valor economico afrac_nfc_e

1

Click here to load reader

Upload: afrac

Post on 20-Jul-2015

388 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

Page 1: Valor economico afrac_nfc_e

Jornal Valor --- Página 9 da edição "13/11/2013 1a CAD B" ---- Impressa por ivsilva às 12/11/2013@21:11:32

Quarta-feira, 13 de novembro de 2013 | Valor | B9

Enxerto

Jornal Valor Econômico - CAD B - EMPRESAS - 13/11/2013 (21:11) - Página 9- Cor: BLACKCYANMAGENTAYELLOW

Fonte: BM&Bovespa e Valor PRO. Elaboração: Valor Data.

Positivo e IbovespaVariações acumuladas, em % (base: 11/10/13)

-8

-6

-4

-2

0

2

4

6

8Positivo ON Ibovespa

-2,53

3,62

-1,86

-6,91

28/Out11/Out

2013

12/Nov

2013

Serviços Com aparelho móvel, vendedor conclui o negócio, faz a cobrança e transmite a nota

NF eletrônica chega ao consumidorANA PAULA PAIVA/VALOR

Klaumann, da Linx: oportunidade para softwares de pagamento móvel

Daniele MadureiraDe São Paulo

A partir de janeiro, os consumi-dores que visitarem uma das 180lojas da varejista de calçados Pa -quetá no país serão surpreendidoscom um novo tipo de atendimen-to. Não será preciso esperar na filado caixa para pagar pelo produto;o vendedor vai resolver tudo comum iPod ou outro dispositivo mó-vel. Por meio de um aplicativo ins-talado no aparelho, o vendedortambém poderá sugerir opções ca-so não exista o produto no esto-que, além de indicar bolsas e cin-tos para acompanhar a escolha. Oconsumidor entrega o cartão aovendedor, que conclui a compra eentrega o produto. Para o consu-midor, a nota fiscal chega por e-mail. Já o fisco é avisado on-line so-bre a venda. Simples assim.

A mudança nas lojas da Paquetá— uma das maiores varejistas decalçados do país, com faturamen-to anual de R$ 1,1 bilhão — vai con-sumir investimentos de R$ 5 mi-lhões e só será possível por contada adoção da nota fiscal ao consu-midor eletrônica (NFC-e), que pro-mete uma revolução no varejo dopaís a partir do ano que vem. ANFC-e é a versão, para o consumi-dor, da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) já adotada nas operações devenda entre empresas (B2B).

Com a NFC-e, o lojista poderáemitir a nota fiscal a partir de qual-quer dispositivo móvel, e não sóem impressoras fiscais, como é ho-je, o que elimina a figura do caixa.“Vamos transformar o layout daslojas e fazer com que os atuais cai-xas [funcionários] passem a atuarcomo uma central de atendimen-to, para abrir crediário e vender se-

guros, por exemplo”, disse Gervá-sio Scheibel, gerente de sistemasde Informação da Paquetá.

Ao mudar para o novo sistema,o varejista poderá contar com umaeconomia de 30% a 50% dos custosque envolvem a emissão da notahoje (impressora fiscal, papel esoftwares de homologação). Alémdisso, há a burocracia do atual sis-tema: para funcionar, cada caixaprecisa receber uma certificaçãode uma empresa terceirizada, indi-cada pelo Fisco. Isso impede, porexemplo, que um lojista abra maiscaixas em determinado momentoda semana ou do mês com maiorfluxo de público. “O lojista precisado aval desse terceiro para operarum caixa que já está instalado”,disse Júlio Brandine, diretor da Ta xAu d i t , especializada em softwaresde venda para empresas e consu-midores e no relacionamento digi-tal com o Fisco.

A Tax Audit atende empresas co-mo Pão de Açúcar e R i a c h u e l o, quedesde agosto de 2012 integram al-guns dos projetos-piloto de im-plantação da NFC-e liderados peloFisco em sete Estados: Rio Grandedo Sul, Mato Grosso, Acre, Amazo-nas, Maranhão, Rio Grande doNorte e Sergipe). A partir do anoque vem, alguns Estados, comoAmazonas e São Paulo, vão adotaroficialmente a NFC-e, que já en-trou em vigor em 1º de outubro noMato Grosso. O Estado é livre paraaderir ao modelo, mas se o adota,todo o varejo é obrigado a seguir.

A mudança será gradativa paraos negócios em operação, a partirde critérios como faturamento.Com isso, o Fisco pretende aumen-tar a arrecadação, atingindo até asmicroempresas, uma vez que vaireceber informações on-line sobre

as vendas. No sistema atual, as in-formações ficam armazenadas noaparelho, o que dificulta o contro-le. Além disso, por conta da sua li-mitação de memória, a impressorafiscal (que custa cerca de R$ 2 mil)precisa ser substituída a cada cincoanos, em média.

A adoção da NFC-e também teráimpacto no setor de automaçãocomercial, que movimenta cercade R$ 3 bilhões ao ano. Em 2014,estima-se que o varejo invista R$ 1bilhão para se adequar aos novossistemas fiscais, segundo infor-mou a Associação Brasileira de Au-tomação Comercial (Afrac). O va-lor é baseado em levantamento doIHL Group, voltado a pesquisas emvarejo e tecnologia. A expectativa éque 400 mil pontos de venda pas-sem a emitir a NFC-e no ano quevem em todo o país — ao todo,existem 2,2 milhões de estabeleci-mentos formais no Brasil.

“A NFC-e ainda vai conviverdurante um bom tempo com asimpressoras fiscais tradicionais”,disse o vice-presidente da Afrac,Paulo Eduardo Guimarães. A ins-tituição promove hoje, em SãoPaulo, um evento com os varejis-tas para esclarecer as mudançasprovocadas pela NFC-e.

A Linx, fornecedora de tecnolo-gia de gestão empresarial para ovarejo, vê grandes oportunidadespara a introdução de softwaresque permitam o pagamento mó-vel nas lojas. “Todo estabelecimen-to estará conectado com rede Wi-Fi para permitir a venda por smart-phones e tablets”, disse Jean CarloKlaumann, vice-presidente deoperações da Linx.

A empresa criou um software demonitoramento em mensageria.Se, por algum motivo, cai a cone-

Sem consenso,SP poderá tertrês sistemasDe São Paulo

Grandes redes de varejo queatuam no Estado de São Paulo pre-cisarão conviver com três tecnolo-gias diferentes para emissão danota fiscal no ano que vem. Alémda tradicional impressora fiscal,passarão a adotar a Nota Fiscal aoConsumidor Eletrônica (NFC-e) e oSAT — uma tecnologia desenvolvi-da especificamente para o merca-do paulista. O projeto do SAT foilançado em 2009, antes, portanto,da NFC-e, cujos projetos-pilotoscomeçaram no ano passado.

O SAT é um aparelho, semelhan-te a um modem, que faz a leiturado caixa e envia as informações on-line para o Fisco. Caso a conexãocom a internet caia, o SAT armaze-na os dados na memória e os enviadepois. “Mas o varejo não se inte-ressa por essa tecnologia, que en-volve o custo do aparelho”, afir-mou o vice-presidente da Linx,Jean Carlo Klaumann. Estima-seque o custo do aparelho fique emtorno de R$ 500 e seja necessárioum SAT por loja. A Bematech, quefabrica impressoras fiscais, temum projeto-piloto de produção deSAT. “Há uma grande discussão emSão Paulo para abandonar essaideia do SAT”, disse Klaumann.

O Estado coordenou os proje-tos-piloto da NFC-e. O Fisco paulis-ta considera a NFC-e uma evoluçãoe trata do assunto na Portaria CAT37, publicada neste ano, que esta-belece que o varejo poderá emitir aNFC-e a partir de abril. “Mas quan-do a internet falhar, o plano decontingência para o estabeleci-mento é armazenar o documentono SAT”, disse Júlio Brandine, dire-tor da Tax Audit. Nos outros Esta-dos, a contingência é offline. (DM)

Ações da Positivo caem 6% após divulgação de resultadosM e rc a d oDaniela Meibak eGustavo BrigattoDe São Paulo

As ações da fabricante de com-putadores Positivo Informática re -gistraram uma queda de 6,17%, co-tadas a R$ 3,50 no pregão de on-tem da BM&FBovespa. O recuo foiocasionado pelo fraco desempe-nho apresentado no 3o trimestre.No balanço divulgado segunda-feira após o fechamento do merca-

do, a companhia apresentou umprejuízo de R$ 18,9 milhões. Nomesmo período do ano passado, aPositivo havia registrado um lucrode R$ 7,5 milhões. O resultado do3o trimestre de 2013 foi pior que asprojeções de analistas, que já erambastante pessimistas. O banco Cre -dit Suisse, por exemplo, estimavaum prejuízo de R$ 1,7 milhão. Já oBradesco modelava perdas deR$ 9,5 milhões.

Em teleconferência com ana-listas ontem pela manhã, o execu-tivo-chefe da Positivo, Hélio Ro-

tenberg, disse que a variação dodólar no período fez com que afabricante elevasse os preços deseus produtos. Isso fez com que ovarejo reduzisse a demanda pelosprodutos da Positivo, já que ou-tras companhias mantiveram ospreços em patamares menores.

A chinesa Lenovo foi a que maislevou vantagem com a estratégia.Ao manter preços mais baixos,conseguiu aumentar sua partici-pação de mercado e assumiu a li-derança do mercado brasileiro dePCs. Segundo executivos consulta-

dos pelo Va l o r , a empresa conse-guiu 18% das vendas no trimestre,ante 13% da Positivo (eram 7% e13%, respectivamente, em 2012). Odesempenho da Lenovo foi impul-sionado pela marca CCE, para con-sumidores de renda mais baixa.

Segundo Rotenberg, a liderançada Lenovo resultou de uma atitude“a r r o j a d a” e será temporária. “A Le-novo é a maior fabricante de PCsdo mundo e quer a colocação noBrasil. Estamos bem posicionadoscom as vendas no quarto trimes-t r e”, disse o executivo.

xão à internet da loja, o varejistaprecisa garantir que as notas che-guem ao Fisco. O software da Linxadministra a “fila de cupons” até omomento de a conexão ser resta-belecida, encaminha os documen-tos para a Secretaria da Fazenda doEstado, onde os arquivos são vali-dados e retornam ao varejista.

Eros Jantsch, diretor de hardwa-re da Bematech, fornecedora deimpressoras fiscais, disse acreditarque o novo sistema não é tão segu-ro quanto o atual. “Com a impres-sora fiscal, a informação fica guar-dada no hardware assim que ocor-re uma venda mas, na NFC-e, a co-municação da transação e a tran-

sação em si podem acontecer emmomentos diferentes, o que facili-ta a evasão fiscal”, disse o executi-vo, referindo-se à possibilidade dequeda na conexão que invalide atransmissão on-line.

A NCR deixou de produzir asimpressoras fiscais, que eram ocarro-chefe da empresa, desde oano passado. “Com a NFC-e, esta-mos apostando nas impressorasnão fiscais que serão usadas pelosestabelecimentos”, disse AntônioCastilho, diretor da unidade de va-rejo NCR. A empresa tambémaposta nos aparelhos que permi-tem ao consumidor fazer a própriacompra, o “self-checkout ”.

Empresas | Te c n o l o g i a & C o m u n i c a ç õ e s