viabilidade do aproveitamento de Água de chuva em zonas urbanas.. estudo de caso no municÍpio de...
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAISPROGRAMA DE PS-GRADUAO EM SANEAMENTO,
MEIO AMBIENTE E RECURSOS HDRICOS
VIABILIDADE DO APROVEITAMENTO DE
GUA DE CHUVA EM ZONAS URBANAS:
ESTUDO DE CASO NO MUNICPIO DE BELO
HORIZONTE - MG
Manuelle Prado Cardoso
Belo Horizonte
2009
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VIABILIDADE DO APROVEITAMENTO DE GUA DE
CHUVA EM ZONAS URBANAS: ESTUDO DE CASO
NO MUNICPIO DE BELO HORIZONTE - MG
Manuelle Prado Cardoso
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Manuelle Prado Cardoso
VIABILIDADE DO APROVEITAMENTO DE GUA DE
CHUVA EM ZONAS URBANAS: ESTUDO DE CASO NO
MUNICPIO DE BELO HORIZONTE - MG
Dissertao apresentada ao Programa de Ps-graduao
em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hdricos da
Universidade Federal de Minas Gerais, como requisito
parcial obteno do ttulo de Mestre em Saneamento,
Meio Ambiente e Recursos Hdricos.
rea de concentrao: Saneamento
Linha de pesquisa: Qualidade e tratamento de gua
para consumo humano.
Orientador: Valter Lcio de Pdua
Belo Horizonte
Escola de Engenharia da UFMG
2009
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AGRADECIMENTOS
Deus e Nossa Senhora, em primeiro lugar, por estarem sempre ao meu lado e de minha
famlia, iluminando os nossos caminhos.
Aos meus amados pais, Helenice e Manuel, pelo apoio incondicional, dedicao, amor,companheirismo e por me incentivarem, estando sempre ao meu lado. Amo muito vocs dois.
Ao meu grande amor, meu marido Jlio Csar, pelo amor, incentivo, ajuda e pacincia. Sem a
sua constante presena seria muito difcil a concluso dessa etapa da minha vida. Muito
obrigada, te amo.
Ao meu querido irmo, Manuel Fellipe, pela grande amizade, amor, considerao e ajuda na
pesquisa. Muito obrigada, Lipe. Te amo.
Ao professor Valter, pelo carinho e incentivo, durante toda a Iniciao Cientfica e Mestrado.
Foi um excelente orientador e amigo durante todos esses anos.
Ao Henrique, pela ajuda nas anlises de laboratrio. Muito obrigada pelo interesse e
dedicao.
Lucilaine e estagirias do laboratrio de espectofotometria, pelas anlises de metais.
professora Slvia, pela pacincia e disponibilidade em me ajudar nas anlises estatsticas.
Dayse, por me ajudar a enxergar alguns pontos importantes da pesquisa qualitativa,
fundamentais para o meu trabalho, e Gisele, pela disponibilidade e pelas sugestes.
FAPEMIG, pelo financiamento do projeto.
Poente Engenharia e Consultoria, pela compreenso e apoio.
Norma, Olvia e estagirias do laboratrio 801, pela ateno e ajuda.
Aos professores e funcionrios do Departamento de Engenharia Sanitria e Ambiental da
UFMG, pelos ensinamentos e carinho.
A todos familiares e amigos que torceram por mim e a todas as pessoas que participaram
direta e indiretamente deste trabalho.
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RESUMO
A presente pesquisa teve como objetivo geral avaliar a qualidade da gua de chuva captada
em Belo Horizonte - MG - Brasil, e verificar a percepo de moradores da cidade em relao
ao aproveitamento dessa gua para fins no potveis. A pesquisa quantitativa, sobre a
qualidade da gua de chuva, foi realizada em duas regies da cidade, Centro e Pampulha.
Foram instalados dois sistemas pilotos em cada regio, um apresentava superfcie de captao
constituda por telhas cermicas e o outro por telhas metlicas. Foram realizadas anlises
fsico-qumicas (pH, turbidez, cor aparente, alcalinidade, dureza, sulfato, ferro, mangans e
chumbo) e microbiolgicas (coliformes totais e Escherichia coli), de acordo com o Standard
Methods. As coletas ocorreram entre maro de 2008 e janeiro de 2009. Os parmetros
coliformes totais, cor aparente, turbidez e ferro no atingiram o padro recomendado pela
Norma Brasileira n 15.527/2007 da ABNT e Portaria n 518/2004 do Ministrio da Sade
quando foi descartado o volume de 2,0 L de gua de chuva por m2de telhado, indicados na
referida Norma. Alm disso, verificou-se que h diferena entre a qualidade das guas
captadas nas duas regies de estudo e nos dois tipos de telhas. As guas captadas pelas telhas
metlicas apresentaram qualidade microbiolgica superior s captadas nas telhas cermicas. A
respeito da possibilidade de utilizao de gua de chuva em algumas atividades, essa pode ser
uma ferramenta importante no combate ao uso indiscriminado de gua potvel. Entretanto,
para que medidas de aproveitamento da gua de chuva sejam realmente viveis, necessrio
que a populao aceite faz-las. Assim, viu-se a necessidade de insero de estudo qualitativo
para avaliar a percepo dos moradores da cidade de Belo Horizonte sobre o aproveitamento
de gua de chuva. Foram entrevistadas 18 pessoas, sendo que 9 apresentavam curso superior
completo e 9 ensino fundamental incompleto. O mtodo de coleta de dados utilizado na
presente pesquisa foi a entrevista a semi-estruturada e o mtodo de anlise foi o Discurso do
Sujeito Coletivo (DSC). As anlises dos DSCs sugerem que os entrevistados possuam
conscincia ambiental e eram a favor da utilizao de gua de chuva para fins no potveis,
como limpeza geral e irrigao de plantas. Percebeu-se que incentivos financeiros por parte de
algum rgo ou entidade seriam decisivos para que muitas pessoas residentes em reas
urbanas aproveitassem a gua de chuva. Foram citados como causas possveis da no
utilizao de gua de chuva na rea urbana: a falta de espao, dinheiro e conhecimento; gua
potvel disponvel em abundncia e pouco volume de gua de chuva armazenado.
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ABSTRACT
This research aims to evaluate the quality of the rain water collected in Belo Horizonte MG
Brazil, and verify the city inhabitants perception over the utilization of this water for non-
potable uses. The quantitative research about the rain water quality was carried out in two
parts of the city, Downtown and Pampulha. Two pilot systems were installed in each region,
one of them had the surface built with ceramics tiles and the other with metallic tiles. Physics
and chemistry analysis were carried out (pH, turbidity, apparent color, alkalinity, hardness,
sulfate, iron, manganese and lead) and microbiologic (total coliforms and Escherichia coli).
The water samples were collected from march 2008 to January 2009. The standard total
coliforms, apparent color, turbidity, and iron did not reach the standards by preconized the
Brazilian norm number 15,527/2007 of the ABNT (Brazilian Technical Standards
Association) and governmental decree 518/2004 Health State Department when 2.0 L of
rainwater per m of roof were discarded. A difference between the quality of the water
collected in the two regions analyzed and in the two kinds of tiles was verified. The water
collected by the metallic tiles showed a higher microbiologic quality than those collected by
the ceramics tiles. Concerning the possibility of the utilization of the rain water in some
activities, this can be an important tool in the struggle against the indiscriminate use of
potable water. Meanwhile, to make the use of rainwater feasible, its necessary that the
population accept it. In this way, a qualitative study was carried out to evaluate the awareness
of the Belo Horizontes inhabitants towards the utilization of the rain water. 18 people were
interviewed, 9 with a higher education degree and 9 with incomplete elementary school
degree. The data collecting method used in the research was the semi-structured interview and
the analysis method was the Discourse of the Collective Subject (DCS). The analysis of the
DCSs suggests that the interviewed people had an environmental consciousness and were for
the rain water utilization for non-potable uses like cleaning and irrigation plants. It is clear
that a financial help provided by the state would be decisive so that many people living in the
urban areas could use the rain water. Some facts were mentioned as possible causes for the
non-utilization of the rain water in the urban areas such as: lack of space, money and
knowledge; potable water in abundance and low level of rain water storage.
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SUMRIO
LISTA DE FIGURAS................................................................................................. .......................................... VII
LISTA DE TABELAS.........................................................................................................................................XVI
LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SMBOLOS .............................................................................. XVII
1. INTRODUO......................................................................................................... ............................................ 1
2. OBJETIVOS.............................................................................................. ............................................................ 3
2.1.OBJETIVO GERAL ............................................................................................... .............................................. 3
2.2.OBJETIVOS ESPECFICOS ...................................................................................................... ............................ 3
3. REVISO DA LITERATURA ................................................................................................ ........................... 4
3.1.DISPONIBILIDADE HDRICA NO BRASIL............................................................................................... ............. 4
3.2.ACAPTAO DE GUA DE CHUVA NA ANTIGUIDADE ...................................................................................... 5
3.3.SUPERFCIES DE CAPTAO DE GUA DE CHUVA ............................................................................................ 6
3.4.RESERVATRIOS PARA O ARMAZENAMENTO DE GUA ................................................................................... 9
3.5.MLTIPLAS BARREIRAS PARA PROTEO DA GUA DE CHUVA CAPTADA .................................................... 16
3.6.EXPERINCIAS COM A IMPLANTAO DE SISTEMAS DE APROVEITAMENTO DE GUA DE CHUVA ................. 21
3.7.LEIS DE INCENTIVO CAPTAO DE GUA DE CHUVA .............................................................................. .... 24
3.7.1. Legislaes municipais e estaduais brasileiras ...................................................................................24
3.7.2. Legislao Federal Brasileira...................................................................... ........................................ 27
3.7.3. Legislao estrangeira ............................................................... .......................................................... 28
3.8.PRINCIPAIS PORTARIAS ENORMAS SOBRE QUALIDADE DE GUA NO BRASIL .............................................. 28
3.9.QUALIDADE DA GUA DE CHUVA .................................................................................. ................................ 30
3.10.INFLUNCIA DA POLUIO DO AR NA QUALIDADE DA GUA DE CHUVA ..................................................... 33
3.11.VIABILIDADE ECONMICA DO APROVEITAMENTO DE GUA DE CHUVA EM REAS URBANAS .................... 35
3.12.PERCEPO DOS SUJEITOS ........................................................................................... ................................ 363.13.PESQUISA QUALITATIVA .................................................................................................... .......................... 38
3.13.1. Seleo de amostras.............................................................................. .............................................. 39
3.13.2. Mtodo de coleta de dados ....................................................................................... .......................... 40
3.13.3. Mtodo de anlise de dados ................................................................... ............................................ 42
3.14.DISCURSO DO SUJEITO COLETIVO ............................................................................................. .................. 42
4. MATERIAL E MTODOS .......................................................................................... ..................................... 44
4.1.QUALIDADE DA GUA DE CHUVA EM FUNO DO VOLUME DESCARTADO ................................................... 44
4.1.1. Sistema de coleta e armazenamento de gua de chuva na primeira fase da pesquisa ....................... 45
4.1.2. Sistema de coleta e armazenamento de gua de chuva na segunda fase da pesquisa........................ 494.1.3. Parmetros monitorados .......................................................................... ............................................ 50
4.1.3.1. Parmetros fsico-qumicos. .................................................................................... ..................... 50
4.1.3.2. Parmetros microbiolgicos. ................................................................... ..................................... 54
4.1.4. Coletas e anlises ....................................................................... .......................................................... 55
4.1.5. Monitoramento da precipitao nos dois locais de coleta .................................................................. 57
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4.1.6. Anlise estatstica .............................................................................. ................................................... 58
4.2.INVESTIGAO DA PERCEPO DOS SUJEITOS................................................................................. .............. 59
4.2.1. Elaborao de tpico-guia .................................................................................. ................................. 60
4.2.2. Submisso do projeto ao Comit de tica .......................................................... ................................. 64
4.2.3. Realizao do pr-teste.................. ........................................................................... ............................ 65
4.2.4. Seleo dos entrevistados ........................................................................ ............................................. 65
4.2.5. Anlise das entrevistas................................. ................................................................................ ......... 66
5. RESULTADOS E DISCUSSES ............................................................................................ ......................... 68
5.1.QUALIDADE DA GUA DA CHUVA CAPTADA EM BELO HORIZONTE .............................................................. 68
5.1.1. Comparao entre diferentes superfcies de captao localizadas em uma mesma regio............... 69
5.1.1.1. pH .......................................................................... ........................................................................ 69
5.1.1.2. Turbidez ....................................................................................... ................................................. 70
5.1.1.3. Cor aparente .......................................................................... ........................................................ 72
5.1.1.4. Alcalinidade ........................................................................ .......................................................... 74
5.1.1.5. Coliformes totais ................................................................. .......................................................... 75
5.1.1.6. Escherichia coli................................................................................................... .......................... 765.1.1.7. Sulfato ..................................................................................... ...................................................... 78
5.1.1.8. Ferro ........................................................................................ ...................................................... 79
5.1.1.9. Mangans ........................................................................... ........................................................... 80
5.1.1.10. Chumbo ............................................................................... ........................................................ 81
5.1.2. Comparao entre duas regies considerando um mesmo ponto de coleta ....................................... 82
5.1.2.1. pH .......................................................................... ........................................................................ 82
5.1.2.2. Turbidez ....................................................................................... ................................................. 83
5.1.2.3. Cor aparente .......................................................................... ........................................................ 84
5.1.2.4. Alcalinidade ........................................................................ .......................................................... 855.1.2.5. Coliformes totais ................................................................. .......................................................... 86
5.1.2.6. Escherichia coli................................................................................................... .......................... 88
5.1.2.7. Sulfato ..................................................................................... ...................................................... 88
5.1.2.8. Ferro ........................................................................................ ...................................................... 89
5.1.2.9. Mangans ........................................................................... ........................................................... 90
5.1.2.10. Chumbo ............................................................................... ........................................................ 91
5.2.PERCEPO DE ALGUNS SUJEITOS RESIDENTES EM BELO HORIZONTE ......................................................... 92
5.2.1. Discurso do Sujeito Coletivo .................................................................... ............................................ 92
5.2.2. Consideraes sobre os Discursos do Sujeito Coletivo......................... ............................................ 132
6. CONCLUSES ............................................................................................................. .................................... 134
7. RECOMENDAES............................................................................................. .......................................... 137
8. REFERNCIAS........................................................................................ ........................................................ 138
9. APNDICES ............................................................................................. ........................................................ 146
9.1.APNDICE A-GRFICOS BOX &WHISKER PLOTS E RESULTADOS DE ANLISES ESTATSTICAS ................ 146
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9.2.APNDICE BPRECIPITAO MEDIDA PELO PLUVIMETRO,TIPO CUNHA,IMPLANTADO NAS DUAS REGIESDE ESTUDO,PAMPULHA E CENTRO............................................................................................. ........................ 166
9.3.APNDICE CRESULTADOS DA PRIMEIRA ETAPA DA PESQUISA QUANTITATIVAMXIMOS E MNIMOS ..167
9.4.APNDICE DPROTOCOLO PARA COLETA DE DADOS ................................................................................. 168
9.5.APNDICE ETERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO .......................................................... 170
ANEXO .............................................................................................. .................................................................... 171
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Figura 4.7 - Fluxograma dos pontos de coleta em funo do tipo de superfcie de captao amostras dependentes..................................................................................................................... 58
Figura 4.8 - Fluxograma dos pontos de coleta em funo do tipo de superfcie de captao amostras independentes.................................................................................................................. 59
Figura 5.1 - Comparao entre o pH da gua do primeiro tubo de coleta: telhas cermica emetlica, regio da Pampulha......................................................................................................... 69
Figura 5.2 - Comparao entre o pH da gua do primeiro tubo de coleta: telhas cermica emetlica, regio do Centro.............................................................................................................. 69
Figura 5.3 - Comparao entre a turbidez da gua do terceiro tubo de coleta: telhas cermica emetlica, regio da Pampulha......................................................................................................... 71
Figura 5.4 - Comparao entre a turbidez da gua do terceiro tubo de coleta: telhas cermica emetlica, regio do Centro.............................................................................................................. 71
Figura 5.5 - Comparao entre a cor aparente da gua do terceiro tubo de coleta: telhas cermica emetlica, regio Pampulha ............................................................................................................. 73
Figura 5.6 - Comparao entre a cor aparente da gua do terceiro tubo de coleta: telhas cermica emetlica, regio do Centro.............................................................................................................. 73
Figura 5.7 - Comparao entre a alcalinidade da gua do segundo tubo de coleta: telhas cermicae metlica, regio da Pampulha...................................................................................................... 74
Figura 5.8 - Comparao entre a alcalinidade da gua do segundo tubo de coleta: telhas cermicae metlica, regio do Centro........................................................................................................... 74
Figura 5.9 - Comparao entre coliformes totais presentes na gua do segundo tubo de coleta:telhas cermica e metlica, regio da Pampulha ............................................................................ 75
Figura 5.10 - Comparao entre coliformes totais presentes na gua do segundo tubo de coleta:telhas cermica e metlica, regio do Centro ................................................................................. 75
Figura 5.11 - Comparao entre Escherichia colipresentes na gua do segundo tubo de coleta:telhas cermica e metlica, regio da Pampulha ............................................................................ 77
Figura 5.12 - Comparao entre Escherichia colipresentes na gua do segundo tubo de coleta:telhas cermica e metlica, regio do Centro ................................................................................. 77
Figura 5.13 - Comparao entre sulfato presente na gua do primeiro tubo de coleta: telhascermica e metlica, regio da Pampulha....................................................................................... 78
Figura 5.14 - Comparao entre sulfato presente na gua do primeiro tubo de coleta: telhas
cermica e metlica, regio do Centro ........................................................................................... 78
Figura 5.15 - Comparao entre o ferro presente na gua do terceiro tubo de coleta: telhascermica e metlica, regio da Pampulha....................................................................................... 79
Figura 5.16 - Comparao entre o ferro presente na gua do terceiro tubo de coleta: telhascermica e metlica, regio do Centro ........................................................................................... 79
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Figura 5.17 - Comparao entre o mangans presente na gua do primeiro tubo de coleta: telhascermica e metlica, regio Pampulha ........................................................................................... 80
Figura 5.18 - Comparao entre o mangans presente na gua do primeiro tubo de coleta: telhascermica e metlica, regio do Centro ........................................................................................... 80
Figura 5.19 - Comparao entre o chumbo presente na gua do primeiro tubo de coleta: telhascermica e metlica, regio Pampulha ........................................................................................... 81
Figura 5.20 - Comparao entre o chumbo presente na gua do primeiro tubo de coleta: telhascermica e metlica, regio do Centro ........................................................................................... 81
Figura 5.21 - Comparao entre o pH presente na gua do primeiro tubo de coleta: Pampulha eCentro, telha cermica.................................................................................................................... 82
Figura 5.22 - Comparao entre o pH presente na gua do primeiro tubo de coleta: Pampulha eCentro, telha metlica..................................................................................................................... 82
Figura 5.23 - Comparao entre a turbidez presente na gua do terceiro tubo de coleta: Pampulhae Centro, telha cermica ................................................................................................................. 83
Figura 5.24 - Comparao entre a turbidez presente na gua do terceiro tubo de coleta: Pampulhae Centro, telha metlica .................................................................................................................. 83
Figura 5.25 - Comparao entre cor aparente presente na gua do terceiro tubo de coleta:Pampulha e Centro, telha cermica ................................................................................................ 84
Figura 5.26 - Comparao entre cor aparente presente na gua do terceiro tubo de coleta:Pampulha e Centro, telha metlica ................................................................................................. 84
Figura 5.27 - Comparao entre a alcalinidade presente na gua do segundo tubo de coleta:Pampulha e Centro, telha cermica ................................................................................................ 86
Figura 5.28 - Comparao entre a alcalinidade presente na gua do segundo tubo de coleta:Pampulha e Centro, telha metlica ................................................................................................. 86
Figura 5.29 - Comparao entre coliformes totais presentes na gua do segundo tubo de coleta:Pampulha e Centro, telha cermica ................................................................................................ 87
Figura 5.30 - Comparao entre coliformes totais presentes na gua do segundo tubo de coleta:Pampulha e Centro, telha metlica ................................................................................................. 87
Figura 5.31 - Comparao entre Escherichia colipresente na gua do segundo tubo de coleta:Pampulha e Centro, telha cermica ................................................................................................ 88
Figura 5.32 - Comparao entre Escherichia colipresente na gua do segundo tubo de coleta:
Pampulha e Centro, telha metlica ................................................................................................. 88
Figura 5.33 - Comparao entre o sulfato presente na gua do primeiro tubo de coleta: Pampulha eCentro, telha cermica.................................................................................................................... 89
Figura 5.34 - Comparao entre o sulfato presente na gua do primeiro tubo de coleta: Pampulha eCentro, telha metlica..................................................................................................................... 89
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Figura 5.35 - Comparao entre o ferro presente na gua do terceiro tubo de coleta: Pampulha eCentro, telha cermica.................................................................................................................... 90
Figura 5.36 - Comparao entre o ferro presente na gua do terceiro tubo de coleta: Pampulha eCentro, telha metlica..................................................................................................................... 90
Figura 5.37 - Comparao entre o mangans presente na gua do primeiro tubo de coleta:Pampulha e Centro, telha cermica ................................................................................................ 91
Figura 5.38 - Comparao entre o mangans presente na gua do primeiro tubo de coleta:Pampulha e Centro, telha metlica ................................................................................................. 91
Figura 5.39 - Comparao entre o chumbo presente na gua do primeiro tubo de coleta: Pampulhae Centro, telha cermica ................................................................................................................. 92
Figura 5.40 - Comparao entre o chumbo presente na gua do primeiro tubo de coleta: Pampulhae Centro, telha metlica .................................................................................................................. 92
Figura 5.41 - Resultado quantitativo relativo pergunta 1 ............................................................ 94
Figura 5.42 - Resultado quantitativo relativo pergunta 2 ............................................................ 97Figura 5.43 - Resultado quantitativo relativo pergunta 3 ............................................................ 99
Figura 5.44 - Resultado quantitativo relativo pergunta 4 .......................................................... 101
Figura 5.45 - Resultado quantitativo relativo pergunta 5 .......................................................... 104
Figura 5.46 - Resultado quantitativo relativo pergunta 6 .......................................................... 107
Figura 5.47 - Resultado quantitativo relativo pergunta 7 .......................................................... 111
Figura 5.48 - Resultado quantitativo relativo pergunta 8 .......................................................... 113
Figura 5.49 - Resultado quantitativo relativo pergunta 9 .......................................................... 117
Figura 5.50 - Resultado quantitativo relativo pergunta 10 ........................................................ 119
Figura 5.51 - Resultado quantitativo relativo pergunta 11 ........................................................ 121
Figura 5.52 - Resultado quantitativo relativo pergunta 12 ........................................................ 123
Figura 5.53 - Resultado quantitativo relativo pergunta 13 ........................................................ 125
Figura 5.54 - Resultado quantitativo relativo pergunta 14 ........................................................ 127
Figura 5.55 - Resultado quantitativo relativo pergunta 15 ........................................................ 129
Figura 5.56 - Resultado quantitativo relativo pergunta 16 ........................................................ 131
Figura 9.1 - Comparao entre o pH da gua do segundo tubo de coleta: telhas cermica emetlica, regio da Pampulha....................................................................................................... 146
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Figura 9.2 - Comparao entre o pH da gua do terceiro tubo de coleta: telhas cermica emetlica, regio da Pampulha....................................................................................................... 146
Figura 9.3 - Comparao entre o pH da gua do segundo tubo de coleta: telhas cermica emetlica, regio do Centro............................................................................................................ 146
Figura 9.4 - Comparao entre o pH da gua do terceiro tubo de coleta: telhas cermica emetlica, regio do Centro............................................................................................................ 146
Figura 9.5 - Comparao entre a turbidez da gua do primeiro tubo de coleta: telhas cermica emetlica, regio Pampulha ........................................................................................................... 147
Figura 9.6 - Comparao entre a turbidez da gua do segundo tubo de coleta: telhas cermica emetlica, regio Pampulha ........................................................................................................... 147
Figura 9.7 - Comparao entre a turbidez da gua do primeiro tubo de coleta: telhas cermica emetlica, regio do Centro............................................................................................................ 147
Figura 9.8 - Comparao entre a turbidez da gua do segundo tubo de coleta: telhas cermica emetlica, regio do Centro............................................................................................................ 147
Figura 9.9 - Comparao entre a cor aparente da gua do primeiro tubo de coleta: telhas cermicae metlica, regio da Pampulha.................................................................................................... 148
Figura 9.10 - Comparao entre a cor aparente da gua do segundo tubo de coleta: telhas cermicae metlica, regio da Pampulha.................................................................................................... 148
Figura 9.11 - Comparao entre a cor aparente da gua do primeiro tubo de coleta: telhascermica e metlica, regio do Centro ......................................................................................... 148
Figura 9.12 - Comparao entre a cor aparente da gua do segundo tubo de coleta: telhas cermicae metlica, regio do Centro......................................................................................................... 148
Figura 9.13 - Comparao entre a alcalinidade da gua do primeiro tubo de coleta: telhas cermicae metlica, regio da Pampulha.................................................................................................... 149
Figura 9.14 - Comparao entre a alcalinidade da gua do terceiro tubo de coleta: telhas cermicae metlica, regio da Pampulha.................................................................................................... 149
Figura 9.15 - Comparao entre a alcalinidade da gua do primeiro tubo de coleta: telhas cermicae metlica, regio do Centro......................................................................................................... 149
Figura 9.16 - Comparao entre a alcalinidade da gua do terceiro tubo de coleta: telhas cermicae metlica, regio do Centro......................................................................................................... 149
Figura 9.17 - Comparao entre coliformes totais presentes na gua do primeiro tubo de coleta:
telhas cermica e metlica, regio da Pampulha .......................................................................... 150
Figura 9.18 - Comparao entre coliformes totais presentes na gua do terceiro tubo de coleta:telhas cermica e metlica, regio da Pampulha .......................................................................... 150
Figura 9.19 - Comparao entre coliformes totais presentes na gua do primeiro tubo de coleta:telhas cermica e metlica, regio do Centro .............................................................................. 150
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Programa de Ps-graduao em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hdricos da UFMGxii
Figura 9.20 - Comparao entre coliformes totais presentes na gua do terceiro tubo de coleta:telhas cermica e metlica, regio do Centro .............................................................................. 150
Figura 9.21 - Comparao entre Escherichia colipresentes na gua do primeiro tubo de coleta:telhas cermica e metlica, regio da Pampulha .......................................................................... 151
Figura 9.22 - Comparao entre Escherichia colipresentes na gua do terceiro tubo de coleta:telhas cermica e metlica, regio da Pampulha .......................................................................... 151
Figura 9.23 - Comparao entre Escherichia colipresentes na gua do primeiro tubo de coleta:telhas cermica e metlica, regio do Centro ............................................................................... 151
Figura 9.24 - Comparao entreEscherichia colipresentes na gua do terceiro tubo de coleta:telhas cermica e metlica, regio do Centro ............................................................................... 151
Figura 9.25 - Comparao entre sulfato presentes na gua do segundo tubo de coleta: telhascermica e metlica, regio da Pampulha..................................................................................... 152
Figura 9.26 - Comparao entre sulfato presentes na gua do terceiro tubo de coleta: telhascermica e metlica, regio da Pampulha..................................................................................... 152
Figura 9.27 - Comparao entre sulfato presentes na gua do segundo tubo de coleta: telhascermica e metlica, regio do Centro ......................................................................................... 152
Figura 9.28 - Comparao entre sulfato presentes na gua do terceiro tubo de coleta: telhascermica e metlica, regio do Centro ......................................................................................... 152
Figura 9.29 - Comparao entre o ferro presente na gua do primeiro tubo de coleta: telhascermica e metlica, regio da Pampulha..................................................................................... 153
Figura 9.30 - Comparao entre o ferro presente na gua do segundo tubo de coleta: telhascermica e metlica, regio da Pampulha..................................................................................... 153
Figura 9.31 - Comparao entre o ferro presente na gua do primeiro tubo de coleta: telhascermica e metlica, regio do Centro ......................................................................................... 153
Figura 9.32 - Comparao entre o ferro presente na gua do segundo tubo de coleta: telhascermica e metlica, regio do Centro ......................................................................................... 153
Figura 9.33 - Comparao entre o mangans presente na gua do segundo tubo de coleta: telhascermica e metlica, regio Pampulha ......................................................................................... 154
Figura 9.34 - Comparao entre o mangans presente na gua do terceiro tubo de coleta: telhascermica e metlica, regio Pampulha ......................................................................................... 154
Figura 9.35 - Comparao entre o mangans presente na gua do segundo tubo de coleta: telhas
cermica e metlica, regio do Centro ......................................................................................... 154
Figura 9.36 - Comparao entre o mangans presente na gua do terceiro tubo de coleta: telhascermica e metlica, regio do Centro ......................................................................................... 154
Figura 9.37 - Comparao entre o chumbo presente na gua do segundo tubo de coleta: telhascermica e metlica, regio da Pampulha..................................................................................... 155
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Figura 9.38 - Comparao entre o chumbo presente na gua do terceiro tubo de coleta: telhascermica e metlica, regio da Pampulha..................................................................................... 155
Figura 9.39 - Comparao entre o chumbo presente na gua do segundo tubo de coleta: telhascermica e metlica, regio do Centro ......................................................................................... 155
Figura 9.40 - Comparao entre o chumbo presente na gua do terceiro tubo de coleta: telhascermica e metlica, regio do Centro ......................................................................................... 155
Figura 9.41 - Comparao entre o pH presente na gua do segundo tubo de coleta: Pampulha eCentro, telha cermica.................................................................................................................. 156
Figura 9.42 - Comparao entre o pH presente na gua do terceiro tubo de coleta: Pampulha eCentro, telha cermica.................................................................................................................. 156
Figura 9.43 - Comparao entre o pH presente na gua do segundo tubo de coleta: Pampulha eCentro, telha metlica................................................................................................................... 156
Figura 9.44 - Comparao entre o pH presente na gua do terceiro tubo de coleta: Pampulha eCentro, telha metlica................................................................................................................... 156
Figura 9.45 - Comparao entre a turbidez presente na gua do primeiro tubo de coleta: Pampulhae Centro, telha cermica ............................................................................................................... 157
Figura 9.46 - Comparao entre a turbidez presente na gua do segundo tubo de coleta: Pampulhae Centro, telha cermica ............................................................................................................... 157
Figura 9.47 - Comparao entre a turbidez presente na gua do primeiro tubo de coleta: Pampulhae Centro, telha metlica ................................................................................................................ 157
Figura 9.48 - Comparao entre a turbidez presente na gua do segundo tubo de coleta: Pampulhae Centro, telha metlica ................................................................................................................ 157
Figura 9.49 - Comparao entre cor aparente presente na gua do primeiro tubo de coleta:Pampulha e Centro, telha cermica .............................................................................................. 158
Figura 9.50 - Comparao entre cor aparente presente na gua do segundo tubo de coleta:Pampulha e Centro, telha cermica .............................................................................................. 158
Figura 9.51 - Comparao entre cor aparente presente na gua do primeiro tubo de coleta:Pampulha e Centro, telha metlica ............................................................................................... 158
Figura 9.52 - Comparao entre cor aparente presente na gua do segundo tubo de coleta:Pampulha e Centro, telha metlica ............................................................................................... 158
Figura 9.53 - Comparao entre a alcalinidade presente na gua do primeiro tubo de coleta:
Pampulha e Centro, telha cermica .............................................................................................. 159
Figura 9.54 - Comparao entre a alcalinidade presente na gua do terceiro tubo de coleta:Pampulha e Centro, telha cermica .............................................................................................. 159
Figura 9.55 - Comparao entre a alcalinidade presente na gua do primeiro tubo de coleta:Pampulha e Centro, telha metlica ............................................................................................... 159
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Programa de Ps-graduao em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hdricos da UFMGxiv
Figura 9.56 - Comparao entre a alcalinidade presente na gua do terceiro tubo de coleta:Pampulha e Centro, telha metlica ............................................................................................... 159
Figura 9.57 - Comparao entre coliformes totais presentes na gua do primeiro tubo de coleta:Pampulha e Centro, telha cermica .............................................................................................. 160
Figura 9.58 - Comparao entre coliformes totais presentes na gua do terceiro tubo de coleta:Pampulha e Centro, telha cermica .............................................................................................. 160
Figura 9.59 - Comparao entre coliformes totais presentes na gua do primeiro tubo de coleta:Pampulha e Centro, telha metlica ............................................................................................... 160
Figura 9.60 - Comparao entre coliformes totais presentes na gua do terceiro tubo de coleta:Pampulha e Centro, telha metlica ............................................................................................... 160
Figura 9.61 - Comparao entre Escherichia colipresente na gua do primeiro tubo de coleta:Pampulha e Centro, telha cermica .............................................................................................. 161
Figura 9.62 - Comparao entre Escherichia colipresente na gua do terceiro tubo de coleta:Pampulha e Centro, telha cermica .............................................................................................. 161
Figura 9.63 - Comparao entre Escherichia colipresente na gua do primeiro tubo de coleta:Pampulha e Centro, telha metlica ............................................................................................... 161
Figura 9.64 - Comparao entre Escherichia colipresente na gua do terceiro tubo de coleta:Pampulha e Centro, telha metlica ............................................................................................... 161
Figura 9.65 - Comparao entre sulfato presente na gua do segundo tubo de coleta: Pampulha eCentro, telha cermica.................................................................................................................. 162
Figura 9.66 - Comparao entre sulfato presente na gua do terceiro tubo de coleta: Pampulha eCentro, telha cermica.................................................................................................................. 162
Figura 9.67 - Comparao entre sulfato presente na gua do segundo tubo de coleta: Pampulha eCentro, telha metlica................................................................................................................... 162
Figura 9.68 - Comparao entre sulfato presente na gua do terceiro tubo de coleta: Pampulha eCentro, telha metlica................................................................................................................... 162
Figura 9.69 - Comparao entre ferro presente na gua do primeiro tubo de coleta: Pampulha eCentro, telha cermica.................................................................................................................. 163
Figura 9.70 - Comparao entre ferro presente na gua do segundo tubo de coleta: Pampulha eCentro, telha cermica.................................................................................................................. 163
Figura 9.71 - Comparao entre ferro presente na gua do primeiro tubo de coleta: Pampulha e
Centro, telha metlica................................................................................................................... 163
Figura 9.72 - Comparao entre ferro presente na gua do segundo tubo de coleta: Pampulha eCentro, telha metlica................................................................................................................... 163
Figura 9.73 - Comparao entre mangans presente na gua do segundo tubo de coleta: Pampulhae Centro, telha cermica ............................................................................................................... 164
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Figura 9.74 - Comparao entre mangans presente na gua do terceiro tubo de coleta: Pampulhae Centro, telha cermica ............................................................................................................... 164
Figura 9.75 - Comparao entre mangans presente na gua do segundo tubo de coleta: Pampulhae Centro, telha metlica ................................................................................................................ 164
Figura 9.76 - Comparao entre mangans presente na gua do terceiro tubo de coleta: Pampulhae Centro, telha metlica ................................................................................................................ 164
Figura 9.77 - Comparao entre o chumbo presente na gua do segundo tubo de coleta: Pampulhae Centro, telha cermica ............................................................................................................... 165
Figura 9.78 - Comparao entre o chumbo presente na gua do terceiro tubo de coleta: Pampulhae Centro, telha cermica ............................................................................................................... 165
Figura 9.79 - Comparao entre o chumbo presente na gua do segundo tubo de coleta: Pampulhae Centro, telha metlica ................................................................................................................ 165
Figura 9.80 - Comparao entre o chumbo presente na gua do terceiro tubo de coleta: Pampulhae Centro, telha metlica ................................................................................................................ 165
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LISTA DE TABELAS
Tabela 3.1 - Tipos de cisternas e suas vantagens e desvantagens .................................................. 11
Tabela 3.2 - Parmetros de qualidade de gua para usos restritivos no potveis ......................... 29
Tabela 3.3 - Classificao das guas quanto ao padro de balneablidade...................................... 30
Tabela 3.4 - Qualidade das primeiras guas de chuva.................................................................... 32
Tabela 4.1 - Resumo das datas de coletas e parmetros monitorados............................................ 56
Tabela 5.1 - Informaes gerais sobre os entrevistados ................................................................. 93
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LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SMBOLOS
A Alcalinidade
ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas
CA Cor aparente
CEP Comit de tica em pesquisa
COEP/ UFMG Comit de tica em Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
CONEP Comisso Nacional de tica em Pesquisa
CT Coliformes totais
D Dureza
DESA Departamento de Engenharia Sanitria e Ambiental
DSC Discurso do sujeito coletivo
EC Escherichia coli
F Ensino fundamental incompleto
IPEA Instituto de Pesquisa Econmica Aplicada
L/ m Litro por metro quadrado
mL mililitro
mm milmetro
MS Ministrio da Sade
m metro quadrado
m metro cbico
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n Nmero
NBR Norma Brasileira
NMP Nmero Mais Provvel
ONG Organizao no-governamental
PET Politereftalato de etileno
PNUD Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento
PVC Policloreto de vinila
S Ensino superior completo
SODIS Solar disinfection
T Turbidez
TCLE Termo de Consentimento Livre Esclarecido
UFMG Universidade Federal de Minas Gerais
uH Unidade Hazen
uT Unidade de Turbidez
VMP Valor mais provvel
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1. INTRODUO
Segundo Setti et al.(2001), estima-se que no ano 2025, cerca de 5,5 bilhes de pessoas em
todo o mundo estaro vivendo em reas com moderada ou sria falta de gua. Entretanto,
existe gua suficiente para atendimento de toda a populao, o que acontece que a
distribuio dos recursos hdricos no planeta no uniforme, o que causa cenrios adversosem determinadas regies.
O Brasil possui disponibilidade hdrica privilegiada, entretanto, cerca de 70% da gua doce
disponvel no pas encontra-se na regio amaznica, que habitada por menos de 5% da
populao (SETTI et al., 2001). Ainda segundo os mesmos autores, a ideia de que existe gua
em abundncia no pas pode ter servido, por algum tempo, como suporte cultura do
desperdcio, pouca valorizao da gua como recurso natural e ao adiamento de
investimentos necessrios ao seu uso otimizado.
Segundo IBGE (2000), o volume de gua distribudo populao residente na regio sudeste
brasileira, no ano 2000, alcanou 0,36 m3per capita, enquanto que na regio norte esse valor
era de 0,19 m3 per capita. Considerando que maior parte da populao brasileira est
localizada na regio sudeste, tem-se um grande consumo de gua potvel nessa regio.
Segundo o Programa de Uso Racional de gua da Universidade de So Paulo (2006), o
consumo de gua em residncias no Brasil distribudo em aproximadamente 29% para
descargas de bacias sanitrias, ou seja, aproximadamente 1/3 de toda gua potvel consumida
nas residncias brasileiras poderia ser economizada caso fossem utilizadas guas de fontes
alternativas para essa finalidade. A gua de chuva, por exemplo, poderia ser empregada em
usos que no exigem potabilidade da gua.
Com o uso e ocupao desordenados do solo nas grandes cidades, houve uma grande
impermeabilizao de reas antes permeveis, alm de assentamentos urbanos prximos a
cursos dgua. Esses fatos, em conjunto, desencadearam problemas ambientais e sociais muito
importantes. A ocorrrncia de enchentes em grandes cidades est se tornando cada vez maisfrequente, uma vez que, muitas vezes, as estruturas urbanas no foram dimensionadas para
suportar elevadas vazes. A captao e a utilizao de gua de chuva poderiam se tornar
ferramentas importantes, uma vez que contribuiriam para a minimizao da ocorrncia de
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enchentes, para a economia de gua potvel, para a contribuio para o meio ambiente, entre
outras vantagens.
A utilizao do sistema de captao de gua de chuva amplamente difundida em regies
semi-ridas brasileiras devido escassez hdrica que ocorre nesses locais, atingindo
principalmente a zona rural. O sistema consiste, basicamente, de quatro etapas: captao(geralmente realizada nos telhados), transporte (onde a gua conduzida atravs das calhas e
tubulaes), armazenamento (cisternas) e tratamento (geralmente realizado com cloro). Em
relao utilizao de gua de chuva em reas urbanas, pode-se dizer que esse no um fato
frequente no Brasil. Segundo Tomaz (1998), em pases desenvolvidos como Canad, Japo e
Alemanha, so oferecidos financiamentos ou doaes em dinheiro para as pessoas que se
interessam em aproveitar a gua de chuva.
Os possveis usos para a gua de chuva esto relacionados sua qualidade, a qual depende dascondies de poluio atmosfrica da regio; do tipo, materiais e frequncia de limpeza da
superfcie de captao, da calha e da tubulao que transporta a gua at o reservatrio e dos
cuidados no manuseio e armazenamento da gua.
O presente trabalho buscou verificar a qualidade da gua de chuva captada na cidade de Belo
Horizonte e avaliar o volume que deve ser descartado para que a gua de chuva seja utilizada
em algumas atividades. Para isso foram instalados dois sistemas piloto em duas regies
distintas da cidade, Centro e Pampulha. Outro objetivo da presente pesquisa foi estudar apercepo de moradores da cidade em relao possibilidade de se aproveitar essa gua em
atividades do dia-a-dia. Assim, por meio de metodologia qualitativa, buscou-se conhecer a
opinio de alguns habitantes de Belo Horizonte a respeito do tema aproveitamento de gua
de chuva e verificar os motivos de sua aceitao ou rejeio.
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2. OBJETIVOS
2.1. Objetivo geral
Avaliar a qualidade da gua de chuva captada em Belo Horizonte-MG e investigar a
percepo dos moradores da capital mineira em relao ao aproveitamento dessa gua para
fins no-potveis.
2.2. Objetivos especficos
Comparar a qualidade da gua de chuva coletada em duas regies de Belo Horizonte -
MG;
Avaliar o volume mnimo de gua que deve ser descartado para a limpeza dos telhados
destinados captao de gua de chuva em Belo Horizonte - MG;
Avaliar a influncia do tipo de superfcie de captao na qualidade da gua de chuva;
Investigar aspectos favorveis e empecilhos scio culturais associados ao aproveitamento
de gua de chuva no municpio de Belo Horizonte - MG.
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3. REVISO DA LITERATURA
3.1. Disponibilidade hdrica no Brasil
A escassez de gua de boa qualidade de conhecimento de todos e aumenta ano a ano, devido
a irregularidades climticas, ao crescimento populacional e degradao dos mananciais. O
volume total de gua globalmente retirado dos rios, aquferos e outras fontes aumentou cerca
de nove vezes, enquanto que o consumo per capita dobrou e a populao triplicou, desde o
ano 1950 at o ano 2000. Aproximadamente 8% da populao mundial est vulnervel falta
frequente de gua e cerca de 25% est caminhando para isso (BRASIL, 2006).
No passado, antes dos processos de industrializao e urbanizao, quando as cidades eram
menores e o esgoto era lanado a jusante, poluindo os cursos dgua, pensava-se sempre que a
natureza recuperaria a qualidade da gua. Os impactos eram menores tendo em vista o menor
volume de esgoto despejado em comparao com a capacidade de diluio dos rios.
Entretanto, quando a urbanizao tornou-se acelerada, o lanamento de despejos industriais e
domsticos tornou-se muito maior, superior capacidade natural de recuperao dos rios.
Como consequncia disso, tem-se a deteriorao de mananciais e a reduo do nmero de
fontes de guas de superfcie seguras para a populao.
Demandoro e Mariotoni (2001) apud Francisco e Carvalho (2004) analisaram a
disponibilidade dos recursos hdricos em 13 das principais cidades do Brasil. Apesar do Brasil
estar em uma situao favorvel no que diz respeito disponibilidade hdrica global, aconcentrao da populao em reas urbanas vem gerando consequncias sobre os recursos
hdricos do pas. A pesquisa mostrou que entre as metrpoles estudadas, So Paulo,
Campinas, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Fortaleza e Braslia apresentam situao
mais crtica quanto disponibilidade hdrica per capita. As regies metropolitanas de Porto
Alegre, Belm e Manaus no apresentam problemas de disponibilidade, uma vez que esto
localizadas prximas a fontes de vazo elevada. Segundo Oliveira (2009), em algumas
localidades da regio nordeste do Brasil, a disponibilidade hdrica inferior a 500m/hab/ano,
valor classificado como o equivalente situao de escassez hdrica absoluta (UNESCO,
2007).
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2007). Houve uma poca em que o abastecimento de gua dependia somente da precipitao,
sendo que a captao da gua de chuva era realizada em telhados, pisos e outros espaos
(ANTONIOU et al., 2006).
Em Java, deserto Negro, localizado ao norte da Jordnia, foram construdos sofisticados
reservatrios de gua de chuva, datados de 3.000 anos antes de Cristo (CHANAN et al.,2007).
Segundo Abdelkhaleq e Alhaj Ahmed (2007), h evidncias que a Jordnia tambm fazia uso
dessa forma de obteno de gua. Um exemplo disso so as inscries na Pedra Moabita,
datadas de 850 anos antes de Cristo, onde o Rei Mesha Moab sugere que seja construda uma
cisterna em cada residncia para aproveitar a gua das chuvas.
Como exemplificado anteriormente, o aproveitamento de gua de chuva sempre foi utilizado
em todo o mundo, desde a antiguidade, mas perdeu um pouco de sua importncia devido ao
avano da tecnologia. Com o surgimento de sistemas coletivos de abastecimento de gua, a
maioria dos indivduos no sente necessidade de utilizar outra fonte de gua, usando somente
a advinda do sistema pblico de abastecimento, para qualquer atividade. Entretanto, em
algumas localidades o aproveitamento de gua de chuva est se tornando uma realidade,
devido ao no acesso gua potvel (principalmente reas rurais) ou conscientizao da
populao.
3.3. Superfcies de captao de gua de chuva
Principalmente em reas urbanas, as guas que anteriormente infiltravam pelo solo, hoje
escoam pelas ruas, causando enchentes. A situao ideal seria que o prprio solo, permevel,
absorvesse parte da gua da chuva e abastecesse os lenis subterrneos. Dessa maneira o
ciclo da gua se completaria e minimizaria a dificuldade de se encontrar gua doce em um
futuro prximo.
Uma alternativa para a minimizao da ocorrncia de enchentes nas grandes cidades (elevadaimpermeabilizao do solo) a captao de gua de chuva, que pode ser realizada de vrias
maneiras, entre elas tem-se a captao ocorrida pelos telhados e pelo piso.
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A captao de gua de chuva nos telhados simples e muito utilizada. A estrutura de captao
j se encontra implantada nas edificaes, o que facilita a implantao de um sistema de
aproveitamento de gua de chuva. Devido exposio da estrutura s intempries,
necessrio sempre descartar as primeiras chuvas, dessa maneira minimiza-se a possibilidade
de entrada de sujeira no reservatrio. Um sistema simplificado constitudo de um telhado
que realiza a captao, em seguida a gua encaminhada para uma calha, para os condutores
verticais e horizontais e finalmente para o reservatrio ou cisterna, conforme ilustrado na
Figura 3.1.
Figura 3.1- Layout de um sistema simplificado de captao de gua de chuva em telhados
Alguns fatores podem influenciar a qualidade da gua captada, entre eles pode-se citar o tipo
de telha. Existem diversos materais e modelos disponveis no mercado, como telhas
cermicas, metlicas, fibrocimento, concreto, fibra de vidro, fibra vegetal, PVC, entre outros
tipos. Muitas das residncais brasileiras apresentam telhados constitudos por telhas
cermicas, enquanto que muitas indstrias apresentam telhas metlicas.
A implantao da calha e dos condutores verticais para recolhimento e transporte das guas
realizado de maneira semelhante para todos os tipos de telhas, sendo que o diferencial entre
eles consiste basicamente na inclinao dos telhados. Geralmente telhados que possuem telhas
cermicas apresentam, em mdia, inclinao entre 20 e 35%. J os telhados com telhas
metlicas apresentam em mdia inclinao entre 3% e 10% (RODRIGUES, 2003). Ressalta-
se que as calhas e os condutores verticais devem ser dimensionados corretamente, pois
estruturas mal dimensionadas podem causar um aproveitamento de gua inferior ao
pretendido. Indica-se como referncia a Norma Brasileira para Instalaes Prediais de guasPluviais, NBR 10.844/1989.
Em relao aos materiais constituintes das telhas tem-se algumas consideraes. As telhas
cermicas so mais permeveis do que as telhas metlicas, ou seja, parte da gua absorvida
pela telha e parte escoada. Dessa maneira, sistemas que apresentam esse tipo de telha na
Reservatriode gua de
chuva
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estrutura de captao, reservam um volume de gua inferior aos que possuem telhas
metlicas, para uma mesma precipitao. Alm disso, o escoamento das guas pluviais sobre
a cobertura de telhas cermicas pode superar a resistncia abraso do material e transportar
sedimentos para o reservatrio, tanto das partculas de sujeira depositadas superficialmente,
quanto do prprio material cermico (BOULOMYTIS, 2007). Estudos realizados na Malsia,
por Yaziz et al. (1989), sobre a influncia do tipo de telha na qualidade da gua da chuva,
mostraram que a turbidez e a concentrao de coliformes termotolerantes na gua captada
pelo telhado de concreto so aproximadamente duas vezes superiores captada pelo telhado
metlico. Os autores explicam que a luz do sol incidindo sob o telhado metlico proporciona
um aquecimento da estrutura, eliminando de maneira eficaz muitos microrganismos, fato que
proporciona contaminao microbiolgica geralmente inferior nas coberturas metlicas em
comparao a outros tipos de coberturas.
Outra maneira de se captar gua de chuva pela cobertura so os chamados telhados verdes,que so pequenos jardins posicionados sobre a laje de cobertura das edificaes. Segundo
Tomaz (2007), busca-se, com a instalao de telhados verdes, melhoria da qualidade do ar,
deteno de enchentes, melhoria na temperatura do ar e melhoria na paisagem. Ainda segundo
o mesmo autor, telhados verdes diminuem os custos com refrigerao na poca de calor e
podem ser aplicados para todos os tipos de construes, desde prdios residenciais e
comerciais a indstrias. Os projetos de telhados verdes buscam agregar tecnologia esttica,
utilizando gua de chuva para conforto e equilbrio trmico, ocasionando reduo de custos de
refrigerao (PINHEL et al., 2007).
Segundo Tomaz (2007), para a implantao de um telhado verde necessrio que sejam
seguidas algumas recomendaes. Entre elas pode-se citar a necessidade de implantao de
uma camada impermevel inferior que impea a infiltrao de gua na laje, um sistema de
drenagem eficiente que permita o escoamento da gua e a no acumulao em locais
imprprios, e adequada vegetao para resistir s diferentes temperaturas. Alm disso, deve-
se escolher espcies vigorosas e tolerantes ao solo seco e manter uma espessura de solo entre
150 e 300mm. A Figura 3.2 ilustra um telhado verde implantado em uma residncia.
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Figura 3.2- Implantao de um telhado verde em uma residncia
Fonte: http://www.institutoelosbr.org.br/UserFiles/Image/ecotelhado_2.jpg
Segundo Tomaz (2007), edificaes com telhados verdes apresentam, em mdia, reteno de
15% a 70% das guas pluviais, possibilitando reduo nos picos de enchentes; reduo datemperatura do telhado no vero em mais de 40%; reduo dos extremos de temperatura e
minimizao das ilhas de calor causadas pela quantidade excessiva de prdios que
impermeabilizam as reas que antes eram permeveis. Alm disso, o custo de implantao de
um telhado verde tambm um incentivo, pois varia de 30 a 50% do custo de uma estrutura
sem vegetao (telhado comum, com a implantao de telhas), variando de US$ 80,00/m a
US$ 150,00/m (TOMAZ, 2007).
Considerando a situao atual de impermeabilizao nas grandes cidades, a captao de guade chuva pelos pisos tambm pode ser uma alternativa, dependendo do uso. O mtodo
semelhante captao pelos telhados, sendo necessrio impedir que as primeiras guas de
chuva sejam reservadas. O piso deve ser impermevel, possuir uma declividade que
encaminhe as guas para um reservatrio e no deve haver trfego de automveis na rea de
captao. Dessa maneira, busca-se evitar ao mximo a contaminao da rea com a queda de
leos e combustveis.
3.4. Reservatrios para o armazenamento de gua
Existem diversos tipos de reservatrios que podem armazenar a gua de chuva, como
cisternas e caixas dgua pr-fabricadas.
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As cisternas so uma excelente alternativa para quem busca utilizar racionalmente a gua,
uma vez que um reservatrio com custo relativamente baixo, mantm a gua geralmente
fresca e de fcil execuo. Geralmente, as cisternas possuem custo inferior aos reservatrios
pr-fabricados com mesmo volume.
Cisternas
Na regio do semi-rido brasileiro so muito utilizadas cisternas, devido escassez hdrica
que atinge principalmente a zona rural. Essa regio muito carente e a maioria da populao
rural no abastecida com gua canalizada. Tradicionalmente a gua consumida
proveniente de rios ou lagos, muitas vezes localizados a quilmetros de distncia. A gua de
chuva armazenada ento utilizada somente para beber, cozinhar e higiene pessoal.
Existem diversos tipos de cisternas, que devem ser escolhidas levando em considerao o tipo
de solo, a regio, o poder aquisitivo de quem ir constru-la, entre outros. Esse tipo de
reservatrio consiste de uma caixa circular ou retangular, que pode ser enterrada no solo,
semi-enterrada ou superficial. A Tabela 3.1 apresenta alguns tipos de cisternas.
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Tabela 3.1-Tipos de cisternas e suas vantagens e desvantagens
Tipos de cisternas Definio Vantagens Placas So formadas por placas pr-
moldadas de cimento, envolvidas poranis de arame e revestidas interna e
externamente com argamassa decimento, ficando semi-enterradas nocho, at mais ou menos dois terosda sua altura.
Facilidade de construo empequenas localidades, uma vez que asferramentas necessrias so muito
simples e de baixo custo; facilidade no treinamento daspessoas que iro construir as cisternas; possui baixo custo de construo; e a gua armazenada mantm-sefresca, uma vez que a maior parte dacisterna fica debaixo da terra.
A examcaso
dificu neprofu1,60 m devas constno p
Tela e arame Normalmente construda sobre asuperfcie, possuindo altura de,aproximadamente dois metros. Para asua construo so necessrias chapasde ao planas e finas que soseguradas por cantoneiras eparafusadas umas nas outras em formacilndrica. A forma levantada primeiramente envolta com tela dearame e em seguida com arame de aogalvanizado, e, sobre este, colocada
uma camada de argamassa decimento.
Apropriado tanto para pequenoscomo para grandes projetos deconstruo de cisternas; no exige trabalho pesado deescavao, uma vez que a cisterna ficalocalizada sobre a superfcie; e muito difcil ocorrerem vazamentose, caso esses sejam detectados, sofacilmente visualizados e consertados.
Devas constno noandamsubseserosi.
Adaptado de: GNADLINGER, 1999
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Continuao da Tabela 3.1
Tipos de cisternas Definio Vantagens
Tijolos
A parede circular de tijolos levantadaem uma base concretada e rebocadapelo lado de dentro e de fora. semi-
enterrada, ficando cerca de dois terosde sua altura total abaixo do cho. Emrelao ao teto da cisterna, deve sernivelado, de concreto de armaosimples ou de vigas de madeira comuma laje fina de concreto. A paredeexterna deve ser enrolada com aramegalvanizado.
Adequada para construesindividuais ou em mutiro; todos os materiais so facilmente
encontrados; e a gua armazenada mantm-se fresca,uma vez que a maior parte da cisternafica debaixo da terra.
Temp elevadfundo ci
exigadiciona em cconcretoalto dev
Ferro-cimento construda sobre um fundo
cimentado onde uma armao dearame de ao enrolada vrias vezescom telas de arame. Em seguida a tela cimentada por dentro e por fora.
Adequada para construes
individuais; no necessita de escavao, pois construda sobre a superfcie; e os vazamentos no so muitoconstantes.
Exig
pedreiroesqueletaplica
Adaptado de: GNADLINGER, 1999
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Continuao da Tabela 3.1.
Tipos de cisternas Definio Vantagens Cal Apresenta toda a sua estrutura abaixo
da terra. Na maioria das vezes apenasa cpula superior permanece sobre a
superfcie. A terra escavada namedida exata do tamanho da cisternae seu fundo cncavo. A cisterna tema forma de uma casca de ovo, sendoque sua parede de tijolos. Para olevantamento dessas paredes, usa-seem geral argamassa de cal pura e parao reboco interno usa-se camadas deargamassa de cal com pouco cimento.J o teto pode ser feito de tbuas,porm bem vedado contra a entradade pequenos animais, ou, mais
simples, pode ser uma cpula feita detijolos.
A tcnica de construo muitoconhecida, pois parecida com asconstrues de fornos de carvo e de
cal do interior do Brasil; a construo no precisa serterminada de uma vez; e as paredes levantadas com cal somais resistentes a tenses, porque aargamassa de cal mais elstica do quea argamassa de cimento.
So escava a arg
imperme a argatempo p
Adaptado de: GNADLINGER, 1999
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Reservatrios pr-fabricados
A variedade de reservatrios pr-fabricados no mercado enorme, entre eles podem ser
destacados os reservatrios feitos de fibras de vidro e polietileno. Para o armazenamento de
gua de chuva, pode-se utilizar tanto caixas dgua, desde que essas no sejam enterradas,
quanto cisternas ou reservatrios pr-fabricados, que so construdos para resistir ao empuxo
do solo. Geralmente utiliza-se cisternas enterradas para receber a gua diretamente das
tubulaes que descem da calha. J as caixas dgua geralmente recebem as guas bombeadas
das cisternas. Na maioria dos sistemas essas caixas ficam localizadas sobre as lajes da
edificao, permitindo que a gua desa por gravidade at os pontos de utilizao (Figura
3.3). O funcionamento muito parecido com o sistema de abastecimento indireto de gua
potvel, com a diferena que a gua no vem da rede pblica e sim da calha ligada ao telhado
ou ao piso.
Figura 3.3- Exemplo de sistema que bombeia gua da cisterna para a caixa dguaFonte: www.saplei.eesc.usp.br/tgi2005
Garrafa PET como reservatrio alternativo
Devido dificuldade de obteno de gua potvel em alguns lugares do mundo, algumas
alternativas esto sendo criadas e incrementadas, por diversas pessoas, para a utilizao da
gua de maneira racional. A populao mundial que no abastecida com gua potvel,
segundo o Relatrio de Desenvolvimento Humano publicado pelo PNUD (2006), de 1,1
bilho de pessoas em todo o mundo. Muitas dessas pessoas utilizam gua de rios poludos ou
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poos de gua salobra, pois no tm outra escolha. Entretanto, a captao de gua de chuva
poderia ser uma alternativa para o seu abastecimento.
Em outubro de 2008, o site da internet www.yankodesign.com criou o concurso Design for
Poverty International Contest, que promovia ideias que contribuissem para melhorar a vida
de pessoas carentes. Rain Drops foi o sistema desenvolvido por um americano que ganhou amedalha de ouro, trata-se de uma alternativa para pessoas que no tm condies de comprar
um reservatrio para armazenar gua de chuva. A ideia utilizar garrafas PET para armazenar
a gua da chuva coletada nos telhados.
O sistema de aproveitamento igual aos usualmente adotados no Brasil, em relao ao
telhado calha, se diferenciando apenas nas tubulaes e reservatrio. O sistema consiste
em posicionar garrafas PET junto ao condutor vertical, que possui vrios orifcios para
encaixar as garrafas. Esses orifcios seriam vedados por uma pea, como ilustra a Figura 3.4.A estrutura desenvolvida suporta at 21 garrafas de 1,5L. Em relao ao descarte das
primeiras chuvas, no foi possvel verificar, na reportagem, como ela seria realizada.
Figura 3.4- Sistema de armazenamento de gua de chuva em garrafas PETFonte: http://www.yankodesign.com/2008/10/30/design-for-poverty-winners
GUA DE CHUVA
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Uma das principais vantagens desse sistema a possibilidade da gua armazenada ser
desinfetada pela tcnica do SODIS (do ingls Solar Disinfection), uma vez que o seu
armazenamento ser em garrafas PET. Essa tcnica utiliza a combinao de raios solares e o
calor para inativar alguns microrganismos, como os patognicos, por exemplo.
Em relao desvantagem, tem-se a necessidade de que a gua de chuva armazenada nagarrafa PET seja encaminhada para um reservatrio de volume maior. Caso contrrio, o
volume de gua armazenado estar restrito a 31,5 L (volume das 21 garrafas PET). Dessa
maneira, locais onde as chuvas so concentradas em determinados perodos do ano, no
seriam indicados para a sua implantao, uma vez que no haveria volume de gua
armazenada suficiente para posterior utilizao.
3.5. Mltip las barreiras para proteo da gua de chuva captada
Para que as guas de chuva possam ser aproveitadas imprescindvel que se tenha alguns
cuidados para minimizar a sua contaminao. Certos cuidados durante a captao,
armazenamento e consumo da gua podem garantir a sua qualidade sanitria. Segundo Silva
(2006) a maioria das contaminaes da gua de chuva ocorre durante a sua captao, dessa
maneira a primeira barreira que deve ser considerada o impedimento de queda dos primeiros
milmetros de chuva dentro do reservatrio. A partir do momento em que ocorrem as
primeiras chuvas, as sujeiras (pequenos animais mortos, fezes de aves e roedores, folhas,
detritos, poeira e microrganismos) so carreadas e acumuladas no interior dos reservatrios. O
ideal que exista um dispositivo automtico de desvio das primeiras guas para realizar essa
funo. Segundo Andrade Neto (2004), o dispositivo automtico para desvio das primeiras
guas de chuva uma barreira fsica de proteo sanitria das cisternas. Os dispositivos de
impedimento e ou minimizao de contaminao dos reservatrios pelas primeiras chuvas
disponveis no mercado so inmeros. Variam desde a simples e pequenos reservatrios de
gua (Figura 3.5) at a filtros mais sofisticados. Esses dispositivos simplificados funcionam
basicamente como um selo hdrico, onde a gua suja fica armazenada no pequeno
reservatrio e a gua limpa passa direto para a cisterna. Em sistemas de captaosimplificados, muito utilizados no semi-rido brasileiro, esse desvio realizado pela retirada
do tampo que intercepta o tubo que liga a calha cisterna (Figura 3.6) ou pela retirada da
prpria calha (estrutura mvel). Esse mtodo de descarte contestado, uma vez que a
quantidade de gua descartada na primeira chuva no controlada, podendo ocorrer um
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volume de gua superior ou inferior ao necessrio para limpar o telhado. A segunda
considerao diz respeito vigilncia requerida aos moradores quando da ocorrncia da
primeira chuva, uma vez que eles precisam ficar atentos para retirar o tampo ou a calha
mvel e descartar a gua.
Figura 3.5- Dispositivo de desvio. Figura 3.6- Retirada do tampoFonte: Andrade Neto (2004)
Entre os filtros existentes no mercado, pode-se destacar o filtro tipo vrtex (Figura 3.7) que
geralmente instalado a jusante dos condutores verticais e a montante da entrada da cisterna e
possui a funo de separar a gua de chuva de impurezas como folhas, galhos e insetos. Existe
o filtro de descida (Figura 3.8), que instalado diretamente no conduto vertical e possui
praticamente as mesmas funes do filtro anterior. Os filtros flutuantes (Figura 3.9) so
geralmente instalados dentro de reservatrios que possuem sua gua bombeada. O flutuador
esfrico permite que a gua seja captada logo abaixo da superfcie, filtrando as impurezas que
porventura estejam no reservatrio, melhorando a qualidade da gua e evitando problemas
para o funcionamento da bomba.
Alm dos filtros citados anteriormente, esto disponveis tambm no mercado kits que
realizam a funo de controle do abastecimento de gua pluvial. Algumas empresas os
nomearam de kits de interligao automtica (Figura 3.10). Esse controle feito por meio
de monitoramento do volume de gua de chuva existente dentro do reservatrio. Quando uma
bia de nvel detecta o baixo nvel de gua no reservatrio acionada uma vlvula solenide,
que se abre permitindo a entrada de gua da rede pblica ou outra fonte de abastecimento. O
importante sempre no proporcionar a mistura das guas potvel e no potvel.
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Figura 3.7- Filtro tipo vrtex Figura 3.8- Filtro de descidaFonte: www.enge