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Emoção e Imortalidade em vários gêneros. EMOÇÃO E IMORTALIDADE É O QUE DÁ SENTIDO À VIDA Marlene Passos Não sou uma escritora de muitas páginas mas em tudo que escrevo existem entrelinhas e sub linhas. Procuro buscar meus personagens no íntimo da essência para que tenham luz e conquistem o leitor. Adoro o brilho que reluz e seduz emanando a característica espiritual. Amo a fantasia que constrói e identifica seres remanescentes. E assim sou “Eu”, uma alma sem números de tempo, apenas uma andarilha nos caminhos da imaginação, uma nômade nos labirintos da vida, uma mutante aprendendo nos bastidores da metamorfose. É grandioso sobrevoar nos lábios da imaginação sentindo o luminar de cada personagem, podendo assim passar aos leitores a alma fluídica de cada emoção. A ponte entre escritor e leitor é uma passagem sagrada, florida por Deus. O escritor se eterniza em cada leitor conquistado, em cada amizade abençoada. Em “EMOÇÃO E IMORTALIDADE, tento traduzir como o amor pode eternizar corações, pois sempre digo: “Quem faz do coração uma joia rara, ressuscita. Mas, quem faz do coração um iceberg, reencarna!” Dedico esse livro a minha família, amigos e todos que gostam de viajar no surreal deixando uma crença no ar ...

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Emoo e Imortalidade em vrios gneros.

EMOO E IMORTALIDADE

O QUE D SENTIDO VIDA

Marlene Passos

No sou uma escritora de muitas pginas mas em tudo que escrevo existem entrelinhas e sub linhas. Procuro buscar meus personagens no ntimo da essncia para que tenham luz e conquistem o leitor. Adoro o brilho que reluz e seduz emanando a caracterstica espiritual. Amo a fantasia que constri e identifica seres remanescentes. E assim sou Eu, uma alma sem nmeros de tempo, apenas uma andarilha nos caminhos da imaginao, uma nmade nos labirintos da vida, uma mutante aprendendo nos bastidores da metamorfose.

grandioso sobrevoar nos lbios da imaginao sentindo o luminar de cada personagem, podendo assim passar aos leitores a alma fludica de cada emoo.

A ponte entre escritor e leitor uma passagem sagrada, florida por Deus.

O escritor se eterniza em cada leitor conquistado, em cada amizade abenoada.

Em EMOO E IMORTALIDADE, tento traduzir como o amor pode eternizar coraes, pois sempre digo: Quem faz do corao uma joia rara, ressuscita. Mas, quem faz do corao um iceberg, reencarna!

Dedico esse livro a minha famlia, amigos e todos que gostam de viajar no surreal deixando uma crena no ar ...

Grande abrao.

O MISTRIO DAS GUAS TURVAS.

Um grupo de pesquisadores resolvem partir em busca de mais elementos para pesquisa na grande floresta amaznica.

Chegam Manaus, descansam e depois vo conhecer o INPA _ Instituto Nacional de Pesquisas da Amaznia.

Ficam deslumbrados com a rea de 400.000 m quadrados que abriga a trs campos de pesquisas.

J cansados pelo dia vo ao hotel pois o principal objetivo era colher novas amostras da floresta.

Tain conversa com o guia que iria acompanh-los:

_ Ol, voc que ir nos acompanhar?

_ Sim, serei o guia da expedio. Meu nome Augusto.

_ Muito prazer, o meu Tain.

Somos em 6, eu, Andressa, Taimara, Rodrigo, Renan e Otavio

_ Ah sim, estou a par de tudo, mas no se esqueam, precisamos ficar unidos, jamais andar s a noite pois os animais vorazes tem hbitos noturnos.

As cobras sem veneno tem hbitos diurnos, porm existem excees...

_ No se preocupe, estamos cientes dos perigos.

_ Agora melhor descansar, sairemos antes do sol nascer.

Se despedem.

A madrugada desperta os ansiosos pesquisadores e assim vo todos para o barco com o guia.

O sol comea alaranjar o horizonte deixando visvel a paisagem fantstica da fauna e da flora. Pssaros colore o espao e galhos com voos e cantos...

Tain filma e diz:

_ Nossa!!!!!!!!!!!! que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Que vontade mergulhar.

Augusto diz:

_ Se mergulhar sem conhecer o histrico do rio corre o risco de no voltar, quem sabe at tornar-se uma lenda indgena como da vitria Rgia...

_ Sei que perigoso, s estava brincando!

_ Nessas guas turvas se escondem os monstros fluviais.

Depois de um tempo Rodrigo grita:

_Olhe pessoal, estamos chegando a margem do rio, parece um paraso de beleza!

... rvores gigantescas mostram-se apresentando flores, folhagens, dando a impresso at de uma outra dimenso.

Desembarcam e montado acampamento.

O guia d as ordens:

_ No se esqueam, unidos sempre! Aqui perto h uma cachoeira de guas cristalinas, l no h perigo.

Enquanto os amigos pesquisam as plantas, Tain, a mais moleque da turma segue outro caminho, Augusto vai atrs.

_ Tain, eu disse para ficarmos unidos.

_ Eu sei, no vou me afastar, que adoro macacos e vou procur-los.

Um lindo macaquinho pula nos ombros da jovem, ela fica encantada e depois ele sai pulando de rvore em rvore e ela corre atrs.

Sem perceber o perigo corre beirando o barranco, escorrega e cai no rio e se enrosca em galhos, Augusto sem pensar pula para salva-la.

Sente perfuraes mas mesmo assim continua tentando tira-la daqueles galhos, surge um ndio e os ajuda a sair da gua.

Augusto comea a sentir-se mal, o ndio diz logo:

_S pode ser o terror das guas turvas.

Tain pergunta

_ Como assim?

_ S pode ser o peixe candiru, um pequenino bagre que se alimenta de sangue, ele entra por qualquer orifcio e alimenta do sangue da vtima at que a hemorragia o mate.

_ Meu Deus e agora?! Diz Tain.

O ndio faz com que Augusto se deite perto de uma grande rvore e sai correndo em busca de ervas.

Sem demora o ndio chega com uma bebida fazendo Augusto beber.

_ O que isso? Pergunta Tain.

_ suco da fruta verde de genipa, a nica esperana para expulso do peixe. Vamos ter f, pois no deve ser nada bom ser devorado vivo por pequenos peixes, isso aconteceu com meu pai...

preciso beber vrias vezes at que o peixe saia.

Tain chora de arrependimento:

_ Foi minha culpa...voc tentou me salvar e agora est assim ...

_ No se preocupe... j fui picado por cobra, j enfrentei vrios animais, sobrevivi a todas as experincias, vou sair dessa tambm!

Com sorte Augusto consegue expulsar os peixes de seu organismo.

Depois de um tempo, voltam os trs ao acampamento e ento o ndio se despede.

_ Aqui me despeo e tenham mais cuidado.

_ Qual seu nome? Nem agradecemos ainda!

_ Sou o guardio da floresta e das pessoas iluminadas.

_ Ento voc um anjo?

_ No... sou apenas um ndio que ama sua terra e seus ancestrais.

Se despedem e Augusto descansa enquanto Tain conta aos outros o acontecido.

Ao despertar Augusto se surpreende com um beijo de Tain.

_Por qu?

_ Voc quase morreu para salvar minha vida...

_ Faria tudo de novo...

Os dois se olham e se beijam.

Depois de registrarem tanto perigo e beleza voltam ao barco para partida. Tain e Augusto abraados olham pra mata e enxergam o ndio acenando pra eles.

_Que maravilha, esse ndio parece a alma da floresta!

_ Vivemos outra vida nesse lugar.

_ E estamos partindo para outra. E voc partir com seus amigos?

_ Antes da cincia vem o amor... vou ficar com voc, farei minhas pesquisas nesta regio mesmo.

Augusto a olha sentindo uma emoo nica, completando sua alma em um beijo...

A alma de Meda

Dois jovens guerreiros Sioux sobem a montanha para tentar caar pois havia escassez de alimento na aldeia.

Sem demora um urso se aproxima, olhar de fera faminta, os ndios apontam flechas e lana. O Sioux mais velho tenta distrair e ao mesmo tempo enfrentar o urso, olhar de fera pra fera.

O urso sente a lana perto do corao mas mesmo assim reage dando um golpe fatal em Ptaysanwee.

O ndio ca e o urso foge, Olathe grita ao ver o irmo sem vida.

Nesse instante a lua desce e traz uma linda mulher trajando vestes de pele de urso branco e nos longos cabelos tranas com penas de guia.

_ No tema, trago a ressurreio para seu irmo.

_ Voc Meda a profetisa da vida? _ pergunta Olathe assustado.

_ Sim, vim salvar seu irmo porque a aldeia precisa de sua fora espiritual e voc por ser mais jovem tem muito a aprender.

Nesse instante Meda canta uma suave cano como se a natureza toda fizesse um coral.

Ajoelha-se perto de Ptaysanwee e massageia o corao, depois a fonte, inspira e expira nas narinas do ndio para devolver-lhe a vida.

Numa respirao profunda ele abre os belos olhos negros e se encanta com Meda fazendo aquele ritual.

_ O urso...

_ No se preocupe, ele fugiu. _ Diz a profetisa.

O urso no resistiu ao ferimento, o corpo est prximo desse local, pode lev-lo para alimentar sua aldeia.

A fora espiritual do urso elevou-se a outras esferas para purificar-se e fortalecer os instintos.

Agora vo.

Os irmos amarram o urso em cips e vo puxando.

A aldeia faz um ritual de dana e canto para agradecer o alimento.

O tempo passa e numa certa noite Ptaysanwee que em ritual de guerra era chamado de Bfalo branco se afasta dos integrantes e segue o caminho da montanha.

Chega ao local onde fora salvo.

O olhar se perde entre o claro da lua e em pensamento chama a alma da me criadora que usou sua mgica para dar vida s plantas, rvores, lagos, montanhas e a sua prpria essncia.

Aquele guerreiro estava sofrendo por amor.

A lua desce e surgi Meda o fazendo sorrir.

_Pensei que no a veria mais!

_ Meu guerreiro, sinto o que diz seu corao, no pode alimentar esse sentimento.

_ Por que o amor precisa ser to cruel? Se era para sofrer por que me salvou?

_ O amor pela aldeia precisa ser maior que o amor individual, eles necessitam de sua energia espiritual.

_ Penso em sua luz todo instante, seu instinto imune ao amo?

_ No, amo profundamente tudo que toco, tudo que manifesta vida, mas no posso am-lo como companheira.

_ Por qu?

Devo minha vida a ti!

_ No guerreiro, sua ressurreio foi necessria, a natureza segue seu curso.

_ Ento faa que esse amor se transforme e no me deixe sofrer tanto.

_ Meu guerreiro, quando enfrenta-se o silncio da prpria solido que se conhece verdadeiramente e sente a necessidade do controle vital.

No h como fugir das lies e efeitos da vida!

_ A dor do amor nica. No sente nada por mim?

_ Devolvi sua vida por amor, mas meu corpo no pode am-lo, possuo outra natureza fludica.

Meu corpo no contem a sensibilidade da entrega carnal.

Minha alma pode am-lo mas nunca haver contato entre ns como existe com os amantes.

_ Estou condenado a solido...

Bfalo Branco abaixa-se e num gesto de carinho Meda afaga seus cabelos.

_ No sofra guerreiro, a luz do amor sempre se renova e em breve salvar uma bela ndia das guas turvas do rio.

Esse sim ser um amor de pura seduo vinculado ao amor divino.

A felicidade uma conquista mas tambm tem hora pra acontecer.

Agora volte a aldeia, esto sentindo sua falta.

Bfalo branco retorna com a sensao que realmente tudo iria mudar.

E assim a luz seduz lendas e crenas...

Significado dos nomes Sioux:

Meda: profetisa

Ptaysanwee Bfalo branco

Olathe Belo

ALQUIMIA DOS OLHOS

Uma sacerdotisa apresenta um ritual entre flores, ladeada por belas cachoeiras.

Acaricia delicadamente as orqudeas que ampliam a sensibilidade espiritual.

Sentindo respingos da cachoeira fita as orqudeas entendendo a mensagem universal da beleza, do amor e da sabedoria.

A sacerdotisa dotada do dom conhecedor alqumico dos florais, manifesta respeito e equilibro entre a energia fludica da natureza.

Ela sorri para os pssaros fitando girassis de outro ngulo, um amarelo iluminado mantendo a mente e corpo em sintonia.

Cada girassol atuava como coadjuvante resplandecendo e simbolizando lealdade, fora e simplicidade.

De repente surge um homem todo de branco com um girassol na mo.

A sacerdotisa se assusta e desperta do ritual.

_ Quem voc? no devia invadir meu ritual!!!!!!

Ele se aproxima estendendo o girassol para sacerdotisa.

_ No se assuste, sou mago da mata que encantou-se pela doura de seu ritual.

A aura dos girassis chamou-me para sua plenitude atravs da conscincia e da fora superior.

Aqui nesse paraso das flores ofereo-lhe paz e rosas vermelhas que simbolizam verdade e beleza e as brancas que significam amor espiritual e pureza.

_ Espere, voc invade meu ritual, oferece girassol e rosas, confunde minha mente, afinal, quem voc?

_ Calma, sou mdico naturalista e sempre estou aqui para recarregar minhas energias e colher informaes, fao muita pesquisa.

A meditao faz-me sentir o poder da cura atravs da natureza.

E voc, sempre vem aqui?

_ Sim, cultivo ervas medicinais, tenho formao em terapia Holstica.

_ Chega a ser misterioso... estamos sempre no mesmo lugar e s nos encontramos agora!!!

_ Realmente!

_ incrvel a comparao entre a cura atravs da meditao e equilbrio mental, a cura entre os florais sem qualquer aditivo qumico e sem provocar efeitos colaterais e a cura atravs de emoes positivas e cheias e sensaes suaves.

_ Os florais so remdios vivos da mesma forma que os bons sentimentos estimulam a sade do corpo e da alma.

Estamos aqui com o mesmo propsito de aprender e abrir o corao para novas descobertas.

_ Veja naquele recanto, quanto alecrim!!

_ , o alecrim desperta sentimentos, tambm auxilia no fluxo de energia existente no corao, pulmes e braos...

_ Nesse paraso tem de tudo, tem at arruda!

_ Arruda uma erva que protege contra as energias negativas e atua na preveno de vrias doenas.

_ J li muito sobre alquimia antiga.

_ Os florais nasceram do conceito da alquimia desde o plantio das flores at as essncias.

um ritual mgico que cultiva o mais puro nctar tendo como cuidados desde o solo onde sero germinadas as sementes at tornarem-se mudas.

incrvel, nessa prtica respeitado at perodos astrolgicos!!

_ Chega a ser um resgate da memria gentica das plantas.

_ A alma da planta extrada para vivenciar a conjuno entre o sol e a lua, entre o surreal e o real.

_ Estou observando algo:

_ O qu?

_ Estamos pesquisando o universo dos florais mas tambm estamos prximos do mesmo propsito espiritual que a atuao no aprendizado do amor atravs do conhecimento.

_ verdade, sou uma sacerdotisa no ritual das plantas, sempre me completei nessa terapia floral mas nunca pensei sentir a conjuno fludica de outra alma compatvel e agora sua presena me faz to bem!!!

_ Voc com essas flores nos cabelos parece a guardi desse paraso!

_ A essncia das flores e da gua influenciam no despertar das emoes.

Sinto que nossas almas esto em patamares paralelos.

Tudo aqui est em sintonia.

Os olhos se encantam e buscam o nctar na essncia mas paradisaca da imortalidade.

A natureza oferece seu prprio ritual envolvendo-os num momento doce que enaltece um beijo aveludado.

E assim atravs da alquimia dos olhos o amor registra uma inesquecvel emoo.

Surpresa na Excurso

Stephanie aproveita as frias em um iate, uma excurso entre amigos no mar azul do Rio de Janeiro. O iate ancora e as garotas mergulham. Stephanie se afasta pois v algo brilhar na gua. Ao se aproximar, enxerga uma garrafa com um bilhete, curiosa, volta ao aconchego do convs e l: "Siga sua intuio, v a ilha de prncipe, no golfo da Guin, na frica, l encontrar tudo que precisa.

Essa ilha tropical mstica e encantadora com suas luxuosas florestas pluviais, cercadas por guas azuis e praias contornadas de palmeiras. As cachoeiras so soberanas com exuberante beleza. Venha, eu a espero".

Stephanie fica surpresa ao ler tal mensagem. A amiga diz: _ Nossa, que bilhete estranho!!!!

_ Tambm acho, respondeu Stephanie, - mas como as frias esto no comeo... acho que vou esticar meu passeio at a frica.

_Stephanie, voc s pode estar brincando!!!!

_Jlia, eu no estou brincando, ao ler esse bilhete parece que acendeu uma luz diferente no corao! estranho... a prpria atmosfera ficou mais atraente...

Uma semana depois, Stephanie estava no golfo da Guin, admirada ao ver tanta beleza. Chega a Prncipe e logo conhece um guia turstico muito simptico, se tornam amigos, conversam, trocam ideias e marcam um passeio para o dia seguinte.

O sol comea a despertar e ela lindamente pronta sai para aproveitar as frias. O amigo Alexandre a espera na porta do hotel.

Outras pessoas tambm acompanham o guia. Stephanie fica sem palavra quando chegam a um local com uma extica criao de paves. Conforme a intensidade dos raios solares, as plumas mudavam de cor, do cobre, bronze e ouro, at o verde-azul e violeta.

_ Isso deslumbrante!!!!

Alexandre se aproxima e pergunta:

_ E ento Stephanie, est gostando?

_ Estou em xtase, magnfico respirar o ar de Prncipe e ver de perto o pavo, o prncipe das aves!!!!! Sempre achei o pavo uma ave meio mstica por possuir tanta beleza, vive contornado por uma cortina colorida, sempre atuando seu brilho cintilante, as plumas reluzem parecendo efeitos especiais de uma divindade.

_ O pavo tem mesmo conscincia de sua beleza.

_ Por que?

_ Os paves fazem exibies mais para as pessoas do que para as fmeas. No ocidente sua beleza mais para exibio, porm, no oriente sua beleza tem um sentido maior.

_ Como assim?

_Seu pas de origem a ndia, os aldees o acham imunes ao veneno da naja, falam at que o pavo se tornou smbolo de divindade e imortalidade.

_ incrvel! realmente uma joia rara das aves!!!!

De repente se aproxima um jovem moreno que chama a ateno do olhar de Stephanie. Ela pergunta a Alexandre: Quem ?

_ Ele o proprietrio desse lindo lugar, o nome dele Christopher, um apaixonado pela criao de paves. Vou apresenta-la a ele.

_Christopher, essa turista veio do Brasil seu nome Stephanie.

_ Muito prazer em conhec-la.

_ O prazer meu... estou encantada, nunca pensei que um misterioso bilhete me trouxesse ao paraso!!!!

_ Como?

Alexandre explica o que a amiga havia lhe contado:

_ que... Stephanie estava mergulhando em seu pas de origem e encontrou uma garrafa com um bilhete dizendo que aqui teria tudo!

Christopher sorri levemente e com brilho nos olhos diz: _ ... parece um conto de fadas!!!! Olhando assim de encontro aos seus olhos parece que essa passagem estava escrita nas linhas do tempo... algo que se mostra nico, que no se explica, somente identifica!!!

H pouco tempo eu estava em uma excurso pelo Atlntico e, de repente, tive a ideia de escrever um bilhete e colocar dentro de uma garrafa foi ento que comecei a viver essa histria.

_ Nossa!!! Ento foi voc?!

_ Exatamente...

Stephanie fica sem graa. Alexandre percebendo o clima, convida Christopher para um passeio no dia seguinte, levaria a excurso para conhecer uma parte da floresta mais prxima. Ele aceita o convite.

Depois de conhecer outros ngulos do lindo lugar, o pessoal se despede.

Vem a noite e ela no consegue esquecer Christopher. No outro dia, caminhando entre galhos da belssima floresta, Stephanie e todos se divertem.

De repente ela cai e fica cara a cara com uma serpente. Assustada, no se mexe.

Rapidamente, Christopher procura uma pluma de pavo em sua mochila.

Encontrando-a, comea mostr-la para a serpente. Mesmo em posio de ataque a spide afasta-se.

Stephanie se atira nos braos de Cristhopher. Ele a abraa e seguem o pessoal de mos dadas.

Avistando uma exuberante cachoeira, aproximam-se, deixam as mochilas no cho, tiram as botas e mergulham na gua transparente.

_ Realmente aqui o paraso, a histria j estava escrita e, nesse instante, s deixar acontecer!!!

_ Aqui me sinto completa, parece at que estou perto do cu em meio a esse azul todo... o que ir acontecer de agora em diante?

_ O certo deixar o corao nos guiar.

Em meio a toda realeza, se rendem ao amor, num extraordinrio mergulho.

Todos aplaudem e Alexandre diz: _ S mesmo o amor pode oferecer esse cenrio!

O casal apaixonado se beija embaixo da gua permitindo prpria transparncia mostrar mais um momento inebriante.

ESTRELA SRIUS

Evelyn, uma adolescente cheia de sonhos e fascinada pelas lendas do Egito toda semana ia a biblioteca para ler novas histrias.

Comea ler Estrela Sirius, e os olhos parecem se transportar nas entrelinhas. A estrela Sirius brilhava no cu do Nilo, logo depois das enchentes, permitindo um solo muito frtil.

O fara Amamun fitava o horizonte com ar de soberania conhecido por suas foras sobrenaturais, lanava maldies que aconteciam realmente. Havia uma fora em seu olhar que parecia enxergar Evelyn do outro lado paralelo.

A jovem estava to fixada nas letras que no percebia que estava sendo hipnotizada. O fara idolatrava a imagem de Anbis, guardio das trevas e do livro dos mortos.

O namorado de Evelyn se aproxima e a chama, ela nem percebe.

_ Renie, desculpe, nem percebi!

_ Puxa! O livro to bom assim?!

_ Comecei agora, mas estou gostando muito, depois retomo leitura.

_ Vamos dar um passeio?

_ Que tal irmos lanchonete Osis? Fica num local alto e uma vista belssima!

_ Vamos l!

O casal entra no carro e segue caminho a Osis.

Antes de chegarem o carro apresenta defeito mecnico, param no acostamento.

_ Amor, o que aconteceu?

_ Meu anjo, se importa de ficar sozinha para que eu v atrs de ajuda? Aqui perto tem uma oficina mecnica.

_ Tudo bem, pode ir, ficarei apreciando a linda paisagem!

Se beijam e Evelyn fica sozinha. De repente ela fita o cu e enxerga a estrela Sirius aproximando-se cada vez mais.

Ela se espanta ao ver um fara surgir de repente em sua frente.

_ Quem voc?! _ ela pergunta perplexa.

_ Seu futuro s ter sentido se conhecer seu passado, ento encontrar as respostas que procura. Sou o fara Amamun, no passado voc deixou uma misso pendente.

_ Que absurdo esse?!

_ Vamos!

Num gesto mgico ambos desaparecem. O namorado chega com um mecnico e se surpreende em no ver a namorada.

_ O que aconteceu?!

De repente Renie v o livro cado no cho, estava aberto numa pgina com uma descrio em hierglifo: colocar, est no zip.

_ O que quer dizer isso?

Renie espera, procura e nada da namorada, procura ajuda e depois vai embora desconsolado. Resolve procurar um amigo arquelogo e conta toda histria, pois sentia um mistrio no ar.

O amigo explica que aquele livro Estrela Sirius possua a magia do tempo e, a fixao de Evelyn pelo Egito havia funcionado como campo gravitacional magntico para atrair a imortalidade do fara.

_ Renie, j li esse livro e na pgina 103 diz assim: Aquela que tiver ligao com minha alma, independentemente do tempo, me despertar.

_ Voc acha que...

_ Sua namorada possui uma energia que nem ela sabe!

_ E como posso ajuda-la?

_ S se transportando!

_ Como? Que absurdo esse!?!

_ A Estrela Sirius o caminho. Vou com voc, para mim esse tipo de acontecimento ser um marco na histria! Existe no livro uma descrio significativa que nos ajudar.

_ Lhe contei do livro que encontrei cado mostrando uma descrio, o quer dizer?

_ Quem perturbar morrer!. Vou pegar o livro e juntos faremos reverncia estrela.

Depois de alguns segundos desaparecem.

Renie e seu amigo ficam perplexos ao sentirem a areia do deserto nos ps. Passam por algumas dunas e enxergam um templo. Sem despertar suspeitas entram.

Se escondem e veem Evelyn vestida de princesa e sendo seduzida por Amamun.

_ Espere! No pode ser assim!

_ Est escrito que voc teria um filho meu, esse seria escolhido para governar e escravizar o universo! Quando ele tiver 15 anos precisar do sangue da me para se tornar imortal.

_ Ser que no entende? Estou em outro tempo!

_ Ter que cumprir sua misso!

O fara tenta beij-la a fora mas Renie entra em cena lutando bravamente. O amigo segura duas lanas e ajuda. O fara recua e os trs tentam buscar uma sada. De repente ficam cercados por crocodilos e cobras.

_ O nico jeito dar impulso com as lanas e tentar pular esses dentuos!

O amigo consegue um salto espetacular, Renie e Evelyn juntos saltam e por pouco no caem na boca de um crocodilo.

_ E agora, como vamos nos transportar?

_ Existe um sinal no livro dos mortos, mas como encontra-lo?

_ Eu sei, venham!

Evelyn os leva para outra grande sala. Os trs entram e depois de muito suspense, encontram o livro.

A jovem comea ler mas surpreendida pelo fara que tenta hipnotiza-la. Ao mesmo tempo que l, se perde nas palavras. Renie perde a pacincia e avana no fara mostrando muita habilidade.

Evely tenta e depois de um tempo consegue pronunciar as palavras certa, De repente formado um crculo de luz e os trs voltam para o tempo atual.

A cena estava sendo iluminada pelas estrelas, porm dessa vez a estrela Sirius estava ausente.

Para todos os demnios

Demnio demnio porque vive no inferno e no tem coisa pior que viver na toca interior do inferno, solitrio, aprisionado da prpria insensatez, arquitetando planos para desprezar algum, ironizar, manipular, espalhar discrdia e causar revolta.

Fazer o mal caminhar para o abismo com os prprios ps.

O demnio um ser das trevas que em sua solido se retrai e se sente acuado

tornando-se arrogante, vtima de seu prprio orgulho e egosmo sem fundamento.

O demnio vive se esquivando, tratando mal as pessoas, se escondendo da luz em seu mausolu.

"O homem que vive em paz no quer guerra com ningum".

O homem de paz consegue enxergar a luz, a esperana, estender as mos com sua humildade.

O homem de conscincia plena sente e entende que Deus a nica fonte de bondade, sabedoria e justia.

A luz vence as trevas.

Holofote da vida

De repente um neurnio cansado de imposio e presso psicolgica causadas pelo prprio sistema capitalista pula de para quedas, outro num salto mortal se suicida e focos luminosos registram as cenas...

Holofotes da conscincia despertam represses e fora situaes, ento me concentro numa viagem intergalctica pra ver se descubro a origem de tantos erros...

Chego a atmosfera que funciona como escudo, vejo l de cima os ciclos naturais da biosfera, tudo reabastecendo e sintonizando de uma forma admirvel, sigo adiante, chego em outra galxia, meus olhos se ofuscam diante do brilho de tantas estrelas, tanta beleza que somente um super engenheiro csmico para criar tanta soberania.

Num segundo volto terra e observo a perfeita distribuio, as plantas e as algas unicelulares da superfcie das guas ajudam a regular os nveis de dixido de carbono e oxignio, j no solo, bactrias e fungos trabalham fornecendo nutrientes e cultivando a vida.

Tudo num ciclo perfeito para vivenciar a harmonia.

De repente preciso pesquisar com mais intensidade, em milsimo de segundos ultrapasso 28 mil anos-luz, sinto em cada clula as concentraes dos elementos qumicos, isso fantstico!

Num piscar de olhos chego a lua, digo a nossa "lua", pois existem no sistema solar outras luas!

incrvel o projeto luntico e todo seu desempenho na responsabilidade das mars, na ecologia e na estabilidade do eixo de rotao terrestre.

Tudo incrvel, sedutor, inacreditvel. Mas ... onde est o erro?

Ah... nem precisava ir to longe para descobrir... o erro est na deficincia da conscincia humana.

Por isso a necessidade do conhecimento, pois a sabedoria tudo explica.

Existem pessoas to acostumadas nos prazeres carnais e materiais que esquecem de alinhar-se com a conscincia plena, determinar limites e respeito.

H pessoas que vivem para enganar, ludibriar, mentir, pra que isso?

no final das contas a solido assombra a sombra e diz que ningum engana a ningum, a no ser a si prprio.

H pessoas que vivem conjugadas a uma frieza doentia, pra que isso se a solidariedade aquece o corao?

H pessoas que acumulam tantas coisas, roupas e acessrios que muitas vezes nem sero usadas, enquanto a tantos sem ter uma troca de roupa... por que tanto exagero se daqui nada se leva?!

H pessoas que vivem perdidas em devaneios por falta do que fazer, vivem incomodando-se com a vida alheia ao invs de construir uma forma adequada e posicionada de obter experincias.

... o erro est aqui mesmo, nessa deficincia ao respeitar as diferenas e outros valores.

A palavra tem poder para quem tem conscincia!

No precisa ir longe, as respostas esto dentro de cada um, todo resultado uma sequncia de erros e acertos.

Importante aprender a seguir os bons instintos e restaurar o maus.

Se respeitarmos a lei dos ciclos encontraremos as respostas, claro que depois surgiro outras perguntas...

E assim vamos nos direcionando com ajuda dos holofotes da vida...

Tons de azul

Sou fascinada pelos tons de azul

Invadem minha alma de norte a sul,

Num olhar azul que seduz e conduz

misturando-se ao cu e mar feito luz,

se eternizando nos tons de azul.

Com olhar sobrenatural

mergulho num mundo surreal

me tornando brisa matinal

e me sentindo original.

Meu olhar se sente transcendental

numa sintonia mental...

Meus olhos castanhos, compondo

melodia sonora, decifrando

profunda textura, insinuando

sonhando com tons de azul, transportando.

Seu olhar azul, compondo

melodia que seduz, traduzindo

profundo querer, contido

num alm de mistrio, transportando...

guia

Com muita esperteza

voa a guia livremente,

experiente e gil segue seus instintos

admiravelmente.

Voa a cima das nuvens pra fugir de tempestade,

depois desce calma e imponente

mostrando suavidade.

Voa com confiana

pois conhece como herana sua liderana.

guia, linda, linda, fascinante

diverte fazendo voos rasantes,

conquistando todos na natureza

se mostrando como alteza,

deixando visvel sua fortaleza.

Pensamento.

Sou o pensamento pulsante, vivo analisando...

desprendendo do tempo vou observando

ora animando, ora recuando

mas sempre me orientando.

Me fao fumaa camuflando

em versos lentos festejando.

Com discernimento vou me doando,

criando, somando e alimentando

meus sentidos em prosa clareando...

HOMENAGEM A MEU PAI

O mundo girou e o dia chegou,

voc se foi e minha alma chorou...

Cheguei ao fundo do meu "EU",

e enxerguei o invisvel do seu "EU".

No existia mais "nosso visvel"

e sim um sentimento invencvel,

mostrando que o verdadeiro possvel

esta alm de ser insensvel.

Meu pai foi "pai famlia"

nos alegrava com sua companhia,

contagiava com sua alegria

e conquistava com sua simpatia.

Minha homenagem pra voc pai gentil

uma alma amiga que fez de voc nota mil.

Que Deus o abenoe onde estiver, Amm.

O clarinete mgico

Um garotinho nascera como dom da msica, havia tanto dom naquele coraozinho que conseguia entender cada nota musical na melodia dos pssaros.

Na noite de natal coloca seu velho sapatinho na janela para esperar um clarinete, ento seu pai se vestindo de Papai Noel lhe trouxera o to sonhado clarinete, havia esquecido de tirar o preo de 1.99.

O garotinho ao acordar ficou radiante, logo pegou o clarinete, rapidamente se inspirou a fazer uma melodia com o ttulo 1.99.

Ele tocava Do que a primeira nota, depois fazia uma oitava acima, e assim ele foi trocando as posies e surgiu uma linda melodia.

E sempre tocando foi passando em frente a uma loja de instrumentos musicais, todos caros e sofisticados, ento os clarinetes de luxo comearam a caoar daquele clarinete de 1.99 to simples e singelo.

O clarinete ficou sem graa mas o menino tocava mais e mais para alegr-lo.

O dono da loja chama o menino e diz: _ Que msica linda!

_ Foi eu que fiz!

_ Voc? Que maravilha!

Venha c, toque um pouco esse aqui. O dono da loja oferece o clarinete mais caro. O menino coloca o dele de lado e toca, o som ecoa deixando o lojista encantado.

Pergunta o nome e idade do menino:

_ Meu nome Zelito e tenho 8 anos.

_ Voc me deixou to impressionado que vou lhe dar um bom clarinete, mas ter que prometer vir tocar sempre para mim.

_ Sim, eu prometo.

O menino ficou todo contente e levou os dois clarinetes embora. Guardou um ao lado do outro sem saber o drama que aconteceria.

Enquanto o menino dormia, o clarinete de luxo humilhava o de 1.99.

_ Hei, por que voc no fica mudo de uma vez? Seu som horrvel!

_ Quando algum com dom especial nos toca, temos o mesmo valor!

_ Voc ter o mesmo valor que eu, Que absurdo!!! Minhas bordas e teclas so contornadas a ouro e as suas?

_ As minhas so de plstico barato, mas sei sentir a msica com doura. Voc apesar de ser um clarinete de luxo, sabe tocar com a alma?

_ O que quero mesmo mostrar meu torneado a ouro, minha elegncia.

_ Meu som faz a harmonia se desprender em lindos arranjos. Sinto a sintonia de cada clave.

_ Eu vivo em clssicos ambientes, nas orquestras e recitais.

_ Eu me completo nas mos de um menino que possui alma nobre e entende meu som.

_ Nem ligo para esse menino, eu sou mais eu!

A noite passa e logo ao amanhecer o menino pega o clarinete de luxo e toca, toca lindamente.

O clarinete fica todo envaidecido e diz:

_ A msica sai linda porque eu sou valioso, sou caro!

O clarinete de 1.99 fica triste e deixa uma lgrima rolar sobre suas teclas.

Mas nem imagina que aquela lgrima era uma fada de cristal.

O clarinete de luxo sorriu ironicamente.

Passam uns dias e o menino vai tocar para um professor de msica, enquanto isso o clarinete de 1.99 chora em silncio. A fada comovida com tanta tristeza fala:

_ Ol meu amiguinho, ganhei vida para ajud-lo.

_ Nossa! Eu nem sabia que fada existia!

_ Os clarinetes que falam e as fadas pertencem ao mesmo mundo. Posso ajud-lo?

_ Acho que no adiantaria... o menino est to encantado com o clarinete de luxo que nem me olha mais! ...

_ O clarinete de luxo tem mesmo um lindo som, mas lhe falta humildade. E a sua humildade mostra seu valor! Voc quer mudar sua aparncia?

_ No, sou grato pelo jeito que me fizeram, eu s queria ateno.

_ Vamos esperar o tempo passar, pois o tempo nos mostra solues.

O clarinete de 1.99 e a fada se tornam grandes amigos e a amizade comea a inspirar as cordas vocais de cada tecla, e ento o som foi ficando cada vez mais cristalino.

O tempo foi passando e o menino foi convidado para fazer um teste em uma orquestra famosa, de grande porte.

Ele se preparava para o grande dia, mas infelizmente as cordas vocais das teclas de luxo comearam a ter problemas, no conseguiam soltar o som, por mais que tentasse s piorava.

O menino ficou indignado pois no podia perder essa chance, seria importante para seu currculo. Fica desanimado e at chora.

Sem que perceba, a fada o inspira para olhar o clarinete de 1.99. Com pouca vontade o toca e sente a alma do som ressuscitar.

Estava totalmente afinado, lindo mesmo!.

O menino foi ao teste, brilhou, foi aplaudido e contratado. Beijando o clarinete disse: _ Agora aprendi que s vezes a maior riqueza est na simplicidade de se mostrar.

E com essa lio o clarinete de luxo aprendeu o valor da humildade e os dois clarinetes formaram uma dupla valiosa acompanhando sempre o mestre menino.

E o trio passou a encantar multides, aprenderam que a unio faz a verdadeira amizade.

MORTE CONJUGAL

Um casal vivendo o cotidiano h muitos anos, nem percebera que o casamento sobrevivia a todos os impactos da rotina apenas ser por convenincia.

O relacionamento j havia entrado num processo de morte conjugal. O marido, um empresrio bem sucedido, no tinha tempo para os filhos.

Ao chegar tarde da noite mentia ter estado em outra reunio, virava-se para o canto e dormia profundamente exalando forte cheiro de usque.

A esposa, fingindo no entender a indiferena, tambm adormecia deduzindo que depois de alguns anos era assim que acontecia, que tudo era normal.

Amanhece e ambos tomam o caf:

_ Querido, no se esquea, hoje a formatura do Marcos Vinicios. Nosso filho ir formar-se, ser um advogado. O marido sem prestar ateno, diz:

_ Tudo bem, querida, agora preciso ir.

Passa o dia, Ariane vai se arrumar, torna-se uma bela mulher.

Crislaine e Rafael tambm preparam-se para a formatura do irmo. Chega a hora do esperado momento. Carlos Augusto telefona dizendo que por motivo de um srio imprevisto no poderia chegar a tempo. A famlia fica triste mas vai a formatura, mesmo assim.

Chegam ao salo da cerimnia, e logo um homem de olhar insinuante encanta-se por Ariane. Aproxima-se e logo manifesta suas intenes em conhec-la.

_ Ol, meu nome Ricardo, minha filha forma-se hoje.

_ Meu filho, tambm.

_ E seu marido?

_ Houve um imprevisto na empresa e ele no poder vir.

_ Deve ter sido srio mesmo, eu no perderia a formatura de minha filha por nada! Sou mdico, mas mesmo assim, um filho um presente de Deus.

Ariane fica meio sem graa e tenta se afastar.

_ Desculpe-me, no quis ser invasivo.

_ ... cada um tem seu jeito de ser....

_ Realmente... hoje um amigo meu, Carlos Augusto, tambm no pde vir a formatura do filho, preferiu sair com a minha secretria! um absurdo!

_ Como? qual o nome de seu amigo?

_ Carlos Augusto, por que?

Ariane fica plida demonstrando sua intuio.

_ O que h?

_ Nada... no... no fique preocupado.

Chega o momento da entrega dos diplomas e todos emocionam-se.

Quando termina, Ricardo despede-se e entrega seu carto para Ariane. No outro dia pela manh, Carlos Augusto chega:

_ Bom dia querida, desculpe minha falha, a empresa teve um grande prejuzo, pois queimaram alguns reatores e danificou o sistema. E a formatura, como foi?

_ Seu filho ficou triste com sua ausncia.

_ Que pena, mas ele ir entender o meu motivo.

Ariane olha bem para os olhos do marido e pergunta:

_ Como um ser humano consegue se camuflar o tempo todo, vivendo de mentiras?

_ Como? no entendi!

_ Qual o nome dela?

_ Dela quem?

_ Chega, agora necessito de uma nova vida.

_ Querida, o que h com voc?

_ No quero mais um casamento de convenincia, um casamento que j entrou em bito! Aprendi com a vida que quem no respeita no digno de respeito. Voc usa uma mscara to aderente que nem percebe a camuflagem.

Nosso casamento naufragou nos destroos de suas mentiras. A confiana a base slida. O verdadeiro enlace matrimonial acontece quando o corao abenoa a alma.

No existe regras para um casamento feliz, agora descobri que sua alma no compatvel com a minha.

_ Entenda querida, sou homem, difcil fugir desse tipo de tentao. No quero perder nossa famlia, aqui nada lhe falta.

_ Falta respeito, companheirismo, amor, seduo e dignidade. J decidi, no quero mais!

_ Calma querida, construmos uma vida juntos!

_ Quero que saia dessa casa, da minha vida!

Carlos Augusto vai para um hotel.

Passa alguns dias, Ariane resolve passear em um bosque ladeado de ips amarelos, esquecer um pouco de tudo.

Senta-se na beira de um riacho e comea a brincar com a gua jogando pequeninas pedras, nem percebe que Ricardo se aproxima e senta-se ao lado.

_ Ol, que prazer em rev-la!

Ariane distrada leva um susto, mas, ao mesmo tempo, sorri.

_ Ol, nem percebi sua chegada.

_ Percebi que estava distrada... quero pedir desculpas, depois que entendi que meu amigo Carlos Augusto era seu...

_ Tudo tem seu propsito de ser, estou me sentindo renovada, quero viver, conhecer lugares, ser feliz.

_ tudo que voc merece!

_ No quero mais falar do passado!

_ Que bom, esse seu sorriso j incio de uma nova fase e, por sinal, tem um sorriso lindo.

_ Ah, gentileza sua!

E assim os dois passaram a tarde no parque vivendo momentos alegres e descontrados. O Pr-do-sol j comea a dar sinal pelo alaranjado no cu quando Ricardo diz:

_ Vou ser direto, desculpe, mas encantei-me com voc desde o primeiro momento. Voc aceita jantar em minha companhia hoje?

Ariane o fita, e diz:

_ A vida deu-me experincias, agora chegou a hora de viv-las compartilhando a melhor parte. Eu aceito.

Ambos se olham, deixando visvel um interesse que muito prometia.

ESCATOLOGIA

Diz o dicionrio que escatologia a cincia que estuda o fim do homem e do mundo. Mas como? Creio que o fim apenas um recomeo, vou modificar um pouco o sentido dessa interpretao pois tudo que finda, ressurge!

Nossos sentidos so simbolizados por vrios setores que nos do a percepo do entendimento, de uma compreenso melhor do real. Desde tempos primrdios, fustigantes, tudo se refaz e tudo se constri com esplendor num designer divinal.

importante definir, identificar a sensibilidade no pelo cronolgico e sim pelas aes. O fim existe de vrias formas, o fim pode ser um abstrato sentido com ngulos sinuosos, ou at mesmo singular. O fim pode ser tocante com o castigo dos hereges do amor, como a saudade atravs da morte, pode ser polmica com uma atuante pretenso. O fim pode ser tambm, o comeo de uma nova vida, pode ser a intuio movida pela inspirao...

A vida incrvel em suas condies. preciso saber viver como diz o cantor Roberto Carlos. Tudo se conecta em uma sequncia de fatos, uma restituio, como se nascssemos todo

dia com uma nova viso de ser.

H tambm os arrogantes, outros traioeiros, mas assim que compe-se a histria, com heris e bandidos.

Fala-se em amor, paixo, mas so apenas propagandas enganosas.

O amor no pode ser exilado, desertor, encarcerado, oprimido, enclausurado, o verdadeiro amor livre, luz, exatido, at heri! A vida como se fosse moldada atravs de hierglifos, e como difcil decifr-los!

O grande esplendor quando reluzentes pensamentos chegam a alma e assim captura carinhos diagnosticados como sensaes indescritveis. como j escrevi certa vez, que os ASTECAS temiam a palavra NEMOTEMI, que quer dizer DIAS VAZIOS. E justamente nesse significado que os seres esto mergulhando, perdendo-se num vazio sem fim.

Quando no h amor, perde-se a idealizao da seduo.

Escatologia estuda o fim, mas a vida dos sentimentos se renova a cada experincia pois o verdadeiro amor um eterno recomeo.

A lenda da alma azul

Uma luz flutuava pela imensido e de repente resolve fazer uma anlise da alma humana.

Passa pelas camadas da atmosfera e chega em um jardim, acha tudo muito lindo pois o jardineiro sentia-se feliz ao cuidar das flores dando-lhes condies de vida.

Resolve seguir em frente, flutua entre plancies, montanhas, o azul do oceano e chega em outro continente, l encontra algum com uma vida estabilizada, vivendo de momentos entre os prazeres da vida. Esse algum tinha uma tristeza na alma, pois no acreditava no amor, pensava que tudo no passava de atos e sensaes.

luz achou que poderia fazer algo mais, pois o amor a essncia da vida.

Atravs das entrelinhas da tecnologia, um doce olhar pousou no olhar daquele ser descrente, apesar da doura ele preferia no acreditar.

A luz achou uma misso muito difcil tentar aproximar aquelas almas que precisavam apenas acreditar que alm do hoje existe um amanh, e alm da terra, um universo de mistrio.

A misso da luz torna-se cada vez mais difcil, porm no desiste, pede ajuda a Deus:

_ Deus, o tempo no retrocede, quantas vidas tero que viver para entenderem que s o amor completa?

Deus num gesto de carinho disse:

_ Luz, ilumine os coraes para que enxerguem o quanto esto vazios, faa-os sentir a essncia dessa doce sintonia.

A luz aproxima-se das almas e com toda concentrao faz com que se encontrem, se olhem e dessa conexo faz nascer um beijo perfeito, inserindo o azul do cu no sentimento e assim entenderem o efeito especial do eclipse das almas.

E nesse instante nasce a lenda da alma azul.

H quem diga que em cada luz do luar, um brilho novo embeleza noite e por isso torna-se azulada como cristal, insinuando-se para o amor.

Viagem

Somos uma unio de partculas que juntando-se estrutura nosso ser.

Essa conjuno corprea sensacional, distribuindo clulas que determinam cada ao num equilbrio harmonioso.

unnime esse paradigma, essa gesto que salienta o milagre da vida.

Esse cenrio nos mostra tantas aes e reaes, transcende na distribuio que antecede vidas divididas e assim que a imaginao entra em cena e inicia-se uma viagem...

imprescindvel o fascnio que causa o espao. Muitos acreditam que a vida originou-se do cosmo, talvez micro-organismos trazidos por meteoros.

Acredita-se que o gs hidrognio seja o princpio de tudo, pois atravs dele foram formados outros elementos.

Imagino uma viagem csmica, vivenciando contato com um lado paralelo, intuitivo, num interior de nuvens contendo turbilhes de gases de hidrognio.

Imagino poder sentir esse tal potencial, nossa, que aventura!!!

Depois de imaginar essa sensao meu desejo visitar o planeta jpiter com suas 16 luas... inesquecvel viagem...

Nessa travessia tentarei aproximar-me de Europa, uma das luas. Ser incomensurvel pesquisar seu interior, um mundo de gelo, tendo at possibilidade de haver um oceano debaixo do gelo.

Nesse exato momento sinto o quanto a matria densa, pois somente minha mente possui facilidade de ultrapassar essa fronteira.

Imagino essa viagem sentindo o hidrognio abastecendo o interior de cada estrela.

Nesse instante me concentro e realmente me transporto... assisto a exploso, a morte de uma estrela, sei que ir demorar milhes de anos para luz chegar a terra, mas minha imaginao no se prende as regras.

incrvel tal espetculo, o momento mais belo esse, quando morre uma estrela e aos poucos torna-se uma super nova.

Nessa viagem tenho o poder na imaginao, encontro cometas procurando condies de vida.

Alguns dizem que o espao tem 13 bilhes de anos, eu no penso em tempo e sim na transformao constante.

A vida seja na terra, no mar ou no espao possui um grande mistrio...

Vejo cada estrela alm de seu brilho...

Em cmera lenta filmo o infinito, vejo que em todas as galxias existem planetas, impossvel diagnosticar todo sistema universal.

Sinto at que todo silncio do cosmo um campo de sondagem.

Depois de sentir a escurido do espao encontrei a paz do retorno, na solido de cada astro encontrei a felicidade da descoberta...

Minha imaginao volta cena, meus ps tocam o cho terrestre, o beija-flor vem e me beija.

Foi ento que entendi, uma viagem dessas s possvel quando o interior realmente um mundo plausvel e paralelo.

A inspirao uma ponte para o surrealismo, uma manifestao de leveza espiritual.

Adorei fazer essa viagem!

A morte e o amor

A morte um mistrio explicvel pois todos sabem que existe uma energia abstrata que anima o corpo.

Todos sabem que a morte um acontecimento natural, um processo necessrio no ciclo da vida, embora seja definida como sobrenatural...

Essa essncia que chamada de alma no ocupa espao por isso sobrevive as coisas materiais, depois emerge ou submerge a outras dimenses.

J o amor algo bem mais misterioso, nasce de repente, renova as estruturas e restaura a auto estima.

Dizem que o amor faz sofrer sem explicao ou faz feliz sem obrigao, eu j acho que o verdadeiro amor um complemento para a verdadeira felicidade, o que faz sofrer apenas iluso.

O amor to simples que no exige nada em troca, uma doao iluminada, como fonte de gua cristalina que brota da terra e procurando caminhos chega ao mar e torna-se imenso ao se misturar...

Quando o amor surge do brilho de um olhar tudo mostra-se mgico, pura seduo ....Uns acreditam em destino, outros em acasos sugeridos pelas coincidncias, no se sabe ao certo a predestinao do amor, s se sabe que a nica finalidade na peregrinao do caminho...

Inspirao junina

Em um mundo pr- histrico, alm das fronteiras da civilizao enamoram-se Pipoquita desvairada e Chinfronzio.

Chinfronzio tenta sentar-se em um toco de rvore, levantando-se imediatamente:

_ Que foi Chinfronzio?

_ Eta mui, esse toco de rvore pontudo s!!!!!!!!!!!

_ Dexa v ome!

_ Tome tento mui, esse lug proibido p menor de 90!

E assim o caloroso e romntico namoro foi estendendo-se pela antiguidade...

Num certo dia Chinfronzio comeou a sentir enjos e pensando estar "prenho" (grvido), resolve comunicar o fato e obrigar Pipoquita desvairada casar-se com ele.

Convida muita gente para festa. O pai do noivo tinha at uma espingarda para que a noiva no fugisse.

Como naquele tempo no existia CD, os pssaros inventaram uma quadrilha para receber os noivos e ser realizado o casamento.

Entra o noivo todo cheio de pose, um terno curto, camisa aberta deixando visvel o peito super peludo, chinelo nos ps deixando visvel unhas enormes e sujas, e um sorriso desdentado.

O padre entra em cena com um jeito bem delicado.

A noiva entra laada e gritando:

_ Eu juro que Chinfronzio no est "prenho", se tiv nun fui eu QUE FIZ O ESTRAGO S!

O pai do noivo aponta a espingarda e diz:

_ Vai t que cas, neto meu nun nasce sem me!

_ Eu no quero casaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!

O padre comea a cerimnia do casamento mas fica um tanto perdido ao olhar para os peitos peludos de Chinfronzio.

_ Cruzes... com um noivo desse largo at a batina! que perigo!

Chinfronzio fica bravo e diz:

_ Esse horrio proibido para menores de 900000000000!

_ Continuando... Pipoquita desvairada, voc jura ser fier a Cinfronzio at que a morte os separe?

_ Despois di mi grudare a lao, a unica manera quer, eu agora tpo, eu v mergui nesse peito peludo...

_ E voc Chinfronzio, aceita Ppoquita desvairada como sua mui e jura ser fier?

_ Seu padre, fier 100% eu nun agaranto, proque eu conheo Onofrina faiz tempo...

_ E quem Onofrina?

_ minha cabra di estimao u!

_ Com Onofrina ou sem Onofrina eu declaro marido e mui!

_ Espera padre.

_ Fale Pipoquita desvairada.

_ E como v faz na lua de mer?

_ Isso Chinfronzio sabe!!!!

_ Sabe no fiooooooooo, poi acha int que t "prenho"!!!

_ Pregunte ao padeiro.

_ E se eu fic com vregonha?

_ Fecha o zio e aprende!

_ E agora o noivo pode beij a noiva

_ Eu beijo a banda com dente ou a banda sem dente?

_ O lugar que voc quis,.beija logo que o povo qu dan!

Pipoquita desvairada voa em Chinfronzio e beija fazendo at um dente cair no cho.

Agora vou jog o buqu. Pipoquita joga o buqu.

Pipoquita joga o buqu e comea a quadrilhaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

Espera infinita

Reginaldo fica indignado por ter completado 200 anos e a morte t-lo esquecido.

Comea a falar consigo mesmo pensando que a morte no estivesse escutando.

_ Oh morte, o que h?

No me visita por que?

Isso j est virando preconceito, e voc sabe, preconceito crime!!!!!

De outro lado a morte escuta e diz:

_ Com tanta gente pra levar pra baixo e pra cima, esqueci desse caboclo, deixe ver a ficha dele.

A morte comea avaliar as fichas e encontra a de Reginaldo.

_ Achei, olhe s, no que me esqueci mesmo!!!

Olha s; Reginaldo Passa Tempo, nossa! Parece nome de bolacha!!!

Ento isso!! por isso que esqueci, tambm o prprio nome est dizendo Passa tempo.

E olha s a data de nascimento, nossa!! Ele devia ter morrido com 63 anos e agora est com 200!!!

Enquanto isso a cena volta a Reginaldo.

__ J que a morte me esqueceu, vou comear minha segunda adolescncia. S quero danar Rock, a bengala vai me ajudar claro.

Vou olhar em minha agenda, procurar alguma antiga namorada, nossa!!! J deve ter morrido todas!!! Ser que nem Augustinha est viva? Ah isso no, ela era bem mais velha que eu...

Nesse instante a morte se aproxima:

_ Reginaldo!

_ Ah meu Deus! Com essa vestimenta deve ser a morte! Chegou minha hora?

_ Sua hora j passou, est com a validade bem vencida!

_ Ser que no tenho mais um tempo de acrscimo?

_ Mais ainda? Quanto tempo precisa?

_ Mais 200 anos.

_ No deu para realizar seus sonhos nesse tempo todo?

_ S a metade.

_ Mas voc sonha ehhhhh!!!!!

_ Ento tudo bem, se veio me buscar, vamos logo para o cu.

_ Calma, quem disse que voc vai subir? Voc vai descer!!!!

_ Nossa!! Pensei que eu fosse desfrutar das delcias do paraso.

_ Voc vai ser tostado l embaixo.

_ Euuuuuuuuuuuuuuuuuu............. no d para aliviar a pena?

_ D... invs de ficar l um tempo eterno, pode ser para sempre.

_ Mas d no mesmo!!!!!!!!!!!!!!

_ Isso s um detalhe.

Mas para no sentir o impacto, deite-se no cho.

_ No sentido horizontal?

_ J viu deitar de p?

_ No d pra tir-los hora nenhuma!!!

_ Est de brincadeira comigo, olha que te corto o principal!!

_ A no, vou guard-lo de relquiaaaaaaaaaaaaaa.

_ Deite-se logo, de qualquer jeito!

_ Mas Dona Morte, no d pra deitar meio de lado, assim disfara a barriga, que comi muita bolacha passa tempo e engordei.

__ Tanto faz, fique de costas ento.

_ Mas assim que no, imagine um defunto de costas!!!

_ Defunto defunto de frente ou de costas.

_ Mas como vou me sentir ficando de costas para as lgrimas?

_ Depois de tanto tempo vivo ningum vai chorar pela sua morte, vamos, deite-se logo para que eu faa o ritual da retirada da alma.

_ Espera s 100 anos.

_ Agora! ( A morte grita e tira a alma de Reginaldo)

Reginaldo se v ao lado do corpo e diz:

_ Nossa!! Pensei que fosse mais dodo, s no sabia que a alma saa pelo andar de baixo, o ventinho foi at suave, j imaginou se fosse um terremoto, seria um desastre corpreo!!!!

Reginaldo depois de algum tempo senta-se perto do caixo e diz:

_ Ah que pecado deix-lo, voc que j foi eu e agora apenas uma caricatura amarelada e todo crespo de rugas, mas pensando bem, estou melhor agora, mais liso, mas ainda tenho defeitos... meus cabelos ainda caem, minha dentadura ainda no se adaptou ao meu maxilar pontiagudo e meu chul... esse ainda est bem acentuado!

A morte se aproxima e diz:

_ Para de reclamar, ainda no entendeu que agora ser uma mmia defumada?!!!

_ Que destino tem uma mmia defumada?

_ um processo de ressecamento csmico.

_ E pra que serve?

_ Tudo que no usar mais secar.

_ At o principal?

_ Esse principalmente.

Reginaldo leva um susto to grande que foge do prprio velrio, pegou carona na calda de um cometa e at hoje ningum achou Reginaldo, que histria heiiiiiiiiiiiiiiiii!!!!

Influncia azul

Uma certa noite fitando o cu me perdi entre a beleza das estrelas, entre o mistrio do cosmo...

No repente do momento meus olhos se encantaram tambm com o cintilar terrestre, eram os pirilampos envaidecendo a noite num doce cortejo...

Tudo reluz em uma magia mstica, um endeusar testemunhando a beleza da lua azul.

A lua azul a segunda lua cheia do ms, exalta uma noite de celebrao, um paradigma divinal. Dizem que transmite uma dose dupla de energia espiritual sobre a terra, de proteo ao amor.

Aos que costumam celebrar esse momento chamado de Celebrao do ciclo das 13 luas. Isso a magnitude da lua azul.

translcido essa magia toda, sentindo a diviso das luzes, a manifestao dos sentidos mais profundos.

no momento de inspirao que entramos em contato com nosso eu interior, outros mundos subdivididos dentro de nosso prprio mistrio.

A lua exerce poder sobre as mars, sobre mitos e lendas, incomensurvel tanto ritual dentro do contexto meldico da natureza.

Novamente me perco na imensido luminosa das estrelas, da lua e dos astros, uma criao que incorpora uma reao surpreendente, magntica, cheia de metamorfose e renovao.

Tudo mgico e espetacular, tudo maravilhosamente potico, sinfnico.

Meu globo ocular inspira-se ainda mais com uma conexo cerebral em me identificar com a intensidade da lua azul.

Tudo mstico, encantador e ao mesmo tempo cientfico. Na medida que distancia as ondas eletromagnticas variam as radiaes mostrando vrias cores que propagam-se de maneira retilnea, mas a luz azul a nica difusa em todas as direes por isso o cu parece azul.

Tudo surpreendente, mgico em efeitos especiais.

Sempre me incorporo na imensido de cada criao e sinto a exuberncia de cada apresentao.

A lua azul vem endeusar essa cor ocenica, essa cor infinita de degrades particulares...

Quando fito o cristalino do azul como se sentisse os patamares da grande alma, onde ondas vo se conectando ao branco e misturando-se em infinitos azuis.

No existe fronteiras para quem possui a sensibilidade de entender a magia da criao, o tom potico de cada onda sonora, de cada partcula de luz.

Sou assim, asas azuis mistificando o pr do sol, flutuando a imaginao pela estrada do arco ris, imortalizando a sensibilidade no voo do beija-flor.

E assim me rendo a viso dos sonhos onde tudo posso, onde me idealizo e me doo a infinita ternura.

Sinto em meus pensamentos a potncia do hidrognio que originou a vida com a unio dos elementos e da inspirao universal.

realmente fascinante o poder de emitir a positividade atravs da crena, do sorriso e da paz interior.

Que os braos do cosmo aquea toda humanidade e mostre que o nico caminho o amor.

Que a influncia azul ilumine todos os coraes com sabedoria e paz.

Sonhos de uma noite...

... Desperto e sinto uma sensao de cansao, comeo lembrar de sonhos malucos vividos durante a noite...

O primeiro sonho foi assim:

Eu era bab de Jesus pois naquela poca Jos era marceneiro, carpinteiro e toda profisso que terminava em eiro, Maria precisando de algum para ajud-la convidou-me para trabalhar.

O tempo foi passando e Maria percebera que eu faria de Jesus um bom comediante, foi ento que fui despedida pois a histria de Jesus deveria ser dramtica.

O problema que estou desempregada at hoje!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Depois percebi que com o tempo foi ficando cada vez mais difcil, participei at da batalha a favor dos Espartas, eu era um escudo!!

Resolvi viajar para o futuro pois o passado estava muito ruim.

Entre o passado e o futuro tive que passar pelo espao, levei um susto pois fui obrigada a me esconder atrs de uma montanha de nuvens, o espao era um verdadeiro campo minado, Sadan Russen estava bombardeando tudo, queria conquistar o cu de qualquer maneira.

Depois de tanta luta rendido e condenado.

Cansei daquela viso, foi ento que resolvi aceitar a carona de um morcego, a comeou a aventura, ele se apresentou como um morcego aqutico e eu ali sem colete salva vidas.,.

O pouso foi perfeito, como ele estava faminto, convidou-me para almoar.

De primeirssima mo pede um chourio mal passado.

Ele pouco falava, morava em uma manso toda vermelha.

O morcego reconhece minhas qualidades e me convida para ser sua detetive, queria descobrir sua origem.

Passei a ser a detetive 008, disse a ele:

_ No se preocupe, descobrirei os seus ancestrais.

De pesquisa em pesquisa descobri que l pelo serto da Transilvnia havia uma sereia sedutora. O tatarav do morcego aqutico fora apaixonado pela sereia que fugia para desabrochar em seu territrio.

De uma mordida fulminante nasceu o morcego aqutico. Em sua mamadeira s havia leite de baleia temperado com sangue de tubaro branco e vinho do conde.

Adolescente ainda, o morcego aqutico com apenas 600 aninhos de vida foi ao dentista pela primeira vez, com problema dentrio precisou colocar prtese deixando as mordidas cada vez mais precrias.

Um certo dia o morcego queria marcar um encontro comigo, como no queria virar chourio resolvi fugir.

De sonho em sonho despenquei bem no meio de um filme onde um ndio montava um cavalo selvagem, fui aparecer bem na garupa do animal, de tanto pulo fui ao cho, o ndio segurou uma lana afiada e disse:

_ ndio adora cortar escalpo de detetive intrometida em cena de filme!!!!

_ Foi sem querer seu ndio!!!! Meu cabelo rebelde, ningum pode com ele!!!!

_ndio adora escalpo rebelde!!!!

O ndio me joga em cima do cavalo, em pouco tempo chegamos a tribo, foi logo colocando gua em um caldeiro enorme.

Disse:

_ Escalpo rebelde entra no caldeiro!!!!

_ Eu tenho alergia a gua quente...

_ Entraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

Fui logo mergulhando no caldeiro.

O ndio coloca junto miojo e sason.

Eu perguntei:

_ No vai colocar alguns legumes?

Senti que o fogo esquentava a gua, o miojo j estava mole e eu quase temperada.

Foi ento que o ndio jogou em meus cabelos um exrcito de piolhos machos, disse que era o recheio.

Quando a gua comeou a ferver eu despertei do sonho e nem senti o sabor do miojo...

Mas que sonho malucoooooooooooooooooooooooooo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Algum j teve um sonho maluco assim?????????????????????????????????????

O NINJA ROSA

Ninja ou Shinobi eram habitantes camponeses das provncias de Iga e Koga, conhecidos por suas habilidades de infiltrao no Japo feudal do sculo XIV.

Seus trabalhos envolviam espionagem, sabotagem, dentre outros...

A filosofia de vida era chamada de Nipo, envolvendo a adaptao, a liberdade e a perseverana.

O Shinobi Shozoku, ou uniforme ninja, tinha por funo camuflar, facilitar a invisibilidade com cores escuras como azul marinho, marrom escuro e outras tonalidades.

(Informaes tiradas da Net)

Comea a stira da histria...

Soke, o grande mestre recebe um ninja com grande habilidade e conhecimento na arte dos ninjas denominada Ninjutsu.

_ Precisamos arquitetar uma espionagem com total segurana.

_ No se preocupe Mestre, tudo dar certo. Seremos protegidos pela filosofia de Bujinkan, o templo do Deus Guerreiro.

A noite azula o cenrio e na manso lils cercada por um bosque homens se renem.

Os ninjas se posicionam para a invaso, precisam desvendar o desaparecimento de muitas jovens.

O problema que a manso estava protegida por outros ninjas que ficavam camuflados em cima das rvores.

Os ninjas do Bujinkan caminham para manso mas so surpreendidos pelos outros ninjas que tambm havia Kunoichi, mulheres.

A situao estava difcil pois todos eram super treinados e nesse instante comea chover shakens, ou seja, estrelas ninjas.

Os homens da manso saem com metralhadoras e domina os ninjas do Bujinkan.

De repente, no se sabe de onde surge um ninja com um Shinobi Shozoku, uniforme rosa. Ele parecia flutuar feito pluma em seus movimentos certeiros e seus gritos agudos.

Um homem com aparncia cruel e de metralhadora atira sem pensar, porm no consegue acertar, o ninja rosa pula como se fosse um canguru e tinha como companhia sua inseparvel Ninja to, ou seja, uma espada com lmina reta cheia de coraozinho.

Um dos homens grita:

_ O que isso? Uma donzela querendo brincar de canivete?

_ Uiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii, olha como fala homem do sbmundo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Sou o mestre da estrela rosa, fao coisas que voc nem imagina....

_ Vocs ninjas do Bujinkan, vo morrer agora!!! Diz um dos homens

O ninja rosa diz:

Ningum aqui vai morrer e nem ser escravo, essa minha missoooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

O ninja rosa comea se requebrar todo para desviar dos tiros, sai correndo, desvia dos outros ninjas, chega dentro da manso, vai ao som e coloca um funk, comea danar e ao mesmo tempo desviar dos tiros...

Tentando fugir corre de um lado para o outro e descobre uma passagem secreta, pula alguns obstculos e chega ao subterrneo onde encontra vrias jovens prisioneiras que seriam mandadas para outros pases.

Nesse instante comea a maior luta entre os ninjas e mafiosos, o cor de rosa fica de ponta cabea, grita feito arara, quebra um aqurio enorme.... mas de repente todos o fitam assustados pois nele comea a nascer pelos enormes.

_ Uiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii, como pode? Hoje nem lua cheia!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

_ Mas o que isso? Um ninja lobigay?

_ Uiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii, esse meu uivo feroz!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Uiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii

A transformao feita e at os Pelos so rosa e nas patas aparecem sapatos de salto e uma bolsa de maquiagem.

Os ninjas ficam surpresos e no entendem a cena.

De repente o lobigay transforma-se e um drago, e nessa confuso toda as jovens conseguem fugir do cativeiro. Os mafiosos foram presos e o ninja rosa volta a seu estado normal.

_ Desculpem toda essa camuflagem, que sou um ninja das estrelas e uso todos os efeitos especiais para confundir, espantar e prender os fora da lei.

Os ninjas do Bujinkan agradecem e se despedem com a sensao de misso cumprida.

O ninja rosa com seu grito agudo chama sua raposa voadora e juntos seguem rumo ao infinito gritando:

Uiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii, meu juzo falecidooooooooooooooooooooo, sou um ninja do barulho, uiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii

NOS BRAOS DA VIDA

Nos braos da vida somos crianas, anjos, fadas, faras, deuses e semideuses.

Nos braos da vida somos luzes da inspirao paginando a criao.

Nossos pensamentos voam alto, vai alm da imensido, alm do pecado e do limite, ento chegamos ao espao imortal, a sensao indescritvel!

De repente muda o cenrio, pula-se de para quedas, torna-se alpinista, mergulha-se sem medo na seduo do perigo...

Olhos testemunham um fascinante monlogo de uma estrela, protagonista do tempo...

Podemos tudo quando estamos nos braos do pensamento... No silncio podemos ouvi-las, so as fadas falando da pureza do amor, esse sentimento que faz a diferena e nos envolve nos braos da vida.

Satirizando a cena

J escrevi sobre o piolho ninja, agora a inspirao pede que eu escreva sobre o piolho virtual que no real mais possui um poder teleptico.

Se de repente, entre um papo e outro sentir uma coceirinha, pode ser a celebridade piolho virtual entrando em ao...

Esse piolho vive fazendo experincias cientfica, j tem projetos arquitetnicos magnficos.

Pensa em fazer a vacina contra o dengo que o marido da dengue, gripe suna, bovina e outras. aventureiro, vive pulando de cabelo em cabelo virtual.

O piolho danarino, fascinado pelos Beatles.

O piolho tornou-se vegetariano e adora razes, de tanto comer cenouras olhou-se no espelho e enxergou um coelho, veja s!!!!!

Esse piolho do barulho, pensa at em fazer cinema em hollywood, ser o mais novo super heri.

Muito legal imaginar e transportar-se, isso ... fantasiaaaaaaaaaa

QUANDO DESLIGAR-ME DESSE PLANETA BIOSFRICO

Quando desligar-me desse planeta biosfrico

num repente talvez ...

no importar o tempo cronolgico vivido

e sim a essncia deixada...

Se o convite divino vier de repente

deixarei meu olhar para eternizar a ternura.

No haver despedida pois prefiro a doce lembrana...

deixarei um caminho de flores para um dia me achares...

Se de repente o tempo disser "STOP"!

no olharei para trs

mas deixarei um raio de luz

para iluminar a todos que se identificarem com a sensibilidade.

Quando desligar-me desse planeta biosfrico

deixarei sementes plantadas de amor, poesia, paz e lealdade.

Em cada pr do sol estarei, em cada luz do luar estarei,

como se fosse um outdoor da memria num desainer fosforescente...

Sem panfletos de despedida, simplesmente estarei, continuarei, serei...

Alma criminosa

um desafio sinistro estudar a alma de um criminoso. Qual a funo de tais neurnios? Fugindo da prpria realidade com a memria ofuscando a personalidade! O que leva um ser humano a tornar-se desumano e tirar a vida de outra pessoa? At onde a ausncia de conscincia atinge a sensibilidade e o equilbrio?

Se a alma um enigma de labirintos onde esconde o instinto criminoso? Ser um instinto que vem na bagagem desde o nascimento?

O criminoso mata sem pensar em consequncia. Por que o crebro torna-se desordenado e a ndole fica maquiavlica? No se pode julgar todos por um e mesmo que o ambiente familiar seja ruim, ainda h esperana de pessoas boas quererem lutar pelo lado bom da vida.

Fludos benficos fazem bem a auto estima. Todo ser precisa acreditar que existe um lado paralelo onde a esperana seja guardi, onde realmente exista um lado consistente, convincente e atraente, um convite para que o ser em regime de clausura oculta sasse de seu individualismo, de sua revolta e fosse ser feliz no mundo mgico do conhecimento, da dana, do canto, enfim, em todas as reas que a criatividade pode oferecer.

Talvez esse mundo paralelo ajudasse a diminuir o ndice de criminalidade. A personalidade vai adquirindo uma formao desde o nascimento por isso a ateno, o carinho e demonstraes de deveres importante, mas como diz o ditado: "Cada caso um caso ".

Traumas na infncia leva a rejeio e assim, s vezes, os fatos se transformam em atrocidades. A ao de vingana gera deformao ao estmulo da criatividade. A anomalia, s vezes, leva um ser ao instinto primitivo. A alma criminosa no conhece limite, no sente culpa, no tem apego, a luz do bem passa a ser inimiga e criada uma muralha de defesa contra bons pensamentos, desta forma se faz um psicopata, sem emoo. manipulada a conscincia em alguns casos tornando-se escravo de delitos, um cativeiro da prpria indignao.

Circunstncias hediondas so registradas cada 24 horas. Em que terremoto cerebral se esconde uma alma criminosa? Um ser perturbado como se fosse um nufrago do destino. Qual ser o mapa gentico de um ser humano que nasce visivelmente perfeito, e ao crescer torna-se um desumano? Ser que a resposta de tudo est em sinais ancestrais? qual ser o segredo desse tipo de DNA? Como se formou tais cromossomos?

Talvez o mistrio seja bem mais amplo que nosso conhecimento, longe estamos de entender os enigmas do crebro. A explicao humana muito limitada, um campo perdido diante de milhes de clulas.

O corao passa a ser apenas um msculo e no um smbolo sentimental. Talvez a alma criminosa esteja ligada a um mundo inexplicvel, o dramaturgo Willian Shakespeare disse certa vez:

"Entre o cu e a terra existe bem mais coisa que nossa v filosofia". A alma criminosa se perde constantemente em fragmentos incertos. Um destino premeditado, calculista, ironiza cada ato, cada gesto sombrio...Talvez a maldade espiritual esteja ligada ao passado ancestral...

Corpo sem alma cadver, pois ento o que h por trs de uma alma criminosa? Talvez o mesmo deforme as estruturas. O amor seria a soluo, mas como fazer o crebro entender essa mgica? Somente Deus entende o processo da criao e os mistrios de cada personalidade.

Que a luz esteja presente em cada mente, em cada angstia, e que as mos estendam para ajudar ao prximo.

DOCE MISTRIO

Seu reflexo revelou um outro horizonte,

j te conheci em outro tempo,

sentimos o cheiro das mesmas flores...

Venho buscando sua essncia

h muitos sculos.

Sua alma se veste com o brilho da lua,

que sustenta sua imortalidade nua.

Esse amor um doce mistrio

de milnios.

Voc j fez parte de tantos sonhos,

tantas inspiraes...

mas sempre era sua imagem, um eterno querer,

uma eterna seduo,

esse sentido que eu procurava...

O ASTRNOMO E A LUZ NO NOVO MILNIO

Um astrnomo fascinado com o espao, fica horas e horas fitando as nebulosas, corpo celeste gasoso e nevoento formado de uma concentrao de gs ou poeira estelar. De repente seus olhos se perdem em uma nebulosa difusa, cerca de 200 anos-luz, mas a frente uma difusa tpica medindo cerca de trinta anos-luz e com densidade de dez tomos por centmetro cbico.

Depois de algum tempo seus olhos se afastam de seu telescpio especial e fita o cu, podendo observar a nica nebulosa visvel a olho nu, a de rion, a mais brilhante e estudada entre s difusas.

Antes de repousar resolve olhar no telescpio novamente, desta vez se sente maravilhado com a beleza da galxia de Andrmeda, o mistrio espacial faz do astrnomo um verdadeiro sonhador, mas se surpreende quando uma luz estranha tenta fazer contato, tenta raciocinar, fazer clculos, mas mesmo assim no entende.

Fica to ansioso que vai casa de um amigo contar a novidade:

_ Cleiton, sei que fora de hora, desculpe, mas preciso contar o que vi!

_ O que aconteceu, Carlos Augusto?

Os amigos trocam ideias e Cleiton fica radiante com a novidade, o tempo passa e o astrnomo resolve ir embora para um descanso, o dia passa e a noite retorna com um aroma convidando Carlos Augusto para mais uma viso fascinante pelo telescpio.

Cada momento parecia um novo espetculo no espao, estrelas captavam as beleza do universo seduzindo ainda mais o astrnomo sonhador, de repente l estavam os mesmos sinais da noite anterior, ele observa de todos os ngulos, se surpreende ao ver o brilho se mover com tal velocidade que num instante atinge a atmosfera.

_ Meu Deus, como pode ultrapassar tantos anos-luz em instantes?!!!!!!!!!

No repente do momento, toma conta de seu ambiente de trabalho uma luz muito intensa, ele no entende, fica atnito. A luz vai diminuindo a intensidade e logo se transforma em um homem de barbas brancas envolto a uma aura lils, sem palavras a dizer o astrnomo se expressa com os olhos.

O homem de olhar bondoso diz: _ Precisamos ajudar a humanidade, a misso ser rdua, mas com f conseguiremos.

_ Quem o senhor? _ pergunta Carlos Augusto (astrnomo)

_ Sou a ajuda que tantos pedem em orao.

_ Por acaso Cristo, ou algum anjo?

_ Toda alma conquista a liberdade dos anjos, dependendo da bondade do corao.

_ No sei como poderei ajudar!

_ Todos que possuem a sensibilidade dos sonhos, podem ajudar.

Voc tem uma alma pura, por isso o escolhi.

_ Sou um simples astrnomo sonhador!

_ A alma se faz nobre quando possui o brilho da simplicidade.

Me sentarei em uma mesa com doze profetas e voc ser um deles, traaremos os caminhos para ajudar a humanidade.

_ Eu? Como?

Serei eu um apstolo?

_ Voc far sua prpria compreenso.

_ E se tiver outro Judas?

_ A evoluo espiritual lhes dar poder para entender a verdade no olhar, pois a luz do corao estar fluorescente.

_ Todos os heris contados pela histria foram trados, por isso morreram.

_ A traio a perdio da alma, cada erro cometido atrasa muito a evoluo. Por isso seremos unidos pela paz, lealdade e pelo amor.

Os doze profetas sero um astrnomo que voc, um socilogo, um mdico, um policial florestal, um arquelogo, um poeta, um poltico, um padre, um esprita, um pintor, um deficiente e um mendigo.

_ Mas porque pessoas to diferentes?

_ Justamente para provarmos ao mundo que o amor, a f e a lealdade cabem em qualquer lugar.

_ Mas porque um mendigo e um deficiente? O que um padre e um esprita tem em comum?

_ Ambos acreditam na eternidade e no amor do Pai do Universo, mesmo que seja de maneira diferente!

Nossa misso ser igualar as diferenas e unir os filhos do Senhor, no existir classes sociais, pois o mundo puro de total beleza e eterna juventude espiritual.

Da enfermidade e da misria brotar um mundo mais sensvel, humilde e conformado, com a luz da redeno mostrando aos seres que a alma pode ser livre e nobre, s querer conquistar iluminados horizontes.

Cada um de ns mostrar o amor em infinitas dimenses, em ngulos positivos e verdadeiros.

Pessoas no precisaram ser escravos da fome, iluso causada pelo prprio homem, unidos no faltar a ningum.

Mostraremos que ao deixar o corpo, a nica bagagem que levaremos ser o bem e o amor que conquistamos no perodo terrestre, e a lealdade que ensinamos.

E agora hora de irmos, pois os outros nos espera na grande mesa da sabedoria.

Ento os seguidores do bem se iluminam feito estrelas e contornam o mundo com a magia de amar, ensinando aos povos que a unio faz o poder e o amor cristaliza esse poder.

Deus sorri feliz e abre os braos para envolver seu rebanho, confiando assim no prximo milnio.

As estrelas entram em cena e nossa senhora canta um lindo hino de paz e confraternizao.

SEIOS AO MAR

Dos seios do mar nasce as brancas ondas alimentando a praia de total beleza. Areia desnuda se mostra aos ps tambm desnudos se entregando sem receio, em total encanto.

Dos seios do mar brota uma espuma branca invadindo rochas, mostrando-se a moluscos e sereias, descansando na mar.

As ondas sobem e descem de seus patamares, deslizam e procuram caminhos eternos.

Os seios do mar nasce em leito branco a se inspirar, a se endeusar no olhar de lindas estrelas. O mistrio do mar se enamora com o mergulho do cu em plena aurora boreal.

O bailar das palavras soam como melodia incandescente num tempo sem cronologia, inesperado o pulsar de cada sonhar, a beleza do acontecer vem de vagar, muitas vezes sem deixar vestgios, mesmo belo esse dom de fazer palavras se apaixonarem, se guiarem num majestoso mundo estelar.

O olhar mostra verdades, as palavras mostram caminhos, a alma eterniza desejos e o corao, ah... somente o corao sabe sonhar!

Sempre digo, que quem faz do corao uma joia rara, ressuscita. Mas, quem faz do corao um iceberg, reencarna!

Alma reservada

A alma reservada como se fosse uma mina de diamantes cujo mapa muito difcil encontrar.

ter esprito de garimpeiro para aventurar nessa busca sem temer os perigos.

A alma reservada uma caixinha de surpresa podendo conter em seu interior uma joia rara ou um anjo em formato humano.

A alma reservada guarda um tesouro sagrado nas profundezas do corao que somente a magia pode encontrar.

A alma reservada reside num mundo paradisaco, silencioso, sabe refletir e definir situaes.

Sabe conquistar atravs dos atos brandos, distintos e serenos.

A alma reservada uma relquia, uma verdadeira joia rara, puro anjo em lapidao.

Em seu mundo interior existe uma beleza fantstica, um portal restrito ao corao.

A alma humana possui particularidades, emoes que somente Deus conhece...

AZUL DE SEUS OLHOS

O azul de seus olhos

parece fronteira entre cu e mar,

encanta golfinhos e sereias

e os fazem cantar.

O azul de seus olhos

semelhante ao diamante azul,

uma claridade que vai de norte a sul

e invade todos os sentidos.

O azul de seus olhos

tem um celeste celestial

um azul emocional que se faz especial,

so gotas de sonhos iluminando um portal...

QUILLA

A lua era chamada de Quilla pelos incas.

Era retratada como a musa dos poetas,

Esperana dos amantes sendo coroada em suas fases.

Quilla pousava nua no azulado da noite mostrando-se como

Testemunha da suprema realeza.

Como tero do universo fez-se me dos pirilampos,

Fada dos coraes...

Sentia-se abenoada pelos olhares apaixonados,

Fora tatuada no reflexo dos rios

Mostrando sua silhueta bem clara.

Quilla, lua, inspirao dos indgenas,

Inspirao da imortalidade...

A flora e a fauna fazem a reverncia ao pr do sol

Onde a natureza descansa na paz dos deuses.

Quilla, orao dos amores...

Minha alma pertence a lua, onde adormece pura,

E com lbios desnudos

Espera pelo beijo do sol

E carinhos eternos do cu...

Lembrana solitria

...A gara voa um voo baixo, como sentindo a tristeza do lugar, so lembranas que s vezes o prprio vento vem lembrar, levantando a poeira das sepulturas solitrias...

Os mortos repousam numa plida sombra onde a cruz ergue-se em sinal de respeito e tristeza.

As rvores num tom melanclico sussurra baixinho no recinto sinistro...

A solido geme quando o vento vem mais forte fazendo chorar os coraes adormecidos pela morte.

As lembranas chegam acolhendo o riso do amigo, o beijo da amada, tudo se desfaz como fumaa, pois so apenas miragens camufladas e perenes...

O consolo vem com o tempo, se que se pode chamar de consolo a saudade que di no peito..

A solido de um anjo.

O anjo reluz, seduz com sua luz, todos veneram, adoram e demonstram f.

O anjo idolatrado, canonizado, tornando-se simbologia santa.

O anjo se neutraliza para ouvir, estender as mos, acolher coraes aflitos...

O anjo esquece que existe vida prpria para entregar seu tempo aliviando solides e iluses...

O anjo aquece a alma e num gesto faz tudo ficar azul,

uma palavra muda o cenrio e transforma a dor em amor.

O anjo transmite paz, transforma amargura em ternura, protege e liberta.

Mas ningum imagina como a solido de um anjo que vive solitrio doando-se para cumprir a misso, e o tempo que raramente resta para admirar a lua ...

QUE.

Que toda a clarividncia da alma estimule os sentidos...

Que a fatalidade do destino no desanime seus atos...

Que o desejo carnal no supere o incomensurvel poder de amar...

Que a clorofila esteja presente em cada momento de esperana...

Que o vnculo supremo desperte sua sensibilidade cultivando a paz...

Que jamais brinques com sentimentos, pois tudo que se planta colhe...

Que Deus esteja sempre iluminando sua majestosa inspirao...

Estava pensando...

Estava pensando...

Em cada experincia somos diferentes, pois tudo aprendizado, renascemos a cada dia, mas em quantos momentos nos conhecemos de fato?

Quantas juras guardadas no peito e preservadas, outras at esquecidas...

Estamos seguindo em frente rumo ao desconhecido, seremos personagens de um grande livro? qual ser nossa real identidade?

O importante nunca esquecermos o principal... que a vida feita de amor e s o amor transforma tudo para o bem...

A traduo do amor

Numa sintonia efmera fechei os olhos e senti-me livre,

leve, santa, fada e anjo...

No sentido metafrico decifrei enigmas do amor em tupi-guarani

ouvindo uma voz vinda do corao:

"I nhi irum a ibaca"

Seu corao meu cu

"I iacirendi nde ea, irum a nheengar"

O luar de seus olhos meu cantar

"Iand jurupiti irum iep itaberabaet"

Nosso beijo um diamante

"Emimetara upiter emb"

Desejo beijar seus lbios

...E numa magia translcida entreguei-me aos braos da fantasia e conheci

a felicidade...

ATLNTIDA

Muitos acreditam que Atlntida existiu e depois submergiu.

Atlntida pode at ser um captulo perdido, porm jamais esquecido.

As lendas tornam-se maestria do tempo, revigorando a realidade.

O corao pode ser visto como uma ilha, alguns com livre acesso, outros escondidos entre a escurido dos pntanos sombrios.

Atlntida seria a mstica sensao de mergulhar em guas profundas, aquecidas e sensuais e tornando-se sacerdotisa das profecias.

Transportar-se para Atlntida seria alusivo a chegar terceira margem, ou seja conquistar um sonho por merecimento.

Salientar essa verso transcende um querer alm das dunas paradisacas, alm dos portais e mananciais...

FILOSOFIA DA FANTASIA

Se as estrelas tivessem vergonha de se mostrar noite seria s de escurido.

As palavras de amor s tem valor quando saem do corao.

Sua aura brilha mais que uma constelao, por isso digo: "Voc pra mim a mais linda cano"!

Toda palavra pouca diante do bem que te quero!

Esse bem vem de uma longa espera, vem de uma doce nostalgia...

Poetisa...

Poetizar endeusar as formas naturais transformando-as transcendentais...

ser poetisa sentir o aroma da flor num simples gesto de estender a mo,

poetizar chegar de mansinho e fazer um carinho...

ser poetisa sentir as notas musicais dos pssaros num simples fechar de olhos,

ser poetisa criar, esperar, sonhar, ter f que amanh ser melhor...

Ser poetisa... ser que algum entende o corao de uma poetisa?

Amor e Sexo

O sexo por si s torna-se prazer de momento, castelo de areia sem firmamento.

O amor alicerce, estrutura slida, paz e aconchego.

O amor busca vertentes de renovao, o sexo por si s se desgasta com o tempo...

O sexo por si s faz do corpo um suporte, s vezes um labirinto...

O amor nascente pura no manto sagrado, horizonte unindo o cu, o mar e a terra, unindo os hemisfrios e pontos cardeais do corao.

O amor luz, aquece a alma e quando vinculado ao sexo, ai sim, tornar-se- uma fortaleza inatingvel.

Como aprender essa virtude?

s ter autenticidade nas emoes e abrir o corao.

Elemento terra e Elemento gua.

gua em demasia encharca a terra, porm, em terra rida a vida torna-se escassa. A natureza da terra ser slida, reservada, silenciosa, serve de argila para inspiraes esculturais, manto para abrigar os mortos e superfcie para a vida. A gua acaricia pedras, acalma a natureza e, s vezes, mostra-se como tempestade devastando planaltos e plancies.

A terra precisa da gua para que em seu ventre brote a vida, a gua precisa da sustentao da terra para identificar-se em seu leito.

A terra resiste ao tempo por ser concreta, a gua por ser sensvel e lquida evapora, conforme a temperatura se solidifica.

Por tanto se um dia extinguir-se a gua, a terra morrer em sua quietude.

A gua como sangue que corre nas veias da terra, e a gesto ambiental consiste, principalmente, no equilbrio e entendimento dos elementos...

Doce corao

Uma mulher aparentando 30 anos, cansada de sofrer no seu querido serto, resolve abandonar tudo e partir. Seus olhos fitam a imagem como ltima lembrana. A fumaa do fogo lenha ainda mostrava sinal de vida, esperando o alimento que no chegava.

Alguns passos da pequena casa estava a viso mais doda, duas cruzes em terra seca e saliente abrigavam os corpos do marido e do filho de apenas 1 ano.

Com lgrimas nos olhos, segura uma pequena sacola de roupa e segue o rumo da estrada.

Aguentava sol, chuva, dormia nas encostas do caminho e nem sentia, sua dor j havia ocupado todos os espaos.

Consegue uma carona e chega cidade grande, atravessa uma avenida e ignorada pelos seus trajes sujos. Sai andando sem perspectiva.

Depois de horas de caminhada, encontra uma carteira cheia de dinheiro e um carto com nome e endereo. Ela se espanta.

_ Com esse dinheiro todo posso mudar minha vida... mas, pensando bem... vou devolver a carteira.

Perguntando, chega ao endereo, uma manso maravilhosa. Aperta o interfone e logo aparece uma empregada perguntando: _ O que voc quer mendiga?

_ Preciso falar com o sr. Paulo.

_ O sr. Paulo no recebe gente desse tipo, v embora!

_ No saio daqui sem antes falar com o sr. Paulo!

Nesse instante chega Augusto com seu carro conversvel, um verdadeiro luxo!

_ o que est acontecendo?

_ Sr. Augusto, essa mendiga insiste em falar com seu pai!

_ O que voc quer?

_ Eu...s vim entregar essa carteira que achei.

A empregada, com arrogncia diz:

_ Achou ou roubou?

_ Sou honesta e de meu valor quem sabe Deus!

Augusto olha bem a mulher maltrapilha e depois abre a carteira.

_ Quero que meu pai conhea a pessoa maravilhosa que achou sua carteira.

A empregada indignada diz:

_ O qu? Uma mendiga maravilhosa?!!!!1

_ Marta, voc s est trabalhando aqui porque minha me perdoou seus vacilos, agora entre e anuncie essa mulher para meu pai.

A empregada entra reclamando.

Augusto pergunta a mulher:

_ Qual s