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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSO EM ENFERMAGEM CURSO DE MESTRADO ACADÊMICO CLARISSA MARIA BANDEIRA BEZERRA ESTRESSE E SÍNDROME DE BURNOUT NOS ENFERMEIROS DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO NATAL 2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSO EM ENFERMAGEM

CURSO DE MESTRADO ACADÊMICO

CLARISSA MARIA BANDEIRA BEZERRA

ESTRESSE E SÍNDROME DE BURNOUT NOS ENFERMEIROS DE UM

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

NATAL

2016

2

CLARISSA MARIA BANDEIRA BEZERRA

ESTRESSE E SÍNDROME DE BURNOUT NOS ENFERMEIROS DE UM

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

Dissertação apresentada à banca examinadora da defesa

de dissertação de mestrado do Programa de Pós-

Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do

Rio Grande do Norte, como requisito parcial para obtenção

do título de Mestre.

Área de concentração: Enfermagem na Atenção à Saúde.

Linha de Pesquisa: Enfermagem na Vigilância à saúde.

Grupo de Pesquisa: Ações Promocionais e de Assistência a Grupos Humanos em Saúde Mental e Coletiva.

Orientador: Profª. Drª. Milva Maria Figueiredo De Martino.

NATAL

2016

3

Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial da Escola de Saúde da UFRN -

ESUFRN

Bezerra, Clarissa Maria Bandeira.

Estresse e síndrome de Burnout nos enfermeiros de um hospital

universitário / Clarissa Maria Bandeira Bezerra. - 2016.

84 f.: il.

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande

do Norte, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação

em Enfermagem, Natal, 2016.

Orientador: Profª. Drª. Milva Maria Figueiredo de Martino.

1. Estresse - Enfermeiros - Dissertação. 2. Estresse

ocupacional - Hospitais universitários - Dissertação. 3.

Síndrome de Burnout - Dissertação. 4. Enfermagem - Dissertação.

I. Martino, Milva Maria Figueiredo de. II. Título. RN/UF/BS-ESUFRN CDU 613.62(043.3)

4

CLARISSA MARIA BANDEIRA BEZERRA

ESTRESSE E SÍNDROME DE BURNOUT NOS ENFERMEIROS DE UM

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

Dissertação apresentada à banca examinadora da defesa

de dissertação de mestrado do Programa de Pós-

Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do

Rio Grande do Norte, como requisito parcial para obtenção

do título de Mestre.

Aprovada em ___ de _________ de 2016.

BANCA EXAMINADORA

_____________________________________________________________ Prof.ª Dra. Milva Maria Figueiredo De Martino (Presidente da banca)

_____________________________________________________________ Prof.ª Dra. Ana Luísa Brandão de Carvalho Lira

___________________________________________________________________

Prof.ª Dra Rosângela Marion da Silva

5

DEDICATÓRIA

A Deus por ter me proporcionado a vida. Aos meus pais por terem me dado a oportunidade de estudar e chegar até aqui.

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AGRADECIMENTOS Chegou a hora de agradecer a todos que de alguma forma me auxiliaram a concluir esta etapa, pois sozinha não chegaria a lugar algum. A Deus por me permitir o alcance desta vitória mesmo passando por muitas provações, me fez mais forte a cada tropeço. Este trabalho representa um processo de avanço, melhorias e aprendizados no ramo da educação e da enfermagem do Brasil, portanto, agradeço a oportunidade oferecida pelo Programa de Pós Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte para minha contribuição neste desenvolvimento. À Professora Orientadora Dra. Milva Maria Figueiredo de Martino que com tanta paciência e dedicação me mostrou os melhores caminhos a seguir na construção deste trabalho. Obrigada professora, pela oportunidade e carinho, lhe admiro bastante. À minha família por está ao meu lado em todos os momentos, com ensinamentos, estímulos e até mesmo broncas que me fazem assim uma pessoa melhor e realizada por tê-los comigo! A Joberto, meu noivo, que me estimulou e me ajudou com palavras de carinho, conforto e por sua compreensão e apoio apesar de algumas distanciamentos necessários para execução deste trabalho. Aos amigos que contribuíram com a construção do trabalho; meus colegas de trabalho do hospital universitário Onofre Lopes. A Bárbara, Glauber e Fábio que me ajudaram durante as disciplinas do mestrado com paciência e cooperação. A Gracinha e Cecília que me auxiliaram ainda na tentava da seleção do mestrado. Deus abençoe a todos! Ao Hospital Universitário Onofre Lopes por me dá a oportunidade da realização da minha pesquisa naquele local e aos enfermeiros trabalhadores da instituição que foram público da minha pesquisa e se mostraram solícitos a contribuírem.

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RESUMO Objetivo: Verificar o nível de estresse e a presença da síndrome de Burnout em enfermeiros nos turnos diurno e noturno na área hospitalar. Método: Trata-se de estudo descritivo, do tipo transversal observacional, com abordagem quantitativa em um Hospital Universitário da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. A pesquisa foi realizada com a amostra de 108 enfermeiros atuantes nos turnos diurno e noturno. Consistiu na aplicação de questionários, um verificador de dados sociodemográficos da amostra, a Escala de Bianchi modificada para quantificar o nível de estresse e o Maslach Burnout Inventory - Human Services Survey), para identificar a presença da Síndrome de Burnout. A tabulação dos dados se deu em planilhas e depois em tabelas. As variáveis contínuas foram verificadas por medidas de posição (média e mediana), dispersão (desvio padrão). Para as comparações entre os turnos com relação aos escores dos instrumentos foi aplicado o teste t de Student e o teste não-paramétrico de Mann-Whitney. Foram aplicados teste de Correlação de Spearmann e de Pearson. Adotou-se nível de significância de 0,05. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, sob o Parecer nº 1.313.575. Resultados: Os dados mostraram que 88,88% dos participantes eram do sexo feminino, com faixa etária de 24-45 anos correspondendo a 84.25% dos trabalhadores, de maioria casados 47,22%. Em maior número encontram-se os que possuem outro emprego 55,56%. Média de tempo de serviço de 12,78 anos. 50% dos participantes referiram praticar atividade física. O escore para o nível de estresse do turno diurno foi de 2,35 e do noturno 2,31, sendo classificados como médio. As dimensões do Burnout para o grupo do diurno mostrou exaustão 21,88; despersonalização 5,89; realização profissional 38,88. Para o noturno, exaustão 20,10; despersonalização 5,79 realização profissional 38,98. Foram considerados medianos. Os valores do estresse e do Burnout quanto ao turno de trabalho não foram estatisticamente significativos. Existiu correlação e valores de p estaticamente significativos quando comparados estresse e as dimensões da síndrome (p= < 0,0001), (p=0,0001) e (p=0,0003). Conclusão: O nível de estresse entre os enfermeiros foi avaliado como nível médio nos turnos diurno e noturno e das três dimensões do Burnout em ambos os turnos também, onde verificou-se ausência da síndrome. Houve correlação estatisticamente significativas entre estresse e os domínios do Burnout. Descritores: Enfermagem; Estresse; Síndrome de Burnout

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ABSTRACT

Objective: To determine the level of stress and the presence of burnout syndrome in nurses in day and night shifts in the hospital. Method: This is a descriptive study, an observational cross-sectional with quantitative approach in a University Hospital of the Federal University of Rio Grande do Norte. The survey was conducted with a sample of 108 nurses working day and night shifts. It consisted of questionnaires for evaluation a sociodemographic data checker form of the sample, the modified Bianchi scale to quantify the level of stress and the Maslach Burnout Inventory - Human Services Survey), to identify the presence of burnout syndrome. The tabulation of the data was in spreadsheets and then tables. Continuous variables were checked for position measurements (mean and median), dispersion (standard deviation). For comparisons between the shifts with respect to the scores of the instruments we applied the Student t test and the nonparametric Mann-Whitney. Applied Spearman correlation test and Pearson. Adopted is a significance level of 0,05. The project was approved by the Research Ethics Committee of the Federal University of Rio Grande do Norte, in the Opinion No. 1.313.575. Results: The data showed that 88.88% of the participants were female, aged 24-45 years corresponding to 84.25% of the workers, most married 47.22%. In the largest number are having another job 55.56%. Average of 12.78 years of service. 50% of participants reported physical activity and 50% did not. The score for the level of stress of the day shift was 2.35 and 2.31 of the night, being classified as average. The dimensions of Burnout for day group showed exhaustion 21.88; depersonalization 5.89; professional achievement 38.88. For the night, exhaustion 20,10; depersonalization 5.79 professional achievement 38.98. They were considered average. The values of stress and burnout as the work shift were not statistically significant. There was correlation and statically significant p-values when compared stress and the dimensions of the syndrome (p = <0.0001) (p = 0.0001) (p = 0.0003). Conclusion: The level of stress among nurses was rated as average level in day and night shifts and the three dimensions of Burnout in both rounds too, where there was absence of the syndrome. There was a statistically significant correlation between stress and the domains of burnout. Keywords: Nursing; Stress; Burnout syndrome

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Quadro 1 – Produções que abordam os desencadeantes do estresse em enfermeiros no

período de 2011 a 2014. Natal/RN, 2016. ...................................................................................... 24

Quadro 2 - Produções que abordam os fatores individuais e organizacionais para o

desenvolvimento da síndrome de Burnout nos anos 2010, 2012 e 2015. Natal/RN, 2016. 30

Quadro 3 - Níveis de estresse e valores correspondentes. ........................................................ 38

Quadro 4 – As dimensões do burnout e os pontos de corte para resultado de análises. ..... 38

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Representação dos dados sociodemográficos de enfermeiros. Natal/RN,

RN, 2016. .................................................................................................................. 42

Tabela 2 – Distribuição das características trabalhistas da amostra. Natal/RN, 2016.

.................................................................................................................................. 43

Tabela 3 – Características dos hábitos de vida dos enfermeiros. Natal/RN, 2016. .. 43

Tabela 4 – Descrição da média e desvio padrão da idade, tempo de profissão,

estresse e dimensões da síndrome de burnout na amostra. Natal/RN, RN, 2016. ... 44

Tabela 5 – Exposição dos níveis de estresse dos enfermeiros estudados segundo o

turno de trabalho. Natal/RN, 2016. ............................................................................ 44

Tabela 6 – Distribuição dos resultados das médias das dimensões do burnout

segundo o turno de trabalho. Natal/RN, 2016. .......................................................... 45

Tabela 7 – Disposição das dimensões do Burnout nos Enfermeiros segundo sexo.

Natal/RN, 2016. ......................................................................................................... 46

Tabela 8 – Distribuição das dimensões do Burnout nos Enfermeiros segundo turno.

Natal/RN, 2016. ......................................................................................................... 47

Tabela 9 – Caracterização dos coeficientes de correlação e p- valor segundo o

estresse e as dimensões do burnout. Natal/RN, 2016. ............................................. 47

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ACTH Hormônio Adrenocorticotrófico

CBP-R Cuestionário de Burnout para Professores Revisado

CEP Comitê de Ética em Pesquisa

CID Classificação Internacional de Doenças

COFEN Conselho Federal de Enfermagem

EBm Escala de Bianchi modificada

EBSERH Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares

ECI Edifício Central de Internação

HUOL Hospital Universitário Onofre Lopes

IBP Inventário de Burnout para Psicólogos

ISMA International Stress management Associstion

M.B.I. Maslach Burnout Inventory

MBI-HS Maslach Burnout Inventory Human Services Survey

PSQI Pittsburgh Sleep Quality Index

SCIELO Scientific Electronic Library Online

TCLE Termo de consentimento livre e esclarecido

UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte

UTI Unidade de Terapia Intensiva

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 14

2 OBJETIVOS ........................................................................................................... 18

2.1 Geral ................................................................................................................................... 18

2.2 Específicos ........................................................................................................................ 18

3 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................. 19

3.1 A implicação na vida do trabalhador e o estresse ....................................................... 19

3.2 Fisiologia do estresse e o estresse ocupacional ......................................................... 21

3.3 Desencadeantes do estresse ocupacional em enfermeiros ....................................... 23

3.4.1 Diagnóstico do Burnout ............................................................................................... 28

3.4.2 Tratamento e Prevenção da síndrome de Burnout ...................................................... 29

3.5 Síndrome de Burnout em enfermeiros .......................................................................... 29

3.6 O trabalho em turnos dos enfermeiros ......................................................................... 33

4 MÉTODO ................................................................................................................ 35

4.1 Tipo de estudo .................................................................................................................. 35

4.2 Local de investigação e Regime de trabalho ................................................................ 35

4.3 População e amostra ....................................................................................................... 36

4.3.1 Critérios de inclusão ................................................................................................... 36

4.3.2 Critério de exclusão .................................................................................................... 36

4.4 Instrumentos de coleta de dados ................................................................................... 37

4.5 Procedimentos de coleta de dados................................................................................ 39

4.6 Aspectos éticos ................................................................................................................ 39

4.7 Análise dos dados ............................................................................................................ 40

5 RESULTADOS ....................................................................................................... 42

6 DISCUSSÃO .......................................................................................................... 48

7 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 53

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 54

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APÊNDICES ............................................................................................................. 67

APÊNDICE A –TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO ............ 68

APÊNDICE B – FORMULÁRIO DE COLETA DE DADOS....................................... 71

ANEXOS ................................................................................................................... 75

ANEXO A- INSTRUMENTO UTILIZADO PARA MEDIR O ESTRESSE – ............... 76

ANEXO B- INSTRUMENTO UTILIZADO PARA VERIFICAR A PRESENÇA DA

SÍNDROME DE BURNOUT– .................................................................................... 79

ANEXO C- PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA .............................. 81

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1 INTRODUÇÃO

O termo estresse define a situação provocada pela percepção de estímulos

que desencadeiam excitação emocional e, ao perturbarem a homeostasia,

promovem um processo de adaptação definido, entre outras alterações, pelo

aumento da liberação de adrenalina, gerando diversas manifestações sistêmicas,

como distúrbios fisiológicos e psicológicos. O fator estressor por sua vez define o

que provoca ou conduz ao estresse (HOUAISS; VILLAR; FRANCO, 2001).

No ano de 1936, o fisiologista Hans Selye inseriu o termo “stress” na área da

saúde para definir a reposta geral e inespecífica do organismo a um fator ou a uma

circunstância de estresse. Seguidamente, o termo passou a ser usado para indicar a

reação do organismo como a situação que desencadeia os efeitos do estresse

(LABRADOR; CRESPO, 1994).

O estresse é originado por fontes externa e interna. A primeira é tida como o

que ocorre na vida fora do organismo, como profissão, assaltos, brigas e mortes de

pessoas queridas. A segunda corresponde ao que se pensa, sente, crer e que

involuntariamente interfere na conduta e assim reage à vida (LIPP, 2007).

Como fatores externos causador de estresse cita-se mudanças ocorridas neste

mundo globalizado. Os seres humanos são expostos a estresses proporcionados

pelo trabalho, que, algumas vezes, requerem de seus trabalhadores respostas,

desafios e atuações efetivas, já que o mundo do trabalho encontra-se mais

competitivo (TAMAYO; BORGES-ANDRADE; CODÓ, 2004).

Estresse ocupacional ou laboral é originado do trabalho, surge no organismo

do trabalhador, em virtude da dificuldade deste desenvolver suas atividades

somadas às exigências do serviço, tornando-se prejudicial à saúde e a qualidade de

vida (SCHIMIDT, 2013).

Quando o estresse relacionado ao trabalho, ultrapassa os níveis adaptativos e

cronifica-se, dar-se-á o nome de Burnout ou Síndrome de Burnout (SB). O termo

Burnout (do inglês: burn = queimar, out = fora), designa algo ou alguém que não

possui mais energia, informa o colapso da capacidade adaptativa do indivíduo,

chegou ao limite de suas forças. O que caracteriza esta síndrome é a exaustão da

emoção, a perda da identidade e o profissional não dá mais relevância ao trabalho

(GRAZZIANO; BIANCHI, 2010).

15

Desta forma, a Síndrome de Burnout é tida como uma consequência de um

lapso do método para confrontar a influência do estresse provocado pelo trabalho.

Deste modo, se esta síndrome não for tratada corretamente pode desencadear a

morte (PANIZZON; LUZ; FENSTERSEIFER, 2008).

Dentre as profissões, a enfermagem é considerada como estressante, pois

possui alguns agravantes para desenvolver a síndrome de Burnout e é uma das que

possui o maior número de trabalhadores nos hospitais (PEÑA; ALMEIDA;

DURANZA, 2006).

Uma pesquisa desenvolvida por Martins et al. (2000) aponta os agentes

estressores para os profissionais da enfermagem tais como: falta de reconhecimento

profissional, ausência de recursos humanos, carga horária de trabalho extensa,

ambiente físico inadequado das unidades de saúde, falta de política salarial,

exposição a doenças e contato direto com a morte.

No nosso país, os trabalhadores da enfermagem são aproximadamente

1.500.000 trabalhadores, destes, em média 270.000 são enfermeiros (GALLANI;

DALLAIRE, 2014).

É importante conhecer o processo de trabalho da área da saúde e da

enfermagem, pois Gonçalves (1992) esclarece que este trabalho modifica a matéria

através do ser humano e os dois sofrem modificações. Ele relatou também o

processo de trabalho do enfermeiro como sendo: assistir o paciente, administrar a

equipe de enfermagem e os serviços, ensinar na educação em saúde, pesquisar

com pensamento crítico e reflexivo na busca das alternativas de práticas melhores e

participar politicamente edificando sua profissão. Destaca-se a figura do enfermeiro

como gerente líder de equipe e com extrema responsabilidade.

No hospital fica mais evidente que os enfermeiros devem estar cientes do

significado da condição de saúde e doença que o indivíduo está vivendo juntamente

com sua família. Neste processo o enfermeiro deve observar e tratar o indivíduo

integralmente vê-lo como um todo, não apenas centrado na doença. Deve também

transmitir este pensamento a equipe de enfermagem e se necessário a outros

profissionais (SILVA et al., 2007)

As condições de trabalho também provocam estresse, nos últimos anos as

tecnologias vêm dominando todas as áreas, o surgimento de novas máquinas e

técnicas estão presentes em todos os tipos de serviços e na saúde não poderia ser

diferente. Com esta sofisticação os custos com materiais de alta tecnologia passam

16

a serem maiores e em consequência disso os gastos com os profissionais passam a

ser menores. Ou seja, o ajuste entre o que é gasto e o que é ganho é compensado

no corte de recursos humanos e/ou materiais. Assim, o profissional torna-se

sobrecarregado e com poucas condições de trabalho (MAURO et al., 2010).

Estudos afirmam que o trabalho da enfermagem é reconhecido como altamente

estressante e isso desencadeia decepções, descontentamentos, desestímulo para

exercer a profissão que eleva o número de faltas, as ausências nos serviços e

quanto mais grave a desistência da profissão (STACCIARINI; TORRES, 2004;

TIEME; SOLDATI; ALVES, 2005).

O nível de estresse interfere diretamente na qualidade do sono dos

trabalhadores da enfermagem, não apenas nos que trabalham no turno noturno,

mas em qualquer turno de trabalho. Pesquisa mostrou a associação entre o elevado

nível de estresse e dificuldade pra dormir. Os profissionais têm longas jornadas de

serviço devido à baixa remuneração, sofrem o estresse desta condição e ainda

amargam o obstáculo do sono prejudicado (ROCHA; DE MARTINO, 2010)

Corroborando com o apresentado, pesquisa recente demonstra que o nível de

estresse do enfermeiro diminuiu quando este não encontra-se de serviço. Quando o

trabalhador está de folga há um decréscimo no índice do cortisol na saliva, o que

denota ser o trabalho uma condição de total estresse (ROCHA et al., 2013).

A relevância do estudo encontra-se na concepção de que os trabalhadores da

equipe quando atingidos por estes transtornos mentais podem colocar em risco a

saúde dos outros colegas da equipe, dos pacientes que recebem seus cuidados,

tendo implicações no desenvolvimento de seu trabalho, como cita, Telles e Pimenta,

(2009): baixa moral, alta rotatividade, absenteísmo e violência no local de trabalho.

Assim, obter conhecimento sobre a saúde da mente, as correspondências entre as

doenças, os danos psicossomáticos e certas particularidades do trabalho tem sido

alvo de importantes estudos, pois tudo que acontece correlacionado ao trabalho

arrisca-se ter abalo na saúde e na condição psíquica do trabalhador (LAUTERT;

CHAVES; MOURA, 1999).

O interesse pelo tema surgiu a partir da vivência da autora enquanto

trabalhadora da equipe de enfermagem, por experienciar situações estressantes

como: cobranças, demanda de serviços, número reduzido de pessoal na equipe,

longas jornadas de trabalho, muitas vezes duplas, por lidar com indivíduos doentes e

mortes. Deste modo, destacou-se como objetos de estudo estresse e síndrome de

17

Burnout para verificação de como encontra-se o nível de estresse e se há presença

da síndrome nos trabalhadores da equipe.

Diante do exposto, justifica-se que a importância do estudo ser pautada no

trabalhador que quando atingido por transtornos mentais, como estresse e síndrome

de Burnout, é capaz de colocar em risco a saúde dos outros colegas da equipe, dos

pacientes que recebem seus cuidados, pode ter implicações no desenvolvimento de

seu trabalho. E ao final da pesquisa pretende-se contribuir para criação de

estratégias de enfrentamento, tornando o trabalho diário menos desgastante,

também buscando o avanço do conhecimento científico nesta temática e o

fortalecimento da profissão.

18

2 OBJETIVOS

2.1 Geral

Verificar o nível de estresse e a presença da síndrome de Burnout em

enfermeiros da área hospitalar nos turnos diurno e noturno.

2.2 Específicos

Verificar os dados sociodemográficos da amostra;

Analisar os níveis de estresse de enfermeiros da área hospitalar nos turnos

diurno e noturno;

Identificar a presença da síndrome de Burnout em enfermeiros da área

hospitalar nos turnos diurno e noturno;

Correlacionar a síndrome de Burnout com os níveis de estresse nestes

enfermeiros.

19

3 REVISÃO DE LITERATURA

3.1 A implicação na vida do trabalhador e o estresse

O trabalho externa o modo como o homem interage com a natureza, seu modo

de sustento, a forma com que cria relações sociais e seus ideais. O trabalho tem

como foco principal a fundamentação do progresso do homem e do mundo (MARX,

2015).

Os seres humanos reconhecem o trabalho como uma das parcelas existenciais

de sua vida, pois é dele que é retirado o sua subsistência, onde adquire suas

riquezas e bens de consumo o que gera realização pessoal (SANTOS; GARCIA

2015).

Apesar da palavra trabalho nos remeter a algo primordial, Drumond (2002),

afirma que o vocábulo possui dois significados, a saber: o de elaboração,

desenvolvimento e crescimento; o outro é tido como esforço, empreitada e castigo.

Longe da visão da ocupação como essencial a vida humana, o modo de

conquista de bens e as concepções capitalistas surgem da força de trabalho, eles

exigem que o trabalhador deva executar o serviço de acordo com que o mercado

determina. Esta força pode ser comprada e vendida sempre buscando o lucro,

relevância do capital (SANTOS; GARCIA, 2015).

A prática do trabalho pode afetar o corpo dos prestadores do serviço. As

afecções desenvolver alterações, mudanças biológicas, más respostas psíquicas

que podem principalmente levar a doenças físicas e psicológicas dependendo do

trabalho e das condições dele (BRASIL, 2001).

Nos tempos atuais, os avanços tecnológicos, a globalização, as organizações

de trabalho, com demandas de serviços, jornadas longas de trabalho, visando

produção e lucro, fazem com que haja mudanças na vida dos funcionários. Tais

modificações podem causar problemas, entre eles o estresse (GUIDO, 2003).

A intensa produção desenfreada sem atentar para as consequências defrontou-

se com a limitação do indivíduo na realização do seu trabalho, gerou infortúnio e

20

angústias. Desta forma, pode-se afirmar que o surgimento do estresse, como

conceito, tese, emergiu das intensas necessidades de consumo. Mesmo com auxílio

da tecnologia o mundo do trabalho ainda possui como incitação a desproteção,

desesperança, depressão, alienação fadiga e estresse.

A palavra estresse foi abordada pela primeira vez no século XIV e foi remetida

a sofrimento e contrariedade. A língua latina originou a palavra stringere, no século

XVII para retratar infortúnio, inquietação e submissão (LIPP,1996). No século XX, no

ano de 1936, o termo estresse, após estudos foi descrito como um conjunto de

sinais e sintomas de origem lesiva, em que o organismo não responde

intrinsecamente, acometendo-se e podendo gerar doenças e foi denominado

síndrome do estresse biológico (SEYLE,1955).

O estresse é definido como um conjunto de sensibilidades, sentimentos

odiosos e incômodos que a pessoa que está sentindo e se dá conta que seu

psicológico encontra-se modificado para realizar julgamentos e até para entender

acontecimentos. A mudança não ocorre apenas no psicológico, mas no físico

também (PRETO; PEDRÃO, 2009).

Há dois tipos de estresse, o positivo onde coopera com o organismo nos

desempenhos do corpo e mente conhecido com estresse. Por outro lado, se as

circunstancias estressoras forem intensas ao ponto de não contribuir positivamente,

mas prejudica-lo com afecções o estresse é tido como diestresse (LIPP,2007).

Os sistemas e os órgãos do organismo humano apresentam modificações na

fisiologia devido às situações de estresse constante, primeiramente com mudanças

de suas funções e posteriormente com lesões anatômicas. Nestas várias alterações

que objetivam o resguardo e preservação da homeostase são chamadas de defesas

(BALLONE; MOURA, 2008).

As alterações fisiológicas que ocorrem no organismo são de ordem defensora

com objetivo de prepará-lo para que tolere as transformações instigadas pelos

fatores externos (TAMAYO; BORGES-ANDRADE; CODÓ, 2004).

21

3.2 Fisiologia do estresse e o estresse ocupacional

O hipotálamo, órgão do sistema nervoso central, surge como regulador das

funções do corpo, media o sistema endócrino e nervoso autônomo, estes

desenvolvem respostas provocadas por modificações. Estas mudanças podem ter

origem internas e externa, são os estressores que fazem com que o organismo

desenvolva respostas habituais e hemostasia (ALMEIDA, 2003)

Ballone (2008), refere que o hipotálamo em conjunto com a hipófise, libera

neuro- hormônios como dopamina e norepinefrina. A hipófise surge como lugar onde

as resposta corporais aos estressores é realizada. Assim, o hipotálamo é quem

incita a hipófise para a liberação do adrenocorticotrófico (ACTH) e este estimula os

hormônios da suprarrenal, os corticoides (cortisol) e as catecolaminas (adrenalina).

Durante as situações desagradáveis se a pessoa mantem-se controlada, há um

acréscimo nos níveis de adrenalina e diminuição do cortisol, ocorre um vigor sem

estresse e nas ocorrências sem o controle das reações acontece o esforço com

estresse (FRANKEUHAEUSER,1991).

O quadro de estresse é dividido em duas fases: a de alerta e a de resistência.

Na fase de alerta o organismo se prepara para uma situação de amedrontamento,

ocorre a ruptura da homeostase, alterações hormonais e no hipotálamo, as

catecolaminas e cortisol aumentam, sintomas como taquicardia e sudorese são

característicos desta fase. Na fase de resistência, a situação que provocou o

estresse permanece, o organismo tenta reorganizar o equilíbrio, os sintomas

diminuem e a pessoa adentra na fase de exaustão e esgotadura (FRANÇA;

RODRIGUES, 2002).

Com o conhecimento da fisiologia do estresse, percebe-se ainda mais a

relação do indivíduo com o que é exposto no ambiente de trabalho. Mesmo sabendo

que não há apenas causas externas, há também a susceptibilidade do organismo,

mas o ambiente exterior hegemonicamente é tido como maior estressor

(TOWNSEND, 2013).

O trabalho, o ambiente e as relações pessoais podem provocar desgastes nos

indivíduos ocasionando doenças que caracterizam-se como fatores estressantes

externos. Os fatores desancadores de estresse são tão poderosos quanto a

patogenicidade e os microrganismos causadores de doenças. O local de trabalho

22

leva ao estresse e posteriormente a adaptação, cada pessoa tem sua forma de

encarar e reagir o a uma situação provocadora de estresse, de acordo com seu

limiar de controle. De forma que o trabalho pode trazer prazer e realização para

alguns e outros não (SANTOS, 2010).

O estresse ocupacional ou laboral é definido como a apreensão agregada ao

trabalho, a vida profissional, onde o ser passa a sofrer psicologicamente por vários

fatores. O ministério da saúde cita como causa, a necessidade de vários empregos,

as longas jornadas de serviço, sem intervalos para descanso e alimentação

(BRASIL, 2001).

O estresse laboral depende das situações naquele local de serviço, se é

favorável ou não para o desenvolvimento dele. É percebido como condição

essencial nos profissionais que percebem-se inaptos a darem conta do serviço a

eles destinados (GRIEP et al., 2011).

Pesquisadores enfatizam que o estresse ocupacional não é um acontecimento

recente, vem ao longo da história do trabalho, pois sempre houve dificuldades nas

condições de trabalho e não apenas na área da saúde. Destacam que o fato não é

novo, somente deu-se maior importância com estudos que agregaram o estresse a

outros fatores como gastrite, úlcera gástrica, hipertensão entre outras

(FERNANDES; MEDEIROS; RIBEIRO 2008; MUROFUSE; ABRANCHES;

NAPOLEÃO, 2005).

Alguns estudos mostram que se ocorrer de forma contínua a exposição ao

estresse o organismo poderá desenvolver fadiga crônica, dificuldades para dormir,

diabetes, depressão e síndrome de Burnout (FERNANDES; MEDEIROS; RIBEIRO

2008; MUROFUSE; ABRANCHES; NAPOLEÃO, 2005).

As relações entre trabalho e doenças são percebidas ao longo da história, mas

apenas no século XIX surgiu a medicina do trabalho como especialidade médica, no

auge da Revolução Industrial, na Inglaterra, com o intuito de continuar com a

produção, ou seja, os trabalhadores seriam assistidos, mas para que não houvesse

acometimento por doenças e consequentemente redução de mão de obra e

prejuízos. Naquele momento da história os operários eram submetidos a extensas

jornadas de trabalho ambientes insalubres. Foi observado posteriormente que estas

condições deveriam ser modificadas e que a saúde do trabalhador era essencial

(ABRAMIDES, 2003).

23

No Brasil, apenas no século XXI, no ano de 2004 que entrou em vigor a política

nacional de saúde do trabalhador. Pretendendo a minimização dos acidentes em

serviço, criação dos centros de atenção à saúde do trabalhador em nível municipal e

estadual para tratar e recuperar as afecções que atinge os trabalhadores. Além de

cumprir ações de promoção, proteção, reabilitação e vigilância (SANTOS, 2010).

Em 2012, surgiu uma nova Portaria a 1823 que instituiu a Política Nacional de

Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora tendo como objetivos principais: introduzir

a categoria trabalho como determinante do processo saúde-doença; garantir o

reconhecimento das situações de trabalho dos usuários seja avaliada nos serviços

de saúde do SUS; proporcionar a atenção à saúde do trabalhador usuário do SUS;

fortalecer a Vigilância em Saúde do trabalhador; promover a saúde e ambiente

saudáveis no local de trabalho; integralidade na saúde do trabalhador e esta deve

ser estruturada como uma ação - transversal.

3.3 Desencadeantes do estresse ocupacional em enfermeiros

O profissional encontra-se exposto a riscos em seu trabalho, mas isto pode

aumentar ou diminuir de acordo com seu tipo de serviço, a função que desempenha,

alguns serviços são totalmente insalubres. No caso dos serviços de saúde, como o

hospital, os funcionários encontram-se frequentemente expostos a riscos físicos,

biológicos e psicossociais, como a equipe de enfermagem que oferece cuidado

integral aos pacientes permanecendo neste recinto o tempo todo pode ser

considerada uma função de risco e desgastante (GASPAR,1997).

Observando os riscos que os enfermeiros enfrentam no serviço em relação ao

estresse ocupacional realizou-se na base de dados Scientific Electronic Library

Online(SCIELO) uma pesquisa onde buscou-se estudos que elucidaram os

desencadeantes do estresse ocupacional em enfermeiros. Foram examinados 10

produções no período de 2011 a 2014. No quadro 1 abaixo, tem-se o resumo do que

foi encontrado.

24

Quadro 1 – Produções que abordam os desencadeantes do estresse em enfermeiros no período de 2011 a 2014. Natal/RN, 2016.

Nome do artigo: Autores Desencadeantes do estresse – Resultados Ano de

publicação

Estresse de enfermeiros de

uma unidade de

hemodinâmica no Rio

Grande do Sul, Brasil

Linch;

Guido Sobrecarga de trabalho;

Sente-se subordinado e pouco competente;

Intermediar conflitos de outras áreas.

2011

Estresse laboral e a

capacidade para o trabalho

de enfermeiros de um grupo

hospitalar

Negeliskii;

Lautert Falta de reconhecimento no trabalho;

Alta exigência;

Insatisfação com o local de trabalho.

2011

Estresse ocupacional:

avaliação de enfermeiros

intensivistas que atuam no

período noturno

Da Sival

Versa et al. Serviço noturno;

Função mista do enfermeiro;

Insatisfação com a remuneração;

Duplo vínculo empregatício;

Precárias condições de trabalho.

2012

Estresse em enfermeiros: o

uso do cortisol salivar no

dia de trabalho e de folga

Rocha et

al. Dupla jornada de trabalho.

2013

Estresse ocupacional em

enfermeiros que prestam

cuidados direto ao paciente

crítico

Inoue et al. Atender as emergências;

Atender a pacientes críticos e seus

familiares;

Enfrentar morte dos pacientes;

Trabalho noturno;

Condições de trabalho.

2013

Estresse dos profissionais

enfermeiros que atuam na

unidade de terapia intensiva

Monte et

al. Óbitos frequentes;

Situações de emergência;

Controle de material utilizado;

Atender familiares;

Falta de pessoal e matéria;

Ruído dos aparelhos;

Sofrimento e angustia.

2013

Riscos psicossociais no

trabalho: estresse e

estratégias de coping em

enfermeiros em oncologia

Gomes;

Santos;

Carolino

Lidar com a morte;

O não reconhecimento da profissão pela

população;

A baixa remuneração.

2013

Representações sociais de

enfermeiros acerca do

estresse laboral em um

serviço de urgência.

Oliveira et

al. Sobrecarga de trabalho;

Falta pessoal;

Precarização nas relações interpessoais.

2013

Carga horária de trabalho

dos enfermeiros e sua

relação com as reações

fisiológicas do estresse

Dalri et al. Jornada de trabalho intensa;

Dois vínculos empregatícios.

2014

O impacto das estrategias de

enfrentamento

na intensidade de estresse de

enfermeiras de onco-

hematologia

Umann et

al. Morte dos pacientes;

Sobrecarga de trabalho;

Não obter sucesso no trabalho.

2014

25

Notou- se que a intensa jornada de trabalho, a ausência de reconhecimento

de seu serviço, insatisfação com a remuneração, as péssimas condições de

trabalho, falta de pessoal, o contato com a situação de sofrimento de pacientes e

familiares e constantemente a proximidade com a morte desencadeia o estresse

ocupacional em enfermeiros.

O profissional enfermeiro é o gerenciador da equipe de enfermagem,

responsável pela organização do seu local de trabalho, seja na atenção básica ou no

ambiente hospitalar, é dotado da função de educar, executar a educação em saúde,

promoção da mesma e ações de prevenção. É habilitado para anuir o convívio entre

enfermeiro- paciente-família, externando a empatia provendo uma assistência

humanizada (BATISTA et al., 2006).

Dalri et al. (2014) encontraram em seu estudo a correlação entre a carga

horária de trabalho semanal e o estresse. Assim, podemos discutir que além do

trabalho em turnos, a enfermagem é acompanhada muitas vezes por excesso de

atividades tanto em horas trabalhadas como em sobrecarga, pela ausência de

número pessoal com dimensionamento correto nos setores, várias destas atividades

exigem competência, discernimento e destreza do profissional.

Da Sival Versa et al. (2012) deixam claro em sua pesquisa que há relação

entre as condições de trabalho e o estresse, particularmente no serviço público onde

o nível de estresse foi mais alto. Desta forma, nota-se que as condições de trabalho,

principalmente no serviço público, com precarização de materiais e serviços

estimulam o padecimento, provoca a ausência de prazer no trabalho o que leva ao

estresse especialmente em enfermeiros (SOUZA et al., 2010).

Diversas investigações constataram que algo que causa um alto nível de

estresse entre os enfermeiros é a falta de reconhecimento por parte da população a

sua profissão, a pesquisa foi feita em uma instituição hospitalar (NEGELISKI;

LAUTERT, 2011, GOMES, SANTOS E CAROLINO ,2013).

O enfermeiro atuante na área hospitalar depara-se com dificuldade de exercer

sua autonomia, apesar de administrar e gerenciar o serviço. Pois há ainda a

soberania do profissional médico seja no tratamento do cliente, seja na visão dos

pacientes e familiares. Isso torna ainda um pouco complicada a relação entre os

profissionais, minimiza a credibilidade da enfermagem como profissão e ciência e

provoca o conflito do profissional com seu próprio ofício (LIMA et al., 2011).

26

As análises desenvolvidas por Inoue et al. (2013), Monte et al. (2013), Gomes,

Santos e Carolino (2013) e Umann et al. (2014) citam a proximidade com o paciente,

com o familiar e situação de morte do cliente como um fator de alto nível de estresse

na profissão.

O conflito vivido pelo enfermeiro e sua equipe é que no seu cotidiano,

principalmente no hospital, está em constante contato com doença, sofrimento e

morte. Há também de enfrentar na convivência com pacientes e familiares a

vulnerabilidade deles devido ao medo da perda, da mudança de vida, das condições

de saúde, da aceitação dos procedimentos que causam dor e invadem seu corpo e

sua subjetividade (CARVALHO et al., 2011).

O ambiente favorece a inquietação por ser estranho às vezes frio ou quente e

compartilhado com desconhecidos, na mesma condição. O enfermeiro em contato

com todas estas condições provoca inquietude mental (CARVALHO et al. 2011). A

proximidade da família e paciente suscita na criação de vínculos, passa-se a

identificar-se com o afeto, uma relação para além do paciente, com características

emocionalmente negativas (MARTINS; ROBAZZI, 2009).

O relato de enfermeiros sobre a baixa remuneração foi evidenciado em

estudos, estes descrevem que baixos salários são responsáveis pela insatisfação,

com o serviço e evidencia uma causa para o estresse ocupacional (CAVALHEIRO;

MOURA; LOPES, BARBOZA et al., 2008, DA SIVAL VERSA et al.,2012).

Outros fatores para desencadear estresse e angustia diz respeito ao volume de

trabalho pelas demandas de pacientes nos serviços, a pluralidade de afazeres

associado com as imensas horas de trabalhos e com a baixa remuneração que leva

a necessidade de busca de mais de um local de trabalho. Estes elementos mostram-

se como suscitadores do estresse a síndrome de Burnout em enfermeiros (TIEME;

SOLDATI; ALVES, 2005).

3.4 Síndrome de Burnout

A síndrome de Burnout é originada do estresse ocupacional no momento que

este transforma-se em duradouro. É uma resposta ao intenso estresse onde o

organismo busca na forma de subsistir. Ao tornar-se crônico o estresse laboral

oportuniza o surgimento de doenças como hipertensão úlcera, fadiga, problemas pra

27

dormir e depressão (BENEVIDES-PEREIRA; YAMASHITA; TAKAHASHI, 2010,

VALERETTO; ALVES, 2013).

Benevides-Pereira (2012) refere que o primeiro estudo sobre a síndrome de

Burnout é atribuído a Freudenberger, (1974), porém, Bradley em 1969 divulgou um

artigo em que foi relacionado o vocábulo staff burn-out, o qual já remetia a

deterioração do profissional em seu trabalho e o que poderia ser feito para reversão

da situação. Mas, posteriormente a Freudenberger na década de 1970 e Maslach &

Jackson (1981) foi onde houve a difusão dos estudos sobre o quadro.

A Síndrome de Burnout foi descrita por Maslach e Jackson (1981) onde foi

dito que se tratava de uma reação corporal a emoções e tensões crônicas. O

indivíduo atingido está envolvido por três eixos que podem interagir entre si, porém

são autônomos; o esgotamento emocional, onde os sujeitos perdem energia, a

vontade de trabalhar e também pode surgir o descontentamento, o desinteresse pela

atividade que exercia antes; o sujeito perde a personalidade, tem impassibilidade

emocional, passa a tratar os outros de forma dura. Torna-se insuficiente para si

mesmo, incompetente, triste e sem comunicação.

Estas mesmas autoras referem detalhadamente a constituição do constructo

que envolve várias dimensões como a exaustão emocional, definido como o

esgotamento próprio, tanto físico quanto mental, o indivíduo passa a crer não

possuir mais força para o trabalho e às vezes outras atividades diárias. Tem como

sinais e sintomas, problemas de atenção, dificuldade pra dormir, problemas

cardíacos, gastrointestinais, ansiedade e outros. A despersonalização também é

uma das dimensões do Burnout, tem como característica o cinismo que pode ser

entendido como a defesa do indivíduo as situações, torna-se desinteressado,

irônico, sendo desumano nas relações interpessoais. A última vertente é a

realização pessoal que decresce nas atividades laborais, tornando-o insatisfeito com

sentimento de insuficiência e baixa autoestima.

A síndrome da fadiga profissional encontra-se na lista de doenças vinculadas

ao trabalho, faz parte da lista de doenças profissionais do Ministério da Saúde,

Portaria nº1339/1999, classificada com o código Z73.0 na Classificação Internacional

de Doenças, 10ª revisão – (CID-10). O esgotamento responsável por esta

enfermidade atinge vários tipos de trabalhadores, principalmente cuidadores,

profissionais de ajuda, podemos citar, professores, assistentes sociais enfermeiros,

28

agentes penitenciário, a incidência da mesma pode classificá-la como propensa a

endemia (SANTOS, 2010).

Estudo realizado por International Stress management

Association (ISMA) destaca que 18% dos problemas no trabalho dos profissionais da

saúde na Europa eram afecções psicológicas como ansiedade e depressão. Nos

Estados Unidos e Canadá o valor está por volta dos 11 % e no Brasil os problemas

relacionados ao estresse chegam a 70 %. A Organização mundial de Saúde

obtiveram dados que o Burnout é notado como uma das principais doenças que

acometem europeus e americanos equiparando-se a Diabetes e doenças

circulatórias (TRIGO; TENG; HALLAK, 2007).

3.4.1 Diagnóstico do Burnout

Como a síndrome de Burnout é classificada como uma doença faz-se

necessário o diagnóstico diferenciado, este, ocorre através de instrumentos, como o

IBP – Inventário de Burnout para Psicólogos, que afere o Burnout em psicólogos,

CBP-R – Cuestionário de Burnout para professores revisado e o Maslach Burnout

Inventory (M.B.I.) que é o mais utilizado em todo o mundo, contem 22

questionamentos em que o indivíduo responde em relação a frequência e

sentimentos, onde seis é a resposta máxima de todos os dias e zero equivalente a

nunca (WILTENBURG, 2009).

Benevides-Pereira (2012) discute que os instrumentos avaliadores da

Síndrome de Burnout não devem ser usados como a única forma de diagnóstico. A

análise do local de trabalho, a conversa com o trabalhador buscando suas

informações a respeito de seu serviço, a entrevista a familiares, a visita ao local de

trabalho e a aproximação com outros indivíduos que exercitam o mesmo ofício é de

grande valia na tentativa de fechar o diagnóstico.

O quadro clínico com a presença de: histórico de intensa preocupação com o

serviço, desgaste emocional, diminuição do sucesso no serviço, desinteresse,

absenteísmo, fadiga, tristeza, ansiedade tremores, entre outros podem levar ao

diagnóstico da síndrome (BRASIL, 2001). Entende-se que no reconhecimento do

Burnout deve-se observar que quanto houver mais discrepância entre as

perspectivas e projetos do funcionário em relação a seu ofício maior a chance de

haver o Burnout (PALAZZO; CARLOTTO, 2012).

29

3.4.2 Tratamento e Prevenção da síndrome de Burnout

O tratamento da síndrome deve compreender psicoterapia, fármacos, e

interposição psicossocial. Mas, a proporção, a prescrição depende de cada caso. Na

psicoterapia o paciente busca o suporte emocional e repensar as suas atitudes, o

tratamento farmacológico faz uso de antidepressivo e/ou ansiolítico, utilizados,

geralmente quando os sintomas são mais graves. Nas intervenções psicossociais o

afastamento do trabalho na maioria das vezes é necessário, mas deve ser discutido

com o paciente a necessidade (BRASIL, 2001).

Para prevenção do Burnout deve haver mudanças no trabalho, os gestores

devem, minimizar as horas extras, a carga de trabalho, a cobrança no desempenho

de cada funcionário, não estimular a competitividade, tentar promover e manter o

bem-estar na empresa e de cada funcionário. O acometido pela afecção deve ser

tratado por equipe multidisciplinar que avalie os enfoques psíquicos e sociais

(BRASIL, 2001).

Pesquisa demonstra que para prevenção e tratamento deve haver

interferências individuais com estratégias cognitivas e habilitação para defrontação.

As interferências são baseadas na prevenção da síndrome, o ensinamento de como

lidar com o estresse, a criação de pensamentos positivos em relação ao trabalho

como reconhecimento e entusiasmo (MORSE et al., 2012)

Outro estudo evidenciou que não é apenas o individual que necessita de

estratégias para prevenção, a empresa empregadora deve-se organizar de forma

ajustável buscando o bem estar, a minimização de conflitos internos, a justiça, o

melhor local que o empregado trabalhe para se sentir bem, planejamento estratégico

e a gestão participativa (MORENO et al.,2011).

3.5 Síndrome de Burnout em enfermeiros

Um estudo evidenciou que nos Estados Unidos o Burnout acarretou um gasto

de mais de $150 bilhões por ano para as empresas empregatícias. Estes gastos

aconteceram devido as faltas, licenças e aposentadorias devido ao adoecimento. No

Canadá foi observado insatisfações com o serviço entre os enfermeiros e muitas

licenças médicas, além do estresse e agravos musculoesqueléticos (TRIGO, 2007).

30

A profissão do enfermeiro é tida como um ofício com uma grande chance de

adquirir problemas psicológicos e como o estresse e a síndrome de Burnout.

Relacionado ao próprio trabalho, a ausência de reconhecimento, a quantidade de

trabalho, muitas vezes a necessidade de outro emprego devido a pouco resultado

financeiro, a ausência de autonomia, a inexatidão da própria atribuição, ausência de

respaldo ao incumbir-se de providencias e o convívio contínuo com pacientes e

familiares (TAVARES et al., 2014)

Morse et al. (2012), Moreno et al. (2011) e Silva (2016), relatam que o Burnout

tem fatores individuais e organizacionais, onde cada um tem algo que predispõe a

síndrome, como idade e sexo e a instituição empregadora também possui sua

responsabilidade que estimula o estresse no ambiente de trabalho.

Na tentativa de identificar os fatores individuais e organizacionais que podem

expor os enfermeiros a síndrome de Burnout, realizou-se na base de dados Scielo

uma pesquisa onde buscou-se estudos que elucidam estes desencadeantes. Foram

examinados sete produções dos anos de 2010, 2012 e 2015. No quadro 2 abaixo

descreve-se os artigos pesquisados.

Quadro 2 - Produções que abordam os fatores individuais e organizacionais para o desenvolvimento da síndrome de Burnout nos anos 2010, 2012 e 2015. Natal/RN, 2016. Nome do artigo Autores Fatores individuais Fatores

organizacionais

Ano de

Publicação Burnout e estresse em enfermeiros de um hospital universitário de alta complexidade

Lorenz, Benatti e Sabino-

Sexo;

Idade;

Ter filhos;

Tempo de serviço no hospital;

Títulos ou outra graduação;

Desenvolver outra atividade remunerada em enfermagem ou não.

Sofrimento no cuidado ao paciente crítico;

Relações interpessoais (trabalhador, gestor e cidadão).

2010

Síndrome de Burnout entre enfermeiros de um hospital geral da cidade do Recife

Galindo et al.

Sexo; Idade;

Tempo de profissão.

Exigências do serviço;

Trabalho incompatível com o salário;

Possibilidade de ascensão profissional.

2012

Preditores da Síndrome de Burnout em enfermeiros de

França et al.

Idade;

Filhos;

Renda mensal;

Carga horária

2012

31

serviços de urgência pré-hospitalar

Atividade física.

trabalhada;

Receber treinamentos.

Síndrome de Burnout e suporte social no Trabalho: a percepção dos profissionais de Enfermagem de hospitais públicos e privados

Andrade et al.

Sexo;

Idade.

Carga horária trabalhada;

Suporte social no trabalho;

Relacionamento interpessoal.

2012

Fatores Sociodemográfi cos e Ocupacionais Associados à Síndrome de Burnout em Profissionais de Enfermagem

Campos et al.

Idade;

Sexo;

Escolaridade.

Carga horária;

Relacionamento interpessoal;

Salário.

2015

Fatores psicossociais e prevalência da síndrome de burnout entre trabalhadores de enfermagem intensivistas

Silva et al. Idade;

Sexo;

Escolaridade.

Carga horária;Renda;

Dois vinculos;Exigências no trabalho;

Relacionamento interpessoal;

Sobrecarga de trabalho.

2015

Estresse, coping e burnout da Equipe de Enfermagem de Unidades de Terapia Intensiva: fatores associados

Andolhe et al.

Sexo;

Idade;

Tempo de formado;

Possuir filhos;

Possuir companheiro(a);

Tempo de trabalho na instituição;

Horas de sono.

Quantidade de profissionais insuficiente;

Recursos materiais inadequados;

Horário fixo de trabalho.

2015

32

Percebeu-se que as variáveis sexo, idade e escolaridade surgem como os

fatores individuais prevalentes nas pesquisas desenvolvidas sobre Burnout.

Relacionamento interpessoal, remuneração inadequada, carga horária de serviço

excessiva são fatores organizacionais que podem acarretar a síndrome de acordo

com os estudos desenvolvidos em enfermeiros.

Lorenz, Benatti e Sabino (2010), Andrade et al. (2012), Galindo et al. (2012),

Campos et al. (2015), Silva et al. (2015) e Andolhe et al. (2015) referiram em suas

investigações que o sexo foi um fator influente, as mulheres estavam em maior

proporção e elas encontravam-se mais propensas ao estresse. Isto é visto com

frequência entre os profissionais de enfermagem a presença feminina, mulheres tem

mais tendência a seguir as profissões que auxiliam os outros e acaba envolvem-se

emocionalmente com os casos que se depara (MOREIRA et al., 2009).

Todos os autores pesquisaram as idades dos enfermeiros estudados. França et

al. (2012), mostrou que as médias de exaustão emocional em enfermeiros mais

jovens, com menos de 30 anos foram mais avantajadas, devido a ser recente a sua

formação, a auto confiança e a experiência profissional ainda estão em

desenvolvimento, pode haver dificuldade na tomada de decisões e isso proporcionar

o Burnout. Isto converge com outros estudos, onde, o Burnout foi mais frequente em

profissionais jovens, os menores de 30 anos (MASLACH, 2001; TRINDADE et al.,

2010).

Com relação à escolaridade um estudo demonstrou que o nível de

escolaridade quanto mais alto for, maior a possibilidade do surgimento da síndrome

(DE FRANÇA; FERRARI, 2012).

Nos fatores organizacionais destacam o relacionamento interpessoal em sua

análise teve uma relação significativa e foi vista como preditora entre a síndrome e

os profissionais da amostra, ou seja, a boa relação é importante para saúde

(CAMPOS et al.,2015).

Ficou evidenciado que enfermeiros demonstraram-se insatisfeitos com esforço

exercido em seu trabalho e a relação dele com a remuneração, assim, esforçavam-

se muito e não ganhavam o suficiente e isto ficou evidente em um alto nível de

exaustão emocional, um dos componentes da presença do Burnout (GALINDO et

al., 2012).

A carga horária foi destacada por França et al. (2012) que encontrou a

diferença estatisticamente significativa entre o horário de trabalho com a

33

despersonalização, observando que se tornou elevada quando era próximo a 40h

semanais ou acima, um dos constituintes da síndrome.

3.6 O trabalho em turnos dos enfermeiros

A profissão da enfermagem executada pelos enfermeiros constituem um

trabalho que necessita de concentração, prudência, algumas vezes com alto nível de

complexidade e sensatez, o que pode acarretar afecções psicológicas pelo grau de

preocupação e estrese no serviço. A execução rápida das atividades, jornadas

longas e o trabalho em turnos também são fatores que podem ocasionar o estresse

laboral (ROCHA; DE MARTINO, 2010).

O trabalho realizado em turnos faz com que sejam organizadas equipes para

realizarem uma prestação de serviço de modo contínuo. As equipes podem trabalhar

em várias horas do dia ou da noite, jornadas com dia e horas fixas ou em dias e

horas alternadas com rodízio ou escalas (KNAUTH, 1993).

Os trabalhadores da área da saúde e que prestam serviços no ambiente

hospitalar ou em atendimentos de urgência e emergência realizam o trabalho em

turnos, devido a essencialidade contínua dos cuidados aos pacientes e familiares

(PAIM,1994).

A prática do trabalho da enfermagem no Brasil tem cargas horárias semanais

variadas que são de 30, 36 e 40h, e a mais utilizada de 36horas. A trajetória diária

ocorre em serviços de 12h diurno ou noturno (com 36h de folga), ou turno com 06h

por dia, ou 8h por dia dependendo de cada instituição empregadora (RIBEIRO,

2002).

A dificuldade do trabalho em turnos foi muito pesquisada. Um estudo realizado

por Rocha e De Martino (2010) verificou correlação estatisticamente significativa

existente entre o estresse e o sono dos enfermeiros de um hospital. Notou-se que a

qualidade do sono foi quantificada pelo Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI) e teve

um score ruim em vários setores da na unidade hospitalar.

Outra pesquisa descreve a realização de teste de atenção em enfermeiros e

comparou o trabalhadores do turno noturno e diurno e os resultados mostraram que

após 12h de trabalho os sujeitos do diurno tiveram melhor resultado. Assim, infere-

34

se que a quantidade e qualidade reduzida de sono pode acarretar diminuição do

desenvolvimento cognitivo e psicomotor (OLIVEIRA; DE MARTINO, 2013).

Assim, a realização do trabalho em turnos é um fator que pode ter interferência

no estresse dos enfermeiros como foi encontrado no estudo de Maia et al. (2007) os

resultados que afirmavam que os enfermeiros do turno noturno possuíam um

acréscimo significante de estresse e fadiga mental.

35

4 MÉTODO

4.1 Tipo de estudo

Trata-se de um estudo transversal, no qual, a pesquisa deve ser realizada em

um período de tempo pequeno e quer encontrar combinação entre as variáveis

(HULLEY, 2015). Do tipo descritivo, com abordagem de análise quantitativa que

segundo Thomas e Nelson (2012) estudos deste tipo têm problemas e técnicas que

para atingir o sucesso deve usar análise e descrição determinada e plena. Descreve

as particularidades de indivíduos, eventos, determina correspondências entre as

variáveis.

4.2 Local de investigação e Regime de trabalho

A presente pesquisa foi realizada na cidade de Natal/RN no Hospital

Universitário da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O hospital foi

fundado no ano de 1909 e passou por várias denominações e formatos até que em

1960 foi federalizado e incorporado a universidade, tornou-se um hospital escola

baseado nos tripé, ensino, pesquisa e extensão. Em 1984 passou a ser chamado

Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), devido ao criador da universidade. No

ano de 2013 foi firmada uma parceria entre a UFRN e a Empresa Brasileira de

Serviços Hospitalares (EBSERH), a administração do hospital passou a ser feita por

essa empresa. O hospital em sua infraestrutura é composto por 242 leitos de

internação, sendo 19 de unidade de terapia intensiva (UTI), 84 consultórios

ambulatoriais, 12 salas de cirurgia e um centro avançado de diagnóstico por imagem

(HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES, 2014).

A eleição deste local se deu devido fazer parte do quadro de hospitais

vinculado a instituição de estudo, possui atendimento diversificado, com várias

demandas de profissionais de enfermagem e possuir o maior número desses devido

ao porte, quando comparados aos outros hospitais da cidade de Natal pertencentes

a UFRN.

O regime de trabalho da equipe de enfermagem do hospital consta dois tipos,

enfermeiros vinculados a UFRN, servidores, exercem carga horária de 30h

36

semanais, sendo plantões diários de 06h, manhã ou tarde ou de 12h ou noturno de

12h (correspondente a 10 plantões mensais) para os que exercem atividades nos

ambulatórios a escala é um pouco diferenciada pois não trabalham aos domingos, já

que o local não funciona. Os empregados públicos regidos pela EBSERH tem

jornadas de trabalho de 36h semanais, seis horas diárias para o turno diurno, com

uma folga semanal, no final de semana pode ocorrer um plantão de 12h e para o

noturno, jornadas de 12 horas de trabalho por 36 horas de folga (o equivalente a 13

plantões por mês).

4.3 População e amostra

A população é composta por 118 enfermeiros atuantes no HUOL. Esse valor se

deu devido a quantidade de enfermeiros presentes no hospital no momento em que

buscou-se a informação para submeter o projeto ao Comitê Ética em Pesquisa.

Dos 118, no período da coleta, após os critérios exclusão encontraram-se 7 em

férias, 2 em licença médica e 1 recusou-se a participar da pesquisa, desta forma,

restaram 108 enfermeiros a serem pesquisados, amostra utilizada.

Os profissionais pesquisados atuam nos setores de internamento adulto,

pediátrico, Edifício Central de Internação (ECI), UTI, no Centro de imagem

Diagnóstica, Ambulatórios, Centro Cirúrgico, Comissão de Controle de Infecções

Hospitalares, Comissão de curativo, Central de material, hemodiálise, epidemiologia,

auditoria e supervisão de ECI, central de regulação, núcleo de ensino e pesquisa.

Não fizeram parte da amostra os indivíduos que pertenciam aos critérios de

exclusão.

4.3.1 Critérios de inclusão

• Ser enfermeiro atuante instituição selecionada;

• Profissionais com mais de 6 meses de trabalho no referido hospital.

4.3.2 Critério de exclusão

37

• Os funcionários que estejam afastados do hospital por licença médica,

gestacional e férias no período da coleta.

4.4 Instrumentos de coleta de dados

Foram utilizados três instrumentos para realização das buscas das informações

dos enfermeiros. Utilizou-se um questionário verificador de dados sociodemográficos

da amostra, elaborado pela pesquisadora (APÊNDICE B) que procurou: iniciais

nome, idade, sexo, estado civil. As informações sobre o serviço com o setor de

trabalho no hospital, tempo de trabalho, outro vínculo de serviço e o turno. Os

hábitos de vida como realização de atividade física, uso de bebida alcoólica, uso de

estimulantes, horários da ingestão do estimulante também foram questionados.

O outro instrumento foi o verificador do nível de estresse entre enfermeiros no

qual averiguou-se os estressores das funções diárias do enfermeiro hospitalar.

Nesse questionário construído inicialmente por Bianchi (1999), existiam 51 questões

com as atividades realizadas e o nível de estresse que cada uma causava, do tipo

Likert. Em seguida foi adaptada por Anabuki em 2001, Escala de Bianchi modificada

(EBm) (ANEXO A), do tipo Likert, ampliada com 63 exemplares de atividades devido

a aplicação na instituição (ANABUKI, 2001).

Os níveis de estresse que devem ser associados as funções exercidas são: 0 =

Não se aplica/não faço; 1 = Não me causa stress; 2= causa pouco stress; 3= causa

médio stress; 4= causa muito stress e 5= causa muitíssimo stress. Esse instrumento

foi validado e já utilizado em outros estudos (BIANCHI, 1999; BIANCHI 2000;

GUIDO, 2003; MENZANI; BATISTA, 2006).

As 63 questões da EBSm estão sistematizadas em seis âmbitos de

categorização das atividades estressoras são elas: convivência com outros setores e

supervisores; práticas relacionadas ao funcionamento correto da unidade; Atividades

relacionadas a gestão de pessoas; Assistência de enfermagem ao paciente;

Coordenação das atividades da unidade e Condições de trabalho (ROCHA, 2008).

Para cada uns dos enfermeiros, somou-se os valores de cada item, subtraiu-se

os que foram assinalados por zero e dividiu-se pelo valor de itens. A partir do escore

38

total e dos parciais, o nível de estresse foi classificado como demonstrado no quadro

3 (ROCHA; DE MARTINO; FERREIRA, 2009).

Quadro 3 - Níveis de estresse e valores correspondentes. Nível de estresse Valores

Baixo nível Abaixo de 2

Médio nível 2,0 a 2,9

Alerta para alto nível 3,0 a 3,9

Alto nível Maior ou igual a 4

Fonte: ROCHA; DE MARTINO; FERREIRA, 2009.

O terceiro instrumento empregado, o Maslach Burnout Inventory Human

Services Survey – (MBI-HSS) (ANEXO B) é um questionário proposto por Maslach,

Jackson, 1986, construído para examinar a presença da síndrome de Burnout em

profissionais que tem um trabalho com contato direto e constante com humanos

(MASLACH,2001).

São 22 questões que mencionam as dimensões dos sintomas da síndrome

com nove questões referentes a despersonalização, com oito relacionadas a

realização profissional e cinco a despersonalização. O modo de pontuar associa-se

a frequência dos acontecimentos, escala do tipo Likert que vai de 0 a 06: 0= nunca,

1= uma vez ao ano ou menos, 2= uma vez ao mês ou menos, 3= algumas vezes no

mês, 4= uma vez por semana, 5= algumas vezes por semana e 6= todos os dias.

Para obter o resultado, realizou-se a soma de cada dimensão (exaustão

emocional, despersonalização e baixa realização profissional). Aplicou-se um ponto

de corte de acordo com outro estudo acontecido previamente que foi uma pesquisa

relevante com estudo piloto e aplicou o MBI-HSS a ponto de corte como descrito no

Quadro 4 (BENEVIDES-PEREIRA, 2001).

Quadro 4 – As dimensões do burnout e os pontos de corte para resultado de análises.

Dimensões

Ponto de corte

Baixo Médio Alto

Exaustão emocional 0-15 16-25 26-54

Despersonalização 0-02 03-08 09-30

Realização profissional 0-33 34-42 43-48 Fonte: Benevides-Pereira, 2001.

39

Na verificação da presença do Burnout, ou seja, para que o resultado seja

positivo efetivamente os níveis de exaustão emocional e despersonalização tem que

ser altos, em contra partida o nível de realização profissional deve ser baixo. O

indivíduo para apresentar a síndrome obriga-se a ajustar-se as três dimensões

conjuntamente (MASLASH; JACKSON, 1981).

4.5 Procedimentos de coleta de dados

Os dados foram coletados nos meses de janeiro e fevereiro de 2016. A coleta

foi realizada unicamente pela pesquisadora que acompanhou o preenchimento dos

instrumentos individualmente, fornecendo orientações e esclarecendo eventuais

dúvidas antes, durante e após o horário de serviço dos enfermeiros.

Após a obtenção do consentimento escrito, a pesquisadora entregava os

instrumentos da coleta, foram orientados como fazer o preenchimento de cada um

dos instrumentos, serem completados, os mesmos eram devolvidos ao pesquisador.

O instrumento para Coleta de Dados Individuais foi aplicado inicialmente

estruturado, autoaplicável denominado Formulário de coleta de dados

sociodemograficos (APÊNDICE B). Em seguida a Escala de Bianchi(EBm) para

quantificar o nível de estresse (ANEXO A) e o Maslach Burnout Inventory (MBI) -

Human Services Survey (HSS) (ANEXO B) para identificar a presença da Síndrome

de burnout.

4.6 Aspectos éticos

O trabalho foi submetido à Plataforma Brasil para apreciação do Comitê de

Ética em pesquisa (CEP) do Hospital Universitário e da Universidade Federal do Rio

Grande do Norte, respeitando os aspectos contidos na Resolução nº. 466/12 sobre

pesquisa com seres humanos, do Conselho Nacional de Saúde/Ministério da Saúde

(BRASIL, 2012). Foi obtido Parecer favorável sob o nº 1.313.575 e CAAE

50194515.4.0000.5537 (ANEXO C).

Antes da entrega e aplicação dos instrumentos de coleta de dados, foi

apresentado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (APÊNDICE A) a fim de

40

prestar esclarecimento quanto aos objetivos do estudo, descrição dos

procedimentos a serem efetuadas, descrições dos desconfortos e riscos, garantia de

acesso do pesquisado ao pesquisador e aos dados a serem divulgados, garantia de

retirada do consentimento, confidencialidade do estudo, despesas e compensações,

direito de indenização e quanto a especificidade da pesquisa.

Salienta-se que essa pesquisa constituiu-se de risco mínimo, pois não se tratou

de uma pesquisa experimental, sendo assegurados privacidade e sigilo de qualquer

informação, bem como era assegurado o direito de qualquer participante de rejeitar

ou retirar-se da pesquisa a qualquer momento em que julgasse necessário.

4.7 Análise dos dados

Foram elaboradas três planilhas eletrônicas com os dados referentes ao dados

sociodemográficos, nível do estresse e presença da Síndrome de Burnout. O banco

de dados foi analisado pelo IBM SPSS Statistic versão 20.0 for Windows.

Foram analisados descritivamente por frequências absolutas (n) e relativas (%)

as variáveis categóricas e as contínuas evidenciadas segundo a média, desvio

padrão, mediana, primeiro e terceiro quartis, valores máximos e mínimos. O teste

Qui-Quadrado foi utilizado para comparar características das dimensões do Burnout,

o sexo e o turno de trabalho.

Para as comparações entre os turnos com relação aos escores dos

instrumentos foi aplicado o teste t de Student não pareado nos casos onde foi

observada uma distribuição normal nos dados. O teste não-paramétrico de Mann-

Whitney foi utilizado nos casos onde os pressupostos com relação à distribuição não

foram atendidos (PAGANO; GAUVREAU, 2004).

As correlações entre os escores dos instrumentos foram avaliadas por meio do

coeficiente de correlação de Pearson para os casos onde foi observada uma

distribuição Normal nos dados. O coeficiente de correlação de Spearman nos casos

onde os pressupostos com relação à distribuição não foram atendidos. Estes

coeficientes variam de -1 a 1, onde valores mais próximos de -1 indicam uma

relação negativa ou inversa entre as variáveis, valores próximos a 1 uma relação

positiva e valores próximos a 0 indicam ausência de correlação. (PAGANO;

GAUVREAU, 2004).

41

Cohen (1988) sugere a seguinte classificação do coeficiente de correlação: 0,1

a 0,29 (fraca), 0,30 a 0,49 (moderada) e maior ou igual a 0,50 (forte). Em todas as

análises foi considerado um nível de significância igual a 5%, para o resultado

estatisticamente significativo (p<0,05).

Os dados foram organizados em tabelas e quadros, analisados de acordo com

a estatística descritiva e inferencial, e discutidos com base na literatura relevante ao

tema.

42

5 RESULTADOS

Estão descritas informações referentes aos dados sociodemográficos dos

enfermeiros. Na tabela 1 foram distribuídas as variáveis categóricas, valores

numéricos e a porcentagem. Nota-se que 88,89% são indivíduos do sexo feminino.

Há predominância na amostra de pessoas casadas representado por 47,22% e na

categorização da faixa etária 84,25% dos estudados encontra-se na faixa de idade

entre 24 e 45 anos

Tabela 1 - Representação dos dados sociodemográficos de enfermeiros. Natal/RN, RN, 2016.

Variáveis n %

Sexo Masculino Feminino

96 12

88,89 11,11

Estado civil Solteiro Casado Divorciado Outros

51 41 9 7

47,22 37,96 8,33 6,48

Faixa etária 24-45 anos 46-68 anos

91 17

84.25 15,75

A Tabela 2 mostra as características trabalhistas dos enfermeiros, tanto em

valores numéricos de frequência, quanto em porcentagem. Observa-se que 87,96%

possuem tempo de profissão categorizado entre 13 e 45 anos. Os setores de

trabalho foram divididos em ambulatorial e hospitalar (qualquer setor do hospital

exceto o ambulatório) esse último foi equivalente a maioria que correspondeu a

68,52%. No público é visto que a maioria 55,56% possui mais de um vínculo de

trabalho e que é preponderante o número de indivíduos que exercem suas

atividades em turno diurno 61,11%.

43

Tabela 2 – Distribuição das características trabalhistas da amostra. Natal/RN,

2016.

Variáveis n %

Tempo de profissão 1- 12 anos 13 - 45 anos

95 13

87,96 12,04

Setor de trabalho Hospitalar Ambulatorial

74 34

68,52 31,48

Possuir mais de um trabalho Sim Não

60 48

55,56 44,44

Turno de trabalho Diurno Noturno

66 42

61,11 38,89

Fonte: própria pesquisa

Na tabela 3 estão descritos as informações referentes aos hábitos dos

enfermeiros pesquisados. O uso do estimulante tem predominância do café como o

preferido 60,19%, no horário do uso do estimulante é categorizado e a manha é

preponderante com 27,78%. A maioria dos sujeitos pesquisados 50,93% relatam

não fazerem uso de bebidas alcoólicas. Na verificação sobre a realização da

atividade física 50% dos indivíduos praticam.

Tabela 3 – Características dos hábitos de vida dos enfermeiros. Natal/RN, 2016.

Variáveis N %

Uso de estimulante Café Chá Café e chá Não faz uso

65 27 13 3

60,19 25,00 12,04 2,78

Horário de uso estimulante Manhã Tarde Noite Manhã e tarde Manhã e noite Manhã, tarde e noite Não faz uso

30 27 16 15 14 3 3

27,78 25,00 14,81 13,89 12,96 2,78 2,78

Álcool socialmente Sim Não

55 53

50,93 49,07

Prática de atividade física Sim Não

54 54

50,00 50,00

44

Fonte própria pesquisa.

Ao analisar a tabela 4 observa-se o detalhamento as médias e o desvio padrão

das variáveis. A média de idade dos enfermeiros estudos foi de 37,13 anos, sendo a

idade mínima de 20 e a máxima de 68, o tempo de profissão desses é de 12,78

anos. O nível de estresse tem como média 2,34. A média das dimensões que

compõe a síndrome de burnout são: a exaustão de 21,19, despersonalização 5,85 e

realização profissional de 38,92 o que atesta todos os valores classificados como

médio no ponto de corte como foi descrito por Benevides-Pereira (2001).

Tabela 4 – Descrição da média e desvio padrão da idade, tempo de profissão, estresse e dimensões da síndrome de Burnout na amostra. Natal/RN, RN, 2016.

Variáveis (n= 108)

Média Desvio padrão

Mínimo Mediana Máximo

Idade 37,13 10,16 24,00 34,00 68,00 Tempo de profissão 12,78 9,84 1,00 10,00 45,00

Estresse 2,34 0,53 1,02 2,37 3,60 Burnout- exaustão 21,19 10,10 2,00 20, 50 50,00

Burnout- despersonalização

5,85 4,84 0,00 5,00 20,00

Burnout- realização profissional

38,92 6,32 13,00 40,00 48,00

Fonte: Própria pesquisa

Para quantificar e identificar o nível de estresse dos enfermeiros segundo o

turno de trabalho foi criada a tabela 5. A caracterização mostrou que a média de

estresse no turno diurno é de 2, 35 e a do turno noturno é 2,31, os valores são

próximos e indicam um nível médio de estresse. O p-valor obtido através do teste de

Mann- Whitney não foi estatisticamente significativo 0,7431.

Tabela 5 – Exposição dos níveis de estresse dos enfermeiros estudados segundo o turno de trabalho. Natal/RN, 2016.

Variável

Diurno n=66

Noturno n=42

Média Desvio padrão Média Desvio padrão p- valor

Estresse 2,35 0,53 2,31 0,54 0,7431**

Legenda: ** p- valor obtido por meio do teste de Mann- Whitney (valor de p<0,05 ao Teste de Mann-Whitney).

Para verificação presença do Burnout nos enfermeiros pesquisados de acordo

com as médias das dimensões da síndrome e segundo o turno de trabalho foi

45

desenvolvida a tabela 6. Nota-se que a média da exaustão foi de 21,88 para o turno

diurno e 20,10 para o noturno, a despersonalização foi 5,89 para o diurno e 5,79

para o noturno. A realização profissional foi discretamente maior para os

trabalhadores da noite com 38,98 e os do dia 38,88.

Estes resultados indicam nível médio para as dimensões e consequentemente

a ausência do Burnout. Foram calculados os valores de p através dos testes teste t-

student não pareado e teste de Mann- Whitney e nenhum mostrou-se

estatisticamente significativo.

Tabela 6 – Distribuição dos resultados das médias das dimensões do Burnout segundo o turno de trabalho. Natal/RN, 2016.

Variáveis

Diurno n=66

Noturno n=42

p-valor

Média Desvio padrão Média Desvio padrão

Burnout- exaustão 21,88 10,84 20,10 8,85 0,3737*

Burnout- despersonalização

5,89 4,75 5,79 5,04 0,7906**

Burnout- realização profissional

38,88 6,01 38,98 6,84 0,6838**

Legenda: *p- valor obtido por meio do teste t-student não pareado; ** p- valor obtido por meio do teste de Mann- Whitney (valor de p<0,05 ao Teste de Mann-Whitney e teste t- student) Fonte: própria pesquisa

Os escores de pontuação e ponto de corte do instrumento MBI-HSS, por níveis

e distribuição às dimensões de Burnout, de acordo com o sexo está descrita na

tabela 7. Nos elementos da síndrome observou-se baixa prevalência para exaustão

emocional 41,67%, média despersonalização 66,07% e média realização

profissional 58,33% no sexo masculino. Já no feminino nota-se o score médio para

as três dimensões: exaustão 34,38%, despersonalização 44,79% e realização

48,96%.

46

Tabela 7 – Disposição das dimensões do Burnout nos Enfermeiros segundo

sexo. Natal/RN, 2016.

Variável

Sexo

Masculino Feminino n % n %

Burnout- exaustão Baixo 5 41,67 32 33,33 Médio 3 25,00 33 34,38

Alto 4 33,33 31 32,29

Burnout- despersonalização Baixo 8 33,33 27 28,13

Médio 4 66,07 43 44,79 Alto 0 00,00 26 27,08

Burnout- realização Baixo 2 16,67 18 18,75 Médio 7 58,33 47 48,96

Alto 3 25,00 31 32,29

Fonte: própria pesquisa

Os escores de pontuação do instrumento MBI-HSS, por níveis e distribuição às

dimensões de Burnout, de acordo com o turno de serviço está descrita na tabela 8.

Para o turno o diurno, a exaustão emocional mostrou-se resultado de score único

33,33% para o noturno o nível médio foi preponderante com a mesma porcentagem.

A despersonalização obteve nível médio prevalecente em ambos os turnos, 50,00%

para o dia e 42,86% para a noite. Na realização profissional score médio se

destacou no noturno e no diurno 51,52% e 47,62%. Os resultados para o p-valor não

foram estatisticamente significativos levando em consideração p<0,05.

47

Tabela 8 – Distribuição das dimensões do Burnout nos Enfermeiros segundo turno. Natal/RN, 2016.

Turnos Variável Diurno Noturno p-valor*

n % N %

Burnout- exaustão Baixo 22 33,33 15 35,71

0,9573 Médio 22 33,33 14 33,33 Alto 22 33,33 13 30,95

Burnout despersonalização Baixo 17 25,76 14 33,33

0,6728 Médio 33 50,00 18 42,86

Alto 16 24,24 10 23,81

Burnout- realização Baixo 12 18,18 08 19,05

0,9217

Médio 34 51,52 20 47,62

Alto 20 30,30 14 33,33

Legenda: * p- valor obtido através do teste Qui- quadrado. Fonte: própria pesquisa.

Na tabela 9 estão dispostos as correlações e os valores p conforme o estresse

a as dimensões do Burnout. Em relação a dimensão da exaustão o coeficiente de

correlação de Pearson 0,5498 de acordo com Coenh (1988) é forte, no domínio

despersonalização pode ser considerado como moderado 0,3652. Na dimensão da

realização profissional o coeficiente de correlação de Sperman -0,3383 mostra uma

relação inversa entre as variáveis de acordo com Pagano e Gauvreau (2004). Já em

relação ao p-valor todos os valores foram estatisticamente significativos entre o

estresse e as dimensões da síndrome adotou-se p<0,05: < 0,0001, 0,0001 e 0,0003.

Tabela 9 – Caracterização dos coeficientes de correlação e p- valor segundo o estresse e as dimensões do burnout. Natal/RN, 2016.

Dimensões da síndrome de

burnout

Estresse

Coeficiente de correlação p-valor

Burnout- exaustão 0,5498* < 0,0001

Burnout- despersonalização 0,3652** 0,0001

Burnout- realização profissional -0,3383** 0,0003

Legenda: *coeficiente de correlação de Pearson; **coeficiente de correlação de Spearman. Fonte: própria pesquisa.

48

6 DISCUSSÃO

Com relação aos dados sociodemográficos dos enfermeiros pesquisados no

presente estudo notou-se que houve predominância do sexo feminino, isto foi

evidenciado também no estudo com enfermeiros no Brasil (CONSELHO FEDERAL

DE ENFERMAGEM-COFEN, 2010).

Corroborando com os achados, Medeiros et al. (2009), confirma o fato da

profissão da enfermagem ser uma atividade em que a assistência requer dotes

cuidadosos e peculiares femininos quanto aos conceitos de cuidar do ser humano.

Quanto ao estado civil mostra-se que a maioria encontra-se casado isso foi

visto também em estudos anteriores realizados com enfermeiros (OLIVEIRA; DE

MARTINO, 2013; OLIVEIRA; PEREIRA, 2012).

No entanto na Europa encontrou-se maioria de enfermeiros solteiros isto talvez

se deve ao fato do trabalho em turnos, os horários rotativos causarem uma

dificuldade para a disponibilidade ao lazer e constituir família (DE MARTINO et al.,

2013).

Outro dado observado nesta pesquisa diz respeito a faixa etaria encontrada,

população de jovens adultos. Desta forma, este resultados são ratificados por

estudos do COFEN (2010) citam que no Estado do Rio Grande do Norte a faixa

etária com maior número de profissionais é semelhante. Os mesmos achados são

observados no estudo de Rocha et al. (2013).

No que se refere as características do trabalho dos enfermeiros encontrou-se

grande parte com outro vínculo empregatício assim como citados em outra pesquisa

(ROSSI; DOS SANTOS; PASSOS, 2010).

No entanto, o duplo vinculo e a baixa remuneração pode ser um indicativo ou

tendência para síndrome de Burnout bem como interferir na saúde física e mental.

(MUROFUSE, 2005).

Quanto ao turno de trabalho a maioria exerce a profissão no período diurno que

pode ser pela manhã ou à tarde, assim como foi encontrado na pesquisa de Da Silva

(2016). As repercussões no ciclo vigília sono tem mostrado que não é apenas no

trabalho noturno estas manifestações de alterações de sono que de modo geral tem

porcentagens maiores. As mudanças do ciclo vigília- sono podem causar efeitos

49

como riscos, incidentes, além danos à saúde dos indivíduos e a qualidade de vida e

do trabalho (DE MARTINO, 2009).

Quanto aos hábitos de lazer dos trabalhadores, verificou-se nos entrevistados

que metade não praticavam atividades físicas, mas demonstraram porcentagens

iguais também para os que praticavam. Observa-se em outra pesquisa recente que

tem mostrado índices semelhantes aos nossos achados (DA SILVA, 2016).

Pesquisa mostra que entre a pratica da atividade física e a capacidade de

trabalho, encontrou-se uma correlação estatisticamente significativa dessa forma,

propõem que a prática do exercício seja realizada e regular para melhoria nas

situações de saúde dos trabalhadores da enfermagem. Enfatizam que os mais

velhos precisam ser estimulados a adentrarem em projetos de atividades corporais

(RAFFONE; HENNINGTON, 2005).

Silva et al. (2016) citam que enfermeiros vivem em circunstancias dinâmicas e

imprevisíveis, no local onde exerce sua prática. Assim, é essencial para um bom

desempenho, satisfatório não somente a saúde física e mental como também o

ambiente de trabalho.

A média de idade e o tempo de profissão encontrados remetem a profissionais

de maioria jovens adultos e com tempo de experiência profissional acima de doze

anos, estes mesmos achados são observados na investigação de Trindade e Lauert

(2010).

Estudos afirmam que os enfermeiros mais jovens e com menos de 30 anos,

com pouca experiência no trabalho, tem dificuldade de lidar com conflitos do dia a

dia no cotidiano e consequentemente com a resolução de problemas o que leva a

decepções inclusive com a profissão (BENEVIDES-PEREIRA, 2002; MASLACH;

SCHAUFELI, 2001; TRINDADE et al., 2010).

Em relação ao nível de estresse dos participantes da amostra, obteve-se o

escore mediano tanto para os indivíduos do turno diurno quanto para o noturno,

assim como foi retratado por Rocha, De Martino e Ferreira (2009).

Desta forma, outros estudos destacam escores medianos de estresse em seus

participantes e evidencia o trabalho hospitalar como estressante e com alguns

conflitos (BATISTA; BIANCHI, 2006, MENZANI; FERRAZ BIANCHI, 2005).

Os profissionais que possuem nível médio a elevado de estresse com o passar

do tempo podem sofrer um colapso de esgotamento emocional e consequentemente

o desenvolvimento da síndrome de Burnout (CARVALHO; LIMA, 2001).

50

Nota-se que a média e o valor máximo do estresse foram maiores para os

sujeitos do turno diurno. Desta maneira, destaca-se que quem atua no turno diurno

também pode ter uma qualidade do sono ruim, principalmente, pela manhã onde

normalmente nos hospitais tem mais atividades como admissões, transferências,

encaminhamentos aos centro cirúrgico, coleta de exames, visita médica e alta

hospitalar. Isso ocorre com menos frequência no tuno noturno, assim

sobrecarregando menos a equipe (ROCHA; DE MARTINO; FERREIRA, 2009).

Outro fator a se pensar é que o trabalho diurno diário pode ser mais

desgastante apesar de ocorrer em 06h e o noturno de 12h de plantão por 36h de

folga, assim os sujeitos do turno da noite podem ter menos contato com as situações

mais estressantes (ROCHA; DE MARTINO, 2010).

Na verificação da presença da síndrome de Burnout obteve-se valores médios

para as três dimensões da síndrome, estes achados estão de acordo com os pontos

de corte de Benevides-Pereira (2001), assim como o estudo de Moreira (2009) onde

conseguiu-se achados semelhantes.

Grunfeld et al. (2000) verificaram que para que seja diagnosticado o Burnout

nos níveis de exaustão emocional e despersonalização devem ser graves, mas o de

realização profissional deve ser baixo, dessa forma, os três domínios da síndrome e

evidenciam a complexidade da doença.

Por consequência, pesquisadores afirmam que ao encontrar valores que

indicam a ausência da síndrome em relação ao ponto de corte das dimensões do

Burnout denotam característica positivas, pois os sujeitos entrevistados talvez

estejam lidando bem com a sobrecarga de trabalho (BENEVIDES-PEREIRA, 2002;

PALAZZO; CARLOTTO, 2012; TAMAYO, 1997).

Entretanto, o valor classificado como médio também pode denotar atenção e

precaução, pois pode ser a manifestação da fragilidade emocional do enfermeiro em

relação ao desgaste emocional e profissional. O nível considerado intermediário

requer precaução para poupar a exacerbação das ameaças (RUVIARO; BARDAGI,

2010).

Os maiores escores de exaustão e despersonalização foram observados mais

elevados para o grupo do turno diurno e de realização profissional mais baixo no

turno noturno, como encontrado também em outra pesquisa (SILVA, 2008).

Stacciarini e Tróccoli (2002) descrevem que o turno de trabalho e a mudança

deste configura-se como um estresse relacionado ao trabalho e ao Burnout.

51

Contudo, Silva (2008) contesta em sua pesquisa que os turnos de trabalho não

estavam relacionados a síndrome.

A conformação do trabalho da enfermagem é diferenciada nos turnos, no

hospital, no turno noturno a equipe é reduzida e as atividades também, ou seja, não

deve ser realizado à noite o que se pode fazer de dia, buscando o bem estar e o

descanso do paciente (MENEGHINI; LAUTERT, 2011).

Quanto aos escores do Burnout em relação ao gênero, demonstra-se que as

mulheres apresentaram valores médios para os pontos de corte da síndrome e os

homens com valores de baixo a médio. Assim como na pesquisa de Moreira et al.

(2009) ficou evidenciado pontos de corte mais altos para o sexo feminino.

Todavia, a pesquisa de Gil-Monte (2002) relata que se há mais mulheres na

amostra, o Burnout motivado pelo sexo feminino pode estar disfarçado.

As mulheres podem ter resultados mais altos nas dimensões da síndrome

devido ao trabalho em saúde e hospitalar ser desgastante, quanto as cargas de

trabalho e conflitos. Além disto, as trabalhadoras ainda apresentam uma função a

mais que é outra jornada, a de sua residência, muitas vezes, com o trabalho

doméstico, filhos e esposos (ROCHA et al., 2013).

Nos achados da presente pesquisa a análise do estresse em relação as

dimensões do Burnout foram todas estatisticamente significativas, como evidenciou

outra pesquisa (LORENZ; BENATTI; SABINO, 2010).

Nota-se que a associação entre o estresse ocupacional e síndrome de Burnout

em suas três dimensões pode-se afirmar uma relação de causa. Isso insinua que as

características intrínsecas do trabalho exercido e do trabalhador com sobrecargas

psíquicas são motivadoras do Burnout (MOREIRA et al., 2009).

Outro estudo afirma que um trabalho estressante e ausência de possibilidade

de mudanças com fatores estressantes sem controle, obrigações e conflitos

permanentes desenvolvem afecções psicológicas nos trabalhadores. Logo, os

profissionais que estão sujeitos a níveis de estresse no local de trabalho e expõe o

trabalhador, estes podem sofrer danos psicológicos e acarretar o Burnout.

(SANTOS, 2010).

A correlação entre o estresse e as dimensões do Burnout foi considerada forte

para a dimensão exaustão emocional, descoberta semelhante foi obtida em outro

estudo (TAMAYO, 2009).

52

A exaustão reflete um momento em que o sujeito encontra-se fatigado,

exaurido mentalmente. Afirma-se que é o foco central do Burnout pois representa o

estresse individual, o ocupacional e o fim dos mecanismos existentes para enfrentar

as ocorrências desgastantes (CARLOTTO; PALAZZO, 2006).

As dimensões do Burnout estão relacionadas não apenas com problemas

mentais, mas com sintomas físicos e ainda ligam-se a doenças, porém é a exaustão

emocional que reflete como principal preditor considerável de indícios

psicossomáticos (PIKO, 2006).

A correlação entre a realização profissional e o estresse foi negativa

demonstrando uma correlação inversa entre o estresse ocupacional e a satisfação

com o trabalho.

Entretanto estudo de Vahey et al. (2004) afirmaram que a satisfação no

trabalho diminui a possibilidade de acontecimentos do Burnout, do estresse levando

ao comprometimento com o serviço.

Outra pesquisa discute e justifica que a correlação inversa entre estresse e

satisfação com o trabalho, ou realização profissional, pode ocorrer devido a

segurança no trabalho, por não ter possibilidade de perda do emprego,

reconhecimento de seu serviço, comunicação e incentivo a qualificação (VISSER et

al., 2003).

53

7 CONCLUSÃO

Evidencia-se neste estudo que a maioria dos participantes era do sexo

feminino, casados, com outro vínculo empregatício, com média de idade 37,13 anos

e de tempo de profissão de 12,78 anos.

Constatou-se que de uma forma geral os enfermeiros pesquisados possuem

nível médio de estresse nos turnos de trabalho diurno e noturno.

Quanto a síndrome de Burnout, verificou-se valores médios nas três dimensões

da síndrome nos profissionais que trabalham em ambos os turnos, onde não se

verificou a presença do Burnout.

Destacam-se as correlações estaticamente significativas ao relacionar as

dimensões da síndrome com o estresse, deste modo, demonstra-se que o Burnout é

ocasionado pelo estresse.

Percebe-se que mesmo com valores medianos de estresse e dos domínios do

Burnout há necessidade por parte do local de trabalho buscar medidas para redução

dos fatores desencadeantes. Diminuição de carga horária, maior número de pessoal,

revisão de valores de remuneração, incentivo, valorização e reconhecimento dos

empregados além de atividades físicas, em grupo, rodas de conversa e de

relaxamento, como a ginástica laboral, podem ser desenvolvidos pelo local de

trabalho para prevenção da piora dos níveis de estresse e de Burnout e

desencadeamento das doenças.

Não apenas a empresa deve esforçar-se mas cada funcionário individualmente

deve buscar algo que lhe faça sentir-se bem ao final de uma jornada de trabalho,

está com a família, dançar, nadar, conversar consigo mesmo auxilia como

estratégias de enfrentamento para os conflitos diários, nas tomadas de decisões e

na melhoria das relações interpessoais. Deve-se pretender a reversão ou

minimização destes resultados para que não tornem crônicos ou se agravem.

Ressalta-se que este estudo auxilia na produção científica e no estado da arte

das pesquisas sobre estresse e síndrome de Burnout nos profissionais de

enfermagem.

54

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APÊNDICES

68

APÊNDICE A –TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSO EM ENFERMAGEM

CURSO DE MESTRADO ACADÊMICO

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – TCLE

CAAE 50194515.4.0000.5537

NÚMERO DO PARECER 1.313.575

Esclarecimentos

Este é um convite para você participar da pesquisa: Estresse e síndrome de

Burnout nos enfermeiros de um hospital universitário, que tem como pesquisador

responsável Milva Maria de Figueiredo de Martino.

Esta pesquisa pretende O (a) senhor (a) está sendo convidado (a) a

participar, voluntariamente, de uma pesquisa que tem como objetivo Analisar

presença de estresse e Síndrome de Burnout em uma amostra de enfermeiros nos

turnos diurno e noturno.

O motivo que nos leva a fazer este estudo trará um grande benefício para os

enfermeiros, visto que o conhecimento sobre o nível de estresse e a síndrome de

Burnout é de fundamental importância para prevenção de possíveis danos a saúde

dos mesmos.

Caso você decida participar, você deverá Inicialmente será realizada uma

avaliação por meio de um formulário sociodemografico da amostra. Em seguida

através de questionários também serão avaliados os níveis de estresse e a presença

da síndrome de Burnout. Não será feito nenhum pagamento para participar da

pesquisa. A sua participação será de livre e espontânea vontade, no entanto, caso

69

haja algum custo financeiro adicional para o senhor (a) participar, será feito o

ressarcimento. Qualquer um pode desistir em qualquer momento de participar da

pesquisa sem nenhuma penalidade.

Durante a realização a aplicação dos questionários, o sociodemográfico o

instrumento de pesquisa da síndrome de Burnout e no questionário de estresse de

Bianchi a previsão de riscos é mínima, ou seja, o risco que você corre é semelhante

àquele sentido num exame físico ou psicológico de rotina.

Pode acontecer um desconforto apenas impaciência por ter de responder a

muitas perguntas, ou frustração por não conseguir responder a alguns

questionamentos que será minimizado pois qualquer um pode desistir em qualquer

momento de participar da pesquisa sem nenhuma penalidade.

Você terá como benefício para prevenção de possíveis danos a sua saúde.

Durante todo o período da pesquisa você poderá tirar suas dúvidas ligando a

pesquisadora

Milva Maria Figueiredo de Martino para o Departamento de Enfermagem -pós-

graduação/UFRN (84) 3215-3196 ou pelo e-mail [email protected].

Os dados que você irá nos fornecer serão confidenciais e serão divulgados

apenas em congressos ou publicações científicas, não havendo divulgação de

nenhum dado que possa lhe identificar.

Esses dados serão guardados pelo pesquisador responsável por essa

pesquisa em local seguro e por um período de 5 anos.

Se você tiver algum gasto pela sua participação nessa pesquisa, ele será

assumido pelo pesquisador e reembolsado para você.

Se você sofrer algum dano comprovadamente decorrente desta pesquisa,

você será indenizado.

Qualquer dúvida sobre a ética dessa pesquisa você deverá ligar para o

Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte,

telefone 3215-3135.Este documento foi impresso em duas vias. Uma ficará com

você e a outra com o pesquisador responsável Milva Maria Figueiredo de Martino.

Consentimento Livre e Esclarecido

Após ter sido esclarecido sobre os objetivos, importância e o modo como os

dados serão coletados nessa pesquisa, além de conhecer os riscos, desconfortos e

70

benefícios que ela trará para mim e ter ficado ciente de todos os meus direitos,

concordo em participar da pesquisa Estresse e síndrome de Burnout nos

enfermeiros de um hospital universitário, e autorizo a divulgação das informações

por mim fornecidas em congressos e/ou publicações científicas desde que nenhum

dado possa me identificar.

Natal, 06 de janeiro de 2016.

Assinatura do participante da pesquisa

Declaração do pesquisador responsável

Como pesquisador responsável pelo estudo Estresse e síndrome de Burnout

nos enfermeiros de um hospital universitário declaro que assumo a inteira

responsabilidade de cumprir fielmente os procedimentos metodologicamente e

direitos que foram esclarecidos e assegurados ao participante desse estudo, assim

como manter sigilo e confidencialidade sobre a identidade do mesmo.

Declaro ainda estar ciente que na inobservância do compromisso ora

assumido estarei infringindo as normas e diretrizes propostas pela Resolução 466/12

do Conselho Nacional de Saúde – CNS, que regulamenta as pesquisas envolvendo

o ser humano.

Natal, 06 de janeiro de 2016.

Assinatura do pesquisador responsável

71

APÊNDICE B – FORMULÁRIO DE COLETA DE DADOS

Formulário de coleta de dados sociodemográficos

1.Nome(iniciais):______________________________________________________

____________

2. Data de Nascimento: ____/ ____/ ____ Idade:_______________________

3. Sexo: Masculino ( ) Feminino ( )

4. Estado civil: solteira casada divorciada outros

5.Possui mais de um trabalho? Sim ( ) Não ( )

6. Local de trabalho ambulatorial ( ) Hospitalar ( )

7. Setor de trabalho: ______

8. Tempo de profissão: ______

9. Horário de trabalho: manhã ( ) tarde ( ) ambos ( ) noite ( )

10. Tem hábito de tomar café, chá, pó de guaraná?

Qual?____________________

A que horas? ____________

Número de vezes ao dia _______

11. Ingere bebidas alcoólicas como hábito social? Sim ( ) Não ( )

12. Pratica atividade física? Sim ( ) Não ( )

72

APÊNDICE C- NOTA PRÉVIA ACEITA NA REVISTA OBJN

Estresse e síndrome de Burnout nos enfermeiros do hospital: estudo descritivo

Clarissa Maria Bandeira Bezerra1, Milva Maria Figueiredo De Martino1

1. Universidade Federal do Rio Grande do Norte

RESUMO

Objetivo: verificar os níveis de estresse e a presença da síndrome de Burnout em uma

população de enfermeiros nos turnos diurno e noturno na área hospitalar. Método: estudo

descritivo, do tipo tranversal, com abordagem quantitativa, realizado no hospital da

Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Consiste na aplicação de questionários aos

enfermeiros para obtenção de dados por meio do formulário dos dados sociodemográficos; em

seguida dos instrumentos: a Escala de Bianchi para quantificar o nível de estresse, e o

Maslach Burnout Inventory (MBI) para identificar a presença da síndrome de Burnout. A

organização dos dados se dará em planilhas do Microsoft excel Windows 2010 e serão

analisados pelo programa Statistical Package for the Social Sciences versão 20.0. Os dados

serão organizados em tabelas e quadros, analisados de acordo com a estatística descritiva e

inferencial.

DESCRITORES: Estresse ocupacional; Burnout; Enfermagem.

CONTEXTUALIZAÇÃO DA TEMÁTICA E PROBLEMA DE PESQUISA

As mudanças no trabalho na Saúde ocorrem diariamente. A Enfermagem, como componente

da área, está sujeita a melhorias como avanço tecnológico, mas também surgem

descontentamentos - aumento da demanda de serviços, competitividade, jornadas de trabalho

extensas. Esses fatores desencadeiam estresse e mudanças emocionais que podem afetar

diretamente o cuidado prestados aos pacientes e a própria saúde do trabalhador(1)

O estresse é definido como um conjunto de sensibilidades, sentimentos odiosos e incômodos

que o sujeito sente e que afeta seu psicológico, afetando-o para realizar julgamentos e até para

entender acontecimentos. A mudança não ocorre apenas no psicológico, mas no físico

também. O estresse no trabalho é definido como estresse ocupacional ou laboral, e surge no

organismo do trabalhador em virtude da

dificuldade em desenvolver suas atividades somadas às exigências do serviço, tornando-se

prejudicial à saúde e à qualidade de vida(2).

Quando o estresse relacionado ao trabalho ultrapassa os níveis adaptativos e torna-se crônico,

dá-se o nome de síndrome de Burnout. O termo vem do inglês burn (queimar) e out (fora);

designa alguém que não possui mais energia - está colapso da capacidade adaptativa do

indivíduo, chegou ao limite de forças, não funciona mais, queimou até o fim. O que

caracteriza essa síndrome é a exaustão da emoção, a perda da identidade e da relevância do

trabalho(3).

A profissão de Enfermagem é estressante por cobranças, número de reduzido de pessoal na

equipe, longas jornadas de trabalho (muitas vezes duplas), contato diário com indivíduos

73

doentes e mortes. Com todos estes fatores, a equipe da área vem desenvolvendo afecções

psíquicas nos últimos anos. O enfermeiro, por ser o responsável pelo grupo, é um dos

principais atingidos(3).

Dessa forma, neste estudo busca-se verificar o nível de estresse dos enfermeiros e se há

afecção de profissionais pelo estresse e síndrome de Burnout nos trabalhadores dos diferentes

turnos hospitalares.

Diante do exposto, justifica-se que a importância do estudo pauta-se no trabalhador da saúde,

que pode ser atingido por transtornos mentais como estresse e síndrome de Burnout,

colocando em risco a saúde dos colegas de equipe e dos pacientes que recebem seus cuidados.

Ao final da pesquisa podem-se criar estratégias de enfrentamento que tornem o trabalho diário

menos desgastante, contribuindo com o avanço do conhecimento científico nessa temática e o

fortalecimento da profissão.

OBJETIVOS

Geral

Verificar o nível de estresse e a presença da síndrome de Burnout em enfermeiros nos turnos

diurno e noturno da área hospitalar.

Específicos

* Verificar os dados sociodemográficos da amostra;

* Analisar os níveis de estresse de enfermeiros nos turno diurno e noturno;

* Identificar a presença da síndrome de Burnout e correlacioná-la com os níveis de estresse

nos turnos diurno e noturno.

MÉTODO

Trata-se de um estudo descritivo, do tipo transversal, com abordagem quantitativa. A coleta

de dados ocorrerá por meio de instrumentos estruturados para obtenção dos dados

sociodemográficos, verificação dos níveis de estresse (Escala de Bianchi) e presença da

síndrome de Burnout (Maslach Burnout Inventory - Human Services Survey, que usa os

critérios grau elevado nas dimensões “esgotamento emocional” e “despersonalização”, e grau

baixo em “realização pessoal”). O local será o Hospital Universitário Onofre Lopes, com

população possível para o estudo de 118 enfermeiros atuantes. Como critério de inclusão,

atuar como enfermeiro naquele hospital; excluíram-se os que estavam de férias ou em

qualquer tipo de licença no momento da coleta de dados. A coleta estará prevista para ocorrer

nos meses de janeiro a abril de 2016. A organização dos dados se dará em planilhas do

Microsoft Excel Windows® versão 2010, em seguida analisados pelo programa Statistical

Package for the Social Sciences versão 20.0. A análise descritiva avalia as medidas dos

resultados coletados e o perfil da amostra, segundo as variáveis em estudo. Serão elaboradas

tabelas de frequência para as variáveis categóricas (sexo e turno de trabalho, por exemplo)

com valores de frequência absoluta (N) e percentual (%). Para a comparação das variáveis

categóricas (dupla jornada e atividade física, por exemplo) serão utilizados o Teste de Mann-

Whitney na ausência de distribuição normal e Teste de ANOVA para observar a variabilidade

74

entre as amostra (setores e estresse, por exemplo). O nível de significância estatística adotado

para os testes estatísticos serem considerados significativos é de p<0,05. O projeto foi

aprovado

pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, sob

parecer número 1.313.575.

REFERÊNCIAS

1.Aiken L, Sermeus W, Van den Heede K, Sloane D, Busse R, McKee M, et al. Patient safety,

satisfaction, and quality of hospital care:cross sectional surveys of nurses and patients in 12

countries in Europe and the United States. BMJ. [internet] 2012 [Cited 2016 March 1]

Available from:http://www.bmj.com/content/344/bmj.e1717.short

2.SCHIMIDT D. Modelo Demanda-Controle e estresse ocupacional entre profissionais de

enfermagem: revisão integrativa. Rev. bras. enferm. [internet] 2013. [citado 2016 março

1]66(5)Disponível em:http://www.scielo.br/pdf/reben/v66n5/20.pdf

3.GRAZZIANO E, BIANCHI E. Impacto do stress ocupacional e Burnout para enfermeiros.

Enferm. glob. [internet] 2010 [citado 2016 março 2] 30(18). Disponível em:

http://scielo.isciii.es/pdf/eg/n18/pt_revision1.pdf

Todos os autores participaram das fases dessa publicação em uma ou mais etapas a seguir, de

acordo com as recomendações do International Committe of Medical Journal Editors (ICMJE,

2013): (a) participação substancial na concepção ou confecção do manuscrito ou da coleta,

análise ou interpretação dos dados; (b) elaboração do trabalho ou realização de revisão crítica

do conteúdo intelectual; (c) aprovação da versão submetida. Todos os autores declaram para

os devidos fins que são de suas responsabilidades o conteúdo relacionado a todos os aspectos

do manuscrito submetido ao OBJN. Garantem que as questões relacionadas com a exatidão ou

integridade de qualquer parte do artigo foram devidamente investigadas e resolvidas.

Eximindo, portanto o OBJN de qualquer participação solidária em eventuais imbróglios sobre

a materia em apreço. Todos os autores declaram que não possuem conflito de interesses, seja

de ordem financeira ou de relacionamento, que influencie a redação e/ou interpretação dos

achados. Essa declaração foi assinada digitalmente por todos os autores conforme

recomendação do ICMJE, cujo modelo está disponível em

http://www.objnursing.uff.br/normas/DUDE_final_13-06-2013.pdf

75

ANEXOS

76

ANEXO A- INSTRUMENTO UTILIZADO PARA MEDIR O ESTRESSE –

ESCALA BIANCHI DE STRESS

Escala Bianchi de Stress (EBS)-Modificado por Anabuki (2001)

Leia atentamente as situações ou ações descritas abaixo, as mesmas estão relacionadas à atuação do

enfermeiro; cada situação deverá receber uma pontuação que revele sua percepção, conforme a escala

abaixo em relação ao stress gerado. Quanto menos a situação ou a ação lhe causar stress, menor o

número que você deve marcar. Quando a situação não for pertinente ás suas atividades, marque o valor

0.

0 = Não se aplica/não faço 3 = Causa médio stress

1 = Não me causa stress 4 = Causa muito stress

2 = Causa pouco stress 5 = Causa muitíssimo stress

QQuueessttããoo Resposta

01. Relacionamento com o Serviço Social. 0 1 2 3 4 5

02. Relacionamento com o Banco de Sangue. 0 1 2 3 4 5

03. Conciliar a elaboração da SAE com a assistência direta

ao paciente. 0 1 2 3 4 5

04. Relacionamento com as outras Enfermeiras. 0 1 2 3 4 5

05. Relacionamento com os Endoscopistas. 0 1 2 3 4 5

06. Realizar a evolução diária de enfermagem. 0 1 2 3 4 5

07. Falta de respaldo do chefe do setor nas tomadas de

decisão. 0 1 2 3 4 5

08. Orientar os familiares. 0 1 2 3 4 5

09. Falta de material e/ou equipamento para prestar

assistência. 0 1 2 3 4 5

10. Relacionamento com os Residentes. 0 1 2 3 4 5

11. Relacionamento com os alunos de Medicina. 0 1 2 3 4 5

12. Realizar trabalhos científicos ou pesquisa de

enfermagem. 0 1 2 3 4 5

13.Estar exposta ao risco psíquico (atenção constante,

dobras de plantão, supervisão constante, pressão da chefia,

falta de comunicação, tensão, stress, fadiga, insatisfação,

ritmo acelerado de trabalho, repetitivo, monótono, etc...).

0 1 2 3 4 5

14. Relacionamento com o Auxiliar de Enfermagem. 0 1 2 3 4 5

15. Relacionamento com o Laboratório. 0 1 2 3 4 5

16. Relacionamento com a Radiologia. 0 1 2 3 4 5

77

QQuueessttããoo ((ccoonnttiinnuuaaççããoo)) Resposta

17. Relacionamento com os alunos de graduação em

Enfermagem. 0 1 2 3 4 5

18. Fazer cobertura de turno de trabalho. 0 1 2 3 4 5

19. Relacionamento com a Fisioterapia. 0 1 2 3 4 5

20. Orientar o paciente para o auto-cuidado. 0 1 2 3 4 5

21. Supervisionar a equipe de enfermagem. 0 1 2 3 4 5

22. Realizar atividades que julgo não serem pertinentes à

minha função. 0 1 2 3 4 5

23. Baixa remuneração. 0 1 2 3 4 5

24. Relacionamento com a Farmácia. 0 1 2 3 4 5

25. Orientar paciente para a alta hospitalar. 0 1 2 3 4 5

26. Estar exposta ao risco químico (substâncias químicas,

medicamentos, poeiras, fumaça e gases). 0 1 2 3 4 5

27. Realizar atividades com um tempo mínimo possível. 0 1 2 3 4 5

28. Receber maus tratos dos pacientes e/ou familiares. 0 1 2 3 4 5

29. Relacionamento com os Clínicos. 0 1 2 3 4 5

30. Realizar exame físico do paciente. 0 1 2 3 4 5

31. Cansaço no término da minha jornada de trabalho. 0 1 2 3 4 5

32. Relacionamento com a Central de Material e

Esterilização. 0 1 2 3 4 5

33. Estar exposta ao risco mecânico (manipulação de

perfuro-cortantes, riscos de quedas, preensão de dedos e

mãos em equipamentos).

0 1 2 3 4 5

34. Realizar atividades burocráticas na ausência do chefe do

setor. 0 1 2 3 4 5

35. Relacionamento com o Serviço de Endoscopia. 0 1 2 3 4 5

35. Estar exposta aos riscos biológicos (contato com

pacientes portadores de doenças infecto-contagiosas,

manipulação de materiais contaminados, presença de

baratas, formigas, pernilongos e moscas no setor).

0 1 2 3 4 5

36. Falta de recursos humanos para cobrir o plantão. 0 1 2 3 4 5

37. Relacionamento com a rouparia. 0 1 2 3 4 5

38. Responsabilidade no meu trabalho. 0 1 2 3 4 5

39. Dificuldade para realizar minhas atividades

assistenciais. 0 1 2 3 4 5

40. Relacionamento com os Cirurgiões. 0 1 2 3 4 5

41. Realizar a admissão do paciente no setor. 0 1 2 3 4 5

42. Lidar com a dor do paciente e/ou familiares. 0 1 2 3 4 5

43. Estar exposta aos riscos fisiológicos (manipulação

excessiva de peso, trabalho em pé, posições inadequadas,

trabalho em turnos).

0 1 2 3 4 5

44. Sobrecarga de trabalho durante o plantão. 0 1 2 3 4 5

45. Lidar com a doença. 0 1 2 3 4 5

46. Trabalhar com pessoal desqualificado tecnicamente. 0 1 2 3 4 5

78

47. Continuar preocupada com as atividades do meu

trabalho mesmo após o término da jornada de trabalho. 0 1 2 3 4 5

QQuueessttããoo ((ccoonnttiinnuuaaççããoo)) Resposta

48. Relacionamento com o Serviço de Nutrição. 0 1 2 3 4 5

49. Realizar prescrição diária de enfermagem. 0 1 2 3 4 5

50. Estar exposta aos riscos físicos (iluminação, ventilação,

temperatura, ruído, eletricidade, risco de incêndio, radiação). 0 1 2 3 4 5

51. Realizar avaliação de desempenho do funcionário. 0 1 2 3 4 5

52. Relacionamento com a Limpeza. 0 1 2 3 4 5

53. Possibilidade de perder o emprego. 0 1 2 3 4 5

54. Relacionamento com o Técnico de enfermagem. 0 1 2 3 4 5

55. Relacionamento com o Serviço de Transporte. 0 1 2 3 4 5

56. Relacionamento com os pacientes e/ou familiares. 0 1 2 3 4 5

57. Relacionamento com o chefe do setor. 0 1 2 3 4 5

58. Relacionamento com o Serviço de Manutenção e Reparos. 0 1 2 3 4 5

59. Lidar com a morte. 0 1 2 3 4 5

60. Relacionamento com os alunos da Escola Auxiliar/Técnico

de Enfermagem. 0 1 2 3 4 5

61. Lidar com as angustias relatadas pelos pacientes e/ou

familiares. 0 1 2 3 4 5

62. Relacionamento com o Almoxarifado. 0 1 2 3 4 5

63. Relacionamento com os Anestesistas. 0 1 2 3 4 5

64. Observações (anote dúvidas ou explicações neste espaço):

__________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________

79

ANEXO B- INSTRUMENTO UTILIZADO PARA VERIFICAR A PRESENÇA DA

SÍNDROME DE BURNOUT–

MASLACH BURNOUT INVENTORY - HUMAN SERVICES SURVEY

As perguntas devem ser respondidas conforme as pontuações de Frequência

correspondentes abaixo

Exemplo: Frase 1: Sinto-me emocionalmente decepcionado com meu trabalho

Se sua resposta for “algumas vezes durante o mês” o (a) Sr(a) marcará 3.

Se sua resposta for “Nunca” o (a) Sr (a) marcará 0.

Sempre associando as pontuações às suas respostas.

NÃO EXISTEM RESPOSTAS MELHORES OU PIORES, A RESPOSTA A SER

ASSINALADA É AQUELA QUE EXPRESTA, VERIDICAMENTE, SUA PRÓPRIA

EXPERIÊNCIA

1. Exemplo de frequências e suas respectivas pontuações.

0. Nunca.

1. Uma vez ao ano ou menos.

2. Uma vez ao mês ou menos.

3. Algumas vezes ao mês.

4. Uma vez por semana.

5. Algumas vezes por semana.

6. Todos os dias.

1. Frequência/ Declarações.

01. Sinto-me emocionalmente decepcionado com meu trabalho.

02. Quando termino minha jornada de trabalho sinto-me esgotado.

03. Quando me levanto pela manhã e me deparo com outra jornada de trabalho,

80

já me sinto esgotado.

04. Sinto que posso entender facilmente as pessoas que tenho que atender.

05. Sinto que estou tratando algumas pessoas com as quais me relaciono no

meu trabalho como se fossem objetos impessoais.

06. Sinto que trabalhar todo o dia com pessoas me cansa.

07. Sinto que trato com muita eficiência os problemas das pessoas as quais

tenho que atender.

08. Sinto que meu trabalho está me desgastando.

09. Sinto que estou exercendo influência positiva na vida das pessoas, através

de meu trabalho

10. Sinto que me tornei mais duro com as pessoas, desde que comecei este

trabalho.

11. Fico preocupado que este trabalho esteja me enrijecendo emocionalmente.

12. Sinto-me muito vigoroso no meu trabalho

13. Sinto-me frustrado com meu trabalho.

14. Sinto que estou trabalhando demais.

15. Sinto que realmente não me importa o que ocorra com as pessoas as

quais tenho que atender profissionalmente.

16. Sinto que trabalhar em contato direto com as pessoas me estresse.

17. Sinto que posso criar, com facilidade, um clima agradável em meu

trabalho.

18. Sinto-me estimulado depois de haver trabalhado diretamente com quem

tenho que atender.

19. Creio que consigo muitas coisas valiosas neste trabalho.

20. Sinto-me como se estiveste no limite de minhas possibilidades.

21. No meu trabalho eu manejo com os problemas emocionais com muita

calma.

22. Parece-me que os receptores do meu trabalho culpam-me por alguns de

seus problemas.

.

81

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Página 81 de 04

ANEXO C- PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA

PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP DADOS DO PROJETO DE PESQUISA

Título da Pesquisa: ESTRESSE E SÍNDROME DE BURNOUT NOS ENFERMEIROS DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

Pesquisador: Milva Maria Figueiredo De Martino

Área Temática:

Versão: 1

CAAE: 50194515.4.0000.5537

Instituição Proponente: Departamento de Enfermagem

Patrocinador Principal: Financiamento Próprio

DADOS DO PARECER

Número do Parecer: 1.313.575

Apresentação do Projeto:

Trata-se de uma pesquisa com nível de abrangência de Mestrado do Programa de Pós-Graduação

em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Trata-se de um estudo

descritivo, do tipo transversal - observacional, com abordagem de análise quantitativa. A presente

pesquisa será realizada na cidade de Natal/RN no Hospital Universitário, onde serão aplicados

questionários de coleta de dados, de verificação do nível de estresse e instrumento utilizado para

verificação da Síndrome de Burnout na Universidade Federal do Rio Grande do Norte. A população

é composta pelos enfermeiros atuantes no HUOL, 90 no total, nos setores de internamento

adulto, pediátrico, Edifício Central de Internação (ECI), UTI,no Centro de imagem Diagnóstica,

Ambulatórios Centro Cirúrgico, Comissão de Controle de Infecções Hospitalares, Comissão de

curativo, Central de material,hemodiálise, Epidemiologia, auditoria e supervisão de ECI.

82

Continuação do Parecer: 1.313.575

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Objetivo da Pesquisa:

Objetivo Primário:

Analisar presença de estresse e Síndrome de Burnout em uma população de enfermeiros nos

turnos diurno e noturno.

Objetivos Secundários:

1) Analisar os níveis de estresse da população de enfermeiros nos turnos diurno e noturno;

2) Avaliar a presença da Síndrome de Burnout;

3) Verificar os dados sociodemográficos da amostra;

4) Correlacionar os níveis de estresse com a presença da Síndrome de Burnout da

população de enfermeiros no turno diurno e noturno.

Avaliação dos Riscos e Benefícios:

Riscos:

Os riscos serão mínimos, visto que a coleta será feita por meio da aplicação de questionários,

podendo provocar apenas impaciência por ter de responder a muitas perguntas, ou frustração por

não conseguir responder a alguns questionamentos. Os participantes da pesquisa que vierem a

sofrer qualquer tipo de dano não previsto aqui e resultante de sua participação terão direito à

assistência integral e à indenização.

Benefícios:

A pesquisa trará um grande benefício para os enfermeiros, visto que o conhecimento sobre o nível

de estresse e a síndrome de Burnout é de fundamental importância para prevenção de possíveis

danos a saúde dos mesmos.

Comentários e Considerações sobre a Pesquisa:

A pesquisa é interessante trará benefícios para os participantes, pois os mesmos terão

oportunidade de conhecer sobre o tema e a partir daí se prevenir dos danos causados pelo stress

no ambiente de trabalho. O Projeto de pesquisa está bem estruturado do ponto de vista

metodológico e científico.

83

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Continuação do Parecer: 1.313.575

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Considerações sobre os Termos de apresentação obrigatória:

Estão apresentados adequadamente.

Recomendações:

Incluir o tempo que o participante vai dispensar para o preenchimento do questionário no TCLE.

Conclusões ou Pendências e Lista de Inadequações:

Após a análise ética e científica do protocolo de pesquisa e documentos relacionados, o CEP

Central/UFRN considera que os documentos apresentados estão seguindo os preceitos éticos

regulatórios das pesquisas envolvendo seres humanos no país e, por esse motivo, considera o

protocolo de pesquisa em apreço como APROVADO.

Considerações Finais a critério do CEP:

Em conformidade com a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde - CNS e Manual

Operacional para Comitês de Ética - CONEP é da responsabilidade do pesquisador responsável:

1. elaborar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido - TCLE em duas vias, rubricadas em

todas as suas páginas e assinadas, ao seu término, pelo convidado a participar da

pesquisa, ou por seu representante legal, assim como pelo pesquisador responsável, ou pela

(s) pessoa (s) por ele delegada(s), devendo as páginas de assinatura estar na mesma folha

(Res. 466/12 - CNS, item IV.5d);

2. desenvolver o projeto conforme o delineado (Res. 466/12 - CNS, item XI.2c);

3. apresentar ao CEP eventuais emendas ou extensões com justificativa (Manual Operacional

para Comitês de Ética - CONEP, Brasília - 2007, p. 41);

4. descontinuar o estudo somente após análise e manifestação, por parte do Sistema

CEP/CONEP/CNS/MS que o aprovou, das razões dessa descontinuidade, a não ser em casos

de justificada urgência em benefício de seus participantes (Res. 446/12 - CNS, item III.2u) ;

5. elaborar e apresentar os relatórios parciais e finais (Res. 446/12 - CNS, item XI.2d);

6. manter os dados da pesquisa em arquivo, físico ou digital, sob sua guarda e

responsabilidade, por um período de 5 anos após o término da pesquisa (Res. 446/12 - CNS,

item XI.2f);

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7. encaminhar os resultados da pesquisa para publicação, com os devidos créditos aos

pesquisadores associados e ao pessoal técnico integrante do projeto (Res. 446/12 - CNS,

item XI.2g) e,

8. justificar fundamentadamente, perante o CEP ou a CONEP, interrupção do projeto ou não

publicação dos resultados (Res. 446/12 - CNS, item XI.2h).

ESTE PARECER FOI ELABORADO BASEADO NOS DOCUMENTOS ABAIXO RELACIONADOS:

Tipo Documento Arquivo Postagem Autor Situação

Informações Básicas do Projeto

PB_INFORMAÇÕES_BÁSICAS_DO_PROJETO_588767.pdf

08/10/2015 08:41:41

Aceito

Outros CCF06102015_00000CEP.pdf 08/10/2015

08:38:48

Milva Maria Figueiredo De

Aceito

Declaração do Patrocinador

Carta_HUOL.pdf 06/10/2015

14:54:05 Milva Maria Figueiredo De Martino

Aceito

Outros carta_anuencia.pdf 06/10/2015 14:39:19

Milva Maria Figueiredo De Martino

Aceito

Declaração de Instituição e Infraestrutura

CCF06102015_00001.pdf 06/10/2015

14:26:14 Milva Maria Figueiredo De Martino

Aceito

Projeto Detalhado / Brochura Investigador

Projeto.pdf 06/10/2015

14:19:11 Milva Maria Figueiredo De Martino

Aceito

TCLE / Termos de Assentimento / Justificativa de Ausência

TCLE.pdf 06/10/2015 10:59:00

Milva Maria Figueiredo De Martino

Aceito

Folha de Rosto Folha_de_Rosto.pdf 06/10/2015

10:56:44 Milva Maria Figueiredo De Martino

Aceito

Situação do Parecer:

85

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Aprovado

Necessita Apreciação da CONEP:

Não

NATAL, 09 de

Novembro de 2015

Assinado por:

LÉLIA MARIA GUEDES

QUEIROZ

(Coordenador)