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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS
CURSO DE AGRONOMIA
EFEITO DE INDUTOR DE RESISTÊNCIA NO CONTROLE DE
DOENÇAS FOLIARES E NA PRODUTIVIDADE DA CULTURA DA
SOJA
MATHEUS BELLEI MARECO
SINOP
MATO GROSSO – BRASIL
2019
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS
CURSO DE AGRONOMIA
EFEITO DE INDUTOR DE RESISTÊNCIA NO CONTROLE DE
DOENÇAS FOLIARES E NA PRODUTIVIDADE DA CULTURA DA
SOJA
MATHEUS BELLEI MARECO
Dra. SOLANGE MARIA BONALDO
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)
apresentado ao Curso de Agronomia do
ICAA/CUS/UFMT, como parte das exigências
para obtenção do Grau de Bacharel em
Agronomia.
SINOP
MATO GROSSO – BRASIL
2019
Dados Internacionais de Catalogação na Fonte.
Ficha catalográfica elaborada automaticamente de acordo com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.
M323e Mareco, Matheus Bellei.
EFEITO DE INDUTOR DE RESISTÊNCIA NO CONTROLE DE DOENÇAS FOLIARES E NA PRODUTIVIDADE DA CULTURA DA SOJA / Matheus Bellei Mareco. -- 2019
44 f. : il. color. ; 30 cm.
Orientadora: Solange Maria Bonaldo. TCC (graduação em Agronomia) - Universidade Federal
de Mato Grosso, Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais, Sinop, 2019.
Inclui bibliografia.
1. mancha alvo. 2. fungicidas. 3. antracnose. 4. intensificação da agricultura. I. Título.
Termo de Aprovação
DEDICATÓRIA
A Deus, que nos momentos de
precisão, me escuta como seu filho, e
esclarece a minha mente quando nada
mais pode. A minha mãe, Rosania
Bellei, pela persistência, apoio, por
acreditar em mim e em meus sonhos
sem permitir-me retroceder nem baixar
a guarda e acima de tudo, por ser meu
exemplo de todos os dias.
Dedico ainda a todos os amigos que
acompanharam e inspiraram minha
trajetória até aqui, sem vocês, não
seria possível.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, que confortou e alinhou meus passos para
prosseguir da melhor forma possível esta trajetória.
Agradeço a minha mãe Rosania Bellei, por me apoiar e me suportar em todos os
momentos de incertezas e dificuldades. Agradeço por me ensinar pelo exemplo de cada dia,
a ser forte, persistente, amável e a jamais desistir dos meus sonhos, me incentivando e me
inspirando. Obrigado Mãe.
A Professora e Orientadora Solange Maria Bonaldo, pela dedicação ilimitada em nos
passar conhecimento. Obrigado pelas exigências, que me fizeram crescer durante o
desenvolvimento deste trabalho, mas obrigado acima de tudo, pela forma como o faz, sempre
depositando a fé da certeza que seremos capazes de realizar nossa tarefa. Como orientados,
nos sentimos seus filhos, obrigado.
Ao Diego Motta, por todos os conhecimentos passados, pela oportunidade de me
permitir conhecer na prática a profissão de Engenheiro Agrônomo. Agradeço também
Leonardo Stresser, pela parceria durante os trabalhos realizados.
Agradeço a Agropel Sementes por ceder a área de desenvolvimento da pesquisa, e
ainda a BS Consultoria, pela coleta de dados pluviométricos, implantação e manutenção da
área.
Agradeço a minha namorada Yasmin Marques pelo seu apoio incondicional,
acreditando em cada passo dado por mim.
A meus amigos e colegas de curso Matheus Berno, Pablo Dal Maso, Tulio Gomes,
Artur Bonato, Pedro Debrino, Alan Nicascio, Marcos Aurélio, Junior Kerber, Felipe Ferraz,
Neskhem Rodrigues e Jean Miranda, pelo companheirismo desde o início desta jornada.
Agradeço ainda a todos os amigos que não foram aqui citados, mas que contribuíram
direta ou indiretamente para que fossem construídos todos os momentos que me trouxeram
até aqui.
SUMÁRIO
1. RESUMO ...........................................................................................................................8
2. ABSTRACT ........................................................................................................................9
3. INTRODUÇÃO .................................................................................................................10
4. REFERENCIAL TEÓRICO ...............................................................................................12
4.1 Cultura da Soja ...........................................................................................................12
4.2 Aspectos de cultivo da soja .........................................................................................12
4.3 Doenças da cultura da soja .........................................................................................13
4.3.1 Ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi). .........................................................13
4.3.2 Mancha Alvo (Corynespora cassiicola) .................................................................14
4.3.3 Antracnose (Colletotrichum truncatum e C. cliviae) ..............................................15
4.3.4 Míldio (Peronospora manshurica) .........................................................................15
4.4 Controle químico de doenças......................................................................................16
4.5 Indutores de resistência ..............................................................................................17
5. MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................................18
5.1 Localização do experimento........................................................................................18
5.2 Cultivar utilizada..........................................................................................................19
5.3 Precipitação durante a safra .......................................................................................19
5.4 Delineamento experimental.........................................................................................21
5.5 Produtos utilizados ......................................................................................................21
5.6 Condução do experimento ..........................................................................................21
5.7 Avaliações realizadas .................................................................................................22
5.8 Análise estatística .......................................................................................................24
6. RESULTADOS E DISCUSSÕES ......................................................................................25
6.1 Severidade de doenças ..............................................................................................25
6.2 Elementos Morfoagronômicos .....................................................................................36
7. CONCLUSÕES ................................................................................................................39
8. BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................40
1. RESUMO
Com grande importância econômica e social no Brasil, a soja é uma das principais culturas
produzidas no período da safra. No Brasil, foram identificadas mais de 40 doenças causadas
por bactérias, vírus, nematóides e fungos, número que continua aumentando com a
expansão e intensificação da agricultura no país. O objetivo deste trabalho é avaliar a
eficiência de fungicidas associados ou não a um indutor de resistência no controle de
doenças e na produtividade da cultura da soja (Glycine max (L.) Merrill). O experimento foi
conduzido durante a Safra 2017/2018 em Sinop, Mato Grosso. O delineamento estatístico
utilizado foi o de blocos casualizados, com 07 tratamentos e 05 repetições, com a cultivar M
8372 IPRO. O produto INDUCER foi aplicado em associação com os fungicidas Vessarya®
e Orkestra®, nos estádios V8 (oitavo nó), R1 (início do florescimento), R1+16 e R1+34). O
fungicida Vessarya® juntamente ao INDUCER nos tratamentos 5 (INDUCER (V6/V8)
Vessarya®+INDUCER (R1) Vessarya® (R1+16 e R1+34)) e 7 (INDUCER+Vessarya®
(V6/V8 e R1) Vessarya® (R1+16)) proporcionaram controle de 40% de Mancha Alvo
(Corynespora cassiicola), com a aplicação realizada em V8, independente da aplicação em
R1+34. Não houve diferença estatística no controle de Antracnose (Colletotrichum
truncatum) ou Míldio (Peronospora manshurica). Em relação ao número de vagens/planta;
número grãos/planta; número de vagens de 4, 3, 2 e 1 grãos, massa (g) de mil grãos e
produtividade (kg/ha), não houve diferença significativa entre os tratamentos, no ensaio
realizado. Os tratamentos com INDUCER no estádio vegetativo, foram os que apresentaram
menor área abaixo da curva de progresso da doença, podendo este ter influenciado na
resistência das plantas aos fitopatógenos.
Palavras-chave: mancha alvo; fungicidas; antracnose; intensificação da agricultura.
2. ABSTRACT
With great economic and social importance in Brazil, soybean is one of the main crops
produced during the harvest period. In Brazil, more than 40 diseases caused by bacteria,
viruses, nematodes and fungi have been identified, a number that continues to increase with
the expansion and intensification of agriculture in the country. With the objective of avaluating
the efficiency of the Inducer in the aid of disease control in the soybeans (Glycine max (L.)
Merril) crop productivity, an experiment was conduced at an experimental area during the
2017/2018 harvest, at Sinop, Mato Grosso. The statistical design used was the randomized
blocks, with seven treatments and five replications, with the cultivar M8372 IPRO. The
Inducer was applied in association with the fungicides Vessarya® (Benzovindiflupir 50g/L +
Picoxistrobina 100g/L) and Orkestra® (Piraclostrobina 333g/L + Fluxapiroxade 167g/L), at
the V8 growth stages, R1(Beginning flowering), R1+16 days and R1+34 days. The fungicide
Vessarya® in conjunction with Inducer at the treatments five (INDUCER (V6/V8)
Vessarya®+INDUCER (R1) Vessarya® (R1+16 e R1+34) and seven (INDUCER+Vessarya®
(V6/V8 e R1) Vessarya® (R1+16)), provided a control of 40% in the Target Spot
(Corynespora cassiicola), with the application performed on V8, independent of the aplication
in R1+34. There was no estatistical difference in Anthracnose (Colletotrichum truncatum), or
Downy mildew (Peronospora manshurica) control. In relation of the number of pods/plant;
grain number/plant; 4, 3, 2 and 1 grains pods; mass of a Thousand grains and productivity
(Kg/ha), there was no significant difference between the treatments in the test performed.
The treatments that used INDUCER at the vegetative stage were the ones that presented
lower area below disease progress curva, wich could have influenced the resistance of the
plants to phytopathogens.
Keywords: target spot; fungicide; anthracnose; agriculture intensification.
10
3. INTRODUÇÃO
A soja (Glycine max (L.) Merril) é uma das principais commodities produzidas
mundialmente, fazendo parte do conjunto de atividades agrícolas com maior destaque
mundial, configurando-se como a principal commodity do setor agrícola brasileiro.
Com trabalhos de melhoramento genético realizados desde a chegada da soja no
Brasil, hoje, Mato Grosso é o maior produtor de grãos do país. Com produção de 114,3
milhões de toneladas na safra 2018/2019, em 35,8 milhões de hectares, o Brasil tem grande
destaque na produção deste grão ocupando a segunda posição no ranking mundial, ficando
atrás apenas dos Estados Unidos (CONAB, 2019). No entanto, o Brasil possui potencial
produtivo muito acima do hoje explorado, e o constante aprimoramento de técnicas é
necessário não só para a maximização da produção assim como para atender as exigências
de um mercado externo criterioso, pois mais de 60% da soja aqui produzida é destinada à
exportação.
Apesar da larga escala de produção da cultura, as doenças estão entre os principais
fatores que limitam o seu rendimento. Estes danos anuais na produção são estimados entre
15 a 20%, entretanto, algumas doenças podem ocasionar danos de até 100% (HENNING et
al., 2014). O controle químico de doenças na soja é o mais utilizado, em virtude de ser
relativamente barato, rápido e eficaz. São empregas misturas de fungicidas do grupo dos
triazóis com estrobilurinas com moléculas de outros grupos químicos, como carboxamidas,
ampliando dessa forma o espectro de ação do produto, visando evitar pressão de seleção a
patógenos resistentes (AUGUSTI, 2012).
Em 2018, o Comitê de Ação a Resistência a Fungicidas (FRAC), realizou testes de
Carboxamidas para Mancha Alvo (Corynespora cassiicola), e por meio de ensaios em
laboratórios, relatou a presença de isolados com sensibilidade reduzida para os fungicidas
Inibidores da Succinato Desidrogenase (SDHI). Investigações a respeito da relevância e
distribuição das mutações para a redução da sensibilidade serão realizadas por meio de
programas intensivos de monitoramento (FRAC BRASIL, 2018).
A resistência do fungo Phakopsora pachyrhizi a Inibidores QoI, estrobilurinas, foi
constatada em 2015 no Brasil, onde identificou-se a primeira mutação de gene da
Phakopsora pachyrhizi relacionada a perca de sensibilidade (KLOSOWSKI et al., 2015).
Relatórios do FRAC indicando boas práticas ao produtor, alertam a respeito do risco de
evolução da perca de sensibilidade aos grupos químicos dos mecanismos de ação mais
utilizados (FRAC BRASIL, 2018).
Assim, tem crescido nos últimos anos a busca por produtos que, além de exercerem
o controle de doenças, promovam efeitos fisiológicos na planta, bem como a ativação de
mecanismos de defesa contra o ataque de fitopatógenos.
11
Portanto, na busca de quantidade e qualidade de grãos produzidos, a imunização de
plantas contra fitopatógenos, conta com diversas técnicas hoje aplicadas de acordo com a
necessidade de cada região. Dentre essas técnicas, tem se tornado cada vez mais frequente
a utilização de indutores de resistência, que tem como objetivo evitar ou atrasar a entrada e
ou a subsequente atividade do patógeno em seus tecidos, por meio de mecanismos de
defesa próprios.
Estudos desenvolvidos com a aplicação de fosfito fosfato de potássio (1,0 Kg/ha),
relataram a eficiência deste produto, reduzindo significativamente a AACDP de Mancha Alvo
(Corynespora cassiicola) quando associado a fungicidas (0,3 L/ha de Trifloxistrobina +
Protioconazol) (LAMONICA, 2014).
Tese desenvolvida por Carvalho (2010) utilizou diferentes indutores de resistência,
entre eles, fosfitos de potássio, fosfitos de cobre, acibenzolar-S-metil (ASM),
mananoligossacarídeo fosforilado derivado da parede celular da levedura Saccharomyces
cerevisae (MOS). Os tratamentos foram aplicados em diferentes doses e estádios
fenológicos. Na cultura da soja, o autor observou que os indutores de resistência não
controlaram a Mancha alvo, e esta se infestou como na testemunha, atingindo o nível
máximo de severidade.
Portanto, este trabalho avalia a eficiência de INDUCER, indutor de resistência,
quando associado a fungicidas de alta e média performance, com o objetivo de avaliar a
produtividade e o controle de fitopatógenos na cultura da soja.
12
4. REFERENCIAL TEÓRICO
4.1 Cultura da Soja
Segundo referências encontradas por Li Yu-Ying e Grandvoinette em uma obra
médica escrita por She-non, a soja (Glycine max (L.) Merril), proveniente da china, se prende
a própria origem do povo chinês, onde foi base da alimentação deste povo ainda três mil
anos a.C. (ALMEIDA, 1972).
Seu uso se restringiu a China por milênios, mas no século XVII começou a ser
difundida em outros países e quando foi plantada no Jardim Botânico de Paris, tornou-se
conhecida na Europa. Nos EUA, a primeira referência sobre o comportamento da soja foi
feita em um artigo escrito por James Mease com o nome de “Soy”, em 1804, na Pensilvânia
(SHURTLEFF et al., 2004).
Segundo Almeida, foi em 1882 que na Bahia, Gustavo D’Utra, fez a primeira
experiência com soja relatada no Brasil. Em 1892, no Instituto Agronômico de Campinas,
Daffert fez as primeiras observações sobre a soja, e as primeiras pesquisas foram realizadas
em 1914 pelo Professor F. C. Craig, na escola superior de Agronomia e Veterinária Técnica,
atual Esalq (ALMEIDA, 1972 apud CARVALHO, 2010).
A grande expansão da soja no Brasil teve início na década de 1970, progresso
atribuído a programas de melhoramento genético, e nesta mesma década, a Secretaria de
Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (IPEAS) lançou as primeiras cultivares
brasileiras, originadas de cruzamento de material introduzido do Sul dos Estados Unidos
(MANDARINO, 2017).
4.2 Aspectos de cultivo da soja
Alguns aspectos edafoclimáticos são essenciais para o bom desenvolvimento da
cultura da soja, como precipitação, temperatura e fotoperíodo (GIANLUPPI et al., 2009).
A necessidade hídrica total da cultura varia entre 450 a 800 mm/ciclo, dependendo
das condições climáticas, o manejo da cultura e o ciclo da cultivar. O florescimento e o
enchimento de grãos, são as fases de maior demanda hídrica, necessitando de 7 a 8 mm/dia
(ZITO et al., 2007). Déficits hídricos significativos durante as fases de florescimento e
enchimento de grãos, podem levar a queda prematura de folhas e flores e ao abortamento
de vagens, reduzindo assim o enchimento de grãos (EMBRAPA, 2011).
A temperatura ideal para o crescimento e desenvolvimento da cultura está em torno
de 30°C. Temperaturas abaixo de 20°C podem prejudicar a germinação de sementes, e
acima de 40°C, provocar o abortamento de flores e baixa capacidade de retenção de vagens.
13
Temperaturas próximas a 10°C, reduzem drasticamente o crescimento desta cultura (ZITO,
et al., 2007).
A soja apresenta alta sensibilidade ao fotoperíodo, por isso conhecer essa
característica da região é essencial para o correto posicionamento das cultivares.
Cruzamentos genéticos introduzidos em vários materiais de soja, prolongam o período
juvenil da planta, o que possibilitou o desenvolvimento de cultivares aptas as regiões
tropicais (GIANLUPPI et al., 2009).
4.3 Doenças da cultura da soja
No Brasil, mais de 40 doenças foram relatadas na cultura da soja, número que tende
a aumentar em função da expansão das áreas agrícolas. A incidência e a severidade dessas
doenças dependem de alguns fatores, como o clima, cultivares susceptíveis e potencial de
inóculo de patógenos.
De região a região e de ano a ano, varia a importância econômica de cada doença.
Com o aumento de safras por ano, utilização da irrigação na produção de alimentos e ainda
o melhoramento de plantas que visam aumento de produtividade, os fitopatógenos se tornam
cada vez mais comuns, devido a intensificação da agricultura (RODRIGUES, 2006).
Dentre as principais doenças ocasionadas na cultura da soja por fungos, tem-se:
Ferrugem Asiática (Phakopsora pachyrhizi), Mancha Alvo (Corynespora cassiicola) e
Antracnose (Colletotrichum truncatum e C. cliviae).
4.3.1 Ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi).
Doença originária da China, presente na maioria dos países da Ásia. O primeiro relato
dessa doença no brasil se deu entra a safra 2001/2002, levando a perdas em várias regiões
do país. A sua dispersão ocorre pelo vento, e devido a sua agressividade e capacidade de
adaptação, esta não encontra barreiras que impeçam a sua disseminação (JÚNIOR, 2018).
A Ferrugem asiática é uma doença de destaque mundial e que mais tem preocupado
os produtores de soja. O seu nível de dano pode chegar a 90% (YORINORI et al., 2005),
dependendo do momento em que esta incide na cultura. Os sintomas são a presença de
pontos mais escuros que a parte superior da soja na face adaxial da folha, e a presença de
urédias na face abaxial, estas responsáveis pela produção dos uredósporos. O dano é
caracterizado pela senescência prematura das folhas, o que leva a má formação do grão ou
até mesmo a ausência da vagem.
Desde a safra 2003/04, a Embrapa Soja iniciou experimentos comparando o
desempenho dos fungicidas no controle dessa doença, desde então muitas alterações nas
14
recomendações foram implementadas em função dos resultados obtidos nesses
experimentos (GODOY et al., 2018, B).
A primeira mutação relacionada a resistência em um gene de Ferrugem foi detectada
em 2015. A pesquisa identificou a perca de sensibilidade do fungo Phakopsora phachyrhizi
ao grupo dos inibidores de QoI, estrobilurinas (KLOSOWSKI et al., 2015).
Em 2018 o FRAC (Comitê de Ação a Resistência a Fungicida) alertou aos produtores
a necessidade de boas práticas de manejo, indicando a utilização de fungicidas com
mecanismos de ação distintos, rotacionando estes durante a safra e não aplicando o mesmo
fungicida mais de uma vez no mesmo ciclo de cultivo (FRAC BRASIL, 2018).
A perda de eficiência de determinadas moléculas fungicidas é um processo natural,
que ocorre principalmente devido a pressão de seleção exercida sobre o fungo, a resistência
é provocada pela utilização maciça e cíclica da mesma molécula (JÚNIOR. E., 2018).
Portanto uma das maneiras de controlar a doença é optar pela utilização de cultivares de
soja com ciclos precoces, devido ao menor tempo de exposição no campo, respeitar o
calendário de plantio e o vazio sanitário e realizar a rotação de fungicidas com diferentes
tipos de ação.
4.3.2 Mancha Alvo (Corynespora cassiicola)
O fungo Corynespora cassiicola infecta mais de 390 espécies de plantas. Com o
nome de Helminthosporium vignae, este patógeno foi identificado nos EUA pela primeira vez
em 1945. Em 1974 e 1976 ocorreram os primeiros registros no Brasil, sendo no Mato Grosso
e no Paraná respectivamente (ALMEIDA et al., 1976).
As perdas médias podem oscilar entre 15 e 25%, dependendo da suscetibilidade da
cultivar, momento do início e condições de clima favorável (BAYER, 2018). O fungo pode
ser transmitido por sementes infectadas, sobreviver em restos culturais ou colonizar ampla
gama de resíduos do solo (GODOY et al., 2016, A).
Os sintomas típicos são observados nas folhas da soja, iniciando por pontuações
pardas, com halo amarelado e evoluindo para manchas circulares, de coloração castanho-
clara a castanho-escura. Normalmente, as manchas apresentam pontuações no centro e
anéis concêntricos de coloração mais escura (GODOY et al., 2016, C). Se o fungo infectar
raízes, este pode causar podridão radicular e intensa esporulação (HENNING et al., 2005).
Tratamento de sementes, uso de cultivares resistentes, rotação/sucessão de culturas
com espécies não hospedeiras como o milho e gramíneas e pulverização com fungicida são
estratégias de controle recomendadas para o controle desta doença (ALMEIDA et al., 1997;
HENNING et al., 2005).
15
Relatos de resistência de Mancha Alvo a Carboxamidas foram publicados pelo FRAC
em 2018, onde foram identificadas mutações dos sítios alvos deste grupo químico, em
isolados que apresentaram sensibilidade reduzida. O comitê recomenda utilizar sempre
misturas formadas por dois ou mais fungicidas com mecanismos de ação distintas, e ainda
que não seja utilizado fungicidas contendo Carboxamidas de maneira isolada.
4.3.3 Antracnose (Colletotrichum truncatum e C. cliviae)
Uma das principais doenças da soja, especialmente nas regiões dos Cerrados
(ALMEIDA et al., 1997), o fungo C. truncatum apresenta alta taxa de disseminação, pode
sobreviver em restos culturais, partes aéreas de plantas e ser transmitido via sementes
(MANANDHAR; HARTMAN, 2008).
Relatado pela primeira vez como fitopatógeno da soja em 2017, C. cliviae foi coletado
em campos comerciais no cerrado Brasileiro, no período de janeiro de 2012 a novembro de
2014. Após cultivo em laboratório e inoculação na cultura da soja, foi possível confirmar a
associação deste fungo com a Antracnose da soja no Brasil (BARBIERI et al., 2017).
O sintoma típico da doença são manchas castanho-escuras a negras sobre as folhas,
pecíolos, hastes e vagens. O ataque no estádio de plântulas pode levar ao tombamento,
reduzindo o número de plantas por área (GRIGOLLI, 2014)
Sob condições de alta umidade, a antracnose é favorecida, causando
apodrecimento, queda de folhas e vagens, abertura de vagens imaturas e germinação dos
grãos em formação (GALLI et al., 2005). Pode inferir na sobrevivência das plântulas,
ocasionando o tombamento destas além da redução na germinação das sementes (BEGUM
et al., 2008).
Dentre as medidas de controle da antracnose pode-se citar a rotação de culturas com
plantas não hospedeiras do patógeno, o tratamento de sementes associando produtos de
contato e sistêmicos como por exemplo carbendazin+thiram, a adequação da população de
plantas/m², o manejo adequado do solo, o uso de variedades resistentes e o tratamento
químico com fungicidas (ADAMI et al., 2006).
4.3.4 Míldio (Peronospora manshurica)
O míldio se encontra entre as principais doenças da soja no Brasil, devido a sua
ampla disseminação, os prejuízos decorrentes da doença estão estimados entre 8 e 14%
quando em cultivares sucetíveis (FERREIRA et al., 1981; DUNLEAVY, 1987). A ocorrência
desta doença é favorecida por temperaturas entre 20 e 22ºC e elevados períodos de
16
molhamento foliar (12 horas), durante qualquer estágio fenológico da cultura (PICININI e
FERNANDES, 2000).
Dando início nas folhas unifolioladas, a doença progride, podendo atingir toda a parte
aérea. Os sintomas iniciais são manchas de 3 a 5 mm, verde-claras, que evoluem para cor
amarela na página superior da folha, evoluindo para um tecido necrosado. No verso da
mancha amarelada, aparecem estruturas de frutificação do patógeno, de aspecto cotonoso
e de coloração levemente rosada a cinza (HENNING, et al., 2014).
O ciclo do patógeno é iniciado por estruturas que sobrevivem de várias formas na
ausência do hospedeiro principal (AMORIM, et al., 2011). Os oósporos têm coloração
marrom-clara ou amarela, apresentam parede reticulada e podem sobreviver nos restos
culturais e sementes por vários anos (SINCLAIR; HARTMAN, 1999).
O manejo dessa doença envolve a rotação de culturas com espécies não
hospedeiras do patógeno, destruição dos restos culturais, uso de cultivares resistentes e o
tratamento de sementes com fungicidas (GRIGOLLI, 2014).
4.4 Controle químico de doenças
Para garantir a alta produtividade e a qualidade de produção visada pela agricultura,
muitas vezes, o controle químico é a única opção eficiente e economicamente viável
(AMORIM et al., 2011).
“Fungicidas são produtos químicos capazes de prevenir infecção de tecido de plantas
vivas, por fungos patogênicos” (GARCIA, 1999).
Países mais desenvolvidos e que possuem uma agricultura tecnologicamente mais
avançada praticam maior intensidade do controle químico de doenças, e são estes os que
possuem previsão de melhores colheitas.
Os fungicidas são classificados com base em sua natureza química e no modo de
ação do produto contra o fitopatógeno. Quanto ao momento da aplicação, estes são
classificados em fungicidas protetores ou de contato, erradicantes e sistêmicos (ZAMBOLIM
et al., 2008).
Fungicidas protetores ou de contato, apresentam efeito somente se forem aplicados
antes da penetração do patógeno no hospedeiro, eles agem como uma barreira tóxica
quando aplicados a superfície dos órgãos vegetais, inibindo então a germinação dos esporos
e do tubo polínico. Os fungicidas de ação erradicante, podem tanto ser protetores quanto
agir diretamente sobre o patógeno, eliminando-o do solo ou da superfície de partes da
planta. Fungicidas sistêmicos, tem a capacidade de inibir a infecção do patógeno. Seu
princípio ativo é translocado para partes distantes do local de aplicação após a absorção
(GARCIA, 1999).
17
Quanto ao modo de ação, os fungicidas podem ser classificados como: I) tópicos ou
imóveis: que permanecem no local em que foram aplicados, não são absorvidos e
translocados pela planta; II) sistêmicos e móveis: são translocados via xilema ou floema,
após serem absorvidos pelas raízes e folhas; III) loco-sistêmicos: são translocados somente
a pequenas distâncias dentro da folha a partir do ponto de deposição; IV) mesostêmicos:
apresentam afinidade com a superfície foliar e pode ser absorvido pela camada de cera,
atua no mesófilo foliar, formando um depósito livre que pode ser redistribuído pela água; V)
indutores de resistência: ativam o sistema de defesa quando aplicado sobre as plantas, não
apresentam atividade fungicida “in vitro”, (KESSMANN et al., 1996).
Entre os principais grupos químicos de fungicidas para a soja estão os, triazóis,
estrobilurinas, benzimidazois, fenilpirrol e carboxamidas. Os triazóis são fungicidas
orgânicos e sistêmicos, que atuam na inibição de ergosterol e possuem alta fungitoxidade,
apresentam rápida penetração e translocação nos tecidos vegetais (RODRIGUES, 2006).
As estrobilurinas são compostos químicos, que atuam de forma preventiva, curativa e
erradicante, pela inibição da respiração mitocondrial, cessam a atividade dos fungos em
estádio inicial e pós-germinação. Suas moléculas são absorvidas pelas folhas de forma
gradual e constante, o que fornece proteção a parte superior e permite um maior intervalo
entre as aplicações (RODRIGUES, 2006). Os benzimidazóis atuam inibindo o crescimento
do tubo germinativo, a formação do apressório e no crescimento micelial, interrompem a
mitose na metáfase, atacando a fusão mitótica (EHR et al., 2002). Possuem alta atividade
sistêmica, e ação protetora e curativa. O fenilpirrol causa uma desordem de algumas funções
da membrana, inibindo a germinação de conídeos. Isso ocorre por meio da inibição da
quinase proteica, que está adaptada a modular a atividade de enzimas (VENANCIO et al.,
1999). É um fungicida protetor, com longa atividade residual. As carboxamidas inibem a
fosforilação da cadeia respiratória (ENCINAS, 2004), afetando o crescimento do tubo
germinativo e a penetração, provocando o colapso da hifa de infecção. São fungicidas
sistêmicos e de contato, e possuem ação protetora e curativa (RODRIGUES, 2006).
4.5 Indutores de resistência
O trabalho mais antigo que se tem notícia a cerca da ativação de mecanismos de
indução de defesa em plantas contra microrganismos é o de Bernard em 1911 (BARROS et
al., 2010), o que demonstra que a indução resistência é conhecida de longa data. Ross, em
estudos pioneiros na década de 60, demonstrou a ativação do genuíno mecanismo de
resistência. No entanto, apesar de a muito conhecermos este mecanismo, foi apenas a partir
década de 90 que seu emprego tem recebido a merecida atenção no controle de doenças
de plantas (OOSTENDORP et al., 2001).
18
A indução de resistência consiste na ativação de mecanismos de defesa da própria
planta que se encontram em estado latente, essa resistência pode ser proporcionada por
um agente indutor, biótico ou abiótico. São vários os métodos de ativação, entre eles estão:
I) formas virulentas de patógenos, como extratos vegetais e extratos de fungos; II) formas
avirulentas de patógenos, raças incompatíveis; III) por ativadores químicos, como ácido
aminobutírico, ácido 2.6-dicloroisonicotínico e acibenzolar-S-metil; IV) extratos microbianos;
V) pela colonização da rizosfera por bactérias promotoras do crescimento (CARVALHO,
2010).
A proteção obtida com a indução de resistência pode ser local ou sistêmica e ainda
depender do intervalo do tempo entre o tratamento inicial e a inoculação do patógeno. A
proteção pode variar de poucos dias a algumas semanas ou ainda durar todo o ciclo de vida
da planta, onde neste caso, torna-se um mecanismo de defesa constitutivo do hospedeiro
(PASCHOLATI; LEITE, 1995).
Dois tipos de resistência podem ser induzidas em plantas, a resistência sistêmica
adquirida (SAR), que pode ocorrer de forma localizada ou sistemicamente, em função ao
ataque de patógenos que causam lesões necróticas ou com a aplicação de ácido salicílico
ou compostos sintéticos, como o de ester S-metil do ácido benzo [1,2,3] tiadiazol-7-
carbotioico e o ácido 2,6-dicloroisonicotínico. Este tipo de resistência é eficaz contra um
amplo espectro de patógenos, e está associada com a produção de proteínas (CARVALHO,
2010). Na resistência sistêmica induzida (RSI), a molécula sinalizadora é mediada pelo ácido
jasmônico e o etileno, sem envolver a expressão de proteínas (VAN LOON; BAKKER;
PIETERSE, 1998).
O efeito de indutores abióticos de resistência a Ferrugem Asiática e produtividade da
soja foram testados pela Embrapa em 2012. Constatou-se que o silicato de potássio aplicado
via foliar de forma preventiva, auxilia no controle da ferrugem-asiática, reduzindo as
aplicações de fungicidas e que o silicato de potássio aplicado junto ao acibenzolar-S-methyl
(ASM), possibilita reduzir o número de aplicações de fungicidas sem que haja redução da
produtividade (ROESE et al, 2012).
5. MATERIAIS E MÉTODOS
5.1 Localização do experimento
O experimento foi conduzido em área experimental, cedida pela Sementeira Agropel
Sementes, localizada no município de Sinop, Mato Grosso, com altitude de 384m, situada
na coordenada geográfica 11º 54’ 55,9” S; 55º 29’ 53,0” O.
19
5.2 Cultivar utilizada
A cultivar utilizada neste experimento foi a M8372 IPRO, do grupo de maturação 8.3
e ciclo de 120 dias para a região. Variedade de elevado potencial produtivo, que apresenta
excelente arquitetura, uma ampla adaptação geográfica e alta estabilidade. Seu crescimento
é determinado e sua altura média é de 76 cm. Apresenta resistência moderada para Mancha
olho de rã (Cercospora sojina), Mancha alvo (Corynespora cassiicola) e a nematoide de cisto
(raças 1, 3, 6 e 10), sendo recomendado monitoramento para a aplicação de fungicidas para
as manchas. A população indicada varia de acordo com a época da semeadura e a altitude
da região, variando de 12 a 14 plantas por metro.
5.3 Precipitação durante a safra
Segundo dados da BS Consultoria, nos meses de novembro de 2017 a fevereiro de
2018, a precipitação média no local do experimento foi de 236,46mm/mês, proporcionando
condições favoráveis para o desenvolvimento da cultura no campo (Figura 1).
Figura 1. Precipitação pluviométrica acumulada (mm) nos meses de outubro de 2017 a abril de 2018, na área de condução do experimento, safra de 2017/2018. (Fonte: BS Consultoria.)
Na Safra 2017/2018 houve precipitação acumulada relativamente baixa em relação
as anteriores, que variaram de 867,9 mm em 20015/2016 e 2.000,4 mm em 2013/2014
(EMBRAPA AGROSSILVIPASTORIL, 2017). O baixo indice de doenças presentes nesta
23,00
222,85
252,64267,60
202,75
104,25
69,00
0
50
100
150
200
250
300
OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR
Pre
cip
itação
(m
m)
Meses
20
safra pode ter sido influenciado pela baixa precipitação. Não houve verânicos durante a safra
em questão (Figura 2) e a cultivar desenvolveu-se sem dificuldades.
Figura 2. Precipitação pluviométrica (mm) entre os dias 17 de outubro de 2017 ao dia 10 de abril de 2018, na área de condução do experimento, safra de 2017/2018 (Fonte: BS Consultoria).
0
10
20
30
40
50
60
70
17/1
0/2
017
24/1
0/2
017
31/1
0/2
017
07/1
1/2
017
14/1
1/2
017
21/1
1/2
017
28/1
1/2
017
05/1
2/2
017
12/1
2/2
017
19/1
2/2
017
26/1
2/2
017
02/0
1/2
018
09/0
1/2
018
16/0
1/2
018
23/0
1/2
018
30/0
1/2
018
06/0
2/2
018
13/0
2/2
018
20/0
2/2
018
27/0
2/2
018
06/0
3/2
018
13/0
3/2
018
20/0
3/2
018
27/0
3/2
018
03/0
4/2
018
10/0
4/2
018
Pre
cip
itação
(m
m)
21
5.4 Delineamento experimental
O delineamento experimental utilizado foi blocos casualizados (DBC), com 7
tratamentos e 5 repetições, totalizando 35 parcelas (Figura 3).
Figura 3. Foto da área experimental no dia 17 de janeiro de 2018. Sinop, safra 2017/2018.
5.5 Produtos utilizados
Os produtos utilizados foram: 1) Orkestra® SC (Fluxapiroxade 167 g/L e
Piraclostrobina 333g/L); 2) Vessarya® (Benzovindiflupir 50 g/L e Picoxistrobina 100 g/L); 3)
INDUCER; 4) Assist (Óleo Mineral 756 g/L).
Ambos os Fungicidas utilizados nos tratamentos são compostos por ingredientes
ativos dos grupos químicos Carboxamidas, que inibem a fosforilação da cadeia respiratória
e Estrobilurinas, que inibem a respiração mitocondrial. O Óleo Mineral utilizado é um
Concentrado Emulsionável do grupo químico dos Hidrocarbonetos alifáticos.
5.6 Condução do experimento
A semeadura foi realizada no dia 12 de dezembro de 2017, período tardio para o
norte de Mato Grosso, o que chamou atenção para área devido a esta possivelmente
apresentar uma alta pressão de doenças no final de seu ciclo. Aplicou-se 400 kg/ha do
22
formulado NPK 05-25-25 na adubação a lanço, e as sementes foram tratadas com Vitavax®
Thiram (Carboxina 200 g/L e Tiram 200 g/L), na dosagem de 100 mL/ha e 4 doses de
inoculante aplicados via Micron®, Standak Top® (Piraclostrobina 25 g/L, Tiofanato metílico
225 g/L e Fipronil 250 g/L), dosagem de 200 mL/100Kg de sementes.
O experimento foi implantado no dia 18 de dezembro de 2017, com parcelas de 20m²
(5m x 4m), sendo a área útil para avaliação de 12m² (4m x 3m), onde foram marcadas
aleatoriamente 5 plantas por parcela para realizar as avaliações.
Os tratamentos foram aplicados com pulverizador costal pressurizado CO2 com barra
de 4 bicos e jato em formato cônico, espaçados em 50cm e volume de calda de 150L.ha-1.
As aplicações de manutenção seguiram o padrão da empresa, conforme a necessidade
apontada pelo monitoramento da lavoura. Os tratamentos e os estádios em que foram
realizadas as aplicações constam na Tabela 1.
Tabela 1. Tratamentos aplicados em ensaio de soja visando controle de doenças, safra 2017/2018.
Tratamentos V6/V8 R1 R1+16 R1+32
T1 - - - -
T2 - Orkestra® SC * –
250 mL/ha Orkestra® SC* –
250 mL/ha Orkestra® SC* –
250 mL/ha
T3 - Vessarya® – 500 mL/ha
Vessarya® – 500 mL/ha
Vessarya® – 500 mL/ha
T4 INDUCER 1,2 L/ha
Orkestra® SC* – 250 mL/ha
INDUCER 1,2 L/ha
Orkestra® SC* –
250 mL/ha
Orkestra® SC* – 250 mL/ha
T5 INDUCER 1,2 L/ha
Vessarya® – 500mL/ha
INDUCER 1,2 L/ha
Vessarya® – 500 mL/ha
Vessarya® – 500 mL/ha
T6 Orkestra®SC* –
250mL/ha INDUCER 1,2 L/ha
Orkestra® SC* – 250mL/ha
INDUCER 1,2 L/ha
Orkestra® SC* – 250 mL/ha
-
T7 Vessarya® –
500mL/ha, INDUCER 1,2 L/ha
Vessarya® – 500mL/ha,
INDUCER 1,2 L/ha
Vessarya® – 500 mL/ha
-
*Adicionado Óleo Mineral Assist® nos tratamentos com Orkestra® SC.
5.7 Avaliações realizadas
Foram realizadas avaliações de severidade de Ferrugem asiática (Phakopsora
pachyrhizi), Antracnose (Colletotrichum truncatum e C. cliviae), Mancha alvo (Corynespora
cassiicola) e Míldio (Peronospora manshurica). Para avaliação de severidade foram
23
selecionadas 5 plantas dentro da área útil de cada parcela (Figura 4), totalizando 175 plantas
avaliadas. A avaliação de antracnose foi realizada visualmente e a severidade de mancha
alvo foi baseada nas lesões apresentadas nas folhas, de acordo com escala de Soares et
al. (2009) (Figura 5).
Figura 4. Detalhe de planta marcada para avaliação de severidade. Sinop, safra 2017/2018.
Figura 5. Escala diagramática para avaliação da severidade da mancha alvo (Corynespora cassiicola) na soja (SOARES et al., 2009).
24
Uma escala diagramática também foi utilizada para avaliar a severidade do míldio (P.
manshurica) (KOWATA et al., 2008) (Figura 6).
Figura 6. Escala diagramática para severidade de míldio em soja causado por Peronospora manshurica variando entre 0,08% a 87,65% (KOWATA et al., 2008).
Foram realizadas 6 avaliações com intervalos que variaram de 7 a 9 dias, os dados
de severidade das doenças foram utilizados para a construção da curva de progresso da
doença e cálculo da área abaixo da curva da doença (AACPD) (CAMPBELL; MADDEN,
1990), que foi utilizada para cálculo da eficácia de controle (ABBOT, 1925).
A colheita foi realizada manualmente no dia 5 de março de 2018. A massa de 1.000
grãos (g) foi determinada de acordo com metodologia descrita nas Regras para Análise de
Sementes (BRASIL, 2009), sendo 8 repetições de 100 grãos coletados e pesados em
balança semi-analítica (0,01 g). O cálculo é realizado pela média das repetições multiplicada
por 10. Sendo que este procedimento foi realizado em 3 repetições por amostra.
Avaliou-se também número de grãos por vagem (grãos/vagem) e produtividade
(Kg/ha), com correção de umidade comercial a 14%.
5.8 Análise estatística
Os dados coletados foram submetidos à análise de variância e as médias submetidas
ao teste Scott-Knott ao nível de 5% de probabilidade com auxílio do programa SASM-Agri
(CANTERI et al., 2001).
25
6. RESULTADOS E DISCUSSÕES
6.1 Severidade de doenças
Não houve incidência de Ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi) durante o
desenvolvimento da cultura.
A Antracnose (C. truncatum) não apresentou alta pressão de severidade na cultura
da soja neste ensaio, e apesar dos sintomas serem notados desde a primeira avaliação (R1)
não houve diferença estatística entre os tratamentos nesta época (Tabela 2).
Observou-se altos índices do progresso de antracnose entre os estádios R1 (Início
do florescimento) e R3 (Início da formação da vagem) assim como de R5.4 (Enchimento de
grão) para R6 (Vagem cheia); entretanto sem inferir em diferença significativa entre os
tratamentos. Portanto apesar de maior severidade desta doença na testemunha e nos
tratamentos 3 (Vessarya® (R1, R1+16 e R1+34)) e 4 (INDUCER (V6/V8) Orkestra® SC +
INDUCER (R1) Orkestra® SC (R1+16 e R1+34)), não houve diferença estatística
significativa em nenhuma época avaliada em quaisquer tratamentos (Figura 7, Tabela 2).
26
Tabela 1. Severidade de Antracnose (Colletotrichum truncatum) em plantas de soja submetidas a diferentes tratamentos foliares, em diferentes épocas, na cultura da soja, safra 2017/1018
Tratamentos Severidade (%)
R1 R3 R5.1 R5.4 R6 R6+7
T1-Testemunha 0,139a 0,715a 0,732a 0,774a 0,924a 1,279a
T2-Orkestra® SC (R1,
R1+16 e R1+34) 0,115a
0,724a 0,737a 0,801a 0,893a 1,056a
T3-Vessarya® (R1,
R1+16 e R1+34) 0,148a 0,722a 0,729a 0,782a 0,944a 1,124a
T4-INDUCER (V6/V8)
Orkestra® SC +
INDUCER (R1)
Orkestra® SC (R1+16 e
R1+34)
0,100a 0,710a 0,746a 0,803a 0,932a 1,127a
T5-INDUCER (V6/V8)
Vessarya®+ INDUCER
(R1) Vessarya® (R1+16
e R1+34)
0,129a 0,718a 0,762a 0,792a 0,880a 1,069a
T6 INDUCER +
Orkestra® SC (V6/V8 e
R1) Orkestra® SC
(R1+16 dias)
0,129a 0,721a 0,727a 0,766a 0,924a 1,037a
T7-INDUCER +
Vessarya® (V6/V8 e
R1) Vessarya® (R1+16
dias)
0,115a 0,713a 0,740a 0,760a 0,809a 1,080a
C.V. (%) 35,02 1,95 3,87 9,92 12,24 12,23
Legenda: Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott
a 5% de probabilidade.
27
Figura 7. Curva de progresso da Antracnose (Colletotrichum truncatum) em plantas de soja submetidas a diferentes tratamentos foliares, em diferente épocas na cultura da soja, safra 2017/2018. Onde: T1-Testemunha; T2- Orkestra® SC (R1, R1+16 e R1+34); T3-Vessarya® (R1, R1+16 e R1+34); T4-INDUCER (V6/V8) Orkestra® SC+INDUCER (R1) Orkestra® SC (R1+16 e R1+34); T5-INDUCER (V6/V8) Vessarya®+ INDUCER (R1) Vessarya® (R1+16 e R1+34); T6-INDUCER+Orkestra® SC (V6/V8 e R1) Orkestra® SC (R1+16 dias); T7-INDUCER + Vessarya® (V6/V8 e R1) Vessarya® (R1+16 dias).
Os sintomas de Mancha Alvo (C. cassiicola) (Figura 8) foram notados na primeira
avaliação (R1), com baixa incidência e severidade (Tabela 3). A severidade da doença
seguiu relativamente baixa até a quarta avaliação, quando a cultivar encontrava-se em
estádio R5.4 (Figura 9, Tabela 3). Em seguida, houve aumento da doença de forma
significativa em severidade e incidência. Os fungicidas associados com INDUCER desde o
estádio vegetativo V8 (Oitavo nó) apresentaram menores indices de severidade (Tabela 3).
Apesar da porcentagem da doença aumentar significamente no final do ciclo, não houve
diferença significativa entre os tratamentos.
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
1,40
R1 R3 R5.1 R5.4 R6 R6
Severi
dad
e (
%)
Avaliações
1
2
3
4
5
6
7
28
Figura 8. Folha de soja da área experimental apresentando sintomas de Mancha Alvo. Sinop, safra 2017/2018.
29
Tabela 2. Severidade de Mancha Alvo (Corynespora cassiicola) em plantas de soja submetidas a diferentes tratamentos foliares, em diferentes épocas, na cultura da soja, safra 2017/1018
Tratamentos Severidade (%)
R1 R3 R5.1 R5.4 R6 R6+7
T1-Testemunha 0,721a 0,968a 1,185a 1,309a 1,788a 3,112a
T2-Orkestra® SC (R1,
R1+16 e R1+34) 0,775a 0,889a 1,057a 1,186a 1,627a 2,720a
T3-Vessarya® (R1,
R1+16 e R1+34) 0,781a 0,997a 1,136a 1,258a 1,626a 2,960a
T4-INDUCER (V6/V8)
Orkestra® SC +
INDUCER (R1)
Orkestra® SC (R1+16 e
R1+34)
0,733a 0,912a 1,089a 1,408a 1,614a 2,560a
T5-INDUCER (V6/V8)
Vessarya®+ INDUCER
(R1) Vessarya® (R1+16
e R1+34)
0,759a 0,842a 1,085a 1,270a 1,577a 2,620a
T6 INDUCER +
Orkestra® SC (V6/V8 e
R1) Orkestra® SC
(R1+16 dias)
0,710a 0,875a 1,049a 1,252a 1,619a 2,480a
T7-INDUCER +
Vessarya® (V6/V8 e
R1) Vessarya® (R1+16
dias)
0,734a 0,833a 1,065a 1,188a 1,543a 2,500a
C.V. (%) 8,22 13,91 15,22 18,05 10,02 25,5
Legenda: Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott
a 5% de probabilidade.
30
Figura 9. Curva de progresso de Mancha Alvo (Corynespora cassiicola) em plantas de soja submetidas a diferentes tratamentos foliares, em diferente épocas na cultura da soja, safra 2017/2018. Onde: T1-Testemunha; T2-Orkestra® SC (R1, R1+16 e R1+34); T3-Vessarya® (R1, R1+16 e R1+34); T4-INDUCER (V6/V8) Orkestra® SC®+INDUCER (R1) Orkestra® SC (R1+16 e R1+34); T5-INDUCER (V6/V8) Vessarya®+ INDUCER (R1) Vessarya® (R1+16 e R1+34); T6-INDUCER+Orkestra® SC (V6/V8 e R1) Orkestra® SC (R1+16 dias); T7-INDUCER + Vessarya® (V6/V8 e R1) Vessarya® (R1+16 dias).
Os sintomas de Míldio (Peronospora manshurica) (Figura 10) foram os mais
evidentes durante todo o ciclo da cultura, estando presentes da primeira à última avaliação
(Tabela 4). Apesar da alta incidência e severidade nos primeiros estádios da cultivar, a
doença não progrediu de forma agressiva, e com o decorrer dos estádios da cultura, a
severidade chegou a apresentar queda no final do ciclo, conforme observado na curva de
progresso da doença (Figura 11). Os tratamentos com aplicação de INDUCER+Fungicida
desde o estádio V8 apresentaram menor porcentagem de severidade na última avaliação,
mas não se diferenciaram estatisticamente dos demais.
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
R1 R3 R5.1 R5.4 R6 R6
Se
ve
rid
ad
e (
%)
Avaliações
1
2
3
4
5
6
7
31
Figura 10. Folha de soja da área experimental apresentando sinais de míldio. Sinop, safra 2017/2018.
32
Tabela 4. Severidade de Míldio (Peronospora manshurica) em plantas de soja submetidas a diferentes tratamentos foliares, em diferentes épocas, na cultura da soja, safra 2017/1018
Tratamentos Severidade (%)
R1 R3 R5.1 R5.4 R6 R6
T1-Testemunha 1,269a 1,887a 2,459a 2,081a 1,889a 1,581a
T2-Orkestra® SC (R1,
R1+16 e R1+34) 1,432a 1,968a 2,258a 1,972a 2,034a 1,539a
T3-Vessarya® (R1,
R1+16 e R1+34) 1,387a 1,864a 2,359a 2,043a 2,099a 1,553a
T4-INDUCER (V6/V8)
Orkestra® SC +
INDUCER (R1)
Orkestra® SC (R1+16 e
R1+34)
1,423a 1,795a 2,146a 2,061a 2,061a 1,545a
T5-INDUCER (V6/V8)
Vessarya®+ INDUCER
(R1) Vessarya® (R1+16
e R1+34)
1,197a 1,797a 2,253a 2,016a 2,016a 1,463a
T6 INDUCER +
Orkestra® SC (V6/V8 e
R1) Orkestra® SC
(R1+16 dias)
1,425a 1,833a 2,264a 2,053a 2,053a 1,488a
T7-INDUCER +
Vessarya® (V6/V8 e
R1) Vessarya® (R1+16
dias)
1,293a 1,787a 2,154a 1,981a 1,981a 1,470a
C.V. (%) 8,22 13,91 15,22 18,05 10,02 25,5
Legenda: Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott
a 5% de probabilidade.
33
Figura 11. Curva de progresso de Míldio (Peronospora manshurica) em plantas de soja submetidas a diferentes tratamentos foliares, em diferente épocas na cultura da soja, safra 2017/2018. Onde T1-Testemunha; T2-Orkestra® SC (R1, R1+16 e R1+34); T3-Vessarya® (R1, R1+16 e R1+34); T4-INDUCER (V6/V8) Orkestra® SC + INDUCER (R1) Orkestra® SC (R1+16 e R1+34); T5-INDUCER (V6/V8) Vessarya®+ INDUCER (R1) Vessarya® (R1+16 e R1+34); T6-INDUCER + Orkestra® SC (V6/V8 e R1) Orkestra® SC (R1+16 dias); T7-INDUCER + Vessarya® (V6/V8 e R1) Vessarya® (R1+16 dias).
Em relação a AACPD os tratamentos não apresentaram diferença significativa no
controle de Antracnose. Entretanto, com relação a % de eficiência, o tratamento 7 (INDUCER
+ Vessarya® (V6/V8 e R1), Vessarya® (R1+16 dias)) proporcionou os melhores resultados,
controlando mais de 40% da doença (Tabela 5), quase 20% a mais que os demais
tratamentos.
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
R1 R3 R5.1 R5.4 R6 R6
Severi
dad
e (
%)
Avaliações
1
2
3
4
5
6
7
34
Tabela 5. Eficiência de controle (%) e Área Abaixo da Curva de Progresso da Doença (AACPD) da Antracnose (Colletotrichum truncatum) em plantas de soja, submetidas a diferentes tratamentos foliares, na cultura da soja, safra 2017/1018
Tratamentos Eficiência de Controle (%) AACPD
T1-Testemunha - 6,726a
T2-Orkestra® SC (R1, R1+16 e
R1+34) 22,24 5,230a
T3-Vessarya® (R1, R1+16 e
R1+34) 11,62 5,944a
T4-INDUCER (V6/V8) Orkestra®
SC + INDUCER (R1) Orkestra®
SC (R1+16 e R1+34)
10,98 5,987a
T5-INDUCER (V6/V8)
Vessarya®+ INDUCER (R1)
Vessarya® (R1+16 e R1+34)
20,81 5,326a
T6 INDUCER + Orkestra® SC
(V6/V8 e R1) Orkestra® SC
(R1+16 dias)
26,22 4,962a
T7-INDUCER + Vessarya®
(V6/V8 e R1) Vessarya® (R1+16
dias)
41,89 3,908a
C.V. (%) - 13,43%
Legenda: Médias seguidas pela mesma letra na vertical não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade.
Visando o controle de Mancha Alvo, houve diferença significativa entre os
tratamentos, sendo os tratamentos T5 (INDUCER (V6/V8) Vessarya®+ INDUCER (R1)
Vessarya® (R1+16 e R1+34)) e T7 (INDUCER + Vessarya® (V6/V8 e R1) Vessarya®
(R1+16 dias)) os que apresentaram melhor resultado em relação a AACPD desta doença
(Tabela 6). Portanto, a aplicação de Vessarya®+RMZ a partir do estádio vegetativo mostrou-
se mais eficaz que os demais tratamentos, independente da aplicação em R1+34, que não
foi realizada no Tratamento 7.
Ensaio de fungicidas para controle de Mancha Alvo foi desenvolvido pela Embrapa
Agrossilvipastoril, com o objetivo de avaliar a eficiência de fungicidas no controle deste
patógeno. Os sintomas de mancha alvo foram observados desde a primeira a avaliação,
mas foi no estádio R6 (Grão cheio ou completo) que este apresentou maior desenvolvimento.
A maior porcentagem de severidade foi registrada para o tratamento que utilizou
Piraclostrobina + Fluxapyroxade (Orkestra®), diferindo estatísticamente dos demais
tratamentos. O tratamento que utilizou Carboxamida + Oxicloreto de Cobre, registrou
severidade pelo menos duas vezes menor em relação ao tratamento com Piraclostrobina +
Fluxapyroxade (WRUCK et al., 2017), destacando a importância da utilização de multisítios.
35
Tabela 6. Eficiência de controle (%) e Área Abaixo da Curva de Progresso da Doença Mancha Alvo (Corynespora cassiicola) (AACPD) em plantas de soja, submetidas a diferentes tratamentos foliares, na cultura da soja, safra 2017/1018
Tratamentos Eficiência de Controle (%) AACPD
T1-Testemunha - 48,178a
T2-Orkestra® SC (R1, R1+16 e
R1+34) 22,41 37,380a
T3-Vessarya® (R1, R1+16 e
R1+34) 13,53 41,658a
T4-INDUCER (V6/V8) Orkestra®
SC + INDUCER (R1) Orkestra®
SC (R1+16 e R1+34)
15,28 40,816a
T5-INDUCER (V6/V8)
Vessarya®+ INDUCER (R1)
Vessarya® (R1+16 e R1+34)
48,11 24,996b
T6 INDUCER + Orkestra® SC
(V6/V8 e R1) Orkestra® SC
(R1+16 dias)
24,23 36,500a
T7-INDUCER + Vessarya®
(V6/V8 e R1) Vessarya® (R1+16
dias)
30,05 33,700b
C.V. (%) - 11,58%
Legenda: Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade.
Não houve diferença estatística significativa entre os tratamentos no controle de
Míldio em relação a AACPD (Tabela 7). Nota-se apenas um controle mais efetivo nos
tratamentos onde houve aplicação desde o estádio vegetativo, independendo de aplicação
em R1+34.
Uma repetição deste experimento em período de maior pressão de doenças, pode
gerar conclusões mais assertivas quanto a eficiência dos produtos utilizados.
36
Tabela 7. Eficiência de controle (%) e Área Abaixo da Curva de Progresso da Doença de Míldio (Peronospora manshurica) (AACPD) em plantas de soja, submetidas a diferentes tratamentos foliares, na cultura da soja, safra 2017/1018
Tratamentos Eficiência de Controle (%) AACPD
T1-Testemunha - 122,076a
T2-Orkestra® SC (R1, R1+16 e
R1+34) 0,753 121,156a
T3-Vessarya® (R1, R1+16 e
R1+34) - 123,600a
T4-INDUCER (V6/V8) Orkestra®
SC + INDUCER (R1) Orkestra®
SC (R1+16 e R1+34)
5,97 114,776a
T5-INDUCER (V6/V8)
Vessarya®+ INDUCER (R1)
Vessarya® (R1+16 e R1+34)
9,34 111,288a
T6 INDUCER + Orkestra® SC
(V6/V8 e R1) Orkestra® SC
(R1+16 dias)
2,98 118,432a
T7-INDUCER + Vessarya®
(V6/V8 e R1) Vessarya® (R1+16
dias)
12,44 107,488a
C.V. (%) - 11,58%
Legenda: Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade.
6.2 Elementos Morfoagronômicos
A produtividade média obtida no experimento foi de 3.563 Kg/ha, posicionado-se
acima da média do estado informada pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB,
2018), de 3.394 Kg/ha na safra 2017/2018. A massa de mil grãos apresentou média de
146,83 gramas, números abaixo da média registrada na safra 2016/2017, com 154,3 gramas
(ROSA, 2017).
Não houve diferença significativa entre os tratamentos quanto à produtividade
(kg/ha), massa de mil grãos (g) (Tabela 8), número de vagens/planta, número de
grãos/planta (Tabela 9) e vagens de 4, 3, 2 e 1 grão/planta (Tabela 10) no ensaio avaliado.
37
Tabela 8. Produtividade (kg.ha-1) e massa de mil grãos (g) de soja submetida a diferentes tratamentos foliares, visando o controle de doenças na cultura da soja, safra 2017/2018
TRATAMENTOS PRODUTIVIDADE
(Kg.ha-1)
MASSA DE MIL GRÃOS
(g)
T1-Testemunha 3.630,02a 145,990a
T2-Orkestra® SC (R1, R1+16 e
R1+34) 3.382,03a 149,148a
T3-Vessarya® (R1, R1+16 e R1+34) 3.458,32a 143,954a
T4-INDUCER (V6/V8) Orkestra® SC +
INDUCER (R1) Orkestra® SC (R1+16
e R1+34)
3.658,94a 148,200a
T5-INDUCER (V6/V8) Vessarya®+
INDUCER (R1) Vessarya® (R1+16 e
R1+34)
3.591,70a 148,062a
T6 INDUCER + Orkestra® SC (V6/V8
e R1) Orkestra® SC (R1+16 dias) 3.547,19a 149,432a
T7-INDUCER + Vessarya® (V6/V8 e
R1) Vessarya® (R1+16 dias) 3.675,02a 143,076a
C.V. (%) 2,88 1,37
Legenda: Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade.
Tabela 3. Número de vagens e número de grãos por planta de soja submetidas a diferentes tratamentos foliares, visando o controle de doenças na cultura da soja, safra 2017/2018
TRATAMENTOS N° VAGENS/PLANTA N° DE
GRÃOS/PLANTA
T1-Testemunha 39,8a 96,24a
T2-Orkestra® SC (R1, R1+16 e R1+34) 42,86a 101,46a
T3-Vessarya® (R1, R1+16 e R1+34) 45,02a 107,44a
T4-INDUCER (V6/V8) Orkestra® SC +
INDUCER (R1) Orkestra® SC (R1+16 e
R1+34)
41,22a 99,84a
T5-INDUCER (V6/V8) Vessarya®+
INDUCER (R1) Vessarya® (R1+16 e
R1+34)
42,08a 101,16a
T6 INDUCER + Orkestra® SC (V6/V8 e
R1) Orkestra® SC (R1+16 dias) 38,96a 92,28a
T7-INDUCER + Vessarya® (V6/V8 e R1)
Vessarya® (R1+16 dias) 43,2a 105,86a
C.V. (%) 6,84 6,51
Legenda: Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade.
38
Tabela 4. Número de vagens com 4, 3, 2 e 1 grão/planta de plantas de soja submetidas a tratamentos foliares, visando o controle de doenças na cultura da soja, safra 2017/2018
TRATAMENTOS Nº de vagens
com 4 grãos
N° de vagens
com 3 grãos
N° de vagens
com 2 grãos
N° de vagens
com 1 grão
T1-Testemunha 0,24a 18,66a 18,76a 2,26a
T2-Orkestra® SC
(R1, R1+16 e R1+34) 0,18a 18,24a 21,94a 2,62a
T3-Vessarya® (R1,
R1+16 e R1+34) 0,12a 20,26a 21,36a 3,22a
T4-INDUCER (V6/V8)
Orkestra® SC +
INDUCER (R1)
Orkestra® SC
(R1+16 e R1+34)
0,12a 19,52a 18,86a 2,60a
T5-INDUCER (V6/V8)
Vessarya®+
INDUCER (R1)
Vessarya® (R1+16 e
R1+34)
0,10a 19,08a 20,68a 2,24a
T6 INDUCER +
Orkestra® SC (V6/V8
e R1) Orkestra® SC
(R1+16 dias)
0,08a 17,18a 18,60a 3,06a
T7-INDUCER +
Vessarya® (V6/V8 e
R1) Vessarya®
(R1+16 dias)
0,06a 22,08a 18,20a 2,82a
C.V. (%) 8,35 6,58 10,51 10,91
Legenda: Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade.
Houve baixa pressão de doenças foliares na região durante a safra 2017/2018, com
umidade e precipitação que não favoreceram o crescimento expressivo de doenças
fúngicas, e ainda nessas condições, tratamentos que utilizaram INDUCER apresentaram
melhores resultados no controle de Mancha alvo, doença de conhecida importância no Mato
Grosso. Resultados estes que indicam que INDUCER juntamente a outros fungicidas pode
trazer resultados efetivos em safras de alta pressão de doenças, mesmo em cultivares com
moderada resistência como a utilizada neste estudo.
39
7. CONCLUSÕES
A intensificação da agricultura e a utilização de fungicidas de forma inadequada,
reduz a vida útil desses produtos de forma que estes percam sua eficiência antes que novos
compostos cheguem ao mercado. Este trabalho possibilitou avaliar uma nova tecnologia no
controle de doenças da soja.
Com base nas análises dos resultados obtidos, apesar da baixa incidência de
doenças registradas na safra 2017/2018, concluiu-se que o indutor de resistência não
apresentou diferença significativa no controle da severidade de Antracnose (C. truncatum e
C. cliviae), Mancha Alvo (C. cassiicola) ou Míldio (P. manchurica). Contudo, tratamentos que
aplicaram o INDUCER nos estádios vegetativos (V6/V8), são os que apresentaram menor
AACPD para todas as doenças avaliadas, indicando que a aplicação neste período
fenológico ativa com mais eficiência os mecanismos de defesa da soja.
Não houve diferença significativa entre os tratamentos nos parâmetros de
produtividade (kg/ha), massa de mil grãos (g), número de vagens/planta, número de
grãos/planta e vagens de 4, 3, 2 e 1 grão/planta no ensaio avaliado.
Os tratamentos T5 (INDUCER (V6/V8), Vessarya®+ INDUCER (R1) Vessarya®
(R1+16 e R1+34)) e T7 (INDUCER + Vessarya® (V6/V8 e R1) Vessarya® (R1+16 dias)),
diferenciaram-se estatisticamente na área abaixo da curva de progresso da doença
(AACPD) de Mancha Alvo. O tratamento T5, que utilizou Vessarya® em R1+34, foi o que
obteve menor AACPD, evidenciando tanto a pressão da doença no final do ciclo da cultivar,
quanto a eficiência da aplicação realizada nos estádios finais da cultura.
40
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