variaÇÃo sazonal da biomassa microbiana-c e da umidade do solo sob diferentes coberturas vegetais...
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VARIAÇÃO SAZONAL DA BIOMASSA MICROBIANA-C E DA UMIDADE DO SOLO SOB VARIAÇÃO SAZONAL DA BIOMASSA MICROBIANA-C E DA UMIDADE DO SOLO SOB DIFERENTES COBERTURAS VEGETAIS NA AMAZÔNIA CENTRALDIFERENTES COBERTURAS VEGETAIS NA AMAZÔNIA CENTRAL
O fluxo de CO2 do solo é um dos componentes-chave no ciclo do carbono, sendo a maior fonte de carbono do ecossistema terrestre para a atmosfera. As mudanças da cobertura vegetal
e o manejo do solo na Amazônia, provocam alterações nesses fluxos. A determinação e o melhor entendimento da dinâmica do carbono do solo das florestas é fundamental para estimar com maior precisão o balanço interno de carbono nas florestas tropicais, e entender melhor a participação do solo neste balanço, e também quais os fatores ambientais que estão afetando esta
dinâmica. O objetivo deste trabalho foi conhecer as relações entre a dinâmica da matéria orgânica (com ênfase na liteira fina) e sua relação com as emissões de CO 2 do solo na floresta
nativa, capoeira, sistema agroflorestal (SAF) e pastagem, nas duas estações climáticas, identificando os fatores controladores que afetam estes processos.
Lucerina Trujillo-Cabrera1 , Flávio J. Luizão2 1 MSc. em Ecologia, Bolsista DTI/LBA. Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia ([email protected])3 Ph.D em Ecologia. Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia ([email protected]) , Departamento de Ecologia, Caixa postal 478, Manaus- Brasil.
RESULTADOS
CONCLUSÕES
Fontes financiadoras: Projeto PELD e Milênio-LBA "Mudanças de uso do Solo na Amazônia: Implicações Climáticas e na Ciclagem de Carbono".
• Os maiores fluxos de CO2 foram encontrados na floresta (7,52 µmol m2 s-1) e na capoeira
(6,0 μmol m2 s-1), na transição seca-chuvosa (ANOVA, F= 15,6; p<0,001).
• Encontraram-se relações diretamente proporcionais entre o fluxo de CO2 e a umidade gravimétrica do solo (r2= 0,24; p <0,01), a biomassa-C (r2= 0,20; p< 0,01) e a temperatura do solo (r2=0,27; p< 0,01), porém estas relações foram encontradas sem os dados da pastagem e SAF’s.
• Não houve relação entre os fluxos de CO2 e o estoque de liteira fina acumulada na superfície do solo; porém, a umidade (r2= 0,48) e a temperatura do solo (r2= 0,41) apresentaram relações diretamente proporcionais com o estoque de liteira (p< 0,001).
O estudo foi desenvolvido na Reserva Biológica do Cuieiras, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), localizada a 80 km ao norte de Manaus, e na Estação Experimental da Embrapa/CPAA, no km 53 da rodovia Manaus-Boa Vista. Os SAFs estão estabelecidos em três blocos, com cinco tratamentos agroflorestais implantados em parcelas de 3000 m2 (60 m x 50 m). Foram realizadas amostragens ao longo do ano, da liteira fina acumulada na superfície
do solo, do solo dos primeiros 10 cm de profundidade, e dos fluxos de CO2 do solo, em parcelas de 50 x 60 m (n=3). Nas
amostras de solo, foram avaliadas a biomassa-C e a umidade gravimétrica. Os fluxos de CO2 foram medidos através de um
analisador de gás por infravermelho portátil (EGM-3, PP Systems, U.K.).
• O estoque de liteira fina foi afetado pela cobertura do solo e a sazonalidade, registrando-se maior acúmulo de liteira na capoeira, na estação seca-chuvosa e, o menor acúmulo na pastagem.
• Os fluxos de CO2 não apresentaram relação significativa direta com o estoque de liteira fina, porém, apresentaram relação diretamente proporcional com a umidade, temperatura e biomassa microbiana.
• O estoque de liteira fina acumulada na superfície do solo é um fator que afeta os fluxos de CO 2 por ser um controlador direto da umidade e a temperatura do solo.
INTRODUÇÃO
MÉTODOS
Figura 1. Área de estudo, Reserva Biológica do Cuieiras. Distribuição das parcelas de coleta próximas à torre climatológica do LBA.
Torre LBA
Parcela 1
Parcela 3
Parcela 280 m
20 m
Figura 2. Métodos de coleta dos dados. Analisador de CO2 portátil (esquerda); quadro de madeira de 20x20 cm usado para coleta da camada de liteira; trado para coleta de solo (0-10 cm de profundidade).
Figura 3. Relações entre os fluxos de CO2 e a umidade do solo (%), temperatura do solo (oC) e a biomassa-C (µg/g) na floresta primária.
estr
ada
BR-1
74
estrada ZF-2
Km 34 Estr
ada
BR
-174 -
Estrada ZF-2
Km 34
SAF’s
Desenho experimental no DAS
Desenho experimental na floresta (ZF-2)
SAF 3
0
200
400
600
800
1000
seca seca-chuvosa chuvosa
Biom
assa
-C (u
g/g
solo
)floresta capoeira SAF´s pastagem
0
200
400
600
800
1000
seca seca-chuvosa chuvosa
Biom
assa
-C (u
g/g
solo
) floresta capoeira SAF´s pastagem
0
2
4
6
8
10
12
seca seca-chuvosa chuvosa
Flux
os d
e C
O2
(um
ol m
-2 s
-1) f loresta capoeira SAF´s pastagem
y= 28,5x - 0,005 p<0,001 r2= 0,41
• A biomassa-C do solo dos primeiros 10 cm da superfície do solo, foi maior na floresta, nas estações seca-chuvosa (ANOVA, F=21,8; p<0,001) e chuvosa (ANOVA, F=4,6; p<0,01), com valores entre 793 μg/ g e 493 μg/ g respectivamente
• Os maiores valores de CO2 foram encontrados na floresta (7,5 μmol m2 s-1) e na capoeira (6,0 μmol m2 s-1), na estação seca-chuvosa (ANOVA, F= 15,6; p<0,05). Os menores valores foram encontrados nos SAf´s (2,4 μmol m2 s-1).