vestibular meio de ano 2013 001 prova de...

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Questões de 01 a 90 Confira seus dados impressos neste caderno. Esta prova contém 90 questões objetivas e terá duração total de 4h30. Para cada questão, o candidato deverá assinalar apenas uma alternativa. Com caneta de tinta azul ou preta, assine a folha de respostas e marque a alternativa que julgar correta. Encontra-se neste caderno a Classificação Periódica, a qual, a critério do candidato, poderá ser útil para a resolução de questões. O candidato somente poderá entregar a folha de respostas e sair do prédio depois de transcorridas 3h30, contadas a partir do início da prova. VESTIBULAR MEIO DE ANO 2013 001. PROVA DE CONHECIMENTOS GERAIS 26.05.2013

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  • Questes de 01 a 90

    Confira seus dados impressos neste caderno.

    Esta prova contm 90 questes objetivas e ter durao total de 4h30.

    Para cada questo, o candidato dever assinalar apenas uma alternativa.

    Com caneta de tinta azul ou preta, assine a folha de respostas e marque a alternativa que julgar correta.

    Encontra-se neste caderno a Classificao Peridica, a qual, a critrio do candidato, poder ser til para a resoluo de questes.

    O candidato somente poder entregar a folha de respostas e sair do prdio depois de transcorridas 3h30, contadas a partir do incio da prova.

    VESTIBULAR MEIO DE ANO 2013

    001. Prova deConheCimentos Gerais

    26.05.2013

  • VNSP1215/001-CG-ProvaObjetiva 2

  • VNSP1215/001-CG-ProvaObjetiva3

    Instruo: As questes de nmeros 01 a 05 tomam por base uma passagem da crnica O pai, hoje e amanh, de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987).

    A civilizao industrial, entidade abstrata, nem por isso me-nos poderosa, encomendou cincia aplicada a execuo de um projeto extremamente concreto: a fabricao do ser humano sem pais.

    A cincia aplicada faz o possvel para aviar a encomenda a mdio prazo. J venceu a primeira etapa, com a inseminao artificial, que, de um lado, acelera a produtividade dos rebanhos (resultado econmico) e, de outro, anestesia o sentimento filial (resultado moral).

    O ser humano concebido por esse processo tanto pode con-siderar-se filho de dois pais como de nenhum. Em fase mais evo-luda, o chamado beb de proveta dispensar a incubao em ventre materno, desenvolvendo-se sob condies artificiais ple-namente satisfatrias. Nenhum vnculo de memria, gratido, amor, interesse, costume direi mesmo: de ressentimento ou dio o ligar a qualquer pessoa responsvel por seu apareci-mento. O smen, annimo, obtido por masturbao profissional e recolhido ao banco especializado, por sua vez ceder lugar ao gerador sinttico, extrado de recursos da natureza vegetal e mi-neral. Estar abolida, assim, qualquer participao consciente do homem e da mulher no preparo e formao de uma unidade humana. Esta ser produzida sob critrios polticos e econmi-cos tecnicamente estabelecidos, que excluem a intil e mesmo perturbadora intromisso do casal. Pai? Mito do passado.

    Aparentemente, tal projeto parece coincidir com a tendn-cia, acentuada nos ltimos anos, de se contestar a figura tra-dicional do pai. Eliminando-se a presena incmoda, ter-se-ia realizado o ideal de inmeros jovens que se revoltam contra ela o pai de famlia e o pai social, o governo, a lei e aspiram vida isenta de compromissos com valores do passado.

    Julgo ilusria esta interpretao. O projeto tecnolgico de eliminao do pai vai longe demais no caminho da quebra de padres. A meu ver, a insubmisso dos filhos aos pais fen-meno que envolve novo conceito de relaes, e no ruptura de relaes.

    ( De notcias e no notcias faz-se a crnica, 1975.)

    Questo 01

    Com ironia e fingida concordncia, o cronista afirma que o resul-tado final do projeto encomendado cincia aplicada ser

    (A) o monoplio gentico, com um s pas produzindo a popu-lao.

    (B) a eliminao das diferenas culturais no planeta.

    (C) a excluso dos pais na gerao de bebs.

    (D) a criao de androides, que substituiro os seres humanos.

    (E) a prova de que a cincia mais poderosa que qualquer di-vindade.

    Questo 02

    De acordo com a crnica, o autor acredita que a inseminao artificial apresentar uma consequncia no sistema de valores familiares:

    (A) anestesia do sentimento filial.

    (B) negao do poder de Deus.

    (C) valorizao da figura paterna.

    (D) quebra das leis da natureza.

    (E) divinizao da cincia.

    Questo 03

    Com o termo unidade humana, empregado no penltimo perodo do terceiro pargrafo, Drummond sugere que

    (A) a populao mundial agir como se fosse um s ser.

    (B) no haver diferena de sexo entre as pessoas.

    (C) cada indivduo j nascer como um democrata por natureza.

    (D) cada ser humano ser como um produto industrial qualquer.

    (E) os homens se tornaro solidrios e dotados de livre arbtrio.

    Questo 04

    Pai? Mito do passado.

    Esta pergunta e sua resposta, de acordo com o contedo da cr-nica, sintetizam um dos argumentos que, aparentemente, funda-mentaram o projeto:

    (A) a funo do pai hoje ultrapassada e dispensvel.

    (B) a autoridade dos filhos sobre os pais foi a base da civilizao.

    (C) a figura paterna necessria sociedade.

    (D) a me educa melhor o filho para a vida real.

    (E) a estrutura familiar no foi descrita em mitos e lendas.

    Questo 05

    [...] e aspiram vida isenta de compromissos com valores do passado.

    Na frase apresentada, a colocao do acento grave sobre o a informa que

    (A) o a, como artigo definido, um monosslabo tono, e o acento grave tem a finalidade de sinalizar ao leitor essa ato-nicidade.

    (B) o verbo aspirar, na regncia em que empregado, solicita a preposio a, que se funde com o artigo feminino a, caracterizando uma ocorrncia de crase.

    (C) o termo de compromissos com valores do passado exerce a funo de adjunto adverbial de isenta.

    (D) o a, por ser pronome tono, deve ser sempre colocado aps o verbo, em nclise, e pronunciado como um monos-slabo tnico.

    (E) o a deve ser pronunciado com alongamento, j que se trata de dois vocbulos, um pronome tono e uma preposio, representados por uma s letra.

  • VNSP1215/001-CG-ProvaObjetiva 4

    Questo 07

    Como a concha no mar encerra a prola,Como a caoula a mirra incandescente.

    Nos versos em destaque, aps a palavra caoula, est subenten-dida, por elipse, a forma verbal

    (A) teme.

    (B) queima.

    (C) brilha.

    (D) seca.

    (E) encerra.

    Questo 08

    Morreu para animar futuras vidas?

    No verso em destaque, sob forma interrogativa, o eu lrico suge-re com o termo animar que

    (A) a morte de uma pessoa deve ser festejada pelos que ficam.

    (B) outras pessoas passam a viver melhor quando um homem morre.

    (C) a alma que habitou o corpo talvez possa reencarnar em novo corpo.

    (D) o verdadeiro objetivo da morte demonstrar o desvalor da vida.

    (E) a vida do poeta mais consistente e animada que todas as outras.

    Questo 09

    E a centelha da vida, o eletrismo

    No contexto em que empregado, o termo eletrismo, que no consta dos dicionrios, significa:

    (A) a existncia eletrizante dos poetas romnticos.

    (B) o resultado do longo processo de letramento.

    (C) a caracterstica de quem versado nas belas-letras.

    (D) o dinamismo presente em todos os tecidos do ser vivo.

    (E) o fato de a morte ter sido por choque eltrico.

    Questo 10

    Mas esse a morte o sabe e o no revela.

    Nas duas oraes que constituem este verso, os termos em desta-que apresentam o mesmo referente, a saber:

    (A) cadver.

    (B) segredo.

    (C) lodo.

    (D) escrnio.

    (E) vcuo.

    Instruo: As questes de nmeros 06 a 10 tomam por base um fragmento de Glria moribunda, do poeta romntico brasileiro lvares de Azevedo (1831-1852).

    uma viso medonha uma caveira?No tremas de pavor, ergue-a do lodo.Foi a cabea ardente de um poeta,Outrora sombra dos cabelos loiros.Quando o reflexo do viver fogosoAli dentro animava o pensamento,Esta fronte era bela. Aqui nas facesFormosa palidez cobria o rosto;Nessas rbitas ocas, denegridas! Como era puro seu olhar sombrio!

    Agora tudo cinza. Resta apenasA caveira que a alma em si guardava,Como a concha no mar encerra a prola,Como a caoula a mirra incandescente.

    Tu outrora talvez desses-lhe um beijo;Por que repugnas levant-la agora?Olha-a comigo! Que espaosa fronte!Quanta vida ali dentro fermentava,Como a seiva nos ramos do arvoredo!E a sede em fogo das ideias vivasOnde est? onde foi? Essa alma erranteQue um dia no viver passou cantando,Como canta na treva um vagabundo,Perdeu-se acaso no sombrio vento,Como noturna lmpada apagou-se?E a centelha da vida, o eletrismoQue as fibras tremulantes agitavaMorreu para animar futuras vidas?

    Sorris? eu sou um louco. As utopias,Os sonhos da cincia nada valem.A vida um escrnio sem sentido,Comdia infame que ensanguenta o lodo.H talvez um segredo que ela esconde;Mas esse a morte o sabe e o no revela.Os tmulos so mudos como o vcuo.Desde a primeira dor sobre um cadver,Quando a primeira me entre soluosDo filho morto os membros apertavaAo ofegante seio, o peito humanoCaiu tremendo interrogando o tmulo...E a terra sepulcral no respondia.

    ( Poesias completas, 1962.)

    Questo 06

    Do segundo ao ltimo verso da primeira estrofe do poema, reve-lam-se caractersticas marcantes do Romantismo:

    (A) concepo determinista e mecanicista da natureza.

    (B) submisso do discurso potico musicalidade pura.

    (C) contedos e desenvolvimentos buclicos.

    (D) observao e descrio meticulosa da realidade.

    (E) subjetivismo e imaginao criadora.

  • VNSP1215/001-CG-ProvaObjetiva5

    Questo 12

    Nenhum poema necessariamente um bom poema; nenhum texto necessariamente um bom poema; logo, nenhuma letra necessariamente um bom poema.

    O advrbio necessariamente, nas trs ocorrncias verificadas na passagem mencionada, equivale, pelo sentido, a:

    (A) raramente.

    (B) independentemente.

    (C) suficientemente.

    (D) frequentemente.

    (E) forosamente.

    Questo 13

    Sobre a qualidade da cano, o cronista acredita que

    (A) a msica sem a letra se torna descolorida e insossa.

    (B) uma boa cano resultado de boa msica e de boa letra.

    (C) combinar letra e msica pura questo de sorte.

    (D) uma letra em nada contribui para a qualidade da cano.

    (E) qualquer poema que se escreva funcionar bem com a m-sica.

    Questo 14

    Com o conceito expresso pelo termo autotlico, o cronista con-sidera que

    (A) tanto letra quanto msica so dotadas de sua prpria fina-lidade.

    (B) uma cano boa ou m segundo o gosto predominante na poca.

    (C) o poema, quando escrito, j tem implcita uma possvel cano.

    (D) um poema um objeto dotado de sua prpria finalidade.

    (E) a letra de uma cano pode funcionar sozinha ou com a m-sica.

    Questo 15

    Para que a julguemos boa, necessrio e suficiente que ela contribua para que a obra ltero-musical de que faz parte seja boa.

    No perodo em destaque, a orao Para que a julguemos boa indica, em relao orao principal,

    (A) finalidade.

    (B) comparao.

    (C) concesso.

    (D) tempo.

    (E) proporo.

    Instruo: As questes de nmeros 11 a 15 tomam por base um fragmento da crnica Letra de cano e poesia, de Antonio Cicero.

    Como escrevo poemas e letras de canes, frequentemente perguntam-me se acho que as letras de canes so poemas. A expresso letra de cano j indica de que modo essa questo deve ser entendida, pois a palavra letra remete escrita. O que se quer saber se a letra, separada da cano, constitui um poema escrito.

    Letra de cano poema? Essa formulao inadequa-da. Desde que as vanguardas mostraram que no se pode deter-minar a priori quais so as formas lcitas para a poesia, qual-quer coisa pode ser um poema. Se um poeta escreve letras soltas na pgina e diz que um poema, quem provar o contrrio?

    Neste ponto, parece-me inevitvel introduzir um juzo de va-lor. A verdadeira questo parece ser se uma letra de cano um bom poema. Entretanto, mesmo esta ltima pergunta ainda no suficientemente precisa, pois pode estar a indagar duas coisas distintas: 1) Se uma letra de cano necessariamente um bom poema; e 2) Se uma letra de cano possivelmente um bom poema.

    Quanto primeira pergunta, evidente que deve ter uma resposta negativa. Nenhum poema necessariamente um bom poema; nenhum texto necessariamente um bom poema; logo, nenhuma letra necessariamente um bom poema. Mas talvez o que se deva perguntar se uma boa letra necessariamente um bom poema. Ora, tambm a essa pergunta a resposta negati-va. Quem j no teve a experincia, em relao a uma letra de cano, de se emocionar com ela ao escut-la cantada e depois consider-la inspida, ao l-la no papel, sem acompanhamento musical? No difcil entender a razo disso.

    Um poema um objeto autotlico, isto , ele tem o seu fim em si prprio. Quando o julgamos bom ou ruim, estamos a consider-lo independentemente do fato de que, alm de ser um poema, ele tenha qualquer utilidade. O poema se realiza quando lido: e ele pode ser lido em voz baixa, interna, aural.

    J uma letra de cano heterotlica, isto , ela no tem o seu fim em si prpria. Para que a julguemos boa, necessrio e suficiente que ela contribua para que a obra ltero-musical de que faz parte seja boa. Em outras palavras, se uma letra de can-o servir para fazer uma boa cano, ela boa, ainda que seja ilegvel. E a letra pode ser ilegvel porque, para se estruturar, para adquirir determinado colorido, para ter os sons ou as pa-lavras certas enfatizadas, ela depende da melodia, da harmonia, do ritmo, do tom da msica qual se encontra associada.

    ( Folha de S.Paulo, 16.06.2007.)

    Questo 11

    No primeiro pargrafo de sua crnica, Antonio Cicero apresenta como indagao central:

    (A) A letra, divorciada da msica, um poema?

    (B) Numa cano, o que vale mais: partitura ou execuo?

    (C) Primeiro veio a letra e depois a msica, ou ao contrrio?

    (D) A literatura superior ou inferior msica?

    (E) Poema e msica so artes distintas ou constituem a mesma arte?

  • VNSP1215/001-CG-ProvaObjetiva 6

    Questo 16

    Todo aquele que perseguisse um animal que estivesse ama-mentando corria o risco de ver Anhang [...].

    Se a frase apresentada for reescrita trocando-se perseguisse, que est no pretrito imperfeito do modo subjuntivo, por perseguir, futuro do mesmo modo, as formas estivesse e corria assumiro, por correlao de modos e tempos, as seguintes flexes:

    (A) estiver e correr.

    (B) estaria e correria.

    (C) esteja e correra.

    (D) estar e corria.

    (E) estiver e correu.

    Questo 17

    Segundo o texto, a lenda do Caapora foi responsvel pela cria-o de uma palavra no portugus com o significado de dor, sofrimento, m sorte, fracasso. Tal palavra :

    (A) destino.

    (B) tapuio.

    (C) caiporismo.

    (D) fatalidade.

    (E) jurupari.

    Questo 18

    [...] frente dele voam os vaga-lumes, seus batedores, alu-miando o caminho.

    Eliminando-se o aposto, a frase em destaque apresentar, de acordo com a norma-padro, a seguinte forma:

    (A) frente dele voam seus batedores, alumiando o caminho.

    (B) frente voam os vaga-lumes, seus batedores, alumiando o caminho.

    (C) frente dele voam os vaga-lumes, seus batedores, alumiando.

    (D) frente dele voam os vaga-lumes batedores, alumiando o caminho.

    (E) frente dele voam os vaga-lumes, alumiando o caminho.

    Questo 19

    Anhang e Caapora se identificam, segundo o texto, pelo fato de caracterizarem

    (A) lendas trazidas da Europa pelos portugueses.

    (B) a presena da mitologia grega nas lendas aborgines.

    (C) um mesmo tipo mtico com aparncias diferentes.

    (D) a influncia do cristianismo nas lendas dos indgenas.

    (E) a reao dos colonizadores ao impacto destruidor dos ind-genas.

    Instruo: As questes de nmeros 16 a 20 tomam por base uma passagem de um livro de Jos Ribeiro sobre o folclore nacional.

    Curupira

    Na teogonia* tupi, o anhang, gnio andante, esprito ande-jo ou vagabundo, destinava-se a proteger a caa do campo. Era imaginado, segundo a tradio colhida pelo Dr. Couto de Ma-galhes, sob a figura de um veado branco, com olhos de fogo.

    Todo aquele que perseguisse um animal que estivesse ama-mentando corria o risco de ver Anhang e a viso determinava logo a febre e, s vezes, a loucura. O caapora o mesmo tipo mtico encontrado nas regies central e meridional e a repre-sentado por um homem enorme coberto de pelos negros por todo o rosto e por todo o corpo, ao qual se confiou a proteo da caa do mato. Tristonho e taciturno, anda sempre montado em um porco de grandes dimenses, dando de quando em vez um grito para impelir a vara. Quem o encontra adquire logo a certeza de ficar infeliz e de ser mal sucedido em tudo que intentar. Dele se originaram as expresses portuguesas caipora e caiporismo, como sinnimo de m sorte, infelicidade, desdita nos negcios. Bilac assim o descreve: Companheiro do curupira, ou sua du-plicata, o Caapora, ora gigante, ora ano, montado num cai-titu, e cavalgando frente de varas de porcos do mato, fumando cachimbo ou cigarro, pedindo fogo aos viajores; frente dele voam os vaga-lumes, seus batedores, alumiando o caminho.

    Ambos representam um s mito com diferente configura-o e a mesma identidade com o curupira e o jurupari, numes que guardam a floresta. Todos convergem mais ou menos para o mesmo fim, sendo que o curupira representado na regio setentrional por um pequeno tapuio com os ps voltados para trs e sem os orifcios necessrios para as secrees indispen-sveis vida, pelo que a gente do Par diz que ele msico. O Curupira ou Currupira, como chamado no sul, alis erronea-mente, figura em uma infinidade de lendas tanto no norte como no sul do Brasil. No Par, quando se viaja pelos rios e se ouve alguma pancada longnqua no meio dos bosques, os romeiros dizem que o Curupira que est batendo nas sapupemas, a ver se as rvores esto suficientemente fortes para sofrerem a ao de alguma tempestade que est prxima. A funo do Curupira proteger as florestas. Todo aquele que derriba, ou por qualquer modo estraga inutilmente as rvores, punido por ele com a pena de errar tempos imensos pelos bosques, sem poder atinar com o caminho de casa, ou meio algum de chegar at os seus. Como se v, qualquer desses tipos a manifestao de um s mito em regies e circunstncias diferentes.

    ( O Brasil no folclore, 1970.)

    (*) Teogonia, s.f.: 1. Filos. Doutrina mstica relativa ao nascimento dos deuses, e que frequentemente se relaciona com a formao do mundo. 2. Conjunto de divindades cujo culto forma o sistema religioso dum povo politesta. (Dicionrio Aurlio Eletrnico Sculo XXI.)

  • VNSP1215/001-CG-ProvaObjetiva7

    Questo 24

    O trecho do segundo quadrinho Im going to introduz uma

    (A) possibilidade.

    (B) resoluo.

    (C) obrigao.

    (D) dvida.

    (E) condio.

    Instruo: Leia o texto para responder s questes de nmeros 25 a 30.

    Brazil wants to count trees in the Amazon rainforest

    By Channtal FleischfresserFebruary 11, 2013

    Photo: Flickr/Nico Crisafulli

    Brazil is home to roughly 60 percent of the Amazon, about half of what remains of the worlds tropical rainforests. And now, the country has plans to count its trees. A vast undertaking, the new National Forest Inventory hopes to gain a broad panorama of the quality and the conditions in the forest cover, according to Brazils Forestry Minister Antonio Carlos Hummel.

    The census, set to take place over the next four years, will scour 3,288,000 square miles, sampling 20,000 points at 20 kilometer intervals and registering the number, height, diameter, and species of the trees, among other data.

    The initiative, aimed to better allocate resources to the countrys forests, is part of a large-scale turnaround in Brazils relationship to its forests. While it once had one of the worst rates of deforestation in the world, last year only 1,797 square miles of the Amazon were destroyed a reduction of nearly 80% compared to 2004.

    (www.smartplanet.com. Adaptado.)

    Questo 25

    O Governo brasileiro

    (A) far um censo das rvores da Amaznia brasileira.

    (B) tentar recuperar as reas desmatadas desde 2004.

    (C) contar 60% das rvores da floresta amaznica.

    (D) reduzir o desmatamento legal para apenas 1 797 milhas quadradas.

    (E) far fotografias panormicas da floresta para conter o desmatamento.

    Questo 20

    Tomando por base as informaes do texto, as aes de Anhang, Caapora e Curupira seriam consideradas, na atualidade,

    (A) esportivas.

    (B) ecolgicas.

    (C) poticas.

    (D) estticas.

    (E) comerciais.

    Instruo: Leia a tira para responder s questes de nmeros 21 a 24.

    Helga said she'ssick and tired ofsmelling beer on

    my breath!

    Are yougoing to

    stopdrinkingbeer?

    NoI'm going to starteating peppermintcandy on the way

    home

    (www.hagardunor.net)

    Questo 21

    A personagem de barba, Hagar,

    (A) aprecia petiscos apimentados para acompanhar a cerveja.

    (B) quer que Helga, sua esposa, prepare comida condimentada.

    (C) vai parar de beber cerveja.

    (D) vai disfarar o hlito de cerveja com balas de menta.

    (E) reclamou, pois seu amigo recomendou que ele parasse de beber.

    Questo 22

    A expresso sick and tired no primeiro quadrinho tem sentido equivalente, em portugus, a

    (A) saturada.

    (B) com enjoo estomacal.

    (C) embriagada e sonolenta.

    (D) cansada devido doena.

    (E) doente.

    Questo 23

    No trecho do primeiro quadrinho shes sick and tired of smelling beer , s pode ser reescrito como

    (A) was.

    (B) does.

    (C) goes.

    (D) has.

    (E) is.

  • VNSP1215/001-CG-ProvaObjetiva 8

    Questo 30

    No trecho do ltimo pargrafo While it once had one of the worst rates of deforestation in the world, last year only 1,797 square miles of the Amazon were destroyed , a palavra once apresenta uma ideia de

    (A) futuro.

    (B) condio.

    (C) previso.

    (D) passado.

    (E) singularidade.

    Questo 31

    [Na Mesopotmia,] todos os bens produzidos pelos pr-prios palcios e templos no eram suficientes para seu sustento. Assim, outros rendimentos eram buscados na explorao da populao das aldeias e das cidades. As formas de explorao eram principalmente duas: os impostos e os trabalhos forados.

    (Marcelo Rede. A Mesopotmia, 2002.)

    Entre os trabalhos forados a que o texto se refere, podemos mencionar a

    (A) servido por dvidas, que provocava a submisso total, pelo resto da vida, dos devedores aos credores.

    (B) obrigao de prestar servios, devida por toda a popula-o livre, nas obras realizadas pelo rei, como templos ou muralhas.

    (C) utilizao de prisioneiros de guerra como artesos ou pasto-res de grandes rebanhos de gado bovino e caprino.

    (D) escravido definitiva dos filhos mais velhos das famlias de camponeses, o que caracterizava o sistema econmico me-sopotmico como escravista.

    (E) internao de doentes e loucos em reas rurais, onde deviam cuidar das plantaes de algodo, cevada e ssamo.

    Questo 32

    Servir ou, como tambm se dizia, auxiliar, prote-ger: era nestes termos to simples que os textos mais antigos resumiam as obrigaes recprocas do fiel armado e do seu chefe.

    (Marc Bloch. A sociedade feudal, 1987.)

    O mais importante dos deveres que, na sociedade feudal, o vassalo tinha em relao ao seu senhor era:

    (A) o respeito hierarquia e unicidade de homenagens, que determinava que cada vassalo s podia ter um senhor.

    (B) a proteo policial das aldeias e cidades existentes nos arredores do castelo de seu senhor.

    (C) a servido, trabalhando no cultivo das terras do senhor e pagando os tributos e encargos que lhe eram devidos.

    (D) o auxlio na guerra, participando pessoalmente, montado e armado, nas aes militares desenvolvidas pelo senhor.

    (E) a participao nos torneios e festejos locais, sem que o vassalo jamais levantasse suas armas contra seu senhor.

    Questo 26

    O programa National Forest Inventory

    (A) abrir uma trilha na floresta, com pontos de coleta de dados a cada 20 km.

    (B) j contou mais de trs mil rvores nos ltimos quatro anos.

    (C) far um registro do nmero de rvores, bem como de suas caractersticas, nos pontos de amostragem.

    (D) identificou espcies de rvores desconhecidas nas regies da Amaznia.

    (E) descobriu que a maioria das rvores apresenta altura e di-metro semelhantes.

    Questo 27

    O objetivo do Censo Florestal

    (A) obter verbas internacionais para implantar programas contra o desmatamento.

    (B) implantar um inventrio florestal em colaborao com pa-ses que tm florestas tropicais.

    (C) aprimorar a dotao de recursos para as florestas brasileiras.

    (D) conscientizar os povos da floresta sobre a sustentabilidade do meio ambiente.

    (E) usar os dados obtidos para criar polticas florestais na Am-rica Latina.

    Questo 28

    No trecho do primeiro pargrafo Brazil is home to roughly 60 percent of the Amazon , a palavra roughly equivale, em portugus, a

    (A) cerca de.

    (B) exatamente.

    (C) aqum.

    (D) alm de.

    (E) evidentemente.

    Questo 29

    No trecho do ltimo pargrafo aimed to better allocate resources to the countrys forests , aimed to indica

    (A) explicao.

    (B) nfase.

    (C) consequncia.

    (D) contraste.

    (E) finalidade.

  • VNSP1215/001-CG-ProvaObjetiva9

    Questo 35

    A alterao na relao entre o governo portugus e o Brasil, mencionada no texto, pode ser notada, por exemplo,

    (A) na abertura de estradas, na melhoria das comunicaes entre as capitanias e no maior aparelhamento militar e policial.

    (B) no restabelecimento de laos comerciais com Frana e In-glaterra, na fundao de casas bancrias e no aprimoramen-to da navegao de cabotagem.

    (C) no estreitamento dos vnculos diplomticos com os Estados Unidos, na instalao de um modelo federalista e na moder-nizao dos portos.

    (D) na ampliao do comrcio com as colnias espanholas do Rio da Prata, na reurbanizao do Rio de Janeiro e na redu-o do contingente do funcionalismo pblico.

    (E) na reduo dos impostos sobre a exportao do acar e do algodo, no reforo do sistema colonial e na maior integra-o do territrio brasileiro.

    Questo 36

    As redes de comrcio, os fortes costeiros, as relaes teci-das ao longo dos sculos entre comerciantes europeus e chefes africanos, continuaram a ser o sustentculo do fornecimento de mercadorias para os europeus, s que agora estas no eram mais pessoas, e sim matrias-primas.

    (Marina de Mello e Souza. frica e Brasil africano, 2007.)

    O texto refere-se redefinio das relaes comerciais entre europeus e africanos, ocorrida quando

    (A) norte-americanos passaram a estimular a independncia das colnias africanas, para ampliar o mercado consumidor de seus tecidos e produtos alimentcios.

    (B) ingleses e holandeses estabeleceram amplo comrcio escra-vista entre os dois litorais do Atlntico Sul.

    (C) portugueses e espanhis libertaram suas colnias africanas e permitiram que elas comercializassem marfim, caf e outros produtos livremente com o resto do mundo.

    (D) portugueses e espanhis conquistaram e colonizaram as costas leste e oeste da frica.

    (E) ingleses e franceses buscaram resinas, tinturas e outros pro-dutos na frica e desestimularam o comrcio escravista.

    Questo 33

    Podemos afirmar que as obras A divina comdia, escrita por Dante Alighieri no incio do sculo XIV, e Dom Quixote, escrita por Miguel de Cervantes no incio do sculo XVII,

    (A) parodiaram as novelas de cavalaria e defenderam a hege-monia da Igreja Catlica e da aristocracia, respectivamente.

    (B) assumiram forte conotao anticlerical e intensificaram as crticas renascentistas conduta e ao poder da Igreja Ca-tlica.

    (C) contriburam para a unificao e o estabelecimento da forma moderna dos idiomas italiano e espanhol.

    (D) retrataram o imaginrio da burguesia comercial ascendente na Itlia e na Espanha do final da Idade Mdia.

    (E) derivaram de registros orais e foram apenas organizadas e sistematizadas na escrita de seus autores.

    Instruo: Leia o texto para responder s questes de nmeros 34 e 35.

    Com a vinda da Corte, pela primeira vez, desde o incio da colonizao, configuravam-se nos trpicos portugueses preocu-paes prprias de uma colnia de povoamento e no apenas de explorao ou feitoria comercial, pois que no Rio teriam que viver e, para sobreviver, explorar os enormes recursos natu-rais e as potencialidades do Imprio nascente, tendo em vista o fomento do bem-estar da prpria populao local.

    (Maria Odila Leite da Silva Dias. A interiorizao da metrpole e outros estudos, 2005.)

    Questo 34

    A vinda da Corte portuguesa para o Brasil, ocorrida em 1808 e citada no texto, foi provocada, sobretudo,

    (A) pelo interesse de expandir as fronteiras da colnia, avan-ando sobre terras da Amrica Espanhola, para assegurar o pleno domnio continental do Brasil.

    (B) pela inteno de expandir, para a Amrica, o projeto de unio ibrica, reunindo, sob a mesma administrao colo-nial, as colnias espanholas e o Brasil.

    (C) pela presso comercial espanhola e pela disposio, do prn-cipe regente, de impedir a expanso e o sucesso dos movi-mentos emancipacionistas na colnia.

    (D) pelo fim da ocupao francesa em Portugal e pelo projeto, defendido pelos liberais portugueses, de iniciar a gradual descolonizao do Brasil.

    (E) pela invaso francesa em Portugal e pela proximidade e aliana do governo portugus com a poltica da Inglaterra.

  • VNSP1215/001-CG-ProvaObjetiva 10

    Instruo: Leia o texto para responder s questes de nmeros 39 e 40.

    Enquanto a economia balanava, as instituies da demo-cracia liberal praticamente desapareceram entre 1917 e 1942; restou apenas uma borda da Europa e partes da Amrica do Norte e da Austrlia. Enquanto isso, avanavam o fascismo e seu corolrio de movimentos e regimes autoritrios.

    A democracia s se salvou porque, para enfrent-lo, hou-ve uma aliana temporria e bizarra entre capitalismo liberal e comunismo [...]. Uma das ironias deste estranho sculo que o resultado mais duradouro da Revoluo de Outubro, cujo objetivo era a derrubada global do capitalismo, foi salvar seu antagonista, tanto na guerra quanto na paz, fornecendo-lhe o incentivo o medo para reformar-se aps a Segunda Guerra Mundial [...].

    (Eric Hobsbawm. Era dos extremos, 1995.)

    Questo 39

    Segundo o texto, a economia balanava e as instituies da democracia liberal praticamente desapareceram entre 1917 e 1942, devido

    (A) ao fim das democracias liberais no Ocidente e ao surgimen-to de Estados islmicos no Oriente Mdio e Sul asitico.

    (B) ascenso econmico-financeira dos Estados Unidos e Guerra Fria entre Ocidente capitalista e Oriente socialista.

    (C) ao desenvolvimento do capitalismo industrial na Rssia e derrota alem na Segunda Guerra Mundial.

    (D) crise financeira que culminou com a quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque e ascenso de projetos totalitrios de direita.

    (E) ao avano do socialismo no continente africano e ao arma-mentismo alemo aps a chegada dos nazistas ao poder.

    Questo 40

    Ao mencionar a aliana temporria e bizarra entre capitalismo liberal e comunismo, o texto refere-se

    (A) aos acordos de paz que, ao final das duas guerras mundiais, ampliaram a influncia poltica e comercial da Rssia e dos pases liberais europeus.

    (B) articulao militar que uniu Estados Unidos e Unio So-vitica, na Segunda Guerra Mundial, contra os pases do Eixo.

    (C) corrida armamentista entre Unio Sovitica e Estados Unidos, que estimulou o crescimento econmico e indus-trial dos dois pases.

    (D) ao esforo conjunto de Unio Sovitica, Frana, Inglaterra e Estados Unidos na reunificao da Alemanha, aps a Se-gunda Guerra Mundial.

    (E) constituio da Entente que, na Primeira Guerra Mundial, permitiu que pases do Ocidente e a Rssia lutassem lado a lado contra a Alemanha.

    Questo 37

    [...] at a dcada de 1870, apesar das presses, os escravos continuavam a ser a mo de obra fundamental para a lavoura brasileira, sendo que nessa poca todos os 643 municpios do Imprio [...] ainda continham escravos.

    (Lilia Moritz Schwarcz. Retrato em branco e negro, 1987.)

    A reduo da importncia do trabalho escravo, ocorrida aps 1870, deveu-se, entre outros fatores,

    (A) ao desinteresse dos cafeicultores do Vale do Paraba em manter escravos e intensa propaganda abolicionista dire-cionada aos prprios escravos.

    (B) ao aumento das fugas e rebelies escravas e ao crescimento das correntes migratrias em direo ao Brasil.

    (C) presso inglesa e francesa pelo fim do trfico e dificulda-de de adaptao do escravo ao trabalho na lavoura do caf.

    (D) diminuio do preo do escravo no mercado interno e atuao abolicionista da Guarda Nacional.

    (E) firme oposio da Igreja Catlica ao escravismo e ao te-mor de que se repetisse, no Brasil, uma revoluo escrava como a que ocorrera em Cuba.

    Questo 38

    A disputa pelo Acre, entre Brasil e Bolvia, na passagem do s-culo XIX para o XX, envolveu

    (A) interesses dos dois pases relacionados explorao do ltex, que atrara grande contingente de brasileiros para a regio, na segunda metade do sculo XIX.

    (B) guerra entre os dois pases, que durou mais de dez anos e provocou a destruio de boa parte das reas de plantio e extrativismo na regio.

    (C) conflitos armados, que se alastraram por toda a regio ama-znica no princpio do sculo XX e dos quais participaram, tambm, a Colmbia e a Venezuela.

    (D) atuao militar e poltica da Gr-Bretanha, que mediou as negociaes entre os pases sul-americanos e estabeleceu a hegemonia britnica na regio amaznica.

    (E) interveno dos Estados Unidos, que aproveitaram o con-flito entre os pases sul-americanos para assumir o controle sobre a explorao do gs natural boliviano.

  • VNSP1215/001-CG-ProvaObjetiva11

    Instruo: Leia o texto e examine a figura para responder s questes de nmeros 43 e 44.

    As rochas, que podem ser divididas em trs grandes gru-pos, esto em constante transformao, passando de um tipo a outro, em virtude das dinmicas interna e externa da Terra. O chamado Ciclo das Rochas ilustra as diversas possibilidades de transformao de um tipo de rocha em outro.

    (Wilson Teixeira et al. (orgs.). Decifrando a Terra, 2009. Adaptado.)

    Ciclo das Rochas

    temperatura

    e presso

    temperatura

    e pressoarrefecimento

    magma

    fuso

    temperaturae presso

    levantamento

    levantamento

    fuso

    fuso

    transporte

    diagnese

    rochas Z

    rochas Y

    rochas X

    (www.profpc.com.br. Adaptado.)

    Questo 43

    A partir do exame da figura, correto afirmar que as letras X, Y e Z correspondem, respectivamente, a

    (A) metamrficas, sedimentares e gneas.

    (B) gneas, sedimentares e metamrficas.

    (C) sedimentares, metamrficas e gneas.

    (D) sedimentares, gneas e metamrficas.

    (E) metamrficas, gneas e sedimentares.

    Questo 44

    Considerando os processos fsico-qumicos envolvidos nas transformaes das rochas, correto afirmar que na passagem das rochas Y para rochas Z ocorre

    (A) lixiviao.

    (B) metamorfizao.

    (C) meteorizao.

    (D) litificao.

    (E) solidificao.

    Questo 41

    Os caminhes rodando, as carroas rodando,Rpidas as ruas se desenrolando,Rumor surdo e rouco, estrpitos, estalidos...E o largo coro de ouro das sacas de caf!...

    Na confluncia o grito ingls da So Paulo Railway...Mas as ventaneiras da desiluso! a baixa do caf!...

    (Mrio de Andrade. Paisagem n 4. Poesias completas, 1987.)

    O poema de Mrio de Andrade, escrito em 1922, revela carac-tersticas da cidade de So Paulo na poca. Entre elas, podemos citar

    (A) a harmonizao social, aps o perodo de revoltas sociais do incio da Repblica.

    (B) o limitado crescimento econmico, que eliminou o peso e a influncia da capital paulista nas decises do governo fe-deral.

    (C) a persistncia de aspectos tradicionais durante o processo de modernizao e reurbanizao.

    (D) o desinteresse dos cafeicultores em controlar o preo do caf no mercado internacional.

    (E) a hegemonia do capital estrangeiro, que impedia o cresci-mento da burguesia nacional.

    Questo 42

    Eu acho que a anistia foi a soluo, mas ela no foi com-pleta. Quer dizer, no podiam ser anistiados aqueles que ma-taram torturando, porque esse um crime inafianvel. Quem mata calmamente, friamente, tem de sofrer um processo e tem de sofrer tambm as consequncias do seu ato. Isso nunca foi exe-cutado no Brasil como foi executado na Argentina com todos os generais. O Brasil fez uma anistia pela metade, mas ns ficamos contentes porque no houve derramamento de sangue.

    (D. Paulo Evaristo Arns. Cult, maro de 2004.)

    Segundo a declarao de D. Paulo Evaristo Arns, Arcebispo de So Paulo entre 1970 e 1998, a Lei da Anistia no Brasil, de 1979,

    (A) inspirou-se na lei de anistia argentina, que julgou e conde-nou militares que mataram e torturaram durante o regime militar.

    (B) foi intil, uma vez que no puniu aqueles que atuaram, du-rante o regime militar, nos rgos de represso poltica e policial.

    (C) foi equivocada, pois determinou o posterior levantamento, anlise e julgamento dos crimes cometidos durante o pero-do do regime militar.

    (D) perdoou opositores e defensores do regime militar e, a des-peito de suas imperfeies, impediu confrontos e mortes en-tre setores polticos rivais.

    (E) beneficiou os opositores do regime militar e condenou aque-les que os reprimiram por meio da violncia e da tortura.

  • VNSP1215/001-CG-ProvaObjetiva 12

    Questo 48

    Analise a tabela e o mapa.

    Ranking dos maiores PIBs do mundo em 2010

    1.

    2.

    3.

    4.

    5.

    6.

    7.

    8.

    9.

    10.

    Estados Unidos

    China

    Japo

    Alemanha

    Frana

    Reino Unido

    Brasil

    Itlia

    Canad

    Rssia

    14.624,2

    5.745,1

    5.390,9

    3.305,9

    2.555,4

    2.258,6

    2.088,9

    2.036,7

    1.563,7

    1.476,9

    posio pas PIB (em bilhes)

    (http://colunistas.ig.com.br)

    Concentrao de renda no mundo em 2008 (ndice de Gini)*

    ndice de Gini

    < 25

    25 - 29

    30 - 34

    35 - 39

    40 - 44

    45 - 49

    50 - 54

    55 - 59

    60sem dados

    km

    0 3 400

    N

    *Quanto mais prximo a zero for o ndice de Gini, menor a concen-trao de renda no pas.

    (James Tamdjian e Ivan Mendes. Geografia: estudos para compreenso do espao, 2011. Adaptado.)

    A partir da anlise da tabela e do mapa, correto afirmar que

    (A) os EUA possuem o maior PIB e o menor ndice de concen-trao de renda do mundo.

    (B) a Rssia, apesar de possuir o menor PIB entre os dez pases, o que apresenta o menor ndice de concentrao de renda.

    (C) a concentrao de renda um problema que atinge, na mes-ma proporo, os dez pases com maiores PIBs do mundo.

    (D) os dez pases com os maiores PIBs do mundo so, tambm, aqueles que possuem os menores ndices de concentrao de renda no mundo.

    (E) China e Brasil so os pases que apresentam os maiores ndices de concentrao de renda entre os dez pases com maiores PIBs do mundo.

    Questo 45

    A ampliao do uso de combustveis fsseis para gerao de energia contribui para o aumento da concentrao de SO3 que, ao reagir com H2O, presente na atmosfera, produz H2SO4. Esta soluo , tambm, responsvel por danificar a cobertura vegetal prxima s fontes poluidoras, desequilibrar ecossistemas aqu-ticos e destruir monumentos histricos. Tal fenmeno climtico denominado

    (A) chuva cida.

    (B) ilhas de calor.

    (C) inverso trmica.

    (D) efeito estufa.

    (E) El Nio.

    Questo 46

    Assinale a alternativa que indica corretamente o fator considera-do determinante para a localizao das indstrias durante a Pri-meira Revoluo Industrial (final do sculo XVIII a meados do sculo XIX).

    (A) Reservas de petrleo.

    (B) Jazidas de carvo mineral.

    (C) Incentivos fiscais.

    (D) Mo de obra especializada.

    (E) Disponibilidade de gua.

    Questo 47

    Analise a tabela.

    O mundo em emisses de dixido de carbono

    Amrica do Norte

    Amrica Central e do Sul

    frica

    Oriente Mdio

    Europa

    Eursia

    sia e Oceania

    Mundo

    6,411

    1,220

    1,122

    1,714

    4,310

    2,358

    13,264

    30,398

    6,9

    0,7

    3,1

    3,3

    6,9

    9,2

    7,5

    0,3

    macrorregiesemisso de CO

    em 20092

    (milhes de toneladas)

    mudana em relao a2008 (%)

    (www.theguardian.co.uk. Adaptado.)

    Considerando a tabela, correto afirmar que, no ano de 2009, os pases da

    (A) sia e Oceania emitiram mais dixido de carbono que a soma da emisso dos demais pases juntos.

    (B) Amrica do Norte apresentaram, em toneladas, as maiores redues de dixido de carbono no mundo.

    (C) Eursia foram os que emitiram a menor quantidade de di-xido de carbono na atmosfera.

    (D) Europa apresentaram nveis de emisso de dixido de car-bono menores que os pases do Oriente Mdio.

    (E) frica e da Amrica Central e do Sul elevaram a mdia mundial com o aumento da emisso de dixido de carbono.

  • VNSP1215/001-CG-ProvaObjetiva13

    Questo 51

    As florestas tropicais, as mais ricas em biodiversidade, esto en-tre os ecossistemas mais importantes do planeta. A Mata Atln-tica, conforme se pode constatar na figura, sofreu uma reduo brutal em termos de rea ocupada.

    Cobertura original

    Remanescentes atuais

    Mangue

    Restinga

    (SOS Mata Atlntica/INPE. Atlas dos remanescentes florestais, 2002. Adaptado.)

    A degradao da Mata Atlntica, constatada na figura, foi inten-sificada em decorrncia do ciclo econmico

    (A) do caf.

    (B) do fumo.

    (C) do algodo.

    (D) da soja.

    (E) da borracha.

    Questo 49

    Ocorrida entre 2011 e 2012, a srie de manifestaes e protestos, que recebeu o nome de Primavera rabe, aconteceu principal-mente em pases situados

    (A) na frica Subsaariana e no Oriente Mdio.

    (B) na Amrica do Sul e no Oriente Mdio.

    (C) no Leste Europeu e no Norte da frica.

    (D) no Norte da frica e no Oriente Mdio.

    (E) no Sudeste Asitico e na Amrica do Sul.

    Questo 50

    Para o gegrafo Aziz Nacib AbSber, o domnio morfoclimti-co e fitogeogrfico pode ser entendido como um conjunto espa-cial extenso, com coerente grupo de feies do relevo, tipos de solo, formas de vegetao e condies climtico-hidrolgicas.

    Domnios morfoclimticos brasileiros: reas nucleares, 1965

    Caatingas Araucria Pradarias

    Faixas de transio

    Amaznico Cerrado Mares de Morros

    0

    km

    1 200 2 400

    N

    (Aziz Nacib AbSber. Os domnios de natureza no Brasil, 2003. Adaptado.)

    So caractersticas do domnio morfoclimtico dos Mares de Morros:

    (A) relevo com morros residuais; solos litlicos; vegetao formada por cactceas, bromeliceas e rvores; clima semirido.

    (B) relevo de planaltos ondulados; manchas de terra roxa; vege-tao de pinhais altos, esguios e imponentes; clima tempe-rado mido de altitude.

    (C) relevo baixo com suaves ondulaes; terrenos baslticos; vegetao herbcea; clima subtropical.

    (D) relevo de chapadas e extensos chapades; solos latossli-cos; vegetao com arbustos de troncos e galhos retorcidos; clima tropical.

    (E) relevo com topografia mamelonar; solos latosslicos; floresta latifoliada tropical; climas tropical e subtropical mido.

  • VNSP1215/001-CG-ProvaObjetiva 14

    Questo 54

    Em 1977, o Regime Militar, por meio da Agncia Nacional de Comunicao, lanou uma propaganda que ensinava a popula-o a fazer um cata-vento verde-amarelo e convocava-a a sair s ruas com esses brinquedos para comemorar a Semana da Ptria. Por meio de uma charge, o cartunista Henfil ironizou essa ini-ciativa do governo, sublinhando um outro problema enfrentado pelo pas nessa poca.

    ( Isto,19.10.1977. Adaptado.)

    Considerando o contexto histrico no qual a charge se insere, correto afirmar que o cartunista chamava a ateno para

    (A) a falta de investimento pblico no setor de transporte.

    (B) os impactos ambientais em decorrncia da mecanizao.

    (C) a abertura econmica do pas ao capital estrangeiro.

    (D) a alienao social frente falta de planejamento econmico.

    (E) o gasto excessivo do governo no setor da energia elica.

    Questo 52

    O processo de desconcentrao industrial no estado de So Paulo, iniciado na dcada de 1970, alterou profundamente seu mapa e territrio: a mancha metropolitana da capital se expan-diu em direo ao Vale do Paraba, Sorocaba e s regies de Campinas e Ribeiro Preto, conglomerados urbanos especiali-zados se formaram ao longo de uma densa malha rodoviria e as cidades mdias assumiram a liderana do mercado em seu entorno.

    (Claudia Izique. Pesquisa FAPESP, julho de 2012.)

    A transformao da indstria na metrpole de So Paulo pode ser entendida pela modificao do sistema de produo, associa-da aos avanos em transporte e comunicao. As empresas que participaram desse processo procuravam

    (A) adquirir matria-prima para seus produtos, visto que os re-cursos naturais na metrpole haviam se esgotado.

    (B) antecipar mercados, prevendo as futuras necessidades das cidades mdias em expanso.

    (C) reduzir os custos da produo, sabendo que as novas cida-des ofereciam incentivos fiscais, terrenos e mo de obra mais baratos.

    (D) obter novos mercados, j que a influncia dos produtos im-portados no centro da metrpole muito grande.

    (E) conseguir mo de obra suficiente para suas atividades, j que na metrpole os trabalhadores no aceitavam mais tra-balhar nas fbricas.

    Questo 53

    Os condicionantes ambientais constituem fatores que podem fa-vorecer a incidncia de determinadas doenas. So estados bra-sileiros onde o risco de incidncia da malria relativamente elevado:

    (A) Amazonas, Par e Roraima.

    (B) Rondnia, Mato Grosso e Santa Catarina.

    (C) Mato Grosso, Sergipe e Rio Grande do Sul.

    (D) Amazonas, Par e Santa Catarina.

    (E) Par, Mato Grosso e Rio Grande do Sul.

  • VNSP1215/001-CG-ProvaObjetiva15

    De acordo com a abordagem do cientista entrevistado, as virtu-des morais e sentimentos agradveis

    (A) dependem de processos emocionais inconscientes.

    (B) dependem de uma integrao holstica com o universo.

    (C) esto associados a uma educao filosfica racionalista.

    (D) so adquiridos por meio de uma educao religiosa.

    (E) so qualidades inatas passveis de estmulo social.

    Questo 57

    A produo de mercadorias e o consumismo alteram as per-cepes no apenas do eu como do mundo exterior ao eu; criam um mundo de espelhos, de imagens insubstanciais, de iluses cada vez mais indistinguveis da realidade. O efeito refletido faz do sujeito um objeto; ao mesmo tempo, transforma o mundo dos objetos numa extenso ou projeo do eu. enganoso carac-terizar a cultura do consumo como uma cultura dominada por coisas. O consumidor vive rodeado no apenas por coisas como por fantasias. Vive num mundo que no dispe de existncia ob-jetiva ou independente e que parece existir somente para gratifi-car ou contrariar seus desejos.

    (Christopher Lasch. O mnimo eu, 1987. Adaptado.)

    Sob o ponto de vista tico e filosfico, na sociedade de consumo, o indivduo

    (A) relaciona-se com as mercadorias considerando prioritaria-mente os seus aspectos utilitrios.

    (B) representa a realidade mediante processos mentais essen-cialmente objetivos e conscientes.

    (C) estabelece com os produtos ligaes que so definidas pela separao entre razo e emoo.

    (D) relaciona-se com objetos que refletem ilusoriamente seus processos emocionais inconscientes.

    (E) comporta-se de maneira autnoma frente aos mecanismos publicitrios de persuaso.

    Questo 55

    texto 1

    Sobre o estupro coletivo de uma estudante de 23 anos em Nova Dli, o advogado que defende os suspeitos declarou: At o momento eu no vi um nico exemplo de estupro de uma mulher respeitvel. Sobre esta declarao, o advogado garantiu que no tentou difamar a vtima. Eu s disse que as mulheres so respeitadas na ndia, sejam mes, irms, amigas, mas diga-me que pas respeita uma prostituta?!

    (Advogado de acusados de estupro na ndia denuncia confisso forada. http://noticias.uol.com.br. Adaptado.)

    texto 2

    Na ndia, a violncia contra as mulheres tomou uma nova e mais perversa forma, a partir do cruzamento de duas linhas: as estruturas patriarcais tradicionais e as estruturas capitalistas emergentes. Precisamos pensar nas relaes entre a violncia do sistema econmico e a violncia contra as mulheres.

    (Vandana Shiva, filsofa indiana. No continuum da violncia. O Estado de S.Paulo, 12.01.2013. Adaptado.)

    Os textos referem-se ao fato ocorrido na ndia em dezembro de 2012. Pela leitura atenta dos textos, podemos afirmar que:(A) sob a tica do advogado, esse fato ocorreu em virtude do

    desrespeito aos direitos humanos.(B) segundo a filsofa, fatos como esse explicam-se pela con-

    fluncia de fatores histricos e econmicos de excluso social.

    (C) as duas interpretaes sugerem que a preveno de tais atos violentos depende do resgate de valores religiosos.

    (D) as duas interpretaes limitam-se a reproduzir preconceitos de gnero socialmente hegemnicos naquele pas.

    (E) para a filsofa, a violncia contra as mulheres na ndia de-ve-se exclusivamente ao neoliberalismo econmico.

    Questo 56

    Por que as pessoas fazem o bem? A bondade est progra-mada no nosso crebro ou se desenvolve com a experincia? O psiclogo Dacher Keltner, diretor do Laboratrio de Inte-raes Sociais da Universidade da Califrnia, em Berkeley, investiga essas questes por vrios ngulos e apresenta resul-tados surpreendentes.

    Keltner O nervo vago um feixe neural que se origina no topo da espinha dorsal. Quando ativo, produz uma sensao de expanso confortvel no trax, como quando estamos emocio-nados com a bondade de algum ou ouvimos uma bela msica. Pessoas com alta ativao dessa regio cerebral so mais pro-pensas a desenvolver compaixo, gratido, amor e felicidade.

    Mente & Crebro O que esse tipo de cincia o faz pensar?Keltner Ela me traz esperanas para o futuro. Que nos-

    sa cultura se torne menos materialista e privilegie satisfaes sociais como diverso, toque, felicidade que, do ponto de vista evolucionrio, so as fontes mais antigas de prazer. Vejo essa nova cincia em quase todas as reas da vida. Ensina-se medita-o em prises e em centros de deteno de menores. Executivos aprendem que inteligncia emocional e bom relacionamento po-dem fazer uma empresa prosperar mais do que se ela for focada apenas em lucros.

    (www.mentecerebro.com.br. Adaptado.)

  • VNSP1215/001-CG-ProvaObjetiva 16

    Questo 60

    Hoje, a melhor cincia informa que as etnias so variaes cosmticas do ncleo gentico humano, incapazes sozinhas de determinar a superioridade de um indivduo ou grupo sobre ou-tros. Segundo o mdico Srgio Pena, no somos todos iguais, somos igualmente diferentes. uma beleza, do ponto de vista da antropologia gentica, esperar que, um dia, ela ajude a desven-dar o enigma clssico da condio humana que a eterna des-confiana do outro, do diferente, do estrangeiro. O DNA nada sabe desse sentimento. No seu corao gentico, a espcie hu-mana to mais forte e sadia quanto mais variaes apresenta.

    (Fbio Altman. Unidos pelo futebol e pelo DNA. Veja, 09.06.2010. Adaptado.)

    Esta reportagem aborda o tema das diferenas entre as etnias humanas sob um ponto de vista contrastante em relao a ou-tras abordagens vigentes ao longo da histria. Em termos ticos, trata-se de uma abordagem promissora, pois

    (A) apresenta argumentos cientficos que provam o carter pre-judicial da miscigenao para o progresso da humanidade.

    (B) estabelece uma ruptura com teorias eugenistas que defende-ram a purificao racial como meio de aperfeioamento da humanidade.

    (C) permite um questionamento radical dos ideais universa-listas inspiradores de polticas de preservao dos direitos humanos.

    (D) ope-se s teorias antropolgicas que criticaram o etnocen-trismo ocidental em seu papel de justificao ideolgica do colonialismo.

    (E) fornece uma fundamentao cientfica para justificar este-retipos racistas presentes no pensamento cotidiano e no senso comum.

    Questo 58

    Uma obra de arte pode denominar-se revolucionria se, em virtude da transformao esttica, representar, no destino exemplar dos indivduos, a predominante ausncia de liberdade, rompendo assim com a realidade social mistificada e petrifica-da e abrindo os horizontes da libertao. Esta tese implica que a literatura no revolucionria por ser escrita para a classe trabalhadora ou para a revoluo. O potencial poltico da arte baseia-se apenas na sua prpria dimenso esttica. A sua relao com a prxis (ao poltica) inexoravelmente indire-ta e frustrante. Quanto mais imediatamente poltica for a obra de arte, mais reduzidos so seus objetivos de transcendncia e mudana. Nesse sentido, pode haver mais potencial subversivo na poesia de Baudelaire e Rimbaud que nas peas didticas de Brecht.

    (Herbert Marcuse. A dimenso esttica, s/d.)

    Segundo o filsofo, a dimenso esttica da obra de arte caracte-riza-se por

    (A) apresentar contedos ideolgicos de carter conservador da ordem burguesa.

    (B) comprometer-se com as necessidades de entretenimento dos consumidores culturais.

    (C) estabelecer uma relao de independncia frente conjun-tura poltica imediata.

    (D) subordinar-se aos imperativos polticos e materiais de trans-formao da sociedade.

    (E) contemplar as aspiraes polticas das populaes economi-camente excludas.

    Questo 59

    A Repblica Islmica do Ir abenoa e incentiva operaes de troca de sexo, em nome de uma poltica que considera todo cidado no heterossexual como esprito nascido no corpo er-rado. Com ao menos 50 cirurgias por ano, o pas recordista mundial em mudana de sexo, aps a Tailndia. Oficialmente, gays no existem no pas. Ficou famosa a frase do presidente Mahmoud Ahmadinejad dita a uma plateia de estudantes nos EUA em 2007, de que no h homossexuais no Ir. A homos-sexualidade nem consta da lei. Mas sodomia passvel de execu-o. [] Uma transexual operada confidenciou um sentimento amplamente compartilhado em silncio: No teria mutilado meu corpo se a sociedade tivesse me aceitado do jeito que eu nasci.

    (Samy Adghirny. Operao antigay. Folha de S.Paulo, 13.01.2013.)

    O incentivo a cirurgias de troca de sexo no Ir motivado por

    (A) critrios de natureza cientfica que definem o que uma se-xualidade normal.

    (B) presses exercidas pelos movimentos sociais homossexuais pelo direito cirurgia.

    (C) uma poltica governamental fundamentada em princpios liberais de cidadania.

    (D) tabus sexuais decorrentes do fundamentalismo religioso he-gemnico naquele pas.

    (E) influncias ocidentais ocasionadas pelo processo de globali-zao cultural pela internet.

  • VNSP1215/001-CG-ProvaObjetiva17

    Questo 62

    Em uma aula de biologia, a professora pegou trs sacos de pa-pel permevel e colocou, em cada um deles, um par de frutas, segundo a tabela.

    Banana verde

    Mamo verde

    Banana madura

    Mamo maduro

    Saco 1

    X

    X

    Saco 2

    X

    X

    Saco 3

    X

    X

    Bananas e mames, verdes e maduros,como os usados na aula.

    Todas as frutas estavam ntegras e com bom aspecto. Cada saco foi fechado e mantido em um diferente canto da sala de aula, que tinha boa ventilao e temperatura em torno de 30 C.

    Na semana seguinte, os sacos foram abertos e os alunos puderam verificar o grau de maturao das frutas.

    Pode-se afirmar que, mais provavelmente,(A) as frutas maduras dos sacos 2 e 3 haviam apodrecido, e as

    frutas verdes dos sacos 1, 2 e 3 iniciavam, ao mesmo tempo, seus processos de maturao.

    (B) as frutas dos trs sacos se encontravam tal como no incio do experimento: as frutas verdes dos sacos 1, 2 e 3 ainda estavam verdes e as frutas maduras dos sacos 2 e 3 estavam no mesmo ponto de maturao.

    (C) as frutas verdes dos trs sacos haviam amadurecido ao mes-mo tempo e j iniciavam o processo de apodrecimento, en-quanto as frutas maduras dos sacos 2 e 3 j se mostravam totalmente apodrecidas.

    (D) as frutas maduras dos sacos 2 e 3 haviam apodrecido, e as frutas verdes dos sacos 1, 2 e 3 continuavam verdes.

    (E) as frutas verdes dos sacos 2 e 3 haviam amadurecido, e as frutas verdes do saco 1 estavam em incio de maturao.

    Questo 63

    O volume total de ar que cabe no sistema respiratrio de um homem adulto, ao nvel do mar, cerca de 6 litros. Nessas condi-es, os pulmes de um indivduo em repouso, a cada movimen-to respiratrio, trocam com o meio exterior, em mdia, apenas 0,5 litro de ar. Essa quantidade de ar inspirado mistura-se ao ar retido nas vias areas e apenas parte dessa mistura chega aos alvolos.

    Desse modo, considerando a fisiologia e a anatomia do aparelho respiratrio humano, correto afirmar que, durante a inspirao, o ar que chega aos alvolos possui(A) maior concentrao de CO2 que aquele que havia sido

    expirado.(B) menor concentrao de CO2 que o ar atmosfrico.(C) maior concentrao de O2 que aquela do sangue arterial.(D) menor concentrao de O2 que aquele que havia sido expi-

    rado.(E) maior concentrao de CO2 que aquela do sangue venoso.

    Questo 61

    Bactria pode atuar como vacina para dengue

    Pesquisadores anunciaram que a bactria Wolbachia pipientis pode atuar como uma vacina para o Aedes aegypti, bloqueando a multiplicao do vrus dentro do inseto. Quando inoculamos a bactria no Aedes aegypti, ficamos surpresos ao ver que ela, alm de diminuir o tempo de vida do mosquito, tambm fazia com que o vrus no se desenvolvesse. A Wolbachia pipientis s pode ser transmitida verticalmente (de me para filho), por meio do ovo da fmea do mosquito. Fmeas com Wolbachia pipientis sempre geram filhotes com a bactria no processo de reproduo. Por isso, uma vez estabelecido o mtodo em campo, os mosquitos continuam a transmitir a bactria naturalmente para seus descendentes, disseram os pesquisadores.

    (www.jb.com.br. Adaptado.)

    De acordo com a notcia, conclui-se corretamente que

    (A) a infeco das pessoas pelo vrus da dengue pode diminuir com o aumento, no ambiente, de Aedes aegypti infectados pela Wolbachia pipientis.

    (B) a resistncia ao vrus geneticamente determinada dentre os mosquitos Aedes aegypti, uma vez que s pode ser transmi-tida verticalmente, de me para filho.

    (C) os sintomas da doena podero no se manifestar em pa-cientes com dengue, pois a Wolbachia pipientis diminui o tempo de vida dos mosquitos e no permite que o vrus se desenvolva.

    (D) as fmeas de Aedes aegypti transmitiro aos seus descen-dentes a resistncia ao vrus da dengue, mas os machos de Aedes aegypti, filhos de fmeas no resistentes, continuaro transmitindo o vrus da doena.

    (E) a dengue pode ser erradicada se as pessoas forem vacinadas com uma vacina produzida a partir da Wolbachia pipientis.

  • VNSP1215/001-CG-ProvaObjetiva 18

    Questo 65

    A forma comum, e talvez a mais antiga, de poluir as guas pelo lanamento de dejetos humanos e de animais domsti-cos em rios, lagos e mares. Por serem constitudos de matria orgnica, esses dejetos aumentam a quantidade de nutrientes disponveis no ambiente aqutico, fenmeno denominado eutro-fizao (do grego eu, bem, bom, e trofos, nutrio).

    (Jos Mariano Amabis e Gilberto Rodrigues Martho. Biologia das populaes, vol. 3, 2004. Adaptado.)

    Nos grficos, o eixo Y corresponde a um dentre vrios fatores que se alteram durante o processo de eutrofizao, e o eixo X o tempo decorrido no processo.

    fato

    r a

    lte

    rad

    o

    (va

    lore

    s a

    rbit

    rri

    os)

    fato

    r a

    lte

    rad

    o

    (va

    lore

    s a

    rbit

    rri

    os)

    fato

    r a

    lte

    rad

    o

    (va

    lore

    s a

    rbit

    rri

    os)

    0 tempo 0 tempo

    0 tempo

    I II

    III

    A partir das informaes fornecidas, considere um lago que es-teja em processo de eutrofizao. O teor de oxignio na gua, a concentrao de micro-organismos aerbicos, a mortandade dos peixes e a concentrao de micro-organismos anaerbicos po-dem ser representados, respectivamente, pelos grficos

    (A) I, III, III e II.

    (B) I, II, III e II.

    (C) III, I, II e II.

    (D) III, III, II e I.

    (E) II, I, I e III.

    Questo 64

    Em um jogo de tabuleiro, cada jogador escolhe um rosto. O ob-jetivo , por meio de perguntas que sero respondidas com sim ou no, descobrir a personagem escolhida pelo adversrio. A figura apresenta as peas de uma das verses desse jogo.

    Um professor de biologia adaptou esse jogo para o contexto de uma aula. Nos tabuleiros e fichas, no lugar de rostos, foram in-seridos animais. Os alunos foram divididos em dois grupos, o primeiro escolheu o animal A e o segundo o animal B. Os grupos fizeram as seguintes perguntas, na tentativa de descobrir o ani-mal escolhido pelo seu oponente:

    Perguntas sobre o animal A Respostas

    Possui corao com quatro cmaras? Sim.

    Apresenta glndula uropigiana? No.

    Apresenta caninos desenvolvidos? No.

    Depende de bactrias para a digesto do alimento? Sim.

    Possui rume? No.

    Quando comparado maioria das espcies de sua

    ordem, esse animal tem metabolismo mais baixo? Sim.

    A relao massa corporal x superfcie corporal

    caracterstica de sua ordem? No.

    Perguntas sobre o animal B Respostas

    Pe ovos? Sim.

    Produz cido rico dentre suas excretas? Sim.

    Pode voar? No.

    A epiderme espessa e muito queratinizada? Sim.

    O oxignio chega aos tecidos por meio de traqueias? No.

    Troca periodicamente a camada epidrmica mais

    externa? Sim.

    Possui membros locomotores funcionais? Sim.

    Os animais A e B so, respectivamente,

    (A) vaca e jiboia.

    (B) capivara e lagarto.

    (C) cabra e cigarra.

    (D) camundongo e ema.

    (E) galinha e louva-deus.

  • VNSP1215/001-CG-ProvaObjetiva19

    Questo 67

    A figura apresenta a tampa de um vidro de molho em conserva, na qual h a seguinte advertncia:

    Compre somente se a rea azul estiver abaixada.

    Sobre a inscrio da tampa, um estudante de biologia levantou duas hipteses:

    1a) se o produto estiver contaminado, os micro-organismos iro proliferar-se utilizando os glicdios do molho para a obteno de energia.

    2a) o metabolismo dos micro-organismos promover a libe-rao de CO2, que aumentar a presso no interior do recipiente, estufando a tampa.

    Com relao s hipteses levantadas, correto dizer que

    (A) a 1a hiptese est correta e a 2a est errada, pois durante a fermentao no se produz CO2.

    (B) ambas as hipteses esto corretas, mas o contido na 2a no consequncia do que se afirma na 1a.

    (C) ambas as hipteses esto erradas, pois a rea azul abaixada indicativa de que h vcuo no interior da embalagem, o que garante que, na ausncia de ar, o produto no se deteriore.

    (D) ambas as hipteses esto corretas, e o contido na 2a conse-quncia do que se afirma na 1a.

    (E) a 2a hiptese est correta e 1a est errada, pois as bactrias obtm energia dos lipdios do molho, mas no dos glicdios.

    Questo 66

    Leia a placa informativa presente em uma churrascaria.

    Restaurante

    Churrascaria

    SERVIMOS CARNE DE JAVALI PURO

    ANIMAIS COM 36 CROMOSSOMOS

    JAVALI

    Porcos e javalis so subespcies de uma mesma espcie, Sus scrofa. A referncia ao nmero de cromossomos justifica-se pelo fato de que so considerados javalis puros apenas os indivduos com 36 cromossomos. Os porcos domsticos possuem 38 cro-mossomos e podem cruzar com javalis.

    Desse modo, correto afirmar que:

    (A) os animais no puros tero o mesmo nmero de cromosso-mos do porco domstico, mas no o nmero cromossmico do javali.

    (B) um hbrido de porco e javali, conhecido como javaporco, ter 74 cromossomos, tendo herdado o material gentico de ambas as subespcies.

    (C) do cruzamento de uma leitoa com um javali devem resultar hbridos fmeas com 38 cromossomos e hbridos machos com 36 cromossomos.

    (D) os animais com 37 cromossomos sero filhos de um leito ou de uma leitoa, mas no de um casal de javalis.

    (E) os animais puros, aos quais o restaurante se refere, so filhos de casais em que pelo menos um dos animais pater-nos tem 36 cromossomos.

  • VNSP1215/001-CG-ProvaObjetiva 20

    Instruo: Considere as informaes para responder as questes de nmeros 70 e 71.

    Um estudante precisa de uma pequena quantidade de vanili-na e decidiu pesquisar mtodos sintticos de produo da subs-tncia em laboratrio, e obteve informaes sobre dois mtodos:

    H O H O H O

    H OOH

    OH OH OH

    OHOH

    Br OCH3

    OCH3

    OCH3

    metanol

    Br2 CH O Na CuBr

    acetato de etila

    3 +

    enzima

    soluo aquosa pH 7,3

    M 1TODO

    reagente 1 vanilina

    reagente 2 vanilina

    MTODO 2

    Questo 70

    As duas reaes indicadas no mtodo 1 e a reao indicada no mtodo 2 so classificadas, respectivamente, como reaes de

    (A) reduo, reduo e oxidao.

    (B) substituio, substituio e oxidao.

    (C) substituio, substituio e substituio.

    (D) adio, adio e eliminao.

    (E) adio, adio e reduo.

    Questo 71

    Considere que, para obter vanilina no laboratrio, o estudante optou pela aplicao do mtodo 1, e usando 15 g do reagente 1, obteve 10 g de vanilina.Sabendo que a massa molar da vanilina de 158 g, o rendimento da sntese realizada pelo estudante foi de, aproximadamente,

    (A) 25%.

    (B) 80%.

    (C) 12%.

    (D) 65%.

    (E) 50%.

    Questo 68

    Compostos de crmio tm aplicao em muitos processos indus-triais, como, por exemplo, o tratamento de couro em curtumes e a fabricao de tintas e pigmentos. Os resduos provenientes desses usos industriais contm, em geral, misturas de ons cromato (CrO4

    2), dicromato e crmio, que no devem ser des-cartados no ambiente, por causarem impactos significativos.Sabendo que no nion dicromato o nmero de oxidao do crmio o mesmo que no nion cromato, e que igual me-tade desse valor no ction crmio, as representaes qumicas que correspondem aos ons de dicromato e crmio so, correta e respectivamente,

    (A) Cr2O5 2 e Cr 4+.

    (B) Cr2O5 2 e Cr 2+.

    (C) Cr2O9 2 e Cr 4+.

    (D) Cr2O9 2 e Cr 3+.

    (E) Cr2O7 2 e Cr 3+.

    Questo 69

    A vanilina, 4-hidroxi-3-metoxibenzaldedo, frmula C8H8O3, responsvel pelo aroma e sabor de baunilha, muito apreciados no mundo inteiro. obtida tradicionalmente das vagens, tam-bm chamadas de favas, de uma orqudea tropical, a Vanilla planifolia.A figura mostra um processo de extrao da vanilina a partir de vagens de orqudea espalhadas sobre bandejas perfuradas, em tanques de ao, usando etanol (60% v/v) como solvente. Em ge-ral, a extrao dura duas semanas.

    vagens

    temperatura

    38 49 C

    bomba de

    circulao

    (www.greener-industry.org.uk. Adaptado.)

    De acordo com o que mostra a figura, a extrao da vanilina a partir de fontes naturais se d por

    (A) dissoluo.

    (B) decantao.

    (C) irrigao.

    (D) infiltrao.

    (E) destilao.

  • VNSP1215/001-CG-ProvaObjetiva21

    Questo 74

    Recentemente, pesquisadores criaram um algodo que capaz de capturar elevadas quantidades de gua do ar. Eles re-vestiram fibras naturais de algodo com o polmero I, que tem a propriedade de sofrer transies rpidas e reversveis em res-posta a mudanas de temperatura. Assim, as fibras revestidas funcionam como uma esponja de algodo. Abaixo dos 34 C as fibras do algodo revestido se abrem, coletando a umidade do ar. Quando a temperatura sobe, os poros do tecido se fecham, liberando toda a gua retida em seu interior - uma gua total-mente pura, sem traos do material sinttico.

    (www.inovacaotecnologica.com.br. Adaptado.)

    H C3 CH3

    NH

    n

    O

    polmero I

    Na representao do polmero I, observa-se a unidade da cadeia polimrica que se repete n vezes para a formao da macromo-lcula. Essa unidade polimrica apresenta um grupo funcional classificado como

    (A) amina.

    (B) amida.

    (C) hidrocarboneto.

    (D) ster.

    (E) aldedo.

    Questo 75

    Um garom deve levar um copo com gua apoiado em uma ban-deja plana e mantida na horizontal, sem deixar que o copo escor-regue em relao bandeja e sem que a gua transborde do copo. O copo, com massa total de 0,4 kg, parte do repouso e descreve um movimento retilneo e acelerado em relao ao solo, em um plano horizontal e com acelerao constante.

    (http://garcomegastronomia.blogspot.com.br. Adaptado.)

    Em um intervalo de tempo de 0,8 s, o garom move o copo por uma distncia de 1,6 m. Desprezando a resistncia do ar, o m-dulo da fora de atrito devido interao com a bandeja, em newtons, que atua sobre o copo nesse intervalo de tempo igual a

    (A) 4.

    (B) 5.

    (C) 2.

    (D) 3.

    (E) 1.

    Questo 72

    Em um estudo sobre extrao de enzimas vegetais para uma in-dstria de alimentos, o professor solicitou que um estudante es-colhesse, entre cinco solues salinas disponveis no laboratrio, aquela que apresentasse o mais baixo valor de pH.Sabendo que todas as solues disponveis no laboratrio so aquosas e equimolares, o estudante deve escolher a soluo de(A) Na2CO3.(B) (NH4)2C2O4.(C) (NH4)2SO4.(D) K3PO4.(E) KNO3.

    Questo 73

    Uma equipe de cientistas franceses obteve imagens em infraver-melho da sada de rolhas e o consequente escape de dixido de carbono em garrafas de champanhe que haviam sido mantidas por 24 horas a diferentes temperaturas.As figuras 1 e 2 mostram duas sequncias de fotografias tiradas a intervalos de tempo iguais, usando garrafas idnticas e sob duas condies de temperatura.

    FIgura 1

    Rolha saltando de garrafa de champanhe a 18 C

    FIgura 2

    Rolha saltando de garrafa de champanhe a 4 C

    ( Pesquisa Fapesp, janeiro de 2013. Adaptado.)

    As figuras permitem observar diferenas no espocar de um champanhe: a 18 C, logo no incio, observa-se que o volume de CO2 disperso na nuvem gasosa no detectvel na faixa da luz visvel, mas sim do infravermelho muito maior do que quando a temperatura de 4 C.

    Numa festa de fim de ano, os estudantes utilizaram os dados desse experimento para demonstrar a lei que diz:(A) Ao aumentar a temperatura de um gs, a velocidade de suas

    molculas permanece constante.(B) A presso de uma quantidade fixa de um gs em tempera-

    tura constante diretamente proporcional quantidade de matria.

    (C) O volume ocupado por uma amostra de gs sob presso e temperaturas constantes diretamente proporcional ao n-mero de molculas presentes.

    (D) A presso de uma quantidade fixa de um gs em um re-cipiente de volume constante diretamente proporcional temperatura.

    (E) O volume molar de uma substncia o volume ocupado por um mol de molculas.

  • VNSP1215/001-CG-ProvaObjetiva 22

    Questo 77

    Em um jogo de sinuca, a bola A lanada com velocidade V de mdulo constante e igual a 2 m/s em uma direo paralela s ta-belas (laterais) maiores da mesa, conforme representado na figu-ra 1. Ela choca-se de forma perfeitamente elstica com a bola B, inicialmente em repouso, e, aps a coliso, elas se movem em direes distintas, conforme a figura 2.

    V

    V'

    A B

    A

    B

    F 1IGURA

    fora de escala

    fora de escala

    F 2IGURA

    Sabe-se que as duas bolas so de mesmo material e idnticas em massa e volume. A bola A tem, imediatamente depois da coliso, velocidade V' de mdulo igual a 1 m/s. Desprezando os atritos e sendo EB a energia cintica da bola B imediatamente depois da coliso e EA a energia cintica da bola A antes da coliso, a razo E'BEA

    igual a

    (A)

    (B)

    (C)

    (D)

    (E)

    4

    3

    2

    1

    5

    4

    3

    2

    5

    1

    Questo 76

    A figura representa, de forma simplificada, o autdromo de Tarum, localizado na cidade de Viamo, na Grande Porto Alegre. Em um evento comemorativo, trs veculos de dife-rentes categorias do automobilismo, um kart (K), um frmula 1 (F) e um stock-car (S), passam por diferentes curvas do cir-cuito, com velocidades escalares iguais e constantes.

    Curva

    Um Curva Tala Larga

    Curva

    do Lao

    S K

    F

    As tabelas 1 e 2 indicam, respectivamente e de forma compara-tiva, as massas de cada veculo e os raios de curvatura das cur-vas representadas na figura, nas posies onde se encontram os veculos.

    tabela 1 tabela 2Veculo Massa Curva Raio

    kart M Tala Larga 2Rfrmula 1 3M do Lao Rstock-car 6M Um 3R

    Sendo FK, FF e FS os mdulos das foras resultantes centrpetas que atuam em cada um dos veculos nas posies em que eles se encontram na figura, correto afirmar que

    (A) FS < FF < FK.

    (B) FS < FK < FF.

    (C) FF < FS < FK.

    (D) FK < FF < FS.

    (E) FK < FS < FF.

  • VNSP1215/001-CG-ProvaObjetiva23

    Questo 79

    Por que o deserto do Atacama to seco?

    A regio situada no norte do Chile, onde se localiza o deserto do Atacama, seca por natureza. Ela sofre a influncia do Anticiclone Subtropical do Pacfico Sul (ASPS) e da cordi-lheira dos Andes. O ASPS, regio de alta presso na atmosfera, atua como uma tampa, que inibe os mecanismos de levanta-mento do ar necessrios para a formao de nuvens e/ou chuva. Nessa rea, h umidade perto da costa, mas no h mecanismo de levantamento. Por isso no chove. A falta de nuvens na re-gio torna mais intensa a incidncia de ondas eletromagnticas vindas do Sol, aquecendo a superfcie e elevando a temperatura mxima. De noite, a Terra perde calor mais rapidamente, devido falta de nuvens e pouca umidade da atmosfera, o que torna mais baixas as temperaturas mnimas. Essa grande amplitude trmica uma caracterstica dos desertos.

    ( Cincia Hoje, novembro de 2012. Adaptado.)

    Baseando-se na leitura do texto e dos seus conhecimentos de processos de conduo de calor, correto afirmar que o ASPS e a escassez de nuvens na regio do Atacama .

    As lacunas so, correta e respectivamente, preenchidas por

    (A) dificulta a conveco favorece a irradiao de calor

    (B) dificulta a conveco dificulta a irradiao de calor

    (C) favorece a conveco dificulta a irradiao de calor

    (D) favorece a conveco favorece a irradiao de calor

    (E) permite a propagao de calor por conduo intensifica o efeito estufa

    Questo 78

    O sifo um dispositivo que permite transferir um lquido de um recipiente mais alto para outro mais baixo, por meio, por exemplo, de uma mangueira cheia do mesmo lquido. Na figura, que representa, esquematicamente, um sifo utilizado para trans-ferir gua de um recipiente sobre uma mesa para outro no piso, R um registro que, quando fechado, impede o movimento da gua. Quando o registro aberto, a diferena de presso entre os pontos A e B provoca o escoamento da gua para o recipiente de baixo.

    0,4 m

    1,2 m

    R

    A B

    Considere que os dois recipientes estejam abertos para a atmosfera, que a densidade da gua seja igual a 103 kg/m3 e que g = 10 m/s2. De acordo com as medidas indicadas na figura, com o registro R fechado, a diferena de presso PA PB, entre os pontos A e B, em pascal, igual a

    (A) 8 000.

    (B) 12 000.

    (C) 10 000.

    (D) 4 000.

    (E) 2 000.

  • VNSP1215/001-CG-ProvaObjetiva 24

    Questo 80

    A imagem, obtida em um laboratrio didtico, representa ondas circulares produzidas na superfcie da gua em uma cuba de on-das e, em destaque, trs cristas dessas ondas. O centro gerador das ondas o ponto P, perturbado periodicamente por uma haste vibratria.

    (http://educar.sc.usp.br. Adaptado.)

    Considerando as informaes da figura e sabendo que a ve-locidade de propagao dessas ondas na superfcie da gua 13,5 cm/s, correto afirmar que o nmero de vezes que a haste toca a superfcie da gua, a cada segundo, igual a(A) 1,5.(B) 9,0.(C) 13,5.(D) 4,5.(E) 3,0.

    Questo 81

    Uma carga eltrica q > 0 de massa m penetra em uma regio entre duas grandes placas planas, paralelas e horizontais, eletri-zadas com cargas de sinais opostos. Nessa regio, a carga percor-re a trajetria representada na figura, sujeita apenas ao campo eltrico uniforme E , representado por suas linhas de campo, e ao campo gravitacional terrestre g .

    E

    g

    q, m

    + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + +

    correto afirmar que, enquanto se move na regio indicada entre as placas, a carga fica sujeita a uma fora resultante de mdulo(A) q E + m g.(B) m q (E g).(C) q (E g).(D) q E m g.(E) m (E g).

    Questo 82

    A bssola interior

    A comunidade cientfica, hoje, admite que certos animais detectam e respondem a campos magnticos. No caso das trutas arco-ris, por exemplo, as clulas sensoriais que cobrem a aber-tura nasal desses peixes apresentam feixes de magnetita que, por sua vez, respondem a mudanas na direo do campo magnti-co da Terra em relao cabea do peixe, abrindo canais nas membranas celulares e permitindo, assim, a passagem de ons; esses ons, a seu turno, induzem os neurnios a enviarem men-sagens ao crebro para qual lado o peixe deve nadar. As figuras demonstram esse processo nas trutas arco-ris:

    FIgura 1 FIgura 2

    ( Scientific American Brasil Aula Aberta, n. 13. Adaptado.)

    Na situao da figura 2, para que os feixes de magnetita voltem a se orientar como representado na figura 1, seria necessrio sub-meter as trutas arco-ris a um outro campo magntico, simult-neo ao da Terra, melhor representado pelo vetor

    (A)

    (B)

    (C)

    (D)

    (E)

  • VNSP1215/001-CG-ProvaObjetiva25

    Sabe-se que: a empresa transporta somente um tipo de caixa por entrega. a empresa dever adquirir somente um tipo de caamba. a caamba adquirida dever transportar qualquer tipo de caixa. as caixas, ao serem acomodadas, devero ter seus comprimento,

    largura e altura coincidindo com os mesmos sentidos dos comprimento, largura e altura da caamba.

    para cada entrega, o volume da caamba dever estar totalmen-te ocupado pelo tipo de caixa transportado.

    Atendendo a essas condies, o proprietrio optou pela compra de caminhes com caamba do tipo

    (A) V.

    (B) III.

    (C) II.

    (D) I.

    (E) IV.

    Questo 85

    Uma partcula em movimento descreve sua trajetria sobre se-micircunferncias traadas a partir de um ponto P0, localizado em uma reta horizontal r, com deslocamento sempre no sentido horrio. A figura mostra a trajetria da partcula, at o ponto P3, em r. Na figura, O, O1 e O2 so os centros das trs primeiras

    semicircunferncias traadas e R,4

    Re

    2

    R seus respectivos

    raios.

    P0 P1 P2 P3

    O O O1 2

    R R

    2

    R

    4

    r

    A trajetria resultante do movimento da partcula ser obtida repe-tindo-se esse comportamento indefinidamente, sendo o centro e o

    raio da n-sima semicircunferncia dados pornnn

    2

    RReO ,

    respectivamente, at o ponto Pn, tambm em r. Nessas condies, o comprimento da trajetria descrita pela partcula, em funo do raio R, quando n tender ao infinito, ser igual a

    (A) 2 R.

    (B) 2n R.

    (C) 2 R.

    (D)

    4

    7 R.

    (E) 2 R.

    Questo 83

    Um aluno precisa localizar o centro de uma moeda circular e, para tanto, dispe apenas de um lpis, de uma folha de papel, de uma rgua no graduada, de um compasso e da moeda.

    R E A L

    Nessas condies, o nmero mnimo de pontos distintos neces-srios de serem marcados na circunferncia descrita pela moeda para localizar seu centro

    (A) 2.

    (B) 5.

    (C) 1.

    (D) 3.

    (E) 4.

    Questo 84

    Uma empresa de cermica utiliza trs tipos de caixas para emba-lar seus produtos, conforme mostram as figuras.

    altura

    25 cm

    altura4 cm

    altura10 cm

    comprimento

    20 cm

    comprimento 50 cm

    comprimento 25 cm

    largura

    10 cm

    largura

    25 cm

    largura

    20 cm

    Essa empresa fornece seus produtos para grandes cidades, que, por sua vez, probem o trfego de caminhes de grande porte em suas reas centrais. Para garantir a entrega nessas regies, o pro-prietrio da empresa decidiu adquirir caminhes com caambas menores.

    A tabela apresenta as dimenses de cinco tipos de caambas en-contradas no mercado pelo proprietrio.

    tipo de caamba

    comprimento (m)

    largura (m)

    altura (m)

    I 3,5 2,5 1,2II 3,5 2,0 1,0III 3,0 2,2 1,0IV 3,0 2,0 1,5V 3,0 2,0 1,0

  • VNSP1215/001-CG-ProvaObjetiva 26

    Questo 86

    A revista Pesquisa Fapesp, na edio de novembro de 2012, publicou o artigo intitulado Conhecimento Livre, que trata dos repositrios de artigos cientficos disponibilizados gratuitamente aos interessados, por meio eletrnico. Nesse artigo, h um grfi-co que mostra o crescimento do nmero dos repositrios institu-cionais no mundo, entre os anos de 1991 e 2011.

    O crescimento dos repositrios

    2 500

    2 000

    1 500

    1 000

    500

    01991 1993 1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007 2009 2011

    Bases de dados institucionais no mundo

    Observando o grfico, pode-se afirmar que, no perodo analisa-do, o crescimento do nmero de repositrios institucionais no mundo foi, aproximadamente,

    (A) linear.

    (B) exponencial.

    (C) nulo.

    (D) senoidal.

    (E) logartmico.

    Questo 87

    A soma de quatro nmeros 100. Trs deles so primos e um dos quatro a soma dos outros trs. O nmero de solues existentes para este problema

    (A) 3.

    (B) 2.

    (C) 6.

    (D) 5.

    (E) 4.

    Questo 88

    Um professor de geografia forneceu a seus alunos um mapa do estado de So Paulo, que informava que as distncias aproxi-madas em linha reta entre os pontos que representam as cidades de So Paulo e Campinas e entre os pontos que representam as cidades de So Paulo e Guaratinguet eram, respectivamente, 80 km e 160 km. Um dos alunos observou, ento, que as dis-tncias em linha reta entre os pontos que representam as cida-des de So Paulo, Campinas e Sorocaba formavam um tringulo equiltero. J um outro aluno notou que as distncias em linha reta entre os pontos que representam as cidades de So Paulo, Guaratinguet e Campinas formavam um tringulo retngulo, conforme mostra o mapa.

    160 km80 km

    Campinas

    Sorocaba So Paulo

    GuaratinguetSP

    Com essas informaes, os alunos determinaram que a distncia em linha reta entre os pontos que representam as cidades de Guara-tinguet e Sorocaba, em km, prxima de

    (A)

    (B)

    (C)

    (D)

    (E)

    32580

    35280

    6.80

    3780

    23580

  • VNSP1215/001-CG-ProvaObjetiva27

    Questo 89

    Os habitantes de um planeta chamado Jumpspace locomovem-se saltando. Para isto, realizam apenas um nmero inteiro de saltos de dois tipos, o slow jump (SJ) e o quick jump (QJ). Ao execu-tarem um SJ saltam sempre 20 u.d. (unidade de distncia) para Leste e 30 u.d. para Norte. J no QJ saltam sempre 40 u.d. para Oeste e 80 u.d. para Sul.Um habitante desse planeta deseja chegar exatamente a um pon-to situado 204 u.d. a Leste e 278 u.d. ao Norte de onde se encon-tra. Nesse caso, correto afirmar que o habitante

    (A) conseguir alcanar seu objetivo, realizando 7 saltos QJ.

    (B) conseguir alcanar seu objetivo, realizando 7 saltos SJ e 13 QJ.

    (C) conseguir alcanar seu objetivo, realizando 13 saltos SJ e 7 QJ.

    (D) conseguir alcanar seu objetivo, realizando 13 saltos SJ.

    (E) no conseguir alcanar seu objetivo, pois no h nmero inteiro de saltos que lhe permita isso.

    Questo 90

    A caamba de um caminho basculante tem 3 m de comprimento das direes de seu ponto mais frontal P at a de seu eixo de rota-o e 1 m de altura entre os pontos P e Q. Quando na posio hori-zontal, isto , quando os segmentos de retas r e s se coincidirem, a base do fundo da caamba distar 1,2 m do solo. Ela pode girar, no mximo, graus em torno de seu eixo de rotao, localizado em sua parte traseira inferior, conforme indicado na figura.

    1,2 m

    3 m

    1 m

    s

    r

    P

    eixo derotao

    Q

    (www.autobrutus.com. Adaptado.)

    Dado cos = 0,8, a altura, em metros, atingida pelo ponto P, em relao ao solo, quando o ngulo de giro for mximo,

    (A) 4,0.

    (B) 4,8.

    (C) 5,0.

    (D) 4,4.

    (E) 3,8.

  • CLASSIFICAO PERIDICA

    90

    232Th

    96

    (247)Cm

    91

    231Pa

    97

    (247)Bk

    92

    238U

    98

    (251)Cf

    101

    (258)Md

    93

    (237)Np

    99

    (252)Es

    102

    (259)No

    94

    (244)Pu

    100

    (257)Fm

    103

    (262)Lr

    89

    (227)Ac

    95

    (243)Am

    1

    2

    3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

    13 14 1615 17

    18

    Nmero Atmico

    Massa Atmica

    ( ) = n. de massa do

    istopo mais estvel

    Smbolo

    o

    1

    1,01H

    3

    6,94Li

    53

    127I

    50

    119Sn

    51

    122Sb

    52

    128Te

    87

    (223)Fr

    88

    (226)Ra

    77

    192Ir

    54

    131Xe

    81

    204Tl

    55

    133Cs

    82

    207Pb

    56

    137Ba

    57-71Srie dos

    Lantandios

    89-103Srie dosActindios

    72

    178Hf

    84

    (209)Po

    73

    181Ta

    85

    (210)At

    74

    184W

    86

    (222)Rn

    75

    186Re

    76

    190Os

    83

    209Bi

    80

    201Hg

    79

    197Au

    78

    195Pt

    Srie dos Lantandios

    58

    140Ce

    64

    157Gd

    59

    141Pr

    65

    159Tb

    60

    144Nd

    66

    163Dy

    69

    169Tm

    61

    (145)Pm

    67

    165Ho

    70

    173Yb

    62

    150Sm

    68

    167Er

    71

    175Lu

    57

    139La

    63

    152Eu

    Srie dos Actindios

    105

    (262)Db

    107

    (264)Bh

    108

    (277)Hs

    109

    (268)Mt

    110

    (271)Ds

    111

    (272)Rg

    106

    (266)Sg

    104

    (261)Rf

    2

    4,00He

    5

    10,8B

    6

    12,0C

    8

    16,0O

    9

    19,0F

    15

    31,0P

    18

    39,9Ar

    31

    69,7Ga

    34

    79,0Se

    37

    85,5Rb

    40

    91,2Zr

    43

    (98)Tc

    46

    106Pd

    49

    115In

    10

    20,2Ne

    14

    28,1Si

    17

    35,5Cl

    30

    65,4Zn

    33

    74,9As

    36

    83,8Kr

    39

    88,9Y

    42

    95,9Mo

    45

    103Rh

    48

    112Cd

    13

    27,0Al

    16

    32,1S

    29

    63,5Cu

    32

    72,6Ge

    35

    79,9Br

    38

    87,6Sr

    41

    92,9Nb

    44

    101Ru

    47

    108Ag

    7

    14,0N

    23

    50,9V

    24

    52,0Cr

    25

    54,9Mn

    26

    55,8Fe

    12

    24,3Mg

    20

    40,1Ca

    19

    39,1K

    27

    58,9Co

    28

    58,7Ni

    21

    45,0Sc

    22

    47,9Ti

    4

    9,01Be

    11

    23,0Na

    (IUPAC, 22.06.2007.)