validação e controle de qualidade do sistema de planejamento de tratamento do serviço de...
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[email protected] Pedro Taam
Orientador: Roberto Salomon de Souza
Pedro Taam
Trabalho de conclusão de curso submetido ao Instituto de Física da Universidade Federal do Rio de Janeiro como parte dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Bacharel em Física com habilitação em Física Médica.
Validação e Controle de Qualidade do Sistema de Planejamento de Tratamento do Serviço de
Radioterapia do Hospital Clementino Fraga Filho
[email protected] Pedro Taam
Índice
I - Introdução
II - Fundamentos Teóricos
III - Materiais e Métodos
IV - Resultados
V - Discussão e Conclusões
VI - Referências
I - Introdução
“Every patient with cancer deserves to receive the best possible management to achieve cure, long-term tumor control or palliation: this is the major goal of cancer management.”
(Inter-Society Council for Radiation Oncology, 1986).
Câncer - 12,49% de todas as mortes (OMS)
I - Introdução
Radioterapia - indicada em 66,66% dos casos (INCA)
Físico Médico
PacienteMédico
dose terapêutica
1.
I - Introdução
PlanejamentoCálculo manual
Sistema de planejamento
Físico médico - Realiza o planejamento do tratamento
No Brasil, a radioterapia é regulamentada pela CNEN e pela ANVISA
1.
I - Introdução
CNEN - Resolução Nº130
“Deve ser estabelecido um programa de garantia da qualidade aplicável às fontes de radiação e sistemas de planejamento de tratamento que garanta o atendimento dos requisitos específicos de proteção radiológica e segurança. Esse programa deve ser realizado periodicamente, conforme descrito no plano de proteção radiológica e imediatamente após alterações de software de sistemas de planejamento e de gerenciamento do tratamento.”
ANVISA - RDC Nº20
“A metodologia de Gestão da Qualidade das exposições médicas adotada pelo serviço deverá contemplar o comissionamento dos geradores de radiação, sistemas de simulação e de imagens, sistemas de planejamento e suas instalações, tendo como objetivo verificar o desempenho da máquina e software de tratamento ou simulação e sua adequação aos protocolos clínicos do estabelecimento de saúde.”
1.
I - Introdução
O presente trabalho trata da validação e do controle de qualidade do sistema de planejamento de tratamento adquirido pelo Serviço de Radioterapia do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (Eclipse v.11, fabricado pela Varian Medical Systems).
I - Introdução
Objetivos:
- Assegurar que as doses estimadas pelo sistema de planejamento de tratamento estão em conformidade com as doses medidas, dentro do desvio permitido pela literatura (3%), compreendendo as principais formas de tratamento utilizadas no Serviço (Validação) - Estabelecer uma rotina de controle de qualidade baseada nos testes realizados para garantir que os valores reais de dose continuarão com a precisão necessária quando comparados aos calculados (Controle de Qualidade)
1 - Qualidade
II - Fundamentos Teóricos
I - Introdução
“Every patient with cancer deserves to receive the best possible management to achieve cure, long-term tumor control or palliation: this is the major goal of cancer management.”
(Inter-Society Council for Radiation Oncology, 1986).
I - Introdução
“Every patient with cancer deserves to receive the best possible management to achieve cure, long-term tumor control or palliation: this is the major goal of cancer management.”
(Inter-Society Council for Radiation Oncology, 1986).
II - Fundamentos Teóricos
Garantia da Qualidade
II - Fundamentos Teóricos
Garantia
obrigação de assegurar que alguém desfrute de seus direitos
receber o melhor tratamento possível para alcançar a cura, paliação ou controle a longo prazo da doença
II - Fundamentos Teóricos
Excelência
Ausência de defeitos
Conformidade a requerimentos
Adequação ao uso
Adequação a um propósito
Qualidade
II - Fundamentos Teóricos
o grau pelo qual o conjunto das características inerentes a um produto/serviço é capaz de cumprir requerimentos específicos
ISO 8402 (1987) + ISO 9000 (2005)
Qualidade
II - Fundamentos Teóricos
2 - Câncer
II - Fundamentos Teóricos
Neoplasia - uma proliferação anormal do tecido, que foge parcial ou totalmente ao controle do organismo e tende à autonomia e à
perpetuação, com efeitos agressivos sobre o hospedeiro.
II - Fundamentos Teóricos
Neoplasia maligna Neoplasia benigna
CâncerTumorMassaNóduloCisto
Não necessariamente é uma neoplasia.
II - Fundamentos Teóricos
Câncer - Doença neoplásica maligna causada por lesões não reparadas no DNA (mutações).
Agentes mutagênicos
- químicos: radicais livres
- biológicos: vírus
- físicos: radiações ionizantes
Neoplasia benigna
Neoplasia maligna
II - Fundamentos Teóricos
- geralmente de fácil ressecção
- chances reduzidas de reincidiva
- não metastatizam
- invadem e danificam tecidos e órgãos vizinhos
- metastatizam (células cancerosas se separam do tumor maligno, entram na corrente sangüínea ou no sistema linfático e formam tumores secundários em outras partes do corpo)
http://cancer.stanford.edu/endocrine/benignvmalignant.html
II - Fundamentos Teóricos
Características genéticas das células neoplásicas
- rápida divisão celular
- instabilidade genética
- maior radiossensibilidade
II - Fundamentos Teóricos
radiossensibilidade
rápida divisão celular instabilidade genética
mais tempo durante o ciclo de reprodução c e l u l a r = D N A desenovelado por mais tempo
a maior parte das mutações é deletéria
Núcleo mitótico
Raias do fuso mitótico
Núcleos interfásicos
Fonte: http://www.microscopyu.com/moviegallery/c1si/mitosiseb3/index.html
II - Fundamentos Teóricos
radiação ionizante lesões no DNA
células cancerosas células saudáveis
morte celular sobrevivem
rápida divisão celular divisão celular normal
instabilidade genética estabilidade genética
não se reparam se reparam
mutações deletérias não há mutações
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=JLrMS_zs1kE
II - Fundamentos Teóricos
= Radioterapia
3 - Radiações ionizantes e não ionizantes
II - Fundamentos Teóricos
II - Fundamentos Teóricos
Radiações ionizantes
Radiações não ionizantes
capazes de ionizar os átomos de interesse biológico (C, H, O, N)
incapazes de ionizar os átomos de interesse biológico (C, H, O, N)
II - Fundamentos Teóricos
Radiações ionizantes
Radiações não ionizantes
E > 15.12 eV
E < 15.12 eV
II - Fundamentos Teóricos
Radiações ionizantes
Radiações não ionizantes
α, β, γ, X, nêutrons, fragmentos, prótons,
píons, etc.
UV, IR, luz
no presente trabalho
4 - Interação das radiações com a matéria
II - Fundamentos Teóricos
Tipos de interação
II - Fundamentos Teóricos
Probabilística
Não probabilística
projéteis neutros, ondas eletromagnéticas
projéteis carregados
II - Fundamentos Teóricos
Probabilísticas (principalmente nêutrons e fótons)
I0e−(µx ) dx
x0
x1
∫
I0e−(µx ) dx
x0
x1
∫espessura do alvo
intensidade inicial do feixe incidente
seção de choque
II - Fundamentos Teóricos
Não Probabilísticas (principalmente alfas, prótons
e fragmentos nucleares, excluindo Bremsstrahlung)
S = − dEdx
= 4πe2z2NBmv2
B = Z ln 2m0v2
I− ln 1− v
2
c2⎛⎝⎜
⎞⎠⎟− v
2
c2⎡
⎣⎢
⎤
⎦⎥
S = − dEdx
= 4πe2z2NBmv2
B = Z ln 2m0v2
I− ln 1− v
2
c2⎛⎝⎜
⎞⎠⎟− v
2
c2⎡
⎣⎢
⎤
⎦⎥
poder de frenamento (stopping power)
carga do projétil densidade atômica do alvo
velocidade do projétil
massa de repouso do elétron
velocidade do projétil
velocidade da luz no vácuo
potencial de ionização do alvo
Kerma e Dose
II - Fundamentos Teóricos
K = dEtr
dm
K = dEdm
= 1ρdEdV
Dose - Energia liberada pela radiação incidente e absorvida por um alvo
Kerma - Energia cinética liberada na matéria pela radiação:
- Medida da energia absorvida
- Medida da ionização num alvo
- Medida da carga gerada
II - Fundamentos Teóricos
} Detector a gás (câmara de ionização)
D = wgásníons
níons =Q
coletada
Qelétron
D = wgásníons
níons =Q
coletada
Qelétron
medido
tabelado
5 - Radioterapia
II - Fundamentos Teóricos
Tratamento radioterápico
II - Fundamentos Teóricos
Decisão terapêutica
Diagnóstico
Planejamento do tratamento
Administração do tratamento
Planejamento de tratamento
II - Fundamentos Teóricos
O planejamento de tratamento é um procedimento realizado por uma equipe multidisciplinar, que compreende primordialmente médicos e físicos médicos, cujo objetivo é estabelecer os comandos que devem ser dados a um equipamento de radioterapia para que o tratamento escolhido previamente pela equipe médica seja corretamente ministrado pelo técnico em radioterapia, que é quem opera o aparelho.
Sistema de planejamento de tratamento
É o conjunto de equipamentos (hardware), programas, processos, regras e, eventualmente, documentação, relativos ao funcionamento de um conjunto de tratamento de informação cujo (software) cujo objetivo é o planejamento de tratamento radioterápico.
II - Fundamentos Teóricos
Sistema de planejamento de tratamento
É o conjunto de equipamentos (hardware), programas, processos, regras e, eventualmente, documentação, relativos ao funcionamento de um conjunto de tratamento de informação cujo (software) cujo objetivo é o planejamento de tratamento radioterápico.
cálculos
algoritmos
II - Fundamentos Teóricos
Sistema de planejamento de tratamento
dados (imagens,
informações anatômicas, etc)
Sistema de planejamento de tratamento
Algoritmos de cálculo
parâmetros de operação
dados (dose no alvo)
II - Fundamentos Teóricos
Sistema de planejamento de tratamento
localização do tumor e seus limites
(gross tumor volume)
volume-alvo do planejamento
(planning target volume)
CT, PET, MRI, SPECT, US, etc, etc
volume-alvo do tratamento
(clinical target volume)
margem de segurança
II - Fundamentos Teóricos
Sistema de planejamento de tratamento
Algoritmos de cálculo
AAA - Analytical anisotropic algorithm
Pencil beam
II - Fundamentos Teóricos
Algoritmos do sistema de planejamento de tratamento
o feixe é modelado por diversos feixículos em forma de lápis
Pencil beam
é calculada a dose para cada um ao longo de seu eixo central
o espectro de energia do feixe é modelado por feixículos com diversas energias
formam-se “núcleos de dose” (dose kernels) sob a superfície-alvo
a dose total é a soma das doses parciais
o feixe é modelado por diversos feixículos em forma de lápis
AAA - analytic anisotropic algorithm
dose calculada para dois feixes de fótons (principal e espalhado) e
elétrons contaminantes
o feixe é modelado para fótons únicos, fótons espalhados (extra-focais) e elétrons
espalhados dos colimadores
tratamento analítico, duas funções para cada feixe considerado
a dose total é a soma das doses parciais
dose calculada para dois feixes de fótons (principal e espalhado) e
elétrons contaminantes
tratamento analítico, duas funções para cada feixe considerado
III - Materiais e métodos
Conjunto dosimétrico
Figura 4. Câmaras de ionização Ⓒ Standard ImagingFigura 3. Eletrômetro Ⓒ Standard
Imaging
Conjunto dosimétrico
Câmara de Ionização Eletrômetro
absorve energia do feixe, ionizando o gás nela contido
aplica um potencial e mede a carga coletada
}conjunto calibrado
NDW = 4,896 cGy/nCCoeficiente de calibração
D =Q ⋅NDW ⋅ ki∏
Casos teste
O objetivo dos experimentos descritos a seguir é validar o sistema de planejamento de tratamento e servir como base para o controle de qualidade do mesmo. A validação consiste de testes dosimétricos e não dosimétricos. Os testes não dosimétricos não serão descritos no presente trabalho por serem menos relevantes ao resultado final da dose.
III - Materiais e métodos
Casos teste
A validação aqui realizada se limita a verificar se os cálculos de dose realizados pelo sistema de planejamento de tratamento estão de acordo com os valores reais. Para tanto, realizaram-se medidas experimentais de dose absorvida na água para diversas configurações de tratamento. Os casos-teste utilizados foram escolhidos em conjunto pela equipe de físicos médicos do Hospital Universitário, com base no TRS-430 e levando em conta as necessidades práticas do serviço. Os testes escolhidos são os que refletem melhor essas necessidades.
III - Materiais e métodos
Casos teste
O sistema será considerado validado se não houver discrepância maior que 3% entre os valores calculados pelo sistema de planejamento e os valores experimentalmente medidos.
III - Materiais e métodos
Casos teste
Todas as configurações de feixe tiveram a dose prescrita igual a 100 cGy; os valores de kTP foram calculados para cada leitura; foram feitas duas medidas de carga para cada configuração, e sua a média foi utilizada como leitura para cálculo da dose.
III - Materiais e métodos
IV - Resultados
Validação
Validação
Cada tabela possui os seguintes dados:
Plano - identifica o caso-teste, com descrição do campo aplicado, profundidade e o uso (ou não) de filtro;
UM calculada - resultado do cálculo da UM pelo método manual e pelo sistema de planejamento de tratamento;
Desvios - desvios percentuais entre o cálculo manual e o cálculo obtido com os dois algoritmos (AAA e PBC) do sistema de planejamento;
UM Aplicada;
L1, L2 e Média - leituras e média da carga coletada pelo eletrômetro;
kPT - fator de correção para pressão e temperatura;
D - dose absorvida na água, obtida a partir das medições;
Desvios - desvios percentuais entre os cálculos realizados e as doses obtidas com as medições;
AAA - cálculo de dose absorvida utilizando o valor de UM obtido pelo algoritmo AAA;
Desv. se irrad com AAA - desvio medido em relação à medida de dose absorvida se o cálculo do sistema de planejamento usar o algoritmo AAA.
Exemplo de tabela
6 MVUM calculada
Cálculo Algoritmo do STP
Plano Técnica Campo (cm) Prof. (cm) Filtro Manual PBC AAA
1 SSD 5x5 5,0 SF 124,29 124,50 124,19
2 SSD 10x10 1,6 SF 100,00 99,83 99,45
3 SSD 10x10 5,0 SF 115,08 114,84 114,73
4 SSD 10x10 10,0 SF 149,03 148,86 148,37
5 SSD 20x7 5,0 SF 114,49 114,87 114,46
6 SSD 20x7 5,0 15º 147,72 148,39 148,18
7 SSD 20x7 5,0 30º 185,85 185,89 186,66
8 SSD 20x7 5,0 45º 236,54 236,33 237,58
9 SSD 20x7 5,0 60º 287,65 286,93 289,21
10 SSD 20x7 10,0 SF 147,78 148,73 149,36
11 SSD 20x7 10,0 15º 189,73 190,32 191,50
12 SSD 20x7 10,0 30º 237,76 237,76 240,50
13 SSD 20x7 10,0 45º 301,11 300,67 304,60
14 SSD 20x7 10,0 60º 364,73 363,77 370,17
Exemplo de tabela
PlanoDesvios
Desvio PBC-Manual
Desvio AAA-Manual
Desvio PBC-AAA
1 -0,2% 0,1% -0,3%2 0,2% 0,6% -0,4%3 0,2% 0,3% -0,1%4 0,1% 0,4% -0,3%5 -0,3% 0,0% -0,4%6 -0,5% -0,3% -0,1%7 -0,0% -0,4% 0,4%8 0,1% -0,4% 0,5%9 0,3% -0,5% 0,8%10 -0,6% -1,1% 0,4%11 -0,3% -0,9% 0,6%12 -0,0% -1,1% 1,2%13 0,1% -1,1% 1,3%14 0,3% -1,5% 1,8%
UM Aplicada
L1 (nC) L2 (nC) Média (nC) kPT D (cGy)
125 20,870 20,820 20,845 1,004 102,24100 - - - - -115 20,730 20,720 20,725 1,003 101,55149 20,740 20,740 20,740 1,004 101,72115 20,854 20,844 20,849 1,003 102,16148 20,854 20,854 20,854 1,003 102,18186 20,884 20,864 20,874 1,003 102,28236 20,874 20,884 20,879 1,003 102,30287 20,935 20,915 20,925 1,004 102,63149 20,874 20,884 20,879 1,004 102,40190 20,735 20,725 20,730 1,004 101,67238 20,824 20,844 20,834 1,004 102,18301 20,844 20,834 20,839 1,004 102,21364 20,773 20,784 20,779 1,004 101,91
Exemplo de tabela
PlanoDesvios
Desvio Dose AAA (cGy)Desv. se irrad com
AAA
1 2,2% 101,42 1,4%2 - - -3 1,5% 101,55 1,5%4 1,7% 101,04 1,0%5 2,2% 101,27 1,3%6 2,2% 102,18 2,2%7 2,3% 102,83 2,8%8 2,3% 103,17 3,2%9 2,6% 103,34 3,3%10 2,4% 102,40 2,4%11 1,7% 102,74 2,7%12 2,2% 103,04 3,0%13 2,2% 103,57 3,6%14 1,9% 103,59 3,6%
Desvios
Plano Desvio OBS Energia
1 2,2% dif.desprezível
6 MV
2 - -
3 1,5% dif.desprezível
4 1,7% dif.desprezível
5 2,2% dif.desprezível
6 2,2% dif.desprezível
7 2,3% dif.desprezível
8 2,3% dif.desprezível
9 2,6% dif.desprezível
10 2,4% dif.desprezível
11 1,7% PBC
12 2,2% dif.desprezível
13 2,2% PBC
14 1,9% PBC
15 1,4% dif.desprezível
16 0,9% dif.desprezível
17 0,7% dif.desprezível
18 0,1% dif.desprezível
19 1,4% dif.desprezível
Desvios
Plano Desvio OBS Energia
20 1,6% dif.desprezível
6 MV
21 1,3% dif.desprezível
22 2,2% dif.desprezível
23 1,3% dif.desprezível
24 1,8% dif.desprezível
25 1,7% dif.desprezível
26 1,9% dif.desprezível
27 2,1% PBC
28 1,5% dif.desprezível
29 3,1% -
30 2,2% dif.desprezível
31 1,6% dif.desprezível
32 -0,7% PBC
33 -0,4% dif.desprezível
34 -3,1% AAA
35 -0,2% dif.desprezível
36 0,2% PBC
37 0,9% PBC
38 -1,1% PBC
Desvios
Plano Desvio OBS Energia
70 -0,4% dif.desprezível
10 MV
72 -0,5% dif.desprezível
73 -0,0% dif.desprezível
74 0,3% dif.desprezível
75 1,3% dif.desprezível
76 0,7% dif.desprezível
77 0,7% dif.desprezível
78 1,1% dif.desprezível
79 0,1% dif.desprezível
80 0,3% dif.desprezível
81 0,5% dif.desprezível
82 0,6% dif.desprezível
83 0,5% dif.desprezível
92 -0,8% dif.desprezível
94 -0,4% dif.desprezível
95 -0,1% dif.desprezível
96 -0,2% dif.desprezível
97 -0,1% dif.desprezível
98 0,8% dif.desprezível
Desvios
Plano Desvio OBS Energia
99 1,3% dif.desprezível
10 MV
100 1,4% dif.desprezível
101 0,4% dif.desprezível
102 -0,1% dif.desprezível
103 0,6% dif.desprezível
104 1,0% dif.desprezível
105 1,5% dif.desprezível
107 -1,0% AAA
108 0,1% dif.desprezível
113 0,3% dif.desprezível
114 0,4% dif.desprezível
120 -1,5% dif.desprezível
121 -1,1% dif.desprezível
122 -5,1% AAA
123 -1,5% dif.desprezível
124 -1,9% AAA
125 -1,3% AAA
126 -1,6% AAA
IV - Resultados
Controle de Qualidade
CQ - Casos
6 MV OBS.Plano Técnica Campo (cm) Prof. (cm) Filtro
1 SSD 5x5 5,0 SF
2 SSD 10x10 1,6 SF
3 SSD 10x10 5,0 SF
4 SSD 10x10 10,0 SF
5 SSD 20x7 5,0 SF
6 SAD 5x5 5,0 SF
7 SAD 10x10 5,0 SF
8 SAD 10x10 10,0 SF
9 SAD 20x7 5,0 SF
10 SAD 20x7 5,0 15º
11 SAD 10x5 10,0 SFMLC Config. P2
(Col=90º)
12 SAD 20x7,5 10,0 SFMLC Config. T
(Col=90º)
13 SAD 20x7,5 10,0 45º esquerdaMLC Config. W
(Col=90º)
14 SAD 20x7,5 10,0 45º direitaMLC Config. W
(Col=90º)
15 SAD 20x15 10,0 SFMLC Config. Y
(Col=90º)
CQ - Casos
10 MV OBS.Plano Técnica Campo (cm) Prof. (cm) Filtro
16 SSD 5x5 5,0 SF
17 SSD 10x10 5,0 SF
18 SSD 10x10 10,0 SF
19 SSD 20X7 5,0 SF
20 SSD 20X7 5,0 15º
21 SAD 5x5 5,0 SF
22 SAD 10x10 5,0 SF
23 SAD 10x10 10,0 SF
24 SAD 20X7 5,0 SF
25 SAD 20X7 5,0 15º
26 SAD 10x5 10,0 SFMLC Config. P2
(Col=90º)
27 SAD 20x7,5 10,0 SFMLC Config. T
(Col=90º)
28 SAD 20x7,5 10,0 45º esquerdaMLC Config. W
(Col=90º)
29 SAD 20x7,5 10,0 45º direitaMLC Config. W
(Col=90º)
30 SAD 20x15 10,0 SFMLC Config. Y
(Col=90º)
CQ - Parâmetros
UM calculada
Desvios
CálculoAlgoritmo do Sistema de
Planejamento
Manual PBC AAADesvio PBC-
ManualDesvio AAA-
ManualDesvio PBC-
AAA
UM Aplicada L1 (nC) L2 (nC) Média (nC) kPT D (cGy)
DesvioDose AAA (cGy)
Desv. se irrad com
AAAOBS Desvio
Dose AAA (cGy)
V - Discussão
Plano Desvio OBS EnergiaDesv. se irrad
com AAA
29 3,1% -6 MV
-
34 -3,1% AAA -0,4%
122 -5,1% AAA 10 MV -2,0%
Planos 34 e 122 - na rotina do serviço, realizar os cálculos com AAA
De todos os resultados obtidos para a validação, apenas um se encontra fora do limite de tolerância de ± 3% escolhido como padrão de qualidade. Como não se trata de uma configuração de referência do aparelho e como o excedente ao limite de tolerância foi de apenas 0,1%, esse ponto isolado não foi considerado prejudicial à qualidade do serviço.
Validação
V - Discussão e Conclusões
De uma forma geral, os resultados para a energia mais alta (10 MV) foram melhores do que os resultados para a energia mais baixa (6 MV). Campos de 10 MV em geometrias simples, mesmo com filtro, apresentaram desvio máximo de 1,5%, metade do valor de tolerância. Nas geometrias mais complexas envolvendo assimetrias, gantry oblíquo e uso de blocos, o maior desvio foi de 1,0% para o feixe de 10 MV.
Validação
V - Discussão e Conclusões
O feixe de 6 MeV tem o pico de seu espectro de fluência x energia em torno de 1 MeV. É justamente nessa seção do espectro que ocorre, com a mesma probabilidade, interações via efeito fotoelétrico e via efeito Compton, especialmente em torno de 300 keV. Por ser uma região de difícil resolução, no sentido de que é difícil prever que tipo de interação os fótons sofrerão, é natural que o algoritmo de cálculo seja menos eficiente ali. Mesmo com esse empecilho, os desvios máximos continuam dentro dos padrões de qualidade internacionais.
Validação
V - Discussão e Conclusões
A melhor performance do algoritmo AAA em relação ao Pencil Beam nos planos 29 e 34 se deve, em parte, ao fato de que o AAA é mais novo que o PB e baseado nele.
Por outro lado, o tratamento matemático analítico, dividindo o feixe primário em três e cada feixe secundário sendo representado por duas funções exponenciais permite maior resolução na região compton-fotoelétrico, permitindo uma previsão mais exata das interações e energias trocadas.
Validação
V - Discussão e Conclusões
V - Discussão e Conclusões
Visto que os resultados experimentais para os valores de dose absorvida estão inteiramente de acordo com os dados calculados pelo sistema de planejamento de tratamento, obedecendo aos limites de tolerância estabelecidos pela AIEA e ICRU, verifica-se sua qualidade e considera-se o sistema validado e adequado ao uso.
Validação
Controle de Qualidade
Os objetivos principais do estabelecimento de um programa de qualidade - do qual o controle de qualidade periódico faz parte - são fornecer à pessoa com câncer o melhor atendimento possível e a garantir a efetiva adminstração do tratamento radioterápico de que necessita. Incluir nesse controle de qualidade uma bateria de testes que tome muito tempo, tanto do equipamento quanto da equipe, contraria esse objetivo.
V - Discussão e Conclusões
Controle de Qualidade
A bateria de testes aqui apresentada compreende os principais modos de operação do aparelho e as técnicas mais frequentes de tratamento. Não foi, nem pretendeu ser, tão extensa e exaustiva quanto a lista completa de testes do TRS-430.
V - Discussão e Conclusões
Controle de Qualidade
Para a tomada de medidas do presente trabalho foi necessário um tempo superior a duas semanas de funcionamento do serviço, sem contar o tempo de trabalho da equipe para fazer a simulação de dose para cada medida, tanto no sistema de planejamento quanto no cálculo manual.
V - Discussão e Conclusões
Controle de Qualidade
A proposta do presente trabalho foi validar o sistema de planejamento de tratamento e compor um programa de controle de qualidade periódico, realizável pela equipe do HUCFF sem prejudicar o atendimento às pessoas com câncer.
V - Discussão e Conclusões
Controle de Qualidade
As folhas de cálculo descritas aqui serão utilizadas pela equipe do HUCFF para o controle de qualidade periódico do sistema de planejamento de tratamento do serviço de radioterapia.
Sendo assim, considera-se que o programa de controle de qualidade para o sistema de planejamento de tratamento foi estabelecido e é efetivo.
V - Discussão e Conclusões
VI - Referências
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