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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Roberta de Paiva Fernandes Maia OS BENEFíCIOS DO EXERCíCIO FíSICO NO DIABETES MELlTTUS TIPO 11 17 Curitiba 2005

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

Roberta de Paiva Fernandes Maia

OS BENEFíCIOS DO EXERCíCIO FíSICO NO DIABETES MELlTTUSTIPO 11

17Curitiba2005

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Roberta de Paiva Fernandes Maia

OS BENEFíCIOS DO EXERCíCIO FíSICO NO DIABETES MELlTTUSTIPO !I

Trabalho de Conclusão de Curso apresentadocomo requisito parcial para a conclusão do cursode Educação Física da Faculdade de CiênciasBiolôgicas - da UNIVERSIDADE TUIUTl DOPARANÁ. Professor orientador: Hugo S. M. DeFerrante

Curitiba2005

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TERMO DE APROVAÇÃO

Roberta de Paiva Fernandes Maia

OS BENEFíCIOS DO EXERCíCIO FíSICO NO DIABETES MELlTTUSTIPO II

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado e aprovado para a obtenção do

grau de Bacharel em Educação Física do Curso de Educação Física da

Universidade Tuiuli do Paraná

Curitiba, maio de 2005

Orientador Prol" Hugo S. M. De FerranteCurso de Educação Fisica

Universidade Tuiuti do Paranâ

Banca

\r Doutor Amo Krug

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SUMÁRIO

RESUMO VI

1 INTRODUÇÃO

1.1 JUSTIFICATIVA

1.2 PROBLEMA.

1.3 OBJETIVOS.

1.1.1 Objetivo Geral ..

1.1.2 Objetivos Especificos .

2 REVISÃO DA LITERATURA.

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2.1 O DIABETES.

2.1.1 Conceito.

2.1.2 Tipos de Diabetes.

2.1.2.1 Diabetes tipo 1..

2.1.2.2 Diabetes tipo 2 ..

2.1.2.3 Diabete gestacional .

2.1.2.4 Diabete insipidus ...

2.1.3 Causas e Sintomas.

2.1.4 Epidemiologia ...

2.1.5 Diagnóstico ...

2.2 Exercícios Físicos ..

2.2.1 Prática do Exercício Físico para o Diabético .

2.2.2 Vantagens do exercício físico nos diabéticos ..

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2.2.3 Riscos do exercício nos diabéticos.

2.2.4 Atividades Fisicas a Propor

2.2.5 Atividades Contra-Indicadas

3 A IMPORTÂNCIA DA PRÂTlCA DE EXERCiclO FislCO NA VISÃO

DOS AUTORES ..

4 METODOLOGIA.

4.1 TIPO DE PESQUISA ..

4.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA ..

4.2.1 População

4.2.2 Amostra.

4.3 INSTRUMENTO ..

4.4 COLETA DE DADOS.

4.5 TRATAMENTO DOS DADOS

5 APRESENTAÇÃO E ANÂLlSE DOS RESULTADOS ..

CONCLUSÃO.

REFERÊNCIAS ..

ANEXO 1 - QUESTIONÂRIO APLICADO ...

APÊNDICE 1 - VALIDAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE PESQUISA ..

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RESUMO

OS BENEFicIOS DO EXERCiclO FislCO NO DIABETES MELlTTUS TIPO 11

Autor: Viviane Terezinha de FreitasOrientador: Hugo S. M. De Ferrante

o Censo Nacional de Diabetes de 1988, o ultimo feito pelo Ministério da Saúdedescobriu que quase 8% de população brasileira apresentava a doença diabetes, nafaixa de 30 e 69 anos. A prática do exercício físico regular na população diabética,traz além dos ganhos de condição fisica geral comuns a toda a população, no quediz respeito ao controle do diabetes tipo 1, o exercicio traz pequenos benefíciosdiretos no controle glicêmico a longo prazo destes doentes, agindo como uma formade se encontrar um equilíbrio metabólico, onde o essencial é que exista umaequilibrada coordenação entre insulina/exercício/dieta, da qual depende a educaçãoalimentar do doente. Com este trabalho pretendeu-se estabelecer uma relação entreas atividades físicas e as pessoas diabéticas, sendo que o objetivo geral foi fazeruma revisão bibliográfica sobre a importância da prática de exercícios físicos para osportadores de diabetes tipo 2. O diabetes ou diabetes melitus - DM é um distúrbiometabólico que afeta os açucares, como a glicose, mas também as gorduras(Iipides) e as proteinas, e dependendo do caso, pode aparecer e evoluir semapresentar sintomas. O diabetes ê uma das doenças crônicas mais comuns,trazendo problemas tanto de saúde, quanto problemas econômicos. Segundoestimativas da Organização Mundial de Saúde (2005), em 1997 existiam 142,5milhões de casos de DM no planeta (36,8 % em países desenvolvidos e 63,2% nospaíses em desenvolvimento), cerca de 154,4 milhões de casos no ano 2000 e numaestimativa para 2025, aproximadamente299,9 milhões de pessoas afetadas (76%em países em desenvolvimento). Há uma tendência da prevalência aumentar devidoao alargamento da longevidade e às mudanças de hábitos atribuídas à crescenteurbanização. o exercício físico é importante para o controle do diabetes, mantendoos níveis de glicose no sangue dentro da faixa considerada normal. Para osdiabéticos o exercicio físico regular é especialmente recomendado e saudável.Pode-se constatar a partir da revisão da bibliografia que o Diabetes é uma doençametabólir.a que traz conseqüências gravíssimas se for ignorada e mal tratada,contudo, ao se fazerem mudanças no comportamento e no estilo de vida, adotando-se hábitos alimentares mais saudáveis, obtem-se o controle glicêmico e que aprática dos exercícios físicos podem prolongar a perspectiva de vida, bem comoajudam muito a diminuir o risco das doenças relacionadas ao diabetes.

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1 INTRODUÇÃO

OS BENEFíCIOS DO EXERCíCIO FíSICO NO DIABETES MELlTTUSTIPO"

1.1 JUSTIFICATIVA

o Censo Nacional de Diabetes de 1988, o ultimo feito pelo Ministério da

Saúde descobriu que quase 8% de população brasileira apresentava a doença

diabetes, na faixa de 30 e 69 anos. Em 1980 existia 5 milhões de diabéticos no país

(PINHEIRO, 1999).

Os dados servem de aterta, pois não é uma enfermid<Jde simples, é a quinta

principal causa de mortes e pode causar inúmeras complicações graves, como

cegueira (mais freqüente entre pessoas de 20 a 74 anos), infarto no miocárdio,

derrame cerebral e impotência, além de provocar o risco da amputação de membros.

Estima-se que metade das pessoas que desenvolvem a diabetes (pouca mais de 2

milhões de pessoas) nem sabem que têm a doença.

A prática do exercício físico regular na população diabética, traz além dos

ganhos de condição física geral comuns a toda a população, no que diz respeito ao

controle do diabetes tipo 1, o exercício traz pequenos benefícios diretos no controle

glicêmico a longo prazo destes doentes, agindo como uma forma de se encontrar um

equilíbrio metabólico, onde o essencial é que exista uma equilibrada coordenação

entre insulina/exercicio/dieta, da qual depende a educação alimentar do doente.

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No controle do diabetes tipo 2 uma das dificuldades encontradas é separar a

influência das medidas alimentares da atividade física prescrita. Na doença

estabelecida os efeitos diretos do exercício regular sobre o metabolismo da glicose

são pequenos, por exemplo, em 30 minutos de exercido moderado a intenso (70% a

75% do V02 máx) obtêm-se uma queda de 10% da glicemia. O grande objetivo

terapêutico nestes dGentes é a normalização da sobrecarga ponderai, que por si só

pode dispensar a medicação ou, pelo menos, diminuir bastante as doses

necessárias. Neste parâmetro a atividade fisica desempenha um papel importante

no diabético tipo 2 (COSTA, 1992).

Se a doença se encontra numa fase precoce, o exercício físico pode fazer

desaparecer a TOG (tolerância diminuída à glicose) e melhorar acentuadamente um

diabetes tipo 2 ou mesmo faze-la regredir. É para estes individuos que se deve

incentivar a prática de atividade física regular, poís são aqueles que podem lucrar

mais com ela.

1.2 PROBLEMA

Com este trabalho pretende-se estabelecer uma relação entre as atividades

físicas e as pessoas diabéticas

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1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Objetivo Geral

o objetivo geral é investigar os portadores de diabetes melittus e a prática

de atividade física.

1.3.2 Objetivos Específicos

Os objetivos específicos são:

conceituar os dois tipos de diabetes, enfocando a diabetes tipo 2;

estudar os métodos de tratamento;

avaliar o grau de importância do exercício físico como forma de tratamento

deste tipo de diabetes e de redução da taxa de glicemia.

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2. REVISÃO DA LITERATURA

2.1 O DIABETES

2.1.1 Conceito

Para Foster (1995) o diabetes ou diabetes melitus - DM é um distúrbio

metabólico que afela os açucares, como a glicose, mas também as gorduras

(Hpides) e as proteínas, e dependendo C!Ocaso, pode aparecer e evoluir sem

apresentar sintomas. É mais comum em pessoas obesas, ou que tenha um caso de

di8betes na família 8, ainda, nas que sofrem de alguma disfunção do pâncreas,

fígado, supra-renais ou hipófise, podendo ocorrer em qualquer idade.

De acordo com Costa (1992) o diabetes é causado pela insuficiência de

insulina secretada pelo pâncreas, porém, existem outros fatores metabólicos

complexos, envolvendo um desequilíbrio entre as várias glândulas endócrinas.

Pesquisas recentes sugerem que muitos diabéticos têm sua insulina anormalmente

ligada a outras proteínas na corrente sangüínea, de maneira que se torna inativa.

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2.1.2 Tipos de Diabetes

2.1.2.1 Diabetes tipo 1

É chamado de diabetes tipo 1, in sulino dependente ou diabetes juvenil. Esse

diabetes geralmente ocorre na infância ou adolescência, relacionada a

hereditariedade (ANJOS, 1980).

As células do pâncreas são destruídas e o corpo não consegue absorver a

glicose do sangue; as células começam a "passar fome" e o nível de glicose no

sangue fica constantemente alto, necessitando injetar insulina subcutânea. Uma vez

que o distúrbio se desenvolve, não existe maneira de reviver as células produtoras

de insulina do pâncreas.

As crianças diabéticas tendem a ter uma dieta que permita o crescimento, as

atividades normais e o controle da doença, devendo fornecer de 75 a 90 calorias por

quilo do peso teórico, de acordo com a idade da criança. A porcentagem de proteína

é de 20% do total calórico, 50% de hidratos de carbono complexos (amido) e 30%

para as gorduras (ANJOS, 1980).

Outra maneira de calcular o total calórico da dieta da criança doente, é

fornecer 1000kcal para o primeiro ano de idade e adicionar 100kcal para cada ano

de idade adicional. Por exemplo, uma criança diabética com 3 anos de idades

deverá receber 1300"cal.

O total de alimentos deve ser dividido em 6 refeições. 3 grandes (desjejum,

almoço e jantar) e 3 pequenas (colação, lanche e ceia), podendo sofrer modificações

conforme o tipo de insulina ou a dosagem.

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2.1.2.2 Diabetes tipo 2

É chamada de diabetes tipo 2 ou insulina não dependente. A hereditariedade

tem bem mais importância que no diabetes tipo 1, mas há uma relação com a

obesidade (ANJOS, 1980)

Os diabéticos tipo 2 produzem insulina e, a maioria, continuará produzindo

insulina pelo resto de suas vidas. O principal motivo que faz com que os níveis de

glicose no sangue permaneçam altos está na incapacidade das células musculares

e adiposas de usar toda a insulina secretada pelo pâncreas. Assim, muito pouco da

glicose presente no sangue é aproveitado por estas células. Esta ação reduzida de

insulina é chamada de "resistência insulínica"

Os sintomas do diabetes tipo 2 são menos pronunciados e esta é a razão

para considerar este tipo de diabetes mais "brando" que o Tipo 1. A perda de peso é

fator muito importante no controle da doença, diminuindo a necessidade de

hipogliceminantes orais. É recomendável uma dieta com poucas calorias e

exercícios físicos (ANJOS, 1980).

2.1.2.3 Diabete gestacional

Quando o organismo é incapaz de produzir insulina suficiente para

metabolizar os carboidratos, do modo que as células do corpo são forçadas a

queimar gorduras e proteínas para gerar energia necessária. A doença ocorre

somente na gravidez sendo detectado na urina, as mulheres tendem a desenvolver

diabetes do tipo 2 após a gravidez em alguns casos (ANJOS, 1980).

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As mulheres que desenvolvem a doença geralmente têm obesidade

acentuada, glicosúria, ou uma considerável história familiar de diabetes

É adequada uma maior supervisão para grávidas com risco de perda do feto,

especialmente quando os niveis de glicose em jejum excedem 105mg/dl ou a

gravidez avança além do prazo.

As mulheres necessitam fazer dieta com poucas calorias, insulina é o único

tratamento que tem demonstrado reduzir as morbidades fetais junto ao tratamento

nutricional.

2.1.2.4 Diabete insipidus

É uma deficiência no hormônio antidiurético secretado pela glândula

hipôfise. Essa doença geralmente é causada por traumatismo craniano, câncer ou

retirada da glândula hipófise (ANJOS. 1980).

o doente excreta um grande volume de urina diluida, grande quantidade de

líquido perde-se através dos rins e o organismo se torna desidratado, essa diabete

quando não controlada pode levar ao choque hipovolêmico'.

o tratamento é compensar o líquido perdido aumentando a ingestão de

líquidos de baixo valor calórico.

1 O choque hipovolêmico se dá quando existe uma diminuição do volume de fluidos no corpo. Deuma maneira geral, isto é causado por grande perda de sangue (hemorragias) ou grande perda defluidos corporais. através da transpiração excessiva, võmitos, queimaduras ou diarréia.

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2.1.3 Causas e Sintomas

A obesidade, aliada a falores genéticos, é o principal fator detonador da

doença. Caso não seja controlada corretamente, ela pode levar a complicações,

especialmente na forma de deficiência circulatória, cegueira e lesões renais

(DAVIDSON, 2001)

As mulheres grávidas podem ter Diabetes gestacional. Ela atinge

especialmente mulheres acima de 30 anos, obesas ou que ganharam muito peso

durante a gestação e que tenham parentes próximos com a doença.

Os médicos reconhecem que ainda não há como prevenir a diabetes do tipo

1. Em compensação, os pesquisadores entendem cada vez mais o mecanismo

genético que aciona o diabetes. Hoje, por exemplo, uma hipótese aceita é a de que

há séculos a produção de arimentos oscilava ao saboi" das estações, escasseando

em determinadas épocas, e o ser humano tinha de empreender um esforço

considerável para conseguir comida. Desta forma, comia-se apenas o suficiente para

saciar a fome. Por isso, suspeita-se que as pessoas que produziam mais insulina, e

assim aproveitavam melhor os alimentos, tinham mais chances de sobreviver e

imprimir sua carga genética na geração seguinte. Dessa forma, a evolução teria

privilegiado as pessoas com essa vantagem metabólica, que se tornou um revés

com a revolução ináustrial, sinônimo de alimento fácil e farto para que todos os que

possam adquiri-lo (DAVIDSON, 2001).

Atualmente a ciência sabe que existe um marcador encontrado no sexto

cromossomo do código genético, chamado de HLA, que significa risco duas a cinco

vezes maiores de desenvolver o diabetes juvenil. No mesmo loca!, a deficiência de

ácido aspartico aumenta em 90 vezes as chances do portador tornar-se diabético do

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tipo 1. Mas o achado não significa necessariamente que as pessoas com esses

marcadores desenvolverão a doença São necessários outros fatores

desencadeantes, caso de infecção virais, como cachumba ou rubéola, para que o

diabetes se manifeste (DAVIDSON, 2001).

Quando se vê diante do vírus, o sistema imunológico produz anticorpos para

destruir os invasores. Só que podem se enganar e atacar as células que produz

insulina no pâncreas. Ê o que se denomina doenças auto-imune, uma espécie de

sabotagem feita pelo próprio organismo. Daí a inegável importância da vacinação

preventiva contra as doenças infantis mais comuns (sarampo, catapora) e o controle

de infecções.

Entre os sintomas do diabetes, incluem-se sede excessiva, micção

freqüente, perda de peso, de força e de energia. Ocasionalmente, o primeiro sinal

evidente pode ser o início do estado de coma (perda da consciência), porque a

doença progrediu a um estágio avançado sem ser reconhecida. Mas, a doença

também pode ser constatada por acaso, através de um exame rotineiro de urina ou

de sangue que indique a presença de açúcar na urina ou aumento da taxa de

glicose.

A doença pode ser facilmente diagnosticada pelo alto teor de glicose

encontrado no sangue; pela presença de açúcar na urina ou pelo tipo de curva

característica do teste de tolerância à glicose. Dependendo do tipo de diabetes, é

preciso tomar insulina diariamente que é aplicada pelo próprio paciente tendo como

rotina para o resto da vida, porém, em muitos casos é controlada apenas por dietas

ou por medicamentos antidiabéticos de uso oral que são eficazes nos casos de

diabetes que ocorrem em pessoas com mais de 40 anos de idade (DAVIDSON,

2001).

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2.1.4 Epidemiologia

o diabetes é uma das doenças crônicas mais comuns, trazendo problemas

tanto de saúde. quanto problemas econômicos. Segundo estimativas ,da

Organização Mundial de Saude (2005), em 1997 existiam 142,5 milhões de casos de

DM no planeta (36,8 % em países desenvolvidos e 63,2% nos países em

desenvolvimento), cerca de 154,4 milhões de casos no ano 2000 e numa estimativa

para 2025, aproximadamente 299,9 milhões de pessoas afetadas (76% em países

em desenvolvimento). Há uma tendência da prevalência aumentar devido ao

alargamento da longevidade e às mudanças de hábitos atribuídas à crescente

urbanização.

No Brasil, estima-se haver mais de 5 milhões de diabéticos, projetando-se

mais de 11 milhões para 2025. A prevalência do DM na população de 30 a 69 anos

é estimada (Quadro 1), a partir de dados em 9 capitais, em 7,6%, porcentagem

semelhante a de países desenvolvidos. A doença concentra-se na faixa de 60 a 69

anos (17,43% da população na faixa etária possui DM) e afeta homens e mulheres

igualmente. Trata-se da quarta causa de morte no Brasil, com alta taxa de

morbidade, além de mortalidade (PAZ et aI., 2005).

Os custos econômicos diretos e indiretos decorrentes dos gastos com a

doença representam de 5 a 14% dos gastos em saúde no Brasil. Nos Estados

Unidos, os gastos com o diabetes ficam em torno de US$ 138 bilhões/ano (pAZ et

aL,2005).

Existem grupos de risco de desenvolver o diabetes na fase adulta:

a) para homens e mulheres:

• ter mais de 40 anos;

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• ter diabéticos na familia:

• ter vida sedentâria:

• estar acima do peso ideal;

• apresentar alguma alteração cardiovascular, como pressão alta;

• usar medicamento diabetogênicos, como corticóides e anticoncepcionais.

b) Só para mulheres:

• ter corrimentos ou prurido vaginal difícil de tratar;

• possuir antecedentes de abortos freqüentes, partos prematuros ou

mortalidade do feIo;

• ser mãe de recém-nascido com mais de 4 quilos.

QUADRO 1 - PREVALÊNCIA DO DIABETES POR FAIXA ETÁRIA

FONTE. Mlnlstér.o da Saude e SOCIEdade Brasllerro de DIabetes, 2005

,52

aixa Etária orcentagem (%)

0·39 anos ,7

o ·49 anos0- 59 anos 12,660- 69 anos 17,43

GRÁFICO 1 - PREVALÊNCIA DO DIABETES POR FAIXA ETÁRIA

(;;J 30 - 39 anos O 40 a 49 anos O 50 a 59 anos G160 a 69 anos

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Pode-se observar que existe um aumento da porcentagem da prevalência do

diabetes com o aumento da idade, por isso acredita-se que as medidas devam ser

tomadas o mais cedo possível.

A palavra-chave para o diabetes do tipo 2, portanto, parece ser a prevenção.

Estudos feitos pela Universidade Federal de São Paulo revelam que metade dos

novos casos pOderia ser prevenida simplesmente evitando-se o excesso de peso e

30% com o combate ao sedentarismo. Nos diabéticos, o controle da pressão arterial

é fundamental: previne 80% dos derrames cerebrais, 60% das amputações de

membros inferiores, problema causado pela má circulação e por alterações

neurológicas nessa área, 50% das doenças terminais graves e 40% das doenças

coronarianas (SBD, 2005).

2.1.5 Diagnóstico

o diagnós1ico de DM é feito seguindo um dos três critérios (DAVIDSDN,

2001):

1) Presença de sintomas clássicos e glicemia plasmática venosa de jejum maior

ou igual a 126 mg/dl ou 200 mg/dl, medida a qualquer hora do dia;

2) Assintomático com glicemia plasmática venosa de jejum 126 mg/dl

confirmada em duas ou mais ocasiões;

3) Glicemia plasmática venosa na amostra de 2 horas no teste oral de tolerância

á glucose com 75g (TOTG) 200 mg/dl.

Uma pessoa normal pode apresentar uma taxa glicêmica em jejum entre 110

e 126 mg/dl ou entre 140 e 200 mg/dl no TOTG.

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o teste oral de tolerância à glicose corresponde à ingestão de 75 gramas de

glucose anidra dissolvidos em 300 ml de água, em período não superior a 5 minutos.

o jejum deve ser de 10 a 14 horas, com consumo mínimo de 150 g de carboidratos

por dia nos 3 dias anteriores ao teste. Durante o teste, o paciente deve ficar em

repouso e não deve estar acamado, doente ou com infecções. O uso de

medicamentos que alterem a glicemia deve ser suspenso 12 horas antes do teste. É

vetado o fumo ou café na manhã do teste (DAVIDSON, 2001).

QUADRO 2 - TAXA GLlCEMICA

GRÁFICO 2 - TAXA GLlCÊMICA EM MG/DL

glicemia de jeium TOTG 2 horas

lo normal O intolerância à glicose* 13diabetes melittus I...o valor da intolertlncia a glicose é um valor médio entre o valor mlnimo e máximo aceitávelconforme quadro 2.

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o rastreamento de DM gestacional deve ser feito a partir da 20' semana de

gestação, por meio do teste oral de tolerância à glicose simplificado, com 50 9 de

glicose. A glicemia é dosada 1 hora após a ingesta, sendo o ponto de corte igual a

130 mg/dL O rastreamento também pode ser feito com uma glicemia de jejum, com

ponto de corte 85 mg/dL Esses achados não são diagnósticos, mas sIm uma

triagem, sendo necessario investigação diagnóstica (DAVIDSON, 2001)

2.2 Exercícios Físicos

Segundo Roberts (2002) os benefícios do exercício s#io comuns à todos os

tipos de atividade física, esportiva ou laborativa, desde que os esforços não sejam

excessivos em relação à condição fisica da pessoa. "O exercicio é urna forma de

sobrecarga para o organismo. Sobrecargas bem dosadas estimulam adaptações de

aprimoramento funcional de todos os órgãos envolvidos, mas quando excessivas,

produzem lesões ou deterioração da função" (SANTARÉM, 2005).

Para Wilmore e Costil (2001) uma pessoa sedentária pode ser caracterizada

pela ausência de sobrecargas para todo o sistema neuro-músculo-esquelético e

metabólico, o que ocasiona o enfraquecimento de maneira progressiva das

estruturas que possuem funções biomecânicas. Leva também à alterações

funcionais que tem relação direta com uma maior incidência ou gravidade de

doenças.

Santarém (2005) afirma que através de estudos epidemiológicos e

fisiopatológicos pode-se chegar ao consenso de que os exercícios estimulam a

saúde em diversos aspectos:

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1) Alívio de tensões emocionais: a atividade física é reconhecida como urnaforma eficiente de aliviar o slress emocional, diminuindO assim umimpOr1anlC falor de risco para diversas doenças crônicas

2) Melhora da composição sanguínea: os exercícios em geral tendem anormalizar os níveis de glicose. gorduras e diversas outras substâncias nosangue, que podem estar alterados e trazer riscos aos portadores.

3) Redução da pressão arterial: pessoas ativas fisicamente tendem a terníveis pressóricos mais baixos, e os exercícios em geral auxiliam a diminuira pressão arterial dos hipertensos.

4) Estimulo ao emagrecimento: qualquer tipo de exercícIo estimula aredução da gordura corporal, diminuindo assim a possibilidade da pessoadesenvolver doenças como a alerosclerose. o diabetes e outras.

5) Aumento da densidade óssea: o sedentarismo leva â uma diminuiçãoprogressiva da resistência óssea, aumentando o risco de fraturas, e osexercicios físicos constituem recurso de alia relevância para evitar ereverter essa situação.

6) Aumento da massa muscular: a a:ividade fisica habitual leva à umaumento do volume e força dos musculos, protegendo as articulações efavorecendo a aptidão física.

7) Desenvolvimento da aptidão física: os exercícios aumentam acapacidade das pessoas realizarem esforços. permitindo assim maiorautonomia motora, condição conhecida como boa qualidade de vida.

Outro aspecto está relacionado com a deterioração da forma do corpo,

conseqüência do sedentarismo, que hoje em dia é uma questão marcadamente

importante, pois existe um culto ao corpo e à boa forma onde os músculos de

consistência firme e formas arredondadas, tem especial apelo tanto no homem

quanto na mulher e a gordura devido a sua consistência flácida e sem forma definida

acaba por deformar o corpo.

Entende-se que a falta de exerci cios ocasiona uma diminuição progressiva

da massa muscular, levando ao acúmulo de gordura. Diante disso conclui-se que a

atividade física é muito importante para a qualidade de vida de cada indivíduo na

sociedade (SANTARÉM. 2005).

2.2.1 Prática do Exercício Físico para o Diabético

Segundo Vivo lo (1989) o exercício físico é importante para o controle do

diabetes, mantendo os níveis de gJicose no sangue dentro da faixa considerada

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normal. Para os diabéticos o exercício físico regular é especialmente recomendado e

saudável

O exercício físico apresenta um efeito imediato com relação a diminuição do

nível de glicose, além de ajudar o funcionamento do corpo como um todo, já que sua

ação influencia a maneira como o mesmo lida com os alimentos e desta forma

aumenta a eficiência da insulina. Outro fator importante é a maneira como o

exercício atua na manutenção do peso ideal e também no emagrecimento (VIVOlO,

1989).

Esse processo pode ser entendido da seguinte forma: a energia usada pelo

corpo durante um exercício físico provêm do glicogênio, ao ser liberada na corrente

sangüínea é detectado pelo hipotálamo, glândula que regula o apetite. Assim a

g!icose confunde o hipotálamo, que manda para o cérebro uma mensagem de

saciedade. A importância aparece também na saúde do sistema cardiovascular que

causam grande parte dos malefícios do descontrole do diabetes.

Porém, antes de iniciar a prática do exercício físico, o diabético deve

considerar dois fatores importantes.

O primeiro se relaciona a consultar ao médico para adaptar o melhor tipo de

exercício e a duração e freqüência corretas para o tipo físico, idade e objetivos. Os

exercícios físicos devem ser feitos regularmente de preferência vários dias por

semana, sempre em horários estipulados no programa traçado pelo médico.

O segundo fator se relaciona com a questão da taxa glicêmica. Deve ser

medida a glicose antes e depois de qualquer atividade fisica. Assim Vivo lo (1989)

recomendam que se pratique exercícios quando o índice for inferior ou igual a 130

(excetuando os níveis de hipoglicemia) e nunca superior a 250 e que não se pratique

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uma atividade física sem ter se alimentado, porque sem uma alimentação adequada,

o diabético corre o risco de ter hipoglicemia mesmo após 48 horas.

2.2.2 Vantagens do Exercícío Físico nos Diabéticos

Existem inúmeras vantagens na prática de exercícios fisicos para os

diabéticos em geral. Entre elas pode-se citar de acordo com Vivolo (1989):

• Melhoria do condicionamento físico em especial, da capacidade

cardiorespiratório;

• Facilidade na redução do peso;

• Aumento da massa muscular;

• Diminuição tensão psicológica;

• Mais sensibilidade periférica aos efeitos da insulina, que por sua vez;

• Diminui a necessidade de insulina, que permite;

• Melhoria do controle metabólico do diabetes do tipo 11,sobretudo na fase

inicial;

• Melhoria do perfil lipídico;

• Melhoria da hipertensão arterial coexistente.

Conforme Martins (2000), para os diabéticos do tipo 2 a atividade fisica

regular combinada com a perda de peso conseguido pelo controle alimentar

normalmente é suficiente para o controle da doença, já que o organismo desse tipo

de diabéticos produz insulina em quantidade reduzida ou a mesma não é

aproveitada de maneira adequada, assim os níveis de glicose no sangue não serão

tão instáveis quanto os de uma pessoa que não produza insulina nenhuma, como no

caso do djabetes tipo 1.

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Para os diabéticos tipo 2 existem vantagens adicionais que são a diminuição

da quantidade de colesterol e Iriglicérides no sangue, diminuindo assim o risco de

doenças cardíacas, pois a prática de exercícios físicos aumenta a quantidade de

HOL-colesterol, que é uma "fração do colesterol relevante para a prevenção da

ocorrência da arteriosclerose, grande ameaça ao diabético" (VIVO lO, 1989, p. 51).

Outra vantagem é a queima do excesso de calorias, que ajuda na redução

do peso corporal, ao ser aliado a dieta restritiva em calorias. No inicio da prática de

exercícios físicos pode haver um pequeno aumento de peso que está relacionado a

um aumento da massa muscular, mesmo havendo perda de gordura.

2.2.3 Riscos do Exercício nos Diabéticos

Petzoldt e Schóffling (1981) afirmam que entre os riscos da prática de

exercícios físicos para diabéticos tipo 2 estão:

• Hipoglicemias;

• Oescompensação metabólica;

• Agravamento da retinopatia diabética;

• Complicações relacionadas com o pé diabético;

• Outras lesões das partes moles;

• Enfarte do miocárdio ou morte súbita;

• Riscos relacionados com a neuropatia diabética;

• Riscos relacionados com a nefropatia diabética;

• Exercício e arteriopatia dos membros inferiores.

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2.2.4 Atividades Físicas a Propor

A prescrição de exercícios aos diabéticos deve ser personalizada, já que

deverá ter em conta o tipo da doença, sua gravidade e complicações existentes. O

ideal seriam exercícios quantificâveis e reproduttveis, já que permitem prever ajustes

nutricionais e medicamentosos necessários (VIVO LO, 1989).

A prática de exerdcio pelo diabético pode-se inserir num programa mais

restrito e supervisionado, ou pode-se alargar em termos de locais e tipos de práticas.

Tudo depende da educação diabetológica do doente, a necessidade de maior ou

menor vigilância metabólica, e o grau de risco cardiovascular.

O exercício supervisionado deve constituir apenas uma fase precoce da

prescrição, enquanto se caracterizam as respostas do indivíduo ao esforço. É

importante que o diabético saiba como realizar as atividades físicas de maneira

correta e segura, pois assim estará reduzindo as chances de contusões.

Vivolo (1989) diz que o diabético deve tentar melhorar gradualmente sua

resistência física de forma geral ao realizar os exercícios para evitar dores e prevenir

o surgimento de problemas cardíacos. Normalmente as atividades prescritas são

aquelas em que se utiliza maior massa muscular, que sejam prolongadas, rítmicas e

aeróbicas como correr ou andar, nadar, dançar, remar, jogos ou andar de bicicleta

por utilizarem grande quantidade de energia e, quando realizados por tempo

prolongado melhoram o funcionamento do coração e pulmões ..

Conforme Campos (2000) a musculação feita com elevada intensidade

origina mais riscos no diabético, no entanto reduzindo-se a intensidade e

aumentando o número de repetições, estes exercícios são seguros e benéficos para

os mesmos.

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Segundo Gordon (1997) para melhorar a sensibilidade ã insulina e o controle

da glicemia, a freqüência semanal deve ser 3 vezes pelo menos, em dias não

consecutivos e idealmente 5 vezes. Se houver excesso de peso a freqüência ideal

aumenta para 5 a 7 vezes por semana

A intensidade deve estar entre os 50% e 75% do V02 máximo, que

corresponde a 60% a 79% da função cardiaca (FC) máxima No diabético, devidc ;3

neuropatia vegetativa, a FC máxima pode ter que ser determinada na prova de

esforço (COSTA, 1992).

A duração de cada sessão deve ser inversamente proporcional à

intensidade, oscilando de 20 a 60 minutos.

2.2.5 Atividades Contra-Indicadas

Para Vivolo (1989) existem determinados tipos de exercícios físicos que não

são aconselhados aos diabéticos como por exemplo:

a) Os esportes de contacto, pelo risco de lesões traumaticas, que podem

originar mais problemas do que na população geral, e pelo risco aumentado

de descolamento da retina.

b) Praticar exercício desacompanhado, sobretudo em ambientes de risco, pelas

conseqüências potencialmente fatais de uma hipoglicemia nessas

circunstâncias.

c) Os exercícios anaeróbicos porque fazem o oposto dos exercícios aeróbicos,

pois são realizados em grande intensidade e curto espaço de tempo. Essas

atividades não levam à perda de peso e também não melhoram o

condicionamento físico nem tampouco, ajudam a controlar os níveis de

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glicose no sangue (BARBANTI, 1994). Assim devem ser evitados pelos

diabéticos.

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3 A IMPORTÂNCIA DA PRÁTICA DE EXERCiclO FislCO NA VISÃODOS AUTORES

Sabe-se que o homem contemporâneo usa cada vez menos suas

potencialidades corporais e que o baixo nível de atividade física é fator decisivo no

desenvolvimento de doenças degenerativas, por isso pode-se afirmar que existe a

necessidade de que sejam feitas mudanças no seu estilo de vida. levando-Q a

incorporar a prática de atividades fisicas ao seu cotidiano

Por isso deve-se disponibilizar um volume maior de conhecimentos para a

população, sobre os beneficios da atividade física e de se aumentar o seu

envolvimento com atividades que resultem em gasto energético acima do repouso,

tornando os indivíduos mais ativos.

Seguindo essa linha de raciocínio Matsudo e Matsudo (2000) afirmam que

os principais benefícios à saúde relacionados com a prática de atividade física são

os aspectos antropométricos, neuromusculares, metabólicos e psicológicos. Os

efeitos metabólicos segundo eles, são o aumento do volume sistólico; o aumento da

potência aeróbica; o aumento da ventilação pulmonar; a melhora do perfil lipídico; a

diminuição da pressão arterial; a melhora da sensibilidade à insulina e a diminuição

da freqüência cardíaca em repouso ou no exercício físico. Os efeitos

antropométricos e neuromusculares relacionados são a diminuição da gordura

corporal, o incremento da força e da massa muscular, da densidade óssea e da

flexibilidade.

Segundo Silveira Neto (2000) existe um novo conceito de exercício

saudável, no qual os benefícios ao organismo derivariam do aumento do

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metabolismo (da maior produção de energia diariamente) promovido pela pratica de

atividades moderadas e agradáveis.

Para o autor, o aumento em 15 % da produção diária de calorias - cerca de

30 minutos de atividades físicas moderadas - pode fazer com que indivíduos

sedenta rios passem a fazer parte do grupo de pessoas consideradas ativas,

diminuindo, assim, suas chances de desenvolverem moléstias associadas â vida

pouco ativa.

Para Matsudo e Matsudo (2000) pesquisas comprovam que a prática de

atividades de intensidade moderada tem efeito benéfico na redução de taxas de

mortalidade e de risco de desenvolvimento de doenças degenerativas tais como as

doenças cardiovasculares, a hipertensão, a osteoporose, o diabetes, as

enfermidades respiratórias.

McArdle; Katch e Katch (1992) afirmam que a prática de exercícios físicos

regulares pode ser vista como fator determinante no aumento da expectativa de vida

das pessoas.

Ainda Matsudo e Matsudo (2000), corroboram com a idéia de que a adoção

da prática de atividade física funciona como fator de prevenção de doenças e

melhoria da qualidade de vida.

Para McArdle; Katch e Katch (1992) existem evidências epidemíológicas de

que o diabetes tipo 11 está ligado a falta de atividade física e ao baixo

condicionamento físico, independente da obesidade. Eles afirmam ainda que a

atividade física ajuda a reduzir bastante as probabilidades de desenvolver o

diabetes tipo 2.

Skinner (1991, p. 47) afirma que

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o treinamento na musculatura esquelética aumenta o iónus e a forçamuscular e, também, o fluxo sangüíneo capilar para cada fibra muscular,resultando em urna melhor liberação e extração de oxigênio e nutrientes.Aumenta a capacidade de armazenamento de glicogenio. Além disso, umaumento na capacidade muscular de oxidação metabólica e das principaisenzimas respiratórias e oxidalivas. Essas adaptações aumentam durante oexercicio no múSCulo treinado. a utilização de ghcose, ácidos graxos livres ecorpos cetônicos, com menos produção de ácido láçtico. Assim, os efeitosde treinamento muscular pode resullar uma con1ribuição significativa nocontrole do diabetes.

Concordando com ele McArdle; Kalch e Katch (1992) afirmam que a

realização de um programa de exercício físico pode melhorar em até 40% a

sensibilidade muscular à insulina. Ele acredita que esse aumento da sensibilidade à

insulina possa ser devido à perda de peso corporal que é induzida pelo treinamento

e sobretudo, pelo aumento da atividade enzimática, em particular, da hexoquinase e

da glicogênio-sintetase

Seguindo essa linha de raciocínio, Silveira Neto (2000) afirma que o efeito

da prática dos exercícios fisicos é mantido até quarenta e oito horas após a última

sessão e por isso, se o exercício for interrompido as melhorias obtidas tendem a

desaparecer, sendo contudo, rapidamente recuperada com o retorno à atividade

física.

Para McArdle; Katch e Katch o diabético pode aumentar sua longevidade

através do exercício físico, pois tem vários benefícios com relação as complicações

que podem surgir em um diabético sedentário ou sem controle do diabetes.

Com relação aos benefícios alcançados com a prática de exercícios físicos

no tratamento do diabetes, Silveira Neto (2000) acredita que o exercício pode ser

associado de maneira geral, a uma diminuição da ansiedade, melhora do humor e

autoconfiança e um aumento do bem estar. A melhora de qualidade de vida pode

ser um benefício secundário, resultante de um treinamento de força (aumento da

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massa muscular, flexibilidade e amplitude de movimento), principalmente nas

populações mais idosas, no qual o diabetes do tipo 11é predominante.

Concordando com ele McArdle; Katch e Katch (1992, p. 356) demonstram

alguns beneficios do exercício para a diabete tipo 2

Controle glicémico: o exercicio acarreta urna queda nos níveis plasmáticosde gticose. - Doença cardiovascular: o exercício resulta em modificaçõesfavoráveis na hiperinsulinemia, na hiperglicemia, nas proteínas plasmáticas,em alguns parâmetros da coagulação sangüínea e na pressão arterial. -Perda de peso: a redução concomitante na gordura corporal e em suadislribuiçao aprimoram a tolerância à glicose e a sensibilidade à insulina. -Perfil psicológico: o exercicio causa menor ansiedade, melhora a auto-estima, maior sensação de bem·estar e de controle psicológico e umaqualidade de vida apropriada .. Ocorrência de DMNID: O exercício regularcontribui para retardar e até mesmo prevenir o inicio da resistência àinsulina e DMNID em homens e mulheres que correm o risco de virem a teresse problemas.

Assim, enquanto a ciência não descobre a cura definitiva para o diabetes, a

adoção de hábitos alimentares saudáveis e a prática de exercícios fisicos regulares

é o caminho mais seguro de prevenção. Para diabéticos ou não, atividades físicas só

fazem bem

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4 METODOLOGIA

4.1 TIPO DE PESQUISA

As metodologias a serem empregadas neste estudo serão o levantamento

de dados bibliográficos, ou seja: de fontes secundárias, através de revisão de livros,

periódicos e revistas e outras fontes que possibilitem a oportunidade de traçar os

conceitos envolvidos com a questão da melhoria da prestação de serviços e a

pesquisa quantitativa.

A pesquisa bibliográfica, ou d€ fontes secundárias. abrange toda bibliografiajá tomada pública em relação ao tema de estudo, desde publicaçõesavulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, leses,material cartográfico etc., até meios de comunicação orais: rádio, gravaçõesem fita magnética e audiovisuais: filmes e televisão.Sua finalidade écolocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito oufilmado sobre determinado assunto, inclusive conferências seguidas dedebates que tenham sido transcritos por alguma forma, quer publicadas,quer gravadas (LAKATOS e MARCONI, 1996 p. 66).

Quanto à forma de abordagem a pesquisa descritiva traduz em números as

opiniões e informações para serem classificadas e analisadas. As questões devem

ser diretas e facilmente quantificáveis e a amostra deve ser grande o suficiente para

possibilitar uma análise estatística confiável (ANDRADE, 2001).

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4.2 POPULAçÃO E AMOSTRA

4.21 População

A população pesquisa foi a freqüentadores da Associação dos Diabéticos do

Paraná e de uma academia na cidade de Curitiba, escolhida de forma intencional

(MARCONI, 1982).

4.2.2 Amostra

A amostra selecionada foi composta por foi de 58 sujeitos de ambos os

sexos, escolhidos de maneira aleatória, que responderam o questionário.

4.3 INSTRUMENTO

A pesquisa foi realizada por meio de um questionário (Anexo 1) com 12

perguntas abertas e objetivas.

4.4 COLETA DE DADOS

Para proceder-se a pesquisa na Associação dos Diabéticos do Paraná

solicitou-se autorização para aplicação do questionário no final de uma palestra. Na

academia solicitou-se um tempo após as aulas de ginástica aeróbica para a

aplicação dos questionários.

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4.5 TRATAMENTO DOS DADOS

Os questionários preenchidos foram submetidos a tabulação por meio do

software Microsofi Excell, onde foram processados em programa específico, sendo

submetidos a análises de estatística descritiva tais como média, desvio padrão e

histogramas de freqüência

Os resultados da tabulação dos mesmos serão apresentados na forma de

gráficos.

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5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

A seguir serão colocados os gráficos descritivos com os resultados da

pesquisa de campo.

QUADRO 3 - VALORES ABSOLUTOS E PERCENTUAIS

IDADE" 20 A 30 ANOS 31 A40ANOS 41 A 50 ANOS

N' DE SUJEITOS 10 17 31PORCENTAGEM (18%) (29%) (52%)

SEXO MASCULINO FEMININOW DE SUJEITOS 27

Ili3%PORCENTAGEM 47%PESO 50 a 60 61 a 70 71 a 80 81 a 90 91 a 100 Acima de

100W DE SUJEITOS 1 9 10 20 16 2

PORCENTAGEM 1% 15% 17% 34% 30% 3%

ALTURA Abaixo 1,51 a 1,61 a 1,71 a 1,81 a Acima dede 1,50 1,60 1,70 1,80 1,90 1,91

W DE SUJEITOS 2 25 10 11 6 4

PORCENTAGEM 4% 42% 18% 19% 10% 7%

GRÁFICO 3 - FAIXA ETÁRIA

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GRÁFICO 4 - SEXO

35

~ ~47%

53%~ \t::)IOMASCULINO IIOFEMININO J

Analisando-se os gráficos 3 e 4 percebe-se que a maioria dos pesquisados

está na faixa etária de 41 a 50 anos com 52% do total e a maioria, 53% são

mulheres. Este fato comprova os conceitos verificados que apontam como a

população que está mais exposta ao diabetes tipo 2 pessoas com mais de 40 anos,

visto que este tipo de diabetes costuma aparecer com a idade, diferentemente do

diabetes tipo 1 que aparece cedo. A maioria de mulheres se justifica pela diferença

percentual maior de mulheres do que de homens na população brasileira.

GRÁFICO 5 - PESO

50ASO 61A70 71A80 81A90 91A100 ACIMADE100

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GRÁFICO 6 - ESTATURA

'lL~rL&E~r.J'-----""f5-/MENOS DE 1,51 A 1,60 1,61 A 1,70 1,71 A 1,80

1,501,81 A 1,90 MAIS DE 1,90

!OMETROsl

A análise dos gráficos 5 e 6 mostra que a população estudada se encontra a

maioria na faixa de peso entre 81 a 90 kg com 34% e na faixa de estatura de 1,51 a

1,60 m com 42%, o que mostra que é uma população que pode ser considerada

obesa, visto a proporção de peso/altura. Esta também é uma característica do

diabetes tipo 2.

GRÁFICO 7 - TEMPO QUE ADQUIRIU O DIABETES TIPOS 2

~--s~2 3 MAISOE4

ICANOS I

o gráfico 7 mostra que a maioria da população pesquisada adquiriu o

diabetes tipo 2 a mais de 4 anos. Este fato se justifica pois este tipo de diabetes tem

sua maior incidência em pessoas mais velhas, o que está de acordo com o que foi

obtido até agora, ou seja, a maioria dos pesquisados se encontra na faixa de 41 a 50

anos, então se entende que estes tenham adquirido o diabetes na faixa dos 40 anos

aproximadamente.

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GRÁFICO 8 - TAXA DE GLICEMIA ANTES DA PRÁTICA DE ATIVIDADE FlslCA

~~& rti~:m-u~A~M]80 A 110 111 A 140 141 A 170 171 A 200 201 A 230 231 A 260 261 A 290 ACIMADE

300 ~

Observa-se pelo gráfico 8 que a taxa de glicemia dos pesquisados se

encontra para a maioria dos mesmos acima de 300mg/dl com 42% do total. Isto

caracteriza a população como já diabética e não pré-diabética.

Percebe-se que a maioria dos pesquisados, 84% tem o hábito de praticar

atividade física. Desta forma pode-se dizer que os mesmos têm consciência da

importância dessa prática para o tratamento do diabetes tipo 2 que associa a dieta

de controle de açúcar ao exercício físico.

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GRÁFICO 10 - FREQÜÊNCIA DA PRÁTICA DA ATIVIDADE FíSICA

i!~'-=êJ -r=J ~flMi1 VEZ 2 vezes 3 VEZes 4 VezES 5 VEZES NÃo PRATICA

I [J VEZESISEMANA

Constata-se a partir do gráfico 10 que a maioria dos pesquisados, 38% do

total pratica atividade física 5 vezes por semana, sendo esta a prática sugerida pelos

endocrinologistas para o tratamento do diabetes tipo 2. Assim sendo, pode-se dizer

que existe uma conscientização por parte dos pesquisados com relação a maneira

de lidar com o problema do diabetes tipo 2.

CCAMINHADA

DNATAÇAo

DPEDALAR

DDANÇADJOGGING

CSPINNING

Ao analisar-se o gráfico 11 pode-se perceber que dos exercícios aeróbicos,

indicados para utilização dos diabéticos tipo 2, a caminhada é escolhida pela maioria

dos pesquisados com 39%.

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GRÁFICO 12 - TAXA DE GLICEMIA DE JEJUM APÓS INíCIO DA PRATICA DAATIVIDADE FíSICA

3.30

2.20

"10•O

80 A 110 111 A 141 A 171 A 201 A 231 A 261 A ACIMA140 170 200 230 260 290 DE 300 ICmgfdl1

r::::: 33%

~ 1-I-- 20·I-- I-- ~.I-- I--

4J 5%I-- I--[J Ô ~ u,.

Ao se analisar o gráfico 12 percebe-se que apesar da maioria, 33% dos

pesquisados ainda apresentar glicemia de jejum acima do limite máximo, percebe-se

que existiu uma melhoria no perfil geral, já que nas faixas de 260 a 290 mg/dl e

acima de 300 mg/dl não foram encontrados pontos percentuais.

Ainda nota-se que a curva dos pesquisados praticamente se inverteu em

relação a glicemia de jejum antes da prática de atividade física. Assim a maioria dos

pesquisados estão localizados em faixas de glicemia menores que as anteriores,

com 27% dos pesquisados na faixa considerada normal.

GRÁFICO 13 -IMPORTANCIA DA PRÁTICA DE EXERCíCIO FíSICO PARA OPORTADOR DE DIABETES TIPO 2

'frJ-ô-· -c::::?-o% -/POUCA NENHUMAMUITA

Observa-se pela análise do gráfico 13 que a maioria dos pesquisados, 83%

do total, acreditam que a pratica de atividade física é muito importante para o

controle do diabetes tipo 2.

Este fato revela que existe um bom nivel de conscientização por parte do

universo dos diabéticos acerca da importância da associação da atividade física com

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o controle alimentar para a manutenção do bom nível de vida dos mesmos e acima

de tudo para a melhoria do controle metabólico como se pode verificar pelo gráfico

14 a seguir, onde a maioria dos pesquisados, 35% escolheram essa opção como o

melhor beneficio da prática de atividade física proporciona ao diabético tipo 2.

GRÁFICO 14 - BENEFIcIOS PROPORCIONADOS PELA ATIVIDADE FíSICA NAVISÃO DOS DIABÉTICOS DO TIPO 2

1 TI.~: ~~L~BENEFíCIOS ICA DB CC 00 DE OF I

Legenda.A - melhoria do condicionamento frsicoB - facilidade na redução do pesoC - aumento da massa muscularO - diminuição da tensão psicológicaE - diminui a necessidade de insulinaF - melhoria do controle da glicemia

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CONCLUSÃO

Pode-se constatar a partir da revisão da bibliografia que o Diabetes é uma

doença metabólica que traz conseqüências gravíssimas se for ignorada e mal

tratada, contudo, ao se fazerem mudanças no comportamento e no estilo de vida,

adotando-se hábitos alimentares mais saudáveis, obtem-se o controle glicêmico e

que a prática dos exercícios físicos podem prolongar a perspectiva de vida, bem

como ajudam muito a diminuir o risco das doenças relacionadas ao diabetes.

Através dos dados obtidos na pesquisa de campo, pode-se constatar que a

maioria dos pesquisados, 52% estão na faixa etária de 41 a 50 anos, são do sexo

feminino (53%); estão localizados na faixa de peso de 81 a 90 Kg (34%) possuindo

altura entre 1,51 a 1,60 m (42%); 36% dos adquiriu o diabetes tipo 2 a mais de 4

anos e 42% possuíam taxa de glicemia de jejum antes do início da prática de

atividade física acima de 300 mg/dl; 84% doa pesquisados pratica atividade física,

sendo 38% 5 vezes por semana e 39% praticando caminhada; dos pesquisados

33% baixaram sua taxa de glicemia de jejum para 111 a 140 mg/dl após o início da

prática de atividade física, sendo que 83% acreditam ser esta prática muito

importante para o controle da doença e que a mesma auxilia na melhoria do controle

metabólico (35%).

Assim comprova-se a hipóteses levantada de que a prática de exercícios

físicos é importante para os diabéticos, pois esta é um fator importante para o

tratamento, contribuindo para melhorar a qualidade de vida do portador dessa

doença. Comprovou-se ainda, que a atividade física atua preventivamente e,

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estando associada a uma dieta de baixas calorias, pode evitar a instalação do

Diabetes tipo 2 e quando esta se instala, suas complicações

Observa-se que os benefícios da atividade física podem acontecer a curto,

médio e longo prazo. A curto prazo pode-se obter o aumento do consumo de glicose

como combustível por parte do músculo em atividade, o que contribui para o controle

da glicemia. Este efeito pode se prolongar por horas após o fim do exercício Por isso

indica-se a prescrição de atividade física como forma de melhorar o controle

glicêmico em indivíduos portadores de diabetes tipo1.

Conclui-se ao proceder a discussão com vários autores que a prática regular

de exercidos aeróbicos (de três a cinco vezes por semana), como a caminhada,

bicicleta ou natação, é importante para ajudar a manter ou a reduzir o peso, a

prevenir complicações com doenças provenientes do diabetes, o controle da

glicemia, entre outros benefícios sendo indicada como coadjuvante no tratamento do

diabetes tipo 2.

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ANEXO 1 - QUESTIONÁRIO APLICADO

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁCURSO DE EDUCAÇÃO FíSICA

o objetivo geral desta pesquisa é avaliar a importância da prática de exercíciosfísicos para os portadores de diabetes tipo 2, bem como seu conhecimento sobreesta importância.

Idade:) 20 a 30 ( ) 31 a 40 ( ) 41 a 50

2. Sexo:( ) masculino ) Feminino

3. Peso:( )50a50kg( ) 81 a 90 kg

) 51 a 70 kg) 91 a 100 kg

) 71 a 80 kg) mais de 100 kg

4. Altura:( ) menos de 1,50 m( )1,71a1,80m

) 1,51 a 1,60 m) 1,81 a 1,90 m

) 1,51 a 1,70 m) mais de 1,90 m

5. A quanto tempo adquiriu o diabetes tipo 2?( ) 1 ano ( ) 2 anos ( ) 3 anos ( ) mais de 4 anos

6. Qual sua taxa de glicemia de jejum antes do início da prática de atividade física?( )80a110mg/dl ( )111 a 140mg/dl ( )141 a 170mg/dl ( )171 a200mg/dl( ) 201 a 230 mg/dl ( ) 231 a 250 mgldl ( ) 261 a 290 mg/dl ( ) acima de 300

mg/dl7. Você pratica exercícios físicos?( ) sim ) não

8. Com que freqüência você pratica exercícios físicos?( ) 1 vez por semana () 2 vezes por semana( ) 4 vezes por semana () 5 vezes por semana

) 3 vezes por semana) não pratica

9. Que tipo de atividade física você pratica?( ) caminhada ( ) natação( ) dança ( ) jogging

) pedalar ao ar livre) spinning

10. Qual sua taxa de glicemia de jejum, após o início da prática de atividade física?( )80a110mg/dl ( )111 a 140mg/dl ( )141 a 170mg/dl ( )171 a 200 mg/dl( ) 201 a 230 mg/dl ( ) 231 a 250 mg/dl ( ) 251 a 290 mg/dl ( ) acima de 300

mg/dl

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11. Qual o grau de importância da prâtica de exercício fisico para o portador dediabetes tipo 2 para você?( ) muita ( ) pouca ( ) nenhuma

12. Qual benefício mais importante você acredita que os exercícios físicos podemtrazer para o portador de diabetes tipo 2?( ) melhoria do ( ) facilidade na reduçãocondicionamento físico do peso( ) diminuição tensão () diminui a necessidadepsicológica de insulina

) aumento da massamuscular( ) Melhoria do controle daglicemia

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APÊNDICE 1 - VALIDAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE PESQUISA

Solicito aos professores abaixo assinados sua colaboração para validaçãode um questionario composto por 12 questões, todas objetivas, que tem por objetivodeterminar avaliar a importância da pratica de exercícios físicos para os portadoresde diabetes tipo 2, bem como seu conhecimento sobre esta importância.

A referida pesquisa tem finalidade puramente acadêmica e saliento que osdados obtidos nesse levantamento serao analisados sob aspectos e questõesgerais.

Esta pesquisa visa desenvolver um trabalho de Conclusão do Curso deEducação Fisica, da Universidade Tuiuti do Paraná - Formandos de 2005, realizadopor mim, Roberta de Paiva Fernandes Maia, aluna do último período destaInstituição, onde abordo o tema OS BENEFIcIOS DO EXERCICIO FíSICO NODIABETES MELlTTUS TIPO 11.

No caso de quaisquer esclarecimentos ou dúvidas sobre a pesquisa,solicito entrar em contato com o aluno nos telefones apresentados abaixo.

Cordialmente,

Roberta de Paiva Fernandes Maia - FormandaTelefone: 3339-0775/9608-1050

Nome nlw~"(,l() 1Y'u'V\rW'll\Ç(~Q",W""-,!Vy,,,,- _Formação E . !;d.J"'Ull.d.tl VI ~(\.--Grau que detém ( ) licenciado' ( ) especialista ( ) doutor (7)1 mestreTempodese~iço~4~ú~~~~~~ _Unidade onde ~ua ; I}í /? . .LOpinião !::().\,mo ;.0.( CW JV\b"l.W\tv\IV\J::Q

~~;;;'~ÇãOt%t Jb\G\"h 1~t~~t Wj"h ~~Grau que detém ( ) licenciado ( ) especialista ( ) doutor ()<l mestreTempo de se~iço ,,0.-1'0 f-l\ ~!:-Unidade onde atua fJ:-~~.Á"';!,.- (lly. ~pJ. WnV.~~Opinião --'- . _

Curitiba, 13 de junho de 2005.!

A pQ '~\/~ / ~Assinatura -...:::~~---+----',,"'-""'-."_.."..------------------