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UN IVERSIDADE TUiUTI DO PARANA
A APLICABILIDADE DA TEORIA DAS INTELIGENCIASIVIULTIPLAS NA EDUCACAO INFANTIL
Curitiba2005
Fernanda Cardoso Calixto
A APLICABILIDADE DA TEORIA DAS INTELIGENCIASMULTIPLAS NA EDUCACAO INFANTIL
Tr"b.llh" de nclulO5o de CUrt J.pfelClltru:lo ~l
('Uri(! d~ Pc<b~otia (b F.lt'tIlJ!\dc de Cicu..:i:lsHUIII~tll~, utrl5 e A:n¢I, d.1 Univefloid:ltle TlJiUli dQP.lf.lui, como rC'lui~ilO p:tr~·i.ll pl1r:l:t btt'lI~rio Jo!i111l1 cl~ Liexmci.i.tur.1 c;m Pt'd~It!Q1!i:t,
Otientndor:t: Mnilde C'n:mgronde
Curitibn20Q5
J;;;: Universidade Tuiuti do ParanaFACULDADE DE CI~NCIAS HUMANAS, LETRASEARTES
Curso de Pedagogia
TERMO DEAPROVA<;:AO
NOME DO ALUNO: FERNANDA CARDOSOCALIXTO
TITULO: A ap/icabilidade da teoria das inte/igencias mtJ/tip/as naEducar;aoInfanti/
TRABALHO DE CONCLUSAO DE CURSO APROVADO COMO REQUISITO PARCIALPARA A OBTEN<;:AODO GRAU DE LlCENCIADO EM PEDAGOGlA, DO CURSO DEPEDAGOGIA, DA FACULDADE DE CI~NCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES, DAUNIVERSIDADETUIUTI DO PARANA.
MEMBROSDA COMISSAO AVALIADORA:l6lJN~n,A:u.d2.e...--
PROF(a}.M~DElDELIA CASAGRANDEORIENTAD<p (A)
MEMBRODA BANCA
DATA: 09/12/200S
()5MEDIA: _Il:~ _
CURITIBA - PARANA200S
DEDIVlTORIA
A minha mde Nilza alLl:to
A meu poi Gerson CCliixto
ADS THeus irmtios Fabiana e Jodo Carlos Calixto e
A Julia Calixto
A CIIADECIlIIENTOS
Agr:ld,>o A Deus pc/a dam da lid7 epor t f.7S:lSbi'n¢os por E/e derr:J/T>i1d:lS.
A,I:r.7dero:} Profcssom 11 !ai/de C.15i1lJr;m Ie QuegenIi/mente .1cciloll Oflt-Ilt:lr:l
condl/s:lo desle trab:ilho.
o me'U 1lJ.1isprofunda :{Ltmdecimento .10 set} empenho e Nil/d:?~Imedid.1 Que mel!
tmbl1lho se desef}vo/v~lJ. e a Prokssora A farli LCllcke Qut: £Iwilioll 0 liJfcio d:7
pcsQlIi'i.7 esc mlo IGsse por Ck1S fCR/mente csfa pe5QuisiI mlo teri;? 319nr.1do ate 0
Iina!
... Hoje em dia, uma sociedade de e para a intelig~l1ciapade ser
coltsciente e }nunanamente planejada. .Isto nao e uma teoria I ell/na r alidade que trans!arma. De posse de mentes mais
desel1 uoluidas as pessoas serdo capazes de ellcontrar den/.ro d
si as elementos necesscl.1ios para con.struir u.ma noua
sociedacle ... "
Luis Mach.ado. l11Iinistroda lIenezuelapara 0 Desenvolvimel1.to
cia Inteligencia.
SUMARIO
RESU~IO ...
I.lNTRODU\,AO ..
2.0BJETIVOS ..
.. HIST6RICO SOBRE TEORIAS DE ENSIN
4.CONCElTO DE INTELIGiONClAS MULTlPLAS ....
06
07
09
10
15
;.QUAIS AS ESTRATEGIAS PARA TRABALHAR A TEORlA DAS
INTELlGI'.NCIAS W:iLTlPLAS NA EDlIC. <;AO INFANTIL... 19
.\.IS GESTCES DE ABORDAGEN. PRATlCAS PARA SALA DE AULA... 20
6. METODOLOGIA DE PESQUlSA.. 31
7. ROTElR DAS ATI lOADES APLlCADAS NO L<\R... 32
8. ANALISE DOS ESULTADOS.. 38
eRON GRAM DE TRABALHO.. 52
IQ.REFERENClAS
II.ANEXOS
RESUMO
o presente trabalho tern como objetivo compreender a aplicayao dos principiosda Teoria das Inteligencias Multiplas, de Howard Gardner, que a elaborou por niloconcordar com a visao unitaria de inteliglmcia, visando construir uma praticapedagogica para a Educ8c;:ao Infantil. Primeiramente, foi feito urn estudo das laoriasde ensina que compartilhem com as ideias de Gardner e de urn ensina que respeite aindividualidade cognitiva de cada educando. Uma breve exp1anal'8.oda Teoria dasInteligencias Multiplas sera apresentada, e quais as estrategias utilizadas para a suaaplicac;:ao na Educac;:ao Infantil. Serao apresentadas as conclus6es colhidas doprojeto aplicado em crianc;as de 3 a 6 anos com atividades que visam desenvolver asinteligencias multiplas. Sera verificado como S8 da a avaliac;:ao de ensina atraves dotrabalho com as multiplas inteligencias.
Palavras Chave: educayao infantil, aprendizagem, estimulo, teoria das inteligenciasmultiplas.
INTRODU<;Ao
o ser humane diferencia-se dos animais pela sua capacidade de pensar,
aprender, mudar, transformar, criar e fazer praticas aliceryadas pelo pensar. E 0
pensar envolve duvidar, perguntar e questionar, para que S9 possa ter condic;:oes de
produzir 0 proprio processo de construyao do conhecimento.
E, pensando em contribuir para um trabalho pedag6gico mais dinamico e
serio, 0 presente trabalho analisara a importAncia da Tearia das Intelig~ncias
Multiplas, de Howard Gardner, e a possibilidade de criar novas estrategias no ensina
de crianyas pre-aseDlares.
A ideia de desenvolver esta trabalho surgiu ap6s a realizayao de urn trabalho
sobre a inteligencia 16gico - matematica, na disciplina de Metodologia do Ensino de
Ungua Portuguesa, sob a orienta gao da Professora Rosilda Maria Borges Ferreira.
Ao fazer a leitllra clo livro ;;Estrutllras da Mente" de Howard Gardner, houve interesse
ern aprender mais sobre as outras inteligencias e aprofundar as conhecimentos nesta
leo ria e a sua possivel aplica98.0 na Educagao Infantil.
A icleia de urn conceito unico de intelig~ncia foi questionada pelo psicologo
americano Howard Gardner, por acreditar que as pessoas nascem com
potencialidades e habilidades que muitas vezes sao esquecidas pelo nosso sistema
de ensino. que prioriza uma ou duos areas do conhecimento. Se parar para observar
uma classe cle alunos, pode~se perceber que a interesse e as caracteristicas
intelectuais de cad a um sao diferentes.
Para a efetiva98,o deste trabal/lo, foi realizada lima pesquisa bibliografica de
autores que compartilham juntamente com Howard Gardner, do trabalho peclagogico
ue visando cfesenvolver as multiplas inteligencias das crianyas e respeita a
'Os\nADt~~~ indi-A; lidade de cada aluno. Do mesmo modo, procuroLl-se buscar urn hist6rico de~ c-::;:,al9uO:fCA -=.
\~t·w'~''''':j~~~~
leorias de ensino que tambem visam trabalhar de acordo com 0 interesse e a
individualidade de cada aluno.
o objetivo deste trabalho e estudar a Teoria das Intelig~ncias Multiplas, e as
estrategias para trabalhar na Educayao Infanti!. A metodologia utilizada para esta
pesquisa e atraves de pesquisa bibliografica e aplicayao de projeto com crianc;as de 3
a 6 anos. A escolha desta faixa de idade vai de encontro com 0 que diz Gardner
sabre as crianc;as nesta faixa etaria: "" esta.o com as intelig~ncias num grau de
pureza nao encontrado em idades mais avanyadas ..." (GARDNER, 1995, p.78). As
crianyas, neste perfado estao despertando para a mundo que as cerca. E para que
ista aconteya de forma que as habilidades e capac ida des intelectuais sejam
desenvolvidas plenamente, pais e professores precis am proporcionar atividades
estimulantes para as crian9as, respeitanda a seu desenvolvimento cognitivo e as
multiplas varia90es em suas maneiras de aprender, e os modos pelos quais podem
ser avaliados.
o problema que se pretende investigar e quais as estrategias utilizadas para
trabalhar com base na Teoria das Inteligencias Multiplas na Educayao? Nao se
pretende esgotar 0 assunto , mas provocar uma reflexao -ayao no sentido de
conhecer melhor as estrategias mais utilizadas para trabalhar na Educa9ao lnfantil
com base na Teoria das Inteligencias Multiplas.
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2. OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL:
• Entender como encaminhar 0 trabalho com base na Teoria das Inteligencias
Multiplas em sala de aula.
2.2 OBJETIVOS ESPECiFICOS:
• Analisar a Teoria das Inteligencias Multiplas e sua aplicayao pratica.
• Identificar estrategias de ensina que estimulem as diversas inteligencias.
Apliear atividades para comprovar a leoria sobre as inteligemcias multi pi as.
• Observar como as criany8s reagem as atividades que estimulam as multiplas
inteligencias.
• Discutir os resultados do trabalho de pesquisa.
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3 . HISTORICO SOBRE TEORIAS DE ENSINO
Neste capitulo , sera apresentado urn breve historico sabre correntes
pedag6gicas e auto res que defendem 0 trabalho pedagogico voltado aindividualidade do aluno, at raves de pedagogias diferenciadas ou renovadas.
as sistemas pedag6gicos conhecidos como Educat;:ao Renovada au Escala
Nova S8 desenvolveram no infcio do seculo XX, urn dos pioneiros da Escala Nova foi
Adolphe Ferriere (1879·1960) educador, escritor e conferencista suiyo, talvez 0 mais
ardente divulgador da Escola Nova na Europa. Procurou organizar a escola para que
esta suprisse as necessidades basicas do educando. 0 movimento das escolas
novas espalhou·se por varios paises Aguayo (1952) afirma que: "As escolas novas
S8 dirigem a conduta e a existencia total da crian9a, a todas as suas manifesta90es
organicas, psfquicas e espirituais, acentuando, sobretudo a vida ffsica, ativa e
impulsiva e 0 carater pessoal, a iniciativa e originalidade dos seus alunos" 0 lil650fo,
psic61ogo e pedagogo liberal John Dewey 1, pioneiro a formular este ideal
pedagogico. defendia a aprendizagem atraves da atividade pessoal do aluno,
afirmando que deveria se dar pela ayao e nao pela instrUy80, e que somente 0 aluno
pode ser autor de sua propria experi~ncia educativa.
Maria Montessori, nascida na Italia (1871-1952), foi a primeira mulher de seu
pais a se formar doutora em Medicina ease dedi car inicialmente a criangas
portadoras de deficiencias, desenvolvendo um metodo que posteriormente tambem
foi aplicado em criangas que nao apresentavam problemas. Esse metodo propunha
despertar a atividade infantil do estimulo e promover a auto-educayao da crian9a,
colocando meios adequados de trabalho sua disposi9ao, empregando-se um
1 John Dewey, (1859-1952) educador americano, a,firmava que se educa pela acao.
II
abundante material didatico, tais como: cubas, prismas, s6lidas, bastidores, caixas,
cartoes, destinado a desenvolver a atividade dos sentidos. Dar liberdade a crianya,
nao quer dizer que S8 deva abandona~laa pr6pria sorte au muito menes negligencia-
la. No metoda montessoriano, tambem S8 parte do principia de que a escola deve
contribuir para a formayao de individualidades livres, independentes e criadoras.
Inspirada pelos estudos de Maria Montessori e de John Dewey, a prolessora
norte-americana Helena Parkut, elaborou 0 metoda Dalton que S8 prioriza 0 ritma, 0
interesse e a individualidade de cada crian9a, trabalha com liberdade e de acordo
com suas capacidades. 0 metoda de projetos tambem leve sua origem a partir dos
estudos de John Dewey,
o educador e psic61ogo americana Kilpatrick, desenvolveu metoda
conhecido como metodo de projetos que possibilita as crian9as situa90es reais de
aprendizagem impulsionadas pela curiosidade, interesse a motivayao dos alunos.
o neurologista Ovidio Decroly, medico e pedagogo, cuja obra aducacional sa
destaca palo valor que colocou nas condiyoes do dasenvolvimento infantil,
Interessou·se especial mente pelas crianryas chamadas "anormais" e "retardadas".
Seu metoda e conhecido como 0 de centros de interesse, on de a crianc;a passava par
tres momentos de aprendizagem:
1° Observaqao: que nao ocorre em uma liyao e nem em urn determinado
momenta da tecnica educativa, pois deve ser considerada uma atitude, chamando a
aten9ao do aluno constantemente. Visa p6r a crian9a em contato com objetos,
fenomenos, seres vivos e acontecimentos e, e muito usado nas ciencias naturais,
geometria e calculo.
2° Associaq8o: permite que 0 conhecimento adquirido pela observac;ao seja
entendido em termos de tempo e espa90. Relacionam entre si objetos e seres vivos,
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pr6ximos e longinquos, presente e passado, 0 homem e seu meio. E usado na
geografia e na historia.
3° Expressao: que e 0 meio pelo qual a crian'ta poderia externar sua
aprendizagem at raves de qualquer tipo de linguagem, integrando os conhecimentos
adquiridos de maneira globalizada. Manifesta 0 pensamento de modo acessivel aos
demais, por meio da palavra esc rita, do desenho, do trabalho manual, etc. A
expressao e usada na linguagem, ginastica e musica. as centres de interesse
segundo Decroly sao: a crianya e a familia, a crianya e a escola, a crianc;a e 0 mundo
vegetal, a crianga e 0 mundo geografico, a crianrya e 0 universD. Seu metoda de
ensina foi inicialmente vonada para crian9as com problemas e que devido ao sucesso
obtido com estas , aplicou-o tambem com criangas sem problemas. Para Decroly ,in
Aguayo:
A escola deve ulilizar e favorecer 0 desenvolvimento de lodas as fases daindividualidade infantif que tenha em conla, sobreludo, as maisindispensaveis, as que precisam ser cultivadas para realizar a adaplayaomais facil e mais seguras".(AGUAYO,1932 P 158).
Todos esses estudiosos jil defendiam 0 trabalho pedag6gico centrado no
aluno, e no desenvolvimento das suas capacidades, durante lodos estes anos
muitas ideias e teorias profissionais da educaryaosurgiram, propondo a superaryaoda
pedagogia transmissora de conleudos, para uma que respeite 0 ritmo , 0 nfvel socio -
cultural elnico e economico de cada aluno e os inleresses dos mesmos. E quando
estes alunos apresentam dificuldades em aprender, 0 trabalho com a atenryaovoltada
as suas capacidades deve ser feilo para que ele consiga desenvolver oulras
habilidades.
Perrenoud em seu livro "Pedagogia Diferenciada" (2000), afirma que e
absurdo ensinar a mesma coisa no mesmo momento e com os mesmos metodos a
13
alunos muito diferentes, porque ignorar as caracteristicas dos alunos gera
desigualdades de aprendizagens e posteriormente desigualdades sociais.
o auter afirma, ainda, que a situay.3o educacional nao e desesperadora e
nem motivadora; pais os profissionais come9aram a, pelo menos, saber 0 que nao S8
deve tazer. Mas para S8 reformular a educayao e preciso tazer uma analise profunda
dos abjetivos e rnetodos a serem alcanyados.
as alunos, ao apresentarem dificuldades escolares au apresentam
comportamentos que estao fora dos pad roes, muitos educadores tomam a atitude de
fazerem diagnosticos e encaminhar estes para profissionais especializados retirando
de si a responsabilidade de acompanhar e auxiliar 0 seu desenvolvimento e rotulando
estes como problematicos devido a sua dificuldade de aprendizado.
Constaram·se em varias crianyas dificuldades de aprendizagem que estao
relacionadas com a tala, a aritmetica, leitura, escrita e parte motora. As crian9as que
apresentam tais dificuldades muitas vezes nao sao bem vistas pelos educadores, pais
e colegas levando 0 portador a 59 sentir inferiorizado e a perder a motiva9ao pelos
estudos. A aprendizagem esta relacionada a fatores organicos e psicol6gicos, que
merecem ser observados em uma crianya que nao aprende. E preciso perceber se a
dificuldade apresentada e de origem organica, ou de aspecto psicol6gica, e pracurar
a melhor forma de Irabalho e a ajuda de urn profissional especializado.Ao lidar com
crian9as com dificuldades de aprender, 0 professor acaba par trabalhar somente
sabre 0 que a mesma nao consegue realizar, esquecendo das outras capacidades da
crian,a. (GARDNER,1995).
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Numa visao Iradicional , a inteligencia e delinida operacionalmente como acapacidade de responder a ilens em testes de inleligencia. A leoria dasInleligencias Mulliplas por Qutro lado, pluraliza 0 conceito tradicional. Umainleligencia implica na capacidade de resolver problemas ou elaborarprodulos que sao imporlanles nurn determinado ambienle ou comunidadecultural (GARDNER.1995 P.21).
Dr Howard Gardner e psicologo , co -diretor do Projeto Zero e Professor de
Educayao na Universidade de Harvard, tem conduzido por anos uma pesquisa sobre
o desenvolvimento das capacidades cognitivas humanas.
Segundo Howard Gardner (1998), a inteligencia era medida at raves dos
testes de QUQciente de Inteligencia - 0.1. 0 indivfduo ficava presQ ao resultado
desses e ao da sua pontuay.3.o. Hoje questionam-se tais resultados, visto que
estudos revelam que nao ha relac;ao entre sucesso do individuo e 0 score do teste de
Q. I. Em outras palavras: uma pessoa que tem Q. I alto nem sempre e bem sucedida
em suas atividades, como uma que tern Q. I baixo ou mediano nem sempre e fadado
ao fracasso. Os estudos de Gardner e da sua equipe nos permitem-nos afirmar que
todos temos aptid6es e competencias em alguma area especifica, e que se nos
conseguissemos perceber em qual area temos habilidade e interesse em especial na
fase da intancia ,poderiamos concentrar e desenvolver ao maximo esta
competencia. A escola, ao tentar dar um ensino nivelado aos alunos, acaba por
desconsiderar a aptldao de cada um.
Gardner (1995), diz que nosso sistema educacional privilegia 0 conhecimento
lingO istico e mate matico dando enfase aos nos conteudos que abrangem essas areas
do conhecimento. Similarmente, os testes de Q. I tambem privilegiam tais habilidades.
A teo ria das Inteligencias Multiplas vem para propor uma abordagem que
vise desenvolver 0 potencial e as habilidades que cada um possui, em suma: uma
educayao centrad a no individuo. (Gardner, 1995).
15
4.CONCEITO DE INTELlGENClAS MULTIPLAS
Neste capitulo se faz uma breve explica9ao do conceito de Inteligencias
MLiltiplas, seu principal idealizador e de cada inte1ig~ncia especificamente.
Urn dos compromissos mars importanles do trabalho de Gardner e emrelayao a maneira como as alunos s&.o encarados . Em contraste com aspontuli¢es de Q.I e r6tulos como inteligente mediano au limitado, a Teoriada! inleli,gAncias Multiplas permite aos educadores observar as diversasmaneiras pelas quais as crianyas apJicam 0 que aprenderam.( CAMPBEL EDICKINSON,2001 )
Gardner (1995), questionou a visao tradicional de intelig(mcia que priorizava
as habllidades lingOfsticas e 16gico matematica, para chegar a formular a Teoria das
InteligEmcias Multiplas. Gardner e sua equipe de pesquisadores estudaram como S8
deu 0 desenvolvimento cognitiv~ atraves dos milenios, popula90es excepcionais
como os idiots savants 2, e autistas pessoas com les6es cerebrais e as diferentes
habilidades em crian9as normais e superdotadas.
Gardner elabarou a Teoria das InteligE~mcias Multiplas par nao concordar com a
ideia de um conceito un ita rio de inteligE~mcia, levando a redefinir 0 conceito de
inteligencia como uma maneira biol6gica que 0 individuo usa para solucionar
problemas. Ele acredita que nao ha uma Iiga9B.0 necessaria entre os estagios de
desenvolvimento, au seja, uma crian9a pode estar com um bom desempenho em
uma area e estar em media ou abaixo em outra area. Este exemplo caracteriza a
ideia de Gardner de que cada inteligencia tem 0 seu sistema simb6lico pr6prio, mas
um individuo precisa de uma combina9ao das nove inteligencias para desempenhar
bem as suas taretas. A seguir um breve comentario sabre a divisao das inteligencias
feitas por Gardner (1998) .
1 Idiola sabio: um individuo menlalmenle deficiente com talento altamenle especializado emdeterminada area, lal como calculo rapido , mem6ria ou execucao musical)
16
InteJigencia lingOistica: esla area da inteligencia S8 caracteriza por uma
sensibilidade para sons, rilmes e significados das palavras. Geralmente e acentuada
em pessoas que conseguem usar a linguagem para conveneer, agradar e transmitir
ideias. Nas crianc;as pode ela S8 manifestar atrav8S da capacidade de contar historias
originais ou relatar experiencias vivid as. Politicos, poetas e professores tern
intensificado esle tipo de competencia.
Inteligencia musical: Manifesta-se atraves de uma habilidade para compor ou
reproduzir musica, discriminar sons e rilmos. Nas crianyas com habilidade musical
encontram-se aquetas que 113mfacilidade para perceber e diferenciar sons no seu
ambiente e aquetas que gas tam de cantar para si mesmas.
Inteligencia /ogica matematica: Gardner descreve esla inteligencia como a
sensibilidade para padr6es, ordem e sistematiza,ao, habilidade para lidar com series
de racioc{nios, para reconhecer problemas e resolve-los. A crian9a com esta
capacidade tern aptidao para 0 calculo, e para resolver quest6es de raciocfnio.
Inteligencia espacia/: e a capacidade para perceber 0 mundo visual e espacial
de forma precisa, manipulando form as e objetos mental mente e a partir disto criar
equillbrio, composi9ao representando visual ou espacialmente. E a in tel igenci a
acentuada em os artistas plasticos, arquitetos e engenheiros.
Inteligencia cinestesica: Esta habilidade refere-se para resolu9ao de
problemas e cria,ao de produtos atraves de partes do carpo ou de todo 0 carpo. Em
suma, habilidade para usar a caordena9ao motara fina ou grossa em espartes e artes
cenicas, au na movimenta9aa de objetas com destreza. A crian9a que possui essa
capacidade acentuada move-se com gra9a e expressaa a partir de estfmulas
musicais au verbais demonstra uma grande habilidade atletica, alE~m de coordena9aa
molora fina apurada.
17
Inteligencia interpessoal: capacidade para entender e responder
adequadamente a humores, temperamentos, motiva90es e desejos de QulraS
pessoas. E a intelig~ncia que e acentuada em professores, pSicoterapeutas, politicos
e vendedores bem sucedidos. Nas crian9as, ela S8 manifesta na capacidade em
distinguir pessoas, perceber suas intenc;oes e reagir apropriadamente a partir desta
perceP9ao. Crianc;:as que tern essa capacidade acentuada demonstram lideranc;:a e
ja que conseguem captar os desejos e sentimentos das oulras crianc;:as.
Inteligencia intrapessoa/: e a aquata aplicada ao proprio individua, au saja, a
habilidade de compreender os seus pr6prios sentiment os, sonhos e ideias e usa-Ia
em seu proprio beneficio. Como 8ssa inteligencia e a mais pessoal de todas, ela s6
pode ser obs8rvada at raves dos sistemas simb61icos das outras inteligencias, ou seja
atravBs de manifesta90es lingOfsticas, musicais ou cinestesicas.
Inteligencia naturalista: consiste na capacidade de se relacionar com a
natureza, de distinguir plantas, animais , rochas, perceber sons e sentir-se bem em
uma mata fechada. lmportante para bi61ogos, botAnicos, pescadores, agricultores e
jardineiros.
Espiritual au Existencial: e a capacidade de aplicar, nas acroes do cotidiano,
principios e valores espirituais com 0 objetivo de encontrar paz e tranqOilidade.
Envolve a capacidade de encontrar um prop6sito para a pr6pria vida e de lidar com
problemas existenciais (perdas, fracassos, rompimentos). E a potencial para se situar
em rel8y8.0 a elementos da condicr8.o humana como significado da vida, como total
imersao numa obra de arte. Importante para mfsticos, iogues, Ifderes religiosos e
pessoas que meditam.
18
Gardner conceitua que todos as indivfduos t~m habilidades em todas as
inteligencias, mas cujo 0 desenvolvimento destas sera determinado par fatores
geneticos, neurobiologicos par condirt0es ambientais.
19
5. QUAIS AS ESTRATEGIAS PARA TRABALHAR A TEORIA DAS
INTELIGENCIAS MULTIPLAS NA EDUCA<;:Ao INFANTIL?
Segundo Gardner, as nove intelig~ncias tern igual direito e prioridade. Em
nossa sociedade, porem, colocamos as inteligencias IingOfsticas e logicos-
matematicas em urn pedestal porque grande parte da nossa testagem esta baseada
nessa alta valorizaC;8o das capacidades verbais e matematicas. Sa voce S8 sai bern
em linguageme 16gica,devera se sair bern em teste de QI, e e provavel que se saia
bern em vestibulares. Mas depois que concluir a faculdade, provavelmente dependenl
igualmente da extensao em que voce possuir das Qutras inteligEmcias. E por i550 que
S8 deve dar atenc;ao a todas as inteligencias .
o planejamento da escola ideal, para Gardner baseia-s8 em duas
suposi90es: nem todas as crian9as t~m os masmas interesses e habilidades; nem
todas aprendem da mesma maneira, e ninguem aprande tudo que tem para ser
aprendido. Uma escola centrada no individuo seria rica na avaliay8.o das capacidades
e tend~ncias individuais.
Gardner acredita que crian9a que nao brilha em nenhum tipo de tesle
padronizado, tem que ser acompanhada para encontrar alguma colocaryao que Ihe de
chance de brilhar.
o trabalho com base nas Intelig~nciasMultiplas, segundo Gardner (1.998),
visa expandir os tipos de capacidades que podem ser considerados cognitivos, em
cada crian9a, que apresenta urn perfil distinto de capacidades diferentes ou
inteligencias multiplas. Alem disso, essas inteligencias podem ser aprimoradas por
um ambiente educacional rico em atividades estimulantes.
20
... As crianc;as possuem uma gama. de capaciclades muito mais ampla do que
aqLlelas valorizadas na escola OLi medidas por testes de Q.I' (H. Gardner. 1.998
p.3).
H. Gardner, junto com uma equipe de pesquisadores e professores cria
o Projeto Spectrum3 , que tern como objetivo testar a sua teoria das inteligencias
Multiplas na pratica, al9m de identificar e desenvolver as areas de cornpetencia e
habilidades (las crianc;as .
5.1 SUGESTOES DE ABORDAGENS PRATICAS PARA SALA DE
AULA
o capitulo que S8 apresenta a seguir trata de sllgestoes metodol6gicas para
utilizar a leeria das Inteligencias MLiltiplas em sala de aula.
Thomas Armstrong, educador e psicologo americana, compartilha das ideias
·8 da Teoria das Intelig~ncias Multiplas com Howard Gardner, ap6s tar aplicado a
leoria par mais de quatorze anos no ensino em sala de aula. Ele elaborou atividades
qua estimulam, a trabalham as intelig~ncias multiplas nas crianyas.
Para Armstrong (2001), a Teoria das Inteligilncias Multiplas abre
oportunidades para uma variedacle de estrategias cle ensina que padem ser utilizadas
pelos professores, e algumas das quais ja sao utilizadas pelos professores he. anos.
Mas alarta que estrategias de ensino nem sempre daD certo com todos os alunos.
Armstrong exemplifica esla questao da seguinte forma:
Por exempJo, profes5ores que usam rilmos raps e cAnlicos como instrumenlopeck'U6gico. provavelmenle descobrirAo que os ~tunos musicalmenteinteligenles respondem enlusiaslicamenle a esla eslralegia , enquanlo asaluno! n:l.o musicais continuam desinlcri':!5-saclos. Davido a essa, diferen~asinclividu<1is enlre os uluno, os profa!>!>or $ de¥em usar umn am pia vilriedadede estral9gias de ensino. (Armstrong 2001 ,p73).
1I'mjt'to SF',.:ctrum: pm.ieh' clc"'CJl\{"lh'id,. 1l;i.Ulli,'crsid:Jdc .Ie I·Iof\·.lul IN' EllA. onde G:mlne.r e· 'Ul ()(juipc(k.(·llYt,l\cm Ir:.'tb.1Ih\~ pcd:'lfl:if:it ) (ll)(: Ir:l.hnlhnm :tS nuiltip/:n il1leJik!~m;i,t5do;">" aluftll\.(1995
11
As estrategias de ens ina sugeridas par Thomas Armstrong sao apenas alguns
exemplos tirados de projetos existentes. cabendo aos professores que desejarem
trabalhar as inteligencias multiplas com seus alunos adaptar pesquisar e
desenvolver estrategias adicionais e opcionais.
As estrategias para inteligl\'mcia lingufstica sugeridas par Armstrong sao as
seguintes:
1. Narral;ao de historias: 0 professor podera narrar hist6rias e incentivar
que os proprios alunos eontsm historias.
"Quando usamos a narrayao de histories na sala de aula f entrelagamos
conceitos, ieJeias e objetivos instrucionais essenciais que contarnos diretamente aos
alun05·' (ARMSTRONG,2001).
2. Explosao de ideias: consiste em os alunos produzirem uma torrente cle
pensamentos verbais que podem ser utilizados para produzir um texto , trabalho .
poema ou musica .
3. Grava<;3o em fita casseta este recurse e indicado para registrar as
habilidades lingliisticas e verbais dos alunos, podendo ser gravado mLlsicas , poemas
ou urn problema enfrentado pelos alunos para posterior reflexao.
4. Redaf,(ao de urn diario: desenvolver urn diario individual au coletivo com
os alunos, onde esses possam registrar as experiemcias vividas el11 a cada dia de
aula.
5. Publicat;oes : publicar as textes au registro da fala das crianc;as faz com
que elas se sintam mais motivaclas para produzir textes cad a vez melhores. A
publicac;.3.o pode ser feita da seguinte forma: tirando varias copias dos textos dos
alunos e distribuindo para outras turmas, publicando os textos no jornal da escola , ou
t\.?->S\[Jl.U5)-
..~- %'" \;:3"'OTfC~ ::'.\.:.,t. ~_..,~~~
22
no site da escola, em forma de livros confeccionados pelos alunos e guardados na
biblioteca
6. Relato de filme: a professor pode passar um filme mudo para as crian9as
e pedir para elas conlarem a que se passou na hist6ria .
7.Noticias do fim de semana: ap6s a final de semana, a professor deve
incenlivar que cada aluno conte a que fez de mais interessante, no final de seman a,
podendo utilizar para isla uma lelevisao faila de papelao, au um microfone.
Sugesloes para trabalhar a intelig~ncia 16gico - matematica:
1. Calculo e quantifica~oes: baseia-se em inserir e reforyar dados
matematicos em outras disciplinas, sem foryar relagoes on de elas simplesmente nao
existem. Para Armstrong" sinlonizar com malarias nao matematicas , voce
conseguira envolver mais as alunos exlremamenta 16gicos , e as outros alunos
poderao aprender que a matematica nao esta presente apenas na aula de
matematica e sim na vida" (ARMSTRONG, 2001).
2. Classificacoes e categorizacoes: coloca-sa uma sarie de informayoes
agrupadas em forma de estruturas racionais. a autor afirma que este tipo de
abordagem facilita a lembran9a e possibilita a discussao e reflexao sabre a tema.
3. Questionamento socratico: a professor alua como urn questionador do
ponto de vista dos alunos. A inten9ao e a de orientar a aluno atraves dos
questionamentos , levando- as a buscar clareza , precisao , coer~ncia 16gica do que
esta argumentando.
4. Pensamento cienlifico: da mesma maneira que a matematica deve ser
inserida nas oulras malarias, a pesquisa cienlifica deve estar em lodas as partes do
curricula, enriquecendo a perspectiva dos alunos.
23
5.Jogo do dinossauro: e urn jogo de tabuleiro com urn dinossauro
desenhado, com trinta e cinco casas nas costas, e que serao percorridas durante 0
jogo, 0 que inicia na cabe,a e termina na cauda, tern tambem quatro dados, 0
primeiro dado tern dais lados com urn ponto, dais lados com dais pontcs e mais dais
lados com tr~s pontos, este e 0 dado dos numeros. 0 segundo dado tern tr~s lados
com sinal de mais e tres lados com sinal de menos, esla e 0 dado das diregoes, 0
terceiro dado tern cinco sinais de mais e urn de menos, e 0 quarto dado tern cinco
sinais de menDS e urn de mais; mais dais dinossauros pequenos de plastico. Explique
para a crian98 que 0 sinal de mais e para andar para frante e 0 de menes para tras.
Os dinossauros devem tiear virados para a cauda, e 0 objetivo do jogo ever quem
con segue chegar primeiro na cauda do dinossauro. Quando completar onze jogadas,
introduza a terceiro e 0 quarto dados. Explique que se a crianc;a quiser substituir 0
segundo dado que esta sendo utilizado par urn desses novas podera, se caso ocorrer
a troca pergunte 0 "porqu~" .Jogue mais tres vezes. 0 professor deve usar 0 dado
com urn sinal de mais e cinco sinais de menos. Depois da decima quarta jogada,
deixe as ultimos dados acrescentados de lado, e diga que a crianc;a pode colocar os
dados como quiser para que seu dinossauro facta 0 melhor movimento, e 0
dinossauro do professor com 0 pior movimento. A crianc;a precisa perceber que, para
ganhar 0 jogo, ela devera fazer 0 dinossauro do professor andar para tras e 0 seu
para frente .
6.Jogo do 6nibus: e urn tabuleiro, com urn onibus, dois conjuntos de 10
fichas, sendo um verde e outro azul, e dezesseis passageiros, dos quais dez adultos
e seis crianc;as. 0 6nibus fara um trajeto em forma de "U", com quatro paradas. No
final, fica a estac;ao feila com uma caixa de papelao pintada de azul. As crianc;as
serao os cobradores, que Gontarao quantas pessoas estarao no 6nibus. 0 jogo Ii
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dividido em duas sess6es: a primeira e realizada apenas com adultos e sem fichas.
Diga que 0 fiscal ira ligar em todas as paradas para saber quantas pessoas estao no
6nibus. A criancra tera que fazer 0 calculo de cabe9a. Casa a crianya erra na
contagem, abra 0 onibus e conte junto com ala e depois continue 0 jogo. Na primeira
sessao havera cinco viagens: na primeira as pessoas entram no onibus, e 0 fiscalliga
em todas as paradas e na segunda as pessoas entram e saem do 6nibus e 0 fiscal
liga em todas as paradas, a tereeira as pessoas 56 entram, mas 0 fiscal ligan!
samenle na estayao final; na quarta as pessoas entram e saem, e 0 fiscal perguntara
samenle no final; e na quinta sao colocadas quatro pessoas denlro do onibus, e
perguntado "quantas cabe,as, quantos narizes, quantas maDS, e quantos pes t{)m
dentro do 6nibus?" Na segunda sessao, serao realizadas quatro viagens com fichas:
na primeira viagem 56 entrarao adultos no 6nibus, e a crianc;a utilizara ficha verde
para representa-Ios, e 0 fiscal 56 perguntara a quantidade total de pessoas para a
crianc;a na estac;8.o final; na segunda viagem 56 serao utilizados adultos, que
entrarao e sairao do 6nibus. e 0 fiscal perguntara s6 na estac;ao final, na tereeira
viagem entrarao adultos e criancas no 6nibus, 56 que a crianc;a utilizara ficha verde
para adulto e ficha azul para crianc;a, e 0 fiscal, na estayao final perguntara quantos
adultos e quantas crianc;as tern no 6nibus? E quantas pessoas no total? Na quarta
viagem, entrarao e sairao adultos e crianc;as no 6nibus, e 0 fiscal na estac;ao final
perguntara quantos adultos e quantas crian,as tem no onibus? E quantas pessoas no
total?
Sugestoes para trabalhar com a intelig~ncia espacial:
1. Visualizat;ao: levar os alunos a traduzir informa90es em forma de figuras
e imagens.
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2. Pistas por meio da cor: ;; Os alunos com alta intelig~ncia espacial
geralmente sao sensiveis a co(' (ARMSTRONG,2001). A introdu,ao das cores na
sala de aula pod era ser feila atraves de papeis coloridos para fazer as tarefas.
Incentivar os alunos a marcarem os dados de urn texto segundo 0 grau de
entendimento: vermelho, para os daclos importantes, verde, para os dados adicionais
e laranja para 0 que nao compreendeu e precisa de maiores explica90es.
3. Metaforas por meio de imagens: "'A metafora visual expressa uma ideia
por meio de uma imagem visual. Os psicologos desenvolvimentais dizem que as
crian,as sao mestres da metatora" (ARMSTRONG,2001).
4. Esbo.;o de ideias 0 professor pode acostumar saus alunos a
transmitirem conceitos ou ideias centrais , atrav8s de desenhos, ilustrando livoes no
pr6prio caderno para resurnir uma materia estudada.
5. Simbolos graficos : os professores podem refo,,;ar seu ensino at raves de
desenhos e sfmbolos graticos em alguma parte de suas aulas.
Estrategias para trabalhar a inteligencia interpessoal:
1.Compartilhar com os cole9a5: Os alunos poelerao compartilhar com os
outros colegas materiais, informalt0es , perguntas e tarefas.
2. Esculturas com pessoas: qualquer assunto trabalhaclo pode ser
representado com passoas: um rio pode ser representado com pessoas , equay6es
poderao ser feitas com cada aluno representando uma parte da equayao.
3. Mapas corpora is: 0 corpo humane servindo como material clidatico: 0
corpo poderia ser um pais e eada parte do corpo poderia ser uma cidade, ou regiao.
4. Jogos de Tabuleiro: os jogos possibilitam uma maneira divertida de os
alunos aprenderem. No jogo ha regras e muita coopera9ao por parte dos
participantes e podem ser confeccionaclos facilmente e com materiais simples.
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5. Simula90es: as simulagoes podem ser encenadas conforme 0 assunto
que as alunos estejam estudando. Par examplo: a sal a podera sar transformada em
uma floresta e cad a aluno devera ser urn animal e devera agir como tal. Poderao ser
feitas fantasias e adereyos para caracterizar ainda mais a simulagao.
Estrategias para trabalhar com a Intelig~ncia Musical:
1. Ritmos, Can90es, Raps e Canticos: a ideia principal do conteudo
trabalhado pode ser transformado ern urn rap au cantico , podando sar utilizado
instrumentos musicais.
2. Discografia: selecionar fitas, cds e discos que ilustrem 0 conteudo que
voce quer transmitir , discutindo 0 tema da musica e relacionando com 0 cenlaCldo da
sala.
3. Musica para urna Supermemoria: Segundo Armstrong" Pesquisadores
da Europa Ocidental descobriram que os alunos conseguiam gravar mais
informayoes na memoria se escutassem exposiyBO do professor com um fundo
musical" (ARMSTRONG,2001 P.89). Esta sugestao baseia-se em colocar um fundo
musical suave durante as aulas.
4. Conceitos Musicais: e a utiliza9ao de tons musicais para expressar
conceitos, pad roes ou esquemas em muitos assuntos. Um tom forte pode ser
utilizado para se falar da chuva e um suave quando abordar a tema sabre sol.
5. Musica para criar urn Oeterminado Clima: procurar uma trilha sonora
que possa estimular as emo90es do aluno, criando um clima de suspense, alegria,
tristeza ..
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A seguir, listamos estrategias de ensina para trabalhar a inteligencia
intrapessoal:
A maiaria dos alun05 passll carca de sais homs por dia, cinco dias porsamana, em uma sala de aula entre 25 e 35 pessoas. Para 05 indivfduoscom uma inteligencia inlrapessoal altamente desenvolvida , asia atmosferaintensamente social pode pareeer um tanto clauslrof6bica. Portanto asprofe.ssores precisam eriar oporlunidades frequentes durante 0 dia para 05alunas experienciarem a 5i mesmos como seres aUl6nomos com historias devidas (micas e um senso de profunda individualidade. (AAMSTRONG,2001P.87)
1. Periodos de reflexao de urn minuto: e levar os alunos a pensarem
sobre alga que foi exposto, para que eles possam compreender as informa90es e
relaeionar as aeontecimentos com a sua propria vida e proporeionar que eles
eompartilhem as reflexbes e as seus pensamentos com os oulros.
2. Conexoes Pessoais: ajudar os alunos a estabeleeer rela<;oes com 0
que foi ensinado e a vida deles.
3. Momentos de escolha: permitir que os alunos deeidam algumas
atividades . Segundo Armstrong (2001). quanto mais os alunos fazem escolhas mais
responsaveis e firmes fiearn suas deeisoes.
4. Momentos sintonizados com 0 sentimento: esta estrategia diz para
que os educadores explorem os sentimentos de medo, raiva, alegria e tristeza,
atraves de momentos que possibilitem aos edueandos zangar-se, expressar opini6es
fortes, entusiasmar-se e deixar que outras emo<;oes venham a lana.
5. Sessoes de estabelecimentos de objetivos: ineentivar os alunos a
trar;arem objetivos para si mesmos, a curto ou a longo prazo , most ran do diferentes
maneiras de registrar esses objetivos e procedimentos que serao utilizados para
alcanc;a-Ios.
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Estrategias de Ensino para a Inteligencia Naturalista:
1. Caminhadas pela natureza: caminhar par ambientes naturais, como
parques ou jardins , observar as aspectos naturais e realizar rela9ao com os tapicos
estudados em sala de aula.
2. Janelas para aprendizagem: fazer com que os alunos olhem pela
janela obs8rvando e fantasiando sabre 0 mundo natural, vista que nem lodas as salas
de aula t~m janelas a, quando as tern, muitas vezes estas daD para Qulras salas e
patios de concreto. E com base nas observac;:6es dos alunos, direcionar pesquisas e
Irabalhos.
3. Plantas como acessorios: trazer a natureza para a sala de aula
atraves de uma flor au planta e explorar 0 seu crescimento e desenvolvimento em
diversas disciplinas.
4. Animal de estimayao: ter urn animal de estimac;ao, segundo Armstrong
(2001) " e de grande valor inslrucional e cria para crian,a urn lugar onde ela pode se
relacionar com 0 mundo natural e cuidar dos seres da natureza" ( Armstrong,2001
p.89).
5. Ecoestudo: consiste em tudo 0 que for ensinado deve sa ressaltar a
importancia para a ecologia da Terra, sando trabalhada em todo 0 contexto escolar.
Eslralegias pra se Irabalhar com a Inleligencia Cineslesica Corporal:
1. Inteligencia cinestesica-corporal:
1.Curso de obsfaculos: sao montadas varias atividades, em forma de "U",
uma dando continuidade a outra. 0 primeiro e a "salta a distancia" - a crian9a tem
que pular 0 mais longe que conseguir; 0 segundo "trave de equilibrio" - as crianr;as
terao que se equilibrar para nao sair de cima de uma linha feita no chao com fita
amarela auto-colante: 0 terceiro e a "corrida com desvio de obstaculos"- serao feitos
29
obstaculos com cadeiras; 0 quarto e pular obstaculos"- serao feitos obstaculos com
corda e 0 quinto e "obstaculos com bam bole" - a crianya t8m que pisar com urn pe em
cada bambole, e por ultimo a "corrida", com uma linha de chegada. Todo 0 espago a
ser percorrido sera marcado com uma fita amarela. Primeiramentee e explicado a
atividade, e depois e feito 0 percurso todD junto com 0 professor, antes de iniciar a
atividade.
2. Respostas corporais: a cada questao que 0 professor levanla, os alunos
podem dar respostas corporais como: sarrir, piscar, movimentar os bratyos, entre
Qutras.
3. Teatro da turma: tazer com que os alunos encenem taxlos, problemas au
outras malarias que estao sendo trabalhados utilizando fantoches, marionetes e
materiais divers os.
Alern dessas atividades, existem outras. Varios autores sugerem outros
exemplos de como trabalhar para estimular as multiplas intelig~nciasdos alunos.
Cabe ao professor escolher, adaptar e criar as estrategias que melhor 58 apliquem a
sua realidade e ados seus alunos.
Segundo Celso Antunes, 0 professor que trabalha em sala de aula com as
Inteligencias Multiplas:
Transforma a Iradiyilo exaustlva do discurso pela lJyilo conjunla deexplorayi\o de oulros meios de inlormayAo desenhando, projelandoeslaides,exibindo Vide05 , usando lundos musicais especifk:os ,recomendando lilmes. (ANTUNES,2001 p.34) .
Campbel e Dickinson (1998), afirmam que a avaliaga.o do desempenho do
aluno e feito de forma isolada, instantanea e em todo 0 perfodo escolar. Uma
ferramenta que permite analisar 0 trabalho do aluno sob varias perspectivas e a
portif61io, organizar as produgoes do aluno, segundo os auteres em portif61io
30
possibilita uma reflexao continua da aprendizagem da turma e as proprios alunos
podem acompanhar seus progressos durante 0 ana. A avaliayao e multidimensional e
os criterios para avaliar sao obticlos de varias fontes: avalia-s8 0 conteudo e
habilidades, ha a avaliayao interpesssoal dos colegas, dos pais e a avalia9ao
intrapessoal em que 0 aluno e responsavel pela avalia98.o do sell proprio
desempenho e, claro, a avaliacao do professor. Os pr6prios jog os de tabuleiro servem
como forma de avaliayao do desempenho do aluno. 0 professor deve observar
constantemente e acompanhar 0 progresso da crianya dia a dia .
Thomas Armstrong (2001), exemplifica a questeo da avalia9~o da seguinte
forma:
E as.sim como a teolia !upere que qualquer objetivo instrucional pods serensinado pelo men05 de oilO forma, tiiferenles , ela tambem irnplica quequalquer materia pode ser avnlinda lie pelo menes B formas diferenles.(ARMSTRONG,2001p.124).
A avalia98.o se da de diversas maneiras, totalizando urn conjunto de diverses
instrumentos de avalia9ao tais como registro de experiencias vividas em form as cle
diarios, registrando realiza90es cognitivas importantes , amostras de trabalhos ,
fotos, entrevistas corn os alunos e testes de verifica9ao de centelklo.
31
6 . METODOLOGIA DE PESQUISA:
Para complementar a pesquisa. foi elaborado um projeto de campo foi
aplicado nas as crian,as que frequentam 0 LAR - Laborat6rio de Aprendizagem e
Recreayao da Universidade Tuiuti do Parana, e participaram de atividades que
formuladas e retiradas das obras dos auto res pesquisados. Em seguida, serao
apresentadas as conclusoes sabre 0 projeto a fim de comprovar a pesquisa te6rica.
Os resultados de ted a a pesquisa estao transcritos no capitulo de analise dos
resultados.
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7.ROTEIRO DAS ATIVIDADES APLICADAS NO LAR
As atividades selecionadas foram distribuidas da seguinte maneira:
01.11.05:
Inteligencia musical: sensibilidade ao som e acompanhando as pratos.
Intelig~ncia cinestesica -corporal: curso de obstaculos, tambor e sino.
03.11.05:
Inteligencia Linguistica-verbal: relata de filme e notfcias do tim de samana.
Inteligencia naturalista: ca~a aD tasoura e trilha da vida.
Intelig';ncia espacial: desmontagem e montagem.
04.11.05:
Intelig~ncia 16gico·matematica: jogo do dinossauro e jogo do Onibus.
Inteligencia pessoal: maquete da sala de aula e roda dos sentimentos.
A seguir, uma breve descriy80 das dezesseis atividades:
Intelig';ncia musical:
Sensibilidade ao sam: sao apresentados alguns instrumentos musicais para
as crianc;as, de po is sao vedados os olhos e locado urn instrumento de cad a vez,
pedindo para que a crianl.j:a identifique qual instrumento , de acordo com 0 som.
Acompanhando as pratos: sao entregues dois pratos plasticos para cada
aluno e, em seguida, explicado como sera desenvolvida a atividade. Antes de iniciar,
e feito um ensaio para ver se todos entenderam.
Inteligencia cinestesico-corporal:
Curso de obstaculos: sao montadas varias atividades, em forma de "U", uma
dando continuidade a outra. 0 primeiro e 0 "saito a distancia" - a crian9a tem que
pular 0 mais lange que conseguir; 0 segundo "trave de equilibria" - as crianr;:as teraD
que se equilibrar para nao sair de cima de uma linha feita no chao com fita amarela:
33
auto-colante; 0 terceiro €I a "carrida com desvio de obstaculos"- serao feitos
obstacu[os com cadeiras; 0 quarto €I pular obstaculos" - serao feitos obstaculos com
corda; 0 quinto €I "obstaculos com bambole"- cnde a crianC;:8 tern que pisar com urn pe
em cada bambole, e par ultimo a "corrida"- , com uma linha de chegada. Todo a
espa<;oa ser percorrido sera marcado com uma fita amarela. Primeiramente eexplicado a atividade, e depois, e feito 0 percurso todo junto com 0 professor, antes
de iniciar a atividade.
03.11.05:
Inteligencia LingOistica-verbal:
Relata de filme: e apresentado para a crian,a um desenho de curta-
metragem sem fala. Oepois a crianc;:a tern que relatar 0 films para 0 professor.
Noticias do rim de semana: a crianC;:8 vai contar como fai seu fim de samana.
urn dia antes do tim de semana comenta a atividade que sera desenvolvida, e pec;a
para as crianc;as reunirem notfcias para 0 relata.
InteligenciaNaturalista:
C8q8 80 lesoura: e feito um tabuleiro com dezesseis cavidades onde ficarao
guardados Ires lipos de tesouros (qualro rochas, quatro ossos e quatro pedras), com
dezesseis bandeiras de qualro cores diferentes e uma caixa com as qualro cores da
bandeira, para as crianc;:as classificarem as tesouros. As bandeiras ficam ao lad a de
cada cavidade, as j6ias ficam com as bandeiras vermelhas, as rochas com as verdes,
e os ossos com a laranja. Em seguida sao distribu fdas doze cartas para a crianc;a,
seguindo a sequencia: bandeira vermelha, bandeira laranja, bandeira azul, bandeira
laranja, bandeira vermelha, rocha, bandeira verde, bandeira azul, ossa, rocha, em
branco, e j6ia. Antes de iniciar, explique 0 jogo, e comeceMo com as cartas viradas
para baixo e pe<;apara a crian,a virar a primeira. Se sair a bandeira vermelha,
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significa que devera olhar na cavidade da bandeira vermelha, e assim ate a terceira
carta. Sa casa a crianc;:a nao guardar a j6ia na caixa, podera ter auxilio do professor.
Na quarta carta, sera perguntado para a crianC;8 0 que ala acha que encontrara e "por
que", antes de olhar na cavidade. Continuar com os masmas procedimentos ate a
quinta carta. Na sexta carta sera pedido para a crianC;:8 encontrar uma rocha, e voce
perguntara "and a" e Kpor que". Sa depois da oitava carta a crianC;8 nao perceber que
a caixa pode ajuda-Ia, 0 professor podera fazer com que ala perceba. Depois da
ultima jogada, pergunte-Ihe se e capaz de dizer qual e a regra do jogo. Para encerrar,
deixe a crianC;:8 var 0 que asia nas tres cavidades restantes.
Trilha da vida: os olhos da crianC;8 serao vedados, e serao dados varios
elementos da natureza (agua, areia, folhas, pedras e vento ... ) para ver se ela
consegue identifica-Ios.
Intelig~ncia 16gico- matematica :
Jogo do dinossauro: sera apresentado urn jogo de tabuleiro com urn
dinossauro desenhado, com tern trinta e cinco casas nas costas, a serem percorridas
durante 0 jogo, que inicia na caberya e termina na cauda. Ha tambem quatro dados,
sendo que 0 primeiro tern dois lados com urn ponto, dois lados com dois pontos e
mais dais lad os com tres pontos. 0 primeiro dado tern quantidades, segundo dado
tern tres lad os com sinal de mais e tr~s lad os com sinal de menos, este e 0 dado das
direryoes, 0 terceiro dado tern cinco sinais de mais e urn de menos, e 0 quarto dado
tern cinco sinais de menos e urn de mais; mais dois dinossauros pequenos de
plastico. Explique para a crianrya que 0 sinal de mais e para andar para frente e 0 de
menos para tras. Os dinossauros devem ficar virados para a cauda, e 0 objetivo do
jogo ever quem consegue chegar primeiro na cauda do dinossauro. Quando
completar onze jog ad as, serao introduzidos 0 terceiro e 0 quarto dados, e explicado
35
que, S8 a crianya quiser substituir 0 segundo dado que esta sendo utilizado por urn
desses novas, podera. Casa oeorrer a troea sera. perguntado 0 "porqu~", serao
jogados mais tr~s vezes. 0 professor estars. usanda a dado com urn sinal de mais e
cinco sinais de menos. Depois, da decima quarta jogada, a criany8 podera calccar os
dados como quiser para que seu dinossauro fa9a 0 melhor movimento, e 0
dinossauro do professor 0 piar movimento. Depois, 0 professor ficara com 0 dado de
dire,ao e a crian,a com 0 dado de numeros.0 professor escolhera a dire,ao , e a
crian9a 0 numero de casas que os dinossauros andarao.
Jogo do 6nibus: lambem e urn jogo de labuleiro, com urn "nibus, dois
conjuntos de 10 fichas, sendo urn verde e Dutro azul, e dezesseis passageiros, dos
quais dez adultos e seis crianyas. 0 6nibus fara urn trajeto em forma de "U", com
qualro paradas. No final fica a esla,ao feita com uma caixa de papelao pinlada de
azul. As crianryas serao os cobradores, que contarao quantas pessoas estarao no
onibus. 0 jogo e dividido em duas sess6es: a primeira e realizada apenas com
adultos e sem fichas. Diga que 0 fiscal ira ligar em lodas as paradas para saber
quantas pessoas estao no onibus,a crianya tera que fazar 0 calculo de cab9c;a, S9
caso a crianc;a errar na contagem, abra 0 onibus 9 conte junto com ela, depois
continue 0 jogo. Na primeira sessao havera cinco viagens: a primeira as pessoas
entram no onibus, e 0 fiscal liga em todas as paradas, a segunda as pessoas entram
e saem do onibus e 0 fiscal liga em todas as paradas, a tereeira, as pessoas 56
entram, mas 0 fiscal ligara somenle na estac;ao final; na quarta as pessoas entram e
saem, e 0 fiscal perguntara somenle no final, e na quinta sao colocadas quatro
pessoas dentro do 6nibus, e sera perguntado "quanlas cabec;as, quantos narizes,
quantas maos, 8 quantos pes t8m denlro do 6nibus?" Na segunda sessao, serao
realizada5 qualro viagens com fichas: na primeira viagem 56 enlrarao adullos no
36
onibus, e a crianryautilizara ficha verde para representa-Ios. 0 fiscal 56 perguntara a
quanlidade lolal de pessoas para a crian,a na esla,ao final. Na segunda viagem
serao utilizados adultos, que entrarAo e sairao do onibus, e 0 fiscal perguntara 56 na
estaryao final. Na tereeira viagem entrarao adultos e crianryasno 6nibus: 56 a crianrya
ulilizaril ficha verde para adullo e ficha azul para crian,a, e 0 fiscal na esla,8.o final
perguntara quantos adultos e quantas crianc;ast~m no 6nibus? E quantas pessoas no
total? Na quarta viagem, entrarao e sairao adultos e crianryasno onibus, e 0 fiscal na
esla,8.o final pergunlaril quanlos adullos e quanlas crian,as I~m no 6nibus? E
quantas pessoas no total?
Inleligencia inlerpessoal:
Maquete da sala de aula: e confeccionado urn tabuleiro com uma replica
tridimensional da sala de aula e das pessoas, e apresentado para as crian<;as. Em
seguido, uma labela com pergunlas jil elaboradas, que podem ser subsliluidas
conforme a necessidade da sala.
Roda dos sentimentos: sera lido urn livre sobre sentimentos, depois sera feito
um circulo grande num papel e dividido em seis partes, e apresentado para as
crianc;ascomo "roda dos sentimentos". E perguntar-se-a para as crian9as 0 nome de
diferentes sentimentos que acabaram de ouvir na historia, e escrilo 0 nome de um
sentimento em cada parte do circulo. E escolhido uma das emoc;oes e pedido para as
crianc;as falarem sobre momentos em que se senti ram daquela mane ira. Depois eperguntado quem gostaria de encenar a situayao. Por ultimo, e convidado um
voluntario para pintar a parte discutida, com uma cor que represente a emo98.o.
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Inteligencia espacial:
Desmontagem: sao fornecidos aparelhos e uma caixa para guardarem as
pec;:as desmontadas e S8 necessaria, ferramentas para as Criany8S desmontarem.
Montagem: os mesmas aparelhos que as crianyas desmontaram serao
montados de novo.
38
8. ANALISE DOS RESULTADOS:
Atividade com instrurnentos musicais: primeiro foram apresentados os
instrumentos para os alunos para que ales tocassern e ouvissem 0 som produzido e
aprendessem os nomes de cada urn.Em seguida vendaram-se os olhos e as
instrumentos foram tocados novamente para que os identificassem.
Os instrumentos apresentados foram: tamber, tamborim, chocalho, cufca,
pandeiro, flauta , gaita, piano.
Aluno Idade: desempenho
B 4 anos 0 aluno B nlio demonslrou muito intoreue nesta atj"jdnde.Qu;)ndo wndado
idcntificou 5, 00$ 8 aprosonlados.
C 4 anos 0 aluno C : demonstrou interesse peto piano, idenlificou 4 instrumental dos
npresenlados.
D 5 anos 0 nluno 0 nao qui:. pMicip<l.r,
A 4 anos a aluno A inlere~ou·~e palos jn'trumento~, go!;IOU de 1000$, memorizou a maiori
delel, quando \lendado idenlificou 6 inslrumenlos dos 8 8presenl~dos, 9OSIOU d
gaila e quis toc;i-Ia.
o aluno A tem um lado musical que pode sar estimulado, pais ele demonstrou
muito antusiasmo na atividade, e no final de toda a aplicay80 ele comentou que de
todas as atividades a que ele mais tinha gostado foi ados instrumentos, e em alguns
momentos da aula cantarolou algumas musicas.
Circuito de Obstaculos :
Essa atividade foi realizada ao ar livre, tendo sido montado um circuito de
obstaculos sugerido no Projeto Spectrum, de Gardner, que era compos to de: trave
39
para pular.
para equilibria, pista para corrida , cones para ultrapassar, amarelinha, tunel, cordas
Aluno Idade: desempenho
nlio oonseguiu pular com urn pe e depois com os 2 pQs
A 4 anos 0 aluno A de!lEmpenhou bern 1\$ atlvidades, lendo dificuldade M amllralinha onde
B 4 an os A aluna B : love dUma equilibrio Ott Irave cheg!mdo a "-brlros brl\cinhos p:ut!. consegui
:ltrAvossar com perfGiybo. fez lodll.!Oas allvktados s"m dihculdlldo e exprenou ter
C 4 anos 0 alune C : pouco equilibria na Irave •se nlrapalhou no cone preciaDu do equilibria
D 4 anos 0 aluno 0 : noceuilou do "jude para lock'll liS alividade$.
go!olado mais dlnlft atrvidRde.
pAra paSSM, correu nll amo.rolinha, foi born nas cordllS e no bambol6 , no re$tante de
iltividllde obleve born dc~ompenho.
Atividade de Congelar e Derreter.
Esta atividade consiste em dar um comando para que as crianlYas congelem
em uma pose e depois a professora vai indicando para eles irem descongelando , e
depois precisam lembrar da pose inicial.
Aluno Idade: desempenho
A 4 anos 0 ~Iuno A : fez po:o cri<'ltiv~ dc,congQlou r;ipido demeis li nao lembrou a pose no final
fica evidente que 91e tem interel~e por ati ..•.idadol mai~ ogitadzuo (I quo nao pr~isllm dl
IJrande concentr49llio
B 4 anos 0 aluno 8: fOol POle e eongelou e descor)gelou lentamenle como se realmenle esliveu~
deseotllJelllndo eada parte do corpo, Igmbrou a po,e no fino.l.
C 4 anos 0 aluno c: feol po!;Cterialiva, deso::mgglou rapido m3is lambrou a mesml'l. pose.
D 4 anos 0 ftluno 0: nao qui: fau!f
40
Nesta atividade 0 aluno que mais S8 destacou foi 0 aluno B, pais percebeu a
ideia da atividade e a executou perfeitamente e com bastante expressao corporal, fez
o movimento de descongelar lentamente como S8 estivesse descongelando
masmo.No final retornou a pose inicial, ja os oulros 2 alunos nao tiveram pacie!ncia
para descongelar , fazendo rapido demais e sem concentra,ao.
Atividade: Pratinhos
Essa atividade consiste em imitar 0 mestre que, com 2 pratinhos , baiera em
diversas partes do corpo e os Quiros participantes deverao imita-Io. Cada criancra
podera ser 0 mestre uma vez.
Aluno desempenhoIdade:
A 4 an os Aluno A: con~uiu imitar os movimento3 com
fllcilidnde, nil sun VOl do ser 0 mestre repeliu os
mesmos mO\'imento~ da professor".
B o aluno B: con:eguiu imilar Incilmenle e na :U3. vel
como mestre imitou urn movimento direrente p.ar.aos
amiguinhos imit:l'lrem.
4 anos
c 4 an os o nluno c: imitou O~ movimenlo:o ma:s na sua vez com
mestrn ricou com vergonhll de r,ner os movimenlos
D 4 anos o aluno D: n&o quils rarer
Foi observado que 0 aluno B obteve bastante facilidade corn as atividades
cinestesicas corporais, e que 0 aluno C precisa ser mais estimulado nesta inteligencia
pOis nesta ele nao teve um desempenho bom e na atividade do obstaculo tambem
nao correspondeu ao esperado.
41
Atividade Jogo do Tesouro: (anexo A)
Inteligemcia Naturalista:
carta e esta tern uma cor que corresponde a 1 pote no tabuleiro, nestes potes ha um
Este jogo e individual e foi aplicado da seguinte forma: a crian9a retira LIma
elemento: pedra, rocha, j6ia au pote vazio. 0 objetivo do jogo e relacionar a cor da
bandeira dos potinhos com 0 elemento da natureza: senclo assim em todos os potes
verdes 0 elemento que asta dentro e rocha. nos azuis esta a madeira e assim pDr
diante, apos revelaclo 0 elemento do pote eles tin ham uma caixa onde poderiam
guardar as elementos com as cores correspondentes.
Aluno Idade: desempenho
A 4 anos 0 Atuno A n60 d9-3Cobriu a rehu;,fio entlf:: 0.Scar" e os elemontos (101 poles, mas na.
de·J<:OOriu(llJe c cor do pol9 tinh!\ reta¢o com os illern~nlol, poi:: foi fjues:lionad(
divertoaJ velze .• sobr" 0 que ale poderin. encontmr nos pot9J cia uelerminadn cor el
Nesta dia mais 2 alunas vieram para a aula a participaram da atividade.
re~I.:l()ndil'l errado.
B 4 an as 0 oluno B: Gu&\rdou certo 0'3 eh:menlQS nas caiJW" oem all COre'S corra,spondenlc.1. ma
C 4 anos 0 nltJno C: nliod'!ilCObriu 8 regrn , !Ju9rdou I'tlguna elementoa nn CllilCA com II cor .rredo
em alQumo, rodl1.(i". deu 1\ .ntend9r que linha feilo rela~ao com ncar e 01 elementos rk
pote, mas n50 conseguiu f.u'·I" em loda, a, jognda.li'nt~o nlio d~;cobrill a regrn.
nao relticionotl n car do:I poles com os ele-mentoo:
E 5 an as 0 aluno E: prilicia.ou 00 ajudl:!. pam guardftr 0 l~to, a pMir da 2" rQ&dn, guardOu 0$
e-Ic·menlos nA' cOrQS~rla, mOl noo acellou a regm.
F 8 an as 0 rtluno F: guardOIl11' j6ia no lugar errOtdo. 0 QUO no luaM certo, nao con,rrguiu
ulgbelfK:(H fel~o entre n cor dn caiu com n doo; elementos do pol!e. Nito deSCobrill a
fe~r{\.
Trilha da vida:
42
Inteligencia Naturalista: as alunos sao vendados e com as maDS terao que
descobrir elementos da natureza. as elementos serao: pedra, galho, areia, arroz,
folhas.
o ~Iuno A est.viI. auroonle mule die.
Aluno Idade: desempenho
A 4 anos
8 o lJ.luno B: demon/.trou certa aftiyao 30 ter que manipular objetos com 01004 an oslechados, respondendo rapidamenle flit l' vez errou lodo, os elementos,
lllividnoo foi repelida mas antes ele viu 0: elemenlo.$, e 8uim acertou a
areio., 8<.-erlou 0 gatho, errou II lotha, errou 0 arroz .
c
accrtou lodos.
4 anos o atuno C: 1 vez orrou 0 9a1ho. errou a areia, acertou " pedra, errou
lotha, acerlou 0 ••HOZ, errou 0 feijao. 2* vez apos vi,untiz"r o. elementos
E
elementos.
5 an os o "Iuno E: 1 vez I!.cerou 0 galho, crrou 0. folhll., acertou a nu,ia, acertou
pedra, acertou 0 feiji'io, ooortou 0 erroz. Ele Qc»IOU de Ilear manipular 0
Jogo do Dinossauro :(anexo 8)
Intelig~ncia 16gico matematica: este jogo consiste em um tabuleiro com um
dinossauro desenhado e um dado com quantidades de 1 a 4, um dado com sinais de
mais e menos, 1 dado com 1 sinal de menos e as outras faces com de mais e um
dado com um sinal de mais e as outras faces de menos e dinossauros de plasticos
que serao as jog adores.
Aluno Idade: desempenho
A 4 anos Atuno A: 1· roda.da soube identificar 0:0mimeros (! 0 sinal de m<1isquo lazia 0 dinouauro
and"r para Irento, mas nao con~eguiu fazer 0 dinossauro andar no Inbuleiro. 2' rodadl'l
43
B 4 anos 0 Alune B:
1&jogada: :ooube idenlific:u 0 sinal para tra~ e a quo.nlidnde
2& jogadl'l: l10ubQ idenlilicar a quantidade mas errou 0 sinal.
3' jogada: sou~ idenlificar 0 sinal 0 II quantidade. mas n30 souba jog",r no tabuleiro.
4' jogada: idenlificou 0 sinal. a qunnlid.\'lde, nao oon"eguiu jogar no labuleiro.
C 4 anos Alune C:1' i09ad~t: souba identific3r a qU8ntidade no dado mas nao ~oube jogar no tabuleir
2' jogada soube identilicll.r a qUMtidade no dado 0 0 sinal para ir para trAs.
3' jog3dll identificou a quantidade no dado e 0 sinol, mas nao .oube jO<jnr no lilbuleiro.
4~ jognda soube identilica.r qUMtidade e 0 sinl\l e cooseguiu jogar no 'I'lbulairo.
TrOC()u-so 0 dado: ele exolhou 0 que po.uibi1ila and.or mais para frenle.
soube idenlilicar os numeros no dado mas oao $OUbe jogar no labuleiro.
Trocou-GO 0 dado: quando cle podo e$COlh'H 0 dado, ele ucolhcu 0 dado com maior numor
de sinal dE}mais e a m1l.ior quanlklade, quando elo pode escolher 0 dado para 0 oulro
jogador clo e.scO/heu a maior qunntklade e fez 0 dinoUD.uro do ndvcrs.1rio and4r para trt\~
em todDs ns jogadu ~eguinles. Ganhou 0 jogo porque deSC()briu quo ascolhendo 0 sinal de
menos para 0 adverd.rio ele ondario para Ira!; e g.:mhtHia 0 iogo, porem elo lem dilicuklade
para conlar os ponlinhos no dado.
Troctl 0 dado: Q-lfole:;colht'u 0 quo anda milia pam frcnlc
sg jogada jogou cerlo no labuleiro, idenlilicou 0 sinal e a qUMlidade.
6- jogada: identiticou ° sinftl e errou n quanlidade.
Muda a reqra: ele pode 8~lher ir para frente ou para Irds e n quantidado de C3~as.
71 jogoda: e~olheu 2 para Irenle e jogou corto no tllbuleiro.
81 jogndll: escolhou para 0 adversario ir 2 part!; Iras.
10~ jogad3: escolheu if 2 ~ra frenle.
A maioria das jOQadas clo Mcotheu a quantidade 2, em Ioclas as jogadns pradaou de ajud
pnra jogar no tabuleiro.
Quando ele p6de exo/her a qUilnlidade e ° sinal do adveraario. elo escolheu para 0 &e
lIdversario ir 3 para Iras e para ele ir 3 para Irenle. NlIs ullimas rociada:. ele iii 1it,Iav
conseguindo jogar no 100buleiro, 0 alune C contcguiu compreenoor II rogra do jo90. fazend<
com que seu aUvgrs.:irio rosse $empm p~H>1.Irtls e 0 seu dinossauro fone scmpre par
fronlo.
44
A maieria das criany8s leve dificutdade para fazer 0 dinossauro andar no
tabuleiro, mas, na identific898.0 das quantidades dos dadas, safram-se bern.
Jogo do 6nibus: (anexo C)
Inteligencia J6gicomatematica: esla jogo consiste em urn 6nibus de papal e
urn tabuleiro com 4 paradas e urna esta9ao central. Sao necessarios varios
bonequinhos que serao os passageiros. 0 Onibus taz varias viagens e a criany8
precisa fazer 0 calculo mental de quantas entram e quantas saem do 6nibus pois 0
fiscal (professor) perguntara, a medida que 0 6nibus para nas esta,/ies 0 numero de
passageiros que estao no Onibus.
Como esla jogo e urn pouco demorado 56 houve a oportunidade para jogar
com urna crian98, porque 0 horario delas irem embora ja estava S8 aproximando,
somente 10iaplicada esla atividade com 0 aluno B.
B
Idade: DesempenhoAluno
4 anos Aluno B: M primeir-o parade 0 6nibus subimm 2 pas:sageiros e ele ac&rtou, 3Certou
mimero quando na pereda seguinto subiu mtli~ 1 passagelro, &rrou na 3- parad
quando subirorn mni:; 2 passageiros. Ma:. mellmo eulm ala ofaluou 0 c·jlculo d
Cl\b~l\ e ",carlou ~ primgjro: rosull.,dos.
No.segundft viagem do Onibus, nn primeira pamd" 5ubiram :1pessoas ole ncertou, n
2a parada de:ceu 1 pss.so4 ele acertou 0 re:wllado, nil 3 paroda fiubiram 2 peuoe
ele errou 0 resullmJo , nil 41 parada desceu 1 pOHoa 010acortou 0 re$ullado.
Atividade: Montagem e desmontagem: esta atividade consiste em desmantar
urn moedor de carne e manta-Ia.
B
Idade: DesempenhoAluno
4 anas Aluno B: moeder de co.me precisou de pouca ojuda para desmontar
monlar 0 meador de carne mOSlrou-.seho.bilidow 30 manus~r 3S P~lI~
C 4 anos Aluno c: preciSOlJ da :ljudft pom desmont0r lodn~ as ~~, e rnontou com ~uxir
tambem, qui,J desi,lir dft atividade.
E 5 anos Atuno E: desmf,Jt1loll 0 In~dor com filcilidBde e moolQu com ht'ibilid"de, tudo 0 (Ill
exe<:utou foz com muilA atGIl91io
.Essa atividade foi realizada com maior facilidade pel os alunos BeE,
surpreendenclo a quem aplicava a atividade ,considerando que LIm moedor de carne
nao e utensilio muito compatfvel com crian9as de 4-5 anos. Eles se safram rnuito
bern, 0 aluno C a realizou com urn POLICO mais de dificuldade.
Relato de filme:
Intelig~ncia verbal: as crian9as assistiram um filme curto e mudo cia "Era do
Gelo" de uns 10 minutos .Apes te-Io assistido fDram chamados individualmente para
relatar 0 filme.
B 4 an os Alur10 B: Ete esttlWl correndo de 1,lIdra oolu no chao e a pe-dra e.smtuJou ele, C3iu n
lundo do tErra.
C 4 an os Atuno C : 0 oleftmte sclvou 0 e:l<tuilo 0 as.quilo (;.tIiu ne. terra.
E 5 anos Aluno E: 0 e&quilo pulou n~quel@. qUi! eto roe ( nozl dar qUiJbrou 0 ucla.
Aluno Idade DeselTlpenho
AJuno A:" 0 eS(luilo rot esml'l~ado 0 ¥irou pltnqu9C8~
Nessa atividade 0 aluno E explicou a iclt9ia clo filme resumidamente sem fugir
do assunto, relatau mllito bern pais nao inventoll mais do que tinha no filme.
Maquete da sala: (anexo D)
Intelig(mcia interpessoal: nesta atividade foi confeccionada uma maquete da
sala de aula e entrevistado cada aluno para que relatassem 0 comportamento de
outros amiguinhos, utilizando bonequinhos para representar os mesmos nas
dependencias da sala de aula.
-16
13-qlKlm QQlOt.!I(kJ ajudnr c» {\mi90c'~
R:n profQS'or.'l
7- Qut'im vocE! achn qUG poderi(l ..er um ProfOHOr'?
R: 0 ~.luno C
8- Quem voct ftcha quo e mand~o?
R: 0 aluno E
Aluna: Idacle: Desempenha
A 4 anos En\r'evi'lll!\doAlunoA
,- Onde voc~ 1J0$11lde brinOllr maia tempo?
A: tapeta
2- 0 quo voca Inaia goalQU (Ie I"zsf?
A: alividnde dos inslrurmmtol e jouo do dinoJ.'!:i'\uro
J.. &'! 0 lugar prerG'rido estiveM£! chcio, onde YOC:~got.taril1 de fi~I'?
A: Tapttlit
4- Dos lImigos. qUill \/006 (t.ChftqUQUO$ln ,h~ brinClH rIOSbiOCOJ?
A: o ftJuooC.
6- Quem OO;.Ifl. nln;ll do 1C!':llrinho?
A: oalunoD
1- Quem 90,1(\ milis tie de!Snhflr?
R: 0 atuno B
s.. Quem tom1\ m,ftis ttgu:\?
R: 0 ciullO 8
g. Quem gOSh!. m(\il dQ o.c~tlpr
R: ningu"m
10- Quem gOlla Inail do brinoar SQzinho?
A: 0 atunQ B.
11- Quem OMla de brincar .sozinho?
A: 0 "Juno B
B 4 an os Aluno B:
2- Onde voe&90$10 do brinc.'Ir mtti, tempo?
A: OlIh1de blot.:O!S
3- 0 que ved rnais UOSIGde ftuer'?
47
R: Ni\o set
4- ~ 0 lug.u pfI!lrQ:rido HliveHe cheia, oode yocO go~tnrin d00 fient?
R:Tft~te
5- Dos jogos qUI;'! voce rnalS QO$IOUde Inzer?
A: do h'Pf!la (instrurmmIOs)
6- Df» itruiQOJ qUlll voet'l ocha que go.",. de bril'lC0r nos blocoa?
R: Do nluno A
6 - Quom gOlla mais do teatrinho?
R: 0 :tluno C
9- Quem !)Qltil til:"!, de desenhe.r?
R: 0 ollmoA
10- Quem torna mai, Agun.?
A: 0 eluno A
, 1- Quem 0Ql510 n'\:1i, de &l(:l'&vsr
R: 0 nlunoA
12- Quem goo'" mItis d6 brinCllr .ozinho?
R: o (l\lunoA
13- QU9>mg01It' mni, de eacrewr?
A:oolwlOE
14- Quem 90511' de brine.nr ao.:!inho?
A: 0 nlunoA
13-Quem goli>'!. de ftjudnr 0, fl.migos?
R: 0 l!.luno A
15- Quemvoe' Helm (lUI! padeoa ler urn profenor?
A: 0 ;)lunoA
16- Quem vow (a(.haque ~ mandfio?
A: 0 aluno E
Esta atividade foi feita com 2 crian9as porque nao houve tempo para
conversar com todas po is as pais, neste dia vieram buscar os filhos antes do horario
de saida . Mas, pela entrevista foi vista que as dais rneninos tern afinidades e s~o
48
amigos, pais responderam as perguntas sempre citando urn ao cutro. E interessante
e que na ultima pergunta ambos responderam que 0 aluno E e mandao. e 0 aluno A,
quando questionado sabre quem fica rnais no teatrinho ele respondeu que 0 aluno 0
era a crianya que permanecia mais tempo neste lugar. E realmente 0 aluno D nos
dias em que foram aplicadas as atividades ele sempre "fugia" para 0 teatrinho onde
permanecia neste urn born tempo.
Roda dos sentimentos:
Hist6ria do Dentista: foi contada uma historia sobre uma crianc;:a que tinha
mado do dentisla. Depois as crianc;as fcram questionadas sabre os sentimentos:
amor, mado, tristeza e alegria.
Aluno Idade: desempenho
A 4 anos Par quai. pe:§50Bs voet sante amor?
Aluno A: disse que ama 8 lia Lucia
B 4 anos Par qUlli~ pe~:W:l.S v~ senle ",mor?
Aluno B: di~~e que 8ma 0 p~i
E 5 anos Par qUlIIi, peS!lOOS voc~ senle amor?
o aruno E: dine qUQ ~m(l (l mae.
Aluno Idade: desempenho
A 4 anos Do que voce} lem medo?
Aluno A: qu",ndo lI. lin quer btlUH e brigll.r
B 4 anos Do que voc4lem mQdo?
Aluno B: Ido
E 5 anos 00 que voc6 10m medo?
Aluno E: vampiro
Aluno Idade: desempenho
A 4 anos Quando voc~ fica llJegro?
Aluno A: Fica alegre quando a tia Hga a dunn
B 4 an os Quando vocl! fica 1Ilegre? Aluno 8:
quando 0 Plli brinca oom ale
49
E 5 anos Qu:mdo vocO fJC.'lale9re?
Atuna E: fica alogro do mMhA quando 3.mamAe brinca comigo.
Aluno Idade: desempenho
Ouando '0'000 fica lris!e?
Aluno E: quando a mAe deixa de ca~liao
A 4 anos
B
E
4 anos
5 anos
Quando voc~ fica tri~le?AJuno A: quando a tia n30 riga a dun3.
Quando v0c4 fica tri.le?
Atuno A: quando a tin nAo lioa ft duna.
As respostas das cnanyas nesta atlvldade S8 relaclonaram a familia, vista que
por serem crianyas pequenas, 0 seu cfrculo social ainda S8 centra na famflia e na
escola. Trabalhar os sentimentos das crian9as deve ser constante na educa9ao
infantil, porque as masmas iraQ criar 0 habito de expor, reflatir e procurar identificar 0
que as afligem buscando formas de solucionar possiveis problemas, e tambem de
expor suas alegrias e conquistas.
Todas as atividades aplicadas fcram retiradas de livros sobre a teoria das
inteligencias multiplas, e possibilitaram uma pequena visao sobre como encaminhar
atividades pedagogicas em sala de aula. Claro que com essas atividades nao S8
pode apontar em que area as crianyas que participaram irao se destacar, mas ja se
pode identificar que algumas crianyas tern facilidade e habilidade em algumas areas e
que outras precisam ser mais estimuladas, Urn professor que queira trabalhar com
base na teeria das inteligE'mcias multiplas precisa, antes de tudo conhecer a teeria
que e bem rica em material. Nos livros cansultados ha muitos exemplos e relatos de
experiencias bern sucedidas, mas como nao e uma recaita pronta e acabada, cabe 0
born sensa do professor escolher a maneira que mais sa adequara a seus alunos I a
sua realidade e sua escala.
Muitas atividades que estimulam as inteligencias multiplas sao utilizadas por
professores que nem t~m conhecirnento da teoria. A grande diferen9a esta em que
quem trabalha com as inteligencias rnultiplas desenvolve um trabalho rnais facado no
desenvolvimenta das capacidades individuais da crian9a. Em qualquer trabalho que
seja feito, 0 professor tern que observar corno eada crian9a participa do mesma e isto
e urn tanto trabalhaso, pois, as atividades aplieadas no LAR. foram desenvolvidas e
aplicadas par duas pessoas , para que nao se perdesse nenhum detalhe sobre 0
desernpenho das crianyas. AcreditaMse que 0 trabalho e muito melhor realizado
quando ha mais de urn profissional atuando com a mesma turma porque a coleta de
informayoes e possibilidades de trabalho S8 ampliam.
A avaliayao com base na Teoria das Intelig~ncias Multiplas e constante, e
feita atraves de cad a produ<tao do aluno, do seu comportamento, desempenho em
jogos e brincacleiras e na participagao de projetos.
Conclui-se que a maior estrategia para se trabalhar com a Teoria das
Inteligencias Multiplas na EduC898.0 Infantil e 0 professor voltar 0 olhar para os alunos
tentar captar seus desejos e anseios; pensar na crianc;a como urn ser unico e muito
capaz, respeitar a sell ritmo e interesse em aprender. procurando ter um
conhecimento tee rica consistente e buseanda uma pratica que de bons resultados.
EstratE~gias existem varias, livros existem muites e maleriais diversos. Cada professor
pode desenvolver a propria estrategia. Entender e utilizar a leoria como arientaclora
da sua pratiea pedag6giea nAo e algo cornplexo , mas exige trabalho , dedica9ao,
conhecimento e observay8.o para descobrir os talenles dos alunos e contribuir para
mulliplicaMlos mais e mais.
E claro que eada regiao tern sua realiciade, e por rnais que algumas
orienta,oes e encaminilamentos pass am n~o ser condizentes com a reaiidade
51
encontrada, he. muitas maneiras que 0 trabalho pode ser desenvolvido. 0 professor e
a equipe pedagogica precisam utilizar das proprias multiplas intelig~ncias que
todos possuimos para conduzir 0 trabalho.
Ao esludar sobre as intelig~ncias mulliplas pode-se rever as concePl'oes
sobre a intelig{mcia e assim inserir esla nova teoria e na pratica em sala de aula,
pais agora sa tern uma ideia sobre cada uma das intelig~ncias e assim podemos
perceber a area que cada aluno S9 sobressai e estimular cnde ale tern mais
dificuldades. Atraves deste trabalho constatamos que a ideia de que 56 e inteligente
quem se sai bem em lingua e em calculos, e total mente equivocada, temos que
valorizar todas as areas dando total importancia e prioridade as masmas.
Essa leoria e abordagem, ao S8rem inseridas na pratica pedag6gica, ajudara
aos educandos a descobrir os seus potenciais, auxiliarao 0 professor a identificar
quais os alunos que tem facilidade em aprender e trabalhar nesta
facilidadelhabilidade e por outro lado tambem detectar as dificuldades e buscar novas
maneiras de trabalha-Ias.
Acredito que 0 rnais importante nesta abordagem e que ela S9 assemelha
aos fundamentos do construtivismo e da pedagogia de projetos, e leva em conta 0
aluno como urn ser unico. E nao Lim indivfduo que precise decorar uma variedade de
conteudos que nem sempre Ihe serao uteis na sua vida p6s-escola.
Os estudos de Howard Gardner e sua equipe, nos permitem afirmar que
lodos nos temos aptid6es e competlmcias em alguma area especifica, e que S8
consegufssemos perceber em qual area temos habilidade e interesse em especial,
poderiamos concentrar e desenvolver ao maximo essa competencia. A escola, ao
tentar dar urn ensina nivelado aos alunos acaba por desconsiderar a aptidao de cada
um.
52
9, CRONOGRAMA DE TRABALHO,
:lses do estudo~
s: > s: '- '- > rn 0 z" [ '" " " '" CD " 0<l 0' ::J 5' 0 r0- C" <::r 0 II> 0!!. 0 0 S' 3 ::r
a 0' (3 (!)
(3 N(!)
30'
(3labora9ao do projeto de X X
esquisa
evantamento bibliografico e X X x X x x
!visao de literatura
etalhamento e metodologia x
edac;:ao das conclus6es finais x
orrec;:ao x
presentacao x
53
10.REFERENCIAS
AGUAYO.A. A Didalica da Escola Nova. Sao Paulo: Companhia ed Nacional;1952.
ANTUNES,C. As Inleligtmcias Mlilliplas e seus eslimulos. Sao Paulo: Papirus, 1998.
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GARDNER,H. Inleligllncias Mlifliplas. A Teoria l1a Pra/ica. Porto Alegre: Artes
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PERRENOUD,P . Pedagogia diferenciada: Das Inlenql5es a Aqao. Porto Alegre: Artes
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