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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIENCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA ANA CAROLINA MACEDO DA SILVA DIAS ACHADOS IMAGENOLÓGICOS EM RADIOGRAFIAS PANORAMICAS DE IDOSOS Natal-RN 2017

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIENCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA

ANA CAROLINA MACEDO DA SILVA DIAS

ACHADOS IMAGENOLÓGICOS EM RADIOGRAFIAS PANORAMICAS

DE IDOSOS

Natal-RN

2017

ANA CAROLINA MACEDO DA SILVA DIAS

ACHADOS IMAGENOLÓGICOS EM RADIOGRAFIAS PANORAMICAS

DE IDOSOS

Monografia apresentada à Coordenação do Curso

de Odontologia do Centro de Ciências da Saúde da

Universidade Federal do Rio Grande do Norte,

como requisito obrigatório da disciplina TCC II,

bem como a obtenção do título de Cirurgiã-

Dentista.

Orientadora: Profa. Dra. Patrícia Teixeira de

Oliveira

Natal

2017

Silva, Ana Carolina Macedo da.

Achados imagenologicos em radiografias panorâmicas de idosos / Ana Carolina

Macedo a Silva. – 2017.

31 f.

Orientador: Prof. Dr. Patrícia Teixeira de Oliveira.

Monografia (Graduação em Odontologia) – Universidade Federal do rio Grande

do Norte, Centro de Ciências da Saúde, Departamento de Odontologia, Natal, 2017.

1. Diagnóstico por imagem - Monografia. 2. Idosos – Monografia. 3.

Radiografia panorâmica – Monografia. I. Oliveira, Patrícia Teixeira de. II. Título.

RN/UF/BSO Black D622

Catalogação na Fonte. UFRN/ Departamento de Odontologia

Biblioteca Setorial de Odontologia “Profº Alberto Moreira Campos”.

ANA CAROLINA MACEDO DA SILVA DIAS

ACHADOS IMAGENOLÓGICOS EM RADIOGRAFIAS PANORAMICAS

DE IDOSOS

Monografia apresentada à disciplina de Trabalho de

Conclusão de Curso II do Departamento de

Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do

Norte.

Aprovado em: ___/___/___

BANCA EXAMINADORA

________________________________________

Prof. Dra. Patrícia Teixeira de Oliveira

Orientador

UFRN

_________________________________________

Prof. Dra. Ericka Janine Dantas da Silveira

Membro

UFRN

_________________________________________

Prof. Dra. Ana Myriam Costa de Medeiros

Membro

UFRN

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho ao meu filho, Heitor Luiz, por, mesmo tão pequeno, ter me

ensinado o que é o amor incondicional e por ter me dado motivos maiores para lutar.

AGRADECIMENTOS

Agradeço, em primeiro lugar, a Deus, por todas as bênçãos em minha vida.

Aos meus avós, meus grandes exemplos de força e coragem, em especial à minha avó

Albanita, por ter sempre participado da minha trajetória acadêmica me dando todo apoio,

grandes conselhos e por ser minha maior inspiração.

Aos meus pais, em particular à minha mãe, pela pessoa que me tornei, por todo amor e

por ter me possibilitado chegar até aqui, e aos meus irmãos que sempre torceram por mim.

Ao meu marido, por ter sido meu melhor amigo e por ter me dado todo estímulo e apoio

para que eu conseguisse concluir meu curso. Obrigada pelo pai que é para nosso anjinho Heitor,

por todas as trocas de fraldas, banhos e por ter ficado com ele sempre que precisasse para que eu

pudesse escrever meu trabalho. Você foi fundamental, meu amor.

À professora Dra. Patrícia Teixeira de Oliveira, quem considero muito mais do que

minha orientadora, é alguém que me “adotou” desde o início do curso e sempre me apoiou. A

senhora vivenciou meu amadurecimento dentro da Odontologia e participou do melhor

momento da minha vida, que foi a chegada do meu filho, sempre estendendo sua mão em meio

às dificuldades que enfrentei neste momento. Os meus mais sinceros agradecimentos!

Aos meus amigos do setor de Imagenologia da UFRN, especialmente Paulo, Cláudia,

Marcone e Lauro. Agradeço por sempre terem me ajudado no que eu precisasse.

À minha dupla Cledna, quem esteve comigo durante todo o curso compartilhando dos

melhores momentos e também de todas as angústias e tristezas. Saiba que sempre estaremos

juntas e o fim do curso não irá mudar nada!

Aos maiores presentes que a Odontologia me deu: minhas amigas. Agradeço, com

muito amor, a Millena, Samara Martins, Samara Raquel, Marcela, Lívia, Juju e Mary, por terem

tornado os dias de graduação muito mais felizes.

Aos mestres. Saibam que tenho enorme gratidão por cada ensinamento.

A toda minha família e amigos, com destaque à minha prima Aninha, meus sogros e

minha tia Raissa, por todo apoio durante essa reta final.

LISTA DE QUADROS E TABELAS

Quadro 1 Quadro descritivo com as variáveis dependentes analisadas.

Tabela 1 Distribuição de frequência (n e %), considerando a amostra válida para cada

achado.

Tabela 2 Distribuição de frequência (n e %), considerando a amostra válida para cada

achado, e associação entre as variáveis estudadas e gênero através do teste do

Qui-quadrado (p≤0,05).

Tabela 3 Distribuição de frequência (n e %), considerando a amostra válida para cada

achado, e associação entre as variáveis estudadas e idade através do teste do

Qui-quadrado (p≤0,05).

Tabela 4 Distribuição de frequência (n e %), considerando a amostra válida para cada

achado, e associação entre as variáveis estudadas e pacientes desdentados totais

através do teste do Qui-quadrado (p≤0,05).

Tabela 5 Distribuição de frequência (n e %), considerando a amostra válida para cada

achado, e associação entre as variáveis estudadas e pacientes desdentados

parciais através do teste do Qui-quadrado (p≤0,05).

14

15

15

16

16

12

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...................................................................................................... 09

2 MATERIAIS E MÉTODOS................................................................................. 11

3 RESULTADOS...................................................................................................... 14

4 DISCUSSÃO.......................................................................................................... 17

5 CONCLUSÃO....................................................................................................... 21

REFERENCIAS.................................................................................................... 22

ANEXO.......................................................................................................................24

ACHADOS IMAGENOLÓGICOS EM RADIOGRAFIAS PANORAMICAS

DE IDOSOS

Imaging findings in panoramic radiographs of the elderly

Ana Carolina Macedo da Silva Diasa, Patrícia Teixeira de Oliveira

b*

aDiscente de Odontologia da UFRN,

bProfessora do Departamento de Odontologia da UFRN

Departamento de Odontologia, UFRN – Universidade Federal do Rio Grande do Norte,

Natal, RN, Brasil

Autor para correspondência:

Patrícia Teixeira de Oliveira

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Departamento de Odontologia

Avenida Senador Salgado Filho, 1757, Lagoa Nova, Natal-RN CEP: 59056-000

Email: [email protected]

Fone: 55 (84) 3215-4138

E-mail dos autores:

[email protected]

[email protected]

ABSTRACT

Objective: To investigate the occurrence of radiographic findings in panoramic radiographs of

the elderly. Materials and Methods: We analyzed 1006 digital panoramic radiographs of

individuals aged 60 years old or more, both sexes, belonging to the database of the Department

of Dentistry of UFRN. Observed radiographic findings were associated with the sex, age and

number of teeth (Chi-square, p≤0,05). Results: 66.2% of the sample were female and 33.8%

were male. The age ranged from 60 to 97 years (mean of 67.76 years). Most (68.3%) were

composed of partial edentulous, followed by total edentulous (31.1%) and only 0.6% were

dentate. The most prevalent findings were reabsorption of alveolar ridge (99.3%), dental

calculus (42.9%), cavity (29.8%), periapical lesion (23.6%) and residual root (23,6%). Male

individuals presented a higher occurrence of cavity (0,002), calculus (≤0,000), periapical lesion

(≤0,000), residual root (≤0,000) and maxillary sinus expansion (0,005). Conclusion: It was

observed a high occurrence of radiographic findings in the sample.

Keywords: Radiological findings. Elderly people. Panoramic Radiography.

RESUMO

Objetivo: Investigar a ocorrência de achados radiográficos em radiografias panorâmicas de

idosos. Materiais e Métodos: Foram analisadas 1006 radiografias panorâmicas digitais de

indivíduos com 60 anos ou mais, ambos os sexos, pertencentes ao banco de dados do Serviço de

Imagenologia do departamento de Odontologia da UFRN. Achados radiográficos observados

foram associados com o sexo, idade e número de dentes dos pacientes (Qui-quadrado, p≤0,05).

Resultados: 66,2% da amostra eram do sexo feminino e 33,8% do sexo masculino. A idade

variou de 60 a 97 anos (média de 67,76 anos). A maior parte (68,3%) foi composta de

desdentados parciais, seguido de desdentados totais (31,1%) e apenas 0,6% eram dentados. Os

achados mais frequentes foram reabsorção do rebordo alveolar (99,3%), cálculo dentário

(42,9%), cárie em coroa (29,8%), lesão periapical (23,6%) e raiz residual (23,6%). Indivíduos

do sexo masculino apresentaram uma maior ocorrência de cárie em coroa e radicular (0,002 e

0,001), cálculo (≤0,000), lesão periapical (≤0,000), raiz residual (≤0,000) e expansão do seio

maxilar (0,005). Conclusão: Percebeu-se uma elevada ocorrência de achados radiográficos na

amostra.

Palavras-chave: Achados radiográficos. Idosos. Radiografia panorâmica.

1 INTRODUÇÃO

A população brasileira vem apresentando uma grande transição demográfica e

epidemiológica nos últimos anos em função do grande aumento no número de idosos1,2.3

.

Consequentemente, tem ocorrido uma mudança nas principais demandas dos serviços de saúde,

tanto no que diz respeito à saúde geral, caracterizada por doenças predominantemente crônicas,

quanto no que diz respeito à saúde bucal da população2,4,5

.

O número de idosos no Brasil está estimado em 17,6 milhões e até 2025 acredita-se que

o país terá a sexta maior população idosa no mundo, ultrapassando 30 milhões de indivíduos

com 60 anos ou mais5. Nesse contexto, é fundamental conhecermos os principais agravos que

acometem esse grupo para que haja uma atenção especial, inclusive no âmbito odontológico.

Estudos comprovaram a existência de uma inter-relação entre a saúde bucal e geral,

sendo que essa inter-relação é mais evidente nos idosos, fazendo com que a saúde bucal precária

possa aumentar os fatores de riscos para a saúde geral. Portanto, a Organização Mundial de

Saúde (OMS) vem estimulando pesquisas sobre saúde bucal com o intuito de reduzir os riscos e

consequências de doenças odontológicas na saúde geral dos idosos6.

Apesar de existirem estudos sobre a saúde bucal desse grupo, observa-se que a maioria

está voltada à prevalência de edentulismo e necessidade de prótese. Escassos são os estudos que

avaliam achados radiográficos e quase sempre englobam apenas investigação sobre restos

radiculares, dentes inclusos, lesões radiolúcidas e lesões radiopacas7.

A radiografia panorâmica é um exame complementar amplamente utilizado na

Odontologia e permite avaliar ambos os maxilares e todo o terço médio da face. É um exame

simples, rápido, de baixo custo e apresenta baixas doses de exposição7,8

.

Levando em consideração a alta população de idoso no Brasil e a escassez de estudos

que investigam as alterações radiográficas nesse grupo etário, essa pesquisa teve como objetivo

9

investigar os achados radiográficos nos indivíduos de 60 anos ou mais, a fim de demonstrar

aqueles de maior ocorrência, de forma que seja possível traçar metas de prevenção e tratamento.

10

2 MATERIAIS E MÉTODOS

Estudo transversal retrospectivo desenvolvido em radiografias panorâmicas de idosos

pertencentes ao arquivo do Setor de Imagenologia do Departamento de Odontologia da

Universidade Federal do Rio Grande do Norte, obtidas no período de janeiro de 2013 a

dezembro de 2016.

Foram incluídas na pesquisa radiografias panorâmicas digitais de pacientes com 60 anos

ou mais, de ambos os sexos e que apresentassem boa qualidade, sem distorções e artefatos que

dificultassem a avaliação dos maxilares. As imagens que não se enquadraram nestes critérios

foram excluídas, resultando em uma amostra de 1.006 radiografias. As imagens foram obtidas

no aparelho KODAK® 8000C Digital Panoramic and Cephalometric Extraoral Imaging

System, trabalhando em quilovoltagem de 74 kV, corrente elétrica em 8 mA, tempo de

exposição de 13,9 segundos e com 15% de ampliação.

A avaliação das imagens foi realizada por um único pesquisador, previamente calibrado,

em um monitor da marca AOC 14 polegadas e com o software Imaging Software da Carestream

com a possibilidade de ajuste na densidade, contraste e a utilização de ferramentas de ampliação

da imagem.

Foram avaliadas as seguintes variáveis: (a) Número de dentes, classificando os indivíduos

em desdentado total, parcial ou dentado; (b) Cárie dentária, categorizada em cárie de coroa e de

raiz; (c) Cálculo dentário; (d) Presença de dente incluso/semi-incluso; (e) Raiz residual; (f)

Lesão periapical; (g) Reabsorção do rebordo alveolar; (h) Expansão de seio maxilar. Essas

variáveis foram consideradas como ausentes ou presentes e estão descritas no quadro 1.

11

Quadro 1: Quadro descritivo com as variáveis dependentes analisadas. Natal/RN, 2017.

VARIÁVEL DESCRIÇÃO

NÚMERO DE DENTES

DESDENTADO

TOTAL

Pacientes que não apresentam nenhum dente

em ambas as arcadas.

DESDENTADO

PARCIAL

Número de dentes variando entre 1 e 27,

desconsiderando aqueles com ausência de

apenas terceiros molares, de dentes que não

erupcionaram ou ausências congênitas.

DENTADO

Pacientes que apresentam no mínimo 28

dentes.

CÁRIE DENTÁRIA

CÁRIE EM

COROA

Zonas radiolúcidas acima da junção

amelocementária.

CÁRIE

RADICULAR

Zonas radiolúcidas abaixo da junção

amelocementária.

CÁLCULO DENTÁRIO

Imagens radiopacas irregulares aderidas às superfícies proximais

dos elementos dentários.

DENTE

INCLUSO/SEMI-

INCLUSO

Elemento dentário que se encontra abaixo da crista óssea/ elemento

que rompeu a crista óssea, porém não se encontra totalmente

erupcionado.

RAIZ RESIDUAL Raízes retidas no osso sem a coroa dentária.

LESÃO PERIAPICAL Imagem radiolúcida na região do ápice dentário.

REABSORÇÃO DO

REBORDO ALVEOLAR

Perda óssea associada à perda dentária.

12

EXPANSÃO DO SEIO

MAXILARa

EXPANSÃO

ALVEOLAR DO

SEIO MAXILAR

Desenvolvimento do seio alveolar no sentido

do osso alveolar, estendendo-se do terço

médio radicular em direção à face oclusal dos

dentes posteriores superiores.

EXPANSÃO

ANTERIOR DO

SEIO MAXILAR

O seio maxilar se estende da face distal do

canino em direção à linha média.

EXPANSÃO DO

SEIO MAXILAR

PARA TÚBER

O seio maxilar se estende da face distal do

segundo molar em direção ao túber.

aAdaptado de Arieta et al (2005)

Para o teste de confiabilidade, a análise radiográfica de 50 radiografias selecionadas

aleatoriamente da amostra foi realizada duas vezes pelo pesquisador, em um intervalo de 7 dias.

O coeficiente Kappa obtido foi de 0,883, considerado como de concordância quase perfeita. Foi

feita a análise descritiva de todas as variáveis, bem como o teste do qui-quadrado (p≤0,05) de

todas as alterações orais observadas com sexo, idade, e presença ou ausência de dentes. Os

dados foram analisados utilizando o IBM SPSS Statistics 20.

Esta pesquisa foi aprovada pelo CEP/UFRN com número de parecer 1.709.536.

13

2 RESULTADOS

Este estudo avaliou 1006 radiografias panorâmicas digitais de idosos pertencentes ao

arquivo digital do setor de Imagenologia do Departamento de Odontologia da UFRN. A idade

variou de 60 a 97 anos, com média de 67,76 (± 6,73), sendo 66,2% do sexo feminino e 33,8%

do sexo masculino.

De acordo com a idade média os pacientes foram divididos em dois grupos: até 68 anos

(n=584 [58,1%]) e 69 anos ou mais (n=422 [41,9%]). Constatou-se que 313 pacientes (31,1%)

eram desdentados totais, 687 (68,3%) desdentados parciais e 6 (0,6%) dentados. A frequência

dos demais achados radiográficos estão descritos na tabela 1.

Tabela 1: Distribuição de frequência (n e %), considerando a amostra válida para cada achado.

Natal/RN, 2017.

Constatou-se uma relação estatisticamente significativa entre o sexo masculino e as

variáveis cárie em coroa (p=0,002), cárie radicular (p=0,001), cálculo dentário (p=0,000), lesão

periapical (p=0,000), raiz residual (p=0,000) e expansão do seio maxilar (p=0,005), conforme

mostra a tabela 2.

Variáveis Presença da variável n (%) Total n (%)

Cárie em coroa 207 (29,8%) 694 (100%)

Cárie radicular 125 (18,0%) 694 (100%)

Cálculo dentário 298 (42,9%) 694 (100%)

Lesão periapical 164 (23,6%) 694 (100%)

Dente incluso/

semi-incluso

39 (3,9%) 1006 (100%)

Raiz residual 237 (23,6%) 1006 (100%)

Reabsorção do

rebordo alveolar

999 (99,3%) 1006 (100%)

Expansão do seio

maxilar

166 (16,6%) 1006 (100%)

14

Tabela 2: Distribuição de frequência (n e %), considerando a amostra válida para cada achado, e associação

entre as variáveis estudadas e gênero através do teste do Qui-quadrado (p≤0,05). Natal/RN, 2017.

Variáveis Sexo masculino Sexo feminino Valor de “p”

Cárie em coroa 99 (36,5%) 108 (25,5%) 0,002

Cárie radicular 66 (24,4%) 59 (13,9%) 0,001

Cálculo dentário

139 (51,3%) 159 (37,6%) ≤0,000

Lesão periapical 89 (32,8%) 75 (17,7%) ≤0,000

Dente incluso/

semi-incluso

17 (5,0%) 22 (3,3%) 0,187

Raiz residual 108 (31,8%) 129 (19,4%) ≤0,000

Reabsorção do

rebordo alveolar

336 (98,8%) 663 (99,5%) 0,190

Expansão do seio

maxilar

56 (16,5%) 69 (10,4%) 0,005

A variável cálculo dentário (p=0,002) mostrou uma associação significativa nos

pacientes categorizados com 69 anos ou mais, enquanto que reabsorção óssea horizontal/vertical

(p=0,002) foi mais frequente nos pacientes de até 68 anos, como pode ser observado na tabela 3.

Tabela 3: Distribuição de frequência (n e %), considerando a amostra válida para cada achado, e associação

entre as variáveis estudadas e idade através do teste do Qui-quadrado (p≤0,05). Natal/RN, 2017.

Variáveis Pacientes de até 68 anos Pacientes de 69 anos ou mais Valor de

“p”

Cárie em coroa 132 (30,2%) 75 (29,2%) 0,776

Cárie radicular 74 (16,9%) 51 (19,8%) 0,335

Cálculo dentário

168 (38,4%) 130 (50,6%) 0,002

Lesão periapical 103 (23,6%) 61 (23,6%) 0,982

Dente incluso/

semi-incluso

25 (4,3%) 14 (3,3%) 0,435

15

Raiz residual 133 (22,8%) 104 (24,6%) 0,490

Reabsorção do

rebordo alveolar

581 (99,5%) 418 (99,1%) 0,414

Expansão do seio

maxilar

74 (12,7%) 51 (12,1%) 0,781

Pacientes desdentados totais e parciais apresentaram uma associação significativa com a

presença de dente incluso/semi-incluso (p=0,012 e p=0,025 respectivamente), raiz residual e

expansão do seio maxilar (p=0,000), conforme mostram as tabelas 4 e 5.

Tabela 4: Distribuição de frequência (n e %), considerando a amostra válida para cada achado, e associação

entre as variáveis estudadas e pacientes desdentados totais através do teste do Qui-quadrado (p≤0,05).

Natal/RN, 2017.

Variáveis Pacientes desdentados totais Valor de “p”

Dente incluso/

semi-incluso

5 (1,6%) 0,012

Raiz residual 52 (16,6%) ≤0,000

Expansão do seio

maxilar

19 (6,1%) ≤0,000

Tabela 5: Distribuição de frequência (n e %), considerando a amostra válida para cada achado, e associação

entre as variáveis estudadas e pacientes desdentados parciais através do teste do Qui-quadrado (p≤0,05).

Natal/RN, 2017.

Variáveis Pacientes desdentados parciais Valor de “p”

Dente incluso/

semi-incluso

33 (4,8%) 0,025

Raiz residual 185 (26,9%) ≤0,000

Expansão do seio

maxilar

106 (15,4%) ≤0,000

16

4 DISCUSSÃO

São poucos os estudos que avaliam os achados radiográficos em idoso no Brasil. A

maioria das pesquisas publicadas tem como foco a investigação do edentulismo e apresentam

achados limitados a algumas alterações como restos radiculares, dentes inclusos e lesões

radiolúcidas e radiopacas, deixando de investigar alterações importantes como cárie, cálculo

dentário, reabsorção de rebordo alveolar e lesões periapicais. Além disso, essas pesquisas foram

realizadas com amostras pequenas e a maioria não foi exclusiva em pacientes idosos. Na nossa

pesquisa, por outro lado, tivemos uma amostra bem maior. Foram avaliadas 1006 radiografias

panorâmicas digitais e investigadas mais variáveis do que os artigos revisados.

A amostra foi constituída por 66,2% de indivíduos do sexo feminino e 33,8% do sexo

masculino, resultados semelhantes a outros estudos radiográficos5,10

. Alguns estudos clínicos

realizados para avaliação da condição bucal em idosos mostram também que a maioria dos

pacientes é, em geral, composta de mulheres, o que corrobora os nossos resultados11,12

. Este

achado confirma o fenômeno denominado de “feminização do envelhecimento”, que está

associado a uma menor taxa de mortalidade nas mulheres13

. Outro aspecto que pode justificar

um maior número de indivíduos do sexo feminino nos nossos resultados é que, em geral, os

homens buscam menos os serviços de saúde, inclusive o odontológico14

.

Indivíduos desdentados totais ou parciais representaram quase o total da amostra,

evidenciando que a perda dentária ainda representa um agravo importante neste grupo de

pacientes. Esses resultados condizem com a realidade nacional demonstrada pelo SB Brasil

2010 e com os de outros estudos, em que a média de CPO-d é elevada nos idosos, sendo o

componente de perda dentária o mais evidente3,5

. Isso sinaliza a importância de ações

preventivas e educativas em indivíduos mais jovens, para evitar que na senescência, quando as

doenças crônicas são mais prevalentes, a perda dental contribua para o agravo da saúde geral do

idoso.

17

A reabsorção de rebordo alveolar foi o achado mais frequente neste estudo, o que pode

ser justificado pelo maior número de idosos desdentados totais ou parciais encontrados, e sabe-

se que essa reabsorção ocorre de forma fisiológica após a perda dentária. Quando severa, pode

estar associada à dificuldade de retenção de próteses totais, principalmente na mandíbula, o que

pode levar ao desenvolvimento de úlceras traumáticas, hiperplasias fibrosas inflamatórias e

hiperceratoses friccionais na mucosa oral do paciente. As lesões traumáticas em geral são

dolorosas e fazem com que o idoso evite a utilização da prótese, levando a limitações referentes

à nutrição e socialização. A colocação de implantes dentários também pode ser dificultada em

rebordos alveolares reabsorvidos e pode ser necessário o uso de enxertos ósseos, o que pode

dificultar e encarecer o procedimento.

As radiografias panorâmicas são amplamente utilizadas na prática clínica da

Odontologia e, muitas vezes, representa o exame complementar de imagem inicial a ser

solicitado, especialmente em idosos. Apesar de não representar o exame padrão ouro para a

identificação de cálculo e cárie dentária, foi possível observar que tais achados apresentaram

uma elevada ocorrência na nossa amostra. Esse dado representa uma limitação no nosso estudo,

inclusive demonstrando resultados subestimados, uma vez que são os exames radiográficos

intra-orais que permitem o detalhamento necessário para a análise radiográfica da coroa e da

raiz dentária.

A ocorrência de lesões periapicais e raízes residuais foi observada em 23,6% da nossa

amostra, mostrando uma frequência superior a observada por Hidalgo Rivas et al (2013), que

obteve 19% e 7,4%, respectivamente. Esta dessemelhança pode refletir a diferença nas

características e tamanho da amostra entre os dois estudos, já que foram realizados em países

diferentes e enquanto a amostra de Hidalgo Rivas et al (2013) foi composta por 190 radiografias

de idosos, a nossa pesquisa avaliou 1006 imagens. Outro dado importante foi que no estudo

desses autores as raízes residuais foram observadas apenas em desdentados parciais, enquanto

no nosso os pacientes desdentados totais também apresentaram esse achado. Já no estudo de

Limeira et al (2013), as raízes residuais foram observadas em 26,7% da amostra investigada, um

18

achado semelhante ao nosso e desenvolvido em uma população com características similares a

avaliada na presente pesquisa.

O aumento do seio maxilar foi observado em 16,6% da amostra investigada. A

expansão alveolar ocorre quando há perda dentária e o seio maxilar estende-se em direção do

osso alveolar, ocupando seu espaço e podendo em alguns casos, principalmente em desdentados

totais, representar o próprio limite do rebordo, o que pode levar à sintomatologia dolorosa nos

pacientes. Não foi possível comparar os nossos resultados com outros estudos uma vez que não

foram encontrados outros trabalhos que avaliaram esse achado em radiografias panorâmicas.

Entretanto, no estudo desenvolvido por Arieta et al (2005), no qual fizeram uso de radiografias

periapicais para a avaliação, foi observada uma ocorrência de 30% da expansão alveolar do seio

maxilar, um achado expressivamente superior ao nosso. Acreditamos que esta discrepância pode

ser explicada pela metodologia do estudo de Arieta et al (2005), que utilizou radiografias de

molares e pré-molares superiores e não faz referência se as imagens da região de molares e de

pré-molares de um mesmo paciente eram contabilizadas uma ou duas vezes na investigação.

Acreditamos que apesar das radiografias periapicais serem capazes de mostrar a expansão

alveolar do seio maxilar, nas radiografias panorâmicas os seios maxilares podem ser melhor

visualizados e analisados.

No que concerne às associações entre as variáveis e o gênero dos pacientes, observou-se

uma ocorrência estatisticamente significativa entre cárie em coroa (p=0,002), cárie radicular

(p=0,001), cálculo dentário (p=0,000), lesão periapical (p=0,000), raiz residual (p=0,000) e

expansão do seio maxilar (p=0,005), nos indivíduos do sexo masculino. Da mesma forma,

outros estudos também encontraram maior prevalência dessas variáveis entre esse

gênero2,15,16,17

. Possivelmente essa diferença entre os sexos justifica-se pelo fato dos homens

procurarem com menor frequência serviços de saúde, como discutido anteriormente. Ademais,

outro fator que pode sustentar os achados relacionados à perda dentária é a deficiência na

higiene bucal nos indivíduos do sexo masculino, como foi constatado por Aranza et al (2014).

Ressalta-se também que nos idosos, de uma forma geral, há à redução na motivação de higiene

19

bucal e, em alguns casos, a coordenação motora pode estar comprometida dificultando a

higienização bucal, e levando ao desenvolvimento de cárie, cálculo e de lesões periapicais18

.

A presença de dentes inclusos ou semi-inclusos foi observada em 39 radiografias

panorâmicas de idosos, correspondendo a 3,9% da amostra. No estudo de Farias et al (2003),

que avaliou a prevalência de dentes inclusos em diferentes faixas etárias, foi demonstrando que

com o envelhecimento há uma redução na presença de dentes inclusos, possivelmente em

função do diagnóstico e da remoção desses elementos ser feito no período da identificação desse

achado.

Por fim, no tocante à associação entre os achados radiográficos analisados e o número

de dentes, foram constatadas variações significativas no que se refere à prevalência de dentes

inclusos/semi-inclusos, raiz residual e expansão do seio maxilar, sendo todos eles menos

prevalentes nos pacientes desdentados totais, assim como ocorreu no trabalho de Hidalgo Rivas

et al (2013) referente aos dois primeiros. Com relação à expansão do seio maxilar, os menores

valores obtidos para desdentados totais podem ser explicados devido à metodologia deste

estudo, já que para avaliar a presença desse achado foram utilizados os elementos dentários

como referencial, conforme o estudo de Arieta et al (2005), o que limitou os resultados para

indivíduos com ausência total de dentes.

20

5 CONCLUSÃO

O presente estudo demonstrou uma elevada ocorrência de achados radiográficos em

radiografias panorâmicas de idosos, principalmente reabsorção do rebordo alveolar, cálculo

dentário, cárie em coroa, lesão periapical e raiz residual. Apesar da utilização deste método de

imagem para investigação apresentar algumas limitações, os nossos resultados comprovam a

precariedade dos cuidados em saúde bucal nesse grupo etário. Desta forma, faz-se necessário o

desenvolvimento de políticas e ações de saúde bucal que incentivem a prevenção e o maior

acesso de idosos aos serviços odontológicos.

21

REFERENCIAS

1. Barbosa KGN. Condição de saúde bucal em idosos: uma revisão da realidade brasileira.

Odontol. Clín.-Cient. 2011; 10(3): 227-231.

2. Marques RAA, Antunes JLF, Sousa MLR, Peres MA, Frazão P. Prevalência e extensão da

cárie dentária radicular em adultos e idosos brasileiros. Rev Saúde Pública. 2013; 47(3):

59-68.

3. Rocha NSM, Rocha AM, Aquino AMB, Corvino MPF, Prado M, Groisman S. Saúde bucal

do idoso atendido na Policlínica Geral do Rio de Janeiro: uma análise radiográfica. Rev.

bras. odontol. 2012; 69(2): 238-241.

4. Saintrain MVL, Vieira LJES. Saúde bucal do idoso: abordagem interdisciplinar. Ciência e

Saúde Coletiva. 2008; 13(4): 1127-1132.

5. Limeira FIR, Melo DP, Gomes DQC, Cavalcanti SALB, Bento PM. Radiographic

evaluation of the dental condition of elderly people treated at a Brazilian public

university. Braz J Oral Sci. 2013; 12(4): 352-356.

6. Pastre T. Avaliação radiográfica da condição dentária dos pacientes idosos atendidos na

Clínica de Odontologia da PUCPR [Dissertação]: Curitiba (PR): Pontifícia Universidade

Católica do Paraná; 2007. 71 p. Brasil.

7. Hidalgo RA, Quintanilla EP, Schilling QA. Hallazgos en radiografías panorámicas de

adultos mayores de Talca, Chile. Acta Odontologica Venezolana. 2013; 51(2): 10p.

8. Santos KCP, Oliveira AS, Hesse D, Buscatti MY, Oliveira JX. Avaliação de radiografias

panorâmicas objetivando o cotejamento entre os motivos da solicitação e eventuais achados

radiográficos. Rev Inst Ciênc Saúde. 2007; 25(4): 419-422.

9. Arieta LC, Silva MAA, Rockenbach MIB, Veeck EB. Extensões dos seios maxilares

detectadas em radiografias periapicais. Rev. odonto ciênc. 2005; 20(47): 18-22.

10. Peker I, Alkurt MT, Yildirim-Biçer AZ. Evaluation of total and partial edentulous jaws

using panoramic radiography. J Dent Fac Atatürk Uni. 2014; 24(2): 241-245.

22

11. Mesas AE, Andrade SM, Cabrera MAS. Condições de saúde bucal de idosos de

comunidade urbana de Londrina, Paraná. Rev Bras Epidemiol. 2006; 9(4): 471-480

12. Colussi CF, Freitas SFT, Calvo MCM. Perfil epidemiológico da cárie e do uso e

necessidade de prótese na população idosa de Biguaçu, Santa Catarina. Rev Bras

Epidemiol. 2004; 7(1): 88-97.

13. Bulgarelli AF, Manço ARX. Saúde bucal do idoso: revisão. Clín. Pesq. Odontol. 2006;

2(4): 319-326.

14. Moraes SA, Lopes DA, Freitas ICM. Diferenças sexo-específicas na prevalência e nos

fatores associados à procura por serviços de saúde em estudo epidemiológico de base

populacional. Rev. bras. epidemiol. 2014; 17(2): 323-340. *

15. Aranza OT, Coronel XC, Palacios RDH. Perfil de salud bucodental en un grupo de adultos

mayores del estado de Hidalgo. Revista ADM. 2014; 71(2): 77-82.

16. Rihs LB, Sousa MLR, Wada RS. Prevalência de cárie radicular em adultos e idosos na

região sudeste do Estado de São Paulo, Brasil. Cad. Saúde Pública. 2005; 21(1): 311-316.

17. Souza ME, Torres MA, Duarte AHS, Sobral APV. Lesões periapicais: estudo

epidemiológico. Rev. bras. patol. Oral. 2003; 2(1): 30-34.

18. Silva BLA, Bonini JA, Bringel FA. Condição de saúde bucal de idosos institucionalizados

em araguaína/to. Braz J Periodontol. 2015; 25(1): 07-13.

19. Farias JG, Santos FAP, Campos PSF, Sarmento VA, Barreto S, Rios V. Prevalência de

Dentes Inclusos em Pacientes Atendidos na Disciplina de Cirurgia do Curso de

Odontologia da Universidade Estadual de Feira de Santana. Pesq Bras Odontoped Clin

Integr. 2003; 3(2): 15-19.

23

ANEXO

Escopo e política

A revista Radiologia Brasileira (ISSN 0100-3984), publicada bimestralmente, é o órgão oficial

de divulgação científica do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR)

e destina-se à publicação de trabalhos científicos de interesse nas áreas de Radiologia, Medicina

Nuclear, Ultrassonografia, Tomografia Computadorizada, Ressonância Magnética e Física e

Biologia das Radiações. A Radiologia Brasileira aceita para publicação trabalhos de

colaboradores nacionais e estrangeiros. Os manuscritos encaminhados à Radiologia Brasileira e

aceitos para publicação tornam-se propriedade do CBR. A reprodução, no todo ou em parte, de

artigos publicados na Radiologia Brasileira somente poderá ser feita com prévia autorização do

CBR.

Instruções aos Autores

Nota sobre Autoria: Com exceção de trabalhos considerados de excepcional complexidade ou

multicêntricos, a revista considera 8 (oito) o número máximo aceitável de autores para Artigos

Originais, 6 (seis) para Artigos de Revisão e Ensaios Iconográficos, 5 (cinco) para Cartas ao

Editor e 2 (dois) para as demais categorias. No caso de maior número de autores, enviar carta à

Secretaria Editorial descrevendo a participação de cada autoria no trabalho.

Os materiais submetidos para publicação devem ser inéditos e não devem estar sendo analisados

com fins de publicação em nenhum outro periódico. Os artigos escritos em português devem

obedecer à ortografia oficial. Quando originários de instituições estrangeiras, poderão ser

publicados em inglês, na forma em que forem enviados.

O artigo submetido para apreciação é encaminhado aos editores, que fazem uma revisão inicial

quanto aos padrões mínimos de exigência da revista Radiologia Brasileira e ao atendimento de

todas as normas requeridas para o envio dos textos. A seguir, remetem o artigo a dois revisores

especialistas na área pertinente, selecionados do Conselho Editorial e/ou do Corpo de Revisores

24

da revista. Os revisores são sempre de instituições diferentes da instituição de origem do artigo e

são “cegos” quanto à identidade dos autores e local de origem do trabalho. As opiniões

expressas nos artigos, inclusive as alterações feitas pelos editores, são de responsabilidade única

dos autores.

Tipos de artigos publicados

A revista Radiologia Brasileira classifica os artigos de acordo com as especificações a seguir,

agrupando-os dentro das seções de cada subespecialidade.

Artigos Originais: Novas informações de interesse ao diagnóstico clínico ou relacionadas à

pesquisa experimental ou laboratorial. O manuscrito deve ter no máximo 3.000 palavras

(incluindo-se tabelas e quadros e excluindo-se as referências). A soma de tabelas e figuras não

deve ultrapassar o total de 8 (oito). Caso a figura seja composta por partes – A, B, C,... –, cada

parte é contada como uma figura. Incluir, no máximo, 30 referências.

Artigos de Revisão: Solicitados pelos editores a especialistas da área. São artigos de síntese de

assuntos bem estabelecidos, com análise crítica da bibliografia consultada e conclusões. Podem

ter até 4.000 palavras (incluindo-se tabelas e quadros e excluindo-se as referências), 12 figuras,

4 (quatro) tabelas e 50 referências.

Ensaios Iconográficos: Solicitados pelos editores a especialistas da área. Trabalhos cujo objetivo

maior é a demonstração por imagens dos tópicos apresentados. O texto (até 1.200 palavras) e as

referências (máximo dez) devem ser sumários. O total de figuras não deve ultrapassar 20.

Relatos de Casos: A revista Radiologia Brasileira não está mais aceitando relatos de casos desde

1 de dezembro de 2014.

Cartas ao Editor: Críticas a matérias publicadas, de maneira construtiva, objetiva e educativa,

consultas a situações diagnósticas. As discussões de assuntos específicos da Radiologia serão

publicadas a critério dos editores. As cartas devem ser breves (máximo de 500 palavras). Como

Cartas ao Editor podem ser enviadas, também, breves discussões de um caso clínico com

características de imagem singulares, de interesse para a comunidade científica. Devem conter

25

no máximo 500 palavras, 8 (oito) referências e 4 (quatro) imagens (estas preferentemente

apresentadas como figura única).

Editorial: Poderá ser escrito pelos editores ou por qualquer membro do CBR. Os assuntos de

caráter político deverão ser aprovados pelo Conselho Editorial.

Novidades em Radiologia: Breve descrição de uma técnica ou procedimento específico,

modificação de uma técnica, ou novo equipamento de interesse para radiologistas.

Orientações gerais para artigos científicos

As recomendações a seguir são baseadas em “Recommendations for the conduct, reporting,

editing and publication of scholarly work in medical journals (ICMJE recommendations)”,

estabelecidas pelo Comitê Internacional de Editores de Revistas Médicas (Grupo Vancouver) e

disponíveis em: www.icmje.org/icmje-recommendations.pdf. Mesmo preparados e submetidos a

essas recomendações, os artigos serão editados em conformidade com o estilo da revista.

Os manuscritos devem ser digitados em espaço duplo (todas as páginas), com margens de pelo

menos 3 cm e fonte Times New Roman 11 pontos contendo as seguintes partes: a) página de

títulos; b) resumos e unitermos; c) texto e agradecimentos; d) referências.

a) Página de Títulos

Esta página deve conter: título do artigo em português, título do artigo em inglês, nomes

completos (por extenso e na forma abreviada) dos autores, a titulação principal, a atividade

acadêmica e a principal Instituição a que pertence cada autor, seus endereços completos,

informações de patrocínio e/ou outras contribuições. Deve-se citar a instituição onde o trabalho

foi realizado. O autor correspondente deverá ser claramente identificado, e o seu endereço

completo, número de telefone, fax e e-mail devem ser fornecidos. Incluir um título resumido do

artigo (máximo de 60 caracteres, inclusive espaços) para constar no topo das páginas na revista

impressa.

26

b) Resumos e Unitermos

Resumos estruturados (em português e inglês) com 200 palavras ou menos devem ser entregues

com cada manuscrito de Artigo Original. Os resumos devem conter os itens: Objetivo: Descreva

a hipótese testada ou procedimentos avaliados. Materiais e Métodos: Descreva brevemente o

que foi feito e os materiais utilizados, inclusive o número de pacientes, os métodos utilizados

para a avaliação dos dados e para evitar o viés. Resultados: Cite os achados do estudo, inclusive

indicadores de significância estatística. Números reais e porcentagens devem ser incluídos.

Conclusão: A(s) conclusão(ões) baseada(s) nos achados deve(m) ser resumida(s) em uma ou

duas sentenças. Devem ser listados, abaixo dos resumos, três a seis unitermos e respectivos

keywords, preferentemente de acordo com os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) ou com

o Medical Subject Headings (MeSH) da National Library of Medicine

(www.nlm.nih.gov/mesh/meshhome.html).

Resumos de 60 palavras ou menos devem ser entregues para artigo de Novidades em Radiologia

e não devem ser divididos em itens.

Para Artigos de Revisão ou trabalhos similares, resumos de 100 a 200 palavras devem sintetizar

o conteúdo do artigo, que não deve ser dividido em itens. Listar três a seis unitermos/keywords.

Referências não devem ser citadas nos resumos dos trabalhos.

c) Texto

Os Artigos Originais devem ser divididos em seções, com os itens: Introdução, Materiais e

Métodos, Resultados e Discussão.

Introdução: Descreva brevemente o objetivo da investigação e explique a sua importância.

Materiais e Métodos: Descreva o plano de pesquisa, os materiais (ou pacientes) e os métodos

utilizados, nesta ordem. Explique em detalhes como a doença foi confirmada e como a

subjetividade das observações foi controlada. Para garantir o anonimato no processo de revisão,

o nome da instituição onde o trabalho foi realizado e os nomes dos autores ou suas iniciais não

devem ser mencionados.

27

Resultados: Apresente os resultados em sequência lógica e clara. Se forem utilizadas tabelas,

não duplique os dados tabulares no texto, mas descreva as tendências e pontos importantes.

Discussão: Descreva as limitações do plano de pesquisa, materiais (ou pacientes) e métodos,

considerando o objetivo e os resultados do estudo. Quando os resultados forem diferentes de

resultados obtidos em estudos anteriores, justifique a discrepância.

Conclusão(ões): Quando for o caso, descreva-as em sentenças resumidas.

d) Referências

As referências devem ser numeradas, consecutivamente, na ordem que aparecem no texto e

formatadas segundo as diretrizes do International Committee of Medical Journal Editors,

publicadas em “Recommendations for the conduct, reporting, editing and publication of

scholarly work in medical journals (ICMJE recommendations)”, atualizadas em 2013 e

disponíveis no endereço: www.icmje.org/icmje-recommendations.pdf. As abreviaturas

utilizadas para os periódicos citados nas referências devem seguir o padrão do PubMed.

Artigo de periódico

1. Glazebrook KN, Magut MJ, Reynolds C. Angiosarcoma of the breast. AJR Am J Roentgenol.

2008;190:533–8.

Quando mais de três autores forem listados, citar os três primeiros, seguidos de et al.

Livro

3. Web RW, Müller NL, Naidich D. High-resolution CT of the lung. 3rd ed. Philadelphia:

Lippincott Williams & Wilkins; 2002.

Capítulo de livro

5. Stoller D. MRI of the knee. In: Edelman R, Hesselink JR, Zlatkin M, editors. Clinical

magnetic resonance imaging. 2nd ed. Philadelphia: WB Saunders, 1997; p. 1917–72.

Homepages/Endereços Eletrônicos

7. Cancer-Pain.org [homepage on the Internet]. New York: Association of Cancer Online

Resources, Inc.; c2000-01 [updated 2002 May 16; cited 2002 Jul 9]. Available from:

http://www.cancer-pain.org/.

Resumos apresentados em congressos e publicados em periódicos

28

7. Andrade CS, Amaral RP, Brito MC, et al. Conhecendo as leucodistrofias [resumo]. In:

XXXVI Congresso Brasileiro de Radiologia; 2007 Out 11-13; Salvador, BA. São Paulo:

Colégio Brasileiro de Radiologia; 2007. p. 41. (Radiologia Brasileira; vol. 40, supl. 1).

Nota: Uma lista completa de exemplos de citações bibliográficas pode ser encontrada na

Internet, no endereço: www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK7256/.

Instruções para envio de material on-line

Atualmente, os artigos devem ser submetidos online, acessando-se o sistema ScholarOne:

http://mc04.manuscriptcentral.com/rb-scielo.

Referências que sejam resumos, editoriais e cartas devem ser registrados como tal. É

responsabilidade do(s) autor(es) garantir que todas as referências sejam listadas com precisão.

Dados não publicados e comunicações pessoais não devem ser incluídos na lista de referências,

mas podem ser citados no texto entre parênteses: (Smith DJ, comunicação pessoal), (Brown AC,

dados não publicados). Estes dados incluem trabalhos submetidos, mas ainda não aceitos para

publicação.

e) Tabelas

Cada tabela deve ser digitada em espaço duplo, em fonte 11, sem linhas verticais ou horizontais.

Cada tabela deve ter um breve título descritivo. As tabelas não deverão ter mais que uma página

e deverão apresentar pelo menos quatro linhas e duas colunas de dados. As tabelas devem ser

numeradas em algarismos arábicos, na ordem que são citadas no texto. As abreviaturas e

explicações devem ser identificadas em notas embaixo de cada tabela e não no título, e

identificadas pelas seguintes letras e sequência: (a), (b), (c), (d), (e),.... As tabelas devem ser

autoexplicativas e não podem duplicar dados apresentados no texto ou nas figuras. A precisão

de todos os cálculos aritméticos (porcentagens, totais, diferenças) deverá ser verificada e os

dados tabulares deverão coincidir com os dados apresentados no texto.

f) Ilustrações e Legendas

29

Cada ilustração será enviada no sistema em separado. Todas as ilustrações devem ter legendas.

É essencial que a legenda descreva todas as características constantes de uma ilustração. As

ilustrações devem ser limitadas às necessidades para mostrar as características essenciais

descritas no manuscrito. É preferível que cada ilustração apresente apenas a(s) área(s) de

interesse, com suficiente área ao redor para fins de orientação. É essencial indicar todas as

características descritas na legenda, utilizando-se identificadores diferentes para cada

característica (não se deve utilizar triângulos equiláteros como setas). Os identificadores devem

ser aplicados diretamente sobre a figura, encostados às lesões (ou estruturas) que se quer

evidenciar. No caso de mais de uma ilustração pertencer a um mesmo caso, deve-se agrupá-las

sob uma mesma legenda e identificá-las por letras (A, B, C, etc.).

Ilustrações em cores somente serão assim publicadas se os editores concluírem que as cores são

essenciais para transmitir a mensagem dessas ilustrações. As imagens de fotografias devem vir

em arquivos jpg, gif ou tif, com resolução de 300 dpi para o tamanho aproximado de 9 x 12 cm.

g) Unidades e Abreviaturas

As medidas de radiação e valores laboratoriais devem ser baseadas nas Unidades do Sistema

Internacional (International System Units in Radiation Protection and Measurements, NCRP

Report no. 28, August 1985).

Abreviaturas e siglas devem ser evitadas. Nunca usá-las no título do artigo e preferentemente

não usá-las no resumo. Quando incluídas no texto, devem ser descritas por extenso na primeira

menção e seguidas pela abreviatura ou sigla entre parênteses.

h) Informações Gerais

A Revista não aceita material editorial com objetivos comerciais.

Conflito de interesses: Devem ser mencionadas as situações que poderiam influenciar de forma

inadequada o desenvolvimento ou as conclusões do trabalho. Entre essas situações, a

participação societária nas empresas produtoras das drogas ou equipamentos citados ou

30

utilizados no trabalho, assim como em relação aos concorrentes. São também consideradas

fontes de conflito auxílios recebidos, relações de subordinação no trabalho, consultorias, etc.

Comitê de Ética em Pesquisa: Trabalhos que relatem resultados realizados em seres humanos

devem vir acompanhados de autorização do Comitê de Ética em Pesquisa da Instituição.

Registro de ensaios clínicos: A partir de agosto de 2007, os periódicos indexados nas bases de

dados Lilacs e SciELO passaram a exigir que os ensaios controlados aleatórios (randomized

controled trials) e ensaios clínicos (clinical trials) submetidos para publicação tenham o registro

em uma base de dados de Ensaios Clínicos. Essa decisão é decorrente da orientação da

Plataforma Internacional para Registros de Ensaios Clínicos (ICTRP) da Organização Mundial

da Saúde (OMS), do International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE). As

instruções para o registro estão disponíveis no endereço eletrônico do ICMJE

(http://www.icmje.org/clin_trialup.htm) e o registro poderá ser feito na base de dados de

Ensaios Clínicos da National Library of Medicine, disponível em: http://clinicaltrials.gov/ct/gui.

Agradecimentos: Devem ser mencionadas colaborações de pessoas, instituições ou

agradecimentos por apoio financeiro e auxílios técnicos que mereçam reconhecimento, mas não

justificam a sua inclusão entre os autores.

31