valor es final

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REDE MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS PÚBLICAS DO CONCELHO DE PALMELA VALORES Dossier temático dirigido às Escolas Novembro 2010 Dossier temático sobre Valores 1/64

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Page 1: Valor Es Final

REDE MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS PUacuteBLICAS DO CONCELHO DE PALMELA

VALORES

Dossier temaacutetico dirigido agraves Escolas

Novembro 2010

Dossier temaacutetico sobre Valores 164

Se a crianccedila natildeo receber a devida atenccedilatildeo em geral quando adulta tem dificuldade de

amar seus semelhantes Dalai Lama

Os valores natildeo devem ser encarados como algo abstrato ou estanque nem como um

coacutedigo de conduta imposto de fora para dentro A educaccedilatildeo em valores na famiacutelia e na

escola deveraacute incrementar a capacidade de discernimento dos alunos e conscientizaacute-

los da importacircncia das suas escolhas Assim a educaccedilatildeo consolida os valores e

virtudes jaacute existentes nos alunos e incentiva a superaccedilatildeo de erros e defeitos

(MARTINELLI 1999 p21)

Dossier temaacutetico sobre Valores 264

IacuteNDICE

As crianccedilas aprendem aquilo que vivem p 4

Ensinar as crianccedilas a brincar aprendendo valores e bons haacutebitos p 5

Os haacutebitos familiares e a transmissatildeo dos valores p 9

Valores na famiacutelia p 12

O conto na vida da crianccedila p 15

Valores p 17

Crise dos valores tradicionais p 18

O que satildeo os valores p 20

Pertinecircncia de valores p 24

Devem as escolas ensinar valores eacuteticos e sociais Ou isso eacute territoacuterio da famiacutelia p 26

A questatildeo dos valores em sala de aula p 27

O poder dos contos infantis p 42

Dicionaacuterio de valores p 44

Sites interessantes p 56

Bibliografia sobre o tema disponiacutevel na Rede Municipal de Bibliotecas p 57

Dossier temaacutetico sobre Valores 364

AS CRIANCcedilAS APRENDEM AQUILO QUE VIVEM

Se uma crianccedila vive criticada

aprende a condenar

Se uma crianccedila vive com maus tratos

aprende a brigar

Se uma crianccedila vive humilhada

aprende a sentir-se culpada

Se uma crianccedila eacute estimulada

aprende a confiar

Se uma crianccedila eacute valorizada

aprende a valorizar

Se uma crianccedila vive no equiliacutebrio

aprende a ser justa

Se uma crianccedila vive em seguranccedila

aprende a ter feacute

Se uma crianccedila eacute bem aceite

aprende a respeitar

Se uma crianccedila vive na amizade

aprende a encontrar o amor no mundo

Autora Dorothy Law Nolte no livro laquoCrianccedilas Aprendem O Que Vivem Como Incutir Valores Aos Seus

Filhosraquo

In wwwjuniorteptservletsGeraisP=PaisampID=720

Dossier temaacutetico sobre Valores 464

ENSINAR AS CRIANCcedilAS A BRINCAR APRENDENDO

VALORES E BONS HAacuteBITOS

Enviado por Domingo Maio 16 143440 CEST por Amaral

Em laquoVamos Jogarraquo o pediatra Eduard Estivill e a escritora Yolanda Saacuteenz de Tejada

ajudam-no a fazer dos filhos laquomelhores pessoasraquo No livro agora publicado em

Portugal divulgam-se actividades didaacutecticas entre pais e filhos para ensinar valores e

bons haacutebitos agraves crianccedilas Leia a seguir a entrevista concedida a um jornal portuguecircs

Eduard Estivill e Yolanda Tejada assinam uma obra agrave qual emprestam distintas

sensibilidades e largas doses de bom senso Publicamos a seguir a entrevista

publicada no DESTAK

- Os filhos de hoje tecircm piores haacutebitos que os do passado E os pais

Eduard Estivill O ritmo de vida actual a entrada da mulher no mundo laboral e a

diminuiccedilatildeo do nuacutemero de irmatildeos por famiacutelia condicionaram a superprotecccedilatildeo dos

filhos sobretudo nos haacutebitos essenciais sono alimentaccedilatildeo higiene comunicaccedilatildeo Os

pais do passado natildeo eram melhores que os de hoje que simplesmente tecircm menos

tempo mas preocupavam-se mais com a educaccedilatildeo

- No prefaacutecio diz ter esperanccedila de laquoaproximar as crianccedilas dos adultos ou ao

contraacuterioraquo Os adultos natildeo devem perder a capacidade de sonhar

Yolanda Tejada Que natildeo percamos a capacidade de surpresa que voltemos a ter a

ilusatildeo por pequenas coisas que voltemos a jogar e a rir muito Uma crianccedila ri mais 80

que um adulto

- As crianccedilas soacute aprendem jogando

Eduard Estivill A educaccedilatildeo eacute um conjunto de haacutebitos e normas sociais necessaacuterios agrave

vida em sociedade Educar as crianccedilas eacute ensinar estas normas que depois faratildeo com

Dossier temaacutetico sobre Valores 564

que a crianccedila seja aceite na sociedade e se sinta mais segura de si mesma e mais feliz O

jogo eacute soacute um veiacuteculo para repetir as normas que queremos incutir de uma forma mais

divertida tanto para a crianccedila como para os pais

- A coerecircncia e a paciecircncia satildeo os pilares da educaccedilatildeo mas satildeo difiacuteceis de manter

Eduard Estivill Totalmente certo Eacute difiacutecil manter a paciecircncia e a coerecircncia Por isso

recomendamos jogos para alcanccedilar estes objectivos Estes jogos foram testados por

pais pedagogos educadores e professores Isso justifica os 80 mil exemplares do livro

vendidos em Espanha e a ediccedilatildeo do livro em Itaacutelia Brasil e Portugal

- Como se deve contornar a falta de tempo dos pais

Eduard Estivill Entendendo que o importante natildeo eacute a quantidade mas sim a

qualidade Eacute muito melhor brincar com a crianccedila durante meia hora antes do jantar do

que duas horas a ver televisatildeo depois de jantar

- Qual eacute o haacutebito - comunicaccedilatildeo leitura sono comida conduta higiene - que falta

mais agraves crianccedilas actuais

Yolanda Tejada Natildeo depende das crianccedilas mas sim dos adultos Para cada adulto a

importacircncia de cada haacutebito natildeo eacute igual Se para mim natildeo for importante que o meu

filho coma verduras natildeo sentirei a falta desse haacutebito Mas o haacutebito que mais

descuramos regra geral eacute o da comunicaccedilatildeo

Sobre o livro

O objectivo do livro laquoVamos Jogarraquo eacute laquofornecer uma seacuterie de conceitos apresentados

na forma de jogos para que os pais possam inculcar melhores haacutebitos nos seus filhosraquo

explica no proacutelogo da obra o co-autor Eduard Estivill

Nesta aventura pedagoacutegica editada em Portugal pela Livros dHoje o pediatra e

neurofisiologista espanhol contou com a experiecircncia maternal da criativa e escritora

Yolanda Saacuteenz de Tejada ligada a projectos de investigaccedilatildeo sobre comportamentos

Dossier temaacutetico sobre Valores 664

infantis

Juntos partindo de conceitos cientiacuteficos comprovados apresentam uma seacuterie de

laquoactividades faacuteceis de executar e que satildeo particularmente vaacutelidas do ponto de vista

educativoraquo Isto tendo por premissa laquoa facilidade das crianccedilas em captar ensinamentos

e copiar os padrotildees de conduta dos adultosraquo Eacute que os petizes natildeo nascem ensinados e

cabe aos progenitores apontar as direcccedilotildees a seguir no sentido de aprenderem a

laquomovimentar-se pela vida com seguranccedila e responsabilidaderaquo

A transmissatildeo de valores o processo de habituaccedilatildeo atraveacutes da repeticcedilatildeo e do bom

exemplo (neste ponto eacute imperiosa a coerecircncia entre a teoria e praacutetica) e ateacute o seu grau

de estoicismo nunca desistindo perante as contrariedades (leia-se berrarias laacutegrimas

ou ataques de nervos) satildeo absolutamente fundamentais nesta foacutermula para se obterem

bons resultados

Ingredientes base

Na receita proposta em laquoVamos Jogarraquo a Emoccedilatildeo e a Planificaccedilatildeo tecircm o mesmo grau

de importacircncia A dupla sugere que os pais devem recuperar a alegria de quando eram

pequenos sendo cada jogo acompanhado de amor e do sorriso que laquotantas vezes

tendemos a esquecerraquo Jaacute em termos de Planificaccedilatildeo laquose criarmos expectativas seraacute

mais faacutecil que as crianccedilas desfrutemraquo como quem tem um objectivo em mente e sente a

inerente satisfaccedilatildeo quando consegue realizaacute-lo

Neste moroso processo eacute certo e sabido que laquonatildeo somos infaliacuteveisraquo laquoOs pais que se

equivocam satildeo mais humanos Se assumirmos que natildeo sabemos algo mas que vamos

tentar encontrar a resposta o nosso filho pensaraacute que tudo tem uma soluccedilatildeo Os nossos

enganos se os admitirmos aproximar-nos-atildeo mais delesraquo afianccedilam Eduard Estivill e

Yolanda Saacuteenz de Tejada

Mais laquopara ensinar eacute preciso ouvirraquo e rever a nossa infacircncia e a tradicional sensaccedilatildeo de

incompreensatildeo dessa fase etaacuteria seraacute uacutetil nesse processo de identificaccedilatildeo com a nossa

prole Por fim os autores recomendam laquoo amor loucoraquo pois que laquoum pouco de carinho

nunca eacute de mais e natildeo haacute que ter quaisquer pudores em demonstraacute-lo publicamente

Dossier temaacutetico sobre Valores 764

Bons haacutebitos

Ao longo de 277 paacuteginas aprendemos que esse acto essencial na vida das crianccedilas que eacute

o Jogo eacute possiacutevel de ser explorado no sentido educativo e meramente recreativo Na

lista de jogos haacute a promessa da aquisiccedilatildeo de bons haacutebitos na Comida de Conduta de

Higiene de Comunicaccedilatildeo de Estudo de Leitura e de Sono

O mesmo seraacute dizer que em jeito de brincadeira se aprende a pocircr a mesa a comer o

pequeno-almoccedilo sozinho a ser pontual agraves refeiccedilotildees a natildeo ter ciuacutemes a ser altruiacutesta a

valorizar a praacutetica desportiva a tomar banho sozinho a gerir o tempo a escolher a

roupa para vestir a perder o medo do meacutedico a natildeo ter vergonha a dar valor agrave

famiacutelia a gostar de estudar a treinar a memoacuteria a explorar o talento artiacutestico ou a

adormecer sozinho Tudo porque como disse um dia Allan Bloom laquoa educaccedilatildeo eacute o

movimento da obscuridade em direcccedilatildeo agrave luzraquo

Vera Valadas Ferreira | DESTAK

19 | 04 | 2010

In wwwfersapptfersapmodulesphpname=Newsampfile=articleampsid=844

Dossier temaacutetico sobre Valores 864

OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS

VALORES

Justiccedila igualdade toleracircnciahellip Satildeo palavras que cada dia mais se escutam nas escolas

A ldquoEducaccedilatildeo nos Valoresrdquo jaacute estaacute presente no curriculum escolar mas isso natildeo eacute

suficiente Ficar no niacutevel teoacuterico natildeo serve de nada E na praacutetica esquecemos

frequentemente que palavras tatildeo grandiosas como ldquoEmpatiardquo ou ldquoRespeitordquo se

traduzem em premissas tatildeo singelas como ldquonatildeo atirar papeacuteis para o chatildeordquo ldquoceder o

assento a quem mais o necessiterdquo ou ldquoabrir a porta a quem vai carregadordquo

Que a ldquoEducaccedilatildeo nos Valoresrdquo tenha chegado agraves escolas eacute um passo que realmente

devemos celebrar Saber ser pessoa eacute mais importante do que saber resolver integrais

ou saber em que ano comeccedilou a Revoluccedilatildeo Francesa Entretanto enquanto que a

instruccedilatildeo e formaccedilatildeo intelectual eacute um objectivo a conseguir primordialmente atraveacutes

da escola a educaccedilatildeo e desenvolvimento pessoal eacute-o atraveacutes da famiacutelia

Nunca devemos esquecer que o lar eacute o autecircntico formador de pessoas As crianccedilas

aprendem continuamente atraveacutes dos seus pais natildeo soacute o que estes lhes contam mas

tambeacutem sobretudo pelo que vecircem neles como actuam como respondem perante os

problemas Em definitivo as crianccedilas observam e copiam o proceder dos seus pais

perante a vida A autecircntica educaccedilatildeo nos valores transmite-se passa dos pais para os

seus filhos desde o dia do nascimento ateacute ao final da vida Natildeo obstante tem uma

importacircncia relevante durante os primeiros anos Ateacute aos seis ou sete anos de idade as

crianccedilas possuem uma moral denominada ldquoheteroacutenimardquo ou seja a sua motivaccedilatildeo para

fazer as coisas de uma maneira ou de outra eacute corresponder ao que o papaacute e a mamatilde

desejariam o que dizem os pais satildeo ldquoverdades absolutasrdquo Conforme crescem vatildeo

compreendendo melhor por que eacute importante actuar de certa forma e natildeo de outras

mas seguem sempre guiando-se pelo que vecircem em casa especialmente ateacute aos doze

anos Daiacuteiacute a tremenda importacircncia de educar as crianccedilas atraveacutes do exemplo para

desenvolver uma educaccedilatildeo ciacutevica

Dossier temaacutetico sobre Valores 964

Faz o que eu faccedilo

Todos temos na mente uma ideia de como gostariacuteamos que fosse a sociedade em que

mundo queremos que vivam os nossos filhos um sitio limpo em que as pessoas se

ajudem e respeitem onde todos tenhamos os mesmos direitoshellip Depois saiacutemos agrave rua

pensando no trabalho nas compras na ortodoncia do menino e esquecemo-nos de

todos esses bons propoacutesitos De repente queremos ser os primeiros a sair do metro

incomoda-nos o carro que torna lenta a circulaccedilatildeo esquecemo-nos de dar os bons dias

ao porteirohellip e assim dia apoacutes dia diante o olhar sempre atento das crianccedilas que jaacute se

sabe absorvem tudo como esponjas

Jaacute comentaacutemos que ateacute os doze anos aproximadamente o lar eacute a principal fonte de

valores direitos e deveres da crianccedila Agora tambeacutem teraacute que se dizer que haacute coisas

que dificilmente se aprendem mais tarde Se em pequenos natildeo nos acostumamos a

guardar o pacote no bolso quando natildeo haacute um cesto de papeacuteis agrave matildeo a natildeo pocircr a

muacutesica muito alta para natildeo incomodar o vizinho a dizer obrigado quando nos fazem

um favor ou a natildeo insultar os que satildeo diferentes seraacute mais complicado aprendecirc-lo

mais tarde Porque o civismo o respeito a honestidade e todos os valores humanos satildeo

em grande medida haacutebitos rotinas que aprendemos em famiacutelia de forma inconsciente

e que mais adiante chegamos a valorizar com a reflexatildeo que permite a maturidade

Por isso a melhor forma de transmitir valores de aprender a viver em sociedade eacute natildeo

aplicar jamais a tatildeo popular frase de ldquofaz o que eu digo e natildeo o que eu faccedilordquo Se

quisermos que nossos filhos alcancem essa sociedade tatildeo sonhada devemos comeccedilar

por criaacute-la noacutes mesmos e ldquofazer o que dizemosrdquo

Que ldquohaacutebitos-valoresrdquo fomentar

Decerto que vocecircs mesmos tecircm a resposta Soacute tecircm que pensar que tipo de pessoas

gostariam que fossem os vossos filhos e actuar em consequecircncia Como vimos a

coerecircncia entre as ideias que querem transmitir e a forma como se actua em casa eacute a

chave principal

A maioria das pessoas considera como nobres os mesmos tipos de valores Entretanto

agraves vezes eacute difiacutecil reconhecer em noacutes mesmo onde encaixa a conexatildeo entre ldquocrenccedilasrdquo e

ldquoforma de serrdquo Estes conselhos podem ajudar a reflectir sobre isso

Dossier temaacutetico sobre Valores 1064

Se quiserem que o vossofilho seja uma pessoa razoaacutevel raciocinem com ele desde o

primeiro dia Natildeo utilizem o ldquoporque eu digordquo Logicamente haveraacute muitas ocasiotildees

em que tenham que lhe ordenar as coisas mas sempre podem argumentar o motivo

O respeito onde primeiro se observa eacute entre os pais As decisotildees no casal devem ser

sempre compartilhadas Se discutem faccedilam-no de forma tranquila sem recriminar

Saber viver em sociedade eacute saber aceitar as opiniotildees distintas

Onde mais se fomentam os estereoacutetipos eacute no lar Pensaram alguma vez em coisas como

quem limpa a casa quem troca as lacircmpadas etc Tratem de compartilhar entre voacutes os

distintos papeacuteis

Se se preocuparem com as influecircncias externas pensem que tecircm uma arma muito

importante ao vosso alcance os vossoscomentaacuterios Falem com o vossofilho sobre a

opiniatildeo que merecem as actuaccedilotildees dos outros (tanto no positivo como no negativo)

Isto eacute importante sobretudo contra a influecircncia da televisatildeo

Compreender ajuda a aprender

Os valores transmitem-se atraveacutes do exemplo mas assentam com forccedila graccedilas agrave

compreensatildeo de que satildeo necessaacuterios Como podemos ajudar uma crianccedila pequena a

perceber esta importacircncia Uma boa maneira eacute aplicar a foacutermula de ldquofaz pelos outros o

que gostarias que fizessem por ti e natildeo lhes faccedilas o que natildeo gostarias que te fizessemrdquo

Por outras palavras colocar as crianccedilas na hipoacutetese de serem eles os protagonistas de

certas atitudes Eacute muito mais eficaz para que o vossofilho a entenda dizer-lhe

ldquoGostarias que se rissem de ti porque usas oacuteculos como te sentiriasrdquo do que lhe dizer

simplesmente ldquoNatildeo deves rir do Joatildeo por ter aparelho nos dentesrdquo

(Esther Garciacutea Schmah Pedagoga wwwsolohijoscom wwwmujernuevaorg)

In httpfamiliaaaldeianetos-habitos-familiares-e-a-transmissao-dos-valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 1164

VALORES NA FAMIacuteLIA

Quando os valores prioritaacuterios satildeo os valores ou bens materiais como ocorre em

amplos sectores da sociedade actual ou quando os valores se confundem com os

desejos ou as apetecircncias de um ser humano como tambeacutem acontece a descoberta de

verdadeiros valores humanos tem uma grande importacircncia para a motivaccedilatildeo da

vontade humana Porquecirc Porque a motivaccedilatildeo humana remete sempre para valores

humanos verdadeiros materiais e espirituais ndash sempre que os primeiros sirvam os

segundos e natildeo ao contraacuterio

A descoberta e valores corresponde aos imateriais aos do espiacuterito aos que fazem

referecircncia agrave verdade (valores intelectuais) ao bem (valores morais) e agrave beleza (valores

esteacuteticos) Satildeo trecircs tipos de valores estreitamente relacionados entre si porque verdade

bem e beleza satildeo os termos inseparaacuteveis de um trinoacutemio (Se algueacutem tentasse separaacute-

los encontrar-se-ia com uma verdade maacute e feia com um bem feio e falso com uma

beleza falsa e maacute)

Como descobrir estes valores Cada qual deve tomar a iniciativa de os procurar porque

lhe satildeo muito importantes satildeo os elementos que aperfeiccediloam o proacuteprio ser mediante

eles um indiviacuteduo pode acabar por ser chegar a ser aquilo que eacute pessoa ser mais e

melhor pessoa

Mas nem sempre que se procuram se encontram Tambeacutem eacute verdade que agraves vezes

emergem de repente no nosso horizonte existencial inclusivamente apesar da nossa

resistecircncia (hellip) Um dia qualquer uma vida rotineira e talvez sem relevo pode sentir-

se sacudida ndash e ateacute invadida ndash pela descoberta de um novo valor que a transforma

(Polaino e Carrentildeo l992 p 75)

Haacute algum acircmbito onde a descoberta de valores seja menos difiacutecil ou mais provaacutevel

Em primeiro lugar o acircmbito vital da famiacutelia Se os pais optaram por certos valores e se

comprometeram com eles cada filho que vem ao mundo natildeo tem de desenvolver a

tarefa hercuacutelea e problemaacutetica de tratar de descobrir por que valores vale a pena

arriscar a vida (ibidem)

Dossier temaacutetico sobre Valores 1264

Nem sempre acontece assim Optar por certos valores significa escolher entre os

melhores aqueles que mais convenham numa famiacutelia concreta com as suas

circunstacircncias actuais para o desenvolvimento pessoal de cada membro e para a

melhoria familiar Logicamente seratildeo prioritaacuterios os valores humanos mais cultivados

por ambos os cocircnjuges

Comprometer-se com uns valores e organizar a vida familiar em funccedilatildeo deles supotildee tecirc-

los interiorizado profundamente Soacute assim seratildeo capazes de os pocircr de moda na sua

famiacutelia sendo eles proacuteprios para os seus filhos portadores de valores

Esses valores vividos pelos pais com naturalidade e com graccedila com bom humor

sabendo sorrir habitualmente seratildeo atractivos para os filhos e contagiosos A famiacutelia

sob esta perspectiva aparece-nos como um museu vivo de valores E natildeo porque os

pais pendurem os valores nas paredes como se se tratasse de um quadro que

passivamente se deve admirar Os valores familiares constituem pelo contraacuterio um

dado irrefutaacutevel quase com cunho testemunhal que vai unido ao comportamento

diaacuterio dos pais (ibidem p 76) E tambeacutem estaratildeo presentes estes valores na conduta

dos filhos quando os pais aleacutem de os viverem e de os fomentarem promovem e

mantecircm vigentes algumas normas e costumes familiares que mostram a presenccedila viva

destes valores preferenciais

Os valores familiares ndash em famiacutelias cristatildes natildeo satildeo soacute valores naturais mas tambeacutem

valores sobrenaturais ndash nenhuma crianccedila inicialmente os questiona Mais tarde sim

porque na medida em que cresce emerge e amadurece a sua liberdade pessoal haacute-de

comprometer-se tambeacutem nas escolhas que faz e que obviamente satildeo sempre muito

pessoais(hellip) Precisamente por isso os pais tecircm de preparar essa fase de referecircncia ndash

atraveacutes do seu comportamento ndash que lhe sirva de orientaccedilatildeo (ibidem)

Isto seraacute tanto menos difiacutecil para os pais quanto mais cedo faccedilam da sua famiacutelia um

museu vivo de valores quando os filhos satildeo ainda muito pequenos

Seraacute menos difiacutecil tambeacutem a sua adolescecircncia quando o quadro de referecircncia e um

miacutenimo de normas e costumes tenham sido parte importante do seu ambiente familiar

acolhedor desde a primeira infacircncia

Dossier temaacutetico sobre Valores 1364

Deste modo quando o filho adolescente ou o filho jovem daacute prioridade a alguns

valores como fundamento para apoiar a sua vida tem jaacute como em depoacutesito uns

valores que anteriormente assumiu e integrou quase sem dar por isso contagiados ou

emprestados pelos seus pais

Estes valores familiares descobertos na convivecircncia do lar paterno nas relaccedilotildees diaacuterias

de pais e filhos de irmatildeos de diferentes idades traduzem-se ndash como efeito de

descoberta ndash em motivos Em consequecircncia a conduta de cada filho estaraacute motivada

desde o principio a sua vontade estaraacute motivada

Penso por contraste em tantos filhos desmotivados antes e durante a sua adolescecircncia

quando os primeiros responsaacuteveis da famiacutelia natildeo se propuseram ou natildeo souberam

criar este a ambiente familiar cimentado na sinceridade na generosidade na lealdade

na laboriosidade no optimismo na compreensatildeo exigente no respeito confiado na

disponibilidade na gratidatildeo na amizade e noutros valores humanos

Oliveros Otero

In httpfamiliaaaldeianetvalores-na-familia

Dossier temaacutetico sobre Valores 1464

O CONTO NA VIDA DA CRIANCcedilA

A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais

refinadas como A Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos

limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros

Perde-se no tempo a origem e importacircncia do conto na educaccedilatildeo da crianccedila Quantas

vezes pais e educadores a braccedilos com a explicaccedilatildeo de algo mais complexo aos nossos

filhos nos socorremos de uma histoacuteria que simplifique a nossa tarefa por um lado e

por outro facilite a compreensatildeo por parte da crianccedila daquilo que verdadeiramente lhe

queremos transmitir

Passar valores agrave crianccedila eacute algo complexo Esta missatildeo implica normalmente conceitos

que fazem apelo a abstracccedilotildees competecircncias impossiacuteveis de usar pela crianccedila nas

etapas mais precoces do desenvolvimento As histoacuterias satildeo por isso um meio

facilitador de resolver algumas das questotildees que esta tarefa nos coloca Se por um

lado divertem as crianccedilas espicaccedilam a sua curiosidade promovem competecircncias

cognitivas e de oralidade activam a magia por outro satildeo tambeacutem a forma de

concretizarmos alguns dos valores que consideramos aceitaacuteveis e oportunos transmitir

agrave crianccedila

De cada histoacuteria cada crianccedila retiraraacute aquilo que lhe fizer mais sentido em funccedilatildeo das

suas vivecircncias e das suas caracteriacutesticas desenvolvimentais Com a mesma histoacuteria

podemos transmitir um sem-nuacutemero de ensinamentos isso depende em primeira

instacircncia do objectivo de quem a usa e da proacutepria crianccedila

A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais

refinadas como a Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos

limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros

A Menina do Mar eacute uma histoacuteria porventura difiacutecil de entender antes da idade

escolar Para aleacutem da beleza literaacuteria pode permitir-nos transmitir valores ecoloacutegicos

respeito pela Natureza nomeadamente pelas coisas do mar curiosidade na descoberta

e contemplaccedilatildeo do mar e do que ele conteacutem Aleacutem disso e voltando a um dos valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 1564

inerentes a quase todas as histoacuterias - a relaccedilatildeo com os outros - A Menina do Mar

proporciona uma excelente oportunidade de ensinar a crianccedila a respeitar e a aceitar as

diferenccedilas e ainda a importacircncia de fazer amigos

Nas histoacuterias tal como na vida por vezes tambeacutem haacute situaccedilotildees desconcertantes e ainda

bem que as histoacuterias contemplam estas situaccedilotildees Satildeo uma oacuteptima oportunidade para a

crianccedila se organizar e aprender a lidar com os medos os obstaacuteculos e frustraccedilotildees com

que se iraacute confrontar ao longo da vida Eacute importante que o crescimento se faccedila ainda

que ao niacutevel do imaginaacuterio e simboacutelico assente em valores reais

In O conto na vida da crianccedila In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-

06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$o-conto-na-vida-da-criancagt

Dossier temaacutetico sobre Valores 1664

VALORES

Os valores correspondem a maneiras de ser ou de agir reconhecidas como desejaacuteveis

Genericamente pode dizer-se que natildeo eacute possiacutevel a existecircncia de um grupo humano

sem que tenham sido definidos impliacutecita ou explicitamente os seus valores A

expressatildeo escrita e oral os siacutembolos os objectos satildeo meios de que os indiviacuteduos e os

grupos dispotildeem para aceder aos valores

Tecircm sido objecto de estudo em Sociologia questotildees como a do modo como evoluem os

valores o modo como os valores satildeo vividos pelos indiviacuteduos e pelos grupos e a

possibilidade ou impossibilidade de se falar em sociedades globais

No estrutural-funcionalismo de T Parsons os valores partilhados interiorizados satildeo

vistos como desempenhando um papel decisivo na integraccedilatildeo social em qualquer

sociedade Os criacuteticos deste ponto de vista defendem que a integraccedilatildeo social natildeo

depende num grau tatildeo absoluto da partilha de valores Argumenta-se que os valores

podem ser aceites por motivos pragmaacuteticos mais do que normativos e que as

estruturas sociais podem impor-se para aleacutem da interiorizaccedilatildeo dos valores Sobretudo

a maioria dos socioacutelogos reconhece actualmente que uma sociedade pode existir

mesmo que seja atravessada por divergecircncias a niacutevel dos valores

Valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-06] Disponiacutevel na

www ltURL httpwwwinfopediapt$valoresgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 1764

CRISE DOS VALORES TRADICIONAIS

Em pleno seacuteculo XXI quase toda a sociedade considera que existe uma crise de valores

ou pelo menos a falecircncia dos tradicionais Mas desde sempre esta consciecircncia de crise

de valores existiu numa perspectiva geograacutefica mais restrita e sem as dimensotildees de

generalizaccedilatildeo como sucede hoje A globalizaccedilatildeo econoacutemica e o neoliberalismo o

individualismo e o relativismo a par do progresso tecnoloacutegico aceleraram a toma de

consciecircncia de crise de valores por parte da populaccedilatildeo Por um lado esbateram-se ou jaacute

natildeo existem mesmo criteacuterios seguros para distinccedilatildeo do bem e do mal do justo e do

injusto entre outras categorias morais e pessoais imperando pois a subjectividade e o

relativismo Radicalmente alguns vatildeo mais longe e afirmam mesmo que jaacute natildeo existem

sequer valores tudo eacute circunstancial O que era antes intemporal e inalteraacutevel eacute agora

volaacutetil ou inconsistente passando-se do relativismo agrave descrenccedila niilista absoluta

As principais causas para a crise de valores satildeo

- a desvalorizaccedilatildeo da tradiccedilatildeo quer atraveacutes do marxismo que tudo subjuga agrave histoacuteria e

ao plano social desvalorizando os valores antigos da burguesia dos opressores que

substitui pelos do povo trabalhador quer atraveacutes de Nietzsche e a sua negaccedilatildeo dos

valores absolutos ou mesmo com Freud que tornou os valores morais como produto

de mecanismos mentais repressivos

- a crise na instituiccedilatildeo familiar das suas relaccedilotildees do proacuteprio modelo de famiacutelia

primeira fonte de transmissatildeo de valores O aumento de divoacutercios separaccedilotildees

violecircncia domeacutestica pressotildees econoacutemicas e stress social das famiacutelias podem prejudicar

tambeacutem a transmissatildeo de valores seguros aos filhos

- modificaccedilotildees de ordem material nos aspectos tecnoloacutegico e cientiacutefico e as sucessivas

mutaccedilotildees econoacutemicas podem conduzir ao distanciamento cada vez maior da sociedade

moderna face aos valores tradicionais

- menor peso dos bons costumes e da cultura popular na sociedade moderna visiacutevel na

descrenccedila nos valores absolutos e na moral social substituiacuteda pela moral autoacutenoma e

pelo relativismo

A sociedade hoje em dia tornou-se mais aberta e plural mais intercultural assumindo

melhor as diferenccedilas mas tambeacutem tornando-se mais insegura violenta tendendo para

a repressatildeo e ateacute para um individualismo egoiacutesta e esvaziado de valores de relaccedilotildees

Dossier temaacutetico sobre Valores 1864

interpessoais Para muitos analistas natildeo existe crise antes abertura para outros a

maior crise eacute a incapacidade humana de enfrentar o problema da crise de valores pois

subsiste a ideia de que nas democracias natildeo haacute valores impessoais ou suprapessoais

parecendo que cada um escolhe os seus Alguns autores sugerem que a crise natildeo seraacute

apenas de valores mas tambeacutem de referecircncias estaacuteveis e soacutelidas

Crise dos Valores Tradicionais In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-

06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$crise-dos-valores-tradicionaisgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 1964

O QUE SAtildeO VALORES

O QUE DISTINGUE UM FACTO DE UM VALOR

PESQUISA

O homem vive toma partido crecirc numa multiplicidade de valores hierarquiza-os e daacute

assim sentido agrave sua existecircncia mediante opccedilotildees que ultrapassam incessantemente as

fronteiras do seu conhecimento efectivo No homem que pensa esta questatildeo soacute pode

ser raciocinada no sentido em que para fazer a siacutentese entre aquilo que ele crecirc e

aquilo que ele sabe ele soacute pode utilizar uma reflexatildeo quer prolongando o saber quer

opondo-se a ele num esforccedilo criacutetico para determinar as suas fronteiras actuais e

legitimar a hierarquizaccedilatildeo dos valores que o ultrapassam Esta siacutentese raciocinada

entre as crenccedilas quaisquer que elas sejam e as condiccedilotildees do saber constituiacute aquilo que

noacutes chamamos uma sabedoria e eacute este que nos parece ser o objecto da filosofia

Jean Piaget Sageza e Ilusatildeo da Filosofia

Dossier temaacutetico sobre Valores 2064

SIacuteNTESE

1 Valores

1 Quando decidimos fazer algo estamos a realizar uma escolha Manifestamos certas

preferecircncias por umas coisas em vez de outras Evocamos entatildeo certos motivos para

justificar as nossas decisotildees

2 Factos e valores

Todos estes motivos podem ser apoiados em factos mas tecircm sempre impliacutecitos certos

valores que justificam ou legitimam as nossas preferecircncias

Exemplo O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi o dia mais importante

da semana era um domingo

Facto O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi efectivamente um

domingo

Valor impliacutecito O domingo como o dia mais importante entre os

dias da semana

3Facto

Um facto eacute algo que algo que pode ser comprovado sobre o qual podemos dizer que a

afirmaccedilatildeo eacute verdadeira ou falsa Os factos satildeo igualmente susceptiacuteveis de gerarem

consensos universais

4 Valor

Podemos definir os valorespartindo das vaacuterias dimensotildees em que usamos

a) os valores satildeo criteacuterios segundo os quais valorizamos ou desvalorizamos as

coisas

Dossier temaacutetico sobre Valores 2164

b) Os valores satildeo as razotildees que justificam ou motivam as nossas acccedilotildees tornando-

as preferiacuteveis a outras

Os valores reportam-se em geral sempre a acccedilotildees justificam-nas

Exemplo Participar numa manifestaccedilatildeo a favor do povo timorensepode significar que

atribuiacutemos agrave Solidariedade uma enorme importacircncia A solidariedade eacute neste caso o

valor que justifica ou explica a nossa acccedilatildeo

Ao contraacuterio dos factos os valores apenas implicam a adesatildeo de grupos restritos Nem

todos possuiacutemos os mesmos valores nem valorizamos as coisas da mesma forma

5 Tipos de valores

Os valores natildeo satildeo coisas nem simples ideias que adquirimos mas conceitos que

traduzem as nossas preferecircncias Existe uma enorme diversidade de valores podemos

agrupaacute-los quanto agrave sua natureza da seguinte forma

Valores eacuteticos os que se referem agraves normas ou criteacuterios de conduta que afectam todas

as aacutereas da nossa actividade Exemplos Solidariedade Honestidade Verdade

Lealdade Bondade Altruiacutesmo

Valores esteacuteticos os valores de expressatildeo Exemplo Harmonia Belo Feio Sublime

Traacutegico

Valores religiosos os que dizem respeito agrave relaccedilatildeo do homem com a transcendecircncia

Exemplos Sagrado Pureza Santidade Perfeiccedilatildeo

Valores poliacuteticos Justiccedila Igualdade Imparcialidade Cidadania Liberdade

Valores vitais Sauacutede Forccedila

6 Hierarquizaccedilatildeo dos Valores

Natildeo atribuiacutemos a todos os nossos valores a mesma importacircncia Na hora de tomar

uma decisatildeo cada um de noacutes hierarquiza os valores de forma muito diversa A

Dossier temaacutetico sobre Valores 2264

hierarquizaccedilatildeo eacute a propriedade que tem os valores de se subordinarem uns aos outros

isto eacute de serem uns mais valiosos que outros As razotildees porque o fazemos satildeo

muacuteltiplas

Exemplo

A maioria da populaccedilatildeo mundial continua a passar graves carecircncias alimentares

Todos os anos morrem milhotildees de pessoas por subnutriccedilatildeo Natildeo eacute de querer que

hierarquia dos seus valores destas pessoas a satisfaccedilatildeo das suas necessidades

bioloacutegicas natildeo esteja logo em primeiro lugar

7 Polaridade dos Valores

Os nossos valores tendem a organizar-se em termos de oposiccedilotildees ou polaridades

Preferimos e opomos a Verdade agrave Mentira a Justiccedila agrave Injusticcedila o Bem ao Mal a beleza

agrave fealdade a genorosidade agrave mesquinhecircs A palavra valor costuma apenas ser aplicada

num sentido positivo Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de

estima positiva ou negativamente Valor eacute tanto o Bem como o Mal o Justo como

Injusto

Carlos Fontes

In httpafilosofianosapopt10valoreshtm~

Dossier temaacutetico sobre Valores 2364

PERTINEcircNCIA DE VALORES

Durkheim considerava que os valores miacuteticos e religiosos que funcionaram como

crenccedilas nas sociedades tradicionais serviram para exercer o controlo e a coesatildeo sociais

e para inspirar as avaliaccedilotildees e as motivaccedilotildees das pessoas Eacute assim que nas sociedades

tradicionais de solidariedade mecacircnica os indiviacuteduos estatildeo integrados por valores

comuns que se lhes impotildeem garantindo a coesatildeo social Jaacute nas sociedades modernas

de solidariedade orgacircnica verifica-se segundo Durkheim uma erosatildeo dos valores

graccedilas ao aumento do individualismo e agrave desintegraccedilatildeo das ligaccedilotildees sociais originadas

pelo desenvolvimento da divisatildeo do trabalho

Parsons (1951) que consagrou a existecircncia de quatro subsistemas interdependentes -

cultural poliacutetico econoacutemico societal - remete cada um deles para quatro tipos de

valores O subsistema cultural manteacutem os modelos valorizados da acccedilatildeo o subsistema

poliacutetico assegura a funccedilatildeo de realizaccedilatildeo das finalidades colectivas o subsistema

societal assegura a funccedilatildeo de integraccedilatildeo social dos indiviacuteduos e o econoacutemico a funccedilatildeo

de adaptaccedilatildeo (controlo exploraccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio ambiente) Satildeo portanto

os sistemas que asseguram a funccedilatildeo de reproduccedilatildeo dos valores

A questatildeo da pertinecircncia dos valores coloca a relaccedilatildeo entre os valores (morais

religiosos poliacuteticos esteacuteticos) e as culturas na proacutepria medida em que existem relaccedilotildees

entre as formas de vida ou as visotildees do mundo e o quadro de valores que as orientam

Haacute uma multiplicidade de valores variando estes conforme as sociedades e as

culturas e tambeacutem conforme as eacutepocas histoacutericas por isso se fala da relatividade

histoacuterica dos valores Ora a pluralidade dos valores eacute acompanhada tambeacutem da

existecircncia de sistemas de valores relativamente abertos Novos valores podem sempre

vir a integrar um sistema (moral poliacutetico cultural ou religioso) desde que seja

assegurada uma coerecircncia miacutenima entre os valores de um mesmo sistema Com efeito

uma cultura de valores democraacuteticos por exemplo eacute incompatiacutevel com o autoritarismo

e o totalitarismo como uma cultura que reconhece o valor da infacircncia e os direitos da

crianccedila eacute incompatiacutevel com a exploraccedilatildeo da crianccedila

Poreacutem sistemas de valores diferenciados podem coexistir numa mesma sociedade

valores de grupos poliacuteticos diferentes de etnias diversas de comunidades religiosas

diferentes valores hedonistas que se opotildeem aos valores do trabalho e da eficaacutecia os

valores da poupanccedila e do patrimoacutenio em oposiccedilatildeo ao consumismo desenfreado os

Dossier temaacutetico sobre Valores 2464

valores do ser e da pessoa em oposiccedilatildeo aos valores do ter e do poder financeiro etc

Esta diversidade de valores pode provocar conflitos cuja resposta poderaacute implicar que

uma hierarquia de pertinecircncias seja estabelecida Com efeito existem conflitos de

valores no seio da famiacutelia (entre as geraccedilotildees por exemplo) nas empresas (entre a

eficaacutecia econoacutemica o lucro o melhoramento das condiccedilotildees de trabalho o serviccedilo agrave

comunidade etc) ao niacutevel das argumentaccedilotildees de valores num

tribunal ou nos debates puacuteblicos sobre processos judiciais (o respeito devido agraves viacutetimas

e o direito do culpado agrave sua defesa por exemplo) conflitos entre o valor da famiacutelia e a

obrigaccedilatildeo do trabalho (conflito que se potildee muitas vezes agraves matildees que trabalham fora

de casa e tecircm filhos pequenos) etc

Para aleacutem dos aspectos ligados agrave pluralidade dos valores assistimos hoje nas

sociedades democraacuteticas contemporacircneas a uma evoluccedilatildeo dos sistemas de valores e a

uma alteraccedilatildeo da sua hierarquia de pertinecircncia expressas na importacircncia crescente dos

novos valores ligados agrave ecologia agrave defesa do meio ambiente e ao novo conceito de

desenvolvimento sustentado dos valores da solidariedade da cidadania e da

toleracircncia que orientam hoje um novo tipo de acccedilatildeo colectiva (exercido em termos de

voluntariado eou por Organizaccedilotildees Natildeo-Governamentais (ONG) como os meacutedicos

sem fronteiras as associaccedilotildees de protecccedilatildeo e defesa das crianccedilas e das mulheres

viacutetimas de maus tratos as associaccedilotildees de defesa das minorias do consumidor de

assistecircncia aos doentes com sida etc) assim como se assiste a uma evoluccedilatildeo dos

valores ligados agrave mundializaccedilatildeo que orientam instituiccedilotildees e convenccedilotildees internacionais

Pertinecircncia de valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-07]

Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$pertinencia-de-valoresgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 2564

DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E

SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA

Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os

valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute

quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os

valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi

publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio

quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o

egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que

promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de

etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo

excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores

da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo

lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais

entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos

professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas

desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os

docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila

Foto Pintura de Salvador Dali

In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml

Dossier temaacutetico sobre Valores 2664

A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA

Adolfo S Suaacuterez

Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso

de Teologia do Unasp

Centro Universitaacuterio Adventista

Campus Engenheiro Coelho (SP)

adolfosuarezunaspedubr

Introduccedilatildeo

1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores

11 Definiccedilotildees

12 Modelos de valores em sala de aula

121 Valores absolutos

122 Valores relativos

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

13 Classificaccedilatildeo de valores

14 Conclusatildeo parcial

2 Valores que devem ser ensinados

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

23 Conclusatildeo parcial

3 A transmissatildeo de valores

31 Como se aprendem os valores

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

33 A idade e o ensino de valores

34 Conclusatildeo parcial

Consideraccedilotildees finais

Referecircncias bibliograacuteficas

Dossier temaacutetico sobre Valores 2764

Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo

Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde

Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula

The issue of values in the classroom

Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary

Education based on a Christian pedagogical practice

Keywords values christian education classroom

Dossier temaacutetico sobre Valores 2864

INTRODUCcedilAtildeO

Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS

2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da

experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e

cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e

espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)

Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas

fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade

promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a

inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)

No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de

estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das

faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)

Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo

meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo

quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e

aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)

Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido

vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo

no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar

desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de

professores ldquoconteudistasrdquo

Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser

mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno

porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de

apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa

formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores

Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-

se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo

da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados

Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores

1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES

1 1 Definiccedilotildees

Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade

humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua

conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja

valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)

independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de

caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)

Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo

Dossier temaacutetico sobre Valores 2964

Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao

satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa

qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto

deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo

racional humano (2001 p 44)

No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS

pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores

significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno

seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais

lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que

promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os

princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o

seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o

respeito e a cooperaccedilatildeo

Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante

descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade

(1997 p 79)

12 Modelos de valores em sala de aula

Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores

Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)

121 Valores absolutos

Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e

normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma

autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos

indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave

medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo

previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios

mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo

O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para

conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de

que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3064

122 Valores relativos

Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute

baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da

verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio

mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela

praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia

pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc

A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o

que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de

tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no

momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros

possam pensar

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3164

Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o

trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua

autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e

normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam

orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os

valores

Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que

determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura

que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a

escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se

oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem

possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo

Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de

determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes

puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para

todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar

os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns

13 Classificaccedilatildeo de valores

Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da

seguinte maneira numa escala ascendente

(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc

(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc

(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc

(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc

(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc

(f) Valores religiosos sagrado profano etc

De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em

Dossier temaacutetico sobre Valores 3264

(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam

rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar

(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute

dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel

satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para

Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos

sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos

gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e

prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos

(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)

(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo

pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real

exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato

boa-feacutemaacute-feacute etc)

(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)

(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia

autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da

vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees

pessoais etc

(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano

14 Conclusatildeo parcial

Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do

comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta

particular

Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta

temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e

autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em

valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos

A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados

educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados

2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados

Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio

de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados

ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA

chama de mandamentos satildeo os seguintes

Dossier temaacutetico sobre Valores 3364

(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o

bem

(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica

Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila

(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso

caraacuteter

(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio

entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato

(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)

(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado

(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a

ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia

com a sabedoria

(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em

noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional

(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser

motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas

uacuteteis ou prazeres

(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem

cair no narcisismo) e o amor pelos outros

(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos

felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com

tudo e todos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3464

O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro

Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz

que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas

geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho

humildade sabedoria respeito e solidariedade

Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de

Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os

seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da

atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo

mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom

humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto

valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante

da TV liberdade e obediecircncia

Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da

temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila

coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e

harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico

compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees

Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro

primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de

Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e

transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade

Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto

que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia

integridade equiliacutebrio e pessoalidade

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-

aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito

famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem

apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de

eternidade

Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as

Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino

Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo

Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais

importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram

escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam

agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo

Dossier temaacutetico sobre Valores 3564

Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia

(accedilatildeo) Perdatildeo

Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia

(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo

Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia

(pensamento) Previsatildeo

Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave

famiacutelia Individualidade Propoacutesito

Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade

Dossier temaacutetico sobre Valores 3664

Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza

Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade

Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo

proacutepria

Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo

Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo

Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo

Abertura Entusiasmo Interesse Respeito

Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio

Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade

Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia

Auto-motivaccedilatildeo para

desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede

Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade

Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila

Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade

Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade

eacutetica

Carinho Flexibilidade no juiacutezo

moral Meditaccedilatildeo

Sentido de

comunidade

Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo

Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia

Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade

Compreensatildeo da

verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade

Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento

Consciecircncia dos

assuntos morais e

religiosos

Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato

Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila

Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura

Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia

Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade

Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade

Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo

pessoal

Cortesia Humor Patriotismo Veracidade

Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude

Cumprimento dos

deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva

23 Conclusatildeo parcial

Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis

cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a

sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula

um importante ofiacutecio para todo educador

3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES

Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos

numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a

quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais

envolvidos em todo esse processo

Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente

pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir

em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3764

31 Como se aprendem os valores

Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que

demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras

(MARQUES 2001 p 44)

(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados

(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica

em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto

(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os

valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade

assimilamos a honestidade

(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos

loacutegicos e discursivos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3864

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o

factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)

O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da

crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor

da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para

exemplificaacute-la etc

Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores

demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a

veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel

relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o

relacionamento proacuteximo

O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido

consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso

exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa

situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e

sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre

sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar

dinheiro Por quecircrdquo

33 A idade e o ensino de valores

De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos

de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo

das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo

tem muita influecircncia

Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia

moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees

dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila

obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque

isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal

Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem

desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido

sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos

actos

34Conclusatildeo parcial

Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses

valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos

rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis

de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado

de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)

chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)

Dossier temaacutetico sobre Valores 3964

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que

determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que

a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos

e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores

podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e

religiosos

Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam

conviver bem consigo mesmos e com a sociedade

Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o

ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional

e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa

Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo

desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na

transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe

um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a

educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual

entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde

Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de

motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe

uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores

Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente

Precisamos educar o estudante plenamente

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed

Petroacutepolis RJ Vozes 2000

BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais

Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997

BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales

Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997

Dossier temaacutetico sobre Valores 4064

CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003

CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a

Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas

Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b

LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo

Paulo Vida 2001

MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000

MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001

PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991

SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995

YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de

Moraes Porto Alegre Artmed 2002

Dossier temaacutetico sobre Valores 4164

O PODER DOS CONTOS INFANTIS

Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada

Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e

agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre

Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em

geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo

deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o

fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma

contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado

Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo

dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de

uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de

exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura

racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar

Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do

qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do

abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip

Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam

sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a

cobardia

O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o

estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso

encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e

prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e

vencer o mal

Dossier temaacutetico sobre Valores 4264

Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique

completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o

sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes

sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo

com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute

mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los

interpretaacute-los e ultrapassaacute-los

Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente

nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se

enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de

forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais

como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel

estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a

questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim

zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila

moral dos contos infantis

Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar

duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a

crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso

sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-

se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada

In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm

Dossier temaacutetico sobre Valores 4364

Dicionaacuterio de Valores

(Infopeacutedia)

afecto

amizade

autodisciplina

civismo

confianccedila

disciplina

honestidade

integridade

integro

justiccedila

lealdade

liberdade

partilha

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

respeito

responsabilidade

responsaacutevel

solidariedade

solidaacuterio

toleracircncia

valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 4464

afecto

afecto n adj sentimento de apego e ()

afecto forma do verbo afectar

afecto

nome masculino

1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo

2 amizade

3 amor

4 carinho

5 inclinaccedilatildeo

adjectivo

1 afeiccediloado dedicado

2 destinado

3 ligado dependente

(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)

amizade

nome feminino

1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia

2 camaradagem companheirismo cumplicidade

3 entendimento compreensatildeo

4 dedicaccedilatildeo bondade

5 pessoa amiga

(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4564

autodisciplina

nome feminino

1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo

2 capacidade de se disciplinar

(De auto-+disciplina)

civismo

nome masculino

1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico

2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas

suas instituiccedilotildees

(Do fr civisme laquoidraquo)

confianccedila

nome feminino

1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor

2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza

3 creacutedito

4 acircnimo

5 popular ousadia atrevimento

6 popular familiaridade

abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo

que se ocupa

dar confianccedila permitir certa familiaridade

ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza

tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade

(Do fr confiance laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4664

disciplina

disciplina n conjunto de regras ou ()

disciplina forma do verbo disciplinar

disciplina

nome feminino

1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou

colectividade

2 observacircncia das regras obediecircncia

3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a

respeitar regras ou conseguir resultados

4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de

um estabelecimento escolar

5 autoridade

6 castigo mortificaccedilatildeo

7 [plural] correias para accediloitar

(Do lat disciplina- laquoidraquo)

honestidade

nome feminino

1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade

probidade

2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade

3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia

(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4764

integridade

nome feminino

1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade

2 qualidade do que eacute iacutentegro

3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade

(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)

integro [integro]

adjectivo

1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO

2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO

justiccedila

justiccedila n virtude moral que inspira ()

justiccedila forma do verbo justiccedilar

justiccedila

nome feminino

1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a

atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade

2 conformidade com o direito estabelecido

3 poder de aplicar as leis poder judicial

4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees

5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do

poder judicial

6 conjunto dos magistrados a magistratura

Dossier temaacutetico sobre Valores 4864

7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda

por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada

na outra

8 popular funcionaacuterios de um tribunal

justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor

das coisas trocadas

justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e

dos encargos consoante a qualidade das pessoas

justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial

justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer

positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus

membros

popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos

com justiccedila de maneira justa e imparcial

dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio

em boa justiccedila segundo o que eacute devido

fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes

(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)

lealdade

nome feminino

qualidade de leal fidelidade sinceridade

(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4964

liberdade

nome feminino

1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua

natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo

livre)

2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo

ou de acccedilatildeo)

3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e

independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de

decisatildeo)

4 livre arbiacutetrio

5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)

6 personificaccedilatildeo das ideias liberais

7 toleracircncia

8 licenccedila autorizaccedilatildeo

9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada

10 figurado franqueza

11 [plural] regalias imunidades

liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas

que se julgarem verdadeiras

liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem

impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela

lei

LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e

sintaacutecticas em poesia

(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5064

partilha

nome feminino

1 acto ou efeito de partilhar

2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa

3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio

4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila

5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente

entre duas ou mais pessoas

(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

nome feminino

1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar

2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo

3 desassossego

4 ideia fixa

5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo

(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)

respeito

respeito n acto ou efeito de ()

respeito forma do verbo respeitar

respeito

nome masculino

1 acto ou efeito de respeitar

2 consideraccedilatildeo apreccedilo

3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo

4 homenagem culto

5 temor receio

Dossier temaacutetico sobre Valores 5164

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 2: Valor Es Final

Se a crianccedila natildeo receber a devida atenccedilatildeo em geral quando adulta tem dificuldade de

amar seus semelhantes Dalai Lama

Os valores natildeo devem ser encarados como algo abstrato ou estanque nem como um

coacutedigo de conduta imposto de fora para dentro A educaccedilatildeo em valores na famiacutelia e na

escola deveraacute incrementar a capacidade de discernimento dos alunos e conscientizaacute-

los da importacircncia das suas escolhas Assim a educaccedilatildeo consolida os valores e

virtudes jaacute existentes nos alunos e incentiva a superaccedilatildeo de erros e defeitos

(MARTINELLI 1999 p21)

Dossier temaacutetico sobre Valores 264

IacuteNDICE

As crianccedilas aprendem aquilo que vivem p 4

Ensinar as crianccedilas a brincar aprendendo valores e bons haacutebitos p 5

Os haacutebitos familiares e a transmissatildeo dos valores p 9

Valores na famiacutelia p 12

O conto na vida da crianccedila p 15

Valores p 17

Crise dos valores tradicionais p 18

O que satildeo os valores p 20

Pertinecircncia de valores p 24

Devem as escolas ensinar valores eacuteticos e sociais Ou isso eacute territoacuterio da famiacutelia p 26

A questatildeo dos valores em sala de aula p 27

O poder dos contos infantis p 42

Dicionaacuterio de valores p 44

Sites interessantes p 56

Bibliografia sobre o tema disponiacutevel na Rede Municipal de Bibliotecas p 57

Dossier temaacutetico sobre Valores 364

AS CRIANCcedilAS APRENDEM AQUILO QUE VIVEM

Se uma crianccedila vive criticada

aprende a condenar

Se uma crianccedila vive com maus tratos

aprende a brigar

Se uma crianccedila vive humilhada

aprende a sentir-se culpada

Se uma crianccedila eacute estimulada

aprende a confiar

Se uma crianccedila eacute valorizada

aprende a valorizar

Se uma crianccedila vive no equiliacutebrio

aprende a ser justa

Se uma crianccedila vive em seguranccedila

aprende a ter feacute

Se uma crianccedila eacute bem aceite

aprende a respeitar

Se uma crianccedila vive na amizade

aprende a encontrar o amor no mundo

Autora Dorothy Law Nolte no livro laquoCrianccedilas Aprendem O Que Vivem Como Incutir Valores Aos Seus

Filhosraquo

In wwwjuniorteptservletsGeraisP=PaisampID=720

Dossier temaacutetico sobre Valores 464

ENSINAR AS CRIANCcedilAS A BRINCAR APRENDENDO

VALORES E BONS HAacuteBITOS

Enviado por Domingo Maio 16 143440 CEST por Amaral

Em laquoVamos Jogarraquo o pediatra Eduard Estivill e a escritora Yolanda Saacuteenz de Tejada

ajudam-no a fazer dos filhos laquomelhores pessoasraquo No livro agora publicado em

Portugal divulgam-se actividades didaacutecticas entre pais e filhos para ensinar valores e

bons haacutebitos agraves crianccedilas Leia a seguir a entrevista concedida a um jornal portuguecircs

Eduard Estivill e Yolanda Tejada assinam uma obra agrave qual emprestam distintas

sensibilidades e largas doses de bom senso Publicamos a seguir a entrevista

publicada no DESTAK

- Os filhos de hoje tecircm piores haacutebitos que os do passado E os pais

Eduard Estivill O ritmo de vida actual a entrada da mulher no mundo laboral e a

diminuiccedilatildeo do nuacutemero de irmatildeos por famiacutelia condicionaram a superprotecccedilatildeo dos

filhos sobretudo nos haacutebitos essenciais sono alimentaccedilatildeo higiene comunicaccedilatildeo Os

pais do passado natildeo eram melhores que os de hoje que simplesmente tecircm menos

tempo mas preocupavam-se mais com a educaccedilatildeo

- No prefaacutecio diz ter esperanccedila de laquoaproximar as crianccedilas dos adultos ou ao

contraacuterioraquo Os adultos natildeo devem perder a capacidade de sonhar

Yolanda Tejada Que natildeo percamos a capacidade de surpresa que voltemos a ter a

ilusatildeo por pequenas coisas que voltemos a jogar e a rir muito Uma crianccedila ri mais 80

que um adulto

- As crianccedilas soacute aprendem jogando

Eduard Estivill A educaccedilatildeo eacute um conjunto de haacutebitos e normas sociais necessaacuterios agrave

vida em sociedade Educar as crianccedilas eacute ensinar estas normas que depois faratildeo com

Dossier temaacutetico sobre Valores 564

que a crianccedila seja aceite na sociedade e se sinta mais segura de si mesma e mais feliz O

jogo eacute soacute um veiacuteculo para repetir as normas que queremos incutir de uma forma mais

divertida tanto para a crianccedila como para os pais

- A coerecircncia e a paciecircncia satildeo os pilares da educaccedilatildeo mas satildeo difiacuteceis de manter

Eduard Estivill Totalmente certo Eacute difiacutecil manter a paciecircncia e a coerecircncia Por isso

recomendamos jogos para alcanccedilar estes objectivos Estes jogos foram testados por

pais pedagogos educadores e professores Isso justifica os 80 mil exemplares do livro

vendidos em Espanha e a ediccedilatildeo do livro em Itaacutelia Brasil e Portugal

- Como se deve contornar a falta de tempo dos pais

Eduard Estivill Entendendo que o importante natildeo eacute a quantidade mas sim a

qualidade Eacute muito melhor brincar com a crianccedila durante meia hora antes do jantar do

que duas horas a ver televisatildeo depois de jantar

- Qual eacute o haacutebito - comunicaccedilatildeo leitura sono comida conduta higiene - que falta

mais agraves crianccedilas actuais

Yolanda Tejada Natildeo depende das crianccedilas mas sim dos adultos Para cada adulto a

importacircncia de cada haacutebito natildeo eacute igual Se para mim natildeo for importante que o meu

filho coma verduras natildeo sentirei a falta desse haacutebito Mas o haacutebito que mais

descuramos regra geral eacute o da comunicaccedilatildeo

Sobre o livro

O objectivo do livro laquoVamos Jogarraquo eacute laquofornecer uma seacuterie de conceitos apresentados

na forma de jogos para que os pais possam inculcar melhores haacutebitos nos seus filhosraquo

explica no proacutelogo da obra o co-autor Eduard Estivill

Nesta aventura pedagoacutegica editada em Portugal pela Livros dHoje o pediatra e

neurofisiologista espanhol contou com a experiecircncia maternal da criativa e escritora

Yolanda Saacuteenz de Tejada ligada a projectos de investigaccedilatildeo sobre comportamentos

Dossier temaacutetico sobre Valores 664

infantis

Juntos partindo de conceitos cientiacuteficos comprovados apresentam uma seacuterie de

laquoactividades faacuteceis de executar e que satildeo particularmente vaacutelidas do ponto de vista

educativoraquo Isto tendo por premissa laquoa facilidade das crianccedilas em captar ensinamentos

e copiar os padrotildees de conduta dos adultosraquo Eacute que os petizes natildeo nascem ensinados e

cabe aos progenitores apontar as direcccedilotildees a seguir no sentido de aprenderem a

laquomovimentar-se pela vida com seguranccedila e responsabilidaderaquo

A transmissatildeo de valores o processo de habituaccedilatildeo atraveacutes da repeticcedilatildeo e do bom

exemplo (neste ponto eacute imperiosa a coerecircncia entre a teoria e praacutetica) e ateacute o seu grau

de estoicismo nunca desistindo perante as contrariedades (leia-se berrarias laacutegrimas

ou ataques de nervos) satildeo absolutamente fundamentais nesta foacutermula para se obterem

bons resultados

Ingredientes base

Na receita proposta em laquoVamos Jogarraquo a Emoccedilatildeo e a Planificaccedilatildeo tecircm o mesmo grau

de importacircncia A dupla sugere que os pais devem recuperar a alegria de quando eram

pequenos sendo cada jogo acompanhado de amor e do sorriso que laquotantas vezes

tendemos a esquecerraquo Jaacute em termos de Planificaccedilatildeo laquose criarmos expectativas seraacute

mais faacutecil que as crianccedilas desfrutemraquo como quem tem um objectivo em mente e sente a

inerente satisfaccedilatildeo quando consegue realizaacute-lo

Neste moroso processo eacute certo e sabido que laquonatildeo somos infaliacuteveisraquo laquoOs pais que se

equivocam satildeo mais humanos Se assumirmos que natildeo sabemos algo mas que vamos

tentar encontrar a resposta o nosso filho pensaraacute que tudo tem uma soluccedilatildeo Os nossos

enganos se os admitirmos aproximar-nos-atildeo mais delesraquo afianccedilam Eduard Estivill e

Yolanda Saacuteenz de Tejada

Mais laquopara ensinar eacute preciso ouvirraquo e rever a nossa infacircncia e a tradicional sensaccedilatildeo de

incompreensatildeo dessa fase etaacuteria seraacute uacutetil nesse processo de identificaccedilatildeo com a nossa

prole Por fim os autores recomendam laquoo amor loucoraquo pois que laquoum pouco de carinho

nunca eacute de mais e natildeo haacute que ter quaisquer pudores em demonstraacute-lo publicamente

Dossier temaacutetico sobre Valores 764

Bons haacutebitos

Ao longo de 277 paacuteginas aprendemos que esse acto essencial na vida das crianccedilas que eacute

o Jogo eacute possiacutevel de ser explorado no sentido educativo e meramente recreativo Na

lista de jogos haacute a promessa da aquisiccedilatildeo de bons haacutebitos na Comida de Conduta de

Higiene de Comunicaccedilatildeo de Estudo de Leitura e de Sono

O mesmo seraacute dizer que em jeito de brincadeira se aprende a pocircr a mesa a comer o

pequeno-almoccedilo sozinho a ser pontual agraves refeiccedilotildees a natildeo ter ciuacutemes a ser altruiacutesta a

valorizar a praacutetica desportiva a tomar banho sozinho a gerir o tempo a escolher a

roupa para vestir a perder o medo do meacutedico a natildeo ter vergonha a dar valor agrave

famiacutelia a gostar de estudar a treinar a memoacuteria a explorar o talento artiacutestico ou a

adormecer sozinho Tudo porque como disse um dia Allan Bloom laquoa educaccedilatildeo eacute o

movimento da obscuridade em direcccedilatildeo agrave luzraquo

Vera Valadas Ferreira | DESTAK

19 | 04 | 2010

In wwwfersapptfersapmodulesphpname=Newsampfile=articleampsid=844

Dossier temaacutetico sobre Valores 864

OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS

VALORES

Justiccedila igualdade toleracircnciahellip Satildeo palavras que cada dia mais se escutam nas escolas

A ldquoEducaccedilatildeo nos Valoresrdquo jaacute estaacute presente no curriculum escolar mas isso natildeo eacute

suficiente Ficar no niacutevel teoacuterico natildeo serve de nada E na praacutetica esquecemos

frequentemente que palavras tatildeo grandiosas como ldquoEmpatiardquo ou ldquoRespeitordquo se

traduzem em premissas tatildeo singelas como ldquonatildeo atirar papeacuteis para o chatildeordquo ldquoceder o

assento a quem mais o necessiterdquo ou ldquoabrir a porta a quem vai carregadordquo

Que a ldquoEducaccedilatildeo nos Valoresrdquo tenha chegado agraves escolas eacute um passo que realmente

devemos celebrar Saber ser pessoa eacute mais importante do que saber resolver integrais

ou saber em que ano comeccedilou a Revoluccedilatildeo Francesa Entretanto enquanto que a

instruccedilatildeo e formaccedilatildeo intelectual eacute um objectivo a conseguir primordialmente atraveacutes

da escola a educaccedilatildeo e desenvolvimento pessoal eacute-o atraveacutes da famiacutelia

Nunca devemos esquecer que o lar eacute o autecircntico formador de pessoas As crianccedilas

aprendem continuamente atraveacutes dos seus pais natildeo soacute o que estes lhes contam mas

tambeacutem sobretudo pelo que vecircem neles como actuam como respondem perante os

problemas Em definitivo as crianccedilas observam e copiam o proceder dos seus pais

perante a vida A autecircntica educaccedilatildeo nos valores transmite-se passa dos pais para os

seus filhos desde o dia do nascimento ateacute ao final da vida Natildeo obstante tem uma

importacircncia relevante durante os primeiros anos Ateacute aos seis ou sete anos de idade as

crianccedilas possuem uma moral denominada ldquoheteroacutenimardquo ou seja a sua motivaccedilatildeo para

fazer as coisas de uma maneira ou de outra eacute corresponder ao que o papaacute e a mamatilde

desejariam o que dizem os pais satildeo ldquoverdades absolutasrdquo Conforme crescem vatildeo

compreendendo melhor por que eacute importante actuar de certa forma e natildeo de outras

mas seguem sempre guiando-se pelo que vecircem em casa especialmente ateacute aos doze

anos Daiacuteiacute a tremenda importacircncia de educar as crianccedilas atraveacutes do exemplo para

desenvolver uma educaccedilatildeo ciacutevica

Dossier temaacutetico sobre Valores 964

Faz o que eu faccedilo

Todos temos na mente uma ideia de como gostariacuteamos que fosse a sociedade em que

mundo queremos que vivam os nossos filhos um sitio limpo em que as pessoas se

ajudem e respeitem onde todos tenhamos os mesmos direitoshellip Depois saiacutemos agrave rua

pensando no trabalho nas compras na ortodoncia do menino e esquecemo-nos de

todos esses bons propoacutesitos De repente queremos ser os primeiros a sair do metro

incomoda-nos o carro que torna lenta a circulaccedilatildeo esquecemo-nos de dar os bons dias

ao porteirohellip e assim dia apoacutes dia diante o olhar sempre atento das crianccedilas que jaacute se

sabe absorvem tudo como esponjas

Jaacute comentaacutemos que ateacute os doze anos aproximadamente o lar eacute a principal fonte de

valores direitos e deveres da crianccedila Agora tambeacutem teraacute que se dizer que haacute coisas

que dificilmente se aprendem mais tarde Se em pequenos natildeo nos acostumamos a

guardar o pacote no bolso quando natildeo haacute um cesto de papeacuteis agrave matildeo a natildeo pocircr a

muacutesica muito alta para natildeo incomodar o vizinho a dizer obrigado quando nos fazem

um favor ou a natildeo insultar os que satildeo diferentes seraacute mais complicado aprendecirc-lo

mais tarde Porque o civismo o respeito a honestidade e todos os valores humanos satildeo

em grande medida haacutebitos rotinas que aprendemos em famiacutelia de forma inconsciente

e que mais adiante chegamos a valorizar com a reflexatildeo que permite a maturidade

Por isso a melhor forma de transmitir valores de aprender a viver em sociedade eacute natildeo

aplicar jamais a tatildeo popular frase de ldquofaz o que eu digo e natildeo o que eu faccedilordquo Se

quisermos que nossos filhos alcancem essa sociedade tatildeo sonhada devemos comeccedilar

por criaacute-la noacutes mesmos e ldquofazer o que dizemosrdquo

Que ldquohaacutebitos-valoresrdquo fomentar

Decerto que vocecircs mesmos tecircm a resposta Soacute tecircm que pensar que tipo de pessoas

gostariam que fossem os vossos filhos e actuar em consequecircncia Como vimos a

coerecircncia entre as ideias que querem transmitir e a forma como se actua em casa eacute a

chave principal

A maioria das pessoas considera como nobres os mesmos tipos de valores Entretanto

agraves vezes eacute difiacutecil reconhecer em noacutes mesmo onde encaixa a conexatildeo entre ldquocrenccedilasrdquo e

ldquoforma de serrdquo Estes conselhos podem ajudar a reflectir sobre isso

Dossier temaacutetico sobre Valores 1064

Se quiserem que o vossofilho seja uma pessoa razoaacutevel raciocinem com ele desde o

primeiro dia Natildeo utilizem o ldquoporque eu digordquo Logicamente haveraacute muitas ocasiotildees

em que tenham que lhe ordenar as coisas mas sempre podem argumentar o motivo

O respeito onde primeiro se observa eacute entre os pais As decisotildees no casal devem ser

sempre compartilhadas Se discutem faccedilam-no de forma tranquila sem recriminar

Saber viver em sociedade eacute saber aceitar as opiniotildees distintas

Onde mais se fomentam os estereoacutetipos eacute no lar Pensaram alguma vez em coisas como

quem limpa a casa quem troca as lacircmpadas etc Tratem de compartilhar entre voacutes os

distintos papeacuteis

Se se preocuparem com as influecircncias externas pensem que tecircm uma arma muito

importante ao vosso alcance os vossoscomentaacuterios Falem com o vossofilho sobre a

opiniatildeo que merecem as actuaccedilotildees dos outros (tanto no positivo como no negativo)

Isto eacute importante sobretudo contra a influecircncia da televisatildeo

Compreender ajuda a aprender

Os valores transmitem-se atraveacutes do exemplo mas assentam com forccedila graccedilas agrave

compreensatildeo de que satildeo necessaacuterios Como podemos ajudar uma crianccedila pequena a

perceber esta importacircncia Uma boa maneira eacute aplicar a foacutermula de ldquofaz pelos outros o

que gostarias que fizessem por ti e natildeo lhes faccedilas o que natildeo gostarias que te fizessemrdquo

Por outras palavras colocar as crianccedilas na hipoacutetese de serem eles os protagonistas de

certas atitudes Eacute muito mais eficaz para que o vossofilho a entenda dizer-lhe

ldquoGostarias que se rissem de ti porque usas oacuteculos como te sentiriasrdquo do que lhe dizer

simplesmente ldquoNatildeo deves rir do Joatildeo por ter aparelho nos dentesrdquo

(Esther Garciacutea Schmah Pedagoga wwwsolohijoscom wwwmujernuevaorg)

In httpfamiliaaaldeianetos-habitos-familiares-e-a-transmissao-dos-valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 1164

VALORES NA FAMIacuteLIA

Quando os valores prioritaacuterios satildeo os valores ou bens materiais como ocorre em

amplos sectores da sociedade actual ou quando os valores se confundem com os

desejos ou as apetecircncias de um ser humano como tambeacutem acontece a descoberta de

verdadeiros valores humanos tem uma grande importacircncia para a motivaccedilatildeo da

vontade humana Porquecirc Porque a motivaccedilatildeo humana remete sempre para valores

humanos verdadeiros materiais e espirituais ndash sempre que os primeiros sirvam os

segundos e natildeo ao contraacuterio

A descoberta e valores corresponde aos imateriais aos do espiacuterito aos que fazem

referecircncia agrave verdade (valores intelectuais) ao bem (valores morais) e agrave beleza (valores

esteacuteticos) Satildeo trecircs tipos de valores estreitamente relacionados entre si porque verdade

bem e beleza satildeo os termos inseparaacuteveis de um trinoacutemio (Se algueacutem tentasse separaacute-

los encontrar-se-ia com uma verdade maacute e feia com um bem feio e falso com uma

beleza falsa e maacute)

Como descobrir estes valores Cada qual deve tomar a iniciativa de os procurar porque

lhe satildeo muito importantes satildeo os elementos que aperfeiccediloam o proacuteprio ser mediante

eles um indiviacuteduo pode acabar por ser chegar a ser aquilo que eacute pessoa ser mais e

melhor pessoa

Mas nem sempre que se procuram se encontram Tambeacutem eacute verdade que agraves vezes

emergem de repente no nosso horizonte existencial inclusivamente apesar da nossa

resistecircncia (hellip) Um dia qualquer uma vida rotineira e talvez sem relevo pode sentir-

se sacudida ndash e ateacute invadida ndash pela descoberta de um novo valor que a transforma

(Polaino e Carrentildeo l992 p 75)

Haacute algum acircmbito onde a descoberta de valores seja menos difiacutecil ou mais provaacutevel

Em primeiro lugar o acircmbito vital da famiacutelia Se os pais optaram por certos valores e se

comprometeram com eles cada filho que vem ao mundo natildeo tem de desenvolver a

tarefa hercuacutelea e problemaacutetica de tratar de descobrir por que valores vale a pena

arriscar a vida (ibidem)

Dossier temaacutetico sobre Valores 1264

Nem sempre acontece assim Optar por certos valores significa escolher entre os

melhores aqueles que mais convenham numa famiacutelia concreta com as suas

circunstacircncias actuais para o desenvolvimento pessoal de cada membro e para a

melhoria familiar Logicamente seratildeo prioritaacuterios os valores humanos mais cultivados

por ambos os cocircnjuges

Comprometer-se com uns valores e organizar a vida familiar em funccedilatildeo deles supotildee tecirc-

los interiorizado profundamente Soacute assim seratildeo capazes de os pocircr de moda na sua

famiacutelia sendo eles proacuteprios para os seus filhos portadores de valores

Esses valores vividos pelos pais com naturalidade e com graccedila com bom humor

sabendo sorrir habitualmente seratildeo atractivos para os filhos e contagiosos A famiacutelia

sob esta perspectiva aparece-nos como um museu vivo de valores E natildeo porque os

pais pendurem os valores nas paredes como se se tratasse de um quadro que

passivamente se deve admirar Os valores familiares constituem pelo contraacuterio um

dado irrefutaacutevel quase com cunho testemunhal que vai unido ao comportamento

diaacuterio dos pais (ibidem p 76) E tambeacutem estaratildeo presentes estes valores na conduta

dos filhos quando os pais aleacutem de os viverem e de os fomentarem promovem e

mantecircm vigentes algumas normas e costumes familiares que mostram a presenccedila viva

destes valores preferenciais

Os valores familiares ndash em famiacutelias cristatildes natildeo satildeo soacute valores naturais mas tambeacutem

valores sobrenaturais ndash nenhuma crianccedila inicialmente os questiona Mais tarde sim

porque na medida em que cresce emerge e amadurece a sua liberdade pessoal haacute-de

comprometer-se tambeacutem nas escolhas que faz e que obviamente satildeo sempre muito

pessoais(hellip) Precisamente por isso os pais tecircm de preparar essa fase de referecircncia ndash

atraveacutes do seu comportamento ndash que lhe sirva de orientaccedilatildeo (ibidem)

Isto seraacute tanto menos difiacutecil para os pais quanto mais cedo faccedilam da sua famiacutelia um

museu vivo de valores quando os filhos satildeo ainda muito pequenos

Seraacute menos difiacutecil tambeacutem a sua adolescecircncia quando o quadro de referecircncia e um

miacutenimo de normas e costumes tenham sido parte importante do seu ambiente familiar

acolhedor desde a primeira infacircncia

Dossier temaacutetico sobre Valores 1364

Deste modo quando o filho adolescente ou o filho jovem daacute prioridade a alguns

valores como fundamento para apoiar a sua vida tem jaacute como em depoacutesito uns

valores que anteriormente assumiu e integrou quase sem dar por isso contagiados ou

emprestados pelos seus pais

Estes valores familiares descobertos na convivecircncia do lar paterno nas relaccedilotildees diaacuterias

de pais e filhos de irmatildeos de diferentes idades traduzem-se ndash como efeito de

descoberta ndash em motivos Em consequecircncia a conduta de cada filho estaraacute motivada

desde o principio a sua vontade estaraacute motivada

Penso por contraste em tantos filhos desmotivados antes e durante a sua adolescecircncia

quando os primeiros responsaacuteveis da famiacutelia natildeo se propuseram ou natildeo souberam

criar este a ambiente familiar cimentado na sinceridade na generosidade na lealdade

na laboriosidade no optimismo na compreensatildeo exigente no respeito confiado na

disponibilidade na gratidatildeo na amizade e noutros valores humanos

Oliveros Otero

In httpfamiliaaaldeianetvalores-na-familia

Dossier temaacutetico sobre Valores 1464

O CONTO NA VIDA DA CRIANCcedilA

A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais

refinadas como A Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos

limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros

Perde-se no tempo a origem e importacircncia do conto na educaccedilatildeo da crianccedila Quantas

vezes pais e educadores a braccedilos com a explicaccedilatildeo de algo mais complexo aos nossos

filhos nos socorremos de uma histoacuteria que simplifique a nossa tarefa por um lado e

por outro facilite a compreensatildeo por parte da crianccedila daquilo que verdadeiramente lhe

queremos transmitir

Passar valores agrave crianccedila eacute algo complexo Esta missatildeo implica normalmente conceitos

que fazem apelo a abstracccedilotildees competecircncias impossiacuteveis de usar pela crianccedila nas

etapas mais precoces do desenvolvimento As histoacuterias satildeo por isso um meio

facilitador de resolver algumas das questotildees que esta tarefa nos coloca Se por um

lado divertem as crianccedilas espicaccedilam a sua curiosidade promovem competecircncias

cognitivas e de oralidade activam a magia por outro satildeo tambeacutem a forma de

concretizarmos alguns dos valores que consideramos aceitaacuteveis e oportunos transmitir

agrave crianccedila

De cada histoacuteria cada crianccedila retiraraacute aquilo que lhe fizer mais sentido em funccedilatildeo das

suas vivecircncias e das suas caracteriacutesticas desenvolvimentais Com a mesma histoacuteria

podemos transmitir um sem-nuacutemero de ensinamentos isso depende em primeira

instacircncia do objectivo de quem a usa e da proacutepria crianccedila

A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais

refinadas como a Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos

limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros

A Menina do Mar eacute uma histoacuteria porventura difiacutecil de entender antes da idade

escolar Para aleacutem da beleza literaacuteria pode permitir-nos transmitir valores ecoloacutegicos

respeito pela Natureza nomeadamente pelas coisas do mar curiosidade na descoberta

e contemplaccedilatildeo do mar e do que ele conteacutem Aleacutem disso e voltando a um dos valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 1564

inerentes a quase todas as histoacuterias - a relaccedilatildeo com os outros - A Menina do Mar

proporciona uma excelente oportunidade de ensinar a crianccedila a respeitar e a aceitar as

diferenccedilas e ainda a importacircncia de fazer amigos

Nas histoacuterias tal como na vida por vezes tambeacutem haacute situaccedilotildees desconcertantes e ainda

bem que as histoacuterias contemplam estas situaccedilotildees Satildeo uma oacuteptima oportunidade para a

crianccedila se organizar e aprender a lidar com os medos os obstaacuteculos e frustraccedilotildees com

que se iraacute confrontar ao longo da vida Eacute importante que o crescimento se faccedila ainda

que ao niacutevel do imaginaacuterio e simboacutelico assente em valores reais

In O conto na vida da crianccedila In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-

06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$o-conto-na-vida-da-criancagt

Dossier temaacutetico sobre Valores 1664

VALORES

Os valores correspondem a maneiras de ser ou de agir reconhecidas como desejaacuteveis

Genericamente pode dizer-se que natildeo eacute possiacutevel a existecircncia de um grupo humano

sem que tenham sido definidos impliacutecita ou explicitamente os seus valores A

expressatildeo escrita e oral os siacutembolos os objectos satildeo meios de que os indiviacuteduos e os

grupos dispotildeem para aceder aos valores

Tecircm sido objecto de estudo em Sociologia questotildees como a do modo como evoluem os

valores o modo como os valores satildeo vividos pelos indiviacuteduos e pelos grupos e a

possibilidade ou impossibilidade de se falar em sociedades globais

No estrutural-funcionalismo de T Parsons os valores partilhados interiorizados satildeo

vistos como desempenhando um papel decisivo na integraccedilatildeo social em qualquer

sociedade Os criacuteticos deste ponto de vista defendem que a integraccedilatildeo social natildeo

depende num grau tatildeo absoluto da partilha de valores Argumenta-se que os valores

podem ser aceites por motivos pragmaacuteticos mais do que normativos e que as

estruturas sociais podem impor-se para aleacutem da interiorizaccedilatildeo dos valores Sobretudo

a maioria dos socioacutelogos reconhece actualmente que uma sociedade pode existir

mesmo que seja atravessada por divergecircncias a niacutevel dos valores

Valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-06] Disponiacutevel na

www ltURL httpwwwinfopediapt$valoresgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 1764

CRISE DOS VALORES TRADICIONAIS

Em pleno seacuteculo XXI quase toda a sociedade considera que existe uma crise de valores

ou pelo menos a falecircncia dos tradicionais Mas desde sempre esta consciecircncia de crise

de valores existiu numa perspectiva geograacutefica mais restrita e sem as dimensotildees de

generalizaccedilatildeo como sucede hoje A globalizaccedilatildeo econoacutemica e o neoliberalismo o

individualismo e o relativismo a par do progresso tecnoloacutegico aceleraram a toma de

consciecircncia de crise de valores por parte da populaccedilatildeo Por um lado esbateram-se ou jaacute

natildeo existem mesmo criteacuterios seguros para distinccedilatildeo do bem e do mal do justo e do

injusto entre outras categorias morais e pessoais imperando pois a subjectividade e o

relativismo Radicalmente alguns vatildeo mais longe e afirmam mesmo que jaacute natildeo existem

sequer valores tudo eacute circunstancial O que era antes intemporal e inalteraacutevel eacute agora

volaacutetil ou inconsistente passando-se do relativismo agrave descrenccedila niilista absoluta

As principais causas para a crise de valores satildeo

- a desvalorizaccedilatildeo da tradiccedilatildeo quer atraveacutes do marxismo que tudo subjuga agrave histoacuteria e

ao plano social desvalorizando os valores antigos da burguesia dos opressores que

substitui pelos do povo trabalhador quer atraveacutes de Nietzsche e a sua negaccedilatildeo dos

valores absolutos ou mesmo com Freud que tornou os valores morais como produto

de mecanismos mentais repressivos

- a crise na instituiccedilatildeo familiar das suas relaccedilotildees do proacuteprio modelo de famiacutelia

primeira fonte de transmissatildeo de valores O aumento de divoacutercios separaccedilotildees

violecircncia domeacutestica pressotildees econoacutemicas e stress social das famiacutelias podem prejudicar

tambeacutem a transmissatildeo de valores seguros aos filhos

- modificaccedilotildees de ordem material nos aspectos tecnoloacutegico e cientiacutefico e as sucessivas

mutaccedilotildees econoacutemicas podem conduzir ao distanciamento cada vez maior da sociedade

moderna face aos valores tradicionais

- menor peso dos bons costumes e da cultura popular na sociedade moderna visiacutevel na

descrenccedila nos valores absolutos e na moral social substituiacuteda pela moral autoacutenoma e

pelo relativismo

A sociedade hoje em dia tornou-se mais aberta e plural mais intercultural assumindo

melhor as diferenccedilas mas tambeacutem tornando-se mais insegura violenta tendendo para

a repressatildeo e ateacute para um individualismo egoiacutesta e esvaziado de valores de relaccedilotildees

Dossier temaacutetico sobre Valores 1864

interpessoais Para muitos analistas natildeo existe crise antes abertura para outros a

maior crise eacute a incapacidade humana de enfrentar o problema da crise de valores pois

subsiste a ideia de que nas democracias natildeo haacute valores impessoais ou suprapessoais

parecendo que cada um escolhe os seus Alguns autores sugerem que a crise natildeo seraacute

apenas de valores mas tambeacutem de referecircncias estaacuteveis e soacutelidas

Crise dos Valores Tradicionais In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-

06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$crise-dos-valores-tradicionaisgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 1964

O QUE SAtildeO VALORES

O QUE DISTINGUE UM FACTO DE UM VALOR

PESQUISA

O homem vive toma partido crecirc numa multiplicidade de valores hierarquiza-os e daacute

assim sentido agrave sua existecircncia mediante opccedilotildees que ultrapassam incessantemente as

fronteiras do seu conhecimento efectivo No homem que pensa esta questatildeo soacute pode

ser raciocinada no sentido em que para fazer a siacutentese entre aquilo que ele crecirc e

aquilo que ele sabe ele soacute pode utilizar uma reflexatildeo quer prolongando o saber quer

opondo-se a ele num esforccedilo criacutetico para determinar as suas fronteiras actuais e

legitimar a hierarquizaccedilatildeo dos valores que o ultrapassam Esta siacutentese raciocinada

entre as crenccedilas quaisquer que elas sejam e as condiccedilotildees do saber constituiacute aquilo que

noacutes chamamos uma sabedoria e eacute este que nos parece ser o objecto da filosofia

Jean Piaget Sageza e Ilusatildeo da Filosofia

Dossier temaacutetico sobre Valores 2064

SIacuteNTESE

1 Valores

1 Quando decidimos fazer algo estamos a realizar uma escolha Manifestamos certas

preferecircncias por umas coisas em vez de outras Evocamos entatildeo certos motivos para

justificar as nossas decisotildees

2 Factos e valores

Todos estes motivos podem ser apoiados em factos mas tecircm sempre impliacutecitos certos

valores que justificam ou legitimam as nossas preferecircncias

Exemplo O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi o dia mais importante

da semana era um domingo

Facto O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi efectivamente um

domingo

Valor impliacutecito O domingo como o dia mais importante entre os

dias da semana

3Facto

Um facto eacute algo que algo que pode ser comprovado sobre o qual podemos dizer que a

afirmaccedilatildeo eacute verdadeira ou falsa Os factos satildeo igualmente susceptiacuteveis de gerarem

consensos universais

4 Valor

Podemos definir os valorespartindo das vaacuterias dimensotildees em que usamos

a) os valores satildeo criteacuterios segundo os quais valorizamos ou desvalorizamos as

coisas

Dossier temaacutetico sobre Valores 2164

b) Os valores satildeo as razotildees que justificam ou motivam as nossas acccedilotildees tornando-

as preferiacuteveis a outras

Os valores reportam-se em geral sempre a acccedilotildees justificam-nas

Exemplo Participar numa manifestaccedilatildeo a favor do povo timorensepode significar que

atribuiacutemos agrave Solidariedade uma enorme importacircncia A solidariedade eacute neste caso o

valor que justifica ou explica a nossa acccedilatildeo

Ao contraacuterio dos factos os valores apenas implicam a adesatildeo de grupos restritos Nem

todos possuiacutemos os mesmos valores nem valorizamos as coisas da mesma forma

5 Tipos de valores

Os valores natildeo satildeo coisas nem simples ideias que adquirimos mas conceitos que

traduzem as nossas preferecircncias Existe uma enorme diversidade de valores podemos

agrupaacute-los quanto agrave sua natureza da seguinte forma

Valores eacuteticos os que se referem agraves normas ou criteacuterios de conduta que afectam todas

as aacutereas da nossa actividade Exemplos Solidariedade Honestidade Verdade

Lealdade Bondade Altruiacutesmo

Valores esteacuteticos os valores de expressatildeo Exemplo Harmonia Belo Feio Sublime

Traacutegico

Valores religiosos os que dizem respeito agrave relaccedilatildeo do homem com a transcendecircncia

Exemplos Sagrado Pureza Santidade Perfeiccedilatildeo

Valores poliacuteticos Justiccedila Igualdade Imparcialidade Cidadania Liberdade

Valores vitais Sauacutede Forccedila

6 Hierarquizaccedilatildeo dos Valores

Natildeo atribuiacutemos a todos os nossos valores a mesma importacircncia Na hora de tomar

uma decisatildeo cada um de noacutes hierarquiza os valores de forma muito diversa A

Dossier temaacutetico sobre Valores 2264

hierarquizaccedilatildeo eacute a propriedade que tem os valores de se subordinarem uns aos outros

isto eacute de serem uns mais valiosos que outros As razotildees porque o fazemos satildeo

muacuteltiplas

Exemplo

A maioria da populaccedilatildeo mundial continua a passar graves carecircncias alimentares

Todos os anos morrem milhotildees de pessoas por subnutriccedilatildeo Natildeo eacute de querer que

hierarquia dos seus valores destas pessoas a satisfaccedilatildeo das suas necessidades

bioloacutegicas natildeo esteja logo em primeiro lugar

7 Polaridade dos Valores

Os nossos valores tendem a organizar-se em termos de oposiccedilotildees ou polaridades

Preferimos e opomos a Verdade agrave Mentira a Justiccedila agrave Injusticcedila o Bem ao Mal a beleza

agrave fealdade a genorosidade agrave mesquinhecircs A palavra valor costuma apenas ser aplicada

num sentido positivo Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de

estima positiva ou negativamente Valor eacute tanto o Bem como o Mal o Justo como

Injusto

Carlos Fontes

In httpafilosofianosapopt10valoreshtm~

Dossier temaacutetico sobre Valores 2364

PERTINEcircNCIA DE VALORES

Durkheim considerava que os valores miacuteticos e religiosos que funcionaram como

crenccedilas nas sociedades tradicionais serviram para exercer o controlo e a coesatildeo sociais

e para inspirar as avaliaccedilotildees e as motivaccedilotildees das pessoas Eacute assim que nas sociedades

tradicionais de solidariedade mecacircnica os indiviacuteduos estatildeo integrados por valores

comuns que se lhes impotildeem garantindo a coesatildeo social Jaacute nas sociedades modernas

de solidariedade orgacircnica verifica-se segundo Durkheim uma erosatildeo dos valores

graccedilas ao aumento do individualismo e agrave desintegraccedilatildeo das ligaccedilotildees sociais originadas

pelo desenvolvimento da divisatildeo do trabalho

Parsons (1951) que consagrou a existecircncia de quatro subsistemas interdependentes -

cultural poliacutetico econoacutemico societal - remete cada um deles para quatro tipos de

valores O subsistema cultural manteacutem os modelos valorizados da acccedilatildeo o subsistema

poliacutetico assegura a funccedilatildeo de realizaccedilatildeo das finalidades colectivas o subsistema

societal assegura a funccedilatildeo de integraccedilatildeo social dos indiviacuteduos e o econoacutemico a funccedilatildeo

de adaptaccedilatildeo (controlo exploraccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio ambiente) Satildeo portanto

os sistemas que asseguram a funccedilatildeo de reproduccedilatildeo dos valores

A questatildeo da pertinecircncia dos valores coloca a relaccedilatildeo entre os valores (morais

religiosos poliacuteticos esteacuteticos) e as culturas na proacutepria medida em que existem relaccedilotildees

entre as formas de vida ou as visotildees do mundo e o quadro de valores que as orientam

Haacute uma multiplicidade de valores variando estes conforme as sociedades e as

culturas e tambeacutem conforme as eacutepocas histoacutericas por isso se fala da relatividade

histoacuterica dos valores Ora a pluralidade dos valores eacute acompanhada tambeacutem da

existecircncia de sistemas de valores relativamente abertos Novos valores podem sempre

vir a integrar um sistema (moral poliacutetico cultural ou religioso) desde que seja

assegurada uma coerecircncia miacutenima entre os valores de um mesmo sistema Com efeito

uma cultura de valores democraacuteticos por exemplo eacute incompatiacutevel com o autoritarismo

e o totalitarismo como uma cultura que reconhece o valor da infacircncia e os direitos da

crianccedila eacute incompatiacutevel com a exploraccedilatildeo da crianccedila

Poreacutem sistemas de valores diferenciados podem coexistir numa mesma sociedade

valores de grupos poliacuteticos diferentes de etnias diversas de comunidades religiosas

diferentes valores hedonistas que se opotildeem aos valores do trabalho e da eficaacutecia os

valores da poupanccedila e do patrimoacutenio em oposiccedilatildeo ao consumismo desenfreado os

Dossier temaacutetico sobre Valores 2464

valores do ser e da pessoa em oposiccedilatildeo aos valores do ter e do poder financeiro etc

Esta diversidade de valores pode provocar conflitos cuja resposta poderaacute implicar que

uma hierarquia de pertinecircncias seja estabelecida Com efeito existem conflitos de

valores no seio da famiacutelia (entre as geraccedilotildees por exemplo) nas empresas (entre a

eficaacutecia econoacutemica o lucro o melhoramento das condiccedilotildees de trabalho o serviccedilo agrave

comunidade etc) ao niacutevel das argumentaccedilotildees de valores num

tribunal ou nos debates puacuteblicos sobre processos judiciais (o respeito devido agraves viacutetimas

e o direito do culpado agrave sua defesa por exemplo) conflitos entre o valor da famiacutelia e a

obrigaccedilatildeo do trabalho (conflito que se potildee muitas vezes agraves matildees que trabalham fora

de casa e tecircm filhos pequenos) etc

Para aleacutem dos aspectos ligados agrave pluralidade dos valores assistimos hoje nas

sociedades democraacuteticas contemporacircneas a uma evoluccedilatildeo dos sistemas de valores e a

uma alteraccedilatildeo da sua hierarquia de pertinecircncia expressas na importacircncia crescente dos

novos valores ligados agrave ecologia agrave defesa do meio ambiente e ao novo conceito de

desenvolvimento sustentado dos valores da solidariedade da cidadania e da

toleracircncia que orientam hoje um novo tipo de acccedilatildeo colectiva (exercido em termos de

voluntariado eou por Organizaccedilotildees Natildeo-Governamentais (ONG) como os meacutedicos

sem fronteiras as associaccedilotildees de protecccedilatildeo e defesa das crianccedilas e das mulheres

viacutetimas de maus tratos as associaccedilotildees de defesa das minorias do consumidor de

assistecircncia aos doentes com sida etc) assim como se assiste a uma evoluccedilatildeo dos

valores ligados agrave mundializaccedilatildeo que orientam instituiccedilotildees e convenccedilotildees internacionais

Pertinecircncia de valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-07]

Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$pertinencia-de-valoresgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 2564

DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E

SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA

Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os

valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute

quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os

valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi

publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio

quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o

egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que

promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de

etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo

excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores

da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo

lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais

entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos

professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas

desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os

docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila

Foto Pintura de Salvador Dali

In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml

Dossier temaacutetico sobre Valores 2664

A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA

Adolfo S Suaacuterez

Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso

de Teologia do Unasp

Centro Universitaacuterio Adventista

Campus Engenheiro Coelho (SP)

adolfosuarezunaspedubr

Introduccedilatildeo

1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores

11 Definiccedilotildees

12 Modelos de valores em sala de aula

121 Valores absolutos

122 Valores relativos

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

13 Classificaccedilatildeo de valores

14 Conclusatildeo parcial

2 Valores que devem ser ensinados

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

23 Conclusatildeo parcial

3 A transmissatildeo de valores

31 Como se aprendem os valores

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

33 A idade e o ensino de valores

34 Conclusatildeo parcial

Consideraccedilotildees finais

Referecircncias bibliograacuteficas

Dossier temaacutetico sobre Valores 2764

Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo

Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde

Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula

The issue of values in the classroom

Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary

Education based on a Christian pedagogical practice

Keywords values christian education classroom

Dossier temaacutetico sobre Valores 2864

INTRODUCcedilAtildeO

Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS

2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da

experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e

cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e

espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)

Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas

fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade

promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a

inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)

No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de

estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das

faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)

Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo

meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo

quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e

aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)

Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido

vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo

no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar

desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de

professores ldquoconteudistasrdquo

Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser

mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno

porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de

apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa

formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores

Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-

se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo

da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados

Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores

1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES

1 1 Definiccedilotildees

Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade

humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua

conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja

valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)

independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de

caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)

Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo

Dossier temaacutetico sobre Valores 2964

Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao

satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa

qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto

deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo

racional humano (2001 p 44)

No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS

pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores

significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno

seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais

lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que

promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os

princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o

seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o

respeito e a cooperaccedilatildeo

Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante

descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade

(1997 p 79)

12 Modelos de valores em sala de aula

Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores

Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)

121 Valores absolutos

Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e

normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma

autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos

indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave

medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo

previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios

mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo

O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para

conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de

que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3064

122 Valores relativos

Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute

baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da

verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio

mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela

praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia

pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc

A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o

que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de

tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no

momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros

possam pensar

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3164

Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o

trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua

autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e

normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam

orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os

valores

Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que

determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura

que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a

escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se

oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem

possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo

Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de

determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes

puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para

todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar

os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns

13 Classificaccedilatildeo de valores

Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da

seguinte maneira numa escala ascendente

(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc

(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc

(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc

(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc

(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc

(f) Valores religiosos sagrado profano etc

De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em

Dossier temaacutetico sobre Valores 3264

(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam

rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar

(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute

dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel

satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para

Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos

sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos

gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e

prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos

(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)

(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo

pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real

exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato

boa-feacutemaacute-feacute etc)

(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)

(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia

autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da

vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees

pessoais etc

(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano

14 Conclusatildeo parcial

Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do

comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta

particular

Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta

temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e

autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em

valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos

A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados

educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados

2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados

Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio

de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados

ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA

chama de mandamentos satildeo os seguintes

Dossier temaacutetico sobre Valores 3364

(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o

bem

(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica

Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila

(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso

caraacuteter

(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio

entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato

(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)

(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado

(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a

ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia

com a sabedoria

(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em

noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional

(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser

motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas

uacuteteis ou prazeres

(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem

cair no narcisismo) e o amor pelos outros

(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos

felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com

tudo e todos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3464

O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro

Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz

que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas

geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho

humildade sabedoria respeito e solidariedade

Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de

Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os

seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da

atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo

mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom

humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto

valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante

da TV liberdade e obediecircncia

Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da

temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila

coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e

harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico

compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees

Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro

primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de

Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e

transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade

Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto

que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia

integridade equiliacutebrio e pessoalidade

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-

aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito

famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem

apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de

eternidade

Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as

Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino

Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo

Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais

importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram

escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam

agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo

Dossier temaacutetico sobre Valores 3564

Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia

(accedilatildeo) Perdatildeo

Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia

(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo

Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia

(pensamento) Previsatildeo

Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave

famiacutelia Individualidade Propoacutesito

Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade

Dossier temaacutetico sobre Valores 3664

Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza

Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade

Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo

proacutepria

Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo

Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo

Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo

Abertura Entusiasmo Interesse Respeito

Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio

Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade

Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia

Auto-motivaccedilatildeo para

desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede

Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade

Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila

Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade

Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade

eacutetica

Carinho Flexibilidade no juiacutezo

moral Meditaccedilatildeo

Sentido de

comunidade

Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo

Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia

Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade

Compreensatildeo da

verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade

Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento

Consciecircncia dos

assuntos morais e

religiosos

Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato

Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila

Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura

Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia

Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade

Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade

Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo

pessoal

Cortesia Humor Patriotismo Veracidade

Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude

Cumprimento dos

deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva

23 Conclusatildeo parcial

Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis

cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a

sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula

um importante ofiacutecio para todo educador

3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES

Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos

numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a

quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais

envolvidos em todo esse processo

Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente

pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir

em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3764

31 Como se aprendem os valores

Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que

demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras

(MARQUES 2001 p 44)

(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados

(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica

em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto

(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os

valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade

assimilamos a honestidade

(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos

loacutegicos e discursivos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3864

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o

factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)

O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da

crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor

da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para

exemplificaacute-la etc

Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores

demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a

veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel

relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o

relacionamento proacuteximo

O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido

consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso

exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa

situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e

sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre

sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar

dinheiro Por quecircrdquo

33 A idade e o ensino de valores

De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos

de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo

das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo

tem muita influecircncia

Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia

moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees

dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila

obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque

isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal

Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem

desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido

sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos

actos

34Conclusatildeo parcial

Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses

valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos

rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis

de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado

de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)

chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)

Dossier temaacutetico sobre Valores 3964

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que

determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que

a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos

e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores

podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e

religiosos

Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam

conviver bem consigo mesmos e com a sociedade

Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o

ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional

e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa

Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo

desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na

transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe

um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a

educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual

entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde

Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de

motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe

uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores

Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente

Precisamos educar o estudante plenamente

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed

Petroacutepolis RJ Vozes 2000

BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais

Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997

BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales

Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997

Dossier temaacutetico sobre Valores 4064

CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003

CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a

Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas

Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b

LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo

Paulo Vida 2001

MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000

MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001

PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991

SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995

YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de

Moraes Porto Alegre Artmed 2002

Dossier temaacutetico sobre Valores 4164

O PODER DOS CONTOS INFANTIS

Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada

Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e

agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre

Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em

geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo

deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o

fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma

contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado

Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo

dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de

uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de

exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura

racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar

Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do

qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do

abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip

Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam

sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a

cobardia

O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o

estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso

encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e

prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e

vencer o mal

Dossier temaacutetico sobre Valores 4264

Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique

completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o

sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes

sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo

com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute

mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los

interpretaacute-los e ultrapassaacute-los

Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente

nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se

enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de

forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais

como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel

estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a

questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim

zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila

moral dos contos infantis

Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar

duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a

crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso

sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-

se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada

In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm

Dossier temaacutetico sobre Valores 4364

Dicionaacuterio de Valores

(Infopeacutedia)

afecto

amizade

autodisciplina

civismo

confianccedila

disciplina

honestidade

integridade

integro

justiccedila

lealdade

liberdade

partilha

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

respeito

responsabilidade

responsaacutevel

solidariedade

solidaacuterio

toleracircncia

valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 4464

afecto

afecto n adj sentimento de apego e ()

afecto forma do verbo afectar

afecto

nome masculino

1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo

2 amizade

3 amor

4 carinho

5 inclinaccedilatildeo

adjectivo

1 afeiccediloado dedicado

2 destinado

3 ligado dependente

(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)

amizade

nome feminino

1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia

2 camaradagem companheirismo cumplicidade

3 entendimento compreensatildeo

4 dedicaccedilatildeo bondade

5 pessoa amiga

(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4564

autodisciplina

nome feminino

1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo

2 capacidade de se disciplinar

(De auto-+disciplina)

civismo

nome masculino

1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico

2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas

suas instituiccedilotildees

(Do fr civisme laquoidraquo)

confianccedila

nome feminino

1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor

2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza

3 creacutedito

4 acircnimo

5 popular ousadia atrevimento

6 popular familiaridade

abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo

que se ocupa

dar confianccedila permitir certa familiaridade

ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza

tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade

(Do fr confiance laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4664

disciplina

disciplina n conjunto de regras ou ()

disciplina forma do verbo disciplinar

disciplina

nome feminino

1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou

colectividade

2 observacircncia das regras obediecircncia

3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a

respeitar regras ou conseguir resultados

4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de

um estabelecimento escolar

5 autoridade

6 castigo mortificaccedilatildeo

7 [plural] correias para accediloitar

(Do lat disciplina- laquoidraquo)

honestidade

nome feminino

1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade

probidade

2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade

3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia

(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4764

integridade

nome feminino

1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade

2 qualidade do que eacute iacutentegro

3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade

(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)

integro [integro]

adjectivo

1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO

2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO

justiccedila

justiccedila n virtude moral que inspira ()

justiccedila forma do verbo justiccedilar

justiccedila

nome feminino

1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a

atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade

2 conformidade com o direito estabelecido

3 poder de aplicar as leis poder judicial

4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees

5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do

poder judicial

6 conjunto dos magistrados a magistratura

Dossier temaacutetico sobre Valores 4864

7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda

por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada

na outra

8 popular funcionaacuterios de um tribunal

justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor

das coisas trocadas

justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e

dos encargos consoante a qualidade das pessoas

justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial

justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer

positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus

membros

popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos

com justiccedila de maneira justa e imparcial

dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio

em boa justiccedila segundo o que eacute devido

fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes

(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)

lealdade

nome feminino

qualidade de leal fidelidade sinceridade

(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4964

liberdade

nome feminino

1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua

natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo

livre)

2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo

ou de acccedilatildeo)

3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e

independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de

decisatildeo)

4 livre arbiacutetrio

5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)

6 personificaccedilatildeo das ideias liberais

7 toleracircncia

8 licenccedila autorizaccedilatildeo

9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada

10 figurado franqueza

11 [plural] regalias imunidades

liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas

que se julgarem verdadeiras

liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem

impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela

lei

LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e

sintaacutecticas em poesia

(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5064

partilha

nome feminino

1 acto ou efeito de partilhar

2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa

3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio

4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila

5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente

entre duas ou mais pessoas

(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

nome feminino

1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar

2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo

3 desassossego

4 ideia fixa

5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo

(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)

respeito

respeito n acto ou efeito de ()

respeito forma do verbo respeitar

respeito

nome masculino

1 acto ou efeito de respeitar

2 consideraccedilatildeo apreccedilo

3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo

4 homenagem culto

5 temor receio

Dossier temaacutetico sobre Valores 5164

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 3: Valor Es Final

IacuteNDICE

As crianccedilas aprendem aquilo que vivem p 4

Ensinar as crianccedilas a brincar aprendendo valores e bons haacutebitos p 5

Os haacutebitos familiares e a transmissatildeo dos valores p 9

Valores na famiacutelia p 12

O conto na vida da crianccedila p 15

Valores p 17

Crise dos valores tradicionais p 18

O que satildeo os valores p 20

Pertinecircncia de valores p 24

Devem as escolas ensinar valores eacuteticos e sociais Ou isso eacute territoacuterio da famiacutelia p 26

A questatildeo dos valores em sala de aula p 27

O poder dos contos infantis p 42

Dicionaacuterio de valores p 44

Sites interessantes p 56

Bibliografia sobre o tema disponiacutevel na Rede Municipal de Bibliotecas p 57

Dossier temaacutetico sobre Valores 364

AS CRIANCcedilAS APRENDEM AQUILO QUE VIVEM

Se uma crianccedila vive criticada

aprende a condenar

Se uma crianccedila vive com maus tratos

aprende a brigar

Se uma crianccedila vive humilhada

aprende a sentir-se culpada

Se uma crianccedila eacute estimulada

aprende a confiar

Se uma crianccedila eacute valorizada

aprende a valorizar

Se uma crianccedila vive no equiliacutebrio

aprende a ser justa

Se uma crianccedila vive em seguranccedila

aprende a ter feacute

Se uma crianccedila eacute bem aceite

aprende a respeitar

Se uma crianccedila vive na amizade

aprende a encontrar o amor no mundo

Autora Dorothy Law Nolte no livro laquoCrianccedilas Aprendem O Que Vivem Como Incutir Valores Aos Seus

Filhosraquo

In wwwjuniorteptservletsGeraisP=PaisampID=720

Dossier temaacutetico sobre Valores 464

ENSINAR AS CRIANCcedilAS A BRINCAR APRENDENDO

VALORES E BONS HAacuteBITOS

Enviado por Domingo Maio 16 143440 CEST por Amaral

Em laquoVamos Jogarraquo o pediatra Eduard Estivill e a escritora Yolanda Saacuteenz de Tejada

ajudam-no a fazer dos filhos laquomelhores pessoasraquo No livro agora publicado em

Portugal divulgam-se actividades didaacutecticas entre pais e filhos para ensinar valores e

bons haacutebitos agraves crianccedilas Leia a seguir a entrevista concedida a um jornal portuguecircs

Eduard Estivill e Yolanda Tejada assinam uma obra agrave qual emprestam distintas

sensibilidades e largas doses de bom senso Publicamos a seguir a entrevista

publicada no DESTAK

- Os filhos de hoje tecircm piores haacutebitos que os do passado E os pais

Eduard Estivill O ritmo de vida actual a entrada da mulher no mundo laboral e a

diminuiccedilatildeo do nuacutemero de irmatildeos por famiacutelia condicionaram a superprotecccedilatildeo dos

filhos sobretudo nos haacutebitos essenciais sono alimentaccedilatildeo higiene comunicaccedilatildeo Os

pais do passado natildeo eram melhores que os de hoje que simplesmente tecircm menos

tempo mas preocupavam-se mais com a educaccedilatildeo

- No prefaacutecio diz ter esperanccedila de laquoaproximar as crianccedilas dos adultos ou ao

contraacuterioraquo Os adultos natildeo devem perder a capacidade de sonhar

Yolanda Tejada Que natildeo percamos a capacidade de surpresa que voltemos a ter a

ilusatildeo por pequenas coisas que voltemos a jogar e a rir muito Uma crianccedila ri mais 80

que um adulto

- As crianccedilas soacute aprendem jogando

Eduard Estivill A educaccedilatildeo eacute um conjunto de haacutebitos e normas sociais necessaacuterios agrave

vida em sociedade Educar as crianccedilas eacute ensinar estas normas que depois faratildeo com

Dossier temaacutetico sobre Valores 564

que a crianccedila seja aceite na sociedade e se sinta mais segura de si mesma e mais feliz O

jogo eacute soacute um veiacuteculo para repetir as normas que queremos incutir de uma forma mais

divertida tanto para a crianccedila como para os pais

- A coerecircncia e a paciecircncia satildeo os pilares da educaccedilatildeo mas satildeo difiacuteceis de manter

Eduard Estivill Totalmente certo Eacute difiacutecil manter a paciecircncia e a coerecircncia Por isso

recomendamos jogos para alcanccedilar estes objectivos Estes jogos foram testados por

pais pedagogos educadores e professores Isso justifica os 80 mil exemplares do livro

vendidos em Espanha e a ediccedilatildeo do livro em Itaacutelia Brasil e Portugal

- Como se deve contornar a falta de tempo dos pais

Eduard Estivill Entendendo que o importante natildeo eacute a quantidade mas sim a

qualidade Eacute muito melhor brincar com a crianccedila durante meia hora antes do jantar do

que duas horas a ver televisatildeo depois de jantar

- Qual eacute o haacutebito - comunicaccedilatildeo leitura sono comida conduta higiene - que falta

mais agraves crianccedilas actuais

Yolanda Tejada Natildeo depende das crianccedilas mas sim dos adultos Para cada adulto a

importacircncia de cada haacutebito natildeo eacute igual Se para mim natildeo for importante que o meu

filho coma verduras natildeo sentirei a falta desse haacutebito Mas o haacutebito que mais

descuramos regra geral eacute o da comunicaccedilatildeo

Sobre o livro

O objectivo do livro laquoVamos Jogarraquo eacute laquofornecer uma seacuterie de conceitos apresentados

na forma de jogos para que os pais possam inculcar melhores haacutebitos nos seus filhosraquo

explica no proacutelogo da obra o co-autor Eduard Estivill

Nesta aventura pedagoacutegica editada em Portugal pela Livros dHoje o pediatra e

neurofisiologista espanhol contou com a experiecircncia maternal da criativa e escritora

Yolanda Saacuteenz de Tejada ligada a projectos de investigaccedilatildeo sobre comportamentos

Dossier temaacutetico sobre Valores 664

infantis

Juntos partindo de conceitos cientiacuteficos comprovados apresentam uma seacuterie de

laquoactividades faacuteceis de executar e que satildeo particularmente vaacutelidas do ponto de vista

educativoraquo Isto tendo por premissa laquoa facilidade das crianccedilas em captar ensinamentos

e copiar os padrotildees de conduta dos adultosraquo Eacute que os petizes natildeo nascem ensinados e

cabe aos progenitores apontar as direcccedilotildees a seguir no sentido de aprenderem a

laquomovimentar-se pela vida com seguranccedila e responsabilidaderaquo

A transmissatildeo de valores o processo de habituaccedilatildeo atraveacutes da repeticcedilatildeo e do bom

exemplo (neste ponto eacute imperiosa a coerecircncia entre a teoria e praacutetica) e ateacute o seu grau

de estoicismo nunca desistindo perante as contrariedades (leia-se berrarias laacutegrimas

ou ataques de nervos) satildeo absolutamente fundamentais nesta foacutermula para se obterem

bons resultados

Ingredientes base

Na receita proposta em laquoVamos Jogarraquo a Emoccedilatildeo e a Planificaccedilatildeo tecircm o mesmo grau

de importacircncia A dupla sugere que os pais devem recuperar a alegria de quando eram

pequenos sendo cada jogo acompanhado de amor e do sorriso que laquotantas vezes

tendemos a esquecerraquo Jaacute em termos de Planificaccedilatildeo laquose criarmos expectativas seraacute

mais faacutecil que as crianccedilas desfrutemraquo como quem tem um objectivo em mente e sente a

inerente satisfaccedilatildeo quando consegue realizaacute-lo

Neste moroso processo eacute certo e sabido que laquonatildeo somos infaliacuteveisraquo laquoOs pais que se

equivocam satildeo mais humanos Se assumirmos que natildeo sabemos algo mas que vamos

tentar encontrar a resposta o nosso filho pensaraacute que tudo tem uma soluccedilatildeo Os nossos

enganos se os admitirmos aproximar-nos-atildeo mais delesraquo afianccedilam Eduard Estivill e

Yolanda Saacuteenz de Tejada

Mais laquopara ensinar eacute preciso ouvirraquo e rever a nossa infacircncia e a tradicional sensaccedilatildeo de

incompreensatildeo dessa fase etaacuteria seraacute uacutetil nesse processo de identificaccedilatildeo com a nossa

prole Por fim os autores recomendam laquoo amor loucoraquo pois que laquoum pouco de carinho

nunca eacute de mais e natildeo haacute que ter quaisquer pudores em demonstraacute-lo publicamente

Dossier temaacutetico sobre Valores 764

Bons haacutebitos

Ao longo de 277 paacuteginas aprendemos que esse acto essencial na vida das crianccedilas que eacute

o Jogo eacute possiacutevel de ser explorado no sentido educativo e meramente recreativo Na

lista de jogos haacute a promessa da aquisiccedilatildeo de bons haacutebitos na Comida de Conduta de

Higiene de Comunicaccedilatildeo de Estudo de Leitura e de Sono

O mesmo seraacute dizer que em jeito de brincadeira se aprende a pocircr a mesa a comer o

pequeno-almoccedilo sozinho a ser pontual agraves refeiccedilotildees a natildeo ter ciuacutemes a ser altruiacutesta a

valorizar a praacutetica desportiva a tomar banho sozinho a gerir o tempo a escolher a

roupa para vestir a perder o medo do meacutedico a natildeo ter vergonha a dar valor agrave

famiacutelia a gostar de estudar a treinar a memoacuteria a explorar o talento artiacutestico ou a

adormecer sozinho Tudo porque como disse um dia Allan Bloom laquoa educaccedilatildeo eacute o

movimento da obscuridade em direcccedilatildeo agrave luzraquo

Vera Valadas Ferreira | DESTAK

19 | 04 | 2010

In wwwfersapptfersapmodulesphpname=Newsampfile=articleampsid=844

Dossier temaacutetico sobre Valores 864

OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS

VALORES

Justiccedila igualdade toleracircnciahellip Satildeo palavras que cada dia mais se escutam nas escolas

A ldquoEducaccedilatildeo nos Valoresrdquo jaacute estaacute presente no curriculum escolar mas isso natildeo eacute

suficiente Ficar no niacutevel teoacuterico natildeo serve de nada E na praacutetica esquecemos

frequentemente que palavras tatildeo grandiosas como ldquoEmpatiardquo ou ldquoRespeitordquo se

traduzem em premissas tatildeo singelas como ldquonatildeo atirar papeacuteis para o chatildeordquo ldquoceder o

assento a quem mais o necessiterdquo ou ldquoabrir a porta a quem vai carregadordquo

Que a ldquoEducaccedilatildeo nos Valoresrdquo tenha chegado agraves escolas eacute um passo que realmente

devemos celebrar Saber ser pessoa eacute mais importante do que saber resolver integrais

ou saber em que ano comeccedilou a Revoluccedilatildeo Francesa Entretanto enquanto que a

instruccedilatildeo e formaccedilatildeo intelectual eacute um objectivo a conseguir primordialmente atraveacutes

da escola a educaccedilatildeo e desenvolvimento pessoal eacute-o atraveacutes da famiacutelia

Nunca devemos esquecer que o lar eacute o autecircntico formador de pessoas As crianccedilas

aprendem continuamente atraveacutes dos seus pais natildeo soacute o que estes lhes contam mas

tambeacutem sobretudo pelo que vecircem neles como actuam como respondem perante os

problemas Em definitivo as crianccedilas observam e copiam o proceder dos seus pais

perante a vida A autecircntica educaccedilatildeo nos valores transmite-se passa dos pais para os

seus filhos desde o dia do nascimento ateacute ao final da vida Natildeo obstante tem uma

importacircncia relevante durante os primeiros anos Ateacute aos seis ou sete anos de idade as

crianccedilas possuem uma moral denominada ldquoheteroacutenimardquo ou seja a sua motivaccedilatildeo para

fazer as coisas de uma maneira ou de outra eacute corresponder ao que o papaacute e a mamatilde

desejariam o que dizem os pais satildeo ldquoverdades absolutasrdquo Conforme crescem vatildeo

compreendendo melhor por que eacute importante actuar de certa forma e natildeo de outras

mas seguem sempre guiando-se pelo que vecircem em casa especialmente ateacute aos doze

anos Daiacuteiacute a tremenda importacircncia de educar as crianccedilas atraveacutes do exemplo para

desenvolver uma educaccedilatildeo ciacutevica

Dossier temaacutetico sobre Valores 964

Faz o que eu faccedilo

Todos temos na mente uma ideia de como gostariacuteamos que fosse a sociedade em que

mundo queremos que vivam os nossos filhos um sitio limpo em que as pessoas se

ajudem e respeitem onde todos tenhamos os mesmos direitoshellip Depois saiacutemos agrave rua

pensando no trabalho nas compras na ortodoncia do menino e esquecemo-nos de

todos esses bons propoacutesitos De repente queremos ser os primeiros a sair do metro

incomoda-nos o carro que torna lenta a circulaccedilatildeo esquecemo-nos de dar os bons dias

ao porteirohellip e assim dia apoacutes dia diante o olhar sempre atento das crianccedilas que jaacute se

sabe absorvem tudo como esponjas

Jaacute comentaacutemos que ateacute os doze anos aproximadamente o lar eacute a principal fonte de

valores direitos e deveres da crianccedila Agora tambeacutem teraacute que se dizer que haacute coisas

que dificilmente se aprendem mais tarde Se em pequenos natildeo nos acostumamos a

guardar o pacote no bolso quando natildeo haacute um cesto de papeacuteis agrave matildeo a natildeo pocircr a

muacutesica muito alta para natildeo incomodar o vizinho a dizer obrigado quando nos fazem

um favor ou a natildeo insultar os que satildeo diferentes seraacute mais complicado aprendecirc-lo

mais tarde Porque o civismo o respeito a honestidade e todos os valores humanos satildeo

em grande medida haacutebitos rotinas que aprendemos em famiacutelia de forma inconsciente

e que mais adiante chegamos a valorizar com a reflexatildeo que permite a maturidade

Por isso a melhor forma de transmitir valores de aprender a viver em sociedade eacute natildeo

aplicar jamais a tatildeo popular frase de ldquofaz o que eu digo e natildeo o que eu faccedilordquo Se

quisermos que nossos filhos alcancem essa sociedade tatildeo sonhada devemos comeccedilar

por criaacute-la noacutes mesmos e ldquofazer o que dizemosrdquo

Que ldquohaacutebitos-valoresrdquo fomentar

Decerto que vocecircs mesmos tecircm a resposta Soacute tecircm que pensar que tipo de pessoas

gostariam que fossem os vossos filhos e actuar em consequecircncia Como vimos a

coerecircncia entre as ideias que querem transmitir e a forma como se actua em casa eacute a

chave principal

A maioria das pessoas considera como nobres os mesmos tipos de valores Entretanto

agraves vezes eacute difiacutecil reconhecer em noacutes mesmo onde encaixa a conexatildeo entre ldquocrenccedilasrdquo e

ldquoforma de serrdquo Estes conselhos podem ajudar a reflectir sobre isso

Dossier temaacutetico sobre Valores 1064

Se quiserem que o vossofilho seja uma pessoa razoaacutevel raciocinem com ele desde o

primeiro dia Natildeo utilizem o ldquoporque eu digordquo Logicamente haveraacute muitas ocasiotildees

em que tenham que lhe ordenar as coisas mas sempre podem argumentar o motivo

O respeito onde primeiro se observa eacute entre os pais As decisotildees no casal devem ser

sempre compartilhadas Se discutem faccedilam-no de forma tranquila sem recriminar

Saber viver em sociedade eacute saber aceitar as opiniotildees distintas

Onde mais se fomentam os estereoacutetipos eacute no lar Pensaram alguma vez em coisas como

quem limpa a casa quem troca as lacircmpadas etc Tratem de compartilhar entre voacutes os

distintos papeacuteis

Se se preocuparem com as influecircncias externas pensem que tecircm uma arma muito

importante ao vosso alcance os vossoscomentaacuterios Falem com o vossofilho sobre a

opiniatildeo que merecem as actuaccedilotildees dos outros (tanto no positivo como no negativo)

Isto eacute importante sobretudo contra a influecircncia da televisatildeo

Compreender ajuda a aprender

Os valores transmitem-se atraveacutes do exemplo mas assentam com forccedila graccedilas agrave

compreensatildeo de que satildeo necessaacuterios Como podemos ajudar uma crianccedila pequena a

perceber esta importacircncia Uma boa maneira eacute aplicar a foacutermula de ldquofaz pelos outros o

que gostarias que fizessem por ti e natildeo lhes faccedilas o que natildeo gostarias que te fizessemrdquo

Por outras palavras colocar as crianccedilas na hipoacutetese de serem eles os protagonistas de

certas atitudes Eacute muito mais eficaz para que o vossofilho a entenda dizer-lhe

ldquoGostarias que se rissem de ti porque usas oacuteculos como te sentiriasrdquo do que lhe dizer

simplesmente ldquoNatildeo deves rir do Joatildeo por ter aparelho nos dentesrdquo

(Esther Garciacutea Schmah Pedagoga wwwsolohijoscom wwwmujernuevaorg)

In httpfamiliaaaldeianetos-habitos-familiares-e-a-transmissao-dos-valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 1164

VALORES NA FAMIacuteLIA

Quando os valores prioritaacuterios satildeo os valores ou bens materiais como ocorre em

amplos sectores da sociedade actual ou quando os valores se confundem com os

desejos ou as apetecircncias de um ser humano como tambeacutem acontece a descoberta de

verdadeiros valores humanos tem uma grande importacircncia para a motivaccedilatildeo da

vontade humana Porquecirc Porque a motivaccedilatildeo humana remete sempre para valores

humanos verdadeiros materiais e espirituais ndash sempre que os primeiros sirvam os

segundos e natildeo ao contraacuterio

A descoberta e valores corresponde aos imateriais aos do espiacuterito aos que fazem

referecircncia agrave verdade (valores intelectuais) ao bem (valores morais) e agrave beleza (valores

esteacuteticos) Satildeo trecircs tipos de valores estreitamente relacionados entre si porque verdade

bem e beleza satildeo os termos inseparaacuteveis de um trinoacutemio (Se algueacutem tentasse separaacute-

los encontrar-se-ia com uma verdade maacute e feia com um bem feio e falso com uma

beleza falsa e maacute)

Como descobrir estes valores Cada qual deve tomar a iniciativa de os procurar porque

lhe satildeo muito importantes satildeo os elementos que aperfeiccediloam o proacuteprio ser mediante

eles um indiviacuteduo pode acabar por ser chegar a ser aquilo que eacute pessoa ser mais e

melhor pessoa

Mas nem sempre que se procuram se encontram Tambeacutem eacute verdade que agraves vezes

emergem de repente no nosso horizonte existencial inclusivamente apesar da nossa

resistecircncia (hellip) Um dia qualquer uma vida rotineira e talvez sem relevo pode sentir-

se sacudida ndash e ateacute invadida ndash pela descoberta de um novo valor que a transforma

(Polaino e Carrentildeo l992 p 75)

Haacute algum acircmbito onde a descoberta de valores seja menos difiacutecil ou mais provaacutevel

Em primeiro lugar o acircmbito vital da famiacutelia Se os pais optaram por certos valores e se

comprometeram com eles cada filho que vem ao mundo natildeo tem de desenvolver a

tarefa hercuacutelea e problemaacutetica de tratar de descobrir por que valores vale a pena

arriscar a vida (ibidem)

Dossier temaacutetico sobre Valores 1264

Nem sempre acontece assim Optar por certos valores significa escolher entre os

melhores aqueles que mais convenham numa famiacutelia concreta com as suas

circunstacircncias actuais para o desenvolvimento pessoal de cada membro e para a

melhoria familiar Logicamente seratildeo prioritaacuterios os valores humanos mais cultivados

por ambos os cocircnjuges

Comprometer-se com uns valores e organizar a vida familiar em funccedilatildeo deles supotildee tecirc-

los interiorizado profundamente Soacute assim seratildeo capazes de os pocircr de moda na sua

famiacutelia sendo eles proacuteprios para os seus filhos portadores de valores

Esses valores vividos pelos pais com naturalidade e com graccedila com bom humor

sabendo sorrir habitualmente seratildeo atractivos para os filhos e contagiosos A famiacutelia

sob esta perspectiva aparece-nos como um museu vivo de valores E natildeo porque os

pais pendurem os valores nas paredes como se se tratasse de um quadro que

passivamente se deve admirar Os valores familiares constituem pelo contraacuterio um

dado irrefutaacutevel quase com cunho testemunhal que vai unido ao comportamento

diaacuterio dos pais (ibidem p 76) E tambeacutem estaratildeo presentes estes valores na conduta

dos filhos quando os pais aleacutem de os viverem e de os fomentarem promovem e

mantecircm vigentes algumas normas e costumes familiares que mostram a presenccedila viva

destes valores preferenciais

Os valores familiares ndash em famiacutelias cristatildes natildeo satildeo soacute valores naturais mas tambeacutem

valores sobrenaturais ndash nenhuma crianccedila inicialmente os questiona Mais tarde sim

porque na medida em que cresce emerge e amadurece a sua liberdade pessoal haacute-de

comprometer-se tambeacutem nas escolhas que faz e que obviamente satildeo sempre muito

pessoais(hellip) Precisamente por isso os pais tecircm de preparar essa fase de referecircncia ndash

atraveacutes do seu comportamento ndash que lhe sirva de orientaccedilatildeo (ibidem)

Isto seraacute tanto menos difiacutecil para os pais quanto mais cedo faccedilam da sua famiacutelia um

museu vivo de valores quando os filhos satildeo ainda muito pequenos

Seraacute menos difiacutecil tambeacutem a sua adolescecircncia quando o quadro de referecircncia e um

miacutenimo de normas e costumes tenham sido parte importante do seu ambiente familiar

acolhedor desde a primeira infacircncia

Dossier temaacutetico sobre Valores 1364

Deste modo quando o filho adolescente ou o filho jovem daacute prioridade a alguns

valores como fundamento para apoiar a sua vida tem jaacute como em depoacutesito uns

valores que anteriormente assumiu e integrou quase sem dar por isso contagiados ou

emprestados pelos seus pais

Estes valores familiares descobertos na convivecircncia do lar paterno nas relaccedilotildees diaacuterias

de pais e filhos de irmatildeos de diferentes idades traduzem-se ndash como efeito de

descoberta ndash em motivos Em consequecircncia a conduta de cada filho estaraacute motivada

desde o principio a sua vontade estaraacute motivada

Penso por contraste em tantos filhos desmotivados antes e durante a sua adolescecircncia

quando os primeiros responsaacuteveis da famiacutelia natildeo se propuseram ou natildeo souberam

criar este a ambiente familiar cimentado na sinceridade na generosidade na lealdade

na laboriosidade no optimismo na compreensatildeo exigente no respeito confiado na

disponibilidade na gratidatildeo na amizade e noutros valores humanos

Oliveros Otero

In httpfamiliaaaldeianetvalores-na-familia

Dossier temaacutetico sobre Valores 1464

O CONTO NA VIDA DA CRIANCcedilA

A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais

refinadas como A Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos

limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros

Perde-se no tempo a origem e importacircncia do conto na educaccedilatildeo da crianccedila Quantas

vezes pais e educadores a braccedilos com a explicaccedilatildeo de algo mais complexo aos nossos

filhos nos socorremos de uma histoacuteria que simplifique a nossa tarefa por um lado e

por outro facilite a compreensatildeo por parte da crianccedila daquilo que verdadeiramente lhe

queremos transmitir

Passar valores agrave crianccedila eacute algo complexo Esta missatildeo implica normalmente conceitos

que fazem apelo a abstracccedilotildees competecircncias impossiacuteveis de usar pela crianccedila nas

etapas mais precoces do desenvolvimento As histoacuterias satildeo por isso um meio

facilitador de resolver algumas das questotildees que esta tarefa nos coloca Se por um

lado divertem as crianccedilas espicaccedilam a sua curiosidade promovem competecircncias

cognitivas e de oralidade activam a magia por outro satildeo tambeacutem a forma de

concretizarmos alguns dos valores que consideramos aceitaacuteveis e oportunos transmitir

agrave crianccedila

De cada histoacuteria cada crianccedila retiraraacute aquilo que lhe fizer mais sentido em funccedilatildeo das

suas vivecircncias e das suas caracteriacutesticas desenvolvimentais Com a mesma histoacuteria

podemos transmitir um sem-nuacutemero de ensinamentos isso depende em primeira

instacircncia do objectivo de quem a usa e da proacutepria crianccedila

A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais

refinadas como a Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos

limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros

A Menina do Mar eacute uma histoacuteria porventura difiacutecil de entender antes da idade

escolar Para aleacutem da beleza literaacuteria pode permitir-nos transmitir valores ecoloacutegicos

respeito pela Natureza nomeadamente pelas coisas do mar curiosidade na descoberta

e contemplaccedilatildeo do mar e do que ele conteacutem Aleacutem disso e voltando a um dos valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 1564

inerentes a quase todas as histoacuterias - a relaccedilatildeo com os outros - A Menina do Mar

proporciona uma excelente oportunidade de ensinar a crianccedila a respeitar e a aceitar as

diferenccedilas e ainda a importacircncia de fazer amigos

Nas histoacuterias tal como na vida por vezes tambeacutem haacute situaccedilotildees desconcertantes e ainda

bem que as histoacuterias contemplam estas situaccedilotildees Satildeo uma oacuteptima oportunidade para a

crianccedila se organizar e aprender a lidar com os medos os obstaacuteculos e frustraccedilotildees com

que se iraacute confrontar ao longo da vida Eacute importante que o crescimento se faccedila ainda

que ao niacutevel do imaginaacuterio e simboacutelico assente em valores reais

In O conto na vida da crianccedila In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-

06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$o-conto-na-vida-da-criancagt

Dossier temaacutetico sobre Valores 1664

VALORES

Os valores correspondem a maneiras de ser ou de agir reconhecidas como desejaacuteveis

Genericamente pode dizer-se que natildeo eacute possiacutevel a existecircncia de um grupo humano

sem que tenham sido definidos impliacutecita ou explicitamente os seus valores A

expressatildeo escrita e oral os siacutembolos os objectos satildeo meios de que os indiviacuteduos e os

grupos dispotildeem para aceder aos valores

Tecircm sido objecto de estudo em Sociologia questotildees como a do modo como evoluem os

valores o modo como os valores satildeo vividos pelos indiviacuteduos e pelos grupos e a

possibilidade ou impossibilidade de se falar em sociedades globais

No estrutural-funcionalismo de T Parsons os valores partilhados interiorizados satildeo

vistos como desempenhando um papel decisivo na integraccedilatildeo social em qualquer

sociedade Os criacuteticos deste ponto de vista defendem que a integraccedilatildeo social natildeo

depende num grau tatildeo absoluto da partilha de valores Argumenta-se que os valores

podem ser aceites por motivos pragmaacuteticos mais do que normativos e que as

estruturas sociais podem impor-se para aleacutem da interiorizaccedilatildeo dos valores Sobretudo

a maioria dos socioacutelogos reconhece actualmente que uma sociedade pode existir

mesmo que seja atravessada por divergecircncias a niacutevel dos valores

Valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-06] Disponiacutevel na

www ltURL httpwwwinfopediapt$valoresgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 1764

CRISE DOS VALORES TRADICIONAIS

Em pleno seacuteculo XXI quase toda a sociedade considera que existe uma crise de valores

ou pelo menos a falecircncia dos tradicionais Mas desde sempre esta consciecircncia de crise

de valores existiu numa perspectiva geograacutefica mais restrita e sem as dimensotildees de

generalizaccedilatildeo como sucede hoje A globalizaccedilatildeo econoacutemica e o neoliberalismo o

individualismo e o relativismo a par do progresso tecnoloacutegico aceleraram a toma de

consciecircncia de crise de valores por parte da populaccedilatildeo Por um lado esbateram-se ou jaacute

natildeo existem mesmo criteacuterios seguros para distinccedilatildeo do bem e do mal do justo e do

injusto entre outras categorias morais e pessoais imperando pois a subjectividade e o

relativismo Radicalmente alguns vatildeo mais longe e afirmam mesmo que jaacute natildeo existem

sequer valores tudo eacute circunstancial O que era antes intemporal e inalteraacutevel eacute agora

volaacutetil ou inconsistente passando-se do relativismo agrave descrenccedila niilista absoluta

As principais causas para a crise de valores satildeo

- a desvalorizaccedilatildeo da tradiccedilatildeo quer atraveacutes do marxismo que tudo subjuga agrave histoacuteria e

ao plano social desvalorizando os valores antigos da burguesia dos opressores que

substitui pelos do povo trabalhador quer atraveacutes de Nietzsche e a sua negaccedilatildeo dos

valores absolutos ou mesmo com Freud que tornou os valores morais como produto

de mecanismos mentais repressivos

- a crise na instituiccedilatildeo familiar das suas relaccedilotildees do proacuteprio modelo de famiacutelia

primeira fonte de transmissatildeo de valores O aumento de divoacutercios separaccedilotildees

violecircncia domeacutestica pressotildees econoacutemicas e stress social das famiacutelias podem prejudicar

tambeacutem a transmissatildeo de valores seguros aos filhos

- modificaccedilotildees de ordem material nos aspectos tecnoloacutegico e cientiacutefico e as sucessivas

mutaccedilotildees econoacutemicas podem conduzir ao distanciamento cada vez maior da sociedade

moderna face aos valores tradicionais

- menor peso dos bons costumes e da cultura popular na sociedade moderna visiacutevel na

descrenccedila nos valores absolutos e na moral social substituiacuteda pela moral autoacutenoma e

pelo relativismo

A sociedade hoje em dia tornou-se mais aberta e plural mais intercultural assumindo

melhor as diferenccedilas mas tambeacutem tornando-se mais insegura violenta tendendo para

a repressatildeo e ateacute para um individualismo egoiacutesta e esvaziado de valores de relaccedilotildees

Dossier temaacutetico sobre Valores 1864

interpessoais Para muitos analistas natildeo existe crise antes abertura para outros a

maior crise eacute a incapacidade humana de enfrentar o problema da crise de valores pois

subsiste a ideia de que nas democracias natildeo haacute valores impessoais ou suprapessoais

parecendo que cada um escolhe os seus Alguns autores sugerem que a crise natildeo seraacute

apenas de valores mas tambeacutem de referecircncias estaacuteveis e soacutelidas

Crise dos Valores Tradicionais In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-

06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$crise-dos-valores-tradicionaisgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 1964

O QUE SAtildeO VALORES

O QUE DISTINGUE UM FACTO DE UM VALOR

PESQUISA

O homem vive toma partido crecirc numa multiplicidade de valores hierarquiza-os e daacute

assim sentido agrave sua existecircncia mediante opccedilotildees que ultrapassam incessantemente as

fronteiras do seu conhecimento efectivo No homem que pensa esta questatildeo soacute pode

ser raciocinada no sentido em que para fazer a siacutentese entre aquilo que ele crecirc e

aquilo que ele sabe ele soacute pode utilizar uma reflexatildeo quer prolongando o saber quer

opondo-se a ele num esforccedilo criacutetico para determinar as suas fronteiras actuais e

legitimar a hierarquizaccedilatildeo dos valores que o ultrapassam Esta siacutentese raciocinada

entre as crenccedilas quaisquer que elas sejam e as condiccedilotildees do saber constituiacute aquilo que

noacutes chamamos uma sabedoria e eacute este que nos parece ser o objecto da filosofia

Jean Piaget Sageza e Ilusatildeo da Filosofia

Dossier temaacutetico sobre Valores 2064

SIacuteNTESE

1 Valores

1 Quando decidimos fazer algo estamos a realizar uma escolha Manifestamos certas

preferecircncias por umas coisas em vez de outras Evocamos entatildeo certos motivos para

justificar as nossas decisotildees

2 Factos e valores

Todos estes motivos podem ser apoiados em factos mas tecircm sempre impliacutecitos certos

valores que justificam ou legitimam as nossas preferecircncias

Exemplo O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi o dia mais importante

da semana era um domingo

Facto O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi efectivamente um

domingo

Valor impliacutecito O domingo como o dia mais importante entre os

dias da semana

3Facto

Um facto eacute algo que algo que pode ser comprovado sobre o qual podemos dizer que a

afirmaccedilatildeo eacute verdadeira ou falsa Os factos satildeo igualmente susceptiacuteveis de gerarem

consensos universais

4 Valor

Podemos definir os valorespartindo das vaacuterias dimensotildees em que usamos

a) os valores satildeo criteacuterios segundo os quais valorizamos ou desvalorizamos as

coisas

Dossier temaacutetico sobre Valores 2164

b) Os valores satildeo as razotildees que justificam ou motivam as nossas acccedilotildees tornando-

as preferiacuteveis a outras

Os valores reportam-se em geral sempre a acccedilotildees justificam-nas

Exemplo Participar numa manifestaccedilatildeo a favor do povo timorensepode significar que

atribuiacutemos agrave Solidariedade uma enorme importacircncia A solidariedade eacute neste caso o

valor que justifica ou explica a nossa acccedilatildeo

Ao contraacuterio dos factos os valores apenas implicam a adesatildeo de grupos restritos Nem

todos possuiacutemos os mesmos valores nem valorizamos as coisas da mesma forma

5 Tipos de valores

Os valores natildeo satildeo coisas nem simples ideias que adquirimos mas conceitos que

traduzem as nossas preferecircncias Existe uma enorme diversidade de valores podemos

agrupaacute-los quanto agrave sua natureza da seguinte forma

Valores eacuteticos os que se referem agraves normas ou criteacuterios de conduta que afectam todas

as aacutereas da nossa actividade Exemplos Solidariedade Honestidade Verdade

Lealdade Bondade Altruiacutesmo

Valores esteacuteticos os valores de expressatildeo Exemplo Harmonia Belo Feio Sublime

Traacutegico

Valores religiosos os que dizem respeito agrave relaccedilatildeo do homem com a transcendecircncia

Exemplos Sagrado Pureza Santidade Perfeiccedilatildeo

Valores poliacuteticos Justiccedila Igualdade Imparcialidade Cidadania Liberdade

Valores vitais Sauacutede Forccedila

6 Hierarquizaccedilatildeo dos Valores

Natildeo atribuiacutemos a todos os nossos valores a mesma importacircncia Na hora de tomar

uma decisatildeo cada um de noacutes hierarquiza os valores de forma muito diversa A

Dossier temaacutetico sobre Valores 2264

hierarquizaccedilatildeo eacute a propriedade que tem os valores de se subordinarem uns aos outros

isto eacute de serem uns mais valiosos que outros As razotildees porque o fazemos satildeo

muacuteltiplas

Exemplo

A maioria da populaccedilatildeo mundial continua a passar graves carecircncias alimentares

Todos os anos morrem milhotildees de pessoas por subnutriccedilatildeo Natildeo eacute de querer que

hierarquia dos seus valores destas pessoas a satisfaccedilatildeo das suas necessidades

bioloacutegicas natildeo esteja logo em primeiro lugar

7 Polaridade dos Valores

Os nossos valores tendem a organizar-se em termos de oposiccedilotildees ou polaridades

Preferimos e opomos a Verdade agrave Mentira a Justiccedila agrave Injusticcedila o Bem ao Mal a beleza

agrave fealdade a genorosidade agrave mesquinhecircs A palavra valor costuma apenas ser aplicada

num sentido positivo Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de

estima positiva ou negativamente Valor eacute tanto o Bem como o Mal o Justo como

Injusto

Carlos Fontes

In httpafilosofianosapopt10valoreshtm~

Dossier temaacutetico sobre Valores 2364

PERTINEcircNCIA DE VALORES

Durkheim considerava que os valores miacuteticos e religiosos que funcionaram como

crenccedilas nas sociedades tradicionais serviram para exercer o controlo e a coesatildeo sociais

e para inspirar as avaliaccedilotildees e as motivaccedilotildees das pessoas Eacute assim que nas sociedades

tradicionais de solidariedade mecacircnica os indiviacuteduos estatildeo integrados por valores

comuns que se lhes impotildeem garantindo a coesatildeo social Jaacute nas sociedades modernas

de solidariedade orgacircnica verifica-se segundo Durkheim uma erosatildeo dos valores

graccedilas ao aumento do individualismo e agrave desintegraccedilatildeo das ligaccedilotildees sociais originadas

pelo desenvolvimento da divisatildeo do trabalho

Parsons (1951) que consagrou a existecircncia de quatro subsistemas interdependentes -

cultural poliacutetico econoacutemico societal - remete cada um deles para quatro tipos de

valores O subsistema cultural manteacutem os modelos valorizados da acccedilatildeo o subsistema

poliacutetico assegura a funccedilatildeo de realizaccedilatildeo das finalidades colectivas o subsistema

societal assegura a funccedilatildeo de integraccedilatildeo social dos indiviacuteduos e o econoacutemico a funccedilatildeo

de adaptaccedilatildeo (controlo exploraccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio ambiente) Satildeo portanto

os sistemas que asseguram a funccedilatildeo de reproduccedilatildeo dos valores

A questatildeo da pertinecircncia dos valores coloca a relaccedilatildeo entre os valores (morais

religiosos poliacuteticos esteacuteticos) e as culturas na proacutepria medida em que existem relaccedilotildees

entre as formas de vida ou as visotildees do mundo e o quadro de valores que as orientam

Haacute uma multiplicidade de valores variando estes conforme as sociedades e as

culturas e tambeacutem conforme as eacutepocas histoacutericas por isso se fala da relatividade

histoacuterica dos valores Ora a pluralidade dos valores eacute acompanhada tambeacutem da

existecircncia de sistemas de valores relativamente abertos Novos valores podem sempre

vir a integrar um sistema (moral poliacutetico cultural ou religioso) desde que seja

assegurada uma coerecircncia miacutenima entre os valores de um mesmo sistema Com efeito

uma cultura de valores democraacuteticos por exemplo eacute incompatiacutevel com o autoritarismo

e o totalitarismo como uma cultura que reconhece o valor da infacircncia e os direitos da

crianccedila eacute incompatiacutevel com a exploraccedilatildeo da crianccedila

Poreacutem sistemas de valores diferenciados podem coexistir numa mesma sociedade

valores de grupos poliacuteticos diferentes de etnias diversas de comunidades religiosas

diferentes valores hedonistas que se opotildeem aos valores do trabalho e da eficaacutecia os

valores da poupanccedila e do patrimoacutenio em oposiccedilatildeo ao consumismo desenfreado os

Dossier temaacutetico sobre Valores 2464

valores do ser e da pessoa em oposiccedilatildeo aos valores do ter e do poder financeiro etc

Esta diversidade de valores pode provocar conflitos cuja resposta poderaacute implicar que

uma hierarquia de pertinecircncias seja estabelecida Com efeito existem conflitos de

valores no seio da famiacutelia (entre as geraccedilotildees por exemplo) nas empresas (entre a

eficaacutecia econoacutemica o lucro o melhoramento das condiccedilotildees de trabalho o serviccedilo agrave

comunidade etc) ao niacutevel das argumentaccedilotildees de valores num

tribunal ou nos debates puacuteblicos sobre processos judiciais (o respeito devido agraves viacutetimas

e o direito do culpado agrave sua defesa por exemplo) conflitos entre o valor da famiacutelia e a

obrigaccedilatildeo do trabalho (conflito que se potildee muitas vezes agraves matildees que trabalham fora

de casa e tecircm filhos pequenos) etc

Para aleacutem dos aspectos ligados agrave pluralidade dos valores assistimos hoje nas

sociedades democraacuteticas contemporacircneas a uma evoluccedilatildeo dos sistemas de valores e a

uma alteraccedilatildeo da sua hierarquia de pertinecircncia expressas na importacircncia crescente dos

novos valores ligados agrave ecologia agrave defesa do meio ambiente e ao novo conceito de

desenvolvimento sustentado dos valores da solidariedade da cidadania e da

toleracircncia que orientam hoje um novo tipo de acccedilatildeo colectiva (exercido em termos de

voluntariado eou por Organizaccedilotildees Natildeo-Governamentais (ONG) como os meacutedicos

sem fronteiras as associaccedilotildees de protecccedilatildeo e defesa das crianccedilas e das mulheres

viacutetimas de maus tratos as associaccedilotildees de defesa das minorias do consumidor de

assistecircncia aos doentes com sida etc) assim como se assiste a uma evoluccedilatildeo dos

valores ligados agrave mundializaccedilatildeo que orientam instituiccedilotildees e convenccedilotildees internacionais

Pertinecircncia de valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-07]

Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$pertinencia-de-valoresgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 2564

DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E

SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA

Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os

valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute

quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os

valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi

publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio

quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o

egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que

promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de

etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo

excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores

da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo

lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais

entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos

professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas

desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os

docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila

Foto Pintura de Salvador Dali

In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml

Dossier temaacutetico sobre Valores 2664

A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA

Adolfo S Suaacuterez

Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso

de Teologia do Unasp

Centro Universitaacuterio Adventista

Campus Engenheiro Coelho (SP)

adolfosuarezunaspedubr

Introduccedilatildeo

1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores

11 Definiccedilotildees

12 Modelos de valores em sala de aula

121 Valores absolutos

122 Valores relativos

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

13 Classificaccedilatildeo de valores

14 Conclusatildeo parcial

2 Valores que devem ser ensinados

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

23 Conclusatildeo parcial

3 A transmissatildeo de valores

31 Como se aprendem os valores

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

33 A idade e o ensino de valores

34 Conclusatildeo parcial

Consideraccedilotildees finais

Referecircncias bibliograacuteficas

Dossier temaacutetico sobre Valores 2764

Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo

Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde

Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula

The issue of values in the classroom

Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary

Education based on a Christian pedagogical practice

Keywords values christian education classroom

Dossier temaacutetico sobre Valores 2864

INTRODUCcedilAtildeO

Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS

2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da

experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e

cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e

espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)

Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas

fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade

promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a

inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)

No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de

estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das

faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)

Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo

meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo

quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e

aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)

Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido

vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo

no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar

desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de

professores ldquoconteudistasrdquo

Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser

mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno

porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de

apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa

formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores

Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-

se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo

da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados

Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores

1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES

1 1 Definiccedilotildees

Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade

humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua

conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja

valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)

independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de

caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)

Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo

Dossier temaacutetico sobre Valores 2964

Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao

satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa

qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto

deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo

racional humano (2001 p 44)

No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS

pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores

significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno

seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais

lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que

promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os

princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o

seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o

respeito e a cooperaccedilatildeo

Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante

descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade

(1997 p 79)

12 Modelos de valores em sala de aula

Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores

Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)

121 Valores absolutos

Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e

normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma

autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos

indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave

medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo

previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios

mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo

O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para

conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de

que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3064

122 Valores relativos

Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute

baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da

verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio

mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela

praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia

pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc

A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o

que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de

tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no

momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros

possam pensar

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3164

Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o

trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua

autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e

normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam

orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os

valores

Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que

determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura

que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a

escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se

oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem

possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo

Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de

determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes

puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para

todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar

os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns

13 Classificaccedilatildeo de valores

Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da

seguinte maneira numa escala ascendente

(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc

(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc

(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc

(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc

(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc

(f) Valores religiosos sagrado profano etc

De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em

Dossier temaacutetico sobre Valores 3264

(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam

rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar

(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute

dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel

satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para

Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos

sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos

gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e

prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos

(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)

(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo

pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real

exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato

boa-feacutemaacute-feacute etc)

(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)

(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia

autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da

vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees

pessoais etc

(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano

14 Conclusatildeo parcial

Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do

comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta

particular

Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta

temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e

autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em

valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos

A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados

educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados

2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados

Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio

de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados

ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA

chama de mandamentos satildeo os seguintes

Dossier temaacutetico sobre Valores 3364

(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o

bem

(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica

Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila

(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso

caraacuteter

(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio

entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato

(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)

(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado

(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a

ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia

com a sabedoria

(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em

noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional

(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser

motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas

uacuteteis ou prazeres

(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem

cair no narcisismo) e o amor pelos outros

(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos

felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com

tudo e todos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3464

O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro

Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz

que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas

geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho

humildade sabedoria respeito e solidariedade

Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de

Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os

seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da

atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo

mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom

humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto

valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante

da TV liberdade e obediecircncia

Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da

temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila

coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e

harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico

compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees

Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro

primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de

Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e

transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade

Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto

que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia

integridade equiliacutebrio e pessoalidade

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-

aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito

famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem

apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de

eternidade

Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as

Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino

Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo

Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais

importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram

escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam

agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo

Dossier temaacutetico sobre Valores 3564

Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia

(accedilatildeo) Perdatildeo

Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia

(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo

Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia

(pensamento) Previsatildeo

Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave

famiacutelia Individualidade Propoacutesito

Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade

Dossier temaacutetico sobre Valores 3664

Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza

Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade

Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo

proacutepria

Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo

Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo

Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo

Abertura Entusiasmo Interesse Respeito

Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio

Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade

Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia

Auto-motivaccedilatildeo para

desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede

Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade

Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila

Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade

Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade

eacutetica

Carinho Flexibilidade no juiacutezo

moral Meditaccedilatildeo

Sentido de

comunidade

Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo

Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia

Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade

Compreensatildeo da

verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade

Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento

Consciecircncia dos

assuntos morais e

religiosos

Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato

Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila

Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura

Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia

Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade

Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade

Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo

pessoal

Cortesia Humor Patriotismo Veracidade

Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude

Cumprimento dos

deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva

23 Conclusatildeo parcial

Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis

cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a

sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula

um importante ofiacutecio para todo educador

3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES

Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos

numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a

quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais

envolvidos em todo esse processo

Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente

pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir

em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3764

31 Como se aprendem os valores

Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que

demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras

(MARQUES 2001 p 44)

(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados

(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica

em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto

(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os

valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade

assimilamos a honestidade

(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos

loacutegicos e discursivos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3864

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o

factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)

O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da

crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor

da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para

exemplificaacute-la etc

Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores

demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a

veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel

relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o

relacionamento proacuteximo

O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido

consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso

exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa

situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e

sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre

sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar

dinheiro Por quecircrdquo

33 A idade e o ensino de valores

De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos

de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo

das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo

tem muita influecircncia

Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia

moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees

dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila

obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque

isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal

Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem

desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido

sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos

actos

34Conclusatildeo parcial

Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses

valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos

rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis

de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado

de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)

chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)

Dossier temaacutetico sobre Valores 3964

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que

determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que

a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos

e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores

podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e

religiosos

Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam

conviver bem consigo mesmos e com a sociedade

Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o

ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional

e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa

Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo

desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na

transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe

um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a

educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual

entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde

Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de

motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe

uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores

Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente

Precisamos educar o estudante plenamente

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed

Petroacutepolis RJ Vozes 2000

BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais

Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997

BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales

Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997

Dossier temaacutetico sobre Valores 4064

CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003

CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a

Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas

Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b

LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo

Paulo Vida 2001

MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000

MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001

PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991

SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995

YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de

Moraes Porto Alegre Artmed 2002

Dossier temaacutetico sobre Valores 4164

O PODER DOS CONTOS INFANTIS

Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada

Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e

agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre

Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em

geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo

deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o

fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma

contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado

Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo

dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de

uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de

exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura

racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar

Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do

qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do

abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip

Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam

sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a

cobardia

O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o

estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso

encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e

prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e

vencer o mal

Dossier temaacutetico sobre Valores 4264

Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique

completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o

sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes

sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo

com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute

mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los

interpretaacute-los e ultrapassaacute-los

Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente

nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se

enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de

forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais

como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel

estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a

questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim

zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila

moral dos contos infantis

Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar

duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a

crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso

sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-

se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada

In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm

Dossier temaacutetico sobre Valores 4364

Dicionaacuterio de Valores

(Infopeacutedia)

afecto

amizade

autodisciplina

civismo

confianccedila

disciplina

honestidade

integridade

integro

justiccedila

lealdade

liberdade

partilha

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

respeito

responsabilidade

responsaacutevel

solidariedade

solidaacuterio

toleracircncia

valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 4464

afecto

afecto n adj sentimento de apego e ()

afecto forma do verbo afectar

afecto

nome masculino

1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo

2 amizade

3 amor

4 carinho

5 inclinaccedilatildeo

adjectivo

1 afeiccediloado dedicado

2 destinado

3 ligado dependente

(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)

amizade

nome feminino

1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia

2 camaradagem companheirismo cumplicidade

3 entendimento compreensatildeo

4 dedicaccedilatildeo bondade

5 pessoa amiga

(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4564

autodisciplina

nome feminino

1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo

2 capacidade de se disciplinar

(De auto-+disciplina)

civismo

nome masculino

1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico

2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas

suas instituiccedilotildees

(Do fr civisme laquoidraquo)

confianccedila

nome feminino

1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor

2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza

3 creacutedito

4 acircnimo

5 popular ousadia atrevimento

6 popular familiaridade

abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo

que se ocupa

dar confianccedila permitir certa familiaridade

ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza

tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade

(Do fr confiance laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4664

disciplina

disciplina n conjunto de regras ou ()

disciplina forma do verbo disciplinar

disciplina

nome feminino

1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou

colectividade

2 observacircncia das regras obediecircncia

3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a

respeitar regras ou conseguir resultados

4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de

um estabelecimento escolar

5 autoridade

6 castigo mortificaccedilatildeo

7 [plural] correias para accediloitar

(Do lat disciplina- laquoidraquo)

honestidade

nome feminino

1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade

probidade

2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade

3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia

(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4764

integridade

nome feminino

1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade

2 qualidade do que eacute iacutentegro

3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade

(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)

integro [integro]

adjectivo

1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO

2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO

justiccedila

justiccedila n virtude moral que inspira ()

justiccedila forma do verbo justiccedilar

justiccedila

nome feminino

1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a

atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade

2 conformidade com o direito estabelecido

3 poder de aplicar as leis poder judicial

4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees

5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do

poder judicial

6 conjunto dos magistrados a magistratura

Dossier temaacutetico sobre Valores 4864

7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda

por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada

na outra

8 popular funcionaacuterios de um tribunal

justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor

das coisas trocadas

justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e

dos encargos consoante a qualidade das pessoas

justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial

justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer

positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus

membros

popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos

com justiccedila de maneira justa e imparcial

dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio

em boa justiccedila segundo o que eacute devido

fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes

(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)

lealdade

nome feminino

qualidade de leal fidelidade sinceridade

(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4964

liberdade

nome feminino

1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua

natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo

livre)

2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo

ou de acccedilatildeo)

3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e

independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de

decisatildeo)

4 livre arbiacutetrio

5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)

6 personificaccedilatildeo das ideias liberais

7 toleracircncia

8 licenccedila autorizaccedilatildeo

9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada

10 figurado franqueza

11 [plural] regalias imunidades

liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas

que se julgarem verdadeiras

liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem

impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela

lei

LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e

sintaacutecticas em poesia

(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5064

partilha

nome feminino

1 acto ou efeito de partilhar

2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa

3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio

4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila

5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente

entre duas ou mais pessoas

(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

nome feminino

1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar

2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo

3 desassossego

4 ideia fixa

5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo

(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)

respeito

respeito n acto ou efeito de ()

respeito forma do verbo respeitar

respeito

nome masculino

1 acto ou efeito de respeitar

2 consideraccedilatildeo apreccedilo

3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo

4 homenagem culto

5 temor receio

Dossier temaacutetico sobre Valores 5164

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 4: Valor Es Final

AS CRIANCcedilAS APRENDEM AQUILO QUE VIVEM

Se uma crianccedila vive criticada

aprende a condenar

Se uma crianccedila vive com maus tratos

aprende a brigar

Se uma crianccedila vive humilhada

aprende a sentir-se culpada

Se uma crianccedila eacute estimulada

aprende a confiar

Se uma crianccedila eacute valorizada

aprende a valorizar

Se uma crianccedila vive no equiliacutebrio

aprende a ser justa

Se uma crianccedila vive em seguranccedila

aprende a ter feacute

Se uma crianccedila eacute bem aceite

aprende a respeitar

Se uma crianccedila vive na amizade

aprende a encontrar o amor no mundo

Autora Dorothy Law Nolte no livro laquoCrianccedilas Aprendem O Que Vivem Como Incutir Valores Aos Seus

Filhosraquo

In wwwjuniorteptservletsGeraisP=PaisampID=720

Dossier temaacutetico sobre Valores 464

ENSINAR AS CRIANCcedilAS A BRINCAR APRENDENDO

VALORES E BONS HAacuteBITOS

Enviado por Domingo Maio 16 143440 CEST por Amaral

Em laquoVamos Jogarraquo o pediatra Eduard Estivill e a escritora Yolanda Saacuteenz de Tejada

ajudam-no a fazer dos filhos laquomelhores pessoasraquo No livro agora publicado em

Portugal divulgam-se actividades didaacutecticas entre pais e filhos para ensinar valores e

bons haacutebitos agraves crianccedilas Leia a seguir a entrevista concedida a um jornal portuguecircs

Eduard Estivill e Yolanda Tejada assinam uma obra agrave qual emprestam distintas

sensibilidades e largas doses de bom senso Publicamos a seguir a entrevista

publicada no DESTAK

- Os filhos de hoje tecircm piores haacutebitos que os do passado E os pais

Eduard Estivill O ritmo de vida actual a entrada da mulher no mundo laboral e a

diminuiccedilatildeo do nuacutemero de irmatildeos por famiacutelia condicionaram a superprotecccedilatildeo dos

filhos sobretudo nos haacutebitos essenciais sono alimentaccedilatildeo higiene comunicaccedilatildeo Os

pais do passado natildeo eram melhores que os de hoje que simplesmente tecircm menos

tempo mas preocupavam-se mais com a educaccedilatildeo

- No prefaacutecio diz ter esperanccedila de laquoaproximar as crianccedilas dos adultos ou ao

contraacuterioraquo Os adultos natildeo devem perder a capacidade de sonhar

Yolanda Tejada Que natildeo percamos a capacidade de surpresa que voltemos a ter a

ilusatildeo por pequenas coisas que voltemos a jogar e a rir muito Uma crianccedila ri mais 80

que um adulto

- As crianccedilas soacute aprendem jogando

Eduard Estivill A educaccedilatildeo eacute um conjunto de haacutebitos e normas sociais necessaacuterios agrave

vida em sociedade Educar as crianccedilas eacute ensinar estas normas que depois faratildeo com

Dossier temaacutetico sobre Valores 564

que a crianccedila seja aceite na sociedade e se sinta mais segura de si mesma e mais feliz O

jogo eacute soacute um veiacuteculo para repetir as normas que queremos incutir de uma forma mais

divertida tanto para a crianccedila como para os pais

- A coerecircncia e a paciecircncia satildeo os pilares da educaccedilatildeo mas satildeo difiacuteceis de manter

Eduard Estivill Totalmente certo Eacute difiacutecil manter a paciecircncia e a coerecircncia Por isso

recomendamos jogos para alcanccedilar estes objectivos Estes jogos foram testados por

pais pedagogos educadores e professores Isso justifica os 80 mil exemplares do livro

vendidos em Espanha e a ediccedilatildeo do livro em Itaacutelia Brasil e Portugal

- Como se deve contornar a falta de tempo dos pais

Eduard Estivill Entendendo que o importante natildeo eacute a quantidade mas sim a

qualidade Eacute muito melhor brincar com a crianccedila durante meia hora antes do jantar do

que duas horas a ver televisatildeo depois de jantar

- Qual eacute o haacutebito - comunicaccedilatildeo leitura sono comida conduta higiene - que falta

mais agraves crianccedilas actuais

Yolanda Tejada Natildeo depende das crianccedilas mas sim dos adultos Para cada adulto a

importacircncia de cada haacutebito natildeo eacute igual Se para mim natildeo for importante que o meu

filho coma verduras natildeo sentirei a falta desse haacutebito Mas o haacutebito que mais

descuramos regra geral eacute o da comunicaccedilatildeo

Sobre o livro

O objectivo do livro laquoVamos Jogarraquo eacute laquofornecer uma seacuterie de conceitos apresentados

na forma de jogos para que os pais possam inculcar melhores haacutebitos nos seus filhosraquo

explica no proacutelogo da obra o co-autor Eduard Estivill

Nesta aventura pedagoacutegica editada em Portugal pela Livros dHoje o pediatra e

neurofisiologista espanhol contou com a experiecircncia maternal da criativa e escritora

Yolanda Saacuteenz de Tejada ligada a projectos de investigaccedilatildeo sobre comportamentos

Dossier temaacutetico sobre Valores 664

infantis

Juntos partindo de conceitos cientiacuteficos comprovados apresentam uma seacuterie de

laquoactividades faacuteceis de executar e que satildeo particularmente vaacutelidas do ponto de vista

educativoraquo Isto tendo por premissa laquoa facilidade das crianccedilas em captar ensinamentos

e copiar os padrotildees de conduta dos adultosraquo Eacute que os petizes natildeo nascem ensinados e

cabe aos progenitores apontar as direcccedilotildees a seguir no sentido de aprenderem a

laquomovimentar-se pela vida com seguranccedila e responsabilidaderaquo

A transmissatildeo de valores o processo de habituaccedilatildeo atraveacutes da repeticcedilatildeo e do bom

exemplo (neste ponto eacute imperiosa a coerecircncia entre a teoria e praacutetica) e ateacute o seu grau

de estoicismo nunca desistindo perante as contrariedades (leia-se berrarias laacutegrimas

ou ataques de nervos) satildeo absolutamente fundamentais nesta foacutermula para se obterem

bons resultados

Ingredientes base

Na receita proposta em laquoVamos Jogarraquo a Emoccedilatildeo e a Planificaccedilatildeo tecircm o mesmo grau

de importacircncia A dupla sugere que os pais devem recuperar a alegria de quando eram

pequenos sendo cada jogo acompanhado de amor e do sorriso que laquotantas vezes

tendemos a esquecerraquo Jaacute em termos de Planificaccedilatildeo laquose criarmos expectativas seraacute

mais faacutecil que as crianccedilas desfrutemraquo como quem tem um objectivo em mente e sente a

inerente satisfaccedilatildeo quando consegue realizaacute-lo

Neste moroso processo eacute certo e sabido que laquonatildeo somos infaliacuteveisraquo laquoOs pais que se

equivocam satildeo mais humanos Se assumirmos que natildeo sabemos algo mas que vamos

tentar encontrar a resposta o nosso filho pensaraacute que tudo tem uma soluccedilatildeo Os nossos

enganos se os admitirmos aproximar-nos-atildeo mais delesraquo afianccedilam Eduard Estivill e

Yolanda Saacuteenz de Tejada

Mais laquopara ensinar eacute preciso ouvirraquo e rever a nossa infacircncia e a tradicional sensaccedilatildeo de

incompreensatildeo dessa fase etaacuteria seraacute uacutetil nesse processo de identificaccedilatildeo com a nossa

prole Por fim os autores recomendam laquoo amor loucoraquo pois que laquoum pouco de carinho

nunca eacute de mais e natildeo haacute que ter quaisquer pudores em demonstraacute-lo publicamente

Dossier temaacutetico sobre Valores 764

Bons haacutebitos

Ao longo de 277 paacuteginas aprendemos que esse acto essencial na vida das crianccedilas que eacute

o Jogo eacute possiacutevel de ser explorado no sentido educativo e meramente recreativo Na

lista de jogos haacute a promessa da aquisiccedilatildeo de bons haacutebitos na Comida de Conduta de

Higiene de Comunicaccedilatildeo de Estudo de Leitura e de Sono

O mesmo seraacute dizer que em jeito de brincadeira se aprende a pocircr a mesa a comer o

pequeno-almoccedilo sozinho a ser pontual agraves refeiccedilotildees a natildeo ter ciuacutemes a ser altruiacutesta a

valorizar a praacutetica desportiva a tomar banho sozinho a gerir o tempo a escolher a

roupa para vestir a perder o medo do meacutedico a natildeo ter vergonha a dar valor agrave

famiacutelia a gostar de estudar a treinar a memoacuteria a explorar o talento artiacutestico ou a

adormecer sozinho Tudo porque como disse um dia Allan Bloom laquoa educaccedilatildeo eacute o

movimento da obscuridade em direcccedilatildeo agrave luzraquo

Vera Valadas Ferreira | DESTAK

19 | 04 | 2010

In wwwfersapptfersapmodulesphpname=Newsampfile=articleampsid=844

Dossier temaacutetico sobre Valores 864

OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS

VALORES

Justiccedila igualdade toleracircnciahellip Satildeo palavras que cada dia mais se escutam nas escolas

A ldquoEducaccedilatildeo nos Valoresrdquo jaacute estaacute presente no curriculum escolar mas isso natildeo eacute

suficiente Ficar no niacutevel teoacuterico natildeo serve de nada E na praacutetica esquecemos

frequentemente que palavras tatildeo grandiosas como ldquoEmpatiardquo ou ldquoRespeitordquo se

traduzem em premissas tatildeo singelas como ldquonatildeo atirar papeacuteis para o chatildeordquo ldquoceder o

assento a quem mais o necessiterdquo ou ldquoabrir a porta a quem vai carregadordquo

Que a ldquoEducaccedilatildeo nos Valoresrdquo tenha chegado agraves escolas eacute um passo que realmente

devemos celebrar Saber ser pessoa eacute mais importante do que saber resolver integrais

ou saber em que ano comeccedilou a Revoluccedilatildeo Francesa Entretanto enquanto que a

instruccedilatildeo e formaccedilatildeo intelectual eacute um objectivo a conseguir primordialmente atraveacutes

da escola a educaccedilatildeo e desenvolvimento pessoal eacute-o atraveacutes da famiacutelia

Nunca devemos esquecer que o lar eacute o autecircntico formador de pessoas As crianccedilas

aprendem continuamente atraveacutes dos seus pais natildeo soacute o que estes lhes contam mas

tambeacutem sobretudo pelo que vecircem neles como actuam como respondem perante os

problemas Em definitivo as crianccedilas observam e copiam o proceder dos seus pais

perante a vida A autecircntica educaccedilatildeo nos valores transmite-se passa dos pais para os

seus filhos desde o dia do nascimento ateacute ao final da vida Natildeo obstante tem uma

importacircncia relevante durante os primeiros anos Ateacute aos seis ou sete anos de idade as

crianccedilas possuem uma moral denominada ldquoheteroacutenimardquo ou seja a sua motivaccedilatildeo para

fazer as coisas de uma maneira ou de outra eacute corresponder ao que o papaacute e a mamatilde

desejariam o que dizem os pais satildeo ldquoverdades absolutasrdquo Conforme crescem vatildeo

compreendendo melhor por que eacute importante actuar de certa forma e natildeo de outras

mas seguem sempre guiando-se pelo que vecircem em casa especialmente ateacute aos doze

anos Daiacuteiacute a tremenda importacircncia de educar as crianccedilas atraveacutes do exemplo para

desenvolver uma educaccedilatildeo ciacutevica

Dossier temaacutetico sobre Valores 964

Faz o que eu faccedilo

Todos temos na mente uma ideia de como gostariacuteamos que fosse a sociedade em que

mundo queremos que vivam os nossos filhos um sitio limpo em que as pessoas se

ajudem e respeitem onde todos tenhamos os mesmos direitoshellip Depois saiacutemos agrave rua

pensando no trabalho nas compras na ortodoncia do menino e esquecemo-nos de

todos esses bons propoacutesitos De repente queremos ser os primeiros a sair do metro

incomoda-nos o carro que torna lenta a circulaccedilatildeo esquecemo-nos de dar os bons dias

ao porteirohellip e assim dia apoacutes dia diante o olhar sempre atento das crianccedilas que jaacute se

sabe absorvem tudo como esponjas

Jaacute comentaacutemos que ateacute os doze anos aproximadamente o lar eacute a principal fonte de

valores direitos e deveres da crianccedila Agora tambeacutem teraacute que se dizer que haacute coisas

que dificilmente se aprendem mais tarde Se em pequenos natildeo nos acostumamos a

guardar o pacote no bolso quando natildeo haacute um cesto de papeacuteis agrave matildeo a natildeo pocircr a

muacutesica muito alta para natildeo incomodar o vizinho a dizer obrigado quando nos fazem

um favor ou a natildeo insultar os que satildeo diferentes seraacute mais complicado aprendecirc-lo

mais tarde Porque o civismo o respeito a honestidade e todos os valores humanos satildeo

em grande medida haacutebitos rotinas que aprendemos em famiacutelia de forma inconsciente

e que mais adiante chegamos a valorizar com a reflexatildeo que permite a maturidade

Por isso a melhor forma de transmitir valores de aprender a viver em sociedade eacute natildeo

aplicar jamais a tatildeo popular frase de ldquofaz o que eu digo e natildeo o que eu faccedilordquo Se

quisermos que nossos filhos alcancem essa sociedade tatildeo sonhada devemos comeccedilar

por criaacute-la noacutes mesmos e ldquofazer o que dizemosrdquo

Que ldquohaacutebitos-valoresrdquo fomentar

Decerto que vocecircs mesmos tecircm a resposta Soacute tecircm que pensar que tipo de pessoas

gostariam que fossem os vossos filhos e actuar em consequecircncia Como vimos a

coerecircncia entre as ideias que querem transmitir e a forma como se actua em casa eacute a

chave principal

A maioria das pessoas considera como nobres os mesmos tipos de valores Entretanto

agraves vezes eacute difiacutecil reconhecer em noacutes mesmo onde encaixa a conexatildeo entre ldquocrenccedilasrdquo e

ldquoforma de serrdquo Estes conselhos podem ajudar a reflectir sobre isso

Dossier temaacutetico sobre Valores 1064

Se quiserem que o vossofilho seja uma pessoa razoaacutevel raciocinem com ele desde o

primeiro dia Natildeo utilizem o ldquoporque eu digordquo Logicamente haveraacute muitas ocasiotildees

em que tenham que lhe ordenar as coisas mas sempre podem argumentar o motivo

O respeito onde primeiro se observa eacute entre os pais As decisotildees no casal devem ser

sempre compartilhadas Se discutem faccedilam-no de forma tranquila sem recriminar

Saber viver em sociedade eacute saber aceitar as opiniotildees distintas

Onde mais se fomentam os estereoacutetipos eacute no lar Pensaram alguma vez em coisas como

quem limpa a casa quem troca as lacircmpadas etc Tratem de compartilhar entre voacutes os

distintos papeacuteis

Se se preocuparem com as influecircncias externas pensem que tecircm uma arma muito

importante ao vosso alcance os vossoscomentaacuterios Falem com o vossofilho sobre a

opiniatildeo que merecem as actuaccedilotildees dos outros (tanto no positivo como no negativo)

Isto eacute importante sobretudo contra a influecircncia da televisatildeo

Compreender ajuda a aprender

Os valores transmitem-se atraveacutes do exemplo mas assentam com forccedila graccedilas agrave

compreensatildeo de que satildeo necessaacuterios Como podemos ajudar uma crianccedila pequena a

perceber esta importacircncia Uma boa maneira eacute aplicar a foacutermula de ldquofaz pelos outros o

que gostarias que fizessem por ti e natildeo lhes faccedilas o que natildeo gostarias que te fizessemrdquo

Por outras palavras colocar as crianccedilas na hipoacutetese de serem eles os protagonistas de

certas atitudes Eacute muito mais eficaz para que o vossofilho a entenda dizer-lhe

ldquoGostarias que se rissem de ti porque usas oacuteculos como te sentiriasrdquo do que lhe dizer

simplesmente ldquoNatildeo deves rir do Joatildeo por ter aparelho nos dentesrdquo

(Esther Garciacutea Schmah Pedagoga wwwsolohijoscom wwwmujernuevaorg)

In httpfamiliaaaldeianetos-habitos-familiares-e-a-transmissao-dos-valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 1164

VALORES NA FAMIacuteLIA

Quando os valores prioritaacuterios satildeo os valores ou bens materiais como ocorre em

amplos sectores da sociedade actual ou quando os valores se confundem com os

desejos ou as apetecircncias de um ser humano como tambeacutem acontece a descoberta de

verdadeiros valores humanos tem uma grande importacircncia para a motivaccedilatildeo da

vontade humana Porquecirc Porque a motivaccedilatildeo humana remete sempre para valores

humanos verdadeiros materiais e espirituais ndash sempre que os primeiros sirvam os

segundos e natildeo ao contraacuterio

A descoberta e valores corresponde aos imateriais aos do espiacuterito aos que fazem

referecircncia agrave verdade (valores intelectuais) ao bem (valores morais) e agrave beleza (valores

esteacuteticos) Satildeo trecircs tipos de valores estreitamente relacionados entre si porque verdade

bem e beleza satildeo os termos inseparaacuteveis de um trinoacutemio (Se algueacutem tentasse separaacute-

los encontrar-se-ia com uma verdade maacute e feia com um bem feio e falso com uma

beleza falsa e maacute)

Como descobrir estes valores Cada qual deve tomar a iniciativa de os procurar porque

lhe satildeo muito importantes satildeo os elementos que aperfeiccediloam o proacuteprio ser mediante

eles um indiviacuteduo pode acabar por ser chegar a ser aquilo que eacute pessoa ser mais e

melhor pessoa

Mas nem sempre que se procuram se encontram Tambeacutem eacute verdade que agraves vezes

emergem de repente no nosso horizonte existencial inclusivamente apesar da nossa

resistecircncia (hellip) Um dia qualquer uma vida rotineira e talvez sem relevo pode sentir-

se sacudida ndash e ateacute invadida ndash pela descoberta de um novo valor que a transforma

(Polaino e Carrentildeo l992 p 75)

Haacute algum acircmbito onde a descoberta de valores seja menos difiacutecil ou mais provaacutevel

Em primeiro lugar o acircmbito vital da famiacutelia Se os pais optaram por certos valores e se

comprometeram com eles cada filho que vem ao mundo natildeo tem de desenvolver a

tarefa hercuacutelea e problemaacutetica de tratar de descobrir por que valores vale a pena

arriscar a vida (ibidem)

Dossier temaacutetico sobre Valores 1264

Nem sempre acontece assim Optar por certos valores significa escolher entre os

melhores aqueles que mais convenham numa famiacutelia concreta com as suas

circunstacircncias actuais para o desenvolvimento pessoal de cada membro e para a

melhoria familiar Logicamente seratildeo prioritaacuterios os valores humanos mais cultivados

por ambos os cocircnjuges

Comprometer-se com uns valores e organizar a vida familiar em funccedilatildeo deles supotildee tecirc-

los interiorizado profundamente Soacute assim seratildeo capazes de os pocircr de moda na sua

famiacutelia sendo eles proacuteprios para os seus filhos portadores de valores

Esses valores vividos pelos pais com naturalidade e com graccedila com bom humor

sabendo sorrir habitualmente seratildeo atractivos para os filhos e contagiosos A famiacutelia

sob esta perspectiva aparece-nos como um museu vivo de valores E natildeo porque os

pais pendurem os valores nas paredes como se se tratasse de um quadro que

passivamente se deve admirar Os valores familiares constituem pelo contraacuterio um

dado irrefutaacutevel quase com cunho testemunhal que vai unido ao comportamento

diaacuterio dos pais (ibidem p 76) E tambeacutem estaratildeo presentes estes valores na conduta

dos filhos quando os pais aleacutem de os viverem e de os fomentarem promovem e

mantecircm vigentes algumas normas e costumes familiares que mostram a presenccedila viva

destes valores preferenciais

Os valores familiares ndash em famiacutelias cristatildes natildeo satildeo soacute valores naturais mas tambeacutem

valores sobrenaturais ndash nenhuma crianccedila inicialmente os questiona Mais tarde sim

porque na medida em que cresce emerge e amadurece a sua liberdade pessoal haacute-de

comprometer-se tambeacutem nas escolhas que faz e que obviamente satildeo sempre muito

pessoais(hellip) Precisamente por isso os pais tecircm de preparar essa fase de referecircncia ndash

atraveacutes do seu comportamento ndash que lhe sirva de orientaccedilatildeo (ibidem)

Isto seraacute tanto menos difiacutecil para os pais quanto mais cedo faccedilam da sua famiacutelia um

museu vivo de valores quando os filhos satildeo ainda muito pequenos

Seraacute menos difiacutecil tambeacutem a sua adolescecircncia quando o quadro de referecircncia e um

miacutenimo de normas e costumes tenham sido parte importante do seu ambiente familiar

acolhedor desde a primeira infacircncia

Dossier temaacutetico sobre Valores 1364

Deste modo quando o filho adolescente ou o filho jovem daacute prioridade a alguns

valores como fundamento para apoiar a sua vida tem jaacute como em depoacutesito uns

valores que anteriormente assumiu e integrou quase sem dar por isso contagiados ou

emprestados pelos seus pais

Estes valores familiares descobertos na convivecircncia do lar paterno nas relaccedilotildees diaacuterias

de pais e filhos de irmatildeos de diferentes idades traduzem-se ndash como efeito de

descoberta ndash em motivos Em consequecircncia a conduta de cada filho estaraacute motivada

desde o principio a sua vontade estaraacute motivada

Penso por contraste em tantos filhos desmotivados antes e durante a sua adolescecircncia

quando os primeiros responsaacuteveis da famiacutelia natildeo se propuseram ou natildeo souberam

criar este a ambiente familiar cimentado na sinceridade na generosidade na lealdade

na laboriosidade no optimismo na compreensatildeo exigente no respeito confiado na

disponibilidade na gratidatildeo na amizade e noutros valores humanos

Oliveros Otero

In httpfamiliaaaldeianetvalores-na-familia

Dossier temaacutetico sobre Valores 1464

O CONTO NA VIDA DA CRIANCcedilA

A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais

refinadas como A Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos

limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros

Perde-se no tempo a origem e importacircncia do conto na educaccedilatildeo da crianccedila Quantas

vezes pais e educadores a braccedilos com a explicaccedilatildeo de algo mais complexo aos nossos

filhos nos socorremos de uma histoacuteria que simplifique a nossa tarefa por um lado e

por outro facilite a compreensatildeo por parte da crianccedila daquilo que verdadeiramente lhe

queremos transmitir

Passar valores agrave crianccedila eacute algo complexo Esta missatildeo implica normalmente conceitos

que fazem apelo a abstracccedilotildees competecircncias impossiacuteveis de usar pela crianccedila nas

etapas mais precoces do desenvolvimento As histoacuterias satildeo por isso um meio

facilitador de resolver algumas das questotildees que esta tarefa nos coloca Se por um

lado divertem as crianccedilas espicaccedilam a sua curiosidade promovem competecircncias

cognitivas e de oralidade activam a magia por outro satildeo tambeacutem a forma de

concretizarmos alguns dos valores que consideramos aceitaacuteveis e oportunos transmitir

agrave crianccedila

De cada histoacuteria cada crianccedila retiraraacute aquilo que lhe fizer mais sentido em funccedilatildeo das

suas vivecircncias e das suas caracteriacutesticas desenvolvimentais Com a mesma histoacuteria

podemos transmitir um sem-nuacutemero de ensinamentos isso depende em primeira

instacircncia do objectivo de quem a usa e da proacutepria crianccedila

A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais

refinadas como a Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos

limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros

A Menina do Mar eacute uma histoacuteria porventura difiacutecil de entender antes da idade

escolar Para aleacutem da beleza literaacuteria pode permitir-nos transmitir valores ecoloacutegicos

respeito pela Natureza nomeadamente pelas coisas do mar curiosidade na descoberta

e contemplaccedilatildeo do mar e do que ele conteacutem Aleacutem disso e voltando a um dos valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 1564

inerentes a quase todas as histoacuterias - a relaccedilatildeo com os outros - A Menina do Mar

proporciona uma excelente oportunidade de ensinar a crianccedila a respeitar e a aceitar as

diferenccedilas e ainda a importacircncia de fazer amigos

Nas histoacuterias tal como na vida por vezes tambeacutem haacute situaccedilotildees desconcertantes e ainda

bem que as histoacuterias contemplam estas situaccedilotildees Satildeo uma oacuteptima oportunidade para a

crianccedila se organizar e aprender a lidar com os medos os obstaacuteculos e frustraccedilotildees com

que se iraacute confrontar ao longo da vida Eacute importante que o crescimento se faccedila ainda

que ao niacutevel do imaginaacuterio e simboacutelico assente em valores reais

In O conto na vida da crianccedila In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-

06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$o-conto-na-vida-da-criancagt

Dossier temaacutetico sobre Valores 1664

VALORES

Os valores correspondem a maneiras de ser ou de agir reconhecidas como desejaacuteveis

Genericamente pode dizer-se que natildeo eacute possiacutevel a existecircncia de um grupo humano

sem que tenham sido definidos impliacutecita ou explicitamente os seus valores A

expressatildeo escrita e oral os siacutembolos os objectos satildeo meios de que os indiviacuteduos e os

grupos dispotildeem para aceder aos valores

Tecircm sido objecto de estudo em Sociologia questotildees como a do modo como evoluem os

valores o modo como os valores satildeo vividos pelos indiviacuteduos e pelos grupos e a

possibilidade ou impossibilidade de se falar em sociedades globais

No estrutural-funcionalismo de T Parsons os valores partilhados interiorizados satildeo

vistos como desempenhando um papel decisivo na integraccedilatildeo social em qualquer

sociedade Os criacuteticos deste ponto de vista defendem que a integraccedilatildeo social natildeo

depende num grau tatildeo absoluto da partilha de valores Argumenta-se que os valores

podem ser aceites por motivos pragmaacuteticos mais do que normativos e que as

estruturas sociais podem impor-se para aleacutem da interiorizaccedilatildeo dos valores Sobretudo

a maioria dos socioacutelogos reconhece actualmente que uma sociedade pode existir

mesmo que seja atravessada por divergecircncias a niacutevel dos valores

Valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-06] Disponiacutevel na

www ltURL httpwwwinfopediapt$valoresgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 1764

CRISE DOS VALORES TRADICIONAIS

Em pleno seacuteculo XXI quase toda a sociedade considera que existe uma crise de valores

ou pelo menos a falecircncia dos tradicionais Mas desde sempre esta consciecircncia de crise

de valores existiu numa perspectiva geograacutefica mais restrita e sem as dimensotildees de

generalizaccedilatildeo como sucede hoje A globalizaccedilatildeo econoacutemica e o neoliberalismo o

individualismo e o relativismo a par do progresso tecnoloacutegico aceleraram a toma de

consciecircncia de crise de valores por parte da populaccedilatildeo Por um lado esbateram-se ou jaacute

natildeo existem mesmo criteacuterios seguros para distinccedilatildeo do bem e do mal do justo e do

injusto entre outras categorias morais e pessoais imperando pois a subjectividade e o

relativismo Radicalmente alguns vatildeo mais longe e afirmam mesmo que jaacute natildeo existem

sequer valores tudo eacute circunstancial O que era antes intemporal e inalteraacutevel eacute agora

volaacutetil ou inconsistente passando-se do relativismo agrave descrenccedila niilista absoluta

As principais causas para a crise de valores satildeo

- a desvalorizaccedilatildeo da tradiccedilatildeo quer atraveacutes do marxismo que tudo subjuga agrave histoacuteria e

ao plano social desvalorizando os valores antigos da burguesia dos opressores que

substitui pelos do povo trabalhador quer atraveacutes de Nietzsche e a sua negaccedilatildeo dos

valores absolutos ou mesmo com Freud que tornou os valores morais como produto

de mecanismos mentais repressivos

- a crise na instituiccedilatildeo familiar das suas relaccedilotildees do proacuteprio modelo de famiacutelia

primeira fonte de transmissatildeo de valores O aumento de divoacutercios separaccedilotildees

violecircncia domeacutestica pressotildees econoacutemicas e stress social das famiacutelias podem prejudicar

tambeacutem a transmissatildeo de valores seguros aos filhos

- modificaccedilotildees de ordem material nos aspectos tecnoloacutegico e cientiacutefico e as sucessivas

mutaccedilotildees econoacutemicas podem conduzir ao distanciamento cada vez maior da sociedade

moderna face aos valores tradicionais

- menor peso dos bons costumes e da cultura popular na sociedade moderna visiacutevel na

descrenccedila nos valores absolutos e na moral social substituiacuteda pela moral autoacutenoma e

pelo relativismo

A sociedade hoje em dia tornou-se mais aberta e plural mais intercultural assumindo

melhor as diferenccedilas mas tambeacutem tornando-se mais insegura violenta tendendo para

a repressatildeo e ateacute para um individualismo egoiacutesta e esvaziado de valores de relaccedilotildees

Dossier temaacutetico sobre Valores 1864

interpessoais Para muitos analistas natildeo existe crise antes abertura para outros a

maior crise eacute a incapacidade humana de enfrentar o problema da crise de valores pois

subsiste a ideia de que nas democracias natildeo haacute valores impessoais ou suprapessoais

parecendo que cada um escolhe os seus Alguns autores sugerem que a crise natildeo seraacute

apenas de valores mas tambeacutem de referecircncias estaacuteveis e soacutelidas

Crise dos Valores Tradicionais In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-

06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$crise-dos-valores-tradicionaisgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 1964

O QUE SAtildeO VALORES

O QUE DISTINGUE UM FACTO DE UM VALOR

PESQUISA

O homem vive toma partido crecirc numa multiplicidade de valores hierarquiza-os e daacute

assim sentido agrave sua existecircncia mediante opccedilotildees que ultrapassam incessantemente as

fronteiras do seu conhecimento efectivo No homem que pensa esta questatildeo soacute pode

ser raciocinada no sentido em que para fazer a siacutentese entre aquilo que ele crecirc e

aquilo que ele sabe ele soacute pode utilizar uma reflexatildeo quer prolongando o saber quer

opondo-se a ele num esforccedilo criacutetico para determinar as suas fronteiras actuais e

legitimar a hierarquizaccedilatildeo dos valores que o ultrapassam Esta siacutentese raciocinada

entre as crenccedilas quaisquer que elas sejam e as condiccedilotildees do saber constituiacute aquilo que

noacutes chamamos uma sabedoria e eacute este que nos parece ser o objecto da filosofia

Jean Piaget Sageza e Ilusatildeo da Filosofia

Dossier temaacutetico sobre Valores 2064

SIacuteNTESE

1 Valores

1 Quando decidimos fazer algo estamos a realizar uma escolha Manifestamos certas

preferecircncias por umas coisas em vez de outras Evocamos entatildeo certos motivos para

justificar as nossas decisotildees

2 Factos e valores

Todos estes motivos podem ser apoiados em factos mas tecircm sempre impliacutecitos certos

valores que justificam ou legitimam as nossas preferecircncias

Exemplo O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi o dia mais importante

da semana era um domingo

Facto O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi efectivamente um

domingo

Valor impliacutecito O domingo como o dia mais importante entre os

dias da semana

3Facto

Um facto eacute algo que algo que pode ser comprovado sobre o qual podemos dizer que a

afirmaccedilatildeo eacute verdadeira ou falsa Os factos satildeo igualmente susceptiacuteveis de gerarem

consensos universais

4 Valor

Podemos definir os valorespartindo das vaacuterias dimensotildees em que usamos

a) os valores satildeo criteacuterios segundo os quais valorizamos ou desvalorizamos as

coisas

Dossier temaacutetico sobre Valores 2164

b) Os valores satildeo as razotildees que justificam ou motivam as nossas acccedilotildees tornando-

as preferiacuteveis a outras

Os valores reportam-se em geral sempre a acccedilotildees justificam-nas

Exemplo Participar numa manifestaccedilatildeo a favor do povo timorensepode significar que

atribuiacutemos agrave Solidariedade uma enorme importacircncia A solidariedade eacute neste caso o

valor que justifica ou explica a nossa acccedilatildeo

Ao contraacuterio dos factos os valores apenas implicam a adesatildeo de grupos restritos Nem

todos possuiacutemos os mesmos valores nem valorizamos as coisas da mesma forma

5 Tipos de valores

Os valores natildeo satildeo coisas nem simples ideias que adquirimos mas conceitos que

traduzem as nossas preferecircncias Existe uma enorme diversidade de valores podemos

agrupaacute-los quanto agrave sua natureza da seguinte forma

Valores eacuteticos os que se referem agraves normas ou criteacuterios de conduta que afectam todas

as aacutereas da nossa actividade Exemplos Solidariedade Honestidade Verdade

Lealdade Bondade Altruiacutesmo

Valores esteacuteticos os valores de expressatildeo Exemplo Harmonia Belo Feio Sublime

Traacutegico

Valores religiosos os que dizem respeito agrave relaccedilatildeo do homem com a transcendecircncia

Exemplos Sagrado Pureza Santidade Perfeiccedilatildeo

Valores poliacuteticos Justiccedila Igualdade Imparcialidade Cidadania Liberdade

Valores vitais Sauacutede Forccedila

6 Hierarquizaccedilatildeo dos Valores

Natildeo atribuiacutemos a todos os nossos valores a mesma importacircncia Na hora de tomar

uma decisatildeo cada um de noacutes hierarquiza os valores de forma muito diversa A

Dossier temaacutetico sobre Valores 2264

hierarquizaccedilatildeo eacute a propriedade que tem os valores de se subordinarem uns aos outros

isto eacute de serem uns mais valiosos que outros As razotildees porque o fazemos satildeo

muacuteltiplas

Exemplo

A maioria da populaccedilatildeo mundial continua a passar graves carecircncias alimentares

Todos os anos morrem milhotildees de pessoas por subnutriccedilatildeo Natildeo eacute de querer que

hierarquia dos seus valores destas pessoas a satisfaccedilatildeo das suas necessidades

bioloacutegicas natildeo esteja logo em primeiro lugar

7 Polaridade dos Valores

Os nossos valores tendem a organizar-se em termos de oposiccedilotildees ou polaridades

Preferimos e opomos a Verdade agrave Mentira a Justiccedila agrave Injusticcedila o Bem ao Mal a beleza

agrave fealdade a genorosidade agrave mesquinhecircs A palavra valor costuma apenas ser aplicada

num sentido positivo Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de

estima positiva ou negativamente Valor eacute tanto o Bem como o Mal o Justo como

Injusto

Carlos Fontes

In httpafilosofianosapopt10valoreshtm~

Dossier temaacutetico sobre Valores 2364

PERTINEcircNCIA DE VALORES

Durkheim considerava que os valores miacuteticos e religiosos que funcionaram como

crenccedilas nas sociedades tradicionais serviram para exercer o controlo e a coesatildeo sociais

e para inspirar as avaliaccedilotildees e as motivaccedilotildees das pessoas Eacute assim que nas sociedades

tradicionais de solidariedade mecacircnica os indiviacuteduos estatildeo integrados por valores

comuns que se lhes impotildeem garantindo a coesatildeo social Jaacute nas sociedades modernas

de solidariedade orgacircnica verifica-se segundo Durkheim uma erosatildeo dos valores

graccedilas ao aumento do individualismo e agrave desintegraccedilatildeo das ligaccedilotildees sociais originadas

pelo desenvolvimento da divisatildeo do trabalho

Parsons (1951) que consagrou a existecircncia de quatro subsistemas interdependentes -

cultural poliacutetico econoacutemico societal - remete cada um deles para quatro tipos de

valores O subsistema cultural manteacutem os modelos valorizados da acccedilatildeo o subsistema

poliacutetico assegura a funccedilatildeo de realizaccedilatildeo das finalidades colectivas o subsistema

societal assegura a funccedilatildeo de integraccedilatildeo social dos indiviacuteduos e o econoacutemico a funccedilatildeo

de adaptaccedilatildeo (controlo exploraccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio ambiente) Satildeo portanto

os sistemas que asseguram a funccedilatildeo de reproduccedilatildeo dos valores

A questatildeo da pertinecircncia dos valores coloca a relaccedilatildeo entre os valores (morais

religiosos poliacuteticos esteacuteticos) e as culturas na proacutepria medida em que existem relaccedilotildees

entre as formas de vida ou as visotildees do mundo e o quadro de valores que as orientam

Haacute uma multiplicidade de valores variando estes conforme as sociedades e as

culturas e tambeacutem conforme as eacutepocas histoacutericas por isso se fala da relatividade

histoacuterica dos valores Ora a pluralidade dos valores eacute acompanhada tambeacutem da

existecircncia de sistemas de valores relativamente abertos Novos valores podem sempre

vir a integrar um sistema (moral poliacutetico cultural ou religioso) desde que seja

assegurada uma coerecircncia miacutenima entre os valores de um mesmo sistema Com efeito

uma cultura de valores democraacuteticos por exemplo eacute incompatiacutevel com o autoritarismo

e o totalitarismo como uma cultura que reconhece o valor da infacircncia e os direitos da

crianccedila eacute incompatiacutevel com a exploraccedilatildeo da crianccedila

Poreacutem sistemas de valores diferenciados podem coexistir numa mesma sociedade

valores de grupos poliacuteticos diferentes de etnias diversas de comunidades religiosas

diferentes valores hedonistas que se opotildeem aos valores do trabalho e da eficaacutecia os

valores da poupanccedila e do patrimoacutenio em oposiccedilatildeo ao consumismo desenfreado os

Dossier temaacutetico sobre Valores 2464

valores do ser e da pessoa em oposiccedilatildeo aos valores do ter e do poder financeiro etc

Esta diversidade de valores pode provocar conflitos cuja resposta poderaacute implicar que

uma hierarquia de pertinecircncias seja estabelecida Com efeito existem conflitos de

valores no seio da famiacutelia (entre as geraccedilotildees por exemplo) nas empresas (entre a

eficaacutecia econoacutemica o lucro o melhoramento das condiccedilotildees de trabalho o serviccedilo agrave

comunidade etc) ao niacutevel das argumentaccedilotildees de valores num

tribunal ou nos debates puacuteblicos sobre processos judiciais (o respeito devido agraves viacutetimas

e o direito do culpado agrave sua defesa por exemplo) conflitos entre o valor da famiacutelia e a

obrigaccedilatildeo do trabalho (conflito que se potildee muitas vezes agraves matildees que trabalham fora

de casa e tecircm filhos pequenos) etc

Para aleacutem dos aspectos ligados agrave pluralidade dos valores assistimos hoje nas

sociedades democraacuteticas contemporacircneas a uma evoluccedilatildeo dos sistemas de valores e a

uma alteraccedilatildeo da sua hierarquia de pertinecircncia expressas na importacircncia crescente dos

novos valores ligados agrave ecologia agrave defesa do meio ambiente e ao novo conceito de

desenvolvimento sustentado dos valores da solidariedade da cidadania e da

toleracircncia que orientam hoje um novo tipo de acccedilatildeo colectiva (exercido em termos de

voluntariado eou por Organizaccedilotildees Natildeo-Governamentais (ONG) como os meacutedicos

sem fronteiras as associaccedilotildees de protecccedilatildeo e defesa das crianccedilas e das mulheres

viacutetimas de maus tratos as associaccedilotildees de defesa das minorias do consumidor de

assistecircncia aos doentes com sida etc) assim como se assiste a uma evoluccedilatildeo dos

valores ligados agrave mundializaccedilatildeo que orientam instituiccedilotildees e convenccedilotildees internacionais

Pertinecircncia de valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-07]

Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$pertinencia-de-valoresgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 2564

DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E

SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA

Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os

valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute

quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os

valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi

publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio

quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o

egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que

promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de

etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo

excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores

da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo

lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais

entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos

professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas

desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os

docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila

Foto Pintura de Salvador Dali

In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml

Dossier temaacutetico sobre Valores 2664

A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA

Adolfo S Suaacuterez

Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso

de Teologia do Unasp

Centro Universitaacuterio Adventista

Campus Engenheiro Coelho (SP)

adolfosuarezunaspedubr

Introduccedilatildeo

1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores

11 Definiccedilotildees

12 Modelos de valores em sala de aula

121 Valores absolutos

122 Valores relativos

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

13 Classificaccedilatildeo de valores

14 Conclusatildeo parcial

2 Valores que devem ser ensinados

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

23 Conclusatildeo parcial

3 A transmissatildeo de valores

31 Como se aprendem os valores

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

33 A idade e o ensino de valores

34 Conclusatildeo parcial

Consideraccedilotildees finais

Referecircncias bibliograacuteficas

Dossier temaacutetico sobre Valores 2764

Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo

Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde

Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula

The issue of values in the classroom

Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary

Education based on a Christian pedagogical practice

Keywords values christian education classroom

Dossier temaacutetico sobre Valores 2864

INTRODUCcedilAtildeO

Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS

2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da

experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e

cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e

espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)

Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas

fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade

promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a

inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)

No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de

estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das

faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)

Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo

meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo

quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e

aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)

Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido

vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo

no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar

desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de

professores ldquoconteudistasrdquo

Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser

mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno

porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de

apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa

formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores

Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-

se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo

da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados

Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores

1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES

1 1 Definiccedilotildees

Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade

humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua

conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja

valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)

independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de

caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)

Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo

Dossier temaacutetico sobre Valores 2964

Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao

satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa

qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto

deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo

racional humano (2001 p 44)

No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS

pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores

significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno

seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais

lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que

promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os

princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o

seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o

respeito e a cooperaccedilatildeo

Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante

descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade

(1997 p 79)

12 Modelos de valores em sala de aula

Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores

Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)

121 Valores absolutos

Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e

normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma

autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos

indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave

medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo

previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios

mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo

O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para

conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de

que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3064

122 Valores relativos

Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute

baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da

verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio

mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela

praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia

pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc

A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o

que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de

tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no

momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros

possam pensar

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3164

Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o

trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua

autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e

normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam

orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os

valores

Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que

determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura

que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a

escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se

oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem

possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo

Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de

determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes

puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para

todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar

os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns

13 Classificaccedilatildeo de valores

Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da

seguinte maneira numa escala ascendente

(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc

(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc

(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc

(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc

(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc

(f) Valores religiosos sagrado profano etc

De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em

Dossier temaacutetico sobre Valores 3264

(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam

rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar

(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute

dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel

satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para

Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos

sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos

gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e

prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos

(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)

(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo

pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real

exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato

boa-feacutemaacute-feacute etc)

(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)

(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia

autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da

vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees

pessoais etc

(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano

14 Conclusatildeo parcial

Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do

comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta

particular

Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta

temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e

autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em

valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos

A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados

educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados

2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados

Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio

de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados

ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA

chama de mandamentos satildeo os seguintes

Dossier temaacutetico sobre Valores 3364

(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o

bem

(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica

Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila

(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso

caraacuteter

(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio

entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato

(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)

(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado

(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a

ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia

com a sabedoria

(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em

noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional

(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser

motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas

uacuteteis ou prazeres

(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem

cair no narcisismo) e o amor pelos outros

(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos

felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com

tudo e todos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3464

O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro

Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz

que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas

geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho

humildade sabedoria respeito e solidariedade

Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de

Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os

seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da

atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo

mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom

humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto

valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante

da TV liberdade e obediecircncia

Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da

temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila

coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e

harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico

compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees

Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro

primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de

Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e

transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade

Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto

que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia

integridade equiliacutebrio e pessoalidade

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-

aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito

famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem

apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de

eternidade

Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as

Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino

Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo

Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais

importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram

escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam

agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo

Dossier temaacutetico sobre Valores 3564

Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia

(accedilatildeo) Perdatildeo

Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia

(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo

Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia

(pensamento) Previsatildeo

Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave

famiacutelia Individualidade Propoacutesito

Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade

Dossier temaacutetico sobre Valores 3664

Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza

Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade

Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo

proacutepria

Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo

Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo

Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo

Abertura Entusiasmo Interesse Respeito

Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio

Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade

Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia

Auto-motivaccedilatildeo para

desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede

Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade

Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila

Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade

Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade

eacutetica

Carinho Flexibilidade no juiacutezo

moral Meditaccedilatildeo

Sentido de

comunidade

Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo

Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia

Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade

Compreensatildeo da

verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade

Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento

Consciecircncia dos

assuntos morais e

religiosos

Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato

Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila

Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura

Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia

Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade

Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade

Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo

pessoal

Cortesia Humor Patriotismo Veracidade

Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude

Cumprimento dos

deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva

23 Conclusatildeo parcial

Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis

cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a

sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula

um importante ofiacutecio para todo educador

3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES

Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos

numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a

quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais

envolvidos em todo esse processo

Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente

pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir

em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3764

31 Como se aprendem os valores

Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que

demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras

(MARQUES 2001 p 44)

(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados

(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica

em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto

(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os

valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade

assimilamos a honestidade

(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos

loacutegicos e discursivos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3864

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o

factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)

O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da

crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor

da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para

exemplificaacute-la etc

Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores

demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a

veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel

relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o

relacionamento proacuteximo

O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido

consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso

exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa

situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e

sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre

sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar

dinheiro Por quecircrdquo

33 A idade e o ensino de valores

De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos

de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo

das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo

tem muita influecircncia

Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia

moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees

dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila

obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque

isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal

Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem

desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido

sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos

actos

34Conclusatildeo parcial

Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses

valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos

rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis

de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado

de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)

chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)

Dossier temaacutetico sobre Valores 3964

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que

determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que

a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos

e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores

podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e

religiosos

Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam

conviver bem consigo mesmos e com a sociedade

Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o

ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional

e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa

Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo

desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na

transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe

um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a

educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual

entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde

Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de

motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe

uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores

Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente

Precisamos educar o estudante plenamente

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed

Petroacutepolis RJ Vozes 2000

BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais

Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997

BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales

Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997

Dossier temaacutetico sobre Valores 4064

CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003

CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a

Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas

Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b

LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo

Paulo Vida 2001

MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000

MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001

PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991

SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995

YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de

Moraes Porto Alegre Artmed 2002

Dossier temaacutetico sobre Valores 4164

O PODER DOS CONTOS INFANTIS

Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada

Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e

agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre

Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em

geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo

deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o

fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma

contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado

Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo

dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de

uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de

exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura

racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar

Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do

qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do

abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip

Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam

sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a

cobardia

O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o

estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso

encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e

prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e

vencer o mal

Dossier temaacutetico sobre Valores 4264

Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique

completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o

sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes

sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo

com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute

mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los

interpretaacute-los e ultrapassaacute-los

Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente

nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se

enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de

forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais

como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel

estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a

questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim

zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila

moral dos contos infantis

Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar

duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a

crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso

sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-

se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada

In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm

Dossier temaacutetico sobre Valores 4364

Dicionaacuterio de Valores

(Infopeacutedia)

afecto

amizade

autodisciplina

civismo

confianccedila

disciplina

honestidade

integridade

integro

justiccedila

lealdade

liberdade

partilha

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

respeito

responsabilidade

responsaacutevel

solidariedade

solidaacuterio

toleracircncia

valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 4464

afecto

afecto n adj sentimento de apego e ()

afecto forma do verbo afectar

afecto

nome masculino

1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo

2 amizade

3 amor

4 carinho

5 inclinaccedilatildeo

adjectivo

1 afeiccediloado dedicado

2 destinado

3 ligado dependente

(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)

amizade

nome feminino

1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia

2 camaradagem companheirismo cumplicidade

3 entendimento compreensatildeo

4 dedicaccedilatildeo bondade

5 pessoa amiga

(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4564

autodisciplina

nome feminino

1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo

2 capacidade de se disciplinar

(De auto-+disciplina)

civismo

nome masculino

1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico

2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas

suas instituiccedilotildees

(Do fr civisme laquoidraquo)

confianccedila

nome feminino

1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor

2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza

3 creacutedito

4 acircnimo

5 popular ousadia atrevimento

6 popular familiaridade

abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo

que se ocupa

dar confianccedila permitir certa familiaridade

ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza

tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade

(Do fr confiance laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4664

disciplina

disciplina n conjunto de regras ou ()

disciplina forma do verbo disciplinar

disciplina

nome feminino

1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou

colectividade

2 observacircncia das regras obediecircncia

3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a

respeitar regras ou conseguir resultados

4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de

um estabelecimento escolar

5 autoridade

6 castigo mortificaccedilatildeo

7 [plural] correias para accediloitar

(Do lat disciplina- laquoidraquo)

honestidade

nome feminino

1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade

probidade

2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade

3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia

(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4764

integridade

nome feminino

1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade

2 qualidade do que eacute iacutentegro

3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade

(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)

integro [integro]

adjectivo

1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO

2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO

justiccedila

justiccedila n virtude moral que inspira ()

justiccedila forma do verbo justiccedilar

justiccedila

nome feminino

1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a

atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade

2 conformidade com o direito estabelecido

3 poder de aplicar as leis poder judicial

4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees

5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do

poder judicial

6 conjunto dos magistrados a magistratura

Dossier temaacutetico sobre Valores 4864

7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda

por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada

na outra

8 popular funcionaacuterios de um tribunal

justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor

das coisas trocadas

justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e

dos encargos consoante a qualidade das pessoas

justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial

justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer

positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus

membros

popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos

com justiccedila de maneira justa e imparcial

dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio

em boa justiccedila segundo o que eacute devido

fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes

(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)

lealdade

nome feminino

qualidade de leal fidelidade sinceridade

(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4964

liberdade

nome feminino

1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua

natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo

livre)

2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo

ou de acccedilatildeo)

3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e

independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de

decisatildeo)

4 livre arbiacutetrio

5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)

6 personificaccedilatildeo das ideias liberais

7 toleracircncia

8 licenccedila autorizaccedilatildeo

9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada

10 figurado franqueza

11 [plural] regalias imunidades

liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas

que se julgarem verdadeiras

liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem

impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela

lei

LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e

sintaacutecticas em poesia

(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5064

partilha

nome feminino

1 acto ou efeito de partilhar

2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa

3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio

4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila

5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente

entre duas ou mais pessoas

(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

nome feminino

1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar

2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo

3 desassossego

4 ideia fixa

5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo

(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)

respeito

respeito n acto ou efeito de ()

respeito forma do verbo respeitar

respeito

nome masculino

1 acto ou efeito de respeitar

2 consideraccedilatildeo apreccedilo

3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo

4 homenagem culto

5 temor receio

Dossier temaacutetico sobre Valores 5164

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 5: Valor Es Final

ENSINAR AS CRIANCcedilAS A BRINCAR APRENDENDO

VALORES E BONS HAacuteBITOS

Enviado por Domingo Maio 16 143440 CEST por Amaral

Em laquoVamos Jogarraquo o pediatra Eduard Estivill e a escritora Yolanda Saacuteenz de Tejada

ajudam-no a fazer dos filhos laquomelhores pessoasraquo No livro agora publicado em

Portugal divulgam-se actividades didaacutecticas entre pais e filhos para ensinar valores e

bons haacutebitos agraves crianccedilas Leia a seguir a entrevista concedida a um jornal portuguecircs

Eduard Estivill e Yolanda Tejada assinam uma obra agrave qual emprestam distintas

sensibilidades e largas doses de bom senso Publicamos a seguir a entrevista

publicada no DESTAK

- Os filhos de hoje tecircm piores haacutebitos que os do passado E os pais

Eduard Estivill O ritmo de vida actual a entrada da mulher no mundo laboral e a

diminuiccedilatildeo do nuacutemero de irmatildeos por famiacutelia condicionaram a superprotecccedilatildeo dos

filhos sobretudo nos haacutebitos essenciais sono alimentaccedilatildeo higiene comunicaccedilatildeo Os

pais do passado natildeo eram melhores que os de hoje que simplesmente tecircm menos

tempo mas preocupavam-se mais com a educaccedilatildeo

- No prefaacutecio diz ter esperanccedila de laquoaproximar as crianccedilas dos adultos ou ao

contraacuterioraquo Os adultos natildeo devem perder a capacidade de sonhar

Yolanda Tejada Que natildeo percamos a capacidade de surpresa que voltemos a ter a

ilusatildeo por pequenas coisas que voltemos a jogar e a rir muito Uma crianccedila ri mais 80

que um adulto

- As crianccedilas soacute aprendem jogando

Eduard Estivill A educaccedilatildeo eacute um conjunto de haacutebitos e normas sociais necessaacuterios agrave

vida em sociedade Educar as crianccedilas eacute ensinar estas normas que depois faratildeo com

Dossier temaacutetico sobre Valores 564

que a crianccedila seja aceite na sociedade e se sinta mais segura de si mesma e mais feliz O

jogo eacute soacute um veiacuteculo para repetir as normas que queremos incutir de uma forma mais

divertida tanto para a crianccedila como para os pais

- A coerecircncia e a paciecircncia satildeo os pilares da educaccedilatildeo mas satildeo difiacuteceis de manter

Eduard Estivill Totalmente certo Eacute difiacutecil manter a paciecircncia e a coerecircncia Por isso

recomendamos jogos para alcanccedilar estes objectivos Estes jogos foram testados por

pais pedagogos educadores e professores Isso justifica os 80 mil exemplares do livro

vendidos em Espanha e a ediccedilatildeo do livro em Itaacutelia Brasil e Portugal

- Como se deve contornar a falta de tempo dos pais

Eduard Estivill Entendendo que o importante natildeo eacute a quantidade mas sim a

qualidade Eacute muito melhor brincar com a crianccedila durante meia hora antes do jantar do

que duas horas a ver televisatildeo depois de jantar

- Qual eacute o haacutebito - comunicaccedilatildeo leitura sono comida conduta higiene - que falta

mais agraves crianccedilas actuais

Yolanda Tejada Natildeo depende das crianccedilas mas sim dos adultos Para cada adulto a

importacircncia de cada haacutebito natildeo eacute igual Se para mim natildeo for importante que o meu

filho coma verduras natildeo sentirei a falta desse haacutebito Mas o haacutebito que mais

descuramos regra geral eacute o da comunicaccedilatildeo

Sobre o livro

O objectivo do livro laquoVamos Jogarraquo eacute laquofornecer uma seacuterie de conceitos apresentados

na forma de jogos para que os pais possam inculcar melhores haacutebitos nos seus filhosraquo

explica no proacutelogo da obra o co-autor Eduard Estivill

Nesta aventura pedagoacutegica editada em Portugal pela Livros dHoje o pediatra e

neurofisiologista espanhol contou com a experiecircncia maternal da criativa e escritora

Yolanda Saacuteenz de Tejada ligada a projectos de investigaccedilatildeo sobre comportamentos

Dossier temaacutetico sobre Valores 664

infantis

Juntos partindo de conceitos cientiacuteficos comprovados apresentam uma seacuterie de

laquoactividades faacuteceis de executar e que satildeo particularmente vaacutelidas do ponto de vista

educativoraquo Isto tendo por premissa laquoa facilidade das crianccedilas em captar ensinamentos

e copiar os padrotildees de conduta dos adultosraquo Eacute que os petizes natildeo nascem ensinados e

cabe aos progenitores apontar as direcccedilotildees a seguir no sentido de aprenderem a

laquomovimentar-se pela vida com seguranccedila e responsabilidaderaquo

A transmissatildeo de valores o processo de habituaccedilatildeo atraveacutes da repeticcedilatildeo e do bom

exemplo (neste ponto eacute imperiosa a coerecircncia entre a teoria e praacutetica) e ateacute o seu grau

de estoicismo nunca desistindo perante as contrariedades (leia-se berrarias laacutegrimas

ou ataques de nervos) satildeo absolutamente fundamentais nesta foacutermula para se obterem

bons resultados

Ingredientes base

Na receita proposta em laquoVamos Jogarraquo a Emoccedilatildeo e a Planificaccedilatildeo tecircm o mesmo grau

de importacircncia A dupla sugere que os pais devem recuperar a alegria de quando eram

pequenos sendo cada jogo acompanhado de amor e do sorriso que laquotantas vezes

tendemos a esquecerraquo Jaacute em termos de Planificaccedilatildeo laquose criarmos expectativas seraacute

mais faacutecil que as crianccedilas desfrutemraquo como quem tem um objectivo em mente e sente a

inerente satisfaccedilatildeo quando consegue realizaacute-lo

Neste moroso processo eacute certo e sabido que laquonatildeo somos infaliacuteveisraquo laquoOs pais que se

equivocam satildeo mais humanos Se assumirmos que natildeo sabemos algo mas que vamos

tentar encontrar a resposta o nosso filho pensaraacute que tudo tem uma soluccedilatildeo Os nossos

enganos se os admitirmos aproximar-nos-atildeo mais delesraquo afianccedilam Eduard Estivill e

Yolanda Saacuteenz de Tejada

Mais laquopara ensinar eacute preciso ouvirraquo e rever a nossa infacircncia e a tradicional sensaccedilatildeo de

incompreensatildeo dessa fase etaacuteria seraacute uacutetil nesse processo de identificaccedilatildeo com a nossa

prole Por fim os autores recomendam laquoo amor loucoraquo pois que laquoum pouco de carinho

nunca eacute de mais e natildeo haacute que ter quaisquer pudores em demonstraacute-lo publicamente

Dossier temaacutetico sobre Valores 764

Bons haacutebitos

Ao longo de 277 paacuteginas aprendemos que esse acto essencial na vida das crianccedilas que eacute

o Jogo eacute possiacutevel de ser explorado no sentido educativo e meramente recreativo Na

lista de jogos haacute a promessa da aquisiccedilatildeo de bons haacutebitos na Comida de Conduta de

Higiene de Comunicaccedilatildeo de Estudo de Leitura e de Sono

O mesmo seraacute dizer que em jeito de brincadeira se aprende a pocircr a mesa a comer o

pequeno-almoccedilo sozinho a ser pontual agraves refeiccedilotildees a natildeo ter ciuacutemes a ser altruiacutesta a

valorizar a praacutetica desportiva a tomar banho sozinho a gerir o tempo a escolher a

roupa para vestir a perder o medo do meacutedico a natildeo ter vergonha a dar valor agrave

famiacutelia a gostar de estudar a treinar a memoacuteria a explorar o talento artiacutestico ou a

adormecer sozinho Tudo porque como disse um dia Allan Bloom laquoa educaccedilatildeo eacute o

movimento da obscuridade em direcccedilatildeo agrave luzraquo

Vera Valadas Ferreira | DESTAK

19 | 04 | 2010

In wwwfersapptfersapmodulesphpname=Newsampfile=articleampsid=844

Dossier temaacutetico sobre Valores 864

OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS

VALORES

Justiccedila igualdade toleracircnciahellip Satildeo palavras que cada dia mais se escutam nas escolas

A ldquoEducaccedilatildeo nos Valoresrdquo jaacute estaacute presente no curriculum escolar mas isso natildeo eacute

suficiente Ficar no niacutevel teoacuterico natildeo serve de nada E na praacutetica esquecemos

frequentemente que palavras tatildeo grandiosas como ldquoEmpatiardquo ou ldquoRespeitordquo se

traduzem em premissas tatildeo singelas como ldquonatildeo atirar papeacuteis para o chatildeordquo ldquoceder o

assento a quem mais o necessiterdquo ou ldquoabrir a porta a quem vai carregadordquo

Que a ldquoEducaccedilatildeo nos Valoresrdquo tenha chegado agraves escolas eacute um passo que realmente

devemos celebrar Saber ser pessoa eacute mais importante do que saber resolver integrais

ou saber em que ano comeccedilou a Revoluccedilatildeo Francesa Entretanto enquanto que a

instruccedilatildeo e formaccedilatildeo intelectual eacute um objectivo a conseguir primordialmente atraveacutes

da escola a educaccedilatildeo e desenvolvimento pessoal eacute-o atraveacutes da famiacutelia

Nunca devemos esquecer que o lar eacute o autecircntico formador de pessoas As crianccedilas

aprendem continuamente atraveacutes dos seus pais natildeo soacute o que estes lhes contam mas

tambeacutem sobretudo pelo que vecircem neles como actuam como respondem perante os

problemas Em definitivo as crianccedilas observam e copiam o proceder dos seus pais

perante a vida A autecircntica educaccedilatildeo nos valores transmite-se passa dos pais para os

seus filhos desde o dia do nascimento ateacute ao final da vida Natildeo obstante tem uma

importacircncia relevante durante os primeiros anos Ateacute aos seis ou sete anos de idade as

crianccedilas possuem uma moral denominada ldquoheteroacutenimardquo ou seja a sua motivaccedilatildeo para

fazer as coisas de uma maneira ou de outra eacute corresponder ao que o papaacute e a mamatilde

desejariam o que dizem os pais satildeo ldquoverdades absolutasrdquo Conforme crescem vatildeo

compreendendo melhor por que eacute importante actuar de certa forma e natildeo de outras

mas seguem sempre guiando-se pelo que vecircem em casa especialmente ateacute aos doze

anos Daiacuteiacute a tremenda importacircncia de educar as crianccedilas atraveacutes do exemplo para

desenvolver uma educaccedilatildeo ciacutevica

Dossier temaacutetico sobre Valores 964

Faz o que eu faccedilo

Todos temos na mente uma ideia de como gostariacuteamos que fosse a sociedade em que

mundo queremos que vivam os nossos filhos um sitio limpo em que as pessoas se

ajudem e respeitem onde todos tenhamos os mesmos direitoshellip Depois saiacutemos agrave rua

pensando no trabalho nas compras na ortodoncia do menino e esquecemo-nos de

todos esses bons propoacutesitos De repente queremos ser os primeiros a sair do metro

incomoda-nos o carro que torna lenta a circulaccedilatildeo esquecemo-nos de dar os bons dias

ao porteirohellip e assim dia apoacutes dia diante o olhar sempre atento das crianccedilas que jaacute se

sabe absorvem tudo como esponjas

Jaacute comentaacutemos que ateacute os doze anos aproximadamente o lar eacute a principal fonte de

valores direitos e deveres da crianccedila Agora tambeacutem teraacute que se dizer que haacute coisas

que dificilmente se aprendem mais tarde Se em pequenos natildeo nos acostumamos a

guardar o pacote no bolso quando natildeo haacute um cesto de papeacuteis agrave matildeo a natildeo pocircr a

muacutesica muito alta para natildeo incomodar o vizinho a dizer obrigado quando nos fazem

um favor ou a natildeo insultar os que satildeo diferentes seraacute mais complicado aprendecirc-lo

mais tarde Porque o civismo o respeito a honestidade e todos os valores humanos satildeo

em grande medida haacutebitos rotinas que aprendemos em famiacutelia de forma inconsciente

e que mais adiante chegamos a valorizar com a reflexatildeo que permite a maturidade

Por isso a melhor forma de transmitir valores de aprender a viver em sociedade eacute natildeo

aplicar jamais a tatildeo popular frase de ldquofaz o que eu digo e natildeo o que eu faccedilordquo Se

quisermos que nossos filhos alcancem essa sociedade tatildeo sonhada devemos comeccedilar

por criaacute-la noacutes mesmos e ldquofazer o que dizemosrdquo

Que ldquohaacutebitos-valoresrdquo fomentar

Decerto que vocecircs mesmos tecircm a resposta Soacute tecircm que pensar que tipo de pessoas

gostariam que fossem os vossos filhos e actuar em consequecircncia Como vimos a

coerecircncia entre as ideias que querem transmitir e a forma como se actua em casa eacute a

chave principal

A maioria das pessoas considera como nobres os mesmos tipos de valores Entretanto

agraves vezes eacute difiacutecil reconhecer em noacutes mesmo onde encaixa a conexatildeo entre ldquocrenccedilasrdquo e

ldquoforma de serrdquo Estes conselhos podem ajudar a reflectir sobre isso

Dossier temaacutetico sobre Valores 1064

Se quiserem que o vossofilho seja uma pessoa razoaacutevel raciocinem com ele desde o

primeiro dia Natildeo utilizem o ldquoporque eu digordquo Logicamente haveraacute muitas ocasiotildees

em que tenham que lhe ordenar as coisas mas sempre podem argumentar o motivo

O respeito onde primeiro se observa eacute entre os pais As decisotildees no casal devem ser

sempre compartilhadas Se discutem faccedilam-no de forma tranquila sem recriminar

Saber viver em sociedade eacute saber aceitar as opiniotildees distintas

Onde mais se fomentam os estereoacutetipos eacute no lar Pensaram alguma vez em coisas como

quem limpa a casa quem troca as lacircmpadas etc Tratem de compartilhar entre voacutes os

distintos papeacuteis

Se se preocuparem com as influecircncias externas pensem que tecircm uma arma muito

importante ao vosso alcance os vossoscomentaacuterios Falem com o vossofilho sobre a

opiniatildeo que merecem as actuaccedilotildees dos outros (tanto no positivo como no negativo)

Isto eacute importante sobretudo contra a influecircncia da televisatildeo

Compreender ajuda a aprender

Os valores transmitem-se atraveacutes do exemplo mas assentam com forccedila graccedilas agrave

compreensatildeo de que satildeo necessaacuterios Como podemos ajudar uma crianccedila pequena a

perceber esta importacircncia Uma boa maneira eacute aplicar a foacutermula de ldquofaz pelos outros o

que gostarias que fizessem por ti e natildeo lhes faccedilas o que natildeo gostarias que te fizessemrdquo

Por outras palavras colocar as crianccedilas na hipoacutetese de serem eles os protagonistas de

certas atitudes Eacute muito mais eficaz para que o vossofilho a entenda dizer-lhe

ldquoGostarias que se rissem de ti porque usas oacuteculos como te sentiriasrdquo do que lhe dizer

simplesmente ldquoNatildeo deves rir do Joatildeo por ter aparelho nos dentesrdquo

(Esther Garciacutea Schmah Pedagoga wwwsolohijoscom wwwmujernuevaorg)

In httpfamiliaaaldeianetos-habitos-familiares-e-a-transmissao-dos-valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 1164

VALORES NA FAMIacuteLIA

Quando os valores prioritaacuterios satildeo os valores ou bens materiais como ocorre em

amplos sectores da sociedade actual ou quando os valores se confundem com os

desejos ou as apetecircncias de um ser humano como tambeacutem acontece a descoberta de

verdadeiros valores humanos tem uma grande importacircncia para a motivaccedilatildeo da

vontade humana Porquecirc Porque a motivaccedilatildeo humana remete sempre para valores

humanos verdadeiros materiais e espirituais ndash sempre que os primeiros sirvam os

segundos e natildeo ao contraacuterio

A descoberta e valores corresponde aos imateriais aos do espiacuterito aos que fazem

referecircncia agrave verdade (valores intelectuais) ao bem (valores morais) e agrave beleza (valores

esteacuteticos) Satildeo trecircs tipos de valores estreitamente relacionados entre si porque verdade

bem e beleza satildeo os termos inseparaacuteveis de um trinoacutemio (Se algueacutem tentasse separaacute-

los encontrar-se-ia com uma verdade maacute e feia com um bem feio e falso com uma

beleza falsa e maacute)

Como descobrir estes valores Cada qual deve tomar a iniciativa de os procurar porque

lhe satildeo muito importantes satildeo os elementos que aperfeiccediloam o proacuteprio ser mediante

eles um indiviacuteduo pode acabar por ser chegar a ser aquilo que eacute pessoa ser mais e

melhor pessoa

Mas nem sempre que se procuram se encontram Tambeacutem eacute verdade que agraves vezes

emergem de repente no nosso horizonte existencial inclusivamente apesar da nossa

resistecircncia (hellip) Um dia qualquer uma vida rotineira e talvez sem relevo pode sentir-

se sacudida ndash e ateacute invadida ndash pela descoberta de um novo valor que a transforma

(Polaino e Carrentildeo l992 p 75)

Haacute algum acircmbito onde a descoberta de valores seja menos difiacutecil ou mais provaacutevel

Em primeiro lugar o acircmbito vital da famiacutelia Se os pais optaram por certos valores e se

comprometeram com eles cada filho que vem ao mundo natildeo tem de desenvolver a

tarefa hercuacutelea e problemaacutetica de tratar de descobrir por que valores vale a pena

arriscar a vida (ibidem)

Dossier temaacutetico sobre Valores 1264

Nem sempre acontece assim Optar por certos valores significa escolher entre os

melhores aqueles que mais convenham numa famiacutelia concreta com as suas

circunstacircncias actuais para o desenvolvimento pessoal de cada membro e para a

melhoria familiar Logicamente seratildeo prioritaacuterios os valores humanos mais cultivados

por ambos os cocircnjuges

Comprometer-se com uns valores e organizar a vida familiar em funccedilatildeo deles supotildee tecirc-

los interiorizado profundamente Soacute assim seratildeo capazes de os pocircr de moda na sua

famiacutelia sendo eles proacuteprios para os seus filhos portadores de valores

Esses valores vividos pelos pais com naturalidade e com graccedila com bom humor

sabendo sorrir habitualmente seratildeo atractivos para os filhos e contagiosos A famiacutelia

sob esta perspectiva aparece-nos como um museu vivo de valores E natildeo porque os

pais pendurem os valores nas paredes como se se tratasse de um quadro que

passivamente se deve admirar Os valores familiares constituem pelo contraacuterio um

dado irrefutaacutevel quase com cunho testemunhal que vai unido ao comportamento

diaacuterio dos pais (ibidem p 76) E tambeacutem estaratildeo presentes estes valores na conduta

dos filhos quando os pais aleacutem de os viverem e de os fomentarem promovem e

mantecircm vigentes algumas normas e costumes familiares que mostram a presenccedila viva

destes valores preferenciais

Os valores familiares ndash em famiacutelias cristatildes natildeo satildeo soacute valores naturais mas tambeacutem

valores sobrenaturais ndash nenhuma crianccedila inicialmente os questiona Mais tarde sim

porque na medida em que cresce emerge e amadurece a sua liberdade pessoal haacute-de

comprometer-se tambeacutem nas escolhas que faz e que obviamente satildeo sempre muito

pessoais(hellip) Precisamente por isso os pais tecircm de preparar essa fase de referecircncia ndash

atraveacutes do seu comportamento ndash que lhe sirva de orientaccedilatildeo (ibidem)

Isto seraacute tanto menos difiacutecil para os pais quanto mais cedo faccedilam da sua famiacutelia um

museu vivo de valores quando os filhos satildeo ainda muito pequenos

Seraacute menos difiacutecil tambeacutem a sua adolescecircncia quando o quadro de referecircncia e um

miacutenimo de normas e costumes tenham sido parte importante do seu ambiente familiar

acolhedor desde a primeira infacircncia

Dossier temaacutetico sobre Valores 1364

Deste modo quando o filho adolescente ou o filho jovem daacute prioridade a alguns

valores como fundamento para apoiar a sua vida tem jaacute como em depoacutesito uns

valores que anteriormente assumiu e integrou quase sem dar por isso contagiados ou

emprestados pelos seus pais

Estes valores familiares descobertos na convivecircncia do lar paterno nas relaccedilotildees diaacuterias

de pais e filhos de irmatildeos de diferentes idades traduzem-se ndash como efeito de

descoberta ndash em motivos Em consequecircncia a conduta de cada filho estaraacute motivada

desde o principio a sua vontade estaraacute motivada

Penso por contraste em tantos filhos desmotivados antes e durante a sua adolescecircncia

quando os primeiros responsaacuteveis da famiacutelia natildeo se propuseram ou natildeo souberam

criar este a ambiente familiar cimentado na sinceridade na generosidade na lealdade

na laboriosidade no optimismo na compreensatildeo exigente no respeito confiado na

disponibilidade na gratidatildeo na amizade e noutros valores humanos

Oliveros Otero

In httpfamiliaaaldeianetvalores-na-familia

Dossier temaacutetico sobre Valores 1464

O CONTO NA VIDA DA CRIANCcedilA

A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais

refinadas como A Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos

limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros

Perde-se no tempo a origem e importacircncia do conto na educaccedilatildeo da crianccedila Quantas

vezes pais e educadores a braccedilos com a explicaccedilatildeo de algo mais complexo aos nossos

filhos nos socorremos de uma histoacuteria que simplifique a nossa tarefa por um lado e

por outro facilite a compreensatildeo por parte da crianccedila daquilo que verdadeiramente lhe

queremos transmitir

Passar valores agrave crianccedila eacute algo complexo Esta missatildeo implica normalmente conceitos

que fazem apelo a abstracccedilotildees competecircncias impossiacuteveis de usar pela crianccedila nas

etapas mais precoces do desenvolvimento As histoacuterias satildeo por isso um meio

facilitador de resolver algumas das questotildees que esta tarefa nos coloca Se por um

lado divertem as crianccedilas espicaccedilam a sua curiosidade promovem competecircncias

cognitivas e de oralidade activam a magia por outro satildeo tambeacutem a forma de

concretizarmos alguns dos valores que consideramos aceitaacuteveis e oportunos transmitir

agrave crianccedila

De cada histoacuteria cada crianccedila retiraraacute aquilo que lhe fizer mais sentido em funccedilatildeo das

suas vivecircncias e das suas caracteriacutesticas desenvolvimentais Com a mesma histoacuteria

podemos transmitir um sem-nuacutemero de ensinamentos isso depende em primeira

instacircncia do objectivo de quem a usa e da proacutepria crianccedila

A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais

refinadas como a Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos

limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros

A Menina do Mar eacute uma histoacuteria porventura difiacutecil de entender antes da idade

escolar Para aleacutem da beleza literaacuteria pode permitir-nos transmitir valores ecoloacutegicos

respeito pela Natureza nomeadamente pelas coisas do mar curiosidade na descoberta

e contemplaccedilatildeo do mar e do que ele conteacutem Aleacutem disso e voltando a um dos valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 1564

inerentes a quase todas as histoacuterias - a relaccedilatildeo com os outros - A Menina do Mar

proporciona uma excelente oportunidade de ensinar a crianccedila a respeitar e a aceitar as

diferenccedilas e ainda a importacircncia de fazer amigos

Nas histoacuterias tal como na vida por vezes tambeacutem haacute situaccedilotildees desconcertantes e ainda

bem que as histoacuterias contemplam estas situaccedilotildees Satildeo uma oacuteptima oportunidade para a

crianccedila se organizar e aprender a lidar com os medos os obstaacuteculos e frustraccedilotildees com

que se iraacute confrontar ao longo da vida Eacute importante que o crescimento se faccedila ainda

que ao niacutevel do imaginaacuterio e simboacutelico assente em valores reais

In O conto na vida da crianccedila In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-

06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$o-conto-na-vida-da-criancagt

Dossier temaacutetico sobre Valores 1664

VALORES

Os valores correspondem a maneiras de ser ou de agir reconhecidas como desejaacuteveis

Genericamente pode dizer-se que natildeo eacute possiacutevel a existecircncia de um grupo humano

sem que tenham sido definidos impliacutecita ou explicitamente os seus valores A

expressatildeo escrita e oral os siacutembolos os objectos satildeo meios de que os indiviacuteduos e os

grupos dispotildeem para aceder aos valores

Tecircm sido objecto de estudo em Sociologia questotildees como a do modo como evoluem os

valores o modo como os valores satildeo vividos pelos indiviacuteduos e pelos grupos e a

possibilidade ou impossibilidade de se falar em sociedades globais

No estrutural-funcionalismo de T Parsons os valores partilhados interiorizados satildeo

vistos como desempenhando um papel decisivo na integraccedilatildeo social em qualquer

sociedade Os criacuteticos deste ponto de vista defendem que a integraccedilatildeo social natildeo

depende num grau tatildeo absoluto da partilha de valores Argumenta-se que os valores

podem ser aceites por motivos pragmaacuteticos mais do que normativos e que as

estruturas sociais podem impor-se para aleacutem da interiorizaccedilatildeo dos valores Sobretudo

a maioria dos socioacutelogos reconhece actualmente que uma sociedade pode existir

mesmo que seja atravessada por divergecircncias a niacutevel dos valores

Valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-06] Disponiacutevel na

www ltURL httpwwwinfopediapt$valoresgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 1764

CRISE DOS VALORES TRADICIONAIS

Em pleno seacuteculo XXI quase toda a sociedade considera que existe uma crise de valores

ou pelo menos a falecircncia dos tradicionais Mas desde sempre esta consciecircncia de crise

de valores existiu numa perspectiva geograacutefica mais restrita e sem as dimensotildees de

generalizaccedilatildeo como sucede hoje A globalizaccedilatildeo econoacutemica e o neoliberalismo o

individualismo e o relativismo a par do progresso tecnoloacutegico aceleraram a toma de

consciecircncia de crise de valores por parte da populaccedilatildeo Por um lado esbateram-se ou jaacute

natildeo existem mesmo criteacuterios seguros para distinccedilatildeo do bem e do mal do justo e do

injusto entre outras categorias morais e pessoais imperando pois a subjectividade e o

relativismo Radicalmente alguns vatildeo mais longe e afirmam mesmo que jaacute natildeo existem

sequer valores tudo eacute circunstancial O que era antes intemporal e inalteraacutevel eacute agora

volaacutetil ou inconsistente passando-se do relativismo agrave descrenccedila niilista absoluta

As principais causas para a crise de valores satildeo

- a desvalorizaccedilatildeo da tradiccedilatildeo quer atraveacutes do marxismo que tudo subjuga agrave histoacuteria e

ao plano social desvalorizando os valores antigos da burguesia dos opressores que

substitui pelos do povo trabalhador quer atraveacutes de Nietzsche e a sua negaccedilatildeo dos

valores absolutos ou mesmo com Freud que tornou os valores morais como produto

de mecanismos mentais repressivos

- a crise na instituiccedilatildeo familiar das suas relaccedilotildees do proacuteprio modelo de famiacutelia

primeira fonte de transmissatildeo de valores O aumento de divoacutercios separaccedilotildees

violecircncia domeacutestica pressotildees econoacutemicas e stress social das famiacutelias podem prejudicar

tambeacutem a transmissatildeo de valores seguros aos filhos

- modificaccedilotildees de ordem material nos aspectos tecnoloacutegico e cientiacutefico e as sucessivas

mutaccedilotildees econoacutemicas podem conduzir ao distanciamento cada vez maior da sociedade

moderna face aos valores tradicionais

- menor peso dos bons costumes e da cultura popular na sociedade moderna visiacutevel na

descrenccedila nos valores absolutos e na moral social substituiacuteda pela moral autoacutenoma e

pelo relativismo

A sociedade hoje em dia tornou-se mais aberta e plural mais intercultural assumindo

melhor as diferenccedilas mas tambeacutem tornando-se mais insegura violenta tendendo para

a repressatildeo e ateacute para um individualismo egoiacutesta e esvaziado de valores de relaccedilotildees

Dossier temaacutetico sobre Valores 1864

interpessoais Para muitos analistas natildeo existe crise antes abertura para outros a

maior crise eacute a incapacidade humana de enfrentar o problema da crise de valores pois

subsiste a ideia de que nas democracias natildeo haacute valores impessoais ou suprapessoais

parecendo que cada um escolhe os seus Alguns autores sugerem que a crise natildeo seraacute

apenas de valores mas tambeacutem de referecircncias estaacuteveis e soacutelidas

Crise dos Valores Tradicionais In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-

06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$crise-dos-valores-tradicionaisgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 1964

O QUE SAtildeO VALORES

O QUE DISTINGUE UM FACTO DE UM VALOR

PESQUISA

O homem vive toma partido crecirc numa multiplicidade de valores hierarquiza-os e daacute

assim sentido agrave sua existecircncia mediante opccedilotildees que ultrapassam incessantemente as

fronteiras do seu conhecimento efectivo No homem que pensa esta questatildeo soacute pode

ser raciocinada no sentido em que para fazer a siacutentese entre aquilo que ele crecirc e

aquilo que ele sabe ele soacute pode utilizar uma reflexatildeo quer prolongando o saber quer

opondo-se a ele num esforccedilo criacutetico para determinar as suas fronteiras actuais e

legitimar a hierarquizaccedilatildeo dos valores que o ultrapassam Esta siacutentese raciocinada

entre as crenccedilas quaisquer que elas sejam e as condiccedilotildees do saber constituiacute aquilo que

noacutes chamamos uma sabedoria e eacute este que nos parece ser o objecto da filosofia

Jean Piaget Sageza e Ilusatildeo da Filosofia

Dossier temaacutetico sobre Valores 2064

SIacuteNTESE

1 Valores

1 Quando decidimos fazer algo estamos a realizar uma escolha Manifestamos certas

preferecircncias por umas coisas em vez de outras Evocamos entatildeo certos motivos para

justificar as nossas decisotildees

2 Factos e valores

Todos estes motivos podem ser apoiados em factos mas tecircm sempre impliacutecitos certos

valores que justificam ou legitimam as nossas preferecircncias

Exemplo O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi o dia mais importante

da semana era um domingo

Facto O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi efectivamente um

domingo

Valor impliacutecito O domingo como o dia mais importante entre os

dias da semana

3Facto

Um facto eacute algo que algo que pode ser comprovado sobre o qual podemos dizer que a

afirmaccedilatildeo eacute verdadeira ou falsa Os factos satildeo igualmente susceptiacuteveis de gerarem

consensos universais

4 Valor

Podemos definir os valorespartindo das vaacuterias dimensotildees em que usamos

a) os valores satildeo criteacuterios segundo os quais valorizamos ou desvalorizamos as

coisas

Dossier temaacutetico sobre Valores 2164

b) Os valores satildeo as razotildees que justificam ou motivam as nossas acccedilotildees tornando-

as preferiacuteveis a outras

Os valores reportam-se em geral sempre a acccedilotildees justificam-nas

Exemplo Participar numa manifestaccedilatildeo a favor do povo timorensepode significar que

atribuiacutemos agrave Solidariedade uma enorme importacircncia A solidariedade eacute neste caso o

valor que justifica ou explica a nossa acccedilatildeo

Ao contraacuterio dos factos os valores apenas implicam a adesatildeo de grupos restritos Nem

todos possuiacutemos os mesmos valores nem valorizamos as coisas da mesma forma

5 Tipos de valores

Os valores natildeo satildeo coisas nem simples ideias que adquirimos mas conceitos que

traduzem as nossas preferecircncias Existe uma enorme diversidade de valores podemos

agrupaacute-los quanto agrave sua natureza da seguinte forma

Valores eacuteticos os que se referem agraves normas ou criteacuterios de conduta que afectam todas

as aacutereas da nossa actividade Exemplos Solidariedade Honestidade Verdade

Lealdade Bondade Altruiacutesmo

Valores esteacuteticos os valores de expressatildeo Exemplo Harmonia Belo Feio Sublime

Traacutegico

Valores religiosos os que dizem respeito agrave relaccedilatildeo do homem com a transcendecircncia

Exemplos Sagrado Pureza Santidade Perfeiccedilatildeo

Valores poliacuteticos Justiccedila Igualdade Imparcialidade Cidadania Liberdade

Valores vitais Sauacutede Forccedila

6 Hierarquizaccedilatildeo dos Valores

Natildeo atribuiacutemos a todos os nossos valores a mesma importacircncia Na hora de tomar

uma decisatildeo cada um de noacutes hierarquiza os valores de forma muito diversa A

Dossier temaacutetico sobre Valores 2264

hierarquizaccedilatildeo eacute a propriedade que tem os valores de se subordinarem uns aos outros

isto eacute de serem uns mais valiosos que outros As razotildees porque o fazemos satildeo

muacuteltiplas

Exemplo

A maioria da populaccedilatildeo mundial continua a passar graves carecircncias alimentares

Todos os anos morrem milhotildees de pessoas por subnutriccedilatildeo Natildeo eacute de querer que

hierarquia dos seus valores destas pessoas a satisfaccedilatildeo das suas necessidades

bioloacutegicas natildeo esteja logo em primeiro lugar

7 Polaridade dos Valores

Os nossos valores tendem a organizar-se em termos de oposiccedilotildees ou polaridades

Preferimos e opomos a Verdade agrave Mentira a Justiccedila agrave Injusticcedila o Bem ao Mal a beleza

agrave fealdade a genorosidade agrave mesquinhecircs A palavra valor costuma apenas ser aplicada

num sentido positivo Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de

estima positiva ou negativamente Valor eacute tanto o Bem como o Mal o Justo como

Injusto

Carlos Fontes

In httpafilosofianosapopt10valoreshtm~

Dossier temaacutetico sobre Valores 2364

PERTINEcircNCIA DE VALORES

Durkheim considerava que os valores miacuteticos e religiosos que funcionaram como

crenccedilas nas sociedades tradicionais serviram para exercer o controlo e a coesatildeo sociais

e para inspirar as avaliaccedilotildees e as motivaccedilotildees das pessoas Eacute assim que nas sociedades

tradicionais de solidariedade mecacircnica os indiviacuteduos estatildeo integrados por valores

comuns que se lhes impotildeem garantindo a coesatildeo social Jaacute nas sociedades modernas

de solidariedade orgacircnica verifica-se segundo Durkheim uma erosatildeo dos valores

graccedilas ao aumento do individualismo e agrave desintegraccedilatildeo das ligaccedilotildees sociais originadas

pelo desenvolvimento da divisatildeo do trabalho

Parsons (1951) que consagrou a existecircncia de quatro subsistemas interdependentes -

cultural poliacutetico econoacutemico societal - remete cada um deles para quatro tipos de

valores O subsistema cultural manteacutem os modelos valorizados da acccedilatildeo o subsistema

poliacutetico assegura a funccedilatildeo de realizaccedilatildeo das finalidades colectivas o subsistema

societal assegura a funccedilatildeo de integraccedilatildeo social dos indiviacuteduos e o econoacutemico a funccedilatildeo

de adaptaccedilatildeo (controlo exploraccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio ambiente) Satildeo portanto

os sistemas que asseguram a funccedilatildeo de reproduccedilatildeo dos valores

A questatildeo da pertinecircncia dos valores coloca a relaccedilatildeo entre os valores (morais

religiosos poliacuteticos esteacuteticos) e as culturas na proacutepria medida em que existem relaccedilotildees

entre as formas de vida ou as visotildees do mundo e o quadro de valores que as orientam

Haacute uma multiplicidade de valores variando estes conforme as sociedades e as

culturas e tambeacutem conforme as eacutepocas histoacutericas por isso se fala da relatividade

histoacuterica dos valores Ora a pluralidade dos valores eacute acompanhada tambeacutem da

existecircncia de sistemas de valores relativamente abertos Novos valores podem sempre

vir a integrar um sistema (moral poliacutetico cultural ou religioso) desde que seja

assegurada uma coerecircncia miacutenima entre os valores de um mesmo sistema Com efeito

uma cultura de valores democraacuteticos por exemplo eacute incompatiacutevel com o autoritarismo

e o totalitarismo como uma cultura que reconhece o valor da infacircncia e os direitos da

crianccedila eacute incompatiacutevel com a exploraccedilatildeo da crianccedila

Poreacutem sistemas de valores diferenciados podem coexistir numa mesma sociedade

valores de grupos poliacuteticos diferentes de etnias diversas de comunidades religiosas

diferentes valores hedonistas que se opotildeem aos valores do trabalho e da eficaacutecia os

valores da poupanccedila e do patrimoacutenio em oposiccedilatildeo ao consumismo desenfreado os

Dossier temaacutetico sobre Valores 2464

valores do ser e da pessoa em oposiccedilatildeo aos valores do ter e do poder financeiro etc

Esta diversidade de valores pode provocar conflitos cuja resposta poderaacute implicar que

uma hierarquia de pertinecircncias seja estabelecida Com efeito existem conflitos de

valores no seio da famiacutelia (entre as geraccedilotildees por exemplo) nas empresas (entre a

eficaacutecia econoacutemica o lucro o melhoramento das condiccedilotildees de trabalho o serviccedilo agrave

comunidade etc) ao niacutevel das argumentaccedilotildees de valores num

tribunal ou nos debates puacuteblicos sobre processos judiciais (o respeito devido agraves viacutetimas

e o direito do culpado agrave sua defesa por exemplo) conflitos entre o valor da famiacutelia e a

obrigaccedilatildeo do trabalho (conflito que se potildee muitas vezes agraves matildees que trabalham fora

de casa e tecircm filhos pequenos) etc

Para aleacutem dos aspectos ligados agrave pluralidade dos valores assistimos hoje nas

sociedades democraacuteticas contemporacircneas a uma evoluccedilatildeo dos sistemas de valores e a

uma alteraccedilatildeo da sua hierarquia de pertinecircncia expressas na importacircncia crescente dos

novos valores ligados agrave ecologia agrave defesa do meio ambiente e ao novo conceito de

desenvolvimento sustentado dos valores da solidariedade da cidadania e da

toleracircncia que orientam hoje um novo tipo de acccedilatildeo colectiva (exercido em termos de

voluntariado eou por Organizaccedilotildees Natildeo-Governamentais (ONG) como os meacutedicos

sem fronteiras as associaccedilotildees de protecccedilatildeo e defesa das crianccedilas e das mulheres

viacutetimas de maus tratos as associaccedilotildees de defesa das minorias do consumidor de

assistecircncia aos doentes com sida etc) assim como se assiste a uma evoluccedilatildeo dos

valores ligados agrave mundializaccedilatildeo que orientam instituiccedilotildees e convenccedilotildees internacionais

Pertinecircncia de valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-07]

Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$pertinencia-de-valoresgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 2564

DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E

SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA

Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os

valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute

quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os

valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi

publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio

quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o

egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que

promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de

etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo

excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores

da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo

lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais

entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos

professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas

desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os

docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila

Foto Pintura de Salvador Dali

In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml

Dossier temaacutetico sobre Valores 2664

A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA

Adolfo S Suaacuterez

Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso

de Teologia do Unasp

Centro Universitaacuterio Adventista

Campus Engenheiro Coelho (SP)

adolfosuarezunaspedubr

Introduccedilatildeo

1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores

11 Definiccedilotildees

12 Modelos de valores em sala de aula

121 Valores absolutos

122 Valores relativos

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

13 Classificaccedilatildeo de valores

14 Conclusatildeo parcial

2 Valores que devem ser ensinados

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

23 Conclusatildeo parcial

3 A transmissatildeo de valores

31 Como se aprendem os valores

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

33 A idade e o ensino de valores

34 Conclusatildeo parcial

Consideraccedilotildees finais

Referecircncias bibliograacuteficas

Dossier temaacutetico sobre Valores 2764

Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo

Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde

Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula

The issue of values in the classroom

Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary

Education based on a Christian pedagogical practice

Keywords values christian education classroom

Dossier temaacutetico sobre Valores 2864

INTRODUCcedilAtildeO

Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS

2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da

experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e

cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e

espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)

Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas

fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade

promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a

inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)

No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de

estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das

faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)

Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo

meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo

quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e

aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)

Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido

vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo

no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar

desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de

professores ldquoconteudistasrdquo

Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser

mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno

porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de

apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa

formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores

Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-

se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo

da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados

Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores

1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES

1 1 Definiccedilotildees

Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade

humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua

conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja

valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)

independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de

caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)

Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo

Dossier temaacutetico sobre Valores 2964

Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao

satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa

qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto

deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo

racional humano (2001 p 44)

No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS

pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores

significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno

seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais

lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que

promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os

princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o

seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o

respeito e a cooperaccedilatildeo

Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante

descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade

(1997 p 79)

12 Modelos de valores em sala de aula

Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores

Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)

121 Valores absolutos

Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e

normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma

autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos

indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave

medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo

previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios

mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo

O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para

conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de

que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3064

122 Valores relativos

Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute

baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da

verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio

mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela

praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia

pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc

A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o

que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de

tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no

momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros

possam pensar

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3164

Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o

trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua

autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e

normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam

orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os

valores

Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que

determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura

que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a

escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se

oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem

possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo

Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de

determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes

puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para

todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar

os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns

13 Classificaccedilatildeo de valores

Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da

seguinte maneira numa escala ascendente

(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc

(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc

(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc

(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc

(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc

(f) Valores religiosos sagrado profano etc

De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em

Dossier temaacutetico sobre Valores 3264

(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam

rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar

(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute

dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel

satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para

Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos

sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos

gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e

prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos

(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)

(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo

pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real

exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato

boa-feacutemaacute-feacute etc)

(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)

(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia

autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da

vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees

pessoais etc

(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano

14 Conclusatildeo parcial

Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do

comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta

particular

Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta

temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e

autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em

valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos

A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados

educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados

2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados

Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio

de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados

ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA

chama de mandamentos satildeo os seguintes

Dossier temaacutetico sobre Valores 3364

(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o

bem

(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica

Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila

(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso

caraacuteter

(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio

entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato

(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)

(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado

(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a

ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia

com a sabedoria

(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em

noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional

(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser

motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas

uacuteteis ou prazeres

(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem

cair no narcisismo) e o amor pelos outros

(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos

felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com

tudo e todos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3464

O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro

Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz

que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas

geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho

humildade sabedoria respeito e solidariedade

Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de

Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os

seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da

atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo

mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom

humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto

valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante

da TV liberdade e obediecircncia

Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da

temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila

coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e

harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico

compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees

Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro

primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de

Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e

transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade

Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto

que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia

integridade equiliacutebrio e pessoalidade

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-

aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito

famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem

apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de

eternidade

Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as

Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino

Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo

Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais

importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram

escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam

agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo

Dossier temaacutetico sobre Valores 3564

Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia

(accedilatildeo) Perdatildeo

Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia

(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo

Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia

(pensamento) Previsatildeo

Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave

famiacutelia Individualidade Propoacutesito

Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade

Dossier temaacutetico sobre Valores 3664

Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza

Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade

Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo

proacutepria

Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo

Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo

Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo

Abertura Entusiasmo Interesse Respeito

Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio

Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade

Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia

Auto-motivaccedilatildeo para

desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede

Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade

Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila

Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade

Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade

eacutetica

Carinho Flexibilidade no juiacutezo

moral Meditaccedilatildeo

Sentido de

comunidade

Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo

Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia

Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade

Compreensatildeo da

verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade

Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento

Consciecircncia dos

assuntos morais e

religiosos

Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato

Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila

Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura

Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia

Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade

Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade

Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo

pessoal

Cortesia Humor Patriotismo Veracidade

Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude

Cumprimento dos

deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva

23 Conclusatildeo parcial

Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis

cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a

sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula

um importante ofiacutecio para todo educador

3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES

Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos

numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a

quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais

envolvidos em todo esse processo

Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente

pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir

em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3764

31 Como se aprendem os valores

Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que

demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras

(MARQUES 2001 p 44)

(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados

(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica

em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto

(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os

valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade

assimilamos a honestidade

(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos

loacutegicos e discursivos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3864

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o

factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)

O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da

crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor

da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para

exemplificaacute-la etc

Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores

demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a

veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel

relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o

relacionamento proacuteximo

O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido

consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso

exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa

situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e

sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre

sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar

dinheiro Por quecircrdquo

33 A idade e o ensino de valores

De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos

de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo

das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo

tem muita influecircncia

Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia

moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees

dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila

obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque

isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal

Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem

desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido

sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos

actos

34Conclusatildeo parcial

Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses

valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos

rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis

de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado

de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)

chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)

Dossier temaacutetico sobre Valores 3964

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que

determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que

a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos

e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores

podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e

religiosos

Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam

conviver bem consigo mesmos e com a sociedade

Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o

ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional

e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa

Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo

desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na

transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe

um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a

educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual

entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde

Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de

motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe

uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores

Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente

Precisamos educar o estudante plenamente

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

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Petroacutepolis RJ Vozes 2000

BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais

Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997

BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales

Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997

Dossier temaacutetico sobre Valores 4064

CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003

CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a

Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas

Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b

LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo

Paulo Vida 2001

MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000

MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001

PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991

SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995

YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de

Moraes Porto Alegre Artmed 2002

Dossier temaacutetico sobre Valores 4164

O PODER DOS CONTOS INFANTIS

Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada

Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e

agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre

Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em

geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo

deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o

fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma

contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado

Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo

dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de

uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de

exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura

racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar

Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do

qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do

abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip

Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam

sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a

cobardia

O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o

estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso

encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e

prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e

vencer o mal

Dossier temaacutetico sobre Valores 4264

Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique

completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o

sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes

sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo

com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute

mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los

interpretaacute-los e ultrapassaacute-los

Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente

nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se

enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de

forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais

como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel

estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a

questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim

zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila

moral dos contos infantis

Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar

duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a

crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso

sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-

se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada

In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm

Dossier temaacutetico sobre Valores 4364

Dicionaacuterio de Valores

(Infopeacutedia)

afecto

amizade

autodisciplina

civismo

confianccedila

disciplina

honestidade

integridade

integro

justiccedila

lealdade

liberdade

partilha

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

respeito

responsabilidade

responsaacutevel

solidariedade

solidaacuterio

toleracircncia

valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 4464

afecto

afecto n adj sentimento de apego e ()

afecto forma do verbo afectar

afecto

nome masculino

1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo

2 amizade

3 amor

4 carinho

5 inclinaccedilatildeo

adjectivo

1 afeiccediloado dedicado

2 destinado

3 ligado dependente

(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)

amizade

nome feminino

1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia

2 camaradagem companheirismo cumplicidade

3 entendimento compreensatildeo

4 dedicaccedilatildeo bondade

5 pessoa amiga

(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4564

autodisciplina

nome feminino

1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo

2 capacidade de se disciplinar

(De auto-+disciplina)

civismo

nome masculino

1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico

2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas

suas instituiccedilotildees

(Do fr civisme laquoidraquo)

confianccedila

nome feminino

1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor

2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza

3 creacutedito

4 acircnimo

5 popular ousadia atrevimento

6 popular familiaridade

abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo

que se ocupa

dar confianccedila permitir certa familiaridade

ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza

tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade

(Do fr confiance laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4664

disciplina

disciplina n conjunto de regras ou ()

disciplina forma do verbo disciplinar

disciplina

nome feminino

1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou

colectividade

2 observacircncia das regras obediecircncia

3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a

respeitar regras ou conseguir resultados

4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de

um estabelecimento escolar

5 autoridade

6 castigo mortificaccedilatildeo

7 [plural] correias para accediloitar

(Do lat disciplina- laquoidraquo)

honestidade

nome feminino

1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade

probidade

2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade

3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia

(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4764

integridade

nome feminino

1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade

2 qualidade do que eacute iacutentegro

3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade

(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)

integro [integro]

adjectivo

1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO

2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO

justiccedila

justiccedila n virtude moral que inspira ()

justiccedila forma do verbo justiccedilar

justiccedila

nome feminino

1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a

atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade

2 conformidade com o direito estabelecido

3 poder de aplicar as leis poder judicial

4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees

5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do

poder judicial

6 conjunto dos magistrados a magistratura

Dossier temaacutetico sobre Valores 4864

7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda

por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada

na outra

8 popular funcionaacuterios de um tribunal

justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor

das coisas trocadas

justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e

dos encargos consoante a qualidade das pessoas

justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial

justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer

positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus

membros

popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos

com justiccedila de maneira justa e imparcial

dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio

em boa justiccedila segundo o que eacute devido

fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes

(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)

lealdade

nome feminino

qualidade de leal fidelidade sinceridade

(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4964

liberdade

nome feminino

1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua

natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo

livre)

2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo

ou de acccedilatildeo)

3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e

independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de

decisatildeo)

4 livre arbiacutetrio

5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)

6 personificaccedilatildeo das ideias liberais

7 toleracircncia

8 licenccedila autorizaccedilatildeo

9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada

10 figurado franqueza

11 [plural] regalias imunidades

liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas

que se julgarem verdadeiras

liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem

impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela

lei

LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e

sintaacutecticas em poesia

(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5064

partilha

nome feminino

1 acto ou efeito de partilhar

2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa

3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio

4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila

5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente

entre duas ou mais pessoas

(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

nome feminino

1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar

2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo

3 desassossego

4 ideia fixa

5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo

(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)

respeito

respeito n acto ou efeito de ()

respeito forma do verbo respeitar

respeito

nome masculino

1 acto ou efeito de respeitar

2 consideraccedilatildeo apreccedilo

3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo

4 homenagem culto

5 temor receio

Dossier temaacutetico sobre Valores 5164

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 6: Valor Es Final

que a crianccedila seja aceite na sociedade e se sinta mais segura de si mesma e mais feliz O

jogo eacute soacute um veiacuteculo para repetir as normas que queremos incutir de uma forma mais

divertida tanto para a crianccedila como para os pais

- A coerecircncia e a paciecircncia satildeo os pilares da educaccedilatildeo mas satildeo difiacuteceis de manter

Eduard Estivill Totalmente certo Eacute difiacutecil manter a paciecircncia e a coerecircncia Por isso

recomendamos jogos para alcanccedilar estes objectivos Estes jogos foram testados por

pais pedagogos educadores e professores Isso justifica os 80 mil exemplares do livro

vendidos em Espanha e a ediccedilatildeo do livro em Itaacutelia Brasil e Portugal

- Como se deve contornar a falta de tempo dos pais

Eduard Estivill Entendendo que o importante natildeo eacute a quantidade mas sim a

qualidade Eacute muito melhor brincar com a crianccedila durante meia hora antes do jantar do

que duas horas a ver televisatildeo depois de jantar

- Qual eacute o haacutebito - comunicaccedilatildeo leitura sono comida conduta higiene - que falta

mais agraves crianccedilas actuais

Yolanda Tejada Natildeo depende das crianccedilas mas sim dos adultos Para cada adulto a

importacircncia de cada haacutebito natildeo eacute igual Se para mim natildeo for importante que o meu

filho coma verduras natildeo sentirei a falta desse haacutebito Mas o haacutebito que mais

descuramos regra geral eacute o da comunicaccedilatildeo

Sobre o livro

O objectivo do livro laquoVamos Jogarraquo eacute laquofornecer uma seacuterie de conceitos apresentados

na forma de jogos para que os pais possam inculcar melhores haacutebitos nos seus filhosraquo

explica no proacutelogo da obra o co-autor Eduard Estivill

Nesta aventura pedagoacutegica editada em Portugal pela Livros dHoje o pediatra e

neurofisiologista espanhol contou com a experiecircncia maternal da criativa e escritora

Yolanda Saacuteenz de Tejada ligada a projectos de investigaccedilatildeo sobre comportamentos

Dossier temaacutetico sobre Valores 664

infantis

Juntos partindo de conceitos cientiacuteficos comprovados apresentam uma seacuterie de

laquoactividades faacuteceis de executar e que satildeo particularmente vaacutelidas do ponto de vista

educativoraquo Isto tendo por premissa laquoa facilidade das crianccedilas em captar ensinamentos

e copiar os padrotildees de conduta dos adultosraquo Eacute que os petizes natildeo nascem ensinados e

cabe aos progenitores apontar as direcccedilotildees a seguir no sentido de aprenderem a

laquomovimentar-se pela vida com seguranccedila e responsabilidaderaquo

A transmissatildeo de valores o processo de habituaccedilatildeo atraveacutes da repeticcedilatildeo e do bom

exemplo (neste ponto eacute imperiosa a coerecircncia entre a teoria e praacutetica) e ateacute o seu grau

de estoicismo nunca desistindo perante as contrariedades (leia-se berrarias laacutegrimas

ou ataques de nervos) satildeo absolutamente fundamentais nesta foacutermula para se obterem

bons resultados

Ingredientes base

Na receita proposta em laquoVamos Jogarraquo a Emoccedilatildeo e a Planificaccedilatildeo tecircm o mesmo grau

de importacircncia A dupla sugere que os pais devem recuperar a alegria de quando eram

pequenos sendo cada jogo acompanhado de amor e do sorriso que laquotantas vezes

tendemos a esquecerraquo Jaacute em termos de Planificaccedilatildeo laquose criarmos expectativas seraacute

mais faacutecil que as crianccedilas desfrutemraquo como quem tem um objectivo em mente e sente a

inerente satisfaccedilatildeo quando consegue realizaacute-lo

Neste moroso processo eacute certo e sabido que laquonatildeo somos infaliacuteveisraquo laquoOs pais que se

equivocam satildeo mais humanos Se assumirmos que natildeo sabemos algo mas que vamos

tentar encontrar a resposta o nosso filho pensaraacute que tudo tem uma soluccedilatildeo Os nossos

enganos se os admitirmos aproximar-nos-atildeo mais delesraquo afianccedilam Eduard Estivill e

Yolanda Saacuteenz de Tejada

Mais laquopara ensinar eacute preciso ouvirraquo e rever a nossa infacircncia e a tradicional sensaccedilatildeo de

incompreensatildeo dessa fase etaacuteria seraacute uacutetil nesse processo de identificaccedilatildeo com a nossa

prole Por fim os autores recomendam laquoo amor loucoraquo pois que laquoum pouco de carinho

nunca eacute de mais e natildeo haacute que ter quaisquer pudores em demonstraacute-lo publicamente

Dossier temaacutetico sobre Valores 764

Bons haacutebitos

Ao longo de 277 paacuteginas aprendemos que esse acto essencial na vida das crianccedilas que eacute

o Jogo eacute possiacutevel de ser explorado no sentido educativo e meramente recreativo Na

lista de jogos haacute a promessa da aquisiccedilatildeo de bons haacutebitos na Comida de Conduta de

Higiene de Comunicaccedilatildeo de Estudo de Leitura e de Sono

O mesmo seraacute dizer que em jeito de brincadeira se aprende a pocircr a mesa a comer o

pequeno-almoccedilo sozinho a ser pontual agraves refeiccedilotildees a natildeo ter ciuacutemes a ser altruiacutesta a

valorizar a praacutetica desportiva a tomar banho sozinho a gerir o tempo a escolher a

roupa para vestir a perder o medo do meacutedico a natildeo ter vergonha a dar valor agrave

famiacutelia a gostar de estudar a treinar a memoacuteria a explorar o talento artiacutestico ou a

adormecer sozinho Tudo porque como disse um dia Allan Bloom laquoa educaccedilatildeo eacute o

movimento da obscuridade em direcccedilatildeo agrave luzraquo

Vera Valadas Ferreira | DESTAK

19 | 04 | 2010

In wwwfersapptfersapmodulesphpname=Newsampfile=articleampsid=844

Dossier temaacutetico sobre Valores 864

OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS

VALORES

Justiccedila igualdade toleracircnciahellip Satildeo palavras que cada dia mais se escutam nas escolas

A ldquoEducaccedilatildeo nos Valoresrdquo jaacute estaacute presente no curriculum escolar mas isso natildeo eacute

suficiente Ficar no niacutevel teoacuterico natildeo serve de nada E na praacutetica esquecemos

frequentemente que palavras tatildeo grandiosas como ldquoEmpatiardquo ou ldquoRespeitordquo se

traduzem em premissas tatildeo singelas como ldquonatildeo atirar papeacuteis para o chatildeordquo ldquoceder o

assento a quem mais o necessiterdquo ou ldquoabrir a porta a quem vai carregadordquo

Que a ldquoEducaccedilatildeo nos Valoresrdquo tenha chegado agraves escolas eacute um passo que realmente

devemos celebrar Saber ser pessoa eacute mais importante do que saber resolver integrais

ou saber em que ano comeccedilou a Revoluccedilatildeo Francesa Entretanto enquanto que a

instruccedilatildeo e formaccedilatildeo intelectual eacute um objectivo a conseguir primordialmente atraveacutes

da escola a educaccedilatildeo e desenvolvimento pessoal eacute-o atraveacutes da famiacutelia

Nunca devemos esquecer que o lar eacute o autecircntico formador de pessoas As crianccedilas

aprendem continuamente atraveacutes dos seus pais natildeo soacute o que estes lhes contam mas

tambeacutem sobretudo pelo que vecircem neles como actuam como respondem perante os

problemas Em definitivo as crianccedilas observam e copiam o proceder dos seus pais

perante a vida A autecircntica educaccedilatildeo nos valores transmite-se passa dos pais para os

seus filhos desde o dia do nascimento ateacute ao final da vida Natildeo obstante tem uma

importacircncia relevante durante os primeiros anos Ateacute aos seis ou sete anos de idade as

crianccedilas possuem uma moral denominada ldquoheteroacutenimardquo ou seja a sua motivaccedilatildeo para

fazer as coisas de uma maneira ou de outra eacute corresponder ao que o papaacute e a mamatilde

desejariam o que dizem os pais satildeo ldquoverdades absolutasrdquo Conforme crescem vatildeo

compreendendo melhor por que eacute importante actuar de certa forma e natildeo de outras

mas seguem sempre guiando-se pelo que vecircem em casa especialmente ateacute aos doze

anos Daiacuteiacute a tremenda importacircncia de educar as crianccedilas atraveacutes do exemplo para

desenvolver uma educaccedilatildeo ciacutevica

Dossier temaacutetico sobre Valores 964

Faz o que eu faccedilo

Todos temos na mente uma ideia de como gostariacuteamos que fosse a sociedade em que

mundo queremos que vivam os nossos filhos um sitio limpo em que as pessoas se

ajudem e respeitem onde todos tenhamos os mesmos direitoshellip Depois saiacutemos agrave rua

pensando no trabalho nas compras na ortodoncia do menino e esquecemo-nos de

todos esses bons propoacutesitos De repente queremos ser os primeiros a sair do metro

incomoda-nos o carro que torna lenta a circulaccedilatildeo esquecemo-nos de dar os bons dias

ao porteirohellip e assim dia apoacutes dia diante o olhar sempre atento das crianccedilas que jaacute se

sabe absorvem tudo como esponjas

Jaacute comentaacutemos que ateacute os doze anos aproximadamente o lar eacute a principal fonte de

valores direitos e deveres da crianccedila Agora tambeacutem teraacute que se dizer que haacute coisas

que dificilmente se aprendem mais tarde Se em pequenos natildeo nos acostumamos a

guardar o pacote no bolso quando natildeo haacute um cesto de papeacuteis agrave matildeo a natildeo pocircr a

muacutesica muito alta para natildeo incomodar o vizinho a dizer obrigado quando nos fazem

um favor ou a natildeo insultar os que satildeo diferentes seraacute mais complicado aprendecirc-lo

mais tarde Porque o civismo o respeito a honestidade e todos os valores humanos satildeo

em grande medida haacutebitos rotinas que aprendemos em famiacutelia de forma inconsciente

e que mais adiante chegamos a valorizar com a reflexatildeo que permite a maturidade

Por isso a melhor forma de transmitir valores de aprender a viver em sociedade eacute natildeo

aplicar jamais a tatildeo popular frase de ldquofaz o que eu digo e natildeo o que eu faccedilordquo Se

quisermos que nossos filhos alcancem essa sociedade tatildeo sonhada devemos comeccedilar

por criaacute-la noacutes mesmos e ldquofazer o que dizemosrdquo

Que ldquohaacutebitos-valoresrdquo fomentar

Decerto que vocecircs mesmos tecircm a resposta Soacute tecircm que pensar que tipo de pessoas

gostariam que fossem os vossos filhos e actuar em consequecircncia Como vimos a

coerecircncia entre as ideias que querem transmitir e a forma como se actua em casa eacute a

chave principal

A maioria das pessoas considera como nobres os mesmos tipos de valores Entretanto

agraves vezes eacute difiacutecil reconhecer em noacutes mesmo onde encaixa a conexatildeo entre ldquocrenccedilasrdquo e

ldquoforma de serrdquo Estes conselhos podem ajudar a reflectir sobre isso

Dossier temaacutetico sobre Valores 1064

Se quiserem que o vossofilho seja uma pessoa razoaacutevel raciocinem com ele desde o

primeiro dia Natildeo utilizem o ldquoporque eu digordquo Logicamente haveraacute muitas ocasiotildees

em que tenham que lhe ordenar as coisas mas sempre podem argumentar o motivo

O respeito onde primeiro se observa eacute entre os pais As decisotildees no casal devem ser

sempre compartilhadas Se discutem faccedilam-no de forma tranquila sem recriminar

Saber viver em sociedade eacute saber aceitar as opiniotildees distintas

Onde mais se fomentam os estereoacutetipos eacute no lar Pensaram alguma vez em coisas como

quem limpa a casa quem troca as lacircmpadas etc Tratem de compartilhar entre voacutes os

distintos papeacuteis

Se se preocuparem com as influecircncias externas pensem que tecircm uma arma muito

importante ao vosso alcance os vossoscomentaacuterios Falem com o vossofilho sobre a

opiniatildeo que merecem as actuaccedilotildees dos outros (tanto no positivo como no negativo)

Isto eacute importante sobretudo contra a influecircncia da televisatildeo

Compreender ajuda a aprender

Os valores transmitem-se atraveacutes do exemplo mas assentam com forccedila graccedilas agrave

compreensatildeo de que satildeo necessaacuterios Como podemos ajudar uma crianccedila pequena a

perceber esta importacircncia Uma boa maneira eacute aplicar a foacutermula de ldquofaz pelos outros o

que gostarias que fizessem por ti e natildeo lhes faccedilas o que natildeo gostarias que te fizessemrdquo

Por outras palavras colocar as crianccedilas na hipoacutetese de serem eles os protagonistas de

certas atitudes Eacute muito mais eficaz para que o vossofilho a entenda dizer-lhe

ldquoGostarias que se rissem de ti porque usas oacuteculos como te sentiriasrdquo do que lhe dizer

simplesmente ldquoNatildeo deves rir do Joatildeo por ter aparelho nos dentesrdquo

(Esther Garciacutea Schmah Pedagoga wwwsolohijoscom wwwmujernuevaorg)

In httpfamiliaaaldeianetos-habitos-familiares-e-a-transmissao-dos-valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 1164

VALORES NA FAMIacuteLIA

Quando os valores prioritaacuterios satildeo os valores ou bens materiais como ocorre em

amplos sectores da sociedade actual ou quando os valores se confundem com os

desejos ou as apetecircncias de um ser humano como tambeacutem acontece a descoberta de

verdadeiros valores humanos tem uma grande importacircncia para a motivaccedilatildeo da

vontade humana Porquecirc Porque a motivaccedilatildeo humana remete sempre para valores

humanos verdadeiros materiais e espirituais ndash sempre que os primeiros sirvam os

segundos e natildeo ao contraacuterio

A descoberta e valores corresponde aos imateriais aos do espiacuterito aos que fazem

referecircncia agrave verdade (valores intelectuais) ao bem (valores morais) e agrave beleza (valores

esteacuteticos) Satildeo trecircs tipos de valores estreitamente relacionados entre si porque verdade

bem e beleza satildeo os termos inseparaacuteveis de um trinoacutemio (Se algueacutem tentasse separaacute-

los encontrar-se-ia com uma verdade maacute e feia com um bem feio e falso com uma

beleza falsa e maacute)

Como descobrir estes valores Cada qual deve tomar a iniciativa de os procurar porque

lhe satildeo muito importantes satildeo os elementos que aperfeiccediloam o proacuteprio ser mediante

eles um indiviacuteduo pode acabar por ser chegar a ser aquilo que eacute pessoa ser mais e

melhor pessoa

Mas nem sempre que se procuram se encontram Tambeacutem eacute verdade que agraves vezes

emergem de repente no nosso horizonte existencial inclusivamente apesar da nossa

resistecircncia (hellip) Um dia qualquer uma vida rotineira e talvez sem relevo pode sentir-

se sacudida ndash e ateacute invadida ndash pela descoberta de um novo valor que a transforma

(Polaino e Carrentildeo l992 p 75)

Haacute algum acircmbito onde a descoberta de valores seja menos difiacutecil ou mais provaacutevel

Em primeiro lugar o acircmbito vital da famiacutelia Se os pais optaram por certos valores e se

comprometeram com eles cada filho que vem ao mundo natildeo tem de desenvolver a

tarefa hercuacutelea e problemaacutetica de tratar de descobrir por que valores vale a pena

arriscar a vida (ibidem)

Dossier temaacutetico sobre Valores 1264

Nem sempre acontece assim Optar por certos valores significa escolher entre os

melhores aqueles que mais convenham numa famiacutelia concreta com as suas

circunstacircncias actuais para o desenvolvimento pessoal de cada membro e para a

melhoria familiar Logicamente seratildeo prioritaacuterios os valores humanos mais cultivados

por ambos os cocircnjuges

Comprometer-se com uns valores e organizar a vida familiar em funccedilatildeo deles supotildee tecirc-

los interiorizado profundamente Soacute assim seratildeo capazes de os pocircr de moda na sua

famiacutelia sendo eles proacuteprios para os seus filhos portadores de valores

Esses valores vividos pelos pais com naturalidade e com graccedila com bom humor

sabendo sorrir habitualmente seratildeo atractivos para os filhos e contagiosos A famiacutelia

sob esta perspectiva aparece-nos como um museu vivo de valores E natildeo porque os

pais pendurem os valores nas paredes como se se tratasse de um quadro que

passivamente se deve admirar Os valores familiares constituem pelo contraacuterio um

dado irrefutaacutevel quase com cunho testemunhal que vai unido ao comportamento

diaacuterio dos pais (ibidem p 76) E tambeacutem estaratildeo presentes estes valores na conduta

dos filhos quando os pais aleacutem de os viverem e de os fomentarem promovem e

mantecircm vigentes algumas normas e costumes familiares que mostram a presenccedila viva

destes valores preferenciais

Os valores familiares ndash em famiacutelias cristatildes natildeo satildeo soacute valores naturais mas tambeacutem

valores sobrenaturais ndash nenhuma crianccedila inicialmente os questiona Mais tarde sim

porque na medida em que cresce emerge e amadurece a sua liberdade pessoal haacute-de

comprometer-se tambeacutem nas escolhas que faz e que obviamente satildeo sempre muito

pessoais(hellip) Precisamente por isso os pais tecircm de preparar essa fase de referecircncia ndash

atraveacutes do seu comportamento ndash que lhe sirva de orientaccedilatildeo (ibidem)

Isto seraacute tanto menos difiacutecil para os pais quanto mais cedo faccedilam da sua famiacutelia um

museu vivo de valores quando os filhos satildeo ainda muito pequenos

Seraacute menos difiacutecil tambeacutem a sua adolescecircncia quando o quadro de referecircncia e um

miacutenimo de normas e costumes tenham sido parte importante do seu ambiente familiar

acolhedor desde a primeira infacircncia

Dossier temaacutetico sobre Valores 1364

Deste modo quando o filho adolescente ou o filho jovem daacute prioridade a alguns

valores como fundamento para apoiar a sua vida tem jaacute como em depoacutesito uns

valores que anteriormente assumiu e integrou quase sem dar por isso contagiados ou

emprestados pelos seus pais

Estes valores familiares descobertos na convivecircncia do lar paterno nas relaccedilotildees diaacuterias

de pais e filhos de irmatildeos de diferentes idades traduzem-se ndash como efeito de

descoberta ndash em motivos Em consequecircncia a conduta de cada filho estaraacute motivada

desde o principio a sua vontade estaraacute motivada

Penso por contraste em tantos filhos desmotivados antes e durante a sua adolescecircncia

quando os primeiros responsaacuteveis da famiacutelia natildeo se propuseram ou natildeo souberam

criar este a ambiente familiar cimentado na sinceridade na generosidade na lealdade

na laboriosidade no optimismo na compreensatildeo exigente no respeito confiado na

disponibilidade na gratidatildeo na amizade e noutros valores humanos

Oliveros Otero

In httpfamiliaaaldeianetvalores-na-familia

Dossier temaacutetico sobre Valores 1464

O CONTO NA VIDA DA CRIANCcedilA

A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais

refinadas como A Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos

limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros

Perde-se no tempo a origem e importacircncia do conto na educaccedilatildeo da crianccedila Quantas

vezes pais e educadores a braccedilos com a explicaccedilatildeo de algo mais complexo aos nossos

filhos nos socorremos de uma histoacuteria que simplifique a nossa tarefa por um lado e

por outro facilite a compreensatildeo por parte da crianccedila daquilo que verdadeiramente lhe

queremos transmitir

Passar valores agrave crianccedila eacute algo complexo Esta missatildeo implica normalmente conceitos

que fazem apelo a abstracccedilotildees competecircncias impossiacuteveis de usar pela crianccedila nas

etapas mais precoces do desenvolvimento As histoacuterias satildeo por isso um meio

facilitador de resolver algumas das questotildees que esta tarefa nos coloca Se por um

lado divertem as crianccedilas espicaccedilam a sua curiosidade promovem competecircncias

cognitivas e de oralidade activam a magia por outro satildeo tambeacutem a forma de

concretizarmos alguns dos valores que consideramos aceitaacuteveis e oportunos transmitir

agrave crianccedila

De cada histoacuteria cada crianccedila retiraraacute aquilo que lhe fizer mais sentido em funccedilatildeo das

suas vivecircncias e das suas caracteriacutesticas desenvolvimentais Com a mesma histoacuteria

podemos transmitir um sem-nuacutemero de ensinamentos isso depende em primeira

instacircncia do objectivo de quem a usa e da proacutepria crianccedila

A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais

refinadas como a Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos

limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros

A Menina do Mar eacute uma histoacuteria porventura difiacutecil de entender antes da idade

escolar Para aleacutem da beleza literaacuteria pode permitir-nos transmitir valores ecoloacutegicos

respeito pela Natureza nomeadamente pelas coisas do mar curiosidade na descoberta

e contemplaccedilatildeo do mar e do que ele conteacutem Aleacutem disso e voltando a um dos valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 1564

inerentes a quase todas as histoacuterias - a relaccedilatildeo com os outros - A Menina do Mar

proporciona uma excelente oportunidade de ensinar a crianccedila a respeitar e a aceitar as

diferenccedilas e ainda a importacircncia de fazer amigos

Nas histoacuterias tal como na vida por vezes tambeacutem haacute situaccedilotildees desconcertantes e ainda

bem que as histoacuterias contemplam estas situaccedilotildees Satildeo uma oacuteptima oportunidade para a

crianccedila se organizar e aprender a lidar com os medos os obstaacuteculos e frustraccedilotildees com

que se iraacute confrontar ao longo da vida Eacute importante que o crescimento se faccedila ainda

que ao niacutevel do imaginaacuterio e simboacutelico assente em valores reais

In O conto na vida da crianccedila In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-

06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$o-conto-na-vida-da-criancagt

Dossier temaacutetico sobre Valores 1664

VALORES

Os valores correspondem a maneiras de ser ou de agir reconhecidas como desejaacuteveis

Genericamente pode dizer-se que natildeo eacute possiacutevel a existecircncia de um grupo humano

sem que tenham sido definidos impliacutecita ou explicitamente os seus valores A

expressatildeo escrita e oral os siacutembolos os objectos satildeo meios de que os indiviacuteduos e os

grupos dispotildeem para aceder aos valores

Tecircm sido objecto de estudo em Sociologia questotildees como a do modo como evoluem os

valores o modo como os valores satildeo vividos pelos indiviacuteduos e pelos grupos e a

possibilidade ou impossibilidade de se falar em sociedades globais

No estrutural-funcionalismo de T Parsons os valores partilhados interiorizados satildeo

vistos como desempenhando um papel decisivo na integraccedilatildeo social em qualquer

sociedade Os criacuteticos deste ponto de vista defendem que a integraccedilatildeo social natildeo

depende num grau tatildeo absoluto da partilha de valores Argumenta-se que os valores

podem ser aceites por motivos pragmaacuteticos mais do que normativos e que as

estruturas sociais podem impor-se para aleacutem da interiorizaccedilatildeo dos valores Sobretudo

a maioria dos socioacutelogos reconhece actualmente que uma sociedade pode existir

mesmo que seja atravessada por divergecircncias a niacutevel dos valores

Valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-06] Disponiacutevel na

www ltURL httpwwwinfopediapt$valoresgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 1764

CRISE DOS VALORES TRADICIONAIS

Em pleno seacuteculo XXI quase toda a sociedade considera que existe uma crise de valores

ou pelo menos a falecircncia dos tradicionais Mas desde sempre esta consciecircncia de crise

de valores existiu numa perspectiva geograacutefica mais restrita e sem as dimensotildees de

generalizaccedilatildeo como sucede hoje A globalizaccedilatildeo econoacutemica e o neoliberalismo o

individualismo e o relativismo a par do progresso tecnoloacutegico aceleraram a toma de

consciecircncia de crise de valores por parte da populaccedilatildeo Por um lado esbateram-se ou jaacute

natildeo existem mesmo criteacuterios seguros para distinccedilatildeo do bem e do mal do justo e do

injusto entre outras categorias morais e pessoais imperando pois a subjectividade e o

relativismo Radicalmente alguns vatildeo mais longe e afirmam mesmo que jaacute natildeo existem

sequer valores tudo eacute circunstancial O que era antes intemporal e inalteraacutevel eacute agora

volaacutetil ou inconsistente passando-se do relativismo agrave descrenccedila niilista absoluta

As principais causas para a crise de valores satildeo

- a desvalorizaccedilatildeo da tradiccedilatildeo quer atraveacutes do marxismo que tudo subjuga agrave histoacuteria e

ao plano social desvalorizando os valores antigos da burguesia dos opressores que

substitui pelos do povo trabalhador quer atraveacutes de Nietzsche e a sua negaccedilatildeo dos

valores absolutos ou mesmo com Freud que tornou os valores morais como produto

de mecanismos mentais repressivos

- a crise na instituiccedilatildeo familiar das suas relaccedilotildees do proacuteprio modelo de famiacutelia

primeira fonte de transmissatildeo de valores O aumento de divoacutercios separaccedilotildees

violecircncia domeacutestica pressotildees econoacutemicas e stress social das famiacutelias podem prejudicar

tambeacutem a transmissatildeo de valores seguros aos filhos

- modificaccedilotildees de ordem material nos aspectos tecnoloacutegico e cientiacutefico e as sucessivas

mutaccedilotildees econoacutemicas podem conduzir ao distanciamento cada vez maior da sociedade

moderna face aos valores tradicionais

- menor peso dos bons costumes e da cultura popular na sociedade moderna visiacutevel na

descrenccedila nos valores absolutos e na moral social substituiacuteda pela moral autoacutenoma e

pelo relativismo

A sociedade hoje em dia tornou-se mais aberta e plural mais intercultural assumindo

melhor as diferenccedilas mas tambeacutem tornando-se mais insegura violenta tendendo para

a repressatildeo e ateacute para um individualismo egoiacutesta e esvaziado de valores de relaccedilotildees

Dossier temaacutetico sobre Valores 1864

interpessoais Para muitos analistas natildeo existe crise antes abertura para outros a

maior crise eacute a incapacidade humana de enfrentar o problema da crise de valores pois

subsiste a ideia de que nas democracias natildeo haacute valores impessoais ou suprapessoais

parecendo que cada um escolhe os seus Alguns autores sugerem que a crise natildeo seraacute

apenas de valores mas tambeacutem de referecircncias estaacuteveis e soacutelidas

Crise dos Valores Tradicionais In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-

06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$crise-dos-valores-tradicionaisgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 1964

O QUE SAtildeO VALORES

O QUE DISTINGUE UM FACTO DE UM VALOR

PESQUISA

O homem vive toma partido crecirc numa multiplicidade de valores hierarquiza-os e daacute

assim sentido agrave sua existecircncia mediante opccedilotildees que ultrapassam incessantemente as

fronteiras do seu conhecimento efectivo No homem que pensa esta questatildeo soacute pode

ser raciocinada no sentido em que para fazer a siacutentese entre aquilo que ele crecirc e

aquilo que ele sabe ele soacute pode utilizar uma reflexatildeo quer prolongando o saber quer

opondo-se a ele num esforccedilo criacutetico para determinar as suas fronteiras actuais e

legitimar a hierarquizaccedilatildeo dos valores que o ultrapassam Esta siacutentese raciocinada

entre as crenccedilas quaisquer que elas sejam e as condiccedilotildees do saber constituiacute aquilo que

noacutes chamamos uma sabedoria e eacute este que nos parece ser o objecto da filosofia

Jean Piaget Sageza e Ilusatildeo da Filosofia

Dossier temaacutetico sobre Valores 2064

SIacuteNTESE

1 Valores

1 Quando decidimos fazer algo estamos a realizar uma escolha Manifestamos certas

preferecircncias por umas coisas em vez de outras Evocamos entatildeo certos motivos para

justificar as nossas decisotildees

2 Factos e valores

Todos estes motivos podem ser apoiados em factos mas tecircm sempre impliacutecitos certos

valores que justificam ou legitimam as nossas preferecircncias

Exemplo O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi o dia mais importante

da semana era um domingo

Facto O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi efectivamente um

domingo

Valor impliacutecito O domingo como o dia mais importante entre os

dias da semana

3Facto

Um facto eacute algo que algo que pode ser comprovado sobre o qual podemos dizer que a

afirmaccedilatildeo eacute verdadeira ou falsa Os factos satildeo igualmente susceptiacuteveis de gerarem

consensos universais

4 Valor

Podemos definir os valorespartindo das vaacuterias dimensotildees em que usamos

a) os valores satildeo criteacuterios segundo os quais valorizamos ou desvalorizamos as

coisas

Dossier temaacutetico sobre Valores 2164

b) Os valores satildeo as razotildees que justificam ou motivam as nossas acccedilotildees tornando-

as preferiacuteveis a outras

Os valores reportam-se em geral sempre a acccedilotildees justificam-nas

Exemplo Participar numa manifestaccedilatildeo a favor do povo timorensepode significar que

atribuiacutemos agrave Solidariedade uma enorme importacircncia A solidariedade eacute neste caso o

valor que justifica ou explica a nossa acccedilatildeo

Ao contraacuterio dos factos os valores apenas implicam a adesatildeo de grupos restritos Nem

todos possuiacutemos os mesmos valores nem valorizamos as coisas da mesma forma

5 Tipos de valores

Os valores natildeo satildeo coisas nem simples ideias que adquirimos mas conceitos que

traduzem as nossas preferecircncias Existe uma enorme diversidade de valores podemos

agrupaacute-los quanto agrave sua natureza da seguinte forma

Valores eacuteticos os que se referem agraves normas ou criteacuterios de conduta que afectam todas

as aacutereas da nossa actividade Exemplos Solidariedade Honestidade Verdade

Lealdade Bondade Altruiacutesmo

Valores esteacuteticos os valores de expressatildeo Exemplo Harmonia Belo Feio Sublime

Traacutegico

Valores religiosos os que dizem respeito agrave relaccedilatildeo do homem com a transcendecircncia

Exemplos Sagrado Pureza Santidade Perfeiccedilatildeo

Valores poliacuteticos Justiccedila Igualdade Imparcialidade Cidadania Liberdade

Valores vitais Sauacutede Forccedila

6 Hierarquizaccedilatildeo dos Valores

Natildeo atribuiacutemos a todos os nossos valores a mesma importacircncia Na hora de tomar

uma decisatildeo cada um de noacutes hierarquiza os valores de forma muito diversa A

Dossier temaacutetico sobre Valores 2264

hierarquizaccedilatildeo eacute a propriedade que tem os valores de se subordinarem uns aos outros

isto eacute de serem uns mais valiosos que outros As razotildees porque o fazemos satildeo

muacuteltiplas

Exemplo

A maioria da populaccedilatildeo mundial continua a passar graves carecircncias alimentares

Todos os anos morrem milhotildees de pessoas por subnutriccedilatildeo Natildeo eacute de querer que

hierarquia dos seus valores destas pessoas a satisfaccedilatildeo das suas necessidades

bioloacutegicas natildeo esteja logo em primeiro lugar

7 Polaridade dos Valores

Os nossos valores tendem a organizar-se em termos de oposiccedilotildees ou polaridades

Preferimos e opomos a Verdade agrave Mentira a Justiccedila agrave Injusticcedila o Bem ao Mal a beleza

agrave fealdade a genorosidade agrave mesquinhecircs A palavra valor costuma apenas ser aplicada

num sentido positivo Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de

estima positiva ou negativamente Valor eacute tanto o Bem como o Mal o Justo como

Injusto

Carlos Fontes

In httpafilosofianosapopt10valoreshtm~

Dossier temaacutetico sobre Valores 2364

PERTINEcircNCIA DE VALORES

Durkheim considerava que os valores miacuteticos e religiosos que funcionaram como

crenccedilas nas sociedades tradicionais serviram para exercer o controlo e a coesatildeo sociais

e para inspirar as avaliaccedilotildees e as motivaccedilotildees das pessoas Eacute assim que nas sociedades

tradicionais de solidariedade mecacircnica os indiviacuteduos estatildeo integrados por valores

comuns que se lhes impotildeem garantindo a coesatildeo social Jaacute nas sociedades modernas

de solidariedade orgacircnica verifica-se segundo Durkheim uma erosatildeo dos valores

graccedilas ao aumento do individualismo e agrave desintegraccedilatildeo das ligaccedilotildees sociais originadas

pelo desenvolvimento da divisatildeo do trabalho

Parsons (1951) que consagrou a existecircncia de quatro subsistemas interdependentes -

cultural poliacutetico econoacutemico societal - remete cada um deles para quatro tipos de

valores O subsistema cultural manteacutem os modelos valorizados da acccedilatildeo o subsistema

poliacutetico assegura a funccedilatildeo de realizaccedilatildeo das finalidades colectivas o subsistema

societal assegura a funccedilatildeo de integraccedilatildeo social dos indiviacuteduos e o econoacutemico a funccedilatildeo

de adaptaccedilatildeo (controlo exploraccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio ambiente) Satildeo portanto

os sistemas que asseguram a funccedilatildeo de reproduccedilatildeo dos valores

A questatildeo da pertinecircncia dos valores coloca a relaccedilatildeo entre os valores (morais

religiosos poliacuteticos esteacuteticos) e as culturas na proacutepria medida em que existem relaccedilotildees

entre as formas de vida ou as visotildees do mundo e o quadro de valores que as orientam

Haacute uma multiplicidade de valores variando estes conforme as sociedades e as

culturas e tambeacutem conforme as eacutepocas histoacutericas por isso se fala da relatividade

histoacuterica dos valores Ora a pluralidade dos valores eacute acompanhada tambeacutem da

existecircncia de sistemas de valores relativamente abertos Novos valores podem sempre

vir a integrar um sistema (moral poliacutetico cultural ou religioso) desde que seja

assegurada uma coerecircncia miacutenima entre os valores de um mesmo sistema Com efeito

uma cultura de valores democraacuteticos por exemplo eacute incompatiacutevel com o autoritarismo

e o totalitarismo como uma cultura que reconhece o valor da infacircncia e os direitos da

crianccedila eacute incompatiacutevel com a exploraccedilatildeo da crianccedila

Poreacutem sistemas de valores diferenciados podem coexistir numa mesma sociedade

valores de grupos poliacuteticos diferentes de etnias diversas de comunidades religiosas

diferentes valores hedonistas que se opotildeem aos valores do trabalho e da eficaacutecia os

valores da poupanccedila e do patrimoacutenio em oposiccedilatildeo ao consumismo desenfreado os

Dossier temaacutetico sobre Valores 2464

valores do ser e da pessoa em oposiccedilatildeo aos valores do ter e do poder financeiro etc

Esta diversidade de valores pode provocar conflitos cuja resposta poderaacute implicar que

uma hierarquia de pertinecircncias seja estabelecida Com efeito existem conflitos de

valores no seio da famiacutelia (entre as geraccedilotildees por exemplo) nas empresas (entre a

eficaacutecia econoacutemica o lucro o melhoramento das condiccedilotildees de trabalho o serviccedilo agrave

comunidade etc) ao niacutevel das argumentaccedilotildees de valores num

tribunal ou nos debates puacuteblicos sobre processos judiciais (o respeito devido agraves viacutetimas

e o direito do culpado agrave sua defesa por exemplo) conflitos entre o valor da famiacutelia e a

obrigaccedilatildeo do trabalho (conflito que se potildee muitas vezes agraves matildees que trabalham fora

de casa e tecircm filhos pequenos) etc

Para aleacutem dos aspectos ligados agrave pluralidade dos valores assistimos hoje nas

sociedades democraacuteticas contemporacircneas a uma evoluccedilatildeo dos sistemas de valores e a

uma alteraccedilatildeo da sua hierarquia de pertinecircncia expressas na importacircncia crescente dos

novos valores ligados agrave ecologia agrave defesa do meio ambiente e ao novo conceito de

desenvolvimento sustentado dos valores da solidariedade da cidadania e da

toleracircncia que orientam hoje um novo tipo de acccedilatildeo colectiva (exercido em termos de

voluntariado eou por Organizaccedilotildees Natildeo-Governamentais (ONG) como os meacutedicos

sem fronteiras as associaccedilotildees de protecccedilatildeo e defesa das crianccedilas e das mulheres

viacutetimas de maus tratos as associaccedilotildees de defesa das minorias do consumidor de

assistecircncia aos doentes com sida etc) assim como se assiste a uma evoluccedilatildeo dos

valores ligados agrave mundializaccedilatildeo que orientam instituiccedilotildees e convenccedilotildees internacionais

Pertinecircncia de valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-07]

Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$pertinencia-de-valoresgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 2564

DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E

SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA

Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os

valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute

quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os

valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi

publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio

quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o

egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que

promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de

etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo

excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores

da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo

lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais

entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos

professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas

desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os

docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila

Foto Pintura de Salvador Dali

In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml

Dossier temaacutetico sobre Valores 2664

A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA

Adolfo S Suaacuterez

Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso

de Teologia do Unasp

Centro Universitaacuterio Adventista

Campus Engenheiro Coelho (SP)

adolfosuarezunaspedubr

Introduccedilatildeo

1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores

11 Definiccedilotildees

12 Modelos de valores em sala de aula

121 Valores absolutos

122 Valores relativos

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

13 Classificaccedilatildeo de valores

14 Conclusatildeo parcial

2 Valores que devem ser ensinados

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

23 Conclusatildeo parcial

3 A transmissatildeo de valores

31 Como se aprendem os valores

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

33 A idade e o ensino de valores

34 Conclusatildeo parcial

Consideraccedilotildees finais

Referecircncias bibliograacuteficas

Dossier temaacutetico sobre Valores 2764

Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo

Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde

Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula

The issue of values in the classroom

Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary

Education based on a Christian pedagogical practice

Keywords values christian education classroom

Dossier temaacutetico sobre Valores 2864

INTRODUCcedilAtildeO

Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS

2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da

experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e

cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e

espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)

Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas

fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade

promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a

inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)

No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de

estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das

faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)

Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo

meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo

quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e

aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)

Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido

vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo

no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar

desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de

professores ldquoconteudistasrdquo

Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser

mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno

porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de

apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa

formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores

Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-

se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo

da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados

Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores

1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES

1 1 Definiccedilotildees

Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade

humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua

conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja

valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)

independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de

caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)

Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo

Dossier temaacutetico sobre Valores 2964

Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao

satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa

qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto

deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo

racional humano (2001 p 44)

No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS

pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores

significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno

seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais

lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que

promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os

princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o

seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o

respeito e a cooperaccedilatildeo

Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante

descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade

(1997 p 79)

12 Modelos de valores em sala de aula

Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores

Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)

121 Valores absolutos

Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e

normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma

autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos

indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave

medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo

previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios

mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo

O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para

conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de

que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3064

122 Valores relativos

Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute

baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da

verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio

mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela

praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia

pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc

A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o

que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de

tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no

momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros

possam pensar

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3164

Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o

trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua

autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e

normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam

orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os

valores

Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que

determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura

que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a

escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se

oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem

possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo

Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de

determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes

puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para

todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar

os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns

13 Classificaccedilatildeo de valores

Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da

seguinte maneira numa escala ascendente

(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc

(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc

(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc

(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc

(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc

(f) Valores religiosos sagrado profano etc

De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em

Dossier temaacutetico sobre Valores 3264

(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam

rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar

(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute

dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel

satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para

Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos

sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos

gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e

prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos

(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)

(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo

pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real

exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato

boa-feacutemaacute-feacute etc)

(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)

(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia

autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da

vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees

pessoais etc

(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano

14 Conclusatildeo parcial

Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do

comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta

particular

Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta

temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e

autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em

valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos

A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados

educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados

2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados

Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio

de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados

ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA

chama de mandamentos satildeo os seguintes

Dossier temaacutetico sobre Valores 3364

(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o

bem

(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica

Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila

(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso

caraacuteter

(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio

entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato

(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)

(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado

(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a

ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia

com a sabedoria

(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em

noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional

(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser

motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas

uacuteteis ou prazeres

(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem

cair no narcisismo) e o amor pelos outros

(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos

felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com

tudo e todos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3464

O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro

Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz

que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas

geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho

humildade sabedoria respeito e solidariedade

Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de

Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os

seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da

atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo

mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom

humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto

valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante

da TV liberdade e obediecircncia

Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da

temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila

coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e

harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico

compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees

Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro

primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de

Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e

transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade

Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto

que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia

integridade equiliacutebrio e pessoalidade

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-

aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito

famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem

apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de

eternidade

Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as

Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino

Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo

Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais

importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram

escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam

agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo

Dossier temaacutetico sobre Valores 3564

Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia

(accedilatildeo) Perdatildeo

Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia

(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo

Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia

(pensamento) Previsatildeo

Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave

famiacutelia Individualidade Propoacutesito

Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade

Dossier temaacutetico sobre Valores 3664

Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza

Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade

Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo

proacutepria

Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo

Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo

Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo

Abertura Entusiasmo Interesse Respeito

Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio

Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade

Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia

Auto-motivaccedilatildeo para

desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede

Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade

Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila

Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade

Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade

eacutetica

Carinho Flexibilidade no juiacutezo

moral Meditaccedilatildeo

Sentido de

comunidade

Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo

Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia

Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade

Compreensatildeo da

verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade

Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento

Consciecircncia dos

assuntos morais e

religiosos

Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato

Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila

Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura

Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia

Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade

Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade

Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo

pessoal

Cortesia Humor Patriotismo Veracidade

Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude

Cumprimento dos

deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva

23 Conclusatildeo parcial

Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis

cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a

sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula

um importante ofiacutecio para todo educador

3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES

Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos

numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a

quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais

envolvidos em todo esse processo

Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente

pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir

em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3764

31 Como se aprendem os valores

Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que

demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras

(MARQUES 2001 p 44)

(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados

(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica

em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto

(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os

valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade

assimilamos a honestidade

(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos

loacutegicos e discursivos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3864

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o

factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)

O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da

crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor

da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para

exemplificaacute-la etc

Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores

demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a

veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel

relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o

relacionamento proacuteximo

O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido

consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso

exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa

situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e

sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre

sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar

dinheiro Por quecircrdquo

33 A idade e o ensino de valores

De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos

de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo

das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo

tem muita influecircncia

Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia

moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees

dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila

obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque

isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal

Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem

desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido

sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos

actos

34Conclusatildeo parcial

Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses

valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos

rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis

de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado

de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)

chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)

Dossier temaacutetico sobre Valores 3964

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que

determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que

a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos

e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores

podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e

religiosos

Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam

conviver bem consigo mesmos e com a sociedade

Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o

ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional

e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa

Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo

desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na

transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe

um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a

educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual

entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde

Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de

motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe

uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores

Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente

Precisamos educar o estudante plenamente

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed

Petroacutepolis RJ Vozes 2000

BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais

Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997

BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales

Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997

Dossier temaacutetico sobre Valores 4064

CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003

CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a

Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas

Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b

LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo

Paulo Vida 2001

MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000

MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001

PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991

SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995

YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de

Moraes Porto Alegre Artmed 2002

Dossier temaacutetico sobre Valores 4164

O PODER DOS CONTOS INFANTIS

Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada

Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e

agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre

Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em

geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo

deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o

fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma

contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado

Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo

dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de

uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de

exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura

racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar

Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do

qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do

abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip

Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam

sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a

cobardia

O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o

estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso

encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e

prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e

vencer o mal

Dossier temaacutetico sobre Valores 4264

Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique

completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o

sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes

sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo

com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute

mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los

interpretaacute-los e ultrapassaacute-los

Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente

nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se

enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de

forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais

como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel

estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a

questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim

zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila

moral dos contos infantis

Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar

duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a

crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso

sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-

se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada

In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm

Dossier temaacutetico sobre Valores 4364

Dicionaacuterio de Valores

(Infopeacutedia)

afecto

amizade

autodisciplina

civismo

confianccedila

disciplina

honestidade

integridade

integro

justiccedila

lealdade

liberdade

partilha

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

respeito

responsabilidade

responsaacutevel

solidariedade

solidaacuterio

toleracircncia

valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 4464

afecto

afecto n adj sentimento de apego e ()

afecto forma do verbo afectar

afecto

nome masculino

1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo

2 amizade

3 amor

4 carinho

5 inclinaccedilatildeo

adjectivo

1 afeiccediloado dedicado

2 destinado

3 ligado dependente

(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)

amizade

nome feminino

1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia

2 camaradagem companheirismo cumplicidade

3 entendimento compreensatildeo

4 dedicaccedilatildeo bondade

5 pessoa amiga

(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4564

autodisciplina

nome feminino

1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo

2 capacidade de se disciplinar

(De auto-+disciplina)

civismo

nome masculino

1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico

2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas

suas instituiccedilotildees

(Do fr civisme laquoidraquo)

confianccedila

nome feminino

1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor

2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza

3 creacutedito

4 acircnimo

5 popular ousadia atrevimento

6 popular familiaridade

abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo

que se ocupa

dar confianccedila permitir certa familiaridade

ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza

tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade

(Do fr confiance laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4664

disciplina

disciplina n conjunto de regras ou ()

disciplina forma do verbo disciplinar

disciplina

nome feminino

1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou

colectividade

2 observacircncia das regras obediecircncia

3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a

respeitar regras ou conseguir resultados

4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de

um estabelecimento escolar

5 autoridade

6 castigo mortificaccedilatildeo

7 [plural] correias para accediloitar

(Do lat disciplina- laquoidraquo)

honestidade

nome feminino

1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade

probidade

2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade

3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia

(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4764

integridade

nome feminino

1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade

2 qualidade do que eacute iacutentegro

3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade

(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)

integro [integro]

adjectivo

1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO

2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO

justiccedila

justiccedila n virtude moral que inspira ()

justiccedila forma do verbo justiccedilar

justiccedila

nome feminino

1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a

atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade

2 conformidade com o direito estabelecido

3 poder de aplicar as leis poder judicial

4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees

5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do

poder judicial

6 conjunto dos magistrados a magistratura

Dossier temaacutetico sobre Valores 4864

7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda

por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada

na outra

8 popular funcionaacuterios de um tribunal

justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor

das coisas trocadas

justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e

dos encargos consoante a qualidade das pessoas

justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial

justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer

positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus

membros

popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos

com justiccedila de maneira justa e imparcial

dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio

em boa justiccedila segundo o que eacute devido

fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes

(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)

lealdade

nome feminino

qualidade de leal fidelidade sinceridade

(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4964

liberdade

nome feminino

1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua

natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo

livre)

2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo

ou de acccedilatildeo)

3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e

independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de

decisatildeo)

4 livre arbiacutetrio

5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)

6 personificaccedilatildeo das ideias liberais

7 toleracircncia

8 licenccedila autorizaccedilatildeo

9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada

10 figurado franqueza

11 [plural] regalias imunidades

liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas

que se julgarem verdadeiras

liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem

impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela

lei

LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e

sintaacutecticas em poesia

(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5064

partilha

nome feminino

1 acto ou efeito de partilhar

2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa

3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio

4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila

5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente

entre duas ou mais pessoas

(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

nome feminino

1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar

2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo

3 desassossego

4 ideia fixa

5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo

(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)

respeito

respeito n acto ou efeito de ()

respeito forma do verbo respeitar

respeito

nome masculino

1 acto ou efeito de respeitar

2 consideraccedilatildeo apreccedilo

3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo

4 homenagem culto

5 temor receio

Dossier temaacutetico sobre Valores 5164

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 7: Valor Es Final

infantis

Juntos partindo de conceitos cientiacuteficos comprovados apresentam uma seacuterie de

laquoactividades faacuteceis de executar e que satildeo particularmente vaacutelidas do ponto de vista

educativoraquo Isto tendo por premissa laquoa facilidade das crianccedilas em captar ensinamentos

e copiar os padrotildees de conduta dos adultosraquo Eacute que os petizes natildeo nascem ensinados e

cabe aos progenitores apontar as direcccedilotildees a seguir no sentido de aprenderem a

laquomovimentar-se pela vida com seguranccedila e responsabilidaderaquo

A transmissatildeo de valores o processo de habituaccedilatildeo atraveacutes da repeticcedilatildeo e do bom

exemplo (neste ponto eacute imperiosa a coerecircncia entre a teoria e praacutetica) e ateacute o seu grau

de estoicismo nunca desistindo perante as contrariedades (leia-se berrarias laacutegrimas

ou ataques de nervos) satildeo absolutamente fundamentais nesta foacutermula para se obterem

bons resultados

Ingredientes base

Na receita proposta em laquoVamos Jogarraquo a Emoccedilatildeo e a Planificaccedilatildeo tecircm o mesmo grau

de importacircncia A dupla sugere que os pais devem recuperar a alegria de quando eram

pequenos sendo cada jogo acompanhado de amor e do sorriso que laquotantas vezes

tendemos a esquecerraquo Jaacute em termos de Planificaccedilatildeo laquose criarmos expectativas seraacute

mais faacutecil que as crianccedilas desfrutemraquo como quem tem um objectivo em mente e sente a

inerente satisfaccedilatildeo quando consegue realizaacute-lo

Neste moroso processo eacute certo e sabido que laquonatildeo somos infaliacuteveisraquo laquoOs pais que se

equivocam satildeo mais humanos Se assumirmos que natildeo sabemos algo mas que vamos

tentar encontrar a resposta o nosso filho pensaraacute que tudo tem uma soluccedilatildeo Os nossos

enganos se os admitirmos aproximar-nos-atildeo mais delesraquo afianccedilam Eduard Estivill e

Yolanda Saacuteenz de Tejada

Mais laquopara ensinar eacute preciso ouvirraquo e rever a nossa infacircncia e a tradicional sensaccedilatildeo de

incompreensatildeo dessa fase etaacuteria seraacute uacutetil nesse processo de identificaccedilatildeo com a nossa

prole Por fim os autores recomendam laquoo amor loucoraquo pois que laquoum pouco de carinho

nunca eacute de mais e natildeo haacute que ter quaisquer pudores em demonstraacute-lo publicamente

Dossier temaacutetico sobre Valores 764

Bons haacutebitos

Ao longo de 277 paacuteginas aprendemos que esse acto essencial na vida das crianccedilas que eacute

o Jogo eacute possiacutevel de ser explorado no sentido educativo e meramente recreativo Na

lista de jogos haacute a promessa da aquisiccedilatildeo de bons haacutebitos na Comida de Conduta de

Higiene de Comunicaccedilatildeo de Estudo de Leitura e de Sono

O mesmo seraacute dizer que em jeito de brincadeira se aprende a pocircr a mesa a comer o

pequeno-almoccedilo sozinho a ser pontual agraves refeiccedilotildees a natildeo ter ciuacutemes a ser altruiacutesta a

valorizar a praacutetica desportiva a tomar banho sozinho a gerir o tempo a escolher a

roupa para vestir a perder o medo do meacutedico a natildeo ter vergonha a dar valor agrave

famiacutelia a gostar de estudar a treinar a memoacuteria a explorar o talento artiacutestico ou a

adormecer sozinho Tudo porque como disse um dia Allan Bloom laquoa educaccedilatildeo eacute o

movimento da obscuridade em direcccedilatildeo agrave luzraquo

Vera Valadas Ferreira | DESTAK

19 | 04 | 2010

In wwwfersapptfersapmodulesphpname=Newsampfile=articleampsid=844

Dossier temaacutetico sobre Valores 864

OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS

VALORES

Justiccedila igualdade toleracircnciahellip Satildeo palavras que cada dia mais se escutam nas escolas

A ldquoEducaccedilatildeo nos Valoresrdquo jaacute estaacute presente no curriculum escolar mas isso natildeo eacute

suficiente Ficar no niacutevel teoacuterico natildeo serve de nada E na praacutetica esquecemos

frequentemente que palavras tatildeo grandiosas como ldquoEmpatiardquo ou ldquoRespeitordquo se

traduzem em premissas tatildeo singelas como ldquonatildeo atirar papeacuteis para o chatildeordquo ldquoceder o

assento a quem mais o necessiterdquo ou ldquoabrir a porta a quem vai carregadordquo

Que a ldquoEducaccedilatildeo nos Valoresrdquo tenha chegado agraves escolas eacute um passo que realmente

devemos celebrar Saber ser pessoa eacute mais importante do que saber resolver integrais

ou saber em que ano comeccedilou a Revoluccedilatildeo Francesa Entretanto enquanto que a

instruccedilatildeo e formaccedilatildeo intelectual eacute um objectivo a conseguir primordialmente atraveacutes

da escola a educaccedilatildeo e desenvolvimento pessoal eacute-o atraveacutes da famiacutelia

Nunca devemos esquecer que o lar eacute o autecircntico formador de pessoas As crianccedilas

aprendem continuamente atraveacutes dos seus pais natildeo soacute o que estes lhes contam mas

tambeacutem sobretudo pelo que vecircem neles como actuam como respondem perante os

problemas Em definitivo as crianccedilas observam e copiam o proceder dos seus pais

perante a vida A autecircntica educaccedilatildeo nos valores transmite-se passa dos pais para os

seus filhos desde o dia do nascimento ateacute ao final da vida Natildeo obstante tem uma

importacircncia relevante durante os primeiros anos Ateacute aos seis ou sete anos de idade as

crianccedilas possuem uma moral denominada ldquoheteroacutenimardquo ou seja a sua motivaccedilatildeo para

fazer as coisas de uma maneira ou de outra eacute corresponder ao que o papaacute e a mamatilde

desejariam o que dizem os pais satildeo ldquoverdades absolutasrdquo Conforme crescem vatildeo

compreendendo melhor por que eacute importante actuar de certa forma e natildeo de outras

mas seguem sempre guiando-se pelo que vecircem em casa especialmente ateacute aos doze

anos Daiacuteiacute a tremenda importacircncia de educar as crianccedilas atraveacutes do exemplo para

desenvolver uma educaccedilatildeo ciacutevica

Dossier temaacutetico sobre Valores 964

Faz o que eu faccedilo

Todos temos na mente uma ideia de como gostariacuteamos que fosse a sociedade em que

mundo queremos que vivam os nossos filhos um sitio limpo em que as pessoas se

ajudem e respeitem onde todos tenhamos os mesmos direitoshellip Depois saiacutemos agrave rua

pensando no trabalho nas compras na ortodoncia do menino e esquecemo-nos de

todos esses bons propoacutesitos De repente queremos ser os primeiros a sair do metro

incomoda-nos o carro que torna lenta a circulaccedilatildeo esquecemo-nos de dar os bons dias

ao porteirohellip e assim dia apoacutes dia diante o olhar sempre atento das crianccedilas que jaacute se

sabe absorvem tudo como esponjas

Jaacute comentaacutemos que ateacute os doze anos aproximadamente o lar eacute a principal fonte de

valores direitos e deveres da crianccedila Agora tambeacutem teraacute que se dizer que haacute coisas

que dificilmente se aprendem mais tarde Se em pequenos natildeo nos acostumamos a

guardar o pacote no bolso quando natildeo haacute um cesto de papeacuteis agrave matildeo a natildeo pocircr a

muacutesica muito alta para natildeo incomodar o vizinho a dizer obrigado quando nos fazem

um favor ou a natildeo insultar os que satildeo diferentes seraacute mais complicado aprendecirc-lo

mais tarde Porque o civismo o respeito a honestidade e todos os valores humanos satildeo

em grande medida haacutebitos rotinas que aprendemos em famiacutelia de forma inconsciente

e que mais adiante chegamos a valorizar com a reflexatildeo que permite a maturidade

Por isso a melhor forma de transmitir valores de aprender a viver em sociedade eacute natildeo

aplicar jamais a tatildeo popular frase de ldquofaz o que eu digo e natildeo o que eu faccedilordquo Se

quisermos que nossos filhos alcancem essa sociedade tatildeo sonhada devemos comeccedilar

por criaacute-la noacutes mesmos e ldquofazer o que dizemosrdquo

Que ldquohaacutebitos-valoresrdquo fomentar

Decerto que vocecircs mesmos tecircm a resposta Soacute tecircm que pensar que tipo de pessoas

gostariam que fossem os vossos filhos e actuar em consequecircncia Como vimos a

coerecircncia entre as ideias que querem transmitir e a forma como se actua em casa eacute a

chave principal

A maioria das pessoas considera como nobres os mesmos tipos de valores Entretanto

agraves vezes eacute difiacutecil reconhecer em noacutes mesmo onde encaixa a conexatildeo entre ldquocrenccedilasrdquo e

ldquoforma de serrdquo Estes conselhos podem ajudar a reflectir sobre isso

Dossier temaacutetico sobre Valores 1064

Se quiserem que o vossofilho seja uma pessoa razoaacutevel raciocinem com ele desde o

primeiro dia Natildeo utilizem o ldquoporque eu digordquo Logicamente haveraacute muitas ocasiotildees

em que tenham que lhe ordenar as coisas mas sempre podem argumentar o motivo

O respeito onde primeiro se observa eacute entre os pais As decisotildees no casal devem ser

sempre compartilhadas Se discutem faccedilam-no de forma tranquila sem recriminar

Saber viver em sociedade eacute saber aceitar as opiniotildees distintas

Onde mais se fomentam os estereoacutetipos eacute no lar Pensaram alguma vez em coisas como

quem limpa a casa quem troca as lacircmpadas etc Tratem de compartilhar entre voacutes os

distintos papeacuteis

Se se preocuparem com as influecircncias externas pensem que tecircm uma arma muito

importante ao vosso alcance os vossoscomentaacuterios Falem com o vossofilho sobre a

opiniatildeo que merecem as actuaccedilotildees dos outros (tanto no positivo como no negativo)

Isto eacute importante sobretudo contra a influecircncia da televisatildeo

Compreender ajuda a aprender

Os valores transmitem-se atraveacutes do exemplo mas assentam com forccedila graccedilas agrave

compreensatildeo de que satildeo necessaacuterios Como podemos ajudar uma crianccedila pequena a

perceber esta importacircncia Uma boa maneira eacute aplicar a foacutermula de ldquofaz pelos outros o

que gostarias que fizessem por ti e natildeo lhes faccedilas o que natildeo gostarias que te fizessemrdquo

Por outras palavras colocar as crianccedilas na hipoacutetese de serem eles os protagonistas de

certas atitudes Eacute muito mais eficaz para que o vossofilho a entenda dizer-lhe

ldquoGostarias que se rissem de ti porque usas oacuteculos como te sentiriasrdquo do que lhe dizer

simplesmente ldquoNatildeo deves rir do Joatildeo por ter aparelho nos dentesrdquo

(Esther Garciacutea Schmah Pedagoga wwwsolohijoscom wwwmujernuevaorg)

In httpfamiliaaaldeianetos-habitos-familiares-e-a-transmissao-dos-valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 1164

VALORES NA FAMIacuteLIA

Quando os valores prioritaacuterios satildeo os valores ou bens materiais como ocorre em

amplos sectores da sociedade actual ou quando os valores se confundem com os

desejos ou as apetecircncias de um ser humano como tambeacutem acontece a descoberta de

verdadeiros valores humanos tem uma grande importacircncia para a motivaccedilatildeo da

vontade humana Porquecirc Porque a motivaccedilatildeo humana remete sempre para valores

humanos verdadeiros materiais e espirituais ndash sempre que os primeiros sirvam os

segundos e natildeo ao contraacuterio

A descoberta e valores corresponde aos imateriais aos do espiacuterito aos que fazem

referecircncia agrave verdade (valores intelectuais) ao bem (valores morais) e agrave beleza (valores

esteacuteticos) Satildeo trecircs tipos de valores estreitamente relacionados entre si porque verdade

bem e beleza satildeo os termos inseparaacuteveis de um trinoacutemio (Se algueacutem tentasse separaacute-

los encontrar-se-ia com uma verdade maacute e feia com um bem feio e falso com uma

beleza falsa e maacute)

Como descobrir estes valores Cada qual deve tomar a iniciativa de os procurar porque

lhe satildeo muito importantes satildeo os elementos que aperfeiccediloam o proacuteprio ser mediante

eles um indiviacuteduo pode acabar por ser chegar a ser aquilo que eacute pessoa ser mais e

melhor pessoa

Mas nem sempre que se procuram se encontram Tambeacutem eacute verdade que agraves vezes

emergem de repente no nosso horizonte existencial inclusivamente apesar da nossa

resistecircncia (hellip) Um dia qualquer uma vida rotineira e talvez sem relevo pode sentir-

se sacudida ndash e ateacute invadida ndash pela descoberta de um novo valor que a transforma

(Polaino e Carrentildeo l992 p 75)

Haacute algum acircmbito onde a descoberta de valores seja menos difiacutecil ou mais provaacutevel

Em primeiro lugar o acircmbito vital da famiacutelia Se os pais optaram por certos valores e se

comprometeram com eles cada filho que vem ao mundo natildeo tem de desenvolver a

tarefa hercuacutelea e problemaacutetica de tratar de descobrir por que valores vale a pena

arriscar a vida (ibidem)

Dossier temaacutetico sobre Valores 1264

Nem sempre acontece assim Optar por certos valores significa escolher entre os

melhores aqueles que mais convenham numa famiacutelia concreta com as suas

circunstacircncias actuais para o desenvolvimento pessoal de cada membro e para a

melhoria familiar Logicamente seratildeo prioritaacuterios os valores humanos mais cultivados

por ambos os cocircnjuges

Comprometer-se com uns valores e organizar a vida familiar em funccedilatildeo deles supotildee tecirc-

los interiorizado profundamente Soacute assim seratildeo capazes de os pocircr de moda na sua

famiacutelia sendo eles proacuteprios para os seus filhos portadores de valores

Esses valores vividos pelos pais com naturalidade e com graccedila com bom humor

sabendo sorrir habitualmente seratildeo atractivos para os filhos e contagiosos A famiacutelia

sob esta perspectiva aparece-nos como um museu vivo de valores E natildeo porque os

pais pendurem os valores nas paredes como se se tratasse de um quadro que

passivamente se deve admirar Os valores familiares constituem pelo contraacuterio um

dado irrefutaacutevel quase com cunho testemunhal que vai unido ao comportamento

diaacuterio dos pais (ibidem p 76) E tambeacutem estaratildeo presentes estes valores na conduta

dos filhos quando os pais aleacutem de os viverem e de os fomentarem promovem e

mantecircm vigentes algumas normas e costumes familiares que mostram a presenccedila viva

destes valores preferenciais

Os valores familiares ndash em famiacutelias cristatildes natildeo satildeo soacute valores naturais mas tambeacutem

valores sobrenaturais ndash nenhuma crianccedila inicialmente os questiona Mais tarde sim

porque na medida em que cresce emerge e amadurece a sua liberdade pessoal haacute-de

comprometer-se tambeacutem nas escolhas que faz e que obviamente satildeo sempre muito

pessoais(hellip) Precisamente por isso os pais tecircm de preparar essa fase de referecircncia ndash

atraveacutes do seu comportamento ndash que lhe sirva de orientaccedilatildeo (ibidem)

Isto seraacute tanto menos difiacutecil para os pais quanto mais cedo faccedilam da sua famiacutelia um

museu vivo de valores quando os filhos satildeo ainda muito pequenos

Seraacute menos difiacutecil tambeacutem a sua adolescecircncia quando o quadro de referecircncia e um

miacutenimo de normas e costumes tenham sido parte importante do seu ambiente familiar

acolhedor desde a primeira infacircncia

Dossier temaacutetico sobre Valores 1364

Deste modo quando o filho adolescente ou o filho jovem daacute prioridade a alguns

valores como fundamento para apoiar a sua vida tem jaacute como em depoacutesito uns

valores que anteriormente assumiu e integrou quase sem dar por isso contagiados ou

emprestados pelos seus pais

Estes valores familiares descobertos na convivecircncia do lar paterno nas relaccedilotildees diaacuterias

de pais e filhos de irmatildeos de diferentes idades traduzem-se ndash como efeito de

descoberta ndash em motivos Em consequecircncia a conduta de cada filho estaraacute motivada

desde o principio a sua vontade estaraacute motivada

Penso por contraste em tantos filhos desmotivados antes e durante a sua adolescecircncia

quando os primeiros responsaacuteveis da famiacutelia natildeo se propuseram ou natildeo souberam

criar este a ambiente familiar cimentado na sinceridade na generosidade na lealdade

na laboriosidade no optimismo na compreensatildeo exigente no respeito confiado na

disponibilidade na gratidatildeo na amizade e noutros valores humanos

Oliveros Otero

In httpfamiliaaaldeianetvalores-na-familia

Dossier temaacutetico sobre Valores 1464

O CONTO NA VIDA DA CRIANCcedilA

A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais

refinadas como A Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos

limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros

Perde-se no tempo a origem e importacircncia do conto na educaccedilatildeo da crianccedila Quantas

vezes pais e educadores a braccedilos com a explicaccedilatildeo de algo mais complexo aos nossos

filhos nos socorremos de uma histoacuteria que simplifique a nossa tarefa por um lado e

por outro facilite a compreensatildeo por parte da crianccedila daquilo que verdadeiramente lhe

queremos transmitir

Passar valores agrave crianccedila eacute algo complexo Esta missatildeo implica normalmente conceitos

que fazem apelo a abstracccedilotildees competecircncias impossiacuteveis de usar pela crianccedila nas

etapas mais precoces do desenvolvimento As histoacuterias satildeo por isso um meio

facilitador de resolver algumas das questotildees que esta tarefa nos coloca Se por um

lado divertem as crianccedilas espicaccedilam a sua curiosidade promovem competecircncias

cognitivas e de oralidade activam a magia por outro satildeo tambeacutem a forma de

concretizarmos alguns dos valores que consideramos aceitaacuteveis e oportunos transmitir

agrave crianccedila

De cada histoacuteria cada crianccedila retiraraacute aquilo que lhe fizer mais sentido em funccedilatildeo das

suas vivecircncias e das suas caracteriacutesticas desenvolvimentais Com a mesma histoacuteria

podemos transmitir um sem-nuacutemero de ensinamentos isso depende em primeira

instacircncia do objectivo de quem a usa e da proacutepria crianccedila

A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais

refinadas como a Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos

limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros

A Menina do Mar eacute uma histoacuteria porventura difiacutecil de entender antes da idade

escolar Para aleacutem da beleza literaacuteria pode permitir-nos transmitir valores ecoloacutegicos

respeito pela Natureza nomeadamente pelas coisas do mar curiosidade na descoberta

e contemplaccedilatildeo do mar e do que ele conteacutem Aleacutem disso e voltando a um dos valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 1564

inerentes a quase todas as histoacuterias - a relaccedilatildeo com os outros - A Menina do Mar

proporciona uma excelente oportunidade de ensinar a crianccedila a respeitar e a aceitar as

diferenccedilas e ainda a importacircncia de fazer amigos

Nas histoacuterias tal como na vida por vezes tambeacutem haacute situaccedilotildees desconcertantes e ainda

bem que as histoacuterias contemplam estas situaccedilotildees Satildeo uma oacuteptima oportunidade para a

crianccedila se organizar e aprender a lidar com os medos os obstaacuteculos e frustraccedilotildees com

que se iraacute confrontar ao longo da vida Eacute importante que o crescimento se faccedila ainda

que ao niacutevel do imaginaacuterio e simboacutelico assente em valores reais

In O conto na vida da crianccedila In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-

06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$o-conto-na-vida-da-criancagt

Dossier temaacutetico sobre Valores 1664

VALORES

Os valores correspondem a maneiras de ser ou de agir reconhecidas como desejaacuteveis

Genericamente pode dizer-se que natildeo eacute possiacutevel a existecircncia de um grupo humano

sem que tenham sido definidos impliacutecita ou explicitamente os seus valores A

expressatildeo escrita e oral os siacutembolos os objectos satildeo meios de que os indiviacuteduos e os

grupos dispotildeem para aceder aos valores

Tecircm sido objecto de estudo em Sociologia questotildees como a do modo como evoluem os

valores o modo como os valores satildeo vividos pelos indiviacuteduos e pelos grupos e a

possibilidade ou impossibilidade de se falar em sociedades globais

No estrutural-funcionalismo de T Parsons os valores partilhados interiorizados satildeo

vistos como desempenhando um papel decisivo na integraccedilatildeo social em qualquer

sociedade Os criacuteticos deste ponto de vista defendem que a integraccedilatildeo social natildeo

depende num grau tatildeo absoluto da partilha de valores Argumenta-se que os valores

podem ser aceites por motivos pragmaacuteticos mais do que normativos e que as

estruturas sociais podem impor-se para aleacutem da interiorizaccedilatildeo dos valores Sobretudo

a maioria dos socioacutelogos reconhece actualmente que uma sociedade pode existir

mesmo que seja atravessada por divergecircncias a niacutevel dos valores

Valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-06] Disponiacutevel na

www ltURL httpwwwinfopediapt$valoresgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 1764

CRISE DOS VALORES TRADICIONAIS

Em pleno seacuteculo XXI quase toda a sociedade considera que existe uma crise de valores

ou pelo menos a falecircncia dos tradicionais Mas desde sempre esta consciecircncia de crise

de valores existiu numa perspectiva geograacutefica mais restrita e sem as dimensotildees de

generalizaccedilatildeo como sucede hoje A globalizaccedilatildeo econoacutemica e o neoliberalismo o

individualismo e o relativismo a par do progresso tecnoloacutegico aceleraram a toma de

consciecircncia de crise de valores por parte da populaccedilatildeo Por um lado esbateram-se ou jaacute

natildeo existem mesmo criteacuterios seguros para distinccedilatildeo do bem e do mal do justo e do

injusto entre outras categorias morais e pessoais imperando pois a subjectividade e o

relativismo Radicalmente alguns vatildeo mais longe e afirmam mesmo que jaacute natildeo existem

sequer valores tudo eacute circunstancial O que era antes intemporal e inalteraacutevel eacute agora

volaacutetil ou inconsistente passando-se do relativismo agrave descrenccedila niilista absoluta

As principais causas para a crise de valores satildeo

- a desvalorizaccedilatildeo da tradiccedilatildeo quer atraveacutes do marxismo que tudo subjuga agrave histoacuteria e

ao plano social desvalorizando os valores antigos da burguesia dos opressores que

substitui pelos do povo trabalhador quer atraveacutes de Nietzsche e a sua negaccedilatildeo dos

valores absolutos ou mesmo com Freud que tornou os valores morais como produto

de mecanismos mentais repressivos

- a crise na instituiccedilatildeo familiar das suas relaccedilotildees do proacuteprio modelo de famiacutelia

primeira fonte de transmissatildeo de valores O aumento de divoacutercios separaccedilotildees

violecircncia domeacutestica pressotildees econoacutemicas e stress social das famiacutelias podem prejudicar

tambeacutem a transmissatildeo de valores seguros aos filhos

- modificaccedilotildees de ordem material nos aspectos tecnoloacutegico e cientiacutefico e as sucessivas

mutaccedilotildees econoacutemicas podem conduzir ao distanciamento cada vez maior da sociedade

moderna face aos valores tradicionais

- menor peso dos bons costumes e da cultura popular na sociedade moderna visiacutevel na

descrenccedila nos valores absolutos e na moral social substituiacuteda pela moral autoacutenoma e

pelo relativismo

A sociedade hoje em dia tornou-se mais aberta e plural mais intercultural assumindo

melhor as diferenccedilas mas tambeacutem tornando-se mais insegura violenta tendendo para

a repressatildeo e ateacute para um individualismo egoiacutesta e esvaziado de valores de relaccedilotildees

Dossier temaacutetico sobre Valores 1864

interpessoais Para muitos analistas natildeo existe crise antes abertura para outros a

maior crise eacute a incapacidade humana de enfrentar o problema da crise de valores pois

subsiste a ideia de que nas democracias natildeo haacute valores impessoais ou suprapessoais

parecendo que cada um escolhe os seus Alguns autores sugerem que a crise natildeo seraacute

apenas de valores mas tambeacutem de referecircncias estaacuteveis e soacutelidas

Crise dos Valores Tradicionais In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-

06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$crise-dos-valores-tradicionaisgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 1964

O QUE SAtildeO VALORES

O QUE DISTINGUE UM FACTO DE UM VALOR

PESQUISA

O homem vive toma partido crecirc numa multiplicidade de valores hierarquiza-os e daacute

assim sentido agrave sua existecircncia mediante opccedilotildees que ultrapassam incessantemente as

fronteiras do seu conhecimento efectivo No homem que pensa esta questatildeo soacute pode

ser raciocinada no sentido em que para fazer a siacutentese entre aquilo que ele crecirc e

aquilo que ele sabe ele soacute pode utilizar uma reflexatildeo quer prolongando o saber quer

opondo-se a ele num esforccedilo criacutetico para determinar as suas fronteiras actuais e

legitimar a hierarquizaccedilatildeo dos valores que o ultrapassam Esta siacutentese raciocinada

entre as crenccedilas quaisquer que elas sejam e as condiccedilotildees do saber constituiacute aquilo que

noacutes chamamos uma sabedoria e eacute este que nos parece ser o objecto da filosofia

Jean Piaget Sageza e Ilusatildeo da Filosofia

Dossier temaacutetico sobre Valores 2064

SIacuteNTESE

1 Valores

1 Quando decidimos fazer algo estamos a realizar uma escolha Manifestamos certas

preferecircncias por umas coisas em vez de outras Evocamos entatildeo certos motivos para

justificar as nossas decisotildees

2 Factos e valores

Todos estes motivos podem ser apoiados em factos mas tecircm sempre impliacutecitos certos

valores que justificam ou legitimam as nossas preferecircncias

Exemplo O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi o dia mais importante

da semana era um domingo

Facto O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi efectivamente um

domingo

Valor impliacutecito O domingo como o dia mais importante entre os

dias da semana

3Facto

Um facto eacute algo que algo que pode ser comprovado sobre o qual podemos dizer que a

afirmaccedilatildeo eacute verdadeira ou falsa Os factos satildeo igualmente susceptiacuteveis de gerarem

consensos universais

4 Valor

Podemos definir os valorespartindo das vaacuterias dimensotildees em que usamos

a) os valores satildeo criteacuterios segundo os quais valorizamos ou desvalorizamos as

coisas

Dossier temaacutetico sobre Valores 2164

b) Os valores satildeo as razotildees que justificam ou motivam as nossas acccedilotildees tornando-

as preferiacuteveis a outras

Os valores reportam-se em geral sempre a acccedilotildees justificam-nas

Exemplo Participar numa manifestaccedilatildeo a favor do povo timorensepode significar que

atribuiacutemos agrave Solidariedade uma enorme importacircncia A solidariedade eacute neste caso o

valor que justifica ou explica a nossa acccedilatildeo

Ao contraacuterio dos factos os valores apenas implicam a adesatildeo de grupos restritos Nem

todos possuiacutemos os mesmos valores nem valorizamos as coisas da mesma forma

5 Tipos de valores

Os valores natildeo satildeo coisas nem simples ideias que adquirimos mas conceitos que

traduzem as nossas preferecircncias Existe uma enorme diversidade de valores podemos

agrupaacute-los quanto agrave sua natureza da seguinte forma

Valores eacuteticos os que se referem agraves normas ou criteacuterios de conduta que afectam todas

as aacutereas da nossa actividade Exemplos Solidariedade Honestidade Verdade

Lealdade Bondade Altruiacutesmo

Valores esteacuteticos os valores de expressatildeo Exemplo Harmonia Belo Feio Sublime

Traacutegico

Valores religiosos os que dizem respeito agrave relaccedilatildeo do homem com a transcendecircncia

Exemplos Sagrado Pureza Santidade Perfeiccedilatildeo

Valores poliacuteticos Justiccedila Igualdade Imparcialidade Cidadania Liberdade

Valores vitais Sauacutede Forccedila

6 Hierarquizaccedilatildeo dos Valores

Natildeo atribuiacutemos a todos os nossos valores a mesma importacircncia Na hora de tomar

uma decisatildeo cada um de noacutes hierarquiza os valores de forma muito diversa A

Dossier temaacutetico sobre Valores 2264

hierarquizaccedilatildeo eacute a propriedade que tem os valores de se subordinarem uns aos outros

isto eacute de serem uns mais valiosos que outros As razotildees porque o fazemos satildeo

muacuteltiplas

Exemplo

A maioria da populaccedilatildeo mundial continua a passar graves carecircncias alimentares

Todos os anos morrem milhotildees de pessoas por subnutriccedilatildeo Natildeo eacute de querer que

hierarquia dos seus valores destas pessoas a satisfaccedilatildeo das suas necessidades

bioloacutegicas natildeo esteja logo em primeiro lugar

7 Polaridade dos Valores

Os nossos valores tendem a organizar-se em termos de oposiccedilotildees ou polaridades

Preferimos e opomos a Verdade agrave Mentira a Justiccedila agrave Injusticcedila o Bem ao Mal a beleza

agrave fealdade a genorosidade agrave mesquinhecircs A palavra valor costuma apenas ser aplicada

num sentido positivo Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de

estima positiva ou negativamente Valor eacute tanto o Bem como o Mal o Justo como

Injusto

Carlos Fontes

In httpafilosofianosapopt10valoreshtm~

Dossier temaacutetico sobre Valores 2364

PERTINEcircNCIA DE VALORES

Durkheim considerava que os valores miacuteticos e religiosos que funcionaram como

crenccedilas nas sociedades tradicionais serviram para exercer o controlo e a coesatildeo sociais

e para inspirar as avaliaccedilotildees e as motivaccedilotildees das pessoas Eacute assim que nas sociedades

tradicionais de solidariedade mecacircnica os indiviacuteduos estatildeo integrados por valores

comuns que se lhes impotildeem garantindo a coesatildeo social Jaacute nas sociedades modernas

de solidariedade orgacircnica verifica-se segundo Durkheim uma erosatildeo dos valores

graccedilas ao aumento do individualismo e agrave desintegraccedilatildeo das ligaccedilotildees sociais originadas

pelo desenvolvimento da divisatildeo do trabalho

Parsons (1951) que consagrou a existecircncia de quatro subsistemas interdependentes -

cultural poliacutetico econoacutemico societal - remete cada um deles para quatro tipos de

valores O subsistema cultural manteacutem os modelos valorizados da acccedilatildeo o subsistema

poliacutetico assegura a funccedilatildeo de realizaccedilatildeo das finalidades colectivas o subsistema

societal assegura a funccedilatildeo de integraccedilatildeo social dos indiviacuteduos e o econoacutemico a funccedilatildeo

de adaptaccedilatildeo (controlo exploraccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio ambiente) Satildeo portanto

os sistemas que asseguram a funccedilatildeo de reproduccedilatildeo dos valores

A questatildeo da pertinecircncia dos valores coloca a relaccedilatildeo entre os valores (morais

religiosos poliacuteticos esteacuteticos) e as culturas na proacutepria medida em que existem relaccedilotildees

entre as formas de vida ou as visotildees do mundo e o quadro de valores que as orientam

Haacute uma multiplicidade de valores variando estes conforme as sociedades e as

culturas e tambeacutem conforme as eacutepocas histoacutericas por isso se fala da relatividade

histoacuterica dos valores Ora a pluralidade dos valores eacute acompanhada tambeacutem da

existecircncia de sistemas de valores relativamente abertos Novos valores podem sempre

vir a integrar um sistema (moral poliacutetico cultural ou religioso) desde que seja

assegurada uma coerecircncia miacutenima entre os valores de um mesmo sistema Com efeito

uma cultura de valores democraacuteticos por exemplo eacute incompatiacutevel com o autoritarismo

e o totalitarismo como uma cultura que reconhece o valor da infacircncia e os direitos da

crianccedila eacute incompatiacutevel com a exploraccedilatildeo da crianccedila

Poreacutem sistemas de valores diferenciados podem coexistir numa mesma sociedade

valores de grupos poliacuteticos diferentes de etnias diversas de comunidades religiosas

diferentes valores hedonistas que se opotildeem aos valores do trabalho e da eficaacutecia os

valores da poupanccedila e do patrimoacutenio em oposiccedilatildeo ao consumismo desenfreado os

Dossier temaacutetico sobre Valores 2464

valores do ser e da pessoa em oposiccedilatildeo aos valores do ter e do poder financeiro etc

Esta diversidade de valores pode provocar conflitos cuja resposta poderaacute implicar que

uma hierarquia de pertinecircncias seja estabelecida Com efeito existem conflitos de

valores no seio da famiacutelia (entre as geraccedilotildees por exemplo) nas empresas (entre a

eficaacutecia econoacutemica o lucro o melhoramento das condiccedilotildees de trabalho o serviccedilo agrave

comunidade etc) ao niacutevel das argumentaccedilotildees de valores num

tribunal ou nos debates puacuteblicos sobre processos judiciais (o respeito devido agraves viacutetimas

e o direito do culpado agrave sua defesa por exemplo) conflitos entre o valor da famiacutelia e a

obrigaccedilatildeo do trabalho (conflito que se potildee muitas vezes agraves matildees que trabalham fora

de casa e tecircm filhos pequenos) etc

Para aleacutem dos aspectos ligados agrave pluralidade dos valores assistimos hoje nas

sociedades democraacuteticas contemporacircneas a uma evoluccedilatildeo dos sistemas de valores e a

uma alteraccedilatildeo da sua hierarquia de pertinecircncia expressas na importacircncia crescente dos

novos valores ligados agrave ecologia agrave defesa do meio ambiente e ao novo conceito de

desenvolvimento sustentado dos valores da solidariedade da cidadania e da

toleracircncia que orientam hoje um novo tipo de acccedilatildeo colectiva (exercido em termos de

voluntariado eou por Organizaccedilotildees Natildeo-Governamentais (ONG) como os meacutedicos

sem fronteiras as associaccedilotildees de protecccedilatildeo e defesa das crianccedilas e das mulheres

viacutetimas de maus tratos as associaccedilotildees de defesa das minorias do consumidor de

assistecircncia aos doentes com sida etc) assim como se assiste a uma evoluccedilatildeo dos

valores ligados agrave mundializaccedilatildeo que orientam instituiccedilotildees e convenccedilotildees internacionais

Pertinecircncia de valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-07]

Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$pertinencia-de-valoresgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 2564

DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E

SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA

Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os

valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute

quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os

valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi

publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio

quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o

egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que

promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de

etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo

excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores

da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo

lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais

entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos

professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas

desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os

docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila

Foto Pintura de Salvador Dali

In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml

Dossier temaacutetico sobre Valores 2664

A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA

Adolfo S Suaacuterez

Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso

de Teologia do Unasp

Centro Universitaacuterio Adventista

Campus Engenheiro Coelho (SP)

adolfosuarezunaspedubr

Introduccedilatildeo

1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores

11 Definiccedilotildees

12 Modelos de valores em sala de aula

121 Valores absolutos

122 Valores relativos

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

13 Classificaccedilatildeo de valores

14 Conclusatildeo parcial

2 Valores que devem ser ensinados

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

23 Conclusatildeo parcial

3 A transmissatildeo de valores

31 Como se aprendem os valores

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

33 A idade e o ensino de valores

34 Conclusatildeo parcial

Consideraccedilotildees finais

Referecircncias bibliograacuteficas

Dossier temaacutetico sobre Valores 2764

Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo

Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde

Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula

The issue of values in the classroom

Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary

Education based on a Christian pedagogical practice

Keywords values christian education classroom

Dossier temaacutetico sobre Valores 2864

INTRODUCcedilAtildeO

Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS

2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da

experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e

cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e

espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)

Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas

fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade

promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a

inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)

No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de

estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das

faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)

Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo

meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo

quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e

aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)

Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido

vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo

no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar

desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de

professores ldquoconteudistasrdquo

Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser

mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno

porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de

apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa

formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores

Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-

se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo

da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados

Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores

1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES

1 1 Definiccedilotildees

Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade

humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua

conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja

valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)

independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de

caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)

Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo

Dossier temaacutetico sobre Valores 2964

Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao

satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa

qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto

deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo

racional humano (2001 p 44)

No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS

pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores

significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno

seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais

lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que

promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os

princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o

seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o

respeito e a cooperaccedilatildeo

Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante

descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade

(1997 p 79)

12 Modelos de valores em sala de aula

Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores

Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)

121 Valores absolutos

Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e

normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma

autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos

indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave

medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo

previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios

mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo

O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para

conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de

que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3064

122 Valores relativos

Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute

baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da

verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio

mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela

praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia

pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc

A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o

que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de

tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no

momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros

possam pensar

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3164

Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o

trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua

autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e

normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam

orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os

valores

Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que

determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura

que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a

escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se

oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem

possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo

Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de

determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes

puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para

todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar

os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns

13 Classificaccedilatildeo de valores

Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da

seguinte maneira numa escala ascendente

(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc

(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc

(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc

(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc

(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc

(f) Valores religiosos sagrado profano etc

De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em

Dossier temaacutetico sobre Valores 3264

(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam

rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar

(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute

dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel

satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para

Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos

sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos

gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e

prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos

(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)

(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo

pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real

exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato

boa-feacutemaacute-feacute etc)

(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)

(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia

autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da

vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees

pessoais etc

(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano

14 Conclusatildeo parcial

Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do

comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta

particular

Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta

temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e

autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em

valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos

A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados

educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados

2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados

Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio

de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados

ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA

chama de mandamentos satildeo os seguintes

Dossier temaacutetico sobre Valores 3364

(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o

bem

(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica

Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila

(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso

caraacuteter

(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio

entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato

(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)

(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado

(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a

ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia

com a sabedoria

(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em

noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional

(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser

motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas

uacuteteis ou prazeres

(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem

cair no narcisismo) e o amor pelos outros

(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos

felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com

tudo e todos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3464

O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro

Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz

que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas

geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho

humildade sabedoria respeito e solidariedade

Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de

Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os

seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da

atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo

mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom

humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto

valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante

da TV liberdade e obediecircncia

Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da

temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila

coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e

harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico

compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees

Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro

primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de

Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e

transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade

Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto

que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia

integridade equiliacutebrio e pessoalidade

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-

aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito

famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem

apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de

eternidade

Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as

Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino

Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo

Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais

importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram

escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam

agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo

Dossier temaacutetico sobre Valores 3564

Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia

(accedilatildeo) Perdatildeo

Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia

(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo

Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia

(pensamento) Previsatildeo

Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave

famiacutelia Individualidade Propoacutesito

Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade

Dossier temaacutetico sobre Valores 3664

Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza

Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade

Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo

proacutepria

Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo

Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo

Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo

Abertura Entusiasmo Interesse Respeito

Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio

Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade

Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia

Auto-motivaccedilatildeo para

desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede

Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade

Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila

Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade

Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade

eacutetica

Carinho Flexibilidade no juiacutezo

moral Meditaccedilatildeo

Sentido de

comunidade

Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo

Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia

Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade

Compreensatildeo da

verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade

Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento

Consciecircncia dos

assuntos morais e

religiosos

Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato

Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila

Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura

Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia

Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade

Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade

Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo

pessoal

Cortesia Humor Patriotismo Veracidade

Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude

Cumprimento dos

deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva

23 Conclusatildeo parcial

Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis

cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a

sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula

um importante ofiacutecio para todo educador

3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES

Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos

numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a

quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais

envolvidos em todo esse processo

Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente

pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir

em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3764

31 Como se aprendem os valores

Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que

demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras

(MARQUES 2001 p 44)

(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados

(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica

em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto

(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os

valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade

assimilamos a honestidade

(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos

loacutegicos e discursivos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3864

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o

factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)

O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da

crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor

da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para

exemplificaacute-la etc

Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores

demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a

veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel

relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o

relacionamento proacuteximo

O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido

consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso

exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa

situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e

sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre

sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar

dinheiro Por quecircrdquo

33 A idade e o ensino de valores

De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos

de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo

das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo

tem muita influecircncia

Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia

moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees

dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila

obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque

isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal

Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem

desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido

sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos

actos

34Conclusatildeo parcial

Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses

valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos

rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis

de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado

de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)

chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)

Dossier temaacutetico sobre Valores 3964

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que

determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que

a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos

e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores

podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e

religiosos

Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam

conviver bem consigo mesmos e com a sociedade

Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o

ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional

e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa

Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo

desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na

transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe

um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a

educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual

entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde

Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de

motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe

uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores

Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente

Precisamos educar o estudante plenamente

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed

Petroacutepolis RJ Vozes 2000

BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais

Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997

BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales

Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997

Dossier temaacutetico sobre Valores 4064

CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003

CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a

Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas

Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b

LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo

Paulo Vida 2001

MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000

MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001

PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991

SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995

YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de

Moraes Porto Alegre Artmed 2002

Dossier temaacutetico sobre Valores 4164

O PODER DOS CONTOS INFANTIS

Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada

Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e

agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre

Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em

geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo

deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o

fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma

contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado

Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo

dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de

uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de

exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura

racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar

Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do

qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do

abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip

Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam

sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a

cobardia

O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o

estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso

encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e

prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e

vencer o mal

Dossier temaacutetico sobre Valores 4264

Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique

completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o

sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes

sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo

com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute

mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los

interpretaacute-los e ultrapassaacute-los

Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente

nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se

enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de

forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais

como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel

estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a

questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim

zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila

moral dos contos infantis

Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar

duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a

crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso

sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-

se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada

In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm

Dossier temaacutetico sobre Valores 4364

Dicionaacuterio de Valores

(Infopeacutedia)

afecto

amizade

autodisciplina

civismo

confianccedila

disciplina

honestidade

integridade

integro

justiccedila

lealdade

liberdade

partilha

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

respeito

responsabilidade

responsaacutevel

solidariedade

solidaacuterio

toleracircncia

valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 4464

afecto

afecto n adj sentimento de apego e ()

afecto forma do verbo afectar

afecto

nome masculino

1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo

2 amizade

3 amor

4 carinho

5 inclinaccedilatildeo

adjectivo

1 afeiccediloado dedicado

2 destinado

3 ligado dependente

(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)

amizade

nome feminino

1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia

2 camaradagem companheirismo cumplicidade

3 entendimento compreensatildeo

4 dedicaccedilatildeo bondade

5 pessoa amiga

(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4564

autodisciplina

nome feminino

1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo

2 capacidade de se disciplinar

(De auto-+disciplina)

civismo

nome masculino

1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico

2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas

suas instituiccedilotildees

(Do fr civisme laquoidraquo)

confianccedila

nome feminino

1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor

2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza

3 creacutedito

4 acircnimo

5 popular ousadia atrevimento

6 popular familiaridade

abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo

que se ocupa

dar confianccedila permitir certa familiaridade

ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza

tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade

(Do fr confiance laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4664

disciplina

disciplina n conjunto de regras ou ()

disciplina forma do verbo disciplinar

disciplina

nome feminino

1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou

colectividade

2 observacircncia das regras obediecircncia

3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a

respeitar regras ou conseguir resultados

4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de

um estabelecimento escolar

5 autoridade

6 castigo mortificaccedilatildeo

7 [plural] correias para accediloitar

(Do lat disciplina- laquoidraquo)

honestidade

nome feminino

1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade

probidade

2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade

3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia

(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4764

integridade

nome feminino

1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade

2 qualidade do que eacute iacutentegro

3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade

(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)

integro [integro]

adjectivo

1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO

2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO

justiccedila

justiccedila n virtude moral que inspira ()

justiccedila forma do verbo justiccedilar

justiccedila

nome feminino

1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a

atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade

2 conformidade com o direito estabelecido

3 poder de aplicar as leis poder judicial

4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees

5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do

poder judicial

6 conjunto dos magistrados a magistratura

Dossier temaacutetico sobre Valores 4864

7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda

por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada

na outra

8 popular funcionaacuterios de um tribunal

justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor

das coisas trocadas

justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e

dos encargos consoante a qualidade das pessoas

justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial

justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer

positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus

membros

popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos

com justiccedila de maneira justa e imparcial

dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio

em boa justiccedila segundo o que eacute devido

fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes

(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)

lealdade

nome feminino

qualidade de leal fidelidade sinceridade

(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4964

liberdade

nome feminino

1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua

natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo

livre)

2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo

ou de acccedilatildeo)

3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e

independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de

decisatildeo)

4 livre arbiacutetrio

5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)

6 personificaccedilatildeo das ideias liberais

7 toleracircncia

8 licenccedila autorizaccedilatildeo

9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada

10 figurado franqueza

11 [plural] regalias imunidades

liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas

que se julgarem verdadeiras

liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem

impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela

lei

LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e

sintaacutecticas em poesia

(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5064

partilha

nome feminino

1 acto ou efeito de partilhar

2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa

3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio

4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila

5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente

entre duas ou mais pessoas

(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

nome feminino

1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar

2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo

3 desassossego

4 ideia fixa

5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo

(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)

respeito

respeito n acto ou efeito de ()

respeito forma do verbo respeitar

respeito

nome masculino

1 acto ou efeito de respeitar

2 consideraccedilatildeo apreccedilo

3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo

4 homenagem culto

5 temor receio

Dossier temaacutetico sobre Valores 5164

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

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Pintar o futurohellip

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Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 8: Valor Es Final

Bons haacutebitos

Ao longo de 277 paacuteginas aprendemos que esse acto essencial na vida das crianccedilas que eacute

o Jogo eacute possiacutevel de ser explorado no sentido educativo e meramente recreativo Na

lista de jogos haacute a promessa da aquisiccedilatildeo de bons haacutebitos na Comida de Conduta de

Higiene de Comunicaccedilatildeo de Estudo de Leitura e de Sono

O mesmo seraacute dizer que em jeito de brincadeira se aprende a pocircr a mesa a comer o

pequeno-almoccedilo sozinho a ser pontual agraves refeiccedilotildees a natildeo ter ciuacutemes a ser altruiacutesta a

valorizar a praacutetica desportiva a tomar banho sozinho a gerir o tempo a escolher a

roupa para vestir a perder o medo do meacutedico a natildeo ter vergonha a dar valor agrave

famiacutelia a gostar de estudar a treinar a memoacuteria a explorar o talento artiacutestico ou a

adormecer sozinho Tudo porque como disse um dia Allan Bloom laquoa educaccedilatildeo eacute o

movimento da obscuridade em direcccedilatildeo agrave luzraquo

Vera Valadas Ferreira | DESTAK

19 | 04 | 2010

In wwwfersapptfersapmodulesphpname=Newsampfile=articleampsid=844

Dossier temaacutetico sobre Valores 864

OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS

VALORES

Justiccedila igualdade toleracircnciahellip Satildeo palavras que cada dia mais se escutam nas escolas

A ldquoEducaccedilatildeo nos Valoresrdquo jaacute estaacute presente no curriculum escolar mas isso natildeo eacute

suficiente Ficar no niacutevel teoacuterico natildeo serve de nada E na praacutetica esquecemos

frequentemente que palavras tatildeo grandiosas como ldquoEmpatiardquo ou ldquoRespeitordquo se

traduzem em premissas tatildeo singelas como ldquonatildeo atirar papeacuteis para o chatildeordquo ldquoceder o

assento a quem mais o necessiterdquo ou ldquoabrir a porta a quem vai carregadordquo

Que a ldquoEducaccedilatildeo nos Valoresrdquo tenha chegado agraves escolas eacute um passo que realmente

devemos celebrar Saber ser pessoa eacute mais importante do que saber resolver integrais

ou saber em que ano comeccedilou a Revoluccedilatildeo Francesa Entretanto enquanto que a

instruccedilatildeo e formaccedilatildeo intelectual eacute um objectivo a conseguir primordialmente atraveacutes

da escola a educaccedilatildeo e desenvolvimento pessoal eacute-o atraveacutes da famiacutelia

Nunca devemos esquecer que o lar eacute o autecircntico formador de pessoas As crianccedilas

aprendem continuamente atraveacutes dos seus pais natildeo soacute o que estes lhes contam mas

tambeacutem sobretudo pelo que vecircem neles como actuam como respondem perante os

problemas Em definitivo as crianccedilas observam e copiam o proceder dos seus pais

perante a vida A autecircntica educaccedilatildeo nos valores transmite-se passa dos pais para os

seus filhos desde o dia do nascimento ateacute ao final da vida Natildeo obstante tem uma

importacircncia relevante durante os primeiros anos Ateacute aos seis ou sete anos de idade as

crianccedilas possuem uma moral denominada ldquoheteroacutenimardquo ou seja a sua motivaccedilatildeo para

fazer as coisas de uma maneira ou de outra eacute corresponder ao que o papaacute e a mamatilde

desejariam o que dizem os pais satildeo ldquoverdades absolutasrdquo Conforme crescem vatildeo

compreendendo melhor por que eacute importante actuar de certa forma e natildeo de outras

mas seguem sempre guiando-se pelo que vecircem em casa especialmente ateacute aos doze

anos Daiacuteiacute a tremenda importacircncia de educar as crianccedilas atraveacutes do exemplo para

desenvolver uma educaccedilatildeo ciacutevica

Dossier temaacutetico sobre Valores 964

Faz o que eu faccedilo

Todos temos na mente uma ideia de como gostariacuteamos que fosse a sociedade em que

mundo queremos que vivam os nossos filhos um sitio limpo em que as pessoas se

ajudem e respeitem onde todos tenhamos os mesmos direitoshellip Depois saiacutemos agrave rua

pensando no trabalho nas compras na ortodoncia do menino e esquecemo-nos de

todos esses bons propoacutesitos De repente queremos ser os primeiros a sair do metro

incomoda-nos o carro que torna lenta a circulaccedilatildeo esquecemo-nos de dar os bons dias

ao porteirohellip e assim dia apoacutes dia diante o olhar sempre atento das crianccedilas que jaacute se

sabe absorvem tudo como esponjas

Jaacute comentaacutemos que ateacute os doze anos aproximadamente o lar eacute a principal fonte de

valores direitos e deveres da crianccedila Agora tambeacutem teraacute que se dizer que haacute coisas

que dificilmente se aprendem mais tarde Se em pequenos natildeo nos acostumamos a

guardar o pacote no bolso quando natildeo haacute um cesto de papeacuteis agrave matildeo a natildeo pocircr a

muacutesica muito alta para natildeo incomodar o vizinho a dizer obrigado quando nos fazem

um favor ou a natildeo insultar os que satildeo diferentes seraacute mais complicado aprendecirc-lo

mais tarde Porque o civismo o respeito a honestidade e todos os valores humanos satildeo

em grande medida haacutebitos rotinas que aprendemos em famiacutelia de forma inconsciente

e que mais adiante chegamos a valorizar com a reflexatildeo que permite a maturidade

Por isso a melhor forma de transmitir valores de aprender a viver em sociedade eacute natildeo

aplicar jamais a tatildeo popular frase de ldquofaz o que eu digo e natildeo o que eu faccedilordquo Se

quisermos que nossos filhos alcancem essa sociedade tatildeo sonhada devemos comeccedilar

por criaacute-la noacutes mesmos e ldquofazer o que dizemosrdquo

Que ldquohaacutebitos-valoresrdquo fomentar

Decerto que vocecircs mesmos tecircm a resposta Soacute tecircm que pensar que tipo de pessoas

gostariam que fossem os vossos filhos e actuar em consequecircncia Como vimos a

coerecircncia entre as ideias que querem transmitir e a forma como se actua em casa eacute a

chave principal

A maioria das pessoas considera como nobres os mesmos tipos de valores Entretanto

agraves vezes eacute difiacutecil reconhecer em noacutes mesmo onde encaixa a conexatildeo entre ldquocrenccedilasrdquo e

ldquoforma de serrdquo Estes conselhos podem ajudar a reflectir sobre isso

Dossier temaacutetico sobre Valores 1064

Se quiserem que o vossofilho seja uma pessoa razoaacutevel raciocinem com ele desde o

primeiro dia Natildeo utilizem o ldquoporque eu digordquo Logicamente haveraacute muitas ocasiotildees

em que tenham que lhe ordenar as coisas mas sempre podem argumentar o motivo

O respeito onde primeiro se observa eacute entre os pais As decisotildees no casal devem ser

sempre compartilhadas Se discutem faccedilam-no de forma tranquila sem recriminar

Saber viver em sociedade eacute saber aceitar as opiniotildees distintas

Onde mais se fomentam os estereoacutetipos eacute no lar Pensaram alguma vez em coisas como

quem limpa a casa quem troca as lacircmpadas etc Tratem de compartilhar entre voacutes os

distintos papeacuteis

Se se preocuparem com as influecircncias externas pensem que tecircm uma arma muito

importante ao vosso alcance os vossoscomentaacuterios Falem com o vossofilho sobre a

opiniatildeo que merecem as actuaccedilotildees dos outros (tanto no positivo como no negativo)

Isto eacute importante sobretudo contra a influecircncia da televisatildeo

Compreender ajuda a aprender

Os valores transmitem-se atraveacutes do exemplo mas assentam com forccedila graccedilas agrave

compreensatildeo de que satildeo necessaacuterios Como podemos ajudar uma crianccedila pequena a

perceber esta importacircncia Uma boa maneira eacute aplicar a foacutermula de ldquofaz pelos outros o

que gostarias que fizessem por ti e natildeo lhes faccedilas o que natildeo gostarias que te fizessemrdquo

Por outras palavras colocar as crianccedilas na hipoacutetese de serem eles os protagonistas de

certas atitudes Eacute muito mais eficaz para que o vossofilho a entenda dizer-lhe

ldquoGostarias que se rissem de ti porque usas oacuteculos como te sentiriasrdquo do que lhe dizer

simplesmente ldquoNatildeo deves rir do Joatildeo por ter aparelho nos dentesrdquo

(Esther Garciacutea Schmah Pedagoga wwwsolohijoscom wwwmujernuevaorg)

In httpfamiliaaaldeianetos-habitos-familiares-e-a-transmissao-dos-valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 1164

VALORES NA FAMIacuteLIA

Quando os valores prioritaacuterios satildeo os valores ou bens materiais como ocorre em

amplos sectores da sociedade actual ou quando os valores se confundem com os

desejos ou as apetecircncias de um ser humano como tambeacutem acontece a descoberta de

verdadeiros valores humanos tem uma grande importacircncia para a motivaccedilatildeo da

vontade humana Porquecirc Porque a motivaccedilatildeo humana remete sempre para valores

humanos verdadeiros materiais e espirituais ndash sempre que os primeiros sirvam os

segundos e natildeo ao contraacuterio

A descoberta e valores corresponde aos imateriais aos do espiacuterito aos que fazem

referecircncia agrave verdade (valores intelectuais) ao bem (valores morais) e agrave beleza (valores

esteacuteticos) Satildeo trecircs tipos de valores estreitamente relacionados entre si porque verdade

bem e beleza satildeo os termos inseparaacuteveis de um trinoacutemio (Se algueacutem tentasse separaacute-

los encontrar-se-ia com uma verdade maacute e feia com um bem feio e falso com uma

beleza falsa e maacute)

Como descobrir estes valores Cada qual deve tomar a iniciativa de os procurar porque

lhe satildeo muito importantes satildeo os elementos que aperfeiccediloam o proacuteprio ser mediante

eles um indiviacuteduo pode acabar por ser chegar a ser aquilo que eacute pessoa ser mais e

melhor pessoa

Mas nem sempre que se procuram se encontram Tambeacutem eacute verdade que agraves vezes

emergem de repente no nosso horizonte existencial inclusivamente apesar da nossa

resistecircncia (hellip) Um dia qualquer uma vida rotineira e talvez sem relevo pode sentir-

se sacudida ndash e ateacute invadida ndash pela descoberta de um novo valor que a transforma

(Polaino e Carrentildeo l992 p 75)

Haacute algum acircmbito onde a descoberta de valores seja menos difiacutecil ou mais provaacutevel

Em primeiro lugar o acircmbito vital da famiacutelia Se os pais optaram por certos valores e se

comprometeram com eles cada filho que vem ao mundo natildeo tem de desenvolver a

tarefa hercuacutelea e problemaacutetica de tratar de descobrir por que valores vale a pena

arriscar a vida (ibidem)

Dossier temaacutetico sobre Valores 1264

Nem sempre acontece assim Optar por certos valores significa escolher entre os

melhores aqueles que mais convenham numa famiacutelia concreta com as suas

circunstacircncias actuais para o desenvolvimento pessoal de cada membro e para a

melhoria familiar Logicamente seratildeo prioritaacuterios os valores humanos mais cultivados

por ambos os cocircnjuges

Comprometer-se com uns valores e organizar a vida familiar em funccedilatildeo deles supotildee tecirc-

los interiorizado profundamente Soacute assim seratildeo capazes de os pocircr de moda na sua

famiacutelia sendo eles proacuteprios para os seus filhos portadores de valores

Esses valores vividos pelos pais com naturalidade e com graccedila com bom humor

sabendo sorrir habitualmente seratildeo atractivos para os filhos e contagiosos A famiacutelia

sob esta perspectiva aparece-nos como um museu vivo de valores E natildeo porque os

pais pendurem os valores nas paredes como se se tratasse de um quadro que

passivamente se deve admirar Os valores familiares constituem pelo contraacuterio um

dado irrefutaacutevel quase com cunho testemunhal que vai unido ao comportamento

diaacuterio dos pais (ibidem p 76) E tambeacutem estaratildeo presentes estes valores na conduta

dos filhos quando os pais aleacutem de os viverem e de os fomentarem promovem e

mantecircm vigentes algumas normas e costumes familiares que mostram a presenccedila viva

destes valores preferenciais

Os valores familiares ndash em famiacutelias cristatildes natildeo satildeo soacute valores naturais mas tambeacutem

valores sobrenaturais ndash nenhuma crianccedila inicialmente os questiona Mais tarde sim

porque na medida em que cresce emerge e amadurece a sua liberdade pessoal haacute-de

comprometer-se tambeacutem nas escolhas que faz e que obviamente satildeo sempre muito

pessoais(hellip) Precisamente por isso os pais tecircm de preparar essa fase de referecircncia ndash

atraveacutes do seu comportamento ndash que lhe sirva de orientaccedilatildeo (ibidem)

Isto seraacute tanto menos difiacutecil para os pais quanto mais cedo faccedilam da sua famiacutelia um

museu vivo de valores quando os filhos satildeo ainda muito pequenos

Seraacute menos difiacutecil tambeacutem a sua adolescecircncia quando o quadro de referecircncia e um

miacutenimo de normas e costumes tenham sido parte importante do seu ambiente familiar

acolhedor desde a primeira infacircncia

Dossier temaacutetico sobre Valores 1364

Deste modo quando o filho adolescente ou o filho jovem daacute prioridade a alguns

valores como fundamento para apoiar a sua vida tem jaacute como em depoacutesito uns

valores que anteriormente assumiu e integrou quase sem dar por isso contagiados ou

emprestados pelos seus pais

Estes valores familiares descobertos na convivecircncia do lar paterno nas relaccedilotildees diaacuterias

de pais e filhos de irmatildeos de diferentes idades traduzem-se ndash como efeito de

descoberta ndash em motivos Em consequecircncia a conduta de cada filho estaraacute motivada

desde o principio a sua vontade estaraacute motivada

Penso por contraste em tantos filhos desmotivados antes e durante a sua adolescecircncia

quando os primeiros responsaacuteveis da famiacutelia natildeo se propuseram ou natildeo souberam

criar este a ambiente familiar cimentado na sinceridade na generosidade na lealdade

na laboriosidade no optimismo na compreensatildeo exigente no respeito confiado na

disponibilidade na gratidatildeo na amizade e noutros valores humanos

Oliveros Otero

In httpfamiliaaaldeianetvalores-na-familia

Dossier temaacutetico sobre Valores 1464

O CONTO NA VIDA DA CRIANCcedilA

A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais

refinadas como A Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos

limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros

Perde-se no tempo a origem e importacircncia do conto na educaccedilatildeo da crianccedila Quantas

vezes pais e educadores a braccedilos com a explicaccedilatildeo de algo mais complexo aos nossos

filhos nos socorremos de uma histoacuteria que simplifique a nossa tarefa por um lado e

por outro facilite a compreensatildeo por parte da crianccedila daquilo que verdadeiramente lhe

queremos transmitir

Passar valores agrave crianccedila eacute algo complexo Esta missatildeo implica normalmente conceitos

que fazem apelo a abstracccedilotildees competecircncias impossiacuteveis de usar pela crianccedila nas

etapas mais precoces do desenvolvimento As histoacuterias satildeo por isso um meio

facilitador de resolver algumas das questotildees que esta tarefa nos coloca Se por um

lado divertem as crianccedilas espicaccedilam a sua curiosidade promovem competecircncias

cognitivas e de oralidade activam a magia por outro satildeo tambeacutem a forma de

concretizarmos alguns dos valores que consideramos aceitaacuteveis e oportunos transmitir

agrave crianccedila

De cada histoacuteria cada crianccedila retiraraacute aquilo que lhe fizer mais sentido em funccedilatildeo das

suas vivecircncias e das suas caracteriacutesticas desenvolvimentais Com a mesma histoacuteria

podemos transmitir um sem-nuacutemero de ensinamentos isso depende em primeira

instacircncia do objectivo de quem a usa e da proacutepria crianccedila

A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais

refinadas como a Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos

limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros

A Menina do Mar eacute uma histoacuteria porventura difiacutecil de entender antes da idade

escolar Para aleacutem da beleza literaacuteria pode permitir-nos transmitir valores ecoloacutegicos

respeito pela Natureza nomeadamente pelas coisas do mar curiosidade na descoberta

e contemplaccedilatildeo do mar e do que ele conteacutem Aleacutem disso e voltando a um dos valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 1564

inerentes a quase todas as histoacuterias - a relaccedilatildeo com os outros - A Menina do Mar

proporciona uma excelente oportunidade de ensinar a crianccedila a respeitar e a aceitar as

diferenccedilas e ainda a importacircncia de fazer amigos

Nas histoacuterias tal como na vida por vezes tambeacutem haacute situaccedilotildees desconcertantes e ainda

bem que as histoacuterias contemplam estas situaccedilotildees Satildeo uma oacuteptima oportunidade para a

crianccedila se organizar e aprender a lidar com os medos os obstaacuteculos e frustraccedilotildees com

que se iraacute confrontar ao longo da vida Eacute importante que o crescimento se faccedila ainda

que ao niacutevel do imaginaacuterio e simboacutelico assente em valores reais

In O conto na vida da crianccedila In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-

06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$o-conto-na-vida-da-criancagt

Dossier temaacutetico sobre Valores 1664

VALORES

Os valores correspondem a maneiras de ser ou de agir reconhecidas como desejaacuteveis

Genericamente pode dizer-se que natildeo eacute possiacutevel a existecircncia de um grupo humano

sem que tenham sido definidos impliacutecita ou explicitamente os seus valores A

expressatildeo escrita e oral os siacutembolos os objectos satildeo meios de que os indiviacuteduos e os

grupos dispotildeem para aceder aos valores

Tecircm sido objecto de estudo em Sociologia questotildees como a do modo como evoluem os

valores o modo como os valores satildeo vividos pelos indiviacuteduos e pelos grupos e a

possibilidade ou impossibilidade de se falar em sociedades globais

No estrutural-funcionalismo de T Parsons os valores partilhados interiorizados satildeo

vistos como desempenhando um papel decisivo na integraccedilatildeo social em qualquer

sociedade Os criacuteticos deste ponto de vista defendem que a integraccedilatildeo social natildeo

depende num grau tatildeo absoluto da partilha de valores Argumenta-se que os valores

podem ser aceites por motivos pragmaacuteticos mais do que normativos e que as

estruturas sociais podem impor-se para aleacutem da interiorizaccedilatildeo dos valores Sobretudo

a maioria dos socioacutelogos reconhece actualmente que uma sociedade pode existir

mesmo que seja atravessada por divergecircncias a niacutevel dos valores

Valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-06] Disponiacutevel na

www ltURL httpwwwinfopediapt$valoresgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 1764

CRISE DOS VALORES TRADICIONAIS

Em pleno seacuteculo XXI quase toda a sociedade considera que existe uma crise de valores

ou pelo menos a falecircncia dos tradicionais Mas desde sempre esta consciecircncia de crise

de valores existiu numa perspectiva geograacutefica mais restrita e sem as dimensotildees de

generalizaccedilatildeo como sucede hoje A globalizaccedilatildeo econoacutemica e o neoliberalismo o

individualismo e o relativismo a par do progresso tecnoloacutegico aceleraram a toma de

consciecircncia de crise de valores por parte da populaccedilatildeo Por um lado esbateram-se ou jaacute

natildeo existem mesmo criteacuterios seguros para distinccedilatildeo do bem e do mal do justo e do

injusto entre outras categorias morais e pessoais imperando pois a subjectividade e o

relativismo Radicalmente alguns vatildeo mais longe e afirmam mesmo que jaacute natildeo existem

sequer valores tudo eacute circunstancial O que era antes intemporal e inalteraacutevel eacute agora

volaacutetil ou inconsistente passando-se do relativismo agrave descrenccedila niilista absoluta

As principais causas para a crise de valores satildeo

- a desvalorizaccedilatildeo da tradiccedilatildeo quer atraveacutes do marxismo que tudo subjuga agrave histoacuteria e

ao plano social desvalorizando os valores antigos da burguesia dos opressores que

substitui pelos do povo trabalhador quer atraveacutes de Nietzsche e a sua negaccedilatildeo dos

valores absolutos ou mesmo com Freud que tornou os valores morais como produto

de mecanismos mentais repressivos

- a crise na instituiccedilatildeo familiar das suas relaccedilotildees do proacuteprio modelo de famiacutelia

primeira fonte de transmissatildeo de valores O aumento de divoacutercios separaccedilotildees

violecircncia domeacutestica pressotildees econoacutemicas e stress social das famiacutelias podem prejudicar

tambeacutem a transmissatildeo de valores seguros aos filhos

- modificaccedilotildees de ordem material nos aspectos tecnoloacutegico e cientiacutefico e as sucessivas

mutaccedilotildees econoacutemicas podem conduzir ao distanciamento cada vez maior da sociedade

moderna face aos valores tradicionais

- menor peso dos bons costumes e da cultura popular na sociedade moderna visiacutevel na

descrenccedila nos valores absolutos e na moral social substituiacuteda pela moral autoacutenoma e

pelo relativismo

A sociedade hoje em dia tornou-se mais aberta e plural mais intercultural assumindo

melhor as diferenccedilas mas tambeacutem tornando-se mais insegura violenta tendendo para

a repressatildeo e ateacute para um individualismo egoiacutesta e esvaziado de valores de relaccedilotildees

Dossier temaacutetico sobre Valores 1864

interpessoais Para muitos analistas natildeo existe crise antes abertura para outros a

maior crise eacute a incapacidade humana de enfrentar o problema da crise de valores pois

subsiste a ideia de que nas democracias natildeo haacute valores impessoais ou suprapessoais

parecendo que cada um escolhe os seus Alguns autores sugerem que a crise natildeo seraacute

apenas de valores mas tambeacutem de referecircncias estaacuteveis e soacutelidas

Crise dos Valores Tradicionais In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-

06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$crise-dos-valores-tradicionaisgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 1964

O QUE SAtildeO VALORES

O QUE DISTINGUE UM FACTO DE UM VALOR

PESQUISA

O homem vive toma partido crecirc numa multiplicidade de valores hierarquiza-os e daacute

assim sentido agrave sua existecircncia mediante opccedilotildees que ultrapassam incessantemente as

fronteiras do seu conhecimento efectivo No homem que pensa esta questatildeo soacute pode

ser raciocinada no sentido em que para fazer a siacutentese entre aquilo que ele crecirc e

aquilo que ele sabe ele soacute pode utilizar uma reflexatildeo quer prolongando o saber quer

opondo-se a ele num esforccedilo criacutetico para determinar as suas fronteiras actuais e

legitimar a hierarquizaccedilatildeo dos valores que o ultrapassam Esta siacutentese raciocinada

entre as crenccedilas quaisquer que elas sejam e as condiccedilotildees do saber constituiacute aquilo que

noacutes chamamos uma sabedoria e eacute este que nos parece ser o objecto da filosofia

Jean Piaget Sageza e Ilusatildeo da Filosofia

Dossier temaacutetico sobre Valores 2064

SIacuteNTESE

1 Valores

1 Quando decidimos fazer algo estamos a realizar uma escolha Manifestamos certas

preferecircncias por umas coisas em vez de outras Evocamos entatildeo certos motivos para

justificar as nossas decisotildees

2 Factos e valores

Todos estes motivos podem ser apoiados em factos mas tecircm sempre impliacutecitos certos

valores que justificam ou legitimam as nossas preferecircncias

Exemplo O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi o dia mais importante

da semana era um domingo

Facto O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi efectivamente um

domingo

Valor impliacutecito O domingo como o dia mais importante entre os

dias da semana

3Facto

Um facto eacute algo que algo que pode ser comprovado sobre o qual podemos dizer que a

afirmaccedilatildeo eacute verdadeira ou falsa Os factos satildeo igualmente susceptiacuteveis de gerarem

consensos universais

4 Valor

Podemos definir os valorespartindo das vaacuterias dimensotildees em que usamos

a) os valores satildeo criteacuterios segundo os quais valorizamos ou desvalorizamos as

coisas

Dossier temaacutetico sobre Valores 2164

b) Os valores satildeo as razotildees que justificam ou motivam as nossas acccedilotildees tornando-

as preferiacuteveis a outras

Os valores reportam-se em geral sempre a acccedilotildees justificam-nas

Exemplo Participar numa manifestaccedilatildeo a favor do povo timorensepode significar que

atribuiacutemos agrave Solidariedade uma enorme importacircncia A solidariedade eacute neste caso o

valor que justifica ou explica a nossa acccedilatildeo

Ao contraacuterio dos factos os valores apenas implicam a adesatildeo de grupos restritos Nem

todos possuiacutemos os mesmos valores nem valorizamos as coisas da mesma forma

5 Tipos de valores

Os valores natildeo satildeo coisas nem simples ideias que adquirimos mas conceitos que

traduzem as nossas preferecircncias Existe uma enorme diversidade de valores podemos

agrupaacute-los quanto agrave sua natureza da seguinte forma

Valores eacuteticos os que se referem agraves normas ou criteacuterios de conduta que afectam todas

as aacutereas da nossa actividade Exemplos Solidariedade Honestidade Verdade

Lealdade Bondade Altruiacutesmo

Valores esteacuteticos os valores de expressatildeo Exemplo Harmonia Belo Feio Sublime

Traacutegico

Valores religiosos os que dizem respeito agrave relaccedilatildeo do homem com a transcendecircncia

Exemplos Sagrado Pureza Santidade Perfeiccedilatildeo

Valores poliacuteticos Justiccedila Igualdade Imparcialidade Cidadania Liberdade

Valores vitais Sauacutede Forccedila

6 Hierarquizaccedilatildeo dos Valores

Natildeo atribuiacutemos a todos os nossos valores a mesma importacircncia Na hora de tomar

uma decisatildeo cada um de noacutes hierarquiza os valores de forma muito diversa A

Dossier temaacutetico sobre Valores 2264

hierarquizaccedilatildeo eacute a propriedade que tem os valores de se subordinarem uns aos outros

isto eacute de serem uns mais valiosos que outros As razotildees porque o fazemos satildeo

muacuteltiplas

Exemplo

A maioria da populaccedilatildeo mundial continua a passar graves carecircncias alimentares

Todos os anos morrem milhotildees de pessoas por subnutriccedilatildeo Natildeo eacute de querer que

hierarquia dos seus valores destas pessoas a satisfaccedilatildeo das suas necessidades

bioloacutegicas natildeo esteja logo em primeiro lugar

7 Polaridade dos Valores

Os nossos valores tendem a organizar-se em termos de oposiccedilotildees ou polaridades

Preferimos e opomos a Verdade agrave Mentira a Justiccedila agrave Injusticcedila o Bem ao Mal a beleza

agrave fealdade a genorosidade agrave mesquinhecircs A palavra valor costuma apenas ser aplicada

num sentido positivo Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de

estima positiva ou negativamente Valor eacute tanto o Bem como o Mal o Justo como

Injusto

Carlos Fontes

In httpafilosofianosapopt10valoreshtm~

Dossier temaacutetico sobre Valores 2364

PERTINEcircNCIA DE VALORES

Durkheim considerava que os valores miacuteticos e religiosos que funcionaram como

crenccedilas nas sociedades tradicionais serviram para exercer o controlo e a coesatildeo sociais

e para inspirar as avaliaccedilotildees e as motivaccedilotildees das pessoas Eacute assim que nas sociedades

tradicionais de solidariedade mecacircnica os indiviacuteduos estatildeo integrados por valores

comuns que se lhes impotildeem garantindo a coesatildeo social Jaacute nas sociedades modernas

de solidariedade orgacircnica verifica-se segundo Durkheim uma erosatildeo dos valores

graccedilas ao aumento do individualismo e agrave desintegraccedilatildeo das ligaccedilotildees sociais originadas

pelo desenvolvimento da divisatildeo do trabalho

Parsons (1951) que consagrou a existecircncia de quatro subsistemas interdependentes -

cultural poliacutetico econoacutemico societal - remete cada um deles para quatro tipos de

valores O subsistema cultural manteacutem os modelos valorizados da acccedilatildeo o subsistema

poliacutetico assegura a funccedilatildeo de realizaccedilatildeo das finalidades colectivas o subsistema

societal assegura a funccedilatildeo de integraccedilatildeo social dos indiviacuteduos e o econoacutemico a funccedilatildeo

de adaptaccedilatildeo (controlo exploraccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio ambiente) Satildeo portanto

os sistemas que asseguram a funccedilatildeo de reproduccedilatildeo dos valores

A questatildeo da pertinecircncia dos valores coloca a relaccedilatildeo entre os valores (morais

religiosos poliacuteticos esteacuteticos) e as culturas na proacutepria medida em que existem relaccedilotildees

entre as formas de vida ou as visotildees do mundo e o quadro de valores que as orientam

Haacute uma multiplicidade de valores variando estes conforme as sociedades e as

culturas e tambeacutem conforme as eacutepocas histoacutericas por isso se fala da relatividade

histoacuterica dos valores Ora a pluralidade dos valores eacute acompanhada tambeacutem da

existecircncia de sistemas de valores relativamente abertos Novos valores podem sempre

vir a integrar um sistema (moral poliacutetico cultural ou religioso) desde que seja

assegurada uma coerecircncia miacutenima entre os valores de um mesmo sistema Com efeito

uma cultura de valores democraacuteticos por exemplo eacute incompatiacutevel com o autoritarismo

e o totalitarismo como uma cultura que reconhece o valor da infacircncia e os direitos da

crianccedila eacute incompatiacutevel com a exploraccedilatildeo da crianccedila

Poreacutem sistemas de valores diferenciados podem coexistir numa mesma sociedade

valores de grupos poliacuteticos diferentes de etnias diversas de comunidades religiosas

diferentes valores hedonistas que se opotildeem aos valores do trabalho e da eficaacutecia os

valores da poupanccedila e do patrimoacutenio em oposiccedilatildeo ao consumismo desenfreado os

Dossier temaacutetico sobre Valores 2464

valores do ser e da pessoa em oposiccedilatildeo aos valores do ter e do poder financeiro etc

Esta diversidade de valores pode provocar conflitos cuja resposta poderaacute implicar que

uma hierarquia de pertinecircncias seja estabelecida Com efeito existem conflitos de

valores no seio da famiacutelia (entre as geraccedilotildees por exemplo) nas empresas (entre a

eficaacutecia econoacutemica o lucro o melhoramento das condiccedilotildees de trabalho o serviccedilo agrave

comunidade etc) ao niacutevel das argumentaccedilotildees de valores num

tribunal ou nos debates puacuteblicos sobre processos judiciais (o respeito devido agraves viacutetimas

e o direito do culpado agrave sua defesa por exemplo) conflitos entre o valor da famiacutelia e a

obrigaccedilatildeo do trabalho (conflito que se potildee muitas vezes agraves matildees que trabalham fora

de casa e tecircm filhos pequenos) etc

Para aleacutem dos aspectos ligados agrave pluralidade dos valores assistimos hoje nas

sociedades democraacuteticas contemporacircneas a uma evoluccedilatildeo dos sistemas de valores e a

uma alteraccedilatildeo da sua hierarquia de pertinecircncia expressas na importacircncia crescente dos

novos valores ligados agrave ecologia agrave defesa do meio ambiente e ao novo conceito de

desenvolvimento sustentado dos valores da solidariedade da cidadania e da

toleracircncia que orientam hoje um novo tipo de acccedilatildeo colectiva (exercido em termos de

voluntariado eou por Organizaccedilotildees Natildeo-Governamentais (ONG) como os meacutedicos

sem fronteiras as associaccedilotildees de protecccedilatildeo e defesa das crianccedilas e das mulheres

viacutetimas de maus tratos as associaccedilotildees de defesa das minorias do consumidor de

assistecircncia aos doentes com sida etc) assim como se assiste a uma evoluccedilatildeo dos

valores ligados agrave mundializaccedilatildeo que orientam instituiccedilotildees e convenccedilotildees internacionais

Pertinecircncia de valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-07]

Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$pertinencia-de-valoresgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 2564

DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E

SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA

Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os

valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute

quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os

valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi

publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio

quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o

egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que

promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de

etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo

excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores

da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo

lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais

entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos

professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas

desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os

docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila

Foto Pintura de Salvador Dali

In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml

Dossier temaacutetico sobre Valores 2664

A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA

Adolfo S Suaacuterez

Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso

de Teologia do Unasp

Centro Universitaacuterio Adventista

Campus Engenheiro Coelho (SP)

adolfosuarezunaspedubr

Introduccedilatildeo

1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores

11 Definiccedilotildees

12 Modelos de valores em sala de aula

121 Valores absolutos

122 Valores relativos

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

13 Classificaccedilatildeo de valores

14 Conclusatildeo parcial

2 Valores que devem ser ensinados

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

23 Conclusatildeo parcial

3 A transmissatildeo de valores

31 Como se aprendem os valores

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

33 A idade e o ensino de valores

34 Conclusatildeo parcial

Consideraccedilotildees finais

Referecircncias bibliograacuteficas

Dossier temaacutetico sobre Valores 2764

Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo

Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde

Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula

The issue of values in the classroom

Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary

Education based on a Christian pedagogical practice

Keywords values christian education classroom

Dossier temaacutetico sobre Valores 2864

INTRODUCcedilAtildeO

Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS

2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da

experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e

cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e

espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)

Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas

fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade

promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a

inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)

No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de

estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das

faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)

Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo

meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo

quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e

aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)

Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido

vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo

no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar

desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de

professores ldquoconteudistasrdquo

Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser

mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno

porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de

apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa

formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores

Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-

se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo

da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados

Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores

1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES

1 1 Definiccedilotildees

Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade

humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua

conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja

valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)

independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de

caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)

Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo

Dossier temaacutetico sobre Valores 2964

Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao

satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa

qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto

deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo

racional humano (2001 p 44)

No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS

pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores

significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno

seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais

lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que

promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os

princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o

seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o

respeito e a cooperaccedilatildeo

Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante

descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade

(1997 p 79)

12 Modelos de valores em sala de aula

Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores

Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)

121 Valores absolutos

Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e

normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma

autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos

indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave

medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo

previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios

mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo

O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para

conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de

que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3064

122 Valores relativos

Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute

baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da

verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio

mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela

praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia

pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc

A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o

que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de

tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no

momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros

possam pensar

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3164

Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o

trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua

autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e

normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam

orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os

valores

Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que

determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura

que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a

escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se

oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem

possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo

Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de

determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes

puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para

todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar

os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns

13 Classificaccedilatildeo de valores

Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da

seguinte maneira numa escala ascendente

(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc

(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc

(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc

(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc

(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc

(f) Valores religiosos sagrado profano etc

De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em

Dossier temaacutetico sobre Valores 3264

(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam

rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar

(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute

dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel

satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para

Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos

sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos

gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e

prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos

(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)

(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo

pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real

exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato

boa-feacutemaacute-feacute etc)

(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)

(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia

autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da

vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees

pessoais etc

(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano

14 Conclusatildeo parcial

Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do

comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta

particular

Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta

temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e

autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em

valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos

A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados

educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados

2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados

Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio

de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados

ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA

chama de mandamentos satildeo os seguintes

Dossier temaacutetico sobre Valores 3364

(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o

bem

(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica

Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila

(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso

caraacuteter

(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio

entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato

(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)

(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado

(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a

ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia

com a sabedoria

(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em

noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional

(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser

motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas

uacuteteis ou prazeres

(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem

cair no narcisismo) e o amor pelos outros

(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos

felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com

tudo e todos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3464

O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro

Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz

que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas

geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho

humildade sabedoria respeito e solidariedade

Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de

Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os

seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da

atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo

mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom

humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto

valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante

da TV liberdade e obediecircncia

Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da

temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila

coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e

harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico

compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees

Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro

primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de

Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e

transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade

Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto

que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia

integridade equiliacutebrio e pessoalidade

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-

aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito

famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem

apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de

eternidade

Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as

Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino

Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo

Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais

importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram

escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam

agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo

Dossier temaacutetico sobre Valores 3564

Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia

(accedilatildeo) Perdatildeo

Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia

(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo

Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia

(pensamento) Previsatildeo

Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave

famiacutelia Individualidade Propoacutesito

Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade

Dossier temaacutetico sobre Valores 3664

Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza

Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade

Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo

proacutepria

Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo

Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo

Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo

Abertura Entusiasmo Interesse Respeito

Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio

Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade

Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia

Auto-motivaccedilatildeo para

desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede

Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade

Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila

Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade

Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade

eacutetica

Carinho Flexibilidade no juiacutezo

moral Meditaccedilatildeo

Sentido de

comunidade

Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo

Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia

Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade

Compreensatildeo da

verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade

Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento

Consciecircncia dos

assuntos morais e

religiosos

Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato

Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila

Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura

Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia

Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade

Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade

Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo

pessoal

Cortesia Humor Patriotismo Veracidade

Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude

Cumprimento dos

deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva

23 Conclusatildeo parcial

Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis

cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a

sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula

um importante ofiacutecio para todo educador

3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES

Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos

numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a

quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais

envolvidos em todo esse processo

Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente

pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir

em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3764

31 Como se aprendem os valores

Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que

demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras

(MARQUES 2001 p 44)

(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados

(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica

em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto

(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os

valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade

assimilamos a honestidade

(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos

loacutegicos e discursivos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3864

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o

factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)

O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da

crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor

da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para

exemplificaacute-la etc

Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores

demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a

veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel

relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o

relacionamento proacuteximo

O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido

consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso

exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa

situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e

sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre

sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar

dinheiro Por quecircrdquo

33 A idade e o ensino de valores

De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos

de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo

das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo

tem muita influecircncia

Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia

moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees

dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila

obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque

isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal

Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem

desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido

sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos

actos

34Conclusatildeo parcial

Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses

valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos

rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis

de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado

de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)

chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)

Dossier temaacutetico sobre Valores 3964

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que

determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que

a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos

e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores

podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e

religiosos

Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam

conviver bem consigo mesmos e com a sociedade

Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o

ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional

e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa

Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo

desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na

transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe

um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a

educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual

entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde

Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de

motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe

uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores

Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente

Precisamos educar o estudante plenamente

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed

Petroacutepolis RJ Vozes 2000

BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais

Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997

BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales

Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997

Dossier temaacutetico sobre Valores 4064

CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003

CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a

Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas

Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b

LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo

Paulo Vida 2001

MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000

MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001

PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991

SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995

YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de

Moraes Porto Alegre Artmed 2002

Dossier temaacutetico sobre Valores 4164

O PODER DOS CONTOS INFANTIS

Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada

Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e

agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre

Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em

geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo

deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o

fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma

contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado

Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo

dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de

uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de

exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura

racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar

Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do

qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do

abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip

Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam

sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a

cobardia

O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o

estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso

encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e

prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e

vencer o mal

Dossier temaacutetico sobre Valores 4264

Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique

completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o

sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes

sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo

com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute

mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los

interpretaacute-los e ultrapassaacute-los

Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente

nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se

enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de

forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais

como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel

estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a

questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim

zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila

moral dos contos infantis

Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar

duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a

crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso

sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-

se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada

In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm

Dossier temaacutetico sobre Valores 4364

Dicionaacuterio de Valores

(Infopeacutedia)

afecto

amizade

autodisciplina

civismo

confianccedila

disciplina

honestidade

integridade

integro

justiccedila

lealdade

liberdade

partilha

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

respeito

responsabilidade

responsaacutevel

solidariedade

solidaacuterio

toleracircncia

valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 4464

afecto

afecto n adj sentimento de apego e ()

afecto forma do verbo afectar

afecto

nome masculino

1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo

2 amizade

3 amor

4 carinho

5 inclinaccedilatildeo

adjectivo

1 afeiccediloado dedicado

2 destinado

3 ligado dependente

(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)

amizade

nome feminino

1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia

2 camaradagem companheirismo cumplicidade

3 entendimento compreensatildeo

4 dedicaccedilatildeo bondade

5 pessoa amiga

(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4564

autodisciplina

nome feminino

1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo

2 capacidade de se disciplinar

(De auto-+disciplina)

civismo

nome masculino

1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico

2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas

suas instituiccedilotildees

(Do fr civisme laquoidraquo)

confianccedila

nome feminino

1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor

2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza

3 creacutedito

4 acircnimo

5 popular ousadia atrevimento

6 popular familiaridade

abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo

que se ocupa

dar confianccedila permitir certa familiaridade

ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza

tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade

(Do fr confiance laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4664

disciplina

disciplina n conjunto de regras ou ()

disciplina forma do verbo disciplinar

disciplina

nome feminino

1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou

colectividade

2 observacircncia das regras obediecircncia

3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a

respeitar regras ou conseguir resultados

4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de

um estabelecimento escolar

5 autoridade

6 castigo mortificaccedilatildeo

7 [plural] correias para accediloitar

(Do lat disciplina- laquoidraquo)

honestidade

nome feminino

1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade

probidade

2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade

3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia

(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4764

integridade

nome feminino

1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade

2 qualidade do que eacute iacutentegro

3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade

(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)

integro [integro]

adjectivo

1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO

2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO

justiccedila

justiccedila n virtude moral que inspira ()

justiccedila forma do verbo justiccedilar

justiccedila

nome feminino

1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a

atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade

2 conformidade com o direito estabelecido

3 poder de aplicar as leis poder judicial

4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees

5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do

poder judicial

6 conjunto dos magistrados a magistratura

Dossier temaacutetico sobre Valores 4864

7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda

por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada

na outra

8 popular funcionaacuterios de um tribunal

justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor

das coisas trocadas

justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e

dos encargos consoante a qualidade das pessoas

justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial

justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer

positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus

membros

popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos

com justiccedila de maneira justa e imparcial

dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio

em boa justiccedila segundo o que eacute devido

fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes

(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)

lealdade

nome feminino

qualidade de leal fidelidade sinceridade

(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4964

liberdade

nome feminino

1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua

natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo

livre)

2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo

ou de acccedilatildeo)

3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e

independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de

decisatildeo)

4 livre arbiacutetrio

5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)

6 personificaccedilatildeo das ideias liberais

7 toleracircncia

8 licenccedila autorizaccedilatildeo

9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada

10 figurado franqueza

11 [plural] regalias imunidades

liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas

que se julgarem verdadeiras

liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem

impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela

lei

LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e

sintaacutecticas em poesia

(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5064

partilha

nome feminino

1 acto ou efeito de partilhar

2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa

3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio

4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila

5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente

entre duas ou mais pessoas

(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

nome feminino

1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar

2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo

3 desassossego

4 ideia fixa

5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo

(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)

respeito

respeito n acto ou efeito de ()

respeito forma do verbo respeitar

respeito

nome masculino

1 acto ou efeito de respeitar

2 consideraccedilatildeo apreccedilo

3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo

4 homenagem culto

5 temor receio

Dossier temaacutetico sobre Valores 5164

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 9: Valor Es Final

OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS

VALORES

Justiccedila igualdade toleracircnciahellip Satildeo palavras que cada dia mais se escutam nas escolas

A ldquoEducaccedilatildeo nos Valoresrdquo jaacute estaacute presente no curriculum escolar mas isso natildeo eacute

suficiente Ficar no niacutevel teoacuterico natildeo serve de nada E na praacutetica esquecemos

frequentemente que palavras tatildeo grandiosas como ldquoEmpatiardquo ou ldquoRespeitordquo se

traduzem em premissas tatildeo singelas como ldquonatildeo atirar papeacuteis para o chatildeordquo ldquoceder o

assento a quem mais o necessiterdquo ou ldquoabrir a porta a quem vai carregadordquo

Que a ldquoEducaccedilatildeo nos Valoresrdquo tenha chegado agraves escolas eacute um passo que realmente

devemos celebrar Saber ser pessoa eacute mais importante do que saber resolver integrais

ou saber em que ano comeccedilou a Revoluccedilatildeo Francesa Entretanto enquanto que a

instruccedilatildeo e formaccedilatildeo intelectual eacute um objectivo a conseguir primordialmente atraveacutes

da escola a educaccedilatildeo e desenvolvimento pessoal eacute-o atraveacutes da famiacutelia

Nunca devemos esquecer que o lar eacute o autecircntico formador de pessoas As crianccedilas

aprendem continuamente atraveacutes dos seus pais natildeo soacute o que estes lhes contam mas

tambeacutem sobretudo pelo que vecircem neles como actuam como respondem perante os

problemas Em definitivo as crianccedilas observam e copiam o proceder dos seus pais

perante a vida A autecircntica educaccedilatildeo nos valores transmite-se passa dos pais para os

seus filhos desde o dia do nascimento ateacute ao final da vida Natildeo obstante tem uma

importacircncia relevante durante os primeiros anos Ateacute aos seis ou sete anos de idade as

crianccedilas possuem uma moral denominada ldquoheteroacutenimardquo ou seja a sua motivaccedilatildeo para

fazer as coisas de uma maneira ou de outra eacute corresponder ao que o papaacute e a mamatilde

desejariam o que dizem os pais satildeo ldquoverdades absolutasrdquo Conforme crescem vatildeo

compreendendo melhor por que eacute importante actuar de certa forma e natildeo de outras

mas seguem sempre guiando-se pelo que vecircem em casa especialmente ateacute aos doze

anos Daiacuteiacute a tremenda importacircncia de educar as crianccedilas atraveacutes do exemplo para

desenvolver uma educaccedilatildeo ciacutevica

Dossier temaacutetico sobre Valores 964

Faz o que eu faccedilo

Todos temos na mente uma ideia de como gostariacuteamos que fosse a sociedade em que

mundo queremos que vivam os nossos filhos um sitio limpo em que as pessoas se

ajudem e respeitem onde todos tenhamos os mesmos direitoshellip Depois saiacutemos agrave rua

pensando no trabalho nas compras na ortodoncia do menino e esquecemo-nos de

todos esses bons propoacutesitos De repente queremos ser os primeiros a sair do metro

incomoda-nos o carro que torna lenta a circulaccedilatildeo esquecemo-nos de dar os bons dias

ao porteirohellip e assim dia apoacutes dia diante o olhar sempre atento das crianccedilas que jaacute se

sabe absorvem tudo como esponjas

Jaacute comentaacutemos que ateacute os doze anos aproximadamente o lar eacute a principal fonte de

valores direitos e deveres da crianccedila Agora tambeacutem teraacute que se dizer que haacute coisas

que dificilmente se aprendem mais tarde Se em pequenos natildeo nos acostumamos a

guardar o pacote no bolso quando natildeo haacute um cesto de papeacuteis agrave matildeo a natildeo pocircr a

muacutesica muito alta para natildeo incomodar o vizinho a dizer obrigado quando nos fazem

um favor ou a natildeo insultar os que satildeo diferentes seraacute mais complicado aprendecirc-lo

mais tarde Porque o civismo o respeito a honestidade e todos os valores humanos satildeo

em grande medida haacutebitos rotinas que aprendemos em famiacutelia de forma inconsciente

e que mais adiante chegamos a valorizar com a reflexatildeo que permite a maturidade

Por isso a melhor forma de transmitir valores de aprender a viver em sociedade eacute natildeo

aplicar jamais a tatildeo popular frase de ldquofaz o que eu digo e natildeo o que eu faccedilordquo Se

quisermos que nossos filhos alcancem essa sociedade tatildeo sonhada devemos comeccedilar

por criaacute-la noacutes mesmos e ldquofazer o que dizemosrdquo

Que ldquohaacutebitos-valoresrdquo fomentar

Decerto que vocecircs mesmos tecircm a resposta Soacute tecircm que pensar que tipo de pessoas

gostariam que fossem os vossos filhos e actuar em consequecircncia Como vimos a

coerecircncia entre as ideias que querem transmitir e a forma como se actua em casa eacute a

chave principal

A maioria das pessoas considera como nobres os mesmos tipos de valores Entretanto

agraves vezes eacute difiacutecil reconhecer em noacutes mesmo onde encaixa a conexatildeo entre ldquocrenccedilasrdquo e

ldquoforma de serrdquo Estes conselhos podem ajudar a reflectir sobre isso

Dossier temaacutetico sobre Valores 1064

Se quiserem que o vossofilho seja uma pessoa razoaacutevel raciocinem com ele desde o

primeiro dia Natildeo utilizem o ldquoporque eu digordquo Logicamente haveraacute muitas ocasiotildees

em que tenham que lhe ordenar as coisas mas sempre podem argumentar o motivo

O respeito onde primeiro se observa eacute entre os pais As decisotildees no casal devem ser

sempre compartilhadas Se discutem faccedilam-no de forma tranquila sem recriminar

Saber viver em sociedade eacute saber aceitar as opiniotildees distintas

Onde mais se fomentam os estereoacutetipos eacute no lar Pensaram alguma vez em coisas como

quem limpa a casa quem troca as lacircmpadas etc Tratem de compartilhar entre voacutes os

distintos papeacuteis

Se se preocuparem com as influecircncias externas pensem que tecircm uma arma muito

importante ao vosso alcance os vossoscomentaacuterios Falem com o vossofilho sobre a

opiniatildeo que merecem as actuaccedilotildees dos outros (tanto no positivo como no negativo)

Isto eacute importante sobretudo contra a influecircncia da televisatildeo

Compreender ajuda a aprender

Os valores transmitem-se atraveacutes do exemplo mas assentam com forccedila graccedilas agrave

compreensatildeo de que satildeo necessaacuterios Como podemos ajudar uma crianccedila pequena a

perceber esta importacircncia Uma boa maneira eacute aplicar a foacutermula de ldquofaz pelos outros o

que gostarias que fizessem por ti e natildeo lhes faccedilas o que natildeo gostarias que te fizessemrdquo

Por outras palavras colocar as crianccedilas na hipoacutetese de serem eles os protagonistas de

certas atitudes Eacute muito mais eficaz para que o vossofilho a entenda dizer-lhe

ldquoGostarias que se rissem de ti porque usas oacuteculos como te sentiriasrdquo do que lhe dizer

simplesmente ldquoNatildeo deves rir do Joatildeo por ter aparelho nos dentesrdquo

(Esther Garciacutea Schmah Pedagoga wwwsolohijoscom wwwmujernuevaorg)

In httpfamiliaaaldeianetos-habitos-familiares-e-a-transmissao-dos-valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 1164

VALORES NA FAMIacuteLIA

Quando os valores prioritaacuterios satildeo os valores ou bens materiais como ocorre em

amplos sectores da sociedade actual ou quando os valores se confundem com os

desejos ou as apetecircncias de um ser humano como tambeacutem acontece a descoberta de

verdadeiros valores humanos tem uma grande importacircncia para a motivaccedilatildeo da

vontade humana Porquecirc Porque a motivaccedilatildeo humana remete sempre para valores

humanos verdadeiros materiais e espirituais ndash sempre que os primeiros sirvam os

segundos e natildeo ao contraacuterio

A descoberta e valores corresponde aos imateriais aos do espiacuterito aos que fazem

referecircncia agrave verdade (valores intelectuais) ao bem (valores morais) e agrave beleza (valores

esteacuteticos) Satildeo trecircs tipos de valores estreitamente relacionados entre si porque verdade

bem e beleza satildeo os termos inseparaacuteveis de um trinoacutemio (Se algueacutem tentasse separaacute-

los encontrar-se-ia com uma verdade maacute e feia com um bem feio e falso com uma

beleza falsa e maacute)

Como descobrir estes valores Cada qual deve tomar a iniciativa de os procurar porque

lhe satildeo muito importantes satildeo os elementos que aperfeiccediloam o proacuteprio ser mediante

eles um indiviacuteduo pode acabar por ser chegar a ser aquilo que eacute pessoa ser mais e

melhor pessoa

Mas nem sempre que se procuram se encontram Tambeacutem eacute verdade que agraves vezes

emergem de repente no nosso horizonte existencial inclusivamente apesar da nossa

resistecircncia (hellip) Um dia qualquer uma vida rotineira e talvez sem relevo pode sentir-

se sacudida ndash e ateacute invadida ndash pela descoberta de um novo valor que a transforma

(Polaino e Carrentildeo l992 p 75)

Haacute algum acircmbito onde a descoberta de valores seja menos difiacutecil ou mais provaacutevel

Em primeiro lugar o acircmbito vital da famiacutelia Se os pais optaram por certos valores e se

comprometeram com eles cada filho que vem ao mundo natildeo tem de desenvolver a

tarefa hercuacutelea e problemaacutetica de tratar de descobrir por que valores vale a pena

arriscar a vida (ibidem)

Dossier temaacutetico sobre Valores 1264

Nem sempre acontece assim Optar por certos valores significa escolher entre os

melhores aqueles que mais convenham numa famiacutelia concreta com as suas

circunstacircncias actuais para o desenvolvimento pessoal de cada membro e para a

melhoria familiar Logicamente seratildeo prioritaacuterios os valores humanos mais cultivados

por ambos os cocircnjuges

Comprometer-se com uns valores e organizar a vida familiar em funccedilatildeo deles supotildee tecirc-

los interiorizado profundamente Soacute assim seratildeo capazes de os pocircr de moda na sua

famiacutelia sendo eles proacuteprios para os seus filhos portadores de valores

Esses valores vividos pelos pais com naturalidade e com graccedila com bom humor

sabendo sorrir habitualmente seratildeo atractivos para os filhos e contagiosos A famiacutelia

sob esta perspectiva aparece-nos como um museu vivo de valores E natildeo porque os

pais pendurem os valores nas paredes como se se tratasse de um quadro que

passivamente se deve admirar Os valores familiares constituem pelo contraacuterio um

dado irrefutaacutevel quase com cunho testemunhal que vai unido ao comportamento

diaacuterio dos pais (ibidem p 76) E tambeacutem estaratildeo presentes estes valores na conduta

dos filhos quando os pais aleacutem de os viverem e de os fomentarem promovem e

mantecircm vigentes algumas normas e costumes familiares que mostram a presenccedila viva

destes valores preferenciais

Os valores familiares ndash em famiacutelias cristatildes natildeo satildeo soacute valores naturais mas tambeacutem

valores sobrenaturais ndash nenhuma crianccedila inicialmente os questiona Mais tarde sim

porque na medida em que cresce emerge e amadurece a sua liberdade pessoal haacute-de

comprometer-se tambeacutem nas escolhas que faz e que obviamente satildeo sempre muito

pessoais(hellip) Precisamente por isso os pais tecircm de preparar essa fase de referecircncia ndash

atraveacutes do seu comportamento ndash que lhe sirva de orientaccedilatildeo (ibidem)

Isto seraacute tanto menos difiacutecil para os pais quanto mais cedo faccedilam da sua famiacutelia um

museu vivo de valores quando os filhos satildeo ainda muito pequenos

Seraacute menos difiacutecil tambeacutem a sua adolescecircncia quando o quadro de referecircncia e um

miacutenimo de normas e costumes tenham sido parte importante do seu ambiente familiar

acolhedor desde a primeira infacircncia

Dossier temaacutetico sobre Valores 1364

Deste modo quando o filho adolescente ou o filho jovem daacute prioridade a alguns

valores como fundamento para apoiar a sua vida tem jaacute como em depoacutesito uns

valores que anteriormente assumiu e integrou quase sem dar por isso contagiados ou

emprestados pelos seus pais

Estes valores familiares descobertos na convivecircncia do lar paterno nas relaccedilotildees diaacuterias

de pais e filhos de irmatildeos de diferentes idades traduzem-se ndash como efeito de

descoberta ndash em motivos Em consequecircncia a conduta de cada filho estaraacute motivada

desde o principio a sua vontade estaraacute motivada

Penso por contraste em tantos filhos desmotivados antes e durante a sua adolescecircncia

quando os primeiros responsaacuteveis da famiacutelia natildeo se propuseram ou natildeo souberam

criar este a ambiente familiar cimentado na sinceridade na generosidade na lealdade

na laboriosidade no optimismo na compreensatildeo exigente no respeito confiado na

disponibilidade na gratidatildeo na amizade e noutros valores humanos

Oliveros Otero

In httpfamiliaaaldeianetvalores-na-familia

Dossier temaacutetico sobre Valores 1464

O CONTO NA VIDA DA CRIANCcedilA

A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais

refinadas como A Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos

limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros

Perde-se no tempo a origem e importacircncia do conto na educaccedilatildeo da crianccedila Quantas

vezes pais e educadores a braccedilos com a explicaccedilatildeo de algo mais complexo aos nossos

filhos nos socorremos de uma histoacuteria que simplifique a nossa tarefa por um lado e

por outro facilite a compreensatildeo por parte da crianccedila daquilo que verdadeiramente lhe

queremos transmitir

Passar valores agrave crianccedila eacute algo complexo Esta missatildeo implica normalmente conceitos

que fazem apelo a abstracccedilotildees competecircncias impossiacuteveis de usar pela crianccedila nas

etapas mais precoces do desenvolvimento As histoacuterias satildeo por isso um meio

facilitador de resolver algumas das questotildees que esta tarefa nos coloca Se por um

lado divertem as crianccedilas espicaccedilam a sua curiosidade promovem competecircncias

cognitivas e de oralidade activam a magia por outro satildeo tambeacutem a forma de

concretizarmos alguns dos valores que consideramos aceitaacuteveis e oportunos transmitir

agrave crianccedila

De cada histoacuteria cada crianccedila retiraraacute aquilo que lhe fizer mais sentido em funccedilatildeo das

suas vivecircncias e das suas caracteriacutesticas desenvolvimentais Com a mesma histoacuteria

podemos transmitir um sem-nuacutemero de ensinamentos isso depende em primeira

instacircncia do objectivo de quem a usa e da proacutepria crianccedila

A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais

refinadas como a Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos

limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros

A Menina do Mar eacute uma histoacuteria porventura difiacutecil de entender antes da idade

escolar Para aleacutem da beleza literaacuteria pode permitir-nos transmitir valores ecoloacutegicos

respeito pela Natureza nomeadamente pelas coisas do mar curiosidade na descoberta

e contemplaccedilatildeo do mar e do que ele conteacutem Aleacutem disso e voltando a um dos valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 1564

inerentes a quase todas as histoacuterias - a relaccedilatildeo com os outros - A Menina do Mar

proporciona uma excelente oportunidade de ensinar a crianccedila a respeitar e a aceitar as

diferenccedilas e ainda a importacircncia de fazer amigos

Nas histoacuterias tal como na vida por vezes tambeacutem haacute situaccedilotildees desconcertantes e ainda

bem que as histoacuterias contemplam estas situaccedilotildees Satildeo uma oacuteptima oportunidade para a

crianccedila se organizar e aprender a lidar com os medos os obstaacuteculos e frustraccedilotildees com

que se iraacute confrontar ao longo da vida Eacute importante que o crescimento se faccedila ainda

que ao niacutevel do imaginaacuterio e simboacutelico assente em valores reais

In O conto na vida da crianccedila In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-

06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$o-conto-na-vida-da-criancagt

Dossier temaacutetico sobre Valores 1664

VALORES

Os valores correspondem a maneiras de ser ou de agir reconhecidas como desejaacuteveis

Genericamente pode dizer-se que natildeo eacute possiacutevel a existecircncia de um grupo humano

sem que tenham sido definidos impliacutecita ou explicitamente os seus valores A

expressatildeo escrita e oral os siacutembolos os objectos satildeo meios de que os indiviacuteduos e os

grupos dispotildeem para aceder aos valores

Tecircm sido objecto de estudo em Sociologia questotildees como a do modo como evoluem os

valores o modo como os valores satildeo vividos pelos indiviacuteduos e pelos grupos e a

possibilidade ou impossibilidade de se falar em sociedades globais

No estrutural-funcionalismo de T Parsons os valores partilhados interiorizados satildeo

vistos como desempenhando um papel decisivo na integraccedilatildeo social em qualquer

sociedade Os criacuteticos deste ponto de vista defendem que a integraccedilatildeo social natildeo

depende num grau tatildeo absoluto da partilha de valores Argumenta-se que os valores

podem ser aceites por motivos pragmaacuteticos mais do que normativos e que as

estruturas sociais podem impor-se para aleacutem da interiorizaccedilatildeo dos valores Sobretudo

a maioria dos socioacutelogos reconhece actualmente que uma sociedade pode existir

mesmo que seja atravessada por divergecircncias a niacutevel dos valores

Valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-06] Disponiacutevel na

www ltURL httpwwwinfopediapt$valoresgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 1764

CRISE DOS VALORES TRADICIONAIS

Em pleno seacuteculo XXI quase toda a sociedade considera que existe uma crise de valores

ou pelo menos a falecircncia dos tradicionais Mas desde sempre esta consciecircncia de crise

de valores existiu numa perspectiva geograacutefica mais restrita e sem as dimensotildees de

generalizaccedilatildeo como sucede hoje A globalizaccedilatildeo econoacutemica e o neoliberalismo o

individualismo e o relativismo a par do progresso tecnoloacutegico aceleraram a toma de

consciecircncia de crise de valores por parte da populaccedilatildeo Por um lado esbateram-se ou jaacute

natildeo existem mesmo criteacuterios seguros para distinccedilatildeo do bem e do mal do justo e do

injusto entre outras categorias morais e pessoais imperando pois a subjectividade e o

relativismo Radicalmente alguns vatildeo mais longe e afirmam mesmo que jaacute natildeo existem

sequer valores tudo eacute circunstancial O que era antes intemporal e inalteraacutevel eacute agora

volaacutetil ou inconsistente passando-se do relativismo agrave descrenccedila niilista absoluta

As principais causas para a crise de valores satildeo

- a desvalorizaccedilatildeo da tradiccedilatildeo quer atraveacutes do marxismo que tudo subjuga agrave histoacuteria e

ao plano social desvalorizando os valores antigos da burguesia dos opressores que

substitui pelos do povo trabalhador quer atraveacutes de Nietzsche e a sua negaccedilatildeo dos

valores absolutos ou mesmo com Freud que tornou os valores morais como produto

de mecanismos mentais repressivos

- a crise na instituiccedilatildeo familiar das suas relaccedilotildees do proacuteprio modelo de famiacutelia

primeira fonte de transmissatildeo de valores O aumento de divoacutercios separaccedilotildees

violecircncia domeacutestica pressotildees econoacutemicas e stress social das famiacutelias podem prejudicar

tambeacutem a transmissatildeo de valores seguros aos filhos

- modificaccedilotildees de ordem material nos aspectos tecnoloacutegico e cientiacutefico e as sucessivas

mutaccedilotildees econoacutemicas podem conduzir ao distanciamento cada vez maior da sociedade

moderna face aos valores tradicionais

- menor peso dos bons costumes e da cultura popular na sociedade moderna visiacutevel na

descrenccedila nos valores absolutos e na moral social substituiacuteda pela moral autoacutenoma e

pelo relativismo

A sociedade hoje em dia tornou-se mais aberta e plural mais intercultural assumindo

melhor as diferenccedilas mas tambeacutem tornando-se mais insegura violenta tendendo para

a repressatildeo e ateacute para um individualismo egoiacutesta e esvaziado de valores de relaccedilotildees

Dossier temaacutetico sobre Valores 1864

interpessoais Para muitos analistas natildeo existe crise antes abertura para outros a

maior crise eacute a incapacidade humana de enfrentar o problema da crise de valores pois

subsiste a ideia de que nas democracias natildeo haacute valores impessoais ou suprapessoais

parecendo que cada um escolhe os seus Alguns autores sugerem que a crise natildeo seraacute

apenas de valores mas tambeacutem de referecircncias estaacuteveis e soacutelidas

Crise dos Valores Tradicionais In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-

06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$crise-dos-valores-tradicionaisgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 1964

O QUE SAtildeO VALORES

O QUE DISTINGUE UM FACTO DE UM VALOR

PESQUISA

O homem vive toma partido crecirc numa multiplicidade de valores hierarquiza-os e daacute

assim sentido agrave sua existecircncia mediante opccedilotildees que ultrapassam incessantemente as

fronteiras do seu conhecimento efectivo No homem que pensa esta questatildeo soacute pode

ser raciocinada no sentido em que para fazer a siacutentese entre aquilo que ele crecirc e

aquilo que ele sabe ele soacute pode utilizar uma reflexatildeo quer prolongando o saber quer

opondo-se a ele num esforccedilo criacutetico para determinar as suas fronteiras actuais e

legitimar a hierarquizaccedilatildeo dos valores que o ultrapassam Esta siacutentese raciocinada

entre as crenccedilas quaisquer que elas sejam e as condiccedilotildees do saber constituiacute aquilo que

noacutes chamamos uma sabedoria e eacute este que nos parece ser o objecto da filosofia

Jean Piaget Sageza e Ilusatildeo da Filosofia

Dossier temaacutetico sobre Valores 2064

SIacuteNTESE

1 Valores

1 Quando decidimos fazer algo estamos a realizar uma escolha Manifestamos certas

preferecircncias por umas coisas em vez de outras Evocamos entatildeo certos motivos para

justificar as nossas decisotildees

2 Factos e valores

Todos estes motivos podem ser apoiados em factos mas tecircm sempre impliacutecitos certos

valores que justificam ou legitimam as nossas preferecircncias

Exemplo O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi o dia mais importante

da semana era um domingo

Facto O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi efectivamente um

domingo

Valor impliacutecito O domingo como o dia mais importante entre os

dias da semana

3Facto

Um facto eacute algo que algo que pode ser comprovado sobre o qual podemos dizer que a

afirmaccedilatildeo eacute verdadeira ou falsa Os factos satildeo igualmente susceptiacuteveis de gerarem

consensos universais

4 Valor

Podemos definir os valorespartindo das vaacuterias dimensotildees em que usamos

a) os valores satildeo criteacuterios segundo os quais valorizamos ou desvalorizamos as

coisas

Dossier temaacutetico sobre Valores 2164

b) Os valores satildeo as razotildees que justificam ou motivam as nossas acccedilotildees tornando-

as preferiacuteveis a outras

Os valores reportam-se em geral sempre a acccedilotildees justificam-nas

Exemplo Participar numa manifestaccedilatildeo a favor do povo timorensepode significar que

atribuiacutemos agrave Solidariedade uma enorme importacircncia A solidariedade eacute neste caso o

valor que justifica ou explica a nossa acccedilatildeo

Ao contraacuterio dos factos os valores apenas implicam a adesatildeo de grupos restritos Nem

todos possuiacutemos os mesmos valores nem valorizamos as coisas da mesma forma

5 Tipos de valores

Os valores natildeo satildeo coisas nem simples ideias que adquirimos mas conceitos que

traduzem as nossas preferecircncias Existe uma enorme diversidade de valores podemos

agrupaacute-los quanto agrave sua natureza da seguinte forma

Valores eacuteticos os que se referem agraves normas ou criteacuterios de conduta que afectam todas

as aacutereas da nossa actividade Exemplos Solidariedade Honestidade Verdade

Lealdade Bondade Altruiacutesmo

Valores esteacuteticos os valores de expressatildeo Exemplo Harmonia Belo Feio Sublime

Traacutegico

Valores religiosos os que dizem respeito agrave relaccedilatildeo do homem com a transcendecircncia

Exemplos Sagrado Pureza Santidade Perfeiccedilatildeo

Valores poliacuteticos Justiccedila Igualdade Imparcialidade Cidadania Liberdade

Valores vitais Sauacutede Forccedila

6 Hierarquizaccedilatildeo dos Valores

Natildeo atribuiacutemos a todos os nossos valores a mesma importacircncia Na hora de tomar

uma decisatildeo cada um de noacutes hierarquiza os valores de forma muito diversa A

Dossier temaacutetico sobre Valores 2264

hierarquizaccedilatildeo eacute a propriedade que tem os valores de se subordinarem uns aos outros

isto eacute de serem uns mais valiosos que outros As razotildees porque o fazemos satildeo

muacuteltiplas

Exemplo

A maioria da populaccedilatildeo mundial continua a passar graves carecircncias alimentares

Todos os anos morrem milhotildees de pessoas por subnutriccedilatildeo Natildeo eacute de querer que

hierarquia dos seus valores destas pessoas a satisfaccedilatildeo das suas necessidades

bioloacutegicas natildeo esteja logo em primeiro lugar

7 Polaridade dos Valores

Os nossos valores tendem a organizar-se em termos de oposiccedilotildees ou polaridades

Preferimos e opomos a Verdade agrave Mentira a Justiccedila agrave Injusticcedila o Bem ao Mal a beleza

agrave fealdade a genorosidade agrave mesquinhecircs A palavra valor costuma apenas ser aplicada

num sentido positivo Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de

estima positiva ou negativamente Valor eacute tanto o Bem como o Mal o Justo como

Injusto

Carlos Fontes

In httpafilosofianosapopt10valoreshtm~

Dossier temaacutetico sobre Valores 2364

PERTINEcircNCIA DE VALORES

Durkheim considerava que os valores miacuteticos e religiosos que funcionaram como

crenccedilas nas sociedades tradicionais serviram para exercer o controlo e a coesatildeo sociais

e para inspirar as avaliaccedilotildees e as motivaccedilotildees das pessoas Eacute assim que nas sociedades

tradicionais de solidariedade mecacircnica os indiviacuteduos estatildeo integrados por valores

comuns que se lhes impotildeem garantindo a coesatildeo social Jaacute nas sociedades modernas

de solidariedade orgacircnica verifica-se segundo Durkheim uma erosatildeo dos valores

graccedilas ao aumento do individualismo e agrave desintegraccedilatildeo das ligaccedilotildees sociais originadas

pelo desenvolvimento da divisatildeo do trabalho

Parsons (1951) que consagrou a existecircncia de quatro subsistemas interdependentes -

cultural poliacutetico econoacutemico societal - remete cada um deles para quatro tipos de

valores O subsistema cultural manteacutem os modelos valorizados da acccedilatildeo o subsistema

poliacutetico assegura a funccedilatildeo de realizaccedilatildeo das finalidades colectivas o subsistema

societal assegura a funccedilatildeo de integraccedilatildeo social dos indiviacuteduos e o econoacutemico a funccedilatildeo

de adaptaccedilatildeo (controlo exploraccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio ambiente) Satildeo portanto

os sistemas que asseguram a funccedilatildeo de reproduccedilatildeo dos valores

A questatildeo da pertinecircncia dos valores coloca a relaccedilatildeo entre os valores (morais

religiosos poliacuteticos esteacuteticos) e as culturas na proacutepria medida em que existem relaccedilotildees

entre as formas de vida ou as visotildees do mundo e o quadro de valores que as orientam

Haacute uma multiplicidade de valores variando estes conforme as sociedades e as

culturas e tambeacutem conforme as eacutepocas histoacutericas por isso se fala da relatividade

histoacuterica dos valores Ora a pluralidade dos valores eacute acompanhada tambeacutem da

existecircncia de sistemas de valores relativamente abertos Novos valores podem sempre

vir a integrar um sistema (moral poliacutetico cultural ou religioso) desde que seja

assegurada uma coerecircncia miacutenima entre os valores de um mesmo sistema Com efeito

uma cultura de valores democraacuteticos por exemplo eacute incompatiacutevel com o autoritarismo

e o totalitarismo como uma cultura que reconhece o valor da infacircncia e os direitos da

crianccedila eacute incompatiacutevel com a exploraccedilatildeo da crianccedila

Poreacutem sistemas de valores diferenciados podem coexistir numa mesma sociedade

valores de grupos poliacuteticos diferentes de etnias diversas de comunidades religiosas

diferentes valores hedonistas que se opotildeem aos valores do trabalho e da eficaacutecia os

valores da poupanccedila e do patrimoacutenio em oposiccedilatildeo ao consumismo desenfreado os

Dossier temaacutetico sobre Valores 2464

valores do ser e da pessoa em oposiccedilatildeo aos valores do ter e do poder financeiro etc

Esta diversidade de valores pode provocar conflitos cuja resposta poderaacute implicar que

uma hierarquia de pertinecircncias seja estabelecida Com efeito existem conflitos de

valores no seio da famiacutelia (entre as geraccedilotildees por exemplo) nas empresas (entre a

eficaacutecia econoacutemica o lucro o melhoramento das condiccedilotildees de trabalho o serviccedilo agrave

comunidade etc) ao niacutevel das argumentaccedilotildees de valores num

tribunal ou nos debates puacuteblicos sobre processos judiciais (o respeito devido agraves viacutetimas

e o direito do culpado agrave sua defesa por exemplo) conflitos entre o valor da famiacutelia e a

obrigaccedilatildeo do trabalho (conflito que se potildee muitas vezes agraves matildees que trabalham fora

de casa e tecircm filhos pequenos) etc

Para aleacutem dos aspectos ligados agrave pluralidade dos valores assistimos hoje nas

sociedades democraacuteticas contemporacircneas a uma evoluccedilatildeo dos sistemas de valores e a

uma alteraccedilatildeo da sua hierarquia de pertinecircncia expressas na importacircncia crescente dos

novos valores ligados agrave ecologia agrave defesa do meio ambiente e ao novo conceito de

desenvolvimento sustentado dos valores da solidariedade da cidadania e da

toleracircncia que orientam hoje um novo tipo de acccedilatildeo colectiva (exercido em termos de

voluntariado eou por Organizaccedilotildees Natildeo-Governamentais (ONG) como os meacutedicos

sem fronteiras as associaccedilotildees de protecccedilatildeo e defesa das crianccedilas e das mulheres

viacutetimas de maus tratos as associaccedilotildees de defesa das minorias do consumidor de

assistecircncia aos doentes com sida etc) assim como se assiste a uma evoluccedilatildeo dos

valores ligados agrave mundializaccedilatildeo que orientam instituiccedilotildees e convenccedilotildees internacionais

Pertinecircncia de valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-07]

Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$pertinencia-de-valoresgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 2564

DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E

SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA

Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os

valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute

quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os

valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi

publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio

quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o

egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que

promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de

etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo

excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores

da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo

lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais

entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos

professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas

desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os

docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila

Foto Pintura de Salvador Dali

In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml

Dossier temaacutetico sobre Valores 2664

A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA

Adolfo S Suaacuterez

Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso

de Teologia do Unasp

Centro Universitaacuterio Adventista

Campus Engenheiro Coelho (SP)

adolfosuarezunaspedubr

Introduccedilatildeo

1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores

11 Definiccedilotildees

12 Modelos de valores em sala de aula

121 Valores absolutos

122 Valores relativos

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

13 Classificaccedilatildeo de valores

14 Conclusatildeo parcial

2 Valores que devem ser ensinados

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

23 Conclusatildeo parcial

3 A transmissatildeo de valores

31 Como se aprendem os valores

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

33 A idade e o ensino de valores

34 Conclusatildeo parcial

Consideraccedilotildees finais

Referecircncias bibliograacuteficas

Dossier temaacutetico sobre Valores 2764

Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo

Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde

Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula

The issue of values in the classroom

Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary

Education based on a Christian pedagogical practice

Keywords values christian education classroom

Dossier temaacutetico sobre Valores 2864

INTRODUCcedilAtildeO

Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS

2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da

experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e

cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e

espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)

Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas

fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade

promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a

inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)

No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de

estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das

faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)

Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo

meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo

quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e

aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)

Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido

vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo

no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar

desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de

professores ldquoconteudistasrdquo

Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser

mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno

porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de

apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa

formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores

Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-

se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo

da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados

Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores

1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES

1 1 Definiccedilotildees

Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade

humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua

conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja

valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)

independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de

caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)

Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo

Dossier temaacutetico sobre Valores 2964

Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao

satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa

qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto

deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo

racional humano (2001 p 44)

No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS

pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores

significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno

seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais

lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que

promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os

princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o

seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o

respeito e a cooperaccedilatildeo

Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante

descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade

(1997 p 79)

12 Modelos de valores em sala de aula

Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores

Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)

121 Valores absolutos

Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e

normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma

autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos

indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave

medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo

previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios

mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo

O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para

conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de

que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3064

122 Valores relativos

Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute

baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da

verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio

mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela

praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia

pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc

A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o

que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de

tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no

momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros

possam pensar

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3164

Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o

trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua

autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e

normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam

orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os

valores

Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que

determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura

que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a

escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se

oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem

possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo

Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de

determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes

puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para

todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar

os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns

13 Classificaccedilatildeo de valores

Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da

seguinte maneira numa escala ascendente

(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc

(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc

(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc

(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc

(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc

(f) Valores religiosos sagrado profano etc

De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em

Dossier temaacutetico sobre Valores 3264

(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam

rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar

(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute

dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel

satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para

Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos

sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos

gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e

prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos

(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)

(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo

pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real

exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato

boa-feacutemaacute-feacute etc)

(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)

(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia

autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da

vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees

pessoais etc

(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano

14 Conclusatildeo parcial

Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do

comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta

particular

Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta

temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e

autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em

valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos

A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados

educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados

2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados

Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio

de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados

ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA

chama de mandamentos satildeo os seguintes

Dossier temaacutetico sobre Valores 3364

(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o

bem

(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica

Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila

(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso

caraacuteter

(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio

entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato

(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)

(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado

(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a

ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia

com a sabedoria

(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em

noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional

(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser

motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas

uacuteteis ou prazeres

(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem

cair no narcisismo) e o amor pelos outros

(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos

felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com

tudo e todos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3464

O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro

Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz

que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas

geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho

humildade sabedoria respeito e solidariedade

Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de

Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os

seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da

atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo

mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom

humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto

valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante

da TV liberdade e obediecircncia

Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da

temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila

coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e

harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico

compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees

Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro

primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de

Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e

transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade

Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto

que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia

integridade equiliacutebrio e pessoalidade

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-

aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito

famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem

apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de

eternidade

Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as

Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino

Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo

Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais

importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram

escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam

agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo

Dossier temaacutetico sobre Valores 3564

Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia

(accedilatildeo) Perdatildeo

Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia

(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo

Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia

(pensamento) Previsatildeo

Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave

famiacutelia Individualidade Propoacutesito

Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade

Dossier temaacutetico sobre Valores 3664

Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza

Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade

Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo

proacutepria

Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo

Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo

Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo

Abertura Entusiasmo Interesse Respeito

Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio

Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade

Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia

Auto-motivaccedilatildeo para

desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede

Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade

Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila

Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade

Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade

eacutetica

Carinho Flexibilidade no juiacutezo

moral Meditaccedilatildeo

Sentido de

comunidade

Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo

Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia

Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade

Compreensatildeo da

verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade

Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento

Consciecircncia dos

assuntos morais e

religiosos

Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato

Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila

Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura

Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia

Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade

Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade

Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo

pessoal

Cortesia Humor Patriotismo Veracidade

Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude

Cumprimento dos

deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva

23 Conclusatildeo parcial

Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis

cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a

sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula

um importante ofiacutecio para todo educador

3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES

Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos

numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a

quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais

envolvidos em todo esse processo

Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente

pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir

em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3764

31 Como se aprendem os valores

Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que

demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras

(MARQUES 2001 p 44)

(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados

(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica

em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto

(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os

valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade

assimilamos a honestidade

(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos

loacutegicos e discursivos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3864

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o

factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)

O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da

crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor

da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para

exemplificaacute-la etc

Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores

demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a

veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel

relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o

relacionamento proacuteximo

O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido

consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso

exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa

situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e

sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre

sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar

dinheiro Por quecircrdquo

33 A idade e o ensino de valores

De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos

de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo

das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo

tem muita influecircncia

Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia

moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees

dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila

obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque

isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal

Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem

desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido

sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos

actos

34Conclusatildeo parcial

Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses

valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos

rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis

de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado

de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)

chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)

Dossier temaacutetico sobre Valores 3964

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que

determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que

a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos

e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores

podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e

religiosos

Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam

conviver bem consigo mesmos e com a sociedade

Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o

ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional

e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa

Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo

desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na

transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe

um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a

educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual

entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde

Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de

motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe

uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores

Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente

Precisamos educar o estudante plenamente

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed

Petroacutepolis RJ Vozes 2000

BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais

Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997

BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales

Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997

Dossier temaacutetico sobre Valores 4064

CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003

CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a

Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas

Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b

LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo

Paulo Vida 2001

MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000

MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001

PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991

SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995

YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de

Moraes Porto Alegre Artmed 2002

Dossier temaacutetico sobre Valores 4164

O PODER DOS CONTOS INFANTIS

Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada

Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e

agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre

Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em

geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo

deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o

fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma

contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado

Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo

dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de

uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de

exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura

racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar

Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do

qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do

abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip

Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam

sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a

cobardia

O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o

estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso

encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e

prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e

vencer o mal

Dossier temaacutetico sobre Valores 4264

Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique

completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o

sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes

sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo

com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute

mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los

interpretaacute-los e ultrapassaacute-los

Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente

nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se

enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de

forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais

como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel

estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a

questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim

zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila

moral dos contos infantis

Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar

duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a

crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso

sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-

se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada

In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm

Dossier temaacutetico sobre Valores 4364

Dicionaacuterio de Valores

(Infopeacutedia)

afecto

amizade

autodisciplina

civismo

confianccedila

disciplina

honestidade

integridade

integro

justiccedila

lealdade

liberdade

partilha

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

respeito

responsabilidade

responsaacutevel

solidariedade

solidaacuterio

toleracircncia

valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 4464

afecto

afecto n adj sentimento de apego e ()

afecto forma do verbo afectar

afecto

nome masculino

1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo

2 amizade

3 amor

4 carinho

5 inclinaccedilatildeo

adjectivo

1 afeiccediloado dedicado

2 destinado

3 ligado dependente

(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)

amizade

nome feminino

1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia

2 camaradagem companheirismo cumplicidade

3 entendimento compreensatildeo

4 dedicaccedilatildeo bondade

5 pessoa amiga

(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4564

autodisciplina

nome feminino

1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo

2 capacidade de se disciplinar

(De auto-+disciplina)

civismo

nome masculino

1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico

2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas

suas instituiccedilotildees

(Do fr civisme laquoidraquo)

confianccedila

nome feminino

1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor

2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza

3 creacutedito

4 acircnimo

5 popular ousadia atrevimento

6 popular familiaridade

abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo

que se ocupa

dar confianccedila permitir certa familiaridade

ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza

tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade

(Do fr confiance laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4664

disciplina

disciplina n conjunto de regras ou ()

disciplina forma do verbo disciplinar

disciplina

nome feminino

1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou

colectividade

2 observacircncia das regras obediecircncia

3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a

respeitar regras ou conseguir resultados

4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de

um estabelecimento escolar

5 autoridade

6 castigo mortificaccedilatildeo

7 [plural] correias para accediloitar

(Do lat disciplina- laquoidraquo)

honestidade

nome feminino

1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade

probidade

2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade

3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia

(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4764

integridade

nome feminino

1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade

2 qualidade do que eacute iacutentegro

3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade

(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)

integro [integro]

adjectivo

1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO

2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO

justiccedila

justiccedila n virtude moral que inspira ()

justiccedila forma do verbo justiccedilar

justiccedila

nome feminino

1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a

atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade

2 conformidade com o direito estabelecido

3 poder de aplicar as leis poder judicial

4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees

5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do

poder judicial

6 conjunto dos magistrados a magistratura

Dossier temaacutetico sobre Valores 4864

7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda

por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada

na outra

8 popular funcionaacuterios de um tribunal

justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor

das coisas trocadas

justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e

dos encargos consoante a qualidade das pessoas

justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial

justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer

positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus

membros

popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos

com justiccedila de maneira justa e imparcial

dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio

em boa justiccedila segundo o que eacute devido

fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes

(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)

lealdade

nome feminino

qualidade de leal fidelidade sinceridade

(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4964

liberdade

nome feminino

1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua

natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo

livre)

2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo

ou de acccedilatildeo)

3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e

independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de

decisatildeo)

4 livre arbiacutetrio

5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)

6 personificaccedilatildeo das ideias liberais

7 toleracircncia

8 licenccedila autorizaccedilatildeo

9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada

10 figurado franqueza

11 [plural] regalias imunidades

liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas

que se julgarem verdadeiras

liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem

impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela

lei

LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e

sintaacutecticas em poesia

(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5064

partilha

nome feminino

1 acto ou efeito de partilhar

2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa

3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio

4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila

5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente

entre duas ou mais pessoas

(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

nome feminino

1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar

2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo

3 desassossego

4 ideia fixa

5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo

(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)

respeito

respeito n acto ou efeito de ()

respeito forma do verbo respeitar

respeito

nome masculino

1 acto ou efeito de respeitar

2 consideraccedilatildeo apreccedilo

3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo

4 homenagem culto

5 temor receio

Dossier temaacutetico sobre Valores 5164

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 10: Valor Es Final

Faz o que eu faccedilo

Todos temos na mente uma ideia de como gostariacuteamos que fosse a sociedade em que

mundo queremos que vivam os nossos filhos um sitio limpo em que as pessoas se

ajudem e respeitem onde todos tenhamos os mesmos direitoshellip Depois saiacutemos agrave rua

pensando no trabalho nas compras na ortodoncia do menino e esquecemo-nos de

todos esses bons propoacutesitos De repente queremos ser os primeiros a sair do metro

incomoda-nos o carro que torna lenta a circulaccedilatildeo esquecemo-nos de dar os bons dias

ao porteirohellip e assim dia apoacutes dia diante o olhar sempre atento das crianccedilas que jaacute se

sabe absorvem tudo como esponjas

Jaacute comentaacutemos que ateacute os doze anos aproximadamente o lar eacute a principal fonte de

valores direitos e deveres da crianccedila Agora tambeacutem teraacute que se dizer que haacute coisas

que dificilmente se aprendem mais tarde Se em pequenos natildeo nos acostumamos a

guardar o pacote no bolso quando natildeo haacute um cesto de papeacuteis agrave matildeo a natildeo pocircr a

muacutesica muito alta para natildeo incomodar o vizinho a dizer obrigado quando nos fazem

um favor ou a natildeo insultar os que satildeo diferentes seraacute mais complicado aprendecirc-lo

mais tarde Porque o civismo o respeito a honestidade e todos os valores humanos satildeo

em grande medida haacutebitos rotinas que aprendemos em famiacutelia de forma inconsciente

e que mais adiante chegamos a valorizar com a reflexatildeo que permite a maturidade

Por isso a melhor forma de transmitir valores de aprender a viver em sociedade eacute natildeo

aplicar jamais a tatildeo popular frase de ldquofaz o que eu digo e natildeo o que eu faccedilordquo Se

quisermos que nossos filhos alcancem essa sociedade tatildeo sonhada devemos comeccedilar

por criaacute-la noacutes mesmos e ldquofazer o que dizemosrdquo

Que ldquohaacutebitos-valoresrdquo fomentar

Decerto que vocecircs mesmos tecircm a resposta Soacute tecircm que pensar que tipo de pessoas

gostariam que fossem os vossos filhos e actuar em consequecircncia Como vimos a

coerecircncia entre as ideias que querem transmitir e a forma como se actua em casa eacute a

chave principal

A maioria das pessoas considera como nobres os mesmos tipos de valores Entretanto

agraves vezes eacute difiacutecil reconhecer em noacutes mesmo onde encaixa a conexatildeo entre ldquocrenccedilasrdquo e

ldquoforma de serrdquo Estes conselhos podem ajudar a reflectir sobre isso

Dossier temaacutetico sobre Valores 1064

Se quiserem que o vossofilho seja uma pessoa razoaacutevel raciocinem com ele desde o

primeiro dia Natildeo utilizem o ldquoporque eu digordquo Logicamente haveraacute muitas ocasiotildees

em que tenham que lhe ordenar as coisas mas sempre podem argumentar o motivo

O respeito onde primeiro se observa eacute entre os pais As decisotildees no casal devem ser

sempre compartilhadas Se discutem faccedilam-no de forma tranquila sem recriminar

Saber viver em sociedade eacute saber aceitar as opiniotildees distintas

Onde mais se fomentam os estereoacutetipos eacute no lar Pensaram alguma vez em coisas como

quem limpa a casa quem troca as lacircmpadas etc Tratem de compartilhar entre voacutes os

distintos papeacuteis

Se se preocuparem com as influecircncias externas pensem que tecircm uma arma muito

importante ao vosso alcance os vossoscomentaacuterios Falem com o vossofilho sobre a

opiniatildeo que merecem as actuaccedilotildees dos outros (tanto no positivo como no negativo)

Isto eacute importante sobretudo contra a influecircncia da televisatildeo

Compreender ajuda a aprender

Os valores transmitem-se atraveacutes do exemplo mas assentam com forccedila graccedilas agrave

compreensatildeo de que satildeo necessaacuterios Como podemos ajudar uma crianccedila pequena a

perceber esta importacircncia Uma boa maneira eacute aplicar a foacutermula de ldquofaz pelos outros o

que gostarias que fizessem por ti e natildeo lhes faccedilas o que natildeo gostarias que te fizessemrdquo

Por outras palavras colocar as crianccedilas na hipoacutetese de serem eles os protagonistas de

certas atitudes Eacute muito mais eficaz para que o vossofilho a entenda dizer-lhe

ldquoGostarias que se rissem de ti porque usas oacuteculos como te sentiriasrdquo do que lhe dizer

simplesmente ldquoNatildeo deves rir do Joatildeo por ter aparelho nos dentesrdquo

(Esther Garciacutea Schmah Pedagoga wwwsolohijoscom wwwmujernuevaorg)

In httpfamiliaaaldeianetos-habitos-familiares-e-a-transmissao-dos-valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 1164

VALORES NA FAMIacuteLIA

Quando os valores prioritaacuterios satildeo os valores ou bens materiais como ocorre em

amplos sectores da sociedade actual ou quando os valores se confundem com os

desejos ou as apetecircncias de um ser humano como tambeacutem acontece a descoberta de

verdadeiros valores humanos tem uma grande importacircncia para a motivaccedilatildeo da

vontade humana Porquecirc Porque a motivaccedilatildeo humana remete sempre para valores

humanos verdadeiros materiais e espirituais ndash sempre que os primeiros sirvam os

segundos e natildeo ao contraacuterio

A descoberta e valores corresponde aos imateriais aos do espiacuterito aos que fazem

referecircncia agrave verdade (valores intelectuais) ao bem (valores morais) e agrave beleza (valores

esteacuteticos) Satildeo trecircs tipos de valores estreitamente relacionados entre si porque verdade

bem e beleza satildeo os termos inseparaacuteveis de um trinoacutemio (Se algueacutem tentasse separaacute-

los encontrar-se-ia com uma verdade maacute e feia com um bem feio e falso com uma

beleza falsa e maacute)

Como descobrir estes valores Cada qual deve tomar a iniciativa de os procurar porque

lhe satildeo muito importantes satildeo os elementos que aperfeiccediloam o proacuteprio ser mediante

eles um indiviacuteduo pode acabar por ser chegar a ser aquilo que eacute pessoa ser mais e

melhor pessoa

Mas nem sempre que se procuram se encontram Tambeacutem eacute verdade que agraves vezes

emergem de repente no nosso horizonte existencial inclusivamente apesar da nossa

resistecircncia (hellip) Um dia qualquer uma vida rotineira e talvez sem relevo pode sentir-

se sacudida ndash e ateacute invadida ndash pela descoberta de um novo valor que a transforma

(Polaino e Carrentildeo l992 p 75)

Haacute algum acircmbito onde a descoberta de valores seja menos difiacutecil ou mais provaacutevel

Em primeiro lugar o acircmbito vital da famiacutelia Se os pais optaram por certos valores e se

comprometeram com eles cada filho que vem ao mundo natildeo tem de desenvolver a

tarefa hercuacutelea e problemaacutetica de tratar de descobrir por que valores vale a pena

arriscar a vida (ibidem)

Dossier temaacutetico sobre Valores 1264

Nem sempre acontece assim Optar por certos valores significa escolher entre os

melhores aqueles que mais convenham numa famiacutelia concreta com as suas

circunstacircncias actuais para o desenvolvimento pessoal de cada membro e para a

melhoria familiar Logicamente seratildeo prioritaacuterios os valores humanos mais cultivados

por ambos os cocircnjuges

Comprometer-se com uns valores e organizar a vida familiar em funccedilatildeo deles supotildee tecirc-

los interiorizado profundamente Soacute assim seratildeo capazes de os pocircr de moda na sua

famiacutelia sendo eles proacuteprios para os seus filhos portadores de valores

Esses valores vividos pelos pais com naturalidade e com graccedila com bom humor

sabendo sorrir habitualmente seratildeo atractivos para os filhos e contagiosos A famiacutelia

sob esta perspectiva aparece-nos como um museu vivo de valores E natildeo porque os

pais pendurem os valores nas paredes como se se tratasse de um quadro que

passivamente se deve admirar Os valores familiares constituem pelo contraacuterio um

dado irrefutaacutevel quase com cunho testemunhal que vai unido ao comportamento

diaacuterio dos pais (ibidem p 76) E tambeacutem estaratildeo presentes estes valores na conduta

dos filhos quando os pais aleacutem de os viverem e de os fomentarem promovem e

mantecircm vigentes algumas normas e costumes familiares que mostram a presenccedila viva

destes valores preferenciais

Os valores familiares ndash em famiacutelias cristatildes natildeo satildeo soacute valores naturais mas tambeacutem

valores sobrenaturais ndash nenhuma crianccedila inicialmente os questiona Mais tarde sim

porque na medida em que cresce emerge e amadurece a sua liberdade pessoal haacute-de

comprometer-se tambeacutem nas escolhas que faz e que obviamente satildeo sempre muito

pessoais(hellip) Precisamente por isso os pais tecircm de preparar essa fase de referecircncia ndash

atraveacutes do seu comportamento ndash que lhe sirva de orientaccedilatildeo (ibidem)

Isto seraacute tanto menos difiacutecil para os pais quanto mais cedo faccedilam da sua famiacutelia um

museu vivo de valores quando os filhos satildeo ainda muito pequenos

Seraacute menos difiacutecil tambeacutem a sua adolescecircncia quando o quadro de referecircncia e um

miacutenimo de normas e costumes tenham sido parte importante do seu ambiente familiar

acolhedor desde a primeira infacircncia

Dossier temaacutetico sobre Valores 1364

Deste modo quando o filho adolescente ou o filho jovem daacute prioridade a alguns

valores como fundamento para apoiar a sua vida tem jaacute como em depoacutesito uns

valores que anteriormente assumiu e integrou quase sem dar por isso contagiados ou

emprestados pelos seus pais

Estes valores familiares descobertos na convivecircncia do lar paterno nas relaccedilotildees diaacuterias

de pais e filhos de irmatildeos de diferentes idades traduzem-se ndash como efeito de

descoberta ndash em motivos Em consequecircncia a conduta de cada filho estaraacute motivada

desde o principio a sua vontade estaraacute motivada

Penso por contraste em tantos filhos desmotivados antes e durante a sua adolescecircncia

quando os primeiros responsaacuteveis da famiacutelia natildeo se propuseram ou natildeo souberam

criar este a ambiente familiar cimentado na sinceridade na generosidade na lealdade

na laboriosidade no optimismo na compreensatildeo exigente no respeito confiado na

disponibilidade na gratidatildeo na amizade e noutros valores humanos

Oliveros Otero

In httpfamiliaaaldeianetvalores-na-familia

Dossier temaacutetico sobre Valores 1464

O CONTO NA VIDA DA CRIANCcedilA

A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais

refinadas como A Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos

limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros

Perde-se no tempo a origem e importacircncia do conto na educaccedilatildeo da crianccedila Quantas

vezes pais e educadores a braccedilos com a explicaccedilatildeo de algo mais complexo aos nossos

filhos nos socorremos de uma histoacuteria que simplifique a nossa tarefa por um lado e

por outro facilite a compreensatildeo por parte da crianccedila daquilo que verdadeiramente lhe

queremos transmitir

Passar valores agrave crianccedila eacute algo complexo Esta missatildeo implica normalmente conceitos

que fazem apelo a abstracccedilotildees competecircncias impossiacuteveis de usar pela crianccedila nas

etapas mais precoces do desenvolvimento As histoacuterias satildeo por isso um meio

facilitador de resolver algumas das questotildees que esta tarefa nos coloca Se por um

lado divertem as crianccedilas espicaccedilam a sua curiosidade promovem competecircncias

cognitivas e de oralidade activam a magia por outro satildeo tambeacutem a forma de

concretizarmos alguns dos valores que consideramos aceitaacuteveis e oportunos transmitir

agrave crianccedila

De cada histoacuteria cada crianccedila retiraraacute aquilo que lhe fizer mais sentido em funccedilatildeo das

suas vivecircncias e das suas caracteriacutesticas desenvolvimentais Com a mesma histoacuteria

podemos transmitir um sem-nuacutemero de ensinamentos isso depende em primeira

instacircncia do objectivo de quem a usa e da proacutepria crianccedila

A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais

refinadas como a Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos

limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros

A Menina do Mar eacute uma histoacuteria porventura difiacutecil de entender antes da idade

escolar Para aleacutem da beleza literaacuteria pode permitir-nos transmitir valores ecoloacutegicos

respeito pela Natureza nomeadamente pelas coisas do mar curiosidade na descoberta

e contemplaccedilatildeo do mar e do que ele conteacutem Aleacutem disso e voltando a um dos valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 1564

inerentes a quase todas as histoacuterias - a relaccedilatildeo com os outros - A Menina do Mar

proporciona uma excelente oportunidade de ensinar a crianccedila a respeitar e a aceitar as

diferenccedilas e ainda a importacircncia de fazer amigos

Nas histoacuterias tal como na vida por vezes tambeacutem haacute situaccedilotildees desconcertantes e ainda

bem que as histoacuterias contemplam estas situaccedilotildees Satildeo uma oacuteptima oportunidade para a

crianccedila se organizar e aprender a lidar com os medos os obstaacuteculos e frustraccedilotildees com

que se iraacute confrontar ao longo da vida Eacute importante que o crescimento se faccedila ainda

que ao niacutevel do imaginaacuterio e simboacutelico assente em valores reais

In O conto na vida da crianccedila In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-

06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$o-conto-na-vida-da-criancagt

Dossier temaacutetico sobre Valores 1664

VALORES

Os valores correspondem a maneiras de ser ou de agir reconhecidas como desejaacuteveis

Genericamente pode dizer-se que natildeo eacute possiacutevel a existecircncia de um grupo humano

sem que tenham sido definidos impliacutecita ou explicitamente os seus valores A

expressatildeo escrita e oral os siacutembolos os objectos satildeo meios de que os indiviacuteduos e os

grupos dispotildeem para aceder aos valores

Tecircm sido objecto de estudo em Sociologia questotildees como a do modo como evoluem os

valores o modo como os valores satildeo vividos pelos indiviacuteduos e pelos grupos e a

possibilidade ou impossibilidade de se falar em sociedades globais

No estrutural-funcionalismo de T Parsons os valores partilhados interiorizados satildeo

vistos como desempenhando um papel decisivo na integraccedilatildeo social em qualquer

sociedade Os criacuteticos deste ponto de vista defendem que a integraccedilatildeo social natildeo

depende num grau tatildeo absoluto da partilha de valores Argumenta-se que os valores

podem ser aceites por motivos pragmaacuteticos mais do que normativos e que as

estruturas sociais podem impor-se para aleacutem da interiorizaccedilatildeo dos valores Sobretudo

a maioria dos socioacutelogos reconhece actualmente que uma sociedade pode existir

mesmo que seja atravessada por divergecircncias a niacutevel dos valores

Valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-06] Disponiacutevel na

www ltURL httpwwwinfopediapt$valoresgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 1764

CRISE DOS VALORES TRADICIONAIS

Em pleno seacuteculo XXI quase toda a sociedade considera que existe uma crise de valores

ou pelo menos a falecircncia dos tradicionais Mas desde sempre esta consciecircncia de crise

de valores existiu numa perspectiva geograacutefica mais restrita e sem as dimensotildees de

generalizaccedilatildeo como sucede hoje A globalizaccedilatildeo econoacutemica e o neoliberalismo o

individualismo e o relativismo a par do progresso tecnoloacutegico aceleraram a toma de

consciecircncia de crise de valores por parte da populaccedilatildeo Por um lado esbateram-se ou jaacute

natildeo existem mesmo criteacuterios seguros para distinccedilatildeo do bem e do mal do justo e do

injusto entre outras categorias morais e pessoais imperando pois a subjectividade e o

relativismo Radicalmente alguns vatildeo mais longe e afirmam mesmo que jaacute natildeo existem

sequer valores tudo eacute circunstancial O que era antes intemporal e inalteraacutevel eacute agora

volaacutetil ou inconsistente passando-se do relativismo agrave descrenccedila niilista absoluta

As principais causas para a crise de valores satildeo

- a desvalorizaccedilatildeo da tradiccedilatildeo quer atraveacutes do marxismo que tudo subjuga agrave histoacuteria e

ao plano social desvalorizando os valores antigos da burguesia dos opressores que

substitui pelos do povo trabalhador quer atraveacutes de Nietzsche e a sua negaccedilatildeo dos

valores absolutos ou mesmo com Freud que tornou os valores morais como produto

de mecanismos mentais repressivos

- a crise na instituiccedilatildeo familiar das suas relaccedilotildees do proacuteprio modelo de famiacutelia

primeira fonte de transmissatildeo de valores O aumento de divoacutercios separaccedilotildees

violecircncia domeacutestica pressotildees econoacutemicas e stress social das famiacutelias podem prejudicar

tambeacutem a transmissatildeo de valores seguros aos filhos

- modificaccedilotildees de ordem material nos aspectos tecnoloacutegico e cientiacutefico e as sucessivas

mutaccedilotildees econoacutemicas podem conduzir ao distanciamento cada vez maior da sociedade

moderna face aos valores tradicionais

- menor peso dos bons costumes e da cultura popular na sociedade moderna visiacutevel na

descrenccedila nos valores absolutos e na moral social substituiacuteda pela moral autoacutenoma e

pelo relativismo

A sociedade hoje em dia tornou-se mais aberta e plural mais intercultural assumindo

melhor as diferenccedilas mas tambeacutem tornando-se mais insegura violenta tendendo para

a repressatildeo e ateacute para um individualismo egoiacutesta e esvaziado de valores de relaccedilotildees

Dossier temaacutetico sobre Valores 1864

interpessoais Para muitos analistas natildeo existe crise antes abertura para outros a

maior crise eacute a incapacidade humana de enfrentar o problema da crise de valores pois

subsiste a ideia de que nas democracias natildeo haacute valores impessoais ou suprapessoais

parecendo que cada um escolhe os seus Alguns autores sugerem que a crise natildeo seraacute

apenas de valores mas tambeacutem de referecircncias estaacuteveis e soacutelidas

Crise dos Valores Tradicionais In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-

06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$crise-dos-valores-tradicionaisgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 1964

O QUE SAtildeO VALORES

O QUE DISTINGUE UM FACTO DE UM VALOR

PESQUISA

O homem vive toma partido crecirc numa multiplicidade de valores hierarquiza-os e daacute

assim sentido agrave sua existecircncia mediante opccedilotildees que ultrapassam incessantemente as

fronteiras do seu conhecimento efectivo No homem que pensa esta questatildeo soacute pode

ser raciocinada no sentido em que para fazer a siacutentese entre aquilo que ele crecirc e

aquilo que ele sabe ele soacute pode utilizar uma reflexatildeo quer prolongando o saber quer

opondo-se a ele num esforccedilo criacutetico para determinar as suas fronteiras actuais e

legitimar a hierarquizaccedilatildeo dos valores que o ultrapassam Esta siacutentese raciocinada

entre as crenccedilas quaisquer que elas sejam e as condiccedilotildees do saber constituiacute aquilo que

noacutes chamamos uma sabedoria e eacute este que nos parece ser o objecto da filosofia

Jean Piaget Sageza e Ilusatildeo da Filosofia

Dossier temaacutetico sobre Valores 2064

SIacuteNTESE

1 Valores

1 Quando decidimos fazer algo estamos a realizar uma escolha Manifestamos certas

preferecircncias por umas coisas em vez de outras Evocamos entatildeo certos motivos para

justificar as nossas decisotildees

2 Factos e valores

Todos estes motivos podem ser apoiados em factos mas tecircm sempre impliacutecitos certos

valores que justificam ou legitimam as nossas preferecircncias

Exemplo O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi o dia mais importante

da semana era um domingo

Facto O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi efectivamente um

domingo

Valor impliacutecito O domingo como o dia mais importante entre os

dias da semana

3Facto

Um facto eacute algo que algo que pode ser comprovado sobre o qual podemos dizer que a

afirmaccedilatildeo eacute verdadeira ou falsa Os factos satildeo igualmente susceptiacuteveis de gerarem

consensos universais

4 Valor

Podemos definir os valorespartindo das vaacuterias dimensotildees em que usamos

a) os valores satildeo criteacuterios segundo os quais valorizamos ou desvalorizamos as

coisas

Dossier temaacutetico sobre Valores 2164

b) Os valores satildeo as razotildees que justificam ou motivam as nossas acccedilotildees tornando-

as preferiacuteveis a outras

Os valores reportam-se em geral sempre a acccedilotildees justificam-nas

Exemplo Participar numa manifestaccedilatildeo a favor do povo timorensepode significar que

atribuiacutemos agrave Solidariedade uma enorme importacircncia A solidariedade eacute neste caso o

valor que justifica ou explica a nossa acccedilatildeo

Ao contraacuterio dos factos os valores apenas implicam a adesatildeo de grupos restritos Nem

todos possuiacutemos os mesmos valores nem valorizamos as coisas da mesma forma

5 Tipos de valores

Os valores natildeo satildeo coisas nem simples ideias que adquirimos mas conceitos que

traduzem as nossas preferecircncias Existe uma enorme diversidade de valores podemos

agrupaacute-los quanto agrave sua natureza da seguinte forma

Valores eacuteticos os que se referem agraves normas ou criteacuterios de conduta que afectam todas

as aacutereas da nossa actividade Exemplos Solidariedade Honestidade Verdade

Lealdade Bondade Altruiacutesmo

Valores esteacuteticos os valores de expressatildeo Exemplo Harmonia Belo Feio Sublime

Traacutegico

Valores religiosos os que dizem respeito agrave relaccedilatildeo do homem com a transcendecircncia

Exemplos Sagrado Pureza Santidade Perfeiccedilatildeo

Valores poliacuteticos Justiccedila Igualdade Imparcialidade Cidadania Liberdade

Valores vitais Sauacutede Forccedila

6 Hierarquizaccedilatildeo dos Valores

Natildeo atribuiacutemos a todos os nossos valores a mesma importacircncia Na hora de tomar

uma decisatildeo cada um de noacutes hierarquiza os valores de forma muito diversa A

Dossier temaacutetico sobre Valores 2264

hierarquizaccedilatildeo eacute a propriedade que tem os valores de se subordinarem uns aos outros

isto eacute de serem uns mais valiosos que outros As razotildees porque o fazemos satildeo

muacuteltiplas

Exemplo

A maioria da populaccedilatildeo mundial continua a passar graves carecircncias alimentares

Todos os anos morrem milhotildees de pessoas por subnutriccedilatildeo Natildeo eacute de querer que

hierarquia dos seus valores destas pessoas a satisfaccedilatildeo das suas necessidades

bioloacutegicas natildeo esteja logo em primeiro lugar

7 Polaridade dos Valores

Os nossos valores tendem a organizar-se em termos de oposiccedilotildees ou polaridades

Preferimos e opomos a Verdade agrave Mentira a Justiccedila agrave Injusticcedila o Bem ao Mal a beleza

agrave fealdade a genorosidade agrave mesquinhecircs A palavra valor costuma apenas ser aplicada

num sentido positivo Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de

estima positiva ou negativamente Valor eacute tanto o Bem como o Mal o Justo como

Injusto

Carlos Fontes

In httpafilosofianosapopt10valoreshtm~

Dossier temaacutetico sobre Valores 2364

PERTINEcircNCIA DE VALORES

Durkheim considerava que os valores miacuteticos e religiosos que funcionaram como

crenccedilas nas sociedades tradicionais serviram para exercer o controlo e a coesatildeo sociais

e para inspirar as avaliaccedilotildees e as motivaccedilotildees das pessoas Eacute assim que nas sociedades

tradicionais de solidariedade mecacircnica os indiviacuteduos estatildeo integrados por valores

comuns que se lhes impotildeem garantindo a coesatildeo social Jaacute nas sociedades modernas

de solidariedade orgacircnica verifica-se segundo Durkheim uma erosatildeo dos valores

graccedilas ao aumento do individualismo e agrave desintegraccedilatildeo das ligaccedilotildees sociais originadas

pelo desenvolvimento da divisatildeo do trabalho

Parsons (1951) que consagrou a existecircncia de quatro subsistemas interdependentes -

cultural poliacutetico econoacutemico societal - remete cada um deles para quatro tipos de

valores O subsistema cultural manteacutem os modelos valorizados da acccedilatildeo o subsistema

poliacutetico assegura a funccedilatildeo de realizaccedilatildeo das finalidades colectivas o subsistema

societal assegura a funccedilatildeo de integraccedilatildeo social dos indiviacuteduos e o econoacutemico a funccedilatildeo

de adaptaccedilatildeo (controlo exploraccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio ambiente) Satildeo portanto

os sistemas que asseguram a funccedilatildeo de reproduccedilatildeo dos valores

A questatildeo da pertinecircncia dos valores coloca a relaccedilatildeo entre os valores (morais

religiosos poliacuteticos esteacuteticos) e as culturas na proacutepria medida em que existem relaccedilotildees

entre as formas de vida ou as visotildees do mundo e o quadro de valores que as orientam

Haacute uma multiplicidade de valores variando estes conforme as sociedades e as

culturas e tambeacutem conforme as eacutepocas histoacutericas por isso se fala da relatividade

histoacuterica dos valores Ora a pluralidade dos valores eacute acompanhada tambeacutem da

existecircncia de sistemas de valores relativamente abertos Novos valores podem sempre

vir a integrar um sistema (moral poliacutetico cultural ou religioso) desde que seja

assegurada uma coerecircncia miacutenima entre os valores de um mesmo sistema Com efeito

uma cultura de valores democraacuteticos por exemplo eacute incompatiacutevel com o autoritarismo

e o totalitarismo como uma cultura que reconhece o valor da infacircncia e os direitos da

crianccedila eacute incompatiacutevel com a exploraccedilatildeo da crianccedila

Poreacutem sistemas de valores diferenciados podem coexistir numa mesma sociedade

valores de grupos poliacuteticos diferentes de etnias diversas de comunidades religiosas

diferentes valores hedonistas que se opotildeem aos valores do trabalho e da eficaacutecia os

valores da poupanccedila e do patrimoacutenio em oposiccedilatildeo ao consumismo desenfreado os

Dossier temaacutetico sobre Valores 2464

valores do ser e da pessoa em oposiccedilatildeo aos valores do ter e do poder financeiro etc

Esta diversidade de valores pode provocar conflitos cuja resposta poderaacute implicar que

uma hierarquia de pertinecircncias seja estabelecida Com efeito existem conflitos de

valores no seio da famiacutelia (entre as geraccedilotildees por exemplo) nas empresas (entre a

eficaacutecia econoacutemica o lucro o melhoramento das condiccedilotildees de trabalho o serviccedilo agrave

comunidade etc) ao niacutevel das argumentaccedilotildees de valores num

tribunal ou nos debates puacuteblicos sobre processos judiciais (o respeito devido agraves viacutetimas

e o direito do culpado agrave sua defesa por exemplo) conflitos entre o valor da famiacutelia e a

obrigaccedilatildeo do trabalho (conflito que se potildee muitas vezes agraves matildees que trabalham fora

de casa e tecircm filhos pequenos) etc

Para aleacutem dos aspectos ligados agrave pluralidade dos valores assistimos hoje nas

sociedades democraacuteticas contemporacircneas a uma evoluccedilatildeo dos sistemas de valores e a

uma alteraccedilatildeo da sua hierarquia de pertinecircncia expressas na importacircncia crescente dos

novos valores ligados agrave ecologia agrave defesa do meio ambiente e ao novo conceito de

desenvolvimento sustentado dos valores da solidariedade da cidadania e da

toleracircncia que orientam hoje um novo tipo de acccedilatildeo colectiva (exercido em termos de

voluntariado eou por Organizaccedilotildees Natildeo-Governamentais (ONG) como os meacutedicos

sem fronteiras as associaccedilotildees de protecccedilatildeo e defesa das crianccedilas e das mulheres

viacutetimas de maus tratos as associaccedilotildees de defesa das minorias do consumidor de

assistecircncia aos doentes com sida etc) assim como se assiste a uma evoluccedilatildeo dos

valores ligados agrave mundializaccedilatildeo que orientam instituiccedilotildees e convenccedilotildees internacionais

Pertinecircncia de valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-07]

Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$pertinencia-de-valoresgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 2564

DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E

SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA

Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os

valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute

quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os

valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi

publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio

quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o

egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que

promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de

etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo

excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores

da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo

lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais

entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos

professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas

desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os

docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila

Foto Pintura de Salvador Dali

In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml

Dossier temaacutetico sobre Valores 2664

A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA

Adolfo S Suaacuterez

Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso

de Teologia do Unasp

Centro Universitaacuterio Adventista

Campus Engenheiro Coelho (SP)

adolfosuarezunaspedubr

Introduccedilatildeo

1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores

11 Definiccedilotildees

12 Modelos de valores em sala de aula

121 Valores absolutos

122 Valores relativos

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

13 Classificaccedilatildeo de valores

14 Conclusatildeo parcial

2 Valores que devem ser ensinados

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

23 Conclusatildeo parcial

3 A transmissatildeo de valores

31 Como se aprendem os valores

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

33 A idade e o ensino de valores

34 Conclusatildeo parcial

Consideraccedilotildees finais

Referecircncias bibliograacuteficas

Dossier temaacutetico sobre Valores 2764

Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo

Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde

Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula

The issue of values in the classroom

Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary

Education based on a Christian pedagogical practice

Keywords values christian education classroom

Dossier temaacutetico sobre Valores 2864

INTRODUCcedilAtildeO

Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS

2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da

experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e

cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e

espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)

Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas

fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade

promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a

inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)

No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de

estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das

faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)

Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo

meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo

quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e

aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)

Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido

vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo

no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar

desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de

professores ldquoconteudistasrdquo

Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser

mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno

porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de

apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa

formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores

Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-

se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo

da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados

Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores

1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES

1 1 Definiccedilotildees

Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade

humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua

conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja

valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)

independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de

caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)

Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo

Dossier temaacutetico sobre Valores 2964

Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao

satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa

qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto

deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo

racional humano (2001 p 44)

No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS

pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores

significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno

seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais

lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que

promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os

princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o

seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o

respeito e a cooperaccedilatildeo

Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante

descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade

(1997 p 79)

12 Modelos de valores em sala de aula

Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores

Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)

121 Valores absolutos

Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e

normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma

autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos

indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave

medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo

previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios

mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo

O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para

conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de

que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3064

122 Valores relativos

Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute

baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da

verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio

mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela

praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia

pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc

A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o

que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de

tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no

momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros

possam pensar

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3164

Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o

trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua

autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e

normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam

orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os

valores

Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que

determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura

que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a

escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se

oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem

possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo

Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de

determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes

puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para

todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar

os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns

13 Classificaccedilatildeo de valores

Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da

seguinte maneira numa escala ascendente

(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc

(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc

(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc

(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc

(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc

(f) Valores religiosos sagrado profano etc

De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em

Dossier temaacutetico sobre Valores 3264

(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam

rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar

(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute

dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel

satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para

Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos

sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos

gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e

prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos

(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)

(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo

pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real

exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato

boa-feacutemaacute-feacute etc)

(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)

(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia

autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da

vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees

pessoais etc

(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano

14 Conclusatildeo parcial

Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do

comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta

particular

Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta

temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e

autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em

valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos

A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados

educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados

2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados

Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio

de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados

ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA

chama de mandamentos satildeo os seguintes

Dossier temaacutetico sobre Valores 3364

(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o

bem

(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica

Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila

(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso

caraacuteter

(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio

entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato

(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)

(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado

(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a

ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia

com a sabedoria

(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em

noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional

(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser

motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas

uacuteteis ou prazeres

(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem

cair no narcisismo) e o amor pelos outros

(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos

felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com

tudo e todos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3464

O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro

Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz

que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas

geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho

humildade sabedoria respeito e solidariedade

Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de

Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os

seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da

atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo

mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom

humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto

valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante

da TV liberdade e obediecircncia

Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da

temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila

coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e

harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico

compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees

Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro

primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de

Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e

transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade

Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto

que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia

integridade equiliacutebrio e pessoalidade

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-

aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito

famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem

apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de

eternidade

Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as

Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino

Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo

Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais

importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram

escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam

agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo

Dossier temaacutetico sobre Valores 3564

Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia

(accedilatildeo) Perdatildeo

Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia

(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo

Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia

(pensamento) Previsatildeo

Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave

famiacutelia Individualidade Propoacutesito

Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade

Dossier temaacutetico sobre Valores 3664

Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza

Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade

Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo

proacutepria

Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo

Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo

Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo

Abertura Entusiasmo Interesse Respeito

Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio

Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade

Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia

Auto-motivaccedilatildeo para

desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede

Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade

Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila

Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade

Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade

eacutetica

Carinho Flexibilidade no juiacutezo

moral Meditaccedilatildeo

Sentido de

comunidade

Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo

Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia

Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade

Compreensatildeo da

verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade

Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento

Consciecircncia dos

assuntos morais e

religiosos

Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato

Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila

Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura

Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia

Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade

Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade

Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo

pessoal

Cortesia Humor Patriotismo Veracidade

Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude

Cumprimento dos

deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva

23 Conclusatildeo parcial

Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis

cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a

sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula

um importante ofiacutecio para todo educador

3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES

Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos

numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a

quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais

envolvidos em todo esse processo

Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente

pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir

em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3764

31 Como se aprendem os valores

Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que

demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras

(MARQUES 2001 p 44)

(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados

(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica

em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto

(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os

valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade

assimilamos a honestidade

(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos

loacutegicos e discursivos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3864

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o

factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)

O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da

crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor

da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para

exemplificaacute-la etc

Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores

demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a

veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel

relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o

relacionamento proacuteximo

O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido

consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso

exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa

situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e

sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre

sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar

dinheiro Por quecircrdquo

33 A idade e o ensino de valores

De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos

de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo

das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo

tem muita influecircncia

Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia

moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees

dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila

obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque

isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal

Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem

desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido

sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos

actos

34Conclusatildeo parcial

Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses

valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos

rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis

de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado

de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)

chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)

Dossier temaacutetico sobre Valores 3964

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que

determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que

a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos

e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores

podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e

religiosos

Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam

conviver bem consigo mesmos e com a sociedade

Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o

ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional

e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa

Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo

desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na

transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe

um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a

educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual

entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde

Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de

motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe

uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores

Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente

Precisamos educar o estudante plenamente

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed

Petroacutepolis RJ Vozes 2000

BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais

Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997

BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales

Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997

Dossier temaacutetico sobre Valores 4064

CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003

CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a

Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas

Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b

LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo

Paulo Vida 2001

MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000

MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001

PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991

SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995

YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de

Moraes Porto Alegre Artmed 2002

Dossier temaacutetico sobre Valores 4164

O PODER DOS CONTOS INFANTIS

Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada

Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e

agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre

Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em

geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo

deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o

fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma

contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado

Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo

dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de

uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de

exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura

racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar

Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do

qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do

abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip

Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam

sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a

cobardia

O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o

estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso

encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e

prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e

vencer o mal

Dossier temaacutetico sobre Valores 4264

Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique

completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o

sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes

sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo

com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute

mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los

interpretaacute-los e ultrapassaacute-los

Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente

nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se

enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de

forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais

como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel

estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a

questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim

zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila

moral dos contos infantis

Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar

duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a

crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso

sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-

se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada

In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm

Dossier temaacutetico sobre Valores 4364

Dicionaacuterio de Valores

(Infopeacutedia)

afecto

amizade

autodisciplina

civismo

confianccedila

disciplina

honestidade

integridade

integro

justiccedila

lealdade

liberdade

partilha

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

respeito

responsabilidade

responsaacutevel

solidariedade

solidaacuterio

toleracircncia

valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 4464

afecto

afecto n adj sentimento de apego e ()

afecto forma do verbo afectar

afecto

nome masculino

1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo

2 amizade

3 amor

4 carinho

5 inclinaccedilatildeo

adjectivo

1 afeiccediloado dedicado

2 destinado

3 ligado dependente

(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)

amizade

nome feminino

1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia

2 camaradagem companheirismo cumplicidade

3 entendimento compreensatildeo

4 dedicaccedilatildeo bondade

5 pessoa amiga

(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4564

autodisciplina

nome feminino

1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo

2 capacidade de se disciplinar

(De auto-+disciplina)

civismo

nome masculino

1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico

2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas

suas instituiccedilotildees

(Do fr civisme laquoidraquo)

confianccedila

nome feminino

1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor

2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza

3 creacutedito

4 acircnimo

5 popular ousadia atrevimento

6 popular familiaridade

abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo

que se ocupa

dar confianccedila permitir certa familiaridade

ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza

tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade

(Do fr confiance laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4664

disciplina

disciplina n conjunto de regras ou ()

disciplina forma do verbo disciplinar

disciplina

nome feminino

1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou

colectividade

2 observacircncia das regras obediecircncia

3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a

respeitar regras ou conseguir resultados

4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de

um estabelecimento escolar

5 autoridade

6 castigo mortificaccedilatildeo

7 [plural] correias para accediloitar

(Do lat disciplina- laquoidraquo)

honestidade

nome feminino

1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade

probidade

2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade

3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia

(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4764

integridade

nome feminino

1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade

2 qualidade do que eacute iacutentegro

3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade

(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)

integro [integro]

adjectivo

1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO

2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO

justiccedila

justiccedila n virtude moral que inspira ()

justiccedila forma do verbo justiccedilar

justiccedila

nome feminino

1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a

atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade

2 conformidade com o direito estabelecido

3 poder de aplicar as leis poder judicial

4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees

5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do

poder judicial

6 conjunto dos magistrados a magistratura

Dossier temaacutetico sobre Valores 4864

7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda

por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada

na outra

8 popular funcionaacuterios de um tribunal

justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor

das coisas trocadas

justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e

dos encargos consoante a qualidade das pessoas

justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial

justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer

positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus

membros

popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos

com justiccedila de maneira justa e imparcial

dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio

em boa justiccedila segundo o que eacute devido

fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes

(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)

lealdade

nome feminino

qualidade de leal fidelidade sinceridade

(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4964

liberdade

nome feminino

1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua

natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo

livre)

2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo

ou de acccedilatildeo)

3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e

independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de

decisatildeo)

4 livre arbiacutetrio

5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)

6 personificaccedilatildeo das ideias liberais

7 toleracircncia

8 licenccedila autorizaccedilatildeo

9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada

10 figurado franqueza

11 [plural] regalias imunidades

liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas

que se julgarem verdadeiras

liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem

impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela

lei

LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e

sintaacutecticas em poesia

(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5064

partilha

nome feminino

1 acto ou efeito de partilhar

2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa

3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio

4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila

5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente

entre duas ou mais pessoas

(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

nome feminino

1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar

2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo

3 desassossego

4 ideia fixa

5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo

(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)

respeito

respeito n acto ou efeito de ()

respeito forma do verbo respeitar

respeito

nome masculino

1 acto ou efeito de respeitar

2 consideraccedilatildeo apreccedilo

3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo

4 homenagem culto

5 temor receio

Dossier temaacutetico sobre Valores 5164

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 11: Valor Es Final

Se quiserem que o vossofilho seja uma pessoa razoaacutevel raciocinem com ele desde o

primeiro dia Natildeo utilizem o ldquoporque eu digordquo Logicamente haveraacute muitas ocasiotildees

em que tenham que lhe ordenar as coisas mas sempre podem argumentar o motivo

O respeito onde primeiro se observa eacute entre os pais As decisotildees no casal devem ser

sempre compartilhadas Se discutem faccedilam-no de forma tranquila sem recriminar

Saber viver em sociedade eacute saber aceitar as opiniotildees distintas

Onde mais se fomentam os estereoacutetipos eacute no lar Pensaram alguma vez em coisas como

quem limpa a casa quem troca as lacircmpadas etc Tratem de compartilhar entre voacutes os

distintos papeacuteis

Se se preocuparem com as influecircncias externas pensem que tecircm uma arma muito

importante ao vosso alcance os vossoscomentaacuterios Falem com o vossofilho sobre a

opiniatildeo que merecem as actuaccedilotildees dos outros (tanto no positivo como no negativo)

Isto eacute importante sobretudo contra a influecircncia da televisatildeo

Compreender ajuda a aprender

Os valores transmitem-se atraveacutes do exemplo mas assentam com forccedila graccedilas agrave

compreensatildeo de que satildeo necessaacuterios Como podemos ajudar uma crianccedila pequena a

perceber esta importacircncia Uma boa maneira eacute aplicar a foacutermula de ldquofaz pelos outros o

que gostarias que fizessem por ti e natildeo lhes faccedilas o que natildeo gostarias que te fizessemrdquo

Por outras palavras colocar as crianccedilas na hipoacutetese de serem eles os protagonistas de

certas atitudes Eacute muito mais eficaz para que o vossofilho a entenda dizer-lhe

ldquoGostarias que se rissem de ti porque usas oacuteculos como te sentiriasrdquo do que lhe dizer

simplesmente ldquoNatildeo deves rir do Joatildeo por ter aparelho nos dentesrdquo

(Esther Garciacutea Schmah Pedagoga wwwsolohijoscom wwwmujernuevaorg)

In httpfamiliaaaldeianetos-habitos-familiares-e-a-transmissao-dos-valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 1164

VALORES NA FAMIacuteLIA

Quando os valores prioritaacuterios satildeo os valores ou bens materiais como ocorre em

amplos sectores da sociedade actual ou quando os valores se confundem com os

desejos ou as apetecircncias de um ser humano como tambeacutem acontece a descoberta de

verdadeiros valores humanos tem uma grande importacircncia para a motivaccedilatildeo da

vontade humana Porquecirc Porque a motivaccedilatildeo humana remete sempre para valores

humanos verdadeiros materiais e espirituais ndash sempre que os primeiros sirvam os

segundos e natildeo ao contraacuterio

A descoberta e valores corresponde aos imateriais aos do espiacuterito aos que fazem

referecircncia agrave verdade (valores intelectuais) ao bem (valores morais) e agrave beleza (valores

esteacuteticos) Satildeo trecircs tipos de valores estreitamente relacionados entre si porque verdade

bem e beleza satildeo os termos inseparaacuteveis de um trinoacutemio (Se algueacutem tentasse separaacute-

los encontrar-se-ia com uma verdade maacute e feia com um bem feio e falso com uma

beleza falsa e maacute)

Como descobrir estes valores Cada qual deve tomar a iniciativa de os procurar porque

lhe satildeo muito importantes satildeo os elementos que aperfeiccediloam o proacuteprio ser mediante

eles um indiviacuteduo pode acabar por ser chegar a ser aquilo que eacute pessoa ser mais e

melhor pessoa

Mas nem sempre que se procuram se encontram Tambeacutem eacute verdade que agraves vezes

emergem de repente no nosso horizonte existencial inclusivamente apesar da nossa

resistecircncia (hellip) Um dia qualquer uma vida rotineira e talvez sem relevo pode sentir-

se sacudida ndash e ateacute invadida ndash pela descoberta de um novo valor que a transforma

(Polaino e Carrentildeo l992 p 75)

Haacute algum acircmbito onde a descoberta de valores seja menos difiacutecil ou mais provaacutevel

Em primeiro lugar o acircmbito vital da famiacutelia Se os pais optaram por certos valores e se

comprometeram com eles cada filho que vem ao mundo natildeo tem de desenvolver a

tarefa hercuacutelea e problemaacutetica de tratar de descobrir por que valores vale a pena

arriscar a vida (ibidem)

Dossier temaacutetico sobre Valores 1264

Nem sempre acontece assim Optar por certos valores significa escolher entre os

melhores aqueles que mais convenham numa famiacutelia concreta com as suas

circunstacircncias actuais para o desenvolvimento pessoal de cada membro e para a

melhoria familiar Logicamente seratildeo prioritaacuterios os valores humanos mais cultivados

por ambos os cocircnjuges

Comprometer-se com uns valores e organizar a vida familiar em funccedilatildeo deles supotildee tecirc-

los interiorizado profundamente Soacute assim seratildeo capazes de os pocircr de moda na sua

famiacutelia sendo eles proacuteprios para os seus filhos portadores de valores

Esses valores vividos pelos pais com naturalidade e com graccedila com bom humor

sabendo sorrir habitualmente seratildeo atractivos para os filhos e contagiosos A famiacutelia

sob esta perspectiva aparece-nos como um museu vivo de valores E natildeo porque os

pais pendurem os valores nas paredes como se se tratasse de um quadro que

passivamente se deve admirar Os valores familiares constituem pelo contraacuterio um

dado irrefutaacutevel quase com cunho testemunhal que vai unido ao comportamento

diaacuterio dos pais (ibidem p 76) E tambeacutem estaratildeo presentes estes valores na conduta

dos filhos quando os pais aleacutem de os viverem e de os fomentarem promovem e

mantecircm vigentes algumas normas e costumes familiares que mostram a presenccedila viva

destes valores preferenciais

Os valores familiares ndash em famiacutelias cristatildes natildeo satildeo soacute valores naturais mas tambeacutem

valores sobrenaturais ndash nenhuma crianccedila inicialmente os questiona Mais tarde sim

porque na medida em que cresce emerge e amadurece a sua liberdade pessoal haacute-de

comprometer-se tambeacutem nas escolhas que faz e que obviamente satildeo sempre muito

pessoais(hellip) Precisamente por isso os pais tecircm de preparar essa fase de referecircncia ndash

atraveacutes do seu comportamento ndash que lhe sirva de orientaccedilatildeo (ibidem)

Isto seraacute tanto menos difiacutecil para os pais quanto mais cedo faccedilam da sua famiacutelia um

museu vivo de valores quando os filhos satildeo ainda muito pequenos

Seraacute menos difiacutecil tambeacutem a sua adolescecircncia quando o quadro de referecircncia e um

miacutenimo de normas e costumes tenham sido parte importante do seu ambiente familiar

acolhedor desde a primeira infacircncia

Dossier temaacutetico sobre Valores 1364

Deste modo quando o filho adolescente ou o filho jovem daacute prioridade a alguns

valores como fundamento para apoiar a sua vida tem jaacute como em depoacutesito uns

valores que anteriormente assumiu e integrou quase sem dar por isso contagiados ou

emprestados pelos seus pais

Estes valores familiares descobertos na convivecircncia do lar paterno nas relaccedilotildees diaacuterias

de pais e filhos de irmatildeos de diferentes idades traduzem-se ndash como efeito de

descoberta ndash em motivos Em consequecircncia a conduta de cada filho estaraacute motivada

desde o principio a sua vontade estaraacute motivada

Penso por contraste em tantos filhos desmotivados antes e durante a sua adolescecircncia

quando os primeiros responsaacuteveis da famiacutelia natildeo se propuseram ou natildeo souberam

criar este a ambiente familiar cimentado na sinceridade na generosidade na lealdade

na laboriosidade no optimismo na compreensatildeo exigente no respeito confiado na

disponibilidade na gratidatildeo na amizade e noutros valores humanos

Oliveros Otero

In httpfamiliaaaldeianetvalores-na-familia

Dossier temaacutetico sobre Valores 1464

O CONTO NA VIDA DA CRIANCcedilA

A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais

refinadas como A Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos

limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros

Perde-se no tempo a origem e importacircncia do conto na educaccedilatildeo da crianccedila Quantas

vezes pais e educadores a braccedilos com a explicaccedilatildeo de algo mais complexo aos nossos

filhos nos socorremos de uma histoacuteria que simplifique a nossa tarefa por um lado e

por outro facilite a compreensatildeo por parte da crianccedila daquilo que verdadeiramente lhe

queremos transmitir

Passar valores agrave crianccedila eacute algo complexo Esta missatildeo implica normalmente conceitos

que fazem apelo a abstracccedilotildees competecircncias impossiacuteveis de usar pela crianccedila nas

etapas mais precoces do desenvolvimento As histoacuterias satildeo por isso um meio

facilitador de resolver algumas das questotildees que esta tarefa nos coloca Se por um

lado divertem as crianccedilas espicaccedilam a sua curiosidade promovem competecircncias

cognitivas e de oralidade activam a magia por outro satildeo tambeacutem a forma de

concretizarmos alguns dos valores que consideramos aceitaacuteveis e oportunos transmitir

agrave crianccedila

De cada histoacuteria cada crianccedila retiraraacute aquilo que lhe fizer mais sentido em funccedilatildeo das

suas vivecircncias e das suas caracteriacutesticas desenvolvimentais Com a mesma histoacuteria

podemos transmitir um sem-nuacutemero de ensinamentos isso depende em primeira

instacircncia do objectivo de quem a usa e da proacutepria crianccedila

A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais

refinadas como a Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos

limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros

A Menina do Mar eacute uma histoacuteria porventura difiacutecil de entender antes da idade

escolar Para aleacutem da beleza literaacuteria pode permitir-nos transmitir valores ecoloacutegicos

respeito pela Natureza nomeadamente pelas coisas do mar curiosidade na descoberta

e contemplaccedilatildeo do mar e do que ele conteacutem Aleacutem disso e voltando a um dos valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 1564

inerentes a quase todas as histoacuterias - a relaccedilatildeo com os outros - A Menina do Mar

proporciona uma excelente oportunidade de ensinar a crianccedila a respeitar e a aceitar as

diferenccedilas e ainda a importacircncia de fazer amigos

Nas histoacuterias tal como na vida por vezes tambeacutem haacute situaccedilotildees desconcertantes e ainda

bem que as histoacuterias contemplam estas situaccedilotildees Satildeo uma oacuteptima oportunidade para a

crianccedila se organizar e aprender a lidar com os medos os obstaacuteculos e frustraccedilotildees com

que se iraacute confrontar ao longo da vida Eacute importante que o crescimento se faccedila ainda

que ao niacutevel do imaginaacuterio e simboacutelico assente em valores reais

In O conto na vida da crianccedila In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-

06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$o-conto-na-vida-da-criancagt

Dossier temaacutetico sobre Valores 1664

VALORES

Os valores correspondem a maneiras de ser ou de agir reconhecidas como desejaacuteveis

Genericamente pode dizer-se que natildeo eacute possiacutevel a existecircncia de um grupo humano

sem que tenham sido definidos impliacutecita ou explicitamente os seus valores A

expressatildeo escrita e oral os siacutembolos os objectos satildeo meios de que os indiviacuteduos e os

grupos dispotildeem para aceder aos valores

Tecircm sido objecto de estudo em Sociologia questotildees como a do modo como evoluem os

valores o modo como os valores satildeo vividos pelos indiviacuteduos e pelos grupos e a

possibilidade ou impossibilidade de se falar em sociedades globais

No estrutural-funcionalismo de T Parsons os valores partilhados interiorizados satildeo

vistos como desempenhando um papel decisivo na integraccedilatildeo social em qualquer

sociedade Os criacuteticos deste ponto de vista defendem que a integraccedilatildeo social natildeo

depende num grau tatildeo absoluto da partilha de valores Argumenta-se que os valores

podem ser aceites por motivos pragmaacuteticos mais do que normativos e que as

estruturas sociais podem impor-se para aleacutem da interiorizaccedilatildeo dos valores Sobretudo

a maioria dos socioacutelogos reconhece actualmente que uma sociedade pode existir

mesmo que seja atravessada por divergecircncias a niacutevel dos valores

Valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-06] Disponiacutevel na

www ltURL httpwwwinfopediapt$valoresgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 1764

CRISE DOS VALORES TRADICIONAIS

Em pleno seacuteculo XXI quase toda a sociedade considera que existe uma crise de valores

ou pelo menos a falecircncia dos tradicionais Mas desde sempre esta consciecircncia de crise

de valores existiu numa perspectiva geograacutefica mais restrita e sem as dimensotildees de

generalizaccedilatildeo como sucede hoje A globalizaccedilatildeo econoacutemica e o neoliberalismo o

individualismo e o relativismo a par do progresso tecnoloacutegico aceleraram a toma de

consciecircncia de crise de valores por parte da populaccedilatildeo Por um lado esbateram-se ou jaacute

natildeo existem mesmo criteacuterios seguros para distinccedilatildeo do bem e do mal do justo e do

injusto entre outras categorias morais e pessoais imperando pois a subjectividade e o

relativismo Radicalmente alguns vatildeo mais longe e afirmam mesmo que jaacute natildeo existem

sequer valores tudo eacute circunstancial O que era antes intemporal e inalteraacutevel eacute agora

volaacutetil ou inconsistente passando-se do relativismo agrave descrenccedila niilista absoluta

As principais causas para a crise de valores satildeo

- a desvalorizaccedilatildeo da tradiccedilatildeo quer atraveacutes do marxismo que tudo subjuga agrave histoacuteria e

ao plano social desvalorizando os valores antigos da burguesia dos opressores que

substitui pelos do povo trabalhador quer atraveacutes de Nietzsche e a sua negaccedilatildeo dos

valores absolutos ou mesmo com Freud que tornou os valores morais como produto

de mecanismos mentais repressivos

- a crise na instituiccedilatildeo familiar das suas relaccedilotildees do proacuteprio modelo de famiacutelia

primeira fonte de transmissatildeo de valores O aumento de divoacutercios separaccedilotildees

violecircncia domeacutestica pressotildees econoacutemicas e stress social das famiacutelias podem prejudicar

tambeacutem a transmissatildeo de valores seguros aos filhos

- modificaccedilotildees de ordem material nos aspectos tecnoloacutegico e cientiacutefico e as sucessivas

mutaccedilotildees econoacutemicas podem conduzir ao distanciamento cada vez maior da sociedade

moderna face aos valores tradicionais

- menor peso dos bons costumes e da cultura popular na sociedade moderna visiacutevel na

descrenccedila nos valores absolutos e na moral social substituiacuteda pela moral autoacutenoma e

pelo relativismo

A sociedade hoje em dia tornou-se mais aberta e plural mais intercultural assumindo

melhor as diferenccedilas mas tambeacutem tornando-se mais insegura violenta tendendo para

a repressatildeo e ateacute para um individualismo egoiacutesta e esvaziado de valores de relaccedilotildees

Dossier temaacutetico sobre Valores 1864

interpessoais Para muitos analistas natildeo existe crise antes abertura para outros a

maior crise eacute a incapacidade humana de enfrentar o problema da crise de valores pois

subsiste a ideia de que nas democracias natildeo haacute valores impessoais ou suprapessoais

parecendo que cada um escolhe os seus Alguns autores sugerem que a crise natildeo seraacute

apenas de valores mas tambeacutem de referecircncias estaacuteveis e soacutelidas

Crise dos Valores Tradicionais In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-

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Dossier temaacutetico sobre Valores 1964

O QUE SAtildeO VALORES

O QUE DISTINGUE UM FACTO DE UM VALOR

PESQUISA

O homem vive toma partido crecirc numa multiplicidade de valores hierarquiza-os e daacute

assim sentido agrave sua existecircncia mediante opccedilotildees que ultrapassam incessantemente as

fronteiras do seu conhecimento efectivo No homem que pensa esta questatildeo soacute pode

ser raciocinada no sentido em que para fazer a siacutentese entre aquilo que ele crecirc e

aquilo que ele sabe ele soacute pode utilizar uma reflexatildeo quer prolongando o saber quer

opondo-se a ele num esforccedilo criacutetico para determinar as suas fronteiras actuais e

legitimar a hierarquizaccedilatildeo dos valores que o ultrapassam Esta siacutentese raciocinada

entre as crenccedilas quaisquer que elas sejam e as condiccedilotildees do saber constituiacute aquilo que

noacutes chamamos uma sabedoria e eacute este que nos parece ser o objecto da filosofia

Jean Piaget Sageza e Ilusatildeo da Filosofia

Dossier temaacutetico sobre Valores 2064

SIacuteNTESE

1 Valores

1 Quando decidimos fazer algo estamos a realizar uma escolha Manifestamos certas

preferecircncias por umas coisas em vez de outras Evocamos entatildeo certos motivos para

justificar as nossas decisotildees

2 Factos e valores

Todos estes motivos podem ser apoiados em factos mas tecircm sempre impliacutecitos certos

valores que justificam ou legitimam as nossas preferecircncias

Exemplo O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi o dia mais importante

da semana era um domingo

Facto O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi efectivamente um

domingo

Valor impliacutecito O domingo como o dia mais importante entre os

dias da semana

3Facto

Um facto eacute algo que algo que pode ser comprovado sobre o qual podemos dizer que a

afirmaccedilatildeo eacute verdadeira ou falsa Os factos satildeo igualmente susceptiacuteveis de gerarem

consensos universais

4 Valor

Podemos definir os valorespartindo das vaacuterias dimensotildees em que usamos

a) os valores satildeo criteacuterios segundo os quais valorizamos ou desvalorizamos as

coisas

Dossier temaacutetico sobre Valores 2164

b) Os valores satildeo as razotildees que justificam ou motivam as nossas acccedilotildees tornando-

as preferiacuteveis a outras

Os valores reportam-se em geral sempre a acccedilotildees justificam-nas

Exemplo Participar numa manifestaccedilatildeo a favor do povo timorensepode significar que

atribuiacutemos agrave Solidariedade uma enorme importacircncia A solidariedade eacute neste caso o

valor que justifica ou explica a nossa acccedilatildeo

Ao contraacuterio dos factos os valores apenas implicam a adesatildeo de grupos restritos Nem

todos possuiacutemos os mesmos valores nem valorizamos as coisas da mesma forma

5 Tipos de valores

Os valores natildeo satildeo coisas nem simples ideias que adquirimos mas conceitos que

traduzem as nossas preferecircncias Existe uma enorme diversidade de valores podemos

agrupaacute-los quanto agrave sua natureza da seguinte forma

Valores eacuteticos os que se referem agraves normas ou criteacuterios de conduta que afectam todas

as aacutereas da nossa actividade Exemplos Solidariedade Honestidade Verdade

Lealdade Bondade Altruiacutesmo

Valores esteacuteticos os valores de expressatildeo Exemplo Harmonia Belo Feio Sublime

Traacutegico

Valores religiosos os que dizem respeito agrave relaccedilatildeo do homem com a transcendecircncia

Exemplos Sagrado Pureza Santidade Perfeiccedilatildeo

Valores poliacuteticos Justiccedila Igualdade Imparcialidade Cidadania Liberdade

Valores vitais Sauacutede Forccedila

6 Hierarquizaccedilatildeo dos Valores

Natildeo atribuiacutemos a todos os nossos valores a mesma importacircncia Na hora de tomar

uma decisatildeo cada um de noacutes hierarquiza os valores de forma muito diversa A

Dossier temaacutetico sobre Valores 2264

hierarquizaccedilatildeo eacute a propriedade que tem os valores de se subordinarem uns aos outros

isto eacute de serem uns mais valiosos que outros As razotildees porque o fazemos satildeo

muacuteltiplas

Exemplo

A maioria da populaccedilatildeo mundial continua a passar graves carecircncias alimentares

Todos os anos morrem milhotildees de pessoas por subnutriccedilatildeo Natildeo eacute de querer que

hierarquia dos seus valores destas pessoas a satisfaccedilatildeo das suas necessidades

bioloacutegicas natildeo esteja logo em primeiro lugar

7 Polaridade dos Valores

Os nossos valores tendem a organizar-se em termos de oposiccedilotildees ou polaridades

Preferimos e opomos a Verdade agrave Mentira a Justiccedila agrave Injusticcedila o Bem ao Mal a beleza

agrave fealdade a genorosidade agrave mesquinhecircs A palavra valor costuma apenas ser aplicada

num sentido positivo Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de

estima positiva ou negativamente Valor eacute tanto o Bem como o Mal o Justo como

Injusto

Carlos Fontes

In httpafilosofianosapopt10valoreshtm~

Dossier temaacutetico sobre Valores 2364

PERTINEcircNCIA DE VALORES

Durkheim considerava que os valores miacuteticos e religiosos que funcionaram como

crenccedilas nas sociedades tradicionais serviram para exercer o controlo e a coesatildeo sociais

e para inspirar as avaliaccedilotildees e as motivaccedilotildees das pessoas Eacute assim que nas sociedades

tradicionais de solidariedade mecacircnica os indiviacuteduos estatildeo integrados por valores

comuns que se lhes impotildeem garantindo a coesatildeo social Jaacute nas sociedades modernas

de solidariedade orgacircnica verifica-se segundo Durkheim uma erosatildeo dos valores

graccedilas ao aumento do individualismo e agrave desintegraccedilatildeo das ligaccedilotildees sociais originadas

pelo desenvolvimento da divisatildeo do trabalho

Parsons (1951) que consagrou a existecircncia de quatro subsistemas interdependentes -

cultural poliacutetico econoacutemico societal - remete cada um deles para quatro tipos de

valores O subsistema cultural manteacutem os modelos valorizados da acccedilatildeo o subsistema

poliacutetico assegura a funccedilatildeo de realizaccedilatildeo das finalidades colectivas o subsistema

societal assegura a funccedilatildeo de integraccedilatildeo social dos indiviacuteduos e o econoacutemico a funccedilatildeo

de adaptaccedilatildeo (controlo exploraccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio ambiente) Satildeo portanto

os sistemas que asseguram a funccedilatildeo de reproduccedilatildeo dos valores

A questatildeo da pertinecircncia dos valores coloca a relaccedilatildeo entre os valores (morais

religiosos poliacuteticos esteacuteticos) e as culturas na proacutepria medida em que existem relaccedilotildees

entre as formas de vida ou as visotildees do mundo e o quadro de valores que as orientam

Haacute uma multiplicidade de valores variando estes conforme as sociedades e as

culturas e tambeacutem conforme as eacutepocas histoacutericas por isso se fala da relatividade

histoacuterica dos valores Ora a pluralidade dos valores eacute acompanhada tambeacutem da

existecircncia de sistemas de valores relativamente abertos Novos valores podem sempre

vir a integrar um sistema (moral poliacutetico cultural ou religioso) desde que seja

assegurada uma coerecircncia miacutenima entre os valores de um mesmo sistema Com efeito

uma cultura de valores democraacuteticos por exemplo eacute incompatiacutevel com o autoritarismo

e o totalitarismo como uma cultura que reconhece o valor da infacircncia e os direitos da

crianccedila eacute incompatiacutevel com a exploraccedilatildeo da crianccedila

Poreacutem sistemas de valores diferenciados podem coexistir numa mesma sociedade

valores de grupos poliacuteticos diferentes de etnias diversas de comunidades religiosas

diferentes valores hedonistas que se opotildeem aos valores do trabalho e da eficaacutecia os

valores da poupanccedila e do patrimoacutenio em oposiccedilatildeo ao consumismo desenfreado os

Dossier temaacutetico sobre Valores 2464

valores do ser e da pessoa em oposiccedilatildeo aos valores do ter e do poder financeiro etc

Esta diversidade de valores pode provocar conflitos cuja resposta poderaacute implicar que

uma hierarquia de pertinecircncias seja estabelecida Com efeito existem conflitos de

valores no seio da famiacutelia (entre as geraccedilotildees por exemplo) nas empresas (entre a

eficaacutecia econoacutemica o lucro o melhoramento das condiccedilotildees de trabalho o serviccedilo agrave

comunidade etc) ao niacutevel das argumentaccedilotildees de valores num

tribunal ou nos debates puacuteblicos sobre processos judiciais (o respeito devido agraves viacutetimas

e o direito do culpado agrave sua defesa por exemplo) conflitos entre o valor da famiacutelia e a

obrigaccedilatildeo do trabalho (conflito que se potildee muitas vezes agraves matildees que trabalham fora

de casa e tecircm filhos pequenos) etc

Para aleacutem dos aspectos ligados agrave pluralidade dos valores assistimos hoje nas

sociedades democraacuteticas contemporacircneas a uma evoluccedilatildeo dos sistemas de valores e a

uma alteraccedilatildeo da sua hierarquia de pertinecircncia expressas na importacircncia crescente dos

novos valores ligados agrave ecologia agrave defesa do meio ambiente e ao novo conceito de

desenvolvimento sustentado dos valores da solidariedade da cidadania e da

toleracircncia que orientam hoje um novo tipo de acccedilatildeo colectiva (exercido em termos de

voluntariado eou por Organizaccedilotildees Natildeo-Governamentais (ONG) como os meacutedicos

sem fronteiras as associaccedilotildees de protecccedilatildeo e defesa das crianccedilas e das mulheres

viacutetimas de maus tratos as associaccedilotildees de defesa das minorias do consumidor de

assistecircncia aos doentes com sida etc) assim como se assiste a uma evoluccedilatildeo dos

valores ligados agrave mundializaccedilatildeo que orientam instituiccedilotildees e convenccedilotildees internacionais

Pertinecircncia de valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-07]

Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$pertinencia-de-valoresgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 2564

DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E

SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA

Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os

valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute

quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os

valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi

publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio

quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o

egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que

promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de

etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo

excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores

da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo

lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais

entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos

professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas

desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os

docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila

Foto Pintura de Salvador Dali

In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml

Dossier temaacutetico sobre Valores 2664

A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA

Adolfo S Suaacuterez

Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso

de Teologia do Unasp

Centro Universitaacuterio Adventista

Campus Engenheiro Coelho (SP)

adolfosuarezunaspedubr

Introduccedilatildeo

1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores

11 Definiccedilotildees

12 Modelos de valores em sala de aula

121 Valores absolutos

122 Valores relativos

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

13 Classificaccedilatildeo de valores

14 Conclusatildeo parcial

2 Valores que devem ser ensinados

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

23 Conclusatildeo parcial

3 A transmissatildeo de valores

31 Como se aprendem os valores

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

33 A idade e o ensino de valores

34 Conclusatildeo parcial

Consideraccedilotildees finais

Referecircncias bibliograacuteficas

Dossier temaacutetico sobre Valores 2764

Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo

Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde

Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula

The issue of values in the classroom

Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary

Education based on a Christian pedagogical practice

Keywords values christian education classroom

Dossier temaacutetico sobre Valores 2864

INTRODUCcedilAtildeO

Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS

2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da

experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e

cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e

espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)

Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas

fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade

promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a

inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)

No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de

estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das

faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)

Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo

meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo

quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e

aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)

Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido

vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo

no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar

desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de

professores ldquoconteudistasrdquo

Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser

mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno

porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de

apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa

formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores

Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-

se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo

da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados

Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores

1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES

1 1 Definiccedilotildees

Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade

humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua

conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja

valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)

independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de

caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)

Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo

Dossier temaacutetico sobre Valores 2964

Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao

satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa

qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto

deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo

racional humano (2001 p 44)

No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS

pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores

significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno

seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais

lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que

promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os

princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o

seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o

respeito e a cooperaccedilatildeo

Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante

descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade

(1997 p 79)

12 Modelos de valores em sala de aula

Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores

Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)

121 Valores absolutos

Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e

normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma

autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos

indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave

medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo

previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios

mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo

O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para

conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de

que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3064

122 Valores relativos

Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute

baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da

verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio

mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela

praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia

pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc

A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o

que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de

tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no

momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros

possam pensar

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3164

Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o

trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua

autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e

normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam

orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os

valores

Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que

determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura

que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a

escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se

oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem

possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo

Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de

determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes

puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para

todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar

os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns

13 Classificaccedilatildeo de valores

Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da

seguinte maneira numa escala ascendente

(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc

(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc

(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc

(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc

(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc

(f) Valores religiosos sagrado profano etc

De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em

Dossier temaacutetico sobre Valores 3264

(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam

rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar

(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute

dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel

satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para

Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos

sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos

gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e

prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos

(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)

(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo

pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real

exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato

boa-feacutemaacute-feacute etc)

(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)

(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia

autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da

vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees

pessoais etc

(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano

14 Conclusatildeo parcial

Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do

comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta

particular

Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta

temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e

autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em

valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos

A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados

educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados

2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados

Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio

de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados

ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA

chama de mandamentos satildeo os seguintes

Dossier temaacutetico sobre Valores 3364

(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o

bem

(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica

Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila

(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso

caraacuteter

(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio

entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato

(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)

(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado

(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a

ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia

com a sabedoria

(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em

noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional

(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser

motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas

uacuteteis ou prazeres

(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem

cair no narcisismo) e o amor pelos outros

(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos

felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com

tudo e todos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3464

O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro

Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz

que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas

geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho

humildade sabedoria respeito e solidariedade

Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de

Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os

seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da

atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo

mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom

humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto

valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante

da TV liberdade e obediecircncia

Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da

temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila

coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e

harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico

compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees

Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro

primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de

Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e

transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade

Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto

que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia

integridade equiliacutebrio e pessoalidade

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-

aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito

famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem

apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de

eternidade

Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as

Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino

Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo

Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais

importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram

escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam

agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo

Dossier temaacutetico sobre Valores 3564

Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia

(accedilatildeo) Perdatildeo

Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia

(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo

Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia

(pensamento) Previsatildeo

Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave

famiacutelia Individualidade Propoacutesito

Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade

Dossier temaacutetico sobre Valores 3664

Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza

Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade

Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo

proacutepria

Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo

Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo

Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo

Abertura Entusiasmo Interesse Respeito

Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio

Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade

Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia

Auto-motivaccedilatildeo para

desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede

Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade

Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila

Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade

Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade

eacutetica

Carinho Flexibilidade no juiacutezo

moral Meditaccedilatildeo

Sentido de

comunidade

Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo

Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia

Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade

Compreensatildeo da

verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade

Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento

Consciecircncia dos

assuntos morais e

religiosos

Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato

Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila

Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura

Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia

Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade

Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade

Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo

pessoal

Cortesia Humor Patriotismo Veracidade

Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude

Cumprimento dos

deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva

23 Conclusatildeo parcial

Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis

cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a

sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula

um importante ofiacutecio para todo educador

3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES

Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos

numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a

quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais

envolvidos em todo esse processo

Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente

pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir

em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3764

31 Como se aprendem os valores

Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que

demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras

(MARQUES 2001 p 44)

(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados

(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica

em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto

(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os

valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade

assimilamos a honestidade

(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos

loacutegicos e discursivos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3864

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o

factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)

O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da

crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor

da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para

exemplificaacute-la etc

Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores

demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a

veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel

relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o

relacionamento proacuteximo

O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido

consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso

exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa

situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e

sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre

sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar

dinheiro Por quecircrdquo

33 A idade e o ensino de valores

De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos

de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo

das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo

tem muita influecircncia

Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia

moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees

dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila

obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque

isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal

Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem

desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido

sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos

actos

34Conclusatildeo parcial

Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses

valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos

rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis

de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado

de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)

chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)

Dossier temaacutetico sobre Valores 3964

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que

determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que

a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos

e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores

podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e

religiosos

Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam

conviver bem consigo mesmos e com a sociedade

Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o

ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional

e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa

Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo

desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na

transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe

um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a

educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual

entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde

Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de

motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe

uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores

Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente

Precisamos educar o estudante plenamente

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed

Petroacutepolis RJ Vozes 2000

BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais

Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997

BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales

Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997

Dossier temaacutetico sobre Valores 4064

CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003

CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a

Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas

Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b

LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo

Paulo Vida 2001

MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000

MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001

PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991

SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995

YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de

Moraes Porto Alegre Artmed 2002

Dossier temaacutetico sobre Valores 4164

O PODER DOS CONTOS INFANTIS

Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada

Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e

agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre

Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em

geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo

deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o

fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma

contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado

Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo

dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de

uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de

exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura

racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar

Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do

qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do

abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip

Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam

sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a

cobardia

O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o

estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso

encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e

prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e

vencer o mal

Dossier temaacutetico sobre Valores 4264

Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique

completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o

sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes

sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo

com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute

mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los

interpretaacute-los e ultrapassaacute-los

Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente

nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se

enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de

forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais

como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel

estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a

questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim

zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila

moral dos contos infantis

Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar

duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a

crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso

sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-

se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada

In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm

Dossier temaacutetico sobre Valores 4364

Dicionaacuterio de Valores

(Infopeacutedia)

afecto

amizade

autodisciplina

civismo

confianccedila

disciplina

honestidade

integridade

integro

justiccedila

lealdade

liberdade

partilha

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

respeito

responsabilidade

responsaacutevel

solidariedade

solidaacuterio

toleracircncia

valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 4464

afecto

afecto n adj sentimento de apego e ()

afecto forma do verbo afectar

afecto

nome masculino

1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo

2 amizade

3 amor

4 carinho

5 inclinaccedilatildeo

adjectivo

1 afeiccediloado dedicado

2 destinado

3 ligado dependente

(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)

amizade

nome feminino

1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia

2 camaradagem companheirismo cumplicidade

3 entendimento compreensatildeo

4 dedicaccedilatildeo bondade

5 pessoa amiga

(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4564

autodisciplina

nome feminino

1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo

2 capacidade de se disciplinar

(De auto-+disciplina)

civismo

nome masculino

1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico

2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas

suas instituiccedilotildees

(Do fr civisme laquoidraquo)

confianccedila

nome feminino

1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor

2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza

3 creacutedito

4 acircnimo

5 popular ousadia atrevimento

6 popular familiaridade

abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo

que se ocupa

dar confianccedila permitir certa familiaridade

ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza

tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade

(Do fr confiance laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4664

disciplina

disciplina n conjunto de regras ou ()

disciplina forma do verbo disciplinar

disciplina

nome feminino

1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou

colectividade

2 observacircncia das regras obediecircncia

3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a

respeitar regras ou conseguir resultados

4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de

um estabelecimento escolar

5 autoridade

6 castigo mortificaccedilatildeo

7 [plural] correias para accediloitar

(Do lat disciplina- laquoidraquo)

honestidade

nome feminino

1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade

probidade

2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade

3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia

(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4764

integridade

nome feminino

1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade

2 qualidade do que eacute iacutentegro

3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade

(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)

integro [integro]

adjectivo

1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO

2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO

justiccedila

justiccedila n virtude moral que inspira ()

justiccedila forma do verbo justiccedilar

justiccedila

nome feminino

1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a

atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade

2 conformidade com o direito estabelecido

3 poder de aplicar as leis poder judicial

4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees

5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do

poder judicial

6 conjunto dos magistrados a magistratura

Dossier temaacutetico sobre Valores 4864

7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda

por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada

na outra

8 popular funcionaacuterios de um tribunal

justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor

das coisas trocadas

justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e

dos encargos consoante a qualidade das pessoas

justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial

justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer

positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus

membros

popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos

com justiccedila de maneira justa e imparcial

dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio

em boa justiccedila segundo o que eacute devido

fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes

(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)

lealdade

nome feminino

qualidade de leal fidelidade sinceridade

(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4964

liberdade

nome feminino

1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua

natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo

livre)

2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo

ou de acccedilatildeo)

3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e

independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de

decisatildeo)

4 livre arbiacutetrio

5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)

6 personificaccedilatildeo das ideias liberais

7 toleracircncia

8 licenccedila autorizaccedilatildeo

9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada

10 figurado franqueza

11 [plural] regalias imunidades

liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas

que se julgarem verdadeiras

liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem

impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela

lei

LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e

sintaacutecticas em poesia

(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5064

partilha

nome feminino

1 acto ou efeito de partilhar

2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa

3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio

4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila

5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente

entre duas ou mais pessoas

(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

nome feminino

1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar

2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo

3 desassossego

4 ideia fixa

5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo

(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)

respeito

respeito n acto ou efeito de ()

respeito forma do verbo respeitar

respeito

nome masculino

1 acto ou efeito de respeitar

2 consideraccedilatildeo apreccedilo

3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo

4 homenagem culto

5 temor receio

Dossier temaacutetico sobre Valores 5164

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 12: Valor Es Final

VALORES NA FAMIacuteLIA

Quando os valores prioritaacuterios satildeo os valores ou bens materiais como ocorre em

amplos sectores da sociedade actual ou quando os valores se confundem com os

desejos ou as apetecircncias de um ser humano como tambeacutem acontece a descoberta de

verdadeiros valores humanos tem uma grande importacircncia para a motivaccedilatildeo da

vontade humana Porquecirc Porque a motivaccedilatildeo humana remete sempre para valores

humanos verdadeiros materiais e espirituais ndash sempre que os primeiros sirvam os

segundos e natildeo ao contraacuterio

A descoberta e valores corresponde aos imateriais aos do espiacuterito aos que fazem

referecircncia agrave verdade (valores intelectuais) ao bem (valores morais) e agrave beleza (valores

esteacuteticos) Satildeo trecircs tipos de valores estreitamente relacionados entre si porque verdade

bem e beleza satildeo os termos inseparaacuteveis de um trinoacutemio (Se algueacutem tentasse separaacute-

los encontrar-se-ia com uma verdade maacute e feia com um bem feio e falso com uma

beleza falsa e maacute)

Como descobrir estes valores Cada qual deve tomar a iniciativa de os procurar porque

lhe satildeo muito importantes satildeo os elementos que aperfeiccediloam o proacuteprio ser mediante

eles um indiviacuteduo pode acabar por ser chegar a ser aquilo que eacute pessoa ser mais e

melhor pessoa

Mas nem sempre que se procuram se encontram Tambeacutem eacute verdade que agraves vezes

emergem de repente no nosso horizonte existencial inclusivamente apesar da nossa

resistecircncia (hellip) Um dia qualquer uma vida rotineira e talvez sem relevo pode sentir-

se sacudida ndash e ateacute invadida ndash pela descoberta de um novo valor que a transforma

(Polaino e Carrentildeo l992 p 75)

Haacute algum acircmbito onde a descoberta de valores seja menos difiacutecil ou mais provaacutevel

Em primeiro lugar o acircmbito vital da famiacutelia Se os pais optaram por certos valores e se

comprometeram com eles cada filho que vem ao mundo natildeo tem de desenvolver a

tarefa hercuacutelea e problemaacutetica de tratar de descobrir por que valores vale a pena

arriscar a vida (ibidem)

Dossier temaacutetico sobre Valores 1264

Nem sempre acontece assim Optar por certos valores significa escolher entre os

melhores aqueles que mais convenham numa famiacutelia concreta com as suas

circunstacircncias actuais para o desenvolvimento pessoal de cada membro e para a

melhoria familiar Logicamente seratildeo prioritaacuterios os valores humanos mais cultivados

por ambos os cocircnjuges

Comprometer-se com uns valores e organizar a vida familiar em funccedilatildeo deles supotildee tecirc-

los interiorizado profundamente Soacute assim seratildeo capazes de os pocircr de moda na sua

famiacutelia sendo eles proacuteprios para os seus filhos portadores de valores

Esses valores vividos pelos pais com naturalidade e com graccedila com bom humor

sabendo sorrir habitualmente seratildeo atractivos para os filhos e contagiosos A famiacutelia

sob esta perspectiva aparece-nos como um museu vivo de valores E natildeo porque os

pais pendurem os valores nas paredes como se se tratasse de um quadro que

passivamente se deve admirar Os valores familiares constituem pelo contraacuterio um

dado irrefutaacutevel quase com cunho testemunhal que vai unido ao comportamento

diaacuterio dos pais (ibidem p 76) E tambeacutem estaratildeo presentes estes valores na conduta

dos filhos quando os pais aleacutem de os viverem e de os fomentarem promovem e

mantecircm vigentes algumas normas e costumes familiares que mostram a presenccedila viva

destes valores preferenciais

Os valores familiares ndash em famiacutelias cristatildes natildeo satildeo soacute valores naturais mas tambeacutem

valores sobrenaturais ndash nenhuma crianccedila inicialmente os questiona Mais tarde sim

porque na medida em que cresce emerge e amadurece a sua liberdade pessoal haacute-de

comprometer-se tambeacutem nas escolhas que faz e que obviamente satildeo sempre muito

pessoais(hellip) Precisamente por isso os pais tecircm de preparar essa fase de referecircncia ndash

atraveacutes do seu comportamento ndash que lhe sirva de orientaccedilatildeo (ibidem)

Isto seraacute tanto menos difiacutecil para os pais quanto mais cedo faccedilam da sua famiacutelia um

museu vivo de valores quando os filhos satildeo ainda muito pequenos

Seraacute menos difiacutecil tambeacutem a sua adolescecircncia quando o quadro de referecircncia e um

miacutenimo de normas e costumes tenham sido parte importante do seu ambiente familiar

acolhedor desde a primeira infacircncia

Dossier temaacutetico sobre Valores 1364

Deste modo quando o filho adolescente ou o filho jovem daacute prioridade a alguns

valores como fundamento para apoiar a sua vida tem jaacute como em depoacutesito uns

valores que anteriormente assumiu e integrou quase sem dar por isso contagiados ou

emprestados pelos seus pais

Estes valores familiares descobertos na convivecircncia do lar paterno nas relaccedilotildees diaacuterias

de pais e filhos de irmatildeos de diferentes idades traduzem-se ndash como efeito de

descoberta ndash em motivos Em consequecircncia a conduta de cada filho estaraacute motivada

desde o principio a sua vontade estaraacute motivada

Penso por contraste em tantos filhos desmotivados antes e durante a sua adolescecircncia

quando os primeiros responsaacuteveis da famiacutelia natildeo se propuseram ou natildeo souberam

criar este a ambiente familiar cimentado na sinceridade na generosidade na lealdade

na laboriosidade no optimismo na compreensatildeo exigente no respeito confiado na

disponibilidade na gratidatildeo na amizade e noutros valores humanos

Oliveros Otero

In httpfamiliaaaldeianetvalores-na-familia

Dossier temaacutetico sobre Valores 1464

O CONTO NA VIDA DA CRIANCcedilA

A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais

refinadas como A Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos

limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros

Perde-se no tempo a origem e importacircncia do conto na educaccedilatildeo da crianccedila Quantas

vezes pais e educadores a braccedilos com a explicaccedilatildeo de algo mais complexo aos nossos

filhos nos socorremos de uma histoacuteria que simplifique a nossa tarefa por um lado e

por outro facilite a compreensatildeo por parte da crianccedila daquilo que verdadeiramente lhe

queremos transmitir

Passar valores agrave crianccedila eacute algo complexo Esta missatildeo implica normalmente conceitos

que fazem apelo a abstracccedilotildees competecircncias impossiacuteveis de usar pela crianccedila nas

etapas mais precoces do desenvolvimento As histoacuterias satildeo por isso um meio

facilitador de resolver algumas das questotildees que esta tarefa nos coloca Se por um

lado divertem as crianccedilas espicaccedilam a sua curiosidade promovem competecircncias

cognitivas e de oralidade activam a magia por outro satildeo tambeacutem a forma de

concretizarmos alguns dos valores que consideramos aceitaacuteveis e oportunos transmitir

agrave crianccedila

De cada histoacuteria cada crianccedila retiraraacute aquilo que lhe fizer mais sentido em funccedilatildeo das

suas vivecircncias e das suas caracteriacutesticas desenvolvimentais Com a mesma histoacuteria

podemos transmitir um sem-nuacutemero de ensinamentos isso depende em primeira

instacircncia do objectivo de quem a usa e da proacutepria crianccedila

A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais

refinadas como a Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos

limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros

A Menina do Mar eacute uma histoacuteria porventura difiacutecil de entender antes da idade

escolar Para aleacutem da beleza literaacuteria pode permitir-nos transmitir valores ecoloacutegicos

respeito pela Natureza nomeadamente pelas coisas do mar curiosidade na descoberta

e contemplaccedilatildeo do mar e do que ele conteacutem Aleacutem disso e voltando a um dos valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 1564

inerentes a quase todas as histoacuterias - a relaccedilatildeo com os outros - A Menina do Mar

proporciona uma excelente oportunidade de ensinar a crianccedila a respeitar e a aceitar as

diferenccedilas e ainda a importacircncia de fazer amigos

Nas histoacuterias tal como na vida por vezes tambeacutem haacute situaccedilotildees desconcertantes e ainda

bem que as histoacuterias contemplam estas situaccedilotildees Satildeo uma oacuteptima oportunidade para a

crianccedila se organizar e aprender a lidar com os medos os obstaacuteculos e frustraccedilotildees com

que se iraacute confrontar ao longo da vida Eacute importante que o crescimento se faccedila ainda

que ao niacutevel do imaginaacuterio e simboacutelico assente em valores reais

In O conto na vida da crianccedila In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-

06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$o-conto-na-vida-da-criancagt

Dossier temaacutetico sobre Valores 1664

VALORES

Os valores correspondem a maneiras de ser ou de agir reconhecidas como desejaacuteveis

Genericamente pode dizer-se que natildeo eacute possiacutevel a existecircncia de um grupo humano

sem que tenham sido definidos impliacutecita ou explicitamente os seus valores A

expressatildeo escrita e oral os siacutembolos os objectos satildeo meios de que os indiviacuteduos e os

grupos dispotildeem para aceder aos valores

Tecircm sido objecto de estudo em Sociologia questotildees como a do modo como evoluem os

valores o modo como os valores satildeo vividos pelos indiviacuteduos e pelos grupos e a

possibilidade ou impossibilidade de se falar em sociedades globais

No estrutural-funcionalismo de T Parsons os valores partilhados interiorizados satildeo

vistos como desempenhando um papel decisivo na integraccedilatildeo social em qualquer

sociedade Os criacuteticos deste ponto de vista defendem que a integraccedilatildeo social natildeo

depende num grau tatildeo absoluto da partilha de valores Argumenta-se que os valores

podem ser aceites por motivos pragmaacuteticos mais do que normativos e que as

estruturas sociais podem impor-se para aleacutem da interiorizaccedilatildeo dos valores Sobretudo

a maioria dos socioacutelogos reconhece actualmente que uma sociedade pode existir

mesmo que seja atravessada por divergecircncias a niacutevel dos valores

Valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-06] Disponiacutevel na

www ltURL httpwwwinfopediapt$valoresgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 1764

CRISE DOS VALORES TRADICIONAIS

Em pleno seacuteculo XXI quase toda a sociedade considera que existe uma crise de valores

ou pelo menos a falecircncia dos tradicionais Mas desde sempre esta consciecircncia de crise

de valores existiu numa perspectiva geograacutefica mais restrita e sem as dimensotildees de

generalizaccedilatildeo como sucede hoje A globalizaccedilatildeo econoacutemica e o neoliberalismo o

individualismo e o relativismo a par do progresso tecnoloacutegico aceleraram a toma de

consciecircncia de crise de valores por parte da populaccedilatildeo Por um lado esbateram-se ou jaacute

natildeo existem mesmo criteacuterios seguros para distinccedilatildeo do bem e do mal do justo e do

injusto entre outras categorias morais e pessoais imperando pois a subjectividade e o

relativismo Radicalmente alguns vatildeo mais longe e afirmam mesmo que jaacute natildeo existem

sequer valores tudo eacute circunstancial O que era antes intemporal e inalteraacutevel eacute agora

volaacutetil ou inconsistente passando-se do relativismo agrave descrenccedila niilista absoluta

As principais causas para a crise de valores satildeo

- a desvalorizaccedilatildeo da tradiccedilatildeo quer atraveacutes do marxismo que tudo subjuga agrave histoacuteria e

ao plano social desvalorizando os valores antigos da burguesia dos opressores que

substitui pelos do povo trabalhador quer atraveacutes de Nietzsche e a sua negaccedilatildeo dos

valores absolutos ou mesmo com Freud que tornou os valores morais como produto

de mecanismos mentais repressivos

- a crise na instituiccedilatildeo familiar das suas relaccedilotildees do proacuteprio modelo de famiacutelia

primeira fonte de transmissatildeo de valores O aumento de divoacutercios separaccedilotildees

violecircncia domeacutestica pressotildees econoacutemicas e stress social das famiacutelias podem prejudicar

tambeacutem a transmissatildeo de valores seguros aos filhos

- modificaccedilotildees de ordem material nos aspectos tecnoloacutegico e cientiacutefico e as sucessivas

mutaccedilotildees econoacutemicas podem conduzir ao distanciamento cada vez maior da sociedade

moderna face aos valores tradicionais

- menor peso dos bons costumes e da cultura popular na sociedade moderna visiacutevel na

descrenccedila nos valores absolutos e na moral social substituiacuteda pela moral autoacutenoma e

pelo relativismo

A sociedade hoje em dia tornou-se mais aberta e plural mais intercultural assumindo

melhor as diferenccedilas mas tambeacutem tornando-se mais insegura violenta tendendo para

a repressatildeo e ateacute para um individualismo egoiacutesta e esvaziado de valores de relaccedilotildees

Dossier temaacutetico sobre Valores 1864

interpessoais Para muitos analistas natildeo existe crise antes abertura para outros a

maior crise eacute a incapacidade humana de enfrentar o problema da crise de valores pois

subsiste a ideia de que nas democracias natildeo haacute valores impessoais ou suprapessoais

parecendo que cada um escolhe os seus Alguns autores sugerem que a crise natildeo seraacute

apenas de valores mas tambeacutem de referecircncias estaacuteveis e soacutelidas

Crise dos Valores Tradicionais In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-

06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$crise-dos-valores-tradicionaisgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 1964

O QUE SAtildeO VALORES

O QUE DISTINGUE UM FACTO DE UM VALOR

PESQUISA

O homem vive toma partido crecirc numa multiplicidade de valores hierarquiza-os e daacute

assim sentido agrave sua existecircncia mediante opccedilotildees que ultrapassam incessantemente as

fronteiras do seu conhecimento efectivo No homem que pensa esta questatildeo soacute pode

ser raciocinada no sentido em que para fazer a siacutentese entre aquilo que ele crecirc e

aquilo que ele sabe ele soacute pode utilizar uma reflexatildeo quer prolongando o saber quer

opondo-se a ele num esforccedilo criacutetico para determinar as suas fronteiras actuais e

legitimar a hierarquizaccedilatildeo dos valores que o ultrapassam Esta siacutentese raciocinada

entre as crenccedilas quaisquer que elas sejam e as condiccedilotildees do saber constituiacute aquilo que

noacutes chamamos uma sabedoria e eacute este que nos parece ser o objecto da filosofia

Jean Piaget Sageza e Ilusatildeo da Filosofia

Dossier temaacutetico sobre Valores 2064

SIacuteNTESE

1 Valores

1 Quando decidimos fazer algo estamos a realizar uma escolha Manifestamos certas

preferecircncias por umas coisas em vez de outras Evocamos entatildeo certos motivos para

justificar as nossas decisotildees

2 Factos e valores

Todos estes motivos podem ser apoiados em factos mas tecircm sempre impliacutecitos certos

valores que justificam ou legitimam as nossas preferecircncias

Exemplo O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi o dia mais importante

da semana era um domingo

Facto O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi efectivamente um

domingo

Valor impliacutecito O domingo como o dia mais importante entre os

dias da semana

3Facto

Um facto eacute algo que algo que pode ser comprovado sobre o qual podemos dizer que a

afirmaccedilatildeo eacute verdadeira ou falsa Os factos satildeo igualmente susceptiacuteveis de gerarem

consensos universais

4 Valor

Podemos definir os valorespartindo das vaacuterias dimensotildees em que usamos

a) os valores satildeo criteacuterios segundo os quais valorizamos ou desvalorizamos as

coisas

Dossier temaacutetico sobre Valores 2164

b) Os valores satildeo as razotildees que justificam ou motivam as nossas acccedilotildees tornando-

as preferiacuteveis a outras

Os valores reportam-se em geral sempre a acccedilotildees justificam-nas

Exemplo Participar numa manifestaccedilatildeo a favor do povo timorensepode significar que

atribuiacutemos agrave Solidariedade uma enorme importacircncia A solidariedade eacute neste caso o

valor que justifica ou explica a nossa acccedilatildeo

Ao contraacuterio dos factos os valores apenas implicam a adesatildeo de grupos restritos Nem

todos possuiacutemos os mesmos valores nem valorizamos as coisas da mesma forma

5 Tipos de valores

Os valores natildeo satildeo coisas nem simples ideias que adquirimos mas conceitos que

traduzem as nossas preferecircncias Existe uma enorme diversidade de valores podemos

agrupaacute-los quanto agrave sua natureza da seguinte forma

Valores eacuteticos os que se referem agraves normas ou criteacuterios de conduta que afectam todas

as aacutereas da nossa actividade Exemplos Solidariedade Honestidade Verdade

Lealdade Bondade Altruiacutesmo

Valores esteacuteticos os valores de expressatildeo Exemplo Harmonia Belo Feio Sublime

Traacutegico

Valores religiosos os que dizem respeito agrave relaccedilatildeo do homem com a transcendecircncia

Exemplos Sagrado Pureza Santidade Perfeiccedilatildeo

Valores poliacuteticos Justiccedila Igualdade Imparcialidade Cidadania Liberdade

Valores vitais Sauacutede Forccedila

6 Hierarquizaccedilatildeo dos Valores

Natildeo atribuiacutemos a todos os nossos valores a mesma importacircncia Na hora de tomar

uma decisatildeo cada um de noacutes hierarquiza os valores de forma muito diversa A

Dossier temaacutetico sobre Valores 2264

hierarquizaccedilatildeo eacute a propriedade que tem os valores de se subordinarem uns aos outros

isto eacute de serem uns mais valiosos que outros As razotildees porque o fazemos satildeo

muacuteltiplas

Exemplo

A maioria da populaccedilatildeo mundial continua a passar graves carecircncias alimentares

Todos os anos morrem milhotildees de pessoas por subnutriccedilatildeo Natildeo eacute de querer que

hierarquia dos seus valores destas pessoas a satisfaccedilatildeo das suas necessidades

bioloacutegicas natildeo esteja logo em primeiro lugar

7 Polaridade dos Valores

Os nossos valores tendem a organizar-se em termos de oposiccedilotildees ou polaridades

Preferimos e opomos a Verdade agrave Mentira a Justiccedila agrave Injusticcedila o Bem ao Mal a beleza

agrave fealdade a genorosidade agrave mesquinhecircs A palavra valor costuma apenas ser aplicada

num sentido positivo Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de

estima positiva ou negativamente Valor eacute tanto o Bem como o Mal o Justo como

Injusto

Carlos Fontes

In httpafilosofianosapopt10valoreshtm~

Dossier temaacutetico sobre Valores 2364

PERTINEcircNCIA DE VALORES

Durkheim considerava que os valores miacuteticos e religiosos que funcionaram como

crenccedilas nas sociedades tradicionais serviram para exercer o controlo e a coesatildeo sociais

e para inspirar as avaliaccedilotildees e as motivaccedilotildees das pessoas Eacute assim que nas sociedades

tradicionais de solidariedade mecacircnica os indiviacuteduos estatildeo integrados por valores

comuns que se lhes impotildeem garantindo a coesatildeo social Jaacute nas sociedades modernas

de solidariedade orgacircnica verifica-se segundo Durkheim uma erosatildeo dos valores

graccedilas ao aumento do individualismo e agrave desintegraccedilatildeo das ligaccedilotildees sociais originadas

pelo desenvolvimento da divisatildeo do trabalho

Parsons (1951) que consagrou a existecircncia de quatro subsistemas interdependentes -

cultural poliacutetico econoacutemico societal - remete cada um deles para quatro tipos de

valores O subsistema cultural manteacutem os modelos valorizados da acccedilatildeo o subsistema

poliacutetico assegura a funccedilatildeo de realizaccedilatildeo das finalidades colectivas o subsistema

societal assegura a funccedilatildeo de integraccedilatildeo social dos indiviacuteduos e o econoacutemico a funccedilatildeo

de adaptaccedilatildeo (controlo exploraccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio ambiente) Satildeo portanto

os sistemas que asseguram a funccedilatildeo de reproduccedilatildeo dos valores

A questatildeo da pertinecircncia dos valores coloca a relaccedilatildeo entre os valores (morais

religiosos poliacuteticos esteacuteticos) e as culturas na proacutepria medida em que existem relaccedilotildees

entre as formas de vida ou as visotildees do mundo e o quadro de valores que as orientam

Haacute uma multiplicidade de valores variando estes conforme as sociedades e as

culturas e tambeacutem conforme as eacutepocas histoacutericas por isso se fala da relatividade

histoacuterica dos valores Ora a pluralidade dos valores eacute acompanhada tambeacutem da

existecircncia de sistemas de valores relativamente abertos Novos valores podem sempre

vir a integrar um sistema (moral poliacutetico cultural ou religioso) desde que seja

assegurada uma coerecircncia miacutenima entre os valores de um mesmo sistema Com efeito

uma cultura de valores democraacuteticos por exemplo eacute incompatiacutevel com o autoritarismo

e o totalitarismo como uma cultura que reconhece o valor da infacircncia e os direitos da

crianccedila eacute incompatiacutevel com a exploraccedilatildeo da crianccedila

Poreacutem sistemas de valores diferenciados podem coexistir numa mesma sociedade

valores de grupos poliacuteticos diferentes de etnias diversas de comunidades religiosas

diferentes valores hedonistas que se opotildeem aos valores do trabalho e da eficaacutecia os

valores da poupanccedila e do patrimoacutenio em oposiccedilatildeo ao consumismo desenfreado os

Dossier temaacutetico sobre Valores 2464

valores do ser e da pessoa em oposiccedilatildeo aos valores do ter e do poder financeiro etc

Esta diversidade de valores pode provocar conflitos cuja resposta poderaacute implicar que

uma hierarquia de pertinecircncias seja estabelecida Com efeito existem conflitos de

valores no seio da famiacutelia (entre as geraccedilotildees por exemplo) nas empresas (entre a

eficaacutecia econoacutemica o lucro o melhoramento das condiccedilotildees de trabalho o serviccedilo agrave

comunidade etc) ao niacutevel das argumentaccedilotildees de valores num

tribunal ou nos debates puacuteblicos sobre processos judiciais (o respeito devido agraves viacutetimas

e o direito do culpado agrave sua defesa por exemplo) conflitos entre o valor da famiacutelia e a

obrigaccedilatildeo do trabalho (conflito que se potildee muitas vezes agraves matildees que trabalham fora

de casa e tecircm filhos pequenos) etc

Para aleacutem dos aspectos ligados agrave pluralidade dos valores assistimos hoje nas

sociedades democraacuteticas contemporacircneas a uma evoluccedilatildeo dos sistemas de valores e a

uma alteraccedilatildeo da sua hierarquia de pertinecircncia expressas na importacircncia crescente dos

novos valores ligados agrave ecologia agrave defesa do meio ambiente e ao novo conceito de

desenvolvimento sustentado dos valores da solidariedade da cidadania e da

toleracircncia que orientam hoje um novo tipo de acccedilatildeo colectiva (exercido em termos de

voluntariado eou por Organizaccedilotildees Natildeo-Governamentais (ONG) como os meacutedicos

sem fronteiras as associaccedilotildees de protecccedilatildeo e defesa das crianccedilas e das mulheres

viacutetimas de maus tratos as associaccedilotildees de defesa das minorias do consumidor de

assistecircncia aos doentes com sida etc) assim como se assiste a uma evoluccedilatildeo dos

valores ligados agrave mundializaccedilatildeo que orientam instituiccedilotildees e convenccedilotildees internacionais

Pertinecircncia de valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-07]

Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$pertinencia-de-valoresgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 2564

DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E

SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA

Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os

valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute

quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os

valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi

publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio

quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o

egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que

promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de

etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo

excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores

da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo

lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais

entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos

professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas

desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os

docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila

Foto Pintura de Salvador Dali

In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml

Dossier temaacutetico sobre Valores 2664

A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA

Adolfo S Suaacuterez

Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso

de Teologia do Unasp

Centro Universitaacuterio Adventista

Campus Engenheiro Coelho (SP)

adolfosuarezunaspedubr

Introduccedilatildeo

1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores

11 Definiccedilotildees

12 Modelos de valores em sala de aula

121 Valores absolutos

122 Valores relativos

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

13 Classificaccedilatildeo de valores

14 Conclusatildeo parcial

2 Valores que devem ser ensinados

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

23 Conclusatildeo parcial

3 A transmissatildeo de valores

31 Como se aprendem os valores

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

33 A idade e o ensino de valores

34 Conclusatildeo parcial

Consideraccedilotildees finais

Referecircncias bibliograacuteficas

Dossier temaacutetico sobre Valores 2764

Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo

Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde

Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula

The issue of values in the classroom

Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary

Education based on a Christian pedagogical practice

Keywords values christian education classroom

Dossier temaacutetico sobre Valores 2864

INTRODUCcedilAtildeO

Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS

2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da

experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e

cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e

espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)

Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas

fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade

promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a

inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)

No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de

estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das

faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)

Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo

meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo

quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e

aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)

Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido

vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo

no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar

desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de

professores ldquoconteudistasrdquo

Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser

mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno

porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de

apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa

formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores

Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-

se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo

da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados

Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores

1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES

1 1 Definiccedilotildees

Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade

humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua

conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja

valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)

independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de

caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)

Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo

Dossier temaacutetico sobre Valores 2964

Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao

satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa

qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto

deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo

racional humano (2001 p 44)

No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS

pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores

significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno

seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais

lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que

promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os

princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o

seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o

respeito e a cooperaccedilatildeo

Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante

descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade

(1997 p 79)

12 Modelos de valores em sala de aula

Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores

Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)

121 Valores absolutos

Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e

normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma

autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos

indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave

medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo

previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios

mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo

O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para

conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de

que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3064

122 Valores relativos

Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute

baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da

verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio

mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela

praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia

pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc

A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o

que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de

tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no

momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros

possam pensar

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3164

Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o

trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua

autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e

normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam

orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os

valores

Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que

determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura

que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a

escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se

oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem

possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo

Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de

determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes

puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para

todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar

os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns

13 Classificaccedilatildeo de valores

Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da

seguinte maneira numa escala ascendente

(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc

(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc

(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc

(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc

(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc

(f) Valores religiosos sagrado profano etc

De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em

Dossier temaacutetico sobre Valores 3264

(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam

rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar

(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute

dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel

satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para

Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos

sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos

gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e

prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos

(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)

(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo

pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real

exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato

boa-feacutemaacute-feacute etc)

(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)

(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia

autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da

vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees

pessoais etc

(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano

14 Conclusatildeo parcial

Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do

comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta

particular

Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta

temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e

autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em

valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos

A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados

educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados

2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados

Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio

de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados

ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA

chama de mandamentos satildeo os seguintes

Dossier temaacutetico sobre Valores 3364

(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o

bem

(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica

Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila

(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso

caraacuteter

(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio

entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato

(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)

(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado

(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a

ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia

com a sabedoria

(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em

noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional

(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser

motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas

uacuteteis ou prazeres

(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem

cair no narcisismo) e o amor pelos outros

(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos

felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com

tudo e todos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3464

O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro

Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz

que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas

geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho

humildade sabedoria respeito e solidariedade

Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de

Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os

seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da

atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo

mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom

humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto

valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante

da TV liberdade e obediecircncia

Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da

temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila

coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e

harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico

compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees

Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro

primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de

Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e

transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade

Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto

que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia

integridade equiliacutebrio e pessoalidade

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-

aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito

famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem

apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de

eternidade

Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as

Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino

Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo

Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais

importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram

escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam

agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo

Dossier temaacutetico sobre Valores 3564

Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia

(accedilatildeo) Perdatildeo

Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia

(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo

Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia

(pensamento) Previsatildeo

Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave

famiacutelia Individualidade Propoacutesito

Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade

Dossier temaacutetico sobre Valores 3664

Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza

Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade

Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo

proacutepria

Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo

Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo

Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo

Abertura Entusiasmo Interesse Respeito

Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio

Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade

Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia

Auto-motivaccedilatildeo para

desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede

Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade

Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila

Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade

Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade

eacutetica

Carinho Flexibilidade no juiacutezo

moral Meditaccedilatildeo

Sentido de

comunidade

Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo

Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia

Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade

Compreensatildeo da

verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade

Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento

Consciecircncia dos

assuntos morais e

religiosos

Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato

Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila

Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura

Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia

Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade

Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade

Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo

pessoal

Cortesia Humor Patriotismo Veracidade

Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude

Cumprimento dos

deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva

23 Conclusatildeo parcial

Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis

cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a

sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula

um importante ofiacutecio para todo educador

3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES

Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos

numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a

quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais

envolvidos em todo esse processo

Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente

pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir

em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3764

31 Como se aprendem os valores

Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que

demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras

(MARQUES 2001 p 44)

(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados

(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica

em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto

(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os

valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade

assimilamos a honestidade

(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos

loacutegicos e discursivos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3864

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o

factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)

O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da

crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor

da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para

exemplificaacute-la etc

Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores

demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a

veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel

relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o

relacionamento proacuteximo

O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido

consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso

exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa

situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e

sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre

sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar

dinheiro Por quecircrdquo

33 A idade e o ensino de valores

De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos

de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo

das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo

tem muita influecircncia

Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia

moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees

dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila

obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque

isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal

Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem

desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido

sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos

actos

34Conclusatildeo parcial

Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses

valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos

rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis

de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado

de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)

chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)

Dossier temaacutetico sobre Valores 3964

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que

determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que

a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos

e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores

podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e

religiosos

Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam

conviver bem consigo mesmos e com a sociedade

Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o

ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional

e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa

Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo

desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na

transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe

um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a

educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual

entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde

Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de

motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe

uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores

Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente

Precisamos educar o estudante plenamente

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed

Petroacutepolis RJ Vozes 2000

BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais

Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997

BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales

Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997

Dossier temaacutetico sobre Valores 4064

CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003

CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a

Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas

Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b

LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo

Paulo Vida 2001

MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000

MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001

PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991

SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995

YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de

Moraes Porto Alegre Artmed 2002

Dossier temaacutetico sobre Valores 4164

O PODER DOS CONTOS INFANTIS

Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada

Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e

agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre

Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em

geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo

deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o

fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma

contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado

Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo

dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de

uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de

exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura

racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar

Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do

qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do

abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip

Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam

sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a

cobardia

O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o

estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso

encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e

prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e

vencer o mal

Dossier temaacutetico sobre Valores 4264

Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique

completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o

sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes

sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo

com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute

mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los

interpretaacute-los e ultrapassaacute-los

Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente

nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se

enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de

forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais

como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel

estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a

questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim

zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila

moral dos contos infantis

Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar

duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a

crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso

sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-

se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada

In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm

Dossier temaacutetico sobre Valores 4364

Dicionaacuterio de Valores

(Infopeacutedia)

afecto

amizade

autodisciplina

civismo

confianccedila

disciplina

honestidade

integridade

integro

justiccedila

lealdade

liberdade

partilha

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

respeito

responsabilidade

responsaacutevel

solidariedade

solidaacuterio

toleracircncia

valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 4464

afecto

afecto n adj sentimento de apego e ()

afecto forma do verbo afectar

afecto

nome masculino

1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo

2 amizade

3 amor

4 carinho

5 inclinaccedilatildeo

adjectivo

1 afeiccediloado dedicado

2 destinado

3 ligado dependente

(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)

amizade

nome feminino

1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia

2 camaradagem companheirismo cumplicidade

3 entendimento compreensatildeo

4 dedicaccedilatildeo bondade

5 pessoa amiga

(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4564

autodisciplina

nome feminino

1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo

2 capacidade de se disciplinar

(De auto-+disciplina)

civismo

nome masculino

1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico

2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas

suas instituiccedilotildees

(Do fr civisme laquoidraquo)

confianccedila

nome feminino

1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor

2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza

3 creacutedito

4 acircnimo

5 popular ousadia atrevimento

6 popular familiaridade

abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo

que se ocupa

dar confianccedila permitir certa familiaridade

ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza

tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade

(Do fr confiance laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4664

disciplina

disciplina n conjunto de regras ou ()

disciplina forma do verbo disciplinar

disciplina

nome feminino

1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou

colectividade

2 observacircncia das regras obediecircncia

3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a

respeitar regras ou conseguir resultados

4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de

um estabelecimento escolar

5 autoridade

6 castigo mortificaccedilatildeo

7 [plural] correias para accediloitar

(Do lat disciplina- laquoidraquo)

honestidade

nome feminino

1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade

probidade

2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade

3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia

(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4764

integridade

nome feminino

1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade

2 qualidade do que eacute iacutentegro

3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade

(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)

integro [integro]

adjectivo

1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO

2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO

justiccedila

justiccedila n virtude moral que inspira ()

justiccedila forma do verbo justiccedilar

justiccedila

nome feminino

1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a

atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade

2 conformidade com o direito estabelecido

3 poder de aplicar as leis poder judicial

4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees

5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do

poder judicial

6 conjunto dos magistrados a magistratura

Dossier temaacutetico sobre Valores 4864

7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda

por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada

na outra

8 popular funcionaacuterios de um tribunal

justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor

das coisas trocadas

justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e

dos encargos consoante a qualidade das pessoas

justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial

justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer

positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus

membros

popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos

com justiccedila de maneira justa e imparcial

dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio

em boa justiccedila segundo o que eacute devido

fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes

(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)

lealdade

nome feminino

qualidade de leal fidelidade sinceridade

(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4964

liberdade

nome feminino

1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua

natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo

livre)

2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo

ou de acccedilatildeo)

3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e

independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de

decisatildeo)

4 livre arbiacutetrio

5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)

6 personificaccedilatildeo das ideias liberais

7 toleracircncia

8 licenccedila autorizaccedilatildeo

9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada

10 figurado franqueza

11 [plural] regalias imunidades

liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas

que se julgarem verdadeiras

liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem

impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela

lei

LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e

sintaacutecticas em poesia

(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5064

partilha

nome feminino

1 acto ou efeito de partilhar

2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa

3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio

4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila

5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente

entre duas ou mais pessoas

(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

nome feminino

1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar

2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo

3 desassossego

4 ideia fixa

5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo

(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)

respeito

respeito n acto ou efeito de ()

respeito forma do verbo respeitar

respeito

nome masculino

1 acto ou efeito de respeitar

2 consideraccedilatildeo apreccedilo

3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo

4 homenagem culto

5 temor receio

Dossier temaacutetico sobre Valores 5164

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 13: Valor Es Final

Nem sempre acontece assim Optar por certos valores significa escolher entre os

melhores aqueles que mais convenham numa famiacutelia concreta com as suas

circunstacircncias actuais para o desenvolvimento pessoal de cada membro e para a

melhoria familiar Logicamente seratildeo prioritaacuterios os valores humanos mais cultivados

por ambos os cocircnjuges

Comprometer-se com uns valores e organizar a vida familiar em funccedilatildeo deles supotildee tecirc-

los interiorizado profundamente Soacute assim seratildeo capazes de os pocircr de moda na sua

famiacutelia sendo eles proacuteprios para os seus filhos portadores de valores

Esses valores vividos pelos pais com naturalidade e com graccedila com bom humor

sabendo sorrir habitualmente seratildeo atractivos para os filhos e contagiosos A famiacutelia

sob esta perspectiva aparece-nos como um museu vivo de valores E natildeo porque os

pais pendurem os valores nas paredes como se se tratasse de um quadro que

passivamente se deve admirar Os valores familiares constituem pelo contraacuterio um

dado irrefutaacutevel quase com cunho testemunhal que vai unido ao comportamento

diaacuterio dos pais (ibidem p 76) E tambeacutem estaratildeo presentes estes valores na conduta

dos filhos quando os pais aleacutem de os viverem e de os fomentarem promovem e

mantecircm vigentes algumas normas e costumes familiares que mostram a presenccedila viva

destes valores preferenciais

Os valores familiares ndash em famiacutelias cristatildes natildeo satildeo soacute valores naturais mas tambeacutem

valores sobrenaturais ndash nenhuma crianccedila inicialmente os questiona Mais tarde sim

porque na medida em que cresce emerge e amadurece a sua liberdade pessoal haacute-de

comprometer-se tambeacutem nas escolhas que faz e que obviamente satildeo sempre muito

pessoais(hellip) Precisamente por isso os pais tecircm de preparar essa fase de referecircncia ndash

atraveacutes do seu comportamento ndash que lhe sirva de orientaccedilatildeo (ibidem)

Isto seraacute tanto menos difiacutecil para os pais quanto mais cedo faccedilam da sua famiacutelia um

museu vivo de valores quando os filhos satildeo ainda muito pequenos

Seraacute menos difiacutecil tambeacutem a sua adolescecircncia quando o quadro de referecircncia e um

miacutenimo de normas e costumes tenham sido parte importante do seu ambiente familiar

acolhedor desde a primeira infacircncia

Dossier temaacutetico sobre Valores 1364

Deste modo quando o filho adolescente ou o filho jovem daacute prioridade a alguns

valores como fundamento para apoiar a sua vida tem jaacute como em depoacutesito uns

valores que anteriormente assumiu e integrou quase sem dar por isso contagiados ou

emprestados pelos seus pais

Estes valores familiares descobertos na convivecircncia do lar paterno nas relaccedilotildees diaacuterias

de pais e filhos de irmatildeos de diferentes idades traduzem-se ndash como efeito de

descoberta ndash em motivos Em consequecircncia a conduta de cada filho estaraacute motivada

desde o principio a sua vontade estaraacute motivada

Penso por contraste em tantos filhos desmotivados antes e durante a sua adolescecircncia

quando os primeiros responsaacuteveis da famiacutelia natildeo se propuseram ou natildeo souberam

criar este a ambiente familiar cimentado na sinceridade na generosidade na lealdade

na laboriosidade no optimismo na compreensatildeo exigente no respeito confiado na

disponibilidade na gratidatildeo na amizade e noutros valores humanos

Oliveros Otero

In httpfamiliaaaldeianetvalores-na-familia

Dossier temaacutetico sobre Valores 1464

O CONTO NA VIDA DA CRIANCcedilA

A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais

refinadas como A Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos

limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros

Perde-se no tempo a origem e importacircncia do conto na educaccedilatildeo da crianccedila Quantas

vezes pais e educadores a braccedilos com a explicaccedilatildeo de algo mais complexo aos nossos

filhos nos socorremos de uma histoacuteria que simplifique a nossa tarefa por um lado e

por outro facilite a compreensatildeo por parte da crianccedila daquilo que verdadeiramente lhe

queremos transmitir

Passar valores agrave crianccedila eacute algo complexo Esta missatildeo implica normalmente conceitos

que fazem apelo a abstracccedilotildees competecircncias impossiacuteveis de usar pela crianccedila nas

etapas mais precoces do desenvolvimento As histoacuterias satildeo por isso um meio

facilitador de resolver algumas das questotildees que esta tarefa nos coloca Se por um

lado divertem as crianccedilas espicaccedilam a sua curiosidade promovem competecircncias

cognitivas e de oralidade activam a magia por outro satildeo tambeacutem a forma de

concretizarmos alguns dos valores que consideramos aceitaacuteveis e oportunos transmitir

agrave crianccedila

De cada histoacuteria cada crianccedila retiraraacute aquilo que lhe fizer mais sentido em funccedilatildeo das

suas vivecircncias e das suas caracteriacutesticas desenvolvimentais Com a mesma histoacuteria

podemos transmitir um sem-nuacutemero de ensinamentos isso depende em primeira

instacircncia do objectivo de quem a usa e da proacutepria crianccedila

A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais

refinadas como a Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos

limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros

A Menina do Mar eacute uma histoacuteria porventura difiacutecil de entender antes da idade

escolar Para aleacutem da beleza literaacuteria pode permitir-nos transmitir valores ecoloacutegicos

respeito pela Natureza nomeadamente pelas coisas do mar curiosidade na descoberta

e contemplaccedilatildeo do mar e do que ele conteacutem Aleacutem disso e voltando a um dos valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 1564

inerentes a quase todas as histoacuterias - a relaccedilatildeo com os outros - A Menina do Mar

proporciona uma excelente oportunidade de ensinar a crianccedila a respeitar e a aceitar as

diferenccedilas e ainda a importacircncia de fazer amigos

Nas histoacuterias tal como na vida por vezes tambeacutem haacute situaccedilotildees desconcertantes e ainda

bem que as histoacuterias contemplam estas situaccedilotildees Satildeo uma oacuteptima oportunidade para a

crianccedila se organizar e aprender a lidar com os medos os obstaacuteculos e frustraccedilotildees com

que se iraacute confrontar ao longo da vida Eacute importante que o crescimento se faccedila ainda

que ao niacutevel do imaginaacuterio e simboacutelico assente em valores reais

In O conto na vida da crianccedila In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-

06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$o-conto-na-vida-da-criancagt

Dossier temaacutetico sobre Valores 1664

VALORES

Os valores correspondem a maneiras de ser ou de agir reconhecidas como desejaacuteveis

Genericamente pode dizer-se que natildeo eacute possiacutevel a existecircncia de um grupo humano

sem que tenham sido definidos impliacutecita ou explicitamente os seus valores A

expressatildeo escrita e oral os siacutembolos os objectos satildeo meios de que os indiviacuteduos e os

grupos dispotildeem para aceder aos valores

Tecircm sido objecto de estudo em Sociologia questotildees como a do modo como evoluem os

valores o modo como os valores satildeo vividos pelos indiviacuteduos e pelos grupos e a

possibilidade ou impossibilidade de se falar em sociedades globais

No estrutural-funcionalismo de T Parsons os valores partilhados interiorizados satildeo

vistos como desempenhando um papel decisivo na integraccedilatildeo social em qualquer

sociedade Os criacuteticos deste ponto de vista defendem que a integraccedilatildeo social natildeo

depende num grau tatildeo absoluto da partilha de valores Argumenta-se que os valores

podem ser aceites por motivos pragmaacuteticos mais do que normativos e que as

estruturas sociais podem impor-se para aleacutem da interiorizaccedilatildeo dos valores Sobretudo

a maioria dos socioacutelogos reconhece actualmente que uma sociedade pode existir

mesmo que seja atravessada por divergecircncias a niacutevel dos valores

Valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-06] Disponiacutevel na

www ltURL httpwwwinfopediapt$valoresgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 1764

CRISE DOS VALORES TRADICIONAIS

Em pleno seacuteculo XXI quase toda a sociedade considera que existe uma crise de valores

ou pelo menos a falecircncia dos tradicionais Mas desde sempre esta consciecircncia de crise

de valores existiu numa perspectiva geograacutefica mais restrita e sem as dimensotildees de

generalizaccedilatildeo como sucede hoje A globalizaccedilatildeo econoacutemica e o neoliberalismo o

individualismo e o relativismo a par do progresso tecnoloacutegico aceleraram a toma de

consciecircncia de crise de valores por parte da populaccedilatildeo Por um lado esbateram-se ou jaacute

natildeo existem mesmo criteacuterios seguros para distinccedilatildeo do bem e do mal do justo e do

injusto entre outras categorias morais e pessoais imperando pois a subjectividade e o

relativismo Radicalmente alguns vatildeo mais longe e afirmam mesmo que jaacute natildeo existem

sequer valores tudo eacute circunstancial O que era antes intemporal e inalteraacutevel eacute agora

volaacutetil ou inconsistente passando-se do relativismo agrave descrenccedila niilista absoluta

As principais causas para a crise de valores satildeo

- a desvalorizaccedilatildeo da tradiccedilatildeo quer atraveacutes do marxismo que tudo subjuga agrave histoacuteria e

ao plano social desvalorizando os valores antigos da burguesia dos opressores que

substitui pelos do povo trabalhador quer atraveacutes de Nietzsche e a sua negaccedilatildeo dos

valores absolutos ou mesmo com Freud que tornou os valores morais como produto

de mecanismos mentais repressivos

- a crise na instituiccedilatildeo familiar das suas relaccedilotildees do proacuteprio modelo de famiacutelia

primeira fonte de transmissatildeo de valores O aumento de divoacutercios separaccedilotildees

violecircncia domeacutestica pressotildees econoacutemicas e stress social das famiacutelias podem prejudicar

tambeacutem a transmissatildeo de valores seguros aos filhos

- modificaccedilotildees de ordem material nos aspectos tecnoloacutegico e cientiacutefico e as sucessivas

mutaccedilotildees econoacutemicas podem conduzir ao distanciamento cada vez maior da sociedade

moderna face aos valores tradicionais

- menor peso dos bons costumes e da cultura popular na sociedade moderna visiacutevel na

descrenccedila nos valores absolutos e na moral social substituiacuteda pela moral autoacutenoma e

pelo relativismo

A sociedade hoje em dia tornou-se mais aberta e plural mais intercultural assumindo

melhor as diferenccedilas mas tambeacutem tornando-se mais insegura violenta tendendo para

a repressatildeo e ateacute para um individualismo egoiacutesta e esvaziado de valores de relaccedilotildees

Dossier temaacutetico sobre Valores 1864

interpessoais Para muitos analistas natildeo existe crise antes abertura para outros a

maior crise eacute a incapacidade humana de enfrentar o problema da crise de valores pois

subsiste a ideia de que nas democracias natildeo haacute valores impessoais ou suprapessoais

parecendo que cada um escolhe os seus Alguns autores sugerem que a crise natildeo seraacute

apenas de valores mas tambeacutem de referecircncias estaacuteveis e soacutelidas

Crise dos Valores Tradicionais In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-

06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$crise-dos-valores-tradicionaisgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 1964

O QUE SAtildeO VALORES

O QUE DISTINGUE UM FACTO DE UM VALOR

PESQUISA

O homem vive toma partido crecirc numa multiplicidade de valores hierarquiza-os e daacute

assim sentido agrave sua existecircncia mediante opccedilotildees que ultrapassam incessantemente as

fronteiras do seu conhecimento efectivo No homem que pensa esta questatildeo soacute pode

ser raciocinada no sentido em que para fazer a siacutentese entre aquilo que ele crecirc e

aquilo que ele sabe ele soacute pode utilizar uma reflexatildeo quer prolongando o saber quer

opondo-se a ele num esforccedilo criacutetico para determinar as suas fronteiras actuais e

legitimar a hierarquizaccedilatildeo dos valores que o ultrapassam Esta siacutentese raciocinada

entre as crenccedilas quaisquer que elas sejam e as condiccedilotildees do saber constituiacute aquilo que

noacutes chamamos uma sabedoria e eacute este que nos parece ser o objecto da filosofia

Jean Piaget Sageza e Ilusatildeo da Filosofia

Dossier temaacutetico sobre Valores 2064

SIacuteNTESE

1 Valores

1 Quando decidimos fazer algo estamos a realizar uma escolha Manifestamos certas

preferecircncias por umas coisas em vez de outras Evocamos entatildeo certos motivos para

justificar as nossas decisotildees

2 Factos e valores

Todos estes motivos podem ser apoiados em factos mas tecircm sempre impliacutecitos certos

valores que justificam ou legitimam as nossas preferecircncias

Exemplo O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi o dia mais importante

da semana era um domingo

Facto O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi efectivamente um

domingo

Valor impliacutecito O domingo como o dia mais importante entre os

dias da semana

3Facto

Um facto eacute algo que algo que pode ser comprovado sobre o qual podemos dizer que a

afirmaccedilatildeo eacute verdadeira ou falsa Os factos satildeo igualmente susceptiacuteveis de gerarem

consensos universais

4 Valor

Podemos definir os valorespartindo das vaacuterias dimensotildees em que usamos

a) os valores satildeo criteacuterios segundo os quais valorizamos ou desvalorizamos as

coisas

Dossier temaacutetico sobre Valores 2164

b) Os valores satildeo as razotildees que justificam ou motivam as nossas acccedilotildees tornando-

as preferiacuteveis a outras

Os valores reportam-se em geral sempre a acccedilotildees justificam-nas

Exemplo Participar numa manifestaccedilatildeo a favor do povo timorensepode significar que

atribuiacutemos agrave Solidariedade uma enorme importacircncia A solidariedade eacute neste caso o

valor que justifica ou explica a nossa acccedilatildeo

Ao contraacuterio dos factos os valores apenas implicam a adesatildeo de grupos restritos Nem

todos possuiacutemos os mesmos valores nem valorizamos as coisas da mesma forma

5 Tipos de valores

Os valores natildeo satildeo coisas nem simples ideias que adquirimos mas conceitos que

traduzem as nossas preferecircncias Existe uma enorme diversidade de valores podemos

agrupaacute-los quanto agrave sua natureza da seguinte forma

Valores eacuteticos os que se referem agraves normas ou criteacuterios de conduta que afectam todas

as aacutereas da nossa actividade Exemplos Solidariedade Honestidade Verdade

Lealdade Bondade Altruiacutesmo

Valores esteacuteticos os valores de expressatildeo Exemplo Harmonia Belo Feio Sublime

Traacutegico

Valores religiosos os que dizem respeito agrave relaccedilatildeo do homem com a transcendecircncia

Exemplos Sagrado Pureza Santidade Perfeiccedilatildeo

Valores poliacuteticos Justiccedila Igualdade Imparcialidade Cidadania Liberdade

Valores vitais Sauacutede Forccedila

6 Hierarquizaccedilatildeo dos Valores

Natildeo atribuiacutemos a todos os nossos valores a mesma importacircncia Na hora de tomar

uma decisatildeo cada um de noacutes hierarquiza os valores de forma muito diversa A

Dossier temaacutetico sobre Valores 2264

hierarquizaccedilatildeo eacute a propriedade que tem os valores de se subordinarem uns aos outros

isto eacute de serem uns mais valiosos que outros As razotildees porque o fazemos satildeo

muacuteltiplas

Exemplo

A maioria da populaccedilatildeo mundial continua a passar graves carecircncias alimentares

Todos os anos morrem milhotildees de pessoas por subnutriccedilatildeo Natildeo eacute de querer que

hierarquia dos seus valores destas pessoas a satisfaccedilatildeo das suas necessidades

bioloacutegicas natildeo esteja logo em primeiro lugar

7 Polaridade dos Valores

Os nossos valores tendem a organizar-se em termos de oposiccedilotildees ou polaridades

Preferimos e opomos a Verdade agrave Mentira a Justiccedila agrave Injusticcedila o Bem ao Mal a beleza

agrave fealdade a genorosidade agrave mesquinhecircs A palavra valor costuma apenas ser aplicada

num sentido positivo Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de

estima positiva ou negativamente Valor eacute tanto o Bem como o Mal o Justo como

Injusto

Carlos Fontes

In httpafilosofianosapopt10valoreshtm~

Dossier temaacutetico sobre Valores 2364

PERTINEcircNCIA DE VALORES

Durkheim considerava que os valores miacuteticos e religiosos que funcionaram como

crenccedilas nas sociedades tradicionais serviram para exercer o controlo e a coesatildeo sociais

e para inspirar as avaliaccedilotildees e as motivaccedilotildees das pessoas Eacute assim que nas sociedades

tradicionais de solidariedade mecacircnica os indiviacuteduos estatildeo integrados por valores

comuns que se lhes impotildeem garantindo a coesatildeo social Jaacute nas sociedades modernas

de solidariedade orgacircnica verifica-se segundo Durkheim uma erosatildeo dos valores

graccedilas ao aumento do individualismo e agrave desintegraccedilatildeo das ligaccedilotildees sociais originadas

pelo desenvolvimento da divisatildeo do trabalho

Parsons (1951) que consagrou a existecircncia de quatro subsistemas interdependentes -

cultural poliacutetico econoacutemico societal - remete cada um deles para quatro tipos de

valores O subsistema cultural manteacutem os modelos valorizados da acccedilatildeo o subsistema

poliacutetico assegura a funccedilatildeo de realizaccedilatildeo das finalidades colectivas o subsistema

societal assegura a funccedilatildeo de integraccedilatildeo social dos indiviacuteduos e o econoacutemico a funccedilatildeo

de adaptaccedilatildeo (controlo exploraccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio ambiente) Satildeo portanto

os sistemas que asseguram a funccedilatildeo de reproduccedilatildeo dos valores

A questatildeo da pertinecircncia dos valores coloca a relaccedilatildeo entre os valores (morais

religiosos poliacuteticos esteacuteticos) e as culturas na proacutepria medida em que existem relaccedilotildees

entre as formas de vida ou as visotildees do mundo e o quadro de valores que as orientam

Haacute uma multiplicidade de valores variando estes conforme as sociedades e as

culturas e tambeacutem conforme as eacutepocas histoacutericas por isso se fala da relatividade

histoacuterica dos valores Ora a pluralidade dos valores eacute acompanhada tambeacutem da

existecircncia de sistemas de valores relativamente abertos Novos valores podem sempre

vir a integrar um sistema (moral poliacutetico cultural ou religioso) desde que seja

assegurada uma coerecircncia miacutenima entre os valores de um mesmo sistema Com efeito

uma cultura de valores democraacuteticos por exemplo eacute incompatiacutevel com o autoritarismo

e o totalitarismo como uma cultura que reconhece o valor da infacircncia e os direitos da

crianccedila eacute incompatiacutevel com a exploraccedilatildeo da crianccedila

Poreacutem sistemas de valores diferenciados podem coexistir numa mesma sociedade

valores de grupos poliacuteticos diferentes de etnias diversas de comunidades religiosas

diferentes valores hedonistas que se opotildeem aos valores do trabalho e da eficaacutecia os

valores da poupanccedila e do patrimoacutenio em oposiccedilatildeo ao consumismo desenfreado os

Dossier temaacutetico sobre Valores 2464

valores do ser e da pessoa em oposiccedilatildeo aos valores do ter e do poder financeiro etc

Esta diversidade de valores pode provocar conflitos cuja resposta poderaacute implicar que

uma hierarquia de pertinecircncias seja estabelecida Com efeito existem conflitos de

valores no seio da famiacutelia (entre as geraccedilotildees por exemplo) nas empresas (entre a

eficaacutecia econoacutemica o lucro o melhoramento das condiccedilotildees de trabalho o serviccedilo agrave

comunidade etc) ao niacutevel das argumentaccedilotildees de valores num

tribunal ou nos debates puacuteblicos sobre processos judiciais (o respeito devido agraves viacutetimas

e o direito do culpado agrave sua defesa por exemplo) conflitos entre o valor da famiacutelia e a

obrigaccedilatildeo do trabalho (conflito que se potildee muitas vezes agraves matildees que trabalham fora

de casa e tecircm filhos pequenos) etc

Para aleacutem dos aspectos ligados agrave pluralidade dos valores assistimos hoje nas

sociedades democraacuteticas contemporacircneas a uma evoluccedilatildeo dos sistemas de valores e a

uma alteraccedilatildeo da sua hierarquia de pertinecircncia expressas na importacircncia crescente dos

novos valores ligados agrave ecologia agrave defesa do meio ambiente e ao novo conceito de

desenvolvimento sustentado dos valores da solidariedade da cidadania e da

toleracircncia que orientam hoje um novo tipo de acccedilatildeo colectiva (exercido em termos de

voluntariado eou por Organizaccedilotildees Natildeo-Governamentais (ONG) como os meacutedicos

sem fronteiras as associaccedilotildees de protecccedilatildeo e defesa das crianccedilas e das mulheres

viacutetimas de maus tratos as associaccedilotildees de defesa das minorias do consumidor de

assistecircncia aos doentes com sida etc) assim como se assiste a uma evoluccedilatildeo dos

valores ligados agrave mundializaccedilatildeo que orientam instituiccedilotildees e convenccedilotildees internacionais

Pertinecircncia de valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-07]

Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$pertinencia-de-valoresgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 2564

DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E

SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA

Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os

valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute

quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os

valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi

publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio

quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o

egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que

promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de

etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo

excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores

da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo

lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais

entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos

professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas

desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os

docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila

Foto Pintura de Salvador Dali

In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml

Dossier temaacutetico sobre Valores 2664

A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA

Adolfo S Suaacuterez

Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso

de Teologia do Unasp

Centro Universitaacuterio Adventista

Campus Engenheiro Coelho (SP)

adolfosuarezunaspedubr

Introduccedilatildeo

1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores

11 Definiccedilotildees

12 Modelos de valores em sala de aula

121 Valores absolutos

122 Valores relativos

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

13 Classificaccedilatildeo de valores

14 Conclusatildeo parcial

2 Valores que devem ser ensinados

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

23 Conclusatildeo parcial

3 A transmissatildeo de valores

31 Como se aprendem os valores

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

33 A idade e o ensino de valores

34 Conclusatildeo parcial

Consideraccedilotildees finais

Referecircncias bibliograacuteficas

Dossier temaacutetico sobre Valores 2764

Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo

Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde

Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula

The issue of values in the classroom

Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary

Education based on a Christian pedagogical practice

Keywords values christian education classroom

Dossier temaacutetico sobre Valores 2864

INTRODUCcedilAtildeO

Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS

2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da

experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e

cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e

espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)

Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas

fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade

promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a

inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)

No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de

estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das

faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)

Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo

meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo

quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e

aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)

Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido

vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo

no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar

desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de

professores ldquoconteudistasrdquo

Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser

mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno

porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de

apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa

formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores

Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-

se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo

da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados

Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores

1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES

1 1 Definiccedilotildees

Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade

humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua

conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja

valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)

independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de

caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)

Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo

Dossier temaacutetico sobre Valores 2964

Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao

satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa

qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto

deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo

racional humano (2001 p 44)

No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS

pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores

significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno

seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais

lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que

promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os

princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o

seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o

respeito e a cooperaccedilatildeo

Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante

descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade

(1997 p 79)

12 Modelos de valores em sala de aula

Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores

Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)

121 Valores absolutos

Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e

normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma

autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos

indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave

medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo

previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios

mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo

O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para

conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de

que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3064

122 Valores relativos

Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute

baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da

verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio

mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela

praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia

pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc

A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o

que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de

tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no

momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros

possam pensar

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3164

Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o

trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua

autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e

normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam

orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os

valores

Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que

determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura

que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a

escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se

oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem

possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo

Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de

determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes

puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para

todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar

os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns

13 Classificaccedilatildeo de valores

Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da

seguinte maneira numa escala ascendente

(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc

(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc

(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc

(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc

(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc

(f) Valores religiosos sagrado profano etc

De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em

Dossier temaacutetico sobre Valores 3264

(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam

rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar

(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute

dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel

satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para

Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos

sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos

gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e

prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos

(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)

(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo

pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real

exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato

boa-feacutemaacute-feacute etc)

(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)

(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia

autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da

vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees

pessoais etc

(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano

14 Conclusatildeo parcial

Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do

comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta

particular

Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta

temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e

autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em

valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos

A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados

educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados

2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados

Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio

de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados

ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA

chama de mandamentos satildeo os seguintes

Dossier temaacutetico sobre Valores 3364

(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o

bem

(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica

Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila

(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso

caraacuteter

(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio

entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato

(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)

(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado

(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a

ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia

com a sabedoria

(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em

noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional

(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser

motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas

uacuteteis ou prazeres

(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem

cair no narcisismo) e o amor pelos outros

(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos

felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com

tudo e todos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3464

O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro

Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz

que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas

geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho

humildade sabedoria respeito e solidariedade

Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de

Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os

seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da

atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo

mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom

humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto

valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante

da TV liberdade e obediecircncia

Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da

temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila

coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e

harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico

compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees

Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro

primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de

Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e

transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade

Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto

que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia

integridade equiliacutebrio e pessoalidade

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-

aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito

famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem

apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de

eternidade

Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as

Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino

Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo

Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais

importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram

escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam

agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo

Dossier temaacutetico sobre Valores 3564

Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia

(accedilatildeo) Perdatildeo

Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia

(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo

Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia

(pensamento) Previsatildeo

Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave

famiacutelia Individualidade Propoacutesito

Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade

Dossier temaacutetico sobre Valores 3664

Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza

Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade

Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo

proacutepria

Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo

Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo

Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo

Abertura Entusiasmo Interesse Respeito

Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio

Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade

Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia

Auto-motivaccedilatildeo para

desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede

Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade

Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila

Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade

Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade

eacutetica

Carinho Flexibilidade no juiacutezo

moral Meditaccedilatildeo

Sentido de

comunidade

Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo

Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia

Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade

Compreensatildeo da

verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade

Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento

Consciecircncia dos

assuntos morais e

religiosos

Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato

Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila

Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura

Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia

Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade

Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade

Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo

pessoal

Cortesia Humor Patriotismo Veracidade

Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude

Cumprimento dos

deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva

23 Conclusatildeo parcial

Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis

cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a

sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula

um importante ofiacutecio para todo educador

3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES

Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos

numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a

quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais

envolvidos em todo esse processo

Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente

pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir

em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3764

31 Como se aprendem os valores

Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que

demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras

(MARQUES 2001 p 44)

(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados

(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica

em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto

(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os

valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade

assimilamos a honestidade

(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos

loacutegicos e discursivos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3864

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o

factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)

O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da

crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor

da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para

exemplificaacute-la etc

Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores

demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a

veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel

relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o

relacionamento proacuteximo

O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido

consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso

exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa

situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e

sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre

sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar

dinheiro Por quecircrdquo

33 A idade e o ensino de valores

De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos

de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo

das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo

tem muita influecircncia

Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia

moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees

dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila

obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque

isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal

Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem

desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido

sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos

actos

34Conclusatildeo parcial

Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses

valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos

rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis

de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado

de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)

chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)

Dossier temaacutetico sobre Valores 3964

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que

determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que

a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos

e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores

podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e

religiosos

Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam

conviver bem consigo mesmos e com a sociedade

Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o

ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional

e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa

Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo

desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na

transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe

um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a

educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual

entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde

Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de

motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe

uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores

Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente

Precisamos educar o estudante plenamente

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed

Petroacutepolis RJ Vozes 2000

BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais

Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997

BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales

Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997

Dossier temaacutetico sobre Valores 4064

CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003

CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a

Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas

Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b

LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo

Paulo Vida 2001

MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000

MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001

PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991

SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995

YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de

Moraes Porto Alegre Artmed 2002

Dossier temaacutetico sobre Valores 4164

O PODER DOS CONTOS INFANTIS

Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada

Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e

agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre

Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em

geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo

deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o

fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma

contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado

Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo

dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de

uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de

exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura

racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar

Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do

qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do

abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip

Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam

sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a

cobardia

O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o

estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso

encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e

prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e

vencer o mal

Dossier temaacutetico sobre Valores 4264

Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique

completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o

sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes

sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo

com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute

mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los

interpretaacute-los e ultrapassaacute-los

Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente

nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se

enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de

forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais

como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel

estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a

questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim

zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila

moral dos contos infantis

Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar

duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a

crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso

sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-

se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada

In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm

Dossier temaacutetico sobre Valores 4364

Dicionaacuterio de Valores

(Infopeacutedia)

afecto

amizade

autodisciplina

civismo

confianccedila

disciplina

honestidade

integridade

integro

justiccedila

lealdade

liberdade

partilha

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

respeito

responsabilidade

responsaacutevel

solidariedade

solidaacuterio

toleracircncia

valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 4464

afecto

afecto n adj sentimento de apego e ()

afecto forma do verbo afectar

afecto

nome masculino

1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo

2 amizade

3 amor

4 carinho

5 inclinaccedilatildeo

adjectivo

1 afeiccediloado dedicado

2 destinado

3 ligado dependente

(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)

amizade

nome feminino

1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia

2 camaradagem companheirismo cumplicidade

3 entendimento compreensatildeo

4 dedicaccedilatildeo bondade

5 pessoa amiga

(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4564

autodisciplina

nome feminino

1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo

2 capacidade de se disciplinar

(De auto-+disciplina)

civismo

nome masculino

1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico

2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas

suas instituiccedilotildees

(Do fr civisme laquoidraquo)

confianccedila

nome feminino

1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor

2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza

3 creacutedito

4 acircnimo

5 popular ousadia atrevimento

6 popular familiaridade

abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo

que se ocupa

dar confianccedila permitir certa familiaridade

ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza

tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade

(Do fr confiance laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4664

disciplina

disciplina n conjunto de regras ou ()

disciplina forma do verbo disciplinar

disciplina

nome feminino

1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou

colectividade

2 observacircncia das regras obediecircncia

3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a

respeitar regras ou conseguir resultados

4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de

um estabelecimento escolar

5 autoridade

6 castigo mortificaccedilatildeo

7 [plural] correias para accediloitar

(Do lat disciplina- laquoidraquo)

honestidade

nome feminino

1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade

probidade

2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade

3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia

(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4764

integridade

nome feminino

1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade

2 qualidade do que eacute iacutentegro

3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade

(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)

integro [integro]

adjectivo

1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO

2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO

justiccedila

justiccedila n virtude moral que inspira ()

justiccedila forma do verbo justiccedilar

justiccedila

nome feminino

1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a

atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade

2 conformidade com o direito estabelecido

3 poder de aplicar as leis poder judicial

4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees

5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do

poder judicial

6 conjunto dos magistrados a magistratura

Dossier temaacutetico sobre Valores 4864

7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda

por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada

na outra

8 popular funcionaacuterios de um tribunal

justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor

das coisas trocadas

justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e

dos encargos consoante a qualidade das pessoas

justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial

justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer

positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus

membros

popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos

com justiccedila de maneira justa e imparcial

dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio

em boa justiccedila segundo o que eacute devido

fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes

(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)

lealdade

nome feminino

qualidade de leal fidelidade sinceridade

(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4964

liberdade

nome feminino

1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua

natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo

livre)

2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo

ou de acccedilatildeo)

3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e

independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de

decisatildeo)

4 livre arbiacutetrio

5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)

6 personificaccedilatildeo das ideias liberais

7 toleracircncia

8 licenccedila autorizaccedilatildeo

9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada

10 figurado franqueza

11 [plural] regalias imunidades

liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas

que se julgarem verdadeiras

liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem

impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela

lei

LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e

sintaacutecticas em poesia

(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5064

partilha

nome feminino

1 acto ou efeito de partilhar

2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa

3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio

4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila

5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente

entre duas ou mais pessoas

(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

nome feminino

1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar

2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo

3 desassossego

4 ideia fixa

5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo

(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)

respeito

respeito n acto ou efeito de ()

respeito forma do verbo respeitar

respeito

nome masculino

1 acto ou efeito de respeitar

2 consideraccedilatildeo apreccedilo

3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo

4 homenagem culto

5 temor receio

Dossier temaacutetico sobre Valores 5164

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 14: Valor Es Final

Deste modo quando o filho adolescente ou o filho jovem daacute prioridade a alguns

valores como fundamento para apoiar a sua vida tem jaacute como em depoacutesito uns

valores que anteriormente assumiu e integrou quase sem dar por isso contagiados ou

emprestados pelos seus pais

Estes valores familiares descobertos na convivecircncia do lar paterno nas relaccedilotildees diaacuterias

de pais e filhos de irmatildeos de diferentes idades traduzem-se ndash como efeito de

descoberta ndash em motivos Em consequecircncia a conduta de cada filho estaraacute motivada

desde o principio a sua vontade estaraacute motivada

Penso por contraste em tantos filhos desmotivados antes e durante a sua adolescecircncia

quando os primeiros responsaacuteveis da famiacutelia natildeo se propuseram ou natildeo souberam

criar este a ambiente familiar cimentado na sinceridade na generosidade na lealdade

na laboriosidade no optimismo na compreensatildeo exigente no respeito confiado na

disponibilidade na gratidatildeo na amizade e noutros valores humanos

Oliveros Otero

In httpfamiliaaaldeianetvalores-na-familia

Dossier temaacutetico sobre Valores 1464

O CONTO NA VIDA DA CRIANCcedilA

A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais

refinadas como A Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos

limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros

Perde-se no tempo a origem e importacircncia do conto na educaccedilatildeo da crianccedila Quantas

vezes pais e educadores a braccedilos com a explicaccedilatildeo de algo mais complexo aos nossos

filhos nos socorremos de uma histoacuteria que simplifique a nossa tarefa por um lado e

por outro facilite a compreensatildeo por parte da crianccedila daquilo que verdadeiramente lhe

queremos transmitir

Passar valores agrave crianccedila eacute algo complexo Esta missatildeo implica normalmente conceitos

que fazem apelo a abstracccedilotildees competecircncias impossiacuteveis de usar pela crianccedila nas

etapas mais precoces do desenvolvimento As histoacuterias satildeo por isso um meio

facilitador de resolver algumas das questotildees que esta tarefa nos coloca Se por um

lado divertem as crianccedilas espicaccedilam a sua curiosidade promovem competecircncias

cognitivas e de oralidade activam a magia por outro satildeo tambeacutem a forma de

concretizarmos alguns dos valores que consideramos aceitaacuteveis e oportunos transmitir

agrave crianccedila

De cada histoacuteria cada crianccedila retiraraacute aquilo que lhe fizer mais sentido em funccedilatildeo das

suas vivecircncias e das suas caracteriacutesticas desenvolvimentais Com a mesma histoacuteria

podemos transmitir um sem-nuacutemero de ensinamentos isso depende em primeira

instacircncia do objectivo de quem a usa e da proacutepria crianccedila

A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais

refinadas como a Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos

limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros

A Menina do Mar eacute uma histoacuteria porventura difiacutecil de entender antes da idade

escolar Para aleacutem da beleza literaacuteria pode permitir-nos transmitir valores ecoloacutegicos

respeito pela Natureza nomeadamente pelas coisas do mar curiosidade na descoberta

e contemplaccedilatildeo do mar e do que ele conteacutem Aleacutem disso e voltando a um dos valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 1564

inerentes a quase todas as histoacuterias - a relaccedilatildeo com os outros - A Menina do Mar

proporciona uma excelente oportunidade de ensinar a crianccedila a respeitar e a aceitar as

diferenccedilas e ainda a importacircncia de fazer amigos

Nas histoacuterias tal como na vida por vezes tambeacutem haacute situaccedilotildees desconcertantes e ainda

bem que as histoacuterias contemplam estas situaccedilotildees Satildeo uma oacuteptima oportunidade para a

crianccedila se organizar e aprender a lidar com os medos os obstaacuteculos e frustraccedilotildees com

que se iraacute confrontar ao longo da vida Eacute importante que o crescimento se faccedila ainda

que ao niacutevel do imaginaacuterio e simboacutelico assente em valores reais

In O conto na vida da crianccedila In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-

06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$o-conto-na-vida-da-criancagt

Dossier temaacutetico sobre Valores 1664

VALORES

Os valores correspondem a maneiras de ser ou de agir reconhecidas como desejaacuteveis

Genericamente pode dizer-se que natildeo eacute possiacutevel a existecircncia de um grupo humano

sem que tenham sido definidos impliacutecita ou explicitamente os seus valores A

expressatildeo escrita e oral os siacutembolos os objectos satildeo meios de que os indiviacuteduos e os

grupos dispotildeem para aceder aos valores

Tecircm sido objecto de estudo em Sociologia questotildees como a do modo como evoluem os

valores o modo como os valores satildeo vividos pelos indiviacuteduos e pelos grupos e a

possibilidade ou impossibilidade de se falar em sociedades globais

No estrutural-funcionalismo de T Parsons os valores partilhados interiorizados satildeo

vistos como desempenhando um papel decisivo na integraccedilatildeo social em qualquer

sociedade Os criacuteticos deste ponto de vista defendem que a integraccedilatildeo social natildeo

depende num grau tatildeo absoluto da partilha de valores Argumenta-se que os valores

podem ser aceites por motivos pragmaacuteticos mais do que normativos e que as

estruturas sociais podem impor-se para aleacutem da interiorizaccedilatildeo dos valores Sobretudo

a maioria dos socioacutelogos reconhece actualmente que uma sociedade pode existir

mesmo que seja atravessada por divergecircncias a niacutevel dos valores

Valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-06] Disponiacutevel na

www ltURL httpwwwinfopediapt$valoresgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 1764

CRISE DOS VALORES TRADICIONAIS

Em pleno seacuteculo XXI quase toda a sociedade considera que existe uma crise de valores

ou pelo menos a falecircncia dos tradicionais Mas desde sempre esta consciecircncia de crise

de valores existiu numa perspectiva geograacutefica mais restrita e sem as dimensotildees de

generalizaccedilatildeo como sucede hoje A globalizaccedilatildeo econoacutemica e o neoliberalismo o

individualismo e o relativismo a par do progresso tecnoloacutegico aceleraram a toma de

consciecircncia de crise de valores por parte da populaccedilatildeo Por um lado esbateram-se ou jaacute

natildeo existem mesmo criteacuterios seguros para distinccedilatildeo do bem e do mal do justo e do

injusto entre outras categorias morais e pessoais imperando pois a subjectividade e o

relativismo Radicalmente alguns vatildeo mais longe e afirmam mesmo que jaacute natildeo existem

sequer valores tudo eacute circunstancial O que era antes intemporal e inalteraacutevel eacute agora

volaacutetil ou inconsistente passando-se do relativismo agrave descrenccedila niilista absoluta

As principais causas para a crise de valores satildeo

- a desvalorizaccedilatildeo da tradiccedilatildeo quer atraveacutes do marxismo que tudo subjuga agrave histoacuteria e

ao plano social desvalorizando os valores antigos da burguesia dos opressores que

substitui pelos do povo trabalhador quer atraveacutes de Nietzsche e a sua negaccedilatildeo dos

valores absolutos ou mesmo com Freud que tornou os valores morais como produto

de mecanismos mentais repressivos

- a crise na instituiccedilatildeo familiar das suas relaccedilotildees do proacuteprio modelo de famiacutelia

primeira fonte de transmissatildeo de valores O aumento de divoacutercios separaccedilotildees

violecircncia domeacutestica pressotildees econoacutemicas e stress social das famiacutelias podem prejudicar

tambeacutem a transmissatildeo de valores seguros aos filhos

- modificaccedilotildees de ordem material nos aspectos tecnoloacutegico e cientiacutefico e as sucessivas

mutaccedilotildees econoacutemicas podem conduzir ao distanciamento cada vez maior da sociedade

moderna face aos valores tradicionais

- menor peso dos bons costumes e da cultura popular na sociedade moderna visiacutevel na

descrenccedila nos valores absolutos e na moral social substituiacuteda pela moral autoacutenoma e

pelo relativismo

A sociedade hoje em dia tornou-se mais aberta e plural mais intercultural assumindo

melhor as diferenccedilas mas tambeacutem tornando-se mais insegura violenta tendendo para

a repressatildeo e ateacute para um individualismo egoiacutesta e esvaziado de valores de relaccedilotildees

Dossier temaacutetico sobre Valores 1864

interpessoais Para muitos analistas natildeo existe crise antes abertura para outros a

maior crise eacute a incapacidade humana de enfrentar o problema da crise de valores pois

subsiste a ideia de que nas democracias natildeo haacute valores impessoais ou suprapessoais

parecendo que cada um escolhe os seus Alguns autores sugerem que a crise natildeo seraacute

apenas de valores mas tambeacutem de referecircncias estaacuteveis e soacutelidas

Crise dos Valores Tradicionais In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-

06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$crise-dos-valores-tradicionaisgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 1964

O QUE SAtildeO VALORES

O QUE DISTINGUE UM FACTO DE UM VALOR

PESQUISA

O homem vive toma partido crecirc numa multiplicidade de valores hierarquiza-os e daacute

assim sentido agrave sua existecircncia mediante opccedilotildees que ultrapassam incessantemente as

fronteiras do seu conhecimento efectivo No homem que pensa esta questatildeo soacute pode

ser raciocinada no sentido em que para fazer a siacutentese entre aquilo que ele crecirc e

aquilo que ele sabe ele soacute pode utilizar uma reflexatildeo quer prolongando o saber quer

opondo-se a ele num esforccedilo criacutetico para determinar as suas fronteiras actuais e

legitimar a hierarquizaccedilatildeo dos valores que o ultrapassam Esta siacutentese raciocinada

entre as crenccedilas quaisquer que elas sejam e as condiccedilotildees do saber constituiacute aquilo que

noacutes chamamos uma sabedoria e eacute este que nos parece ser o objecto da filosofia

Jean Piaget Sageza e Ilusatildeo da Filosofia

Dossier temaacutetico sobre Valores 2064

SIacuteNTESE

1 Valores

1 Quando decidimos fazer algo estamos a realizar uma escolha Manifestamos certas

preferecircncias por umas coisas em vez de outras Evocamos entatildeo certos motivos para

justificar as nossas decisotildees

2 Factos e valores

Todos estes motivos podem ser apoiados em factos mas tecircm sempre impliacutecitos certos

valores que justificam ou legitimam as nossas preferecircncias

Exemplo O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi o dia mais importante

da semana era um domingo

Facto O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi efectivamente um

domingo

Valor impliacutecito O domingo como o dia mais importante entre os

dias da semana

3Facto

Um facto eacute algo que algo que pode ser comprovado sobre o qual podemos dizer que a

afirmaccedilatildeo eacute verdadeira ou falsa Os factos satildeo igualmente susceptiacuteveis de gerarem

consensos universais

4 Valor

Podemos definir os valorespartindo das vaacuterias dimensotildees em que usamos

a) os valores satildeo criteacuterios segundo os quais valorizamos ou desvalorizamos as

coisas

Dossier temaacutetico sobre Valores 2164

b) Os valores satildeo as razotildees que justificam ou motivam as nossas acccedilotildees tornando-

as preferiacuteveis a outras

Os valores reportam-se em geral sempre a acccedilotildees justificam-nas

Exemplo Participar numa manifestaccedilatildeo a favor do povo timorensepode significar que

atribuiacutemos agrave Solidariedade uma enorme importacircncia A solidariedade eacute neste caso o

valor que justifica ou explica a nossa acccedilatildeo

Ao contraacuterio dos factos os valores apenas implicam a adesatildeo de grupos restritos Nem

todos possuiacutemos os mesmos valores nem valorizamos as coisas da mesma forma

5 Tipos de valores

Os valores natildeo satildeo coisas nem simples ideias que adquirimos mas conceitos que

traduzem as nossas preferecircncias Existe uma enorme diversidade de valores podemos

agrupaacute-los quanto agrave sua natureza da seguinte forma

Valores eacuteticos os que se referem agraves normas ou criteacuterios de conduta que afectam todas

as aacutereas da nossa actividade Exemplos Solidariedade Honestidade Verdade

Lealdade Bondade Altruiacutesmo

Valores esteacuteticos os valores de expressatildeo Exemplo Harmonia Belo Feio Sublime

Traacutegico

Valores religiosos os que dizem respeito agrave relaccedilatildeo do homem com a transcendecircncia

Exemplos Sagrado Pureza Santidade Perfeiccedilatildeo

Valores poliacuteticos Justiccedila Igualdade Imparcialidade Cidadania Liberdade

Valores vitais Sauacutede Forccedila

6 Hierarquizaccedilatildeo dos Valores

Natildeo atribuiacutemos a todos os nossos valores a mesma importacircncia Na hora de tomar

uma decisatildeo cada um de noacutes hierarquiza os valores de forma muito diversa A

Dossier temaacutetico sobre Valores 2264

hierarquizaccedilatildeo eacute a propriedade que tem os valores de se subordinarem uns aos outros

isto eacute de serem uns mais valiosos que outros As razotildees porque o fazemos satildeo

muacuteltiplas

Exemplo

A maioria da populaccedilatildeo mundial continua a passar graves carecircncias alimentares

Todos os anos morrem milhotildees de pessoas por subnutriccedilatildeo Natildeo eacute de querer que

hierarquia dos seus valores destas pessoas a satisfaccedilatildeo das suas necessidades

bioloacutegicas natildeo esteja logo em primeiro lugar

7 Polaridade dos Valores

Os nossos valores tendem a organizar-se em termos de oposiccedilotildees ou polaridades

Preferimos e opomos a Verdade agrave Mentira a Justiccedila agrave Injusticcedila o Bem ao Mal a beleza

agrave fealdade a genorosidade agrave mesquinhecircs A palavra valor costuma apenas ser aplicada

num sentido positivo Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de

estima positiva ou negativamente Valor eacute tanto o Bem como o Mal o Justo como

Injusto

Carlos Fontes

In httpafilosofianosapopt10valoreshtm~

Dossier temaacutetico sobre Valores 2364

PERTINEcircNCIA DE VALORES

Durkheim considerava que os valores miacuteticos e religiosos que funcionaram como

crenccedilas nas sociedades tradicionais serviram para exercer o controlo e a coesatildeo sociais

e para inspirar as avaliaccedilotildees e as motivaccedilotildees das pessoas Eacute assim que nas sociedades

tradicionais de solidariedade mecacircnica os indiviacuteduos estatildeo integrados por valores

comuns que se lhes impotildeem garantindo a coesatildeo social Jaacute nas sociedades modernas

de solidariedade orgacircnica verifica-se segundo Durkheim uma erosatildeo dos valores

graccedilas ao aumento do individualismo e agrave desintegraccedilatildeo das ligaccedilotildees sociais originadas

pelo desenvolvimento da divisatildeo do trabalho

Parsons (1951) que consagrou a existecircncia de quatro subsistemas interdependentes -

cultural poliacutetico econoacutemico societal - remete cada um deles para quatro tipos de

valores O subsistema cultural manteacutem os modelos valorizados da acccedilatildeo o subsistema

poliacutetico assegura a funccedilatildeo de realizaccedilatildeo das finalidades colectivas o subsistema

societal assegura a funccedilatildeo de integraccedilatildeo social dos indiviacuteduos e o econoacutemico a funccedilatildeo

de adaptaccedilatildeo (controlo exploraccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio ambiente) Satildeo portanto

os sistemas que asseguram a funccedilatildeo de reproduccedilatildeo dos valores

A questatildeo da pertinecircncia dos valores coloca a relaccedilatildeo entre os valores (morais

religiosos poliacuteticos esteacuteticos) e as culturas na proacutepria medida em que existem relaccedilotildees

entre as formas de vida ou as visotildees do mundo e o quadro de valores que as orientam

Haacute uma multiplicidade de valores variando estes conforme as sociedades e as

culturas e tambeacutem conforme as eacutepocas histoacutericas por isso se fala da relatividade

histoacuterica dos valores Ora a pluralidade dos valores eacute acompanhada tambeacutem da

existecircncia de sistemas de valores relativamente abertos Novos valores podem sempre

vir a integrar um sistema (moral poliacutetico cultural ou religioso) desde que seja

assegurada uma coerecircncia miacutenima entre os valores de um mesmo sistema Com efeito

uma cultura de valores democraacuteticos por exemplo eacute incompatiacutevel com o autoritarismo

e o totalitarismo como uma cultura que reconhece o valor da infacircncia e os direitos da

crianccedila eacute incompatiacutevel com a exploraccedilatildeo da crianccedila

Poreacutem sistemas de valores diferenciados podem coexistir numa mesma sociedade

valores de grupos poliacuteticos diferentes de etnias diversas de comunidades religiosas

diferentes valores hedonistas que se opotildeem aos valores do trabalho e da eficaacutecia os

valores da poupanccedila e do patrimoacutenio em oposiccedilatildeo ao consumismo desenfreado os

Dossier temaacutetico sobre Valores 2464

valores do ser e da pessoa em oposiccedilatildeo aos valores do ter e do poder financeiro etc

Esta diversidade de valores pode provocar conflitos cuja resposta poderaacute implicar que

uma hierarquia de pertinecircncias seja estabelecida Com efeito existem conflitos de

valores no seio da famiacutelia (entre as geraccedilotildees por exemplo) nas empresas (entre a

eficaacutecia econoacutemica o lucro o melhoramento das condiccedilotildees de trabalho o serviccedilo agrave

comunidade etc) ao niacutevel das argumentaccedilotildees de valores num

tribunal ou nos debates puacuteblicos sobre processos judiciais (o respeito devido agraves viacutetimas

e o direito do culpado agrave sua defesa por exemplo) conflitos entre o valor da famiacutelia e a

obrigaccedilatildeo do trabalho (conflito que se potildee muitas vezes agraves matildees que trabalham fora

de casa e tecircm filhos pequenos) etc

Para aleacutem dos aspectos ligados agrave pluralidade dos valores assistimos hoje nas

sociedades democraacuteticas contemporacircneas a uma evoluccedilatildeo dos sistemas de valores e a

uma alteraccedilatildeo da sua hierarquia de pertinecircncia expressas na importacircncia crescente dos

novos valores ligados agrave ecologia agrave defesa do meio ambiente e ao novo conceito de

desenvolvimento sustentado dos valores da solidariedade da cidadania e da

toleracircncia que orientam hoje um novo tipo de acccedilatildeo colectiva (exercido em termos de

voluntariado eou por Organizaccedilotildees Natildeo-Governamentais (ONG) como os meacutedicos

sem fronteiras as associaccedilotildees de protecccedilatildeo e defesa das crianccedilas e das mulheres

viacutetimas de maus tratos as associaccedilotildees de defesa das minorias do consumidor de

assistecircncia aos doentes com sida etc) assim como se assiste a uma evoluccedilatildeo dos

valores ligados agrave mundializaccedilatildeo que orientam instituiccedilotildees e convenccedilotildees internacionais

Pertinecircncia de valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-07]

Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$pertinencia-de-valoresgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 2564

DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E

SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA

Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os

valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute

quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os

valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi

publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio

quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o

egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que

promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de

etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo

excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores

da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo

lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais

entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos

professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas

desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os

docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila

Foto Pintura de Salvador Dali

In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml

Dossier temaacutetico sobre Valores 2664

A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA

Adolfo S Suaacuterez

Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso

de Teologia do Unasp

Centro Universitaacuterio Adventista

Campus Engenheiro Coelho (SP)

adolfosuarezunaspedubr

Introduccedilatildeo

1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores

11 Definiccedilotildees

12 Modelos de valores em sala de aula

121 Valores absolutos

122 Valores relativos

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

13 Classificaccedilatildeo de valores

14 Conclusatildeo parcial

2 Valores que devem ser ensinados

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

23 Conclusatildeo parcial

3 A transmissatildeo de valores

31 Como se aprendem os valores

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

33 A idade e o ensino de valores

34 Conclusatildeo parcial

Consideraccedilotildees finais

Referecircncias bibliograacuteficas

Dossier temaacutetico sobre Valores 2764

Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo

Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde

Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula

The issue of values in the classroom

Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary

Education based on a Christian pedagogical practice

Keywords values christian education classroom

Dossier temaacutetico sobre Valores 2864

INTRODUCcedilAtildeO

Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS

2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da

experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e

cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e

espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)

Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas

fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade

promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a

inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)

No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de

estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das

faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)

Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo

meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo

quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e

aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)

Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido

vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo

no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar

desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de

professores ldquoconteudistasrdquo

Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser

mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno

porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de

apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa

formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores

Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-

se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo

da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados

Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores

1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES

1 1 Definiccedilotildees

Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade

humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua

conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja

valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)

independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de

caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)

Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo

Dossier temaacutetico sobre Valores 2964

Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao

satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa

qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto

deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo

racional humano (2001 p 44)

No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS

pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores

significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno

seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais

lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que

promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os

princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o

seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o

respeito e a cooperaccedilatildeo

Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante

descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade

(1997 p 79)

12 Modelos de valores em sala de aula

Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores

Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)

121 Valores absolutos

Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e

normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma

autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos

indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave

medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo

previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios

mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo

O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para

conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de

que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3064

122 Valores relativos

Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute

baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da

verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio

mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela

praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia

pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc

A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o

que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de

tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no

momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros

possam pensar

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3164

Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o

trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua

autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e

normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam

orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os

valores

Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que

determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura

que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a

escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se

oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem

possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo

Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de

determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes

puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para

todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar

os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns

13 Classificaccedilatildeo de valores

Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da

seguinte maneira numa escala ascendente

(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc

(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc

(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc

(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc

(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc

(f) Valores religiosos sagrado profano etc

De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em

Dossier temaacutetico sobre Valores 3264

(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam

rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar

(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute

dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel

satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para

Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos

sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos

gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e

prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos

(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)

(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo

pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real

exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato

boa-feacutemaacute-feacute etc)

(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)

(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia

autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da

vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees

pessoais etc

(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano

14 Conclusatildeo parcial

Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do

comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta

particular

Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta

temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e

autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em

valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos

A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados

educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados

2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados

Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio

de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados

ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA

chama de mandamentos satildeo os seguintes

Dossier temaacutetico sobre Valores 3364

(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o

bem

(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica

Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila

(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso

caraacuteter

(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio

entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato

(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)

(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado

(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a

ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia

com a sabedoria

(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em

noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional

(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser

motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas

uacuteteis ou prazeres

(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem

cair no narcisismo) e o amor pelos outros

(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos

felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com

tudo e todos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3464

O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro

Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz

que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas

geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho

humildade sabedoria respeito e solidariedade

Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de

Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os

seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da

atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo

mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom

humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto

valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante

da TV liberdade e obediecircncia

Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da

temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila

coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e

harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico

compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees

Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro

primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de

Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e

transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade

Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto

que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia

integridade equiliacutebrio e pessoalidade

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-

aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito

famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem

apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de

eternidade

Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as

Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino

Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo

Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais

importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram

escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam

agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo

Dossier temaacutetico sobre Valores 3564

Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia

(accedilatildeo) Perdatildeo

Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia

(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo

Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia

(pensamento) Previsatildeo

Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave

famiacutelia Individualidade Propoacutesito

Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade

Dossier temaacutetico sobre Valores 3664

Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza

Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade

Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo

proacutepria

Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo

Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo

Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo

Abertura Entusiasmo Interesse Respeito

Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio

Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade

Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia

Auto-motivaccedilatildeo para

desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede

Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade

Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila

Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade

Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade

eacutetica

Carinho Flexibilidade no juiacutezo

moral Meditaccedilatildeo

Sentido de

comunidade

Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo

Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia

Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade

Compreensatildeo da

verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade

Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento

Consciecircncia dos

assuntos morais e

religiosos

Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato

Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila

Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura

Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia

Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade

Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade

Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo

pessoal

Cortesia Humor Patriotismo Veracidade

Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude

Cumprimento dos

deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva

23 Conclusatildeo parcial

Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis

cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a

sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula

um importante ofiacutecio para todo educador

3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES

Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos

numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a

quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais

envolvidos em todo esse processo

Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente

pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir

em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3764

31 Como se aprendem os valores

Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que

demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras

(MARQUES 2001 p 44)

(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados

(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica

em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto

(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os

valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade

assimilamos a honestidade

(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos

loacutegicos e discursivos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3864

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o

factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)

O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da

crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor

da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para

exemplificaacute-la etc

Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores

demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a

veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel

relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o

relacionamento proacuteximo

O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido

consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso

exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa

situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e

sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre

sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar

dinheiro Por quecircrdquo

33 A idade e o ensino de valores

De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos

de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo

das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo

tem muita influecircncia

Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia

moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees

dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila

obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque

isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal

Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem

desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido

sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos

actos

34Conclusatildeo parcial

Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses

valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos

rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis

de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado

de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)

chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)

Dossier temaacutetico sobre Valores 3964

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que

determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que

a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos

e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores

podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e

religiosos

Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam

conviver bem consigo mesmos e com a sociedade

Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o

ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional

e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa

Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo

desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na

transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe

um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a

educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual

entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde

Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de

motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe

uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores

Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente

Precisamos educar o estudante plenamente

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed

Petroacutepolis RJ Vozes 2000

BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais

Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997

BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales

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Dossier temaacutetico sobre Valores 4064

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CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a

Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas

Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b

LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo

Paulo Vida 2001

MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000

MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001

PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991

SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995

YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de

Moraes Porto Alegre Artmed 2002

Dossier temaacutetico sobre Valores 4164

O PODER DOS CONTOS INFANTIS

Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada

Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e

agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre

Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em

geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo

deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o

fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma

contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado

Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo

dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de

uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de

exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura

racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar

Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do

qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do

abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip

Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam

sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a

cobardia

O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o

estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso

encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e

prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e

vencer o mal

Dossier temaacutetico sobre Valores 4264

Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique

completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o

sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes

sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo

com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute

mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los

interpretaacute-los e ultrapassaacute-los

Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente

nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se

enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de

forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais

como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel

estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a

questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim

zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila

moral dos contos infantis

Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar

duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a

crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso

sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-

se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada

In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm

Dossier temaacutetico sobre Valores 4364

Dicionaacuterio de Valores

(Infopeacutedia)

afecto

amizade

autodisciplina

civismo

confianccedila

disciplina

honestidade

integridade

integro

justiccedila

lealdade

liberdade

partilha

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

respeito

responsabilidade

responsaacutevel

solidariedade

solidaacuterio

toleracircncia

valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 4464

afecto

afecto n adj sentimento de apego e ()

afecto forma do verbo afectar

afecto

nome masculino

1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo

2 amizade

3 amor

4 carinho

5 inclinaccedilatildeo

adjectivo

1 afeiccediloado dedicado

2 destinado

3 ligado dependente

(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)

amizade

nome feminino

1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia

2 camaradagem companheirismo cumplicidade

3 entendimento compreensatildeo

4 dedicaccedilatildeo bondade

5 pessoa amiga

(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4564

autodisciplina

nome feminino

1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo

2 capacidade de se disciplinar

(De auto-+disciplina)

civismo

nome masculino

1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico

2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas

suas instituiccedilotildees

(Do fr civisme laquoidraquo)

confianccedila

nome feminino

1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor

2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza

3 creacutedito

4 acircnimo

5 popular ousadia atrevimento

6 popular familiaridade

abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo

que se ocupa

dar confianccedila permitir certa familiaridade

ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza

tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade

(Do fr confiance laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4664

disciplina

disciplina n conjunto de regras ou ()

disciplina forma do verbo disciplinar

disciplina

nome feminino

1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou

colectividade

2 observacircncia das regras obediecircncia

3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a

respeitar regras ou conseguir resultados

4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de

um estabelecimento escolar

5 autoridade

6 castigo mortificaccedilatildeo

7 [plural] correias para accediloitar

(Do lat disciplina- laquoidraquo)

honestidade

nome feminino

1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade

probidade

2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade

3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia

(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4764

integridade

nome feminino

1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade

2 qualidade do que eacute iacutentegro

3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade

(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)

integro [integro]

adjectivo

1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO

2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO

justiccedila

justiccedila n virtude moral que inspira ()

justiccedila forma do verbo justiccedilar

justiccedila

nome feminino

1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a

atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade

2 conformidade com o direito estabelecido

3 poder de aplicar as leis poder judicial

4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees

5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do

poder judicial

6 conjunto dos magistrados a magistratura

Dossier temaacutetico sobre Valores 4864

7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda

por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada

na outra

8 popular funcionaacuterios de um tribunal

justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor

das coisas trocadas

justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e

dos encargos consoante a qualidade das pessoas

justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial

justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer

positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus

membros

popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos

com justiccedila de maneira justa e imparcial

dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio

em boa justiccedila segundo o que eacute devido

fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes

(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)

lealdade

nome feminino

qualidade de leal fidelidade sinceridade

(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4964

liberdade

nome feminino

1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua

natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo

livre)

2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo

ou de acccedilatildeo)

3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e

independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de

decisatildeo)

4 livre arbiacutetrio

5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)

6 personificaccedilatildeo das ideias liberais

7 toleracircncia

8 licenccedila autorizaccedilatildeo

9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada

10 figurado franqueza

11 [plural] regalias imunidades

liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas

que se julgarem verdadeiras

liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem

impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela

lei

LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e

sintaacutecticas em poesia

(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5064

partilha

nome feminino

1 acto ou efeito de partilhar

2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa

3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio

4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila

5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente

entre duas ou mais pessoas

(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

nome feminino

1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar

2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo

3 desassossego

4 ideia fixa

5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo

(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)

respeito

respeito n acto ou efeito de ()

respeito forma do verbo respeitar

respeito

nome masculino

1 acto ou efeito de respeitar

2 consideraccedilatildeo apreccedilo

3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo

4 homenagem culto

5 temor receio

Dossier temaacutetico sobre Valores 5164

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 15: Valor Es Final

O CONTO NA VIDA DA CRIANCcedilA

A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais

refinadas como A Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos

limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros

Perde-se no tempo a origem e importacircncia do conto na educaccedilatildeo da crianccedila Quantas

vezes pais e educadores a braccedilos com a explicaccedilatildeo de algo mais complexo aos nossos

filhos nos socorremos de uma histoacuteria que simplifique a nossa tarefa por um lado e

por outro facilite a compreensatildeo por parte da crianccedila daquilo que verdadeiramente lhe

queremos transmitir

Passar valores agrave crianccedila eacute algo complexo Esta missatildeo implica normalmente conceitos

que fazem apelo a abstracccedilotildees competecircncias impossiacuteveis de usar pela crianccedila nas

etapas mais precoces do desenvolvimento As histoacuterias satildeo por isso um meio

facilitador de resolver algumas das questotildees que esta tarefa nos coloca Se por um

lado divertem as crianccedilas espicaccedilam a sua curiosidade promovem competecircncias

cognitivas e de oralidade activam a magia por outro satildeo tambeacutem a forma de

concretizarmos alguns dos valores que consideramos aceitaacuteveis e oportunos transmitir

agrave crianccedila

De cada histoacuteria cada crianccedila retiraraacute aquilo que lhe fizer mais sentido em funccedilatildeo das

suas vivecircncias e das suas caracteriacutesticas desenvolvimentais Com a mesma histoacuteria

podemos transmitir um sem-nuacutemero de ensinamentos isso depende em primeira

instacircncia do objectivo de quem a usa e da proacutepria crianccedila

A maioria das histoacuterias desde os tradicionais contos de fadas a histoacuterias mais

refinadas como a Menina do Mar mostra de uma forma simboacutelica alguns dos

limites e das regras de convivecircncia e relacionamento com os outros

A Menina do Mar eacute uma histoacuteria porventura difiacutecil de entender antes da idade

escolar Para aleacutem da beleza literaacuteria pode permitir-nos transmitir valores ecoloacutegicos

respeito pela Natureza nomeadamente pelas coisas do mar curiosidade na descoberta

e contemplaccedilatildeo do mar e do que ele conteacutem Aleacutem disso e voltando a um dos valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 1564

inerentes a quase todas as histoacuterias - a relaccedilatildeo com os outros - A Menina do Mar

proporciona uma excelente oportunidade de ensinar a crianccedila a respeitar e a aceitar as

diferenccedilas e ainda a importacircncia de fazer amigos

Nas histoacuterias tal como na vida por vezes tambeacutem haacute situaccedilotildees desconcertantes e ainda

bem que as histoacuterias contemplam estas situaccedilotildees Satildeo uma oacuteptima oportunidade para a

crianccedila se organizar e aprender a lidar com os medos os obstaacuteculos e frustraccedilotildees com

que se iraacute confrontar ao longo da vida Eacute importante que o crescimento se faccedila ainda

que ao niacutevel do imaginaacuterio e simboacutelico assente em valores reais

In O conto na vida da crianccedila In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-

06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$o-conto-na-vida-da-criancagt

Dossier temaacutetico sobre Valores 1664

VALORES

Os valores correspondem a maneiras de ser ou de agir reconhecidas como desejaacuteveis

Genericamente pode dizer-se que natildeo eacute possiacutevel a existecircncia de um grupo humano

sem que tenham sido definidos impliacutecita ou explicitamente os seus valores A

expressatildeo escrita e oral os siacutembolos os objectos satildeo meios de que os indiviacuteduos e os

grupos dispotildeem para aceder aos valores

Tecircm sido objecto de estudo em Sociologia questotildees como a do modo como evoluem os

valores o modo como os valores satildeo vividos pelos indiviacuteduos e pelos grupos e a

possibilidade ou impossibilidade de se falar em sociedades globais

No estrutural-funcionalismo de T Parsons os valores partilhados interiorizados satildeo

vistos como desempenhando um papel decisivo na integraccedilatildeo social em qualquer

sociedade Os criacuteticos deste ponto de vista defendem que a integraccedilatildeo social natildeo

depende num grau tatildeo absoluto da partilha de valores Argumenta-se que os valores

podem ser aceites por motivos pragmaacuteticos mais do que normativos e que as

estruturas sociais podem impor-se para aleacutem da interiorizaccedilatildeo dos valores Sobretudo

a maioria dos socioacutelogos reconhece actualmente que uma sociedade pode existir

mesmo que seja atravessada por divergecircncias a niacutevel dos valores

Valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-06] Disponiacutevel na

www ltURL httpwwwinfopediapt$valoresgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 1764

CRISE DOS VALORES TRADICIONAIS

Em pleno seacuteculo XXI quase toda a sociedade considera que existe uma crise de valores

ou pelo menos a falecircncia dos tradicionais Mas desde sempre esta consciecircncia de crise

de valores existiu numa perspectiva geograacutefica mais restrita e sem as dimensotildees de

generalizaccedilatildeo como sucede hoje A globalizaccedilatildeo econoacutemica e o neoliberalismo o

individualismo e o relativismo a par do progresso tecnoloacutegico aceleraram a toma de

consciecircncia de crise de valores por parte da populaccedilatildeo Por um lado esbateram-se ou jaacute

natildeo existem mesmo criteacuterios seguros para distinccedilatildeo do bem e do mal do justo e do

injusto entre outras categorias morais e pessoais imperando pois a subjectividade e o

relativismo Radicalmente alguns vatildeo mais longe e afirmam mesmo que jaacute natildeo existem

sequer valores tudo eacute circunstancial O que era antes intemporal e inalteraacutevel eacute agora

volaacutetil ou inconsistente passando-se do relativismo agrave descrenccedila niilista absoluta

As principais causas para a crise de valores satildeo

- a desvalorizaccedilatildeo da tradiccedilatildeo quer atraveacutes do marxismo que tudo subjuga agrave histoacuteria e

ao plano social desvalorizando os valores antigos da burguesia dos opressores que

substitui pelos do povo trabalhador quer atraveacutes de Nietzsche e a sua negaccedilatildeo dos

valores absolutos ou mesmo com Freud que tornou os valores morais como produto

de mecanismos mentais repressivos

- a crise na instituiccedilatildeo familiar das suas relaccedilotildees do proacuteprio modelo de famiacutelia

primeira fonte de transmissatildeo de valores O aumento de divoacutercios separaccedilotildees

violecircncia domeacutestica pressotildees econoacutemicas e stress social das famiacutelias podem prejudicar

tambeacutem a transmissatildeo de valores seguros aos filhos

- modificaccedilotildees de ordem material nos aspectos tecnoloacutegico e cientiacutefico e as sucessivas

mutaccedilotildees econoacutemicas podem conduzir ao distanciamento cada vez maior da sociedade

moderna face aos valores tradicionais

- menor peso dos bons costumes e da cultura popular na sociedade moderna visiacutevel na

descrenccedila nos valores absolutos e na moral social substituiacuteda pela moral autoacutenoma e

pelo relativismo

A sociedade hoje em dia tornou-se mais aberta e plural mais intercultural assumindo

melhor as diferenccedilas mas tambeacutem tornando-se mais insegura violenta tendendo para

a repressatildeo e ateacute para um individualismo egoiacutesta e esvaziado de valores de relaccedilotildees

Dossier temaacutetico sobre Valores 1864

interpessoais Para muitos analistas natildeo existe crise antes abertura para outros a

maior crise eacute a incapacidade humana de enfrentar o problema da crise de valores pois

subsiste a ideia de que nas democracias natildeo haacute valores impessoais ou suprapessoais

parecendo que cada um escolhe os seus Alguns autores sugerem que a crise natildeo seraacute

apenas de valores mas tambeacutem de referecircncias estaacuteveis e soacutelidas

Crise dos Valores Tradicionais In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-

06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$crise-dos-valores-tradicionaisgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 1964

O QUE SAtildeO VALORES

O QUE DISTINGUE UM FACTO DE UM VALOR

PESQUISA

O homem vive toma partido crecirc numa multiplicidade de valores hierarquiza-os e daacute

assim sentido agrave sua existecircncia mediante opccedilotildees que ultrapassam incessantemente as

fronteiras do seu conhecimento efectivo No homem que pensa esta questatildeo soacute pode

ser raciocinada no sentido em que para fazer a siacutentese entre aquilo que ele crecirc e

aquilo que ele sabe ele soacute pode utilizar uma reflexatildeo quer prolongando o saber quer

opondo-se a ele num esforccedilo criacutetico para determinar as suas fronteiras actuais e

legitimar a hierarquizaccedilatildeo dos valores que o ultrapassam Esta siacutentese raciocinada

entre as crenccedilas quaisquer que elas sejam e as condiccedilotildees do saber constituiacute aquilo que

noacutes chamamos uma sabedoria e eacute este que nos parece ser o objecto da filosofia

Jean Piaget Sageza e Ilusatildeo da Filosofia

Dossier temaacutetico sobre Valores 2064

SIacuteNTESE

1 Valores

1 Quando decidimos fazer algo estamos a realizar uma escolha Manifestamos certas

preferecircncias por umas coisas em vez de outras Evocamos entatildeo certos motivos para

justificar as nossas decisotildees

2 Factos e valores

Todos estes motivos podem ser apoiados em factos mas tecircm sempre impliacutecitos certos

valores que justificam ou legitimam as nossas preferecircncias

Exemplo O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi o dia mais importante

da semana era um domingo

Facto O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi efectivamente um

domingo

Valor impliacutecito O domingo como o dia mais importante entre os

dias da semana

3Facto

Um facto eacute algo que algo que pode ser comprovado sobre o qual podemos dizer que a

afirmaccedilatildeo eacute verdadeira ou falsa Os factos satildeo igualmente susceptiacuteveis de gerarem

consensos universais

4 Valor

Podemos definir os valorespartindo das vaacuterias dimensotildees em que usamos

a) os valores satildeo criteacuterios segundo os quais valorizamos ou desvalorizamos as

coisas

Dossier temaacutetico sobre Valores 2164

b) Os valores satildeo as razotildees que justificam ou motivam as nossas acccedilotildees tornando-

as preferiacuteveis a outras

Os valores reportam-se em geral sempre a acccedilotildees justificam-nas

Exemplo Participar numa manifestaccedilatildeo a favor do povo timorensepode significar que

atribuiacutemos agrave Solidariedade uma enorme importacircncia A solidariedade eacute neste caso o

valor que justifica ou explica a nossa acccedilatildeo

Ao contraacuterio dos factos os valores apenas implicam a adesatildeo de grupos restritos Nem

todos possuiacutemos os mesmos valores nem valorizamos as coisas da mesma forma

5 Tipos de valores

Os valores natildeo satildeo coisas nem simples ideias que adquirimos mas conceitos que

traduzem as nossas preferecircncias Existe uma enorme diversidade de valores podemos

agrupaacute-los quanto agrave sua natureza da seguinte forma

Valores eacuteticos os que se referem agraves normas ou criteacuterios de conduta que afectam todas

as aacutereas da nossa actividade Exemplos Solidariedade Honestidade Verdade

Lealdade Bondade Altruiacutesmo

Valores esteacuteticos os valores de expressatildeo Exemplo Harmonia Belo Feio Sublime

Traacutegico

Valores religiosos os que dizem respeito agrave relaccedilatildeo do homem com a transcendecircncia

Exemplos Sagrado Pureza Santidade Perfeiccedilatildeo

Valores poliacuteticos Justiccedila Igualdade Imparcialidade Cidadania Liberdade

Valores vitais Sauacutede Forccedila

6 Hierarquizaccedilatildeo dos Valores

Natildeo atribuiacutemos a todos os nossos valores a mesma importacircncia Na hora de tomar

uma decisatildeo cada um de noacutes hierarquiza os valores de forma muito diversa A

Dossier temaacutetico sobre Valores 2264

hierarquizaccedilatildeo eacute a propriedade que tem os valores de se subordinarem uns aos outros

isto eacute de serem uns mais valiosos que outros As razotildees porque o fazemos satildeo

muacuteltiplas

Exemplo

A maioria da populaccedilatildeo mundial continua a passar graves carecircncias alimentares

Todos os anos morrem milhotildees de pessoas por subnutriccedilatildeo Natildeo eacute de querer que

hierarquia dos seus valores destas pessoas a satisfaccedilatildeo das suas necessidades

bioloacutegicas natildeo esteja logo em primeiro lugar

7 Polaridade dos Valores

Os nossos valores tendem a organizar-se em termos de oposiccedilotildees ou polaridades

Preferimos e opomos a Verdade agrave Mentira a Justiccedila agrave Injusticcedila o Bem ao Mal a beleza

agrave fealdade a genorosidade agrave mesquinhecircs A palavra valor costuma apenas ser aplicada

num sentido positivo Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de

estima positiva ou negativamente Valor eacute tanto o Bem como o Mal o Justo como

Injusto

Carlos Fontes

In httpafilosofianosapopt10valoreshtm~

Dossier temaacutetico sobre Valores 2364

PERTINEcircNCIA DE VALORES

Durkheim considerava que os valores miacuteticos e religiosos que funcionaram como

crenccedilas nas sociedades tradicionais serviram para exercer o controlo e a coesatildeo sociais

e para inspirar as avaliaccedilotildees e as motivaccedilotildees das pessoas Eacute assim que nas sociedades

tradicionais de solidariedade mecacircnica os indiviacuteduos estatildeo integrados por valores

comuns que se lhes impotildeem garantindo a coesatildeo social Jaacute nas sociedades modernas

de solidariedade orgacircnica verifica-se segundo Durkheim uma erosatildeo dos valores

graccedilas ao aumento do individualismo e agrave desintegraccedilatildeo das ligaccedilotildees sociais originadas

pelo desenvolvimento da divisatildeo do trabalho

Parsons (1951) que consagrou a existecircncia de quatro subsistemas interdependentes -

cultural poliacutetico econoacutemico societal - remete cada um deles para quatro tipos de

valores O subsistema cultural manteacutem os modelos valorizados da acccedilatildeo o subsistema

poliacutetico assegura a funccedilatildeo de realizaccedilatildeo das finalidades colectivas o subsistema

societal assegura a funccedilatildeo de integraccedilatildeo social dos indiviacuteduos e o econoacutemico a funccedilatildeo

de adaptaccedilatildeo (controlo exploraccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio ambiente) Satildeo portanto

os sistemas que asseguram a funccedilatildeo de reproduccedilatildeo dos valores

A questatildeo da pertinecircncia dos valores coloca a relaccedilatildeo entre os valores (morais

religiosos poliacuteticos esteacuteticos) e as culturas na proacutepria medida em que existem relaccedilotildees

entre as formas de vida ou as visotildees do mundo e o quadro de valores que as orientam

Haacute uma multiplicidade de valores variando estes conforme as sociedades e as

culturas e tambeacutem conforme as eacutepocas histoacutericas por isso se fala da relatividade

histoacuterica dos valores Ora a pluralidade dos valores eacute acompanhada tambeacutem da

existecircncia de sistemas de valores relativamente abertos Novos valores podem sempre

vir a integrar um sistema (moral poliacutetico cultural ou religioso) desde que seja

assegurada uma coerecircncia miacutenima entre os valores de um mesmo sistema Com efeito

uma cultura de valores democraacuteticos por exemplo eacute incompatiacutevel com o autoritarismo

e o totalitarismo como uma cultura que reconhece o valor da infacircncia e os direitos da

crianccedila eacute incompatiacutevel com a exploraccedilatildeo da crianccedila

Poreacutem sistemas de valores diferenciados podem coexistir numa mesma sociedade

valores de grupos poliacuteticos diferentes de etnias diversas de comunidades religiosas

diferentes valores hedonistas que se opotildeem aos valores do trabalho e da eficaacutecia os

valores da poupanccedila e do patrimoacutenio em oposiccedilatildeo ao consumismo desenfreado os

Dossier temaacutetico sobre Valores 2464

valores do ser e da pessoa em oposiccedilatildeo aos valores do ter e do poder financeiro etc

Esta diversidade de valores pode provocar conflitos cuja resposta poderaacute implicar que

uma hierarquia de pertinecircncias seja estabelecida Com efeito existem conflitos de

valores no seio da famiacutelia (entre as geraccedilotildees por exemplo) nas empresas (entre a

eficaacutecia econoacutemica o lucro o melhoramento das condiccedilotildees de trabalho o serviccedilo agrave

comunidade etc) ao niacutevel das argumentaccedilotildees de valores num

tribunal ou nos debates puacuteblicos sobre processos judiciais (o respeito devido agraves viacutetimas

e o direito do culpado agrave sua defesa por exemplo) conflitos entre o valor da famiacutelia e a

obrigaccedilatildeo do trabalho (conflito que se potildee muitas vezes agraves matildees que trabalham fora

de casa e tecircm filhos pequenos) etc

Para aleacutem dos aspectos ligados agrave pluralidade dos valores assistimos hoje nas

sociedades democraacuteticas contemporacircneas a uma evoluccedilatildeo dos sistemas de valores e a

uma alteraccedilatildeo da sua hierarquia de pertinecircncia expressas na importacircncia crescente dos

novos valores ligados agrave ecologia agrave defesa do meio ambiente e ao novo conceito de

desenvolvimento sustentado dos valores da solidariedade da cidadania e da

toleracircncia que orientam hoje um novo tipo de acccedilatildeo colectiva (exercido em termos de

voluntariado eou por Organizaccedilotildees Natildeo-Governamentais (ONG) como os meacutedicos

sem fronteiras as associaccedilotildees de protecccedilatildeo e defesa das crianccedilas e das mulheres

viacutetimas de maus tratos as associaccedilotildees de defesa das minorias do consumidor de

assistecircncia aos doentes com sida etc) assim como se assiste a uma evoluccedilatildeo dos

valores ligados agrave mundializaccedilatildeo que orientam instituiccedilotildees e convenccedilotildees internacionais

Pertinecircncia de valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-07]

Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$pertinencia-de-valoresgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 2564

DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E

SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA

Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os

valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute

quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os

valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi

publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio

quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o

egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que

promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de

etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo

excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores

da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo

lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais

entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos

professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas

desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os

docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila

Foto Pintura de Salvador Dali

In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml

Dossier temaacutetico sobre Valores 2664

A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA

Adolfo S Suaacuterez

Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso

de Teologia do Unasp

Centro Universitaacuterio Adventista

Campus Engenheiro Coelho (SP)

adolfosuarezunaspedubr

Introduccedilatildeo

1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores

11 Definiccedilotildees

12 Modelos de valores em sala de aula

121 Valores absolutos

122 Valores relativos

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

13 Classificaccedilatildeo de valores

14 Conclusatildeo parcial

2 Valores que devem ser ensinados

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

23 Conclusatildeo parcial

3 A transmissatildeo de valores

31 Como se aprendem os valores

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

33 A idade e o ensino de valores

34 Conclusatildeo parcial

Consideraccedilotildees finais

Referecircncias bibliograacuteficas

Dossier temaacutetico sobre Valores 2764

Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo

Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde

Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula

The issue of values in the classroom

Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary

Education based on a Christian pedagogical practice

Keywords values christian education classroom

Dossier temaacutetico sobre Valores 2864

INTRODUCcedilAtildeO

Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS

2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da

experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e

cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e

espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)

Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas

fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade

promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a

inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)

No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de

estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das

faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)

Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo

meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo

quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e

aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)

Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido

vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo

no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar

desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de

professores ldquoconteudistasrdquo

Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser

mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno

porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de

apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa

formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores

Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-

se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo

da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados

Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores

1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES

1 1 Definiccedilotildees

Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade

humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua

conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja

valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)

independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de

caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)

Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo

Dossier temaacutetico sobre Valores 2964

Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao

satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa

qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto

deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo

racional humano (2001 p 44)

No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS

pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores

significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno

seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais

lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que

promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os

princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o

seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o

respeito e a cooperaccedilatildeo

Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante

descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade

(1997 p 79)

12 Modelos de valores em sala de aula

Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores

Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)

121 Valores absolutos

Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e

normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma

autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos

indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave

medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo

previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios

mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo

O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para

conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de

que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3064

122 Valores relativos

Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute

baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da

verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio

mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela

praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia

pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc

A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o

que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de

tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no

momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros

possam pensar

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3164

Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o

trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua

autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e

normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam

orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os

valores

Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que

determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura

que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a

escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se

oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem

possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo

Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de

determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes

puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para

todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar

os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns

13 Classificaccedilatildeo de valores

Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da

seguinte maneira numa escala ascendente

(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc

(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc

(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc

(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc

(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc

(f) Valores religiosos sagrado profano etc

De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em

Dossier temaacutetico sobre Valores 3264

(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam

rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar

(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute

dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel

satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para

Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos

sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos

gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e

prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos

(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)

(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo

pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real

exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato

boa-feacutemaacute-feacute etc)

(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)

(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia

autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da

vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees

pessoais etc

(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano

14 Conclusatildeo parcial

Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do

comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta

particular

Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta

temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e

autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em

valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos

A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados

educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados

2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados

Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio

de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados

ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA

chama de mandamentos satildeo os seguintes

Dossier temaacutetico sobre Valores 3364

(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o

bem

(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica

Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila

(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso

caraacuteter

(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio

entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato

(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)

(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado

(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a

ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia

com a sabedoria

(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em

noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional

(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser

motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas

uacuteteis ou prazeres

(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem

cair no narcisismo) e o amor pelos outros

(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos

felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com

tudo e todos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3464

O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro

Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz

que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas

geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho

humildade sabedoria respeito e solidariedade

Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de

Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os

seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da

atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo

mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom

humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto

valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante

da TV liberdade e obediecircncia

Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da

temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila

coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e

harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico

compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees

Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro

primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de

Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e

transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade

Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto

que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia

integridade equiliacutebrio e pessoalidade

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-

aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito

famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem

apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de

eternidade

Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as

Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino

Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo

Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais

importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram

escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam

agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo

Dossier temaacutetico sobre Valores 3564

Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia

(accedilatildeo) Perdatildeo

Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia

(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo

Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia

(pensamento) Previsatildeo

Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave

famiacutelia Individualidade Propoacutesito

Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade

Dossier temaacutetico sobre Valores 3664

Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza

Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade

Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo

proacutepria

Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo

Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo

Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo

Abertura Entusiasmo Interesse Respeito

Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio

Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade

Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia

Auto-motivaccedilatildeo para

desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede

Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade

Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila

Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade

Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade

eacutetica

Carinho Flexibilidade no juiacutezo

moral Meditaccedilatildeo

Sentido de

comunidade

Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo

Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia

Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade

Compreensatildeo da

verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade

Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento

Consciecircncia dos

assuntos morais e

religiosos

Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato

Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila

Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura

Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia

Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade

Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade

Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo

pessoal

Cortesia Humor Patriotismo Veracidade

Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude

Cumprimento dos

deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva

23 Conclusatildeo parcial

Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis

cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a

sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula

um importante ofiacutecio para todo educador

3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES

Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos

numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a

quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais

envolvidos em todo esse processo

Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente

pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir

em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3764

31 Como se aprendem os valores

Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que

demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras

(MARQUES 2001 p 44)

(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados

(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica

em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto

(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os

valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade

assimilamos a honestidade

(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos

loacutegicos e discursivos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3864

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o

factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)

O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da

crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor

da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para

exemplificaacute-la etc

Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores

demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a

veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel

relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o

relacionamento proacuteximo

O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido

consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso

exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa

situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e

sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre

sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar

dinheiro Por quecircrdquo

33 A idade e o ensino de valores

De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos

de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo

das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo

tem muita influecircncia

Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia

moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees

dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila

obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque

isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal

Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem

desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido

sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos

actos

34Conclusatildeo parcial

Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses

valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos

rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis

de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado

de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)

chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)

Dossier temaacutetico sobre Valores 3964

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que

determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que

a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos

e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores

podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e

religiosos

Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam

conviver bem consigo mesmos e com a sociedade

Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o

ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional

e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa

Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo

desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na

transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe

um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a

educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual

entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde

Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de

motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe

uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores

Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente

Precisamos educar o estudante plenamente

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed

Petroacutepolis RJ Vozes 2000

BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais

Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997

BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales

Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997

Dossier temaacutetico sobre Valores 4064

CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003

CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a

Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas

Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b

LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo

Paulo Vida 2001

MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000

MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001

PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991

SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995

YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de

Moraes Porto Alegre Artmed 2002

Dossier temaacutetico sobre Valores 4164

O PODER DOS CONTOS INFANTIS

Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada

Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e

agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre

Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em

geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo

deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o

fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma

contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado

Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo

dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de

uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de

exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura

racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar

Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do

qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do

abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip

Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam

sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a

cobardia

O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o

estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso

encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e

prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e

vencer o mal

Dossier temaacutetico sobre Valores 4264

Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique

completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o

sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes

sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo

com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute

mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los

interpretaacute-los e ultrapassaacute-los

Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente

nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se

enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de

forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais

como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel

estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a

questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim

zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila

moral dos contos infantis

Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar

duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a

crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso

sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-

se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada

In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm

Dossier temaacutetico sobre Valores 4364

Dicionaacuterio de Valores

(Infopeacutedia)

afecto

amizade

autodisciplina

civismo

confianccedila

disciplina

honestidade

integridade

integro

justiccedila

lealdade

liberdade

partilha

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

respeito

responsabilidade

responsaacutevel

solidariedade

solidaacuterio

toleracircncia

valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 4464

afecto

afecto n adj sentimento de apego e ()

afecto forma do verbo afectar

afecto

nome masculino

1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo

2 amizade

3 amor

4 carinho

5 inclinaccedilatildeo

adjectivo

1 afeiccediloado dedicado

2 destinado

3 ligado dependente

(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)

amizade

nome feminino

1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia

2 camaradagem companheirismo cumplicidade

3 entendimento compreensatildeo

4 dedicaccedilatildeo bondade

5 pessoa amiga

(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4564

autodisciplina

nome feminino

1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo

2 capacidade de se disciplinar

(De auto-+disciplina)

civismo

nome masculino

1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico

2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas

suas instituiccedilotildees

(Do fr civisme laquoidraquo)

confianccedila

nome feminino

1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor

2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza

3 creacutedito

4 acircnimo

5 popular ousadia atrevimento

6 popular familiaridade

abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo

que se ocupa

dar confianccedila permitir certa familiaridade

ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza

tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade

(Do fr confiance laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4664

disciplina

disciplina n conjunto de regras ou ()

disciplina forma do verbo disciplinar

disciplina

nome feminino

1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou

colectividade

2 observacircncia das regras obediecircncia

3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a

respeitar regras ou conseguir resultados

4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de

um estabelecimento escolar

5 autoridade

6 castigo mortificaccedilatildeo

7 [plural] correias para accediloitar

(Do lat disciplina- laquoidraquo)

honestidade

nome feminino

1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade

probidade

2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade

3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia

(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4764

integridade

nome feminino

1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade

2 qualidade do que eacute iacutentegro

3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade

(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)

integro [integro]

adjectivo

1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO

2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO

justiccedila

justiccedila n virtude moral que inspira ()

justiccedila forma do verbo justiccedilar

justiccedila

nome feminino

1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a

atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade

2 conformidade com o direito estabelecido

3 poder de aplicar as leis poder judicial

4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees

5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do

poder judicial

6 conjunto dos magistrados a magistratura

Dossier temaacutetico sobre Valores 4864

7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda

por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada

na outra

8 popular funcionaacuterios de um tribunal

justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor

das coisas trocadas

justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e

dos encargos consoante a qualidade das pessoas

justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial

justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer

positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus

membros

popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos

com justiccedila de maneira justa e imparcial

dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio

em boa justiccedila segundo o que eacute devido

fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes

(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)

lealdade

nome feminino

qualidade de leal fidelidade sinceridade

(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4964

liberdade

nome feminino

1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua

natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo

livre)

2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo

ou de acccedilatildeo)

3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e

independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de

decisatildeo)

4 livre arbiacutetrio

5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)

6 personificaccedilatildeo das ideias liberais

7 toleracircncia

8 licenccedila autorizaccedilatildeo

9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada

10 figurado franqueza

11 [plural] regalias imunidades

liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas

que se julgarem verdadeiras

liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem

impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela

lei

LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e

sintaacutecticas em poesia

(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5064

partilha

nome feminino

1 acto ou efeito de partilhar

2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa

3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio

4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila

5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente

entre duas ou mais pessoas

(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

nome feminino

1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar

2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo

3 desassossego

4 ideia fixa

5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo

(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)

respeito

respeito n acto ou efeito de ()

respeito forma do verbo respeitar

respeito

nome masculino

1 acto ou efeito de respeitar

2 consideraccedilatildeo apreccedilo

3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo

4 homenagem culto

5 temor receio

Dossier temaacutetico sobre Valores 5164

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 16: Valor Es Final

inerentes a quase todas as histoacuterias - a relaccedilatildeo com os outros - A Menina do Mar

proporciona uma excelente oportunidade de ensinar a crianccedila a respeitar e a aceitar as

diferenccedilas e ainda a importacircncia de fazer amigos

Nas histoacuterias tal como na vida por vezes tambeacutem haacute situaccedilotildees desconcertantes e ainda

bem que as histoacuterias contemplam estas situaccedilotildees Satildeo uma oacuteptima oportunidade para a

crianccedila se organizar e aprender a lidar com os medos os obstaacuteculos e frustraccedilotildees com

que se iraacute confrontar ao longo da vida Eacute importante que o crescimento se faccedila ainda

que ao niacutevel do imaginaacuterio e simboacutelico assente em valores reais

In O conto na vida da crianccedila In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-

06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$o-conto-na-vida-da-criancagt

Dossier temaacutetico sobre Valores 1664

VALORES

Os valores correspondem a maneiras de ser ou de agir reconhecidas como desejaacuteveis

Genericamente pode dizer-se que natildeo eacute possiacutevel a existecircncia de um grupo humano

sem que tenham sido definidos impliacutecita ou explicitamente os seus valores A

expressatildeo escrita e oral os siacutembolos os objectos satildeo meios de que os indiviacuteduos e os

grupos dispotildeem para aceder aos valores

Tecircm sido objecto de estudo em Sociologia questotildees como a do modo como evoluem os

valores o modo como os valores satildeo vividos pelos indiviacuteduos e pelos grupos e a

possibilidade ou impossibilidade de se falar em sociedades globais

No estrutural-funcionalismo de T Parsons os valores partilhados interiorizados satildeo

vistos como desempenhando um papel decisivo na integraccedilatildeo social em qualquer

sociedade Os criacuteticos deste ponto de vista defendem que a integraccedilatildeo social natildeo

depende num grau tatildeo absoluto da partilha de valores Argumenta-se que os valores

podem ser aceites por motivos pragmaacuteticos mais do que normativos e que as

estruturas sociais podem impor-se para aleacutem da interiorizaccedilatildeo dos valores Sobretudo

a maioria dos socioacutelogos reconhece actualmente que uma sociedade pode existir

mesmo que seja atravessada por divergecircncias a niacutevel dos valores

Valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-06] Disponiacutevel na

www ltURL httpwwwinfopediapt$valoresgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 1764

CRISE DOS VALORES TRADICIONAIS

Em pleno seacuteculo XXI quase toda a sociedade considera que existe uma crise de valores

ou pelo menos a falecircncia dos tradicionais Mas desde sempre esta consciecircncia de crise

de valores existiu numa perspectiva geograacutefica mais restrita e sem as dimensotildees de

generalizaccedilatildeo como sucede hoje A globalizaccedilatildeo econoacutemica e o neoliberalismo o

individualismo e o relativismo a par do progresso tecnoloacutegico aceleraram a toma de

consciecircncia de crise de valores por parte da populaccedilatildeo Por um lado esbateram-se ou jaacute

natildeo existem mesmo criteacuterios seguros para distinccedilatildeo do bem e do mal do justo e do

injusto entre outras categorias morais e pessoais imperando pois a subjectividade e o

relativismo Radicalmente alguns vatildeo mais longe e afirmam mesmo que jaacute natildeo existem

sequer valores tudo eacute circunstancial O que era antes intemporal e inalteraacutevel eacute agora

volaacutetil ou inconsistente passando-se do relativismo agrave descrenccedila niilista absoluta

As principais causas para a crise de valores satildeo

- a desvalorizaccedilatildeo da tradiccedilatildeo quer atraveacutes do marxismo que tudo subjuga agrave histoacuteria e

ao plano social desvalorizando os valores antigos da burguesia dos opressores que

substitui pelos do povo trabalhador quer atraveacutes de Nietzsche e a sua negaccedilatildeo dos

valores absolutos ou mesmo com Freud que tornou os valores morais como produto

de mecanismos mentais repressivos

- a crise na instituiccedilatildeo familiar das suas relaccedilotildees do proacuteprio modelo de famiacutelia

primeira fonte de transmissatildeo de valores O aumento de divoacutercios separaccedilotildees

violecircncia domeacutestica pressotildees econoacutemicas e stress social das famiacutelias podem prejudicar

tambeacutem a transmissatildeo de valores seguros aos filhos

- modificaccedilotildees de ordem material nos aspectos tecnoloacutegico e cientiacutefico e as sucessivas

mutaccedilotildees econoacutemicas podem conduzir ao distanciamento cada vez maior da sociedade

moderna face aos valores tradicionais

- menor peso dos bons costumes e da cultura popular na sociedade moderna visiacutevel na

descrenccedila nos valores absolutos e na moral social substituiacuteda pela moral autoacutenoma e

pelo relativismo

A sociedade hoje em dia tornou-se mais aberta e plural mais intercultural assumindo

melhor as diferenccedilas mas tambeacutem tornando-se mais insegura violenta tendendo para

a repressatildeo e ateacute para um individualismo egoiacutesta e esvaziado de valores de relaccedilotildees

Dossier temaacutetico sobre Valores 1864

interpessoais Para muitos analistas natildeo existe crise antes abertura para outros a

maior crise eacute a incapacidade humana de enfrentar o problema da crise de valores pois

subsiste a ideia de que nas democracias natildeo haacute valores impessoais ou suprapessoais

parecendo que cada um escolhe os seus Alguns autores sugerem que a crise natildeo seraacute

apenas de valores mas tambeacutem de referecircncias estaacuteveis e soacutelidas

Crise dos Valores Tradicionais In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-

06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$crise-dos-valores-tradicionaisgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 1964

O QUE SAtildeO VALORES

O QUE DISTINGUE UM FACTO DE UM VALOR

PESQUISA

O homem vive toma partido crecirc numa multiplicidade de valores hierarquiza-os e daacute

assim sentido agrave sua existecircncia mediante opccedilotildees que ultrapassam incessantemente as

fronteiras do seu conhecimento efectivo No homem que pensa esta questatildeo soacute pode

ser raciocinada no sentido em que para fazer a siacutentese entre aquilo que ele crecirc e

aquilo que ele sabe ele soacute pode utilizar uma reflexatildeo quer prolongando o saber quer

opondo-se a ele num esforccedilo criacutetico para determinar as suas fronteiras actuais e

legitimar a hierarquizaccedilatildeo dos valores que o ultrapassam Esta siacutentese raciocinada

entre as crenccedilas quaisquer que elas sejam e as condiccedilotildees do saber constituiacute aquilo que

noacutes chamamos uma sabedoria e eacute este que nos parece ser o objecto da filosofia

Jean Piaget Sageza e Ilusatildeo da Filosofia

Dossier temaacutetico sobre Valores 2064

SIacuteNTESE

1 Valores

1 Quando decidimos fazer algo estamos a realizar uma escolha Manifestamos certas

preferecircncias por umas coisas em vez de outras Evocamos entatildeo certos motivos para

justificar as nossas decisotildees

2 Factos e valores

Todos estes motivos podem ser apoiados em factos mas tecircm sempre impliacutecitos certos

valores que justificam ou legitimam as nossas preferecircncias

Exemplo O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi o dia mais importante

da semana era um domingo

Facto O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi efectivamente um

domingo

Valor impliacutecito O domingo como o dia mais importante entre os

dias da semana

3Facto

Um facto eacute algo que algo que pode ser comprovado sobre o qual podemos dizer que a

afirmaccedilatildeo eacute verdadeira ou falsa Os factos satildeo igualmente susceptiacuteveis de gerarem

consensos universais

4 Valor

Podemos definir os valorespartindo das vaacuterias dimensotildees em que usamos

a) os valores satildeo criteacuterios segundo os quais valorizamos ou desvalorizamos as

coisas

Dossier temaacutetico sobre Valores 2164

b) Os valores satildeo as razotildees que justificam ou motivam as nossas acccedilotildees tornando-

as preferiacuteveis a outras

Os valores reportam-se em geral sempre a acccedilotildees justificam-nas

Exemplo Participar numa manifestaccedilatildeo a favor do povo timorensepode significar que

atribuiacutemos agrave Solidariedade uma enorme importacircncia A solidariedade eacute neste caso o

valor que justifica ou explica a nossa acccedilatildeo

Ao contraacuterio dos factos os valores apenas implicam a adesatildeo de grupos restritos Nem

todos possuiacutemos os mesmos valores nem valorizamos as coisas da mesma forma

5 Tipos de valores

Os valores natildeo satildeo coisas nem simples ideias que adquirimos mas conceitos que

traduzem as nossas preferecircncias Existe uma enorme diversidade de valores podemos

agrupaacute-los quanto agrave sua natureza da seguinte forma

Valores eacuteticos os que se referem agraves normas ou criteacuterios de conduta que afectam todas

as aacutereas da nossa actividade Exemplos Solidariedade Honestidade Verdade

Lealdade Bondade Altruiacutesmo

Valores esteacuteticos os valores de expressatildeo Exemplo Harmonia Belo Feio Sublime

Traacutegico

Valores religiosos os que dizem respeito agrave relaccedilatildeo do homem com a transcendecircncia

Exemplos Sagrado Pureza Santidade Perfeiccedilatildeo

Valores poliacuteticos Justiccedila Igualdade Imparcialidade Cidadania Liberdade

Valores vitais Sauacutede Forccedila

6 Hierarquizaccedilatildeo dos Valores

Natildeo atribuiacutemos a todos os nossos valores a mesma importacircncia Na hora de tomar

uma decisatildeo cada um de noacutes hierarquiza os valores de forma muito diversa A

Dossier temaacutetico sobre Valores 2264

hierarquizaccedilatildeo eacute a propriedade que tem os valores de se subordinarem uns aos outros

isto eacute de serem uns mais valiosos que outros As razotildees porque o fazemos satildeo

muacuteltiplas

Exemplo

A maioria da populaccedilatildeo mundial continua a passar graves carecircncias alimentares

Todos os anos morrem milhotildees de pessoas por subnutriccedilatildeo Natildeo eacute de querer que

hierarquia dos seus valores destas pessoas a satisfaccedilatildeo das suas necessidades

bioloacutegicas natildeo esteja logo em primeiro lugar

7 Polaridade dos Valores

Os nossos valores tendem a organizar-se em termos de oposiccedilotildees ou polaridades

Preferimos e opomos a Verdade agrave Mentira a Justiccedila agrave Injusticcedila o Bem ao Mal a beleza

agrave fealdade a genorosidade agrave mesquinhecircs A palavra valor costuma apenas ser aplicada

num sentido positivo Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de

estima positiva ou negativamente Valor eacute tanto o Bem como o Mal o Justo como

Injusto

Carlos Fontes

In httpafilosofianosapopt10valoreshtm~

Dossier temaacutetico sobre Valores 2364

PERTINEcircNCIA DE VALORES

Durkheim considerava que os valores miacuteticos e religiosos que funcionaram como

crenccedilas nas sociedades tradicionais serviram para exercer o controlo e a coesatildeo sociais

e para inspirar as avaliaccedilotildees e as motivaccedilotildees das pessoas Eacute assim que nas sociedades

tradicionais de solidariedade mecacircnica os indiviacuteduos estatildeo integrados por valores

comuns que se lhes impotildeem garantindo a coesatildeo social Jaacute nas sociedades modernas

de solidariedade orgacircnica verifica-se segundo Durkheim uma erosatildeo dos valores

graccedilas ao aumento do individualismo e agrave desintegraccedilatildeo das ligaccedilotildees sociais originadas

pelo desenvolvimento da divisatildeo do trabalho

Parsons (1951) que consagrou a existecircncia de quatro subsistemas interdependentes -

cultural poliacutetico econoacutemico societal - remete cada um deles para quatro tipos de

valores O subsistema cultural manteacutem os modelos valorizados da acccedilatildeo o subsistema

poliacutetico assegura a funccedilatildeo de realizaccedilatildeo das finalidades colectivas o subsistema

societal assegura a funccedilatildeo de integraccedilatildeo social dos indiviacuteduos e o econoacutemico a funccedilatildeo

de adaptaccedilatildeo (controlo exploraccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio ambiente) Satildeo portanto

os sistemas que asseguram a funccedilatildeo de reproduccedilatildeo dos valores

A questatildeo da pertinecircncia dos valores coloca a relaccedilatildeo entre os valores (morais

religiosos poliacuteticos esteacuteticos) e as culturas na proacutepria medida em que existem relaccedilotildees

entre as formas de vida ou as visotildees do mundo e o quadro de valores que as orientam

Haacute uma multiplicidade de valores variando estes conforme as sociedades e as

culturas e tambeacutem conforme as eacutepocas histoacutericas por isso se fala da relatividade

histoacuterica dos valores Ora a pluralidade dos valores eacute acompanhada tambeacutem da

existecircncia de sistemas de valores relativamente abertos Novos valores podem sempre

vir a integrar um sistema (moral poliacutetico cultural ou religioso) desde que seja

assegurada uma coerecircncia miacutenima entre os valores de um mesmo sistema Com efeito

uma cultura de valores democraacuteticos por exemplo eacute incompatiacutevel com o autoritarismo

e o totalitarismo como uma cultura que reconhece o valor da infacircncia e os direitos da

crianccedila eacute incompatiacutevel com a exploraccedilatildeo da crianccedila

Poreacutem sistemas de valores diferenciados podem coexistir numa mesma sociedade

valores de grupos poliacuteticos diferentes de etnias diversas de comunidades religiosas

diferentes valores hedonistas que se opotildeem aos valores do trabalho e da eficaacutecia os

valores da poupanccedila e do patrimoacutenio em oposiccedilatildeo ao consumismo desenfreado os

Dossier temaacutetico sobre Valores 2464

valores do ser e da pessoa em oposiccedilatildeo aos valores do ter e do poder financeiro etc

Esta diversidade de valores pode provocar conflitos cuja resposta poderaacute implicar que

uma hierarquia de pertinecircncias seja estabelecida Com efeito existem conflitos de

valores no seio da famiacutelia (entre as geraccedilotildees por exemplo) nas empresas (entre a

eficaacutecia econoacutemica o lucro o melhoramento das condiccedilotildees de trabalho o serviccedilo agrave

comunidade etc) ao niacutevel das argumentaccedilotildees de valores num

tribunal ou nos debates puacuteblicos sobre processos judiciais (o respeito devido agraves viacutetimas

e o direito do culpado agrave sua defesa por exemplo) conflitos entre o valor da famiacutelia e a

obrigaccedilatildeo do trabalho (conflito que se potildee muitas vezes agraves matildees que trabalham fora

de casa e tecircm filhos pequenos) etc

Para aleacutem dos aspectos ligados agrave pluralidade dos valores assistimos hoje nas

sociedades democraacuteticas contemporacircneas a uma evoluccedilatildeo dos sistemas de valores e a

uma alteraccedilatildeo da sua hierarquia de pertinecircncia expressas na importacircncia crescente dos

novos valores ligados agrave ecologia agrave defesa do meio ambiente e ao novo conceito de

desenvolvimento sustentado dos valores da solidariedade da cidadania e da

toleracircncia que orientam hoje um novo tipo de acccedilatildeo colectiva (exercido em termos de

voluntariado eou por Organizaccedilotildees Natildeo-Governamentais (ONG) como os meacutedicos

sem fronteiras as associaccedilotildees de protecccedilatildeo e defesa das crianccedilas e das mulheres

viacutetimas de maus tratos as associaccedilotildees de defesa das minorias do consumidor de

assistecircncia aos doentes com sida etc) assim como se assiste a uma evoluccedilatildeo dos

valores ligados agrave mundializaccedilatildeo que orientam instituiccedilotildees e convenccedilotildees internacionais

Pertinecircncia de valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-07]

Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$pertinencia-de-valoresgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 2564

DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E

SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA

Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os

valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute

quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os

valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi

publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio

quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o

egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que

promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de

etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo

excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores

da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo

lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais

entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos

professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas

desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os

docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila

Foto Pintura de Salvador Dali

In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml

Dossier temaacutetico sobre Valores 2664

A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA

Adolfo S Suaacuterez

Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso

de Teologia do Unasp

Centro Universitaacuterio Adventista

Campus Engenheiro Coelho (SP)

adolfosuarezunaspedubr

Introduccedilatildeo

1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores

11 Definiccedilotildees

12 Modelos de valores em sala de aula

121 Valores absolutos

122 Valores relativos

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

13 Classificaccedilatildeo de valores

14 Conclusatildeo parcial

2 Valores que devem ser ensinados

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

23 Conclusatildeo parcial

3 A transmissatildeo de valores

31 Como se aprendem os valores

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

33 A idade e o ensino de valores

34 Conclusatildeo parcial

Consideraccedilotildees finais

Referecircncias bibliograacuteficas

Dossier temaacutetico sobre Valores 2764

Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo

Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde

Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula

The issue of values in the classroom

Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary

Education based on a Christian pedagogical practice

Keywords values christian education classroom

Dossier temaacutetico sobre Valores 2864

INTRODUCcedilAtildeO

Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS

2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da

experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e

cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e

espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)

Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas

fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade

promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a

inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)

No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de

estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das

faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)

Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo

meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo

quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e

aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)

Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido

vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo

no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar

desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de

professores ldquoconteudistasrdquo

Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser

mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno

porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de

apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa

formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores

Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-

se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo

da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados

Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores

1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES

1 1 Definiccedilotildees

Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade

humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua

conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja

valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)

independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de

caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)

Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo

Dossier temaacutetico sobre Valores 2964

Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao

satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa

qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto

deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo

racional humano (2001 p 44)

No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS

pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores

significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno

seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais

lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que

promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os

princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o

seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o

respeito e a cooperaccedilatildeo

Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante

descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade

(1997 p 79)

12 Modelos de valores em sala de aula

Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores

Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)

121 Valores absolutos

Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e

normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma

autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos

indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave

medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo

previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios

mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo

O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para

conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de

que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3064

122 Valores relativos

Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute

baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da

verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio

mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela

praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia

pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc

A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o

que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de

tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no

momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros

possam pensar

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3164

Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o

trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua

autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e

normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam

orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os

valores

Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que

determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura

que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a

escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se

oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem

possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo

Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de

determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes

puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para

todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar

os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns

13 Classificaccedilatildeo de valores

Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da

seguinte maneira numa escala ascendente

(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc

(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc

(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc

(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc

(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc

(f) Valores religiosos sagrado profano etc

De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em

Dossier temaacutetico sobre Valores 3264

(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam

rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar

(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute

dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel

satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para

Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos

sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos

gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e

prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos

(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)

(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo

pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real

exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato

boa-feacutemaacute-feacute etc)

(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)

(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia

autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da

vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees

pessoais etc

(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano

14 Conclusatildeo parcial

Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do

comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta

particular

Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta

temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e

autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em

valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos

A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados

educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados

2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados

Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio

de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados

ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA

chama de mandamentos satildeo os seguintes

Dossier temaacutetico sobre Valores 3364

(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o

bem

(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica

Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila

(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso

caraacuteter

(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio

entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato

(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)

(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado

(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a

ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia

com a sabedoria

(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em

noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional

(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser

motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas

uacuteteis ou prazeres

(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem

cair no narcisismo) e o amor pelos outros

(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos

felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com

tudo e todos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3464

O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro

Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz

que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas

geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho

humildade sabedoria respeito e solidariedade

Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de

Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os

seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da

atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo

mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom

humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto

valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante

da TV liberdade e obediecircncia

Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da

temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila

coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e

harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico

compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees

Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro

primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de

Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e

transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade

Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto

que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia

integridade equiliacutebrio e pessoalidade

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-

aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito

famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem

apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de

eternidade

Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as

Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino

Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo

Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais

importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram

escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam

agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo

Dossier temaacutetico sobre Valores 3564

Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia

(accedilatildeo) Perdatildeo

Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia

(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo

Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia

(pensamento) Previsatildeo

Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave

famiacutelia Individualidade Propoacutesito

Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade

Dossier temaacutetico sobre Valores 3664

Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza

Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade

Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo

proacutepria

Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo

Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo

Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo

Abertura Entusiasmo Interesse Respeito

Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio

Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade

Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia

Auto-motivaccedilatildeo para

desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede

Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade

Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila

Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade

Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade

eacutetica

Carinho Flexibilidade no juiacutezo

moral Meditaccedilatildeo

Sentido de

comunidade

Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo

Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia

Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade

Compreensatildeo da

verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade

Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento

Consciecircncia dos

assuntos morais e

religiosos

Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato

Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila

Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura

Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia

Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade

Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade

Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo

pessoal

Cortesia Humor Patriotismo Veracidade

Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude

Cumprimento dos

deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva

23 Conclusatildeo parcial

Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis

cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a

sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula

um importante ofiacutecio para todo educador

3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES

Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos

numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a

quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais

envolvidos em todo esse processo

Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente

pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir

em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3764

31 Como se aprendem os valores

Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que

demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras

(MARQUES 2001 p 44)

(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados

(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica

em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto

(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os

valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade

assimilamos a honestidade

(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos

loacutegicos e discursivos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3864

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o

factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)

O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da

crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor

da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para

exemplificaacute-la etc

Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores

demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a

veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel

relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o

relacionamento proacuteximo

O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido

consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso

exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa

situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e

sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre

sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar

dinheiro Por quecircrdquo

33 A idade e o ensino de valores

De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos

de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo

das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo

tem muita influecircncia

Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia

moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees

dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila

obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque

isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal

Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem

desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido

sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos

actos

34Conclusatildeo parcial

Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses

valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos

rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis

de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado

de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)

chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)

Dossier temaacutetico sobre Valores 3964

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que

determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que

a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos

e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores

podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e

religiosos

Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam

conviver bem consigo mesmos e com a sociedade

Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o

ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional

e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa

Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo

desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na

transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe

um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a

educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual

entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde

Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de

motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe

uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores

Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente

Precisamos educar o estudante plenamente

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed

Petroacutepolis RJ Vozes 2000

BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais

Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997

BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales

Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997

Dossier temaacutetico sobre Valores 4064

CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003

CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a

Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas

Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b

LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo

Paulo Vida 2001

MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000

MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001

PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991

SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995

YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de

Moraes Porto Alegre Artmed 2002

Dossier temaacutetico sobre Valores 4164

O PODER DOS CONTOS INFANTIS

Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada

Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e

agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre

Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em

geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo

deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o

fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma

contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado

Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo

dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de

uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de

exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura

racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar

Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do

qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do

abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip

Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam

sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a

cobardia

O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o

estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso

encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e

prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e

vencer o mal

Dossier temaacutetico sobre Valores 4264

Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique

completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o

sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes

sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo

com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute

mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los

interpretaacute-los e ultrapassaacute-los

Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente

nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se

enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de

forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais

como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel

estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a

questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim

zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila

moral dos contos infantis

Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar

duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a

crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso

sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-

se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada

In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm

Dossier temaacutetico sobre Valores 4364

Dicionaacuterio de Valores

(Infopeacutedia)

afecto

amizade

autodisciplina

civismo

confianccedila

disciplina

honestidade

integridade

integro

justiccedila

lealdade

liberdade

partilha

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

respeito

responsabilidade

responsaacutevel

solidariedade

solidaacuterio

toleracircncia

valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 4464

afecto

afecto n adj sentimento de apego e ()

afecto forma do verbo afectar

afecto

nome masculino

1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo

2 amizade

3 amor

4 carinho

5 inclinaccedilatildeo

adjectivo

1 afeiccediloado dedicado

2 destinado

3 ligado dependente

(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)

amizade

nome feminino

1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia

2 camaradagem companheirismo cumplicidade

3 entendimento compreensatildeo

4 dedicaccedilatildeo bondade

5 pessoa amiga

(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4564

autodisciplina

nome feminino

1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo

2 capacidade de se disciplinar

(De auto-+disciplina)

civismo

nome masculino

1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico

2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas

suas instituiccedilotildees

(Do fr civisme laquoidraquo)

confianccedila

nome feminino

1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor

2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza

3 creacutedito

4 acircnimo

5 popular ousadia atrevimento

6 popular familiaridade

abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo

que se ocupa

dar confianccedila permitir certa familiaridade

ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza

tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade

(Do fr confiance laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4664

disciplina

disciplina n conjunto de regras ou ()

disciplina forma do verbo disciplinar

disciplina

nome feminino

1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou

colectividade

2 observacircncia das regras obediecircncia

3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a

respeitar regras ou conseguir resultados

4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de

um estabelecimento escolar

5 autoridade

6 castigo mortificaccedilatildeo

7 [plural] correias para accediloitar

(Do lat disciplina- laquoidraquo)

honestidade

nome feminino

1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade

probidade

2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade

3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia

(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4764

integridade

nome feminino

1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade

2 qualidade do que eacute iacutentegro

3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade

(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)

integro [integro]

adjectivo

1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO

2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO

justiccedila

justiccedila n virtude moral que inspira ()

justiccedila forma do verbo justiccedilar

justiccedila

nome feminino

1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a

atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade

2 conformidade com o direito estabelecido

3 poder de aplicar as leis poder judicial

4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees

5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do

poder judicial

6 conjunto dos magistrados a magistratura

Dossier temaacutetico sobre Valores 4864

7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda

por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada

na outra

8 popular funcionaacuterios de um tribunal

justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor

das coisas trocadas

justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e

dos encargos consoante a qualidade das pessoas

justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial

justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer

positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus

membros

popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos

com justiccedila de maneira justa e imparcial

dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio

em boa justiccedila segundo o que eacute devido

fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes

(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)

lealdade

nome feminino

qualidade de leal fidelidade sinceridade

(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4964

liberdade

nome feminino

1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua

natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo

livre)

2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo

ou de acccedilatildeo)

3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e

independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de

decisatildeo)

4 livre arbiacutetrio

5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)

6 personificaccedilatildeo das ideias liberais

7 toleracircncia

8 licenccedila autorizaccedilatildeo

9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada

10 figurado franqueza

11 [plural] regalias imunidades

liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas

que se julgarem verdadeiras

liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem

impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela

lei

LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e

sintaacutecticas em poesia

(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5064

partilha

nome feminino

1 acto ou efeito de partilhar

2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa

3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio

4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila

5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente

entre duas ou mais pessoas

(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

nome feminino

1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar

2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo

3 desassossego

4 ideia fixa

5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo

(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)

respeito

respeito n acto ou efeito de ()

respeito forma do verbo respeitar

respeito

nome masculino

1 acto ou efeito de respeitar

2 consideraccedilatildeo apreccedilo

3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo

4 homenagem culto

5 temor receio

Dossier temaacutetico sobre Valores 5164

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 17: Valor Es Final

VALORES

Os valores correspondem a maneiras de ser ou de agir reconhecidas como desejaacuteveis

Genericamente pode dizer-se que natildeo eacute possiacutevel a existecircncia de um grupo humano

sem que tenham sido definidos impliacutecita ou explicitamente os seus valores A

expressatildeo escrita e oral os siacutembolos os objectos satildeo meios de que os indiviacuteduos e os

grupos dispotildeem para aceder aos valores

Tecircm sido objecto de estudo em Sociologia questotildees como a do modo como evoluem os

valores o modo como os valores satildeo vividos pelos indiviacuteduos e pelos grupos e a

possibilidade ou impossibilidade de se falar em sociedades globais

No estrutural-funcionalismo de T Parsons os valores partilhados interiorizados satildeo

vistos como desempenhando um papel decisivo na integraccedilatildeo social em qualquer

sociedade Os criacuteticos deste ponto de vista defendem que a integraccedilatildeo social natildeo

depende num grau tatildeo absoluto da partilha de valores Argumenta-se que os valores

podem ser aceites por motivos pragmaacuteticos mais do que normativos e que as

estruturas sociais podem impor-se para aleacutem da interiorizaccedilatildeo dos valores Sobretudo

a maioria dos socioacutelogos reconhece actualmente que uma sociedade pode existir

mesmo que seja atravessada por divergecircncias a niacutevel dos valores

Valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-06] Disponiacutevel na

www ltURL httpwwwinfopediapt$valoresgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 1764

CRISE DOS VALORES TRADICIONAIS

Em pleno seacuteculo XXI quase toda a sociedade considera que existe uma crise de valores

ou pelo menos a falecircncia dos tradicionais Mas desde sempre esta consciecircncia de crise

de valores existiu numa perspectiva geograacutefica mais restrita e sem as dimensotildees de

generalizaccedilatildeo como sucede hoje A globalizaccedilatildeo econoacutemica e o neoliberalismo o

individualismo e o relativismo a par do progresso tecnoloacutegico aceleraram a toma de

consciecircncia de crise de valores por parte da populaccedilatildeo Por um lado esbateram-se ou jaacute

natildeo existem mesmo criteacuterios seguros para distinccedilatildeo do bem e do mal do justo e do

injusto entre outras categorias morais e pessoais imperando pois a subjectividade e o

relativismo Radicalmente alguns vatildeo mais longe e afirmam mesmo que jaacute natildeo existem

sequer valores tudo eacute circunstancial O que era antes intemporal e inalteraacutevel eacute agora

volaacutetil ou inconsistente passando-se do relativismo agrave descrenccedila niilista absoluta

As principais causas para a crise de valores satildeo

- a desvalorizaccedilatildeo da tradiccedilatildeo quer atraveacutes do marxismo que tudo subjuga agrave histoacuteria e

ao plano social desvalorizando os valores antigos da burguesia dos opressores que

substitui pelos do povo trabalhador quer atraveacutes de Nietzsche e a sua negaccedilatildeo dos

valores absolutos ou mesmo com Freud que tornou os valores morais como produto

de mecanismos mentais repressivos

- a crise na instituiccedilatildeo familiar das suas relaccedilotildees do proacuteprio modelo de famiacutelia

primeira fonte de transmissatildeo de valores O aumento de divoacutercios separaccedilotildees

violecircncia domeacutestica pressotildees econoacutemicas e stress social das famiacutelias podem prejudicar

tambeacutem a transmissatildeo de valores seguros aos filhos

- modificaccedilotildees de ordem material nos aspectos tecnoloacutegico e cientiacutefico e as sucessivas

mutaccedilotildees econoacutemicas podem conduzir ao distanciamento cada vez maior da sociedade

moderna face aos valores tradicionais

- menor peso dos bons costumes e da cultura popular na sociedade moderna visiacutevel na

descrenccedila nos valores absolutos e na moral social substituiacuteda pela moral autoacutenoma e

pelo relativismo

A sociedade hoje em dia tornou-se mais aberta e plural mais intercultural assumindo

melhor as diferenccedilas mas tambeacutem tornando-se mais insegura violenta tendendo para

a repressatildeo e ateacute para um individualismo egoiacutesta e esvaziado de valores de relaccedilotildees

Dossier temaacutetico sobre Valores 1864

interpessoais Para muitos analistas natildeo existe crise antes abertura para outros a

maior crise eacute a incapacidade humana de enfrentar o problema da crise de valores pois

subsiste a ideia de que nas democracias natildeo haacute valores impessoais ou suprapessoais

parecendo que cada um escolhe os seus Alguns autores sugerem que a crise natildeo seraacute

apenas de valores mas tambeacutem de referecircncias estaacuteveis e soacutelidas

Crise dos Valores Tradicionais In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-

06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$crise-dos-valores-tradicionaisgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 1964

O QUE SAtildeO VALORES

O QUE DISTINGUE UM FACTO DE UM VALOR

PESQUISA

O homem vive toma partido crecirc numa multiplicidade de valores hierarquiza-os e daacute

assim sentido agrave sua existecircncia mediante opccedilotildees que ultrapassam incessantemente as

fronteiras do seu conhecimento efectivo No homem que pensa esta questatildeo soacute pode

ser raciocinada no sentido em que para fazer a siacutentese entre aquilo que ele crecirc e

aquilo que ele sabe ele soacute pode utilizar uma reflexatildeo quer prolongando o saber quer

opondo-se a ele num esforccedilo criacutetico para determinar as suas fronteiras actuais e

legitimar a hierarquizaccedilatildeo dos valores que o ultrapassam Esta siacutentese raciocinada

entre as crenccedilas quaisquer que elas sejam e as condiccedilotildees do saber constituiacute aquilo que

noacutes chamamos uma sabedoria e eacute este que nos parece ser o objecto da filosofia

Jean Piaget Sageza e Ilusatildeo da Filosofia

Dossier temaacutetico sobre Valores 2064

SIacuteNTESE

1 Valores

1 Quando decidimos fazer algo estamos a realizar uma escolha Manifestamos certas

preferecircncias por umas coisas em vez de outras Evocamos entatildeo certos motivos para

justificar as nossas decisotildees

2 Factos e valores

Todos estes motivos podem ser apoiados em factos mas tecircm sempre impliacutecitos certos

valores que justificam ou legitimam as nossas preferecircncias

Exemplo O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi o dia mais importante

da semana era um domingo

Facto O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi efectivamente um

domingo

Valor impliacutecito O domingo como o dia mais importante entre os

dias da semana

3Facto

Um facto eacute algo que algo que pode ser comprovado sobre o qual podemos dizer que a

afirmaccedilatildeo eacute verdadeira ou falsa Os factos satildeo igualmente susceptiacuteveis de gerarem

consensos universais

4 Valor

Podemos definir os valorespartindo das vaacuterias dimensotildees em que usamos

a) os valores satildeo criteacuterios segundo os quais valorizamos ou desvalorizamos as

coisas

Dossier temaacutetico sobre Valores 2164

b) Os valores satildeo as razotildees que justificam ou motivam as nossas acccedilotildees tornando-

as preferiacuteveis a outras

Os valores reportam-se em geral sempre a acccedilotildees justificam-nas

Exemplo Participar numa manifestaccedilatildeo a favor do povo timorensepode significar que

atribuiacutemos agrave Solidariedade uma enorme importacircncia A solidariedade eacute neste caso o

valor que justifica ou explica a nossa acccedilatildeo

Ao contraacuterio dos factos os valores apenas implicam a adesatildeo de grupos restritos Nem

todos possuiacutemos os mesmos valores nem valorizamos as coisas da mesma forma

5 Tipos de valores

Os valores natildeo satildeo coisas nem simples ideias que adquirimos mas conceitos que

traduzem as nossas preferecircncias Existe uma enorme diversidade de valores podemos

agrupaacute-los quanto agrave sua natureza da seguinte forma

Valores eacuteticos os que se referem agraves normas ou criteacuterios de conduta que afectam todas

as aacutereas da nossa actividade Exemplos Solidariedade Honestidade Verdade

Lealdade Bondade Altruiacutesmo

Valores esteacuteticos os valores de expressatildeo Exemplo Harmonia Belo Feio Sublime

Traacutegico

Valores religiosos os que dizem respeito agrave relaccedilatildeo do homem com a transcendecircncia

Exemplos Sagrado Pureza Santidade Perfeiccedilatildeo

Valores poliacuteticos Justiccedila Igualdade Imparcialidade Cidadania Liberdade

Valores vitais Sauacutede Forccedila

6 Hierarquizaccedilatildeo dos Valores

Natildeo atribuiacutemos a todos os nossos valores a mesma importacircncia Na hora de tomar

uma decisatildeo cada um de noacutes hierarquiza os valores de forma muito diversa A

Dossier temaacutetico sobre Valores 2264

hierarquizaccedilatildeo eacute a propriedade que tem os valores de se subordinarem uns aos outros

isto eacute de serem uns mais valiosos que outros As razotildees porque o fazemos satildeo

muacuteltiplas

Exemplo

A maioria da populaccedilatildeo mundial continua a passar graves carecircncias alimentares

Todos os anos morrem milhotildees de pessoas por subnutriccedilatildeo Natildeo eacute de querer que

hierarquia dos seus valores destas pessoas a satisfaccedilatildeo das suas necessidades

bioloacutegicas natildeo esteja logo em primeiro lugar

7 Polaridade dos Valores

Os nossos valores tendem a organizar-se em termos de oposiccedilotildees ou polaridades

Preferimos e opomos a Verdade agrave Mentira a Justiccedila agrave Injusticcedila o Bem ao Mal a beleza

agrave fealdade a genorosidade agrave mesquinhecircs A palavra valor costuma apenas ser aplicada

num sentido positivo Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de

estima positiva ou negativamente Valor eacute tanto o Bem como o Mal o Justo como

Injusto

Carlos Fontes

In httpafilosofianosapopt10valoreshtm~

Dossier temaacutetico sobre Valores 2364

PERTINEcircNCIA DE VALORES

Durkheim considerava que os valores miacuteticos e religiosos que funcionaram como

crenccedilas nas sociedades tradicionais serviram para exercer o controlo e a coesatildeo sociais

e para inspirar as avaliaccedilotildees e as motivaccedilotildees das pessoas Eacute assim que nas sociedades

tradicionais de solidariedade mecacircnica os indiviacuteduos estatildeo integrados por valores

comuns que se lhes impotildeem garantindo a coesatildeo social Jaacute nas sociedades modernas

de solidariedade orgacircnica verifica-se segundo Durkheim uma erosatildeo dos valores

graccedilas ao aumento do individualismo e agrave desintegraccedilatildeo das ligaccedilotildees sociais originadas

pelo desenvolvimento da divisatildeo do trabalho

Parsons (1951) que consagrou a existecircncia de quatro subsistemas interdependentes -

cultural poliacutetico econoacutemico societal - remete cada um deles para quatro tipos de

valores O subsistema cultural manteacutem os modelos valorizados da acccedilatildeo o subsistema

poliacutetico assegura a funccedilatildeo de realizaccedilatildeo das finalidades colectivas o subsistema

societal assegura a funccedilatildeo de integraccedilatildeo social dos indiviacuteduos e o econoacutemico a funccedilatildeo

de adaptaccedilatildeo (controlo exploraccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio ambiente) Satildeo portanto

os sistemas que asseguram a funccedilatildeo de reproduccedilatildeo dos valores

A questatildeo da pertinecircncia dos valores coloca a relaccedilatildeo entre os valores (morais

religiosos poliacuteticos esteacuteticos) e as culturas na proacutepria medida em que existem relaccedilotildees

entre as formas de vida ou as visotildees do mundo e o quadro de valores que as orientam

Haacute uma multiplicidade de valores variando estes conforme as sociedades e as

culturas e tambeacutem conforme as eacutepocas histoacutericas por isso se fala da relatividade

histoacuterica dos valores Ora a pluralidade dos valores eacute acompanhada tambeacutem da

existecircncia de sistemas de valores relativamente abertos Novos valores podem sempre

vir a integrar um sistema (moral poliacutetico cultural ou religioso) desde que seja

assegurada uma coerecircncia miacutenima entre os valores de um mesmo sistema Com efeito

uma cultura de valores democraacuteticos por exemplo eacute incompatiacutevel com o autoritarismo

e o totalitarismo como uma cultura que reconhece o valor da infacircncia e os direitos da

crianccedila eacute incompatiacutevel com a exploraccedilatildeo da crianccedila

Poreacutem sistemas de valores diferenciados podem coexistir numa mesma sociedade

valores de grupos poliacuteticos diferentes de etnias diversas de comunidades religiosas

diferentes valores hedonistas que se opotildeem aos valores do trabalho e da eficaacutecia os

valores da poupanccedila e do patrimoacutenio em oposiccedilatildeo ao consumismo desenfreado os

Dossier temaacutetico sobre Valores 2464

valores do ser e da pessoa em oposiccedilatildeo aos valores do ter e do poder financeiro etc

Esta diversidade de valores pode provocar conflitos cuja resposta poderaacute implicar que

uma hierarquia de pertinecircncias seja estabelecida Com efeito existem conflitos de

valores no seio da famiacutelia (entre as geraccedilotildees por exemplo) nas empresas (entre a

eficaacutecia econoacutemica o lucro o melhoramento das condiccedilotildees de trabalho o serviccedilo agrave

comunidade etc) ao niacutevel das argumentaccedilotildees de valores num

tribunal ou nos debates puacuteblicos sobre processos judiciais (o respeito devido agraves viacutetimas

e o direito do culpado agrave sua defesa por exemplo) conflitos entre o valor da famiacutelia e a

obrigaccedilatildeo do trabalho (conflito que se potildee muitas vezes agraves matildees que trabalham fora

de casa e tecircm filhos pequenos) etc

Para aleacutem dos aspectos ligados agrave pluralidade dos valores assistimos hoje nas

sociedades democraacuteticas contemporacircneas a uma evoluccedilatildeo dos sistemas de valores e a

uma alteraccedilatildeo da sua hierarquia de pertinecircncia expressas na importacircncia crescente dos

novos valores ligados agrave ecologia agrave defesa do meio ambiente e ao novo conceito de

desenvolvimento sustentado dos valores da solidariedade da cidadania e da

toleracircncia que orientam hoje um novo tipo de acccedilatildeo colectiva (exercido em termos de

voluntariado eou por Organizaccedilotildees Natildeo-Governamentais (ONG) como os meacutedicos

sem fronteiras as associaccedilotildees de protecccedilatildeo e defesa das crianccedilas e das mulheres

viacutetimas de maus tratos as associaccedilotildees de defesa das minorias do consumidor de

assistecircncia aos doentes com sida etc) assim como se assiste a uma evoluccedilatildeo dos

valores ligados agrave mundializaccedilatildeo que orientam instituiccedilotildees e convenccedilotildees internacionais

Pertinecircncia de valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-07]

Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$pertinencia-de-valoresgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 2564

DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E

SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA

Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os

valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute

quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os

valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi

publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio

quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o

egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que

promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de

etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo

excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores

da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo

lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais

entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos

professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas

desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os

docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila

Foto Pintura de Salvador Dali

In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml

Dossier temaacutetico sobre Valores 2664

A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA

Adolfo S Suaacuterez

Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso

de Teologia do Unasp

Centro Universitaacuterio Adventista

Campus Engenheiro Coelho (SP)

adolfosuarezunaspedubr

Introduccedilatildeo

1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores

11 Definiccedilotildees

12 Modelos de valores em sala de aula

121 Valores absolutos

122 Valores relativos

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

13 Classificaccedilatildeo de valores

14 Conclusatildeo parcial

2 Valores que devem ser ensinados

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

23 Conclusatildeo parcial

3 A transmissatildeo de valores

31 Como se aprendem os valores

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

33 A idade e o ensino de valores

34 Conclusatildeo parcial

Consideraccedilotildees finais

Referecircncias bibliograacuteficas

Dossier temaacutetico sobre Valores 2764

Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo

Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde

Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula

The issue of values in the classroom

Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary

Education based on a Christian pedagogical practice

Keywords values christian education classroom

Dossier temaacutetico sobre Valores 2864

INTRODUCcedilAtildeO

Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS

2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da

experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e

cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e

espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)

Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas

fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade

promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a

inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)

No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de

estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das

faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)

Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo

meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo

quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e

aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)

Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido

vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo

no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar

desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de

professores ldquoconteudistasrdquo

Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser

mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno

porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de

apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa

formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores

Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-

se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo

da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados

Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores

1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES

1 1 Definiccedilotildees

Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade

humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua

conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja

valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)

independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de

caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)

Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo

Dossier temaacutetico sobre Valores 2964

Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao

satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa

qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto

deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo

racional humano (2001 p 44)

No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS

pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores

significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno

seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais

lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que

promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os

princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o

seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o

respeito e a cooperaccedilatildeo

Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante

descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade

(1997 p 79)

12 Modelos de valores em sala de aula

Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores

Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)

121 Valores absolutos

Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e

normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma

autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos

indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave

medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo

previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios

mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo

O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para

conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de

que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3064

122 Valores relativos

Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute

baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da

verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio

mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela

praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia

pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc

A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o

que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de

tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no

momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros

possam pensar

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3164

Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o

trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua

autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e

normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam

orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os

valores

Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que

determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura

que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a

escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se

oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem

possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo

Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de

determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes

puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para

todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar

os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns

13 Classificaccedilatildeo de valores

Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da

seguinte maneira numa escala ascendente

(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc

(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc

(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc

(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc

(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc

(f) Valores religiosos sagrado profano etc

De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em

Dossier temaacutetico sobre Valores 3264

(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam

rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar

(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute

dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel

satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para

Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos

sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos

gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e

prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos

(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)

(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo

pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real

exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato

boa-feacutemaacute-feacute etc)

(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)

(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia

autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da

vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees

pessoais etc

(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano

14 Conclusatildeo parcial

Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do

comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta

particular

Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta

temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e

autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em

valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos

A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados

educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados

2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados

Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio

de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados

ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA

chama de mandamentos satildeo os seguintes

Dossier temaacutetico sobre Valores 3364

(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o

bem

(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica

Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila

(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso

caraacuteter

(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio

entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato

(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)

(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado

(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a

ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia

com a sabedoria

(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em

noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional

(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser

motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas

uacuteteis ou prazeres

(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem

cair no narcisismo) e o amor pelos outros

(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos

felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com

tudo e todos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3464

O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro

Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz

que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas

geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho

humildade sabedoria respeito e solidariedade

Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de

Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os

seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da

atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo

mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom

humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto

valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante

da TV liberdade e obediecircncia

Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da

temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila

coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e

harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico

compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees

Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro

primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de

Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e

transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade

Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto

que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia

integridade equiliacutebrio e pessoalidade

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-

aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito

famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem

apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de

eternidade

Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as

Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino

Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo

Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais

importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram

escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam

agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo

Dossier temaacutetico sobre Valores 3564

Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia

(accedilatildeo) Perdatildeo

Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia

(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo

Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia

(pensamento) Previsatildeo

Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave

famiacutelia Individualidade Propoacutesito

Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade

Dossier temaacutetico sobre Valores 3664

Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza

Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade

Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo

proacutepria

Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo

Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo

Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo

Abertura Entusiasmo Interesse Respeito

Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio

Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade

Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia

Auto-motivaccedilatildeo para

desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede

Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade

Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila

Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade

Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade

eacutetica

Carinho Flexibilidade no juiacutezo

moral Meditaccedilatildeo

Sentido de

comunidade

Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo

Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia

Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade

Compreensatildeo da

verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade

Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento

Consciecircncia dos

assuntos morais e

religiosos

Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato

Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila

Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura

Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia

Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade

Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade

Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo

pessoal

Cortesia Humor Patriotismo Veracidade

Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude

Cumprimento dos

deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva

23 Conclusatildeo parcial

Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis

cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a

sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula

um importante ofiacutecio para todo educador

3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES

Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos

numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a

quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais

envolvidos em todo esse processo

Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente

pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir

em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3764

31 Como se aprendem os valores

Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que

demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras

(MARQUES 2001 p 44)

(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados

(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica

em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto

(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os

valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade

assimilamos a honestidade

(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos

loacutegicos e discursivos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3864

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o

factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)

O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da

crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor

da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para

exemplificaacute-la etc

Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores

demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a

veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel

relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o

relacionamento proacuteximo

O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido

consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso

exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa

situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e

sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre

sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar

dinheiro Por quecircrdquo

33 A idade e o ensino de valores

De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos

de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo

das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo

tem muita influecircncia

Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia

moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees

dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila

obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque

isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal

Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem

desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido

sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos

actos

34Conclusatildeo parcial

Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses

valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos

rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis

de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado

de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)

chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)

Dossier temaacutetico sobre Valores 3964

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que

determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que

a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos

e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores

podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e

religiosos

Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam

conviver bem consigo mesmos e com a sociedade

Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o

ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional

e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa

Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo

desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na

transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe

um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a

educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual

entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde

Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de

motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe

uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores

Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente

Precisamos educar o estudante plenamente

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed

Petroacutepolis RJ Vozes 2000

BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais

Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997

BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales

Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997

Dossier temaacutetico sobre Valores 4064

CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003

CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a

Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas

Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b

LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo

Paulo Vida 2001

MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000

MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001

PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991

SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995

YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de

Moraes Porto Alegre Artmed 2002

Dossier temaacutetico sobre Valores 4164

O PODER DOS CONTOS INFANTIS

Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada

Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e

agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre

Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em

geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo

deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o

fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma

contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado

Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo

dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de

uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de

exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura

racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar

Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do

qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do

abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip

Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam

sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a

cobardia

O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o

estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso

encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e

prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e

vencer o mal

Dossier temaacutetico sobre Valores 4264

Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique

completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o

sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes

sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo

com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute

mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los

interpretaacute-los e ultrapassaacute-los

Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente

nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se

enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de

forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais

como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel

estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a

questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim

zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila

moral dos contos infantis

Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar

duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a

crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso

sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-

se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada

In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm

Dossier temaacutetico sobre Valores 4364

Dicionaacuterio de Valores

(Infopeacutedia)

afecto

amizade

autodisciplina

civismo

confianccedila

disciplina

honestidade

integridade

integro

justiccedila

lealdade

liberdade

partilha

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

respeito

responsabilidade

responsaacutevel

solidariedade

solidaacuterio

toleracircncia

valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 4464

afecto

afecto n adj sentimento de apego e ()

afecto forma do verbo afectar

afecto

nome masculino

1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo

2 amizade

3 amor

4 carinho

5 inclinaccedilatildeo

adjectivo

1 afeiccediloado dedicado

2 destinado

3 ligado dependente

(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)

amizade

nome feminino

1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia

2 camaradagem companheirismo cumplicidade

3 entendimento compreensatildeo

4 dedicaccedilatildeo bondade

5 pessoa amiga

(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4564

autodisciplina

nome feminino

1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo

2 capacidade de se disciplinar

(De auto-+disciplina)

civismo

nome masculino

1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico

2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas

suas instituiccedilotildees

(Do fr civisme laquoidraquo)

confianccedila

nome feminino

1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor

2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza

3 creacutedito

4 acircnimo

5 popular ousadia atrevimento

6 popular familiaridade

abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo

que se ocupa

dar confianccedila permitir certa familiaridade

ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza

tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade

(Do fr confiance laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4664

disciplina

disciplina n conjunto de regras ou ()

disciplina forma do verbo disciplinar

disciplina

nome feminino

1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou

colectividade

2 observacircncia das regras obediecircncia

3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a

respeitar regras ou conseguir resultados

4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de

um estabelecimento escolar

5 autoridade

6 castigo mortificaccedilatildeo

7 [plural] correias para accediloitar

(Do lat disciplina- laquoidraquo)

honestidade

nome feminino

1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade

probidade

2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade

3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia

(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4764

integridade

nome feminino

1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade

2 qualidade do que eacute iacutentegro

3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade

(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)

integro [integro]

adjectivo

1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO

2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO

justiccedila

justiccedila n virtude moral que inspira ()

justiccedila forma do verbo justiccedilar

justiccedila

nome feminino

1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a

atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade

2 conformidade com o direito estabelecido

3 poder de aplicar as leis poder judicial

4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees

5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do

poder judicial

6 conjunto dos magistrados a magistratura

Dossier temaacutetico sobre Valores 4864

7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda

por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada

na outra

8 popular funcionaacuterios de um tribunal

justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor

das coisas trocadas

justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e

dos encargos consoante a qualidade das pessoas

justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial

justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer

positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus

membros

popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos

com justiccedila de maneira justa e imparcial

dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio

em boa justiccedila segundo o que eacute devido

fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes

(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)

lealdade

nome feminino

qualidade de leal fidelidade sinceridade

(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4964

liberdade

nome feminino

1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua

natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo

livre)

2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo

ou de acccedilatildeo)

3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e

independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de

decisatildeo)

4 livre arbiacutetrio

5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)

6 personificaccedilatildeo das ideias liberais

7 toleracircncia

8 licenccedila autorizaccedilatildeo

9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada

10 figurado franqueza

11 [plural] regalias imunidades

liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas

que se julgarem verdadeiras

liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem

impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela

lei

LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e

sintaacutecticas em poesia

(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5064

partilha

nome feminino

1 acto ou efeito de partilhar

2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa

3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio

4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila

5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente

entre duas ou mais pessoas

(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

nome feminino

1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar

2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo

3 desassossego

4 ideia fixa

5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo

(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)

respeito

respeito n acto ou efeito de ()

respeito forma do verbo respeitar

respeito

nome masculino

1 acto ou efeito de respeitar

2 consideraccedilatildeo apreccedilo

3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo

4 homenagem culto

5 temor receio

Dossier temaacutetico sobre Valores 5164

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 18: Valor Es Final

CRISE DOS VALORES TRADICIONAIS

Em pleno seacuteculo XXI quase toda a sociedade considera que existe uma crise de valores

ou pelo menos a falecircncia dos tradicionais Mas desde sempre esta consciecircncia de crise

de valores existiu numa perspectiva geograacutefica mais restrita e sem as dimensotildees de

generalizaccedilatildeo como sucede hoje A globalizaccedilatildeo econoacutemica e o neoliberalismo o

individualismo e o relativismo a par do progresso tecnoloacutegico aceleraram a toma de

consciecircncia de crise de valores por parte da populaccedilatildeo Por um lado esbateram-se ou jaacute

natildeo existem mesmo criteacuterios seguros para distinccedilatildeo do bem e do mal do justo e do

injusto entre outras categorias morais e pessoais imperando pois a subjectividade e o

relativismo Radicalmente alguns vatildeo mais longe e afirmam mesmo que jaacute natildeo existem

sequer valores tudo eacute circunstancial O que era antes intemporal e inalteraacutevel eacute agora

volaacutetil ou inconsistente passando-se do relativismo agrave descrenccedila niilista absoluta

As principais causas para a crise de valores satildeo

- a desvalorizaccedilatildeo da tradiccedilatildeo quer atraveacutes do marxismo que tudo subjuga agrave histoacuteria e

ao plano social desvalorizando os valores antigos da burguesia dos opressores que

substitui pelos do povo trabalhador quer atraveacutes de Nietzsche e a sua negaccedilatildeo dos

valores absolutos ou mesmo com Freud que tornou os valores morais como produto

de mecanismos mentais repressivos

- a crise na instituiccedilatildeo familiar das suas relaccedilotildees do proacuteprio modelo de famiacutelia

primeira fonte de transmissatildeo de valores O aumento de divoacutercios separaccedilotildees

violecircncia domeacutestica pressotildees econoacutemicas e stress social das famiacutelias podem prejudicar

tambeacutem a transmissatildeo de valores seguros aos filhos

- modificaccedilotildees de ordem material nos aspectos tecnoloacutegico e cientiacutefico e as sucessivas

mutaccedilotildees econoacutemicas podem conduzir ao distanciamento cada vez maior da sociedade

moderna face aos valores tradicionais

- menor peso dos bons costumes e da cultura popular na sociedade moderna visiacutevel na

descrenccedila nos valores absolutos e na moral social substituiacuteda pela moral autoacutenoma e

pelo relativismo

A sociedade hoje em dia tornou-se mais aberta e plural mais intercultural assumindo

melhor as diferenccedilas mas tambeacutem tornando-se mais insegura violenta tendendo para

a repressatildeo e ateacute para um individualismo egoiacutesta e esvaziado de valores de relaccedilotildees

Dossier temaacutetico sobre Valores 1864

interpessoais Para muitos analistas natildeo existe crise antes abertura para outros a

maior crise eacute a incapacidade humana de enfrentar o problema da crise de valores pois

subsiste a ideia de que nas democracias natildeo haacute valores impessoais ou suprapessoais

parecendo que cada um escolhe os seus Alguns autores sugerem que a crise natildeo seraacute

apenas de valores mas tambeacutem de referecircncias estaacuteveis e soacutelidas

Crise dos Valores Tradicionais In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-

06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$crise-dos-valores-tradicionaisgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 1964

O QUE SAtildeO VALORES

O QUE DISTINGUE UM FACTO DE UM VALOR

PESQUISA

O homem vive toma partido crecirc numa multiplicidade de valores hierarquiza-os e daacute

assim sentido agrave sua existecircncia mediante opccedilotildees que ultrapassam incessantemente as

fronteiras do seu conhecimento efectivo No homem que pensa esta questatildeo soacute pode

ser raciocinada no sentido em que para fazer a siacutentese entre aquilo que ele crecirc e

aquilo que ele sabe ele soacute pode utilizar uma reflexatildeo quer prolongando o saber quer

opondo-se a ele num esforccedilo criacutetico para determinar as suas fronteiras actuais e

legitimar a hierarquizaccedilatildeo dos valores que o ultrapassam Esta siacutentese raciocinada

entre as crenccedilas quaisquer que elas sejam e as condiccedilotildees do saber constituiacute aquilo que

noacutes chamamos uma sabedoria e eacute este que nos parece ser o objecto da filosofia

Jean Piaget Sageza e Ilusatildeo da Filosofia

Dossier temaacutetico sobre Valores 2064

SIacuteNTESE

1 Valores

1 Quando decidimos fazer algo estamos a realizar uma escolha Manifestamos certas

preferecircncias por umas coisas em vez de outras Evocamos entatildeo certos motivos para

justificar as nossas decisotildees

2 Factos e valores

Todos estes motivos podem ser apoiados em factos mas tecircm sempre impliacutecitos certos

valores que justificam ou legitimam as nossas preferecircncias

Exemplo O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi o dia mais importante

da semana era um domingo

Facto O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi efectivamente um

domingo

Valor impliacutecito O domingo como o dia mais importante entre os

dias da semana

3Facto

Um facto eacute algo que algo que pode ser comprovado sobre o qual podemos dizer que a

afirmaccedilatildeo eacute verdadeira ou falsa Os factos satildeo igualmente susceptiacuteveis de gerarem

consensos universais

4 Valor

Podemos definir os valorespartindo das vaacuterias dimensotildees em que usamos

a) os valores satildeo criteacuterios segundo os quais valorizamos ou desvalorizamos as

coisas

Dossier temaacutetico sobre Valores 2164

b) Os valores satildeo as razotildees que justificam ou motivam as nossas acccedilotildees tornando-

as preferiacuteveis a outras

Os valores reportam-se em geral sempre a acccedilotildees justificam-nas

Exemplo Participar numa manifestaccedilatildeo a favor do povo timorensepode significar que

atribuiacutemos agrave Solidariedade uma enorme importacircncia A solidariedade eacute neste caso o

valor que justifica ou explica a nossa acccedilatildeo

Ao contraacuterio dos factos os valores apenas implicam a adesatildeo de grupos restritos Nem

todos possuiacutemos os mesmos valores nem valorizamos as coisas da mesma forma

5 Tipos de valores

Os valores natildeo satildeo coisas nem simples ideias que adquirimos mas conceitos que

traduzem as nossas preferecircncias Existe uma enorme diversidade de valores podemos

agrupaacute-los quanto agrave sua natureza da seguinte forma

Valores eacuteticos os que se referem agraves normas ou criteacuterios de conduta que afectam todas

as aacutereas da nossa actividade Exemplos Solidariedade Honestidade Verdade

Lealdade Bondade Altruiacutesmo

Valores esteacuteticos os valores de expressatildeo Exemplo Harmonia Belo Feio Sublime

Traacutegico

Valores religiosos os que dizem respeito agrave relaccedilatildeo do homem com a transcendecircncia

Exemplos Sagrado Pureza Santidade Perfeiccedilatildeo

Valores poliacuteticos Justiccedila Igualdade Imparcialidade Cidadania Liberdade

Valores vitais Sauacutede Forccedila

6 Hierarquizaccedilatildeo dos Valores

Natildeo atribuiacutemos a todos os nossos valores a mesma importacircncia Na hora de tomar

uma decisatildeo cada um de noacutes hierarquiza os valores de forma muito diversa A

Dossier temaacutetico sobre Valores 2264

hierarquizaccedilatildeo eacute a propriedade que tem os valores de se subordinarem uns aos outros

isto eacute de serem uns mais valiosos que outros As razotildees porque o fazemos satildeo

muacuteltiplas

Exemplo

A maioria da populaccedilatildeo mundial continua a passar graves carecircncias alimentares

Todos os anos morrem milhotildees de pessoas por subnutriccedilatildeo Natildeo eacute de querer que

hierarquia dos seus valores destas pessoas a satisfaccedilatildeo das suas necessidades

bioloacutegicas natildeo esteja logo em primeiro lugar

7 Polaridade dos Valores

Os nossos valores tendem a organizar-se em termos de oposiccedilotildees ou polaridades

Preferimos e opomos a Verdade agrave Mentira a Justiccedila agrave Injusticcedila o Bem ao Mal a beleza

agrave fealdade a genorosidade agrave mesquinhecircs A palavra valor costuma apenas ser aplicada

num sentido positivo Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de

estima positiva ou negativamente Valor eacute tanto o Bem como o Mal o Justo como

Injusto

Carlos Fontes

In httpafilosofianosapopt10valoreshtm~

Dossier temaacutetico sobre Valores 2364

PERTINEcircNCIA DE VALORES

Durkheim considerava que os valores miacuteticos e religiosos que funcionaram como

crenccedilas nas sociedades tradicionais serviram para exercer o controlo e a coesatildeo sociais

e para inspirar as avaliaccedilotildees e as motivaccedilotildees das pessoas Eacute assim que nas sociedades

tradicionais de solidariedade mecacircnica os indiviacuteduos estatildeo integrados por valores

comuns que se lhes impotildeem garantindo a coesatildeo social Jaacute nas sociedades modernas

de solidariedade orgacircnica verifica-se segundo Durkheim uma erosatildeo dos valores

graccedilas ao aumento do individualismo e agrave desintegraccedilatildeo das ligaccedilotildees sociais originadas

pelo desenvolvimento da divisatildeo do trabalho

Parsons (1951) que consagrou a existecircncia de quatro subsistemas interdependentes -

cultural poliacutetico econoacutemico societal - remete cada um deles para quatro tipos de

valores O subsistema cultural manteacutem os modelos valorizados da acccedilatildeo o subsistema

poliacutetico assegura a funccedilatildeo de realizaccedilatildeo das finalidades colectivas o subsistema

societal assegura a funccedilatildeo de integraccedilatildeo social dos indiviacuteduos e o econoacutemico a funccedilatildeo

de adaptaccedilatildeo (controlo exploraccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio ambiente) Satildeo portanto

os sistemas que asseguram a funccedilatildeo de reproduccedilatildeo dos valores

A questatildeo da pertinecircncia dos valores coloca a relaccedilatildeo entre os valores (morais

religiosos poliacuteticos esteacuteticos) e as culturas na proacutepria medida em que existem relaccedilotildees

entre as formas de vida ou as visotildees do mundo e o quadro de valores que as orientam

Haacute uma multiplicidade de valores variando estes conforme as sociedades e as

culturas e tambeacutem conforme as eacutepocas histoacutericas por isso se fala da relatividade

histoacuterica dos valores Ora a pluralidade dos valores eacute acompanhada tambeacutem da

existecircncia de sistemas de valores relativamente abertos Novos valores podem sempre

vir a integrar um sistema (moral poliacutetico cultural ou religioso) desde que seja

assegurada uma coerecircncia miacutenima entre os valores de um mesmo sistema Com efeito

uma cultura de valores democraacuteticos por exemplo eacute incompatiacutevel com o autoritarismo

e o totalitarismo como uma cultura que reconhece o valor da infacircncia e os direitos da

crianccedila eacute incompatiacutevel com a exploraccedilatildeo da crianccedila

Poreacutem sistemas de valores diferenciados podem coexistir numa mesma sociedade

valores de grupos poliacuteticos diferentes de etnias diversas de comunidades religiosas

diferentes valores hedonistas que se opotildeem aos valores do trabalho e da eficaacutecia os

valores da poupanccedila e do patrimoacutenio em oposiccedilatildeo ao consumismo desenfreado os

Dossier temaacutetico sobre Valores 2464

valores do ser e da pessoa em oposiccedilatildeo aos valores do ter e do poder financeiro etc

Esta diversidade de valores pode provocar conflitos cuja resposta poderaacute implicar que

uma hierarquia de pertinecircncias seja estabelecida Com efeito existem conflitos de

valores no seio da famiacutelia (entre as geraccedilotildees por exemplo) nas empresas (entre a

eficaacutecia econoacutemica o lucro o melhoramento das condiccedilotildees de trabalho o serviccedilo agrave

comunidade etc) ao niacutevel das argumentaccedilotildees de valores num

tribunal ou nos debates puacuteblicos sobre processos judiciais (o respeito devido agraves viacutetimas

e o direito do culpado agrave sua defesa por exemplo) conflitos entre o valor da famiacutelia e a

obrigaccedilatildeo do trabalho (conflito que se potildee muitas vezes agraves matildees que trabalham fora

de casa e tecircm filhos pequenos) etc

Para aleacutem dos aspectos ligados agrave pluralidade dos valores assistimos hoje nas

sociedades democraacuteticas contemporacircneas a uma evoluccedilatildeo dos sistemas de valores e a

uma alteraccedilatildeo da sua hierarquia de pertinecircncia expressas na importacircncia crescente dos

novos valores ligados agrave ecologia agrave defesa do meio ambiente e ao novo conceito de

desenvolvimento sustentado dos valores da solidariedade da cidadania e da

toleracircncia que orientam hoje um novo tipo de acccedilatildeo colectiva (exercido em termos de

voluntariado eou por Organizaccedilotildees Natildeo-Governamentais (ONG) como os meacutedicos

sem fronteiras as associaccedilotildees de protecccedilatildeo e defesa das crianccedilas e das mulheres

viacutetimas de maus tratos as associaccedilotildees de defesa das minorias do consumidor de

assistecircncia aos doentes com sida etc) assim como se assiste a uma evoluccedilatildeo dos

valores ligados agrave mundializaccedilatildeo que orientam instituiccedilotildees e convenccedilotildees internacionais

Pertinecircncia de valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-07]

Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$pertinencia-de-valoresgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 2564

DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E

SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA

Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os

valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute

quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os

valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi

publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio

quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o

egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que

promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de

etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo

excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores

da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo

lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais

entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos

professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas

desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os

docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila

Foto Pintura de Salvador Dali

In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml

Dossier temaacutetico sobre Valores 2664

A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA

Adolfo S Suaacuterez

Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso

de Teologia do Unasp

Centro Universitaacuterio Adventista

Campus Engenheiro Coelho (SP)

adolfosuarezunaspedubr

Introduccedilatildeo

1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores

11 Definiccedilotildees

12 Modelos de valores em sala de aula

121 Valores absolutos

122 Valores relativos

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

13 Classificaccedilatildeo de valores

14 Conclusatildeo parcial

2 Valores que devem ser ensinados

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

23 Conclusatildeo parcial

3 A transmissatildeo de valores

31 Como se aprendem os valores

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

33 A idade e o ensino de valores

34 Conclusatildeo parcial

Consideraccedilotildees finais

Referecircncias bibliograacuteficas

Dossier temaacutetico sobre Valores 2764

Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo

Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde

Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula

The issue of values in the classroom

Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary

Education based on a Christian pedagogical practice

Keywords values christian education classroom

Dossier temaacutetico sobre Valores 2864

INTRODUCcedilAtildeO

Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS

2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da

experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e

cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e

espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)

Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas

fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade

promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a

inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)

No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de

estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das

faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)

Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo

meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo

quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e

aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)

Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido

vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo

no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar

desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de

professores ldquoconteudistasrdquo

Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser

mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno

porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de

apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa

formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores

Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-

se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo

da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados

Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores

1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES

1 1 Definiccedilotildees

Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade

humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua

conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja

valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)

independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de

caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)

Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo

Dossier temaacutetico sobre Valores 2964

Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao

satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa

qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto

deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo

racional humano (2001 p 44)

No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS

pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores

significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno

seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais

lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que

promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os

princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o

seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o

respeito e a cooperaccedilatildeo

Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante

descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade

(1997 p 79)

12 Modelos de valores em sala de aula

Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores

Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)

121 Valores absolutos

Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e

normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma

autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos

indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave

medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo

previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios

mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo

O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para

conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de

que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3064

122 Valores relativos

Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute

baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da

verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio

mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela

praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia

pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc

A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o

que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de

tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no

momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros

possam pensar

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3164

Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o

trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua

autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e

normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam

orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os

valores

Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que

determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura

que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a

escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se

oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem

possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo

Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de

determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes

puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para

todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar

os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns

13 Classificaccedilatildeo de valores

Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da

seguinte maneira numa escala ascendente

(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc

(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc

(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc

(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc

(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc

(f) Valores religiosos sagrado profano etc

De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em

Dossier temaacutetico sobre Valores 3264

(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam

rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar

(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute

dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel

satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para

Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos

sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos

gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e

prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos

(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)

(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo

pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real

exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato

boa-feacutemaacute-feacute etc)

(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)

(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia

autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da

vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees

pessoais etc

(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano

14 Conclusatildeo parcial

Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do

comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta

particular

Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta

temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e

autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em

valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos

A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados

educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados

2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados

Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio

de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados

ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA

chama de mandamentos satildeo os seguintes

Dossier temaacutetico sobre Valores 3364

(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o

bem

(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica

Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila

(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso

caraacuteter

(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio

entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato

(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)

(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado

(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a

ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia

com a sabedoria

(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em

noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional

(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser

motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas

uacuteteis ou prazeres

(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem

cair no narcisismo) e o amor pelos outros

(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos

felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com

tudo e todos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3464

O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro

Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz

que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas

geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho

humildade sabedoria respeito e solidariedade

Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de

Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os

seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da

atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo

mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom

humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto

valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante

da TV liberdade e obediecircncia

Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da

temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila

coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e

harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico

compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees

Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro

primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de

Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e

transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade

Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto

que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia

integridade equiliacutebrio e pessoalidade

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-

aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito

famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem

apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de

eternidade

Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as

Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino

Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo

Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais

importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram

escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam

agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo

Dossier temaacutetico sobre Valores 3564

Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia

(accedilatildeo) Perdatildeo

Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia

(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo

Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia

(pensamento) Previsatildeo

Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave

famiacutelia Individualidade Propoacutesito

Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade

Dossier temaacutetico sobre Valores 3664

Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza

Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade

Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo

proacutepria

Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo

Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo

Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo

Abertura Entusiasmo Interesse Respeito

Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio

Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade

Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia

Auto-motivaccedilatildeo para

desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede

Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade

Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila

Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade

Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade

eacutetica

Carinho Flexibilidade no juiacutezo

moral Meditaccedilatildeo

Sentido de

comunidade

Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo

Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia

Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade

Compreensatildeo da

verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade

Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento

Consciecircncia dos

assuntos morais e

religiosos

Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato

Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila

Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura

Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia

Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade

Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade

Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo

pessoal

Cortesia Humor Patriotismo Veracidade

Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude

Cumprimento dos

deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva

23 Conclusatildeo parcial

Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis

cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a

sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula

um importante ofiacutecio para todo educador

3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES

Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos

numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a

quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais

envolvidos em todo esse processo

Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente

pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir

em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3764

31 Como se aprendem os valores

Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que

demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras

(MARQUES 2001 p 44)

(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados

(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica

em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto

(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os

valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade

assimilamos a honestidade

(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos

loacutegicos e discursivos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3864

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o

factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)

O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da

crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor

da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para

exemplificaacute-la etc

Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores

demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a

veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel

relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o

relacionamento proacuteximo

O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido

consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso

exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa

situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e

sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre

sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar

dinheiro Por quecircrdquo

33 A idade e o ensino de valores

De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos

de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo

das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo

tem muita influecircncia

Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia

moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees

dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila

obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque

isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal

Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem

desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido

sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos

actos

34Conclusatildeo parcial

Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses

valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos

rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis

de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado

de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)

chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)

Dossier temaacutetico sobre Valores 3964

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que

determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que

a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos

e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores

podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e

religiosos

Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam

conviver bem consigo mesmos e com a sociedade

Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o

ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional

e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa

Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo

desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na

transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe

um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a

educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual

entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde

Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de

motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe

uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores

Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente

Precisamos educar o estudante plenamente

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed

Petroacutepolis RJ Vozes 2000

BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais

Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997

BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales

Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997

Dossier temaacutetico sobre Valores 4064

CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003

CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a

Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas

Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b

LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo

Paulo Vida 2001

MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000

MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001

PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991

SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995

YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de

Moraes Porto Alegre Artmed 2002

Dossier temaacutetico sobre Valores 4164

O PODER DOS CONTOS INFANTIS

Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada

Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e

agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre

Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em

geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo

deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o

fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma

contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado

Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo

dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de

uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de

exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura

racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar

Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do

qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do

abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip

Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam

sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a

cobardia

O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o

estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso

encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e

prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e

vencer o mal

Dossier temaacutetico sobre Valores 4264

Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique

completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o

sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes

sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo

com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute

mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los

interpretaacute-los e ultrapassaacute-los

Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente

nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se

enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de

forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais

como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel

estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a

questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim

zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila

moral dos contos infantis

Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar

duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a

crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso

sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-

se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada

In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm

Dossier temaacutetico sobre Valores 4364

Dicionaacuterio de Valores

(Infopeacutedia)

afecto

amizade

autodisciplina

civismo

confianccedila

disciplina

honestidade

integridade

integro

justiccedila

lealdade

liberdade

partilha

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

respeito

responsabilidade

responsaacutevel

solidariedade

solidaacuterio

toleracircncia

valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 4464

afecto

afecto n adj sentimento de apego e ()

afecto forma do verbo afectar

afecto

nome masculino

1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo

2 amizade

3 amor

4 carinho

5 inclinaccedilatildeo

adjectivo

1 afeiccediloado dedicado

2 destinado

3 ligado dependente

(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)

amizade

nome feminino

1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia

2 camaradagem companheirismo cumplicidade

3 entendimento compreensatildeo

4 dedicaccedilatildeo bondade

5 pessoa amiga

(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4564

autodisciplina

nome feminino

1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo

2 capacidade de se disciplinar

(De auto-+disciplina)

civismo

nome masculino

1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico

2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas

suas instituiccedilotildees

(Do fr civisme laquoidraquo)

confianccedila

nome feminino

1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor

2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza

3 creacutedito

4 acircnimo

5 popular ousadia atrevimento

6 popular familiaridade

abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo

que se ocupa

dar confianccedila permitir certa familiaridade

ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza

tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade

(Do fr confiance laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4664

disciplina

disciplina n conjunto de regras ou ()

disciplina forma do verbo disciplinar

disciplina

nome feminino

1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou

colectividade

2 observacircncia das regras obediecircncia

3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a

respeitar regras ou conseguir resultados

4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de

um estabelecimento escolar

5 autoridade

6 castigo mortificaccedilatildeo

7 [plural] correias para accediloitar

(Do lat disciplina- laquoidraquo)

honestidade

nome feminino

1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade

probidade

2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade

3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia

(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4764

integridade

nome feminino

1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade

2 qualidade do que eacute iacutentegro

3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade

(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)

integro [integro]

adjectivo

1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO

2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO

justiccedila

justiccedila n virtude moral que inspira ()

justiccedila forma do verbo justiccedilar

justiccedila

nome feminino

1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a

atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade

2 conformidade com o direito estabelecido

3 poder de aplicar as leis poder judicial

4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees

5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do

poder judicial

6 conjunto dos magistrados a magistratura

Dossier temaacutetico sobre Valores 4864

7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda

por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada

na outra

8 popular funcionaacuterios de um tribunal

justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor

das coisas trocadas

justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e

dos encargos consoante a qualidade das pessoas

justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial

justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer

positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus

membros

popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos

com justiccedila de maneira justa e imparcial

dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio

em boa justiccedila segundo o que eacute devido

fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes

(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)

lealdade

nome feminino

qualidade de leal fidelidade sinceridade

(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4964

liberdade

nome feminino

1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua

natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo

livre)

2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo

ou de acccedilatildeo)

3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e

independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de

decisatildeo)

4 livre arbiacutetrio

5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)

6 personificaccedilatildeo das ideias liberais

7 toleracircncia

8 licenccedila autorizaccedilatildeo

9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada

10 figurado franqueza

11 [plural] regalias imunidades

liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas

que se julgarem verdadeiras

liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem

impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela

lei

LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e

sintaacutecticas em poesia

(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5064

partilha

nome feminino

1 acto ou efeito de partilhar

2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa

3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio

4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila

5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente

entre duas ou mais pessoas

(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

nome feminino

1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar

2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo

3 desassossego

4 ideia fixa

5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo

(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)

respeito

respeito n acto ou efeito de ()

respeito forma do verbo respeitar

respeito

nome masculino

1 acto ou efeito de respeitar

2 consideraccedilatildeo apreccedilo

3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo

4 homenagem culto

5 temor receio

Dossier temaacutetico sobre Valores 5164

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 19: Valor Es Final

interpessoais Para muitos analistas natildeo existe crise antes abertura para outros a

maior crise eacute a incapacidade humana de enfrentar o problema da crise de valores pois

subsiste a ideia de que nas democracias natildeo haacute valores impessoais ou suprapessoais

parecendo que cada um escolhe os seus Alguns autores sugerem que a crise natildeo seraacute

apenas de valores mas tambeacutem de referecircncias estaacuteveis e soacutelidas

Crise dos Valores Tradicionais In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-

06] Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$crise-dos-valores-tradicionaisgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 1964

O QUE SAtildeO VALORES

O QUE DISTINGUE UM FACTO DE UM VALOR

PESQUISA

O homem vive toma partido crecirc numa multiplicidade de valores hierarquiza-os e daacute

assim sentido agrave sua existecircncia mediante opccedilotildees que ultrapassam incessantemente as

fronteiras do seu conhecimento efectivo No homem que pensa esta questatildeo soacute pode

ser raciocinada no sentido em que para fazer a siacutentese entre aquilo que ele crecirc e

aquilo que ele sabe ele soacute pode utilizar uma reflexatildeo quer prolongando o saber quer

opondo-se a ele num esforccedilo criacutetico para determinar as suas fronteiras actuais e

legitimar a hierarquizaccedilatildeo dos valores que o ultrapassam Esta siacutentese raciocinada

entre as crenccedilas quaisquer que elas sejam e as condiccedilotildees do saber constituiacute aquilo que

noacutes chamamos uma sabedoria e eacute este que nos parece ser o objecto da filosofia

Jean Piaget Sageza e Ilusatildeo da Filosofia

Dossier temaacutetico sobre Valores 2064

SIacuteNTESE

1 Valores

1 Quando decidimos fazer algo estamos a realizar uma escolha Manifestamos certas

preferecircncias por umas coisas em vez de outras Evocamos entatildeo certos motivos para

justificar as nossas decisotildees

2 Factos e valores

Todos estes motivos podem ser apoiados em factos mas tecircm sempre impliacutecitos certos

valores que justificam ou legitimam as nossas preferecircncias

Exemplo O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi o dia mais importante

da semana era um domingo

Facto O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi efectivamente um

domingo

Valor impliacutecito O domingo como o dia mais importante entre os

dias da semana

3Facto

Um facto eacute algo que algo que pode ser comprovado sobre o qual podemos dizer que a

afirmaccedilatildeo eacute verdadeira ou falsa Os factos satildeo igualmente susceptiacuteveis de gerarem

consensos universais

4 Valor

Podemos definir os valorespartindo das vaacuterias dimensotildees em que usamos

a) os valores satildeo criteacuterios segundo os quais valorizamos ou desvalorizamos as

coisas

Dossier temaacutetico sobre Valores 2164

b) Os valores satildeo as razotildees que justificam ou motivam as nossas acccedilotildees tornando-

as preferiacuteveis a outras

Os valores reportam-se em geral sempre a acccedilotildees justificam-nas

Exemplo Participar numa manifestaccedilatildeo a favor do povo timorensepode significar que

atribuiacutemos agrave Solidariedade uma enorme importacircncia A solidariedade eacute neste caso o

valor que justifica ou explica a nossa acccedilatildeo

Ao contraacuterio dos factos os valores apenas implicam a adesatildeo de grupos restritos Nem

todos possuiacutemos os mesmos valores nem valorizamos as coisas da mesma forma

5 Tipos de valores

Os valores natildeo satildeo coisas nem simples ideias que adquirimos mas conceitos que

traduzem as nossas preferecircncias Existe uma enorme diversidade de valores podemos

agrupaacute-los quanto agrave sua natureza da seguinte forma

Valores eacuteticos os que se referem agraves normas ou criteacuterios de conduta que afectam todas

as aacutereas da nossa actividade Exemplos Solidariedade Honestidade Verdade

Lealdade Bondade Altruiacutesmo

Valores esteacuteticos os valores de expressatildeo Exemplo Harmonia Belo Feio Sublime

Traacutegico

Valores religiosos os que dizem respeito agrave relaccedilatildeo do homem com a transcendecircncia

Exemplos Sagrado Pureza Santidade Perfeiccedilatildeo

Valores poliacuteticos Justiccedila Igualdade Imparcialidade Cidadania Liberdade

Valores vitais Sauacutede Forccedila

6 Hierarquizaccedilatildeo dos Valores

Natildeo atribuiacutemos a todos os nossos valores a mesma importacircncia Na hora de tomar

uma decisatildeo cada um de noacutes hierarquiza os valores de forma muito diversa A

Dossier temaacutetico sobre Valores 2264

hierarquizaccedilatildeo eacute a propriedade que tem os valores de se subordinarem uns aos outros

isto eacute de serem uns mais valiosos que outros As razotildees porque o fazemos satildeo

muacuteltiplas

Exemplo

A maioria da populaccedilatildeo mundial continua a passar graves carecircncias alimentares

Todos os anos morrem milhotildees de pessoas por subnutriccedilatildeo Natildeo eacute de querer que

hierarquia dos seus valores destas pessoas a satisfaccedilatildeo das suas necessidades

bioloacutegicas natildeo esteja logo em primeiro lugar

7 Polaridade dos Valores

Os nossos valores tendem a organizar-se em termos de oposiccedilotildees ou polaridades

Preferimos e opomos a Verdade agrave Mentira a Justiccedila agrave Injusticcedila o Bem ao Mal a beleza

agrave fealdade a genorosidade agrave mesquinhecircs A palavra valor costuma apenas ser aplicada

num sentido positivo Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de

estima positiva ou negativamente Valor eacute tanto o Bem como o Mal o Justo como

Injusto

Carlos Fontes

In httpafilosofianosapopt10valoreshtm~

Dossier temaacutetico sobre Valores 2364

PERTINEcircNCIA DE VALORES

Durkheim considerava que os valores miacuteticos e religiosos que funcionaram como

crenccedilas nas sociedades tradicionais serviram para exercer o controlo e a coesatildeo sociais

e para inspirar as avaliaccedilotildees e as motivaccedilotildees das pessoas Eacute assim que nas sociedades

tradicionais de solidariedade mecacircnica os indiviacuteduos estatildeo integrados por valores

comuns que se lhes impotildeem garantindo a coesatildeo social Jaacute nas sociedades modernas

de solidariedade orgacircnica verifica-se segundo Durkheim uma erosatildeo dos valores

graccedilas ao aumento do individualismo e agrave desintegraccedilatildeo das ligaccedilotildees sociais originadas

pelo desenvolvimento da divisatildeo do trabalho

Parsons (1951) que consagrou a existecircncia de quatro subsistemas interdependentes -

cultural poliacutetico econoacutemico societal - remete cada um deles para quatro tipos de

valores O subsistema cultural manteacutem os modelos valorizados da acccedilatildeo o subsistema

poliacutetico assegura a funccedilatildeo de realizaccedilatildeo das finalidades colectivas o subsistema

societal assegura a funccedilatildeo de integraccedilatildeo social dos indiviacuteduos e o econoacutemico a funccedilatildeo

de adaptaccedilatildeo (controlo exploraccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio ambiente) Satildeo portanto

os sistemas que asseguram a funccedilatildeo de reproduccedilatildeo dos valores

A questatildeo da pertinecircncia dos valores coloca a relaccedilatildeo entre os valores (morais

religiosos poliacuteticos esteacuteticos) e as culturas na proacutepria medida em que existem relaccedilotildees

entre as formas de vida ou as visotildees do mundo e o quadro de valores que as orientam

Haacute uma multiplicidade de valores variando estes conforme as sociedades e as

culturas e tambeacutem conforme as eacutepocas histoacutericas por isso se fala da relatividade

histoacuterica dos valores Ora a pluralidade dos valores eacute acompanhada tambeacutem da

existecircncia de sistemas de valores relativamente abertos Novos valores podem sempre

vir a integrar um sistema (moral poliacutetico cultural ou religioso) desde que seja

assegurada uma coerecircncia miacutenima entre os valores de um mesmo sistema Com efeito

uma cultura de valores democraacuteticos por exemplo eacute incompatiacutevel com o autoritarismo

e o totalitarismo como uma cultura que reconhece o valor da infacircncia e os direitos da

crianccedila eacute incompatiacutevel com a exploraccedilatildeo da crianccedila

Poreacutem sistemas de valores diferenciados podem coexistir numa mesma sociedade

valores de grupos poliacuteticos diferentes de etnias diversas de comunidades religiosas

diferentes valores hedonistas que se opotildeem aos valores do trabalho e da eficaacutecia os

valores da poupanccedila e do patrimoacutenio em oposiccedilatildeo ao consumismo desenfreado os

Dossier temaacutetico sobre Valores 2464

valores do ser e da pessoa em oposiccedilatildeo aos valores do ter e do poder financeiro etc

Esta diversidade de valores pode provocar conflitos cuja resposta poderaacute implicar que

uma hierarquia de pertinecircncias seja estabelecida Com efeito existem conflitos de

valores no seio da famiacutelia (entre as geraccedilotildees por exemplo) nas empresas (entre a

eficaacutecia econoacutemica o lucro o melhoramento das condiccedilotildees de trabalho o serviccedilo agrave

comunidade etc) ao niacutevel das argumentaccedilotildees de valores num

tribunal ou nos debates puacuteblicos sobre processos judiciais (o respeito devido agraves viacutetimas

e o direito do culpado agrave sua defesa por exemplo) conflitos entre o valor da famiacutelia e a

obrigaccedilatildeo do trabalho (conflito que se potildee muitas vezes agraves matildees que trabalham fora

de casa e tecircm filhos pequenos) etc

Para aleacutem dos aspectos ligados agrave pluralidade dos valores assistimos hoje nas

sociedades democraacuteticas contemporacircneas a uma evoluccedilatildeo dos sistemas de valores e a

uma alteraccedilatildeo da sua hierarquia de pertinecircncia expressas na importacircncia crescente dos

novos valores ligados agrave ecologia agrave defesa do meio ambiente e ao novo conceito de

desenvolvimento sustentado dos valores da solidariedade da cidadania e da

toleracircncia que orientam hoje um novo tipo de acccedilatildeo colectiva (exercido em termos de

voluntariado eou por Organizaccedilotildees Natildeo-Governamentais (ONG) como os meacutedicos

sem fronteiras as associaccedilotildees de protecccedilatildeo e defesa das crianccedilas e das mulheres

viacutetimas de maus tratos as associaccedilotildees de defesa das minorias do consumidor de

assistecircncia aos doentes com sida etc) assim como se assiste a uma evoluccedilatildeo dos

valores ligados agrave mundializaccedilatildeo que orientam instituiccedilotildees e convenccedilotildees internacionais

Pertinecircncia de valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-07]

Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$pertinencia-de-valoresgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 2564

DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E

SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA

Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os

valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute

quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os

valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi

publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio

quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o

egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que

promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de

etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo

excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores

da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo

lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais

entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos

professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas

desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os

docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila

Foto Pintura de Salvador Dali

In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml

Dossier temaacutetico sobre Valores 2664

A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA

Adolfo S Suaacuterez

Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso

de Teologia do Unasp

Centro Universitaacuterio Adventista

Campus Engenheiro Coelho (SP)

adolfosuarezunaspedubr

Introduccedilatildeo

1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores

11 Definiccedilotildees

12 Modelos de valores em sala de aula

121 Valores absolutos

122 Valores relativos

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

13 Classificaccedilatildeo de valores

14 Conclusatildeo parcial

2 Valores que devem ser ensinados

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

23 Conclusatildeo parcial

3 A transmissatildeo de valores

31 Como se aprendem os valores

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

33 A idade e o ensino de valores

34 Conclusatildeo parcial

Consideraccedilotildees finais

Referecircncias bibliograacuteficas

Dossier temaacutetico sobre Valores 2764

Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo

Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde

Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula

The issue of values in the classroom

Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary

Education based on a Christian pedagogical practice

Keywords values christian education classroom

Dossier temaacutetico sobre Valores 2864

INTRODUCcedilAtildeO

Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS

2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da

experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e

cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e

espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)

Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas

fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade

promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a

inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)

No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de

estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das

faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)

Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo

meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo

quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e

aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)

Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido

vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo

no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar

desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de

professores ldquoconteudistasrdquo

Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser

mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno

porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de

apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa

formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores

Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-

se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo

da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados

Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores

1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES

1 1 Definiccedilotildees

Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade

humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua

conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja

valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)

independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de

caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)

Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo

Dossier temaacutetico sobre Valores 2964

Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao

satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa

qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto

deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo

racional humano (2001 p 44)

No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS

pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores

significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno

seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais

lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que

promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os

princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o

seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o

respeito e a cooperaccedilatildeo

Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante

descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade

(1997 p 79)

12 Modelos de valores em sala de aula

Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores

Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)

121 Valores absolutos

Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e

normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma

autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos

indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave

medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo

previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios

mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo

O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para

conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de

que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3064

122 Valores relativos

Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute

baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da

verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio

mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela

praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia

pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc

A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o

que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de

tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no

momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros

possam pensar

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3164

Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o

trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua

autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e

normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam

orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os

valores

Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que

determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura

que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a

escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se

oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem

possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo

Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de

determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes

puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para

todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar

os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns

13 Classificaccedilatildeo de valores

Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da

seguinte maneira numa escala ascendente

(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc

(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc

(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc

(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc

(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc

(f) Valores religiosos sagrado profano etc

De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em

Dossier temaacutetico sobre Valores 3264

(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam

rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar

(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute

dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel

satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para

Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos

sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos

gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e

prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos

(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)

(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo

pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real

exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato

boa-feacutemaacute-feacute etc)

(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)

(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia

autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da

vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees

pessoais etc

(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano

14 Conclusatildeo parcial

Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do

comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta

particular

Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta

temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e

autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em

valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos

A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados

educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados

2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados

Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio

de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados

ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA

chama de mandamentos satildeo os seguintes

Dossier temaacutetico sobre Valores 3364

(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o

bem

(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica

Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila

(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso

caraacuteter

(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio

entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato

(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)

(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado

(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a

ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia

com a sabedoria

(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em

noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional

(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser

motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas

uacuteteis ou prazeres

(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem

cair no narcisismo) e o amor pelos outros

(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos

felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com

tudo e todos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3464

O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro

Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz

que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas

geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho

humildade sabedoria respeito e solidariedade

Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de

Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os

seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da

atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo

mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom

humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto

valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante

da TV liberdade e obediecircncia

Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da

temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila

coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e

harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico

compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees

Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro

primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de

Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e

transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade

Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto

que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia

integridade equiliacutebrio e pessoalidade

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-

aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito

famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem

apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de

eternidade

Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as

Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino

Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo

Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais

importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram

escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam

agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo

Dossier temaacutetico sobre Valores 3564

Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia

(accedilatildeo) Perdatildeo

Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia

(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo

Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia

(pensamento) Previsatildeo

Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave

famiacutelia Individualidade Propoacutesito

Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade

Dossier temaacutetico sobre Valores 3664

Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza

Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade

Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo

proacutepria

Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo

Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo

Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo

Abertura Entusiasmo Interesse Respeito

Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio

Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade

Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia

Auto-motivaccedilatildeo para

desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede

Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade

Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila

Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade

Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade

eacutetica

Carinho Flexibilidade no juiacutezo

moral Meditaccedilatildeo

Sentido de

comunidade

Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo

Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia

Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade

Compreensatildeo da

verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade

Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento

Consciecircncia dos

assuntos morais e

religiosos

Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato

Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila

Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura

Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia

Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade

Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade

Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo

pessoal

Cortesia Humor Patriotismo Veracidade

Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude

Cumprimento dos

deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva

23 Conclusatildeo parcial

Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis

cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a

sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula

um importante ofiacutecio para todo educador

3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES

Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos

numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a

quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais

envolvidos em todo esse processo

Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente

pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir

em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3764

31 Como se aprendem os valores

Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que

demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras

(MARQUES 2001 p 44)

(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados

(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica

em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto

(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os

valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade

assimilamos a honestidade

(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos

loacutegicos e discursivos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3864

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o

factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)

O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da

crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor

da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para

exemplificaacute-la etc

Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores

demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a

veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel

relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o

relacionamento proacuteximo

O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido

consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso

exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa

situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e

sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre

sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar

dinheiro Por quecircrdquo

33 A idade e o ensino de valores

De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos

de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo

das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo

tem muita influecircncia

Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia

moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees

dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila

obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque

isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal

Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem

desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido

sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos

actos

34Conclusatildeo parcial

Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses

valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos

rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis

de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado

de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)

chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)

Dossier temaacutetico sobre Valores 3964

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que

determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que

a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos

e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores

podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e

religiosos

Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam

conviver bem consigo mesmos e com a sociedade

Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o

ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional

e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa

Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo

desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na

transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe

um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a

educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual

entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde

Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de

motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe

uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores

Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente

Precisamos educar o estudante plenamente

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed

Petroacutepolis RJ Vozes 2000

BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais

Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997

BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales

Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997

Dossier temaacutetico sobre Valores 4064

CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003

CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a

Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas

Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b

LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo

Paulo Vida 2001

MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000

MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001

PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991

SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995

YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de

Moraes Porto Alegre Artmed 2002

Dossier temaacutetico sobre Valores 4164

O PODER DOS CONTOS INFANTIS

Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada

Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e

agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre

Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em

geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo

deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o

fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma

contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado

Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo

dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de

uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de

exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura

racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar

Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do

qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do

abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip

Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam

sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a

cobardia

O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o

estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso

encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e

prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e

vencer o mal

Dossier temaacutetico sobre Valores 4264

Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique

completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o

sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes

sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo

com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute

mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los

interpretaacute-los e ultrapassaacute-los

Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente

nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se

enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de

forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais

como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel

estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a

questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim

zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila

moral dos contos infantis

Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar

duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a

crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso

sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-

se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada

In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm

Dossier temaacutetico sobre Valores 4364

Dicionaacuterio de Valores

(Infopeacutedia)

afecto

amizade

autodisciplina

civismo

confianccedila

disciplina

honestidade

integridade

integro

justiccedila

lealdade

liberdade

partilha

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

respeito

responsabilidade

responsaacutevel

solidariedade

solidaacuterio

toleracircncia

valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 4464

afecto

afecto n adj sentimento de apego e ()

afecto forma do verbo afectar

afecto

nome masculino

1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo

2 amizade

3 amor

4 carinho

5 inclinaccedilatildeo

adjectivo

1 afeiccediloado dedicado

2 destinado

3 ligado dependente

(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)

amizade

nome feminino

1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia

2 camaradagem companheirismo cumplicidade

3 entendimento compreensatildeo

4 dedicaccedilatildeo bondade

5 pessoa amiga

(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4564

autodisciplina

nome feminino

1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo

2 capacidade de se disciplinar

(De auto-+disciplina)

civismo

nome masculino

1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico

2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas

suas instituiccedilotildees

(Do fr civisme laquoidraquo)

confianccedila

nome feminino

1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor

2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza

3 creacutedito

4 acircnimo

5 popular ousadia atrevimento

6 popular familiaridade

abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo

que se ocupa

dar confianccedila permitir certa familiaridade

ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza

tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade

(Do fr confiance laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4664

disciplina

disciplina n conjunto de regras ou ()

disciplina forma do verbo disciplinar

disciplina

nome feminino

1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou

colectividade

2 observacircncia das regras obediecircncia

3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a

respeitar regras ou conseguir resultados

4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de

um estabelecimento escolar

5 autoridade

6 castigo mortificaccedilatildeo

7 [plural] correias para accediloitar

(Do lat disciplina- laquoidraquo)

honestidade

nome feminino

1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade

probidade

2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade

3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia

(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4764

integridade

nome feminino

1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade

2 qualidade do que eacute iacutentegro

3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade

(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)

integro [integro]

adjectivo

1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO

2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO

justiccedila

justiccedila n virtude moral que inspira ()

justiccedila forma do verbo justiccedilar

justiccedila

nome feminino

1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a

atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade

2 conformidade com o direito estabelecido

3 poder de aplicar as leis poder judicial

4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees

5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do

poder judicial

6 conjunto dos magistrados a magistratura

Dossier temaacutetico sobre Valores 4864

7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda

por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada

na outra

8 popular funcionaacuterios de um tribunal

justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor

das coisas trocadas

justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e

dos encargos consoante a qualidade das pessoas

justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial

justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer

positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus

membros

popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos

com justiccedila de maneira justa e imparcial

dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio

em boa justiccedila segundo o que eacute devido

fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes

(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)

lealdade

nome feminino

qualidade de leal fidelidade sinceridade

(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4964

liberdade

nome feminino

1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua

natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo

livre)

2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo

ou de acccedilatildeo)

3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e

independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de

decisatildeo)

4 livre arbiacutetrio

5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)

6 personificaccedilatildeo das ideias liberais

7 toleracircncia

8 licenccedila autorizaccedilatildeo

9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada

10 figurado franqueza

11 [plural] regalias imunidades

liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas

que se julgarem verdadeiras

liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem

impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela

lei

LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e

sintaacutecticas em poesia

(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5064

partilha

nome feminino

1 acto ou efeito de partilhar

2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa

3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio

4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila

5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente

entre duas ou mais pessoas

(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

nome feminino

1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar

2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo

3 desassossego

4 ideia fixa

5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo

(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)

respeito

respeito n acto ou efeito de ()

respeito forma do verbo respeitar

respeito

nome masculino

1 acto ou efeito de respeitar

2 consideraccedilatildeo apreccedilo

3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo

4 homenagem culto

5 temor receio

Dossier temaacutetico sobre Valores 5164

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 20: Valor Es Final

O QUE SAtildeO VALORES

O QUE DISTINGUE UM FACTO DE UM VALOR

PESQUISA

O homem vive toma partido crecirc numa multiplicidade de valores hierarquiza-os e daacute

assim sentido agrave sua existecircncia mediante opccedilotildees que ultrapassam incessantemente as

fronteiras do seu conhecimento efectivo No homem que pensa esta questatildeo soacute pode

ser raciocinada no sentido em que para fazer a siacutentese entre aquilo que ele crecirc e

aquilo que ele sabe ele soacute pode utilizar uma reflexatildeo quer prolongando o saber quer

opondo-se a ele num esforccedilo criacutetico para determinar as suas fronteiras actuais e

legitimar a hierarquizaccedilatildeo dos valores que o ultrapassam Esta siacutentese raciocinada

entre as crenccedilas quaisquer que elas sejam e as condiccedilotildees do saber constituiacute aquilo que

noacutes chamamos uma sabedoria e eacute este que nos parece ser o objecto da filosofia

Jean Piaget Sageza e Ilusatildeo da Filosofia

Dossier temaacutetico sobre Valores 2064

SIacuteNTESE

1 Valores

1 Quando decidimos fazer algo estamos a realizar uma escolha Manifestamos certas

preferecircncias por umas coisas em vez de outras Evocamos entatildeo certos motivos para

justificar as nossas decisotildees

2 Factos e valores

Todos estes motivos podem ser apoiados em factos mas tecircm sempre impliacutecitos certos

valores que justificam ou legitimam as nossas preferecircncias

Exemplo O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi o dia mais importante

da semana era um domingo

Facto O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi efectivamente um

domingo

Valor impliacutecito O domingo como o dia mais importante entre os

dias da semana

3Facto

Um facto eacute algo que algo que pode ser comprovado sobre o qual podemos dizer que a

afirmaccedilatildeo eacute verdadeira ou falsa Os factos satildeo igualmente susceptiacuteveis de gerarem

consensos universais

4 Valor

Podemos definir os valorespartindo das vaacuterias dimensotildees em que usamos

a) os valores satildeo criteacuterios segundo os quais valorizamos ou desvalorizamos as

coisas

Dossier temaacutetico sobre Valores 2164

b) Os valores satildeo as razotildees que justificam ou motivam as nossas acccedilotildees tornando-

as preferiacuteveis a outras

Os valores reportam-se em geral sempre a acccedilotildees justificam-nas

Exemplo Participar numa manifestaccedilatildeo a favor do povo timorensepode significar que

atribuiacutemos agrave Solidariedade uma enorme importacircncia A solidariedade eacute neste caso o

valor que justifica ou explica a nossa acccedilatildeo

Ao contraacuterio dos factos os valores apenas implicam a adesatildeo de grupos restritos Nem

todos possuiacutemos os mesmos valores nem valorizamos as coisas da mesma forma

5 Tipos de valores

Os valores natildeo satildeo coisas nem simples ideias que adquirimos mas conceitos que

traduzem as nossas preferecircncias Existe uma enorme diversidade de valores podemos

agrupaacute-los quanto agrave sua natureza da seguinte forma

Valores eacuteticos os que se referem agraves normas ou criteacuterios de conduta que afectam todas

as aacutereas da nossa actividade Exemplos Solidariedade Honestidade Verdade

Lealdade Bondade Altruiacutesmo

Valores esteacuteticos os valores de expressatildeo Exemplo Harmonia Belo Feio Sublime

Traacutegico

Valores religiosos os que dizem respeito agrave relaccedilatildeo do homem com a transcendecircncia

Exemplos Sagrado Pureza Santidade Perfeiccedilatildeo

Valores poliacuteticos Justiccedila Igualdade Imparcialidade Cidadania Liberdade

Valores vitais Sauacutede Forccedila

6 Hierarquizaccedilatildeo dos Valores

Natildeo atribuiacutemos a todos os nossos valores a mesma importacircncia Na hora de tomar

uma decisatildeo cada um de noacutes hierarquiza os valores de forma muito diversa A

Dossier temaacutetico sobre Valores 2264

hierarquizaccedilatildeo eacute a propriedade que tem os valores de se subordinarem uns aos outros

isto eacute de serem uns mais valiosos que outros As razotildees porque o fazemos satildeo

muacuteltiplas

Exemplo

A maioria da populaccedilatildeo mundial continua a passar graves carecircncias alimentares

Todos os anos morrem milhotildees de pessoas por subnutriccedilatildeo Natildeo eacute de querer que

hierarquia dos seus valores destas pessoas a satisfaccedilatildeo das suas necessidades

bioloacutegicas natildeo esteja logo em primeiro lugar

7 Polaridade dos Valores

Os nossos valores tendem a organizar-se em termos de oposiccedilotildees ou polaridades

Preferimos e opomos a Verdade agrave Mentira a Justiccedila agrave Injusticcedila o Bem ao Mal a beleza

agrave fealdade a genorosidade agrave mesquinhecircs A palavra valor costuma apenas ser aplicada

num sentido positivo Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de

estima positiva ou negativamente Valor eacute tanto o Bem como o Mal o Justo como

Injusto

Carlos Fontes

In httpafilosofianosapopt10valoreshtm~

Dossier temaacutetico sobre Valores 2364

PERTINEcircNCIA DE VALORES

Durkheim considerava que os valores miacuteticos e religiosos que funcionaram como

crenccedilas nas sociedades tradicionais serviram para exercer o controlo e a coesatildeo sociais

e para inspirar as avaliaccedilotildees e as motivaccedilotildees das pessoas Eacute assim que nas sociedades

tradicionais de solidariedade mecacircnica os indiviacuteduos estatildeo integrados por valores

comuns que se lhes impotildeem garantindo a coesatildeo social Jaacute nas sociedades modernas

de solidariedade orgacircnica verifica-se segundo Durkheim uma erosatildeo dos valores

graccedilas ao aumento do individualismo e agrave desintegraccedilatildeo das ligaccedilotildees sociais originadas

pelo desenvolvimento da divisatildeo do trabalho

Parsons (1951) que consagrou a existecircncia de quatro subsistemas interdependentes -

cultural poliacutetico econoacutemico societal - remete cada um deles para quatro tipos de

valores O subsistema cultural manteacutem os modelos valorizados da acccedilatildeo o subsistema

poliacutetico assegura a funccedilatildeo de realizaccedilatildeo das finalidades colectivas o subsistema

societal assegura a funccedilatildeo de integraccedilatildeo social dos indiviacuteduos e o econoacutemico a funccedilatildeo

de adaptaccedilatildeo (controlo exploraccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio ambiente) Satildeo portanto

os sistemas que asseguram a funccedilatildeo de reproduccedilatildeo dos valores

A questatildeo da pertinecircncia dos valores coloca a relaccedilatildeo entre os valores (morais

religiosos poliacuteticos esteacuteticos) e as culturas na proacutepria medida em que existem relaccedilotildees

entre as formas de vida ou as visotildees do mundo e o quadro de valores que as orientam

Haacute uma multiplicidade de valores variando estes conforme as sociedades e as

culturas e tambeacutem conforme as eacutepocas histoacutericas por isso se fala da relatividade

histoacuterica dos valores Ora a pluralidade dos valores eacute acompanhada tambeacutem da

existecircncia de sistemas de valores relativamente abertos Novos valores podem sempre

vir a integrar um sistema (moral poliacutetico cultural ou religioso) desde que seja

assegurada uma coerecircncia miacutenima entre os valores de um mesmo sistema Com efeito

uma cultura de valores democraacuteticos por exemplo eacute incompatiacutevel com o autoritarismo

e o totalitarismo como uma cultura que reconhece o valor da infacircncia e os direitos da

crianccedila eacute incompatiacutevel com a exploraccedilatildeo da crianccedila

Poreacutem sistemas de valores diferenciados podem coexistir numa mesma sociedade

valores de grupos poliacuteticos diferentes de etnias diversas de comunidades religiosas

diferentes valores hedonistas que se opotildeem aos valores do trabalho e da eficaacutecia os

valores da poupanccedila e do patrimoacutenio em oposiccedilatildeo ao consumismo desenfreado os

Dossier temaacutetico sobre Valores 2464

valores do ser e da pessoa em oposiccedilatildeo aos valores do ter e do poder financeiro etc

Esta diversidade de valores pode provocar conflitos cuja resposta poderaacute implicar que

uma hierarquia de pertinecircncias seja estabelecida Com efeito existem conflitos de

valores no seio da famiacutelia (entre as geraccedilotildees por exemplo) nas empresas (entre a

eficaacutecia econoacutemica o lucro o melhoramento das condiccedilotildees de trabalho o serviccedilo agrave

comunidade etc) ao niacutevel das argumentaccedilotildees de valores num

tribunal ou nos debates puacuteblicos sobre processos judiciais (o respeito devido agraves viacutetimas

e o direito do culpado agrave sua defesa por exemplo) conflitos entre o valor da famiacutelia e a

obrigaccedilatildeo do trabalho (conflito que se potildee muitas vezes agraves matildees que trabalham fora

de casa e tecircm filhos pequenos) etc

Para aleacutem dos aspectos ligados agrave pluralidade dos valores assistimos hoje nas

sociedades democraacuteticas contemporacircneas a uma evoluccedilatildeo dos sistemas de valores e a

uma alteraccedilatildeo da sua hierarquia de pertinecircncia expressas na importacircncia crescente dos

novos valores ligados agrave ecologia agrave defesa do meio ambiente e ao novo conceito de

desenvolvimento sustentado dos valores da solidariedade da cidadania e da

toleracircncia que orientam hoje um novo tipo de acccedilatildeo colectiva (exercido em termos de

voluntariado eou por Organizaccedilotildees Natildeo-Governamentais (ONG) como os meacutedicos

sem fronteiras as associaccedilotildees de protecccedilatildeo e defesa das crianccedilas e das mulheres

viacutetimas de maus tratos as associaccedilotildees de defesa das minorias do consumidor de

assistecircncia aos doentes com sida etc) assim como se assiste a uma evoluccedilatildeo dos

valores ligados agrave mundializaccedilatildeo que orientam instituiccedilotildees e convenccedilotildees internacionais

Pertinecircncia de valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-07]

Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$pertinencia-de-valoresgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 2564

DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E

SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA

Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os

valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute

quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os

valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi

publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio

quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o

egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que

promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de

etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo

excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores

da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo

lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais

entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos

professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas

desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os

docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila

Foto Pintura de Salvador Dali

In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml

Dossier temaacutetico sobre Valores 2664

A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA

Adolfo S Suaacuterez

Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso

de Teologia do Unasp

Centro Universitaacuterio Adventista

Campus Engenheiro Coelho (SP)

adolfosuarezunaspedubr

Introduccedilatildeo

1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores

11 Definiccedilotildees

12 Modelos de valores em sala de aula

121 Valores absolutos

122 Valores relativos

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

13 Classificaccedilatildeo de valores

14 Conclusatildeo parcial

2 Valores que devem ser ensinados

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

23 Conclusatildeo parcial

3 A transmissatildeo de valores

31 Como se aprendem os valores

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

33 A idade e o ensino de valores

34 Conclusatildeo parcial

Consideraccedilotildees finais

Referecircncias bibliograacuteficas

Dossier temaacutetico sobre Valores 2764

Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo

Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde

Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula

The issue of values in the classroom

Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary

Education based on a Christian pedagogical practice

Keywords values christian education classroom

Dossier temaacutetico sobre Valores 2864

INTRODUCcedilAtildeO

Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS

2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da

experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e

cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e

espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)

Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas

fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade

promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a

inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)

No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de

estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das

faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)

Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo

meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo

quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e

aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)

Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido

vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo

no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar

desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de

professores ldquoconteudistasrdquo

Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser

mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno

porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de

apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa

formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores

Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-

se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo

da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados

Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores

1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES

1 1 Definiccedilotildees

Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade

humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua

conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja

valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)

independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de

caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)

Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo

Dossier temaacutetico sobre Valores 2964

Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao

satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa

qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto

deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo

racional humano (2001 p 44)

No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS

pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores

significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno

seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais

lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que

promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os

princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o

seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o

respeito e a cooperaccedilatildeo

Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante

descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade

(1997 p 79)

12 Modelos de valores em sala de aula

Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores

Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)

121 Valores absolutos

Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e

normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma

autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos

indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave

medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo

previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios

mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo

O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para

conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de

que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3064

122 Valores relativos

Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute

baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da

verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio

mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela

praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia

pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc

A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o

que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de

tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no

momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros

possam pensar

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3164

Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o

trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua

autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e

normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam

orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os

valores

Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que

determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura

que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a

escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se

oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem

possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo

Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de

determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes

puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para

todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar

os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns

13 Classificaccedilatildeo de valores

Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da

seguinte maneira numa escala ascendente

(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc

(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc

(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc

(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc

(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc

(f) Valores religiosos sagrado profano etc

De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em

Dossier temaacutetico sobre Valores 3264

(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam

rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar

(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute

dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel

satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para

Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos

sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos

gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e

prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos

(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)

(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo

pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real

exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato

boa-feacutemaacute-feacute etc)

(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)

(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia

autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da

vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees

pessoais etc

(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano

14 Conclusatildeo parcial

Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do

comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta

particular

Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta

temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e

autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em

valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos

A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados

educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados

2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados

Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio

de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados

ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA

chama de mandamentos satildeo os seguintes

Dossier temaacutetico sobre Valores 3364

(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o

bem

(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica

Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila

(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso

caraacuteter

(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio

entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato

(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)

(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado

(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a

ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia

com a sabedoria

(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em

noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional

(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser

motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas

uacuteteis ou prazeres

(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem

cair no narcisismo) e o amor pelos outros

(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos

felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com

tudo e todos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3464

O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro

Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz

que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas

geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho

humildade sabedoria respeito e solidariedade

Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de

Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os

seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da

atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo

mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom

humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto

valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante

da TV liberdade e obediecircncia

Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da

temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila

coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e

harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico

compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees

Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro

primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de

Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e

transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade

Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto

que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia

integridade equiliacutebrio e pessoalidade

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-

aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito

famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem

apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de

eternidade

Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as

Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino

Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo

Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais

importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram

escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam

agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo

Dossier temaacutetico sobre Valores 3564

Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia

(accedilatildeo) Perdatildeo

Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia

(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo

Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia

(pensamento) Previsatildeo

Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave

famiacutelia Individualidade Propoacutesito

Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade

Dossier temaacutetico sobre Valores 3664

Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza

Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade

Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo

proacutepria

Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo

Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo

Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo

Abertura Entusiasmo Interesse Respeito

Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio

Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade

Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia

Auto-motivaccedilatildeo para

desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede

Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade

Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila

Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade

Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade

eacutetica

Carinho Flexibilidade no juiacutezo

moral Meditaccedilatildeo

Sentido de

comunidade

Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo

Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia

Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade

Compreensatildeo da

verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade

Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento

Consciecircncia dos

assuntos morais e

religiosos

Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato

Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila

Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura

Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia

Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade

Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade

Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo

pessoal

Cortesia Humor Patriotismo Veracidade

Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude

Cumprimento dos

deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva

23 Conclusatildeo parcial

Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis

cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a

sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula

um importante ofiacutecio para todo educador

3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES

Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos

numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a

quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais

envolvidos em todo esse processo

Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente

pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir

em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3764

31 Como se aprendem os valores

Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que

demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras

(MARQUES 2001 p 44)

(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados

(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica

em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto

(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os

valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade

assimilamos a honestidade

(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos

loacutegicos e discursivos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3864

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o

factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)

O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da

crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor

da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para

exemplificaacute-la etc

Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores

demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a

veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel

relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o

relacionamento proacuteximo

O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido

consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso

exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa

situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e

sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre

sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar

dinheiro Por quecircrdquo

33 A idade e o ensino de valores

De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos

de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo

das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo

tem muita influecircncia

Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia

moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees

dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila

obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque

isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal

Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem

desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido

sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos

actos

34Conclusatildeo parcial

Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses

valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos

rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis

de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado

de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)

chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)

Dossier temaacutetico sobre Valores 3964

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que

determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que

a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos

e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores

podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e

religiosos

Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam

conviver bem consigo mesmos e com a sociedade

Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o

ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional

e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa

Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo

desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na

transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe

um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a

educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual

entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde

Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de

motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe

uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores

Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente

Precisamos educar o estudante plenamente

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed

Petroacutepolis RJ Vozes 2000

BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais

Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997

BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales

Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997

Dossier temaacutetico sobre Valores 4064

CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003

CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a

Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas

Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b

LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo

Paulo Vida 2001

MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000

MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001

PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991

SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995

YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de

Moraes Porto Alegre Artmed 2002

Dossier temaacutetico sobre Valores 4164

O PODER DOS CONTOS INFANTIS

Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada

Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e

agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre

Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em

geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo

deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o

fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma

contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado

Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo

dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de

uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de

exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura

racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar

Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do

qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do

abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip

Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam

sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a

cobardia

O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o

estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso

encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e

prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e

vencer o mal

Dossier temaacutetico sobre Valores 4264

Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique

completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o

sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes

sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo

com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute

mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los

interpretaacute-los e ultrapassaacute-los

Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente

nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se

enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de

forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais

como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel

estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a

questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim

zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila

moral dos contos infantis

Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar

duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a

crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso

sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-

se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada

In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm

Dossier temaacutetico sobre Valores 4364

Dicionaacuterio de Valores

(Infopeacutedia)

afecto

amizade

autodisciplina

civismo

confianccedila

disciplina

honestidade

integridade

integro

justiccedila

lealdade

liberdade

partilha

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

respeito

responsabilidade

responsaacutevel

solidariedade

solidaacuterio

toleracircncia

valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 4464

afecto

afecto n adj sentimento de apego e ()

afecto forma do verbo afectar

afecto

nome masculino

1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo

2 amizade

3 amor

4 carinho

5 inclinaccedilatildeo

adjectivo

1 afeiccediloado dedicado

2 destinado

3 ligado dependente

(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)

amizade

nome feminino

1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia

2 camaradagem companheirismo cumplicidade

3 entendimento compreensatildeo

4 dedicaccedilatildeo bondade

5 pessoa amiga

(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4564

autodisciplina

nome feminino

1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo

2 capacidade de se disciplinar

(De auto-+disciplina)

civismo

nome masculino

1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico

2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas

suas instituiccedilotildees

(Do fr civisme laquoidraquo)

confianccedila

nome feminino

1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor

2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza

3 creacutedito

4 acircnimo

5 popular ousadia atrevimento

6 popular familiaridade

abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo

que se ocupa

dar confianccedila permitir certa familiaridade

ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza

tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade

(Do fr confiance laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4664

disciplina

disciplina n conjunto de regras ou ()

disciplina forma do verbo disciplinar

disciplina

nome feminino

1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou

colectividade

2 observacircncia das regras obediecircncia

3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a

respeitar regras ou conseguir resultados

4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de

um estabelecimento escolar

5 autoridade

6 castigo mortificaccedilatildeo

7 [plural] correias para accediloitar

(Do lat disciplina- laquoidraquo)

honestidade

nome feminino

1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade

probidade

2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade

3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia

(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4764

integridade

nome feminino

1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade

2 qualidade do que eacute iacutentegro

3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade

(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)

integro [integro]

adjectivo

1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO

2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO

justiccedila

justiccedila n virtude moral que inspira ()

justiccedila forma do verbo justiccedilar

justiccedila

nome feminino

1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a

atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade

2 conformidade com o direito estabelecido

3 poder de aplicar as leis poder judicial

4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees

5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do

poder judicial

6 conjunto dos magistrados a magistratura

Dossier temaacutetico sobre Valores 4864

7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda

por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada

na outra

8 popular funcionaacuterios de um tribunal

justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor

das coisas trocadas

justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e

dos encargos consoante a qualidade das pessoas

justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial

justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer

positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus

membros

popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos

com justiccedila de maneira justa e imparcial

dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio

em boa justiccedila segundo o que eacute devido

fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes

(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)

lealdade

nome feminino

qualidade de leal fidelidade sinceridade

(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4964

liberdade

nome feminino

1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua

natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo

livre)

2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo

ou de acccedilatildeo)

3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e

independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de

decisatildeo)

4 livre arbiacutetrio

5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)

6 personificaccedilatildeo das ideias liberais

7 toleracircncia

8 licenccedila autorizaccedilatildeo

9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada

10 figurado franqueza

11 [plural] regalias imunidades

liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas

que se julgarem verdadeiras

liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem

impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela

lei

LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e

sintaacutecticas em poesia

(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5064

partilha

nome feminino

1 acto ou efeito de partilhar

2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa

3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio

4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila

5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente

entre duas ou mais pessoas

(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

nome feminino

1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar

2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo

3 desassossego

4 ideia fixa

5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo

(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)

respeito

respeito n acto ou efeito de ()

respeito forma do verbo respeitar

respeito

nome masculino

1 acto ou efeito de respeitar

2 consideraccedilatildeo apreccedilo

3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo

4 homenagem culto

5 temor receio

Dossier temaacutetico sobre Valores 5164

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 21: Valor Es Final

SIacuteNTESE

1 Valores

1 Quando decidimos fazer algo estamos a realizar uma escolha Manifestamos certas

preferecircncias por umas coisas em vez de outras Evocamos entatildeo certos motivos para

justificar as nossas decisotildees

2 Factos e valores

Todos estes motivos podem ser apoiados em factos mas tecircm sempre impliacutecitos certos

valores que justificam ou legitimam as nossas preferecircncias

Exemplo O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi o dia mais importante

da semana era um domingo

Facto O dia 18 de Fevereiro de 2001 foi efectivamente um

domingo

Valor impliacutecito O domingo como o dia mais importante entre os

dias da semana

3Facto

Um facto eacute algo que algo que pode ser comprovado sobre o qual podemos dizer que a

afirmaccedilatildeo eacute verdadeira ou falsa Os factos satildeo igualmente susceptiacuteveis de gerarem

consensos universais

4 Valor

Podemos definir os valorespartindo das vaacuterias dimensotildees em que usamos

a) os valores satildeo criteacuterios segundo os quais valorizamos ou desvalorizamos as

coisas

Dossier temaacutetico sobre Valores 2164

b) Os valores satildeo as razotildees que justificam ou motivam as nossas acccedilotildees tornando-

as preferiacuteveis a outras

Os valores reportam-se em geral sempre a acccedilotildees justificam-nas

Exemplo Participar numa manifestaccedilatildeo a favor do povo timorensepode significar que

atribuiacutemos agrave Solidariedade uma enorme importacircncia A solidariedade eacute neste caso o

valor que justifica ou explica a nossa acccedilatildeo

Ao contraacuterio dos factos os valores apenas implicam a adesatildeo de grupos restritos Nem

todos possuiacutemos os mesmos valores nem valorizamos as coisas da mesma forma

5 Tipos de valores

Os valores natildeo satildeo coisas nem simples ideias que adquirimos mas conceitos que

traduzem as nossas preferecircncias Existe uma enorme diversidade de valores podemos

agrupaacute-los quanto agrave sua natureza da seguinte forma

Valores eacuteticos os que se referem agraves normas ou criteacuterios de conduta que afectam todas

as aacutereas da nossa actividade Exemplos Solidariedade Honestidade Verdade

Lealdade Bondade Altruiacutesmo

Valores esteacuteticos os valores de expressatildeo Exemplo Harmonia Belo Feio Sublime

Traacutegico

Valores religiosos os que dizem respeito agrave relaccedilatildeo do homem com a transcendecircncia

Exemplos Sagrado Pureza Santidade Perfeiccedilatildeo

Valores poliacuteticos Justiccedila Igualdade Imparcialidade Cidadania Liberdade

Valores vitais Sauacutede Forccedila

6 Hierarquizaccedilatildeo dos Valores

Natildeo atribuiacutemos a todos os nossos valores a mesma importacircncia Na hora de tomar

uma decisatildeo cada um de noacutes hierarquiza os valores de forma muito diversa A

Dossier temaacutetico sobre Valores 2264

hierarquizaccedilatildeo eacute a propriedade que tem os valores de se subordinarem uns aos outros

isto eacute de serem uns mais valiosos que outros As razotildees porque o fazemos satildeo

muacuteltiplas

Exemplo

A maioria da populaccedilatildeo mundial continua a passar graves carecircncias alimentares

Todos os anos morrem milhotildees de pessoas por subnutriccedilatildeo Natildeo eacute de querer que

hierarquia dos seus valores destas pessoas a satisfaccedilatildeo das suas necessidades

bioloacutegicas natildeo esteja logo em primeiro lugar

7 Polaridade dos Valores

Os nossos valores tendem a organizar-se em termos de oposiccedilotildees ou polaridades

Preferimos e opomos a Verdade agrave Mentira a Justiccedila agrave Injusticcedila o Bem ao Mal a beleza

agrave fealdade a genorosidade agrave mesquinhecircs A palavra valor costuma apenas ser aplicada

num sentido positivo Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de

estima positiva ou negativamente Valor eacute tanto o Bem como o Mal o Justo como

Injusto

Carlos Fontes

In httpafilosofianosapopt10valoreshtm~

Dossier temaacutetico sobre Valores 2364

PERTINEcircNCIA DE VALORES

Durkheim considerava que os valores miacuteticos e religiosos que funcionaram como

crenccedilas nas sociedades tradicionais serviram para exercer o controlo e a coesatildeo sociais

e para inspirar as avaliaccedilotildees e as motivaccedilotildees das pessoas Eacute assim que nas sociedades

tradicionais de solidariedade mecacircnica os indiviacuteduos estatildeo integrados por valores

comuns que se lhes impotildeem garantindo a coesatildeo social Jaacute nas sociedades modernas

de solidariedade orgacircnica verifica-se segundo Durkheim uma erosatildeo dos valores

graccedilas ao aumento do individualismo e agrave desintegraccedilatildeo das ligaccedilotildees sociais originadas

pelo desenvolvimento da divisatildeo do trabalho

Parsons (1951) que consagrou a existecircncia de quatro subsistemas interdependentes -

cultural poliacutetico econoacutemico societal - remete cada um deles para quatro tipos de

valores O subsistema cultural manteacutem os modelos valorizados da acccedilatildeo o subsistema

poliacutetico assegura a funccedilatildeo de realizaccedilatildeo das finalidades colectivas o subsistema

societal assegura a funccedilatildeo de integraccedilatildeo social dos indiviacuteduos e o econoacutemico a funccedilatildeo

de adaptaccedilatildeo (controlo exploraccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio ambiente) Satildeo portanto

os sistemas que asseguram a funccedilatildeo de reproduccedilatildeo dos valores

A questatildeo da pertinecircncia dos valores coloca a relaccedilatildeo entre os valores (morais

religiosos poliacuteticos esteacuteticos) e as culturas na proacutepria medida em que existem relaccedilotildees

entre as formas de vida ou as visotildees do mundo e o quadro de valores que as orientam

Haacute uma multiplicidade de valores variando estes conforme as sociedades e as

culturas e tambeacutem conforme as eacutepocas histoacutericas por isso se fala da relatividade

histoacuterica dos valores Ora a pluralidade dos valores eacute acompanhada tambeacutem da

existecircncia de sistemas de valores relativamente abertos Novos valores podem sempre

vir a integrar um sistema (moral poliacutetico cultural ou religioso) desde que seja

assegurada uma coerecircncia miacutenima entre os valores de um mesmo sistema Com efeito

uma cultura de valores democraacuteticos por exemplo eacute incompatiacutevel com o autoritarismo

e o totalitarismo como uma cultura que reconhece o valor da infacircncia e os direitos da

crianccedila eacute incompatiacutevel com a exploraccedilatildeo da crianccedila

Poreacutem sistemas de valores diferenciados podem coexistir numa mesma sociedade

valores de grupos poliacuteticos diferentes de etnias diversas de comunidades religiosas

diferentes valores hedonistas que se opotildeem aos valores do trabalho e da eficaacutecia os

valores da poupanccedila e do patrimoacutenio em oposiccedilatildeo ao consumismo desenfreado os

Dossier temaacutetico sobre Valores 2464

valores do ser e da pessoa em oposiccedilatildeo aos valores do ter e do poder financeiro etc

Esta diversidade de valores pode provocar conflitos cuja resposta poderaacute implicar que

uma hierarquia de pertinecircncias seja estabelecida Com efeito existem conflitos de

valores no seio da famiacutelia (entre as geraccedilotildees por exemplo) nas empresas (entre a

eficaacutecia econoacutemica o lucro o melhoramento das condiccedilotildees de trabalho o serviccedilo agrave

comunidade etc) ao niacutevel das argumentaccedilotildees de valores num

tribunal ou nos debates puacuteblicos sobre processos judiciais (o respeito devido agraves viacutetimas

e o direito do culpado agrave sua defesa por exemplo) conflitos entre o valor da famiacutelia e a

obrigaccedilatildeo do trabalho (conflito que se potildee muitas vezes agraves matildees que trabalham fora

de casa e tecircm filhos pequenos) etc

Para aleacutem dos aspectos ligados agrave pluralidade dos valores assistimos hoje nas

sociedades democraacuteticas contemporacircneas a uma evoluccedilatildeo dos sistemas de valores e a

uma alteraccedilatildeo da sua hierarquia de pertinecircncia expressas na importacircncia crescente dos

novos valores ligados agrave ecologia agrave defesa do meio ambiente e ao novo conceito de

desenvolvimento sustentado dos valores da solidariedade da cidadania e da

toleracircncia que orientam hoje um novo tipo de acccedilatildeo colectiva (exercido em termos de

voluntariado eou por Organizaccedilotildees Natildeo-Governamentais (ONG) como os meacutedicos

sem fronteiras as associaccedilotildees de protecccedilatildeo e defesa das crianccedilas e das mulheres

viacutetimas de maus tratos as associaccedilotildees de defesa das minorias do consumidor de

assistecircncia aos doentes com sida etc) assim como se assiste a uma evoluccedilatildeo dos

valores ligados agrave mundializaccedilatildeo que orientam instituiccedilotildees e convenccedilotildees internacionais

Pertinecircncia de valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-07]

Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$pertinencia-de-valoresgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 2564

DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E

SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA

Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os

valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute

quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os

valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi

publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio

quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o

egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que

promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de

etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo

excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores

da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo

lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais

entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos

professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas

desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os

docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila

Foto Pintura de Salvador Dali

In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml

Dossier temaacutetico sobre Valores 2664

A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA

Adolfo S Suaacuterez

Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso

de Teologia do Unasp

Centro Universitaacuterio Adventista

Campus Engenheiro Coelho (SP)

adolfosuarezunaspedubr

Introduccedilatildeo

1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores

11 Definiccedilotildees

12 Modelos de valores em sala de aula

121 Valores absolutos

122 Valores relativos

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

13 Classificaccedilatildeo de valores

14 Conclusatildeo parcial

2 Valores que devem ser ensinados

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

23 Conclusatildeo parcial

3 A transmissatildeo de valores

31 Como se aprendem os valores

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

33 A idade e o ensino de valores

34 Conclusatildeo parcial

Consideraccedilotildees finais

Referecircncias bibliograacuteficas

Dossier temaacutetico sobre Valores 2764

Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo

Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde

Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula

The issue of values in the classroom

Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary

Education based on a Christian pedagogical practice

Keywords values christian education classroom

Dossier temaacutetico sobre Valores 2864

INTRODUCcedilAtildeO

Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS

2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da

experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e

cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e

espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)

Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas

fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade

promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a

inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)

No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de

estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das

faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)

Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo

meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo

quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e

aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)

Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido

vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo

no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar

desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de

professores ldquoconteudistasrdquo

Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser

mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno

porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de

apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa

formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores

Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-

se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo

da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados

Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores

1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES

1 1 Definiccedilotildees

Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade

humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua

conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja

valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)

independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de

caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)

Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo

Dossier temaacutetico sobre Valores 2964

Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao

satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa

qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto

deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo

racional humano (2001 p 44)

No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS

pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores

significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno

seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais

lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que

promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os

princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o

seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o

respeito e a cooperaccedilatildeo

Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante

descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade

(1997 p 79)

12 Modelos de valores em sala de aula

Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores

Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)

121 Valores absolutos

Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e

normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma

autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos

indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave

medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo

previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios

mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo

O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para

conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de

que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3064

122 Valores relativos

Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute

baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da

verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio

mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela

praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia

pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc

A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o

que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de

tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no

momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros

possam pensar

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3164

Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o

trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua

autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e

normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam

orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os

valores

Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que

determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura

que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a

escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se

oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem

possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo

Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de

determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes

puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para

todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar

os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns

13 Classificaccedilatildeo de valores

Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da

seguinte maneira numa escala ascendente

(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc

(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc

(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc

(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc

(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc

(f) Valores religiosos sagrado profano etc

De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em

Dossier temaacutetico sobre Valores 3264

(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam

rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar

(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute

dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel

satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para

Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos

sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos

gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e

prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos

(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)

(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo

pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real

exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato

boa-feacutemaacute-feacute etc)

(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)

(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia

autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da

vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees

pessoais etc

(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano

14 Conclusatildeo parcial

Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do

comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta

particular

Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta

temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e

autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em

valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos

A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados

educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados

2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados

Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio

de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados

ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA

chama de mandamentos satildeo os seguintes

Dossier temaacutetico sobre Valores 3364

(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o

bem

(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica

Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila

(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso

caraacuteter

(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio

entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato

(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)

(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado

(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a

ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia

com a sabedoria

(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em

noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional

(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser

motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas

uacuteteis ou prazeres

(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem

cair no narcisismo) e o amor pelos outros

(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos

felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com

tudo e todos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3464

O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro

Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz

que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas

geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho

humildade sabedoria respeito e solidariedade

Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de

Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os

seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da

atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo

mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom

humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto

valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante

da TV liberdade e obediecircncia

Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da

temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila

coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e

harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico

compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees

Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro

primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de

Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e

transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade

Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto

que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia

integridade equiliacutebrio e pessoalidade

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-

aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito

famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem

apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de

eternidade

Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as

Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino

Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo

Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais

importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram

escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam

agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo

Dossier temaacutetico sobre Valores 3564

Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia

(accedilatildeo) Perdatildeo

Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia

(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo

Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia

(pensamento) Previsatildeo

Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave

famiacutelia Individualidade Propoacutesito

Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade

Dossier temaacutetico sobre Valores 3664

Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza

Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade

Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo

proacutepria

Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo

Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo

Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo

Abertura Entusiasmo Interesse Respeito

Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio

Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade

Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia

Auto-motivaccedilatildeo para

desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede

Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade

Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila

Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade

Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade

eacutetica

Carinho Flexibilidade no juiacutezo

moral Meditaccedilatildeo

Sentido de

comunidade

Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo

Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia

Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade

Compreensatildeo da

verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade

Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento

Consciecircncia dos

assuntos morais e

religiosos

Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato

Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila

Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura

Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia

Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade

Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade

Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo

pessoal

Cortesia Humor Patriotismo Veracidade

Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude

Cumprimento dos

deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva

23 Conclusatildeo parcial

Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis

cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a

sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula

um importante ofiacutecio para todo educador

3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES

Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos

numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a

quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais

envolvidos em todo esse processo

Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente

pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir

em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3764

31 Como se aprendem os valores

Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que

demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras

(MARQUES 2001 p 44)

(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados

(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica

em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto

(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os

valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade

assimilamos a honestidade

(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos

loacutegicos e discursivos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3864

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o

factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)

O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da

crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor

da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para

exemplificaacute-la etc

Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores

demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a

veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel

relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o

relacionamento proacuteximo

O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido

consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso

exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa

situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e

sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre

sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar

dinheiro Por quecircrdquo

33 A idade e o ensino de valores

De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos

de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo

das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo

tem muita influecircncia

Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia

moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees

dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila

obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque

isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal

Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem

desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido

sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos

actos

34Conclusatildeo parcial

Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses

valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos

rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis

de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado

de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)

chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)

Dossier temaacutetico sobre Valores 3964

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que

determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que

a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos

e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores

podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e

religiosos

Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam

conviver bem consigo mesmos e com a sociedade

Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o

ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional

e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa

Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo

desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na

transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe

um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a

educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual

entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde

Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de

motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe

uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores

Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente

Precisamos educar o estudante plenamente

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed

Petroacutepolis RJ Vozes 2000

BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais

Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997

BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales

Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997

Dossier temaacutetico sobre Valores 4064

CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003

CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a

Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas

Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b

LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo

Paulo Vida 2001

MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000

MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001

PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991

SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995

YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de

Moraes Porto Alegre Artmed 2002

Dossier temaacutetico sobre Valores 4164

O PODER DOS CONTOS INFANTIS

Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada

Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e

agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre

Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em

geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo

deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o

fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma

contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado

Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo

dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de

uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de

exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura

racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar

Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do

qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do

abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip

Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam

sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a

cobardia

O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o

estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso

encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e

prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e

vencer o mal

Dossier temaacutetico sobre Valores 4264

Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique

completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o

sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes

sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo

com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute

mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los

interpretaacute-los e ultrapassaacute-los

Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente

nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se

enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de

forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais

como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel

estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a

questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim

zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila

moral dos contos infantis

Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar

duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a

crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso

sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-

se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada

In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm

Dossier temaacutetico sobre Valores 4364

Dicionaacuterio de Valores

(Infopeacutedia)

afecto

amizade

autodisciplina

civismo

confianccedila

disciplina

honestidade

integridade

integro

justiccedila

lealdade

liberdade

partilha

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

respeito

responsabilidade

responsaacutevel

solidariedade

solidaacuterio

toleracircncia

valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 4464

afecto

afecto n adj sentimento de apego e ()

afecto forma do verbo afectar

afecto

nome masculino

1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo

2 amizade

3 amor

4 carinho

5 inclinaccedilatildeo

adjectivo

1 afeiccediloado dedicado

2 destinado

3 ligado dependente

(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)

amizade

nome feminino

1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia

2 camaradagem companheirismo cumplicidade

3 entendimento compreensatildeo

4 dedicaccedilatildeo bondade

5 pessoa amiga

(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4564

autodisciplina

nome feminino

1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo

2 capacidade de se disciplinar

(De auto-+disciplina)

civismo

nome masculino

1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico

2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas

suas instituiccedilotildees

(Do fr civisme laquoidraquo)

confianccedila

nome feminino

1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor

2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza

3 creacutedito

4 acircnimo

5 popular ousadia atrevimento

6 popular familiaridade

abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo

que se ocupa

dar confianccedila permitir certa familiaridade

ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza

tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade

(Do fr confiance laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4664

disciplina

disciplina n conjunto de regras ou ()

disciplina forma do verbo disciplinar

disciplina

nome feminino

1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou

colectividade

2 observacircncia das regras obediecircncia

3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a

respeitar regras ou conseguir resultados

4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de

um estabelecimento escolar

5 autoridade

6 castigo mortificaccedilatildeo

7 [plural] correias para accediloitar

(Do lat disciplina- laquoidraquo)

honestidade

nome feminino

1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade

probidade

2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade

3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia

(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4764

integridade

nome feminino

1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade

2 qualidade do que eacute iacutentegro

3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade

(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)

integro [integro]

adjectivo

1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO

2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO

justiccedila

justiccedila n virtude moral que inspira ()

justiccedila forma do verbo justiccedilar

justiccedila

nome feminino

1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a

atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade

2 conformidade com o direito estabelecido

3 poder de aplicar as leis poder judicial

4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees

5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do

poder judicial

6 conjunto dos magistrados a magistratura

Dossier temaacutetico sobre Valores 4864

7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda

por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada

na outra

8 popular funcionaacuterios de um tribunal

justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor

das coisas trocadas

justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e

dos encargos consoante a qualidade das pessoas

justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial

justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer

positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus

membros

popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos

com justiccedila de maneira justa e imparcial

dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio

em boa justiccedila segundo o que eacute devido

fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes

(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)

lealdade

nome feminino

qualidade de leal fidelidade sinceridade

(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4964

liberdade

nome feminino

1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua

natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo

livre)

2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo

ou de acccedilatildeo)

3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e

independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de

decisatildeo)

4 livre arbiacutetrio

5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)

6 personificaccedilatildeo das ideias liberais

7 toleracircncia

8 licenccedila autorizaccedilatildeo

9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada

10 figurado franqueza

11 [plural] regalias imunidades

liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas

que se julgarem verdadeiras

liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem

impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela

lei

LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e

sintaacutecticas em poesia

(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5064

partilha

nome feminino

1 acto ou efeito de partilhar

2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa

3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio

4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila

5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente

entre duas ou mais pessoas

(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

nome feminino

1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar

2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo

3 desassossego

4 ideia fixa

5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo

(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)

respeito

respeito n acto ou efeito de ()

respeito forma do verbo respeitar

respeito

nome masculino

1 acto ou efeito de respeitar

2 consideraccedilatildeo apreccedilo

3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo

4 homenagem culto

5 temor receio

Dossier temaacutetico sobre Valores 5164

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 22: Valor Es Final

b) Os valores satildeo as razotildees que justificam ou motivam as nossas acccedilotildees tornando-

as preferiacuteveis a outras

Os valores reportam-se em geral sempre a acccedilotildees justificam-nas

Exemplo Participar numa manifestaccedilatildeo a favor do povo timorensepode significar que

atribuiacutemos agrave Solidariedade uma enorme importacircncia A solidariedade eacute neste caso o

valor que justifica ou explica a nossa acccedilatildeo

Ao contraacuterio dos factos os valores apenas implicam a adesatildeo de grupos restritos Nem

todos possuiacutemos os mesmos valores nem valorizamos as coisas da mesma forma

5 Tipos de valores

Os valores natildeo satildeo coisas nem simples ideias que adquirimos mas conceitos que

traduzem as nossas preferecircncias Existe uma enorme diversidade de valores podemos

agrupaacute-los quanto agrave sua natureza da seguinte forma

Valores eacuteticos os que se referem agraves normas ou criteacuterios de conduta que afectam todas

as aacutereas da nossa actividade Exemplos Solidariedade Honestidade Verdade

Lealdade Bondade Altruiacutesmo

Valores esteacuteticos os valores de expressatildeo Exemplo Harmonia Belo Feio Sublime

Traacutegico

Valores religiosos os que dizem respeito agrave relaccedilatildeo do homem com a transcendecircncia

Exemplos Sagrado Pureza Santidade Perfeiccedilatildeo

Valores poliacuteticos Justiccedila Igualdade Imparcialidade Cidadania Liberdade

Valores vitais Sauacutede Forccedila

6 Hierarquizaccedilatildeo dos Valores

Natildeo atribuiacutemos a todos os nossos valores a mesma importacircncia Na hora de tomar

uma decisatildeo cada um de noacutes hierarquiza os valores de forma muito diversa A

Dossier temaacutetico sobre Valores 2264

hierarquizaccedilatildeo eacute a propriedade que tem os valores de se subordinarem uns aos outros

isto eacute de serem uns mais valiosos que outros As razotildees porque o fazemos satildeo

muacuteltiplas

Exemplo

A maioria da populaccedilatildeo mundial continua a passar graves carecircncias alimentares

Todos os anos morrem milhotildees de pessoas por subnutriccedilatildeo Natildeo eacute de querer que

hierarquia dos seus valores destas pessoas a satisfaccedilatildeo das suas necessidades

bioloacutegicas natildeo esteja logo em primeiro lugar

7 Polaridade dos Valores

Os nossos valores tendem a organizar-se em termos de oposiccedilotildees ou polaridades

Preferimos e opomos a Verdade agrave Mentira a Justiccedila agrave Injusticcedila o Bem ao Mal a beleza

agrave fealdade a genorosidade agrave mesquinhecircs A palavra valor costuma apenas ser aplicada

num sentido positivo Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de

estima positiva ou negativamente Valor eacute tanto o Bem como o Mal o Justo como

Injusto

Carlos Fontes

In httpafilosofianosapopt10valoreshtm~

Dossier temaacutetico sobre Valores 2364

PERTINEcircNCIA DE VALORES

Durkheim considerava que os valores miacuteticos e religiosos que funcionaram como

crenccedilas nas sociedades tradicionais serviram para exercer o controlo e a coesatildeo sociais

e para inspirar as avaliaccedilotildees e as motivaccedilotildees das pessoas Eacute assim que nas sociedades

tradicionais de solidariedade mecacircnica os indiviacuteduos estatildeo integrados por valores

comuns que se lhes impotildeem garantindo a coesatildeo social Jaacute nas sociedades modernas

de solidariedade orgacircnica verifica-se segundo Durkheim uma erosatildeo dos valores

graccedilas ao aumento do individualismo e agrave desintegraccedilatildeo das ligaccedilotildees sociais originadas

pelo desenvolvimento da divisatildeo do trabalho

Parsons (1951) que consagrou a existecircncia de quatro subsistemas interdependentes -

cultural poliacutetico econoacutemico societal - remete cada um deles para quatro tipos de

valores O subsistema cultural manteacutem os modelos valorizados da acccedilatildeo o subsistema

poliacutetico assegura a funccedilatildeo de realizaccedilatildeo das finalidades colectivas o subsistema

societal assegura a funccedilatildeo de integraccedilatildeo social dos indiviacuteduos e o econoacutemico a funccedilatildeo

de adaptaccedilatildeo (controlo exploraccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio ambiente) Satildeo portanto

os sistemas que asseguram a funccedilatildeo de reproduccedilatildeo dos valores

A questatildeo da pertinecircncia dos valores coloca a relaccedilatildeo entre os valores (morais

religiosos poliacuteticos esteacuteticos) e as culturas na proacutepria medida em que existem relaccedilotildees

entre as formas de vida ou as visotildees do mundo e o quadro de valores que as orientam

Haacute uma multiplicidade de valores variando estes conforme as sociedades e as

culturas e tambeacutem conforme as eacutepocas histoacutericas por isso se fala da relatividade

histoacuterica dos valores Ora a pluralidade dos valores eacute acompanhada tambeacutem da

existecircncia de sistemas de valores relativamente abertos Novos valores podem sempre

vir a integrar um sistema (moral poliacutetico cultural ou religioso) desde que seja

assegurada uma coerecircncia miacutenima entre os valores de um mesmo sistema Com efeito

uma cultura de valores democraacuteticos por exemplo eacute incompatiacutevel com o autoritarismo

e o totalitarismo como uma cultura que reconhece o valor da infacircncia e os direitos da

crianccedila eacute incompatiacutevel com a exploraccedilatildeo da crianccedila

Poreacutem sistemas de valores diferenciados podem coexistir numa mesma sociedade

valores de grupos poliacuteticos diferentes de etnias diversas de comunidades religiosas

diferentes valores hedonistas que se opotildeem aos valores do trabalho e da eficaacutecia os

valores da poupanccedila e do patrimoacutenio em oposiccedilatildeo ao consumismo desenfreado os

Dossier temaacutetico sobre Valores 2464

valores do ser e da pessoa em oposiccedilatildeo aos valores do ter e do poder financeiro etc

Esta diversidade de valores pode provocar conflitos cuja resposta poderaacute implicar que

uma hierarquia de pertinecircncias seja estabelecida Com efeito existem conflitos de

valores no seio da famiacutelia (entre as geraccedilotildees por exemplo) nas empresas (entre a

eficaacutecia econoacutemica o lucro o melhoramento das condiccedilotildees de trabalho o serviccedilo agrave

comunidade etc) ao niacutevel das argumentaccedilotildees de valores num

tribunal ou nos debates puacuteblicos sobre processos judiciais (o respeito devido agraves viacutetimas

e o direito do culpado agrave sua defesa por exemplo) conflitos entre o valor da famiacutelia e a

obrigaccedilatildeo do trabalho (conflito que se potildee muitas vezes agraves matildees que trabalham fora

de casa e tecircm filhos pequenos) etc

Para aleacutem dos aspectos ligados agrave pluralidade dos valores assistimos hoje nas

sociedades democraacuteticas contemporacircneas a uma evoluccedilatildeo dos sistemas de valores e a

uma alteraccedilatildeo da sua hierarquia de pertinecircncia expressas na importacircncia crescente dos

novos valores ligados agrave ecologia agrave defesa do meio ambiente e ao novo conceito de

desenvolvimento sustentado dos valores da solidariedade da cidadania e da

toleracircncia que orientam hoje um novo tipo de acccedilatildeo colectiva (exercido em termos de

voluntariado eou por Organizaccedilotildees Natildeo-Governamentais (ONG) como os meacutedicos

sem fronteiras as associaccedilotildees de protecccedilatildeo e defesa das crianccedilas e das mulheres

viacutetimas de maus tratos as associaccedilotildees de defesa das minorias do consumidor de

assistecircncia aos doentes com sida etc) assim como se assiste a uma evoluccedilatildeo dos

valores ligados agrave mundializaccedilatildeo que orientam instituiccedilotildees e convenccedilotildees internacionais

Pertinecircncia de valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-07]

Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$pertinencia-de-valoresgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 2564

DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E

SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA

Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os

valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute

quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os

valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi

publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio

quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o

egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que

promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de

etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo

excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores

da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo

lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais

entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos

professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas

desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os

docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila

Foto Pintura de Salvador Dali

In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml

Dossier temaacutetico sobre Valores 2664

A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA

Adolfo S Suaacuterez

Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso

de Teologia do Unasp

Centro Universitaacuterio Adventista

Campus Engenheiro Coelho (SP)

adolfosuarezunaspedubr

Introduccedilatildeo

1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores

11 Definiccedilotildees

12 Modelos de valores em sala de aula

121 Valores absolutos

122 Valores relativos

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

13 Classificaccedilatildeo de valores

14 Conclusatildeo parcial

2 Valores que devem ser ensinados

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

23 Conclusatildeo parcial

3 A transmissatildeo de valores

31 Como se aprendem os valores

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

33 A idade e o ensino de valores

34 Conclusatildeo parcial

Consideraccedilotildees finais

Referecircncias bibliograacuteficas

Dossier temaacutetico sobre Valores 2764

Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo

Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde

Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula

The issue of values in the classroom

Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary

Education based on a Christian pedagogical practice

Keywords values christian education classroom

Dossier temaacutetico sobre Valores 2864

INTRODUCcedilAtildeO

Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS

2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da

experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e

cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e

espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)

Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas

fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade

promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a

inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)

No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de

estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das

faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)

Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo

meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo

quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e

aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)

Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido

vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo

no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar

desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de

professores ldquoconteudistasrdquo

Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser

mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno

porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de

apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa

formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores

Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-

se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo

da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados

Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores

1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES

1 1 Definiccedilotildees

Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade

humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua

conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja

valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)

independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de

caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)

Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo

Dossier temaacutetico sobre Valores 2964

Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao

satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa

qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto

deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo

racional humano (2001 p 44)

No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS

pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores

significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno

seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais

lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que

promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os

princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o

seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o

respeito e a cooperaccedilatildeo

Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante

descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade

(1997 p 79)

12 Modelos de valores em sala de aula

Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores

Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)

121 Valores absolutos

Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e

normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma

autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos

indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave

medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo

previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios

mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo

O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para

conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de

que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3064

122 Valores relativos

Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute

baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da

verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio

mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela

praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia

pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc

A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o

que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de

tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no

momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros

possam pensar

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3164

Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o

trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua

autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e

normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam

orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os

valores

Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que

determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura

que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a

escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se

oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem

possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo

Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de

determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes

puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para

todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar

os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns

13 Classificaccedilatildeo de valores

Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da

seguinte maneira numa escala ascendente

(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc

(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc

(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc

(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc

(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc

(f) Valores religiosos sagrado profano etc

De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em

Dossier temaacutetico sobre Valores 3264

(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam

rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar

(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute

dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel

satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para

Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos

sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos

gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e

prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos

(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)

(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo

pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real

exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato

boa-feacutemaacute-feacute etc)

(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)

(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia

autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da

vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees

pessoais etc

(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano

14 Conclusatildeo parcial

Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do

comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta

particular

Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta

temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e

autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em

valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos

A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados

educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados

2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados

Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio

de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados

ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA

chama de mandamentos satildeo os seguintes

Dossier temaacutetico sobre Valores 3364

(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o

bem

(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica

Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila

(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso

caraacuteter

(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio

entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato

(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)

(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado

(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a

ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia

com a sabedoria

(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em

noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional

(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser

motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas

uacuteteis ou prazeres

(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem

cair no narcisismo) e o amor pelos outros

(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos

felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com

tudo e todos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3464

O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro

Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz

que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas

geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho

humildade sabedoria respeito e solidariedade

Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de

Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os

seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da

atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo

mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom

humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto

valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante

da TV liberdade e obediecircncia

Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da

temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila

coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e

harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico

compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees

Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro

primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de

Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e

transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade

Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto

que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia

integridade equiliacutebrio e pessoalidade

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-

aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito

famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem

apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de

eternidade

Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as

Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino

Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo

Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais

importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram

escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam

agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo

Dossier temaacutetico sobre Valores 3564

Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia

(accedilatildeo) Perdatildeo

Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia

(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo

Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia

(pensamento) Previsatildeo

Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave

famiacutelia Individualidade Propoacutesito

Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade

Dossier temaacutetico sobre Valores 3664

Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza

Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade

Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo

proacutepria

Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo

Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo

Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo

Abertura Entusiasmo Interesse Respeito

Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio

Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade

Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia

Auto-motivaccedilatildeo para

desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede

Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade

Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila

Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade

Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade

eacutetica

Carinho Flexibilidade no juiacutezo

moral Meditaccedilatildeo

Sentido de

comunidade

Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo

Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia

Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade

Compreensatildeo da

verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade

Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento

Consciecircncia dos

assuntos morais e

religiosos

Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato

Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila

Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura

Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia

Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade

Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade

Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo

pessoal

Cortesia Humor Patriotismo Veracidade

Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude

Cumprimento dos

deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva

23 Conclusatildeo parcial

Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis

cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a

sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula

um importante ofiacutecio para todo educador

3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES

Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos

numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a

quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais

envolvidos em todo esse processo

Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente

pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir

em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3764

31 Como se aprendem os valores

Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que

demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras

(MARQUES 2001 p 44)

(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados

(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica

em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto

(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os

valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade

assimilamos a honestidade

(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos

loacutegicos e discursivos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3864

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o

factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)

O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da

crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor

da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para

exemplificaacute-la etc

Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores

demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a

veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel

relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o

relacionamento proacuteximo

O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido

consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso

exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa

situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e

sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre

sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar

dinheiro Por quecircrdquo

33 A idade e o ensino de valores

De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos

de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo

das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo

tem muita influecircncia

Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia

moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees

dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila

obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque

isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal

Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem

desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido

sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos

actos

34Conclusatildeo parcial

Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses

valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos

rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis

de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado

de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)

chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)

Dossier temaacutetico sobre Valores 3964

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que

determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que

a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos

e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores

podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e

religiosos

Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam

conviver bem consigo mesmos e com a sociedade

Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o

ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional

e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa

Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo

desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na

transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe

um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a

educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual

entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde

Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de

motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe

uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores

Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente

Precisamos educar o estudante plenamente

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed

Petroacutepolis RJ Vozes 2000

BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais

Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997

BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales

Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997

Dossier temaacutetico sobre Valores 4064

CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003

CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a

Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas

Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b

LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo

Paulo Vida 2001

MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000

MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001

PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991

SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995

YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de

Moraes Porto Alegre Artmed 2002

Dossier temaacutetico sobre Valores 4164

O PODER DOS CONTOS INFANTIS

Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada

Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e

agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre

Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em

geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo

deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o

fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma

contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado

Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo

dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de

uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de

exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura

racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar

Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do

qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do

abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip

Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam

sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a

cobardia

O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o

estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso

encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e

prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e

vencer o mal

Dossier temaacutetico sobre Valores 4264

Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique

completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o

sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes

sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo

com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute

mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los

interpretaacute-los e ultrapassaacute-los

Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente

nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se

enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de

forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais

como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel

estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a

questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim

zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila

moral dos contos infantis

Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar

duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a

crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso

sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-

se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada

In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm

Dossier temaacutetico sobre Valores 4364

Dicionaacuterio de Valores

(Infopeacutedia)

afecto

amizade

autodisciplina

civismo

confianccedila

disciplina

honestidade

integridade

integro

justiccedila

lealdade

liberdade

partilha

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

respeito

responsabilidade

responsaacutevel

solidariedade

solidaacuterio

toleracircncia

valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 4464

afecto

afecto n adj sentimento de apego e ()

afecto forma do verbo afectar

afecto

nome masculino

1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo

2 amizade

3 amor

4 carinho

5 inclinaccedilatildeo

adjectivo

1 afeiccediloado dedicado

2 destinado

3 ligado dependente

(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)

amizade

nome feminino

1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia

2 camaradagem companheirismo cumplicidade

3 entendimento compreensatildeo

4 dedicaccedilatildeo bondade

5 pessoa amiga

(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4564

autodisciplina

nome feminino

1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo

2 capacidade de se disciplinar

(De auto-+disciplina)

civismo

nome masculino

1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico

2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas

suas instituiccedilotildees

(Do fr civisme laquoidraquo)

confianccedila

nome feminino

1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor

2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza

3 creacutedito

4 acircnimo

5 popular ousadia atrevimento

6 popular familiaridade

abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo

que se ocupa

dar confianccedila permitir certa familiaridade

ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza

tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade

(Do fr confiance laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4664

disciplina

disciplina n conjunto de regras ou ()

disciplina forma do verbo disciplinar

disciplina

nome feminino

1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou

colectividade

2 observacircncia das regras obediecircncia

3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a

respeitar regras ou conseguir resultados

4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de

um estabelecimento escolar

5 autoridade

6 castigo mortificaccedilatildeo

7 [plural] correias para accediloitar

(Do lat disciplina- laquoidraquo)

honestidade

nome feminino

1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade

probidade

2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade

3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia

(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4764

integridade

nome feminino

1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade

2 qualidade do que eacute iacutentegro

3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade

(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)

integro [integro]

adjectivo

1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO

2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO

justiccedila

justiccedila n virtude moral que inspira ()

justiccedila forma do verbo justiccedilar

justiccedila

nome feminino

1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a

atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade

2 conformidade com o direito estabelecido

3 poder de aplicar as leis poder judicial

4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees

5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do

poder judicial

6 conjunto dos magistrados a magistratura

Dossier temaacutetico sobre Valores 4864

7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda

por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada

na outra

8 popular funcionaacuterios de um tribunal

justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor

das coisas trocadas

justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e

dos encargos consoante a qualidade das pessoas

justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial

justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer

positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus

membros

popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos

com justiccedila de maneira justa e imparcial

dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio

em boa justiccedila segundo o que eacute devido

fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes

(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)

lealdade

nome feminino

qualidade de leal fidelidade sinceridade

(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4964

liberdade

nome feminino

1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua

natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo

livre)

2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo

ou de acccedilatildeo)

3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e

independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de

decisatildeo)

4 livre arbiacutetrio

5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)

6 personificaccedilatildeo das ideias liberais

7 toleracircncia

8 licenccedila autorizaccedilatildeo

9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada

10 figurado franqueza

11 [plural] regalias imunidades

liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas

que se julgarem verdadeiras

liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem

impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela

lei

LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e

sintaacutecticas em poesia

(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5064

partilha

nome feminino

1 acto ou efeito de partilhar

2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa

3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio

4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila

5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente

entre duas ou mais pessoas

(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

nome feminino

1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar

2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo

3 desassossego

4 ideia fixa

5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo

(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)

respeito

respeito n acto ou efeito de ()

respeito forma do verbo respeitar

respeito

nome masculino

1 acto ou efeito de respeitar

2 consideraccedilatildeo apreccedilo

3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo

4 homenagem culto

5 temor receio

Dossier temaacutetico sobre Valores 5164

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 23: Valor Es Final

hierarquizaccedilatildeo eacute a propriedade que tem os valores de se subordinarem uns aos outros

isto eacute de serem uns mais valiosos que outros As razotildees porque o fazemos satildeo

muacuteltiplas

Exemplo

A maioria da populaccedilatildeo mundial continua a passar graves carecircncias alimentares

Todos os anos morrem milhotildees de pessoas por subnutriccedilatildeo Natildeo eacute de querer que

hierarquia dos seus valores destas pessoas a satisfaccedilatildeo das suas necessidades

bioloacutegicas natildeo esteja logo em primeiro lugar

7 Polaridade dos Valores

Os nossos valores tendem a organizar-se em termos de oposiccedilotildees ou polaridades

Preferimos e opomos a Verdade agrave Mentira a Justiccedila agrave Injusticcedila o Bem ao Mal a beleza

agrave fealdade a genorosidade agrave mesquinhecircs A palavra valor costuma apenas ser aplicada

num sentido positivo Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de

estima positiva ou negativamente Valor eacute tanto o Bem como o Mal o Justo como

Injusto

Carlos Fontes

In httpafilosofianosapopt10valoreshtm~

Dossier temaacutetico sobre Valores 2364

PERTINEcircNCIA DE VALORES

Durkheim considerava que os valores miacuteticos e religiosos que funcionaram como

crenccedilas nas sociedades tradicionais serviram para exercer o controlo e a coesatildeo sociais

e para inspirar as avaliaccedilotildees e as motivaccedilotildees das pessoas Eacute assim que nas sociedades

tradicionais de solidariedade mecacircnica os indiviacuteduos estatildeo integrados por valores

comuns que se lhes impotildeem garantindo a coesatildeo social Jaacute nas sociedades modernas

de solidariedade orgacircnica verifica-se segundo Durkheim uma erosatildeo dos valores

graccedilas ao aumento do individualismo e agrave desintegraccedilatildeo das ligaccedilotildees sociais originadas

pelo desenvolvimento da divisatildeo do trabalho

Parsons (1951) que consagrou a existecircncia de quatro subsistemas interdependentes -

cultural poliacutetico econoacutemico societal - remete cada um deles para quatro tipos de

valores O subsistema cultural manteacutem os modelos valorizados da acccedilatildeo o subsistema

poliacutetico assegura a funccedilatildeo de realizaccedilatildeo das finalidades colectivas o subsistema

societal assegura a funccedilatildeo de integraccedilatildeo social dos indiviacuteduos e o econoacutemico a funccedilatildeo

de adaptaccedilatildeo (controlo exploraccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio ambiente) Satildeo portanto

os sistemas que asseguram a funccedilatildeo de reproduccedilatildeo dos valores

A questatildeo da pertinecircncia dos valores coloca a relaccedilatildeo entre os valores (morais

religiosos poliacuteticos esteacuteticos) e as culturas na proacutepria medida em que existem relaccedilotildees

entre as formas de vida ou as visotildees do mundo e o quadro de valores que as orientam

Haacute uma multiplicidade de valores variando estes conforme as sociedades e as

culturas e tambeacutem conforme as eacutepocas histoacutericas por isso se fala da relatividade

histoacuterica dos valores Ora a pluralidade dos valores eacute acompanhada tambeacutem da

existecircncia de sistemas de valores relativamente abertos Novos valores podem sempre

vir a integrar um sistema (moral poliacutetico cultural ou religioso) desde que seja

assegurada uma coerecircncia miacutenima entre os valores de um mesmo sistema Com efeito

uma cultura de valores democraacuteticos por exemplo eacute incompatiacutevel com o autoritarismo

e o totalitarismo como uma cultura que reconhece o valor da infacircncia e os direitos da

crianccedila eacute incompatiacutevel com a exploraccedilatildeo da crianccedila

Poreacutem sistemas de valores diferenciados podem coexistir numa mesma sociedade

valores de grupos poliacuteticos diferentes de etnias diversas de comunidades religiosas

diferentes valores hedonistas que se opotildeem aos valores do trabalho e da eficaacutecia os

valores da poupanccedila e do patrimoacutenio em oposiccedilatildeo ao consumismo desenfreado os

Dossier temaacutetico sobre Valores 2464

valores do ser e da pessoa em oposiccedilatildeo aos valores do ter e do poder financeiro etc

Esta diversidade de valores pode provocar conflitos cuja resposta poderaacute implicar que

uma hierarquia de pertinecircncias seja estabelecida Com efeito existem conflitos de

valores no seio da famiacutelia (entre as geraccedilotildees por exemplo) nas empresas (entre a

eficaacutecia econoacutemica o lucro o melhoramento das condiccedilotildees de trabalho o serviccedilo agrave

comunidade etc) ao niacutevel das argumentaccedilotildees de valores num

tribunal ou nos debates puacuteblicos sobre processos judiciais (o respeito devido agraves viacutetimas

e o direito do culpado agrave sua defesa por exemplo) conflitos entre o valor da famiacutelia e a

obrigaccedilatildeo do trabalho (conflito que se potildee muitas vezes agraves matildees que trabalham fora

de casa e tecircm filhos pequenos) etc

Para aleacutem dos aspectos ligados agrave pluralidade dos valores assistimos hoje nas

sociedades democraacuteticas contemporacircneas a uma evoluccedilatildeo dos sistemas de valores e a

uma alteraccedilatildeo da sua hierarquia de pertinecircncia expressas na importacircncia crescente dos

novos valores ligados agrave ecologia agrave defesa do meio ambiente e ao novo conceito de

desenvolvimento sustentado dos valores da solidariedade da cidadania e da

toleracircncia que orientam hoje um novo tipo de acccedilatildeo colectiva (exercido em termos de

voluntariado eou por Organizaccedilotildees Natildeo-Governamentais (ONG) como os meacutedicos

sem fronteiras as associaccedilotildees de protecccedilatildeo e defesa das crianccedilas e das mulheres

viacutetimas de maus tratos as associaccedilotildees de defesa das minorias do consumidor de

assistecircncia aos doentes com sida etc) assim como se assiste a uma evoluccedilatildeo dos

valores ligados agrave mundializaccedilatildeo que orientam instituiccedilotildees e convenccedilotildees internacionais

Pertinecircncia de valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-07]

Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$pertinencia-de-valoresgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 2564

DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E

SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA

Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os

valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute

quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os

valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi

publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio

quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o

egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que

promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de

etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo

excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores

da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo

lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais

entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos

professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas

desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os

docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila

Foto Pintura de Salvador Dali

In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml

Dossier temaacutetico sobre Valores 2664

A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA

Adolfo S Suaacuterez

Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso

de Teologia do Unasp

Centro Universitaacuterio Adventista

Campus Engenheiro Coelho (SP)

adolfosuarezunaspedubr

Introduccedilatildeo

1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores

11 Definiccedilotildees

12 Modelos de valores em sala de aula

121 Valores absolutos

122 Valores relativos

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

13 Classificaccedilatildeo de valores

14 Conclusatildeo parcial

2 Valores que devem ser ensinados

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

23 Conclusatildeo parcial

3 A transmissatildeo de valores

31 Como se aprendem os valores

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

33 A idade e o ensino de valores

34 Conclusatildeo parcial

Consideraccedilotildees finais

Referecircncias bibliograacuteficas

Dossier temaacutetico sobre Valores 2764

Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo

Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde

Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula

The issue of values in the classroom

Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary

Education based on a Christian pedagogical practice

Keywords values christian education classroom

Dossier temaacutetico sobre Valores 2864

INTRODUCcedilAtildeO

Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS

2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da

experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e

cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e

espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)

Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas

fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade

promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a

inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)

No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de

estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das

faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)

Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo

meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo

quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e

aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)

Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido

vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo

no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar

desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de

professores ldquoconteudistasrdquo

Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser

mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno

porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de

apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa

formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores

Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-

se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo

da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados

Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores

1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES

1 1 Definiccedilotildees

Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade

humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua

conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja

valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)

independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de

caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)

Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo

Dossier temaacutetico sobre Valores 2964

Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao

satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa

qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto

deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo

racional humano (2001 p 44)

No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS

pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores

significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno

seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais

lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que

promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os

princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o

seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o

respeito e a cooperaccedilatildeo

Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante

descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade

(1997 p 79)

12 Modelos de valores em sala de aula

Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores

Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)

121 Valores absolutos

Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e

normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma

autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos

indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave

medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo

previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios

mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo

O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para

conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de

que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3064

122 Valores relativos

Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute

baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da

verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio

mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela

praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia

pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc

A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o

que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de

tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no

momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros

possam pensar

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3164

Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o

trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua

autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e

normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam

orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os

valores

Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que

determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura

que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a

escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se

oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem

possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo

Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de

determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes

puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para

todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar

os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns

13 Classificaccedilatildeo de valores

Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da

seguinte maneira numa escala ascendente

(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc

(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc

(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc

(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc

(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc

(f) Valores religiosos sagrado profano etc

De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em

Dossier temaacutetico sobre Valores 3264

(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam

rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar

(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute

dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel

satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para

Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos

sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos

gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e

prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos

(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)

(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo

pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real

exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato

boa-feacutemaacute-feacute etc)

(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)

(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia

autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da

vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees

pessoais etc

(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano

14 Conclusatildeo parcial

Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do

comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta

particular

Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta

temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e

autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em

valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos

A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados

educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados

2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados

Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio

de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados

ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA

chama de mandamentos satildeo os seguintes

Dossier temaacutetico sobre Valores 3364

(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o

bem

(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica

Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila

(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso

caraacuteter

(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio

entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato

(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)

(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado

(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a

ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia

com a sabedoria

(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em

noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional

(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser

motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas

uacuteteis ou prazeres

(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem

cair no narcisismo) e o amor pelos outros

(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos

felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com

tudo e todos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3464

O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro

Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz

que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas

geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho

humildade sabedoria respeito e solidariedade

Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de

Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os

seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da

atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo

mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom

humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto

valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante

da TV liberdade e obediecircncia

Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da

temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila

coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e

harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico

compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees

Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro

primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de

Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e

transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade

Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto

que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia

integridade equiliacutebrio e pessoalidade

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-

aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito

famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem

apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de

eternidade

Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as

Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino

Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo

Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais

importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram

escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam

agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo

Dossier temaacutetico sobre Valores 3564

Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia

(accedilatildeo) Perdatildeo

Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia

(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo

Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia

(pensamento) Previsatildeo

Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave

famiacutelia Individualidade Propoacutesito

Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade

Dossier temaacutetico sobre Valores 3664

Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza

Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade

Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo

proacutepria

Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo

Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo

Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo

Abertura Entusiasmo Interesse Respeito

Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio

Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade

Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia

Auto-motivaccedilatildeo para

desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede

Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade

Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila

Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade

Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade

eacutetica

Carinho Flexibilidade no juiacutezo

moral Meditaccedilatildeo

Sentido de

comunidade

Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo

Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia

Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade

Compreensatildeo da

verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade

Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento

Consciecircncia dos

assuntos morais e

religiosos

Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato

Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila

Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura

Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia

Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade

Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade

Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo

pessoal

Cortesia Humor Patriotismo Veracidade

Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude

Cumprimento dos

deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva

23 Conclusatildeo parcial

Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis

cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a

sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula

um importante ofiacutecio para todo educador

3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES

Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos

numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a

quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais

envolvidos em todo esse processo

Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente

pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir

em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3764

31 Como se aprendem os valores

Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que

demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras

(MARQUES 2001 p 44)

(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados

(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica

em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto

(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os

valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade

assimilamos a honestidade

(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos

loacutegicos e discursivos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3864

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o

factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)

O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da

crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor

da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para

exemplificaacute-la etc

Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores

demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a

veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel

relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o

relacionamento proacuteximo

O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido

consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso

exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa

situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e

sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre

sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar

dinheiro Por quecircrdquo

33 A idade e o ensino de valores

De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos

de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo

das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo

tem muita influecircncia

Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia

moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees

dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila

obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque

isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal

Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem

desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido

sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos

actos

34Conclusatildeo parcial

Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses

valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos

rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis

de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado

de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)

chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)

Dossier temaacutetico sobre Valores 3964

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que

determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que

a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos

e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores

podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e

religiosos

Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam

conviver bem consigo mesmos e com a sociedade

Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o

ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional

e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa

Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo

desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na

transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe

um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a

educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual

entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde

Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de

motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe

uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores

Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente

Precisamos educar o estudante plenamente

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed

Petroacutepolis RJ Vozes 2000

BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais

Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997

BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales

Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997

Dossier temaacutetico sobre Valores 4064

CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003

CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a

Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas

Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b

LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo

Paulo Vida 2001

MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000

MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001

PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991

SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995

YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de

Moraes Porto Alegre Artmed 2002

Dossier temaacutetico sobre Valores 4164

O PODER DOS CONTOS INFANTIS

Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada

Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e

agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre

Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em

geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo

deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o

fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma

contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado

Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo

dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de

uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de

exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura

racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar

Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do

qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do

abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip

Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam

sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a

cobardia

O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o

estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso

encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e

prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e

vencer o mal

Dossier temaacutetico sobre Valores 4264

Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique

completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o

sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes

sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo

com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute

mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los

interpretaacute-los e ultrapassaacute-los

Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente

nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se

enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de

forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais

como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel

estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a

questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim

zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila

moral dos contos infantis

Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar

duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a

crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso

sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-

se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada

In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm

Dossier temaacutetico sobre Valores 4364

Dicionaacuterio de Valores

(Infopeacutedia)

afecto

amizade

autodisciplina

civismo

confianccedila

disciplina

honestidade

integridade

integro

justiccedila

lealdade

liberdade

partilha

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

respeito

responsabilidade

responsaacutevel

solidariedade

solidaacuterio

toleracircncia

valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 4464

afecto

afecto n adj sentimento de apego e ()

afecto forma do verbo afectar

afecto

nome masculino

1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo

2 amizade

3 amor

4 carinho

5 inclinaccedilatildeo

adjectivo

1 afeiccediloado dedicado

2 destinado

3 ligado dependente

(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)

amizade

nome feminino

1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia

2 camaradagem companheirismo cumplicidade

3 entendimento compreensatildeo

4 dedicaccedilatildeo bondade

5 pessoa amiga

(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4564

autodisciplina

nome feminino

1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo

2 capacidade de se disciplinar

(De auto-+disciplina)

civismo

nome masculino

1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico

2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas

suas instituiccedilotildees

(Do fr civisme laquoidraquo)

confianccedila

nome feminino

1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor

2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza

3 creacutedito

4 acircnimo

5 popular ousadia atrevimento

6 popular familiaridade

abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo

que se ocupa

dar confianccedila permitir certa familiaridade

ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza

tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade

(Do fr confiance laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4664

disciplina

disciplina n conjunto de regras ou ()

disciplina forma do verbo disciplinar

disciplina

nome feminino

1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou

colectividade

2 observacircncia das regras obediecircncia

3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a

respeitar regras ou conseguir resultados

4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de

um estabelecimento escolar

5 autoridade

6 castigo mortificaccedilatildeo

7 [plural] correias para accediloitar

(Do lat disciplina- laquoidraquo)

honestidade

nome feminino

1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade

probidade

2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade

3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia

(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4764

integridade

nome feminino

1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade

2 qualidade do que eacute iacutentegro

3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade

(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)

integro [integro]

adjectivo

1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO

2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO

justiccedila

justiccedila n virtude moral que inspira ()

justiccedila forma do verbo justiccedilar

justiccedila

nome feminino

1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a

atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade

2 conformidade com o direito estabelecido

3 poder de aplicar as leis poder judicial

4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees

5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do

poder judicial

6 conjunto dos magistrados a magistratura

Dossier temaacutetico sobre Valores 4864

7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda

por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada

na outra

8 popular funcionaacuterios de um tribunal

justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor

das coisas trocadas

justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e

dos encargos consoante a qualidade das pessoas

justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial

justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer

positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus

membros

popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos

com justiccedila de maneira justa e imparcial

dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio

em boa justiccedila segundo o que eacute devido

fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes

(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)

lealdade

nome feminino

qualidade de leal fidelidade sinceridade

(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4964

liberdade

nome feminino

1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua

natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo

livre)

2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo

ou de acccedilatildeo)

3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e

independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de

decisatildeo)

4 livre arbiacutetrio

5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)

6 personificaccedilatildeo das ideias liberais

7 toleracircncia

8 licenccedila autorizaccedilatildeo

9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada

10 figurado franqueza

11 [plural] regalias imunidades

liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas

que se julgarem verdadeiras

liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem

impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela

lei

LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e

sintaacutecticas em poesia

(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5064

partilha

nome feminino

1 acto ou efeito de partilhar

2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa

3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio

4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila

5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente

entre duas ou mais pessoas

(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

nome feminino

1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar

2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo

3 desassossego

4 ideia fixa

5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo

(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)

respeito

respeito n acto ou efeito de ()

respeito forma do verbo respeitar

respeito

nome masculino

1 acto ou efeito de respeitar

2 consideraccedilatildeo apreccedilo

3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo

4 homenagem culto

5 temor receio

Dossier temaacutetico sobre Valores 5164

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

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BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

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(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

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(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 24: Valor Es Final

PERTINEcircNCIA DE VALORES

Durkheim considerava que os valores miacuteticos e religiosos que funcionaram como

crenccedilas nas sociedades tradicionais serviram para exercer o controlo e a coesatildeo sociais

e para inspirar as avaliaccedilotildees e as motivaccedilotildees das pessoas Eacute assim que nas sociedades

tradicionais de solidariedade mecacircnica os indiviacuteduos estatildeo integrados por valores

comuns que se lhes impotildeem garantindo a coesatildeo social Jaacute nas sociedades modernas

de solidariedade orgacircnica verifica-se segundo Durkheim uma erosatildeo dos valores

graccedilas ao aumento do individualismo e agrave desintegraccedilatildeo das ligaccedilotildees sociais originadas

pelo desenvolvimento da divisatildeo do trabalho

Parsons (1951) que consagrou a existecircncia de quatro subsistemas interdependentes -

cultural poliacutetico econoacutemico societal - remete cada um deles para quatro tipos de

valores O subsistema cultural manteacutem os modelos valorizados da acccedilatildeo o subsistema

poliacutetico assegura a funccedilatildeo de realizaccedilatildeo das finalidades colectivas o subsistema

societal assegura a funccedilatildeo de integraccedilatildeo social dos indiviacuteduos e o econoacutemico a funccedilatildeo

de adaptaccedilatildeo (controlo exploraccedilatildeo e transformaccedilatildeo do meio ambiente) Satildeo portanto

os sistemas que asseguram a funccedilatildeo de reproduccedilatildeo dos valores

A questatildeo da pertinecircncia dos valores coloca a relaccedilatildeo entre os valores (morais

religiosos poliacuteticos esteacuteticos) e as culturas na proacutepria medida em que existem relaccedilotildees

entre as formas de vida ou as visotildees do mundo e o quadro de valores que as orientam

Haacute uma multiplicidade de valores variando estes conforme as sociedades e as

culturas e tambeacutem conforme as eacutepocas histoacutericas por isso se fala da relatividade

histoacuterica dos valores Ora a pluralidade dos valores eacute acompanhada tambeacutem da

existecircncia de sistemas de valores relativamente abertos Novos valores podem sempre

vir a integrar um sistema (moral poliacutetico cultural ou religioso) desde que seja

assegurada uma coerecircncia miacutenima entre os valores de um mesmo sistema Com efeito

uma cultura de valores democraacuteticos por exemplo eacute incompatiacutevel com o autoritarismo

e o totalitarismo como uma cultura que reconhece o valor da infacircncia e os direitos da

crianccedila eacute incompatiacutevel com a exploraccedilatildeo da crianccedila

Poreacutem sistemas de valores diferenciados podem coexistir numa mesma sociedade

valores de grupos poliacuteticos diferentes de etnias diversas de comunidades religiosas

diferentes valores hedonistas que se opotildeem aos valores do trabalho e da eficaacutecia os

valores da poupanccedila e do patrimoacutenio em oposiccedilatildeo ao consumismo desenfreado os

Dossier temaacutetico sobre Valores 2464

valores do ser e da pessoa em oposiccedilatildeo aos valores do ter e do poder financeiro etc

Esta diversidade de valores pode provocar conflitos cuja resposta poderaacute implicar que

uma hierarquia de pertinecircncias seja estabelecida Com efeito existem conflitos de

valores no seio da famiacutelia (entre as geraccedilotildees por exemplo) nas empresas (entre a

eficaacutecia econoacutemica o lucro o melhoramento das condiccedilotildees de trabalho o serviccedilo agrave

comunidade etc) ao niacutevel das argumentaccedilotildees de valores num

tribunal ou nos debates puacuteblicos sobre processos judiciais (o respeito devido agraves viacutetimas

e o direito do culpado agrave sua defesa por exemplo) conflitos entre o valor da famiacutelia e a

obrigaccedilatildeo do trabalho (conflito que se potildee muitas vezes agraves matildees que trabalham fora

de casa e tecircm filhos pequenos) etc

Para aleacutem dos aspectos ligados agrave pluralidade dos valores assistimos hoje nas

sociedades democraacuteticas contemporacircneas a uma evoluccedilatildeo dos sistemas de valores e a

uma alteraccedilatildeo da sua hierarquia de pertinecircncia expressas na importacircncia crescente dos

novos valores ligados agrave ecologia agrave defesa do meio ambiente e ao novo conceito de

desenvolvimento sustentado dos valores da solidariedade da cidadania e da

toleracircncia que orientam hoje um novo tipo de acccedilatildeo colectiva (exercido em termos de

voluntariado eou por Organizaccedilotildees Natildeo-Governamentais (ONG) como os meacutedicos

sem fronteiras as associaccedilotildees de protecccedilatildeo e defesa das crianccedilas e das mulheres

viacutetimas de maus tratos as associaccedilotildees de defesa das minorias do consumidor de

assistecircncia aos doentes com sida etc) assim como se assiste a uma evoluccedilatildeo dos

valores ligados agrave mundializaccedilatildeo que orientam instituiccedilotildees e convenccedilotildees internacionais

Pertinecircncia de valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-07]

Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$pertinencia-de-valoresgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 2564

DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E

SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA

Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os

valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute

quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os

valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi

publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio

quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o

egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que

promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de

etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo

excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores

da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo

lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais

entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos

professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas

desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os

docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila

Foto Pintura de Salvador Dali

In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml

Dossier temaacutetico sobre Valores 2664

A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA

Adolfo S Suaacuterez

Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso

de Teologia do Unasp

Centro Universitaacuterio Adventista

Campus Engenheiro Coelho (SP)

adolfosuarezunaspedubr

Introduccedilatildeo

1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores

11 Definiccedilotildees

12 Modelos de valores em sala de aula

121 Valores absolutos

122 Valores relativos

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

13 Classificaccedilatildeo de valores

14 Conclusatildeo parcial

2 Valores que devem ser ensinados

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

23 Conclusatildeo parcial

3 A transmissatildeo de valores

31 Como se aprendem os valores

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

33 A idade e o ensino de valores

34 Conclusatildeo parcial

Consideraccedilotildees finais

Referecircncias bibliograacuteficas

Dossier temaacutetico sobre Valores 2764

Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo

Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde

Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula

The issue of values in the classroom

Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary

Education based on a Christian pedagogical practice

Keywords values christian education classroom

Dossier temaacutetico sobre Valores 2864

INTRODUCcedilAtildeO

Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS

2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da

experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e

cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e

espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)

Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas

fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade

promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a

inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)

No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de

estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das

faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)

Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo

meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo

quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e

aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)

Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido

vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo

no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar

desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de

professores ldquoconteudistasrdquo

Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser

mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno

porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de

apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa

formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores

Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-

se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo

da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados

Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores

1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES

1 1 Definiccedilotildees

Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade

humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua

conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja

valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)

independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de

caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)

Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo

Dossier temaacutetico sobre Valores 2964

Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao

satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa

qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto

deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo

racional humano (2001 p 44)

No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS

pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores

significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno

seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais

lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que

promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os

princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o

seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o

respeito e a cooperaccedilatildeo

Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante

descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade

(1997 p 79)

12 Modelos de valores em sala de aula

Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores

Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)

121 Valores absolutos

Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e

normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma

autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos

indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave

medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo

previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios

mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo

O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para

conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de

que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3064

122 Valores relativos

Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute

baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da

verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio

mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela

praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia

pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc

A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o

que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de

tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no

momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros

possam pensar

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3164

Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o

trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua

autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e

normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam

orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os

valores

Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que

determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura

que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a

escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se

oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem

possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo

Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de

determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes

puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para

todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar

os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns

13 Classificaccedilatildeo de valores

Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da

seguinte maneira numa escala ascendente

(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc

(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc

(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc

(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc

(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc

(f) Valores religiosos sagrado profano etc

De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em

Dossier temaacutetico sobre Valores 3264

(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam

rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar

(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute

dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel

satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para

Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos

sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos

gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e

prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos

(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)

(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo

pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real

exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato

boa-feacutemaacute-feacute etc)

(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)

(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia

autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da

vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees

pessoais etc

(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano

14 Conclusatildeo parcial

Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do

comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta

particular

Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta

temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e

autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em

valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos

A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados

educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados

2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados

Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio

de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados

ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA

chama de mandamentos satildeo os seguintes

Dossier temaacutetico sobre Valores 3364

(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o

bem

(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica

Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila

(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso

caraacuteter

(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio

entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato

(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)

(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado

(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a

ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia

com a sabedoria

(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em

noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional

(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser

motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas

uacuteteis ou prazeres

(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem

cair no narcisismo) e o amor pelos outros

(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos

felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com

tudo e todos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3464

O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro

Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz

que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas

geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho

humildade sabedoria respeito e solidariedade

Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de

Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os

seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da

atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo

mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom

humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto

valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante

da TV liberdade e obediecircncia

Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da

temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila

coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e

harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico

compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees

Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro

primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de

Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e

transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade

Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto

que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia

integridade equiliacutebrio e pessoalidade

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-

aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito

famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem

apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de

eternidade

Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as

Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino

Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo

Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais

importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram

escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam

agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo

Dossier temaacutetico sobre Valores 3564

Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia

(accedilatildeo) Perdatildeo

Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia

(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo

Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia

(pensamento) Previsatildeo

Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave

famiacutelia Individualidade Propoacutesito

Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade

Dossier temaacutetico sobre Valores 3664

Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza

Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade

Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo

proacutepria

Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo

Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo

Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo

Abertura Entusiasmo Interesse Respeito

Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio

Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade

Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia

Auto-motivaccedilatildeo para

desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede

Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade

Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila

Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade

Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade

eacutetica

Carinho Flexibilidade no juiacutezo

moral Meditaccedilatildeo

Sentido de

comunidade

Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo

Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia

Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade

Compreensatildeo da

verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade

Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento

Consciecircncia dos

assuntos morais e

religiosos

Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato

Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila

Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura

Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia

Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade

Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade

Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo

pessoal

Cortesia Humor Patriotismo Veracidade

Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude

Cumprimento dos

deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva

23 Conclusatildeo parcial

Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis

cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a

sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula

um importante ofiacutecio para todo educador

3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES

Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos

numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a

quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais

envolvidos em todo esse processo

Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente

pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir

em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3764

31 Como se aprendem os valores

Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que

demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras

(MARQUES 2001 p 44)

(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados

(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica

em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto

(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os

valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade

assimilamos a honestidade

(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos

loacutegicos e discursivos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3864

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o

factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)

O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da

crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor

da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para

exemplificaacute-la etc

Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores

demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a

veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel

relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o

relacionamento proacuteximo

O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido

consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso

exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa

situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e

sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre

sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar

dinheiro Por quecircrdquo

33 A idade e o ensino de valores

De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos

de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo

das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo

tem muita influecircncia

Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia

moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees

dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila

obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque

isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal

Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem

desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido

sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos

actos

34Conclusatildeo parcial

Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses

valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos

rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis

de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado

de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)

chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)

Dossier temaacutetico sobre Valores 3964

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que

determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que

a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos

e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores

podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e

religiosos

Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam

conviver bem consigo mesmos e com a sociedade

Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o

ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional

e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa

Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo

desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na

transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe

um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a

educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual

entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde

Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de

motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe

uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores

Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente

Precisamos educar o estudante plenamente

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed

Petroacutepolis RJ Vozes 2000

BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais

Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997

BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales

Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997

Dossier temaacutetico sobre Valores 4064

CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003

CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a

Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas

Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b

LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo

Paulo Vida 2001

MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000

MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001

PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991

SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995

YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de

Moraes Porto Alegre Artmed 2002

Dossier temaacutetico sobre Valores 4164

O PODER DOS CONTOS INFANTIS

Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada

Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e

agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre

Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em

geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo

deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o

fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma

contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado

Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo

dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de

uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de

exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura

racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar

Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do

qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do

abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip

Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam

sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a

cobardia

O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o

estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso

encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e

prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e

vencer o mal

Dossier temaacutetico sobre Valores 4264

Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique

completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o

sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes

sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo

com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute

mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los

interpretaacute-los e ultrapassaacute-los

Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente

nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se

enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de

forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais

como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel

estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a

questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim

zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila

moral dos contos infantis

Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar

duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a

crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso

sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-

se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada

In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm

Dossier temaacutetico sobre Valores 4364

Dicionaacuterio de Valores

(Infopeacutedia)

afecto

amizade

autodisciplina

civismo

confianccedila

disciplina

honestidade

integridade

integro

justiccedila

lealdade

liberdade

partilha

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

respeito

responsabilidade

responsaacutevel

solidariedade

solidaacuterio

toleracircncia

valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 4464

afecto

afecto n adj sentimento de apego e ()

afecto forma do verbo afectar

afecto

nome masculino

1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo

2 amizade

3 amor

4 carinho

5 inclinaccedilatildeo

adjectivo

1 afeiccediloado dedicado

2 destinado

3 ligado dependente

(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)

amizade

nome feminino

1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia

2 camaradagem companheirismo cumplicidade

3 entendimento compreensatildeo

4 dedicaccedilatildeo bondade

5 pessoa amiga

(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4564

autodisciplina

nome feminino

1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo

2 capacidade de se disciplinar

(De auto-+disciplina)

civismo

nome masculino

1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico

2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas

suas instituiccedilotildees

(Do fr civisme laquoidraquo)

confianccedila

nome feminino

1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor

2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza

3 creacutedito

4 acircnimo

5 popular ousadia atrevimento

6 popular familiaridade

abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo

que se ocupa

dar confianccedila permitir certa familiaridade

ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza

tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade

(Do fr confiance laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4664

disciplina

disciplina n conjunto de regras ou ()

disciplina forma do verbo disciplinar

disciplina

nome feminino

1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou

colectividade

2 observacircncia das regras obediecircncia

3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a

respeitar regras ou conseguir resultados

4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de

um estabelecimento escolar

5 autoridade

6 castigo mortificaccedilatildeo

7 [plural] correias para accediloitar

(Do lat disciplina- laquoidraquo)

honestidade

nome feminino

1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade

probidade

2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade

3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia

(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4764

integridade

nome feminino

1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade

2 qualidade do que eacute iacutentegro

3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade

(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)

integro [integro]

adjectivo

1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO

2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO

justiccedila

justiccedila n virtude moral que inspira ()

justiccedila forma do verbo justiccedilar

justiccedila

nome feminino

1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a

atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade

2 conformidade com o direito estabelecido

3 poder de aplicar as leis poder judicial

4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees

5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do

poder judicial

6 conjunto dos magistrados a magistratura

Dossier temaacutetico sobre Valores 4864

7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda

por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada

na outra

8 popular funcionaacuterios de um tribunal

justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor

das coisas trocadas

justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e

dos encargos consoante a qualidade das pessoas

justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial

justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer

positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus

membros

popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos

com justiccedila de maneira justa e imparcial

dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio

em boa justiccedila segundo o que eacute devido

fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes

(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)

lealdade

nome feminino

qualidade de leal fidelidade sinceridade

(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4964

liberdade

nome feminino

1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua

natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo

livre)

2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo

ou de acccedilatildeo)

3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e

independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de

decisatildeo)

4 livre arbiacutetrio

5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)

6 personificaccedilatildeo das ideias liberais

7 toleracircncia

8 licenccedila autorizaccedilatildeo

9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada

10 figurado franqueza

11 [plural] regalias imunidades

liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas

que se julgarem verdadeiras

liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem

impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela

lei

LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e

sintaacutecticas em poesia

(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5064

partilha

nome feminino

1 acto ou efeito de partilhar

2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa

3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio

4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila

5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente

entre duas ou mais pessoas

(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

nome feminino

1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar

2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo

3 desassossego

4 ideia fixa

5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo

(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)

respeito

respeito n acto ou efeito de ()

respeito forma do verbo respeitar

respeito

nome masculino

1 acto ou efeito de respeitar

2 consideraccedilatildeo apreccedilo

3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo

4 homenagem culto

5 temor receio

Dossier temaacutetico sobre Valores 5164

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 25: Valor Es Final

valores do ser e da pessoa em oposiccedilatildeo aos valores do ter e do poder financeiro etc

Esta diversidade de valores pode provocar conflitos cuja resposta poderaacute implicar que

uma hierarquia de pertinecircncias seja estabelecida Com efeito existem conflitos de

valores no seio da famiacutelia (entre as geraccedilotildees por exemplo) nas empresas (entre a

eficaacutecia econoacutemica o lucro o melhoramento das condiccedilotildees de trabalho o serviccedilo agrave

comunidade etc) ao niacutevel das argumentaccedilotildees de valores num

tribunal ou nos debates puacuteblicos sobre processos judiciais (o respeito devido agraves viacutetimas

e o direito do culpado agrave sua defesa por exemplo) conflitos entre o valor da famiacutelia e a

obrigaccedilatildeo do trabalho (conflito que se potildee muitas vezes agraves matildees que trabalham fora

de casa e tecircm filhos pequenos) etc

Para aleacutem dos aspectos ligados agrave pluralidade dos valores assistimos hoje nas

sociedades democraacuteticas contemporacircneas a uma evoluccedilatildeo dos sistemas de valores e a

uma alteraccedilatildeo da sua hierarquia de pertinecircncia expressas na importacircncia crescente dos

novos valores ligados agrave ecologia agrave defesa do meio ambiente e ao novo conceito de

desenvolvimento sustentado dos valores da solidariedade da cidadania e da

toleracircncia que orientam hoje um novo tipo de acccedilatildeo colectiva (exercido em termos de

voluntariado eou por Organizaccedilotildees Natildeo-Governamentais (ONG) como os meacutedicos

sem fronteiras as associaccedilotildees de protecccedilatildeo e defesa das crianccedilas e das mulheres

viacutetimas de maus tratos as associaccedilotildees de defesa das minorias do consumidor de

assistecircncia aos doentes com sida etc) assim como se assiste a uma evoluccedilatildeo dos

valores ligados agrave mundializaccedilatildeo que orientam instituiccedilotildees e convenccedilotildees internacionais

Pertinecircncia de valores In Infopeacutedia [Em linha] Porto Porto Editora 2003-2010 [Consult 2010-12-07]

Disponiacutevel na www ltURL httpwwwinfopediapt$pertinencia-de-valoresgt

Dossier temaacutetico sobre Valores 2564

DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E

SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA

Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os

valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute

quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os

valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi

publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio

quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o

egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que

promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de

etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo

excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores

da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo

lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais

entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos

professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas

desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os

docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila

Foto Pintura de Salvador Dali

In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml

Dossier temaacutetico sobre Valores 2664

A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA

Adolfo S Suaacuterez

Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso

de Teologia do Unasp

Centro Universitaacuterio Adventista

Campus Engenheiro Coelho (SP)

adolfosuarezunaspedubr

Introduccedilatildeo

1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores

11 Definiccedilotildees

12 Modelos de valores em sala de aula

121 Valores absolutos

122 Valores relativos

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

13 Classificaccedilatildeo de valores

14 Conclusatildeo parcial

2 Valores que devem ser ensinados

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

23 Conclusatildeo parcial

3 A transmissatildeo de valores

31 Como se aprendem os valores

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

33 A idade e o ensino de valores

34 Conclusatildeo parcial

Consideraccedilotildees finais

Referecircncias bibliograacuteficas

Dossier temaacutetico sobre Valores 2764

Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo

Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde

Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula

The issue of values in the classroom

Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary

Education based on a Christian pedagogical practice

Keywords values christian education classroom

Dossier temaacutetico sobre Valores 2864

INTRODUCcedilAtildeO

Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS

2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da

experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e

cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e

espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)

Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas

fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade

promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a

inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)

No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de

estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das

faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)

Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo

meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo

quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e

aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)

Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido

vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo

no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar

desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de

professores ldquoconteudistasrdquo

Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser

mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno

porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de

apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa

formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores

Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-

se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo

da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados

Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores

1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES

1 1 Definiccedilotildees

Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade

humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua

conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja

valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)

independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de

caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)

Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo

Dossier temaacutetico sobre Valores 2964

Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao

satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa

qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto

deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo

racional humano (2001 p 44)

No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS

pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores

significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno

seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais

lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que

promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os

princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o

seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o

respeito e a cooperaccedilatildeo

Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante

descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade

(1997 p 79)

12 Modelos de valores em sala de aula

Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores

Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)

121 Valores absolutos

Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e

normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma

autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos

indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave

medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo

previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios

mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo

O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para

conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de

que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3064

122 Valores relativos

Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute

baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da

verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio

mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela

praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia

pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc

A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o

que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de

tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no

momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros

possam pensar

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3164

Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o

trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua

autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e

normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam

orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os

valores

Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que

determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura

que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a

escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se

oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem

possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo

Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de

determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes

puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para

todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar

os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns

13 Classificaccedilatildeo de valores

Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da

seguinte maneira numa escala ascendente

(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc

(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc

(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc

(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc

(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc

(f) Valores religiosos sagrado profano etc

De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em

Dossier temaacutetico sobre Valores 3264

(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam

rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar

(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute

dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel

satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para

Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos

sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos

gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e

prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos

(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)

(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo

pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real

exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato

boa-feacutemaacute-feacute etc)

(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)

(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia

autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da

vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees

pessoais etc

(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano

14 Conclusatildeo parcial

Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do

comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta

particular

Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta

temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e

autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em

valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos

A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados

educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados

2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados

Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio

de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados

ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA

chama de mandamentos satildeo os seguintes

Dossier temaacutetico sobre Valores 3364

(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o

bem

(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica

Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila

(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso

caraacuteter

(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio

entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato

(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)

(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado

(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a

ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia

com a sabedoria

(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em

noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional

(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser

motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas

uacuteteis ou prazeres

(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem

cair no narcisismo) e o amor pelos outros

(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos

felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com

tudo e todos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3464

O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro

Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz

que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas

geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho

humildade sabedoria respeito e solidariedade

Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de

Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os

seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da

atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo

mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom

humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto

valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante

da TV liberdade e obediecircncia

Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da

temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila

coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e

harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico

compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees

Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro

primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de

Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e

transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade

Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto

que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia

integridade equiliacutebrio e pessoalidade

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-

aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito

famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem

apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de

eternidade

Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as

Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino

Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo

Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais

importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram

escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam

agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo

Dossier temaacutetico sobre Valores 3564

Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia

(accedilatildeo) Perdatildeo

Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia

(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo

Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia

(pensamento) Previsatildeo

Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave

famiacutelia Individualidade Propoacutesito

Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade

Dossier temaacutetico sobre Valores 3664

Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza

Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade

Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo

proacutepria

Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo

Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo

Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo

Abertura Entusiasmo Interesse Respeito

Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio

Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade

Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia

Auto-motivaccedilatildeo para

desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede

Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade

Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila

Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade

Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade

eacutetica

Carinho Flexibilidade no juiacutezo

moral Meditaccedilatildeo

Sentido de

comunidade

Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo

Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia

Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade

Compreensatildeo da

verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade

Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento

Consciecircncia dos

assuntos morais e

religiosos

Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato

Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila

Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura

Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia

Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade

Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade

Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo

pessoal

Cortesia Humor Patriotismo Veracidade

Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude

Cumprimento dos

deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva

23 Conclusatildeo parcial

Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis

cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a

sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula

um importante ofiacutecio para todo educador

3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES

Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos

numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a

quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais

envolvidos em todo esse processo

Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente

pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir

em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3764

31 Como se aprendem os valores

Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que

demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras

(MARQUES 2001 p 44)

(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados

(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica

em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto

(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os

valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade

assimilamos a honestidade

(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos

loacutegicos e discursivos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3864

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o

factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)

O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da

crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor

da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para

exemplificaacute-la etc

Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores

demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a

veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel

relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o

relacionamento proacuteximo

O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido

consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso

exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa

situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e

sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre

sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar

dinheiro Por quecircrdquo

33 A idade e o ensino de valores

De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos

de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo

das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo

tem muita influecircncia

Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia

moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees

dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila

obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque

isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal

Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem

desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido

sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos

actos

34Conclusatildeo parcial

Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses

valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos

rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis

de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado

de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)

chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)

Dossier temaacutetico sobre Valores 3964

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que

determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que

a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos

e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores

podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e

religiosos

Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam

conviver bem consigo mesmos e com a sociedade

Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o

ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional

e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa

Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo

desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na

transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe

um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a

educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual

entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde

Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de

motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe

uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores

Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente

Precisamos educar o estudante plenamente

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed

Petroacutepolis RJ Vozes 2000

BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais

Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997

BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales

Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997

Dossier temaacutetico sobre Valores 4064

CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003

CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a

Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas

Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b

LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo

Paulo Vida 2001

MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000

MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001

PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991

SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995

YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de

Moraes Porto Alegre Artmed 2002

Dossier temaacutetico sobre Valores 4164

O PODER DOS CONTOS INFANTIS

Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada

Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e

agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre

Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em

geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo

deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o

fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma

contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado

Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo

dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de

uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de

exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura

racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar

Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do

qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do

abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip

Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam

sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a

cobardia

O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o

estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso

encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e

prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e

vencer o mal

Dossier temaacutetico sobre Valores 4264

Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique

completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o

sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes

sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo

com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute

mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los

interpretaacute-los e ultrapassaacute-los

Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente

nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se

enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de

forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais

como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel

estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a

questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim

zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila

moral dos contos infantis

Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar

duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a

crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso

sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-

se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada

In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm

Dossier temaacutetico sobre Valores 4364

Dicionaacuterio de Valores

(Infopeacutedia)

afecto

amizade

autodisciplina

civismo

confianccedila

disciplina

honestidade

integridade

integro

justiccedila

lealdade

liberdade

partilha

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

respeito

responsabilidade

responsaacutevel

solidariedade

solidaacuterio

toleracircncia

valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 4464

afecto

afecto n adj sentimento de apego e ()

afecto forma do verbo afectar

afecto

nome masculino

1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo

2 amizade

3 amor

4 carinho

5 inclinaccedilatildeo

adjectivo

1 afeiccediloado dedicado

2 destinado

3 ligado dependente

(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)

amizade

nome feminino

1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia

2 camaradagem companheirismo cumplicidade

3 entendimento compreensatildeo

4 dedicaccedilatildeo bondade

5 pessoa amiga

(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4564

autodisciplina

nome feminino

1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo

2 capacidade de se disciplinar

(De auto-+disciplina)

civismo

nome masculino

1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico

2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas

suas instituiccedilotildees

(Do fr civisme laquoidraquo)

confianccedila

nome feminino

1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor

2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza

3 creacutedito

4 acircnimo

5 popular ousadia atrevimento

6 popular familiaridade

abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo

que se ocupa

dar confianccedila permitir certa familiaridade

ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza

tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade

(Do fr confiance laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4664

disciplina

disciplina n conjunto de regras ou ()

disciplina forma do verbo disciplinar

disciplina

nome feminino

1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou

colectividade

2 observacircncia das regras obediecircncia

3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a

respeitar regras ou conseguir resultados

4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de

um estabelecimento escolar

5 autoridade

6 castigo mortificaccedilatildeo

7 [plural] correias para accediloitar

(Do lat disciplina- laquoidraquo)

honestidade

nome feminino

1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade

probidade

2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade

3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia

(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4764

integridade

nome feminino

1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade

2 qualidade do que eacute iacutentegro

3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade

(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)

integro [integro]

adjectivo

1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO

2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO

justiccedila

justiccedila n virtude moral que inspira ()

justiccedila forma do verbo justiccedilar

justiccedila

nome feminino

1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a

atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade

2 conformidade com o direito estabelecido

3 poder de aplicar as leis poder judicial

4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees

5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do

poder judicial

6 conjunto dos magistrados a magistratura

Dossier temaacutetico sobre Valores 4864

7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda

por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada

na outra

8 popular funcionaacuterios de um tribunal

justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor

das coisas trocadas

justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e

dos encargos consoante a qualidade das pessoas

justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial

justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer

positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus

membros

popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos

com justiccedila de maneira justa e imparcial

dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio

em boa justiccedila segundo o que eacute devido

fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes

(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)

lealdade

nome feminino

qualidade de leal fidelidade sinceridade

(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4964

liberdade

nome feminino

1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua

natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo

livre)

2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo

ou de acccedilatildeo)

3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e

independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de

decisatildeo)

4 livre arbiacutetrio

5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)

6 personificaccedilatildeo das ideias liberais

7 toleracircncia

8 licenccedila autorizaccedilatildeo

9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada

10 figurado franqueza

11 [plural] regalias imunidades

liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas

que se julgarem verdadeiras

liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem

impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela

lei

LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e

sintaacutecticas em poesia

(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5064

partilha

nome feminino

1 acto ou efeito de partilhar

2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa

3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio

4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila

5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente

entre duas ou mais pessoas

(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

nome feminino

1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar

2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo

3 desassossego

4 ideia fixa

5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo

(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)

respeito

respeito n acto ou efeito de ()

respeito forma do verbo respeitar

respeito

nome masculino

1 acto ou efeito de respeitar

2 consideraccedilatildeo apreccedilo

3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo

4 homenagem culto

5 temor receio

Dossier temaacutetico sobre Valores 5164

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 26: Valor Es Final

DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E

SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA

Desde que haacute escola que existe um debate em torno da questatildeo quem deve ensinar os

valores baacutesicos A escola ou a famiacutelia A resposta eacute simples as duas O problema eacute

quando a famiacutelia ou a escola se demitem de o fazer Problema tambeacutem quando os

valores enfatizados pela famiacutelia contradizem os valores escolares Recentemente foi

publicado na Gratilde Bretanha o relatoacuterio A Good Childhood Conclusotildees do relatoacuterio

quer a famiacutelia quer a escola estatildeo a enfatizar valores que estimulam a egocentrismo o

egoiacutesmo e a competiccedilatildeo exagerada Eacute certo que haacute alguns projectos educativos que

promovem o respeito pelos outros o apreccedilo pelas relaccedilotildees de cortesia regras de

etiqueta social compaixatildeo responsabilidade e solidariedade Mas esses projectos satildeo

excepccedilotildees A situaccedilatildeo ideal seria a existecircncia de uma boa articulaccedilatildeo entre os valores

da famiacutelia e os valores da escola com as duas instituiccedilotildees a rumarem para o mesmo

lado e os pais a reforccedilarem as atitudes e os valores dos professores Errado eacute os pais

entregarem os filhos agrave escola demitirem-se dos seus papeacuteis educativos e exigirem aos

professores que faccedilam milagres Pior ainda eacute quando as poliacuteticas educativas

desvalorizam o estatuto dos professores e fazem passar para a opiniatildeo puacuteblica que os

docentes natildeo satildeo dignos de confianccedila

Foto Pintura de Salvador Dali

In wwwprofblogorg200903devem-as-escolas-ensinar-valores-eticoshtml

Dossier temaacutetico sobre Valores 2664

A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA

Adolfo S Suaacuterez

Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso

de Teologia do Unasp

Centro Universitaacuterio Adventista

Campus Engenheiro Coelho (SP)

adolfosuarezunaspedubr

Introduccedilatildeo

1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores

11 Definiccedilotildees

12 Modelos de valores em sala de aula

121 Valores absolutos

122 Valores relativos

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

13 Classificaccedilatildeo de valores

14 Conclusatildeo parcial

2 Valores que devem ser ensinados

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

23 Conclusatildeo parcial

3 A transmissatildeo de valores

31 Como se aprendem os valores

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

33 A idade e o ensino de valores

34 Conclusatildeo parcial

Consideraccedilotildees finais

Referecircncias bibliograacuteficas

Dossier temaacutetico sobre Valores 2764

Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo

Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde

Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula

The issue of values in the classroom

Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary

Education based on a Christian pedagogical practice

Keywords values christian education classroom

Dossier temaacutetico sobre Valores 2864

INTRODUCcedilAtildeO

Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS

2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da

experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e

cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e

espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)

Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas

fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade

promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a

inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)

No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de

estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das

faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)

Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo

meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo

quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e

aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)

Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido

vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo

no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar

desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de

professores ldquoconteudistasrdquo

Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser

mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno

porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de

apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa

formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores

Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-

se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo

da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados

Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores

1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES

1 1 Definiccedilotildees

Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade

humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua

conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja

valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)

independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de

caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)

Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo

Dossier temaacutetico sobre Valores 2964

Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao

satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa

qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto

deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo

racional humano (2001 p 44)

No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS

pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores

significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno

seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais

lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que

promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os

princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o

seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o

respeito e a cooperaccedilatildeo

Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante

descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade

(1997 p 79)

12 Modelos de valores em sala de aula

Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores

Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)

121 Valores absolutos

Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e

normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma

autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos

indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave

medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo

previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios

mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo

O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para

conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de

que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3064

122 Valores relativos

Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute

baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da

verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio

mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela

praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia

pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc

A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o

que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de

tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no

momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros

possam pensar

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3164

Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o

trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua

autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e

normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam

orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os

valores

Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que

determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura

que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a

escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se

oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem

possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo

Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de

determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes

puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para

todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar

os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns

13 Classificaccedilatildeo de valores

Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da

seguinte maneira numa escala ascendente

(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc

(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc

(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc

(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc

(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc

(f) Valores religiosos sagrado profano etc

De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em

Dossier temaacutetico sobre Valores 3264

(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam

rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar

(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute

dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel

satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para

Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos

sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos

gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e

prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos

(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)

(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo

pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real

exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato

boa-feacutemaacute-feacute etc)

(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)

(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia

autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da

vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees

pessoais etc

(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano

14 Conclusatildeo parcial

Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do

comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta

particular

Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta

temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e

autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em

valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos

A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados

educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados

2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados

Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio

de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados

ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA

chama de mandamentos satildeo os seguintes

Dossier temaacutetico sobre Valores 3364

(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o

bem

(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica

Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila

(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso

caraacuteter

(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio

entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato

(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)

(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado

(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a

ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia

com a sabedoria

(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em

noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional

(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser

motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas

uacuteteis ou prazeres

(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem

cair no narcisismo) e o amor pelos outros

(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos

felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com

tudo e todos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3464

O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro

Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz

que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas

geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho

humildade sabedoria respeito e solidariedade

Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de

Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os

seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da

atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo

mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom

humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto

valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante

da TV liberdade e obediecircncia

Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da

temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila

coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e

harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico

compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees

Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro

primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de

Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e

transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade

Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto

que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia

integridade equiliacutebrio e pessoalidade

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-

aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito

famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem

apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de

eternidade

Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as

Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino

Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo

Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais

importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram

escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam

agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo

Dossier temaacutetico sobre Valores 3564

Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia

(accedilatildeo) Perdatildeo

Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia

(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo

Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia

(pensamento) Previsatildeo

Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave

famiacutelia Individualidade Propoacutesito

Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade

Dossier temaacutetico sobre Valores 3664

Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza

Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade

Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo

proacutepria

Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo

Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo

Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo

Abertura Entusiasmo Interesse Respeito

Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio

Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade

Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia

Auto-motivaccedilatildeo para

desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede

Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade

Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila

Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade

Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade

eacutetica

Carinho Flexibilidade no juiacutezo

moral Meditaccedilatildeo

Sentido de

comunidade

Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo

Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia

Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade

Compreensatildeo da

verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade

Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento

Consciecircncia dos

assuntos morais e

religiosos

Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato

Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila

Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura

Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia

Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade

Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade

Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo

pessoal

Cortesia Humor Patriotismo Veracidade

Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude

Cumprimento dos

deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva

23 Conclusatildeo parcial

Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis

cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a

sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula

um importante ofiacutecio para todo educador

3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES

Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos

numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a

quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais

envolvidos em todo esse processo

Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente

pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir

em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3764

31 Como se aprendem os valores

Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que

demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras

(MARQUES 2001 p 44)

(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados

(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica

em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto

(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os

valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade

assimilamos a honestidade

(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos

loacutegicos e discursivos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3864

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o

factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)

O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da

crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor

da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para

exemplificaacute-la etc

Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores

demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a

veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel

relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o

relacionamento proacuteximo

O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido

consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso

exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa

situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e

sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre

sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar

dinheiro Por quecircrdquo

33 A idade e o ensino de valores

De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos

de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo

das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo

tem muita influecircncia

Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia

moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees

dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila

obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque

isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal

Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem

desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido

sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos

actos

34Conclusatildeo parcial

Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses

valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos

rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis

de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado

de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)

chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)

Dossier temaacutetico sobre Valores 3964

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que

determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que

a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos

e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores

podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e

religiosos

Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam

conviver bem consigo mesmos e com a sociedade

Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o

ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional

e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa

Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo

desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na

transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe

um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a

educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual

entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde

Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de

motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe

uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores

Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente

Precisamos educar o estudante plenamente

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

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Petroacutepolis RJ Vozes 2000

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Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997

BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales

Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997

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CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a

Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas

Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b

LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo

Paulo Vida 2001

MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000

MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001

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SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995

YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de

Moraes Porto Alegre Artmed 2002

Dossier temaacutetico sobre Valores 4164

O PODER DOS CONTOS INFANTIS

Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada

Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e

agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre

Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em

geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo

deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o

fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma

contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado

Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo

dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de

uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de

exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura

racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar

Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do

qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do

abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip

Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam

sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a

cobardia

O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o

estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso

encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e

prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e

vencer o mal

Dossier temaacutetico sobre Valores 4264

Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique

completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o

sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes

sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo

com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute

mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los

interpretaacute-los e ultrapassaacute-los

Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente

nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se

enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de

forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais

como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel

estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a

questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim

zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila

moral dos contos infantis

Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar

duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a

crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso

sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-

se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada

In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm

Dossier temaacutetico sobre Valores 4364

Dicionaacuterio de Valores

(Infopeacutedia)

afecto

amizade

autodisciplina

civismo

confianccedila

disciplina

honestidade

integridade

integro

justiccedila

lealdade

liberdade

partilha

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

respeito

responsabilidade

responsaacutevel

solidariedade

solidaacuterio

toleracircncia

valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 4464

afecto

afecto n adj sentimento de apego e ()

afecto forma do verbo afectar

afecto

nome masculino

1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo

2 amizade

3 amor

4 carinho

5 inclinaccedilatildeo

adjectivo

1 afeiccediloado dedicado

2 destinado

3 ligado dependente

(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)

amizade

nome feminino

1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia

2 camaradagem companheirismo cumplicidade

3 entendimento compreensatildeo

4 dedicaccedilatildeo bondade

5 pessoa amiga

(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4564

autodisciplina

nome feminino

1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo

2 capacidade de se disciplinar

(De auto-+disciplina)

civismo

nome masculino

1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico

2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas

suas instituiccedilotildees

(Do fr civisme laquoidraquo)

confianccedila

nome feminino

1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor

2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza

3 creacutedito

4 acircnimo

5 popular ousadia atrevimento

6 popular familiaridade

abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo

que se ocupa

dar confianccedila permitir certa familiaridade

ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza

tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade

(Do fr confiance laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4664

disciplina

disciplina n conjunto de regras ou ()

disciplina forma do verbo disciplinar

disciplina

nome feminino

1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou

colectividade

2 observacircncia das regras obediecircncia

3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a

respeitar regras ou conseguir resultados

4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de

um estabelecimento escolar

5 autoridade

6 castigo mortificaccedilatildeo

7 [plural] correias para accediloitar

(Do lat disciplina- laquoidraquo)

honestidade

nome feminino

1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade

probidade

2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade

3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia

(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4764

integridade

nome feminino

1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade

2 qualidade do que eacute iacutentegro

3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade

(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)

integro [integro]

adjectivo

1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO

2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO

justiccedila

justiccedila n virtude moral que inspira ()

justiccedila forma do verbo justiccedilar

justiccedila

nome feminino

1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a

atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade

2 conformidade com o direito estabelecido

3 poder de aplicar as leis poder judicial

4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees

5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do

poder judicial

6 conjunto dos magistrados a magistratura

Dossier temaacutetico sobre Valores 4864

7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda

por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada

na outra

8 popular funcionaacuterios de um tribunal

justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor

das coisas trocadas

justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e

dos encargos consoante a qualidade das pessoas

justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial

justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer

positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus

membros

popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos

com justiccedila de maneira justa e imparcial

dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio

em boa justiccedila segundo o que eacute devido

fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes

(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)

lealdade

nome feminino

qualidade de leal fidelidade sinceridade

(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4964

liberdade

nome feminino

1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua

natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo

livre)

2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo

ou de acccedilatildeo)

3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e

independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de

decisatildeo)

4 livre arbiacutetrio

5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)

6 personificaccedilatildeo das ideias liberais

7 toleracircncia

8 licenccedila autorizaccedilatildeo

9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada

10 figurado franqueza

11 [plural] regalias imunidades

liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas

que se julgarem verdadeiras

liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem

impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela

lei

LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e

sintaacutecticas em poesia

(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5064

partilha

nome feminino

1 acto ou efeito de partilhar

2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa

3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio

4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila

5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente

entre duas ou mais pessoas

(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

nome feminino

1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar

2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo

3 desassossego

4 ideia fixa

5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo

(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)

respeito

respeito n acto ou efeito de ()

respeito forma do verbo respeitar

respeito

nome masculino

1 acto ou efeito de respeitar

2 consideraccedilatildeo apreccedilo

3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo

4 homenagem culto

5 temor receio

Dossier temaacutetico sobre Valores 5164

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 27: Valor Es Final

A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA

Adolfo S Suaacuterez

Professor de Psicologia e Metodologia do Ensino Religioso do curso

de Teologia do Unasp

Centro Universitaacuterio Adventista

Campus Engenheiro Coelho (SP)

adolfosuarezunaspedubr

Introduccedilatildeo

1 Definiccedilotildees modelos e classificaccedilotildees de valores

11 Definiccedilotildees

12 Modelos de valores em sala de aula

121 Valores absolutos

122 Valores relativos

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

13 Classificaccedilatildeo de valores

14 Conclusatildeo parcial

2 Valores que devem ser ensinados

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

23 Conclusatildeo parcial

3 A transmissatildeo de valores

31 Como se aprendem os valores

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

33 A idade e o ensino de valores

34 Conclusatildeo parcial

Consideraccedilotildees finais

Referecircncias bibliograacuteficas

Dossier temaacutetico sobre Valores 2764

Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo

Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde

Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula

The issue of values in the classroom

Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary

Education based on a Christian pedagogical practice

Keywords values christian education classroom

Dossier temaacutetico sobre Valores 2864

INTRODUCcedilAtildeO

Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS

2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da

experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e

cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e

espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)

Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas

fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade

promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a

inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)

No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de

estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das

faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)

Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo

meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo

quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e

aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)

Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido

vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo

no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar

desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de

professores ldquoconteudistasrdquo

Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser

mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno

porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de

apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa

formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores

Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-

se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo

da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados

Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores

1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES

1 1 Definiccedilotildees

Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade

humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua

conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja

valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)

independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de

caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)

Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo

Dossier temaacutetico sobre Valores 2964

Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao

satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa

qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto

deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo

racional humano (2001 p 44)

No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS

pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores

significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno

seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais

lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que

promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os

princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o

seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o

respeito e a cooperaccedilatildeo

Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante

descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade

(1997 p 79)

12 Modelos de valores em sala de aula

Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores

Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)

121 Valores absolutos

Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e

normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma

autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos

indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave

medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo

previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios

mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo

O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para

conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de

que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3064

122 Valores relativos

Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute

baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da

verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio

mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela

praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia

pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc

A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o

que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de

tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no

momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros

possam pensar

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3164

Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o

trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua

autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e

normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam

orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os

valores

Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que

determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura

que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a

escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se

oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem

possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo

Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de

determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes

puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para

todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar

os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns

13 Classificaccedilatildeo de valores

Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da

seguinte maneira numa escala ascendente

(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc

(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc

(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc

(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc

(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc

(f) Valores religiosos sagrado profano etc

De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em

Dossier temaacutetico sobre Valores 3264

(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam

rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar

(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute

dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel

satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para

Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos

sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos

gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e

prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos

(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)

(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo

pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real

exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato

boa-feacutemaacute-feacute etc)

(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)

(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia

autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da

vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees

pessoais etc

(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano

14 Conclusatildeo parcial

Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do

comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta

particular

Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta

temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e

autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em

valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos

A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados

educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados

2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados

Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio

de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados

ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA

chama de mandamentos satildeo os seguintes

Dossier temaacutetico sobre Valores 3364

(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o

bem

(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica

Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila

(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso

caraacuteter

(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio

entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato

(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)

(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado

(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a

ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia

com a sabedoria

(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em

noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional

(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser

motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas

uacuteteis ou prazeres

(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem

cair no narcisismo) e o amor pelos outros

(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos

felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com

tudo e todos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3464

O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro

Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz

que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas

geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho

humildade sabedoria respeito e solidariedade

Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de

Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os

seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da

atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo

mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom

humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto

valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante

da TV liberdade e obediecircncia

Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da

temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila

coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e

harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico

compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees

Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro

primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de

Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e

transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade

Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto

que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia

integridade equiliacutebrio e pessoalidade

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-

aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito

famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem

apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de

eternidade

Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as

Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino

Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo

Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais

importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram

escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam

agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo

Dossier temaacutetico sobre Valores 3564

Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia

(accedilatildeo) Perdatildeo

Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia

(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo

Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia

(pensamento) Previsatildeo

Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave

famiacutelia Individualidade Propoacutesito

Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade

Dossier temaacutetico sobre Valores 3664

Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza

Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade

Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo

proacutepria

Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo

Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo

Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo

Abertura Entusiasmo Interesse Respeito

Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio

Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade

Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia

Auto-motivaccedilatildeo para

desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede

Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade

Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila

Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade

Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade

eacutetica

Carinho Flexibilidade no juiacutezo

moral Meditaccedilatildeo

Sentido de

comunidade

Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo

Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia

Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade

Compreensatildeo da

verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade

Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento

Consciecircncia dos

assuntos morais e

religiosos

Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato

Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila

Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura

Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia

Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade

Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade

Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo

pessoal

Cortesia Humor Patriotismo Veracidade

Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude

Cumprimento dos

deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva

23 Conclusatildeo parcial

Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis

cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a

sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula

um importante ofiacutecio para todo educador

3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES

Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos

numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a

quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais

envolvidos em todo esse processo

Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente

pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir

em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3764

31 Como se aprendem os valores

Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que

demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras

(MARQUES 2001 p 44)

(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados

(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica

em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto

(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os

valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade

assimilamos a honestidade

(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos

loacutegicos e discursivos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3864

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o

factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)

O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da

crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor

da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para

exemplificaacute-la etc

Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores

demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a

veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel

relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o

relacionamento proacuteximo

O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido

consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso

exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa

situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e

sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre

sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar

dinheiro Por quecircrdquo

33 A idade e o ensino de valores

De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos

de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo

das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo

tem muita influecircncia

Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia

moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees

dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila

obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque

isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal

Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem

desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido

sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos

actos

34Conclusatildeo parcial

Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses

valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos

rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis

de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado

de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)

chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)

Dossier temaacutetico sobre Valores 3964

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que

determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que

a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos

e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores

podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e

religiosos

Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam

conviver bem consigo mesmos e com a sociedade

Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o

ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional

e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa

Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo

desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na

transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe

um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a

educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual

entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde

Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de

motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe

uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores

Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente

Precisamos educar o estudante plenamente

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed

Petroacutepolis RJ Vozes 2000

BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais

Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997

BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales

Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997

Dossier temaacutetico sobre Valores 4064

CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003

CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a

Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas

Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b

LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo

Paulo Vida 2001

MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000

MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001

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SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995

YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de

Moraes Porto Alegre Artmed 2002

Dossier temaacutetico sobre Valores 4164

O PODER DOS CONTOS INFANTIS

Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada

Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e

agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre

Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em

geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo

deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o

fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma

contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado

Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo

dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de

uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de

exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura

racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar

Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do

qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do

abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip

Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam

sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a

cobardia

O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o

estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso

encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e

prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e

vencer o mal

Dossier temaacutetico sobre Valores 4264

Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique

completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o

sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes

sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo

com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute

mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los

interpretaacute-los e ultrapassaacute-los

Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente

nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se

enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de

forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais

como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel

estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a

questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim

zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila

moral dos contos infantis

Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar

duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a

crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso

sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-

se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada

In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm

Dossier temaacutetico sobre Valores 4364

Dicionaacuterio de Valores

(Infopeacutedia)

afecto

amizade

autodisciplina

civismo

confianccedila

disciplina

honestidade

integridade

integro

justiccedila

lealdade

liberdade

partilha

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

respeito

responsabilidade

responsaacutevel

solidariedade

solidaacuterio

toleracircncia

valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 4464

afecto

afecto n adj sentimento de apego e ()

afecto forma do verbo afectar

afecto

nome masculino

1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo

2 amizade

3 amor

4 carinho

5 inclinaccedilatildeo

adjectivo

1 afeiccediloado dedicado

2 destinado

3 ligado dependente

(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)

amizade

nome feminino

1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia

2 camaradagem companheirismo cumplicidade

3 entendimento compreensatildeo

4 dedicaccedilatildeo bondade

5 pessoa amiga

(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4564

autodisciplina

nome feminino

1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo

2 capacidade de se disciplinar

(De auto-+disciplina)

civismo

nome masculino

1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico

2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas

suas instituiccedilotildees

(Do fr civisme laquoidraquo)

confianccedila

nome feminino

1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor

2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza

3 creacutedito

4 acircnimo

5 popular ousadia atrevimento

6 popular familiaridade

abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo

que se ocupa

dar confianccedila permitir certa familiaridade

ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza

tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade

(Do fr confiance laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4664

disciplina

disciplina n conjunto de regras ou ()

disciplina forma do verbo disciplinar

disciplina

nome feminino

1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou

colectividade

2 observacircncia das regras obediecircncia

3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a

respeitar regras ou conseguir resultados

4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de

um estabelecimento escolar

5 autoridade

6 castigo mortificaccedilatildeo

7 [plural] correias para accediloitar

(Do lat disciplina- laquoidraquo)

honestidade

nome feminino

1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade

probidade

2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade

3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia

(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4764

integridade

nome feminino

1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade

2 qualidade do que eacute iacutentegro

3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade

(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)

integro [integro]

adjectivo

1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO

2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO

justiccedila

justiccedila n virtude moral que inspira ()

justiccedila forma do verbo justiccedilar

justiccedila

nome feminino

1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a

atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade

2 conformidade com o direito estabelecido

3 poder de aplicar as leis poder judicial

4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees

5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do

poder judicial

6 conjunto dos magistrados a magistratura

Dossier temaacutetico sobre Valores 4864

7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda

por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada

na outra

8 popular funcionaacuterios de um tribunal

justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor

das coisas trocadas

justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e

dos encargos consoante a qualidade das pessoas

justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial

justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer

positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus

membros

popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos

com justiccedila de maneira justa e imparcial

dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio

em boa justiccedila segundo o que eacute devido

fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes

(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)

lealdade

nome feminino

qualidade de leal fidelidade sinceridade

(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4964

liberdade

nome feminino

1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua

natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo

livre)

2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo

ou de acccedilatildeo)

3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e

independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de

decisatildeo)

4 livre arbiacutetrio

5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)

6 personificaccedilatildeo das ideias liberais

7 toleracircncia

8 licenccedila autorizaccedilatildeo

9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada

10 figurado franqueza

11 [plural] regalias imunidades

liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas

que se julgarem verdadeiras

liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem

impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela

lei

LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e

sintaacutecticas em poesia

(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5064

partilha

nome feminino

1 acto ou efeito de partilhar

2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa

3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio

4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila

5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente

entre duas ou mais pessoas

(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

nome feminino

1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar

2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo

3 desassossego

4 ideia fixa

5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo

(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)

respeito

respeito n acto ou efeito de ()

respeito forma do verbo respeitar

respeito

nome masculino

1 acto ou efeito de respeitar

2 consideraccedilatildeo apreccedilo

3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo

4 homenagem culto

5 temor receio

Dossier temaacutetico sobre Valores 5164

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 28: Valor Es Final

Resumo Este trabalho discute brevemente os valores na sala de aula da Educaccedilatildeo

Baacutesica fundamentado numa praacutetica pedagoacutegica cristatilde

Palavras-chave valores educaccedilatildeo cristatilde sala de aula

The issue of values in the classroom

Abstract This work shortly discusses the issue of values in a classroom of Elementary

Education based on a Christian pedagogical practice

Keywords values christian education classroom

Dossier temaacutetico sobre Valores 2864

INTRODUCcedilAtildeO

Eacute cada vez mais frequumlente o conceito de educaccedilatildeo integral ou Educaccedilatildeo Holiacutestica (YUS

2002 p 16) A Educaccedilatildeo Integral ou Holiacutestica considera todas as facetas da

experiecircncia humana natildeo soacute o intelecto racional e as responsabilidades de vocaccedilatildeo e

cidadania mas tambeacutem os aspectos fiacutesicos emocionais sociais esteacuteticos criativos e

espirituais inatos da natureza do ser humano (Ibidem)

Ainda no entender de YUS a educaccedilatildeo integral possui oito caracteriacutesticas

fundamentais Considera a globalidade da pessoa desenvolve a espiritualidade

promove as inter-relaccedilotildees busca o equiliacutebrio facilita a cooperaccedilatildeo pretende alcanccedilar a

inclusatildeo busca a experiecircncia e deseja atingir a contextualizaccedilatildeo (2002 p 21-25)

No entender de WHITE ldquoa verdadeira educaccedilatildeo significa mais que um curso de

estudordquo e ldquoinclui o desenvolvimento harmocircnico de todas as aptidotildees fiacutesicas e das

faculdades mentaisrdquo (2000 p 64)

Portanto entendemos que educar natildeo eacute apenas transmitir informaccedilatildeo desenvolvendo

meramente a capacidade intelectual do indiviacuteduo O processo educacional eacute completo

quando o estudante aprende a aprender aprende a fazer aprende a viver junto e

aprende a ser (ASMANN e JUNG 2000 p 211)

Como educador tenho notado que muitas escolas pressionadas pelo concorrido

vestibular tecircm trabalhado pouco o aprender a ser talvez porque isso natildeo eacute ldquocobradordquo

no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar

desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de

professores ldquoconteudistasrdquo

Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser

mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno

porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de

apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa

formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores

Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-

se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo

da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados

Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores

1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES

1 1 Definiccedilotildees

Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade

humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua

conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja

valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)

independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de

caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)

Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo

Dossier temaacutetico sobre Valores 2964

Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao

satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa

qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto

deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo

racional humano (2001 p 44)

No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS

pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores

significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno

seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais

lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que

promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os

princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o

seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o

respeito e a cooperaccedilatildeo

Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante

descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade

(1997 p 79)

12 Modelos de valores em sala de aula

Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores

Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)

121 Valores absolutos

Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e

normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma

autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos

indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave

medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo

previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios

mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo

O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para

conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de

que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3064

122 Valores relativos

Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute

baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da

verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio

mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela

praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia

pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc

A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o

que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de

tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no

momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros

possam pensar

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3164

Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o

trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua

autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e

normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam

orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os

valores

Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que

determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura

que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a

escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se

oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem

possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo

Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de

determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes

puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para

todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar

os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns

13 Classificaccedilatildeo de valores

Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da

seguinte maneira numa escala ascendente

(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc

(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc

(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc

(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc

(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc

(f) Valores religiosos sagrado profano etc

De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em

Dossier temaacutetico sobre Valores 3264

(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam

rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar

(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute

dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel

satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para

Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos

sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos

gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e

prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos

(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)

(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo

pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real

exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato

boa-feacutemaacute-feacute etc)

(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)

(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia

autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da

vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees

pessoais etc

(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano

14 Conclusatildeo parcial

Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do

comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta

particular

Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta

temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e

autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em

valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos

A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados

educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados

2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados

Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio

de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados

ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA

chama de mandamentos satildeo os seguintes

Dossier temaacutetico sobre Valores 3364

(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o

bem

(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica

Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila

(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso

caraacuteter

(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio

entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato

(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)

(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado

(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a

ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia

com a sabedoria

(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em

noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional

(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser

motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas

uacuteteis ou prazeres

(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem

cair no narcisismo) e o amor pelos outros

(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos

felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com

tudo e todos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3464

O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro

Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz

que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas

geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho

humildade sabedoria respeito e solidariedade

Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de

Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os

seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da

atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo

mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom

humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto

valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante

da TV liberdade e obediecircncia

Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da

temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila

coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e

harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico

compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees

Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro

primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de

Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e

transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade

Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto

que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia

integridade equiliacutebrio e pessoalidade

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-

aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito

famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem

apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de

eternidade

Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as

Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino

Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo

Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais

importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram

escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam

agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo

Dossier temaacutetico sobre Valores 3564

Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia

(accedilatildeo) Perdatildeo

Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia

(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo

Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia

(pensamento) Previsatildeo

Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave

famiacutelia Individualidade Propoacutesito

Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade

Dossier temaacutetico sobre Valores 3664

Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza

Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade

Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo

proacutepria

Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo

Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo

Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo

Abertura Entusiasmo Interesse Respeito

Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio

Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade

Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia

Auto-motivaccedilatildeo para

desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede

Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade

Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila

Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade

Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade

eacutetica

Carinho Flexibilidade no juiacutezo

moral Meditaccedilatildeo

Sentido de

comunidade

Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo

Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia

Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade

Compreensatildeo da

verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade

Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento

Consciecircncia dos

assuntos morais e

religiosos

Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato

Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila

Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura

Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia

Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade

Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade

Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo

pessoal

Cortesia Humor Patriotismo Veracidade

Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude

Cumprimento dos

deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva

23 Conclusatildeo parcial

Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis

cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a

sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula

um importante ofiacutecio para todo educador

3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES

Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos

numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a

quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais

envolvidos em todo esse processo

Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente

pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir

em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3764

31 Como se aprendem os valores

Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que

demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras

(MARQUES 2001 p 44)

(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados

(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica

em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto

(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os

valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade

assimilamos a honestidade

(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos

loacutegicos e discursivos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3864

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o

factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)

O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da

crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor

da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para

exemplificaacute-la etc

Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores

demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a

veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel

relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o

relacionamento proacuteximo

O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido

consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso

exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa

situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e

sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre

sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar

dinheiro Por quecircrdquo

33 A idade e o ensino de valores

De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos

de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo

das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo

tem muita influecircncia

Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia

moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees

dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila

obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque

isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal

Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem

desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido

sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos

actos

34Conclusatildeo parcial

Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses

valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos

rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis

de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado

de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)

chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)

Dossier temaacutetico sobre Valores 3964

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que

determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que

a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos

e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores

podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e

religiosos

Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam

conviver bem consigo mesmos e com a sociedade

Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o

ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional

e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa

Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo

desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na

transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe

um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a

educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual

entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde

Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de

motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe

uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores

Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente

Precisamos educar o estudante plenamente

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed

Petroacutepolis RJ Vozes 2000

BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais

Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997

BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales

Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997

Dossier temaacutetico sobre Valores 4064

CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003

CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a

Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas

Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b

LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo

Paulo Vida 2001

MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000

MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001

PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991

SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995

YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de

Moraes Porto Alegre Artmed 2002

Dossier temaacutetico sobre Valores 4164

O PODER DOS CONTOS INFANTIS

Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada

Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e

agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre

Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em

geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo

deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o

fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma

contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado

Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo

dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de

uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de

exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura

racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar

Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do

qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do

abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip

Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam

sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a

cobardia

O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o

estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso

encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e

prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e

vencer o mal

Dossier temaacutetico sobre Valores 4264

Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique

completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o

sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes

sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo

com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute

mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los

interpretaacute-los e ultrapassaacute-los

Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente

nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se

enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de

forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais

como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel

estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a

questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim

zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila

moral dos contos infantis

Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar

duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a

crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso

sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-

se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada

In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm

Dossier temaacutetico sobre Valores 4364

Dicionaacuterio de Valores

(Infopeacutedia)

afecto

amizade

autodisciplina

civismo

confianccedila

disciplina

honestidade

integridade

integro

justiccedila

lealdade

liberdade

partilha

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

respeito

responsabilidade

responsaacutevel

solidariedade

solidaacuterio

toleracircncia

valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 4464

afecto

afecto n adj sentimento de apego e ()

afecto forma do verbo afectar

afecto

nome masculino

1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo

2 amizade

3 amor

4 carinho

5 inclinaccedilatildeo

adjectivo

1 afeiccediloado dedicado

2 destinado

3 ligado dependente

(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)

amizade

nome feminino

1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia

2 camaradagem companheirismo cumplicidade

3 entendimento compreensatildeo

4 dedicaccedilatildeo bondade

5 pessoa amiga

(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4564

autodisciplina

nome feminino

1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo

2 capacidade de se disciplinar

(De auto-+disciplina)

civismo

nome masculino

1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico

2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas

suas instituiccedilotildees

(Do fr civisme laquoidraquo)

confianccedila

nome feminino

1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor

2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza

3 creacutedito

4 acircnimo

5 popular ousadia atrevimento

6 popular familiaridade

abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo

que se ocupa

dar confianccedila permitir certa familiaridade

ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza

tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade

(Do fr confiance laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4664

disciplina

disciplina n conjunto de regras ou ()

disciplina forma do verbo disciplinar

disciplina

nome feminino

1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou

colectividade

2 observacircncia das regras obediecircncia

3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a

respeitar regras ou conseguir resultados

4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de

um estabelecimento escolar

5 autoridade

6 castigo mortificaccedilatildeo

7 [plural] correias para accediloitar

(Do lat disciplina- laquoidraquo)

honestidade

nome feminino

1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade

probidade

2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade

3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia

(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4764

integridade

nome feminino

1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade

2 qualidade do que eacute iacutentegro

3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade

(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)

integro [integro]

adjectivo

1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO

2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO

justiccedila

justiccedila n virtude moral que inspira ()

justiccedila forma do verbo justiccedilar

justiccedila

nome feminino

1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a

atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade

2 conformidade com o direito estabelecido

3 poder de aplicar as leis poder judicial

4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees

5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do

poder judicial

6 conjunto dos magistrados a magistratura

Dossier temaacutetico sobre Valores 4864

7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda

por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada

na outra

8 popular funcionaacuterios de um tribunal

justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor

das coisas trocadas

justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e

dos encargos consoante a qualidade das pessoas

justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial

justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer

positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus

membros

popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos

com justiccedila de maneira justa e imparcial

dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio

em boa justiccedila segundo o que eacute devido

fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes

(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)

lealdade

nome feminino

qualidade de leal fidelidade sinceridade

(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4964

liberdade

nome feminino

1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua

natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo

livre)

2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo

ou de acccedilatildeo)

3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e

independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de

decisatildeo)

4 livre arbiacutetrio

5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)

6 personificaccedilatildeo das ideias liberais

7 toleracircncia

8 licenccedila autorizaccedilatildeo

9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada

10 figurado franqueza

11 [plural] regalias imunidades

liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas

que se julgarem verdadeiras

liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem

impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela

lei

LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e

sintaacutecticas em poesia

(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5064

partilha

nome feminino

1 acto ou efeito de partilhar

2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa

3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio

4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila

5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente

entre duas ou mais pessoas

(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

nome feminino

1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar

2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo

3 desassossego

4 ideia fixa

5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo

(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)

respeito

respeito n acto ou efeito de ()

respeito forma do verbo respeitar

respeito

nome masculino

1 acto ou efeito de respeitar

2 consideraccedilatildeo apreccedilo

3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo

4 homenagem culto

5 temor receio

Dossier temaacutetico sobre Valores 5164

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 29: Valor Es Final

no vestibular ou porque a maioria dos professores tem pouca habilidade para tratar

desse quarto pilar da educaccedilatildeo preferindo apenas desempenhar o papel teacutecnico de

professores ldquoconteudistasrdquo

Motivado por esse desafio quero discutir brevemente neste ensaio a questatildeo do ser

mais especificamente os valores em sala de aula Creio que eacute um assunto oportuno

porque no momento histoacuterico em que vivemos a Escola natildeo pode se dar ao luxo de

apenas transmitir informaccedilotildees A Escola Cidadatilde da qual hoje tanto se fala precisa

formar cidadatildeos conscientes activos que ajam fundamentados em valores

Esta eacute uma pesquisa bibliograacutefica e se compotildee de trecircs partes A primeira parte ocupa-

se com definiccedilotildees modelos e classificaccedilatildeo de valores Depois faccedilo uma raacutepida revisatildeo

da sugestatildeo de alguns autores a respeito de quais valores devem ser ensinados

Finalmente discorro sobre a transmissatildeo de valores

1 DEFINICcedilOtildeES MODELOS E CLASSIFICACcedilOtildeES DE VALORES

1 1 Definiccedilotildees

Valores satildeo qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade

humana Os valores satildeo determinantes do comportamento do ser humano tanto de sua

conduta puacuteblica quanto de sua conduta particular (BUXARRAIS 1997 p 82) Ou seja

valores satildeo qualidades abstractas em seu enunciado (verdade por exemplo)

independentes do sujeito (a verdade uacuteltima estaacute fora do ser humano em Deus) e de

caraacutecter absoluto (existe verdade suprema absoluta)

Quintana Cabanas (apud MARQUES) apresenta a seguinte definiccedilatildeo

Dossier temaacutetico sobre Valores 2964

Um valor eacute a qualidade abstrata e secundaacuteria de um objecto estado ou situaccedilatildeo que ao

satisfazer uma necessidade de um sujeito suscita nele interesse ou aversatildeo por essa

qualidade O valor radica no objecto mas sem o interesse de um sujeito o objecto

deixaria de ter valor Os valores ideais satildeo ideias consistentes e objectivas do mundo

racional humano (2001 p 44)

No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS

pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores

significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno

seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais

lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que

promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os

princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o

seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o

respeito e a cooperaccedilatildeo

Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante

descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade

(1997 p 79)

12 Modelos de valores em sala de aula

Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores

Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)

121 Valores absolutos

Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e

normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma

autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos

indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave

medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo

previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios

mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo

O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para

conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de

que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3064

122 Valores relativos

Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute

baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da

verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio

mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela

praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia

pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc

A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o

que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de

tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no

momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros

possam pensar

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3164

Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o

trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua

autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e

normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam

orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os

valores

Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que

determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura

que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a

escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se

oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem

possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo

Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de

determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes

puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para

todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar

os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns

13 Classificaccedilatildeo de valores

Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da

seguinte maneira numa escala ascendente

(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc

(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc

(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc

(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc

(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc

(f) Valores religiosos sagrado profano etc

De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em

Dossier temaacutetico sobre Valores 3264

(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam

rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar

(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute

dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel

satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para

Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos

sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos

gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e

prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos

(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)

(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo

pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real

exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato

boa-feacutemaacute-feacute etc)

(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)

(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia

autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da

vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees

pessoais etc

(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano

14 Conclusatildeo parcial

Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do

comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta

particular

Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta

temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e

autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em

valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos

A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados

educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados

2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados

Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio

de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados

ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA

chama de mandamentos satildeo os seguintes

Dossier temaacutetico sobre Valores 3364

(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o

bem

(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica

Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila

(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso

caraacuteter

(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio

entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato

(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)

(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado

(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a

ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia

com a sabedoria

(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em

noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional

(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser

motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas

uacuteteis ou prazeres

(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem

cair no narcisismo) e o amor pelos outros

(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos

felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com

tudo e todos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3464

O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro

Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz

que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas

geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho

humildade sabedoria respeito e solidariedade

Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de

Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os

seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da

atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo

mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom

humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto

valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante

da TV liberdade e obediecircncia

Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da

temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila

coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e

harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico

compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees

Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro

primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de

Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e

transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade

Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto

que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia

integridade equiliacutebrio e pessoalidade

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-

aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito

famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem

apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de

eternidade

Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as

Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino

Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo

Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais

importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram

escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam

agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo

Dossier temaacutetico sobre Valores 3564

Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia

(accedilatildeo) Perdatildeo

Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia

(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo

Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia

(pensamento) Previsatildeo

Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave

famiacutelia Individualidade Propoacutesito

Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade

Dossier temaacutetico sobre Valores 3664

Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza

Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade

Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo

proacutepria

Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo

Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo

Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo

Abertura Entusiasmo Interesse Respeito

Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio

Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade

Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia

Auto-motivaccedilatildeo para

desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede

Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade

Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila

Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade

Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade

eacutetica

Carinho Flexibilidade no juiacutezo

moral Meditaccedilatildeo

Sentido de

comunidade

Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo

Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia

Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade

Compreensatildeo da

verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade

Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento

Consciecircncia dos

assuntos morais e

religiosos

Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato

Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila

Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura

Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia

Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade

Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade

Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo

pessoal

Cortesia Humor Patriotismo Veracidade

Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude

Cumprimento dos

deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva

23 Conclusatildeo parcial

Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis

cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a

sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula

um importante ofiacutecio para todo educador

3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES

Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos

numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a

quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais

envolvidos em todo esse processo

Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente

pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir

em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3764

31 Como se aprendem os valores

Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que

demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras

(MARQUES 2001 p 44)

(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados

(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica

em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto

(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os

valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade

assimilamos a honestidade

(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos

loacutegicos e discursivos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3864

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o

factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)

O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da

crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor

da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para

exemplificaacute-la etc

Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores

demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a

veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel

relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o

relacionamento proacuteximo

O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido

consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso

exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa

situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e

sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre

sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar

dinheiro Por quecircrdquo

33 A idade e o ensino de valores

De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos

de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo

das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo

tem muita influecircncia

Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia

moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees

dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila

obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque

isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal

Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem

desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido

sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos

actos

34Conclusatildeo parcial

Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses

valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos

rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis

de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado

de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)

chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)

Dossier temaacutetico sobre Valores 3964

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que

determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que

a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos

e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores

podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e

religiosos

Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam

conviver bem consigo mesmos e com a sociedade

Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o

ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional

e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa

Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo

desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na

transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe

um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a

educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual

entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde

Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de

motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe

uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores

Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente

Precisamos educar o estudante plenamente

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed

Petroacutepolis RJ Vozes 2000

BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais

Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997

BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales

Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997

Dossier temaacutetico sobre Valores 4064

CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003

CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a

Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas

Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b

LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo

Paulo Vida 2001

MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000

MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001

PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991

SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995

YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de

Moraes Porto Alegre Artmed 2002

Dossier temaacutetico sobre Valores 4164

O PODER DOS CONTOS INFANTIS

Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada

Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e

agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre

Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em

geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo

deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o

fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma

contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado

Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo

dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de

uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de

exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura

racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar

Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do

qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do

abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip

Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam

sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a

cobardia

O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o

estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso

encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e

prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e

vencer o mal

Dossier temaacutetico sobre Valores 4264

Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique

completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o

sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes

sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo

com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute

mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los

interpretaacute-los e ultrapassaacute-los

Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente

nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se

enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de

forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais

como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel

estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a

questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim

zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila

moral dos contos infantis

Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar

duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a

crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso

sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-

se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada

In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm

Dossier temaacutetico sobre Valores 4364

Dicionaacuterio de Valores

(Infopeacutedia)

afecto

amizade

autodisciplina

civismo

confianccedila

disciplina

honestidade

integridade

integro

justiccedila

lealdade

liberdade

partilha

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

respeito

responsabilidade

responsaacutevel

solidariedade

solidaacuterio

toleracircncia

valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 4464

afecto

afecto n adj sentimento de apego e ()

afecto forma do verbo afectar

afecto

nome masculino

1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo

2 amizade

3 amor

4 carinho

5 inclinaccedilatildeo

adjectivo

1 afeiccediloado dedicado

2 destinado

3 ligado dependente

(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)

amizade

nome feminino

1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia

2 camaradagem companheirismo cumplicidade

3 entendimento compreensatildeo

4 dedicaccedilatildeo bondade

5 pessoa amiga

(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4564

autodisciplina

nome feminino

1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo

2 capacidade de se disciplinar

(De auto-+disciplina)

civismo

nome masculino

1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico

2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas

suas instituiccedilotildees

(Do fr civisme laquoidraquo)

confianccedila

nome feminino

1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor

2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza

3 creacutedito

4 acircnimo

5 popular ousadia atrevimento

6 popular familiaridade

abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo

que se ocupa

dar confianccedila permitir certa familiaridade

ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza

tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade

(Do fr confiance laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4664

disciplina

disciplina n conjunto de regras ou ()

disciplina forma do verbo disciplinar

disciplina

nome feminino

1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou

colectividade

2 observacircncia das regras obediecircncia

3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a

respeitar regras ou conseguir resultados

4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de

um estabelecimento escolar

5 autoridade

6 castigo mortificaccedilatildeo

7 [plural] correias para accediloitar

(Do lat disciplina- laquoidraquo)

honestidade

nome feminino

1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade

probidade

2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade

3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia

(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4764

integridade

nome feminino

1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade

2 qualidade do que eacute iacutentegro

3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade

(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)

integro [integro]

adjectivo

1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO

2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO

justiccedila

justiccedila n virtude moral que inspira ()

justiccedila forma do verbo justiccedilar

justiccedila

nome feminino

1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a

atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade

2 conformidade com o direito estabelecido

3 poder de aplicar as leis poder judicial

4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees

5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do

poder judicial

6 conjunto dos magistrados a magistratura

Dossier temaacutetico sobre Valores 4864

7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda

por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada

na outra

8 popular funcionaacuterios de um tribunal

justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor

das coisas trocadas

justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e

dos encargos consoante a qualidade das pessoas

justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial

justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer

positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus

membros

popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos

com justiccedila de maneira justa e imparcial

dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio

em boa justiccedila segundo o que eacute devido

fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes

(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)

lealdade

nome feminino

qualidade de leal fidelidade sinceridade

(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4964

liberdade

nome feminino

1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua

natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo

livre)

2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo

ou de acccedilatildeo)

3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e

independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de

decisatildeo)

4 livre arbiacutetrio

5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)

6 personificaccedilatildeo das ideias liberais

7 toleracircncia

8 licenccedila autorizaccedilatildeo

9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada

10 figurado franqueza

11 [plural] regalias imunidades

liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas

que se julgarem verdadeiras

liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem

impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela

lei

LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e

sintaacutecticas em poesia

(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5064

partilha

nome feminino

1 acto ou efeito de partilhar

2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa

3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio

4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila

5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente

entre duas ou mais pessoas

(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

nome feminino

1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar

2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo

3 desassossego

4 ideia fixa

5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo

(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)

respeito

respeito n acto ou efeito de ()

respeito forma do verbo respeitar

respeito

nome masculino

1 acto ou efeito de respeitar

2 consideraccedilatildeo apreccedilo

3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo

4 homenagem culto

5 temor receio

Dossier temaacutetico sobre Valores 5164

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 30: Valor Es Final

No que diz respeito agrave educaccedilatildeo em valores parafraseando Maria Rosa BUXARRAIS

pode-se afirmar que numa sociedade democraacutetica como a nossa educar em valores

significa encontrar espaccedilos para a reflexatildeo individual e colectiva a fim de que o aluno

seja capaz de elaborar de forma racional e autoacutenoma os princiacutepios de valor os quais

lhe permitiratildeo enfrentar criticamente a sociedade Aleacutem do mais a educaccedilatildeo que

promove valores aproxima os estudantes a condutas e haacutebitos coerentes com os

princiacutepios e normas que eles proacuteprios tornaram seus de maneira que as relaccedilotildees com o

seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiccedila a solidariedade o

respeito e a cooperaccedilatildeo

Educar em valores consiste em criar as condiccedilotildees necessaacuterias para que cada estudante

descubra e faccedila sua livre escolha entre aqueles modelos que o conduzam agrave felicidade

(1997 p 79)

12 Modelos de valores em sala de aula

Haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores

Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

(BUXARRAIS 1997 p 84 a 86)

121 Valores absolutos

Este modelo se baseia numa visatildeo de mundo que conta com um conjunto de valores e

normas de caraacuteter indiscutiacutevel e imutaacutevel Os valores satildeo colocados por uma

autoridade e tecircm como objetivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos

indiviacuteduos Neste modelo parte-se do princiacutepio de que a pessoa se aperfeiccediloa agrave

medida que se aproxima da ideacuteia ou imagem representada por um padratildeo

previamente estabelecido A transmissatildeo de valores absolutos se faz atraveacutes dos meios

mais adequados a cada situaccedilatildeo instruccedilatildeo convencimento catequizaccedilatildeo ou imposiccedilatildeo

O risco de assumir um modelo de valores absolutos eacute o uso da coerccedilatildeo da forccedila para

conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de

que os valores adotados pela Escola sejam obedecidos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3064

122 Valores relativos

Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute

baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da

verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio

mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela

praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia

pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc

A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o

que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de

tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no

momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros

possam pensar

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3164

Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o

trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua

autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e

normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam

orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os

valores

Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que

determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura

que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a

escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se

oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem

possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo

Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de

determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes

puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para

todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar

os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns

13 Classificaccedilatildeo de valores

Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da

seguinte maneira numa escala ascendente

(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc

(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc

(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc

(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc

(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc

(f) Valores religiosos sagrado profano etc

De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em

Dossier temaacutetico sobre Valores 3264

(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam

rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar

(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute

dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel

satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para

Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos

sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos

gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e

prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos

(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)

(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo

pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real

exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato

boa-feacutemaacute-feacute etc)

(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)

(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia

autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da

vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees

pessoais etc

(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano

14 Conclusatildeo parcial

Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do

comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta

particular

Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta

temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e

autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em

valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos

A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados

educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados

2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados

Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio

de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados

ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA

chama de mandamentos satildeo os seguintes

Dossier temaacutetico sobre Valores 3364

(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o

bem

(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica

Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila

(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso

caraacuteter

(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio

entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato

(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)

(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado

(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a

ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia

com a sabedoria

(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em

noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional

(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser

motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas

uacuteteis ou prazeres

(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem

cair no narcisismo) e o amor pelos outros

(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos

felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com

tudo e todos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3464

O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro

Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz

que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas

geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho

humildade sabedoria respeito e solidariedade

Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de

Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os

seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da

atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo

mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom

humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto

valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante

da TV liberdade e obediecircncia

Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da

temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila

coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e

harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico

compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees

Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro

primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de

Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e

transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade

Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto

que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia

integridade equiliacutebrio e pessoalidade

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-

aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito

famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem

apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de

eternidade

Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as

Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino

Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo

Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais

importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram

escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam

agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo

Dossier temaacutetico sobre Valores 3564

Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia

(accedilatildeo) Perdatildeo

Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia

(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo

Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia

(pensamento) Previsatildeo

Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave

famiacutelia Individualidade Propoacutesito

Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade

Dossier temaacutetico sobre Valores 3664

Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza

Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade

Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo

proacutepria

Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo

Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo

Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo

Abertura Entusiasmo Interesse Respeito

Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio

Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade

Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia

Auto-motivaccedilatildeo para

desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede

Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade

Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila

Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade

Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade

eacutetica

Carinho Flexibilidade no juiacutezo

moral Meditaccedilatildeo

Sentido de

comunidade

Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo

Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia

Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade

Compreensatildeo da

verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade

Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento

Consciecircncia dos

assuntos morais e

religiosos

Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato

Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila

Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura

Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia

Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade

Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade

Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo

pessoal

Cortesia Humor Patriotismo Veracidade

Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude

Cumprimento dos

deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva

23 Conclusatildeo parcial

Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis

cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a

sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula

um importante ofiacutecio para todo educador

3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES

Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos

numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a

quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais

envolvidos em todo esse processo

Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente

pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir

em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3764

31 Como se aprendem os valores

Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que

demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras

(MARQUES 2001 p 44)

(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados

(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica

em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto

(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os

valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade

assimilamos a honestidade

(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos

loacutegicos e discursivos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3864

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o

factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)

O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da

crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor

da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para

exemplificaacute-la etc

Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores

demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a

veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel

relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o

relacionamento proacuteximo

O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido

consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso

exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa

situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e

sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre

sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar

dinheiro Por quecircrdquo

33 A idade e o ensino de valores

De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos

de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo

das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo

tem muita influecircncia

Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia

moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees

dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila

obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque

isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal

Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem

desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido

sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos

actos

34Conclusatildeo parcial

Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses

valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos

rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis

de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado

de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)

chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)

Dossier temaacutetico sobre Valores 3964

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que

determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que

a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos

e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores

podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e

religiosos

Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam

conviver bem consigo mesmos e com a sociedade

Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o

ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional

e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa

Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo

desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na

transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe

um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a

educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual

entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde

Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de

motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe

uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores

Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente

Precisamos educar o estudante plenamente

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed

Petroacutepolis RJ Vozes 2000

BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais

Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997

BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales

Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997

Dossier temaacutetico sobre Valores 4064

CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003

CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a

Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas

Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b

LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo

Paulo Vida 2001

MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000

MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001

PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991

SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995

YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de

Moraes Porto Alegre Artmed 2002

Dossier temaacutetico sobre Valores 4164

O PODER DOS CONTOS INFANTIS

Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada

Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e

agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre

Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em

geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo

deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o

fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma

contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado

Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo

dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de

uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de

exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura

racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar

Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do

qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do

abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip

Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam

sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a

cobardia

O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o

estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso

encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e

prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e

vencer o mal

Dossier temaacutetico sobre Valores 4264

Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique

completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o

sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes

sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo

com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute

mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los

interpretaacute-los e ultrapassaacute-los

Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente

nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se

enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de

forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais

como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel

estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a

questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim

zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila

moral dos contos infantis

Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar

duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a

crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso

sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-

se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada

In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm

Dossier temaacutetico sobre Valores 4364

Dicionaacuterio de Valores

(Infopeacutedia)

afecto

amizade

autodisciplina

civismo

confianccedila

disciplina

honestidade

integridade

integro

justiccedila

lealdade

liberdade

partilha

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

respeito

responsabilidade

responsaacutevel

solidariedade

solidaacuterio

toleracircncia

valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 4464

afecto

afecto n adj sentimento de apego e ()

afecto forma do verbo afectar

afecto

nome masculino

1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo

2 amizade

3 amor

4 carinho

5 inclinaccedilatildeo

adjectivo

1 afeiccediloado dedicado

2 destinado

3 ligado dependente

(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)

amizade

nome feminino

1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia

2 camaradagem companheirismo cumplicidade

3 entendimento compreensatildeo

4 dedicaccedilatildeo bondade

5 pessoa amiga

(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4564

autodisciplina

nome feminino

1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo

2 capacidade de se disciplinar

(De auto-+disciplina)

civismo

nome masculino

1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico

2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas

suas instituiccedilotildees

(Do fr civisme laquoidraquo)

confianccedila

nome feminino

1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor

2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza

3 creacutedito

4 acircnimo

5 popular ousadia atrevimento

6 popular familiaridade

abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo

que se ocupa

dar confianccedila permitir certa familiaridade

ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza

tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade

(Do fr confiance laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4664

disciplina

disciplina n conjunto de regras ou ()

disciplina forma do verbo disciplinar

disciplina

nome feminino

1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou

colectividade

2 observacircncia das regras obediecircncia

3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a

respeitar regras ou conseguir resultados

4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de

um estabelecimento escolar

5 autoridade

6 castigo mortificaccedilatildeo

7 [plural] correias para accediloitar

(Do lat disciplina- laquoidraquo)

honestidade

nome feminino

1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade

probidade

2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade

3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia

(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4764

integridade

nome feminino

1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade

2 qualidade do que eacute iacutentegro

3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade

(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)

integro [integro]

adjectivo

1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO

2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO

justiccedila

justiccedila n virtude moral que inspira ()

justiccedila forma do verbo justiccedilar

justiccedila

nome feminino

1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a

atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade

2 conformidade com o direito estabelecido

3 poder de aplicar as leis poder judicial

4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees

5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do

poder judicial

6 conjunto dos magistrados a magistratura

Dossier temaacutetico sobre Valores 4864

7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda

por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada

na outra

8 popular funcionaacuterios de um tribunal

justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor

das coisas trocadas

justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e

dos encargos consoante a qualidade das pessoas

justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial

justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer

positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus

membros

popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos

com justiccedila de maneira justa e imparcial

dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio

em boa justiccedila segundo o que eacute devido

fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes

(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)

lealdade

nome feminino

qualidade de leal fidelidade sinceridade

(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4964

liberdade

nome feminino

1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua

natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo

livre)

2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo

ou de acccedilatildeo)

3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e

independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de

decisatildeo)

4 livre arbiacutetrio

5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)

6 personificaccedilatildeo das ideias liberais

7 toleracircncia

8 licenccedila autorizaccedilatildeo

9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada

10 figurado franqueza

11 [plural] regalias imunidades

liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas

que se julgarem verdadeiras

liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem

impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela

lei

LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e

sintaacutecticas em poesia

(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5064

partilha

nome feminino

1 acto ou efeito de partilhar

2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa

3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio

4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila

5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente

entre duas ou mais pessoas

(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

nome feminino

1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar

2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo

3 desassossego

4 ideia fixa

5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo

(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)

respeito

respeito n acto ou efeito de ()

respeito forma do verbo respeitar

respeito

nome masculino

1 acto ou efeito de respeitar

2 consideraccedilatildeo apreccedilo

3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo

4 homenagem culto

5 temor receio

Dossier temaacutetico sobre Valores 5164

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 31: Valor Es Final

122 Valores relativos

Neste modelo se entende que a adoccedilatildeo de valores eacute uma questatildeo de preferecircncia e estaacute

baseada em criteacuterios puramente subjetivos como ldquopratico a verdade porque gosto da

verdaderdquo ldquopratico a honestidade porque ela me faz bemrdquo ldquonatildeo minto porque acho feio

mentirrdquo Os valores ou normas relativos tornam impossiacutevel dizer que esta ou aquela

praacutetica eacute melhor porque esse ldquomelhorrdquo depende eacute relativo depende da circunstacircncia

pessoal depende da preferecircncia do momento depende das oportunidades etc

A adopccedilatildeo de valores relativos dificulta a educaccedilatildeo moral porque se tudo eacute relativo o

que ensinar O uacutenico que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher de

tomar decisotildees a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe conveacutem no

momento pois a decisatildeo seraacute sempre individual independente do que os outros

possam pensar

123 Construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3164

Baseado nas ideacuteias de Lawrence Kohlberg e Jean Piaget este modelo defende o

trabalho da dimensatildeo moral da pessoa assim como o desenvolvimento de sua

autonomia sua racionalidade e o uso do diaacutelogo como forma de construir princiacutepios e

normas Trata-se da construccedilatildeo de princiacutepios cognitivos e de conduta os quais possam

orientar os estudantes diante das diversas situaccedilotildees em que estatildeo envolvidos os

valores

Teoricamente este modelo repudia toda postura autoritaacuteria e heterocircnoma que

determina o que eacute bom e o que eacute mau (valores absolutos) Tambeacutem natildeo aceita a postura

que afirma serem os criteacuterios subjetivos e estritamente pessoais os que definem a

escolha dos valores (valores relativos) Para operacionalizar este modelo deve-se

oferecer a cada estudante os conhecimentos procedimentos e atitudes que tornem

possiacutevel a construccedilatildeo de criteacuterios morais proacuteprios derivados da razatildeo e do diaacutelogo

Defende-se uma educaccedilatildeo moral que leve em conta as consequumlecircncias universais de

determinados comportamentos defende-se a valorizaccedilatildeo do bem e das virtudes

puacuteblicas especialmente a justiccedila que atribui direitos de igualdade e liberdade para

todos Por isso a construccedilatildeo racional e autoacutenoma de valores preocupa-se em orientar

os valores pessoais e coletivos com a finalidade de encontrar valores comuns

13 Classificaccedilatildeo de valores

Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da

seguinte maneira numa escala ascendente

(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc

(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc

(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc

(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc

(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc

(f) Valores religiosos sagrado profano etc

De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em

Dossier temaacutetico sobre Valores 3264

(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam

rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar

(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute

dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel

satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para

Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos

sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos

gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e

prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos

(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)

(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo

pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real

exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato

boa-feacutemaacute-feacute etc)

(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)

(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia

autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da

vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees

pessoais etc

(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano

14 Conclusatildeo parcial

Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do

comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta

particular

Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta

temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e

autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em

valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos

A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados

educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados

2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados

Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio

de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados

ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA

chama de mandamentos satildeo os seguintes

Dossier temaacutetico sobre Valores 3364

(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o

bem

(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica

Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila

(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso

caraacuteter

(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio

entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato

(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)

(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado

(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a

ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia

com a sabedoria

(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em

noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional

(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser

motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas

uacuteteis ou prazeres

(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem

cair no narcisismo) e o amor pelos outros

(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos

felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com

tudo e todos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3464

O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro

Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz

que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas

geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho

humildade sabedoria respeito e solidariedade

Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de

Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os

seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da

atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo

mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom

humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto

valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante

da TV liberdade e obediecircncia

Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da

temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila

coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e

harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico

compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees

Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro

primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de

Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e

transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade

Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto

que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia

integridade equiliacutebrio e pessoalidade

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-

aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito

famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem

apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de

eternidade

Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as

Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino

Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo

Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais

importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram

escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam

agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo

Dossier temaacutetico sobre Valores 3564

Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia

(accedilatildeo) Perdatildeo

Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia

(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo

Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia

(pensamento) Previsatildeo

Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave

famiacutelia Individualidade Propoacutesito

Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade

Dossier temaacutetico sobre Valores 3664

Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza

Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade

Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo

proacutepria

Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo

Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo

Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo

Abertura Entusiasmo Interesse Respeito

Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio

Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade

Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia

Auto-motivaccedilatildeo para

desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede

Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade

Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila

Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade

Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade

eacutetica

Carinho Flexibilidade no juiacutezo

moral Meditaccedilatildeo

Sentido de

comunidade

Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo

Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia

Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade

Compreensatildeo da

verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade

Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento

Consciecircncia dos

assuntos morais e

religiosos

Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato

Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila

Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura

Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia

Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade

Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade

Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo

pessoal

Cortesia Humor Patriotismo Veracidade

Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude

Cumprimento dos

deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva

23 Conclusatildeo parcial

Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis

cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a

sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula

um importante ofiacutecio para todo educador

3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES

Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos

numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a

quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais

envolvidos em todo esse processo

Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente

pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir

em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3764

31 Como se aprendem os valores

Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que

demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras

(MARQUES 2001 p 44)

(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados

(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica

em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto

(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os

valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade

assimilamos a honestidade

(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos

loacutegicos e discursivos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3864

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o

factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)

O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da

crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor

da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para

exemplificaacute-la etc

Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores

demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a

veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel

relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o

relacionamento proacuteximo

O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido

consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso

exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa

situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e

sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre

sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar

dinheiro Por quecircrdquo

33 A idade e o ensino de valores

De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos

de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo

das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo

tem muita influecircncia

Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia

moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees

dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila

obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque

isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal

Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem

desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido

sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos

actos

34Conclusatildeo parcial

Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses

valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos

rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis

de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado

de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)

chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)

Dossier temaacutetico sobre Valores 3964

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que

determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que

a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos

e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores

podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e

religiosos

Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam

conviver bem consigo mesmos e com a sociedade

Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o

ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional

e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa

Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo

desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na

transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe

um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a

educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual

entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde

Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de

motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe

uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores

Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente

Precisamos educar o estudante plenamente

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed

Petroacutepolis RJ Vozes 2000

BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais

Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997

BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales

Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997

Dossier temaacutetico sobre Valores 4064

CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003

CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a

Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas

Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b

LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo

Paulo Vida 2001

MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000

MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001

PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991

SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995

YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de

Moraes Porto Alegre Artmed 2002

Dossier temaacutetico sobre Valores 4164

O PODER DOS CONTOS INFANTIS

Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada

Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e

agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre

Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em

geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo

deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o

fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma

contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado

Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo

dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de

uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de

exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura

racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar

Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do

qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do

abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip

Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam

sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a

cobardia

O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o

estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso

encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e

prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e

vencer o mal

Dossier temaacutetico sobre Valores 4264

Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique

completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o

sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes

sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo

com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute

mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los

interpretaacute-los e ultrapassaacute-los

Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente

nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se

enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de

forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais

como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel

estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a

questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim

zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila

moral dos contos infantis

Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar

duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a

crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso

sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-

se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada

In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm

Dossier temaacutetico sobre Valores 4364

Dicionaacuterio de Valores

(Infopeacutedia)

afecto

amizade

autodisciplina

civismo

confianccedila

disciplina

honestidade

integridade

integro

justiccedila

lealdade

liberdade

partilha

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

respeito

responsabilidade

responsaacutevel

solidariedade

solidaacuterio

toleracircncia

valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 4464

afecto

afecto n adj sentimento de apego e ()

afecto forma do verbo afectar

afecto

nome masculino

1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo

2 amizade

3 amor

4 carinho

5 inclinaccedilatildeo

adjectivo

1 afeiccediloado dedicado

2 destinado

3 ligado dependente

(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)

amizade

nome feminino

1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia

2 camaradagem companheirismo cumplicidade

3 entendimento compreensatildeo

4 dedicaccedilatildeo bondade

5 pessoa amiga

(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4564

autodisciplina

nome feminino

1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo

2 capacidade de se disciplinar

(De auto-+disciplina)

civismo

nome masculino

1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico

2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas

suas instituiccedilotildees

(Do fr civisme laquoidraquo)

confianccedila

nome feminino

1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor

2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza

3 creacutedito

4 acircnimo

5 popular ousadia atrevimento

6 popular familiaridade

abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo

que se ocupa

dar confianccedila permitir certa familiaridade

ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza

tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade

(Do fr confiance laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4664

disciplina

disciplina n conjunto de regras ou ()

disciplina forma do verbo disciplinar

disciplina

nome feminino

1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou

colectividade

2 observacircncia das regras obediecircncia

3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a

respeitar regras ou conseguir resultados

4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de

um estabelecimento escolar

5 autoridade

6 castigo mortificaccedilatildeo

7 [plural] correias para accediloitar

(Do lat disciplina- laquoidraquo)

honestidade

nome feminino

1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade

probidade

2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade

3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia

(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4764

integridade

nome feminino

1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade

2 qualidade do que eacute iacutentegro

3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade

(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)

integro [integro]

adjectivo

1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO

2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO

justiccedila

justiccedila n virtude moral que inspira ()

justiccedila forma do verbo justiccedilar

justiccedila

nome feminino

1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a

atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade

2 conformidade com o direito estabelecido

3 poder de aplicar as leis poder judicial

4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees

5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do

poder judicial

6 conjunto dos magistrados a magistratura

Dossier temaacutetico sobre Valores 4864

7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda

por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada

na outra

8 popular funcionaacuterios de um tribunal

justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor

das coisas trocadas

justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e

dos encargos consoante a qualidade das pessoas

justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial

justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer

positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus

membros

popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos

com justiccedila de maneira justa e imparcial

dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio

em boa justiccedila segundo o que eacute devido

fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes

(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)

lealdade

nome feminino

qualidade de leal fidelidade sinceridade

(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4964

liberdade

nome feminino

1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua

natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo

livre)

2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo

ou de acccedilatildeo)

3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e

independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de

decisatildeo)

4 livre arbiacutetrio

5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)

6 personificaccedilatildeo das ideias liberais

7 toleracircncia

8 licenccedila autorizaccedilatildeo

9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada

10 figurado franqueza

11 [plural] regalias imunidades

liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas

que se julgarem verdadeiras

liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem

impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela

lei

LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e

sintaacutecticas em poesia

(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5064

partilha

nome feminino

1 acto ou efeito de partilhar

2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa

3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio

4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila

5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente

entre duas ou mais pessoas

(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

nome feminino

1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar

2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo

3 desassossego

4 ideia fixa

5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo

(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)

respeito

respeito n acto ou efeito de ()

respeito forma do verbo respeitar

respeito

nome masculino

1 acto ou efeito de respeitar

2 consideraccedilatildeo apreccedilo

3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo

4 homenagem culto

5 temor receio

Dossier temaacutetico sobre Valores 5164

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 32: Valor Es Final

13 Classificaccedilatildeo de valores

Max Scheler filoacutesofo alematildeo (apud SILVA 1995 p 59) classificou os valores da

seguinte maneira numa escala ascendente

(a)Valores uacuteteis adequados inadequados convenientes inconvenientes etc

(b) Valores vitais forte e fraco decadente criativo etc

(c) Valores loacutegicos verdade falsidade demonstraccedilatildeo etc

(d) Valores esteacuteticos belo sublime gracioso feio etc

(e) Valores eacuteticos justo injusto misericordioso etc

(f) Valores religiosos sagrado profano etc

De acordo com PATRIacuteCIO (1991) os valores podem ser classificados em

Dossier temaacutetico sobre Valores 3264

(a) Valores praacuteticos Referem-se aos valores uacuteteis utilitaacuterios que proporcionam

rentabilidade que sejam proveitosos fazer fabricar construir produzir criar

(b) Valores hedocircnicos Como Hedon era o deus grego do prazer esta designaccedilatildeo eacute

dada aos valores que se relacionam com o prazerdesprazer (agradaacuteveldesagradaacutevel

satisfaccedilatildeoinsatisfaccedilatildeo sauacutededoenccedila prazerdor aliacuteviosofrimento etc) Para

Patriacutecio haacute dois tipos de prazeres Prazeres do corpo (essencialmente prazeres dos

sentidos) visuais auditivos gustativos olfativos cenesteacutesicos (prazeres orgacircnicos

gerais) cinesteacutesicos (movimento) da mesa do sexo e decorrentes dos toacutexicos e

prazeres espirituais esteacuteticos (desfrutar do belo) loacutegicos (desfrutar da verdade) eacuteticos

(desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado)

(c) Valores loacutegicos Satildeo os valores da verdade sendo o raciociacutenio loacutegico o mecanismo

pelo qual se procura a verdade A verdade eacute a qualidade daquilo que eacute autecircntico real

exato (verdadementira autecircnticofalso realilusoacuterio lealdesleal exatoinexato

boa-feacutemaacute-feacute etc)

(d) Valores esteacuteticos Tem a ver com o belo (belofeio esteacuteticoinesteacutetico)

(e) Valores eacuteticos Satildeo os valores de natureza social Leis e regras consciecircncia

autoridade direitos civis contrato confianccedila e justiccedila nas trocas puniccedilatildeo o valor da

vida valores e direitos de propriedade verdade justiccedila propriedade relaccedilotildees

pessoais etc

(f) Valores religiosos Feacutedescrenccedila divinohumano sagradoprofano

14 Conclusatildeo parcial

Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do

comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta

particular

Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta

temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e

autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em

valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos

A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados

educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados

2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados

Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio

de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados

ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA

chama de mandamentos satildeo os seguintes

Dossier temaacutetico sobre Valores 3364

(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o

bem

(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica

Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila

(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso

caraacuteter

(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio

entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato

(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)

(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado

(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a

ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia

com a sabedoria

(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em

noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional

(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser

motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas

uacuteteis ou prazeres

(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem

cair no narcisismo) e o amor pelos outros

(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos

felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com

tudo e todos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3464

O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro

Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz

que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas

geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho

humildade sabedoria respeito e solidariedade

Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de

Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os

seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da

atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo

mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom

humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto

valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante

da TV liberdade e obediecircncia

Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da

temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila

coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e

harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico

compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees

Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro

primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de

Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e

transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade

Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto

que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia

integridade equiliacutebrio e pessoalidade

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-

aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito

famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem

apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de

eternidade

Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as

Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino

Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo

Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais

importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram

escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam

agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo

Dossier temaacutetico sobre Valores 3564

Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia

(accedilatildeo) Perdatildeo

Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia

(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo

Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia

(pensamento) Previsatildeo

Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave

famiacutelia Individualidade Propoacutesito

Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade

Dossier temaacutetico sobre Valores 3664

Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza

Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade

Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo

proacutepria

Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo

Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo

Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo

Abertura Entusiasmo Interesse Respeito

Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio

Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade

Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia

Auto-motivaccedilatildeo para

desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede

Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade

Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila

Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade

Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade

eacutetica

Carinho Flexibilidade no juiacutezo

moral Meditaccedilatildeo

Sentido de

comunidade

Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo

Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia

Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade

Compreensatildeo da

verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade

Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento

Consciecircncia dos

assuntos morais e

religiosos

Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato

Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila

Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura

Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia

Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade

Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade

Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo

pessoal

Cortesia Humor Patriotismo Veracidade

Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude

Cumprimento dos

deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva

23 Conclusatildeo parcial

Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis

cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a

sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula

um importante ofiacutecio para todo educador

3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES

Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos

numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a

quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais

envolvidos em todo esse processo

Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente

pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir

em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3764

31 Como se aprendem os valores

Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que

demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras

(MARQUES 2001 p 44)

(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados

(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica

em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto

(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os

valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade

assimilamos a honestidade

(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos

loacutegicos e discursivos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3864

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o

factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)

O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da

crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor

da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para

exemplificaacute-la etc

Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores

demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a

veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel

relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o

relacionamento proacuteximo

O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido

consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso

exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa

situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e

sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre

sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar

dinheiro Por quecircrdquo

33 A idade e o ensino de valores

De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos

de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo

das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo

tem muita influecircncia

Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia

moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees

dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila

obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque

isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal

Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem

desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido

sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos

actos

34Conclusatildeo parcial

Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses

valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos

rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis

de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado

de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)

chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)

Dossier temaacutetico sobre Valores 3964

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que

determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que

a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos

e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores

podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e

religiosos

Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam

conviver bem consigo mesmos e com a sociedade

Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o

ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional

e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa

Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo

desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na

transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe

um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a

educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual

entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde

Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de

motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe

uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores

Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente

Precisamos educar o estudante plenamente

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed

Petroacutepolis RJ Vozes 2000

BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais

Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997

BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales

Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997

Dossier temaacutetico sobre Valores 4064

CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003

CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a

Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas

Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b

LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo

Paulo Vida 2001

MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000

MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001

PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991

SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995

YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de

Moraes Porto Alegre Artmed 2002

Dossier temaacutetico sobre Valores 4164

O PODER DOS CONTOS INFANTIS

Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada

Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e

agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre

Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em

geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo

deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o

fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma

contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado

Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo

dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de

uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de

exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura

racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar

Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do

qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do

abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip

Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam

sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a

cobardia

O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o

estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso

encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e

prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e

vencer o mal

Dossier temaacutetico sobre Valores 4264

Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique

completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o

sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes

sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo

com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute

mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los

interpretaacute-los e ultrapassaacute-los

Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente

nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se

enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de

forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais

como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel

estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a

questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim

zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila

moral dos contos infantis

Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar

duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a

crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso

sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-

se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada

In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm

Dossier temaacutetico sobre Valores 4364

Dicionaacuterio de Valores

(Infopeacutedia)

afecto

amizade

autodisciplina

civismo

confianccedila

disciplina

honestidade

integridade

integro

justiccedila

lealdade

liberdade

partilha

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

respeito

responsabilidade

responsaacutevel

solidariedade

solidaacuterio

toleracircncia

valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 4464

afecto

afecto n adj sentimento de apego e ()

afecto forma do verbo afectar

afecto

nome masculino

1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo

2 amizade

3 amor

4 carinho

5 inclinaccedilatildeo

adjectivo

1 afeiccediloado dedicado

2 destinado

3 ligado dependente

(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)

amizade

nome feminino

1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia

2 camaradagem companheirismo cumplicidade

3 entendimento compreensatildeo

4 dedicaccedilatildeo bondade

5 pessoa amiga

(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4564

autodisciplina

nome feminino

1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo

2 capacidade de se disciplinar

(De auto-+disciplina)

civismo

nome masculino

1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico

2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas

suas instituiccedilotildees

(Do fr civisme laquoidraquo)

confianccedila

nome feminino

1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor

2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza

3 creacutedito

4 acircnimo

5 popular ousadia atrevimento

6 popular familiaridade

abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo

que se ocupa

dar confianccedila permitir certa familiaridade

ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza

tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade

(Do fr confiance laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4664

disciplina

disciplina n conjunto de regras ou ()

disciplina forma do verbo disciplinar

disciplina

nome feminino

1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou

colectividade

2 observacircncia das regras obediecircncia

3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a

respeitar regras ou conseguir resultados

4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de

um estabelecimento escolar

5 autoridade

6 castigo mortificaccedilatildeo

7 [plural] correias para accediloitar

(Do lat disciplina- laquoidraquo)

honestidade

nome feminino

1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade

probidade

2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade

3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia

(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4764

integridade

nome feminino

1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade

2 qualidade do que eacute iacutentegro

3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade

(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)

integro [integro]

adjectivo

1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO

2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO

justiccedila

justiccedila n virtude moral que inspira ()

justiccedila forma do verbo justiccedilar

justiccedila

nome feminino

1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a

atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade

2 conformidade com o direito estabelecido

3 poder de aplicar as leis poder judicial

4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees

5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do

poder judicial

6 conjunto dos magistrados a magistratura

Dossier temaacutetico sobre Valores 4864

7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda

por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada

na outra

8 popular funcionaacuterios de um tribunal

justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor

das coisas trocadas

justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e

dos encargos consoante a qualidade das pessoas

justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial

justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer

positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus

membros

popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos

com justiccedila de maneira justa e imparcial

dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio

em boa justiccedila segundo o que eacute devido

fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes

(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)

lealdade

nome feminino

qualidade de leal fidelidade sinceridade

(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4964

liberdade

nome feminino

1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua

natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo

livre)

2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo

ou de acccedilatildeo)

3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e

independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de

decisatildeo)

4 livre arbiacutetrio

5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)

6 personificaccedilatildeo das ideias liberais

7 toleracircncia

8 licenccedila autorizaccedilatildeo

9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada

10 figurado franqueza

11 [plural] regalias imunidades

liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas

que se julgarem verdadeiras

liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem

impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela

lei

LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e

sintaacutecticas em poesia

(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5064

partilha

nome feminino

1 acto ou efeito de partilhar

2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa

3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio

4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila

5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente

entre duas ou mais pessoas

(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

nome feminino

1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar

2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo

3 desassossego

4 ideia fixa

5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo

(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)

respeito

respeito n acto ou efeito de ()

respeito forma do verbo respeitar

respeito

nome masculino

1 acto ou efeito de respeitar

2 consideraccedilatildeo apreccedilo

3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo

4 homenagem culto

5 temor receio

Dossier temaacutetico sobre Valores 5164

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 33: Valor Es Final

14 Conclusatildeo parcial

Nesta parte vimos que os valores satildeo qualidades abstratas determinantes do

comportamento do ser humano tanto de sua conduta puacuteblica quanto de sua conduta

particular

Tambeacutem vimos que haacute trecircs modelos possiacuteveis que a educaccedilatildeo pode adotar nesta

temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos e construccedilatildeo racional e

autocircnoma de valores Comentamos ainda que os valores podem ser classificados em

valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e religiosos

A continuaccedilatildeo vamos focalizar nossa atenccedilatildeo em alguns valores que determinados

educadores propotildeem como fundamentais para serem ensinados

2 VALORES QUE DEVEM SER ENSINADOS

21 Algumas propostas de cunho natildeo cristatildeo

Se ensinar valores eacute importante devemos descobrir quais valores devem ser ensinados

Em seu livro Os Dez Mandamentos da Eacutetica Gabriel CHALITA (2003a) atual Secretaacuterio

de Estado da Educaccedilatildeo de Satildeo Paulo apresenta dez valores uacuteteis para serem ensinados

ou discutidos com as crianccedilas com as pessoas em geral Esses valores que CHALITA

chama de mandamentos satildeo os seguintes

Dossier temaacutetico sobre Valores 3364

(a) O bem A finalidade ou busca de toda atividade humana eacute (ou deveria ser) fazer o

bem

(b) A moderaccedilatildeo A moderaccedilatildeo eacute o modelo guia para uma boa conduta eacutetica

Moderaccedilatildeo eacute o equiliacutebrio adequado entre razatildeo e emoccedilatildeo conhecimento e esperanccedila

(c) A boa escolha Escolher bem eacute importante porque as escolhas revelam o nosso

caraacuteter

(d) As virtudes Virtudes como contentamento (natildeo ser escravo do dinheiro) equiliacutebrio

entre pretensatildeo e ambiccedilatildeo bom senso sensibilidade veracidade bom humor e recato

(sentimento de ter vergonha daquilo que eacute errado)

(e) A justiccedila A justiccedila eacute a excelecircncia no viver puacuteblico e privado

(f) A razatildeo Devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguccedilado Devemos amar a

ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia

com a sabedoria

(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em

noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional

(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser

motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas

uacuteteis ou prazeres

(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem

cair no narcisismo) e o amor pelos outros

(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos

felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com

tudo e todos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3464

O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro

Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz

que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas

geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho

humildade sabedoria respeito e solidariedade

Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de

Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os

seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da

atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo

mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom

humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto

valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante

da TV liberdade e obediecircncia

Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da

temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila

coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e

harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico

compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees

Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro

primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de

Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e

transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade

Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto

que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia

integridade equiliacutebrio e pessoalidade

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-

aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito

famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem

apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de

eternidade

Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as

Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino

Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo

Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais

importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram

escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam

agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo

Dossier temaacutetico sobre Valores 3564

Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia

(accedilatildeo) Perdatildeo

Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia

(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo

Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia

(pensamento) Previsatildeo

Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave

famiacutelia Individualidade Propoacutesito

Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade

Dossier temaacutetico sobre Valores 3664

Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza

Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade

Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo

proacutepria

Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo

Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo

Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo

Abertura Entusiasmo Interesse Respeito

Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio

Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade

Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia

Auto-motivaccedilatildeo para

desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede

Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade

Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila

Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade

Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade

eacutetica

Carinho Flexibilidade no juiacutezo

moral Meditaccedilatildeo

Sentido de

comunidade

Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo

Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia

Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade

Compreensatildeo da

verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade

Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento

Consciecircncia dos

assuntos morais e

religiosos

Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato

Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila

Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura

Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia

Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade

Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade

Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo

pessoal

Cortesia Humor Patriotismo Veracidade

Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude

Cumprimento dos

deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva

23 Conclusatildeo parcial

Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis

cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a

sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula

um importante ofiacutecio para todo educador

3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES

Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos

numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a

quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais

envolvidos em todo esse processo

Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente

pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir

em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3764

31 Como se aprendem os valores

Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que

demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras

(MARQUES 2001 p 44)

(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados

(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica

em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto

(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os

valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade

assimilamos a honestidade

(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos

loacutegicos e discursivos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3864

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o

factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)

O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da

crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor

da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para

exemplificaacute-la etc

Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores

demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a

veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel

relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o

relacionamento proacuteximo

O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido

consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso

exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa

situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e

sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre

sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar

dinheiro Por quecircrdquo

33 A idade e o ensino de valores

De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos

de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo

das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo

tem muita influecircncia

Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia

moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees

dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila

obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque

isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal

Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem

desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido

sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos

actos

34Conclusatildeo parcial

Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses

valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos

rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis

de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado

de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)

chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)

Dossier temaacutetico sobre Valores 3964

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que

determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que

a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos

e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores

podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e

religiosos

Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam

conviver bem consigo mesmos e com a sociedade

Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o

ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional

e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa

Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo

desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na

transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe

um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a

educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual

entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde

Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de

motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe

uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores

Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente

Precisamos educar o estudante plenamente

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed

Petroacutepolis RJ Vozes 2000

BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais

Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997

BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales

Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997

Dossier temaacutetico sobre Valores 4064

CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003

CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a

Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas

Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b

LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo

Paulo Vida 2001

MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000

MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001

PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991

SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995

YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de

Moraes Porto Alegre Artmed 2002

Dossier temaacutetico sobre Valores 4164

O PODER DOS CONTOS INFANTIS

Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada

Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e

agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre

Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em

geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo

deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o

fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma

contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado

Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo

dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de

uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de

exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura

racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar

Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do

qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do

abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip

Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam

sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a

cobardia

O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o

estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso

encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e

prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e

vencer o mal

Dossier temaacutetico sobre Valores 4264

Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique

completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o

sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes

sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo

com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute

mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los

interpretaacute-los e ultrapassaacute-los

Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente

nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se

enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de

forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais

como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel

estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a

questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim

zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila

moral dos contos infantis

Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar

duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a

crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso

sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-

se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada

In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm

Dossier temaacutetico sobre Valores 4364

Dicionaacuterio de Valores

(Infopeacutedia)

afecto

amizade

autodisciplina

civismo

confianccedila

disciplina

honestidade

integridade

integro

justiccedila

lealdade

liberdade

partilha

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

respeito

responsabilidade

responsaacutevel

solidariedade

solidaacuterio

toleracircncia

valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 4464

afecto

afecto n adj sentimento de apego e ()

afecto forma do verbo afectar

afecto

nome masculino

1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo

2 amizade

3 amor

4 carinho

5 inclinaccedilatildeo

adjectivo

1 afeiccediloado dedicado

2 destinado

3 ligado dependente

(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)

amizade

nome feminino

1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia

2 camaradagem companheirismo cumplicidade

3 entendimento compreensatildeo

4 dedicaccedilatildeo bondade

5 pessoa amiga

(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4564

autodisciplina

nome feminino

1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo

2 capacidade de se disciplinar

(De auto-+disciplina)

civismo

nome masculino

1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico

2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas

suas instituiccedilotildees

(Do fr civisme laquoidraquo)

confianccedila

nome feminino

1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor

2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza

3 creacutedito

4 acircnimo

5 popular ousadia atrevimento

6 popular familiaridade

abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo

que se ocupa

dar confianccedila permitir certa familiaridade

ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza

tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade

(Do fr confiance laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4664

disciplina

disciplina n conjunto de regras ou ()

disciplina forma do verbo disciplinar

disciplina

nome feminino

1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou

colectividade

2 observacircncia das regras obediecircncia

3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a

respeitar regras ou conseguir resultados

4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de

um estabelecimento escolar

5 autoridade

6 castigo mortificaccedilatildeo

7 [plural] correias para accediloitar

(Do lat disciplina- laquoidraquo)

honestidade

nome feminino

1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade

probidade

2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade

3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia

(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4764

integridade

nome feminino

1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade

2 qualidade do que eacute iacutentegro

3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade

(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)

integro [integro]

adjectivo

1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO

2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO

justiccedila

justiccedila n virtude moral que inspira ()

justiccedila forma do verbo justiccedilar

justiccedila

nome feminino

1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a

atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade

2 conformidade com o direito estabelecido

3 poder de aplicar as leis poder judicial

4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees

5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do

poder judicial

6 conjunto dos magistrados a magistratura

Dossier temaacutetico sobre Valores 4864

7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda

por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada

na outra

8 popular funcionaacuterios de um tribunal

justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor

das coisas trocadas

justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e

dos encargos consoante a qualidade das pessoas

justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial

justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer

positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus

membros

popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos

com justiccedila de maneira justa e imparcial

dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio

em boa justiccedila segundo o que eacute devido

fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes

(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)

lealdade

nome feminino

qualidade de leal fidelidade sinceridade

(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4964

liberdade

nome feminino

1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua

natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo

livre)

2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo

ou de acccedilatildeo)

3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e

independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de

decisatildeo)

4 livre arbiacutetrio

5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)

6 personificaccedilatildeo das ideias liberais

7 toleracircncia

8 licenccedila autorizaccedilatildeo

9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada

10 figurado franqueza

11 [plural] regalias imunidades

liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas

que se julgarem verdadeiras

liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem

impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela

lei

LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e

sintaacutecticas em poesia

(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5064

partilha

nome feminino

1 acto ou efeito de partilhar

2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa

3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio

4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila

5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente

entre duas ou mais pessoas

(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

nome feminino

1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar

2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo

3 desassossego

4 ideia fixa

5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo

(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)

respeito

respeito n acto ou efeito de ()

respeito forma do verbo respeitar

respeito

nome masculino

1 acto ou efeito de respeitar

2 consideraccedilatildeo apreccedilo

3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo

4 homenagem culto

5 temor receio

Dossier temaacutetico sobre Valores 5164

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 34: Valor Es Final

ciecircncia o conhecimento a teacutecnica Acima de tudo devemos equilibrar a inteligecircncia

com a sabedoria

(g) A emoccedilatildeo Devemos conhecer e procurar entender as forccedilas interiores que agem em

noacutes pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional

(h) A amizade Ser amigo eacute uma qualidade de valor inestimaacutevel A amizade deve ser

motivada pela excelecircncia moral e natildeo apenas porque ela nos proporcionaraacute coisas

uacuteteis ou prazeres

(i) O amor Devemos cultivar o bom conviacutevio o companheirismo o amor proacuteprio (sem

cair no narcisismo) e o amor pelos outros

(j) A felicidade A verdadeira felicidade estaacute fundamentada no bem Nunca seremos

felizes fazendo o mal ao nosso semelhante A felicidade eacute o prazer de estar bem com

tudo e todos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3464

O proacuteprio Gabriel CHALITA sugere a discussatildeo de outros valores em seu livro

Pedagogia do Amor (2003b) Resgatando claacutessicos da literatura universal CHALITA diz

que essas histoacuterias universais podem contribuir para a formaccedilatildeo de valores das novas

geraccedilotildees A lista eacute a seguinte amor amizade idealismo coragem esperanccedila trabalho

humildade sabedoria respeito e solidariedade

Outra lista interessante eacute oferecida por Victoria CAMPOS (2003) professora de

Filosofia Moral na Universidade Autocircnoma de Barcelona na Espanha Ela apresenta os

seguintes valores e temas daquilo que pais e professores devem ensinar agraves crianccedilas da

atualidade considerando que os costumes as ideacuteias e os conteuacutedos da educaccedilatildeo

mudaram e precisam mudar adaptando-se agraves novas realidades Felicidade bom

humor caraacuteter responsabilidade dor auto-estima bons sentimentos bom gosto

valentia generosidade amabilidade respeito gratidatildeo trabalho mente criacutetica diante

da TV liberdade e obediecircncia

Ramiro MARQUES (2001) educador portuguecircs sugere a seguinte lista dentro da

temaacutetica de valores felicidade virtude toleracircncia respeito continecircncia e temperanccedila

coragem generosidade e magnificecircncia gentileza e magnanimidade bem-querenccedila e

harmonia polidez auto-domiacutenio prudecircncia inteligecircncia e conhecimento cientiacutefico

compreensatildeo e sabedoria e emoccedilotildees

Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro

primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de

Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e

transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade

Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto

que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia

integridade equiliacutebrio e pessoalidade

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-

aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito

famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem

apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de

eternidade

Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as

Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino

Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo

Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais

importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram

escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam

agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo

Dossier temaacutetico sobre Valores 3564

Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia

(accedilatildeo) Perdatildeo

Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia

(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo

Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia

(pensamento) Previsatildeo

Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave

famiacutelia Individualidade Propoacutesito

Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade

Dossier temaacutetico sobre Valores 3664

Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza

Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade

Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo

proacutepria

Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo

Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo

Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo

Abertura Entusiasmo Interesse Respeito

Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio

Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade

Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia

Auto-motivaccedilatildeo para

desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede

Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade

Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila

Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade

Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade

eacutetica

Carinho Flexibilidade no juiacutezo

moral Meditaccedilatildeo

Sentido de

comunidade

Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo

Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia

Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade

Compreensatildeo da

verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade

Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento

Consciecircncia dos

assuntos morais e

religiosos

Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato

Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila

Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura

Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia

Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade

Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade

Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo

pessoal

Cortesia Humor Patriotismo Veracidade

Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude

Cumprimento dos

deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva

23 Conclusatildeo parcial

Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis

cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a

sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula

um importante ofiacutecio para todo educador

3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES

Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos

numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a

quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais

envolvidos em todo esse processo

Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente

pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir

em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3764

31 Como se aprendem os valores

Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que

demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras

(MARQUES 2001 p 44)

(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados

(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica

em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto

(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os

valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade

assimilamos a honestidade

(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos

loacutegicos e discursivos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3864

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o

factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)

O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da

crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor

da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para

exemplificaacute-la etc

Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores

demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a

veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel

relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o

relacionamento proacuteximo

O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido

consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso

exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa

situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e

sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre

sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar

dinheiro Por quecircrdquo

33 A idade e o ensino de valores

De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos

de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo

das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo

tem muita influecircncia

Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia

moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees

dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila

obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque

isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal

Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem

desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido

sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos

actos

34Conclusatildeo parcial

Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses

valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos

rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis

de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado

de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)

chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)

Dossier temaacutetico sobre Valores 3964

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que

determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que

a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos

e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores

podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e

religiosos

Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam

conviver bem consigo mesmos e com a sociedade

Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o

ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional

e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa

Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo

desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na

transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe

um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a

educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual

entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde

Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de

motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe

uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores

Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente

Precisamos educar o estudante plenamente

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed

Petroacutepolis RJ Vozes 2000

BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais

Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997

BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales

Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997

Dossier temaacutetico sobre Valores 4064

CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003

CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a

Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas

Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b

LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo

Paulo Vida 2001

MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000

MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001

PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991

SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995

YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de

Moraes Porto Alegre Artmed 2002

Dossier temaacutetico sobre Valores 4164

O PODER DOS CONTOS INFANTIS

Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada

Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e

agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre

Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em

geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo

deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o

fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma

contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado

Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo

dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de

uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de

exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura

racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar

Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do

qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do

abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip

Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam

sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a

cobardia

O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o

estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso

encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e

prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e

vencer o mal

Dossier temaacutetico sobre Valores 4264

Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique

completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o

sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes

sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo

com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute

mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los

interpretaacute-los e ultrapassaacute-los

Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente

nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se

enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de

forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais

como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel

estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a

questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim

zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila

moral dos contos infantis

Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar

duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a

crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso

sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-

se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada

In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm

Dossier temaacutetico sobre Valores 4364

Dicionaacuterio de Valores

(Infopeacutedia)

afecto

amizade

autodisciplina

civismo

confianccedila

disciplina

honestidade

integridade

integro

justiccedila

lealdade

liberdade

partilha

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

respeito

responsabilidade

responsaacutevel

solidariedade

solidaacuterio

toleracircncia

valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 4464

afecto

afecto n adj sentimento de apego e ()

afecto forma do verbo afectar

afecto

nome masculino

1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo

2 amizade

3 amor

4 carinho

5 inclinaccedilatildeo

adjectivo

1 afeiccediloado dedicado

2 destinado

3 ligado dependente

(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)

amizade

nome feminino

1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia

2 camaradagem companheirismo cumplicidade

3 entendimento compreensatildeo

4 dedicaccedilatildeo bondade

5 pessoa amiga

(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4564

autodisciplina

nome feminino

1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo

2 capacidade de se disciplinar

(De auto-+disciplina)

civismo

nome masculino

1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico

2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas

suas instituiccedilotildees

(Do fr civisme laquoidraquo)

confianccedila

nome feminino

1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor

2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza

3 creacutedito

4 acircnimo

5 popular ousadia atrevimento

6 popular familiaridade

abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo

que se ocupa

dar confianccedila permitir certa familiaridade

ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza

tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade

(Do fr confiance laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4664

disciplina

disciplina n conjunto de regras ou ()

disciplina forma do verbo disciplinar

disciplina

nome feminino

1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou

colectividade

2 observacircncia das regras obediecircncia

3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a

respeitar regras ou conseguir resultados

4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de

um estabelecimento escolar

5 autoridade

6 castigo mortificaccedilatildeo

7 [plural] correias para accediloitar

(Do lat disciplina- laquoidraquo)

honestidade

nome feminino

1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade

probidade

2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade

3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia

(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4764

integridade

nome feminino

1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade

2 qualidade do que eacute iacutentegro

3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade

(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)

integro [integro]

adjectivo

1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO

2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO

justiccedila

justiccedila n virtude moral que inspira ()

justiccedila forma do verbo justiccedilar

justiccedila

nome feminino

1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a

atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade

2 conformidade com o direito estabelecido

3 poder de aplicar as leis poder judicial

4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees

5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do

poder judicial

6 conjunto dos magistrados a magistratura

Dossier temaacutetico sobre Valores 4864

7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda

por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada

na outra

8 popular funcionaacuterios de um tribunal

justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor

das coisas trocadas

justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e

dos encargos consoante a qualidade das pessoas

justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial

justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer

positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus

membros

popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos

com justiccedila de maneira justa e imparcial

dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio

em boa justiccedila segundo o que eacute devido

fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes

(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)

lealdade

nome feminino

qualidade de leal fidelidade sinceridade

(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4964

liberdade

nome feminino

1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua

natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo

livre)

2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo

ou de acccedilatildeo)

3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e

independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de

decisatildeo)

4 livre arbiacutetrio

5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)

6 personificaccedilatildeo das ideias liberais

7 toleracircncia

8 licenccedila autorizaccedilatildeo

9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada

10 figurado franqueza

11 [plural] regalias imunidades

liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas

que se julgarem verdadeiras

liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem

impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela

lei

LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e

sintaacutecticas em poesia

(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5064

partilha

nome feminino

1 acto ou efeito de partilhar

2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa

3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio

4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila

5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente

entre duas ou mais pessoas

(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

nome feminino

1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar

2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo

3 desassossego

4 ideia fixa

5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo

(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)

respeito

respeito n acto ou efeito de ()

respeito forma do verbo respeitar

respeito

nome masculino

1 acto ou efeito de respeitar

2 consideraccedilatildeo apreccedilo

3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo

4 homenagem culto

5 temor receio

Dossier temaacutetico sobre Valores 5164

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 35: Valor Es Final

Nos Paracircmetros Curriculares Nacionais (PCN) volume 8 (2003) referente agraves quatro

primeiras seacuteries da Educaccedilatildeo Fundamental quando se fala de eacutetica o Ministeacuterio de

Educaccedilatildeo e Cultura lista quatro valores importantiacutessimos a serem ensinados e

transmitidos em sala de aula respeito muacutetuo justiccedila diaacutelogo e solidariedade

Nilson Joseacute MACHADO (2000) afirma que seis itens devem constar em todo projeto

que pretenda falar sobre valores e eles satildeo cidadania profissionalismo toleracircncia

integridade equiliacutebrio e pessoalidade

22 Algumas propostas de cunho cristatildeo

Tendo como base pressupostos biacuteblico-cristatildeos Paul LEWIS (2001) sugere o ensino-

aprendizado de 14 valores honestidade criticidade diante da TV sexualidade direito

famiacutelia dar valor agraves coisas conhecer suas raiacutezes respeitar a privacidade coragem

apreciar obras de arte haacutebitos saudaacuteveis gostar de ler uniatildeo familiar e perspectiva de

eternidade

Num documento intitulado Curriacuteculo Para a Mateacuteria de Ensino Religioso Para as

Escolas Adventistas de 2ordm Grau publicado pelo Instituto Adventista Para o Ensino

Cristatildeo do Departamento de Educaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Geral dos Adventistas do Seacutetimo

Dia nas paacuteginas 9 e 10 se sugerem mais de uma centena de valores como os mais

importantes no ensino da Biacuteblia e na Educaccedilatildeo Cristatilde em geral Esses valores foram

escritos no contexto do Ensino Meacutedio da Educaccedilatildeo Baacutesica mas eu creio que se aplicam

agrave Educaccedilatildeo Baacutesica como um todo

Dossier temaacutetico sobre Valores 3564

Aceitaccedilatildeo Descanso Independecircncia

(accedilatildeo) Perdatildeo

Adaptabilidade Determinaccedilatildeo Independecircncia

(eleiccedilatildeo) Perfeiccedilatildeo

Adoraccedilatildeo Devoccedilatildeo Independecircncia

(pensamento) Previsatildeo

Administraccedilatildeo Devoccedilatildeo ao lar e agrave

famiacutelia Individualidade Propoacutesito

Afeto Dignidade Influecircncia Pontualidade

Dossier temaacutetico sobre Valores 3664

Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza

Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade

Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo

proacutepria

Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo

Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo

Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo

Abertura Entusiasmo Interesse Respeito

Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio

Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade

Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia

Auto-motivaccedilatildeo para

desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede

Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade

Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila

Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade

Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade

eacutetica

Carinho Flexibilidade no juiacutezo

moral Meditaccedilatildeo

Sentido de

comunidade

Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo

Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia

Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade

Compreensatildeo da

verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade

Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento

Consciecircncia dos

assuntos morais e

religiosos

Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato

Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila

Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura

Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia

Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade

Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade

Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo

pessoal

Cortesia Humor Patriotismo Veracidade

Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude

Cumprimento dos

deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva

23 Conclusatildeo parcial

Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis

cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a

sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula

um importante ofiacutecio para todo educador

3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES

Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos

numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a

quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais

envolvidos em todo esse processo

Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente

pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir

em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3764

31 Como se aprendem os valores

Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que

demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras

(MARQUES 2001 p 44)

(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados

(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica

em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto

(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os

valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade

assimilamos a honestidade

(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos

loacutegicos e discursivos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3864

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o

factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)

O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da

crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor

da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para

exemplificaacute-la etc

Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores

demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a

veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel

relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o

relacionamento proacuteximo

O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido

consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso

exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa

situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e

sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre

sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar

dinheiro Por quecircrdquo

33 A idade e o ensino de valores

De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos

de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo

das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo

tem muita influecircncia

Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia

moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees

dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila

obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque

isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal

Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem

desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido

sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos

actos

34Conclusatildeo parcial

Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses

valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos

rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis

de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado

de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)

chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)

Dossier temaacutetico sobre Valores 3964

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que

determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que

a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos

e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores

podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e

religiosos

Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam

conviver bem consigo mesmos e com a sociedade

Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o

ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional

e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa

Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo

desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na

transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe

um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a

educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual

entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde

Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de

motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe

uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores

Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente

Precisamos educar o estudante plenamente

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed

Petroacutepolis RJ Vozes 2000

BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais

Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997

BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales

Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997

Dossier temaacutetico sobre Valores 4064

CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003

CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a

Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas

Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b

LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo

Paulo Vida 2001

MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000

MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001

PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991

SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995

YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de

Moraes Porto Alegre Artmed 2002

Dossier temaacutetico sobre Valores 4164

O PODER DOS CONTOS INFANTIS

Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada

Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e

agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre

Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em

geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo

deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o

fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma

contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado

Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo

dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de

uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de

exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura

racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar

Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do

qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do

abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip

Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam

sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a

cobardia

O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o

estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso

encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e

prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e

vencer o mal

Dossier temaacutetico sobre Valores 4264

Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique

completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o

sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes

sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo

com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute

mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los

interpretaacute-los e ultrapassaacute-los

Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente

nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se

enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de

forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais

como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel

estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a

questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim

zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila

moral dos contos infantis

Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar

duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a

crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso

sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-

se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada

In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm

Dossier temaacutetico sobre Valores 4364

Dicionaacuterio de Valores

(Infopeacutedia)

afecto

amizade

autodisciplina

civismo

confianccedila

disciplina

honestidade

integridade

integro

justiccedila

lealdade

liberdade

partilha

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

respeito

responsabilidade

responsaacutevel

solidariedade

solidaacuterio

toleracircncia

valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 4464

afecto

afecto n adj sentimento de apego e ()

afecto forma do verbo afectar

afecto

nome masculino

1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo

2 amizade

3 amor

4 carinho

5 inclinaccedilatildeo

adjectivo

1 afeiccediloado dedicado

2 destinado

3 ligado dependente

(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)

amizade

nome feminino

1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia

2 camaradagem companheirismo cumplicidade

3 entendimento compreensatildeo

4 dedicaccedilatildeo bondade

5 pessoa amiga

(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4564

autodisciplina

nome feminino

1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo

2 capacidade de se disciplinar

(De auto-+disciplina)

civismo

nome masculino

1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico

2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas

suas instituiccedilotildees

(Do fr civisme laquoidraquo)

confianccedila

nome feminino

1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor

2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza

3 creacutedito

4 acircnimo

5 popular ousadia atrevimento

6 popular familiaridade

abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo

que se ocupa

dar confianccedila permitir certa familiaridade

ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza

tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade

(Do fr confiance laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4664

disciplina

disciplina n conjunto de regras ou ()

disciplina forma do verbo disciplinar

disciplina

nome feminino

1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou

colectividade

2 observacircncia das regras obediecircncia

3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a

respeitar regras ou conseguir resultados

4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de

um estabelecimento escolar

5 autoridade

6 castigo mortificaccedilatildeo

7 [plural] correias para accediloitar

(Do lat disciplina- laquoidraquo)

honestidade

nome feminino

1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade

probidade

2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade

3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia

(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4764

integridade

nome feminino

1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade

2 qualidade do que eacute iacutentegro

3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade

(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)

integro [integro]

adjectivo

1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO

2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO

justiccedila

justiccedila n virtude moral que inspira ()

justiccedila forma do verbo justiccedilar

justiccedila

nome feminino

1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a

atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade

2 conformidade com o direito estabelecido

3 poder de aplicar as leis poder judicial

4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees

5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do

poder judicial

6 conjunto dos magistrados a magistratura

Dossier temaacutetico sobre Valores 4864

7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda

por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada

na outra

8 popular funcionaacuterios de um tribunal

justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor

das coisas trocadas

justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e

dos encargos consoante a qualidade das pessoas

justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial

justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer

positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus

membros

popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos

com justiccedila de maneira justa e imparcial

dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio

em boa justiccedila segundo o que eacute devido

fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes

(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)

lealdade

nome feminino

qualidade de leal fidelidade sinceridade

(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4964

liberdade

nome feminino

1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua

natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo

livre)

2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo

ou de acccedilatildeo)

3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e

independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de

decisatildeo)

4 livre arbiacutetrio

5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)

6 personificaccedilatildeo das ideias liberais

7 toleracircncia

8 licenccedila autorizaccedilatildeo

9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada

10 figurado franqueza

11 [plural] regalias imunidades

liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas

que se julgarem verdadeiras

liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem

impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela

lei

LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e

sintaacutecticas em poesia

(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5064

partilha

nome feminino

1 acto ou efeito de partilhar

2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa

3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio

4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila

5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente

entre duas ou mais pessoas

(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

nome feminino

1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar

2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo

3 desassossego

4 ideia fixa

5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo

(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)

respeito

respeito n acto ou efeito de ()

respeito forma do verbo respeitar

respeito

nome masculino

1 acto ou efeito de respeitar

2 consideraccedilatildeo apreccedilo

3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo

4 homenagem culto

5 temor receio

Dossier temaacutetico sobre Valores 5164

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 36: Valor Es Final

Dossier temaacutetico sobre Valores 3664

Afirmaccedilatildeo Dignidade na escola Ingenuidade Pureza

Agradecimento Diligecircncia Iniciativa Racionalidade

Altruiacutesmo Direccedilatildeo Inocecircncia Realizaccedilatildeo

proacutepria

Amizade Disposiccedilatildeo a atuar Integridade Recreaccedilatildeo

Amor Eficiecircncia Integridade moral Retidatildeo

Acircnimo Empatia Interdependecircncia Religiatildeo

Abertura Entusiasmo Interesse Respeito

Apreciaccedilatildeo Esperanccedila Justiccedila Respeito proacuteprio

Arrependimento Espiritualidade Laboriosidade Responsabilidade

Auto-estima Estabilidade Liberalidade Reverecircncia

Auto-motivaccedilatildeo para

desenvolver a feacute Estilo de vida Liberdade Sauacutede

Autonomia Famiacutelia Louvor Santidade

Benevolecircncia Feacute Mansidatildeo Seguranccedila

Bondade Feacute em Deus Matrimonia Sensibilidade

Caridade Fidelidade Mordomia Sensibilidade

eacutetica

Carinho Flexibilidade no juiacutezo

moral Meditaccedilatildeo

Sentido de

comunidade

Cuidado Formalidade Mente aberta Serviccedilo

Compartilhar Franqueza Misericoacuterdia Simpatia

Compaixatildeo Generosidade Missatildeo Sobriedade

Compreensatildeo da

verdade uacuteltima Gentileza Modeacutestia Solenidade

Consciecircncia da heranccedila Genuinidade Nobreza Sofrimento

Consciecircncia dos

assuntos morais e

religiosos

Gratidatildeo Obediecircncia agrave lei Tato

Confiabilidade Gozo Otimismo Temperanccedila

Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura

Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia

Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade

Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade

Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo

pessoal

Cortesia Humor Patriotismo Veracidade

Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude

Cumprimento dos

deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva

23 Conclusatildeo parcial

Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis

cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a

sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula

um importante ofiacutecio para todo educador

3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES

Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos

numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a

quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais

envolvidos em todo esse processo

Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente

pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir

em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3764

31 Como se aprendem os valores

Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que

demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras

(MARQUES 2001 p 44)

(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados

(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica

em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto

(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os

valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade

assimilamos a honestidade

(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos

loacutegicos e discursivos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3864

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o

factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)

O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da

crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor

da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para

exemplificaacute-la etc

Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores

demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a

veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel

relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o

relacionamento proacuteximo

O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido

consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso

exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa

situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e

sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre

sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar

dinheiro Por quecircrdquo

33 A idade e o ensino de valores

De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos

de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo

das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo

tem muita influecircncia

Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia

moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees

dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila

obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque

isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal

Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem

desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido

sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos

actos

34Conclusatildeo parcial

Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses

valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos

rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis

de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado

de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)

chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)

Dossier temaacutetico sobre Valores 3964

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que

determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que

a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos

e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores

podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e

religiosos

Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam

conviver bem consigo mesmos e com a sociedade

Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o

ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional

e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa

Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo

desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na

transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe

um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a

educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual

entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde

Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de

motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe

uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores

Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente

Precisamos educar o estudante plenamente

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed

Petroacutepolis RJ Vozes 2000

BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais

Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997

BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales

Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997

Dossier temaacutetico sobre Valores 4064

CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003

CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a

Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas

Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b

LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo

Paulo Vida 2001

MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000

MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001

PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991

SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995

YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de

Moraes Porto Alegre Artmed 2002

Dossier temaacutetico sobre Valores 4164

O PODER DOS CONTOS INFANTIS

Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada

Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e

agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre

Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em

geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo

deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o

fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma

contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado

Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo

dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de

uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de

exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura

racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar

Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do

qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do

abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip

Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam

sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a

cobardia

O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o

estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso

encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e

prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e

vencer o mal

Dossier temaacutetico sobre Valores 4264

Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique

completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o

sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes

sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo

com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute

mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los

interpretaacute-los e ultrapassaacute-los

Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente

nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se

enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de

forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais

como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel

estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a

questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim

zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila

moral dos contos infantis

Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar

duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a

crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso

sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-

se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada

In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm

Dossier temaacutetico sobre Valores 4364

Dicionaacuterio de Valores

(Infopeacutedia)

afecto

amizade

autodisciplina

civismo

confianccedila

disciplina

honestidade

integridade

integro

justiccedila

lealdade

liberdade

partilha

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

respeito

responsabilidade

responsaacutevel

solidariedade

solidaacuterio

toleracircncia

valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 4464

afecto

afecto n adj sentimento de apego e ()

afecto forma do verbo afectar

afecto

nome masculino

1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo

2 amizade

3 amor

4 carinho

5 inclinaccedilatildeo

adjectivo

1 afeiccediloado dedicado

2 destinado

3 ligado dependente

(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)

amizade

nome feminino

1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia

2 camaradagem companheirismo cumplicidade

3 entendimento compreensatildeo

4 dedicaccedilatildeo bondade

5 pessoa amiga

(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4564

autodisciplina

nome feminino

1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo

2 capacidade de se disciplinar

(De auto-+disciplina)

civismo

nome masculino

1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico

2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas

suas instituiccedilotildees

(Do fr civisme laquoidraquo)

confianccedila

nome feminino

1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor

2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza

3 creacutedito

4 acircnimo

5 popular ousadia atrevimento

6 popular familiaridade

abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo

que se ocupa

dar confianccedila permitir certa familiaridade

ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza

tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade

(Do fr confiance laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4664

disciplina

disciplina n conjunto de regras ou ()

disciplina forma do verbo disciplinar

disciplina

nome feminino

1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou

colectividade

2 observacircncia das regras obediecircncia

3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a

respeitar regras ou conseguir resultados

4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de

um estabelecimento escolar

5 autoridade

6 castigo mortificaccedilatildeo

7 [plural] correias para accediloitar

(Do lat disciplina- laquoidraquo)

honestidade

nome feminino

1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade

probidade

2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade

3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia

(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4764

integridade

nome feminino

1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade

2 qualidade do que eacute iacutentegro

3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade

(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)

integro [integro]

adjectivo

1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO

2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO

justiccedila

justiccedila n virtude moral que inspira ()

justiccedila forma do verbo justiccedilar

justiccedila

nome feminino

1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a

atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade

2 conformidade com o direito estabelecido

3 poder de aplicar as leis poder judicial

4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees

5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do

poder judicial

6 conjunto dos magistrados a magistratura

Dossier temaacutetico sobre Valores 4864

7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda

por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada

na outra

8 popular funcionaacuterios de um tribunal

justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor

das coisas trocadas

justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e

dos encargos consoante a qualidade das pessoas

justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial

justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer

positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus

membros

popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos

com justiccedila de maneira justa e imparcial

dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio

em boa justiccedila segundo o que eacute devido

fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes

(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)

lealdade

nome feminino

qualidade de leal fidelidade sinceridade

(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4964

liberdade

nome feminino

1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua

natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo

livre)

2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo

ou de acccedilatildeo)

3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e

independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de

decisatildeo)

4 livre arbiacutetrio

5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)

6 personificaccedilatildeo das ideias liberais

7 toleracircncia

8 licenccedila autorizaccedilatildeo

9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada

10 figurado franqueza

11 [plural] regalias imunidades

liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas

que se julgarem verdadeiras

liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem

impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela

lei

LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e

sintaacutecticas em poesia

(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5064

partilha

nome feminino

1 acto ou efeito de partilhar

2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa

3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio

4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila

5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente

entre duas ou mais pessoas

(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

nome feminino

1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar

2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo

3 desassossego

4 ideia fixa

5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo

(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)

respeito

respeito n acto ou efeito de ()

respeito forma do verbo respeitar

respeito

nome masculino

1 acto ou efeito de respeitar

2 consideraccedilatildeo apreccedilo

3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo

4 homenagem culto

5 temor receio

Dossier temaacutetico sobre Valores 5164

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

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BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

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(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 37: Valor Es Final

Confianccedila em Deus Honestidade Ordem Ternura

Confianccedila proacutepria Honradez Organizaccedilatildeo Toleracircncia

Consideraccedilatildeo Hospitalidade Paciecircncia Tranquumlilidade

Contentamento Humanidade Participaccedilatildeo Humanidade

Cooperaccedilatildeo Humildade Paternidade Valorizaccedilatildeo

pessoal

Cortesia Humor Patriotismo Veracidade

Crescimento pessoal Igualdade Paz Virtude

Cumprimento dos

deveres Imparcialidade Percepccedilatildeo Visatildeo positiva

23 Conclusatildeo parcial

Nesta segunda parte vimos dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Percebemos que ambos os tipos tencionam formar cidadatildeos responsaacuteveis

cultivando caracteriacutesticas que lhes permitam conviver bem consigo mesmos e com a

sociedade A seguir quero tratar da questatildeo da transmissatildeo de valores em sala de aula

um importante ofiacutecio para todo educador

3 A TRANSMISSAtildeO DE VALORES

Ensinar ou transmitir valores eacute um desafio para as Escolas considerando que vivemos

numa eacutepoca de valores relativos numa eacutepoca em que o realmente importa eacute a

quantidade e agilidade das informaccedilotildees e natildeo necessariamente a eacutetica e valores morais

envolvidos em todo esse processo

Creio entatildeo que ao entrarmos na questatildeo da transmissatildeo de valores seria conveniente

pensar em trecircs perguntas Como se aprendem os valores Quais os niacuteveis ao se instruir

em valores e Qual a relaccedilatildeo entre a idade e o ensino de valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 3764

31 Como se aprendem os valores

Como eacute que as crianccedilas e pessoas em geral captam o internalizam os valores que

demonstram em sua praacutetica cotidiana Isso acontece pelo menos de quatro maneiras

(MARQUES 2001 p 44)

(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados

(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica

em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto

(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os

valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade

assimilamos a honestidade

(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos

loacutegicos e discursivos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3864

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o

factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)

O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da

crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor

da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para

exemplificaacute-la etc

Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores

demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a

veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel

relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o

relacionamento proacuteximo

O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido

consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso

exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa

situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e

sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre

sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar

dinheiro Por quecircrdquo

33 A idade e o ensino de valores

De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos

de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo

das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo

tem muita influecircncia

Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia

moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees

dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila

obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque

isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal

Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem

desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido

sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos

actos

34Conclusatildeo parcial

Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses

valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos

rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis

de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado

de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)

chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)

Dossier temaacutetico sobre Valores 3964

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que

determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que

a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos

e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores

podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e

religiosos

Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam

conviver bem consigo mesmos e com a sociedade

Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o

ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional

e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa

Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo

desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na

transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe

um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a

educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual

entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde

Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de

motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe

uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores

Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente

Precisamos educar o estudante plenamente

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed

Petroacutepolis RJ Vozes 2000

BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais

Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997

BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales

Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997

Dossier temaacutetico sobre Valores 4064

CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003

CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a

Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas

Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b

LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo

Paulo Vida 2001

MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000

MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001

PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991

SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995

YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de

Moraes Porto Alegre Artmed 2002

Dossier temaacutetico sobre Valores 4164

O PODER DOS CONTOS INFANTIS

Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada

Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e

agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre

Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em

geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo

deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o

fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma

contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado

Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo

dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de

uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de

exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura

racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar

Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do

qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do

abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip

Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam

sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a

cobardia

O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o

estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso

encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e

prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e

vencer o mal

Dossier temaacutetico sobre Valores 4264

Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique

completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o

sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes

sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo

com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute

mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los

interpretaacute-los e ultrapassaacute-los

Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente

nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se

enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de

forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais

como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel

estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a

questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim

zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila

moral dos contos infantis

Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar

duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a

crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso

sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-

se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada

In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm

Dossier temaacutetico sobre Valores 4364

Dicionaacuterio de Valores

(Infopeacutedia)

afecto

amizade

autodisciplina

civismo

confianccedila

disciplina

honestidade

integridade

integro

justiccedila

lealdade

liberdade

partilha

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

respeito

responsabilidade

responsaacutevel

solidariedade

solidaacuterio

toleracircncia

valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 4464

afecto

afecto n adj sentimento de apego e ()

afecto forma do verbo afectar

afecto

nome masculino

1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo

2 amizade

3 amor

4 carinho

5 inclinaccedilatildeo

adjectivo

1 afeiccediloado dedicado

2 destinado

3 ligado dependente

(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)

amizade

nome feminino

1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia

2 camaradagem companheirismo cumplicidade

3 entendimento compreensatildeo

4 dedicaccedilatildeo bondade

5 pessoa amiga

(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4564

autodisciplina

nome feminino

1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo

2 capacidade de se disciplinar

(De auto-+disciplina)

civismo

nome masculino

1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico

2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas

suas instituiccedilotildees

(Do fr civisme laquoidraquo)

confianccedila

nome feminino

1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor

2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza

3 creacutedito

4 acircnimo

5 popular ousadia atrevimento

6 popular familiaridade

abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo

que se ocupa

dar confianccedila permitir certa familiaridade

ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza

tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade

(Do fr confiance laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4664

disciplina

disciplina n conjunto de regras ou ()

disciplina forma do verbo disciplinar

disciplina

nome feminino

1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou

colectividade

2 observacircncia das regras obediecircncia

3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a

respeitar regras ou conseguir resultados

4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de

um estabelecimento escolar

5 autoridade

6 castigo mortificaccedilatildeo

7 [plural] correias para accediloitar

(Do lat disciplina- laquoidraquo)

honestidade

nome feminino

1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade

probidade

2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade

3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia

(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4764

integridade

nome feminino

1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade

2 qualidade do que eacute iacutentegro

3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade

(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)

integro [integro]

adjectivo

1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO

2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO

justiccedila

justiccedila n virtude moral que inspira ()

justiccedila forma do verbo justiccedilar

justiccedila

nome feminino

1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a

atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade

2 conformidade com o direito estabelecido

3 poder de aplicar as leis poder judicial

4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees

5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do

poder judicial

6 conjunto dos magistrados a magistratura

Dossier temaacutetico sobre Valores 4864

7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda

por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada

na outra

8 popular funcionaacuterios de um tribunal

justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor

das coisas trocadas

justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e

dos encargos consoante a qualidade das pessoas

justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial

justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer

positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus

membros

popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos

com justiccedila de maneira justa e imparcial

dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio

em boa justiccedila segundo o que eacute devido

fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes

(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)

lealdade

nome feminino

qualidade de leal fidelidade sinceridade

(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4964

liberdade

nome feminino

1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua

natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo

livre)

2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo

ou de acccedilatildeo)

3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e

independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de

decisatildeo)

4 livre arbiacutetrio

5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)

6 personificaccedilatildeo das ideias liberais

7 toleracircncia

8 licenccedila autorizaccedilatildeo

9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada

10 figurado franqueza

11 [plural] regalias imunidades

liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas

que se julgarem verdadeiras

liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem

impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela

lei

LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e

sintaacutecticas em poesia

(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5064

partilha

nome feminino

1 acto ou efeito de partilhar

2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa

3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio

4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila

5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente

entre duas ou mais pessoas

(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

nome feminino

1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar

2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo

3 desassossego

4 ideia fixa

5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo

(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)

respeito

respeito n acto ou efeito de ()

respeito forma do verbo respeitar

respeito

nome masculino

1 acto ou efeito de respeitar

2 consideraccedilatildeo apreccedilo

3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo

4 homenagem culto

5 temor receio

Dossier temaacutetico sobre Valores 5164

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 38: Valor Es Final

(a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados

(b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo ou seja observando sua praacutetica

em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto

(c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa numa espeacutecie de reaccedilatildeo contra os

valores despreziacuteveis Por exemplo como desprezamos ou recusamos a desonestidade

assimilamos a honestidade

(d) Aprendemos e assimilamos valores pela razatildeo e cogniccedilatildeo mediante processos

loacutegicos e discursivos

Dossier temaacutetico sobre Valores 3864

32 Os niacuteveis de instruccedilatildeo de valores

O ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo (1) o

factual (2) o relacional e (3) o pessoal (LEWIS 2001 p 127-128)

O niacutevel factual se processa mediante o constante acuacutemulo de informaccedilotildees na mente da

crianccedila Por exemplo se os pais ou professores desejam inculcar numa crianccedila o valor

da veracidade continuamente lhe falaratildeo a respeito dela lhe contaratildeo histoacuterias para

exemplificaacute-la etc

Mas falar sobre veracidade nem sempre resolve Eacute necessaacuterio que pais e professores

demonstrem na praacutetica o que eacute a veracidade de maneira que a crianccedila ouccedila sobre a

veracidade (niacutevel factual) e tenha um modelo para imitar a veracidade (niacutevel

relacional) algueacutem que ela admire e de quem receba boa influecircncia mediante o

relacionamento proacuteximo

O terceiro niacutevel consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido

consiste em personalizar o assunto em discussatildeo No caso da veracidade o nosso

exemplo aqui citado pais ou professores devem colocar a crianccedila ou estudante numa

situaccedilatildeo que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relaccedilatildeo a natildeo mentir e

sempre dizer a verdade Satildeo uacuteteis exemplos do tipo ldquoVocecirc mentiria para seu pai sobre

sua nota vermelha em matemaacutetica Por querdquo ldquoVale a pena mentir para ganhar

dinheiro Por quecircrdquo

33 A idade e o ensino de valores

De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos

de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo

das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo

tem muita influecircncia

Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia

moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees

dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila

obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque

isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal

Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem

desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido

sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos

actos

34Conclusatildeo parcial

Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses

valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos

rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis

de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado

de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)

chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)

Dossier temaacutetico sobre Valores 3964

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que

determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que

a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos

e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores

podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e

religiosos

Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam

conviver bem consigo mesmos e com a sociedade

Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o

ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional

e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa

Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo

desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na

transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe

um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a

educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual

entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde

Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de

motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe

uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores

Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente

Precisamos educar o estudante plenamente

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed

Petroacutepolis RJ Vozes 2000

BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais

Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997

BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales

Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997

Dossier temaacutetico sobre Valores 4064

CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003

CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a

Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas

Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b

LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo

Paulo Vida 2001

MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000

MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001

PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991

SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995

YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de

Moraes Porto Alegre Artmed 2002

Dossier temaacutetico sobre Valores 4164

O PODER DOS CONTOS INFANTIS

Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada

Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e

agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre

Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em

geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo

deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o

fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma

contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado

Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo

dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de

uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de

exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura

racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar

Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do

qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do

abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip

Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam

sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a

cobardia

O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o

estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso

encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e

prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e

vencer o mal

Dossier temaacutetico sobre Valores 4264

Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique

completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o

sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes

sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo

com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute

mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los

interpretaacute-los e ultrapassaacute-los

Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente

nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se

enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de

forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais

como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel

estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a

questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim

zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila

moral dos contos infantis

Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar

duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a

crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso

sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-

se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada

In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm

Dossier temaacutetico sobre Valores 4364

Dicionaacuterio de Valores

(Infopeacutedia)

afecto

amizade

autodisciplina

civismo

confianccedila

disciplina

honestidade

integridade

integro

justiccedila

lealdade

liberdade

partilha

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

respeito

responsabilidade

responsaacutevel

solidariedade

solidaacuterio

toleracircncia

valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 4464

afecto

afecto n adj sentimento de apego e ()

afecto forma do verbo afectar

afecto

nome masculino

1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo

2 amizade

3 amor

4 carinho

5 inclinaccedilatildeo

adjectivo

1 afeiccediloado dedicado

2 destinado

3 ligado dependente

(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)

amizade

nome feminino

1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia

2 camaradagem companheirismo cumplicidade

3 entendimento compreensatildeo

4 dedicaccedilatildeo bondade

5 pessoa amiga

(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4564

autodisciplina

nome feminino

1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo

2 capacidade de se disciplinar

(De auto-+disciplina)

civismo

nome masculino

1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico

2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas

suas instituiccedilotildees

(Do fr civisme laquoidraquo)

confianccedila

nome feminino

1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor

2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza

3 creacutedito

4 acircnimo

5 popular ousadia atrevimento

6 popular familiaridade

abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo

que se ocupa

dar confianccedila permitir certa familiaridade

ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza

tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade

(Do fr confiance laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4664

disciplina

disciplina n conjunto de regras ou ()

disciplina forma do verbo disciplinar

disciplina

nome feminino

1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou

colectividade

2 observacircncia das regras obediecircncia

3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a

respeitar regras ou conseguir resultados

4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de

um estabelecimento escolar

5 autoridade

6 castigo mortificaccedilatildeo

7 [plural] correias para accediloitar

(Do lat disciplina- laquoidraquo)

honestidade

nome feminino

1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade

probidade

2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade

3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia

(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4764

integridade

nome feminino

1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade

2 qualidade do que eacute iacutentegro

3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade

(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)

integro [integro]

adjectivo

1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO

2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO

justiccedila

justiccedila n virtude moral que inspira ()

justiccedila forma do verbo justiccedilar

justiccedila

nome feminino

1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a

atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade

2 conformidade com o direito estabelecido

3 poder de aplicar as leis poder judicial

4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees

5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do

poder judicial

6 conjunto dos magistrados a magistratura

Dossier temaacutetico sobre Valores 4864

7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda

por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada

na outra

8 popular funcionaacuterios de um tribunal

justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor

das coisas trocadas

justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e

dos encargos consoante a qualidade das pessoas

justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial

justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer

positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus

membros

popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos

com justiccedila de maneira justa e imparcial

dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio

em boa justiccedila segundo o que eacute devido

fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes

(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)

lealdade

nome feminino

qualidade de leal fidelidade sinceridade

(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4964

liberdade

nome feminino

1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua

natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo

livre)

2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo

ou de acccedilatildeo)

3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e

independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de

decisatildeo)

4 livre arbiacutetrio

5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)

6 personificaccedilatildeo das ideias liberais

7 toleracircncia

8 licenccedila autorizaccedilatildeo

9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada

10 figurado franqueza

11 [plural] regalias imunidades

liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas

que se julgarem verdadeiras

liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem

impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela

lei

LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e

sintaacutecticas em poesia

(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5064

partilha

nome feminino

1 acto ou efeito de partilhar

2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa

3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio

4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila

5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente

entre duas ou mais pessoas

(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

nome feminino

1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar

2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo

3 desassossego

4 ideia fixa

5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo

(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)

respeito

respeito n acto ou efeito de ()

respeito forma do verbo respeitar

respeito

nome masculino

1 acto ou efeito de respeitar

2 consideraccedilatildeo apreccedilo

3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo

4 homenagem culto

5 temor receio

Dossier temaacutetico sobre Valores 5164

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 39: Valor Es Final

33 A idade e o ensino de valores

De acordo com LEWIS (2001 p 127-128) as crianccedilas pequenas (ateacute cinco ou seis anos

de idade) ainda natildeo aprenderam a noccedilatildeo de certo ou errado elas obedecem por medo

das consequumlecircncias ou para agradar os pais O raciociacutenio ou discurso eacutetico ainda natildeo

tem muita influecircncia

Mais ou menos a partir dos sete anos de idade a crianccedila jaacute possui uma consciecircncia

moral em amadurecimento de maneira que eacute capaz de julgar suas acccedilotildees e as acccedilotildees

dos outros atraveacutes de um padratildeo interno de moralidade Nessa idade a crianccedila

obedece natildeo apenas pela motivaccedilatildeo de agradar pais e professores ela obedece porque

isso eacute correto e lhe traz felicidade pessoal

Aproximadamente a partir dos 11 anos de idade a consciecircncia moral estaacute bem

desenvolvida permitindo aos pais e professores um diaacutelogo mais abstracto e soacutelido

sobre valores O juvenil estaacute preparado para identificar as motivaccedilotildees por traacutes dos

actos

34Conclusatildeo parcial

Nesta uacuteltima parte vimos que se aprendem valores vivendo num ambiente onde esses

valores satildeo apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa Observamos

rapidamente que o ensino-aprendizagem de valores normalmente envolve trecircs niacuteveis

de instruccedilatildeo o factual o relacional e o pessoal Finalmente vimos que o aprendizado

de valores comeccedila pela heteronomia (os outros satildeo o padratildeo de valor da pessoa)

chegando agrave autonomia (a pessoa forma o seu padratildeo de valores)

Dossier temaacutetico sobre Valores 3964

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Na primeira parte deste ensaio vimos que os valores satildeo qualidades abstratas que

determinam o comportamento humano Afirmou-se que haacute trecircs modelos possiacuteveis que

a educaccedilatildeo pode adotar nesta temaacutetica dos valores Valores absolutos valores relativos

e construccedilatildeo racional e autocircnoma de valores Foi tambeacutem afirmado que os valores

podem ser classificados em valores uacuteteis vitais loacutegicos hedocircnicos esteacuteticos eacuteticos e

religiosos

Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam

conviver bem consigo mesmos e com a sociedade

Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o

ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional

e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa

Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo

desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na

transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe

um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a

educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual

entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde

Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de

motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe

uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores

Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente

Precisamos educar o estudante plenamente

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed

Petroacutepolis RJ Vozes 2000

BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais

Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997

BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales

Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997

Dossier temaacutetico sobre Valores 4064

CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003

CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a

Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas

Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b

LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo

Paulo Vida 2001

MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000

MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001

PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991

SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995

YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de

Moraes Porto Alegre Artmed 2002

Dossier temaacutetico sobre Valores 4164

O PODER DOS CONTOS INFANTIS

Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada

Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e

agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre

Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em

geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo

deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o

fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma

contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado

Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo

dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de

uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de

exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura

racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar

Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do

qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do

abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip

Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam

sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a

cobardia

O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o

estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso

encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e

prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e

vencer o mal

Dossier temaacutetico sobre Valores 4264

Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique

completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o

sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes

sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo

com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute

mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los

interpretaacute-los e ultrapassaacute-los

Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente

nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se

enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de

forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais

como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel

estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a

questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim

zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila

moral dos contos infantis

Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar

duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a

crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso

sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-

se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada

In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm

Dossier temaacutetico sobre Valores 4364

Dicionaacuterio de Valores

(Infopeacutedia)

afecto

amizade

autodisciplina

civismo

confianccedila

disciplina

honestidade

integridade

integro

justiccedila

lealdade

liberdade

partilha

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

respeito

responsabilidade

responsaacutevel

solidariedade

solidaacuterio

toleracircncia

valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 4464

afecto

afecto n adj sentimento de apego e ()

afecto forma do verbo afectar

afecto

nome masculino

1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo

2 amizade

3 amor

4 carinho

5 inclinaccedilatildeo

adjectivo

1 afeiccediloado dedicado

2 destinado

3 ligado dependente

(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)

amizade

nome feminino

1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia

2 camaradagem companheirismo cumplicidade

3 entendimento compreensatildeo

4 dedicaccedilatildeo bondade

5 pessoa amiga

(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4564

autodisciplina

nome feminino

1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo

2 capacidade de se disciplinar

(De auto-+disciplina)

civismo

nome masculino

1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico

2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas

suas instituiccedilotildees

(Do fr civisme laquoidraquo)

confianccedila

nome feminino

1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor

2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza

3 creacutedito

4 acircnimo

5 popular ousadia atrevimento

6 popular familiaridade

abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo

que se ocupa

dar confianccedila permitir certa familiaridade

ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza

tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade

(Do fr confiance laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4664

disciplina

disciplina n conjunto de regras ou ()

disciplina forma do verbo disciplinar

disciplina

nome feminino

1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou

colectividade

2 observacircncia das regras obediecircncia

3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a

respeitar regras ou conseguir resultados

4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de

um estabelecimento escolar

5 autoridade

6 castigo mortificaccedilatildeo

7 [plural] correias para accediloitar

(Do lat disciplina- laquoidraquo)

honestidade

nome feminino

1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade

probidade

2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade

3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia

(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4764

integridade

nome feminino

1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade

2 qualidade do que eacute iacutentegro

3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade

(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)

integro [integro]

adjectivo

1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO

2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO

justiccedila

justiccedila n virtude moral que inspira ()

justiccedila forma do verbo justiccedilar

justiccedila

nome feminino

1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a

atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade

2 conformidade com o direito estabelecido

3 poder de aplicar as leis poder judicial

4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees

5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do

poder judicial

6 conjunto dos magistrados a magistratura

Dossier temaacutetico sobre Valores 4864

7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda

por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada

na outra

8 popular funcionaacuterios de um tribunal

justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor

das coisas trocadas

justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e

dos encargos consoante a qualidade das pessoas

justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial

justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer

positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus

membros

popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos

com justiccedila de maneira justa e imparcial

dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio

em boa justiccedila segundo o que eacute devido

fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes

(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)

lealdade

nome feminino

qualidade de leal fidelidade sinceridade

(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4964

liberdade

nome feminino

1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua

natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo

livre)

2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo

ou de acccedilatildeo)

3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e

independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de

decisatildeo)

4 livre arbiacutetrio

5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)

6 personificaccedilatildeo das ideias liberais

7 toleracircncia

8 licenccedila autorizaccedilatildeo

9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada

10 figurado franqueza

11 [plural] regalias imunidades

liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas

que se julgarem verdadeiras

liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem

impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela

lei

LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e

sintaacutecticas em poesia

(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5064

partilha

nome feminino

1 acto ou efeito de partilhar

2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa

3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio

4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila

5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente

entre duas ou mais pessoas

(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

nome feminino

1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar

2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo

3 desassossego

4 ideia fixa

5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo

(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)

respeito

respeito n acto ou efeito de ()

respeito forma do verbo respeitar

respeito

nome masculino

1 acto ou efeito de respeitar

2 consideraccedilatildeo apreccedilo

3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo

4 homenagem culto

5 temor receio

Dossier temaacutetico sobre Valores 5164

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 40: Valor Es Final

Na segunda parte tratei de dois tipos de propostas de valores a serem ensinados os

que se fundamentam em ideacuteias natildeo cristatildes e os que se baseiam em ideacuteias claramente

cristatildes Ambos os tipos tecircm por objetivo formar cidadatildeos responsaacuteveis que saibam

conviver bem consigo mesmos e com a sociedade

Finalmente aprendemos valores vivendo num ambiente onde esses valores satildeo

apreciados observando-os nas pessoas e ateacute pela recusa deles Tambeacutem foi dito que o

ensino-aprendizagem de valores envolve trecircs niacuteveis de instruccedilatildeo o factual o relacional

e o pessoal cada um deles relacionado com a idade da pessoa

Este espaccedilo eacute pequeno para poder abordar questotildees relevantes que surgem em funccedilatildeo

desta pesquisa embrionaacuteria como por exemplo Qual eacute o papel da Escola na

transmissatildeo de valores Qual eacute o papel do professor na transmissatildeo de valores Existe

um perfil apropriado para a postura do professor na transmissatildeo de valores Se a

educaccedilatildeo humanista natildeo cristatilde preocupa-se em transmitir valores aos estudantes qual

entatildeo a diferenccedila da educaccedilatildeo cristatilde

Essas e outras questotildees satildeo fundamentais na educaccedilatildeo escolar e podem ateacute servir de

motivaccedilatildeo para trabalhos posteriores Todavia ainda devo afirmar o seguinte existe

uma preocupaccedilatildeo crescente ndash pelo menos na literatura ndash com a educaccedilatildeo em valores

Isto eacute um bom sinal pois demonstra que educar apenas a mente natildeo eacute suficiente

Precisamos educar o estudante plenamente

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ASMANN Hugo MO SUNG Jung Competecircncia e Sensibilidade Solidaacuteria Educar Para a Esperanccedila 2 ed

Petroacutepolis RJ Vozes 2000

BRASIL SECRETARIA DE EDUCACcedilAtildeO FUNDAMENTAL Paracircmetros Curriculares Nacionais

Apresentaccedilatildeo dos Temas Transversais Eacutetica Brasiacutelia MECSEF 1997

BUXARRAIS Maria Rosa La Formacioacuten del Profesorado en Educacioacuten en Valores Propuesta y Materiales

Bilbao Espantildea Descleacutee de Brouwer 1997

Dossier temaacutetico sobre Valores 4064

CAMPOS Victoria O Que se Deve Ensinar aos Filhos Satildeo Paulo Martins Fontes 2003

CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a

Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas

Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b

LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo

Paulo Vida 2001

MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000

MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001

PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991

SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995

YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de

Moraes Porto Alegre Artmed 2002

Dossier temaacutetico sobre Valores 4164

O PODER DOS CONTOS INFANTIS

Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada

Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e

agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre

Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em

geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo

deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o

fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma

contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado

Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo

dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de

uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de

exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura

racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar

Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do

qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do

abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip

Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam

sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a

cobardia

O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o

estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso

encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e

prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e

vencer o mal

Dossier temaacutetico sobre Valores 4264

Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique

completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o

sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes

sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo

com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute

mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los

interpretaacute-los e ultrapassaacute-los

Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente

nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se

enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de

forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais

como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel

estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a

questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim

zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila

moral dos contos infantis

Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar

duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a

crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso

sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-

se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada

In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm

Dossier temaacutetico sobre Valores 4364

Dicionaacuterio de Valores

(Infopeacutedia)

afecto

amizade

autodisciplina

civismo

confianccedila

disciplina

honestidade

integridade

integro

justiccedila

lealdade

liberdade

partilha

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

respeito

responsabilidade

responsaacutevel

solidariedade

solidaacuterio

toleracircncia

valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 4464

afecto

afecto n adj sentimento de apego e ()

afecto forma do verbo afectar

afecto

nome masculino

1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo

2 amizade

3 amor

4 carinho

5 inclinaccedilatildeo

adjectivo

1 afeiccediloado dedicado

2 destinado

3 ligado dependente

(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)

amizade

nome feminino

1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia

2 camaradagem companheirismo cumplicidade

3 entendimento compreensatildeo

4 dedicaccedilatildeo bondade

5 pessoa amiga

(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4564

autodisciplina

nome feminino

1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo

2 capacidade de se disciplinar

(De auto-+disciplina)

civismo

nome masculino

1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico

2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas

suas instituiccedilotildees

(Do fr civisme laquoidraquo)

confianccedila

nome feminino

1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor

2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza

3 creacutedito

4 acircnimo

5 popular ousadia atrevimento

6 popular familiaridade

abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo

que se ocupa

dar confianccedila permitir certa familiaridade

ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza

tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade

(Do fr confiance laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4664

disciplina

disciplina n conjunto de regras ou ()

disciplina forma do verbo disciplinar

disciplina

nome feminino

1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou

colectividade

2 observacircncia das regras obediecircncia

3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a

respeitar regras ou conseguir resultados

4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de

um estabelecimento escolar

5 autoridade

6 castigo mortificaccedilatildeo

7 [plural] correias para accediloitar

(Do lat disciplina- laquoidraquo)

honestidade

nome feminino

1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade

probidade

2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade

3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia

(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4764

integridade

nome feminino

1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade

2 qualidade do que eacute iacutentegro

3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade

(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)

integro [integro]

adjectivo

1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO

2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO

justiccedila

justiccedila n virtude moral que inspira ()

justiccedila forma do verbo justiccedilar

justiccedila

nome feminino

1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a

atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade

2 conformidade com o direito estabelecido

3 poder de aplicar as leis poder judicial

4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees

5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do

poder judicial

6 conjunto dos magistrados a magistratura

Dossier temaacutetico sobre Valores 4864

7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda

por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada

na outra

8 popular funcionaacuterios de um tribunal

justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor

das coisas trocadas

justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e

dos encargos consoante a qualidade das pessoas

justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial

justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer

positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus

membros

popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos

com justiccedila de maneira justa e imparcial

dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio

em boa justiccedila segundo o que eacute devido

fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes

(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)

lealdade

nome feminino

qualidade de leal fidelidade sinceridade

(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4964

liberdade

nome feminino

1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua

natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo

livre)

2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo

ou de acccedilatildeo)

3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e

independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de

decisatildeo)

4 livre arbiacutetrio

5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)

6 personificaccedilatildeo das ideias liberais

7 toleracircncia

8 licenccedila autorizaccedilatildeo

9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada

10 figurado franqueza

11 [plural] regalias imunidades

liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas

que se julgarem verdadeiras

liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem

impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela

lei

LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e

sintaacutecticas em poesia

(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5064

partilha

nome feminino

1 acto ou efeito de partilhar

2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa

3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio

4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila

5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente

entre duas ou mais pessoas

(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

nome feminino

1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar

2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo

3 desassossego

4 ideia fixa

5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo

(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)

respeito

respeito n acto ou efeito de ()

respeito forma do verbo respeitar

respeito

nome masculino

1 acto ou efeito de respeitar

2 consideraccedilatildeo apreccedilo

3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo

4 homenagem culto

5 temor receio

Dossier temaacutetico sobre Valores 5164

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 41: Valor Es Final

CHALITA Gabriel Os Dez Mandamentos da Eacutetica Rio de Janeiro Nova Fronteira 2003a

Pedagogia do Amor A Contribuiccedilatildeo das Histoacuterias Universais Para a Formaccedilatildeo de Valores das Novas

Geraccedilotildees 2ordf ed Satildeo Paulo Gente 2003b

LEWIS Paul 40 Princiacutepios na Formaccedilatildeo da Crianccedila Um Manual Praacutetico Para Pais e Professores Satildeo

Paulo Vida 2001

MACHADO Nilson Joseacute Educaccedilatildeo Projetos e Valores 3ordf ed Satildeo Paulo Escrituras 2000

MARQUES Ramiro O Livro das Virtudes de Sempre Eacutetica Para Professores Satildeo Paulo Landy 2001

PATRIacuteCIO M F Curso de Axiologia Educacional Eacutevora Universidade Eacutevora 1991

SILVA Socircnia Aparecida Ignacio Valores em Educaccedilatildeo 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 1995

YUS Rafael Educaccedilatildeo Integral Uma Educaccedilatildeo Holiacutestica Para o Seacuteculo XXI Traduccedilatildeo de Daisy Vaz de

Moraes Porto Alegre Artmed 2002

Dossier temaacutetico sobre Valores 4164

O PODER DOS CONTOS INFANTIS

Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada

Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e

agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre

Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em

geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo

deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o

fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma

contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado

Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo

dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de

uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de

exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura

racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar

Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do

qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do

abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip

Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam

sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a

cobardia

O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o

estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso

encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e

prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e

vencer o mal

Dossier temaacutetico sobre Valores 4264

Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique

completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o

sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes

sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo

com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute

mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los

interpretaacute-los e ultrapassaacute-los

Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente

nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se

enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de

forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais

como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel

estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a

questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim

zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila

moral dos contos infantis

Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar

duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a

crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso

sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-

se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada

In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm

Dossier temaacutetico sobre Valores 4364

Dicionaacuterio de Valores

(Infopeacutedia)

afecto

amizade

autodisciplina

civismo

confianccedila

disciplina

honestidade

integridade

integro

justiccedila

lealdade

liberdade

partilha

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

respeito

responsabilidade

responsaacutevel

solidariedade

solidaacuterio

toleracircncia

valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 4464

afecto

afecto n adj sentimento de apego e ()

afecto forma do verbo afectar

afecto

nome masculino

1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo

2 amizade

3 amor

4 carinho

5 inclinaccedilatildeo

adjectivo

1 afeiccediloado dedicado

2 destinado

3 ligado dependente

(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)

amizade

nome feminino

1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia

2 camaradagem companheirismo cumplicidade

3 entendimento compreensatildeo

4 dedicaccedilatildeo bondade

5 pessoa amiga

(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4564

autodisciplina

nome feminino

1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo

2 capacidade de se disciplinar

(De auto-+disciplina)

civismo

nome masculino

1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico

2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas

suas instituiccedilotildees

(Do fr civisme laquoidraquo)

confianccedila

nome feminino

1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor

2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza

3 creacutedito

4 acircnimo

5 popular ousadia atrevimento

6 popular familiaridade

abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo

que se ocupa

dar confianccedila permitir certa familiaridade

ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza

tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade

(Do fr confiance laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4664

disciplina

disciplina n conjunto de regras ou ()

disciplina forma do verbo disciplinar

disciplina

nome feminino

1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou

colectividade

2 observacircncia das regras obediecircncia

3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a

respeitar regras ou conseguir resultados

4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de

um estabelecimento escolar

5 autoridade

6 castigo mortificaccedilatildeo

7 [plural] correias para accediloitar

(Do lat disciplina- laquoidraquo)

honestidade

nome feminino

1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade

probidade

2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade

3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia

(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4764

integridade

nome feminino

1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade

2 qualidade do que eacute iacutentegro

3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade

(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)

integro [integro]

adjectivo

1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO

2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO

justiccedila

justiccedila n virtude moral que inspira ()

justiccedila forma do verbo justiccedilar

justiccedila

nome feminino

1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a

atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade

2 conformidade com o direito estabelecido

3 poder de aplicar as leis poder judicial

4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees

5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do

poder judicial

6 conjunto dos magistrados a magistratura

Dossier temaacutetico sobre Valores 4864

7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda

por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada

na outra

8 popular funcionaacuterios de um tribunal

justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor

das coisas trocadas

justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e

dos encargos consoante a qualidade das pessoas

justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial

justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer

positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus

membros

popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos

com justiccedila de maneira justa e imparcial

dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio

em boa justiccedila segundo o que eacute devido

fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes

(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)

lealdade

nome feminino

qualidade de leal fidelidade sinceridade

(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4964

liberdade

nome feminino

1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua

natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo

livre)

2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo

ou de acccedilatildeo)

3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e

independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de

decisatildeo)

4 livre arbiacutetrio

5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)

6 personificaccedilatildeo das ideias liberais

7 toleracircncia

8 licenccedila autorizaccedilatildeo

9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada

10 figurado franqueza

11 [plural] regalias imunidades

liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas

que se julgarem verdadeiras

liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem

impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela

lei

LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e

sintaacutecticas em poesia

(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5064

partilha

nome feminino

1 acto ou efeito de partilhar

2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa

3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio

4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila

5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente

entre duas ou mais pessoas

(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

nome feminino

1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar

2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo

3 desassossego

4 ideia fixa

5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo

(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)

respeito

respeito n acto ou efeito de ()

respeito forma do verbo respeitar

respeito

nome masculino

1 acto ou efeito de respeitar

2 consideraccedilatildeo apreccedilo

3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo

4 homenagem culto

5 temor receio

Dossier temaacutetico sobre Valores 5164

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 42: Valor Es Final

O PODER DOS CONTOS INFANTIS

Os contos ajudam as crianccedilas preservando-as de um precoce e insano realismo de fachada

Como escreveram os irmatildeos Grimm os contos nutrem de modo imediato como o leite leves e

agradaacuteveis ou como o mel doces e nutrientes sem peso da consciecircncia terrestre

Patrimoacutenio precioso de todas as culturas os contos infantis passaram de geraccedilatildeo em

geraccedilatildeo desde a noite dos tempos Por mais transformaccedilotildees adaptaccedilotildees e ateacute mesmo

deformaccedilotildees que tenham sofrido durante a sua longa viagem mantecircm inalterado o

fulcro vital das mensagens que transmitem falando connosco de forma

contemporacircnea exactamente como o fizeram com as crianccedilas e os homens do passado

Nos uacuteltimos anos multiplicaram-se os estudos e as pesquisas sobre o poder curativo

dos contos infantis especialmente em relaccedilatildeo agraves crianccedilas Na realidade trata-se de

uma ldquoterapiardquo antiga como o homem que nasce com a necessidade humana de

exprimir e reelaborar atraveacutes da criaccedilatildeo de um mundo de fantasia o que a pura

racionalidade natildeo consegue compreender ou justificar

Na forma claacutessica do conto que inicia com a apresentaccedilatildeo de um mundo perfeito do

qual o protagonista eacute expulso a crianccedila reflecte a proacutepria inquietaccedilatildeo o medo do

abandono a rivalidade com os irmatildeos o sentimento de ser inadequadohellip

Depois entram as ldquomaacutescaras do malrdquo personagens de fantasia que representam

sentimentos negativos tais como a avareza a ambiccedilatildeo a maldade a falsidade ou a

cobardia

O heroacutei estaacute soacute abandonado e perdido Mas quando parece que as forccedilas do mal o

estatildeo a vencer renasce a esperanccedila e chegam as forccedilas do bem Tambeacutem neste caso

encontramos seres pequenos humildes e pouco deslumbrantes mas corajosos leais e

prontos para o sacrifiacutecio Graccedilas a eles o heroacutei consegue transformar a situaccedilatildeo e

vencer o mal

Dossier temaacutetico sobre Valores 4264

Esta estrutura impregnada de valores morais faz com que a crianccedila se identifique

completamente nas vivecircncias das personagens pois atraveacutes delas sente o medo e o

sofrimento do heroacutei como sendo os seus o conto permite-lhe dar um nome a estes

sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo

com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute

mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los

interpretaacute-los e ultrapassaacute-los

Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente

nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se

enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de

forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais

como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel

estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a

questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim

zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila

moral dos contos infantis

Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar

duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a

crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso

sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-

se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada

In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm

Dossier temaacutetico sobre Valores 4364

Dicionaacuterio de Valores

(Infopeacutedia)

afecto

amizade

autodisciplina

civismo

confianccedila

disciplina

honestidade

integridade

integro

justiccedila

lealdade

liberdade

partilha

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

respeito

responsabilidade

responsaacutevel

solidariedade

solidaacuterio

toleracircncia

valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 4464

afecto

afecto n adj sentimento de apego e ()

afecto forma do verbo afectar

afecto

nome masculino

1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo

2 amizade

3 amor

4 carinho

5 inclinaccedilatildeo

adjectivo

1 afeiccediloado dedicado

2 destinado

3 ligado dependente

(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)

amizade

nome feminino

1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia

2 camaradagem companheirismo cumplicidade

3 entendimento compreensatildeo

4 dedicaccedilatildeo bondade

5 pessoa amiga

(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4564

autodisciplina

nome feminino

1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo

2 capacidade de se disciplinar

(De auto-+disciplina)

civismo

nome masculino

1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico

2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas

suas instituiccedilotildees

(Do fr civisme laquoidraquo)

confianccedila

nome feminino

1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor

2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza

3 creacutedito

4 acircnimo

5 popular ousadia atrevimento

6 popular familiaridade

abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo

que se ocupa

dar confianccedila permitir certa familiaridade

ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza

tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade

(Do fr confiance laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4664

disciplina

disciplina n conjunto de regras ou ()

disciplina forma do verbo disciplinar

disciplina

nome feminino

1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou

colectividade

2 observacircncia das regras obediecircncia

3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a

respeitar regras ou conseguir resultados

4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de

um estabelecimento escolar

5 autoridade

6 castigo mortificaccedilatildeo

7 [plural] correias para accediloitar

(Do lat disciplina- laquoidraquo)

honestidade

nome feminino

1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade

probidade

2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade

3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia

(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4764

integridade

nome feminino

1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade

2 qualidade do que eacute iacutentegro

3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade

(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)

integro [integro]

adjectivo

1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO

2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO

justiccedila

justiccedila n virtude moral que inspira ()

justiccedila forma do verbo justiccedilar

justiccedila

nome feminino

1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a

atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade

2 conformidade com o direito estabelecido

3 poder de aplicar as leis poder judicial

4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees

5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do

poder judicial

6 conjunto dos magistrados a magistratura

Dossier temaacutetico sobre Valores 4864

7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda

por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada

na outra

8 popular funcionaacuterios de um tribunal

justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor

das coisas trocadas

justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e

dos encargos consoante a qualidade das pessoas

justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial

justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer

positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus

membros

popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos

com justiccedila de maneira justa e imparcial

dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio

em boa justiccedila segundo o que eacute devido

fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes

(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)

lealdade

nome feminino

qualidade de leal fidelidade sinceridade

(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4964

liberdade

nome feminino

1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua

natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo

livre)

2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo

ou de acccedilatildeo)

3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e

independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de

decisatildeo)

4 livre arbiacutetrio

5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)

6 personificaccedilatildeo das ideias liberais

7 toleracircncia

8 licenccedila autorizaccedilatildeo

9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada

10 figurado franqueza

11 [plural] regalias imunidades

liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas

que se julgarem verdadeiras

liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem

impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela

lei

LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e

sintaacutecticas em poesia

(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5064

partilha

nome feminino

1 acto ou efeito de partilhar

2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa

3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio

4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila

5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente

entre duas ou mais pessoas

(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

nome feminino

1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar

2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo

3 desassossego

4 ideia fixa

5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo

(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)

respeito

respeito n acto ou efeito de ()

respeito forma do verbo respeitar

respeito

nome masculino

1 acto ou efeito de respeitar

2 consideraccedilatildeo apreccedilo

3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo

4 homenagem culto

5 temor receio

Dossier temaacutetico sobre Valores 5164

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 43: Valor Es Final

sentimentos e permite-lhe manifestar as emoccedilotildees que a eles estatildeo ligadas Sofrendo

com os seus heroacuteis preferidos aprende que os obstaacuteculos as duacutevidas o medo e ateacute

mesmo a dor fazem parte integrante da vida e que a tarefa dos homens eacute enfrentaacute-los

interpretaacute-los e ultrapassaacute-los

Alguns pais (e tambeacutem alguns pedagogos) preocupam-se com a ldquoviolecircnciardquo existente

nalguns contos infantis a morte do dragatildeo a bruxa que eacute queimada o lobo ao qual se

enche a barriga de pedras Preocupam-se porque pensam que o conto justifica de

forma impliacutecita o ldquofazer sofrerrdquo destas personagens que para a crianccedila satildeo tatildeo reais

como as outras ou seja a princesa ou o coelhinho Na realidade a sorte mais terriacutevel

estaacute reservada agraves maacutescaras do mal o que tem um valor liberatoacuterio Eacute errado deslocar a

questatildeo para um plano realiacutestico o lobo natildeo eacute o lobo que a crianccedila encontra no jardim

zooloacutegico o lobo eacute o mal e como tal deve ser vencido Neste aspecto reside a forccedila

moral dos contos infantis

Sem duacutevida que os pais devem aprender a natildeo criar ambiguidade e a natildeo deixar

duacutevidas Um bom leitor conhece bem o seu puacuteblico ou seja os pais deveratildeo saber se a

crianccedila eacute mais sensiacutevel a certos aspectos conhecendo a sua fragilidade e por isso

sabendo acompanhaacute-la com pulso firme dando agrave proacutepria voz a entoaccedilatildeo certa e deixar-

se por seu lado conquistar pela atitude de espanto adequada

In httpwwwprenatalptcriancaso-bem-estarharmoniao-poder-dos-contos-infantishtm

Dossier temaacutetico sobre Valores 4364

Dicionaacuterio de Valores

(Infopeacutedia)

afecto

amizade

autodisciplina

civismo

confianccedila

disciplina

honestidade

integridade

integro

justiccedila

lealdade

liberdade

partilha

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

respeito

responsabilidade

responsaacutevel

solidariedade

solidaacuterio

toleracircncia

valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 4464

afecto

afecto n adj sentimento de apego e ()

afecto forma do verbo afectar

afecto

nome masculino

1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo

2 amizade

3 amor

4 carinho

5 inclinaccedilatildeo

adjectivo

1 afeiccediloado dedicado

2 destinado

3 ligado dependente

(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)

amizade

nome feminino

1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia

2 camaradagem companheirismo cumplicidade

3 entendimento compreensatildeo

4 dedicaccedilatildeo bondade

5 pessoa amiga

(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4564

autodisciplina

nome feminino

1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo

2 capacidade de se disciplinar

(De auto-+disciplina)

civismo

nome masculino

1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico

2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas

suas instituiccedilotildees

(Do fr civisme laquoidraquo)

confianccedila

nome feminino

1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor

2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza

3 creacutedito

4 acircnimo

5 popular ousadia atrevimento

6 popular familiaridade

abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo

que se ocupa

dar confianccedila permitir certa familiaridade

ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza

tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade

(Do fr confiance laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4664

disciplina

disciplina n conjunto de regras ou ()

disciplina forma do verbo disciplinar

disciplina

nome feminino

1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou

colectividade

2 observacircncia das regras obediecircncia

3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a

respeitar regras ou conseguir resultados

4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de

um estabelecimento escolar

5 autoridade

6 castigo mortificaccedilatildeo

7 [plural] correias para accediloitar

(Do lat disciplina- laquoidraquo)

honestidade

nome feminino

1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade

probidade

2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade

3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia

(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4764

integridade

nome feminino

1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade

2 qualidade do que eacute iacutentegro

3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade

(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)

integro [integro]

adjectivo

1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO

2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO

justiccedila

justiccedila n virtude moral que inspira ()

justiccedila forma do verbo justiccedilar

justiccedila

nome feminino

1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a

atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade

2 conformidade com o direito estabelecido

3 poder de aplicar as leis poder judicial

4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees

5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do

poder judicial

6 conjunto dos magistrados a magistratura

Dossier temaacutetico sobre Valores 4864

7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda

por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada

na outra

8 popular funcionaacuterios de um tribunal

justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor

das coisas trocadas

justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e

dos encargos consoante a qualidade das pessoas

justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial

justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer

positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus

membros

popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos

com justiccedila de maneira justa e imparcial

dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio

em boa justiccedila segundo o que eacute devido

fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes

(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)

lealdade

nome feminino

qualidade de leal fidelidade sinceridade

(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4964

liberdade

nome feminino

1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua

natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo

livre)

2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo

ou de acccedilatildeo)

3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e

independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de

decisatildeo)

4 livre arbiacutetrio

5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)

6 personificaccedilatildeo das ideias liberais

7 toleracircncia

8 licenccedila autorizaccedilatildeo

9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada

10 figurado franqueza

11 [plural] regalias imunidades

liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas

que se julgarem verdadeiras

liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem

impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela

lei

LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e

sintaacutecticas em poesia

(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5064

partilha

nome feminino

1 acto ou efeito de partilhar

2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa

3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio

4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila

5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente

entre duas ou mais pessoas

(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

nome feminino

1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar

2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo

3 desassossego

4 ideia fixa

5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo

(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)

respeito

respeito n acto ou efeito de ()

respeito forma do verbo respeitar

respeito

nome masculino

1 acto ou efeito de respeitar

2 consideraccedilatildeo apreccedilo

3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo

4 homenagem culto

5 temor receio

Dossier temaacutetico sobre Valores 5164

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 44: Valor Es Final

Dicionaacuterio de Valores

(Infopeacutedia)

afecto

amizade

autodisciplina

civismo

confianccedila

disciplina

honestidade

integridade

integro

justiccedila

lealdade

liberdade

partilha

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

respeito

responsabilidade

responsaacutevel

solidariedade

solidaacuterio

toleracircncia

valores

Dossier temaacutetico sobre Valores 4464

afecto

afecto n adj sentimento de apego e ()

afecto forma do verbo afectar

afecto

nome masculino

1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo

2 amizade

3 amor

4 carinho

5 inclinaccedilatildeo

adjectivo

1 afeiccediloado dedicado

2 destinado

3 ligado dependente

(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)

amizade

nome feminino

1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia

2 camaradagem companheirismo cumplicidade

3 entendimento compreensatildeo

4 dedicaccedilatildeo bondade

5 pessoa amiga

(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4564

autodisciplina

nome feminino

1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo

2 capacidade de se disciplinar

(De auto-+disciplina)

civismo

nome masculino

1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico

2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas

suas instituiccedilotildees

(Do fr civisme laquoidraquo)

confianccedila

nome feminino

1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor

2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza

3 creacutedito

4 acircnimo

5 popular ousadia atrevimento

6 popular familiaridade

abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo

que se ocupa

dar confianccedila permitir certa familiaridade

ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza

tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade

(Do fr confiance laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4664

disciplina

disciplina n conjunto de regras ou ()

disciplina forma do verbo disciplinar

disciplina

nome feminino

1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou

colectividade

2 observacircncia das regras obediecircncia

3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a

respeitar regras ou conseguir resultados

4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de

um estabelecimento escolar

5 autoridade

6 castigo mortificaccedilatildeo

7 [plural] correias para accediloitar

(Do lat disciplina- laquoidraquo)

honestidade

nome feminino

1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade

probidade

2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade

3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia

(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4764

integridade

nome feminino

1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade

2 qualidade do que eacute iacutentegro

3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade

(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)

integro [integro]

adjectivo

1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO

2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO

justiccedila

justiccedila n virtude moral que inspira ()

justiccedila forma do verbo justiccedilar

justiccedila

nome feminino

1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a

atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade

2 conformidade com o direito estabelecido

3 poder de aplicar as leis poder judicial

4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees

5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do

poder judicial

6 conjunto dos magistrados a magistratura

Dossier temaacutetico sobre Valores 4864

7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda

por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada

na outra

8 popular funcionaacuterios de um tribunal

justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor

das coisas trocadas

justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e

dos encargos consoante a qualidade das pessoas

justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial

justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer

positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus

membros

popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos

com justiccedila de maneira justa e imparcial

dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio

em boa justiccedila segundo o que eacute devido

fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes

(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)

lealdade

nome feminino

qualidade de leal fidelidade sinceridade

(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4964

liberdade

nome feminino

1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua

natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo

livre)

2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo

ou de acccedilatildeo)

3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e

independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de

decisatildeo)

4 livre arbiacutetrio

5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)

6 personificaccedilatildeo das ideias liberais

7 toleracircncia

8 licenccedila autorizaccedilatildeo

9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada

10 figurado franqueza

11 [plural] regalias imunidades

liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas

que se julgarem verdadeiras

liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem

impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela

lei

LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e

sintaacutecticas em poesia

(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5064

partilha

nome feminino

1 acto ou efeito de partilhar

2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa

3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio

4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila

5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente

entre duas ou mais pessoas

(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

nome feminino

1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar

2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo

3 desassossego

4 ideia fixa

5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo

(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)

respeito

respeito n acto ou efeito de ()

respeito forma do verbo respeitar

respeito

nome masculino

1 acto ou efeito de respeitar

2 consideraccedilatildeo apreccedilo

3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo

4 homenagem culto

5 temor receio

Dossier temaacutetico sobre Valores 5164

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 45: Valor Es Final

afecto

afecto n adj sentimento de apego e ()

afecto forma do verbo afectar

afecto

nome masculino

1 sentimento de apego e ternura afeiccedilatildeo

2 amizade

3 amor

4 carinho

5 inclinaccedilatildeo

adjectivo

1 afeiccediloado dedicado

2 destinado

3 ligado dependente

(Do lat affectu- laquoafeiccedilatildeo ternuraraquo)

amizade

nome feminino

1 afeiccedilatildeo por uma pessoa estima simpatia

2 camaradagem companheirismo cumplicidade

3 entendimento compreensatildeo

4 dedicaccedilatildeo bondade

5 pessoa amiga

(Do lat amicitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4564

autodisciplina

nome feminino

1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo

2 capacidade de se disciplinar

(De auto-+disciplina)

civismo

nome masculino

1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico

2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas

suas instituiccedilotildees

(Do fr civisme laquoidraquo)

confianccedila

nome feminino

1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor

2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza

3 creacutedito

4 acircnimo

5 popular ousadia atrevimento

6 popular familiaridade

abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo

que se ocupa

dar confianccedila permitir certa familiaridade

ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza

tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade

(Do fr confiance laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4664

disciplina

disciplina n conjunto de regras ou ()

disciplina forma do verbo disciplinar

disciplina

nome feminino

1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou

colectividade

2 observacircncia das regras obediecircncia

3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a

respeitar regras ou conseguir resultados

4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de

um estabelecimento escolar

5 autoridade

6 castigo mortificaccedilatildeo

7 [plural] correias para accediloitar

(Do lat disciplina- laquoidraquo)

honestidade

nome feminino

1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade

probidade

2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade

3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia

(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4764

integridade

nome feminino

1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade

2 qualidade do que eacute iacutentegro

3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade

(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)

integro [integro]

adjectivo

1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO

2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO

justiccedila

justiccedila n virtude moral que inspira ()

justiccedila forma do verbo justiccedilar

justiccedila

nome feminino

1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a

atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade

2 conformidade com o direito estabelecido

3 poder de aplicar as leis poder judicial

4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees

5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do

poder judicial

6 conjunto dos magistrados a magistratura

Dossier temaacutetico sobre Valores 4864

7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda

por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada

na outra

8 popular funcionaacuterios de um tribunal

justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor

das coisas trocadas

justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e

dos encargos consoante a qualidade das pessoas

justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial

justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer

positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus

membros

popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos

com justiccedila de maneira justa e imparcial

dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio

em boa justiccedila segundo o que eacute devido

fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes

(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)

lealdade

nome feminino

qualidade de leal fidelidade sinceridade

(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4964

liberdade

nome feminino

1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua

natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo

livre)

2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo

ou de acccedilatildeo)

3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e

independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de

decisatildeo)

4 livre arbiacutetrio

5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)

6 personificaccedilatildeo das ideias liberais

7 toleracircncia

8 licenccedila autorizaccedilatildeo

9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada

10 figurado franqueza

11 [plural] regalias imunidades

liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas

que se julgarem verdadeiras

liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem

impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela

lei

LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e

sintaacutecticas em poesia

(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5064

partilha

nome feminino

1 acto ou efeito de partilhar

2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa

3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio

4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila

5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente

entre duas ou mais pessoas

(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

nome feminino

1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar

2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo

3 desassossego

4 ideia fixa

5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo

(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)

respeito

respeito n acto ou efeito de ()

respeito forma do verbo respeitar

respeito

nome masculino

1 acto ou efeito de respeitar

2 consideraccedilatildeo apreccedilo

3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo

4 homenagem culto

5 temor receio

Dossier temaacutetico sobre Valores 5164

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 46: Valor Es Final

autodisciplina

nome feminino

1 disciplina mantida por si proacuteprio ou pelos proacuteprios membros de um grupo

2 capacidade de se disciplinar

(De auto-+disciplina)

civismo

nome masculino

1 dedicaccedilatildeo pelo interesse puacuteblico

2 comportamento demonstrativo de respeito pelos valores da sociedade e pelas

suas instituiccedilotildees

(Do fr civisme laquoidraquo)

confianccedila

nome feminino

1 seguranccedila iacutentima ou convicccedilatildeo do proacuteprio valor

2 seguranccedila de algueacutem que crecirc em algueacutem ou alguma coisa certeza

3 creacutedito

4 acircnimo

5 popular ousadia atrevimento

6 popular familiaridade

abuso de confianccedila atitude abusiva tomada em virtude da posiccedilatildeo ou situaccedilatildeo

que se ocupa

dar confianccedila permitir certa familiaridade

ir agrave confianccedila ter seguranccedila ter certeza

tomarganhar confianccedila familiarizar-se adquirir agrave-vontade

(Do fr confiance laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4664

disciplina

disciplina n conjunto de regras ou ()

disciplina forma do verbo disciplinar

disciplina

nome feminino

1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou

colectividade

2 observacircncia das regras obediecircncia

3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a

respeitar regras ou conseguir resultados

4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de

um estabelecimento escolar

5 autoridade

6 castigo mortificaccedilatildeo

7 [plural] correias para accediloitar

(Do lat disciplina- laquoidraquo)

honestidade

nome feminino

1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade

probidade

2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade

3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia

(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4764

integridade

nome feminino

1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade

2 qualidade do que eacute iacutentegro

3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade

(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)

integro [integro]

adjectivo

1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO

2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO

justiccedila

justiccedila n virtude moral que inspira ()

justiccedila forma do verbo justiccedilar

justiccedila

nome feminino

1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a

atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade

2 conformidade com o direito estabelecido

3 poder de aplicar as leis poder judicial

4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees

5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do

poder judicial

6 conjunto dos magistrados a magistratura

Dossier temaacutetico sobre Valores 4864

7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda

por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada

na outra

8 popular funcionaacuterios de um tribunal

justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor

das coisas trocadas

justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e

dos encargos consoante a qualidade das pessoas

justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial

justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer

positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus

membros

popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos

com justiccedila de maneira justa e imparcial

dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio

em boa justiccedila segundo o que eacute devido

fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes

(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)

lealdade

nome feminino

qualidade de leal fidelidade sinceridade

(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4964

liberdade

nome feminino

1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua

natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo

livre)

2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo

ou de acccedilatildeo)

3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e

independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de

decisatildeo)

4 livre arbiacutetrio

5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)

6 personificaccedilatildeo das ideias liberais

7 toleracircncia

8 licenccedila autorizaccedilatildeo

9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada

10 figurado franqueza

11 [plural] regalias imunidades

liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas

que se julgarem verdadeiras

liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem

impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela

lei

LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e

sintaacutecticas em poesia

(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5064

partilha

nome feminino

1 acto ou efeito de partilhar

2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa

3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio

4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila

5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente

entre duas ou mais pessoas

(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

nome feminino

1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar

2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo

3 desassossego

4 ideia fixa

5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo

(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)

respeito

respeito n acto ou efeito de ()

respeito forma do verbo respeitar

respeito

nome masculino

1 acto ou efeito de respeitar

2 consideraccedilatildeo apreccedilo

3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo

4 homenagem culto

5 temor receio

Dossier temaacutetico sobre Valores 5164

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 47: Valor Es Final

disciplina

disciplina n conjunto de regras ou ()

disciplina forma do verbo disciplinar

disciplina

nome feminino

1 conjunto de regras ou ordens que regem o comportamento de uma pessoa ou

colectividade

2 observacircncia das regras obediecircncia

3 capacidade de controlar um determinado comportamento de forma a

respeitar regras ou conseguir resultados

4 conjunto de conhecimentos especiacuteficos que se ensinam em cada cadeira de

um estabelecimento escolar

5 autoridade

6 castigo mortificaccedilatildeo

7 [plural] correias para accediloitar

(Do lat disciplina- laquoidraquo)

honestidade

nome feminino

1 qualidade do que age com rectidatildeo de acordo com a verdade seriedade

probidade

2 caracteriacutestica daquele que eacute sincero e em quem se pode confiar lealdade

3 antiquado decoro compostura recato modeacutestia

(Do lat honestitaacutete- por honestaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4764

integridade

nome feminino

1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade

2 qualidade do que eacute iacutentegro

3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade

(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)

integro [integro]

adjectivo

1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO

2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO

justiccedila

justiccedila n virtude moral que inspira ()

justiccedila forma do verbo justiccedilar

justiccedila

nome feminino

1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a

atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade

2 conformidade com o direito estabelecido

3 poder de aplicar as leis poder judicial

4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees

5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do

poder judicial

6 conjunto dos magistrados a magistratura

Dossier temaacutetico sobre Valores 4864

7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda

por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada

na outra

8 popular funcionaacuterios de um tribunal

justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor

das coisas trocadas

justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e

dos encargos consoante a qualidade das pessoas

justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial

justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer

positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus

membros

popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos

com justiccedila de maneira justa e imparcial

dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio

em boa justiccedila segundo o que eacute devido

fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes

(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)

lealdade

nome feminino

qualidade de leal fidelidade sinceridade

(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4964

liberdade

nome feminino

1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua

natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo

livre)

2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo

ou de acccedilatildeo)

3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e

independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de

decisatildeo)

4 livre arbiacutetrio

5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)

6 personificaccedilatildeo das ideias liberais

7 toleracircncia

8 licenccedila autorizaccedilatildeo

9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada

10 figurado franqueza

11 [plural] regalias imunidades

liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas

que se julgarem verdadeiras

liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem

impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela

lei

LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e

sintaacutecticas em poesia

(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5064

partilha

nome feminino

1 acto ou efeito de partilhar

2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa

3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio

4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila

5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente

entre duas ou mais pessoas

(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

nome feminino

1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar

2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo

3 desassossego

4 ideia fixa

5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo

(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)

respeito

respeito n acto ou efeito de ()

respeito forma do verbo respeitar

respeito

nome masculino

1 acto ou efeito de respeitar

2 consideraccedilatildeo apreccedilo

3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo

4 homenagem culto

5 temor receio

Dossier temaacutetico sobre Valores 5164

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 48: Valor Es Final

integridade

nome feminino

1 estado do que natildeo sofreu quebra ou modificaccedilatildeo totalidade

2 qualidade do que eacute iacutentegro

3 figurado rectidatildeo honradez honestidade probidade

(Do lat integritaacutete- laquoidraquo)

integro [integro]

adjectivo

1 iacutentegro integral inteiro completo intactoAO

2 iacutentegro probo retodAO incorruptiacutevelAO

justiccedila

justiccedila n virtude moral que inspira ()

justiccedila forma do verbo justiccedilar

justiccedila

nome feminino

1 virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a

atribuiccedilatildeo do que eacute devido a cada um equidade

2 conformidade com o direito estabelecido

3 poder de aplicar as leis poder judicial

4 aplicaccedilatildeo das leis para solucionar litiacutegios julgar causas ou atribuir sanccedilotildees

5 conjunto de pessoas instituiccedilotildees e serviccedilos que definem a organizaccedilatildeo do

poder judicial

6 conjunto dos magistrados a magistratura

Dossier temaacutetico sobre Valores 4864

7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda

por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada

na outra

8 popular funcionaacuterios de um tribunal

justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor

das coisas trocadas

justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e

dos encargos consoante a qualidade das pessoas

justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial

justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer

positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus

membros

popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos

com justiccedila de maneira justa e imparcial

dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio

em boa justiccedila segundo o que eacute devido

fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes

(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)

lealdade

nome feminino

qualidade de leal fidelidade sinceridade

(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4964

liberdade

nome feminino

1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua

natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo

livre)

2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo

ou de acccedilatildeo)

3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e

independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de

decisatildeo)

4 livre arbiacutetrio

5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)

6 personificaccedilatildeo das ideias liberais

7 toleracircncia

8 licenccedila autorizaccedilatildeo

9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada

10 figurado franqueza

11 [plural] regalias imunidades

liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas

que se julgarem verdadeiras

liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem

impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela

lei

LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e

sintaacutecticas em poesia

(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5064

partilha

nome feminino

1 acto ou efeito de partilhar

2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa

3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio

4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila

5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente

entre duas ou mais pessoas

(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

nome feminino

1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar

2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo

3 desassossego

4 ideia fixa

5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo

(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)

respeito

respeito n acto ou efeito de ()

respeito forma do verbo respeitar

respeito

nome masculino

1 acto ou efeito de respeitar

2 consideraccedilatildeo apreccedilo

3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo

4 homenagem culto

5 temor receio

Dossier temaacutetico sobre Valores 5164

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 49: Valor Es Final

7 alegoria que representa a imparcialidade da aplicaccedilatildeo do direito constituiacuteda

por uma mulher de olhos vendados com uma balanccedila numa matildeo e uma espada

na outra

8 popular funcionaacuterios de um tribunal

justiccedila comutativa justiccedila que preside agraves trocas e consiste na igualdade de valor

das coisas trocadas

justiccedila distributiva justiccedila que preside agrave distribuiccedilatildeo ou reparticcedilatildeo dos bens e

dos encargos consoante a qualidade das pessoas

justiccedila puacuteblica direito de acccedilatildeo judicial

justiccedila social virtude que consiste em respeitar os direitos quer naturais quer

positivos que uma sociedade bem organizada deve reconhecer aos seus

membros

popular justiccedila de Fafe forma violenta de resolver desacordos

com justiccedila de maneira justa e imparcial

dizer de sua justiccedila dizer o que se pensa alegar em favor de si proacuteprio

em boa justiccedila segundo o que eacute devido

fazer justiccedila por suas matildeos castigar sem recorrer aos poderes competentes

(Do lat justitigravea- laquojusticcedilaraquo)

lealdade

nome feminino

qualidade de leal fidelidade sinceridade

(Do lat legalitaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 4964

liberdade

nome feminino

1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua

natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo

livre)

2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo

ou de acccedilatildeo)

3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e

independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de

decisatildeo)

4 livre arbiacutetrio

5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)

6 personificaccedilatildeo das ideias liberais

7 toleracircncia

8 licenccedila autorizaccedilatildeo

9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada

10 figurado franqueza

11 [plural] regalias imunidades

liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas

que se julgarem verdadeiras

liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem

impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela

lei

LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e

sintaacutecticas em poesia

(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5064

partilha

nome feminino

1 acto ou efeito de partilhar

2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa

3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio

4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila

5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente

entre duas ou mais pessoas

(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

nome feminino

1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar

2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo

3 desassossego

4 ideia fixa

5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo

(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)

respeito

respeito n acto ou efeito de ()

respeito forma do verbo respeitar

respeito

nome masculino

1 acto ou efeito de respeitar

2 consideraccedilatildeo apreccedilo

3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo

4 homenagem culto

5 temor receio

Dossier temaacutetico sobre Valores 5164

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 50: Valor Es Final

liberdade

nome feminino

1 condiccedilatildeo do ser que pode agir livremente isto eacute consoante as leis da sua

natureza (queda livre) da sua fantasia (tempo livre) da sua vontade (decisatildeo

livre)

2 poder ou direito de agir sem coerccedilatildeo ou impedimento (liberdade de execuccedilatildeo

ou de acccedilatildeo)

3 poder de se determinar a si mesmo em plena consciecircncia e apoacutes reflexatildeo e

independentemente das forccedilas interiores de ordem racional (liberdade de

decisatildeo)

4 livre arbiacutetrio

5 poder de agir sem motivo (liberdade de indiferenccedila)

6 personificaccedilatildeo das ideias liberais

7 toleracircncia

8 licenccedila autorizaccedilatildeo

9 figurado ousadia atrevimento familiaridade demasiada

10 figurado franqueza

11 [plural] regalias imunidades

liberdade de consciecircncia direito de professar as opiniotildees religiosas e poliacuteticas

que se julgarem verdadeiras

liberdade individual garantia que todos os cidadatildeos tecircm de natildeo serem

impedidos do exerciacutecio dos seus direitos excepto nos casos determinados pela

lei

LITERATURA liberdade poeacutetica uso de figuras e alteraccedilotildees morfoloacutegicas e

sintaacutecticas em poesia

(Do lat libertaacutete- laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5064

partilha

nome feminino

1 acto ou efeito de partilhar

2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa

3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio

4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila

5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente

entre duas ou mais pessoas

(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

nome feminino

1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar

2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo

3 desassossego

4 ideia fixa

5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo

(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)

respeito

respeito n acto ou efeito de ()

respeito forma do verbo respeitar

respeito

nome masculino

1 acto ou efeito de respeitar

2 consideraccedilatildeo apreccedilo

3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo

4 homenagem culto

5 temor receio

Dossier temaacutetico sobre Valores 5164

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 51: Valor Es Final

partilha

nome feminino

1 acto ou efeito de partilhar

2 divisatildeo em partes e distribuiccedilatildeo de qualquer coisa

3 acto destinado a fazer cessar a indivisatildeo de um patrimoacutenio

4 divisatildeo dos bens de uma heranccedila

5 sentimento de identificaccedilatildeo com a maneira de pensar eou sentir existente

entre duas ou mais pessoas

(Do lat particugravela- dim de parte- laquoparteraquo)

preocupaccedilatildeo (pelos outros)

nome feminino

1 acto ou efeito de preocupar ou de se preocupar

2 inquietaccedilatildeo cuidado apreensatildeo

3 desassossego

4 ideia fixa

5 opiniatildeo antecipada prevenccedilatildeo

(Do lat praeoccupatioacutene- laquoocupaccedilatildeo preacuteviaraquo)

respeito

respeito n acto ou efeito de ()

respeito forma do verbo respeitar

respeito

nome masculino

1 acto ou efeito de respeitar

2 consideraccedilatildeo apreccedilo

3 deferecircncia acatamento veneraccedilatildeo

4 homenagem culto

5 temor receio

Dossier temaacutetico sobre Valores 5164

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 52: Valor Es Final

6 relaccedilatildeo referecircncia

7 aspecto ponto de vista

8 [plural] cumprimentos

a respeito decom respeito a relativamente a

conter em respeito manter a distacircncia natildeo deixar aproximar-se

de respeito notaacutevel

dizer respeito a ter relaccedilatildeo com referir-se a

faltar ao respeito a ser descortecircs com ser inconveniente com

por respeito a em atenccedilatildeo a

(Do lat respectu- laquoidraquo)

responsabilidade

nome feminino

1 qualidade de quem eacute responsaacutevel

2 obrigaccedilatildeo de responder por actos proacuteprios ou alheios ou por uma coisa

confiada

responsabilidade civil caraacutecter daquele que deve por forccedila da lei reparar os

prejuiacutezos feitos a outrem

responsabilidade limitada refere-se a certas sociedades em que os soacutecios soacute satildeo

responsaacuteveis pelo capital com que entram

responsabilidade penal caraacutecter daquele que por forccedila da lei pode ser punido

pelas suas contravenccedilotildees pelos seus delitos ou pelos seus crimes

chamar (algueacutem) agrave responsabilidade chamar algueacutem para dar conta dos seus

actos

(Do fr responsabiliteacute laquoidraquo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5264

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 53: Valor Es Final

responsaacutevel

adjectivo uniforme

1 que tem consciecircncia dos seus actos consciente

2 que eacute causador de determinado acontecimento

3 que assume a responsabilidade que se responsabiliza

nome 2 geacuteneros

1 pessoa que age com um conhecimento e uma liberdade suficientes para que

os seus actos possam ser considerados como seus e deva responder por eles

2 fiador

3 pessoa cujo papel dentro de um grupo o habilita a tomar decisotildees

4 pessoa causadora de determinado acontecimento

5 pessoa culpada

(Do fr responsable laquoidraquo)

solidariedade

nome feminino

1 qualidade de solidaacuterio

2 responsabilidade reciacuteproca entre elementos de um grupo social profissional

etc

3 sentimento de partilha do sofrimento alheio

4 sentimento que leva a prestar auxiacutelio a algueacutem

5 adesatildeo ou apoio a uma causa a um movimento ou a um princiacutepio

(De solidaacuterio+-idade)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5364

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 54: Valor Es Final

solidaacuterio

adjectivo

1 diz-se das partes ou elementos de um todo que satildeo interdependentes

2 que liga coisas ou pessoas

3 que partilha com outros direitos ou obrigaccedilotildees contratuais

4 que se encontra com outros numa interdependecircncia de interesses

5 que aderiu a uma causa a um princiacutepio ou a um movimento

6 que partilha o sofrimento de algueacutem

7 que presta auxiacutelio a algueacutem

(Do fr solidaire laquoidraquo)

toleracircncia

nome feminino

1 acto ou efeito de tolerar

2 acto de admitir sem reacccedilatildeo agressiva ou defensiva

3 atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniotildees

divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniotildees aceitaccedilatildeo

4 disposiccedilatildeo ou tendecircncia para perdoar erros ou falhas condescendecircncia

indulgecircncia

5 autorizaccedilatildeo permissatildeo licenccedila

(hellip)

(Do lat tolerantigravea- laquoidraquo)

In httpwwwinfopediapt

Dossier temaacutetico sobre Valores 5464

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 55: Valor Es Final

Valores

Existem valores que satildeo absolutamente essenciais a um relacionamento social

equilibrado Estes passam pelo respeito honestidade e solidariedade para com

os outros Na maioria das vezes estes valores satildeo ldquopatrimoacuteniordquo das famiacutelias

que os passam de geraccedilotildees e fazem parte da educaccedilatildeo que datildeo aos seus filhos

netos bisnetos etc

CARAVELA Nuno Miguel ndash Famiacutelia In Enciclopeacutedia Preacute-escolar Setuacutebal

Marina 2005 5 vol

Valores

Os valores satildeo princiacutepios que nos parecem importantes para organizarmos a

nossa vida A toleracircncia por exemplo eacute um valor

Viver em sociedade ndash trad e adapt De Cristina Soeiro ed lit Rogeacuterio Moreira

Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5564

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

wwwmeninosrabinoscomFaco_lamain_prj_educativohtm

Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 56: Valor Es Final

SITES INTERESSANTES

Educar em valores ndash Ramiro Marques

wwwesesptusrramirodocsetica_pedagogiaEDUCAR20EM20VALORESpdf

Pintar o futurohellip

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Ensinar literatura promover valores ndash uma proposta de leitura de A Maior Flor do

Mundo de Joseacute Saramago

wwwexedrajournalcomdocs0212-Isabedelgadopdf

Dossier temaacutetico sobre Valores 5664

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 57: Valor Es Final

BIBLIOGRAFIA SOBRE O TEMA DISPONIacuteVEL NA REDE

MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS

Alberoni Francesco - Valores 2ordf ed Venda Nova Bertrand 1994 217 p (Ensaios e

documentos 8) ISBN 972250844X

(BM Pinhal Novo)

Alberoni Francesco ndash Valores Trad Maria Carlota Aacutelvares da Guerra Lisboa Ciacuterculo

de Leitores 2002 142 p ISBN 9724226565

(BM Quinta do Anjo)

AacuteMEN Daniel G - O manual de instruccedilotildees que deveria vir com seu filho Trad de

Juacutelia Baacuteraacuteny Satildeo Paulo Mercuryo 2005 164 p ISBN 85-7272-206-8

(BM Palmela)

Andrade Juacutelio Vaz de - Os valores na formaccedilatildeo pessoal e social Lisboa Texto 1992

- 112 p (Educaccedilatildeo hoje) ISBN 972-47-0365-7

(BM Pinhal Novo Palmela)

A sociedade em busca de valores para fugir agrave alternativa entre o cepticismo e o

dogmatismo Jean-Michel Besnier [et al] org Isabelle Albaret Lisboa Instituto

Piaget 1998 264 p (Epistemologia e sociedade 85) ISBN 9727710239

(BM Pinhal Novo)

Atitudes e valores no ensino Felipe Trilho[et al] Lisboa Instituto Piaget D L

2000 305 p (Horizontes pedagoacutegicos 75) ISBN 972-771-350-5

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

BLOOM Poppy - Tudo sobre a amizade IlJohn Blackman trad Rita Brandatildeo Mafra

Ciacuterculo de Leitores imp 2002 130 p il p amp b ISBN 9724227170

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5764

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 58: Valor Es Final

BENNETT William J - O livro das virtudes para crianccedilas Il Michael Hague Rio de

Janeiro Nova Fronteira 1997 112 p il ISBN 8520908381

(BM Palmela Pinhal Novo)

Boudon Raymond - O justo e o verdadeiro estudos sobre a objectividade dos

valores e do conhecimento Lisboa Instituto Piaget 1998 426 p (Epistemologia e

sociedade 86) ISBN 9727710352

(BM Pinhal Novo)

Curwin Richard L - Como fomentar os valores individuais Geri Curwin Lisboa

Plaacutetano DL 1993 112 p foto ISBN 972-707-085-X

(BM Pinhal Novo)

DUCAMP Jean-Louis - A amizade explicada agraves crianccedilas Trad e adapt de Joatildeo Silva

Saraiva Lisboa Terramar 1998 86 p p amp b (Caminhos da liberdade 6) ISBN

9727102123

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Eu natildeo sou diferente um livro sobre deficiecircncias fiacutesicas Barbara Seuling ilustrado

por Pat Schories traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute liacutengua portuguesa

por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL 1987 Pag inuacutem il

color (Aprender a viver 4)

(BM Palmela)

Famiacutelia In Enciclopeacutedia preacute-escolar Nuno Miguel Caravela Setuacutebal Marina 2005

Vol 5 64 [2] p il ISBN 9728528868

(BM Palmela)

GUIBERT Franccediloise de - O meu primeiro larousse dos o que eacute Traduccedilatildeo [de] Maria

Vasconcelos ilustraccedilotildees [de] Jacques Azam [et al] [Porto] Campo das Letras 2007

160 p il color (O meu primeiro Larousse 9) ISBN 989-625-090-1

(BM Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5864

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 59: Valor Es Final

HONRADO Alexandre - O amor contado aos jovens e aos outros Il de Andreacute

Letria Lisboa Terramar 2000 114 p p amp b - (Caminhos da liberdade 9) ISBN

9727102719

(BM Pinhal Novo Marateca Palmela)

Isso natildeo eacute justo um livro sobre a rivalidade entre irmatildeos Barbara Shook Hazen

ilustrado por Carolyn Bracken traduccedilatildeo de Isabel Patriacutecia revisatildeo e adaptaccedilatildeo aacute

liacutengua portuguesa por Isabel Barbosa e Martins da Rocha Porto Desabrochar DL

1987 [25] p il color (Aprender a viver 2)

(BM Palmela)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas Il Thais Quintella de

Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 1999 92 p il ISBN 8520909728

(BM Palmela Pinhal Novo)

MACHADO Ana Maria - O tesouro das virtudes para crianccedilas 2 Il Thais Quintella

de Linhares Rio de Janeiro Nova Fronteira 2000 104 p il ISBN 8520910645

(BM Palmela Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Valores eacuteticos e cidadania na escola Lisboa Presenccedila 2003 140

p (Ensinar e aprender 24) ISBN 972-23-2977-4

(BM Pinhal Novo e Palmela)

MARQUES Ramiro - Ensinar valores teorias e modelos Porto Porto Editora 1998

126 p (Escola e saberes 13) ISBN 972-0-34413-X

(BM Pinhal Novo)

MARQUES Ramiro - Escola curriacuteculo e valores Lisboa Livros Horizonte 1997

(Biblioteca do educador 133) ISBN 972-24-0996-4

(BM Pinhal Novo Palmela)

O meu dicionaacuterio da liacutengua portuguesa Coord Bernardo Barrosa 3ordf ed Maia Nova

Gaia 1997 736 p ISBN 9727121470

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 5964

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 60: Valor Es Final

Modos de agir e pensar Trad de Cristina Soeiro [Sl] Marus 1998 87 [1] p il (A

minha primeira biblioteca) ISBN 9727301312

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

MOSES Brian - Tenho inveja Il Mike Gordon traduccedilatildeo de Joseacute Oliveira Lisboa

Caminho 1994 32 p il (As minhas emoccedilotildees 3) ISBN 9722109456

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Palmela Marateca)

NOLTE Dorothy Law - As crianccedilas aprendem o que vivem como incutir valores aos

seus filhos Rachel Harris trad de Alexandra Vieira rev de texto Sandra Pereira

Lisboa Bizacircncio 2005 253 p ISBN 972-53-0261-3

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Pref de M Scott Peck trad

Rita Quintela rev [de] Carla Nunes Porto Puacuteblico Comunicaccedilatildeo Social 2003 166 p

(Xis livros para pensar 12) ISBN 989-555-046-4

(BM Palmela)

PARSLEY Bonnie M - A escolha eacute tua um guia para adolescentes sobre descoberta

pessoal relaccedilotildees valores e desenvolvimento espiritual Trad Rita Quintela Cascais

Sinais de Fogo 2002 212 p ISBN 9728541325

(BM Pinhal Novo)

PEDRO Ana Paula - Percursos de uma educaccedilatildeo em valores influecircncias e

estrateacutegias Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 2002 330 p (Textos universitaacuterios

de ciecircncias sociais e humanas) ISBN 972-31-0949-2

(BM Palmela e Pinhal Novo)

PEacuteTIGNY Aline de - Camila e os seus amigos Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e

adaptaccedilatildeo de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 3ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color

(Camila 9) ISBN 9724135446

(BM Pinhal Novo Palmela)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6064

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 61: Valor Es Final

PEacuteTIGNY Aline de - Camila porta-se mal Il Nancy Delvaux traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo

de Joseacute Antoacutenio Almeida Alves 2ordf ed Porto Asa 2005 [20] p il color - (Camila 12)

ISBN 9724136566

(BM Pinhal Novo Palmela)

PIRES Maria Isabel Valente - Os valores na famiacutelia e na escola educar para a vida

Prefaacutecio de Teresa Ambroacutesio Lisboa Celta 2007 144 p - (Educaccedilatildeo e

desenvolvimento 1) ISBN 9789727742394

(BM Pinhal Novo)

SEacuteMELIN Jacques - A natildeo-violecircncia explicada agraves minhas filhas Trad de Catarina

Rocha Lima Lisboa Livros do Brasil 2002 64 p p amp b (Explicado a 1)

ISBN 9723818116

(BM Pinhal Novo Quinta do Anjo Poceiratildeo Palmela Marateca)

Sociedade valores culturais e desenvolvimento Coord Teresa Patriacutecio Gouveia 1ordf

ed Lisboa Dom Quixote 1993 223 p quadros (Nova enciclopeacutedia 42) ISBN 972-20-

1060-3

(BM Pinhal Novo)

SOEIRO Cristina - Viver em sociedade Trad e adapt de Cristina Soeiro ed lit

Rogeacuterio Moreira Sintra Marus 2002 76 p il (Enciclopeacutedia Larousse dos 69 anos)

ISBN 9727302602

(BM Pinhal Novo Poceiratildeo Quinta do Anjo Palmela)

TROMELLINI Pina - Os caminhos para a vida ainda eacute possiacutevel transmitir valores a

um filho Trad Teresa Serrano Barcarena Presenccedila 2003 110 p (Orientaccedilotildees 16)

ISBN 9722330195

(BM Pinhal Novo e Quinta do Anjo)

VALADIER Paul - A anarquia dos valores seraacute o relativismo fatal Lisboa Instituto

Piaget dep leg 1998 212 p (Epistemologia e sociedade 93) ISBN 9727710514

Dossier temaacutetico sobre Valores 6164

(BM Pinhal Novo)

Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
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Valores para a convivecircncia [Registo viacutedeo] Setuacutebal Marina 2003 3 cassetes (VHS) +

1 guia do educador color

Vol 1 Aprende a ter Como se comportar na escola

Vol 2 Honestidade Para que servem os amigos

Vol 3 Amizade As virtudes da justiccedila

Maiores de 4 anos Falado em portuguecircs

(BM Pinhal Novo)

VAacuteZQUEZ FREIRE Miguel - Valores sociais Fotografia [de] Xulio Gil Rodriacuteguez

Setuacutebal Marina DL 2007 53 [2] p il color (Saber para crescer) ISBN

9789896340162

(BM Pinhal Novo e Palmela)

Viver em sociedade as diferenccedilas Trad por Ema Rodrigues Vila Nova de Gaia

Gailivro cop 2005 64 p (Guia do pequeno cidadatildeo) ISBN 9895571755

(BM Palmela Pinhal Novo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6264

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

- [Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 5) ISBN 9895009720

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[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 63: Valor Es Final

COLECCcedilAtildeO MILLY E MOLLY (BM Palmela)

O primeiro dia de escola Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 1) ISBN 9895009682

(Aceitaccedilatildeo da diferenccedila Preocupaccedilatildeo com os outros e superaccedilatildeo da dor Ser amaacutevel e

natildeo incomodar Cuidado e consideraccedilatildeo)

Vamos passear o Bobi Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 2) ISBN 9895009690

(Responsabilidade Apreccedilo pela natureza Protecccedilatildeo do meio ambiente Precauccedilatildeo)

O Henrique eacute o Henrique Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 3) ISBN 9895009704

(Aceitaccedilatildeo de si mesmo Cortesia Respeito pela natureza Sabedoria)

O avocirc 6ordf Feira Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 4) ISBN 9895009712

(Compaixatildeo Aprender a perdoar Fidelidade Diligecircncia)

A tia Odete aprende a tricotar Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira

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(Tenacidade Valorizar a diferenccedila Amabilidade Honestidade)

O presente de Natal Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 6) ISBN 9895009739

(Amor Aceitaccedilatildeo da diversidade das famiacutelias Coragem e determinaccedilatildeo Gratidatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6364

Sal e pimenta Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira - [Setuacutebal]

Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 7) ISBN 9895009747

(Confianccedila Cuidado com o meio ambiente Partilha de sentimentos Cooperaccedilatildeo)

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA
Page 64: Valor Es Final

Dossier temaacutetico sobre Valores 6464

Frente ao televisor Gill Pittar il por Cris Morrell trad Teresa Figueira -

[Setuacutebal] Marina imp 2004 - 96 [1] p il - (Milly Molly 8) ISBN 9895009755

(Exerciacutecio fiacutesico Pontualidade Sentido do valor Valorizar a auto-estima dos outros)

  • OS HAacuteBITOS FAMILIARES E A TRANSMISSAtildeO DOS VALORES
  • VALORES NA FAMIacuteLIA
    • DEVEM AS ESCOLAS ENSINAR VALORES EacuteTICOS E SOCIAIS OU ISSO Eacute TERRITOacuteRIO DA FAMIacuteLIA
      • A QUESTAtildeO DOS VALORES EM SALA DE AULA