziam nao passava de disparates”.
Foi sugerido que alguma informaçao pode ter sido obtida atraves de parentes de Poole ou amigos. Mas nos nao estamos cientes de qualquer evidencia de quaisquer dos amigos ou parentes de Poole de que eles conhecessem Holohan. Alem do mais, a unica pessoa fora os funcionarios da polıcia que teve permissao para entrar no apartamento desde o ocorrido foi o pai do namorado de Poole, que entrou pela janela do saguao para identi4icar o corpo, permanecendo por apenas alguns segundos. Ele nao tinha nenhum meio de saber que o corpo estava ferido, quais as mudanças de roupa realizadas, como eram a cozinha ou o banheiro — sendo estes alguns dos detalhes informados pela medium. Nem foi permitido que qualquer membro da famılia entrasse no apartamento. O primeiro a entrar foi o ex-‐marido de Poole uma semana mais tarde, bem depois do chamado de Holohan a polıcia e da subsequente entrevista. Ainda que — como uma hipotese ainda mais tenue — Holohan conhecesse Ruark ou algum de seus amigos, isto nao explicaria mais do que uma fraçao da informaçao que ela comunicou, ainda que fosse sugerido que Ruark prontamente desse a Holohan uma descriçao detalhada do modo com que ele acabara de assassinar a Sra. Poole. Alem disso, tivesse havido qualquer evidencia de que Holohan frequentasse os mesmos bares que Poole, em particular o Windmill, onde Ruark e muitos de seus principais amigos bebiam, a polıcia teria descoberto isto imediatamente. De fato o unico contato de Holohan com bares ocorreu em duas ocasioes em que ela trabalhou em um bar diferente, o Tally-‐Ho. Mas mesmo que ela tenha se misturado com muitos dos amigos de Poole, ou supostamente frequentado os mesmos bares, isso nao pode ter nenhuma relevancia sobre a riqueza de detalhes exatos que ela forneceu.
Nenhuma das crıticas acima, no entanto, pode ser aplicada ao caso de Poole, em que as evidencias, muitas delas altamente especı4icas, foram registradas dentro de alguns dias do assassinato pelo primeiro agente da polıcia a visitar a cena do crime, e tudo esta informado aqui, nao houve qualquer seleçao ou supressao exceto onde foi claramente expresso. Alem do mais, o material suprimido, que nos foi mostrado, adiciona muita força a este caso. Ec muito provavel que nenhum caso deste tipo venha a ser perfeito, dada a impossibilidade de provar uma negativa. No entanto, no programa de televisao mencionado acima, Tony Batters declarou que “aceitei o fato de que Jacqui se comunicou com Christine”, assim como, nos disse, aceitaram todos os seus colegas policiais com quem ele discutiu o caso. Nos nao encontramos uma explicaçao alternativa plausıvel de como a informaçao comunicada foi reunida. Se algum dos leitores tiver uma explicaçao, teremos prazer em ouvi-‐la.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos ao Tony Batters e a Christine Holohan por seu precioso tempo e plena cooperaçao, ao Andrew Smith por ler e aprovar o esboço que enviamos; ao Canon Michael Perry por sua pesquisa na biblioteca no caso de Walker, e ao Professor Chris French e ao Dr. Adrian Parker por nos informarem sobre o caso de Poole. Tambem agradecemos os comentarios e sugestoes dos editores (atuais e previos) e dos tres arbitros anonimos.
REFERÊNCIAS
Ahsan, T. (2003) Psychics solve crime. Prediction 69 (5), 18-‐22. Bar dens, D. (1965) Ghosts and Hauntings. London: The Zeus Press. Batters, A. (2001) But ghosts can’t testify? Police December, 23-‐27. Batters, A. (2003) Personal communication to Keen, 16th April. Gauld, A. (1977) Discarnate survival. In Wolman, B. B. (ed.) Handbook of Parapsychology. New York: Van Nostrand Reinhold.Lang, A. (1894) Cock Lane and Common-‐Sense. London: Longman, Green & Co. Lyons, A. and Truzzi, M. (1991) The Blue Sense: Psychic Detectives and Crime. New York: Warner Books.Smith, S. S. (1992) Leaving the body: the life and death of D. Scott Rogo. Fate November, 62-‐ 69. Surtees, R. (1816-‐40) The History and Antiquities of the County Palatinate of Durham (4 vols). London: J. B. Nichols & Son.West, D. J. (1949) The identity of ‘Jack the Ripper’. JSPR 35, 76-‐80. Wiseman, R., West, D. and Stemman, R. (1996) An experimental test of psychic detection. JSPR 61, 34-‐45.Yeterian, D. (1984) Casebook of a Psychic Detective. Briarcliff Manor: Stein & Day.
APÊNDICE
A declaraçao de 1983 de Christine Holohan a Batters e Smith foi feita numa serie de frases curtas que Batters anotou, preenchendo 199 linhas de seu bloco de notas A5. As declaraçoes nao estavam numa ordem imediatamente reconhecıvel, e Holohan frequentemente mudava de assunto, ocasionalmente se repetindo. Citamos abaixo todas as declaraçoes (exceto o material sensitivo concernente ao assassinato real, declaraçoes nao-‐especı4icas tais como essas mencionadas acima, e repetiçoes) como anotadas por Batters (coluna do lado esquerdo), junto com seus comentarios (coluna do lado direito), aos quais adicionamos mais detalhes por escrito fornecidos por ele em nossa entrevista em 2002. Nossos comentarios estao entre colchetes. Algumas repetiçoes foram omitidas e a ordem das declaraçoes foi alterada para dar um registro mais coerente do seu conteudo ao leitor.
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DETALHES DO ACONTECIDO:
“Desde Dom[ingo] Jacqui Hunt. Dizendo que não devia ter estado lá. Suposto que teria ido trabalhar. Dois homens ligaram para ela mais cedo. Ela não quis ir. Não sentia-‐se bem. Teve esta experiência por volta das 9 horas. Noite de sábado”.
Na noite do assassinato (sexta-‐feira, 11de fevereiro de 1983) Jacqueline Poole (JP) estava prestes a começar um novo trabalho como garçonete. Dois funcionarios do bar ligaram para o seu apartamento as 19h45min para leva-‐la ao trabalho. Ela tinha dito aos amigos pouco antes disso que ela se sentia doente demais para sair, e que entao 4icaria em casa. O assassinato aconteceu entre 20h45min e 21h15min de sexta-‐feira, nao no sabado. Esta e a unica declaraçao incorreta que Christine Holohan (CAP) fez. [O nome de solteira de JP, Hunt, nao tinha se tornado publico na epoca da entrevista.]
“Ela está me mostrando uma corrente. Corrente de porta. Não tem certeza se deve deixá-‐lo entrar. Pensou que ele tinha uma mensagem. Essa é a razão pela qual ela o deixa entrar”.
Um amigo a visitara em relaçao a sua planejada visita ao seu 4ilho (o entao namorado atual dela), que estava num centro de detençao. O amigo partiu as 20h05min da noite e con4irmou que JP tinha colocado a corrente na porta quando ele saiu. JP sabia que Ruark tambem conhecia seu namorado e podia estar trazendo uma mensagem dele ou sobre ele.
“Ela o conhece socialmente, o homem responsável. Não é um ex-‐namorado. O amigo de um amigo — parte de um grupo de amigos. Conheceu-‐o há aproximadamente 6 meses. Ela nunca gostou deste sujeito. Ele estava se tornando uma peste. Ele a visitava no trabalho. Ela disse que sicava muito irritada com isto. Disse-‐lhe que contaria a mais alguém”.
Por varios meses JP e seu namorado visitaram o bar que Ruark costumava frequentar. Ela de4initivamente o conhecia, mas rejeitara suas tentativas de 4lertar com ela. Um homem com sua descriçao foi visto visitando JP na loja onde ela trabalhou no dia do assassinato, e tambem em outro dia anterior a essa semana. O pai do seu namorado disse que ela tinha querido contar-‐lhe algo na sua ultima visita a ela, mas que tinha mudado de ideia.
“A ligação está na prisão. Ambos tiveram o mesmo amigo que estava na prisão. Não prisão, ela diz, “detenção”. Foi visitá-‐lo duas semanas antes.”
Seu namorado estava num Centro de Detençao e nao numa delegacia ou prisao. CH nao entendeu a diferença. A ultima visita de JP a seu namorado foi 12 dias antes do assassinato e exatamente duas semanas antes do seu corpo ter sido achado.
“Ela está falando sobre o roubo. Joias. Está me mostrando um St. Christopher. Pulseira pesada. Sua avó deu-‐lhe algo. Sua mãe deu-‐lhe algo para o Natal. Muito amável. Uma parte foi roubada, a outra sicou. Há outro anel além destes dois? Ela está dizendo Terry, ela pergunta por Terry.”
JP sempre usou varias correntes, pulseiras e aneis, alguns dados por sua famılia. Os itens mencionados foram todos roubados; so dois aneis dos doze ou quase isso que ela tinha usado mais cedo nesse dia permaneceram em seus dedos, estavam apertados demais para serem retirados. Terry era um de seus tres irmaos, a quem ela era muito proxima. CH citou o nome dele seis vezes.
“Ela estava deprimida. Tomava pílulas. Ainda tem uma receita. Está passando por um divórcio. Está pensando em seu marido.”
JP tomava remedios para tensao e depressao causadas por problemas pessoais. Uma nova receita foi achada em sua bolsa. Esteve separada de seu marido durante varios meses e um divorcio era iminente.
“Ela queria que sua vida pessoal fosse mantida em segredo. Com as pessoas erradas do passado. Queria romper com o passado. Estava indo para outro trabalho. Conseguiu uma entrevista. Trabalhou em bar. Três cervejarias. Diz área de Hillingdon. Bebia mais do que devia. Conheceu muitas pessoas. Perguntou por Terry outra vez. Recebo o nome Bárbara — Bárbara Stone.”
Quase todas estas declaraçoes eram corretas ou altamente possıveis, exceto por nao haver nenhum registro de uma entrevista pendente. Embora JP nao tivesse nenhuma 4icha criminal, ela certamente se misturou em cırculos criminais e tinha contado a um amigo no dia anterior ao assassinato que ela queria romper com o passado. Era considerada como alguem que bebia socialmente em vez de habitualmente, mas podia ter sentido ou ouvido que andava bebendo mais do que devia. Todos os contatos conhecidos de JP foram localizados durante a investigaçao de 14 meses, mas ninguem mencionou Barbara Stone. [isso nao ocorreu ate o julgamento em 2001 quando Batters soube pelo irmao de JP, Terry, quem ela era].
A cena do crime
“Agora ela está me mostrando onde vive. Dois lotes de apartamentos. O nome da estrada começa com ‘L’. Algo “Close”. Ele está estacionado na esquina. Há um estacionamento. Esteve lá antes. Fez algo, um trabalho para ela no passado. Ela não quis deixá-‐lo entrar. Ele disse que tinha uma mensagem.”
JP viveu numa casa dividida em dois apartamentos, em Lakeside Close. (CH podia ter visto o nome em relatorios de jornal.) Ha areas de estacionamento na rua, mas nao um estacionamento normal. Ha uma curva na estrada, mas nenhuma esquina, a qual e possıvel se referir como sendo a esquina do edifıcio. Ruark tinha visitado o apartamento de JP quatro meses antes do assassinato para trocar seu gerador, que seu namorado tinha desligado depois de uma briga, deixando JP na escuridao, o que ele sabia que a deixava com medo. Ruark tambem desligou os geradores na noite do assassinato. Isto pode ter ligaçao com o modo como a atençao de CH foi direcionada a JP quando as luzes de seu quarto foram ligadas e desligadas. Ec muito provavel que JP teria deixado Ruark entrar se ele dissesse que tinha uma mensagem de seu namorado, que ele conhecia.
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“Estou num corredor. Jornais não lidos. Há um armário.”
Verdade, mas facil de adivinhar. Havia varios jornais no tapete de JP [quando Batters entrou pela primeira vez no apartamento, o qual tinha um armario no corredor].
“Duas xícaras na cozinha. Uma lavada. Ela fez uma xícara de café.”
Outra vez verdadeiro, mas menos facil de adivinhar. A cozinha era muito arrumada; os unicos itens nao guardados eram uma xıcara lavada no escorredor de louça e outra xıcara cheia ate a metade de cafe.
“Ela sica me levando ao banheiro. Foi atacada no banheiro.”
O corpo de JP foi encontrado no sofa, mas ha um toalheiro recentemente dani4icado no banheiro e um tapete desarrumado.
“Agora a sala de estar. Ela não conseguiu chegar ao telefone.”
Um amigo tinha telefonado a JP quando Ruark podia ter estado no apartamento. Ela parecia assustada e pediu que ele ligasse de novo em 15 minutos. Ele ligou 30 minutos mais tarde, mas nao ninguem atendeu o telefone.
“Há um envelope e uma carta. Acabou de chegar. Um livro preto de endereço. Lugar pequeno, agradável, compacto. Você achou-‐o diferente. Os móveis foram redistribuídos. As almofadas do sofá estão mexidas. Fora de lugar. Um pouco à frente. Usa jeans, um suéter. Mudei minhas roupas duas vezes, ela diz.”
Uma carta recentemente entregue foi achada, tambem um livro preto de endereço. (CH nao mencionou um livro vermelho de endereço tambem encontrado). O sofa era compacto, bem decorado e arrumado com exceçao das almofadas no chao. O fato que JP tinha mudado de roupas duas vezes foi veri4icado no julgamento em 2001.
O assassinato
[CH fez 58 a4irmaçoes sobre o assassinato das quais apenas uma (o dia em que ocorreu) estava errada. Essas sao omitidas aqui por razoes ja citadas. CH descreveu cada estagio do ataque em detalhes, e dos comentarios escritos de Batters esta claro que enquanto muitas das declaraçoes sao inevitavelmente inveri4icaveis, a grande maioria era correta, provavel ou consistente com as observaçoes ou deduçoes da cena do crime].
O assassino
Como lembrado por Batters, em notas digitadas em 2002 e dadas a nos em nossa entrevista de outubro:
As pálpebras de Christine se agitaram. Ela voltou ao estado normal. “Desculpe-‐me. Tenho que parar.”“Como você está se sentindo?” “Muito cansada. Isto requer muito energia.”
“Você conseguirá continuar?”“O que você precisa saber? Eu não sei onde paramos. Foi útil?”
“Extremamente interessante. Mas precisamos de mais informações sobre o assassino. Há mais?” “Recomeçarei em alguns minutos. Você já recebeu o nome? Eu nunca consegui entender o nome que
ela usa para se referir a ele. Gostaria de uma bebida? Recomeçarei em seguida.”
Durante o café, perguntas foram feitas sobre as possíveis fontes de informação de Christine, p.ex. a família da vítima, amigos, a polícia, e sobre suas notas escritas e vida pessoal. [CH tinha mencionado que as vezes produzia informaçoes atraves da escrita automatica quando ela nao podia receber a informaçao da maneira normal].
Depois dos cafés: retornou ao transe como antes, mas mais rapidamente. Depois de uma espera (aprox. 30 segundos):
“O indivíduo responsável. Ela está me enviando imagens. Cinco pés e oito polegadas, não muito mais. Pele escura, cabelo afro-‐ondulado colorido. Vinte e poucos anos. 22. Conhece-‐o. Aniversário em abril, maio. É de Touro. Tem tatuagens nos braços. Espada? Cobra? Rosa? Recebo um nome, Tony. Tem um apelido, não um nome próprio. Eu não consigo entender o que ela diz. Um nome engraçado, como o nome de uma coisa.”
Uma boa e detalhada descriçao de Anthony Ruark, como, por exemplo, a sua pele miscigenada, o cabelo e altura (5'9'). Nasceu em abril de 1959, e tinha 23 na epoca do assassinato. Tinha varias tatuagens nos braços. [Presumimos que ele era conhecido por alguns como Tony, e que JP nao conhecia sua idade exata e adivinhara.] Pokie e uma gıria australiana para uma maquina de jogos. Ruark jogava nela constantemente.
“Ele esteve trabalhando recentemente, como pintor ou decorador. Não tem um trabalho regular, não um trabalho próprio. É frio, astuto, entrou em lugares antes. E é esperto com carros. Macaco de graxa, é como ela o chama. Teria trabalhado num carro de um amigo.”
Ele era um criminoso ativo envolvido em arrombamento e roubo de carro. Seu unico negocio legıtimo, aprendido na prisao, era como rebocador. Tinha trabalhado como um por dois dias na semana antes do assassinato. Era mecanico de carro DIY, embora o termo 'macaco de graxa' nao tenha surgido durante a investigaçao.
“É um rapaz conhecido na área A polícia já o viu. O rapaz vive num imóvel. Uma casa popular ou apartamento. Gosta de beber. Está ainda por perto, bebendo com amigos. Bebia com um grupo de amigos na noite anterior.”
Ruark era uma das duas duzias de pessoas que se declararam como amigo ou conhecido de JP. Vivia num pequeno apartamento em Uxbridge. Era um beberrao regular — 3 a 4 litros de cerveja por dia e tinha passado a noite anterior numa cervejaria com seus fregueses regulares.
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“Ele tem uma namorada. Ela conhecia Jacqui. Tem o cabelo escuro, é pequena, bonita. Tem um C em suas iniciais. Vocês têm o grupo correto. Vocês estão próximos.”
Ele tinha uma namorada regular, pequena e bonita, morena, cujo sobrenome começava com C. [Batters se questiona sobre o motivo da fonte so ter dado uma inicial, ja que JP conhecia a mulher bem.] Ruark estava prestes a 4icar noivo dela, cerca de dois dias depois do assassinato, e precisava de dinheiro urgentemente para um anel. Quando foi detido tres dias depois do assassinato, ele carregava £400 para os quais nao tinha explicaçao.
“Ele passou dez minutos olhando o local. Ele está olhando um relógio. E um espelho.”
Estas declaraçoes nao foram veri4icadas, e se verdade sugere que JP reteve alguma forma de consciencia imediatamente apos a morte [supondo que morreu instantaneamente, como parece quase certo].
“Verisique o álibi dele.”
Isto era naturalmente uma instruçao ao inves de uma declaraçao, e a polıcia checou os alibis de Ruark (ele tinha dois), testando-‐os completamente, desmentindo um e nao conseguindo corroborar o outro. Varios outros suspeitos tambem nao conseguiram con4irmar seus alibis e nao havia nenhuma evidencia para ligar Ruark ao assassinato na epoca.
“Alguém o viu sair? A senhora do outro lado da estrada poderia ter visto, uma senhora com um cão. Estava frio—ele não tinha nenhum arrependimento quando foi embora. Quando você o pegar, seus amigos sicarão surpresos. Eles não acreditarão que ele é capaz de fazer isto.”
Uma vizinha andava com seu cao toda a noite, mas nao pode ajudar. Depois de ir para casa para se trocar, Ruark passou o resto da noite num clube com amigos, que mais tarde descreveu-‐o como completamente normal e descontraıdo. Todos os que o conheciam pensaram que ele era incapaz de cometer um crime violento.
“Há algo sobre uma alegação de seguro. Verisique uma alegação de seguro. Recebo o nome Sylvia. Ela tem medo de dizer algo. Diz Betty. Uma amiga de sua mãe? Algo sobre sua mãe. Há alguém vivendo num apartamento sobre uma loja, um amigo. Uma loja de jornal. Mantenha-‐se na direção que você está indo.”
Descobriu-‐se mais tarde que Ruark fez uma alegaçao fraudulenta de seguro depois de vender os proprios pertences e alegar que foram roubados. A unica Sylvia que surgiu durante a investigaçao era a mae do namorado de JP. A mae de JP se chamava Betty, e ela tinha uma amiga com esse nome. A amiga mais proxima de JP, Gloria, vivia em um apartamento em cima de um vendedor de jornais. [como Batters anotou na epoca, todas estas tres mulheres telefonaram enquanto ele estava no apartamento depois de acharem o corpo de JP, e nao houve outras chamadas nas cinco horas que ele passou no local.]
Das declaraçoes que CH fez sobre o assassino, 3 ou 4 nao foram veri4icadas e nenhuma era incorreta.
Nomeando o assassino
Batters lembrou em suas notas mencionadas acima:
Christine saiu do transe para o seu estado normal, como antes.
“Eu sei que você quer um nome. Eu não posso receber. O que ela diz não faz sentido. Tentarei escrevê-‐ lo.”
“Como você fará isso já que você não pode entender?” “Vou só segurar a caneta. Espero que Jacqui comece a escrever. Fiz isso antes para parentes.” Pedimos que tentasse obter também alguma informação sobre as joias. [CH então pegou seu bloco de notas, uma caneta esferográVica e disse em voz alta: – “Jacqui, eles
precisam saber o nome dele. O nome dele. E o que aconteceu às suas joias.”
Ela voltou ao transe como antes. Segurou a caneta meio solta, meio que na parte de cima. Depois de aproximadamente 30 segundos a caneta começou a sacudir, escrevendo em uma área do papel. Então moveu a outra parte da folha, e escreveu uma palavra muito lenta e espasmodicamente. Os olhos de Christine Vicaram fechados, mas ela podia ter tido o controle. A caneta então moveu-‐se para outro ponto, começou a escrever, então parou. Começou de novo no mesmo ponto depois de alguns segundos, e escreveu uma palavra. Este padrão repetiu-‐se várias vezes.
Deste modo, CH escreveu ‘Ickeham’ [sic], ‘221’, ‘jardim’ e ‘Pokie’. Como ja descrito, esta informaçao levou a prisao de Ruark e a descoberta de Batters de um possıvel esconderijo no terreno junto ao No 219.
Declaração
Eu conVirmo que o registro acima confere com o meu registro da entrevista que Viz com Christine Holohan e com o meu conhecimento do caso.
(Assinado) Anthony Paul Batters. Metropolitan Police Warrant No 153617. 27.11.2002 (Assinado) Andrew Smith, Detective Sergeant. Metropolitan Police Warrant No 91/167901. 27.11.2002
DEDICATÓRIA
É com profunda tristeza que informo as mortes de Tony Batters, em 30 de dezembro de 2003, e de Montague Keen, em 15 de janeiro de 2004, e eu
gostaria de dedicar este artigo à memória deles.
Artigo publicado originalmente como: Playfair, G. L; Keen, M. A Possible Unique Case of Psychic Detection. Journal of the Society for Psychical Research, Vol. 68.1, No 874, pp. 1-‐17, January 2004.
Este artigo foi traduzido por Vitor Moura Visoni e revisado por Inwords.
Este artigo tem uma replica no site http://www.tonyyouens.com/ruislip_murder.htm e uma pequena treplica no site http://www.aeces.info/Top40/Cases_51-‐75/case69_poole.pdf
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Caros leitoresChegamos ao final da nossa edição.Acreditamos que poderemos fazer mais, por isso é importante a participação de todos os espíritas pesquisadores e interessados em fazer pesquisa espírita.
Meus sinceros agradecimentos a todos os que participaram dessa edição, direta ou indiretamente:
Felipe Fagundes Suely Raimundo Rafaela Respeita Victor Machado