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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DE SAÚDE
Nereu Anselmo Stormowski Jr.
IMPORTÂNCIA DA MINERALIZAÇÃO EM BOVINOS LEITEIROS.
Guarapuava
2008
Nereu Anselmo Stormowski Jr.
IMPORTÂNCIA DA MINERALIZAÇÃO EM BOVINOS LEITEIROS.
Monografia apresentada como requisito parcial para obtenção do título de Especialista, no Curso de Especialização em Produção de Leite da Faculdade de Ciências Biológicas e de Saúde da Universidade Tuiuti do Paraná.
Orientador Prof. M. Sc. Sérgio J. M. Bronze
Guarapuava
2008
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................. 1 2 REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................................ 2 2.1 MACROMINERAIS..................................................................................................... 2 2.1.1 Cálcio (Ca).............................................................................................................. 2 2.1.2 Fósforo (P).............................................................................................................. 6 2.1.3 Sódio (Na) e Cloro (Cl)............................................................................................ 8 2.1.4 Potássio (K)............................................................................................................. 9 2.1.5 Enxofre (S).............................................................................................................. 11 2.1.6 Magnésio (Mg)........................................................................................................ 11 2.2 MICROMINERAIS...................................................................................................... 13 2.2.1 Zinco (Zn)................................................................................................................ 13 2.2.2 Cobre (Cu)............................................................................................................... 15 2.2.3 Cobalto (Co)............................................................................................................ 15 2.2.4 Iodo (I)..................................................................................................................... 16 2.2.5 Selênio (Se)............................................................................................................ 17 2.2.6 Ferro (Fe)................................................................................................................ 18 2.2.7 Manganês (Mn)....................................................................................................... 19 2.3 SUPLEMENTAÇÃO MINERAL.................................................................................. 20 2.3.1 Métodos indiretos de fornecer minerais.................................................................. 20 2.3.2 Métodos diretos de suplementação mineral........................................................... 21 2.3.3 Suplementação mineral à vontade em cochos....................................................... 21 2.3.4 Fontes de minerais para suplementação................................................................ 22 3 CONCLUSÃO ............................................................................................................... 26 4 REFERÊNCIAS............................................................................................................. 27
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1 INTRODUÇÃO
Antes do século XX havia muito pouco interesse na nutrição mineral dos
animais domésticos e esta era considerada de pouca utilidade. Porém, as
doenças causadas por deficiências minerais existem desde a antiguidade. Foi
somente quando se criaram métodos para analisar os minerais nos tecidos
animais e nos alimentos e quando se passou a medir a resposta dos animais à
suplementação de minerais isolados, que foi possível substituir as suposições
por fatos acerca da essencialidade dos nutrientes minerais (MCDOWELL,
1999).
Os elementos minerais são essenciais à dieta de todos os animais e
influenciam a eficiência da produção animal. Cerca de 5% do peso vivo do
animal é constituído de minerais. Cada dos elementos minerais essenciais atua
no organismo do animal de uma ou mais das quatro maneiras seguintes: na
constituição das estruturas esqueléticas; na manutenção do estado coloidal da
matéria orgânica ao regular alguma das propriedades físicas dos sistemas
coloidais (viscosidade, difusão, pressão osmótica); no equilíbrio ácido-básico;
na composição ou na ativação de enzimas e de outras unidades ou sistemas
biológicos (MCDOWELL, 1999; MARQUES, 2003).
Forrageiras que crescem em solos tropicais podem ser muito deficientes
em determinados macro e microminerais requeridos pelos ruminantes.
Segundo CARVALHO (2003), as pesquisas demonstram que os solos
brasileiros são extremamente carentes destes elementos, principalmente os
macrominerais: Fósforo, Cálcio e Magnésio, e os microminerais: Zinco, Cobre e
Cobalto. Assim, é necessário fornecer esses elementos sob a forma de
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suplementos, para propiciar um desempenho eficiente lucrativo em regiões de
climas quentes (MCDOWELL, 1999).
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 MACROMINERAIS
Os macrominerais, ou “minerais principais”, são aqueles requeridos em
grandes quantidades (g/dia) e presentes nos tecidos animais em altas
concentrações. Compreendem este grupo os minerais cálcio, fósforo, sódio,
cloro, potássio, magnésio e enxofre (MARQUES, 2003).
2.1.1 Cálcio (Ca)
É o elemento mais abundante no corpo animal, sendo que 99% desse
mineral é encontrado nos ossos e dentes, ligado à apatita, e 1% restante, no
fluido extracelular, distribuído dentro das células em vários tecidos do corpo
(CARVALHO, 2003).
O Ca tem várias funções no organismo, sendo as mais importantes:
- Estrutura óssea e dos dentes: é, juntamente com o P, o grande
responsável pela estabilidade mecânica do esqueleto e pela formação e
manutenção dos ossos e dentes (CARVALHO, 2003; MCDOWELL, 1999).
- Controle da homeostase: ou seja, manutenção de estado de equilíbrio
no organismo das funções e dos processos fisiológicos, coordenados para
manter, dentro dos parâmetros normais, a fisiologia do animal, ajustando o seu
organismo às alterações no seu metabolismo, provocadas por fatores internos
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e externos do meio ambiente. O cálcio é um dos principais controladores da
permeabilidade dos vasos sanguíneos de pequeno calibre (MARQUES, 2003;
MCDOWELL, 1999).
- O cálcio mantém a aderência intercelular: sem ele, as células que
formam os tecidos se separam, e os tecidos se rompem (CARVALHO, 2003).
- Essencial à lactogênese: para cada litro de leite produzido, a vaca
precisará de 1,8 g de Ca, e, no caso do colostro, é necessário o dobro. Durante
a lactação é que ocorre a maior mobilização de cálcio no organismo. O seu
equilíbrio sanguíneo é consideravelmente prejudicado pela perda de Ca,
através da secreção de leite, e deve haver uma desmineralização óssea
compensatória, mediada pelo PTH (paratormônio), para que não ocorram
problemas nas outras funções vitais onde o Ca está ligado. A função do PTH é
retirar Ca dos ossos para a corrente sanguínea, para manter seu nível dentro
do padrão fisiológico, de 9 a 12 mg/100 ml de soro sanguíneo (LUCCI, 1997;
MCDOWELL, 1999).
- Coagulação do sangue: é o fator IV do mecanismo que forma o
coágulo sanguíneo, que repara, o tenta reparar, sangramentos que ocorrem em
vasos sanguíneos, através da ativação da protrombina que se transforma em
trombina (MARQUES, 2003; LUCCI, 1997).
- Contração muscular: para que a actina, proteína que forma a fibra
muscular fina, se combine com o miosina, proteína que forma o feixe de fibras
musculares grossas, é necessária a presença do Ca. E quando as duas se
combinam há a contração e o posterior relaxamento muscular (CARVALHO,
2003; MCDOWELL, 1999).
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- Ativador e estabilizador de enzimas que participam do metabolismo
hormonal: a secreção de insulina pelo pâncreas é controlada pelo nível de
glicose no sangue, e o Ca é responsável por ativar a sensibilidade da
membrana celular para o nível de açúcar no sangue (MCDOWELL, 1999).
- Permeabilidade celular: o Ca influencia a bomba de Na/K, que controla
a quantidade de água dentro das células. Para que entrem e saiam líquidos
das células, carreados pelo Na ou pelo K, há necessidade que se altere a
permeabilidade da membrana celular (MCDOWELL, 1999).
- Função nervosa: o Ca é o componente que jamais pode faltar nas
membranas que envolvem o sistema nervoso, para que a transmissão do
comando nervoso, feito pelo neurônio, não seja afetado (CARVALHO, 2003;
LUCCI, 1997).
- Respiração celular: as mitocôndrias concentram a porção principal do
Ca celular, e são as responsáveis pela respiração das células (LUCCI, 1997).
- Ativação de enzimas: o Ca é responsável pela ativação de diversas
enzimas em todo o organismo, incluindo a ATPase, que é fundamental no ciclo
do ATP para a produção de energia para o animal (CARVALHO, 2003;
MARQUES, 2003).
A nutrição adequada de cálcio depende não apenas de seus níveis na
dieta, mas também da forma química em que se encontra, bem como do
“status” adequado de vitamina D do animal. Além disso, a relação Ca:P é muito
importante (MCDOWELL, 1999).
Uma relação Ca:P entre 1:1 e 2:1 é considerada ideal para o
crescimento e a formação do esqueleto, e é aproximadamente esta a
proporção em que esses minerais se acham nos ossos (MCDOWELL, 1999).
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As leguminosas e as gramíneas são importantes fontes de cálcio para os
bovinos, pois representam também as principais fontes de sua alimentação. As
leguminosas são mais ricas em cálcio que as gramíneas, numa proporção
aproximada de 3:1, fornecidas em forma de pasto, feno ou silagens
(MARQUES, 2003).
Em gado leiteiro, principalmente vacas em lactação, o elemento Ca
precisa receber uma atenção maior, por causa do manejo alimentar que os
criadores oferecem aos seus animais. Normalmente, a alimentação de vacas
leiteiras é suplementada com concentrados ricos em grãos, que por sua vez,
são ricos em P e pobres em Ca. Dependendo da quantidade que cada animal
recebe desse concentrado, é necessária a inclusão de uma fonte suplementar
de Ca na dieta, para não ocorrer desbalanços entre o Ca e o P (CARVALHO,
2003).
As necessidades de cálcio são expressas em porcentagens (%) da
matéria seca ingerida, sendo aproximadamente 0,25-0,40% por dia, mais 1,8 g
de Ca por litro de leite produzido. CARVALHO (2003) afirma que a retenção de
Ca pelo bovino depende da taxa de síntese de proteína do animal, sendo
calculada a exigência acima da mantença de cerca de 7 g de Ca para cada 100
g de ganho de proteína (MARQUES, 2003).
A deficiência de cálcio depende do seu conteúdo na alimentação, da
quantidade de forragem e cereais consumidos, da relação Ca:P e das
quantidades de vitamina D, a qual tem influência marcante na absorção e
utilização do Ca e do P (MARQUES, 2003).
Uma ingestão insuficiente de Ca pode causar fragilidade óssea
(raquitismo nos animais jovens, e osteomalácia nos animais adultos),
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crescimento lento, perda de peso, baixa produção de leite e tetania
(convulsões) quando a deficiência é severa. Fraturas, artrites, pododermatites,
laminites e deformação dos aprumos podem ocorrer devido à desmineralização
progressiva causada pela deficiência de Ca (MCDOWELL, 1999; MARQUES,
2003).
2.1.2 Fósforo (P)
Além de sua participação na formação do esqueleto, juntamente com o
Ca, o P está envolvido direta ou indiretamente em todas as reações do
metabolismo de um bovino, sendo todas consideradas vitais. O P é o segundo
mineral mais abundante do organismo, compondo cerca de 1% do corpo de um
bovino. Dentre suas principais funções, destacam-se:
- Formação e manutenção de ossos e dentes;
- Produção e secreção de leite: para cada litro de leite produzido, é
necessário cerca de 1,8 g de P;
- Formação do tecido muscular;
- Metabolismo da microbiota ruminal durante a fermentação que ocorre
no rúmen, principalmente para as bactérias celulolíticas que digerem a fibra da
forragem ingerida;
- Tamponamento e equilíbrio ácido-básico e osmótico do sangue,
líquidos celulares e intercelulares;
- Participação em sistemas enzimáticos vitais como: formação do ATP,
fosfolipídios, fosfoproteínas, entre outras (MCDOWELL, 1999; CARVALHO,
2003).
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As forragens dos pastos têm níveis muito baixos de fósforo e a situação
se agrava mais quando as plantas estão secas. Já os cereais e os subprodutos
de sementes são relativamente mais ricos deste mineral (MARQUES, 2003).
Em porcentagem da matéria seca, as necessidades diárias de P estão
em cerca de 0,20-0,35%, sem contar 1,8 g para cada litro de leite. CARVALHO
(2003) afirma que a exigência de P é de 4 g para cada 100 g de ganho de
proteína (MARQUES, 2003).
A deficiência de P é freqüente em bovinos mantidos em pastagens, em
conseqüência de sua escassez no solo e conseqüentemente nas forrageiras.
Nenhuma forrageira, seja gramínea ou leguminosa, é quantitativamente rica em
P. Um agravante é a presença de Al e Fe nos solos, o que torna o P
indisponível para as plantas, pela formação de complexos. Esta situação se
agrava mais no período da seca, quando as forrageiras dos pastos e outras
plantas já maduras, secam, perdendo o pouco do mineral que possuem
(MARQUES, 2003; CARVALHO, 2003).
Na maioria das áreas de pasto em regiões tropicais, tanto os solos como
as forrageiras, são pobres em P. Durante a maior parte do ano as forrageiras
adultas encerram menos de 0,15% de P. A administração de P nas misturas
minerais é o método mais eficaz e econômico no controle da sua deficiência
(MCDOWELL, 1999).
Os sinais clínicos da deficiência de P se agravam ainda com a
deficiência de Ca, sendo eles: fragilidade óssea, osteodistrofia fibrosa (“cara
inchada”), crescimento retardado, fraqueza generalizada, baixa ingestão de
alimentos, perda de peso, enrijecimento das articulações e perversão do
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apetite, levando o animal a mastigar madeiras, pedras, ossos e outros
materiais estranhos, podendo adquirir o botulismo (CARVALHO, 2003).
O efeito da deficiência de P na reprodução animal é devastador. Entre
eles, destacam-se: cios irregulares, redução na atividade ovariana (hipotrofia
ovariana), aumento da incidência de cistos foliculares e redução da taxa de
prenhez (CARVALHO, 2003).
2.1.3 Sódio (Na) e Cloro (Cl)
O cloreto de sódio, também chamado de sal branco ou sal comum,
contém os elementos sódio e cloro. Estes são indispensáveis para a vida do
animal. Os dois elementos, juntamente com o potássio, funcionam na
manutenção da pressão osmótica e na regulação do equilíbrio ácido-básico
(MARQUES, 2003; CARVALHO, 2003).
O Na e o Cl funcionam como eletrólitos dos fluidos do corpo e estão
envolvidos especificamente, a nível celular, no metabolismo da água, utilização
de nutrientes e na transmissão de impulsos nervosos (MCDOWELL, 1999).
O Na é o principal sal tamponante do pH ruminal, na forma de
bicarbonato de sódio. Ele evita a acidose do rúmen, mantendo o pH ruminal
acima dos 6,2 para que as bactérias celulolíticas possam se desenvolver
(CARVALHO, 2003).
A essencialidade do Na e Cl para os rebanhos tem sido demonstrada
através de milhares de anos pela avidez natural que os animais manifestam
pelo sal comum. Este é o único tipo de sal que realmente os bovinos têm
avidez, e buscam o cocho para lambê-lo diariamente. Os outros minerais não
atraem os bovinos da mesma forma. Por isso, a maneira mais prática e segura
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de oferecer os outros minerais é misturando-os com o sal branco. Ao
consumirem o sal branco, os animais ingerem os demais minerais
(MCDOWELL, 1999; CARVALHO, 2003).
As necessidades de Na para ruminantes está situada entre 0,06% a
0,34%, sendo que as vacas de leite em lactação são as que mais exigem sódio
em sua dieta. Para o Cl, sabe-se que vacas em lactação precisam de 0,13 a
0,40% da matéria seca da dieta total (MCDOWELL, 1999; CARVALHO, 2003).
O sinal inicial de deficiência nutricional de Na é a avidez por sal, um
desejo quase incontrolável pelo sal branco, a ponto dos animais ficarem
agressivos e vorazes. Eles podem mastigar cascas de árvores, pedaços de
madeira, tijolos, terra, lamber o suor e a urina de outros animais, pastar onde
os animais acabam de urinar. Em vacas lactantes percebe-se mais
rapidamente a deficiência, pois a demanda de Na é muito grande para a
produção de leite, ocasionando, entre outros sinais, a perda de apetite, baixa
produção leiteira, letargia, constipação e depressão cardiovascular
(CARVALHO, 2003).
2.1.4 Potássio (K)
O potássio é o terceiro mais abundante mineral no organismo animal e o
principal cátion do fluido intracelular. Ele é também constituinte do fluido
extracelular, onde exerce influência sobre a atividade muscular. O potássio é
essencial à vida, sendo indispensável a uma série de funções no organismo,
incluindo o equilíbrio osmótico, equilíbrio ácido-básico, vários sistemas
enzimáticos e balanço hídrico (MCDOWELL, 1999).
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A concentração de K no interior das células é cerca de 20 a 25 vezes
maior que nos fluidos extracelulares que banham a mesma célula. Essa grande
concentração de K no interior das células é para antagonizar o eletrólito sódio
que está em grande concentração no plasma e nos fluidos extracelulares.
Através deste confronto de gradientes de concentração de K e Na é que há a
manutenção do equilíbrio entre o meio interno e o meio externo das células,
que formam os diversos tecidos do bovino. (CARVALHO, 2003).
As células dos bovinos que mais contém K são as células da pele e as
dos músculos, e são delas que os bovinos mobilizam as suas baixas reservas
de K nos momentos de maior necessidade, principalmente vacas lactantes sob
estresse calórico. O requerimento de K para ruminantes é estimado em 0,5 a
1,0% da matéria seca da dieta, e 1,2% para vacas leiteiras com estresse
térmico. As exigências parecem aumentar quando os animais estão sob
estresse (MCDOWELL, 1999; CARVALHO, 2003).
A deficiência de K em ruminantes provoca sintomas não específicos, tais
como: desenvolvimento lento, diminuição do consumo de alimentos e água,
redução da conversão alimentar, fraqueza muscular, distúrbios nervosos,
rigidez, perda da flexibilidade do couro, definhamento, acidose intracelular e
degeneração de órgãos vitais (MCDOWELL, 1999).
A importante interrogação sobre o K não se refere à deficiência, e sim ao
excesso do mineral nos solos, interferindo com as concentrações de magnésio
e de sódio nas forragens e no organismo animal. Entretanto, o nível de K de
muitos concentrados utilizados para gado em confinamento é inferior aos
requerimentos dos animais (MCDOWELL, 1999; MARQUES, 2003).
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2.1.5 Enxofre (S)
O enxofre é um elemento importante na síntese de proteína, já que dois
aminoácidos essenciais, cisteína e metionina, contêm S. Além disso, o enxofre
faz parte das vitaminas biotina e tiamina e dos polissacarídeos sulfatados,
incluindo a condroitina. Algumas funções do organismo que envolvem S são a
síntese e metabolismo das proteínas, metabolismo de carboidratos e gorduras,
coagulação do sangue, função endócrina e equilíbrio ácido-base dos fluidos
intra e extra-celulares (MCDOWELL, 1999).
As exigências de enxofre pelos bovinos é de 0,10-0,25% na matéria
seca ou mediante a relação N:S. Nos tecidos dos bovinos, essa relação é de
10:1, 12:1 até 15:1, e resultados confirmaram que alimentação come estas
relações são ótimas para ruminantes. Assim, pesquisadores encontraram o
melhor valor para balanço entre N e S à relação de 10:1 na alimentação e/ou
mediante dietas suplementares que contenham metionina ou cistina, sulfatos
ou enxofre elementar em experimentos de balanço (MARQUES, 2003).
Os sinais mais comuns da deficiência de S são perda de peso, fraqueza
geral, lacrimejamento, aspecto emaciado e morte. Na deficiência de S a síntese
de proteína microbiana é reduzida e o animal mostra sinais de subnutrição
protéica. A falta de S na dieta também resulta em uma população microbiana
que não utiliza o lactato e assim o ácido lático se acumula no rúmen, sangue e
urina (MCDOWELL, 1999).
2.1.6 Magnésio (Mg)
O magnésio tem muitas e diversificadas funções fisiológicas. No
esqueleto ele é importante para a integridade dos ossos e dentes. O magnésio
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é o segundo maior cátion (depois do K) dos fluidos intracelulares. O elemento
desempenha função chave como íon essencial em muitas reações enzimáticas
fundamentais ao metabolismo intermediário e também como “ativador”
enzimático. O Mg está também envolvido no metabolismo de carboidratos e
lipídios como catalisador de ampla variedade de enzima que necessitam do
mineral para sua atividade ótima. Está também envolvido na síntese de
proteína, além de desempenhar importante função na transmissão e atividade
neuromuscular (MCDOWELL, 1999).
As exigências de magnésio para os bovinos variam de 0,10 a 0,25% da
matéria seca. Para vacas leiteiras têm sido recomendado o fornecimento de 1,0
g de magnésio por litro de leite produzido (MARQUES, 2003).
Os sinais clínicos da deficiência de Mg em ruminantes incluem redução
do apetite, ranger de dentes, grande salivação e convulsões. Em casos menos
severos, a produção de leite é reduzida e os animais ficam nervosos. Em casos
mais sérios, as vacas afetadas podem separar-se do rebanho, apresentar
andar rígido e perda de apetite. Posteriormente, o animal vai a decúbito, com
espasmos musculares tetânicos, podendo apresentar movimentos de
pedalagem. A chamada “tetania das pastagens” é o principal transtorno do
metabolismo do Mg para ruminantes, e pode ter duas causas principais:
desequilibro na composição do pasto, que provoca uma carência direta ou
indireta de Mg, ou ingestão de baixas quantidades de Mg. Ruminantes mais
velhos são mais susceptíveis em razão de que a capacidade de mobilizar Mg
dos ossos decresce com a idade (MCDOWELL, 1999; CARVALHO, 2003).
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2.2 MICROMINERAIS
Os microminerais são requeridos em pequenas quantidades (mg/dia) e,
geralmente, estão presentes no tecido animal em concentrações menores.
Compreendem este grupo os minerais cobalto, cobre, iodo, ferro, manganês,
selênio e zinco (MARQUES, 2003).
2.2.1 Zinco (Zn)
O principal papel do Zn no organismo animal parece estar relacionado à
sua associação com enzimas, seja como parte da molécula, seja como
ativador, além de ter muitas interações biologicamente significantes com
hormônios (MCDOWELL, 1999).
A função mais importante do Zn é na composição da formação de
metalo-enzimas. Existem mais de mil enzimas e coenzimas que dependem do
Zn como componente estrutural ou como ativador do sistema enzimático, que
estão relacionadas com a replicação e a diferenciação celular, que são vitais
para o metabolismo dos animais (MCDOWELL, 1999).
O Zn é vital no código genético, pois estabiliza as estruturas do RNA, do
DNA e dos ribossomos, onde ocorre a síntese das proteínas, conforme o
código genético, estando envolvido também no metabolismo do ácido nucléico
(CARVALHO, 2003).
O Zn participa também no metabolismo da vitamina A, pois participa do
ácido retinóico, um ácido de Vitamina A oriundo da oxidação do retinol, que tem
potente ação na renovação da pele. É fundamental para o metabolismo
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endócrino, pois participa da síntese, armazenamento e secreção de diversos
hormônios (CARVALHO, 2003; MARQUES, 2003).
Na reprodução dos machos, tem papel fundamental na formação da
genitália externa e interna, na espermatogênese e na multiplicação celular dos
testículos, principalmente das células de Leydig, responsáveis pela produção
de testosterona (CARVALHO, 2003).
As exigências de zinco são de 60 a 100 ppm na matéria seca para
bovinos em crescimento, engorda, produção de leite e reprodução (MARQUES,
2003).
Os sintomas precoces da deficiência de Zn compreendem perda de
apetite, crescimento retardado e baixa conversão alimentar, seguidos de
alterações de pele. Os sinais usuais da deficiência severa de zinco
caracterizam-se por lesões de pele, que se mostra seca, escamosa e com
rachaduras, principalmente na região da cabeça, pescoço, estômago, escroto e
pernas. Os machos jovens com freqüência manifestam primeiro as lesões de
pele. Outros sinais clínicos da deficiência de Zn podem manifestar-se por
inflamação do nariz e boca, enrijecimento das articulações, perda de pêlos e
pêlos ásperos (MCDOWELL, 1999).
A paraqueratose de pele é talvez o mais óbvio sinal clínico da deficiência
severa de Zn em ruminantes. Em bezerros, o escroto, cabeça e área em redor
das narinas, pescoço e pernas mostram freqüentemente lesões de
paraqueratose. Em vacas lactentes as tetas podem apresentar considerável
paraqueratose. Além de ocorrer na pele, as lesões de paraqueratose já foram
observadas nas papilas do rúmen e na mucosa do esôfago. Bezerros
deficientes em Zn exibiram arqueamento dos membros posteriores e
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enrijecimento das juntas, que foram corrigidos com a repleção de Zn
(MCDOWELL, 1999; CARVALHO, 2003).
2.2.2 Cobre (Cu)
O cobre é necessário para a respiração celular, formação óssea, função
cardíaca normal, desenvolvimento do tecido conjuntivo, mielinização da medula
espinhal, queratinização e pigmentação dos tecidos. O cobre é um componente
essencial de várias metalo-enzimas fisiologicamente importantes, participando
ativamente do sistema imune (MCDOWELL, 1999; CARVALHO, 2003).
Segundo MARQUES (2003), as exigências de cobre são de 10 a 15 ppm
na matéria seca.
A deficiência de Cu é um dos mais severos limitantes do desempenho
de rebanhos a pasto em extensas regiões dos trópicos. Existe uma ampla
variedade de alterações que podem ocorrer quando dessa deficiência, como
anemia, diarréia grave, redução do crescimento, mudança de cor dos pêlos,
infertilidade temporária, falência cardíaca e fragilidade dos ossos longos, que
se quebram com facilidade (MCDOWELL, 1999).
2.2.3 Cobalto (Co)
O cobalto é requerido pelos microorganismos do rúmen para a síntese
de vitamina B12. Esta síntese depende da quantidade de Co, da quantidade de
volumoso da dieta e do total consumido. A vitamina B12 é um componente
essencial de vários sistemas enzimáticos que desempenham um variado
número de funções metabólicas básicas, como reações enzimáticas,
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metabolismo dos ácidos nucléicos e proteínas e metabolismo de gorduras e
carboidratos (MCDOWELL, 1999).
As exigências de cobalto são de 0,2 a 0,3 ppm na matéria seca
(MARQUES, 2003).
A deficiência de Co ocorre mais freqüentemente em ruminantes sob
pastejo e rivaliza com as deficiências de P e Cu como uma das mais severas
limitantes de produtividade de ruminantes a pasto. Formas graves de
deficiência de Co em ruminantes a pasto têm recebido uma variedade de
nomes locais, que descrevem uma condição caquetizante, a exemplo da “peste
de secar”, que ocorria no Vale do Paraíba (SP) e estado de Rondônia,
principalmente, até meados da década de 70 (MCDOWELL, 1999;
CARVALHO, 2003).
Os sinais ou sintomas da carência de Co não são específicos e
confudem-se com o quadro de subnutrição protéica ou energética. Os bovinos
em pastagens deficientes perdem o apetite gradualmente, e à medida que o
quadro se agrava, ocorre a parada do crescimento, rápida perda de peso,
inapetência, apetite depravado e anemia severa seguida de morte
(CARVALHO, 2003).
2.2.4 Iodo (I)
A única função conhecida do iodo é a sua participação na síntese dos
hormônios tireoidianos: tiroxina e triiodotironina. A tiroxina contém cerca de
65% de I. Os hormônios da tireóide exercem um papel ativo na
termorregulação, metabolismo intermediário, reprodução, crescimento e
desenvolvimento, circulação e função muscular. A função primária do I através
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dos hormônios tireoidianos é o controle da taxa de oxidação celular
(MCDOWELL, 1999).
A exigência para o crescimento pode ser diferente da exigência para a
reprodução, lactação ou para a manutenção da integridade da tireóide, mas de
uma forma geral, as exigências estimadas de I para ruminantes variam de 0,5 a
0,8 ppm (CARVALHO, 2003).
A deficiência de I no homem e animais, caracterizada por bócio
endêmico, é uma das doenças deficitárias mais prevalentes e ocorre em quase
todos os países do mundo. A incidência de bócio tem-se reduzido em vários
países em razão do uso generalizado de sal iodado. A deficiência em
ruminantes jovens manifesta-se também por fraqueza geral, além de animais
poderem nascer cegos, sem pêlos e fracos. Em animais de reprodução é
reduzida severamente a produtividade, resultando em irregularidades ou
supressão do ciclo estral (MCDOWELL, 1999).
2.2.5 Selênio (Se)
O selênio é essencial para várias funções do organismo, tais como
crescimento, reprodução, prevenção de várias doenças e manutenção da
integridade dos tecidos. A função metabólica do Se está intimamente ligada à
da vitamina E. Ambos, Se e vitamina E, atuam protegendo membranas
biológicas contra a degeneração oxidativa. A falta destes nutrientes resulta em
alterações e degeneração de tecidos (MCDOWELL, 1999).
O Se é importantíssimo para a saúde da vaca, que, de todas as
categorias, é a que sofre mais processos debilitantes e estressantes, que
exigem mais de suas reservas corporais. O selênio se concentra nos ovários e
18
exerce importantes funções na reprodução, tendo ação direta no metabolismo
hormonal da progesterona. O Se é essencial em todas as fases da reprodução
(CARVALHO, 2003).
Os requerimentos mínimos de Se para bovinos variam de 0,1 a 0,3 ppm.
Alguns pesquisadores relatam que o Se pode produzir alguns efeitos benéficos
adicionais quando utilizado e níveis acima daqueles geralmente aceitos como
adequados. Para gado leiteiro, especificamente, níveis superiores a 0,3 ppm de
Se são recomendados para melhorar o status de Se dos recém-nascidos e
aumentar sua sobrevivência e resposta imune (MCDOWELL, 1999).
Os sintomas de uma deficiência pronunciada de Se em ruminantes
manifestam-se por crescimento retardado e distrofia muscular nutricional
(“doença do músculo branco”) em bezerros, e baixo desempenho reprodutivo
em animais de maior idade, incluindo graves casos de retenção de placenta
(MCDOWELL, 1999).
2.2.6 Ferro (Fe)
O ferro existe no corpo do animal principalmente sob forma de
complexos ligados à proteína, compostos heme e heme-enzimas. O ferro
desempenha papel vital no metabolismo animal, principalmente relacionado
aos processos de respiração celular, como componente da hemoglobina,
mioglobina e citocromo, bem como em várias outras enzimas (MCDOWELL,
1999; MARQUES, 2003).
Sabe-se que os animais jovens têm maiores requerimentos de Fe que os
animais adultos. Para ruminante adultos o requerimento estimado é de 30 a 60
19
ppm, enquanto que para bezerros o requerimento estimado é de 100 ppm
(MARQUES, 2003; CARVALHO, 2003).
Bezerros estão mais sujeitos à deficiência de Fe, pois além de serem
mais exigentes em Fe que os adultos, o leite é muito carente neste elemento.
Bezerros jovens recebendo dieta exclusiva de leite desenvolvem uma anemia
microcítica normocrômica ou hipocrômica. Além da anemia, outros sinais
incluem baixo ganho de peso, letargia, cansaço, redução do apetite, atrofia das
papilas da língua e palidez das mucosas visíveis. Em animais adultos
dificilmente ocorre deficiência de Fe, a menos que estes sejam acometidos por
parasitoses com considerável perda de sangue ou outra doença (CARVALHO,
2003).
2.2.7 Manganês (Mn)
O manganês é necessário ao organismo para a estrutura normal dos
ossos, a reprodução e o funcionamento normal do sistema nervoso central.
Este elemento atua como cofator em muitos sistemas enzimáticos envolvidos
no metabolismo dos carboidratos e na síntese de mucopolissacarídeos
(MCDOWELL, 1999).
A exigência mínima de Mn para ruminantes está entre 20 a 40 ppm da
dieta. Para crescimento são substancialmente mais baixos do que para um
ótimo desempenho reprodutivo, e são ainda maiores quando os níveis de Ca e
P da dieta são elevados (CARVALHO, 2003).
Os sinais clínicos da deficiência de Mn incluem crescimento subótimo de
tecidos moles e esqueléticos, redução da resistência à fratura dos ossos,
conformação óssea anormal, ataxia, fraqueza muscular, diminuição da
20
lactogênese, cio tardio e reabsorção fetal (MCDOWELL, 1999; MARQUES,
2003).
2.3 SUPLEMENTAÇÃO MINERAL
Em países tropicais muitas vezes o gado sob pastejo não recebe
suplementação mineral a não ser o sal comum e deve depender quase
exclusivamente das forrageiras para satisfazer todos os seus requerimentos
nutricionais. Entretanto, raramente as forrageiras tropicais podem satisfazer
adequadamente todos os requerimentos minerais de bovinos. Várias
publicações já comprovaram a deficiência de minerais em forrageiras tropicais
para atender a demanda de ruminantes. Assim, é imprescindível fornecer estes
minerais sob a forma de suplementos, para que se tenha um desempenho
eficiente e lucrativo em regiões tropicais, como o Brasil (MCDOWELL, 1999).
2.3.1 Métodos indiretos de fornecer minerais
Os métodos indiretos de prover minerais para os rebanhos incluem o
uso de fertilizantes minerais, a mudança do pH do solo, e o estímulo ao
crescimento de determinadas espécies forrageiras. Porém, o enfoque indireto
para controlar as deficiências minerais apresenta problemas resultantes da
grande complexidade das interrelações solo-planta-mineral e dificuldades
relacionadas a irregularidades de clima e custos (MCDOWELL, 1999;
CARVALHO, 2003).
21
2.3.2 Métodos diretos de suplementação mineral
O método mais eficiente de fornecer minerais é através do uso de
suplementos minerais combinados com concentrados, condição favorável em
alguns sistemas de produção de gado leiteiro. Deste modo é assegurado um
consumo de adequado de minerais por cada animal do rebanho, enquanto
consomem outros nutrientes. Esta técnica representa o ideal de suplementação
mineral, mas não se aplica aos ruminantes sob condições de pastagem, que
recebem pouco ou nenhum concentrado e dependem quase exclusivamente de
uma dieta de forrageiras (MCDOWELL, 1999; CARVALHO, 2003).
A ministração direta de minerais aos rebanhos através da água, misturas
minerais, blocos, dosificações orais, preparações ruminais e injeções é,
geralmente, a maneira mais econômica. Entre elas, a que se tornou mais
comum devido à praticidade e eficiência, é a suplementação com misturas
minerais, fornecidas à vontade em cochos (MCDOWELL, 1999; MARQUES,
2003).
2.3.3 Suplementação mineral à vontade em cochos
O consumo voluntário de misturas minerais por animais é conhecida
como suplementação à vontade (ad libitum). Esta prática de suplementar
minerais tem sido usada por muitos anos, mas tem-se baseado freqüentemente
na crença errônea de que os animais sabem quais os minerais são necessários
e quanto de cada mineral é requerido (MCDOWELL, 1999).
O uso de suplementos minerais à vontade é uma prática que se aplica
apenas aos animais que não têm acesso a concentrados, uma vez que os
animais que recebem concentrados normalmente têm os minerais adicionados
22
à mistura destes. Embora os animais sob pastejo não equilibrem perfeitamente
suas necessidades minerais quando têm acesso a uma mistura mineral
fornecida à vontade, usualmente não existe outra maneira prática de suprir as
deficiências minerais da dieta. O sal comum (NaCl) é um valioso veículo de
outros minerais por causa da sua palatabilidade (MCDOWELL, 1999;
CARVALHO, 2003).
2.3.4 Fontes de minerais para suplementação
Os elementos minerais existem sob muitas formas químicas, dentre as
quais estão os sulfatos, carbonatos, cloretos, óxidos e formas orgânicas (ex.:
complexos de aminoácidos). A forma a ser utilizada deve depender de seu
valor biológico, custo, disponibilidade no mercado, sua estabilidade e efeito no
tipo de dieta usado e outras funções. É importante saber que combinações de
ingredientes podem ser misturadas, a fim de evitar reações de uns com outros,
causando efeitos adversos na mistura mineral. Além disso, deve-se ter em
conta que as misturas minerais muitas vezes serão transportadas a longa
distâncias por caminhões, estrada de ferro e outros tipos de transporte, sob
condições de calor, frio, umidade, seca e outras condições ambientais.
Portanto, a formulação correta de suplementos minerais requer conhecimentos
consideráveis (MCDOWELL, 1999; MARQUES, 2003).
Tabela 1. Percentual de minerais em fontes usadas em suplementos minerais
e sua biodisponibilidade relativa.
Elemento Fonte % do
elemento na Biodisponibilidade
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fonte
Cálcio
Farinha de osso
autoclavada
Fosfato de rocha
desfluorizado
Carbonato de cálcio
Fosfato mole
Calcário calcítico
Calcário dolomítico
Fosfato monocálcico
Fosfato tricálcico
Fosfato bicálcico
Sulfato de cálcio
29 (23-37)
29,2 (19,9-
35,7)
40,0
18,0
38,5
22,3
16,2
31,0-34,0
23,2
20,0
Alta
Intermediária
Intermediária
Baixa
Intermediária
Intermediária
Alta
-
Alta
Baixa
Fósforo
Fosfato de rocha
desfluorizado
Fosfato de cálcio
Fosfato bicálcico
Fosfato tricálcico
Ácido fosfórico
Fosfato de sódio
Fosfato de potássio
Fosfato mole
13,1 (8,7-
21,0)
18,6-21,0
18,5
18,0
23,0-25,0
21,0-25,0
22,8
9,0
Intermediária
Alta
Alta
-
Alta
Alta
-
Baixa
Enxofre Sulfato de cálcio (gesso)
Sulfato de potássio
12,0-20,1
28,0
Baixa
Alta
24
Sulfato de magnésio e
potássio
Sulfato de sódio
Sulfato de sódio anidro
Flor de enxofre
Sulfato de amônio
22,0
10,0
22,0
96,0
24,0
Alta
Intermediária
-
Baixa
Alta
Potássio
Cloreto de potássio
Sulfato de potássio
Sulfato de magnésio e
potássio
50,0
41,0
18,0
Alta
Alta
Alta
Cobalto
Carbonato de cobalto
Sulfato de cobalto
Cloreto de cobalto
46,0-55,0
21,0
24,7
-
-
-
Cobre
Sulfato de cobre
Carbonato de cobre
Cloreto de cobre
Oxido de cobre
25,0
53,0
37,2
80,0
Alta
Intermediária
Intermediária
Baixa
Ferro
Nitrato de cobre
Óxido de ferro
Carbonato de ferro
Sulfato de ferro
33,9
46,0-60,0
36,0-42,0
20,0-30,0
Intermediária
Não-disponível
Baixa
Alta
lodo
lodato de cálcio
lodato de potássio
estabilizado
63,5
69,0
66,6
Alta
Alta
25
lodeto de cobre
Etilenodiamino
dihidroiodeto
80,0
Alta
Alta
Manganês Sulfato de manganês
Óxido de manganês
27,0
52,0-62,0,0
Alta
Intermediária
Selênio Selenato de sódio
Selenito de sódio
40,0
45,6
Alta
Alta
Zinco
Carbonato de zinco
Cloreto de zinco
Sulfato de zinco
Óxido de zinco
52,0
48,0
22,0-36,0
46,0-73,0
Alta
Intermediária
Alta
Alta
Fonte: MCDOWELL (1999).
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3 CONCLUSÃO
A mineralização inadequada de bovinos leiteiros é um limitante para a
produção de leite em regiões tropicais. Devido às forrageiras e grãos utilizados
para a alimentação animal normalmente não atenderem os requerimentos de
minerais em quantidades ótimas para a produção e saúde da vaca, a
suplementação destes minerais de forma correta, observando a categoria
animal, exigências, fontes dos minerais e forma de fornecimento, torna-se
indispensável.
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4 REFERÊNCIAS
CARVALHO, F. A. N. et al. Nutrição de Bovinos a Pasto. Belo Horizonte:
PapelForm, 2003. 438 p.
LUCCI, C. S. Nutrição e Manejo de Bovinos Leiteiros. São Paulo: Manole,
1997. 169 p.
MARQUES, D. C. Criação de Bovinos. 7 ed. Belo Horizonte: CVP, 2003. 538
p.
MCDOWELL, L. R. Minerais para Ruminantes sob Pastejo em Regiões
Tropicais, enfatizando o Brasil. 3 ed. Gainesville: University Press, 1999. 92
p.