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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA Filipe da Silva Monteiro Registro da produção de Cachaça artesanal VIÇOSA MINAS GERAIS 2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA

Filipe da Silva Monteiro

Registro da produção de Cachaça artesanal

VIÇOSA – MINAS GERAIS

2016

Filipe da Silva Monteiro

Registro da produção de Cachaça artesanal

Relatório final, apresentado à

Universidade Federal de Viçosa, como

parte das exigências para a obtenção do

título de Engenheiro Agrônomo.

Orientador: Luís Cláudio Inácio da Silveira

Coorientadores: Márcio Henrique Pereira Barbosa

VIÇOSA – MINAS GERAIS

2016

Filipe da Silva Monteiro

Registro da produção de Cachaça artesanal

Relatório final, apresentado à

Universidade Federal de Viçosa, como

parte das exigências para a obtenção do

título de Engenheiro Agrônomo.

Prof. Affonso Henrique Lima Zuin

(UFV)

Luís Cláudio Inácio da Silveira

(Orientador)

Márcio Henrique Pereira Barbosa

(Coorientador)

“ Cada sonho que você deixa para trás, é um

pedaço do seu futuro que deixa de existir”

Steve Jobs

AGRADECIMENTOS

Aos meus pais pelo constante incentivo.

Aos professores do departamento de fitotecnia da UFV.

Ao professor Márcio Henrique Pereira Barbosa que auxiliou na construção

deste trabalho.

Aos amigos da República Paiol de Pólvora, pelo companheirismo e ajuda nos

momentos de graduação.

Aos amigos que ajudaram no desenvolvimento do trabalho. Elysa Vilas Boas,

Lucas Diogo Perdigão, Rodolfo Seraphim Rébole.

Aos produtores de Cachaça; Luiz, Guido e Ziza.

A todos que, de uma maneira ou de outra, contribuíram para realização deste

trabalho.

RESUMO

A cachaça é uma bebida típica brasileira, sendo a terceira bebida alcóolica mais

consumida no mundo. É um destilado obtido pela fermentação da sacarose contida

na cana-de-açúcar, este processo é realizado em alambiques de inox ou cobre. Minas

Gerais se destaca na produção artesanal da bebida, sendo conhecida pela produção

em pequenas propriedades rurais, entretanto, maioria das fábricas são informais, não

respeitando a legislação e pagamento de tributos. Isso afeta diretamente a

comercialização do produto, diminuindo significativamente a venda no mercado

interno e externo, consequentemente gerando menor receita das fábricas. Neste

projeto, o objetivo é avaliar os métodos construtivos e legislativos, além dos aspectos

econômicos para registro e produção da cachaça artesanal no município de Rio

Espera- Minas Gerais. Para isso, foi realizado um levantamento da documentação

necessária ao registro, para atender as exigências do MAPA (Ministério da Agricultura,

Pecuária e Abastecimento), além de um modelo de planta baixa a ser adotado.

Compõem ainda este trabalho: avaliação dos investimentos na fábrica, custos,

receitas e fluxo de caixa. Destaca-se que, mesmo com altos valores dos tributos,

observa se o grande potencial econômico do projeto, além dos aspectos sociais como

geração de empregos diretos e indiretos.

Palavras-chave: aspectos econômicos, planta baixa, documentação, registro.

ABSTRACT

Cachaça is a typical Brazilian drink, is the third most consumed alcoholic

beverage in the world. It is a distillate obtained by fermentation of sucrose contained

in sugarcane, this process is carried out in stills of stainless steel or copper. Minas

Gerais stands out in the artisan production of the drink, known by its production on

small farms, however, most of the factories are informal, not respecting the law and

pay taxes. This directly affects the marketing of the product, significantly decreasing

the sale on domestic and foreign markets, thus generating less revenue from factories.

In this project, the goal is to evaluate the constructive and legislative methods, in

addition to the economic aspects for registration and production of cachaça in the

municipality of Rio It is expected Minas Gerais. For this, a survey of the necessary

documentation to the registration was carried out to meet the requirements of the MAP

(Ministry of Agriculture, Livestock and Supply), and a floor plan model to be adopted.

still make this work: the valuation of investments at the plant, costs, revenues and cash

flow. It is noteworthy that even with high levels of taxes, notes the great economic

potential of the project, as well as social aspects such as generation of direct and

indirect jobs.

Keywords: economic, floorplan, documentation, record.

Sumário

1. Introdução ................................................................................................ 9

1.1 Mercado da Cachaça ............................................................................ 10

1.2. Justificativa........................................................................................... 11

2. Objetivos e metas .................................................................................. 12

3. Desenvolvimento ................................................................................... 12

3.1 Documentação necessária ao registro: ................................................. 13

3.2 Exigências básicas para a construção e funcionamento do

estabelecimento; .................................................................................................... 14

3.3 Modelo da Construção; ......................................................................... 14

4. Detalhamento dos Investimentos........................................................... 19

4.1 Especificações dos investimentos fixos. ............................................... 19

4.2 Estimativas da Reserva técnica ............................................................ 20

4.3 Quadro de investimento total ................................................................ 20

4.4 Aspectos econômicos e financeiros ...................................................... 21

4.5 Custo Fixo mensal ................................................................................ 21

4.6 Custos variáveis .................................................................................... 22

4.7 Custo anual da Fábrica: ........................................................................ 23

4.8 Tributação ............................................................................................. 24

4.9 Estimativa dos preços de venda e da receita. ....................................... 25

4.10 Fluxo de Caixa: ................................................................................... 26

5. Cronograma e planejamento da lavoura. ............................................... 27

6. Marketing da Empresa. .......................................................................... 29

7. Benefícios e impactos esperados; ......................................................... 31

8. Referências Bibliográficas ..................................................................... 32

9. Apêndice: ............................................................................................... 34

9

1. Introdução

Após a chegada dos portugueses ao Brasil em 1500, ocorre a introdução da

cana-de-açúcar para exploração de açúcar mascado e rapadura. Assim surgem na

nova colônia portuguesa os primeiros núcleos de povoamento e agricultura. Em um

engenho no período entre 1532 e 1548, descobre-se o vinho de cana-de-açúcar

(garapa azeda), que posteriormente sofreria processo de destilação, então, os

primeiros litros da Cachaça.

Com o aumento do consumo, o produto passou a competir com o vinho

português, levando a Corte a proibir seu consumo diversas vezes. Devido ao

insucesso na proibição, a partir de 1756, a cachaça passa a ser taxada por impostos

e se torna uma das principais receitas para a Corte portuguesa. Na Revolução

Pernambucana em 1817, a cachaça foi um dos símbolos da luta contra o domínio

português. Em 1922 artistas e intelectuais da Semana da Arte Moderna recorreram à

bebida como marca da identidade nacional.

A produção da bebida se dividiu em dois tipos: a “água ardente” e a “cachaça

artesanal de alambique”. A Lei n.º 8.918, de 14 de julho de 1994 (regulamentada pelo

Decreto n.º 6.871, de 4 de junho de 2009) dispõe que: A primeira possui teor alcoólico

de 38 a 54%, à temperatura de 20°C, obtida da destilação simples de cana-de-açúcar,

em coluna contínua, com teor alcoólico corrigido pela diluição de água e adição de

adoçantes (até seis gramas por litro) e corantes (para diferenciar a tonalidade da cor).

Já a Cachaça de alambique é a denominação típica de água ardente de cana

produzida no Brasil, com graduação alcoólica de 38 a 48%, à temperatura de 20ºC,

obtida pela destilação do mosto fermentado de cana-de-açúcar, em alambique de

cobre, podendo ter adição de açúcar (até seis gramas por litro).

10

1.1 Mercado da Cachaça

O consumo interno representa a maioria do mercado da cachaça brasileira.

Silveira (2007) mostra em seus estudos que dentre as bebidas alcoólicas mais

consumidas no Brasil, a cachaça e água ardente estão logo após a cerveja, sendo

classificadas então como os destilados mais consumidos no país. Em relação ao

consumo total de destilados no mundo, a cachaça e água ardente perdem apenas

para a vodka e o soju (destilado coreano a base de batata doce e arroz, disseminado

por toda a Ásia) (Silveira (2007).

Os alambiques são a forma mais tradicional de produção de cachaça no Brasil.

No estado de Minas Gerais estão localizados quase metade dos alambiques do país,

alcançando 11,7% da produção total nacional e gerando cerca de 200 milhões de litros

de cachaça artesanal por ano (MAIA; CAPELO, 2005). Além disso, o estado apresenta

8.500 produtores, cerca de outros 240 mil empregos e movimenta R$ 1,5 bilhão no

mercado interno da cachaça (Costenaro e Abatti, 2008). De acordo com Verdi (2006),

ao contrário da produção industrial, este modelo de produção apresenta um

crescimento de 5% ao ano. O estado de Minas gerais é referência nacional em

produção de cachaça de qualidade, fomentando a economia e a tradição do estado.

Os Decretos nº 2.314, de 04/09/1997, nº 4.062 de 21/12/2001 e nº 4.851 de

02/10/2003, assinados pelos presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio

Lula da Silva, deram à cachaça exclusividade de produto brasileiro. Estes decretos

abriram possibilidade para um aumento das exportações para diversos países. A

tabela um mostra os principais países importadores da cachaça, destacando-se a

Alemanha que representa quase o dobro do segundo país no ranking.

Tabela 1 Ranking dos maiores importadores de Cachaça; SEBRAE 2015

11

Exportação de cachaça Ano: 2015

Países Valor (US$)

Alemanha 2.466.525

Estados unidos 1.975.792

França 1.555.189

Paraguai 1.109.665

Portugal 1.005.393

Itália 692.293

1.2. Justificativa

A instabilidade do mercado nacional é um fator limitante na criação de novos

empreendimentos para com a produção de cachaça artesanal não é diferente.

Entretanto, aspectos analisados pelo mercado interno e externo demonstram espaço

para o crescimento e desenvolvimento nesse setor do agronegócio brasileiro.

Para sucesso na criação e produção, análises detalhadas do empreendimento

devem ser realizadas. No caso específico da certificação e produção de cachaça

artesanal, há exigências ambientais, sociais e econômicas quanto ao local de

instalação, além das condições básicas para o funcionamento de uma indústria.

A região da Zona da Mata Mineira destaca-se pelo clima favorável à cultura da

cana-de-açúcar, com pluviosidade média de 1200 mm ano, além de temperaturas

favoráveis que evitam o florescimento. Nessa região existem 310 empreendimentos

cadastrados no Sistema Integrado de Informação Ambiental (SIAM), entretanto não

se especifica qual deles é cachaça artesanal ou industrial.

12

No município de Rio Espera existem aproximadamente 62 alambiques, todos

em desacordo com as normas do Ministério da Agricultura (MAPA). A produção dos

alambiques clandestinos é comprada pelas grandes empresas produtoras de cachaça

industrial. As empresas não avaliam a qualidade e pagam um valor muito baixo pelo

produto.

2. Objetivos e metas

O propósito deste projeto é sistematizar e trabalhar um conjunto de

informações que permita ao investidor analisar a oportunidade de adequação e

registro de cachaça artesanal no município de Rio Espera- MG, com a intenção de

obter um produto de qualidade destinado aos mercados nacional e internacional.

Os primeiros passos são: permitir trabalhar aspectos legais relacionados ao

registro, observar e definir as metas, os investimentos e reforma no sistema de

produção já montado.

O empreendedor necessita possuir uma visão global do negócio, conhecer

seus fornecedores de matérias primas e consumidores finais. É importante que o

empreendedor defina uma estratégia de atuação que lhe permita atender seus clientes

e obter os resultados esperados.

O investidor futuro não deve ser levado pelo excesso de otimismo na busca de

um rápido retorno financeiro, deixando de lado a necessidade de aprofundamento do

negócio, análise de novas tecnologias, do volume de investimento necessário e do

uso correto dos recursos humanos.

3. Desenvolvimento

13

O primeiro passo é atender às exigências dos órgãos governamentais para

registro do produto. E este processo demanda tempo e implica em diversas ações

feitas pelo empreendedor dentro e fora do local de trabalho, a fim de conseguir o

registro do produto.

A Deliberação Normativa COPAM- DN Nº 74/2004, estabelece critérios para a

classificação, segundo o porte e potencial poluidor, de empreendimentos e atividades

modificadora do meio ambiente e passíveis de autorização ou licenciamento ambiental

no nível estadual. A normativa estabelece que empreendimentos com capacidade

instalada de até 300L/dia estão dispensados de regularização no âmbito estadual.

Em conjunto com as ações realizadas para construção e registro, a análise

financeira do empreendimento é fundamental para condução dos métodos produtivos,

custo de produção, investimentos e expectativas de receita.

3.1 Documentação necessária ao registro:

São várias ações realizadas pelo empreendedor para concluir o registro no

Ministério da Agricultura. Todas essas ações estão listadas abaixo:

Requerimento ao SIV/DFA – 2 vias;

Cadastros de Estabelecimento;

Cópia do Contrato Social no qual conste, no objetivo, a atividade- 1 via;

Memorial Descritivo das Instalações e Equipamentos -1 via;

Cópia do CGC e Inscrição Estadual – 1 via;

Certidão de Função Técnica ou Anotação de Responsabilidade Técnica

ou documento correlato, expedido pelo Conselho Profissional do Técnico

Responsável pelo Estabelecimento;

Planta baixa e de cortes longitudinal e transversal, dentro das normas

técnicas - 1 via;

Certidão Negativa de Débito na Dívida Ativa da União no que se refere

ao MAPA- 1 via;

14

Vistoria do estabelecimento a ser realizada por Fiscal do MAPA.

3.2 Exigências básicas para a construção e funcionamento do

estabelecimento;

A localização deve ser de fácil acesso e fora de áreas de APP;

A instalação deve ser livre de ratos, insetos e outros animais;

A área onde se localiza o prédio deve ser isolada por cercas ou muros;

As dependências dentro das construções devem ser separadas de

forma a evitar contaminação cruzada;

Deve dispor de instalações sanitárias próximas a área de produção;

Possuir laboratório próprio para controle de qualidade ou contratar

serviços de terceiros;

Dispor de responsável técnico com competência profissional para a

função;

Após o registro do estabelecimento, só poderão ocorrer modificações

nas instalações mediante prévia autorização do Ministério da Agricultura.

3.3 Modelo da Construção;

-SEÇÃO DE MOAGEM

Destinada às operações de recebimento, limpeza e moagem da cana-

de-açúcar.

Deve ser coberta;

Piso resistente e impermeável (não serve ardósia ou material similar);

Área compatível com a produção;

Pé-direito mínimo de 3m.

- SEÇÃO DE FERMENTAÇÃO

Destinada às operações de fermentação do caldo de cana-de-açúcar

(mosto)

15

Paredes de alvenaria, com revestimento liso (se abertas nas laterais,

devem ser protegidas com tela);

Deve ser coberta;

Pé-direito mínimo de 3m;

Área compatível ao abrigo das dornas de fermentação com espaço

suficiente à realização das operações de modo satisfatório;

Piso impermeável, com inclinação suficiente ao escoamento das águas

(não serve ardósia ou material similar);

- SEÇÃO DE DESTILAÇÃO

Destinada às operações de destilação do mosto fermentado (vinho).

Área compatível ao abrigo dos equipamentos de destilação, com espaço

suficiente à realização das operações, de modo satisfatório;

Paredes de alvenaria, com revestimento liso;

Pé-direito mínimo de 3m;

Piso impermeável, com inclinação suficiente ao escoamento das águas

(não ardósia ou material similar);

Deve ser coberta.

- ARMAZENAMENTO DE PRODUTO A GRANEL

Destinada ao armazenamento do produto destilado.

Piso impermeável, com inclinação suficiente ao escoamento das águas

(não serve ardósia ou material similar);

Deve ser coberta;

Paredes de alvenaria, não obrigatoriamente revestidas;

Área e altura compatíveis com a necessidade, com espaço suficiente ao

abrigo dos tonéis e à realização das operações, de modo satisfatório.

-EQUIPAMENTOS MÍNIMOS EXIGIDOS

Moenda;

Tubulações;

Dornas de fermentação (de aço carbono, inox ou outro material similar);

16

Destilador (alambique, soldaduras não podem ser de estanho ou

chumbo);

Sacarímetro;

Alcoômetro;

Tonéis, bombonas plásticas (não servem aquelas procedentes de

produtos químicos ou que transmitam sabor ou odor ao produto).

17

A fábrica seguirá as dimensões e características mostradas na planta

baixa e na vista frontal nas figuras 2 e 3. Este modelo de construção é o que melhor

atende à propriedade.

Figura 1 Modelo de Planta Baixa

18

19

Figura 2 Vista Frontal da Fábrica de Cachaça Artesanal.

4. Detalhamento dos Investimentos

4.1 Especificações dos investimentos fixos.

A tabela 2 mostra as especificações dos investimentos que serão realizados na

fábrica de cachaça artesanal. Estão separados os itens que devem ser adquiridos e

os que já constam na propriedade.

Tabela 2 Lista de produtos necessários para o registro e produção.

Item Descrição do produto Quantidade Preço Unitário Total

1 Dorna de Fermentação 3 2.680,00R$ 8.040,00R$

2 Caixa de Padronização de Brix 1 2.500,00R$ 2.500,00R$

3 Decantador 1 950,00R$ 950,00R$

4 Caixa de Coletar Cachaça 1 1.950,00R$ 1.950,00R$

5 Enchedeira em Aço Inox c/ 06 Bicos 1 1.950,00R$ 1.950,00R$

6 Enxaguador em Aço Inox c/ 02 Bicos 1 750,00R$ 750,00R$

7 Máquina de Rosquear tampa de Aluminio. 1 2.800,00R$ 2.800,00R$

8 Filtro para remoção de cobre 1 650,00R$ 650,00R$

9 Filtro para impurezas em celulose 1 125,00R$ 125,00R$

10 Refil em celulose 1 25,00R$ 25,00R$

11 Prateleira em aço inox 1 1.100,00R$ 1.100,00R$

12 Reservatótiro para prateleira em Aço Inox 1 750,00R$ 750,00R$

13 Tubulação completa em Aço Inox 1 14.500,00R$ 14.500,00R$

14 Tonéis 24 1.500,00R$ 36.000,00R$

15 Outros 1 1.500,00R$ 1.500,00R$

73.590,00R$

16 Trator 1 60.000,00R$ 60.000,00R$

17 Alambique 1 12.000,00R$ 12.000,00R$

18 Engenho 1 20.000,00R$ 20.000,00R$

19 Picape strada 2015 1 58.000,00R$ 58.000,00R$

150.000,00R$

Investimento na construção;

Total

Total

Equipamentos já existentes;

20

4.2 Estimativas da Reserva técnica

O modelo propõe que no cálculo dos Investimentos Totais, seja incluída uma

Reserva Técnica, para garantir qualquer eventualidade de subestimativa de

necessidade de capital, (seja de capital de trabalho ou fixo), equivalente a 5% da soma

do Investimento Total.

4.3 Quadro de investimento total

O investimento total é o somatório dos valores de reforma da fábrica,

construção do galpão e a reserva técnica (tabela 3). Após 2 anos de produção a

empresa pretende adquirir tonéis de madeira de acordo com a demanda do mercado

por cachaça de qualidade. Esse valor pode variar com o sucesso da marca.

Tabela 3 Somatório dos Investimentos Fixos.

Item Descrição Valor total

1 Construção da Fábrica de Cachaça Artesanal 38,000.00R$

2 Equipamentos internos 73,590.00R$

3 Galpão para armazenamento 47,900.00R$

4 Reserva técnica 5% 7,974.50R$

167,464.50R$

Investimento Total Fixo

21

4.4 Aspectos econômicos e financeiros

Os custos serão divididos em dois tipos; custos variáveis e custos fixos. O custo

fixo é a quantidade efetiva gasta no processo sem ser afetada pela variação da

produção. Já o custo variável é dependente da quantidade produzida.

4.5 Custo Fixo mensal

A tabela 4, lista o custo mensal para funcionamento da fábrica. Nela são

descritos a depreciação de todos os equipamentos, encargos, taxas, pagamento do

contador e manutenção dos equipamentos. Os custos de mão de obra estão

calculados separadamente por cada atividade desempenhada (Apêndice).

Tabela 4 Custo mensal de funcionamento da fábrica.

item Discriminação Valor Total

1 Depreciação 5% de todo patrimônio ao ano 514.96R$

2 Encargos 500.00R$

3 Energia elétrica 250.00R$

4 telefone/internet 200.00R$

5 Água 40.00R$

6 Manutenção 350.00R$

1,854.96R$

Custos Fíxos Mensais

22

4.6 Custos variáveis

A fábrica produzirá 250 L de cachaça artesanal por dia, com funcionamento de

25 dias mensais em 7 meses do ano, condicionadas em embalagens de 750 ml

totalizando uma produção anual de 53.333 garrafas. Para cálculo da produção,

tomou-se como base que uma tonelada de cana-de-açúcar produzirá 100 L de

cachaça.

A fábrica irá consumir somente a cana produzida na propriedade, para evitar

contaminações, problemas na falta e na qualidade da matéria prima, a fim de obter

um produto final de padrão e qualidade.

A tabela 5 mostra como será o planejamento da lavoura ao longo de 7 anos.

Nela é possível observar: produtividade esperada por cada corte, a quantidade a ser

plantada, quantidade de cana para o plantio e a produção total de cachaça por ano.

Tabela 5 Sistema de produção de cana de açúcar em equilíbrio, considerando-se a produção

de mudas.

AtividadeProdutividade

Esperada (t/ha)2016 2017 6 2019 2020 2021 2022

Área a ser plantada (ha) 2 1 1 1 1 1 1

Área 1° corte (ha) 115 2 1 1 1 1 1

Área 2° corte (ha) 92 2 1 1 1 1

Área 3° corte (ha) 84 2 1 1 1

Área 4° corte (ha) 77 2 1 1

Área 5° corte (ha) 65 1 1

t. Cana a ser colhida 230 299 375 445 433 433

t. Cana para plantio 15 15 15 15 15 15

t. Cana a ser moída 215 284 360 430 418 418

t. Cana a ser cortada por dia 1,344 1,775 2,25 2,6875 2,6125 2,6125Produção total de Cachaça

por ano21500 28400 36000 43000 41800 41800

23

O esquema da produção na tabela 6 representa os gastos com o plantio, tratos

culturais e fabricação da cachaça. Estes custos são variáveis, pois ocorrem variações

como: custo de insumos, custo da mão de obra, aumento ou diminuição da produção

devido ao clima ou a pragas e doenças. Nesse fluxograma é possível avaliar o custo

de produção por litro, assim, auxiliar na tomada de decisões da venda do produto,

além de permitir uma análise a respeito da lucratividade da lavoura e avaliar se é

melhor produzir a matéria prima ou comprar dos produtores da região.

Tabela 6 Esquema de Produção.

4.7 Custo anual da Fábrica:

O somatório dos custos da Lavoura, fabricação, custos fixos operacionais,

indicam o gasto anual da fábrica de cachaça artesanal. Com a produção de 53.333

garrafas, chega-se ao custo unitário por garrafa/ano de R$ 2,84

Fluxograma da produção. Plantio Manejo Lavoura Custo Fabricação Preço/Litro

Plantio 3,550.00-R$ - - -

Corte 1 - 1,232.00-R$ 30,166.67-R$ 2.92-R$

Corte 2 - 1,437.00-R$ 26,410.00-R$ 2.88-R$

Corte 3 - 1,155.00-R$ 23,486.67-R$ 2.88-R$

Corte 4 - 1,050.00-R$ 22,025.00-R$ 2.88-R$

Corte 5 - 935.00-R$ 17,640.00-R$ 2.92-R$

Total 3,550.00-R$ 5,809.00-R$ 119,728.33-R$ 2.90-R$

24

Tabela 7 Custo Anual

4.8 Tributação

A empresa fará uso do regime de “lucro Presumido”, nesse sistema a empresa

não precisa detalhar todos os custos e o cálculo é realizado sobre o preço de venda

do produto. O preço de venda do produto será de 10,00 reais cada garrafa de 750 mL.

No total são 6 impostos pagos pela produção de cachaça, 5 de âmbito federal

e 1 de competência estatual. Cada tipo de tributação detém uma forma diferente de

ser calculada, sendo necessário a empresa consultar um contador para evitar

problemas tributários.

Tributos Federais:

COFINS: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social.

CSLL: Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido.

IPI: Imposto Sobre Produtos Industrializados.

IRPJ: Imposto de Renda Sobre Pessoa Jurídica.

PIS: Cobrança de Integração Social.

Tributos Estaduais:

ICMS: Imposto Sobre Mercadorias e Serviços.

Custo Anual Valor Total

Custo de Fabricação 119,728.33-R$

Custo da Lavoura 9,359.00-R$

Custo fixos operacionais 22,248.00-R$

Custo/ garrafa 2.84-R$

25

A tabela 8 mostra os tributos cobrados para venda do produto no valor de

R$10,00. O valor de venda do produto influencia diretamente na cobrança de alguns

tributos

Tabela 8 Porcentagem e valores dos tributos cobrados

Ao analisar o custo de todos os impostos sobre a cachaça percebe que seu

valor é superior ao custo de produção (2,84) o que torna a legalização e a produção

muito difícil. Essa elevada taxa reduz o número de fábricas e pequenos alambiques

artesanais há buscarem legalização do produto, tornando o mercado informal mais

atrativo do ponto de vista tributário.

4.9 Estimativa dos preços de venda e da receita.

Para o cálculo dos preços de venda foram apresentadas três hipóteses de

preço por garrafa; R$8,00, R$10,00 e R$15,00. A tabela 9 mostra a receita líquida

obtida pela venda de 53.333 garrafas por ano.

Tributos Taxa Valor

IPI (classe G) 0.39 0.39R$

PIS 1.65% 0.16R$

COFINS 7.65% 0.74R$

CSSL 9.00% 0.07R$

IRPJ 15.00% 0.12R$

ICMS 25% 3.33R$

Custo dos tributos por garrafa - 4.81R$

Custo total garrafa. - 7.65-R$

Lucro por garrafa - 2.35R$

26

Tabela 9 Estimativa dos preços de venda

4.10 Fluxo de Caixa:

A expectativa é de que a fábrica comercialize 30.000 garrafas por ano ao preço

de R$ 8,00, após um ano esse valor passe para 40.000 garrafas por ano e depois

alcance a meta de 53.333 garrafas por ano ao preço de R$10,00. A cada três anos a

empresa pretende adquirir tonéis de madeira, investindo R$ 105.000,00 reais ao longo

dos 10 anos.

Tabela 10 Fluxo de Caixa da Fábrica

O investimento apresenta projeções muito satisfatórias. O valor presente

líquido (VPL) foi calculado a partir de uma taxa mínima de atratividade de 12% ao ano

Preço/garrafa Custo Unitário/garrafa Receita Líquida/ garrafa Receita líquida total/ano

8.00R$ 6.76R$ 1.24R$ 66,133.33R$

10.00R$ 7.65R$ 2.35R$ 125,333.33R$

15.00R$ 9.87R$ 5.13R$ 273,600.00R$

Ano Investimento Resultado líquido Fluxo de Caixa Fluxo de Caixa descontado

0 167.464,50-R$ - 167.464,50-R$ 167.464,50-R$

1 - 37.333,98R$ 130.130,53-R$ 114.514,86-R$

2 - 49.778,63R$ 80.351,89-R$ 70.709,66-R$

3 35.000,00-R$ 31.133,33R$ 49.218,56-R$ 43.312,33-R$

4 - 125.333,33R$ 76.114,78R$ 66.981,00R$

5 - 125.333,33R$ 201.448,11R$ 177.274,34R$

6 35.000,00-R$ 90.333,33R$ 291.781,44R$ 256.767,67R$

7 - 125.333,33R$ 417.114,78R$ 367.061,00R$

8 - 125.333,33R$ 542.448,11R$ 477.354,34R$

9 35.000,00-R$ 238.600,00R$ 781.048,11R$ 687.322,34R$

10 - 273.600,00R$ 1.054.648,11R$ 928.090,34R$

VPL 12% $573.159,89

TIR - 33%

Pay Back ano 3

Fluxo de Caixa

27

no valor de R$573.159,89 significa que os resultados obtidos remuneram o valor do

investimento feito e ainda permitem aumentar o valor da empresa.

A Taxa Interna de Retorno (TIR) é a taxa de desconto que torna nulo o valor

atual do investimento, sendo ela maior que a taxa SELIC (Sistema Especial de

Liquidação e Custódia) pode se concluir que o investimento é rentável.

5. Cronograma e planejamento da lavoura.

O planejamento da lavoura é fundamental para o sucesso da empresa. A

matéria prima deve ser fornecida em quantidade e qualidade, apresentar teor

adequado de sacarose e maturação uniforme. Para isso, a empresa irá manejar 6

hectares; divididos uniformemente em 6 talhões de 1 hectare, mantendo 5 em

produção e um em desenvolvimento, obtendo uma renovação de 20% do canavial. A

distribuição das variedades na área é feita na seguinte proporção; 20% de maturação

precoce, 60% média e 20% tardia. O esquema abaixo indica a rotação do canavial.

A execução do projeto terá início no dia primeiro de setembro de 2016. O

primeiro passo é alterar a infraestrutura da fábrica que será modificada para adequar

Cana Planta

1° Corte

2° Corte

3° Corte

4° Corte

5 ° Corte

28

as exigências. Posteriormente serão enviados o registro da Marca e Rótulo ao MAPA.

Assim que submetido à avaliação e autorização de uso a fábrica dará início a

produção, já que possui recursos humanos e matéria prima necessária ao

funcionamento.

Os meses de dezembro a janeiro são destinados ao manejo da lavoura com

(controle de Plantas daninhas, pragas doenças e adubação). Em fevereiro será

realizado plantio de um hectare de cana-de-açúcar. Após essa etapa terá início o

período de colheita e fabricação da cachaça. Os resíduos da produção (vinhoto e

bagaço) serão usados na adubação e produção de energia térmica.

A tabela 11 apresenta uma planilha de tarefas indicando as datas, períodos e

as pessoas responsáveis em cada etapa do processo de construção, registro e

funcionamento da empresa. Na figura 3 é possível observar o Gráfico de Gantt que

ilustra os avanços das diferentes etapas a serem realizadas.

Tabela 11 Planilha de tarefa.

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Figura 3 Gráfico de Gantt

6. Marketing da Empresa.

Estudar a forma de a empresa relacionar com seus clientes é fundamental a

construção da cadeia de produção, busca de novos clientes e satisfação dos mesmos.

Os principais atrativos das cachaças artesanais no mercado nacional são o sabor

diferenciado, o rótulo que chama atenção pela característica histórica da criação e o

formato da garrafa, no qual demonstra aspecto rústico ou inovador.

A fábrica fará uso de dois modelos de garrafa: a primeira tem formato simples

e tem um preço de custo baixo. Será usada para venda da “cachaça branquinha“

(denominação dada a cachaça que não irá sofrer processo de armazenamento em

tonéis). A segunda é sofisticada, apresenta maior preço de custo, entretanto agrega

valor, destaca-se no meio de outras garrafas simples e atrai o olhar do consumidor.

Esta irá conter uma cachaça de elevado preço, com excelente padrão de produção e

qualidade.

30

Figura 4 Modelo de garrafa.

É imprescindível buscar alternativas capazes de oferecer eficiência e eficácia

no acesso do consumidor ao produto e marca, dentre elas destacam-se dois caminhos

possíveis. O primeiro é aproximar o consumidor a empresa, com visitas e cursos

relacionados da produção dentro da propriedade. O segundo são canais de

distribuição “off-Trade” (varejistas, atacadistas e lojas especializadas), por

proporcionar grande oportunidade em relação à oferta de produto, além do potencial

de divulgação e exposição da marca.

31

7. Benefícios e impactos esperados;

A construção de uma fábrica gera grandes benefícios para a região, tanto

sociais quanto econômicos. A marca pode se expandir e ajudar no desenvolvimento

sustentável, preservação da fauna e flora, recursos hídricos e conservação do solo.

Além disso potencializar o crescimento local com criação de empregos diretos e

indiretos e contribuir na arrecadação de tributos para o município, estado e federação.

A fábrica tem grande potencial de retorno econômico em um pequeno espaço

de tempo, o que facilita a busca por linhas de crédito e financiamento de todo ou de

parte do processo produtivo. Pode ser construída em uma área pequena e não

necessita de grandes reformas ao longo do tempo.

O preço do produto proposto fica abaixo do praticado por outras marcas no

mercado, o que facilita a venda em bares, supermercados, lojas do segmento e

exportação. Pode se ainda, usar a estrutura da fábrica para produzir diversos tipos de

cachaças, blends e licores, apresentando assim mais de um produto, ampliando a

receita da empresa e aumentando as chances de sucesso.

32

8. Referências Bibliográficas

FILHO, W.P. Informe Agropecuário: Cana-de-açúcar, EPAMIG. Produção de

cachaça de alambique; p 82-96; v28- n239- jul./ago.2007.

JÚNIOR, F.L.C; PAIVA, B.M e ESTANISLAU, M.L.L, Informe Agropecuário:

Agronegócio da cachaça, EPAMIG. Evolução do mercado de cachaça nos anos

2000; p7-14; v30-n248- jan/fev 2009

Série estudos mercadológicos; Cachaça artesanal, SEBRAE. 2012

Planejamento empresarial- Alambique, SEBRAE- Rio de Janeiro, 2009

GOMES, W. O; O perfil da Cachaça SEBRAE

SORATO, A.N; VARVANKIS. G e HORII, J. A certificação agregando valor

a cachaça no Brasil Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas, 27(4): 681-687, out.-dez.

2007

CARDOSO, M.G; CAMPOS, G.A; SILVA, R.A; SANTOS,C.D; PINTO, A.P e

SILVA, F.C; Cachaça; qualidade e produção. UFLA

Estudos de mercado; Cachaça artesanal SEBRAE/ESPM setembro/2008

VIANA, A. R. Cachaça de alambique. PESAGRO-RIO, Dezembro 2008. 20 p.

IT 42.

Cartilha da Cachaça- Ministério da Agricultura- Inspeção Vegetal. MAPA

SIV/MG

Série Perfil de Projetos; Fábrica de aguardente de cana-de-açúcar

SEBRAE/ ES; Vitória, dezembro de 1999

OLIVEIRA, C.R; GARÍGLIO, H.A.A; RIBEIRO, M.M; ALVARENGA, M.S.P E MAIA, F.X; Cachaça de alambique; Manual de boas práticas ambientais e de produção. Convênio de Cooperação Técnica. (SEAPA/SEMAD/AMPAQ/FEAM/IMA) Junho/2005

33

MACCARI, L.D.B.R Cachaça; como legalizar seu empreendimento

SEBRAE/1Brasília- 2013

MACCARI, L.D.B.R; Tributação da Cachaça; como calcular os tributos SEBRAE/

Brasília- 2013

26 Expo cachaça- Belo Horizonte; Números da Cachaça- exportações de cachaça

2015. Disponível em; http://www.expocachaca.com.br/bh/numeros-da-cachaca.shtml

acesso em; 01 de junho de 2016.

Regularize seu Alambique; Associação Mineira dos Produtores de Cachaça de

Qualidade. Disponível em;

http://www.ampaq.com.br/?op=conteudo&id=125&menuId=152 acesso em; 10 de

maio de 2016

Sistema de Análise das Informações de Comércio Exterior. SISCOMEX .

Classificação NCM 2208.40.00. Disponível em; http://aliceweb.mdic.gov.br/ acesso

em; 08 de junho de 2016

34

9. Apêndice:

Tabela 12 Descrição dos Custos de Produção; Mão de Obra e Insumos.

Insumos Unidade Quantidade Preço Total

Mudas Plantio t 15 100,00R$ 1.500,00R$

Calcário t 2 160,00R$ 320,00R$

Fosfato Natural kg 200 -R$ -R$

Gesso Agrícola kg 500 1,50R$ 750,00R$

Adublo Plantio sacas 9 110,00R$ 990,00R$

Adubo de cobertura sacas 11 110,00R$ 1.210,00R$

Herbicida Pós emergência L 3,5 40,00R$ 140,00R$

Inseticida L 2 50,00R$ 100,00R$

Fungicida L 1 40,00R$ 40,00R$

Total Insumos 3.550,00-R$

Serviços e Maquinário Unidade Quantidade Preço Total

Aração Horas 3 80,00R$ 240,00R$

Gradagem Horas 2 90,00R$ 180,00R$

Aplicação de calcário horas 0,8 65,00R$ 52,00R$

Sulcagem horas 1 100,00R$ 100,00R$

adubação e gessagem Dias homem 2 50,00R$ 100,00R$

Plantio Dias homem 10 40,00R$ 400,00R$

Total Serviços e Maquinário 1.072,00-R$

Insumos Cana Soca Unidade Quantidade Preço Total

Gesso t 0,4 180 72,00R$

Hebicida: L 7 50,00R$ 350,00R$

Inseticida L 3 40,00R$ 120,00R$

Adubação de cobertura sacas 9 80 720,00R$

Total Insumos 2°ano 1.262,00-R$

Mão de Obra Unidade Quantidade Preço Total

Gesso Dias homem 1 50,00R$ 50,00R$

Herbicida Dias homem 0,8 50,00R$ 40,00R$

Inseticida Dias homem 0,7 50,00R$ 35,00R$

Adubação de cobertura Dias homem 1 50,00R$ 50,00R$

Total Mão de Obra 175,00-R$

Total Mão de Obra 2°ano 1.437,00-R$

Produção da cachaça 1°corte Unidade Quantidade Preço Total

Transporte t 2,5 40 1.600,00R$

Colheita dias homem 1 40 4.000,00R$

Moagem horas motor 1 2 200,00R$

Fermento Litro 100 1 200,00R$

Lambicagem dias homem 1 50 2.500,00R$

Trabalho moagem e armazenamento dias homem 3 50 1.666,67R$

Engarrafamento 750mL 13333,33333 1,5 20.000,00R$

Custo Produção da cachaça 30.166,67-R$

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