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UNIVERSIDADE POTIGUAR – UnP PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM TERAPIA OCUPACIONAL
GILYANNE RODRIGUES DO NASCIMENTO
PROPOSTA À SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE INSERÇÃO
DO PROFISSIONAL DE TERAPIA OCUPACIONAL, JUNTO ÀS PESSOAS IDOSAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA NO PROGRAMA
SAÚDE DA FAMÍLIA, NO ÂMBITO DOMICILIAR E NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE PARNAMIRIM, DO ESTADO
DO RIO GRANDE DE NORTE.
NATAL - RN
2007
GILYANNE RODRIGUES DO NASCIMENTO
PROPOSTA À SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE INSERÇÃO DO PROFISSIONAL DE TERAPIA OCUPACIONAL, JUNTO ÀS PESSOAS IDOSAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA NO PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA, NO ÂMBITO
DOMICILIAR E NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE PARNAMIRIM, DO ESTADO DO RIO GRANDE DE NORTE.
Monografia apresentada à Universidade Potiguar – UnP, como parte dos requisitos para obtenção do título de graduação em Terapia Ocupacional
ORIENTADORA: Prof° Esp. Leiliane Helena Gomes
NATAL - RN
2007
N244p Nascimento, Gilyanne Rodrigues do.
Proposta à Secretaria Municipal de Saúde de inserção do
profissional de Terapia Ocupacional, junto às pessoas idosas com
deficiência física no Programa Saúde da Família, no âmbito
domiciliar e nas unidades básicas de saúde no Município de
Parnamirim, do Estado do Rio Grande do Norte / Gilyanne
Rodrigues do Nascimento. – Natal, 2007.
103f.
Monografia (Graduação em Terapia Ocupacional).
Universidade Potiguar. Pró-Reitoria de Graduação.
GILYANNE RODRIGUES DO NASCIMENTO
PROPOSTA À SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE PARNAMIRM DE
INSERÇÃO DO PROFISSIONAL DE TERAPIA OCUPACIONAL, JUNTO ÀS
PESSOAS IDOSAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA NO PROGRAMA SAÚDE DA
FAMÍLIA, NO ÂMBITO DOMICILIAR E NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE NO
MUNICÍPIO DE PARNAMIRIM, DO ESTADO DO RIO GRANDE DE NORTE.
Monografia apresentada à Universidade Potiguar – UnP, como parte dos requisitos para obtenção do título de graduação em Terapia Ocupacional
Aprovado em: ___/___/____
BANCA EXAMINADORA
________________________________
Prof° Esp. Leiliane Helena Gomes
Orientadora
Universidade Potiguar – UnP
_________________________________
Prof° Ms. Alaine Aparecida Benetti De Grande
Professora convidada
Universidade Potiguar – UnP
___________________________________
Maria Concebida Bezerra dos Santos
Enfermeira Esp. do PSF do Município de Parnamirim
TERMO DE AUTORIZAÇÃO
Eu, Gilyanne Rodrigues do Nascimento, Brasileira, solteira, Terapeuta Ocupacional,
residente e domiciliado na Rua Getúlio Vargas, 208, na cidade de Parnamirim,
Estado do Rio Grande do Norte, portador do documento de identidade: 002.136.910
– SSP/RN, CPF: 055.442.594-70, na qualidade de titular dos direitos morais e
patrimoniais de autor da obra sob título: Proposta à Secretaria Municipal de Saúde
de inserção do profissional de Terapia Ocupacional, junto às pessoas idosas com
deficiência física no programa saúde da família, no âmbito domiciliar e nas Unidades
Básicas de Saúde, no Município de Parnamirim, do Estado do Rio Grande do Norte,
sob a forma de Monografia, apresentada na Universidade Potiguar – UnP, em
03/07/2007 com base no disposto na Lei Federal n° 9.160, de 19 de fevereiro de
1998:
1. ( X ) AUTORIZO, disponibilizar nas Bibliotecas do SIB / UnP, para consulta e
eventual empréstimo, a OBRA, a partir desta data e até que manifestações em
sentido contrário de minha parte determina a cessação desta autorização sob a
forma de depósito legal nas bibliotecas.
2. ( ) AUTORIZO, a partir de dois anos após esta data, a Universidade Potiguar –
UnP, a reproduzir, disponibilizar na rede mundial de computadores – internet e
permitir a reprodução por meio eletrônico, da OBRA, até que manifestações
contrária a minha parte determine a cessação desta autorização.
3. ( ) CONSULTE-ME, dois anos após esta data, quanto a possibilidade de minha
AUTORIZAÇÃO à Universidade Potiguar – UnP, a reproduzir, disponibilizar na rede
mundial de computadores – internet – e permitir a reprodução por meio eletrônico,
da OBRA.
Natal,____de_______________de 2007
Gilyanne Rodrigues do Nascimento
Dedico este trabalho a todos
que contribuíram para a sua conclusão.
De forma especial a minha família,
meus pais, Francisco e Gilaide
e aos meus irmãos Gildenio e Gleybson.
AGRADECIMENTOS
A Deus,
que me amou, desde o ventre da minha mãe,quando o meu corpo ainda era informe.
Por acreditar nos meus sonhos, mesmo quando ninguém acreditava neles, por me
fazer saltar muralhas, quando tudo aos meus olhos dizia ser impossível. Te amo
Deus!
A minha família,
em especial aos meus pais, que são os principais formadores do meu caráter,
mesmo em silêncio, eu sei que vocês torciam e torcem por mim agradeço à Deus
pela vida de vocês.
Aos meus irmãos, pelo apoio e compreensão. Por várias vezes que gastei papel e
tinta da impressora, e por me ceder algumas vezes o computador do seu trabalho.
Aos amigos e colegas de curso,
que contribuíram para que mais uma página da minha vida fosse escrita, enfeitando-
a com suas carinhas, ora tristes, ora assustadas, ora estressadas, mas na maior
parte delas, alegres. Aprendi muito e cresci muito com vocês.
A todos os meus professores,
que contribuíram para a minha formação, tenho um carinho especial por cada um.
A minha querida orientadora, Leiliane,
que eu admiro muito, por ser uma excelente profissional,e por ser esta pessoa
maravilhosa, de uma caráter incontestável, e um exemplo de perseverança.
Obrigada pelas oportunidades dadas, e por sacrificar seu tempo para me orientar.
A minha querida professora Alaine,
que de modo tão gentil aceitou pertencer a banca e forneceu materiais para que eu
pudesse concluir minha monografia e também orientou metodologicamente, dando-
me sugestões para o trabalho no qual o tema ela domina muito bem. Obrigada!
A Maria Concebida,
enfermeira do PSF de Parnamirim,que tratou-nos de forma ímpar, quando por nós
foi procurada. Obrigada!
Na velhice ainda darão frutos; serão
viçosos e vigorosos.
(Salmo 92:14)
RESUMO
O presente trabalho relata a história da saúde pública no Brasil, em que diversos
sistemas foram adotados, como as Caixas de Aposentadoria e Pensões (CAP),
Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAP), Instituto Nacional de previdência Social
(INPS), dentre outros, que deram a sua contribuição para o fortalecimento da saúde
pública e a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), que baseia-se nos princípios
da universalidade, equidade,integralidade, participação popular, hierarquização,
descentralização política administrativa. Em 1994 é criado na atenção básica o
Programa Saúde da Família (PSF), que serve como porta de entrada para a saúde
pública, em que diversos profissionais, atuam neste programa inclusive o terapeuta
ocupacional. Tendo em vista, que a população idosa vem crescendo
extraordinariamente no Brasil, faz-se necessário que o PSF de Parnamirim/ RN
adote este profissional, para ampliar o atendimento destes idosos com deficiência
física, visto que, a senescência e a senilidade acarretam dificuldade no desempenho
funcional nas atividades de vida diária e instrumentais de vida diária, de trabalho e
de lazer. E o profissional de Terapia Ocupacional, deverá estar inserido numa
equipe interdisciplinar e contribuir através de avaliações e atividades que promovam
manutenção, restabelecimento e/ou melhora do desempenho funcional, bem como a
prevenção do declínio funcional.
Palavras-chave: Terapia Ocupacional. Programa Saúde da Família. Idosos.
Deficiência física.
ABSTRACT
The present work tells the history of the public health in Brazil, where diverse
systems had been adopted, as the Boxes of Retirement and Pensions (CAP),
Justinian codes of Retirement and Pensions (IAP), National Institute of Social
providence (INPS), amongst others, that had given to its contribution for the to fortify
of the public health and the creation of the only System of health (SUS), that it is
based on the principles of the universality, equity, completeness, popular
participation, hierarchy , decentralization administrative politics. In 1994 the Program
is created in the basic attention Health of Family (PSF), that it serves as door of
entrance for the public health, where diverse professionals, also act in this program
the Occupational Therapist. In view of, that the aged population comes of
extraordinary form growing in Brazil, one becomes necessary that the PSF of
Parnamirim/RN adopts this professional, to extend the attendance of these aged
ones with physical deficiency, since, the senescence and senility causes difficulty the
functional performance in the activities of daily life and instruments of daily life, work
and leisure. The professional of Occupational Therapy, will have to be inserted in a
team and to contribute through evaluations and activities that promote maintenance,
reestablishment and/or improve of the functional performance, as well as the
prevention of the functional decline.
Key Word: Occupational therapy. Program Health of the Family. Aged. Physical
deficiency.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Gráfico 1 Cobertura populacional do PSF............................................................36
A figura 1 Vestuário de membros superiores em caso de pessoas que
apresentem comprometimento unilateral...................................................................75
Figura 2 Transferência auxiliada por um ajudante
(“abraço pélvico”)........................................................................................................76
Figura 3 Transferência sem auxilio da cadeira de rodas para uma
cadeira........................................................................................................................77
Figura 4 Escovas com ventosas para limpeza de copos
ou próteses dentárias.................................................................................................79
Figura 5 Escovas e esponjas de banho com cabos alongados..........................79
Figura 6 Correia universal para prender o talher à mão.....................................80
Figura 7 Talheres com cabos engrossados........................................................80
Figura 8 Aparador de prato.................................................................................80
Figura 9 Tábua para corte de legumes que exige a utilização
de apenas uma mão..................................................................................................80
Figura 10 Calçadeiras alongadas..........................................................................81
Figura 11 Dispositivo para auxiliar a tarefa de abotoar.........................................81
Figura 12 Engrossadores de lápis.........................................................................81
Figura 13 Adaptador de baralho............................................................................81
Figura14 Muleta...................................................................................................82
Figura 15 Cadeira de rodas...................................................................................82
Figura 16 Andador.................................................................................................82
Figura 17 Órtese estática ou passiva ....................................................................89
Figura 18 Órtese dinâmica ou ativa......................................................................89
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Proporção da população residente, com pelo menos
uma das deficiências..................................................
49
Tabela 2 Índice de deficiências e de pessoas com deficiência
por sexo......................................................................
53
Tabela 3 Distribuição das pessoas com deficiências por sexo
e tipo de deficiência de pessoas com deficiências....
54
LISTA DE SIGLAS
CAPs Caixas de Aposentadorias e Pensões
IAP Institutos de Aposentadoria e Pensões
INPS Instituto Nacional de Previdência Social
IAPM Marítimos
IAPB Bancários
IAPC Comerciários
IAPI Industriários
IAPETEC Condutores de veículos e empregados de empresa de petróleo
IAPE Estivadores
SAMDU Serviço de Assistência Médica e Domiciliar de Urgência
SESPA Secretaria Executiva de Saúde Pública
INAMPS Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social
PREV-SAÚDE Programa Nacional de Serviços Básicos de Saúde
SUDS Sistema Único Descentralizado de Saúde
AIS Ações Integradas de Saúde
SUS Sistema Único de Saúde
PSF Programa Saúde da Família
UBS Unidades Básicas de Saúde
MS Ministério da Saúde
PACS Programa de Agentes Comunitários de Saúde
ESF Equipes de Saúde da Família
NOB 96 Norma Operacional Básica de 1996
USF Unidade de Saúde da Família
ACS Agentes Comunitários de Saúde
OMS Organização Mundial da Saúde
PAB Piso de Atenção Básica
IBGE Instituto de Geografia e Estatística
PROESF Programa de Expansão e Consolidação da Saúde da Família
SMS Secretaria Municipal de Saúde
SIAB Sistema de Informação de Atenção Básica
SME Secretaria Municipal de Educação
CMR Centro Municipal de Reabilitação
SMAS Secretaria Municipal de Assistência Social
CORDE-RN Subcoordenaria Para Integração da Pessoa Portadora de
Deficiência
APAE Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais
SNC Sistema Nervoso Central
SNP Sistema Nervoso Periférico
AVD Atividade de Vida Diária
AIVD Atividade Instrumentais de Vida Diária
AVE Acidente Vascular Encefálico
ICDH International Classification of Impairments, Disabilities, and
Handicaps
ICF International Classification of Functioning, Disability and Health
CIF Classificação Internacional de Funcionalidade
db Decibéis
LER Lesões por Esforços Repetitivos
COFFITO Conselho Federal Fisioterapia e Terapia Ocupacional
CREFITO Conselhos Regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional
AOTA Associação Americana de Terapia Ocupacional
PPAO Performance Pessoa-Ambiente-Ocupação
MOH O Modelo da Ocupação Humana
ADM Amplitude de Movimento
FM Força Muscular
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO......................................................................................17
2 HISTÓRIA DAS POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL........................19
2.1 CRIAÇÃO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE.......................................21
2.1.1 Saúde enquanto direito......................................................................21
2.1.2 O Sistema Único de Saúde.................................................................22
2.2 PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA.......................................................27
2.2.1 A implementação da Atenção Básica...............................................27
2.2.2 Surgimento do PSF.............................................................................28
2.2.3 Estrutura e organização do Programa Saúde da Família................29
2.2.4 Importância da Clínica Ampliada no PSF.........................................33
2.2.5 As Visitas Domiciliares.......................................................................34
2.3 ESTATÍSTICAS DO PSF NO BRASIL..................................................35
2.4 PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA EM PARNAMIRIM.........................37
3 PROCESSO DE ENVELHECIMENTO.................................................40
3.1 IMPEDIMENTOS À FUNÇÃO OCUPACIONAL....................................43
3.2 ÍNDICE DE IDOSOS NO BRASIL E NO MUNICÍPIO
DE PARNAMIRIRM/ RN.......................................................................44
3.3 GERONTOLOGIA.................................................................................45
3.3.1 Fatores que influenciam o processo e os resultados.....................47
3.4 ÍNDICE DE DEFICIÊNCIA NO BRASIL................................................48
3.4.1 O idoso e a deficiência física.............................................................55
4 A TERAPIA OCUPACIONAL NO PSF JUNTO
À POPULAÇÃO IDOSA COM DEFICIÊNCIA FÍSICA.........................61
4.1 MÉTODOS E MANOBRAS PARA AUXILIAR O DESEMPENHO
FUNCIONAL..........................................................................................74
4.2 TECNOLOGIA ASSISTIVA...................................................................77
4.3 ADAPTAÇÕS NO AMBIENTE DOMÉSTICO........................................82
4.3.1 Sugestões gerais para ambientes usados por idosos....................86
4.4 ÓRTESES.............................................................................................88
5 METODOLOGIA...................................................................................91
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................92
REFERÊNCIAS....................................................................................................93
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho monográfico, cujo tema é uma proposta à Secretaria Municipal
de Saúde de inserção do profissional de Terapia Ocupacional, junto às pessoas
idosas com deficiência física no Programa Saúde da Família (PSF), no âmbito
domiciliar e nas Unidades Básicas de Saúde no Município de Parnamirim, do Estado
do Rio Grande de Norte, teve por objetivo geral propor a inserção de um programa
de assistência terapêutica ocupacional ao idoso com deficiência física em nível PSF
de abrangência do município de Parnamirim.
Para isso se fez necessário: pesquisar e descrever sobre Saúde Pública e
Sistema Único de Saúde; relatar a atuação do PSF e transcrever estatísticas no
Brasil e no Município de Parnamirim; descrever sobre o processo de envelhecimento
e reabilitação gerontológica; comentar e relacionar a deficiência física com o
processo de envelhecimento; mostrar a contribuição do profissional de Terapia
ocupacional no PSF, no âmbito domiciliar e nas Unidades Básicas de Saúde, dentro
de uma equipe multiprofissional, no município de Parnamirim.
O interesse pela pesquisa surgiu da observação do crescimento da população
idosa, do fato de que, nesta fase, a senilidade e a senescência podem provocar
diversas alterações que acarretem aos idosos limitações em seu desempenho
ocupacional, as quais poderiam ser evitadas através de medidas preventivas.
Essas medidas preventivas de saúde pública ocorrem na atenção básica,
através de intervenções do PSF, que é considerado a porta de entrada da saúde
pública, e este, por sua vez, deve elaborar e permitir estratégias que favoreçam a
melhoria da qualidade de vida deste idoso.
O terapeuta ocupacional contribui para esta melhoria da qualidade de vida do
idoso, através de atuações em todos os níveis de atenção: primário, secundário e
terciário. Visando ajudar o indivíduo a recuperar, desenvolver e construir habilidades
para sua independência funcional, sua saúde, sua segurança e sua integração
social.
2 HISTÓRIA DAS POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL
A história da Saúde do Brasil percorre uma trajetória que vai da filantropia ao
direito, a primeira está bastante presente em muitas ações atualmente e revela-se
como traço determinante para a maioria dos brasileiros.
Vários fatores contribuíram para a construção da Saúde Pública existente, tais
como as Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPs), surgida após a criação da
Lei Eloi Chaves, no Congresso Nacional em 24 de janeiro de 1923, ocorrida após
reivindicações de operários, em virtude de péssimas condições trabalhistas. Além
das aposentadorias e pensões, os fundos proviam os serviços funerários, médicos,
dando início a Previdência Social no Brasil.
Mais tarde os CAPs foram substituídos pelos Institutos de Aposentadoria e
Pensões (IAP), que eram organizados por categoria profissional (marítimos,
comerciários, bancários), assegurando ao trabalhador do setor privado, pensões,
aposentadorias e assistência médica a filiados e dependentes, financiadas através
de contribuição compulsória estipulada contratualmente.
Neste contexto, a noção de assistência médica para trabalhador é tida naquele imaginário como um direito derivado do contrato de trabalho, uma contrapartida à contribuição de parte do salário, em oposição à assistência médica de natureza pública e filantrópica, a ser oferecida à população carente, fora do mercado formal de trabalho (LOPES, 2001).
Com a fusão dos IAP’s, surge o Instituto Nacional de Previdência Social
(INPS), que sofre forte influência dos técnicos oriundos: Marítimos (IAPM); Bancários
(IAPB); Comerciários (IAPC); Industriários (IAPI); Condutores de veículos e
empregados de empresa de petróleo (IAPETEC); e Estivadores (IAPE). Sendo
complementado pelo Serviço de Assistência Médica e Domiciliar de Urgência
(SAMDU) e a Superintendência dos Serviços de Reabilitação da Previdência Social.
Conforme a Secretaria Executiva de Saúde Pública (SESPA) em 1977 surgiu
o Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS), para
tender exclusivamente as pessoas que possuíam carteira de trabalho.
A década de 70 viveu a hegemonia do modelo médico-assistencial privatista
(MENDES, 1993). Tornando-se um órgão mais burocrático-normativo do que um
órgão executivo de política de saúde.
A saúde não é, portanto, um direito de cidadania a ser usufruído por todo brasileiro e garantido pelo Estado; não é sequer um direito do trabalhador – o que se criou foi um conceito muito mais restritivo, o da assistência médica, vista como um retorno devido, no caso dos inseridos no mercado formal, ou uma dádiva piedosa, caso contrário. A assistência médica e a garantia da saúde em geral – eram vistos como pertinentes à esfera privada e não à pública (LOPES, 2001, p. 24-5).
Este modelo esgota-se no final da década de 70, segundo Mendes (1993),
porque o capitalismo em nível internacional entra num período também de crise. A
idéia central do plano social de fazer a economia crescer e redistribuí-lo para a
população não se concretiza, ficando os pobres cada vez mais pobres e os ricos
cada vez mais ricos. Mendes (1992) relata que na década de 80 o subsistema de
atenção médica-supletiva cresce vertiginosamente. Para Lopes (2001), é nesta
época que ganha grande impulso e discussão da reforma sanitária brasileira, dentro
do chamado ‘processo de abertura democrática’ e sob pressão dos movimentos
populares e da sociedade civil.
Na VIII Conferência Nacional de Saúde, em 1986, primeira Conferência
aberta à sociedade civil, debateu-se a implantação e o desenvolvimento do
Programa Nacional de Serviços Básicos de Saúde (PREV-SAÚDE), lançou as bases
da reforma sanitária e do Sistema Único Descentralizado de Saúde (SUDS), que
propõe atendimento no sentido da universalização, da descentralização
administrativa, da participação comunitária e da redefinição paradigmática da saúde.
A SESPA implantou em 1983, Ações Integradas de Saúde (AIS), o primeiro
desenho estratégico de co-gestão, de desconcentração e de universalização da
atenção à saúde. Visando a integração das ações curativas-preventivas e
educativas ao mesmo tempo no setor público.
2.1 CRIAÇÃO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS)
2.1.1 Saúde enquanto direito
A saúde está garantida na Constituição Federal de 1988, no capitulo VIII da
Ordem Social, na seção 2, do artigo 196, que diz:
A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação.
A Constituição assegura ao individuo, a integridade física e psíquica através
da cura e a prevenção de doenças, no qual qualquer pessoa tenha acesso aos
Serviços de saúde, hospitais, tratamento, programas de prevenção e medicamentos,
que é um dever do Estado, financiado pelos impostos dos contribuintes aos
Municípios, Estados e União.
2.1.2 O Sistema Único de Saúde
O SUS é o conjunto de ações e serviços de saúde prestados por órgãos e instituições públicas Federais, Estaduais e Municipais, da Administração direta ou indireta e das Fundações mantidas pelo poder público e complementarmente pela iniciativa privada (LEI FEDERAL 8.080/90).
O Governo disponibiliza gratuitamente o SUS à população, independente de sua
renda e local de moradia, financiado com recursos do orçamento da seguridade
social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras
fontes. O SUS foi criado pela Constituição Federal de 1988 e regulamentado pelas
Leis n.º 8080/90 (Lei Orgânica da Saúde) e nº 8.142/90, que dispõe sobre a
participação da comunidade na gestão do SUS e sobre as transferências
intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras
providências, com a finalidade de modificar a situação de desigualdade na
assistência à Saúde da população.
A VIII Conferência Nacional da Saúde foi considerada um marco histórico,
consagrando os princípios e diretrizes dispostos no o Art. 7° do capítulo II, da lei nº
8.080, de 19 de setembro de 1990:
• UNIVERSALIDADE - o acesso às ações e serviços deve ser garantido a
todas as pessoas, independentemente de sexo, raça, renda, ocupação, ou
outras características sociais ou pessoais;
• EQUIDADE - é um princípio de justiça social que garante a igualdade da
assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie. A
rede de serviços deve estar atenta às necessidades reais da população a ser
atendida;
• INTEGRALIDADE - significa considerar a pessoa como um todo, devendo as
ações de saúde procurar atender a todas as suas necessidades.
Destes derivaram alguns princípios organizativos:
• HIERARQUIZAÇÃO - Entendida como um conjunto articulado e contínuo das
ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para
cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema; referência e
contra-referência;
• PARTICIPAÇÃO POPULAR - ou seja, a democratização dos processos
decisórios consolidado na participação dos usuários dos serviços de saúde no
chamado Conselhos Municipais de Saúde;
• DESENCENTRALIZAÇÃO POLÍTICA ADMINISTRATIVA - Consolidada com
a municipalização das ações de saúde, tornando o município gestor
administrativo e financeiro do SUS.
Segundo o Art. 5 e 6 do capítulo I, da lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, os
objetivos e as atribuições do SUS foram assim definidos:
• Identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da
saúde;
• Formular as políticas de saúde;
• Fornecer assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção,
proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações
assistenciais e das atividades preventivas;
• Executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica ;Executar ações
visando a saúde do trabalhador;
• Participar na formulação da política e na execução de ações de saneamento
básico;
• Participar da formulação da política de recursos humanos para a saúde;
• Realizar atividades de vigilância nutricional e de orientação alimentar;
• Participar das ações direcionadas ao meio ambiente;
• Formular políticas referentes a medicamentos, equipamentos,
imunobiológicos, e outros insumos de interesse para a saúde e a participação
na sua produção;
• Controle e fiscalização de serviços, produtos e substâncias de interesse para
a saúde;
• Fiscalização e a inspeção de alimentos, água e bebidas para consumo
humano;
• Participação no controle e fiscalização de produtos psicoativos, tóxicos e
radioativos;
• Incremento do desenvolvimento científico e tecnológico na área da saúde;
• Formulação e execução da política de sangue e de seus derivados.
O SUS embora definido na Constituição Federal de 1988, na qual destina
esforços para a aplicação da saúde como um direito fundamental, só foi
regulamentado em 19 de setembro de 1990, através da lei de 8.080 que relata a
forma de organização e de concepções do sistema.
De acordo com Rouquayrol & Almeida Filho (2003), os níveis de atenção a
saúde dividem-se em:
• Atenção primária à saúde: constitui o primeiro contato de indivíduos,
famílias e comunidade com o sistema nacional de saúde. É baseado em
métodos práticos, cientificamente evidentes e socialmente aceitos.
Realizada no período pré-patogênico e se compõem em dois níveis:
promoção à saúde e proteção específica. No primeiro nível, as medidas
adotadas não são dirigidas a nenhuma doença ou agravo específico,
causa impacto à saúde da coletividade. Já a proteção específica,
compreende a aplicação de medidas dirigidas a determinado agravo à
saúde com o objetivo de interceptar suas causas, antes que atinja o
indivíduo.
• Atenção secundária à saúde: é composta de consultórios especializados e
de pequenos hospitais. É realizada no indivíduo sobre ação do agente
patogênico. As medidas preventivas neste nível incluem: diagnóstico
precoce, tratamento imediato e limitação da incapacidade. As duas
primeiras medidas citadas visam evitar a disseminação da doença e
recuperar a saúde, a limitação da incapacidade, por meio de medidas de
ordem terapêutica, consiste em evitar complicações posteriores e
seqüelas.
• Atenção terciária à saúde: é constituído por grandes hospitais gerais e
especializados que concentram a tecnologia compatível com as
especialidades médicas, servindo de referência para os demais serviços.
Corresponde as medidas adotadas após a sobrevinda da conseqüência da
doença, representada pela instalação de deficiências funcionais. O
objetivo consiste em alcançar a recuperação total ou parcial, através dos
processos de reabilitação e de aproveitamento das capacidades funcionais
remanescentes.
Com a finalidade de superar as necessidades apontadas, os gestores do SUS
criam o Pacto pela Saúde 2006, expresso nas Portarias n°399, de 22 de fevereiro de
2006, e n° 699, de 30 de março de 2006, que reafirma a importância da participação
e no controle social nos processos de negociação e pactuação, são caracterizados
por três dimensões: Pacto pela Vida, Pacto pela Defesa do SUS e Pacto de Gestão
do SUS.
O Pacto pela Vida significa que os estados/região/município devem pactuar
as ações necessárias para o alcance das metas e dos objetivos propostos. São seis
as prioridades pactuadas: Saúde do idoso; Controle do câncer de colo de útero e de
mama; Redução da mortalidade infantil e materna; Fortalecimento da capacidade de
respostas às doenças emergentes e endemias, com ênfase na dengue, hanseníase,
tuberculose, malária e influenza; Promoção da Saúde e Fortalecimento da Atenção
Básica.
O Pacto considera a pessoa idosa com 60 anos ou mais e segue as seguintes
diretrizes: Promoção do envelhecimento ativo e saudável; Atenção integral e
integrada à saúde da pessoa idosa; Estímulo às ações intersetoriais, visando à
integralidade da atenção; A implantação de serviços de atenção domiciliar; O
acolhimento preferencial em unidades de saúde, respeitado o critério de risco;
Provimento de recursos capazes de assegurar qualidade da atenção à saúde da
pessoa idosa; Fortalecimento da participação social; Formação e educação
permanente dos profissionais de saúde do SUS na área de saúde da pessoa idosa;
Divulgação e informação sobre a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa para
profissionais de saúde, gestores e usuários do SUS; Promoção de cooperação
nacional e internacional das experiências na atenção à saúde da pessoa idosa;
Apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas.
Em relação à pessoa idosa foram criadas diversas ações estratégicas,
ressaltando o Manual de Atenção Básica e Saúde para a Pessoa Idosa; Implementar
programa de educação aos profissionais da rede de atenção básica em relação ao
processo de envelhecimento; Reorganizar o processo de acolhimento à pessoa
idosa nas unidades de saúde, Instituir avaliação geriátrica global realizada por
equipe multidisciplinar, a toda pessoa idosa internada em hospital que tenha aderido
ao Programa de Atenção Domiciliar.
2.2 O PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA (PSF)
2.2.1 A Implementação da Atenção Básica
Desde que a saúde foi instituída como um direito de todos e dever do Estado,
na década de 90, a principal ênfase das ações e serviços desenvolvidos pelo SUS
em políticas públicas foi a mudança do modelo de atenção à saúde, priorizando o
nível de Atenção Básica, ocorrendo o avanço no processo de municipalização e no
estabelecimento de novas sistemáticas para o financiamento das ações e serviços
de saúde. Surgindo diversos modelos assistenciais tais como: vigilância em saúde,
ações programáticas de saúde, saúde da família, etc.
O Pacto pela Saúde 2006 fortalece política Nacional de promoção da saúde e
Atenção Básica à Saúde, que visa consolidar e qualificar a estratégia de saúde da
família dos pequenos e médios centros urbanos e ampliar e qualificar os grandes
centros urbanos, garantindo-lhes infra-estrutura e financiamento de recursos
materiais e equipamentos para o funcionamento das Unidades Básicas de Saúde
(UBS), considerando as suas diferenças loco-regionais.
2.2.2 Surgimento do PSF
O PSF foi concebido pelo Ministério da Saúde (MS) em 1994, aderindo à
experiência anterior do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS).
As intervenções das equipes de saúde da família (ESF) estão centradas na
família e o seu contexto físico-social, intervindo no processo saúde-doença, indo
além de práticas curativas. Ganhando força em 6 de novembro de 1996 com a
publicação da Norma Operacional Básica do SUS de 1996 (NOB 96), que ressalta a
implantação do PSF como conjunto de medidas e iniciativas que visam o
fortalecimento da Atenção Básica, segundo os princípios e diretrizes do SUS.
É dada ao PSF a missão de mudar o modelo assistencial para a saúde, e essa mudança deve se caracterizar quando tiver um modelo que seja usuário-centrado. Contudo, ao que parece, não há uma real desburocratização do acesso aos serviços, visto que o atendimento às urgências, que é muito importante do ponto de vista do usuário, não torna-se ponto forte de sua agenda de trabalho. Os serviços que não conseguem criar esta agenda, tem se mostrado como de baixa credibilidade para os usuários (CHAKKOUR et al., 1992).
O Programa ocorre segundo a NOB 96 quando os municípios aderem a
gestão “Plena de Atenção Básica”, responsabilizando-se por serviços de clínica
geral, pediatria, gineco-obstetrícia ou adere à “Plena do Sistema Municipal de
Saúde”, que inclui serviços de atenção de média e alta complexidade de saúde.
Para um modelo de assistência centrado no usuário, faz-se necessário a
intervenção de uma equipe multiprofissional, com ações de Acolhimento, Vínculo e
Resolução.
Acolhimento é um arranjo tecnológico que busca garantir acesso aos usuários
com o objetivo de escutar todos os pacientes, resolver os problemas mais simples
e/ou referenciá-los se necessário (CARVALHO; CAMPOS 2000).
Segundo Campos (1997), o vínculo com os usuários do serviço de saúde
amplia a eficácia das ações de saúde e favorece a participação do usuário durante a
prestação do serviço.
A estratégia do PSF propõe uma nova dinâmica para a estruturação dos serviços de saúde, bem como para a sua relação com a comunidade e entre os diversos níveis de complexidade assistencial. Assume o compromisso de prestar assistência universal, integral, equânime, contínua e acima de tudo resolutiva à população na unidade de saúde e no domicílio, sempre de acordo com suas reais necessidades, identificando os fatores de riscos, aos quais ela está exposta, e nele intervindo de forma apropriada (SOUSA, 2000).
2.2.3 Estrutura e organização do Programa Saúde da Família
A Idéia central teórica do PSF é a vigilância à saúde, centrado no território, cuja norma se detém precisamente às ações no ambiente.
O objetivo do PSF, segundo Merhy & Franco (2000), refere-se à:
Reorganização da prática assistencial em novas bases e critérios, em substituição ao modelo tradicional de assistência, orientado para a cura de doenças no hospital. A atenção está centrada na família, entendida e percebida a partir do seu ambiente físico e social, o que vem possibilitando às equipes da Família uma compreensão ampliada do processo saúde/doença e da necessidade de intervenções que vão além de práticas curativas.
Esses autores ressaltam quatro princípios básicos do PSF:
1. Caráter substitutivo - alteração das práticas convencionais de assistência por
um novo processo de trabalho, concentrado na vigilância à saúde;
2. Integralidade e hierarquização - adoção da Unidade de Saúde da Família
(USF) como primeiro nível de ações e serviços do sistema local de saúde;
3. Territorialização e adscrição da clientela - incorporação do território enquanto
espaço de abrangência definida;
4. Equipe multiprofissional - composição realizada por um médico generalista
ou médico de família, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e de quatro
a seis agentes comunitários de saúde.
Campos (1992) propõe a estruturação de equipes multiprofissionais, às quais se
adscrevem um dado número de usuários. Ou seja, responsabilizar cada equipe por
uma quantia de pacientes que procuram espontaneamente a unidade de saúde e
lidar com os problemas coletivos.
Conforme o MS, o PSF adota 600 a 1.000 famílias por equipe, num determinado
território, servindo como “porta de entrada” do serviço de saúde.
O MS preconiza atribuições para cada um dos membros dessa ESF, que são em
linhas gerais:
• Enfermeiro: realizar cuidados diretos de enfermagem, fazendo a indicação
para a continuidade da assistência prestada; consulta de enfermagem,
solicitar exames complementares, prescrever/transcrever medicações;
planejar, gerenciar, coordenar, executar e avaliar a USF; supervisão e
coordenação das ações dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e de
auxiliares de enfermagem.
• Médico: realizar consultas e procedimentos na USF e no domicílio; ações de
assistência integral em todas as fases do ciclo de vida e gêneros.
• Auxiliar de enfermagem: realizar procedimentos de enfermagem dentro das
suas competências técnicas e legais, nos diferentes ambientes, USF e nos
domicílios.
• ACS: realizar mapeamento de sua área; cadastramento das famílias, com
atualização permanentemente através de visitas domiciliares mensais;
identificação de indivíduos e famílias expostos a situações de risco.
A composição das ESF vem ao longo do tempo sendo alteradas, além desses
profissionais supracitados, que compunham inicialmente estas ESF, foram
incorporados no ano 2000 os profissionais odontólogos, um atendente de consultório
odontológico ou um técnico de higiene bucal.
Em 4 de julho de 2005, o MS através da portaria de n° 1065, artigo 6° define que
a implantação de modalidades em separado deve assegurar, para fins de
financiamento, a presença mínima de dois profissionais por modalidade, exceto na
modalidade Alimentação/ Nutrição e Atividade Física, que deve ter no mínimo três
profissionais.
No Art. 7º da mesma portaria ressalta que a composição das diversas
modalidades deve respeitar as definições a seguir:
I. Alimentação/Nutrição e Atividade Física – nutricionista, profissional
de educação física e instrutor de práticas corporais;
II - Atividade Física - profissional de educação física e instrutor de
práticas corporais;
III - Saúde Mental - psicólogo, psiquiatra, terapeuta ocupacional e
assistente social, sendo obrigatória a presença do psicólogo ou de
psiquiatra e de pelo menos mais um profissional entre os mencionados;
IV - Reabilitação - fisioterapeuta, fonoaudiólogo, terapeuta
ocupacional e assistente social, sendo obrigatória a presença do
fisioterapeuta e de pelo menos mais um profissional entre os
mencionados.
Em conformidade com o princípio da integralidade, a abordagem do
profissional da ESF não deve se restringir à assistência curativa, buscando
dimensionar fatores de risco à saúde identificar os problemas de saúde na
comunidade adscrita, mediante a visita domiciliar, até acompanhamento ambulatorial
dos casos diagnosticados (tuberculose, hanseníase, hipertensão, diabetes, entre
outras enfermidades) com o fornecimento de medicamentos e, por conseguinte, a
execução de ações preventivas, a exemplo as educativas e intersetoriais
relacionadas com os problemas de saúde identificados e prestar assistência integral
às famílias sob sua responsabilidade, voltadas para a melhoria do auto-cuidado dos
indivíduos, no âmbito da atenção básica. Espera-se que os integrantes das equipes,
também compartilhem conhecimentos e informações, a fim de melhorar a qualidade
de vida dos usuários.
No âmbito do PSF, a educação em saúde figura como uma prática prevista e
atribuída a todos os profissionais que compõem a ESF (BRASIL, MINISTÉRIO DA
SAÚDE, 1997).
A principal crítica a este modelo de educação refere-se que ao tomar o
usuário como objeto das práticas educativas, ocorre a não consideração de
determinantes psicossociais e culturais dos comportamentos de saúde, como os
valores, crenças e representações sobre processo saúde-doença, que são outras
formas de saber.
Quando o trabalho sob o modelo médico-centrado, ocorre a subordinação das
ações de outros profissionais em relação ao saber do médico, diminuindo, a ação
cuidadora da equipe, empobrecendo a possibilidade de incorporação de outros
saberes para ampliação da ação clínica e o campo de busca de solução para os
problemas.
2.2.4 Importância da Clínica Ampliada no Programa Saúde da Família
A importância do trabalho em equipe é destacada por diversos autores dentre
eles Sherer & Campos (1987); Testa (1992), Campos (1997), Peduzzi (1998),
Fortuna (1999), Guimón (2002).
No PSF, o trabalho em equipe está colocado como um dos pilares para o
alcance de sua finalidade, como uma estratégia para a mudança do atual modelo de
saúde (CIAMPONE & PEDUZZI, 2000). Favorecendo o processo de reorganização
do processo de trabalho e enquanto possibilidade de uma abordagem mais integral
e resolutiva.
O trabalho em equipe necessita de supervisão com a finalidade de adquirir
flexibilidade nos atendimentos aos usuários, devido uma equipe caracterizar-se de
uma rede de relações entre pessoas apresentando dificuldades de ordem técnica e
interpessoal.
Quando se pensa em clínica imagina-se um médico prescrevendo um
remédio, ou solicitando algum exame ao paciente, a clínica precisa ser mais do que
isso, já que as pessoas não se resumem apenas a doença que possui.
A clínica ampliada para o MS é um compromisso radical com o doente visto
de modo singular, devendo assumir a responsabilidade sobre os usuários dos
serviços de saúde, buscando ajuda em outros setores (intersetorialidade),
reconhecendo os limites de conhecimento dos profissionais de saúde e das
tecnologias por eles empregadas e assumindo o compromisso ético profundo.
Sobre a forma e organização da equipe, nada nos garante o trabalho voltado
para as práticas multiprofissionais sejam adotadas pelo PSF com a dinâmica médico
centrada do modelo hegemônico atual, que enfraquece em demasia a proposta do
PSF. A população cada vez mais continua se dirigindo as Unidades de Pronto
Atendimento e Prontos Socorros, em razão da inexistência de um esquema para
atendê-la e dar uma resposta satisfatória aos seus problemas agudos de saúde.
2.2.5 As Visitas Domiciliares
As visitas domiciliares não são de caráter exclusivo do PSF, podendo ser
utilizado e praticado por várias redes de serviços, em qualquer estabelecimento de
saúde.
O interessante seria que fossem realizar as visitas domiciliares, apenas
profissionais que têm função específica da vigilância à saúde, como os ACS, ou
profissionais com indicação explícita para elas.
A visita domiciliar compulsória pode significar intromissão nas vidas das
pessoas, limitando seu grau de privacidade e liberdade, ou tornar-se pouco eficiente,
a visitação de médicos e enfermeiros, por exemplo, sem que os mesmos
reconheçam o seu papel no domicílio.
2.3 ESTATÍSTICAS DO PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA NO BRASIL
No Brasil, o MS escolheu dá ênfase ao PSF, que serviu como porta de
entrada do SUS, garantindo a universalização, pelo menos na atenção básica. O MS
criou um órgão denominado Departamento de Atenção Básica, que visa a execução
de atividades, voltadas para o modelo assistencial do SUS, dando ênfase as ESF,
visando a sua qualificação, capacitação, avaliação e monitoramento desse modelo,
para fortalecer a integralidade da atenção à saúde.
No país, verifica-se que de acordo com o MS, em 1998, há 55.647 unidades
ambulatoriais, das quais 31.342 constituem-se de UBS, há em média 1 UBS para
cada 5.424 habitantes, valor superior àquele recomendado pela Organização
Mundial da Saúde (OMS) (1 para cada 20 mil habitantes). Este fato só demonstra no
novo modelo assistencial a importância da UBS no Brasil, junto à Rede Básica
Assistencial Local e a necessidade da atuação do PSF, que a sua maior parte já
opera em sintonia com as UBS.
Em 1998, Ministério da Saúde forneceu incentivos à atenção básica, com a
instituição do Piso da Atenção Básica (PAB) e dos municípios serem estimulados a
incorporar os programas que lhes acrescentam receita financeira. Esses recursos
incentivados pelo MS, como é o caso do PSF, por sua vez não poderão ser
redirecionados para outros fins na área de saúde, impedindo que muitos municípios
que não tem recursos nem para manter a unidade básica, quanto mais outros
serviços de saúde, definam livremente sua política de saúde.
Segundo o MS, no período de 1994-2007, foi notado crescimento em relação
aos serviços do PSF, as ESF por 1 milhão de habitantes, em 1994, a cobertura
populacional era 1,1, presente em 55 municípios ao passo que em 2007 esse
número cresceu para 86,7 na cobertura populacional e atua em 5.110 municípios.
Gráfico 1: Cobertura populacional do PSF
Fonte: SIAB – Sistema de Informação de Atenção Básica
A atuação do PSF, não diferencia muito dos programas de cunho neoliberal,
pois priorizam despesas de baixo custo, de preferência focadas na população de
baixa renda. Há uma preocupação que a escassez de recursos e a ênfase na
atenção básica possam causar o desfinanciamente à saúde de média e alta
complexidade, o que implicará a busca de serviços do setor privado, de fato só
investigações mais acuradas poderão dizer se está realmente havendo o
desfinanciamento.
O PSF trabalha com a idéia de que altos salários garantem bom atendimento,
viabilizando o trabalho diferenciado do médico e sua “interiorização” é um equívoco
pensar que só a remuneração vai proporcionar um atendimento acolhedor aos
usuários, sobretudo é a criação de uma nova relação entre profissional e usuário,
em que ambos são produtores de saúde.
É difícil imaginar que a adoção deste programa seja igual em todos os
municípios desse país. Esta heterogeneidade tem levado vários municípios
adaptarem o programa incentivado pelo MS, às suas realidades locais.
2.4 PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA EM PARNAMIRIM
Parnamirim é um Município Pólo da Grande Natal, situada no Estado do Rio
Grande do Norte, distando 20 quilômetros da mesma, com população de 149.575
habitantes. Em seu território está presente o Aeroporto Internacional Augusto
Severo; A Barreira do Inferno; Maior Cajueiro do Mundo; além de belíssimas praias
como Cotovelo e Pirangí do Norte.
Parnamirim possui 10 Centros de saúde, inclusive UBS, são 36 ESF, com
cobertura em 86,49% do território (Secretaria Municipal de Saúde (SMS) -
PARNAMIRIM).
O Programa de Expansão e Consolidação da Saúde da Família (PROESF),
da Oficina Macro-Regional Nordeste, relata as vantagens dos modelos de atenção
de UBS. Ele cita as vantagens do PSF em Parnamirim que são: Cuidado integral;
Saúde mais próxima do usuário; Co-responsabilidade partilhada, ou seja,
profissionais de saúde versus usuário e vice-versa; Vinculação; Aumento real da
demanda; Boa resolutividade.
Na SMS são inexistentes os dados de pessoas com deficiência. Em 2002
alguns órgãos cadastraram essas pessoas: o Sistema de Informação de Atenção
Básica (SIAB) cadastrou 142 pessoas com deficiência, a Secretaria Municipal de
Educação (SME) cadastrou 71 pessoas com deficiência e o Centro Municipal de
Reabilitação (CMR) e Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS) cadastrou
70 pessoas, esse baixo número registrado pelo SIAB foi baseado nas observações
das demandas que ora chegavam às diversas secretarias.
Em 2003 foi realizado um questionário para diagnóstico de identificação da
pessoa com deficiência do Município de Parnamirim, com Capacitação pela
Subcoordenadoria para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência/CORDE-RN
de 4 grupos de ACS, com 172 no total, a aplicação se dava em Microárea /ACS, nas
casas onde moravam essas pessoas com deficiência.
Em relação à concentração de pessoas com deficiência por 100 famílias nos
bairros, foi detectado que o bairro de Liberdade é o que possui maior índice, 7
pessoas por 100 famílias, em seguida, o bairro de Santos Reis, com o índice de 6,3
e em terceiro lugar, com 5,2, o bairro de Santa Tereza. Acredita-se que esses
bairros sejam área de concentração de pessoas com deficiência, graças a um
diferencial sócio sanitário e constituir-se em área de lixão.
Em relação à distribuição de motivos para exclusão do tratamento, com 25
pontos, a falta de recursos financeiros é a maior causa de exclusão, a segunda
maior causa empatou com 9 pontos é a falta de transporte e de interesse, em
seguida vem o fechamento da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais
(APAE), com 7 pontos. Acredita-se que a causa da exclusão do tratamento em
relação à falta de recursos financeiros, é a mesma citada anteriormente, em razão à
concentração dessa população em áreas de lixão e falta de saneamento,
conseqüentemente, áreas mais pobres.
Em entrevista no CMR sobre a população de maior dificuldade de acesso à
reabilitação, foi relatado que é a população idosa, devido à dificuldade de locomoção
dos mesmos.
A SMS garante através de propostas de ações de promoção à saúde a
Implantação de serviços de Assistência Domiciliar Terapêutica, para cuidados
básicos aos usuários impossibilitados de locomoção.
Em 1946 a OMS, através da Carta de Declaração de Princípios (OMS, 1976),
estabelece que “saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e
não apenas a ausência de distúrbios ou doenças”.
Se saúde fosse ausência de doença, à medida que fossemos envelhecendo,
pouco seríamos saudáveis, as doenças infecciosas foram substituídas pelas
diversas doenças crônicas, como as maiores causas de morbimortalidade, dentre
elas as artropatias, o diabete, a hipertensão arterial e também o desenvolvimento de
deficiências como a auditiva e visual.
Por isso, a OMS adverte que a saúde do idoso é melhor avaliada em termos
de função, levando-se em conta, sempre, as dimensões física, psíquica e social.
3 O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO
O envelhecimento é um processo dinâmico e progressivo onde há modificações tanto morfológicas como funcionais, bioquímicas e psicológicas que determinam progressiva perda da capacidade de adaptação do indivíduo ao meio ambiente, ocasionando maior vulnerabilidade e maior incidência de processos patológicos que terminam por levá-los à morte (CARVALHO FILHO & ALENCAR, 1994).
O envelhecimento é um direito personalíssimo e a sua proteção um direito
social (Art. 8o LEI No 10.741, DE 1º DE OUTUBRO DE 2003).
A população idosa consiste em indivíduos de 65 anos de idade ou mais. A
população subdivide-se em “idosos-jovens” de 65 a 74 anos de idade, indivíduos
“idosos-idosos” com mais de 75 anos e indivíduos “muito idosos” com mais de 85
anos.
O processo de envelhecimento é complexo e inescapável, prevalecendo cada
vez mais as doenças degenerativas e o declínio fisiológico em vários sistemas do
corpo (FREITAS, 2002).
Dá-se o nome de senescência o processo natural de envelhecimento ou o
conjunto de fenômenos associados a este processo. Este conceito se opõe à
senilidade, também denominado envelhecimento patológico, e que é entendido
como os danos à saúde associados com o tempo, porém causados por doenças ou
maus hábitos de saúde.
Essas alterações podem ocorrer nas esferas internas que são: o substrato
cognitivo-neuromuscular, capacidades de primeiro nível e as capacidades
desenvolvidas, já as esferas externas são: situações sociais e respostas ao meio
ambiente.
No substrato cognitivo-neuromuscular não há dúvida de que fatores genéticos
influenciam o processo de envelhecimento (FINCH, 1990). O que mais preocupa em
relação ao envelhecimento é a predisposição genética à doença e incapacidade,
como o diabetes tipo II, alguns tipos de câncer e hipertensão. Rowe; Kahn, (1998),
mostram que é possível reduzir à metade ou mais o risco da maioria dos distúrbios
genéticos pela modificação de comportamentos.
As capacidades de primeiro nível envolvem alterações relacionadas à idade,
nos sistemas: sensorial, neuromuscular, cardiovascular e cognitivo.
Algumas alterações sensoriais ocorrem normalmente com o envelhecimento;
outras resultam de processos patológicos comuns em idosos (AIKEN, 1995;
HOOPER, 2001). O idoso pode apresentar deterioração visual, essas incluem
presbiopia, catarata, glaucoma e retinopatia diabética (NAEYAERT, 1990); A perda
da audição associada ao processo de envelhecimento, conhecida como
presbiacusia, afeta cerca de 60% dos indivíduos acima de 60 anos (LAI, 1990);
alterações no sistema vestibular, que pode acarretar em quedas; diminuição da
sensibilidade tátil na palma das mãos e na sola dos pés, na sensibilidade dolorosa e
diminuição da propriocepção articular; diminuição da percepção de odores corporais
e ambientais, alterações no paladar, como diminuição na sensação gustativa.
O processo de envelhecimento normal acarreta ao idoso algumas alterações
neuromusculares, que envolvem o sistema nervoso central, o sistema nervoso
periférico e neuromuscular.
No Sistema Nervoso Central (SNC), Medina (1996) relata que o cérebro
atrofia e o espaço cefalorraquidiano aumenta. O número de sinapses se reduz e os
neurotransmissores se alteram. Além disso, há presença de placas e emaranhados
neurofibrilares (DAYAN, 1970).
No Sistema nervoso periférico (SNP), a velocidade de condução diminui com
o avanço da idade (LEWIS & BOTTOMLY, 1994) e o número das fibras nervosas
motoras diminui (O’SULLIVAN & SWALLOW, 1968).
Essas mudanças no SNC poderão acarretar alterações cognitivas que
ocorrem na inteligência, solução de problemas, raciocínio abstrato, memória,
processamento da memória e atenção. Ocorre dificuldade em lembrar nomes ou
onde foi posto um objeto. Em alguns casos, o treinamento de memória tem ajudado
a minimizar as diminuições funcionais associadas (RILEY, 2001). As demências são
comuns em idosos, prevalecendo a doença de Alzheimer, um distúrbio
neurodegenerativo do SNC que leva a incapacidade e óbito.
No Sistema Musculoesquelético ocorre diminuição de força e flexibilidade, há
aumento de tecido adiposo e conjuntivo, o número e o tamanho das fibras
musculares também diminuem com a idade. A perda da densidade óssea ocorre
mais acentuadamente nas mulheres, sobretudo na fase pós-menopausa, podendo
acarretar osteoporose (FREITAS, 2002). A cartilagem fica opaca, com um aumento
de fendas e desgaste (MEDINA, 1996) isso deve-se aos efeitos da carga de peso,
estresse sobre as articulações e efeitos de doenças. Estas alterações no sistema
musculoesquelético podem resultar em diversas patologias ao idoso. A artrite, a
osteoporose, doenças do tecido conjuntivo, lesões ortopédicas por quedas e
traumas e distúrbios do movimento repetitivo são os mais prevalentes em idosos
(AIKEN, 1995; TIDEIKSAAR, 2001).
Nas alterações Cardiovasculares, as articulações da parede torácica tornam-
se rígidas, os músculos do diafragma aplanam-se e a parede do tórax assume uma
forma em barril e fica menos complacente (DEAN, 2001).
As alterações no substrato cognitivo-neuromuscular e nas capacidades de
primeiro nível podem acarretar diversas alterações nas respostas voluntárias,
podendo interferir em diversas atividades, como, levantar-se de uma cadeira ou
rapidez de uma marcha, a falta de destreza e coordenação prejudica o cuidado
pessoal.
As habilidades e capacidade físicas afetadas pelo envelhecimento normal
são: alinhamento postural, equilíbrio e instabilidade nas alterações posturais;
coordenação motora geral; coordenação motora fina; força e resistência; rapidez
para andar; extensão e altura das passadas e tempo de reação.
As atividades e hábitos dessa população se restringem mais ao ambiente
familiar, outros podem ser ativos em diverso passatempo, relações sociais e
cuidados pessoais (TROMBLY, 2005).
A somatória desses fatores pode agravar a condição de saúde dos idosos, de maneira a conduzi-la ao colapso das funções e à morte. Antes disto, os efeitos gerados são comparáveis a “perdas em cascata”, que demandam cuidados de alto custo e de longa duração (FREITAS, 2002).
O envelhecimento acompanhado de limitações acarreta em restrições na
participação do indivíduo nas Atividades de vida diária (AVD), nas atividades
instrumentais de vida diária (AIVD) e nas atividades de lazer.
A Terapia Ocupacional centra a sua atuação nesta participação e através dos
processos de avaliação e de intervenção, promove aumento e/ou manutenção da
independência, da autonomia e uma melhora da sua qualidade de vida dos idosos.
3.1 IMPEDIMENTOS A FUNÇÃO OCUPACIONAL
As alterações demográficas que vêm ocorrendo, com aumento da população idosa, e especialmente a de idosos mais velhos, elevam as chances de aparecimento de doenças crônico-degenerativas e, conseqüentemente, de perda de capacidades, dependência funcional e imobilidade (BARBOSA ET AL IN PAPALÉO, 2005).
O impacto da doença nos idosos acarreta conseqüências graves eles têm
maior probabilidade de ficar doentes, sofrerem lesão e/ou ter dois ou três problemas
crônicos, eles se recuperam mais lentamente que os jovens. Os idosos que
apresentam doenças e disfunção, principalmente na capacidade de banhar-se e
usar o toalete, estão mais propensos a serem institucionalizados.
Os fatores ambientais, como é o caso de outros clientes, os fatores
ambientais, tanto físicos como sociais, podem ter uma influência profunda sobre a
função.
Envelhecer pressupõe alterações físicas, psicológicas e sociais do individuo,
tais alterações são naturais e gradativas e requer uma adaptação ao meio.
Este processo de envelhecimento é complexo, prevalecendo cada vez mais
as doenças degenerativas e o declínio fisiológico em vários sistemas do corpo. Tais
alterações causam déficits nos componentes de desempenho, o que por sua vez
leva a deterioração em áreas do desempenho (AVDs, atividades produtivas e lazer)
e mudanças importantes em papéis ocupacionais.
3.2 ÍNDICE DE IDOSOS NO BRASIL E NO MUNICÍPIO DE PARNAMIRIM/ RN
O Brasil tem se tornado um país cada vez mais velho, se comparado com a
década passada. Comparando o censo de 1991 com o de 2000, verifica-se um
crescimento na proporção de pessoas com deficiência acima de 60 anos de idade,
nota-se que no ano de 1991 a população de idosos com deficiência era de 3,7%,
passando pra 49,64% em 2000, um aumento de 13 vezes.
Segundo Ramos et al. (1987), a faixa etária com 60 anos ou mais passará de
5% da população total, em 1960, para 14% em 2025. Semelhante à que é hoje
registrada em países desenvolvidos.
O envelhecimento da população brasileira dar-se-á, necessariamente, num
ritmo mais acelerado que aquele registrado nos países do Primeiro Mundo,
(CARVALHO; GARCIA, 2003). Devido à redução das taxas de fertilidade e um
aumento da longevidade.
A população idosa em Parnamirim é de 7.982 pessoas segundo o IBGE, a
maior taxa de internação da mesma é em virtude de Acidente Vascular Encefálico
(AVE) com índice de 28,36.
3.3 GERONTOLOGIA
Vieira (1996) define gerontologia como a ciência que estuda o envelhecimento enquanto processo que comporta aspectos biopsicossociais, de forma a buscar um nível ótimo de vida e de funcionamento, não só retardando o declínio físico e prolongando a vida, mas levando-a a ser mais significativa, com qualidade e com novas expectativas.
As ações de reabilitação visam permitir aos idosos, que possuem alguma
doença e incapacidade instalada permanecerem ativos e terem boa qualidade de
vida física e psicológica.
A reabilitação gerontológica consiste em uma ação integrada e
multidimensional de uma equipe multiprofissional, em que os profissionais devem
possuir uma visão abrangente do envelhecimento normal e patológico, com a
finalidade de possibilitar mesmo aos idosos com condições limitantes, uma boa
velhice.
Há diferenças entre circunstâncias que envolvem a reabilitação gerontológica.
Entre elas, a primeira a ser lembrada é que, a população idosa está mais propensa
às várias doenças crônicas ao mesmo tempo. Um idoso que possua somente
comprometimento motor, sem déficit cognitivo, não necessitará de supervisão em
suas atividades diárias, ao passo que, idosos além do comprometimento motor, que
tenham comprometimento cognitivo faz-se necessário constante supervisão do
mesmo.
Em segundo lugar, o idoso que possui limitações nas suas atividades diárias
tende ao isolamento social, portanto deverá levar em consideração sua história
ocupacional, a fim de, promover engajamento em atividades significativas.
A reabilitação gerontológica é um processo dinâmico e, como tal, devem
sofrer ajustes quando as necessidades do paciente e do familiar mudam (FREITAS,
2002).
A reabilitação geriátrica atua a partir do surgimento de doença ou desordem
visando a otimização da capacidade funcional, ao passo que a reabilitação
gerontológica atua na prevenção de riscos de disfuncionalidade englobando a
geriátrica.
Portanto, a “reabilitação preventiva”, ou intervenção precoce, visa à promoção
do envelhecimento saudável e a manutenção ou à recuperação, sempre que
possível, da máxima, capacidade funcional (FREITAS, 2002).
3.3.1 Fatores que influenciam o processo e os resultados da reabilitação
Em relação à idade, não a simples passagem de tempo, mas a ocorrências
associadas às idades que prejudica o seu desempenho nas atividades cotidianas.
Estudos afirmam que a reabilitação do idoso necessita de mais tempo e maior
número de tentativas para atingir resultados similares aos de adultos jovens.
A condição clínica do paciente tem importante papel do sucesso da
reabilitação, pois idosos que apresentam dor crônica limitante dificultam o
engajamento dos mesmos e dos familiares no processo de reabilitação.
A limitação é encarada por muitos idosos como algo muito restritiva,
acarretando em desejo de morte e abandono pelos mesmos.
O envolvimento familiar é muito importante na reabilitação, pois contribui para
que o tratamento tenha continuidade. As diversas modalidades de reabilitação
possibilitam uma maior tolerância ao tratamento.
Outro fator que influencia o processo de reabilitação é o custo da mesma,
tanto recursos públicos e/ou privados.
Quando instaladas, doenças e incapacidades podem ser melhoradas ou amenizadas por meio de ações de reabilitação que, idealmente, devem permitir aos idosos permanecerem ativos e terem boa qualidade de vida física e psicológica, mesmo na presença de doenças e incapacidades. Além disso, a reabilitação gerontológica pode reduzir ou retardar a deterioração da saúde dos idosos (FREITAS, 2002).
A avaliação gerontológica abrangente e em profundidade tem por objetivo
identificar limitações sensoriais, físicas cognitivas e psicossociais que afeta a
capacidade funcional dos idosos (FREITAS, 2002). Esta avaliação é feita baseada
em instrumentos que detectem dificuldade nas AVDs e AIVDs, na cognição; na visão
e a audição; sintomas depressivos; e o estado nutricional.
Para Freitas (2002) os elementos independência, saúde, segurança e
integração social ocupam lugar de destaque, uma vez que, com o processo de
envelhecimento, eles sofrem modificações significativas.
A atuação do terapeuta ocupacional tem como objetivo geral promover o
desempenho dos idosos nas AVD’S, nas AIVD’s, nas atividades de trabalho e nas
atividades de lazer (FREITAS, 2002).
Assim, a Terapia Ocupacional gerontológica visa manter, restaurar e melhorar
a capacidade funcional, mantendo o idoso ativo e independente o maior tempo
possível (FREITAS, 2002).
3.4 ÍNDICE DE DEFICIÊNCIA NO BRASIL
Tabela 1 - Proporção da população residente, com pelo menos uma das deficiências
Fonte: IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) Censo Demográfico, 2000
Grandes regiões
Total 0a14 anos
15a64 anos 65 anos ou mais
Brasil 14,5 4,3 15,6 54,0
Norte 14,7 4,6 18,1 63,2
Nordeste 16,8 5,2 18,7 62,3
Sudeste 13,1 3,7 13,5 48,0
Sul 14,3 3,7 15,1 53,5
Centro -Oeste 13,9 4,4 15,5 56,2
Comparando os dados colhidos no Censo Demográfico de 2000, com o censo
de 1991, revela um aumento da incidência de pessoas com deficiência no Brasil que
era de 1,50% da população, em 1991 para 14,5% em 2000. Esta alteração brusca
quanto ao número de pessoas com deficiências, deve-se na realidade a mudanças
nos instrumentos de coleta de dados adotados pela OMS e também o aumento da
população idosa no Brasil.
O IBGE realiza a cada dez anos um Censo Demográfico, com a finalidade de
conhecer as características do povo brasileiro. Mas no ano 2000, foi realizado o
maior e mais preciso recenseamento, a pesquisa passou a adotar um novo conceito
que permitiu o aprofundamento dos dados. No qual pesquisou sobre as pessoas
com deficiência, não somente com o intuito de identificar as deficiências, mas
quantificar os graus de severidade. Na tentativa de estabelecer critérios para
definição de deficiência, em 1989 foi publicado pela OMS o manual de classificação
das conseqüências das doenças ICDH (International Classification of Impairments,
Disabilities, and Handicaps) ou ICF (International Classification of Funcctioning,
Disability and Health). Este manual foi substituído em maio de 2001 quando a OMS
adotou a ICDH-2 que enfatiza o modelo social da incapacidade e não mais o modelo
médico.
Nesta nova versão consideram-se as atividades que um indivíduo que apresenta alterações de função e/ou da estrutura do corpo, pode desempenhar, assim como sua participação social (BUCHALLA, 2005).
Ao ser traduzido para o português o ICDH-2 foi intitulado como Classificação
Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF). Os capítulos contidos
na CIF são descritos com base na perspectiva do corpo, do indivíduo e da
sociedade, em três listas básicas: (1) Funções e Estruturas do corpo; (2) Atividades
e Participação e (3) Fatores Ambientais.
Segundo a CIF, Funções do corpo são as funções fisiológicas dos sistemas
corporais (incluindo as funções psicológicas).
As estruturas corporais são partes anatômicas do corpo como os órgãos,
membros e seus componentes (CIF).
Atividade é a execução de uma tarefa ou ação por um indivíduo e participação
o ato de se envolver em uma situação vital (CIF).
Os fatores ambientais constituem o ambiente físico, social e de atitudes em
que as pessoas vivem e conduzem sua vida (CIF).
O diagnóstico exato de deficiência para fins de benefícios amparados por lei
geralmente não é fácil, mas é fundamental que seja feito com exatidão permitindo
desta forma que a pessoa com deficiência tenha seus direitos individuais e sociais
assegurados, enquanto aquele que não apresenta deficiência não ocupe uma vaga
de trabalho reservada por lei ao individuo com deficiência.
A maior dificuldade na confirmação diagnóstica decorre da ausência de legislação esclarecedora e, ao mesmo tempo em que faltam instrumentos avaliativos confiáveis e profissionais preparados da área médica (MENDES; NUNES; FERREIRA, 2002).
O DECRETO n° 3.298/99 considera deficiência como sendo toda perda ou
anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica que
gere incapacidade para o desempenho de atividade, dentro do padrão considerado
normal para o ser humano. No Art. 4º, é considerada pessoa portadora de
deficiência a que se enquadra nas seguintes categorias:
• I - deficiência física - alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos
do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física,
apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia,
monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia,
hemiparesia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral,
membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades
estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de
funções;
• II - deficiência auditiva - perda parcial ou total das possibilidades auditivas
sonoras, variando de graus e níveis na forma seguinte:
a) de 25 a 40 decibéis (db) - surdez leve;
b) de 41 a 55 db - surdez moderada;
c) de 56 a 70 db - surdez acentuada;
d) de 71 a 90 db - surdez severa;
e) acima de 91 db - surdez profunda; e
f) anacusia;
• III - deficiência visual - acuidade visual igual ou menor que 20/200 no melhor
olho, após a melhor correção, ou campo visual inferior a 20º (tabela de
Snellen), ou ocorrência simultânea de ambas as situações;
• IV - deficiência mental - funcionamento intelectual significativamente inferior à
média, com manifestação antes dos dezoito anos e limitações associadas a
duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como:
a) comunicação;
b) cuidado pessoal;
c) habilidades sociais;
d) utilização da comunidade;
e) saúde e segurança;
f) habilidades acadêmicas;
g) lazer; e
h) trabalho;
• V - deficiência múltipla - associação de duas ou mais deficiências.
O questionário da amostra do Censo 2000 abordou as seguintes questões sobre o tema: a existência de deficiência mental permanente que limite as atividades habituais, como trabalhar, ir à escola, brincar, entre outras; avaliação da capacidade de enxergar, de ouvir; de caminhar e subir escadas; a existência de alguma deficiência física, como paralisia permanente total, paralisia permanente das pernas, paralisia permanente de um dos lados do corpo e falta de alguma das seguintes partes do corpo: perna, braço, mão, pé ou dedo polegar (IBGE, CENSO DEMOGRÁFICO 2000).
O Censo de 2000 constatou o maior índice de deficiências e não de pessoas
com deficiência, uma vez que as pessoas com múltiplas deficiências, que equivalem
a 10 milhões, foram contadas apenas uma vez. Verifique a tabela – 2 a seguir:
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000
Tabela 3-Distribuição das pessoas com deficiências por sexo e tipo de deficiência de
pessoas com deficiências.
Homem 7.259.074 3.295.071 3.018.218 1.545.46 2861.196 15.979.021
Mulher 9.385.768 4.644.713 2.716.881 1.299.474 554.864 18.601.700
Total 16.644.842 7.939.784 5.735.099 2.844.936 1.416.060 34.580.721
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000
Deficiências
(A)
Deficientes
(B)
Deficiências
Múltiplas
(A – B)
Homem 15.979.021 11.420.544 4.558.477
Mulher 18.601.700 13.179.712 5.421.988
Total 34.580.721 24.600.256 9.980.465
Tipo de
deficiência
Visual Motora Auditiva Mental Física Total de
deficiências
De acordo com o levantamento, com pelo menos uma das deficiências
enumeradas, são 11.420 544 milhões de homens, na qual prevalecem distúrbios
mentais, físicos e auditivos, o resultado é compatível com o tipo de atividade
desenvolvida pelos homens e mostra que os acidentes de trabalho vem contribuindo
no aumentando desses índices.
Este levantamento também mostra que são 13.179 712 milhões de mulheres
com deficiência, em que prevalece a incapacidade alguma ou grande dificuldade
permanente de enxergar e caminhar ou subir escadas, o que até certo ponto é
coerente porque elas dominam na composição por sexo da população e idade acima
de 60 anos.
Nota-se, que a deficiência visual é prevalente em ambos os sexos, acredita-
se que esse índice elevado de pessoas com deficiência visual no Brasil seja um
reflexo do crescimento populacional, aumento da expectativa de vida, a escassez de
atendimento especializado, as dificuldades de acesso da população à assistência
oftalmológica, a distância para percorrer para obter assistência, principalmente nas
zonas rurais, ao custo do tratamento, ao desconhecimento da possibilidade de
recuperação visual, ao medo de hospitais, de médicos e da própria cirurgia ocular. A
cegueira infantil também possui diversos fatores como: Avitaminose A, sarampo,
rubéola, meningite e prematuridade, já que o bebê prematuro é exposto ao excesso
de oxigênio nas incubadoras.
A OMS prevê o acelerado crescimento da cegueira de um a dois milhões de
casos por ano, provavelmente dobrando o número do total de casos ao redor do ano
2020. O que mais chama atenção é que 80% dos casos de cegueira e distúrbios
visuais poderiam ter sido evitados, através de esforços educativos que promovam a
prevenção e acesso a tecnologias de apoio as pessoas com deficiência visual.
3. 4.1 O idoso e a deficiência física
No Artigo 5°, do Capítulo II, do Decreto 5.296, de 2 de Dezembro de 2004 é
considerada sendo uma pessoa com deficiência física aquela que apresenta:
Alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções.
É a disfunção ou interrupção dos movimentos de um ou mais membros:
superiores, inferiores ou ambos e conforme o grau do comprometimento ou tipo de
acometimento fala-se em paralisia ou paresia (SOUZA, P. A, 1994).
A portaria nº 1.675, de 6 de outubro de 2006 entende por paralisia a
incapacidade de contração voluntária de um músculo ou grupo de músculos,
resultante de uma lesão orgânica de natureza destrutiva ou degenerativa.
A portaria supracitada ainda relata a classificação das paralisias conforme a
localização e a extensão das lesões:
a) paralisia isolada ou periférica - quando é atingido um músculo ou um grupo de
músculos;
b) monoplegia - quando são atingidos todos os músculos de um só membro;
c) hemiplegia - quando são atingidos os membros superiores e inferiores do mesmo
lado, com ou sem paralisia facial homo-lateral;
e) paraplegia ou diplegia - quando são atingidos os membros superiores ou os
inferiores, simultaneamente;
f) triplegia - quando resulta da paralisia de três membros;
g) tetraplegia - quando são atingidos os membros superiores e os inferiores.
As causas da deficiência física em adultos e idosos podem ocorrer após uma
lesão medular, aneurisma, acidente vascular cerebral ou outros problemas.
São diversos os tipos de deficiência física dentre eles:
• Lesão cerebral (paralisia cerebral (por prematuridade; anóxia perinatal;
desnutrição materna; rubéola; toxoplasmose; trauma de parto e subnutrição) e
hemiplegias (por AVE; aneurisma cerebral e tumor cerebral));
• Lesão medular por ferimento por arma de fogo; ferimento por arma branca;
acidentes de trânsito; mergulho em águas rasas; Traumatismos diretos;
quedas; processos infecciosos e processos degenerativos, resultando em
tetraplegias ou paraplegias;
• Miopatias (distrofias musculares);
• Patologias degenerativas do sistema nervoso central (esclerose múltipla,
esclerose lateral amiotrófica);
• Lesões nervosas periféricas;
• Amputações (causas vasculares; traumas; malformações congênitas e causas
metabólicas);
• Seqüelas de politraumatismos;
• Malformações congênitas: por exposição à radiação; uso de drogas e causas
desconhecidas;
• Distúrbios posturais da coluna;
• Seqüelas de patologias da coluna;
• Distúrbios dolorosos da coluna vertebral e das articulações dos membros;
• Artropatias por processos inflamatórios; processos degenerativos; alterações
biomecânicas; hemofilia e distúrbios metabólicos.
• Reumatismos inflamatórios da coluna e das articulações;
• Lesões por esforços repetitivos (L.E.R);
• Seqüelas de queimaduras.
Fatores como acidentes de trânsito, violência urbana; sedentarismo, maus
hábitos alimentares, epidemias/endemias, agentes tóxicos, tabagismo uso de drogas
e falta de saneamento básico contribuem para a instalação das deficiências
supracitadas.
Com o aumento da expectativa de vida no Brasil, muitas das causas das deficiências
estão associadas às doenças crônicas degenerativas.
As doenças cerebrovasculares é a primeira causa de incapacitação e redução
da qualidade de vida e a terceira causa de morte no mundo. A OMS estima que mais
de 5 milhões de pessoas morrem a cada ano por causa das doenças
cerebrovasculares, sendo a faixa dos 65 anos ou mais a mais acometida. O AVE é
uma síndrome clínica descrita como um déficit neurológico focal causado por
alteração na circulação sanguínea cerebral (TEIXEIRA, E, 2003).
Como relatado anteriormente as deficiências físicas prevalecem nos homens,
compatível com o tipo de atividade desenvolvida pelos homens, que estão mais
susceptíveis à violência urbana, acidentes desportivos, acidentes do trabalho,
tabagismo, maus hábitos alimentares, uso de drogas, agentes tóxicos e outros
fatores como as epidemias/endemias e a falta de saneamento.
Para diagnosticar a deficiência física é necessário observar se a pessoa
apresenta fatores como: a movimentação sem coordenação ou atitudes
desajeitadas de todo o corpo ou parte dele; se a pessoa anda de forma não
coordenada, pisa na ponta dos pés ou manca; possui pés tortos ou qualquer
deformidade corporal; se tem pernas em tesoura (uma estendida sobre a outra);
apresenta dificuldade em controlar os movimentos, desequilíbrios e quedas
constantes; com dor óssea, articular ou muscular; segura o lápis com muita ou
pouca força e apresenta dificuldade para realizar encaixes e atividades que exijam
coordenação motora fina.
A Identificação precoce pela família seguida de exame clínico especializado
favorecem a prevenção primária e secundária e o agravamento do quadro de
incapacidade.
O Barositometria (Lesados Medulares); Avaliações Complementares por
Especialidades Afins; Ergoespirometria; Baropodometria; Avaliação Isocinética;
Eletroneuromiografia; Avaliação Clínica Fisiátrica; Teste de Propriocepção –
Reactor; Potencial Evocado; Avaliações Complementares por Equipe
Multiprofissional; Urodinâmica; Laboratório de Análise Tridimensional do Movimento
são testes e exames que contribuem para um diagnóstico correto da deficiência
física.
Alguns tipos de deficiência física em idosos são possíveis prevenir como:
Adotar medidas de segurança no trânsito, no ambiente de trabalho e na prática de
esportes e, sobretudo conscientizar a população sobre os riscos da hipertensão e do
diabete.
A seguir algumas Dicas de Convivência da Prefeitura de São Paulo para
um bom relacionamento com a pessoa que apresente alguma deficiência
(PRODAM):
Em relação ao idoso com deficiência física que utiliza a cadeira de rodas
devem ser empurrados com cuidado e não como carrinho de supermercado; Ao
parar para conversar com alguém, lembrar de virar a cadeira de frente, para que a
pessoa também possa participar da conversa; Quando apontar algo para uma
pessoa em cadeira de rodas lembre-se que uma pessoa sentada tem um ângulo de
visão diferente. Se quiser mostrar-lhe qualquer coisa, abaixe-se para que ela
efetivamente a veja; Se a conversa for demorar mais do que alguns minutos, é
necessário sentar para ambos fiquem com os olhos no mesmo nível para que o
idoso não fique o tempo todo olhando para cima; A cadeira de rodas (assim como as
bengalas e muletas) é parte do espaço corporal da pessoa, quase uma extensão do
seu corpo, agarrar ou apoiar-se nesses equipamentos não é como encostar-se em
uma cadeira comum; Nunca movimentar cadeira de rodas sem antes pedir
permissão para a pessoa que a utiliza; Para subir degraus, deve inclinar a cadeira
para trás, levantar as rodinhas da frente e apoiá-las sobre o degrau. Para descer um
degrau, é mais seguro fazê-lo de marcha a ré, sempre apoiando a cadeira, para que
a descida seja sem solavancos. Para subir ou descer mais de um degrau em
seqüência, será melhor pedir a ajuda de outra pessoa.
Ao estar acompanhando uma pessoa com deficiência que anda devagar, com
auxílio ou não de aparelhos e bengalas, é importante acompanhar o passo dela;
Mantendo as muletas ou bengalas sempre próximas à pessoa com deficiência; Ao
achar que ela está em dificuldades, o melhor é oferecer ajuda, pergunte e saberá
como agir. Nunca se ofender se a ajuda for recusada; Ao presenciar um tombo de
uma pessoa com deficiência, ofereça ajuda imediatamente. Mas nunca ajude sem
perguntar se e como deve fazê-lo.
Se a pessoa tiver dificuldade na fala e você não compreender imediatamente
o que ela está dizendo, peça para que repita. Pessoas com dificuldades desse tipo
não se incomodam de repetir quantas vezes seja necessário para que se façam
entender.
Não se acanhe em usar palavras como "andar" e "correr", as pessoas com
deficiência física empregam naturalmente essas mesmas palavras.
Esteja atento para a existência de barreiras arquitetônicas quando for
escolher uma casa, restaurante, teatro ou qualquer outro local que queira visitar com
uma pessoa com deficiência física.
Quando a deficiência física ocorre e a capacidade de desempenhar papéis e
atividades ocupacionais fica impedida, o terapeuta ocupacional ajuda os pacientes a
recuperar suas capacidades usando ocupações ativas como ferramenta terapêutica
para estimular o desempenho.
4 A TERAPIA OCUPACIONAL NO PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA JUNTO À
POPULAÇÃO IDOSA COM DEFICIÊNCIA FÍSICA
A Terapia Ocupacional é uma profissão de nível superior da área da saúde,
devidamente reconhecida e regulamentada pelo Decreto-Lei nº 938/69, com
autonomia científica a partir de metodologias, recursos próprios e evidências
científicas. O exercício de suas atividades, sua regulamentação e fiscalização são
de incumbência do sistema composto pelo Conselho Federal e pelos Conselhos
Regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, ou seja, COFFITO e CREFITO
respectivamente.
Segundo a Associação Americana de Terapia Ocupacional (AOTA), (1999), a
Terapia Ocupacional é:
Uma profissão de saúde e da reabilitação, que ajuda o indivíduo a recuperar,
desenvolver e construir habilidades para sua independência funcional, sua saúde,
sua segurança e sua integração social.
O terapeuta ocupacional tem uma formação muito ampla, dentro de uma
equipe multiprofissional atuando com base na integralidade objetivando a promoção,
prevenção, desenvolvimento, tratamento e recuperação de indivíduos e/ ou grupos
que necessitam de cuidados físicos. De modo a ampliar seu desempenho e
participação social, através de procedimentos que envolvam a atividade humana,
que são essenciais para a manutenção da autonomia e independência do indivíduo
idoso (CREFITO5).
As Resoluções COFFITO n.º 08/78, 10/78 e 81/87 e a Resolução CNE/CES
n.º 6, de 19.02.2002, que define as diretrizes curriculares nacionais do curso de
graduação em Terapia Ocupacional, atribuem competência ao terapeuta
ocupacional para diagnóstico terapêutico ocupacional motor, sensorial, percepto-
cognitivo, mental, emocional, comportamental, funcional, performance ocupacional,
cultural, social e econômico do indivíduo através de utilização de métodos e técnicas
terapêuticas ocupacionais.
Os aspectos sensório-motores, componentes de integração cognitiva e
aspectos psicossociais são considerados essenciais para a realização das
atividades cotidianas de autocuidado, de trabalho e de lazer (FREITAS, 2002). Os
aspectos sensório-motores são: as praxias, coordenação motora, percepção e
habilidades; já os componentes de integração cognitiva são: memória, atenção,
concentração; e os aspectos psicossociais são os valores, interesses, papéis e
relações.
Faz-se necessário avaliar estes aspectos e componentes no idoso, tendo em
vista que o processo de envelhecimento acarreta diversas alterações físicas,
psicológicas e sociais. O processo de avaliação começa com a triagem, que engloba
a revisão do histórico médico do paciente e, possivelmente, análise o caso do
paciente com outros membros da equipe (AOTA, 1996).
O terapeuta ocupacional tem como competência avaliar a queixa principal do
indivíduo e através de testes padronizados ou não identificar as funções práxicas do
usuário, considerando faixa etária, desenvolvimento de sua formação pessoal,
familiar e social. Identifica possíveis alterações afetivas, cognitivas, perceptivas,
motoras, funcionais decorrentes ou não de patologia, disfunção ou trauma
apresentados que interferem na sua qualidade de vida diária e instrumental (AVDs e
AIVDs).
O terapeuta ocupacional atua no contexto dos eixos norteadores do SUS
desenvolve ações de prevenção e promoção de saúde, bem como de reabilitação
(CREFITO5).
Após a triagem, são realizados os exames iniciais. O terapeuta ocupacional
entrevista o paciente, administra testes selecionados de triagem, que estes podem
ser padronizados, quando incluem instruções específicas para a sua administração e
pontuação, e contêm evidências estatísticas de validade e confiabilidade, quanto aos
testes não padronizados, são aqueles cuja confiabilidade e validade são
desconhecidas, alguns são desenvolvidos, outros são adaptados dos instrumentos
padronizados, para atender as necessidades particulares, após a aplicação de
testes o terapeuta ocupacional observa o paciente quanto à condição física e estado
afetivo.
O próximo passo no processo de avaliação é selecionar o modelo, ou
modelos adequados de tratamento, e os exames específicos que irão fornecer as
informações necessárias como base para as tomadas de decisões clínicas
consistentes com o modelo selecionado de prática.
O modelo caracteriza-se por “uma descrição das premissas filosóficas da profissão, do código ético, da fundamentação teórica, do campo de atuação, ferramentas legítimas e a natureza bem como os princípios para o seqüenciamento para os vários aspectos para a prática” (MOSEY, AC,1981).
Uma segunda geração de modelos da prática tem sido desenvolvida por
terapeutas ocupacionais desde 1980. Isso geralmente explica a ocupação humana e
as dinâmicas de performance ocupacional. Isso tem sido chamado de modelos e
estruturas de referência, ou seja, o modelo da Terapia Ocupacional ou conhecido
pelo título genérico de performance pessoa-ambiente-ocupação (modelo PPAO). Um
modelo deve trazer consigo uma coleção de idéias de maneira que explique,
simplifique e integre a teoria com a prática (HAGEDORN, 2003).
Cada modelo conceitual de prática lida com uma área específica da função
humana e é baseado em uma teoria que explica a organização e a ordem de algum
aspecto da função humana sobre o qual o modelo se focaliza, algumas modelos a
seguir são os mais aplicáveis na prática da deficiência física.
O Modelo da Ocupação Humana (MOH) aplica-se a todos os aspectos do
desempenho ocupacional, não apenas ao físico (KIELHOFNER, G, 1985). É um
modelo de sistemas, no qual o ser humano envolvido na ocupação expressa uma
complexa interação de aspectos que não pode ser compreendida totalmente quando
vista separadamente. O envolvimento com a ocupação requer três subsistemas
intrinsecamente ligados entre si para produzir o desempenho: o subsistema volitivo
(motivação pessoal, valores, interesses), o subsistema habitual (hábitos e papéis) e
o subsistema de desempenho (as habilidades da mente, do cérebro e do corpo
trabalhando juntas). O envolvimento com a ocupação ocorre dentro do ambiente,
que fornece feedback e informação constantemente, que influenciam de forma
intima e dinâmica os três subsistemas e seu produto, o desempenho ocupacional.
Modificar características do ambiente para produzir uma mudança no desempenho
ocupacional é um dos princípios-chave do MOH.
O modelo biomecânico para o tratamento das disfunções físicas aplica os
princípios mecânicos de cinética e cinemática ao movimento do corpo humano
(KIELHOFNER, G, 1997). Estes princípios mecânicos lidam com a maneira como as
forças que atuam no corpo afetam o movimento e o equilíbrio (BRUNNSTROM, S,
1972). Métodos de tratamento, neste modelo, usam os princípios da física
relacionados a força, alavancas e torque. Exemplos: goniometria, teste de força
muscular, atividade de cinética, exercícios terapêuticos e órteses. Os propósitos dos
métodos biomecânicos são: avaliar as limitações físicas especificas em amplitude de
movimento (ADM), força muscular (FM) e resistência; restabelecer a função em
amplitude, força e resistência; e reduzir deformidades.
A ADM é mensurada com um instrumento de metal ou de plástico, com duas
hastes, uma móvel e outra fixa, e o seu corpo é um transferidor com escala de 0° a
180° e de 0° a 360°chamado de goniômetro. Essas mensurações auxiliam ao
terapeuta ocupacional ao traçar as metas de tratamento, as modalidades adequadas
de tratamento, técnicas de posicionamento e outras estratégias para reduzir as
limitações.
A avaliação da FM é necessário devido muito incapacidades físicas causarem
fraqueza muscular, tais como: neuropatias periféricas, lesões nos nervos periféricos,
lesões na medula espinhal, síndrome de Guillain-Barré, esclerose amiotrófica lateral
ou esclerose múltipla.
Esta avaliação estabelece prioridades de tratamento do paciente, descreve as
circunstâncias potenciais pós-tratamento, determina o diagnóstico da terapia
ocupacional, e propõe metas e objetivos de tratamento que podem ser atingidos
dentro do período de tempo definido pelo plano de saúde do paciente.
O modelo de controle motor é usado com pessoas que têm disfunção do
SNC. O controle motor é a habilidade de fazer ajustes dinâmicos da postura e de
direcionar o corpo e os movimentos dos membros para uma atividade com propósito
(UMPHRED, D.A, 1995). Os componentes necessários ao controle motor incluem o
tônus muscular normal, o tônus postural e os mecanismos posturais normais,
movimentos seletivos e coordenação (PEDRETTI, 2005).
Quatro abordagens de tratamento de controle motor, chamadas de
abordagens sensoriomotoras ou de desenvolvimento neurológico, que são Rood,
Brunnstrom (cinesioterapia), Knott e Voss (Facilitação Neuromuscular
Proprioceptiva) e Bobath (tratamento neuroevolutivo) estão incluídas neste modelo.
Estas quatro abordagens estão baseadas nas teorias do desenvolvimento e
recuperação motora do SNC.
Os métodos de tratamento nas abordagens sensoriomotoras usam
mecanismos neurofisiológicos para normatizar o tônus muscular e produzir
respostas motoras mais normais (WILLARD, H.L; SPACKMAN, C. S, 1971). E
também mecanismo de reflexos e a seqüência do tratamento pode ser baseada na
recapitulação do desenvolvimento ontogênico.
O modelo de reabilitação usa mensurações que capacitam o paciente a viver
da maneira mais independente possível, com alguma deficiência residual. Seu
objetivo é ajudar o paciente a aprender como contornar ou compensar limitações
físicas, cognitivas ou de percepção (REED, K. L, 1984).
Os métodos de tratamento do modelo de reabilitação incluem modalidades
como as seguintes: aquisição de tecnologia auxiliar e treino para uso; vestuário
adaptado; adaptações arquitetônicas; transporte comunitário; avaliação e adaptação
da residência; cuidado com a casa e as crianças; atividade de lazer; treinamento
protético; avaliação e treino de cuidados pessoais; dirigibilidade de cadeira de rodas;
simplificação de trabalho e conservação de energia; e atividades relacionadas ao
trabalho.
Após selecionar um modelo adequado de tratamento, o terapeuta examina o
desempenho ocupacional, áreas de desempenho ocupacional, componentes do
desempenho ocupacional e contextos temporal e ambiental.
O desempenho ocupacional descreve o conteúdo do processo de Terapia
Ocupacional e o campo de atuação na prática da Terapia Ocupacional ao longo de
áreas especializadas (AOTA, 1994).
As áreas de desempenho ocupacional são as AVD, o trabalho e as atividades
produtivas, e as atividades de jogos ou lazer. Os componentes do desempenho são
os padrões aprendidos de comportamento com o desenvolvimento, que são a
subestrutura e o fundamento do desempenho ocupacional do indivíduo (AOTA,
1973). Os componentes do desempenho abrangem: o componente sensoriomotor; a
integração cognitiva; e as habilidades psicossociais e os componentes psicológicos
(AOTA, 1994).
Os componentes sensoriomotor compreende três tipos de função: sensorial,
neuromusculoesquelética e motora. São funções sensoriais a consciência e o
processamento sensorial e o processamento da percepção. Entre as funções
neuromusculoesquelética as respostas reflexas, a área de amplitude de
movimentos, o tônus muscular, a força, a resistência, o controle postural e a
integridade dos tecidos moles. Entre as funções motoras estão a coordenação
ampla, movimentos de um lado a outro do corpo, lateralidade, integração bilateral,
controle motor, praxia, coordenação fina e destreza, e o controle motor oral.
O desempenho ocupacional bem-sucedido ocorre dentro do contexto das
exigências culturais do individuo e é consistente com a idade e o estágio de
desenvolvimento (AOTA, 1994). Ao avaliar a função em áreas de desempenho, o
terapeuta ocupacional deve considerar os contextos de desempenho, que consiste
nas instalações físicas, situações sociais, econômica e cultural e política nos quais o
paciente deve operar. A seleção de intervenções adequadas é determinada, em
parte, pelo contexto de desempenho.
O atendimento domiciliar oferece o contexto mais natural para o tratamento
(PEDRETTI, 2005). Os cuidados pessoais, as tarefas domésticas e culinárias,
avaliadas no contexto da casa definem os desafios que os pacientes encontram
diariamente, bem como o vestuário, a mobília, os aparelhos e utensílios usados na
vida cotidiana estão presentes.
O paciente de atendimento domiciliar, tipicamente requer a assistência de um
acompanhante para alguns aspectos de suas AVD (PEDRETTI, 2005). Estes
acompanhantes estão disponíveis para o paciente apenas durante uma parte do dia
e estarão preocupados, principalmente, com a segurança do paciente durante sua
ausência.
Ao ver o ambiente do paciente, o terapeuta pode fazer recomendações para
adaptações do ambiente e fazer novas modificações para melhor satisfazer as
necessidades do paciente.
O estágio final do processo de avaliação é o desenvolvimento de um plano de
tratamento, Pelland (1987) o descreveu como “o centro da prática da terapia
ocupacional”. Em que as metas e objetivos são traçados em conjunto com o
paciente e sua família.
As metas são declarações generalizadas, que descrevem alterações globais
ou gerais que irão ocorrer em algum momento futuro Já os objetivos são os passos
na direção da obtenção de metas (PEDRETTI, 2005).
É importante envolver as famílias porque elas serão, por fim, responsáveis
pelo acompanhamento das recomendações da equipe de atendimento de saúde. O
terapeuta ocupacional pode avaliar indiretamente a capacidade do cuidador para
aprender e lidar com situações novas e complexas; isto ajuda a determinar até que
ponto o cuidador será capaz de ajudar fisicamente o paciente. Durante o
treinamento familiar, o terapeuta ocupacional precisará ter em mente as
necessidades de aprendizado reserva-se para o dia de alta, o cuidador ficará
sobrecarregado e reter pouco do que lhe for ensinado.
Depois de implementado o plano de tratamento, o terapeuta conduz uma
avaliação continua de sua eficácia através de observação e reavaliação constantes
(PEDRETTI, 2005).
Estas informações obtidas das observações e da reavaliação do paciente
podem precisar de algumas revisões ou modificações do plano inicial de tratamento
(PEDRETTI, 2005).
O terapeuta ocupacional utiliza de atividades (vida diária, profissionalizante,
expressiva, dentre outras) para alcançar os objetivos traçados anteriormente.
Vale ressaltar que estas atividades são devidamente analisadas se satisfaz as
necessidades de reabilitação de cada caso.
Considera-se, para esta análise, os aspectos anatômicos, psicológicos,
cinesiológicos, psicoemocionais, sociais, culturais e econômicos, das diversas faixas
etárias (CREFITO5).
A atuação do terapeuta ocupacional em ações junto a ação pública municipal se
dá partindo de um diagnóstico da realidade de vida da pessoa considerando toda a
sua problemática, dentre as quais podemos exemplificar e destacar as seguintes
intervenções possíveis (CREFITO5):
• Identificar e localizar as pessoas com deficiências na comunidade, bem como
grupos populacionais específicos, isto é, crianças, gestantes, mulheres,
homens e idosos;
• Conhecer e atuar sobre as demandas e necessidades desse grupo, no que
diz respeito às condições de vida, autonomia e possibilidades de
emancipação, lembrando que essas necessidades e demandas estão em
estreita relação com os demais grupos que habitam a comunidade;
• Estudar e agir para que ocorram mudanças nas condições de acessibilidade
geográfica, cultural e arquitetônica dos serviços;
• Compatibilizar tecnologias de atenção em saúde, reabilitação em ação social,
com as demandas e necessidades de atenção colocadas pelas pessoas com
deficiências e demais grupos.
O terapeuta ocupacional atua no nível de atenção primária através de
medidas de educação popular e também com vistas à vigilância em saúde,
investigando a as patologias que, se prevenidas sua ocorrência ou seqüelas, vão
significar economia de recursos públicos e uma população mais saudável. Evitando
assim, as superlotações em hospitais terciários e quaternários.
Assim, além de promover saúde à população, o terapeuta ocupacional pode
também contribuir na aplicação mais eficaz dos recursos públicos do Fundo
Municipal de Saúde (CREFITO5).
Na prática cotidiana da atenção territorial é comum que as pessoas com
deficiências (CREFITO5):
• Não tenham acesso a serviço de atenção em reabilitação e à saúde,
restringindo-se na maior parte das vezes ao acesso a serviços de
emergência;
• Estejam confinadas nos domicílios, independentemente de idade ou de tipo
de deficiências, pois o território que habitam é desprovido de oportunidades
de acesso a diferentes espaços em que se efetivam as trocas sociais;
• Desconheçam os dispositivos assistenciais, às vezes presentes na própria
comunidade, e/ ou as possibilidades de atenção a sua problemática;
• A presença de barreiras arquitetônicas ou geográficas (como terrenos
acidentados), que impossibilitam o acesso a serviços de saúde, escolas,
ambientes de convivência;
• Existência de barreiras psicossociais que promovem o isolamento no espaço
doméstico, seja porque condicionam a falta de motivação e de sentido para a
circulação social, seja porque impedem a construção de perspectivas de
inclusão ou de retorno à atividade social;
• Inexistência de cuidadores disponíveis para facilitar deslocamento na
comunidade ou possibilitar oportunidades de convivência em outros espaços;
• Não disponibilidade/ condições da família para prover atenção à saúde ou
reabilitação em equipamentos sociais existentes.
Quando se considera o atendimento a pessoas idosas, os elementos
independência, saúde, segurança e integração social ocupam lugar de destaque,
uma vez que, com o processo de envelhecimento, eles sofrem modificações
significativas. Assim a terapia ocupacional gerontológica visa manter, restaurar e
melhorar a capacidade funcional, mantendo o idoso ativo e independente o maior
tempo possível.
O terapeuta ocupacional, em especial é um profissional que pode contribuir
muito nas medidas de prevenção nessa faixa etária (CREFITO5).
Outra forma de atuação com integralidade, visando a terceira idade, é
promover ações de educações em saúde, considerando suas limitações e, em cima
delas, buscar soluções (CREFITO5).
Propõe-se programas de reabilitação que envolvam o idoso no contexto físico
e social, e na educação em saúde(CREFITO5).
Satisfazendo as questões preventivas de saúde, reabilitação e intregração
social, o sistema de saúde estará na frente na luta contra as superlotações nos
grandes centros de serviços terciários (CREFITO5).
O objetivo geral do terapeuta ocupacional é promover o desempenho dos
idosos nas AVDs, nas AIVDs, nas atividades de trabalho e nas atividades de lazer.
Segundo a Resolução nº 316/2006 é função do terapeuta ocupacional operar
com as capacidades de desempenho das AVDs e AIVDs.
As AVDs abrangem a mobilidade funcional, os cuidados pessoais, a
comunicação funcional, a administração de hardware e dispositivos ambientais e a
expressão sexual (PEDRETTI, 2005). Estas envolvem mobilidade na cama, cadeira,
transferência, deambulação, alimentação, higiene básica e elementar, vestir-se e
arrumar-se; comunicação, escrever, telefonar, digitar e utilizar computador;
manusear chaves, portas, janelas, torneiras, dentre outras.
As AIVDs incluem a administração doméstica e capacidades para a vida em
comunidade (PEDRETTI, 2005).
Segundo o Decreto 316, Artigo 1º. É de exclusiva competência do terapeuta
ocupacional, no âmbito de sua atuação:
Avaliar as habilidades funcionais do indivíduo, elaborar a programação terapêutico-
ocupacional e executar o treinamento das funções para o desenvolvimento das
capacidades de desempenho das AVDs e AIVDs para as áreas comprometidas no
desempenho ocupacional, motor, sensorial, perceptocognitivo, mental, emocional,
comportamental, funcional, cultural, social e econômico de pacientes.
O Artigo 3º do mesmo Decreto relata que é de competência do terapeuta
ocupacional, de acordo com o diagnóstico e o prognóstico terapêutico ocupacional,
prescrever a alta da terapêutica ocupacional.
O Estado do Rio Grande do Norte possui uma população estimada em
3.003.087 habitantes (IBGE 2005) e que 173.484 pessoas declararam possuir
alguma deficiência física, o que corresponde a 6,25 % da população do estado
(IBGE 2000).
Conforme a Portaria MS N° 818/GM de 05/06/2001 deve-se viabilizar uma
política de assistência e reabilitação da pessoa com deficiência física e garantir o
acesso dos cidadãos a todos os níveis de atenção.
Esta portaria ressalta que a rede estadual de assistência à pessoa com
deficiência será composta por ações: na Atenção Básica; na Média Complexidade; e
Alta Complexidade.
A Portaria MS N° 818/GM de 05/06/2001 relata que o serviço de reabilitação
física de primeiro nível de referência intermunicipal: são unidades ambulatoriais
destinadas a prestar atendimento a pessoas com deficiências motoras,
encaminhados por outros serviços de saúde, acompanhados de laudo médico com
diagnóstico da deficiência apresentada, prescrição e tempo previsto de tratamento.
As atividades desenvolvidas são de: atendimento individual (consulta médica,
procedimentos terapêuticos de reabilitação e atendimento de Serviço Social);
atendimento em grupo (atividades educativas em saúde, grupo de orientação,
modalidades terapêuticas de reabilitação e AVD); prevenção de seqüelas,
incapacidades e deficiências secundárias; estimulação do desenvolvimento
neuropsicomotor; visita domiciliar; orientação familiar; preparação para alta, convívio
social e familiar; orientação técnica às ESF. Estas atividades podem ser
desenvolvidas por um fisioterapeuta ou ou profissional de nível superior com
formação, especialização ou capacitação na área de reabilitação física, ou seja, o
terapeuta ocupacional.
O atendimento no nível intermediário segundo a portaria MS N° 818/GM de
05/06/2001: são unidades que têm por finalidade prestar assistência em reabilitação
à pessoa com deficiência física, encaminhada por outros serviços de saúde,
constituindo-se na referência de média complexidade em reabilitação física, devendo
integrar-se a uma rede regionalizada e hierarquizada.
Atividades desenvolvidas são: avaliação médica clínica e funcional;
atendimento individual e em grupo; prescrição, avaliação, adequação, treinamento,
acompanhamento e dispensação de órteses, próteses e meios auxiliares de
locomoção; prevenção de seqüelas, incapacidades e deficiências secundárias;
orientação familiar; orientação de cuidados de enfermagem; preparação do paciente
para alta, convívio social e familiar; orientação técnica aos serviços de reabilitação
física de Primeiro Nível de referência Intermunicipal e às ESF.
A Portaria MS N° 818/GM de 05/06/2001 ressalta que para o atendimento a
cada grupo de 100 pacientes/dia, são necessários: 01 médico, 01 fisioterapeuta, 01
assistente social e/ou psicólogo, 01 fonoaudiólogo e/ou terapeuta ocupacional, 01
enfermeiro e profissionais de nível técnico ou médio necessários ao
desenvolvimento das ações de reabilitação.
As ações de saúde na alta complexidade segundo a portaria MS N° 818/GM
de 05/06/2001 corresponde ao serviço de referência em medicina física e
reabilitação têm por finalidade prestar assistência intensiva em reabilitação às
pessoas com deficiência física, referenciados por outros serviços de saúde,
constituindo-se na referência de alta complexidade em reabilitação (motora e
sensório motora), de acordo com os princípios definidos pela NOAS SUS 01/2001,
devendo interar-se a uma rede regionalizada e hierarquizada.
As atividades desenvolvidas são:avaliação clínica e funcional realizada por
médico especializado; avaliação e atendimento individual e em grupo em Terapia
Ocupacional, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Psicologia, Serviço Social, Enfermagem
e Nutrição; atendimento medicamentoso; orientação de cuidados de enfermagem;
orientação familiar; prescrição, avaliação, adequação, treinamento,
acompanhamento e dispensação de órteses, próteses e meios auxiliares de
locomoção; preparação do paciente para alta, convívio social e familiar; orientação
técnica às equipes dos serviços de reabilitação dos níveis de menor complexidade e
às ESF.
Para o atendimento a cada grupo de 100 pacientes/dia, são necessários: 02
terapeutas ocupacionais, 02 psicólogos, 02 fisioterapeutas, 01 médico com
especialização em reabilitação, 01 fonoaudiólogo, 01 assistente social, 01
nutricionista, 01 enfermeiro e profissionais de nível técnico ou médio necessários ao
desenvolvimento das ações de reabilitação.
Os leitos de reabilitação em hospital geral ou especializado têm a finalidade
de prestar assistência à pessoa com deficiência física, quando por indicação médica
o regime de internação hospitalar for o mais adequado para o paciente. Serão
propostas atividades de: avaliação clínica e funcional realizada por médico
especializado na área de reabilitação; atendimento clínico e cirúrgico especializado;
serviços auxiliares de diagnóstico e terapia; Avaliação e atendimento individual em
Terapia Ocupacional, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Psicologia, Serviço Social,
Enfermagem e Nutrição; Atendimento medicamentoso; Prescrição, avaliação,
adequação, treinamento, acompanhamento e dispensação de órteses, próteses e
meios auxiliares de locomoção, quando necessário ao processo de reabilitação
durante o período de internação; orientação familiar; preparação do paciente para a
alta hospitalar.
4.1 MÉTODOS E MANOBRAS PARA AUXILIAR O DESEMPENHO FUNCIONAL
As manobras ou métodos de independência auxiliam na execução das
tarefas, facilitando e promovendo a independência, principalmente nas AVDs,
relacionadas aos cuidados pessoais, como vestuário e mobilidade.
A figura 1 ilustra o vestuário de membros superiores em caso de pessoas que
apresentem comprometimento unilateral resultante de um AVE, amputação, lesão
medular, dentre outras.
A melhor maneira de vestir-se é iniciando pelo lado comprometido liberando
assim o lado contralateral para a função. Outro fator importante é que o paciente
esteja sentado proporcionando melhor equilíbrio de tronco (TEIXEIRA, E, 2003).
Figura 1.0: vestuário de membros superiores em caso de pessoas que apresentem
comprometimento unilateral
Fonte: AACD. Terapia Ocupacional na Reabilitação Física.
Quando o idoso consegue realizar transferência sozinho é necessário orientá-
lo sobre as técnicas disponíveis para lhe proporcionar maior segurança,
funcionalidade e agilidade na manobra.
Para os idosos que necessitam de auxilio, o ajudante deve ser orientado nas
manobras que favoreçam maior segurança e confiança, tanto para ele, quanto para
o idoso.
O critério para escolha da melhor técnica é determinado pelo paciente,
acompanhante e terapeuta, levando-se em conta as habilidades das pessoas e os
métodos disponíveis (TEIXEIRA, E, 2003).
Transferência auxiliada por um ajudante (“abraço pélvico”), ilustrada na figura
2. O paciente é deslocado pelo ajudante, que o apóia em três pontos (pés, joelhos e
quadril do paciente), o ajudante flexiona joelhos e quadril, e a seguir estende seu
corpo trazendo o paciente para junto de si, após ficar em pé gira o corpo em bloco e
flexiona o joelho e quadril para colocar o idoso sentado na cama.
Figura 2.0: Transferência auxiliada por um ajudante (“abraço pélvico”)
Fonte: AACD Terapia Ocupacional na Reabilitação Física.
A transferência sem auxílio da cadeira de rodas para o sofá e cadeira de
rodas para uma cadeira é semelhante à transferência de uma pessoa da cadeira de
rodas para o leito. Porém, para a cadeira deve-se ter mais cautela por ser uma
superfície leve e não tão estável quanto um leito ou uma cadeira de rodas.
Ao transferir-se de uma cadeira de rodas para uma cadeira, o individuo deve
se apoiar no assento e não do braço ou encosto da cadeira, que são instáveis,
podendo acarretar quedas. Para retornar desta cadeira para a cadeira de rodas,
deve se apoiar com uma mão no assento da cadeira, enquanto fica em pé.
lguns fatores como cadeiras baixas e almofadas muito macias podem
dificultar o levantar-se, sendo recomendado almofadas mais duras para elevar o
assento e torná-lo mais firme no momento da transferência. Observe a manobra na
figura 3.
Figura 3.0: transferência da cadeira de rodas para uma cadeira
Fonte: PEDRETTI. Terapia Ocupacional: Capacidades práticas para as disfunções físicas.
4.2 TECNOLOGIA ASSISTIVA
A Tecnologia Assistiva é definida como: qualquer item, peça, equipamento ou sistema de produtos que, quando adquiridos comercialmente, modificados ou feitos sob medida, serão utilizados para aumentar, manter ou melhorar as habilidades funcionais do indivíduo com limitações funcionais (Technology – Related Assistance for individuals with Disabilities, 1988).
No Art.2 da Resolução 316 ressalta que compete ao terapeuta ocupacional o
uso da Tecnologia Assistiva nas AVDs e AIVDs com os objetivos de:
I - promover adaptações de jogos, brincadeiras e brinquedos;
II - criar equipamentos, adaptações de acesso ao computador e software;
III - utilizar sistemas de comunicação alternativa, de órteses, de próteses e de
adaptações;
IV - promover adequações posturais para o desempenho ocupacional por
meio de adaptações instrumentais;
V - realizar adaptações para déficits sensoriais (visuais, auditivos, táteis,
dentre outros) e cognitivos em equipamentos e dispositivos para mobilidade
funcional;
VI - adequar unidades computadorizadas de controle ambiental;
VII - promover adaptações estruturais em ambientes domésticos, laborais, em
espaços públicos e de lazer;
VIII - promover ajuste, acomodação e adequação do indivíduo a uma nova
condição e melhoria na qualidade de vida ocupacional.
A aplicação da Tecnologia Assistiva abrange desde as tarefas básicas de
autocuidado até atividades profissionalizantes. O fator socioeconômico não interfere
diretamente na adaptação, já que, o terapeuta ocupacional é um profissional criativo
que utiliza outros materiais, sem alterar a funcionalidade e segurança da adaptação.
Alguns dispositivos podem ser adaptados para facilitar o desempenho nas
AVDs como:
Na higiene oral e corporal as escovas com ventosas para limpeza de copos
ou próteses dentárias (figura 4.0), escovas e esponjas de banho com cabos
alongados (figura 5.0), adaptador para fio dental, pode ser útil para pessoas que
utilizam apenas um membro, ou possui redução de ADM.
Figura 4.0: escova com ventosa para limpeza Figura 5.0: esponjas de banho com cabos
de próteses. alongados.
Fonte: http://www.mnsuprimentos.com.br/arquivos/mn_assist.htm
Na alimentação algumas adaptações podem ser utilizadas como: alças para
manter o talher preso à mão (figura 6.0), talheres com cabos engrossados e/ ou com
modificações de peso (figura 7.0), que pode ser muito bem ser utilizado para
pessoas que têm dificuldade em preensão e o peso é utilizado em caso de
incoordenação.
Pode ser utilizado ainda, o aparador de prato (figura 8.0), alças para copo,
copo recortado e tábuas para corte de legumes e carne que exigem apenas a
utilização de uma das mãos (figura 9.0).
Figura 6.0: correia universal para prender o Figura 7.0: talheres com cabos engrossados
talher à mão
Fonte: <http://www.mnsuprimentos.com.br/arquivos/mn_assist.htm>
Figura 8.0: aparador de prato Figura 9.0: tábua para corte de legumes que
exige a utilização de apenas uma mão.
Fonte: <http://www.mnsuprimentos.com.br/arquivos/mn_assist.htm>
No vestuário as calçadeiras alongadas (figura 10.0) e dispositivo que auxilia a
tarefa de abotoar (figura 11.0), podem auxiliar na independência.
Figura 10.0: calçadeiras alongadas Figura 11.0: dispositivo para auxiliar a tarefa de
abotoar
Fonte: <http://www.mnsuprimentos.com.br/arquivos/mn_assist.htm>
Quanto à escrita pode utilizar o capacete em couro, mentoneira em elástico e
funda, engrossadores de lápis (Figura 12.0), prancha inclinada de madeira e
adaptador de baralho (figura 13.0), para o lazer.
Figura 12.0: engrossadores de lápis Figura 13.0: adaptador de baralho
Fonte: <http://www.mnsuprimentos.com.br/arquivos/mn_assist.htm>
Na mobilidade, muletas (figura 14.0), cadeira de rodas (15.0), andadores
(figura 16.0), bengalas de 3 ou 4 pernas, triângulo e tábua lisa, que são recursos
prescritos pela Terapia Ocupacional para melhorar a locomoção funcional.
Figura 14.0: muleta figura 15.0: cadeira de rodas figura 16.0: andador
Fonte:http://www.maframedical.com.br/?OVRAW=cadeiras%20de%20roda&OVKEY=cadeira%20
de%20roda&OVMTC=standard
Quando o paciente é acompanhado pelo terapeuta em outros ambientes,
como domiciliar e lazer, o uso das adaptações fica mais incorporado no seu dia-a-
dia, porque consegue perceber a finalidade.
Em adultos mais velhos, um dos fatores que influenciam no uso, além da
motivação, são as visitas domiciliares (TEIXEIRA, E. 2003).
4.3 ADAPTAÇÕES NO AMBIENTE DOMÉSTICO
Ambiente é um conjunto de atributos físicos, sensoriais, cognitivos, afetivos,
espirituais, climáticos e funcionais que nos circundam no dia-a-dia no qual fazemos
parte (FREITAS 2006).
Os ambientes devem permitir que as pessoas de todas as idades e em
qualquer estado funcional possam utilizá-lo plenamente (FREITAS, 2006).
Com o envelhecimento crescente da população, tornam-se cada vez mais
urgentes o planejamento e adequação dos ambientes para pessoas idosas
(FREITAS, 2006).
Os ambientes devem ser planejados para promover e encorajar a
independência e a autonomia, de forma que uma boa qualidade de vida possa ser
proporcionada a todos os indivíduos, sejam ou não parecidos com a maioria. As
pessoas que envelhecem e os idosos fazem parte de uma minoria, mas também
devem ser atendidos em suas necessidades de conforto, segurança e atividade.
Os idosos expressam o desejo de viver em ambientes seguros, nos qual
possam exercer controle pessoal. Querem que esses ambientes propiciem
autonomia, mas com um certo grau de cuidado e de especificidade, o que traduz a
necessidade de adaptação dos espaços a capacidades físicas e sensoriais
diminuídas. Trata-se do modelo que pressupõe o curso continuo entre segurança e
autonomia ao longo do processo de envelhecimento, caracterizado pela busca de
um ambiente arquitetônico ideal que seja o mesmo tempo seguro e acolhedor, sem
cercear as capacidades e habilidades individuais, ou seja, mantendo um certo
caráter desafiador e estimulante.
Para os idosos ativos, o ambiente adequado atua como agente de prevenção
de eventos inesperados e de acidentes, aumentando o senso de auto-eficácia e de
auto-estima (FREITAS, 2006).
Para os idosos frágeis e dependentes, com múltiplas doenças crônicas, as
condições ambientais, domiciliares ou institucionais têm um impacto importante na
sua capacidade funcional. Ambientes que tornam cada vez mais difícil a execução
de tarefas simples, gerando um desafio constante à competência de indivíduos já
fragilizados, acabam criando um sentimento de incompetência constante por parte
dos cuidadores e de quase imobilidade dos idosos diante de algumas tarefas, o que
pode induzi-los à dependência comportamental.
À medida que envelhecem e que eventualmente se tornam mais frágeis, as
pessoas deveriam dispor de ambientes adaptados às suas crescentes necessidades
de assistência (FREITAS, 2006).
Os principais sinais e sintomas e os principais eventos que interferem no
manejo do ambiente e assim devem ser considerados no planejamento e na
adaptação de ambientes para idosos estão relacionados a seguir.
Algumas conseqüências em relação ao ambiente podem ser devido as alterações
sensoriais com o envelhecimento.
O idoso que possui diminuição da acuidade visual, no campo periférico e
lentidão na adaptação claro-escuro pode passar despercebido de detalhes como
degraus, objetos no chão, fios de telefone; dificuldade com letras pequenas como
bulas de remédio e controles remotos. Com a diminuição da acomodação, noção de
profundidade e discriminação de cores é comum o idoso esbarrar com pessoas,
quinas e pés de móveis; dificuldade com entroncamento de corredores, com acesso
a cadeiras e poltronas em refeitórios e salas. Quando o idoso possui diminuição na
capacidade de se adaptar ao ofuscamento, corre risco de ir ao banho durante a
noite, dificuldade com excesso de luminosidade, instabilidade nas passagens para
ambientes mais claros/ escuros, dificuldade em seguir pista sensoriais mal
sinalizadas, como letras e números nas portas e quadro de avisos com muitas
informações, dificuldade com pisos desenhados, degraus e escadas, assim como
ambientes com excesso de padronagens e desorientação em ambiente com
monotonia de cores.
As alterações na audição e no sistema vestibular pode acarretar em:
dificuldades em ambientes ruidosos, como em ambientes multifuncionais e com
dispositivos que envolvam sons de intensidade alta, como campainha de telefone, e
sons de dispositivos de segurança; risco de queda, devido a dificuldade em lidar
com alterações de superfícies com pisos lisos e irregulares e com desníveis como
degraus; dificuldade com apoios instáveis, como móveis ou maçanetas de porta;
dificuldade com armários muito altos e muito profundos, e em acessar objetos como
toalhas e pertences pessoais no banheiro.
As alterações no paladar, como diminuição na sensação gustativa, perda pelo
interesse pela comida podem acarretar dificuldades em refeitórios muito apertados,
com várias mesas e pouco espaço entre as mesas; desorientação quanto ao melhor
percurso entre o bufê e a mesa; desorientação e agitação em refeitórios visualmente
estimulantes e pouco tranqüilizadores; toalhas e pratos sem cores contrastantes.
Em relação ao olfato, a diminuição da percepção de odores corporais e
ambientais, como urina, gás e alimentos estragados.
A diminuição da sensibilidade tátil na palma das mãos e na sola dos pés, na
latência da sensibilidade dolorosa e diminuição da propriocepção articular favorecem
o risco de acidentes, dificuldade na tecla de controle de aparelhos eletrodomésticos,
risco de queimadura no banho, risco de entorses em ambientes desnivelados ou
com buracos, dificuldade em manter o equilíbrio ao acessar armários altos ou
baixos.
As modificações no ambiente têm como objetivo facilitar as tarefas cotidianas
do idoso, diminuir e prevenir acidentes e riscos (quedas) e dar suporte para uma
vida independente e autônoma.
Os problemas relacionados ao ambiente incluem qualquer fator que cause
insegurança e ofereça risco, restrinja o acesso, restrinja a escolha de preferências,
limite o desempenho ou cause desconforto. É necessário salientar que um ambiente
precisa ser calmo, previsível e acolhedor. Os aspectos básicos segundo Perracini
em Freitas (2006) relacionados ao desenvolvimento de ambientes são:
1. Acessibilidade e uso
2. Facilidade de circulação, especificamente no que diz respeito ao
conforto, à conveniência e à possibilidade de escolha
3. Conservação de energia
4. Comunicação: aspectos sensoriais e interação social
5. Segurança: sem riscos de lesões e acidentes
6. Proteção: que não cause medo ou ansiedade e que seja previsível
(confiável)
7. Privacidade
4.3.1 Sugestões gerais para ambientes usados por idosos por Freitas (2006)
Nas escadas a iluminação deve ser adequada e ter interruptores no topo e no
fim da escada. Adesivos antiderrapantes, de cor amarela, podem ser colocados nas
bordas do degrau para facilitar a visualização. Deve se tomar cuidado com o
tamanho dos degraus, que devem acomodar bem os pés.
A característica fundamental de uma rampa é a sua inclinação. A integração
de rampas nas áreas de circulação de ambientes, evitando-se degraus, deve ser
considerada. Idosos com limitações de mobilidade geralmente despendem uma
energia significativamente maior para deslocar-se, quer seja de forma independente,
quer seja com dispositivos de auxílio à marcha, ou em cadeira de rodas. A inclinação
recomendada varia de 1:12 (8,33%) e 1:20 (5%), dependendo de sua utilização
(interna, externa ou entre ambientes). Devem existir áreas horizontais no topo e no
fim da rampa, assim como nas mudanças de direção.
As portas devem ter cerca de 90 cm de largura. Os batentes devem ser
arredondados e pintados em cores contrastantes com a parede, para favorecer a
orientação da posição do corpo na vertical. As fechaduras devem ser curvas e de
fácil preensão, as portas internas não devem ter trancas. Nos banheiros, as portas
devem ser preferencialmente de correr, com fácil deslizamento, ou devem abrir para
fora, evitando que numa eventual queda o idoso obstrua a entrada.
Os idosos necessitam de mais luz do que adultos jovens. Assim, os
interruptores devem ser de fácil acesso e manuseio, localizados na entrada dos
ambientes logo ao lado da porta. Os interruptores devem contrastar com a cor da
parede para maior visibilidade. A altura a partir do chão deve ser de cerca de 91 cm.
A iluminação natural deve ser privilegiada, mas deve-se prevenir ofuscamento, por
meio de persianas.
As condições do piso dão fundamentais para evitar quedas, proporcionar
conforto e possibilitar a deambulação. Devem-se evitar pisos muito desenhados,
estampados ou coloridos, porque dificultam a percepção de profundidade.
As áreas de passagem devem ficar livres de móveis e acompanhar o desenho
do aposento, em termos da disposição das portas e janelas. O acesso às janelas
deve estar livre, possibilitando a visualização de áreas externas.
Quanto ao imobiliário, as cadeiras devem ter braços com altura entre 18 e
20,3 cm a partir do assento, porque esta medida proporciona estabilidade e
descanso apropriado para a coluna lombar. O assento deve ser firme, com altura
entre 40 e 44 cm (para a maioria das pessoas) e com profundidade adequada,
deixando livre a fossa poplítea, o que possibilita melhor retorno venoso. Cadeiras
mais altas, em torna de 45 e 50 cm, são mais difíceis de serem encontradas e
podem ser feitas sob medida por alguns fabricantes, facilitando o levantar-se por
parte de alguns idosos que têm dificuldade de movimentos e fraqueza nas pernas.
Um ângulo de 105 graus entre o encosto e o assento proporciona o conforto e o
levantar-se sem dificuldade. O encosto deve suportar os ombros e, se possível,
permitir o apoio do pescoço, principalmente quando as cadeiras são utilizadas para
descanso.
4.4 ÓRTESES
Órtese (do grego orthós) é um dispositivo aplicado a qualquer parte do corpo, como por exemplo na coluna vertebral, aos segmentos cervical, torácico ou lombar, nos membros superiores ao ombro, cotovelo, punho e mão; nos membros inferiores ao quadril, joelho, tornozelo, isoladamente ou abrangendo mais de uma articulação tendo como função, estabilizar ou imobilizar, prevenir ou corrigir deformidades, proteger contra lesões, auxiliar na cura ou maximizar a função (MCKEE, P; MORGIN, L. 1998).
Quando o aspecto motor estiver comprometido a órtese pode ser eficiente na
terapia física.
Quanto à confecção as órteses classificam-se em pré-fabricadas e modeladas
(TEIXEIRA, E, 2003).
As pré-fabricadas são feitas geralmente de material termoplástico de alta
temperatura e feitas em série é utilizadas para pessoas que têm lesão no SNC ou
SNP, malformação congênita e artrite reumatóide.
As órteses modeladas são feitas diretamente sobre o paciente utilizando
termoplástico de baixa temperatura, gesso paris ou gesso sintético, atendem bem a
necessidade o paciente, desde que, indicadas, prescritas, confeccionadas e
controlado seu uso corretamente.
Quanto à função, as órtese podem ser classificadas como estáticas ou
passivas e dinâmicas ou ativas (TEIXEIRA, E, 2003).
As estáticas ou passivas tem função de imobilizar limitar a atividade de uma
ou mais articulações; posicionar e manter o alinhamento correto das articulações;
manter a amplitude articular obtida através de exercícios de alongamento; auxiliar na
prevenção do aparecimento de deformidades; estabilizar e/ ou posicionar uma ou
mais articulações (figura 17.0).
Já as órteses dinâmicas ou ativas têm como função: neutralizar a progressão
de forças deformantes em decorrência de desequilíbrio muscular; possibilitar a
manutenção da força muscular normal e estimular o fortalecimento da musculatura
fraca; corrigir deformidades causadas por desequilíbrio muscular (figura 18.0).
Figura 17.0: órtese estática ou passiva Figura 18.0: órtese dinâmica ou ativa
Fonte: http://www.mnsuprimentos.com.br/arquivos/mn_assist.htm
Melhor se beneficia destas órtese pacientes que apresentam disfunção em
um ou ambos os membros, paralisia cerebral, AVE, traumatismo cranioencefálico,
lesão medular, dentre outros.
Na confecção da órtese, não deve se levar em conta o material da moda, mas
sim a sua disponibilidade ou não, ou ainda muitas vezes o terapeuta ocupacional
utiliza de criatividade para adaptar os recursos presentes.
Através de diversas formas de atuação da Terapia Ocupacional em
Gerontologia, independentemente da área de atuação ou do serviço no qual atua,
gira em torno de uma meta: conseguir a máxima independência possível do idoso
para a realização e desempenho de suas atividades cotidianas, a máxima
satisfação, motivação pessoal e qualidade de vida.
Após ter visto as diversas atuações em todos os níveis de atenção: primário,
secundário e terciário, pode-se ressaltar que o terapeuta ocupacional é um
profissional disposto ao trabalho na área pública e que a sua atuação no PSF de
Parnamirim, só vem a contribuir para a melhoria da qualidade de vida de todos.
5 METODOLOGIA DA PESQUISA
A pesquisa tem como caracterização geográfica o Município de Parnamirim,
no Estado do Rio Grande do Norte que estão na responsabilidade da Secretaria
Municipal de Saúde, localizada na Avenida Ten. Medeiros, 83 - 1º andar – Centro,
Cep: 59140-020.
Inicialmente foi feito uma listagem bibliográfica referente a temática da
pesquisa, seguido de visitas técnicas à Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria
Municipal de Assistência Social e Habitação, ambos no Município de Parnamirim, do
Estado do Rio Grande do Norte.
Em um segundo momento, foi proposto a contribuição da Terapia
Ocupacional em Ações Básicas, junto às pessoa idosas com deficiência física, no
Programa de Saúde da Família, no âmbito domiciliar e nas Unidades Básicas de
Saúde, no Município de Parnamirm.
A pesquisa realizada segundo os objetivos foi de caráter exploratório,
envolvendo levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas experientes, visitas
técnicas, visitas a web sites, entre outros. Segundo os procedimentos de coleta, a
pesquisa foi bibliográfica, tendo a finalidade de colocar investigador em contato
direto com tudo aquilo que foi escrito a respeito do tema que pretende pesquisar. Foi
uma pesquisa documental/ histórica, que se preocupa com o registro escrito dos
documentos, buscando identificar neles as informações necessárias à produção de
conhecimento. Foi uma Pesquisa qualitativa. Na caracterização segundo as fontes
de informação foi classificada como teórica-empírica, realizou-se em contato direto
com a realidade social e também exigiu a fundamentação teórica.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta pesquisa foi observada que o Brasil passa por um processo de
envelhecimento rápido e intenso e as estatísticas das pessoas com deficiência
mostram que, quanto mais as pessoas envelhecem, maior possibilidade de ter
algum tipo de deficiência. E este processo de envelhecimento acarreta diversas
alterações em vários sistemas do corpo, que podem levar ao idoso alguma
deficiência física e prejudicar a sua independência nas atividades cotidianas.
Portanto, é necessário desenvolver na saúde pública, precisamente no
Programa Saúde da Família, ações que visem a manutenção da capacidade
funcional do idoso e para mantê-lo gozando da maior independência possível na
comunidade.
A manutenção da capacidade funcional é, em essência, uma atividade
multiprofissional. Os decretos, leis e resoluções presentes nesta pesquisa,
demonstraram que o terapeuta ocupacional pode e deve estar inserido nas equipes
de saúde da família através do Programa Saúde da Família, dando a sua
contribuição no atendimento aos idosos em todos os níveis de atenção com o
objetivo de prevenir, manter e melhorar a capacidade funcional do idoso.
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