uso racional de antimicrobianos na prática hospitalar thaís lôbo herzer
TRANSCRIPT
Uso Racional de Uso Racional de Antimicrobianos na Prática Antimicrobianos na Prática
HospitalarHospitalar
Thaís Lôbo Herzer
Uso Racional de Uso Racional de AntimicrobianosAntimicrobianos
• DefiniçãoDefinição
• Histórico – do princípio até Histórico – do princípio até atualidade...atualidade...
• Porque racionalizar?Porque racionalizar?
• Como racionalizar?Como racionalizar?
Uso Racional de Uso Racional de MedicamentosMedicamentos
• Indicação apropriada• Droga apropriada• Administração adequada• Dose adequada• Duração adequada• Menor custo ao paciente e à
comunidade• Escolha empírica adequada • Ajuste após culturaWHO, Nairobi, 1985, Rational use of drugs: Report of the conference of experts, Nairobi 1985.
AntimicrobianosAntimicrobianos
• Substâncias naturais ou sintéticas que agem sobre microorganismos inibindo o seu crescimento ou causando a sua destruição.
AntimicrobianosAntimicrobianos
Antibióticos Penicilinas Cefalosporinas Aminoglicosídeos Tetraciclinas Macrolídeos Sulfonamidas Quinolonas Rifamicinas Glicopeptídeos
ClindamicinaMetronidazolCloranfenicolCarbapenêmicosMonobactamicosInibidores de BetalactamaseLinezolidaStreptograminasPolimixina ...
Antimicobactericidas
Antivirais
Antiretrovirais
Antifúngicos
Mecanismos de Ação ATBMecanismos de Ação ATB
Uso Racional de Uso Racional de AntimicrobianosAntimicrobianos
DefiniçãoDefinição
• Histórico: do princípio até Histórico: do princípio até atualidade...atualidade...
• Porque racionalizar?Porque racionalizar?
• Como racionalizar?Como racionalizar?
Histórico Histórico
• 1928 – Fleming descobre a penicilina• 1939 – Inicia-se uso clínico 2ª Guerra
Mundial• 1940 – Howard Florey e Ernst Chain
produção em escala industrial.“A era dos antibióticos.”
• 1956 – Jawetz reconhece os problemas causados pela atração dos antibióticos e propaganda da indústria farmacêutica.
Jawetz E. Antimicrobial chemotherapy. Annu Rev Microbiol. 1956; 10:85
HistóricoHistórico
• Introdução de novas classes de antimicrobianos com concomitante aumento do uso inapropriado.
• Cerca de 50% dos medicamentos usados no mundo são prescritos, dispensados, vendidos ou usados de uma maneira inapropriada.
• 66% antibióticos são vendidos sem receita.
World Medicines Situation, WHO 2004
HistóricoHistórico
• ⅓ pacientes hospitalizados recebe curso de ATB– 50% inapropriado ou desnecessário
• Os antimicrobianos são a 2ª classe de drogas mais utilizada
Maki DG, Schuma AA. A study of antimicrobial misuse in a university hospital. AM J Med Sci.1978; 275-271
Scheckler WE, Bennett JV. Antibiotic use in 7 community hospitals. JAMA. 1970; 213:264
HistóricoHistórico
• Custos com antimicrobianos podem somar tanto quanto 30-50% do total dos gastos com medicamentos em um hospital
• 30% dos dias de ATB são desnecessários
Col NF, O´Connor RW. Estimating world-wide current antibiotic usage; report of task force. 1. ver Infect Dis. 1987; 9 (Suppl): S232
Hecker MT, Aron DC, Patel NP, et al. Unnecessary use of antimicrobials in hospitalized patients. Arch Int Med. 2003; 163:972-78
HistóricoHistórico
• Em unidades cirúrgicas: 38 a 48% dos Em unidades cirúrgicas: 38 a 48% dos pacientes com ATM não tinham pacientes com ATM não tinham evidência de infecçãoevidência de infecção
• Em hospitais brasileiros o uso incorreto Em hospitais brasileiros o uso incorreto é cerca de 50%é cerca de 50%
Kunin. Ann Intern Med 1973;79:555-60Kunin. Ann Intern Med 1973;79:555-60
Marangoni 1979; Martins 1981; Cardo 1989Marangoni 1979; Martins 1981; Cardo 1989
Causas da prescrição errônea Causas da prescrição errônea dos Antimicrobianosdos Antimicrobianos
• Pressão da comunidade para prescrição de drogas
• “ O melhor Tratamento”– Amplo espectro e Alto custo
• Dose inapropriada– “Maior dose e tempo é ainda melhor”
• Uso de múltiplos ATB ou ATb de espectro extendido– Substitui avaliação diagnóstica
Causas da prescrição errônea Causas da prescrição errônea dos Antimicrobianosdos Antimicrobianos
• Profilaxia inapropriada– 30% dos pctes hospitalizados que
recebem ATB– Dados limitados e conflitantes– 80% fazem mais de 48h
• Custo e falta de disponibilidade de exames complementares
• Insuficiência de formação técnica nos cursos de medicina
Shapiro M, Townsend TR, Rosner B, et al. Use of antimicrobial drugs in general hospitals: Patterns of prophylaxis. N Engl J Med. 1979; 301:351
Causas da prescrição errônea Causas da prescrição errônea dos Antimicrobianosdos Antimicrobianos
• Falta de reciclagem dos médicos em
relação ao diagnóstico e tratamento de
infecções comunitárias e hospitalares
• Crença de que “pode fazer algum bem e é improvável que cause danos”
Causas da prescrição errônea Causas da prescrição errônea dos Antimicrobianosdos Antimicrobianos
• Pressão da Indústria Farmacêutica– “Soluções fáceis”
GINKGO BILOBA - O elixir da juventudeGINKGO BILOBA - O elixir da juventude
Embora nada possa nos fazer viver para sempre, a natureza tem nos dado uma erva incrível que pode retardar o processo de envelhecimento e pode ajudar a sermos mais saudáveis e enérgicos. Estudos confirmam: GINKGO BILOBA ajuda aumentar a circulação do sangue e o oxigênio para o cérebro, deste modo inibindo a perda de memória, sem haver nenhum efeito colateral na administração de qualquer dosagem. GINKGO BILOBA também é usado nos problemas de artrite e reumatismo, problemas oftalmológicos...GINKGO BILOBA produz energia mental, melhorando a falta de memória; ativa as funções mentais e retarda a perda de audição ...Compre em Nossa Loja Virtual
Terapia CombinadaTerapia Combinada
• Terapia combinada (sinergismo)– In vitro x In vivo– Maior parte dos estudos e meta-análises
não mostram superioridade da terapia combinada sobre a monoterapia.
Terapia CombinadaTerapia Combinada
Terapia CombinadaTerapia Combinada
Uso combinado de antimicrobianos. Comitê de antimicrobianos da Sociedade Brasileira de Infectologia
Qual a Situação?Qual a Situação?Qual a Situação?Qual a Situação?
• Diminuição da eficácia dos tratamentos
• Aumento do tempo de internação• Aumento da Mortalidade
• Aumento da resistência
• Aumento dos custos diretos e indiretos
Falta de conscientização dos Profissionais
de Saúde
Mal uso pela comunidade
Falta de Políticas ou seu
cumprimento
Falta dados exatos e completos
Prescrição Inapropriada
Pressão da Indústria
Falta de controle na qualidade de medicamentos
USO INAPROPRIADO ANTIMICROBIANOS
EfeEfeiitos:tos:
Problema Central:Problema Central:
Causas:Causas:
Uso Racional de Uso Racional de AntimicrobianosAntimicrobianos
DefiniçãoDefinição
Histórico: Histórico: do princípio até atualidade...
• Porque racionalizar?Porque racionalizar?
• Como racionalizar?Como racionalizar?
Porque racionalizar o uso Porque racionalizar o uso de Antimicrobianos?de Antimicrobianos?
• Resistência Bacteriana– Pressão Seletiva– Indução de Resistência
• Efeitos Adversos
• Custos elevados em saúde
Evidências da associação entre o uso de
antimicrobianos e resistência:• Equivalênia direta: mudanças no uso de
antimicrobianos e a prevalência de resistência
• Pacientes com cepas resistentes mais freqüentemente receberam previamente antibióticos
• Resistência antimicrobiana é maior no ambiente hospitalar que na comunidade
• Áreas dentro do hospital com maiores taxas de resistência também apresentam maior consumo de antimicrobianos (UTI)
SHEA position paper. Infect Control Hosp Epidemiol 1997;18:275
Mecanismos Bacterianos Mecanismos Bacterianos de Resistênciade Resistência
• Redução da concentração intracelular do ATB
– Diminuição da permeabilidade MB (Pseudomonas resistente à carbapenêmicos)
– Bomba de efluxo (macrolídeos, as quinolonas, os -lactâmicos e o cloranfenicol)
Mecanismos Bacterianos Mecanismos Bacterianos de Resistênciade Resistência
• Inativação do ATB– Produção de enzimas inativadoras (Beta-
lactamases: ESBL – enterobactérias, AmpC - Enterobacter spp e Citrobacter freundii)
• Modificação ou eliminação do sítio de ação do ATB (PBP, ribossomo)
Mecanismos Bacterianos Mecanismos Bacterianos Transferência de ResistênciaTransferência de Resistência
•Resistência plasmidial•Mutação Genética •Transposons: segmentos de DNA com grande mobilidade
Distribuição das taxas médias de resistência antimicrobiana (%), jan 1998 a jun 2002
Microrganismo UTIOutras
unidades
MRSASCN-MREnterococos resistente a vancomicinaP.aeruginosa resistente a ciprofloxacinaP.aeruginosa resistente a levofloxacinaP.aeruginosa resistente a imipenemP.aeruginosa resistente a ceftazidimaP.aeruginosa resistente a piperacilinaEnterobacter spp resistente a cefalosp. 3a ger.Enterobacter spp resistente a carbapenemKlebsiella pneumoniae resistente a cefalosp. 3a ger.E.coli resistente a cefalosp. 3a ger.E.coli resistente a quinolonaPneumococo resistente a penicilinaPneumococo resistente a cefotaxima/ceftriaxona
51.375.712.836.337.819.613.917.526.30.86.11.25.8
20.68.2
41.464.012.027.028.912.78.3
11.519.81.15.71.15.3
19.28.1
NNIS System Report. Am J Infect Control 2002;30:458-75
0
10
20
30
40
50
60
UTI Internados Ambulatório
MSRA Enterococcus R-vancomicina
Pseudomonas R-Imipenem Klebsiella pneumoniae R-CEF 3
E. coli R-CEF 3 Pneumococcus R-penicilina
NNIS Report - Am J Infection Control 2004;32:470-85
Situação de ResistênciaSituação de ResistênciaEUA - 2004EUA - 2004
Mendes, E.R. et al.,BJID 2003; 7 (October): 282-89
• S. aureus• SCN• Klebsiella • E. coli• B. cepacia • P.aeruginosa• S.malthophilia • Acinetobacter
CEFALOSPORINAS
OXACILINA
CARBAPENÊMICOS
Resistência Bacteriana no BrasilResistência Bacteriana no Brasil
MENEZES, E. A., et al. Freqüência e percentual de suscetibilidade de bactérias isoladas em pacientes atendidos na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Geral de Fortaleza • J Bras Patol Med Lab. v. 43n. 3 • p. 149-155 • junho 2007
Resistência Bacteriana no HGFResistência Bacteriana no HGF
SILVA,M.C.C.;MATOS FILHO,J.C.;FURTADO,F.V.S.;PACHECO,J.S. Análise das Infecções Hospitalares num Centro de Tratamento de Queimados: um estudo retrospectivo. VI Congresso Pan-americano e X Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar (Poster)
Resistência Bacteriana no IJFResistência Bacteriana no IJF
• Perfil de sensibilidade de antimicrobianos no CTQ-IJF (2004-2006):
–Oxacilina(45,10%) –Gentamicina(52,83%)–Amicacina(54,25%)–Ceftazidima(45,45%)
–Cefepime(64%)–Quinolona(69,84%) –Imipenem(63,71) –Vancomicina (100%)
Spellberg. Clin Infect Dis 2004;38(9):1279
Novos antibióticos aprovados nos Novos antibióticos aprovados nos Estados Unidos, 1983-2002Estados Unidos, 1983-2002
0
2
4
6
8
10
12
14
16
1983-1987 1988-1992 1993-1997 1998-2002
Período
No
de
no
vo
s a
nti
bió
tic
os
Spellberg. Clin Infect Dis 2004;38(9):1279
Novos antibióticos aprovados pelo Novos antibióticos aprovados pelo FDA a partir de 1998FDA a partir de 1998
Droga Ano de aprovação
Novo mecanismo de ação
Rifapentina
Quinupristin-dalfopristin
Moxifloxacina
Gatifloxacina
Linezolida
Cefditoren pivoxil
Ertapenem
Gemifloxacin
Daptomicina
1998
1999
1999
1999
2000
2001
2001
2003
2003
Não
Não
Não
Não
Sim
Não
Não
Não
Sim
Archibald. Antimicrobial resistance in isolates from inpatients and outpatients in the United States: increasing importance of the intensive care units. Clin Infect Dis 1997;24(2):211-5
COMUNIDADE
HOSPITALHOSPITAL
Disseminação de bactérias
multiresistentes
COMUNIDADE
Taxas elevadas de IH e resistência
bacteriana
UTI
Efeitos AdversosEfeitos Adversos
• EUA 1994: 48.000-98.000 óbitos atribuíveis a eventos adversos a medicamentos.
• 8ª causa de morte nos EUA• Eventos adversos a drogas são o
tipo mais freqüente de evento adverso não cirúrgico (20%)
Bonn, 1998
Efeitos Adversos por Efeitos Adversos por Classe de DrogasClasse de Drogas
Medical Care, 38:261-271,2000.
Síndrome de Steven-JohnsonsSíndrome de Steven-Johnsons
Custo de AntimicrobianosCusto de Antimicrobianos
ANTIMICROBIANO POSOLOGIA CUSTO UNITÁRIO*
TOTAL DE DOSES
CUSTO EM 10 DIAS*
Ambisome 50 mg (inj.) 50 mg/dia R$ 930,48 0,5g R$ 9.304,80 Aztreonam 1g (inj.) 2g 6/6h R$ 92,45 80g R$ 7.396,00 Teicoplanina 200 mg (inj.) 400 mg 12/12h R$ 161,41 8g R$ 6.456,40 Imipenem 500 mg (inj.) 1g 6/6h R$ 71,14 40g R$ 5.691,20 Ciprofloxacina 200 mg (inj.) 400 mg 8/8h R$ 74,79 12g R$ 4.487,40 Meropenem 500 mg (inj.) 1g 8/8h R$ 59,85 30g R$ 3.591,00 Cefuroxima 750 mg (inj.) 3g 8/8h R$ 23,39 90g R$ 2.806,80 Cefoxitina 1g (inj.) 2g 4/4h R$ 21,64 120g R$ 2.596,80 Cefepime 1g (inj.) 2g 8/8h R$ 41,10 60g R$ 2.466,00 Cefotaxima 1g (inj.) 2g 8/8h R$ 40,44 60g R$ 2.426,40 Ceftazidima 1g (inj.) 2g 8/8h R$ 26,93 60g R$ 1.615,80 Ceftriaxone 1g (inj.) 2g 12/12h R$ 36,32 40g R$ 1.452,80 Clavulin 1g (inj.) 1g 6/6h R$ 30,40 40g R$ 1.216,00 Vancomicina 500 mg (inj.) 500 mg 6/6h R$ 22,03 20g R$ 881,20 Netilmicina 150 mg (inj.) 150 mg 8/8h R$ 18,51 4,5g R$ 555,30 Clindamicina 600 mg (inj.) 600 mg 6/6h R$ 13,87 24g R$ 554,80 Pefloxacina 400 mg (inj.) 400 mg 12/12h R$ 27,44 8g R$ 548,80 Metronidazol 500 mg (inj.) 1 g 8/8h R$ 7,16 30g R$ 429,60 Pefloxacina 400 mg (comp.) 400 mg 12/12h R$ 12,71 8g R$ 254,20 Ciprofloxacina 500 mg (comp.) 500 mg 12/12h R$ 8,90 10g R$ 178,00 Norfloxacina 400 mg (comp.) 400 mg 12/12h R$ 2,23 8g R$ 44,60
Custo de AntimicrobianosCusto de Antimicrobianos
• Staphylococcus aureus
OXA-S: Staficilin® R$ 252
OXA-R: Vancocina® R$ 881
Targocid® R$ 6.456
Custo de AntimicrobianosCusto de Antimicrobianos
• Pseudomonas aeruginosa
GENTA-SGaramicina® R$ 30
GENTA-RFortaz® R$ 1.615
Tienam® R$ 5.691
Uso Racional de Uso Racional de AntimicrobianosAntimicrobianos
DefiniçãoDefinição
Histórico: do princípio até Histórico: do princípio até atualidade...atualidade...
Porque racionalizar?Porque racionalizar?
• Como racionalizar?Como racionalizar?
Níveis de ControleNíveis de Controle
ImportaçãoImportação ExportaçãoExportação
Produção domésticaProdução doméstica
Uso em humanosUso em humanos
HospitaisHospitais FarmáciasFarmácias
Prescrição médicaPrescrição médica
Paciente/ConsumidorPaciente/Consumidor
CONTROLE CONTROLE GOVERNAMENTALGOVERNAMENTAL
CONTROLE CONTROLE INSTITUCIONALINSTITUCIONAL
CONTROLE CONTROLE EDUCACIONALEDUCACIONAL
Uso Racional de Uso Racional de Antimicrobianos no BrasilAntimicrobianos no Brasil
• Ministério da Saúde (portaria 930, 1992)Ministério da Saúde (portaria 930, 1992)
– Estabeleceu a obrigatoriedade do Programa Estabeleceu a obrigatoriedade do Programa de Racionalização de Antimicrobianos dentro de Racionalização de Antimicrobianos dentro das Comissões de Controle de Infecção das Comissões de Controle de Infecção HospitalarHospitalar
– ANVISA: ANVISA: Comitê Técnico Assessor para Uso Racional de Antimicrobianos e Resistência Microbiana (CURAREM)
http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/index.htm
Como instituir política de uso Como instituir política de uso racional de Antimicrobianos?racional de Antimicrobianos?
• Otimizar o uso de ATM na profilaxia cirúrgica
• Otimizar a escolha e duração da terapia antimicrobiana empírica
• Desenvolver protocolos para o uso de ATM (guidelines)
• Melhorar a forma de prescrever ATM por meio da educação
• Restrição do uso de ATM• Monitorar e promover feedback das
taxas de resistência antimicrobianaGoldman. JAMA 1996;275:234-40SHEA position paper. Infect Control Hosp Epidemiol 1997;18:275Nouwen JL. Clin Infect Dis 2006:42:776-7
Custos associados a profilaxia Custos associados a profilaxia cirúrgica inadequadacirúrgica inadequada
Fonseca. Infect Control Hosp Epidemiol 1999;20:77-9
Clin Infect Dis 2004;38:1706-15Clin Infect Dis 2004;38:1706-15
• Identificar o sítio de infecção• Determinar qual a microbiota prevalente
– topografia, porta de entrada, faixa etária do cliente, co-morbidades, internações ou cirurgias prévias, ambiente de surgimento da patologia
• Estipular gravidade do caso• Reação alérgica prévia • Avaliar presença de contra-indicações
– gestação, faixa etária, outras medicações em uso, insuficiência renal, insuficiência hepática.
• Colher material para investigação do agente etiológico
Machado, 2002
Esquema EmpíricoEsquema Empírico
Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro. COORDENAÇÃO ESTADUAL DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR . RECOMENDAÇÕES PARA O USO ADEQUADO DOS RECOMENDAÇÕES PARA O USO ADEQUADO DOS ANTIMICROBIANOSANTIMICROBIANOS .
Flora bacteriana por Flora bacteriana por topografiatopografia
TOPOGRAFIA MICROBIOTA ESPERADA
BOCA e DENTES Staphylococcus, Streptococcus, espiroquetas, actinomiceto, bacteróide, fusobactéria, fungos.
SEIOS PARANASAIS Streptococcus, Haemophilus influenzae, actinomiceto, bacteróide, fusobactéria, peptococo, Propionibacterium.
GARGANTA Staphylococcus, Streptococcus, Haemophilus, Corynebacterium, Neisseriae, Fusobacterium, Bacteróides, Candida.
FLORA CUTÂNEA Staphylococcus, Streptococcus, Corynebacterium, Propionibacterium, Micrococci, fungos.
INTESTINO DELGADO Enterobactérias, Enterococcus, fungos.
INTESTINO GROSSO Enterobactérias, enterococcus, fungos, actinomiceto, Bacteróides, Clostridium, bifidobactéria.
FLORA VAGINAL Lactobacilo, Streptococcus, corinebactéria, micoplasma, peptococo, actinomiceto, fungos.
PERÍNEO e URETRA Staphylococcus, Streptococcus, Corynebacterium, Propionibacterium, fungos, micoplasma, actinomiceto, Bacteróides, Clostridium.
• Escolher o antimicrobiano:
–Restringir a cobertura antimicrobiana ao agente etiológico mais provável–Penetração e a concentração adequada no sítio de infecção–Menor toxicidade–Menor indução de resistência–Posologia mais cômoda–Via de administração mais adequada–Menor custo
Machado, 2002
Esquema EmpíricoEsquema Empírico
• Risco relativo de mortalidade em pacientes com terapia inadequada = 4,3 (IC 95% 3,5–5,2)
• Análise multivariada: fator de risco independente mais importantemente relacionado ao óbito
Kollef et al. Chest 1999;115:462–474
Inadequada
52
Adequada
12
Terapia Empírica Mortalidade (%)
Esquema inicial inapropriadoEsquema inicial inapropriado
Esquema inicial inapropriadoEsquema inicial inapropriado
Kollef et al. Chest Kollef et al. Chest 1999;115:462–4741999;115:462–474
0
30
50
10
Infecção adquiridaInfecção adquiridana comunidadena comunidade
20
40
InfecçãoInfecçãohospitalarhospitalar
Infecção hospitalarInfecção hospitalarapós tratamentoapós tratamento
de infecção comunitáriade infecção comunitária
17%17%
34%
45%
ORIENTAÇÕES PARA TERAPÊUTICA ANTIMICROBIANA (AA) EMPÍRICA EM INFECÇÕES COMUNITÁRIAS MAIS COMUNS QUE NECESSITEM INTERNAÇÃO
MORBIDADES Microbiota esperada
ESQUEMA AA RECOMENDADO
DOSES / TEMPO DE USO
INVESTIGAÇÃO DIAGNÓSTICA
E OBSERVAÇÕES
Piomiosite , celulites e
furunculoses Staphylococcus aureus
Oxacilina /Cefalotina 1° G
100-200mg/Kg/dia de 4/4H ou 6/6H50-200mg/Kg/dia 4/4h ou 6/6h
HemoculturasColeta de material local como orientação previa
ErisipelaStreptococcus beta-hemolítico
do grupo A
Penicilina cristalina /Cefalosporina 1° G
2 milhões de UI de 4/4H
HemoculturasColeta de material local como orientado previamente
Pé diabéticoGram negativos aneróbios e S.
aureus
Amoxicilina / clavulanato ouClindamicina + gentamicina
500mg de 8/8h600mg de 8/8h7mg/Kg/dia de 8/8h
HemoculturasColeta de material local como orientado previamente
Técnicas de Racionalização Técnicas de Racionalização do uso de Antimicrobianos do uso de Antimicrobianos
• Medidas educativas
– Aulas, conferências, treinamentos em grupo ou individuais,
impressos, elaboração de protocolos
– Consulta a especialista
• Medidas restritivas
– Formulário de Restrição
– Antibióticos de uso restrito
– Justificativa por escrito
– Alertas e suspensão pelo computador
– Sistemas de suporte decisional
– Rodízio de antimicrobianos
– De-escalonamento de ATM de acordo com antibiograma
Formulário de restriçãoFormulário de restrição• Não pode prejudicar o paciente
• Respaldo Ético
Parecer CFM 32/1999
“Não configura ilícito ético a exigência de preenchimento de ficha de liberação de antibiótico pela CCIH”
• Modelos
– Ficha de restrição
– Controle em tempo real
• 1987- Woodward:
• Economia de $34.597,00/mês
• Uso inadequado de ATM: 37% 2%
Antiobióticos de uso restritoAntiobióticos de uso restrito
• Selecionados por cada Hospital: medicações de amplo espectro, indutores de resistência e de alto custo.
– Cefalosporinas de 2a Geração– Cefalosporinas de 3a Geração– Cefalosporinas de 4a Geração– Vancomicina– Teicoplanina– Carbapenens– Levofloxacina– Aciclovir EV– Fluconazol EV– Polimixina B– Ampicilina/Sulbactam– Piperacilina/Tazobactam– Linezolida
De-escalonamentoDe-escalonamento
• Sempre que necessário pedir cultura
• Trocar ou interromper ATM após resultado do antibiograma– Dirigir o tto ao
patógeno evidenciado
Aceitação Médica
AÇÕES REALIZADAS - EQUIPE MÉDICA
-
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
Escolha do ATM Posologia Associação Tempo de Uso
Aceita
Mantida com justificativa
Mantida sem justificativa
Médico não encontrado