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B8 Economia SEGUNDA-FEIRA, 11 DE JUNHO DE 2012 O ESTADO DE S. PAULO
Varejo brasileiro é o mais atrativoPaís lidera pelo segundo ano a lista de mercados com maior potencial de investimento, seguido por Chile, China e Uruguai
J.F.DIORIO/AE–23/12/2011
Márcia De Chiara
A crise internacional mudou omapa dos mercados em desen-volvimento com maior poten-cial para atrair investimentosestrangeiros para o varejo. Paí-ses da América Latina e doOriente Médio aparecem en-tre os 30 mercados maisatraentes, revela a edição des-te ano do ranking feito pelaconsultoria americana A. T.Kearney.
Por dois anos seguidos, 2011 e2012, o Brasil lidera a lista dosmercados com maior potencialde investimento, seguido, nesteano, pelo Chile, China e Uru-guai. “A participação da AméricaLatina e dos países do OrienteMédio é forte”, diz EstebanBowles, sócio da consultoria e lí-der da prática de Varejo e Bensde Consumo na América Latina.
Ele destaca que, neste ano, se-te países no ranking de 30 sãolatino-americanos. Além do Bra-sil e do Chile, estão na lista doslatinos Uruguai, Peru, Colôm-bia, Panamá e México. Já Emira-dos Árabes, Omã, Kuwait, ArábiaSaudita, Jordânia e Líbano en-grossam a relação do países doOriente Médio.
O executivo explica que essesmercados de consumo ganha-ram relevância porque a crisenas economias desenvolvidasacabou tendo reflexos nos paí-ses do leste europeu, que apre-sentaram sinais de saturação noconsumo.
Um exemplo desse movimen-to é o que ocorreu com a Rússia.No ranking de 2011, o país ocu-pava a 11ª posição na lista dospaíses em desenvolvimentomais atraentes para investimen-tos no varejo. Na relação desteano, a Rússia está em 26º lugar,caindo 15 posições, exemplificaBowles. Movimento semelhan-te ocorreu com Polônia e Repú-
blica Tcheca.Calculado desde 2001, o indi-
cador avalia, a cada ano, as condi-ções de um grupo de 30 paísesem desenvolvimento para atrairinvestimentos de redes varejis-tas estrangeiras que já atuam emmercados maduros. Participa-ram da última pesquisa 185 paí-ses em desenvolvimento.
O consultor explica que sãoavaliadas 25 variáveis de cadapaís, reunidas em quatro grupos:atratividade do mercado, riscoeconômico e político, saturaçãodo mercado e em quanto temponovos players estarão presentesna região.
Bowles ressalta que são leva-das em conta variáveis macroe-conômicas e também dados seto-riais e de empresas. O ranking decada ano é elaborado com baseem informações coletadas noano anterior.
Consumo. No caso do Brasil,que se manteve na liderança dalista pelo segundo ano, os fato-res que mais contribuíram parao País ter permanecido no topoforam os indicadores de baixa sa-turação de mercado e potencialde consumo, diz o consultor.
Segundo a pesquisa, o tama-nho do mercado varejista brasi-leiro aumentou15% no ano passa-do e os gastos com consumo têmcrescido 9% ao ano desde 2007.
“O crescimento da nova classemédia brasileira continua impul-sionando o desenvolvimento dosetor varejista”, diz Bowles.
Mas ele acrescenta que o vare-jo de luxo vem ganhando forçano Brasil e em outros países daAmérica Latina, refletindo o me-lhoria de poder aquisitivo da po-pulação.
Pessimismo. Nem mesmo amudança no cenário macroeco-nômico brasileiro, com a divulga-ção do Produto Interno Bruto(PIB) do primeiro trimestre,que cresceu só 0,2% em relaçãoao trimestre anterior, muda a ex-pectativa favorável para o varejobrasileiro nos próximos quatroou cinco anos, diz Bowles.
Ele ressalta que o governo bra-sileiro tem uma política voltadapara impulsionar o consumo e ademanda por meio do aumentodo crédito e redução de juros.“Pode ter um ou outro ano nãomuito favorável, mas a tendên-cia é positiva”, afirma o sócio da
consultoria.Como exemplo de otimismo,
ele destaca o fato de que, somen-te neste ano, serão inaugurados40 shopping centers no País. Is-so corresponde a mais de 1 mi-lhão de metros quadrados deárea de vendas.
A pesquisa aponta quatro seto-res que estão entre os mais pro-missores no varejo brasileiro aosolhos dos investidores estrangei-ros. São eles: eletroeletrônico,moda, beleza e móveis.
Bowles explica que o setor desupermercados continua sendoo mais importante do varejo na-cional, porém o consultor nãoacredita que ele irá atrair nos pró-ximos anos novos investimen-tos estrangeiros.
O motivo é que redes interna-cionais já estabelecidas aqui, co-mo Walmart, Casino e Cenco-sud, por exemplo, depois deirem as às compras nos últimosanos, agora estão na fase de arru-mar a casa e não devem fazer no-vas aquisições.
Farra. Movimento no Shopping Center Norte, em São Paulo: gastos com consumo no País crescem 9% ao ano desde 2007
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ESTEBAN BOWLESSÓCIO DA A. T. KEARNEY“A participação da AméricaLatina e dos países do OrienteMédio (no ranking) é forte.”
“O crescimento da novaclasse média brasileiracontinua impulsionando odesenvolvimento do varejo.”
� Ranking dos principais países em desenvolvimento para investimento no varejo
Brasil
Chile
Uruguai
Índia
China
Peru
Emirados Árabes
Geórgia
Omã
Mongólia
Obs.: n.a. = não apareceu no ranking dos 30 países em 2011
POSIÇÃO EM 2011 POSIÇÃO EM 2012
1ª
2ª
3ª
4ª
6ª
7ª
8ª
n.a.
n.a.
n.a.
Brasil
Chile
China
Uruguai
Índia
Geórgia
Emirados Árabes
Omã
Mongólia
Peru
1ª
2ª
3ª
4ª
5ª
6ª
7ª
8ª
9ª
10ª
FONTE: CONSULTORIA A. T. KEARNEY
BRASIL NO TOPO
INFOGRÁFICO/AE
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ação
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o é ex
clusiv
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ais.