valesca irala seminário boas práticas digitais 2012

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Mesa Redonda: "Interdisciplinaridade e Tecnologias Educacionais nas Ciências Humanas e Linguagens e Códigos" Valesca Brasil Irala [email protected]

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3º Seminário de Boas Práticas Digitais 2012 - Rio Grande, RS, Brasil, com palestras e oficinas envolvendo 200 educadores da região F, da Seduc RS, 18ª CRE Rio Grande, 5ª CRE Pelotas e 13ª CRE Bagé.

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Mesa Redonda:

"Interdisciplinaridade e Tecnologias Educacionais nas Ciências Humanas

e Linguagens e Códigos"

Valesca Brasil Irala

[email protected]

Quem são os agentes responsáveis pela “escrita” dos estudantes?

O que as tecnologias digitais podem fazer pela escrita e pelo trabalho

coletivo dos estudantes que até pouco tempo não poderia ser feito?

LETRAMENTOS ESCOLARES

NOVOS LETRAMENTOS

LETRAMENTOS ESCOLARES:

• Responsabilidade primeiro dos alfabetizadores e, posteriormente, dos professores de língua portuguesa?

• Vinculados necessariamente a uma avaliação formal?

• Geralmente tensos para os estudantes?

• Geralmente obrigação para os estudantes?

• Concebidos como produto (pelos alunos e professores)?

• Seguem moldes rígidos (na visão dos alunos e dos professores)?

• Devem ser, predominantemente, pautados em uma escrita individual?

NOVOS LETRAMENTOS:

- Desvinculados (libertos/independentes?) do suporte institucional?

- Valorizados pelos jovens para além do fascínio pela ferramenta tecnológica?

- Permitem incorporar “novos significados sobre quem somos ou podemos ser” (MOITA LOPES, 2012, p. 205)?

- Capazes de redimensionar as posições e os espaços de poder?

“E o que dizer de práticas deletramento nas quais osusuários se envolvemsimultaneamente em açõesdiscursivas diferentes emtarefas múltiplas, todas elasconvergindo na tela docomputador?

Por exemplo, como comparar o leitorsolitário diante da página escrita – um modode ação tradicionalmente característico doethos da escola – com um jovem que, quaseao mesmo tempo em que navega por um siteem inglês sobre hip-hop, está no MSN comum amigo da escola, entra em sua página noOrkut e daí em uma comunidade deafinidade, responde em portunhol a um e-mail de uma amiga argentina,

Procura o significado de uma palavra eminglês em um dicionário que acessou peloGoogle, escuta a rádio inglesa ClassicFM.com, baixa um vídeo do you tube, vê econversa com a namorada que mora emoutro estado por meio do skype, e tentadigitar uma redação para a professora deportuguês sobre Iracema de José deAlencar com a ajuda do colega da turmacom quem conversa no MSN?” (MOITALOPES, 2012, p. 207)

Qual é o impacto disso nas instituições de ensino?

“Parece claro que estamos diante deum novo modo de aprender, deconstruir conhecimento, de atuar empráticas de letramento, e de estar nomundo social, que são muitodiferentes das ações das quais osalunos participam em muitas escolas”(MOITA LOPES, 2012, p. 207).

Respondendo a minha primeira pergunta:

Nós, os professores, não somos mais os principais agentes de letramento dos

estudantes e o nosso desafio é, a partir dessa realidade que aí está, conseguir

atribuir um pouco de sentido aos letramentos escolares, que são, sem

sombra de dúvidas, menos atrativos do que os novos letramentos.

Me volto a minha segunda pergunta:

O que as tecnologias digitais podem fazer pela escrita e pelo trabalho coletivo dos estudantes que até pouco

tempo não poderia ser feito?

Taxionomia para as práticas colaborativas de escrita

Lowry, Curtis e Lowry (apud PINHEIRO, 2012):

• 1) Atividades colaborativas de escrita;

• 2) Estratégias colaborativas de escrita;

• 3) Papéis colaborativos dos participantes;

• 4) Modos colaborativos de escrita;

Atividades

• “Chuva de ideias”

• Esboço

• Rascunho

• Revisão inicial

• Revisão

• Edição

Estratégias

• Escrita de um autor único do grupo

• Escrita em sequência

• Escrita em paralelo

• Escrita reativa

Papéis:

• Escritor;

• Editor;

• Revisor;

• Líder do grupo;

• Facilitador.

Modos colaborativos:

- No mesmo local e ao mesmo tempo;

- Em locais diferentes e ao mesmo tempo;

- No mesmo local e em tempos diferentes;

- Em locais diferentes e em tempos diferentes.

Finalizando:

Claro está que precisamos experimentar em sala deaula essas possibilidades, não só nas aulas de línguaportuguesa, mas em qualquer componente curricular.Também me parece claro que não só vale trabalharmosem aula com esses recursos, mas também osexperimentarmos, como professores, desenvolvendoessas práticas colaborativas com nossos pares diretos ecom pares mais experientes; permitindo-nos, a nósmesmos, incorporar novos significados a nossatrajetória e a nossa própria aprendizagem.

E na sala de aula, como fica o professor?

• Ele não ensina, no sentido de “passar conhecimento”;

• Na prática, ele trabalha com uma coleção aberta de materiais e fontes de informação;

• Ele organiza e gerencia eventos nos quais a aprendizagem dos seus alunos pode ocorrer;

• O professor e o aluno são co-aprendizes;

• O professor é um agente global e auxilia o seu aluno a se tornar esse agente.

OBRIGADA!

[email protected]