universidade federal de minas gerais programa …livros01.livrosgratis.com.br/cp029990.pdf ·...

82
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇ O EM ENGENHARIA MECÂNICA AVALIAÇÃO DA TENACIDADE APÓS TRATAMENTO TÉRMICO DE ALÍVIO DE TENSÕES EM SOLDAS PRODUZIDAS COM ARAMES TUBULARES RUTÍLICOS QUE CONTENHAM NÍQUEL LEONARDO AUGUSTO VIEIRA Belo Horizonte, 04 de Abril de 2006

Upload: buikhue

Post on 20-Jan-2019

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM

ENGENHARIA MECÂNICA

AVALIAÇÃO DA TENACIDADE APÓS TRATAMENTO

TÉRMICO DE ALÍVIO DE TENSÕES EM SOLDAS

PRODUZIDAS COM ARAMES TUBULARES RUTÍLICOS

QUE CONTENHAM NÍQUEL

LEONARDO AUGUSTO VIEIRA

Belo Horizonte, 04 de Abril de 2006

Livros Grátis

http://www.livrosgratis.com.br

Milhares de livros grátis para download.

Leonardo Augusto Vieira

AVALIAÇÃO DA TENACIDADE APÓS TRATAMENTO

TÉRMICO DE ALÍVIO DE TENSÕES EM SOLDAS

PRODUZIDAS COM ARAMES TUBULARES RUTÍLICOS

QUE CONTENHAM NÍQUEL

Dissertação apresentada ao Programa de Pós Graduação em

Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Minas Gerais,

como requisito parcial à obtenção do Título de Mestre em

Engenharia Mecânica.

Área de concentração: Processos de Fabricação - Soldagem

Orientador(a): Prof. Alexandre Queiroz Bracarense - UFMG

Belo Horizonte

Escola de Engenharia da UFMG

2006

ii

Universidade Federal de Minas Gerais Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica

Av. Antônio Carlos, 6627 - Pampulha - 31.270-901 - Belo Horizonte – MG Tel.: +55 31 3499-5145 - Fax.: +55 31 3443-3783

www.demec.ufmg.br - E-mail: [email protected]

AVALIAÇÃO DA TENACIDADE APÓS TRATAMENTO

TÉRMICO DE ALÍVIO DE TENSÕES EM SOLDAS

PRODUZIDAS COM ARAMES TUBULARES RUTÍLICOS

QUE CONTENHAM NÍQUEL

LEONARDO AUGUSTO VIEIRA

Dissertação defendida e aprovada em 04, de Abril de 2006, pela Banca Examinadora designada pelo Colegiado do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Minas Gerais, como parte dos requisitos necessários à ob

iii

Ao meu pai, Mauro César Vieira.

iv

AGRADECIMENTOS

O autor agradece a todos aqueles que, direta ou indiretamente, colaboraram na

preparação deste trabalho, em particular:

A meus pais, por tudo na minha vida.

Kelly, minha “Paixão”, pela compreensão.

Ao Professor Bracarense, pelas oportunidades, orientação, sugestões e atenção a mim

dedicada.

Aos colegas de trabalho João Soares Dias e Edmílson Santos Batista pelo empenho

durante as operações de soldagem.

A Mirian pela ajuda com as micrografias.

A ESAB S/A Indústria e Comércio, em especial ao Engenheiro José Roberto

Domingues e ao Engenheiro Welerson Reinaldo de Araújo, por tornarem possível a

oportunidade do mestrado e fornecerem os recursos necessários ao desenvolvimento

deste trabalho.

v

“Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase.............Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu”.

vi

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................................1

2. OBJETIVOS......................................................................................................................................3

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.........................................................................................................4

3.1. INDUSTRIA NAVAL E “OFFSHORE” ..............................................................................................4 3.1.1. Procedimento de soldagem...................................................................................................7 3.1.2. Tratamento térmico de alívio de tensões ............................................................................11

3.2. PROCESSO DE SOLDAGEM FCAW ............................................................................................13 3.2.1. Soldabilidade dos arames tubulares “flux cored” .............................................................14 3.2.2. Arames tubulares rutílicos que contém níquel....................................................................15

3.3. INFLUÊNCIA DA MICROESTRUTURA NA TENACIDADE ...............................................................15 3.3.1. Efeito do níquel...................................................................................................................18 3.3.2. Efeitos do nióbio e vanádio ................................................................................................21

4. METODOLOGIA EXPERIMENTAL..........................................................................................24

4.1. MATERIAIS...............................................................................................................................24 4.2. PREPARAÇÃO DAS AMOSTRAS ..................................................................................................28 4.3. TRATAMENTO TÉRMICO APÓS SOLDAGEM ................................................................................33 4.4. PREPARAÇÃO DOS CORPOS DE PROVA PARA OS TESTES MECÂNICOS.........................................33 4.5. CARACTERIZAÇÃO DOS CORPOS DE PROVA ..............................................................................36

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................................................37

5.1. CORPOS DE PROVA CONFORME NORMA ASME SFA 5.29 ........................................................37 5.2. CORPOS DE PROVA CONFORME NORMA PETROBRÁS N-1859....................................................44

6. CONCLUSÕES...............................................................................................................................57

7. PROPOSTAS PARA TRABALHOS FUTUROS.........................................................................59

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..........................................................................................60

vii

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 - “FPSO” (FPSO BRASIL, 2005).................................................................................................5 FIGURA 2 - COMPLEXIDADE DE UM NÓ (WELDING COMPANY KOBE STEEL LTD., 2003B).............................7 FIGURA 3 - RESFRIAMENTO X TENACIDADE (WELDING COMPANY KOBE STEEL, 2003B) .............................8 FIGURA 4 - SEQÜÊNCIA DE SOLDAGEM PROPOSTA COMO IDEAL (EASTERLING, 1992) ...................................9 FIGURA 5 - MACROGRAFIA DE JUNTA SOLDADA COM SEQÜÊNCIA ALTERNADA (EASTERLING, 1992)..........10 FIGURA 6 - PASSES LARGOS, NÃO RECOMENDADO (FORTES, 2003).............................................................10 FIGURA 7 - ESQUEMA BÁSICO DOS EQUIPAMENTOS PARA SOLDAGEM GMAW/FCAW (MARQUES,1991) ..13 FIGURA 8 - PLACA DE FERRITA ACICULAR (BHADESHIA ET AL., 1993) ........................................................18 FIGURA 9 - INFLUÊNCIA DO NÍQUEL NA TENACIDADE DE AÇOS C-MN (EVANS, 1991) ................................20 FIGURA 10 - INFLUÊNCIA DO NÍQUEL E MANGANÊS NA TENACIDADE APÓS TTAT (EVANS, 1991) ............21 FIGURA 11 - INFLUÊNCIA DO NIÓBIO NA TENACIDADE (EVANS, 1993A) ....................................................22 FIGURA 12 - INFLUÊNCIA DO VANÁDIO NA TENACIDADE DE AÇOS C-MN (BAIXO MN) (EVANS, 1993B)...22 FIGURA 13 - INFLUÊNCIA DO VANÁDIO NA TENACIDADE DE AÇOS C-MN (ALTO MN) (EVANS, 1993B) .....23 FIGURA 14 - ESQUEMA DA JUNTA SEGUNDO ASME SFA 5.29 (2005).......................................................28 FIGURA 15 - ESQUEMA DA SOLDAGEM DA JUNTA SEGUNDO ASME SFA 5.29 (2005) ...............................29 FIGURA 16 - ESQUEMA DA JUNTA SEGUNDO PETROBRÁS N-1859D (1996) ...............................................30 FIGURA 17 - SEQÜÊNCIA ALTERNADA (A) .................................................................................................31 FIGURA 18 - SEQÜÊNCIA CONTÍNUA (C) ....................................................................................................32 FIGURA 19 - FOTO DA MONTAGEM SEGUNDO NORMA PETROBRÁS N-1859 (1996) ....................................33 FIGURA 20 - LOCAL DE RETIRADAS DOS CPS AO LONGO DA AMOSTRA (ASME SFA 5.29, 2005) .............34 FIGURA 21 - LOCALIZAÇÃO DOS CPS (ASME SFA 5.29, 2005) ...............................................................34 FIGURA 22 - DISTRIBUIÇÃO DOS CPS SEGUNDO A NORMA PETROBRÁS N-1859 (1996) .............................35 FIGURA 23 - POSIÇÃO DE RETIRADA DOS CPS DE TRAÇÃO (PETROBRÁS N-1859, 1996). ..........................35 FIGURA 24 - POSIÇÃO DE RETIRADA DOS CPS DE CHARPY-V (PETROBRÁS N-1859, 1996) .......................35 FIGURA 25 - POSIÇÃO DA RETIRADA DOS ENTALHES DOS CORPOS DE PROVA PARA ANÁLISE .....................36 FIGURA 26 - REGIÕES COLUNARES E RECRISTALIZADAS (7X) ...................................................................39 FIGURA 27 - ATR1 REGIÃO COLUNAR (500X) - CPS ASME.....................................................................40 FIGURA 28 - ATR2 REGIÃO COLUNAR (500X) - CPS ASME.....................................................................40 FIGURA 29 - ATR3 REGIÃO COLUNAR (500X) - CPS ASME.....................................................................41 FIGURA 30 - ATR4 REGIÃO COLUNAR (500X) - CPS ASME.....................................................................41 FIGURA 31 - RESISTÊNCIA AO IMPACTO (J) - CPS ASME ..........................................................................43 FIGURA 32 - ATR1A REGIÃO COLUNAR (CS) (500X) - CPS N-1859 ........................................................47 FIGURA 33 - ATR1A REGIÃO COLUNAR (CT) (500X) - CPS N-1859 ........................................................47 FIGURA 34 - ATR1C REGIÃO COLUNAR (CS) (500X) - CPS N-1859.........................................................48 FIGURA 35 - ATR1C REGIÃO COLUNAR (CT) (500X) - CPS N-1859 ........................................................48 FIGURA 36 - ATR2A REGIÃO COLUNAR (CS) (500X) - CPS N-1859 ........................................................49 FIGURA 37 - ATR2A REGIÃO COLUNAR (CT) (500X) - CPS N-1859 ........................................................49

viii

FIGURA 38 - ATR2C REGIÃO COLUNAR (CS) (500X) - CPS N-1859.........................................................50 FIGURA 39 - ATR2C REGIÃO COLUNAR (CT) (500X) - CPS N-1859 ........................................................50 FIGURA 40 - ATR3A REGIÃO COLUNAR (CS) (500X) - CPS N-1859 ........................................................51 FIGURA 41 - ATR3A REGIÃO COLUNAR (CT) (500X) - CPS N-1859 ........................................................51 FIGURA 42 - ATR3C REGIÃO COLUNAR (CS) (500X) - CPS N-1859.........................................................52 FIGURA 43 - ATR3C REGIÃO COLUNAR (CT) (500X) - CPS N-1859 ........................................................52 FIGURA 44 - RESISTÊNCIA AO IMPACTO - CPS N-1859 ..............................................................................55

ix

LISTA DE TABELAS

TABELA I:COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS ARAMES TUBULARES SEGUNDO ASME SFA 5.29 (2005) ...............24 TABELA II:PROPRIEDADES MECÂNICAS MÍNIMAS EXIGIDAS (ASME SFA 5.29, 2005) ...............................25 TABELA III:RESISTÊNCIA AO IMPACTO, MÍNIMOS EXIGIDOS (PETROBRÁS N-1859, 1996)...........................26 TABELA IV:COMPOSIÇÃO QUÍMICA DAS CHAPAS DE AÇO (ESPECIFICAÇÃO* X REAL) ( *BRINGAS, 2004) .27 TABELA V:PROPRIEDADES MECÂNICAS DAS CHAPAS DE AÇO UTILIZADAS (BRINGAS, 2004) ......................28 TABELA VI:NOMENCLATURA UTILIZADA - CPS ASME ..............................................................................29 TABELA VII:PARÂMETROS DE SOLDAGEM UTILIZADOS NA CONFECÇÃO DAS AMOSTRAS ............................29 TABELA VIII:NOMENCLATURA UTILIZADA - CPS N-1859 ..........................................................................30 TABELA IX:PARÂMETROS UTILIZADOS NA CONFECÇÃO DAS AMOSTRAS EM SEQÜÊNCIA ALTERNADA ........31 TABELA X:PARÂMETROS UTILIZADOS NA CONFECÇÃO DAS AMOSTRAS EM SEQÜÊNCIA CONTINUA ............32 TABELA XI:COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO METAL DE SOLDA - CPS ASME......................................................37 TABELA XII:RESULTADOS DOS ENSAIOS DE TRAÇÃO - CPS ASME ............................................................38 TABELA XIII:RESULTADOS DA MEDIÇÃO DE DUREZA - CPS ASME ..........................................................38 TABELA XIV:ANÁLISE MICROESTRUTURAL QUANTITATIVA - CPS ASME .................................................42 TABELA XV: FRAÇÃO RECRISTALIZADA - CPS ASME ...............................................................................42 TABELA XVI:RESISTÊNCIA AO IMPACTO (CS)- CPS ASME .......................................................................43 TABELA XVII:RESISTÊNCIA AO IMPACTO (CT)- CPS ASME......................................................................43 TABELA XVIII:COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO METAL DE SOLDA - CPS N-1859...............................................44 TABELA XIX:RESULTADOS DOS ENSAIOS DE TRAÇÃO - CPS N-1859..........................................................45 TABELA XX: RESULTADOS DA MEDIÇÃO DE DUREZA - CPS N-1859..........................................................46 TABELA XXI:ANÁLISE MICROESTRUTURAL QUANTITATIVA - CPS N-1859 ................................................53 TABELA XXII:FRAÇÃO RECRISTALIZADA - CPS N-1859.............................................................................54 TABELA XXIII:RESISTÊNCIA AO IMPACTO (CS) (J) – CPS N-1859.............................................................55 TABELA XXIV:RESISTÊNCIA AO IMPACTO .

IA A...ZA S ..............................................................

x

RESUMO

Após 30 anos praticamente desativada, a indústria naval brasileira apresentou nos

últimos cinco anos uma retomada de suas atividades. Este movimento está relacionado

principalmente ao programa da Petrobrás em aumentar a produção de petróleo em alto

mar buscando a auto suficiência. Exigências para que parte da construção das

plataformas, embarcações e seus equipamentos seja realizada por construtores locais

vêm promovendo a reativação dos estaleiros e atraindo investidores estrangeiros que

arrendaram estaleiros no Brasil.

Estruturas e equipamentos “offshore” utilizam principalmente aço C-Mn de alta

resistência podem apresentar espessuras típicas de 40 a 90mm, passando de 100mm em

certos pontos. Essas estruturas estão sujeitas a ondas, marés, tempestades e outros

fenômenos naturais, exigem alta tenacidade de seus componentes.

O Níquel é muito utilizado na composição de consumíveis para soldagem por aumentar

o limite de elasticidade e principalmente, a tenacidade à baixa temperatura. Este tipo de

consumível de soldagem é utilizado principalmente na indústria de construção naval e

“offshore”, entretanto, tem se mostrado muito sensível aos parâmetros e procedimentos

de soldagem no que diz respeito à tenacidade após tratamento térmico.

Para avaliar os fatores que influenciam a tenacidade foram realizados vários testes

(juntas soldadas) mantendo o mesmo aporte térmico e variando o teor de níquel no

metal de solda, a espessura da chapa e a seqüência de soldagem.

Foram avaliados corpos de provas soldados com quatro diferentes arames tubulares

rutílicos, classificados segundo ASME FSA 5.29 como E81T1-Ni1, E81T1-Ni1MJ,

E81T1-K2 e E81T1-Ni2, que apresentam teores de 1% de níquel para os dois primeiros,

1,5% e 2,5% de níquel para os demais respectivamente. Onde o arame classificado

como E81T1-Ni1MJ foi desenvolvido especificamente para situações onde tratamento

térmico de alívio de tensões é exigido.

xi

Este trabalho descreve estes testes, bem como a análise dos resultados, apresentados em

micrografias, análise química do metal depositado e ensaio de propriedades mecânicas,

além de demonstrar os principais fatores que influenciam na tenacidade de juntas

soldadas com este tipo de consumível.

Palavras Chaves: Offshore, Industria Naval, Níquel, Ensaio Charpy, Tenacidade,

Tratamento Térmico de Alívio de Tensões, Seqüência de Soldagem, Ferrita Acicular e

Dureza.

xii

ABSTRACT

After almost 30 years disactivated, the Brazilian naval industry was presented a retaken

of its activities in the last five years. This movement is mainly related to the program of

Petrobrás to increase the offshore production of oil, searching auto sufficiency.

Requirements that the construction of the platforms, boats and their equipment are

carried out by local constructors have promoted the reactivation of the shipyards and

attracting foreigner investors who have leased shipyards in Brazil.

Structures and equipment offshore are made mainly of high resistance C-Mn steel that

can present typical thicknesses of 40, 90mm passing of 100mm in certain points. These

structures are exposed to waves, tides, storms and other natural phenomena, demanding

high toughness of its components.

Nickel is largely used in the composition of welding consumable for increase the elastic

limit and mainly toughness at low temperature. This type of welding consumable is

largely used in the naval and offshore industry, however it has shown very sensible to

the parameters and procedures of welding in cases that stress release after welding are

necessary strongly affecting the toughness.

Some tests have been carried out to evaluate the factors that influence toughness,

keeping the same heat in put, and varying the nickel content in the weld metal, the plate

thickness and the welding sequence.

Welded specimens of four different rutile cored wires, classified by ASME FSA 5.29 as

E81T1-Ni1, E81T1-Ni1MJ, E81T1-K2 and E81T1-Ni2 have been evaluated, the two

first ones show 1% of nickel , and the others 1.5% and 2.5% of nickel respectively. The

wire classified as E81T1-Ni1MJ was developed specifically for situations which stress

relief is demanded.

This work describes these tests, as well as the analysis of the results presented in

micrographs, chemical analysis of the deposited metal and test of mechanical properties,

xiii

besides, it shows the main factors that influence the welded metal toughness in weld

produced of this type of consumable.

Key Words: Offshore, Naval Industry, Nickel, Charpy-V Test, Toughness, Stress

Relief, Welding Sequence, Acicular Ferrite and Hardness.

1

1. INTRODUÇÃO

Mesmo depois de quase 20 anos do desenvolvimento de arames tubulares rutílicos para

alta tenacidade, ainda são poucos os arames capazes de serem utilizados em aplicações

que exijam alívio de tensões após soldado (Widgery, 1997). Nestes arames tubulares

que apresentam excelentes valores de tenacidade na condição como soldado, ao ser

aplicado tratamento térmico de alívio de tensões, é observada uma acentuada

deterioração na tenacidade.

Uma das principais características destes arames é a utilização de níquel em sua

composição. A finalidade do uso de níquel é que este funciona como um refinador de

grãos e formador de ferrita acicular, sendo estes os principais mecanismos responsáveis

pelos ótimos valores de tenacidade encontrados nas soldas realizadas com estes arames.

Em decorrência da busca constante por produtividade que se intensificou nos últimos 10

anos, os arames tubulares tem sido cada vez mais utilizados em substituição ao eletrodo

revestido e aos arames sólidos. No que diz respeito ao arame sólido, a maior facilidade

em se adicionar elementos de liga no fluxo interno, aumenta a versatilidade dos arames

tubulares.

Neste trabalho, o foco é a utilização dos arames tubulares rutílicos em aplicações para

estruturas navais e “offshore” as quais, devido à utilização de chapas espessas (�50mm)

exigem tratamento térmico de alívio de tensões após a soldagem e exibem de forma

mais crítica o fenômeno da deterioração da tenacidade.

Saídas para evitar problemas com tenacidade existem e uma delas seria a utilização de

arames tubulares básicos que apresentam, mesmo após tratamento térmico, propriedades

mecânicas favoráveis. Entretanto esbarra-se nas características de soldabilidade deste

tipo de arame. Elas são inferiores às do arame rutílico, principalmente na soldagem fora

de posição.

2

Como citado anteriormente, a condição mais crítica para a deterioração da tenacidade é

a realização de tratamento térmico de alívio de tensões pós soldagem em chapas com

espessura �50mm. Uma junta soldada com arame tubular rutílico pode apresentar

excelente valor de tenacidade pós-tratamento térmico quando a junta é formada por

chapas de 19mm e apresentar uma queda vertiginosa ao ser aplicado em uma junta de

chapas espessas.

A seqüência de soldagem é considerada muito importante na confecção de juntas de

grandes espessuras, influencia o refino de grãos da microestrutura, as tensões residuais,

conseqüentemente, afetam as propriedades mecânicas do metal depositado. Devendo-se,

portanto, ser levado em conta desde o projeto da estrutura.

Neste trabalho, serão avaliados os vários fatores que podem ser responsáveis pela

deterioração da tenacidade após tratamento térmico de alívio de tensões entre eles,

concentração de níquel no metal depositado, seqüência de soldagem e espessura da

junta.

As avaliações serão baseadas nas análises químicas do metal depositado, na

microestrutura observada em microscópio ótico e nos ensaios de propriedades

mecânicas.

Este documento foi organizado na seguinte maneira; no capítulo 2 são apresentados os

objetivos geral e específico do trabalho. No capítulo 3 foi realizada uma revisão

bibliográfica sobre assuntos relacionados com o tema desta dissertação. O capítulo 4

apresenta a metodologia experimental seguida para alcançar os objetivos propostos. O

capítulo 5 apresenta os resultados obtidos e discussões. No capítulo 6 são apresentadas

as conclusões. Finalizando, no capítulo 7 são apresentadas propostas para trabalhos

futuros.

3

2. OBJETIVOS

Este trabalho tem como objetivo específico ampliar o conhecimento sobre a soldagem

de chapas espessas utilizadas na indústria naval e “offshore”, com a utilização de

arames tubular rutílicos que contenham níquel e os fenômenos envolvidos na redução da

tenacidade após tratamento térmico.

Este estudo inclui também a avaliação da influência da seqüência de soldagem nas

propriedades mecânicas das juntas soldadas com estes arames tubulares.

4

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Este capítulo apresenta uma revisão bibliográfica sobre a soldagem na indústria naval e

“offshore”, os processos utilizados, a soldagem com arame tubular rutílico com níquel,

abordando suas principais características de soldabilidade, propriedades mecânicas e

microestrutura.

3.1. Industria naval e “offshore”

Por centenas de anos, os navios têm se estabelecido como um dos principais métodos de

transporte. Navegação e construção naval tem se desenvolvido tremendamente ao passar

desses anos. As mudanças nos métodos de fabricação diminuíram o tempo de

construção de cada navio de quatro anos para oito semanas durante o último século.

Esta tremenda evolução se tornou possível graças à adoção de varias e importantes

inovações. Entre elas, está a introdução, nos meados da década de 30, da soldagem

como um novo método de união de metais na construção naval. (Pilipenko, 2001).

A frota de navios mercantes internacional soma 791 milhões de toneladas de porte bruto

(TPB) e está concentrada em 20 países. Até o final da década de 1990, 38% da frota foi

renovada. Há necessidade de renovar os 60% restantes. Para isso, no mercado

internacional, prevalece uma intensa competição e redução de preços, em virtude da

capacidade de produção excessiva dos estaleiros nos países produtores (Ferraz et al.,

2002).

Os principais participantes do mercado internacional de construção naval seguem

estratégias de especialização. Pode-se facilmente reconhecer a Coréia como

especializada em navios de grande porte, Cingapura, especializada em plataformas e

navios para a indústria de petróleo “offshore”, e os Estados Unidos, que focaliza a

indústria militar. A maior parte dos países europeus entrincheirou-se em nichos de

navios especiais e sofisticados. O Japão constrói toda a linha de navios e luta para

aumentar a produtividade e reduzir custos (Ferraz et al., 2002).

5

A indústria de construção naval brasileira, compreendida pelos estaleiros que constroem

navios acima de 1.000 toneladas de porte bruto (TPB), praticamente desativada desde o

final da década de 70, iniciou em 2000 um movimento de retomada da produção,

impulsionada pelas encomendas da Petrobrás para o aumento da produção de petróleo

em alto mar (Ferraz et al., 2002).

Segundo Ferraz et al. (2002), atualmente o setor de petróleo “offshore” representa a

maior parcela da demanda, com encomendas de plataformas, embarcações de apoio

marítimo, seus equipamentos e componentes. Os investimentos em “offshore” vieram

reativar a indústria naval. Além de plataformas, as encomendas incluem a montagem

dos “FPSO’s (Floating Production, Storage and Offloading Facilities)” promovendo

reativação dos estaleiros e atraindo investidores estrangeiros que arrendaram estaleiros

no Rio de Janeiro, um exemplo de “FPSO” pode ser visualizado na Fig. 1.

Figura 1 - “FPSO” (FPSO BRASIL, 2005)

A demanda expandiu ainda mais quando a Petrobrás lançou o programa de substituição

da frota de navios de apoio “offshore” definindo, no edital de concorrência

internacional, preferência por navios de bandeira brasileira, induzindo as empresas

operadoras, nacionais e estrangeiras, a contratar a construção local dessas embarcações.

O resultado é que a indústria chegou ao final do primeiro semestre de 2002 em face de

uma nova realidade, onde o principal desafio não são mais as encomendas, e sim como

reativar instalações no curto prazo e montar uma competente capacidade produtiva, para

atendê-las (Ferraz et al., 2002).

6

Os estaleiros recorrem a financiamentos para expansão e modernização e já surgem

dificuldades de contratação de mão de obra especializada principalmente soldadores.

Segundo Pilipenko (2001) a soldagem em estaleiros está relacionada diretamente ao

custo de produção e qualidade final. Ela representa de 20 a 30% das horas de produção

e aproximadamente 10% dos custos totais.

Na fabricação de estruturas “offshore”, a soldagem é o mais importante processo, dessa

forma, o procedimento de soldagem deve seguir várias normas internacionais, regras de

classes navais, especificações de engenharia, além de depender do tipo de estrutura e do

local onde irá operar. Estruturas “offshore” são usadas para a perfuração e operação

subaquática de extração de óleo e gás, em mares que podem ser rasos, profundos,

tropicais ou gelados. Estando sujeito a ondas, marés, tempestades, terremotos e gelo

(Welding Company Kobe Steel Ltd., 2003a).

Os aços de classe e graus navais usados para estruturas “offshore” variam dependendo

do tipo da estrutura e das condições de serviço. Os componentes estruturais de uma

plataforma semi-submersível, por exemplo, usam principalmente aço carbono de alta

resistência com limite de escoamento de 350 a 500 MPa que podem apresentar

espessuras de 40 a 90mm, passando de 100mm em certos pontos.

Segundo “Welding Company Kobe Steel” (2003b), o nó, onde são conectados

componentes cruzados na forma de T, Y e K, causam alta concentração de tensões, esta

área é chamada de “hot spot”. A complexidade do nó pode ser visto na Fig. 2. A

soldagem do nó exige uma grande precisão dimensional e requer excelente acabamento

para otimizar a resistência à fadiga. Dessa forma, o controle do procedimento de

soldagem deve ser o mais preciso possível.

7

Figura 2 - Complexidade de um nó (Welding Company Kobe Steel Ltd., 2003b)

3.1.1. Procedimento de soldagem

O aporte térmico, em conjunto com as temperaturas de pré-aquecimento e de interpasse

têm um efeito predominante na velocidade de resfriamento das soldas, quando a

espessura do metal base é constante. A velocidade de resfriamento afeta a

microestrutura da solda e assim influencia diretamente as suas propriedades mecânicas

(Welding Company Kobe Steel Ltd., 2003b).

O efeito da velocidade de resfriamento na tenacidade ao impacto é mostrado na Fig. 3,

onde uma taxa de resfriamento excessivamente lenta resulta em baixa tenacidade, mas o

mesmo também acontece para taxas de resfriamento muito altas. Em suma o aporte

térmico deve ser controlado, levando em consideração a temperatura de pré-

aquecimento e a espessura da chapa; quando a taxa de resfriamento está em valores

adequados, a tenacidade ao impacto do metal de solda é maximizada (Welding

Company Kobe Steel Ltd., 2003b).

8

Energia absorvida no ensaio de impacto Charpy-V do metal de solda de um arame tubular rutílico como uma função da velocidade de resfriamento; Diâmetro do arame: 1,2 mm; Posição de soldagem: Plana; Parâmetros de soldagem: 80A, 32V; Aporte térmico: 15, 25, 35 kJ/cm; Velocidade de soldagem: 15,4; 21,5; 36,0 cm/min Preaquecimento: temperatura ambiente, 150, 250 Espessura da chapa: 20 mm

Figura 3 - Resfriamento x Tenacidade (Welding Company Kobe Steel, 2003b)

Quando o teor de elementos de liga aumenta, o limite de resistência à tração do metal de

solda se torna mais sensível às variações do aporte térmico. Muito cuidado deve ser

tomado no controle da velocidade de resfriamento durante a soldagem, os parâmetros de

soldagem devem ser determinados de forma precisa com estreita tolerância (Vercesi e

Surian, 1996).

Segundo Mee e Nessn (2005), é preferível que o procedimento de soldagem não seja

limitado a filetes, sendo possível também a utilização da técnica de tecimento.

Entretanto esta técnica resulta em aporte térmicos altos, aumentando a diluição da solda,

podendo comprometer as propriedades de tenacidade após tratamento térmico de alívio

de tensões, devido principalmente, à incorporação de elementos como o nióbio e o

vanádio que estão presentes nas chapas de uso naval e “offshore”. Ainda assim alguns

arames tubulares disponíveis no mercado permitam a utilização desta técnica sem a

perda das propriedades mecânicas do metal de solda.

Em qualquer procedimento de soldagem onde seja requerida tenacidade a baixas

temperaturas, a seqüência de passes decidirá o refino da estrutura do metal de solda

9

produzido sem necessariamente, afetar a produtividade de forma negativa.

Principalmente no caso de soldagem de chapas espessas em multipasses, a seqüência de

passes deve ser cuidadosamente controlada para obter-se bons resultados. Cordões

largos e oscilação excessiva devem ser evitados, por isso a técnica de vários passes por

camada (filetado) após o passe de raiz deve ser adotada o mais cedo possível. Essa

técnica assegura o máximo refino dos grãos.

Uma seqüência de passes para soldagem de topo entre chapas com a juta preparada em

V com nariz é proposta por Easterling (1992) como ideal. Essa seqüência pode ser vista

na Fig. 4.

Figura 4 - Seqüência de soldagem proposta como ideal (Easterling, 1992)

Na Fig. 5 é apresentada uma macrografia da solda de uma junta em V realizada pelo

processo SMAW onde é possível ver o resultado da seqüência de passes alternada na

estrutura do metal da solda.

10

Figura 5 - Macrografia de junta soldada com seqüência alternada (Easterling, 1992)

A soldagem em multipasses como a mostrada na Fig. 5, claramente consome mais

tempo e é mais dispendiosa do que a soldagem de passe único, mas se torna necessária a

fim de reduzir tensões residuais e como dito anteriormente refina a estrutura do metal de

solda, muito importante em casos críticos como vasos de pressão e tubulações.

Segundo Fortes (2003) embora a seqüência de passes da Fig. 6 possa ser descrita como

inadequada por resultar em maior diluição e apresentar uma estrutura com maior

tamanho de grãos, pode ser aplicada se for inevitável, mas as camadas depositadas com

a técnica de oscilação larga (trançado) devem ser as mais finas possíveis.

Figura 6 - Passes largos, não recomendado (Fortes, 2003)

Na soldagem em posição vertical ascendente, a velocidade de soldagem deve ser

pequena e existe a tendência de se produzir cordões de solda mais largos com aportes

térmicos conseqüentemente, maiores que nas outras posições. É particularmente

importante restringir a largura dos cordões, já que os valores de resistência ao impacto

11

atingidos na posição vertical são geralmente mais baixos do que nas posições plana ou

horizontal (Fortes, 2003).

Ainda na soldagem na vertical ascendente, Fortes (2003) comenta que passes de raiz em

juntas de topo com abertura na raiz, não são recomendados, devido à alta energia do

arco e à fluidez da poça de fusão, bem como por causa da necessidade de se preparar as

juntas com alta precisão, o que não é considerado muito prático. Nesses casos,

recomenda-se o uso de cobre-juntas não consumíveis (cerâmicos ou de cobre), podendo

assim aplicar velocidades de soldagem significativamente maiores, reduzindo o aporte

térmico.

3.1.2. Tratamento térmico de alívio de tensões

Em uma junta soldada, o metal mais próximo da solda está sujeito a temperaturas mais

altas e, à medida que se aumenta a distância do centro da solda, a temperatura máxima

atingida diminui. Este aquecimento heterogêneo causa contração–expansão também

heterogênea e pode causar distorções e tensões internas no metal de solda.

Como citado por Fortes (2003), dependendo de sua composição e aplicação o metal de

solda pode não ser capaz de resistir a essas tensões e trincar ou pode ocorrer falha

prematura da peça. Uma maneira de minimizar essas tensões ou de aliviá-las é pelo

aquecimento uniforme da estrutura após a soldagem ter sido realizada. Esse tratamento

leva a junta soldada a uma condição mais durável; a ductilidade é aumentada

sobremaneira, embora a resistência mecânica diminua ligeiramente.

Fortes (2003) e Trindade (2005) comentam que certos códigos (normas) permitem

maiores tensões de projeto, desde que seja aplicado o alívio de tensões.

O tratamento térmico de alívio de tensões, tipicamente, é realizado a temperatura entre

550 – 650°C por uma hora para cada 25mm de espessura, (abaixo de Ac1 onde não há

mudança significativa na microestrutura e propriedades mecânicas do metal de base e

do metal de solda.), seguido por um resfriamento lento e uniforme até a temperatura

ambiente (Fortes, 2003).

12

Em aços microligados em particular, o tratamento térmico de alívio de tensões pode

causar precipitações que resultam no aumento da dureza da matriz e na redução da

tenacidade. Evans (1993b) observou precipitações de carbonetos após tratamento

térmico de alívio de tensões principalmente nos contornos de grão e de forma mais

evidente à medida que se eleva o teor de vanádio. O mesmo fenômeno é observado

quando se aumenta individualmente a concentração de nióbio.

Trindade et al. (2005) comentam que ao trabalhar com placas espessas, o grau de

tensões residuais após a soldagem é ainda mais acentuado, exigindo a aplicação de

tratamento térmico de alívio de tensões após a soldagem.

Widgery (1997) chama a atenção ao fato que mesmo depois de quase 30 anos do

desenvolvimento de arames tubulares rutílicos para alta tenacidade, ainda são poucos os

arames capazes de serem utilizados em aplicações que exijam alívio de tensões após

soldado.

Segundo Mee (2005), a demanda por esses arames tubulares rutílicos que possam ser

utilizados quando o tratamento térmico após soldagem é necessário ser aplicado, tem

aumentado bastante. O que concorda com o que tem sido visto no Brasil nos últimos

anos, devido especialmente ao crescimento da construção naval e “offshore”.

Widgery (1997) e “Welding Company Kobe Steel” (2003b) comentam que na

construção de estruturas “offshore” com requerimento de tratamento térmico, arames

tubulares rutílicos convencionais apresentavam resultados insatisfatórios de tenacidade

após tratamento térmico de alívio de tensões. De qualquer forma, hoje as inovações em

arames tubulares com proteção gasosa (FCAWs) que não contêm microligantes

indesejáveis como nióbio e vanádio exibem excelente tenacidade ao impacto após

tratamento térmico.

Widgery (1997) recomenda como melhor saída para se conseguir arames tubulares para

tratamento térmico de alívio de tensões é ter certeza de que o limite de resistência à

tração se encontra próximo do mínimo exigido. A redução do nióbio e do vanádio, sem

que nada mais seja alterado, já seria responsável por reduzir o limite de resistência e

conseqüentemente aumentar a tenacidade. Entretanto, os valores de C, Ni, Si e Mn

13

também afetam fortemente os valores de limite de resistência à tração e dessa forma

devem ser bem controlados.

3.2. Processo de soldagem FCAW

Segundo a norma ASME (The American Society of Mechanical Engineers) (2005), para

consumíveis de soldagem (Parte II – C), o arame tubular de baixa liga atende às

características definidas na seção ASME SFA 5.29 “FCAW – Flux Cored Arc Welding

-Low Alloy”.

O processo de soldagem com arames tubulares (FCAW – Flux Cored Arc Welding) é

muito semelhante ao processo GMAW uma vez que utiliza os mesmos equipamentos,

embora requeira equipamentos de maior capacidade em alguns casos. A Fig. 7 mostra

os equipamentos básicos necessários para os processos GMAW e FCAW.

Figura 7 - Esquema básico dos equipamentos para soldagem GMAW/FCAW (Marques,1991)

Os arames tubulares permitem uma maior versatilidade que arames sólidos para se

adequar a alguma aplicação particular ou a algum requisito especial, pela possibilidade

de se alterar a formulação ou o percentual de fluxo que pode variar de 15% a 50% de

seu peso (Marques,1991).

14

3.2.1. Soldabilidade dos arames tubulares “flux cored”

Os arames tubulares podem ser de dois tipos principais; Arames tubulares “Metal

Cored” cujo fluxo interno é composto principalmente por pó de ferro, ferro-ligas e

desoxidantes e resultam em um cordão de soldas praticamente sem cobertura de escória,

apenas pequenas ilhas de sílica na superfície do cordão; Arames tubulares “Flux Cored”

cujo fluxo interno é composto por minerais como aqueles utilizados no revestimento dos

eletrodos revestidos. Este último tipo pode ser subdividido em dois grupos principais:

rutílicos e básicos (Svensson, 1994).

Mee e Nessn (2005) e Svensson (1994) concordam que os arames tubulares básicos

oferecem uma excelente combinação de boas propriedades mecânicas, baixos teores de

hidrogênio e tolerância às condições de preparação das peças. Entretanto, não

apresentam soldabilidade tão boa quanto à dos arames tubulares rutílicos.

Principalmente pelas restrições impostas por sua escória fluida e pelo modo de

transferência mais globular, a soldagem fora de posição tradicionalmente tem sido

realizada no modo de transferência por curto-circuito, gerando mais respingos.

O rutilo, uma forma de dióxido de titânio (TiO2), é um bom estabilizador do arco sendo

freqüentemente adicionado a arames tubulares para resultar num arco mais suave, além

disso, ele permite maior controle da viscosidade da escória facilitando a soldagem na

posição plana ou mesmo fora de posição (Svensson, 1994). Apesar de sua melhor

soldabilidade, o metal de solda produzido por esse tipo de fluxo apresenta maiores

níveis de oxigênio, dificultando alcançar níveis de tenacidade adequados às aplicações

“offshore”.

Sendo assim, por uma questão de soldabilidade e versatilidade quanto às posições de

soldagem, arames tubulares rutílicos são preferidos, mas devem apresentar adequadas

propriedades mecânicas. A situação se torna mais complexa quando o tratamento

térmico pós-soldagem é requerido. Arames tubulares básicos são favoráveis em

propriedades mecânicas, principalmente tenacidade, mas de qualquer forma apresentam

soldabilidade mais difícil. A utilização de arames tubulares rutílicos em situações que

requerem tratamento térmico pós-soldagem se tornou o novo desafio a ser superado

pelos fabricantes de consumíveis para soldagem.

15

3.2.2. Arames tubulares rutílicos que contém níquel

Com o passar do tempo, estruturas soldadas submetidas a condições de trabalho cada

vez mais críticas como plataformas “offshore”, plantas criogênicas e tubulações têm

aumentado a demanda por metais de solda com melhores propriedades mecânicas,

especialmente tenacidade à baixa temperatura. Aços carbono comuns apresentam

fragilidade a baixas temperaturas, não são confiáveis em aplicações críticas. Por isso,

aços de baixa liga são freqüentemente empregados nessa situação.

Essa necessidade de alta tenacidade tem promovido um contínuo desenvolvimento de

consumíveis para soldagem capazes de produzir metais de solda com ótima

microestrutura e propriedades mecânicas. Dessa forma, elementos de liga capazes de

aumentar a quantidade de ferrita acicular no metal de solda tem sido cada vez mais

utilizados na fabricação de consumíveis para soldagem. Entre os elementos de liga que

apresentam esta característica, o níquel é o que chama mais atenção.

Como comenta Fortes (2003), para temperaturas de teste abaixo de -30°C, é necessário

o emprego de arames de baixa liga, geralmente ligados ao níquel para melhorar a

tenacidade. Em arames tubulares do tipo 1% Ni e para temperaturas na faixa de -20°C,

podem ser alcançados aumentos na produtividade através de aumentos no aporte

térmico e na taxa de deposição. Nesse caso, a queda na tenacidade que ocorreria nos

metais de solda de aço C-Mn é compensada pelo teor de 1% Ni.

Segundo Utterberg (2002), o aumento do teor de níquel esta associado com o aumento

na tenacidade cuja principal razão é o refino de grãos. Mas Evans (1991) acredita que

em geral a microestrutura que contem maior proporção de ferrita acicular resulta no

metal de solda com valores otimizados de resistência e tenacidade à baixa temperatura.

3.3. Influência da microestrutura na tenacidade

A Sub-comissão IXJ do IIW (1988), desenvolveu, durante a década de 80, um esquema

para a identificação dos microconstituintes de metais de solda ferríticos. Este esquema

descreve os principais microconstituintes e suas sub categorias da seguinte forma:

16

Ferrita Primaria [PF]

Pode ocorrer de das formas, que podem ser contadas independentemente se o operador

se sentir confiante sobre a identificação clara de cada uma delas:

Ferrita de contorno de grão [PF(G)]

Veios ou grãos poligonais de ferrita associados com contornos de grãos austeniticos

primários.

Feririta poligonal intergranular [PF(I)]

Grãos de ferrita usualmente poligonais, localizados dentro de grãos austeniticos

primários, três vezes maiores do que os grãos ou laminas adjacentes de ferrita.

Ferrita Acicular [AF]

Pequen r n s Ae ferriacn Aocac mciadsu localizaãoororcenmárlos Ae grãos austeniticos

primário qaioeigrdeque ferriud

V

ic fuorfo doacusuaco iaasu o dniasu taddeqolrq eqorq An oacuobrnullilarbrr os

ualme o]

Pode ocorrer de das formas, se podem ser co tadas independentemente se o op rador

se sentir co182.87 -19.44 Td(V)Tj8.17082 0 Td(f)Tj3.84737 0 Td(i)Tj3.24622 0 Td(a)Tj5.04967 0 Td(n)Tj5.65082 0 Td(t)Tj3.12599 0 Td(e)Tj5.04967 0 Td( )Tj3.00576 0 Td(s)Tj4.44852 0 Td(o)Tj5.65082 0 Td(b)Tj5.65082 0 Td(r)Tj3.72714 0 Td(e)Tj5.04967 0 Td( )Tj2.88553 0 Td(aTj5.65082 0 Td(e)Tj5.04967 0 Td(n)Tj5.65082 0 Td(d)Tj5.65082 0 Td(e)Tj5.1699 0 Td(n)Tj5.65082 0 Td(t)Tj3.12599 0 Td(i)Tj3.12599 0 Td(f)Tj3.84737 0 Td(i)Tj3.24622 0 Td(c)Tj5.04967 0 Td(a)Tj5.04967 0 Td(ç)Tj5.04967 0 Td(ã)Tj5.1699 0 Td(o)Tj5.65082 0 Td( )Tj2.88553 0 Td(c)Tj5.1699 0 Td(l)Tj3.12599 0 Td(a)Tj5.65082 0 Td(t)Tj3.12714 0 Td(a)Tj5.04967 0 Td( )Tj3.00576 0 Td(d)Tj5.65082 0 Td(e)Tj5.04967 0 Td( )Tj3.00576 0 Td(c)Tj5.04967 0 Td(a)Tj5.04967 0 Td(d)Tj5.65082 0 Td(a)Tj5.1699 0 Td( )Tj2.88553 0 Td(u)Tj5.65082 0 Td(m)Tj8.77681 0 Td(a)Tj5.1699 0 Td( )TTj5.65082 0 d(d)Tj5.65082 0 Td(e)Tj5.04967 0 Td(l)Tj3.24622 0 Td(a)Tj5.04967 0 Td(s)Tj4.40 Td( Td(.)Tj3.00576 2714 0 )Tj-294.925 -19.32 Td( )Tj13.3456 -19.56 Td(F)Tj6.25197 0 Td(e)Tj5.04967 0 Td(r)Tj3.72714 0 Td(r)Tj3.72714 0 Td(i)Tj3.24622 0 Td(t)Tj3.12082 0 Td(s)Tj4.32829 0 Td( )Tj4.68898 0 TTd(d)Tj5.65082 0 d(s)Tj4.44852 0 Td(e)Tj5.04967 0 Td( )Tj3.00082 0 Td(l)Tj3.124967 0 Td(i)Tj3.1967 0 Td(p)Tj5.65082 0 Td(e)Tj5.04829 0 Td(i)Tj3.24622 0 Td(t)Tj3.12082 0 Td(t)Tj3.12082 0 Td(e)Tj5.04967 0 Td(l)Tj3.24082 0 Td(b)Tj5.65082 0 Td(r)Tj3.72714 0 Td(e)Tj5.05082 0 Td(c)Tj5.04967 0 Td(a)Tj5.14967 0 Td(c)Tj5.1h67 0 Td(m)Tj8.89704 0 Td(c)Tj5.04967 0 Td(i)Tj3.1829 0 Td(i)Tj3.24622 0 Td(A)Tj6.85967 0 Td(r)Tj3.72)Tj-294.925 -19.32STj-294.925 -19.32737 0 Td(P)Tj6.251A98 0 T(F)Tj6.25197 0 Td(()Tj3.72714 0 Td(G)Tj8.05543 0 T20.40 1j4.40 Td( D98 0 Tj3.84737 0 358 0 Td(u)Tj5.65082 0 Td(s)Tj4.44645 0 Td(d)Tj5.65082 0 Td(n)Tj5.65082 0 Td(t)Tj3.12852 0 Td( )Tj2.88553 0 Td(f)Tj3.84737 0 Td(o)Tj5.65082 0 Td(r)Tj3.7082 0 Td(n)Tj5.65082 0 Td(a)Tj5.04967 0 Td(f)Tj3.84082 0 Td(u)Tj5.65082 0 Td( )Tj3.00576 0 Td(l)Tj3.12599 0 Td(a)Tj5.04967 0 Td(m)Tj8.89704 0 Td(i)Tj3.12599 0 Td(n)Tj5.65082 0 Td(f)Tj3.84082 0 Td( )Tj3.368553 0 Td(c)Tj5.1699 0 Td(l)Tj3.12599 0 Td(e)Tj5.05082 0 Td(c)Tj5.0699 0 Td( )TTj5.65082 0 d(d)Tj5.65082 0 Td(e)Tj5.04967 0 Td(l)Tj3.24082 0 Td(f)Tj3.84714 0 Td(a)Tj5.04967 0 Td( )Tj3.00576 0 Td(f)Tj3.845082 0 Td(e)Tj5.1699 0 Td( )Tj7.21381 0 Td(f)Tj3.84737 0 Td(e)Tj5.04967 0 Td(r)Tj3.72714 0 Td(r)Tj3.72714 0 Td(i)Tj3.12622 0 Td(o)Tj5.65082 0 Td(e)Tj5.04N98 0 T(F)Tj6.2512829 0 Td(e)Tj5.1699 0 Td(e)Tj5.04699 0 Td(o)Tj5.6699 0 Td( )Tj3.36645 0 Td(d)Tj5.652829 0 Td(e)Tj5.1699 0 Td(e)Tj5.04714 0 Td(a)Tj5.04967 0 Td( )Tj3.00576 0 Td(f)Tj3.84699 0 Td( )Tj3.36082 0 Td(d)Tj5.65082 0 Td(e)Tj5.04967 0 Td(p)Tj5.65599 0 Td(a)Tj5.04967 0 Td(d)Tj5.65082 0 d(e)Tj5.04714 0 Td(a)Tj5.04358 0 Td(u)Tj5.65082 0 Td(a)Tj5.04967 0 Td(d)Tj5.65082 0 d(e)Tj5.045082 0 d(d)Tj5.65â82 0 Td( )Tj3.00576 0 Td(o)Tj5.65967 0 Td(r)Tj3.724967 0 Td(c)Tj5.1699 0 Td( )Tj3.36645 0 Td(d)Tj5.65967 0 Td(i)Tj3.12599 0 Td(d)Tj5.658553 0 Td(c)Tj5.1699 0 Td(l)Tj3.12599 0 Td(e)Tj5.0z98 0 Td(A)Tj6.853]5(e)Tj5.1699 0 Td(n)Tj5.65082 0 T082 0 Td(l)Tj5.65082 0 Td(s)Tj4.32829 0 Td( )Tj4.68898 0 Td(o)Tj5.62714 0 967 0 Td(s)Tj4.44852 0 Td( )Tj3.36645 0 Td(f)Tj3.84737 0 Td(s)Tj4.44852 0 Td( )Tj2.885082 0 Td(d)Tj5.65082 0 Td(e)Tj5.1645 0 Td(e)Tj5.0967 0 Td(s)Tj4.44852 0 Td( )Tj2.885082 0 Td(e)Tj5.1699 0 Td(m)Tj8.77681 0 Td( )Tj3.36645 0 Td(s)Tj4.44852 0 Td(e)Tj5.04967 0 Td(s)Tj4.44852 0 Td( )Tj2.88553 0 Td(m)Tj8.89704 0 Td(a)Tj5.04967 0 Td(i)Tj3.12699 0 Td(s)Tj4.32829 0 Td(,)Tj3.00576 0 Td( )Tj3.36645 0 Td( )Tj3.36645 0 Td(s)Tj4.3476 0 Td( )Tj3.36622 0 Td(a)Tj5.04748.56 Tm( )Tj705622 0 Td(o)Tj5.65082 0 Td(r)Tj3.72STj-294.925 -19.32645 0 Td(q)Tj5.65082 0 Td(o)Tj5.652829 0 Td(e)Tj5.1699 0 Td( )Tj3.36645 0 Td(o)Tj5.65082 0 Td( )Tj3.36645 0 Td(o)Tj5.65082 0 Td(f)Tj3.84699 0 Td( )Tj3.36599 0 Td(z)Tj5.04967 0 Td(a)Tj5.04967 0 Td(i)Tj3.12699 0 Td(r)Tj3.72714 0 Td(n)Tj5.65082 0 Td(i)Tj3.12967 0 Td(s)Tj4.44852 0 Td( )Tj2.88967 0 Td(i)Tj3.12699 0 Td(s)Tj4.322599 0 Td(e)Tj5.1699 0 Td( )Tj3.3082 0 Td(l)Tj3.124967 0 Td(i)Tj3.1699 0 Td(l)Tj3.12599 0 Td(a)Tj5.044967 0 Td(c)Tj5.1622 0 Td(c)Tj5.04599 0 Td(e)Tj5.0967 0 Td(i)Tj3.12599 0 Td(u)Tj5.65082 0 Td(a)Tj5.04967 0 Td(d)Tj5.6699 0 Td(u)Tj5.65082 0 Td(s)Tj4.32082 0 Td(i)Tj3.12599 0 Td(f)Tj3.84714 0 Td( )Tj3.00576 0 Td(c)Tj5.04699 0 Td(m)Tj8.775082 0 Td(e)Tj5.1699 0 Td(r)Tj3.72714 0 Td(r)Tj3.724967 0 Td(i)Tj3.14967 0 Td(a)Tj5.14967 0 Td(c)Tj5.1699 0 Td(u)Tj5.65082 0 Td(s)Tj4.32082 0 Td(u)Tj5.65082 0 Td(e)Tj5.04967 0 Td( )Tj3.36645 0 Td(p)Tj5.65082 0 Td(o)Tj5.6082 0 Td(1)Tj5.65082 0 Td(a)Tj5.04852 0 Td( )Tj2.88967 0 Td(i)Tj3.12699 0 Td(o)Tj5.6j4.929Td(r)Tj3.72714 0 4967 0 Td(i)Tj3.1576 0 Td(s)Tj4.44-67 0 Td(i)Tj3.12599 0 Td(f)Tj3.845082 0 d(d)Tj5.65082 0 Td(e)Tj5.04967 0 Td(l)Tj3.244967 0 Td(d)Tj5.6699 0 Td(r)Tj3.72082 0 Td(t)Tj3.12599 0 Td(i)Tj3.12599 0 Td(t)Tj5.04599 0 Td(e)Tj5.0967 0 Td(s)Tj4.44852 0 Td( )Tj3.00576 0 Td(i)Tj3.12599 0 Td(f)Tj3.84829 0 Td( )Tj4.68898 0 TTd(d)Tj5.6852 0 Td( )Tj3.00576 0 Td(i)Tj3.12082 0 Td(e)Tj5.04967 0 Td( )Tj2.88553 0 Td(f)Tj3.84737 0 Td(e)Tj5.1699 0 Td(r)Tj3.72714 0 Td(r)Tj3.72714 0 Td(s)Tj4.32082 0 Td(e)Tj5.04714 0 Td(a)Tj5.04967 0 Td( )Tj3.00576 0 Td(f)Tj3.84Td(s)Tj4.44852 0 082 0 Td(u)Tj5.65082 0 Td( )Tj3.00699 0 Td(o)Tj5.6699 0 Td( )Tj3.36645 0 Td(d)Tj5.65082 0 Td(d)Tj5.65082 0 Td(u)Tj5.65082 0 Td( )Tj3.00576 0 Td(i)Tj3.12599 0 Td(n)Tj5.65082 0 Td(t)Tj3.24852 0 Td( )Tj2.88553 0 Td(i)Tj3.124967 0 Td(d)Tj5.65082 0 d(d)Tj5.65967 0 Td(r)Tj3.72)Tj-294.925 -19.32STj-294.925 -19.32737 0 Td(P)Tj6.251STj-291317Tj6.25144 0 Td( )Tj/R12 97 0 Td(()Tj3.72714 0 Td(G)Tj8.0557681 0 Td(a)Tj5.1699 0 Td(d)Tj5.65576 0 Td(s)Tj4.44852 0 Td( )Tj2.88553 0 Td(m)Tj8.89829 0 Td(t)Tj3.24622 0 Td(r)Tj3.72714 0 Td(r)Tj3.72714 0 Td(i)Tj3.24622 0 Td(d)Tj5.65Td(r)Tj3.72714 0 4967 0 Td(i)Tj3.1082 0 Td( )Tj3.36645 0 Td(o)Tj5.65082 0 Td(f)Tj3.84681 0 Td(á)Tj5.04967 0 Td(r)Tj3.72082 0 Td(l)Tj3.24622 00 d(d)Tj5.65967 0 Td(r)Tj3.72

P(G88Tj5.04967 0 Td(r)Tj3.72852 0 Td( )Tj2.88553 0 Td(o)Tj5.65082 0 576 0 Td(s)Tj4.44852 0 Td(r)Tj3.7082 0 Td(n)Tj5.65829 0 Td(t)Tj3.24622 0 Td(e)Tj5.04967 0 Td(n)Tj5.65714 0 Td(i)Tj3.24622 00 Td( )Tj2.88553 0 d(r)Tj3.724967 0 Td(c)Tj5.15082 0 Td(e)Tj5.1699 0 Td( )Tj7.21381 0 Td(f)Tj3.84553 0 Td(m)Tj8.89704 0 Td(a)Tj5.04967 0 Td(i)Tj3.12699 0 Td(i)Tj3.12599 0 Td(r)Tj3.72P[(Gt :

Ferriãf ce lipei telbcnsuac mciiie

PF(G]

Ftirias

t teo caoacus

PeVfPee tVfna n ociduons ntadisua maiVfondenin ãon adiiasu tadta drF

G.

Caas c onãf i ue tpetma tenF Pri r[AF

duo rit ntaminaue ferribt ees c madi aco iapet t ferri t dt fs crrrã rcenmt rdrt 4d ibos fuariii

qAn f cmerreVdenn qAo claoacusAVs dertit za f d defurrias s Adalos mitmi a

17

como [FC(P)]. Se o constituinte form menor que as lâminas adjacentes dentro do grão

austenitico primário, deve ser desprezado.

Martencita [M]

Colônias de martencita maiores que lâminas adjacentes de ferrita. Se o operador estiver

seguro, o constituinte pode ser classificado como martensita laminar ou maclada, M(L)

ou M(T).

Segundo Evans (1991) as principais microestruturas encontradas na zona fundida de

aços C-Mn e de baixa liga são: ferrita primária (PF) ferrita com segunda fase (FS),

ferrita acicular (AF) e martensita (M) em alguns casos é possível identificar a microfase

austenita-martensita (A-M). Já Trindade et al. (2005) comentam a ocorrência de bainita

superior FS(A) e inferior FS(NA).

Trindade et al. (2005) e Surian e Vedia (1999), concordam que a microestrutura que

contém maior proporção de ferrita acicular resulta no metal de solda com ótimos valores

de resistência e tenacidade, principalmente para metais de soldada utilizados em aços C-

Mn. Isto é atribuído ao pequeno tamanho de grão (1 a 3µm). Todavia, a predominância

de ferrita acicular na microestrutura não é o único fator para que se possa garantir boa

tenacidade ao impacto.

Isto concorda com o encontrado por Zhang e Farrar (1997) onde a melhor tenacidade é

obtida com um alto volume de ferrita acicular (>60%) mas não o máximo volume

(>80%). Dessa forma, uma microestrutura ótima requer um alto teor de ferrita acicular,

mas não necessariamente o maior. É possível visualizar na Fig. 8 as características de

uma microestrutura composta por ferrita acicular em um metal de solda obtido pelo

processo GMAW.

19

Esse comportamento de metais de solda C-Mn-Ni pode estar relacionado com o fato da

dureza do metal de solda aumentar linearmente com Mn e Ni, que é atribuído

principalmente a maior resistência da solução sólida e, em parte, pela formação de fases

de maior dureza (Evans, 1991 e Kang et al., 2000).

Especificamente, Utterberg e Svensson (2002) relatam que bandas de segregação de

microfases, resultantes da segregação de manganês durante a solidificação, resultam na

deterioração da tenacidade. A quantidade dessas bandas aumenta com o aumento do

teor de níquel. Elas também mudam o caráter da microestrutura, desde que com

aumento do teor de níquel a quantidade de martensita aumenta. O teor de manganês

também influência poderosamente nas bandas de segregação.

Kang et al. (2000) também comentam o efeito condicional do níquel e sua inter-relação

com o manganês: “Variar o teor de níquel influencia a tenacidade cuja extensão

depende do teor de manganês. Para baixo teor de manganês a adição de níquel aumenta

a dureza (resistência) sem sacrificar a tenacidade, enquanto para alto valor de manganês

o níquel deteriora a tenacidade seriamente”.

O mesmo efeito foi relatado por Evans (1991) onde para baixo teor de manganês,

usualmente menor que 1% em peso, o aumento do níquel pode progressivamente

aumentar o volume de ferrita acicular no metal de solda de aço C-Mn. Entretanto,

quando o conteúdo de manganês é alto a ferrita acicular pode ser progressivamente

consumida por martensita e ferrita com segunda fase alinhada.

No mesmo trabalho, é revelado que quando o teor de manganês está em torno de 1,4%

em peso, conhecido como nível ótimo para metal de solda C-Mn, a tenacidade cai

quando o nível de níquel excede 2.25%.

O trabalho realizado por Evans avalia como principal variável a temperatura de

transição dúctil frágil, apesar disso, podemos ver de forma clara a interações entre Ni,

Mn, Nb e V com a tenacidade do metal de solda nas condições como soldado e após

tratamento térmico de alivio de tensões.

20

É complexa a relação entre a composição química e a microestrutura uma vez que

objetivar uma proporção de ferrita acicular suficientemente alta e assegurar a não

formação de martensita, ainda necessariamente não garante uma boa tenacidade. A

inter-relação entre níquel e manganês pode ser visualizada nos gráficos apresentados na

Fig. 9.

Figura 9 - Influência do níquel na tenacidade de Aços C-Mn (Evans, 1991)

Evans (1991) também mostra que um alto conteúdo de níquel e manganês tende a

promover microsegregação de Ni, Mn e Si nas zonas reaquecidas à baixa temperatura

<900°C levando a uma redução de tenacidade. O fato pode ser visto na Fig. 10 que

apresenta um gráfico onde foi aplicado tratamento térmico para alívio de tensões,

21

resultando na redução da tenacidade, que se mostra mais acentuada para o metal com

altos teores de Ni e Mn.

Figura 10 - Influência do níquel e manganês na tenacidade após TTAT (Evans, 1991)

3.3.2. Efeitos do nióbio e vanádio

O efeito dos elementos de liga nos aços microligados como Nb, V, Al e Ti devem ser

considerados uma vez que devido à diluição eles podem estar presentes no metal de

solda em concentrações de 0,02 a 0,03 % em peso principalmente para Nb e até maiores

para V.

O nióbio combina fortemente com o carbono precipitando NbC à temperaturas abaixo

de 1000°C. Esses carbonetos são freqüentemente observados durante o reaquecimento,

por exemplo, durante tratamento térmico de alívio de tensões ou em soldagens

multipasses (Babu et al., 2001).

O nióbio ocasiona uma deterioração acentuada da tenacidade em ambas as condições,

como soldado e após tratamento térmico de alívio de tensões. Esta influência negativa

do nióbio é aproximadamente a mesma para todos os níveis de manganês, dessa forma,

deve-se manter o teor de nióbio o mais baixo possível (Evans, 1993a). O efeito do

nióbio na tenaciadade do metal de solda C-Mn (1.8% Mn) nas condições como soldado

e após tratamento térmico pode ser visto na Fig. 11.

22

Figura 11 - Influência do nióbio na tenacidade (Evans, 1993a)

Já o vanádio combina com o carbono e nitrogênio para precipitar como V(C,N) em

temperaturas abaixo de 800°C, assim como o nióbio, mas a precipitação é raramente

relacionada com o resfriamento do metal de solda, mas freqüentemente observada no

reaquecimento (Easterling, 1992).

O efeito positivo do vanádio como formador de ferrita acicular é inibido pela

precipitação de V(C,N) que, assim como para o carboneto de nióbio, aumenta o limite

de resistência a tração do metal de solda, particularmente se o reaquecimento for

necessário, mas isso é prejudicial à tenacidade (Easterling, 1992). O efeito do vanádio

no metal de solda C-Mn (0.65% Mn) nas condições como soldado e após tratamento

térmico pode ser visto na Fig. 12.

Figura 12 - Influência do vanádio na tenacidade de aços C-Mn (baixo Mn) (Evans, 1993b)

23

O aumento do teor de vanádio resulta em uma tendência à fragilização quando aplicado

tratamento térmico de alívio de tensões, mas não afeta na condição como soldado. É

observado que a fragilização do metal de solda após tratamento térmico se apresenta

mais acentuada para altos conteúdos de Mn (Evans, 1993b). O efeito do vanádio no

metal de solda C-Mn (1.8% Mn) nas condições como soldado e após tratamento térmico

pode ser visto na Fig. 13.

Figura 13 - Influência do vanádio na tenacidade de aços C-Mn (alto Mn) (Evans, 1993b)

Apesar de todas as informações encontradas nas bibliografias apresentadas ainda são

poucos os trabalhos que avaliam o fenômeno de redução da tenacidade em soldas

realizadas com arames tubulares rutílicos. O trabalho de Evans, por exemplo, é baseado

em soldas realizadas com eletrodos revestido básicos e como dito anteriormente avalia

principalmente a temperatura de transição dúctil frágil.

24

4. METODOLOGIA EXPERIMENTAL

Neste capítulo serão apresentados os materiais, os equipamentos e a metodologia

empregados neste trabalho.

4.1. Materiais

No desenvolvimento deste trabalho foram utilizados quatro tipos de arames tubulares

rutílicos de 1,2mm de diâmetro. Estes arames tubulares foram disponibilizados pela

ESAB S.A Ind e Com., cujos nomes comerciais são: OK TUBROD 81Ni1ULTRA,

FILARC PZ 6138SR, FILARC PZ 6116S e OK TUBROD 15.11. Os quais resultam em

metal depositado com teores de níquel entre 0,8 e 1,1% para os dois primeiros e entre

1,0 a 2,0% e 1,75 a 2,75% para os demais.

As composições químicas especificadas para os arames tubulares, segundo ASME SFA

5.29 (2005) (FCAW – Flux Cored Arc Welding -Low Alloy) estão apresentadas na Tab.

I, onde valores simples indicam teores máximos permitidos. De acordo com esta norma,

os arames são classificados como E81T1-Ni1, E81T1-Ni1MJ, E81T1-K2 e E81T1-Ni2,

respectivamente.

Tabela I: Composição química dos arames tubulares segundo ASME SFA 5.29 (2005)

Material C(%) Si(%) Mn(%) P(%) S(%) Ni(%) Cr(%) Mo(%) V(%) Nb(%)

E81T1-Ni1

E81T1-Ni1MJ 0,12 0,80 1,50 0,030 0,030

0,80

1,10 0,15 0,35 0,05 -

E81T1-K2 0,15 0,80 0,50

1,75 0,030 0,030

1,00

2,00 0,15 0,35 0,05 -

E81T1-Ni2 0,12 0,80 1,50 0,030 0,030 1,75

2,75 - - - -

25

Os quatro arames tubulares apresentam características similares no que diz respeito às

propriedades mecânicas requeridas para o metal depositado e devem atender à norma

ASME SFA 5.29 (2005) neste requisito, conforme a Tab. II.

Tabela II: Propriedades mecânicas mínimas exigidas (ASME SFA 5.29, 2005)

Material E81T1-Ni1 E81T1-Ni1MJ E81T1-K2 E81T1-Ni2

Limite de Escoamento (MPa) 550

Limite de Resistência à Tração (MPa) 470

Alongamento (%) 19

Resistência ao Impacto(J) 27

Temperatura de ensaio (°C) -29 -40 -29 -29

O arame tubular FILARC PZ 6138SR (E81T1-Ni1MJ) segue a mesma especificação de

composição química descrita para o arame tubular OK TUBROD 81Ni1ULTRA

(E81T1-Ni1), eles se diferenciam unicamente no requisito de tenacidade ao impacto

onde o sufixo J indica que o teste deve ser realizado à temperatura 11�C inferior a

exigida para o arame E81T1-Ni1.

O arame tubular FILARC PZ 6138SR foi selecionado para o presente estudo por ter

sido desenvolvido especificamente para aplicações onde é requerido tratamento térmico

de alívio de tensões sem perda das características de tenacidade à baixa temperatura.

Enquanto que o arame OK TUBROD 81Ni1ULTRA é um produto “standard”

desenvolvido para atender as especificações da norma ASME. Os arames FILARC PZ

6116S e OK TUBROD 15.11 foram selecionados por apresentarem no metal

depositados teores de Ni nas faixas de interesse deste trabalho.

Os gases de proteção foram selecionados seguindo as orientações do fabricante do

consumível, podendo ser CO2 ou mistura de gases na proporção 75% Ar e 25% CO2.

Especificamente para o OK TUBROD 81Ni1Ultra e PZ 6116S foi utilizado CO2,

enquanto que para o PZ 6138SR e OK TUBROD 15.11 foi utilizado a mistura de gases.

26

Este trabalho foi dividido em duas etapas:

1. Confecção de corpos de provas soldados em chapas de aço de 19mm de espessura

conforme especificação da norma ASME SFA 5.29 (2005).

2. Confecção de corpos de prova soldados em chapas de aço de 50mm de espessura

conforme especificação da norma Petrobrás N-1859 (1996).

Estas normas foram selecionadas por suas características, a primeira pelo fato

de ser a mais utilizada para a classificação e homologação de consumíveis para

soldagem. A segunda por ser a norma utilizada nas principais obras no setor naval e

“offshore”, em andamento no Brasil, para seleção de consumíveis para soldagem. As

exigências quanto à resistência ao impacto da norma Petrobras estão apresentadas na

Tab. III.

Tabela III: Resistência ao impacto, mínimos exigidos (Petrobrás N-1859, 1996)

Material Temperatura de

ensaio (°C) Média (J) Valor Individual (J)

Consumíveis classe 80/90 Ksi Temperatura de

projeto -30°C 67 � 47

A temperatura de projeto considerada durante a realização deste trabalho foi de 0°C,

resultando em uma temperatura de ensaio de resistência ao impacto de -30°C.

Para a confecção de corpos de prova segundo a norma ASME SFA 5.29 (2005) foram

utilizadas chapas aço ASTM A36 com de 19mm de espessura por 300mm de

comprimento por 150 mm de largura.

Já para a confecção de corpos de prova segundo a norma Petrobrás N-1859 (1996)

foram utilizadas chapas aço ASTM A516 grau 70 com 50mm de espessura por 660mm

de comprimento e 152mm de largura.

27

Essas dimensões foram adotadas uma vez que não seriam retirados corpos de prova

para o ensaio CTOD, dessa forma, as chapas tinham aproximadamente a metade do

comprimento especificado na norma Petrobrás N-1859 (1996). A composição química

das chapas de aço ASTM A36 e ASTM A516 grau 70 estão mostrados na Tab. IV.

Tabela IV: Composição química das chapas de aço (Especificação* x Real) ( *Bringas, 2004)

Material C(%) Si(%) Mn(%) P(%) S(%) Ni(%) Cr(%) Mo(%) V(%) Nb(%)

A36 0,25 0,40 - 0,040 0,050 - - - - -

Encontrado 0,12 0,04 0,43 0,016 0,006 0,02 0,013 0,00 0,013 0,042

A516-70 0,30 0,15

0,40

0,85

1,20 0,035 0,035 - - - - -

Encontrado 0,15 0,18 1,00 0,017 0,09 0,02 0,003 0,002 0,014 0,043

Apesar de não esperado, foram encontrados valores relativamente altos de Vanádio e

Nióbio, estes valores foram confirmados por análise química via úmida e leitura em

aparelho de absorção atômica.

De qualquer forma, durante a preparação para a soldagem dos corpos de prova

conforme especificação da norma ASME SFA 5.29 (2005) foi realizado o

amanteigamento das chapas e da face dos “cobre junta” utilizados. Este amanteigamento

trata-se da cobertura das superfícies com metal de solda do mesmo tipo a ser utilizado

na confecção do corpo de prova. A finalidade deste amanteigamento é reduzir a diluição

dos cordões de solda próximos à chapa e ao cobre junta.

A Tab. V mostra os requisitos de propriedades mecânicas para as chapas de aços ASTM

A36 e ASTM A516 grau 70.

28

Tabela V: Proprieda4i

29

Figura 15 - Esquema da soldagem da junta segundo ASME SFA 5.29 (2005)

Para facilitar o entendimento de todos os testes realizados, a nomenclatura atribuída aos

arames tubulares está mostrada na Tab. VI.

Tabela VI: Nomenclatura utilizada - CPs ASME

Arame Tubular Nome Comercial Classificação ASME SFA

5.29 (2005)

ATR1 OK Tubrod 81Ni1Ultra E81T1-Ni1

ATR2 PZ 6138 SR E81T1-Ni1 MJ

ATR3 PZ 6116 S E81T1-K2

ATR4 OK Tubrod 15.11 E81T1-Ni2

Os parâmetros de soldagem utilizados estão apresentados na Tab. VII.

Tabela VII: Parâmetros de soldagem utilizados na confecção das amostras

Parâmetro\ Amostra ATR1 ATR2 ATR3 ATR4

Corrente (A) 270 229 253 240

Tensão (V) 29 29 29 28

Temperatura Interpasse (°C) 166 166 166 166

Velocidade de soldagem (mm/s) 6,35 6,32 6,23 6,57

Aporte Térmico (kJ/mm) 1,23 1,12 1,18 1,02

30

A segunda etapa do trabalho é baseada na norma Petrobrás N-1859 (1996) e se inicia

com a soldagem manual de duas amostras para cada um dos três arames tubulares que

apresentaram melhores resultados de resistência ao impacto na primeira etapa do

trabalho. A geometria da junta foi preparada com chanfro em X com 3mm de nariz e

3mm de abertura na raiz, que pode ser visualizada na Fig. 16.

Figura 16 - Esquema da junta segundo Petrobrás N-1859D (1996)

Para facilitar o entendimento de todos os testes realizados, a nomenclatura atribuída às

amostras está mostrada na Tab. VIII.

Tabela VIII: Nomenclatura utilizada - CPs N-1859

Arame Tubular Seqüência de Soldagem Nome Comercial Classificação ASME SFA

5.29 (2005)

ATR1A Alternada OK Tubrod 81Ni1Ultra E81T1-Ni1

ATR1C Continua OK Tubrod 81Ni1Ultra E81T1-Ni1

ATR2A Alternada PZ 6138 SR E81T1-Ni1 MJ

ATR2C Contínua PZ 6138 SR E81T1-Ni1 MJ

ATR3A Alternada PZ 6116 S E81T1-K2

ATR3C Contínua PZ 6116 S E81T1-K2

A soldagem foi realizada na posição vertical ascendente com três filetes por camada de

enchimento e quatro filetes nas camadas de acabamento. As amostras foram preparadas

variando apenas a seqüência de passes. Foi denominada seqüência de soldagem

alternmada aquela onde a partir da quarta camada de solda, onde esta é formada por três

31

cordões de solda, o último cordão foi realizado no centro, o esquema da realização

destas amostras pode ser visto Fig. 17. Foi denominada de seqüência de soldagem

contínua onde os cordões de solda foram realizados sempre da esquerda para direita,

como pode ser visto na Fig. 18. Em ambas as FIGuras não foram levados em

consideração a fusão da chapa nem a refusão dos cordões de solda.

Figura 17 - Seqüência alternada (A)

Os parâmetros de soldagem utilizados na confecção das amostras em seqüência

alternada estão mostrado na Tab. IX.

Tabela IX: Parâmetros utilizados na confecção das amostras em seqüência alternada

Parâmetro\ Amostra Lado A ATR1A

Lado B ATR1A

Lado A ATR2A

Lado B ATR2A

Lado A ATR3A

Lado B ATR3A

Corrente (A) 210 200 223 214 188 187

Tensão (V) 28 28 26 26 27 28

Temperatura Interpasse (°C) 165 165 165 165 165 165

Velocidade de soldagem (mm/s) 3,80 3,67 4,04 4,17 3,88 3,84

Aporte Térmico (kJ/mm) 1,54 1,50 1,46 1,34 1,33 1,33

32

Figura 18 - Seqüência contínua (C)

Os parâmetros de soldagem utilizados na confecção das amostras em seqüência

continua são apresentados na Tab. X.

Tabela X: Parâmetros utilizados na confecção das amostras em seqüência continua

Parâmetro\ Amostra Lado A ATR1C

Lado B ATR1C

Lado A ATR2C

Lado B ATR2C

Lado A ATR3C

Lado B ATR3C

Corrente (A) 192 188 215 211 185 185

Tensão (V) 27 28 26 26 29 28

Temperatura Interpasse (°C) 165 165 165 165 165 165

Velocidade de soldagem (mm/s) 3,47 3,67 4,14 4,40 3,81 3,87

Aporte Térmico (kJ/mm) 1,50 1,44 1,37 1,26 1,40 1,35

Para a soldagem das amostras em chapas espessas, estas foram travadas com a

utilização de “cachorros” como pode ser visto na Fig. 19, a inclinação aplicada aos

cachorros tem a finalidade de reduzir as tensões residuais.

33

Figura 19 - Foto da montagem segundo norma Petrobrás N-1859 (1996)

Em todas amostras soldadas em chapas espessas foram utilizados cobre junta cerâmico

para melhorar as características do passe de raiz. A soldagem foi realizada por apenas

um soldador, iniciando pelo do lado A, com os “cachorros” fixados no lado B. Após a

soldagem completa do lado A, foram removidos os “cachorros” do lado B para permitir

que, com a utilização de uma esmerilhadeira, fosse extraído totalmente o primeiro passe

de solda evitando o envelhecimento da raiz. Em seguida, os cachorros foram fixados no

lado A sendo então realizada a soldagem do lado B. Este procedimento foi repetido na

preparação de todas amostras.

4.3. Tratamento térmico após soldagem

O tratamento térmico aplicado nas duas etapas do trabalho foi determinado de acordo

com a norma Petrobrás N-1859 (1996), ou seja, mínimo de 2 minutos na temperatura de

patamar de 600°C ± 20°C, para cada milímetro de espessura da chapa. No caso do corpo

de prova segundo a norma ASME SFA 5.29 (2005), 38 minutos e segundo norma

Petrobrás N-1859 (1996), 100 minutos (uma hora e quarenta minutos).

4.4. Preparação dos corpos de prova para os testes mecânicos

As amostras preparadas conforme a primeira etapa do trabalho foram cortadas como

mostrado nas Figs. 20 e 21. A seção correspondente ao corte A-A foi dividida ao meio

de forma que se pudesse permitir que uma metade fosse tratada termicamente para

alívio de tensões.

34

Figura 20 - Local de retiradas dos CPs ao longo da amostra (ASME SFA 5.29, 2005)

Figura 21 - Localização dos CPs (ASME SFA 5.29, 2005)

Dessa forma, os corpos de prova para ensaio Charpy-V (10 x 10 x 55)mm puderam ser

ensaiados em duas condições, como soldado (CS) e após tratamento térmico de alívio de

tensões (CT). Além dos corpos de prova para ensaio Charpy-V, um corpo de prova para

ensaio de tração, com seção reduzida de 12,7mm, também foi preparado e ensaiado,

mas apenas na condição CS. As dimensões das chapas e o posicionamento dos corpos

de provas em relação ao cordão de solda também podem ser vistos nas Figs. 20 e 21.

Já as amostras preparadas de acordo com a norma Petrobras N-1859 (1996) foram

ensaiadas nas duas situações CS e er atentodos cordos

d provos ( Tj2453059 0 Td(o)Tj5.65082 0 Td(6)Tj5.65082 0 Td(o)Tj5.65082 0 Td( )Tj3.60691 0 Td(p)Tj5.65082 0 Td(a)Tj5.04967 0 Td(r)Tj3.72714 0 TdS ensato de Td(e)Tj5.04967 0 Td(t)Tj3.24622 0 Td(u)Tj5.65082 0 Td(a)Tj5.04967 0ãTd(r)Tj3.72714 Td(d)Tj5.65082 0 Td(o)Tj43.72714 qTd( )Tj3.60691 0 Td(d)Tj5.65082 0 Td(u)Tj5.65082 0 Td(e)Tj5.1699 0 Td(n)Tj5.65082 0 Td(t)Tj3.12599 0 Td(o)Tj43.72714 Td( )Tj3.60691 0 Td(p)Tj5.65079 0 Td(a)Tj5.1699 0 Td(r)Tj3.72714 0 Td(0)Tj4825197 0 Td( )Tj3.60691 0 Td(e)Tj5.04967 0 Td(n)Tj5.65082 0 Td(s)Tj4.44852 0 Td(a)Tj5.65082 0 Td(t)Tj3.12599 0 Td(0)Tj4825197 0 Td( )Tj2.88553 0 Td(C)Tj7.5745 0 Td(h)Tj5.65082 0 Td(a)Tj5.04967 0 Td(r)Tj3.72714 0 Td(p)Tj5.65082 0 Td(y)Tj5.53059 0 Td(-)S0-reõerm0 form0 pr aauradtendpatormenroe para

35

corpos de provas em relação ao cordão de solda estão mostrado nas Figs. 22 a 25 onde

as medidas estão em milímetros:

Figura 22 - Distribuição dos CPs segundo a norma Petrobrás N-1859 (1996)

Figura 23 - Posição de retirada dos CPs de Tração (Petrobrás N-1859, 1996).

Figura 24 - Posição de retirada dos CPs de Charpy-V (Petrobrás N-1859, 1996)

37

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1. Corpos de prova conforme norma ASME SFA 5.29

Após a realização do ensaio de tração, cujos resultados serão apresentados mais à frente,

foi retirada uma seção transversal ao corpo de prova para a realização da análise quanto

às composição química, dureza e microestrutura, como mostrado na Fig. 25. Os

resultados de composição química encontrados estão apresentados na Tab. XI.

Tabela XI: Composição química do metal de solda - CPs ASME

Material C(%) Si(%) Mn(%) P(%) S(%) Ni(%) Cr(%) Mo(%) V(%) Nb(%) C.E.(%)

ATR1 0,03 0,39 1,09 0,015 0,008 0,97 0,014 0,005 0,017 0,049 0,2854

ATR2 0,05 0,32 1,13 0,013 0,009 0,93 0,015 0,009 0,019 0,045 0,3099

ATR3 0,05 0,29 1,05 0,018 0,008 1,23 0,025 0,008 0,036 0,056 0,3200

ATR4 0,03 0,40 0,93 0,015 0,009 2,48 0,022 0,008 0,021 0,053 0,3617

O calculo de Carbono Equivalente (C.E.) foi baseado na EQUAÇÃO (1), que pode ser

vista abaixo:

C.E. = %C + %Mn/6 + %Mo/4 + %Cr/5 + %Ni/15 + %Cu/15 + %P/3

O metal de solda dos arames tubulares ATR2 e ATR3 apresentaram valores de níquel

inferiores aos esperados, mas ainda dentro do especificado para estes consumíveis na

norma ASME SFA 5.29 (2005).

Após a soldagem das amostras, estas foram preparadas para avaliação das propriedades

mecânicas, sendo retirado de cada amostra, um corpo de prova (CP) para ensaio de

tração, cujos resultados estão apresentados na Tab. XII.

38

Tabela XII: Resultados dos ensaios de tração - CPs ASME

Consumível Limite de Resistência à

Tração (MPa)

Limite de Escoamento

(MPa)

Alongamento

(%)

ATR1 607 570 30

ATR2 567 503 30

ATR3 620 590 27

ATR4 673 635 25

Pode-se perceber que quanto maior o teor de níquel no metal depositado maiores são os

valores dos limites de resistência e escoamento. Da mesma forma, há uma redução do

alongamento com o aumento de níquel no metal de solda. Entretanto, quando se analisa

o valor do C.E. percebe-se que, apesar de apresentar o menor valor para este parâmetro,

o CP ATR1 apresenta valores de limite de resistência à tração e escoamento superiores

ao CP ATR2, que apresenta valor do C.E. 8,5% mais alto. O elemento que mais

interferiu no resultado do C.E. entre os CPs soldados com estes dois arames foi o

próprio carbono. Mas, não participa da equação do C.E. o Si, cujo teor no CP ATR1 é

praticamente 22% mais alto que no CP ATR2, este elemento juntamente com o maior

teor de Ni, podem ser os responsáveis pelo maior valor encontrado para os limite de

resistência à tração e escoamento para o CP ATR1.

Após a análise química das trações, procedeu à medição da dureza dos corpos de prova,

os valores encontrados estão apresentados na Tab. XIII.

Tabela XIII: Resultados da Medição de Dureza - CPs ASME

Consumível Dureza

(HRb)

Desvio

Padrão

ATR1 94 1,4

ATR2 90 1,6

ATR3 94 1,7

ATR4 99 0,5

39

O CP ATR2 apresentou o menor resultado de dureza do metal depositado, o que

coincide com o encontrado nos limites de escoamento e resistência. O CP ATR1

apresentou o mesmo valor que o CP ATR3 apesar de apresentar menos elementos de

liga. Já o CP ATR4 apresentou dureza 10% maior que o encontrado para o CP ATR2.

Novamente quando se analisa o valor do C.E. percebe-se que, apesar de apresentar o

menor valor para este parâmetro, o CP ATR1 apresenta valores dureza superiores ao CP

ATR2, como comentado anteriormente este resultado pode estar relacionado com o

maior teor de Si e Ni apresentados no CP ATR1.

O passo seguinte foi a realização da avaliação microestrutural das regiões colunares

(RC) e a medição das frações recristalizadas (FR) obtida de acordo com a EQUAÇÃO

(2), onde (ARR) é a área de cada região recristalizada e (At) é a área total. As medições

das frações recristalizadas foram realizadas com a utilização do software Quanticov.

Foram realizadas três medições em cada macrografia e o resultado determinado através

da média destes três valores.

FR = �ARR x 100 At

As regiões colunares e recristalizadas podem ser vistas na Fig. 26. Para cada uma das

amostras foi preparada uma micrografia. Uma vez que o CP é completamente de metal

de solda não houve preocupação quanto onde fotografar, o objetivo foi identificar

regiões colunares e recristalizadas bem definidas para micrografias, o que pode ser

visualizado nas Figs. 27 a 30.

Figura 26 - Regiões Colunares e Recristalizadas (7x)

RC

RR

40

Figura 27 - ATR1 Região Colunar (500x) - CPs ASME

Figura 28 - ATR2 Região Colunar (500x) - CPs ASME

FP

AF

FS

FS

FP

AF

41

Figura 29 - ATR3 Região Colunar (500x) - CPs ASME

Figura 30 - ATR4 Região Colunar (500x) - CPs ASME

FS FP

AF

FS

FP

AF

42

A análise quantitativa das micrografias de cada corpo de prova, esta apresentada na Tab.

XIV.

Tabela XIV: Análise microestrutural quantitativa - CPs ASME

Amostra ATR1 ATR2 ATR3 ATR4

FP(%) 27 23 46 37

FS(%) 28 20 10 18

AF(%) 45 57 44 45

Na região colunar não se percebe o efeito do níquel como formador de ferrita acicular

uma vez que o CP ATR2 apresentou o maior valor de ferrita e o menor valor de Ni no

metal de solda. Os demais CPs apresentaram praticamente a mesma fração deste

constituinte. O resultado apresentado pelo CP ATR2 irá coincidir com os resultados de

tenacidade que serão apresentados mais à frente.

A análise da Fração Recristalizada não apresentou grandes variações entre os quatros

CPs como pode ser visto na Tab. XV. Este fato está relacionado com o fato do mesmo

procedimento de soldagem ter sido empregado em todas as amostras.

Tabela XV: Fração recristalizada - CPs ASME

Amostra ATR1 ATR2 ATR3 ATR4

FR(%) 55,24 56,02 59,59 53,21

Desvio Padrão 0,82 0,53 0,03 0,75

O ensaio de resistência ao impacto Charpy-V, foi realizado em duas situações, como

soldado (CS) e após tratamento térmico de alívio de tensões (CT), a temperatura de

ensaio foi selecionada de acordo com a especificação da norma ASME SFA 5.29

(2005). Em cada situação foram testados 5 CPs de cada amostra, os valores estão

43

apresentados nas Tabs. XVI e XVII como também, na forma de gráfico na Fig. 31 onde

estão apresentadas as médias desses resultados.

Tabela XVI: Resistência ao Impacto (CS)- CPs ASME

Tabela XVII: Resistência ao Impacto (CT)- CPs ASME

Figura 31 - Resistência ao Impacto (J) - CPs ASME

Consumível Resistência ao Impacto (CS) (J) Média

(J)

Desvio

Padrão

Temperatura de Ensaio

(°C)

ATR1 169 171 153 125 159 155,4 18,5 -29

ATR2 151 167 163 155 147 156,6 8,3 -40

ATR3 131 147 139 124 145 137,2 9,7 -29

ATR4 122 112 147 122 151 130,8 17,2 -29

Consumível Resistência ao Impacto (CT) (J) Média

(J)

Desvio

Padrão

Temperatura de Ensaio

(°C)

ATR1 145 110 102 118 90 113,0 20,7 -29

ATR2 137 131 127 130 125 130,0 4,6 -40

ATR3 39 53 49 39 67 49,4 11,6 -29

ATR4 43 65 26 41 51 45,2 14,3 -29

44

Para todos os arames tubulares a situação após tratamento térmico de alívio de tensões

apresentou resultados de resistência ao impacto pior, quando comparado com a

condição como soldado. A redução da tenacidade foi mais acentuada para os arames

com maior quantidade de elementos de liga conseqüentemente maior C.E., ATR3 e

ATR4, onde a redução da resistência ao impacto foi em torno de 65%, apresentando na

condição como soldado valores de 137,2 e 130,8J e na condição após tratamento

térmico de alívio de tensão 49,4 e 45,2J respectivamente. Apesar da pequena diferença

entre eles, o arame ATR4 não foi soldado na condição de chapas espessa devido ao pior

resultado apresentado. O arame tubular ATR2 apresentou maior resultado de tenacidade

nas duas situações (CS) e (CT) apesar do ensaio ter sido realizado a temperatura 11°C

inferior aos demais arames.

5.2. Corpos de prova conforme norma Petrobrás N-1859

Após a soldagem dos corpos de prova segundo a norma Petrobrás N-1859 (1996), estes

foram preparados para avaliação das propriedades mecânicas nas condições como

soldado (CS) e após tratamento térmico de alívio de tensões (CT), os resultados

apresentados neste trabalho são referentes a corpos de prova retirados no lado A das

amostras, os resultados de ensaio de resistência ao impacto Charpy-V dizem respeito a

CPs retirados a 2mm da superfície da chapa.

Após a realização do ensaio de tração, foi retirada uma seção transversal de cada corpo

de prova para a realização da análise quanto à composição química, dureza e

microestruturas. Os resultados de composição química encontrados estão apresentados

na Tab. XVIII.

Tabela XVIII: Composição química do metal de solda - CPs N-1859

Material C(%) Si(%) Mn(%) P(%) S(%) Ni(%) Cr(%) Mo(%) V(%) Nb(%) C.E.(%)

ATR1 0,07 0,39 1,23 0,021 0,009 0,99 0,017 0,008 0,017 0,040 0,3534

ATR2 0.08 0.30 1.14 0.017 0.010 0.85 0.016 0.01 0.018 0,034 0,3381

ATR3 0.08 0.35 1.19 0.021 0.010 1.58 0.025 0.012 0.017 0,043 0,3986

45

Os valores de nióbio e vanádio não apresentam diferenças significativas, mas são teores

suficientemente altos para afetar as propriedades são da ordem de PPM, o método de

análise por emissão atômica não seja o mais indicado, devendo, por exemplo, recorrer à

fluorescência de Raios-X para proceder a uma avaliação mais criteriosa, infelizmente

não foi possível a utilização deste recurso neste trabalho. Os resultados de propriedades

mecânicas obtidos podem ser visualizados na Tab. XIX:

Tabela XIX: Resultados dos ensaios de tração - CPs N-1859

Amostra

Limite de

Resistência

à Tração

CS (MPa)

Limite de

Escoamento CS

(MPa)

Alongamento

CS (%)

Limite de

Resistência

à Tração

CT (MPa)

Limite de

Escoamento

CT (MPa)

Alongamento

CT (%)

ATR1A 629 566 30 617 542 26

ATR1C 629 579 27 635 566 26

ATR2A 576 495 27 566 478 30

ATR2C 608 552 27 563 469 32

ATR3A 667 616 25 665 601 26

ATR3C 658 608 26 684 572 27

Todos arames tubulares apresentam uma pequena redução no limite de escoamento na

condição CT, esta se mostra mais acentuada no arame ATR2 quando a seqüência de

soldagem é contínua.

O arame tubular ATR3 apresenta um aumento na ordem de 25MPa no limite de

resistência na condição CT quando a seqüência de soldagem é contínua, mas se mantém

estável quando soldado na seqüência alternada. Já para o ATR2, em ambas as

seqüências de soldagem, há uma redução do limite de resistência na condição CT que se

apresenta mais acentuada para a seqüência contínua, este arame tubular apresenta os

menores valores de limite de resistência em todas as condições. Este comportamento é

consistente com os valores de C.E. apresentados.

O arame tubular ATR2 apresenta um aumento no alongamento na condição CT em

ambas situações de seqüência de soldagem; enquanto que para o ATR1 há uma redução

no alongamento sendo esta mais acentuada na seqüência de soldagem contínua. O

46

ATR3 se mantém praticamente estável em todas as condições, com uma leve tendência

de apresentar um melhor resultado na soldagem em seqüência contínua.

Após as análises químicas, procedeu-se à medição da dureza dos corpos de prova, os

valores encontrados estão apresentados na Tab. XX.

Tabela XX: Resultados da Medição de Dureza - CPs N-1859

Amostra Dureza CS

(HRb)

Desvio Padrão

Dureza CT

(HRb)

Desvio Padrão

ATR1A 91 0,6 91 2,5

ATR1C 94 1,5 89 3,6

ATR2A 87 2,0 86 1,2

ATR2C 90 2,5 88 0,6

ATR3A 95 0,6 95 2,1

ATR3C 92 2,5 94 0,6

O arame ATR3 apresenta um pequeno aumento na dureza na condição CT e na

seqüência de soldagem contínua, mas se mantém estável na seqüência alternada. As

amostras ATR1 e ATR2 apresentam redução no valor de dureza na condição CT, esta

redução é mais acentuada na seqüência de soldagem contínua nas duas amostras.

O passo seguinte foi à realização da avaliação microestrutural da região colunar (RC),

para cada uma das situações de seqüência de passes e com ou sem tratamento térmico

de alívio de tensões foi preparada uma micrografia. Uma vez que o CP é completamente

de metal de solda não houve preocupação quanto onde fotografar, o objtivo foi

identificar regiões colunares bem definidas para micrografias, estas podem ser

visualizadas nas Figs. de 32 a 43.

47

Figura 32 - ATR1A Região Colunar (CS) (500x) - CPs N-1859

Figura 33 - ATR1A Região Colunar (CT) (500x) - CPs N-1859

FS

FP AF

FS

FP

AF

48

Figura 34 - ATR1C Região Colunar (CS) (500x) - CPs N-1859

Figura 35 - ATR1C Região Colunar (CT) (500x) - CPs N-1859

FS

FP

AF

FS

FP

AF

49

Figura 36 - ATR2A Região Colunar (CS) (500x) - CPs N-1859

Figura 37 - ATR2A Região Colunar (CT) (500x) - CPs N-1859

FS

FP

AF

FS

FP

AF

50

Figura 38 - ATR2C Região Colunar (CS) (500x) - CPs N-1859

Figura 39 - ATR2C Região Colunar (CT) (500x) - CPs N-1859

FS

FP

AF

FS

FP

AF

51

Figura 40 - ATR3A Região Colunar (CS) (500x) - CPs N-1859

Figura 41 - ATR3A Região Colunar (CT) (500x) - CPs N-1859

FS

FP

AF

FS

FP

AF

52

Figura 42 - ATR3C Região Colunar (CS) (500x) - CPs N-1859

Figura 43 - ATR3C Região Colunar (CT) (500x) - CPs N-1859

FS FP

AF

FS

FP AF

53

A análise quantitativa das micrografias de cada amostra está apresentada na Tab. XXI.

Tabela XXI: Análise microestrutural quantitativa - CPs N-1859

Amostra FP (%) FS (%) AF (%)

ATR1A RC (CS) 35 30 35

ATR1A RC (CT) 32 33 35

ATR1C RC (CS) 42 27 31

ATR1C RC (CT) 31 39 30

ATR2A RC (CS) 38 33 29

ATR2A RC (CT) 34 40 26

ATR2C RC (CS) 36 34 30

ATR2C RC (CT) 41 28 31

ATR3A RC (CS) 22 21 58

ATR3A RC (CT) 23 21 56

ATR3C RC (CS) 29 22 49

ATR3C RC (CT) 27 23 50

Pode-se perceber uma tendência à presença de maior fração de ferrita acicular e menor

de ferrita de contorno de grão para os corpos de prova soldados na seqüência alternada

para os CPs de ATR1 e ATR3. Entretanto, para os CPs de ATR2 comportamento é

invertido.

De acordo com os resultados encontrados na avaliação quantitativa das micrografias,

percebe-se que o tratamento térmico de alívio de tensões não modifica de forma

significativa as relações entre as frações dos microconstituintes, o que coincide com o

comentado por Fortes (2003) e Trindade et al. (2005).

Os CPs soldados com ATR3 tem a tendência de apresentarem maior fração de ferrita

acicular, que ocorre para a seqüência de soldagem alternada. Este fato pode ser

justificado pelo maior teor de Ni (1,58%), isto vem a coincidir com o apresentado por

Evans (1991).

54

A análise da Fração recristalizada não apresentou grandes variações entre os CPs e as

seqüências de soldagem como pode ser visto na Tab. XXII. Era esperado uma maior

fração recristalizado para os CPs soldado em seqüência alternada, pelo fato do último

cordão de uma camada ser realizado sobre os dois cordões anteriores, mas não este fato

não se confirmou.

Tabela XXII: Fração recristalizada - CPs N-1859

Amostra FR (%) Desvio

Padrão

ATR1A (CS) 55,87 0,84

ATR1A (CT) 51,05 0,83

ATR1C (CS) 53,36 1,43

ATR1C (CT) 58,84 1,90

ATR2A (CS) 49,66 1,60

ATR2A (CT) 44,07 1,78

ATR2C (CS) 49,95 2,24

ATR2C (CT) 49,10 1,35

ATR3A (CS) 56,83 2,17

ATR3A (CT) 49,22 1,17

ATR3C (CS) 47,25 3,12

ATR3C (CT) 55,60 0,47

O ensaio de resistência ao impacto, foi realizado em duas situações, como soldado e

após tratamento térmico, a temperatura de ensaio foi selecionada de acordo com a

especificação da norma Petrobrás N-1859 (1996), em todos os teste a temperatura de

ensaio foi de -30°C. Em cada situação foram testados 3 CPs Charpy-V. Os valores de

tenacidade estão apresentados nas Tabs. XXIII e XIX, como também na forma de

gráfico na Fig. 44 onde estão apresentadas as médias desses.

56

Os corpos de prova de ATR2 apresentam os maiores valores de tenacidade em ambas as

situações, como soldado e após tratamento térmico de alívio de tensões. Quando

soldado na seqüência alternada apresenta o melh2 0 Td( )Tj-400.607 -19.56 Td(s)TjT res ul tado de ten cidade na si tuaaãTj3.12599 0 Td(c)Tj5.04967 0 Td(o)Tj5.44852 0 Td( )Tj-4CTj5.85312 0 Td()Tj8.197332 0 Td()Tj4.44852 0 Td(.)Tj2.32829 0 Td(,)Tj3-20.4391 Td( )Tj-4

4456 TmO

Os corpos ade

prove

ide

iAT

57

6. CONCLUSÕES

Com base nos resultado dos testes realizados, pode-se concluir que:

��O efeito do níquel como gerador de ferrita acicular em metais de solda de aço C-

Mn, não pôde ser identificado nas amostras soldadas conforme ASME 5.29

(2005), entretanto, nas amostras soldadas conforme a norma Petrobrás é nítido

que o aumento no teor de níquel resultou em maior fração deste

microconstituinte.

��O maior valor de tenacidade não esta necessariamente associado a maior fração

de ferrita acicular, apesar disto ter ocorrido nas amostras da norma ASME, o

mesmo não ocorreu nas amostras da norma Petrobrás, onde a amostra com a

maior fração de ferrita acicular apresentou os piores valores de tenacidade.

��A espessura da chapa a ser soldada influencia nos resultados de tenacidade, mas

os não determina. As propriedades do metal de solda estão mais relacionadas

com o as características do consumível de soldagem utilizado.

��Na soldagem das amostras da norma Petrobrás não foi possível identificar a

partir dos resultados de propriedades mecânicas a influência da seqüência de

passes de soldagem. Os resultados de resistência ao impacto parecem depender

mais do consumível utilizado, não sendo possível determinar a melhor seqüência

de soldagem para um dado consumível sem a realização de testes comparativos.

Entretanto, uma tendência apresentada na condição como soldado é mantida

após tratamento térmico de alívio de tensões.

��O melhor resultado de tenacidade foi encontrado para arame tubular ATR2 em

todas as situações. Este arame apresentou menor teor de Ni sendo o único que

não apresenta grande degradação da resistência ao impacto Charpy-V após

tratamento térmico de alívio de tensões. Apresenta também os menores valores

dos limites de escoamento, resistência e dureza, o que coincide com o indicado

58

por Wedgery (1997) como sendo parâmetros importantes para bons resultados

de tenacidade. O fato de ter sido desenvolvido especificamente para situações

onde tratamento térmico é necessário e o seu desempenho superior, mostra a

necessidade da seleção adequada do consumível de soldagem.

59

7. PROPOSTAS PARA TRABALHOS FUTUROS

��Sugere-se a realização de experimento semelhante, onde as variáveis passam a

ser o aporte térmico e a temperatura de interpasse, o que vem de encontro com a

atualização da norma Petrobrás N-1859 (2005).

��Avaliação do efeito de elementos de liga presentes em aços microligados como

Vanádio e Nióbio, principalmente em situações onde tratamento térmico de

alívio de tensões é exigido.

��Avaliação da ocorrência de endurecimento secundário como decorrência da

soldagem em multipasse.

��Avaliação da influência do teor de Níquel em arames tubulares do tipo

”SR(Stress Relievable)” desenvolvidos especificamente para situações em que é

necessária a realização de tratamento térmico de alívio de tensões.

60

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. ARAUJO, W. R.;Comparação entre Soldagem Robotizada com Arame Sólido e

“Metal Cored” - A Ocorrência do “Finger”, Dissertação de Mestrado, Escola de

Engenharia da UFMG, Belo Horizonte, 2004.

2. BABU,S.S.; DAVID, S.A.; QUINTANA, M.A.; Modeling Microstruture

Development in Self-shielded Flux Cored Arc Welds. Welding Journal, Miami, No.

4, 2001.

3. BHADESHIA, H. K. D. H.; SVENSSON, L.-E; CERJAK, EDS. H; EASTERING,

K. E.; Modelling the Evolution of Microstructure in Steel Weld Metals,

Mathematical Modelling of Weld Phenomena, Institute of Materials, London, 1993,

pp. 109-182.

4. BRINGAS, J.E.; Handbook of World Steel Standards: ASTM data series publication

DS67B, Third Edition, ASTM International, West Conshohocken, 2004.

5. BRITO, V. L. O.; VOORWALD, H. J.C.; NERVES, N.; BOTT, I. S.; Effects of a

Postweld Heat Tratament on a Submerged Arc Welded ASTM A537 Pressure

Vesssel Steel. Journal of Materials Engineering and Performance, Volume 10, No.

3, Junho 2001, p. 249-257 .

6. EASTERLING, K.; Itrodution to the Physical Metallurgy of Welding. Butterworth-

Heinemann, Second Edition, Oxford 1992.

7. EVANS, G. M.; The Efect of Nickel on the Microestruture and Proprieties of C-Mn

All-Weld Metal Deposits. Welding Research Abroad Vol. XXVII No. 2, 3 Fev/ Mar

1991.

8. EVANS, G. M.; The Efect of Niobium on the Manganese Containing MMA Weld

Deposits. Welding International (UK). Vol. 7, No. 7, 1993a, p. 518-528.

61

9. EVANS, G.M.; The Efect of Vanadium on the Manganese Containing MMA Weld

Deposits. Welding International (UK). Vol. 7, No. 6, 1993b, p. 438-448.

10. EROGLU, M.; AKSOY, M.; Effect of Nickel on Microstructure and Mechanical

Properties of Heat Affected Zone of Low Carbon Steel. Materials Science and

Technology January 2002 Vol. 18, p. 35-40

11. FERRAZ, J.C.; LEÃO, I.; SANTOS, R.L.C.; PORTELA, L.M.; Estudo da

Competitividade de Cadeias Produtivas Integradas no Brasil: Impacto das Zonas de

Livre Comércio - Cadeia: Industria Naval, UNICAMP, Campinas, Dezembro 2002,

p 1-48.

12. FPSO BRASIL. Fig. Disponível em < www.toolpusher.co.uk >. Acesso em

17/11/2005.

13. FORTES, C. Arames Tubulares OK. Revisão 28/03/2003, ESAB S/A Indústria e

Comércio, Contagem, p. 2-40.

14. HORNET, P.; Fracture of Weld Including Mismatch Effect. Disponível em <

http://www.iasmirt.org/G1398.PDF >. Acesso em 17/11/2005.

15. IIW Sub-comission IXJ “Guide to the light microscope examination of ferritic steel

weld metals”. IIW Doc. IX-1533-88, 1988.

16. KANG, B. Y.; KIM , H. J.; HWANG, S. K.; Effect of Mn and Ni on the Variation

of the Microstructure and Mechanical Properties of Low-carbon Weld Metals. ISIJ

International, Vol. 40 (2000), No. 12, p. 1237–1245.

17. KEEHAN, E.; ANDRÉN, H. -O.; KARLSSON; L.; MURUGANANTH, M. ;

BHADESHIA, H. K. D. H.; Microstructural and Mechanical Effects of Nickel and

Manganese on High Strength Steel Weld Metals. Disponível em

<http://www.msm.cam.ac.uk/phase-trans/2003/Keehan.Trends.2002.pdf > . Acesso

em 17/11/2005.

62

18. KEEHAN, E.; KARLSSON, L.; ANDRÉN, H. -O.; SVENSSON, L.-E.; New

Developments with C–Mn–Ni in High Strength Steel Weld Metals — Part B.

Mechanical Properties. Disponível em < http://www.msm.cam.ac.uk/phase-

trans/2005/Enda/Paper8.pdf >. Acesso em 17/11/2005.

19. LALAM, S. H.; BHADESHIA, H. K. D. H.; MACKAY, D. J. C.; Estimation of

Mechanical Properties of Ferritics Steel Welds – Part 2: Elongation end Charpy

Toughness. Science and Technology Of Welding an Joinig 2000 Vol. 5, No. 3, p.

149-160.

20. LAITINEN, R.; PORTER, D.; Toughness Properties of a E 500 TM “offshore”

Steel. Rautaruukki Oyj Corporate R&D, Raahe, Finland.

21. METZBOWER, E. A.; DELOACH, J. J.; LALAM, S. H.; BHADESHIA, H. K. D.

H.; Analysis of Toughness of Welding Alloys for High Strength Low Alloy

Shipbuilding Steels. Science and Technology Of Welding an Joinig, Vol. 6, No. 6,

1999, p. 368-374.

22. MARQUES, P. V.; Fundamentos de Metalurgia da Soldagem. In: Tecnologia da

Soldagem. Editora “O Lutador”. Belo Horizonte: ESAB, Cap. 5, 1991, p. 71-106.

23. MEE, V. v. d.; NEESSN, F.; Development of High Strenght Steel Consumables

from Project to Product. Lincoln Smitweld bv, Netherlands. Disponível em <

http://www.sintef.no/units/matek/Press/12_vdMee.pdf > . Acesso em 17/11/2005.

24. MORRIS, J.W.;Jr.,Z.GUO; KRENN, R.C.; KIM, Y.-H. The Limits of Strenght and

Toughness in Steel. ISIJ International, Vol.41(2001), No. 6, p. 599-611.

25. MURUGANANTH, M.; BABU, S.S.; DAVID, S.A.; Optimization of Shielded

Metal Arc Weld Composition for Charpy Toughness. Welding Journal, No.10,

Miami 2004, p. 267-276.

26. OLSON, D.L.; LIU, S.; FROST, R.H.; EDWARDS, G.R.; FLEMING, D.A.; Nature

and Behavior of Flux Used for Welding. Fundamentals of Welding, 1998.

63

27. PETRÓLEO BRASILEIRO S.A.- PETROBRAS; N-1859. Consumível de

Soldagem com Propriedade Assegurada. REV. D, Abril 1996.

28. PILIPENKO, A.; Computer Simulation of Residual Stress and Distortion of Thick

Plates in Multi-Electrode Submerged arc Welding. Their Mitigation Techniques.

Tese de Doutorado, Norwegian University of Science and Technology (NTNU),

Trondheim, Julho 2001, p. 11-13.

29. QUINTANA, M.A.; JOHNSON, M.Q.; The Effects of Intermixed Weld Metal on

Mechanical Properties – Part 1. Welding Journal, Março 1999, p. 87-99.

30. RORVIK, G.; ONSOIEN, M.I., KLUKEN, O.A.; AKSELSEN, O.M.; High Heat

Input Welding of “offshore” Structures – Procedures an Weld Properties. Welding

Journal, Vol. 71, No. 9, Setembro 1992, p. 331s-339s.

31. SHARMA, S; Fracture Crack Relative to Weld Interface in a Pressure Vesse1 Steel.

Tese de Doutorado, University of Regina, Regina, Saskatchewan, Abril 1998.

32. STRANGWOOD, M.; BHADESHIA, H. K. D. H.; The Mechanism of Acicular

Ferrite Formation in Steel Weld Deposits. Advances in Welding Technology and

Science ASM, Metals Park, Ohio 1987, p 187-191.

33. SURIAN, E. S.; VEDIA, L. A. de; All-Weld-Metal Design for AWS E10018M,

E11018M and 12018M Type Eletrodes. Welding Journal, No. 5, Miami 1999, p.

217-228.

34. SVENSSON, L. -E.;Control of Microestrutures and Properties in Steel Arc Welds.

CRC Press, Inc. Boca Raton 1994.

35. THE AMERICAN SOCIETY OF MECHANICAL ENGINEERS. Boiler and

Pressure Vassel Code. Section II – C, vol 49, SFA 5.29, Edition 2004 Addenda

2005.

64

36. TRINDADE, V. B.; PARANHOS, R. P. R.; PAYÃO, J. C.; SOUZA, L. F. G.;

Influência da Adição de Níquel na Tenacidade de Metais de Solda de Aços C-Mn

Antes e Após Tratamento Térmico de Alívio de Tensões. Soldagem Insp., Vol. 10,

No. 4, Out-Nov 2005, p. 164-171.

37. TRINDADE, V. B.; GUIMARÃES, A. S.; PAYÃO, J. C.; Normalizing Heat

Treatment Effect on Low Alloy Stell Weld Metals. J. of the Braz. Soc. Mech. Sci &

Eng., Vol. XXVI, No. 1, January-March 2004, p. 62-66.

38. UTTERBERG, B.; SVENSSON, L. -E.; Effect of Normalising Heat Treatament on

Microestruture and Properties of Nickel Alloyed C-Mn Weld Metals. Science and

Technology of Welding and Joining, Vol. 7, No. 6, 2002, p. 363 -373.

39. VERCESI, J.; SURIAN, E.; The Effect of Welding Parameters on High-Strength

SMAW All-Weld-Metall – Part 1: AWS E11018M. Welding Journal, No. 5, Miami

1996, p. 191-196.

40. WANG, W.; LIU, S.; Alloying and Microstruture Manegement in Developing

SMAW Electrodes For HSLA-100 Steel. Welding Journal, No. 6, Miami 2002, p.

132-145.

41. WELDING COMPANY KOBE STEEL, Ltd.; Welding of “offshore” Structures

Part 1: How to Select Welding Consumables. Technical Highlight, Kobelco Welding

Today, Vol. 6, No. 1, Janeiro 2003a, p. 3-7.

42. WELDING COMPANY KOBE STEEL, Ltd.; Welding of “offshore” Structures

Part 2: How to Select Welding Consumables. Technical Highlight, Kobelco Welding

Today, Vol. 6, No. 2, Abril 2003b, p. 3-7.

43. WIDGERY, D. J.; KARLSSON, L.; MURUGANANTH, M.; KEEHAN, E.

Approaches to the Development of High Strength Weld Metals. Disponível em <

http://www.sintef.no/units/matek/PRESS/11_Widgery.pdf >. Acesso em

17/11/2005.

65

44. WIDGERY, D. J.; Stress-Relievable Rutile Flux-Cored Wires – a New Approach.

Svetsaren, No. 1-2, 1997, p. 45-48.

45. ZHANG, Z.; FARRAR, R. A.; Influence of Mn and Ni on the Microstructure and

Thoughness of C-Mn-Ni Weld Metals. Welding Journal, No.5, Miami 1997, p. 183-

196.

Livros Grátis( http://www.livrosgratis.com.br )

Milhares de Livros para Download: Baixar livros de AdministraçãoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciência da ComputaçãoBaixar livros de Ciência da InformaçãoBaixar livros de Ciência PolíticaBaixar livros de Ciências da SaúdeBaixar livros de ComunicaçãoBaixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomésticaBaixar livros de EducaçãoBaixar livros de Educação - TrânsitoBaixar livros de Educação FísicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmáciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FísicaBaixar livros de GeociênciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistóriaBaixar livros de Línguas

Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemáticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterináriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MúsicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuímicaBaixar livros de Saúde ColetivaBaixar livros de Serviço SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo